apostila de desenho senai

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Curso Técnico em Mecânica Desenho Técnico Mecânico

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  • Curso Tcnico em Mecnica

    Desenho Tcnico Mecnico

  • Armando de Queiroz Monteiro NetoPresidente da Confederao Nacional da Indstria

    Jos Manuel de Aguiar MartinsDiretor do Departamento Nacional do SENAI

    Regina Maria de Ftima TorresDiretora de Operaes do Departamento Nacional do SENAI

    Alcantaro CorraPresidente da Federao das Indstrias do Estado de Santa Catarina

    Srgio Roberto ArrudaDiretor Regional do SENAI/SC

    Antnio Jos CarradoreDiretor de Educao e Tecnologia do SENAI/SC

    Marco Antnio DociattiDiretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC

  • Confederao Nacional das Indstrias

    Servio Nacional de Aprendizagem Industrial

    Curso Tcnico em Mecnica

    Desenho Tcnico Mecnico

    Reginaldo Motta

    Florianpolis/SC2010

  • proibida a reproduo total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prvio consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da lngua portuguesa.

    Equipe tcnica que participou da elaborao desta obra

    Coordenao de Educao a DistnciaBeth Schirmer

    Reviso Ortogrfica e NormatizaoContextual Servios Editoriais

    Coordenao Projetos EaDMaristela de Lourdes Alves

    Design Educacional, Ilustrao, Projeto Grfico Editorial, Diagramao Equipe de Recursos Didticos SENAI/SC em Florianpolis

    AutorReginaldo Motta

    Ficha catalogrfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianpolis

    SENAI/SC Servio Nacional de Aprendizagem IndustrialRodovia Admar Gonzaga, 2.765 Itacorubi Florianpolis/SCCEP: 88034-001Fone: (48) 0800 48 12 12www.sc.senai.br

    Ficha catalogrfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianpolis M921d

    Motta, Reginaldo Desenho tcnico mecnico / Reginaldo Motta. Florianpolis : SENAI/SC,

    2010. 63 p. : il. color ; 28 cm.

    Inclui bibliografias.

    1. Desenho tcnico - Mecnica. 2. Desenho geomtrico. 3. Desenho

    industrial. 4. Geometria plana. I. SENAI. Departamento Regional de Santa Catarina. II. Ttulo.

    CDU 744:621

  • Prefcio

    Voc faz parte da maior instituio de educao profissional do estado. Uma rede de Educao e Tecnologia, formada por 35 unidades conecta-das e estrategicamente instaladas em todas as regies de Santa Catarina.

    No SENAI, o conhecimento a mais realidade. A proximidade com as necessidades da indstria, a infraestrutura de primeira linha e as aulas tericas, e realmente prticas, so a essncia de um modelo de Educao por Competncias que possibilita ao aluno adquirir conhecimentos, de-senvolver habilidade e garantir seu espao no mercado de trabalho.

    Com acesso livre a uma eficiente estrutura laboratorial, com o que existe de mais moderno no mundo da tecnologia, voc est construindo o seu futuro profissional em uma instituio que, desde 1954, se preocupa em oferecer um modelo de educao atual e de qualidade.

    Estruturado com o objetivo de atualizar constantemente os mtodos de ensino-aprendizagem da instituio, o Programa Educao em Movi-mento promove a discusso, a reviso e o aprimoramento dos processos de educao do SENAI. Buscando manter o alinhamento com as neces-sidades do mercado, ampliar as possibilidades do processo educacional, oferecer recursos didticos de excelncia e consolidar o modelo de Edu-cao por Competncias, em todos os seus cursos.

    nesse contexto que este livro foi produzido e chega s suas mos. Todos os materiais didticos do SENAI Santa Catarina so produes colaborativas dos professores mais qualificados e experientes, e contam com ambiente virtual, mini-aulas e apresentaes, muitas com anima-es, tornando a aula mais interativa e atraente.

    Mais de 1,6 milhes de alunos j escolheram o SENAI. Voc faz parte deste universo. Seja bem-vindo e aproveite por completo a Indstria do Conhecimento.

  • Sumrio

    Contedo Formativo 9

    Apresentao 11

    12 Unidade de estudo 1

    Introduo ao Desenho Tcnico

    Seo 1 - Forma do objeto

    Seo 2 - Caligrafia

    Seo 3 - Instrumentos

    Seo 4 - Normas

    22 Unidade de estudo 2

    Projeo Ortogonal

    Seo 1 - Vistas ortogrficas

    Seo 2 - Aplicao de linhas

    Seo 3 - Dimensionamento e cotagem

    Seo 4 - Escalas

    Seo 5 - Croqui/esboo

    Seo 6 - Vistas auxiliares

    Seo 7 - Perspectiva

    13

    13

    14

    14

    32 Unidade de estudo 3

    Cortes, Sees e Rupturas

    Seo 1 - Cortes e sees

    Seo 2 - Hachuras

    Seo 3 - Corte total

    Seo 4 - Corte em desvio

    Seo 5 - Corte parcial

    Seo 6 Meio-corte

    Seo 7 Omisso de corte

    Seo 8 Sees

    Seo 9 Rupturas

    38 Unidade de estudo 4

    Desenho de Conjunto

    Seo 1 - Exploso da mon-tagem

    Seo 2 - Detalhamento de montagem e representao de elementos de mquina

    42 Unidade de estudo 5

    Tolerncia Geom-trica e Dimensional

    Seo 1 - Tolerncia geom-trica de forma, orientao, posio e batimento

    Seo 2 - Sistemas de tole-rncia e ajustes dimensionais

    Seo 3 - Rugosidade: indica-o de estado de superfcie em desenhos tcnicos

    Finalizando 61

    Referncias 63

    23

    25

    26

    27

    28

    28

    29

    33

    33

    34

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    36

    37

    39

    39

    43

    47

    59

  • 8 CURSOS TCNICOS SENAI

  • Contedo Formativo

    9DESENHO TCNICO MECNICO

    Carga horria da dedicao

    Carga horria: 90 horas

    Competncias

    Executar medies em peas e equipamentos mecnicos para verificao e con-trole dimensional.

    Conhecimentos

    Caligrafia tcnica e instrumentos utilizados no desenho mecnico.

    Normalizao.

    Desenho geomtrico.

    Figuras e construes geomtricas.

    Escalas.

    Dimensionamento/cotagem.

    Projeo ortogonal (vistas essenciais): cortes, sees, rupturas, croquis, dese-nho de conjuntos, representao de elementos de mquinas, tabela de tolern-cias (dimensional e geomtrica), perspectivas.

    Habilidades

    Aplicar normas tcnicas e regulamentadoras.

    Identificar os elementos de mquinas.

    Utilizar adequadamente os instrumentos de desenho tcnico.

    Elaborar croquis de desenhos.

    Ler e interpretar desenho tcnico mecnico.

    Ler, interpretar e aplicar manuais, catlogos e tabelas tcnicas.

    Atitudes

    Proatividade.

    Relacionamento interpessoal.

    Planejamento, organizao e cumprimento de prazos.

    Iniciativa e tomada de deciso.

    Adoo de normas tcnicas.

    Zelo com equipamentos.

    Trabalho em equipe e disciplina.

  • Apresentao

    DESENHO TCNICO MECNICO

    Nas indstrias em geral o desenho uma ferramenta de grande impor-tncia como fonte de comunicao para a fabricao de peas e monta-gem de equipamentos. Mas importante que voc saiba que o desenho tcnico difere do desenho artstico, especialmente porque deve seguir normas e critrios nacionalmente difundidos. No desenho artstico as formas so variadas e no se requer um trao rigoroso, mesmo assim o desenhista deve ter uma viso espacial, criatividade e raciocnio lgico.

    O resultado de um desenho tem como objetivo permitir a visualizao de imagens e peas sem a necessidade da presena fsica das mesmas, para que elas possam ser fabricadas exatamente em sua forma e pro-poro.

    O desenho tcnico usado principalmente em trs reas distintas: me-cnica, arquitetura e moda. Esta unidade curricular est voltada ao dese-nho tcnico aplicado rea de mecnica, ou seja, o contedo dirigido ao projeto de mquinas, motores e peas mecnicas em geral, trazendo um apanhado sobre o assunto. Caso voc busque um aprofundamen-to maior, ser necessrio que pesquise em livros e normas tcnicas e, principalmente, que coloque em prtica os conhecimentos adquiridos, pois a prtica faz com que o desenhista tenha viso e raciocnio lgico, compreendendo facilmente qualquer desenho.

    V em frente e bons estudos!

    Reginaldo Motta

    Reginaldo Motta graduado em Administrao de Empresas pela Unerj Jaragu do Sul e ps-graduando em Engenharia de Produo pela Fundao Uni-versitria de Blumenau (FURB). Possui formao tcnica em Mecnica, Desenhos e Projetos pela Associao Beneficente da Indstria Carbonfera de Santa Catarina (SATC). Atua na rea de metal mecnica, em engenharia de processos, desenvolvimento de produtos, projetos mecni-cos, metrologia, melhoria con-tnua, controle da qualidade e controle estatstico de processo (CEP).

    11

  • Unidade de estudo 1

    Sees de estudo

    Seo 1 Forma do objetoSeo 2 CaligrafiaSeo 3 Instrumentos Seo 4 Normas

  • 13DESENHO TCNICO MECNICO

    SEO 1 Forma do objeto

    Nesta unidade voc estudar par-tes importantes que constituem o desenho tcnico para compreen-der a sua finalidade na rea de me-cnica. Inicie agora o estudo da forma do objeto. Siga em frente!

    Para descrever um objeto, pos-svel faz-lo de maneira manual, sem instrumentos e sem escala, dessa forma, ele chamado de croqui ou esboo. Ou, ainda, por meio de instrumentos de desenho. Nesse caso, os mais usados so: rgua de 30 cm, rgua T, escal-metro, esquadro de 45, esquadro de 30, compasso e transferidor.

    O desenho representado por meio de linhas que tm o objeti-vo de mostrar superfcies e con-tornos dos objetos, simbologias, dimenses e notas, formando um conjunto descrito como desenho tcnico.

    A Associao Brasileira de Nor-mas Tcnicas (ABNT) padroniza a forma correta dos desenhos tc-nicos e suas particularidades por meio de suas normas, que devem ser consultadas sempre que poss-vel para sanar eventuais dvidas.

    O desenvolvimento da capacida-de de interpretao e representa-o de desenhos uma forma de desenvolver no s a criativida-de e a coordenao motora, mas igualmente o raciocnio e princi-palmente a viso espacial, sendo esta ltima a mais importante.

    Introduo ao Desenho Tcnico

    Viso espacial significa imaginar, a partir de linhas do desenho e das vistas ortogrficas, a pea em trs dimenses. Da mesma forma ao contrrio, observando uma pea ou um desenho em perspectiva, imaginar as vistas do desenho

    Um importante elemento do desenho tcnico a caligrafia, que voc estudar na prxima seo.

    SEO 2Caligrafia

    A caligrafia tcnica um elemento importante no complemento de um desenho tcnico e serve para indicar informaes necessrias com-preenso do desenho, como nmeros, anotaes, listas de materiais e tambm para a apresentao final do mesmo.

    A Tabela 1 mostra um resumo da NBR 8402: execuo de carter para escrita em desenho tcnico, sendo que, na prtica, a escrita visual, man-tendo uma uniformidade no tamanho das letras maisculas e mins-culas, inclinadas 15 direita ou vertical, e conforme a importncia da anotao. A altura da letra pode variar quando usada para indicar um corte, uma legenda, uma lista de materiais, etc. como voc pode observar nas figuras 1, 2 e 3 a seguir.

    Tabela 1 - Dimensionamento da Caligrafia Tcnica

    Caracterstica Dimenses

    Altura das letras maisculas h 3,5 7 10

    Altura das letras minsculas c 2,5 5 7

    Distncia mnima entre linhas de base

    b 5 10 14

    Distncia mnima entre palavras e 2,1 4,2 6

    Fonte: ABNT (1994, p. 2).

  • 14 CURSOS TCNICOS SENAI

    Figura 1 - Dimensionamento da Caligrafia

    Fonte: ABNT (1994, p. 2).

    Figura 2 - Caligrafia Tcnica com Escrita Vertical

    Fonte: ABNT (1994, p. 3).

    Figura 3 - Caligrafia Tcnica com Escrita Inclinada

    Fonte: ABNT (1994, p. 3).

    Conhea agora os instrumentos utilizados para desenvolver desenhos.

    SEO 3 Instrumentos

    Para executar um desenho rpido e preciso, faz-se necessrio utilizar instrumentos de desenho. A qua-lidade desses instrumentos fun-damental para um bom resultado final. Os mais utilizados so:

    rgua T; rgua paralela; jogo de esquadros (um com

    ngulos de 30, 60 e 90, e outro com ngulos de 45);

    lpis ou lapiseira; escalmetro; compasso; transferidor; gabaritos de circunferncias de

    elipses;

    curva francesa.

    Agora, vamos estudar as normas!

    SEO 4Normas

    As normas tcnicas tm por finali-

    dade padronizar termos, conceitos e formas de execuo entre aqueles que a utilizam.

  • 15DESENHO TCNICO MECNICO

    Na rea de desenho tcnico, so aplicadas vrias normas, de di-versos pases. No Brasil, a ABNT normatiza a forma correta de execuo do desenho tcnico, e , tambm, chamada de NBR (Norma Brasileira de Regulamen-tao) ou NBR M (referindo-se a normas vlidas ao MERCOSUL). Ela se orienta a partir de normas internacionais e padroniza de for-ma mais clara a linguagem para utilizao no Brasil.

    As normas devem ser analisadas sempre que surgir qualquer d-vida sobre desenho tcnico, ou sempre que voc quiser fazer um estudo aprofundado do assunto. Abaixo, conhea algumas normas utilizadas para compor este ma-terial, que podem ser consultadas para maiores esclarecimentos:

    NBR 10126: cotagem em desenho tcnico;

    NBR 10068: folha de dese-nho;

    NBR 10582: apresentao da folha para desenho tcnico;

    NBR 13142: dobramento de cpia;

    NBR 8196: desenho tcnico; NBR 8402: execuo de

    carter para escrita em desenho tcnico;

    NBR 6158: sistema de tole-rncias e ajustes;

    NBR 6173: terminologia de tolerncia e ajustes;

    NBR 6409: tolerncias geo-mtricas: tolerncias de forma, orientao, posio e batimento: generalidades, smbolos, defini-es em desenho.

    Veja, a seguir, alguns itens fundamentais ao desenho tcnico padroniza-dos pelas normas da ABNT.

    Formato do papel

    Os desenhos devem ser dimensionados em folhas padronizadas. Os formatos recomendados para o desenho tcnico so normatizados pela ABNT (NBR 10068: folha de desenho, leiaute e dimenses) e so cha-mados de folhas padro da srie A.

    O formato padro baseado num retngulo de rea igual a 1 m e de lados medindo 841 x 1189 mm, conforme voc pode observar na Figura 4. Esse formato o padro A0 (A zero).

    O padro A1 deriva do formato A0, e os outros padres (A2, A3, A4) derivam sempre do anterior.

    Figura 4 - Padro A0

    Fonte: ABNT (1987, p. 2).

  • 16 CURSOS TCNICOS SENAI

    O formato A0 possui as dimenses de 841 mm x 1.189 mm. Para obter o padro A1, voc deve dividir ao meio o compri-mento de 1.189 mm (resultado = 594 mm) ficando o padro A1 com as dimenses: 594 mm x 841 mm.

    Para obter o padro A2, voc deve dividir ao meio o compri-mento de 841 mm, do formato A1, ficando o novo no padro A2 com as dimenses: 420 mm x 594 mm, e assim, sucessiva-mente para obter os demais formatos.

    Confira na tabela a seguir as dimenses para os formatos da srie A:

    Tabela 2 - Formatos da Srie A

    Designao Dimenses (mm)

    A0 841 x 1.189A1 594 x 841

    A2 420 x 594

    A3 297 x 420

    A4 210 x 297Fonte: ABNT (1987, p. 2).

    Margem

    A margem limitada pelo contorno externo da folha. As margens es-querda e direita devem ser dimensionadas, conforme mostra a Tabela 3.

    Tabela 3 - Margem Padro das Folhas

    Formato Margem esquerda Margem direita

    A0 25 10

    A1 25 10A2 25 7A3 25 7

    A4 25 7Fonte: ABNT (1987, p. 3).

    Marcas de centro

    Nos formatos da srie A devem ser executadas quatro marcas de centro com uma linha localizada no centro da folha, no lado da margem externa estendendo-se 5 mm em direo ao centro da fo-lha. Observe as figuras 5 e 6.

  • 17DESENHO TCNICO MECNICO

    Figura 5 - Padro A4 Modelo Paisagem

    Figura 6 - Padro A4 Modelo Retrato

    Obs.: dimenses de referncia NBR 10068:1987.

    Referncia por malhas

    Para facilitar a localizao de de-talhes do desenho, devem ser colocadas, na parte externa da folha, colunas com nmeros ao longo da margem inferior e supe-rior, e letras ao longo da margem esquerda e direita. A largura das colunas deve ser, no mnimo, de 25 mm e, no mximo, de 75 mm, devendo ser distribudas pela complexidade dos detalhes do desenho em quantidade par. Por exemplo: 12 colunas, 20 colunas, etc.

    Outra questo importante: os n-meros e as letras devem estar cen-tralizados dentro da malha, como voc pode ver na Figura 7.

    Figura 7 - Sistema de Referncia por

    Malhas

    Fonte: ABNT (1987, p. 3).

    Acompanhe o exemplo a seguir para compreender melhor a referncia por malhas.

  • 18 CURSOS TCNICOS SENAI

    Exemplo: um cliente envia um desenho para um fornecedor em outro Estado. O fornecedor tem algumas dvidas em relao ao detalhamen-to da pea, e fica difcil o entendimento por telefone. Porm quando indicada a malha do desenho (nmero da coluna e letra da linha), com referncia ao detalhe da sua dvida, fica mais fcil a localizao do de-talhe no desenho.

    Figura 9 - Modelo de Legenda para os Formatos A4, A3 e A2

    Figura 10 - Modelo de Legenda para os Formatos A1 E A0

    As legendas podem conter in-formaes adicionais como no modelo abaixo, um quadro de tolerncia linear referente NBR 2768-1:2000.

    Figura 8 - Exemplo de Referncia do Desenho por Malhas: Indicao da Malha

    (Coluna 2 X Letra C)

    Legenda

    A legenda deve ser executada do lado direito inferior da folha, com dimensionamento de 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, como pode ser visto na Figura 9, e 175 mm nos formatos A1 e A0, como pode ser visto na Figura 10. A legenda deve conter a identificao do desenho, como: nmero da pea, cdigo de mate-rial, descrio da pea, descrio do material, logomarca, escala do desenho principal, responsvel, desenhista, projetista, aprovao, datas, descrio do projeto, indi-cao de primeiro diedro, entre outras.

    Pode-se incluir ou excluir itens da legenda, dependen-do da necessidade de quem a utiliza. Como por exemplo: tabela de tolerncias lineares.

  • 19DESENHO TCNICO MECNICO

    Figura 11 - Modelo de Legenda para os Formatos A4, A3 e A2, com Quadro

    de Tolerncia Linear

    Dobramento da folha

    Independente do formato, o resultado final da folha dobrada sempre ser

    um formato A4.

    Para isso dobre a folha, verticalmente, na linha final da legenda, ou 178 mm para os formatos A2, A3 e A4, ou a 175 mm para os formatos A1 e A0, como nas figuras a seguir.

    Figura 12 - Dobramento Formato A0

    Fonte: Adaptado de ABNT (1999).

  • 20 CURSOS TCNICOS SENAI

    Figura 13 - Dobramento Formato A1

    Fonte: Adaptado de ABNT (1999).

    Figura 14 - Dobramento Formato A2

    Fonte: Adaptado de ABNT (1999).

  • 21DESENHO TCNICO MECNICO

    Figura 15 - Dobramento Formato A3

    Fonte: Adaptado de ABNT (1999).

    Na prxima unidade voc estudar a projeo, tema muito importante para que voc aprenda a deixar claro todos os detalhes do seu projeto. Fique atento para que seus trabalhos sejam sempre bem elaborados.

  • Unidade de estudo 2

    Sees de estudo

    Seo 1 Vistas ortogrficasSeo 2 Aplicao de linhasSeo 3 Dimensionamento e cotagemSeo 4 Escalas Seo 5 Croqui/esbooSeo 6 Vistas auxiliaresSeo 7 Perspectiva

  • 23DESENHO TCNICO MECNICO

    SEO 1 Vistas ortogrficas

    A projeo ortogrfica uma forma de representar objetos tri-dimensionais em uma superfcie plana, de forma que seja possvel transmitir suas caractersticas com preciso e demonstrar sua real grandeza.

    O estudo desta etapa do desenho tcnico inclui:

    projeo no 1 diedro; projeo no 3 diedro; projeo ortogonal; vistas principais do desenho.

    Acompanhe cada uma dessas eta-pas a seguir.

    Projeo no 1 diedro

    A projeo no 1 diedro repre-sentada pelas vistas:

    frontal; superior (representada abaixo

    da vista frontal);

    lateral esquerda (representada no lado direito da vista frontal).

    Projeo Ortogonal

    A figura na legenda da folha indica que o desenho est no 1 diedro. Observe o exemplo apresentado a seguir e compreenda melhor essa explicao.

    Figura 16 - Projeo no 1 Diedro

    Fonte: ABNT (1995, p. 1).

    Projeo no 3 diedro

    A projeo no 3 diedro mostra as seguintes vistas:

    frontal; inferior (representada abaixo

    da vista frontal);

    lateral direita (representada no lado direito da vista frontal).

    No Brasil adota-se a projeo no 1 diedro representada pela Fi-gura 16, sendo importante que a legenda contenha o smbolo do mtodo de projeo ortogrfica.

    Projeo ortogonal

    As vistas ortogrficas represen-tam um conjunto de uma ou mais vistas correlacionadas entre si. Cada vista mostra um detalhe di-ferente da forma do objeto.

    Para a confeco das vistas voc deve projetar linhas auxiliares de referncia para alinhar perfeita-mente as vistas do desenho.

    possvel analisar uma pea a partir de seis vistas ortogrficas, conforme mostra a Figura 17, po-rm apenas trs so necessrias para representar uma pea, como pode ser observado na Figura 19.

  • 24 CURSOS TCNICOS SENAI

    Vistas principais do desenho

    Um objeto pode ser observado a partir de seis planos ou vistas, como mostra a Figura 17:

    Figura 17 - Vistas Ortogrficas

    E devem ser denominadas e distribudas conforme a Figura 18, sendo:

    vista frontal (A); vista superior (B); vista lateral esquerda (C); vista lateral direita (D); vista inferior (E); vista posterior (F).

    Figura 18 - Distribuio das Vistas Ortogrficas

    A vista mais importante deve ser usada como vista frontal (Figura 19, letra A), seguida das vistas:

    superior (posicionada abaixo da vista frontal) (Figura 19, letra B); e

    lateral esquerda (posicionada no lado direito da vista frontal) (Figura 19, letra C).

    Figura 19 - Vistas Ortogrficas Princi-

    pais

    A escolha das vistas depende da complexidade da pea, sendo que voc deve sempre analisar os se-guintes critrios:

    uso do menor nmero de vistas (quando a pea for muito simples podero ser omitidas vistas desnecessrias);

    no repetir detalhes; ocultar linhas tracejadas des-

    necessrias;

    sempre que possvel, manter o padro das trs vistas princi-pais (frontal, superior e lateral esquerda);

    quando a pea for complexa, podero ser usadas tantas vistas quanto necessrio para esclarecer sua forma;

    independente da escolha das vistas, estas devem estar ali-nhadas na horizontal e vertical, com um espao entre elas de no mnimo 20 mm para que possa ser dimensionada (cotas).

  • 25DESENHO TCNICO MECNICO

    Representao do desenho em uma nica vista

    Existem objetos que podem ser plenamente caracterizados por uma vista, em funo da simplici-dade de suas formas, como voc pode observar na Figura 20.

    Figura 20 - Representao Correta de

    uma nica Vista de um Eixo

    A Figura 21 mostra uma repre-sentao incorreta de vistas de um eixo. Observe.

    Figura 21 - Representao Incorreta de

    Vistas de um Eixo

    Estude a seguir a aplicao de li-nhas, outra etapa importante do desenho tcnico.

    SEO 2Aplicao de linhas

    As linhas de um desenho indicam sua exata representao (Figura 23), e para facilitar a interpretao, os seguintes critrios devem ser adotados (Figura 22):

    linha contnua larga (A) deve ser usada para contornos e arestas visveis;

    linha contnua fina (B) utilizada para representar linhas de cotas, linhas auxiliares, de chamada, hachuras, linhas de centros curtas;

    linha tracejada (C) indicada para contornos e arestas no vis-veis;

    linha de centro ou linha de simetria (D) representada por um trao e um ponto alternado, utilizada para linhas de centro, de sime-tria e trajetrias.

    Figura 22 - Tipos de Linhas

    Fonte: ABNT (1984, p. 2).

  • 26 CURSOS TCNICOS SENAI

    Figura 23 - Interpretao de Aplicao das Linhas

    SEO 3 Dimensionamento e cotagem

    Esta etapa do desenho tcnico in-clui o dimensionamento da pea e a cotagem. Estude a seguir o que a cotagem e qual a sua impor-tncia no desenho tcnico.

    Para que uma pea possa ser con-feccionada, so necessrias infor-maes tais como: dimenses da pea, smbolos, especificaes de materiais, tolerncias e acabamen-tos. Isso chamado de cotagem do desenho.

    O dimensionamento de uma pea representado por meio de linhas e nmeros, mostrando a dimen-so da pea, de determinado ele-mento, seja um plano, uma reta, um crculo ou um ngulo.

    Voc deve estar sempre atento para que a cota represente o valor dimensional de funcionamento da pea, sendo que sem a cota, ou com uma representao incorre-ta, voc ter como resultado uma montagem com interferncia.

    As cotas devem ser colocadas di-retamente no desenho, de forma completa e sem repeties, distri-budas nas trs vistas ortogrficas ou nas vistas representadas. Elas, tambm, devem manter a mesma unidade de medida, no podendo alterar, mesmo que em detalhe ampliado.

    Elementos de cotagem

    H quatro elementos imprescin-dveis para a cotagem, que voc conhecer a seguir.

    Linha auxiliar ou de cha-mada

    A linha auxiliar uma linha pro-longada da aresta da pea alm da linha de cota. Deve haver um ligeiro espao entre ela e o con-torno da pea.

    As linhas de chamada devem ser perpendiculares ao elemento di-mensionado, podendo ser incli-nadas a 60 quando necessrio. Sempre que possvel, as linhas auxiliares e as linhas de cota no devem ser interrompidas.

    As linhas de centro ou simetria podem ser usadas como linhas de chamada.

    Linha de cota

    a linha na qual colocado o valor da pea. Deve ser fina para que no contraste com as linhas de contorno do desenho.

    Preferencialmente, as linhas de cota e auxiliares no se cruzam, caso ocorra, no devem ser inter-rompidas no cruzamento.

    O valor de dimensionamento da cota deve ser colocado no centro.

    Setas (limites da cota)

    Nas extremidades da linha de cota devem constar setas ou traos oblquos. Num desenho tcnico formal deve ser utilizado somente um tipo, no podendo ser alterna-do.

    A seta mais correta a seta de ca-bea cheia, com dimenso mxi-ma de 3 mm de comprimento.

  • 27DESENHO TCNICO MECNICO

    Cota

    representada pelos valores nu-mricos da pea. Esses valores devem estar localizados na linha de cota, sempre acima e posicio-nados no centro. importante, tambm, que estejam localizados na vista que melhor indique o objeto dimensionado, e este deve sempre que possvel estar fora do desenho. H autores que defen-dem a colocao de algumas cotas dentro da pea, desde que traga mais clareza do objeto cotado.

    Quando cotada no interior da pea, e esta estiver hachurada, re-presentando um corte, a hachura dever ser interrompida no local da cota.

    A hachura no deve ser utilizada como linha de cota, linha de con-torno e linha de centro.

    Deve-se evitar, tambm, a cota-gem em linhas no visveis.

    Figura 24 - Linhas de Cota

    Fonte: ABNT (1987, p. 3).

    dimento, e nem muito grandes, se no houver muitos detalhes. Para alcanar o tamanho ideal, utilizam-se as escalas, que podem ser de diversos tipos. Veja: escala natural, escala de ampliao e es-cala de reduo representadas por dois nmeros separados por dois-pontos (ex.: 1:1 escala natural).

    Escala natural

    a escala que permite que uma pea seja desenhada em tamanho real. Representada na legenda pelo campo escala 1:1, ou abre-viada Esc. 1:1.

    Escala de reduo

    Quando uma pea for maior do que o formato da folha onde ela ser desenhada, a pea dever ser reduzida em relao s suas di-menses reais. Uma vez escolhida a escala, todas as dimenses de-vem ser divididas por ela.

    Exemplo de escala de reduo: 1:2; 1:2,5; 1:5; 1:10; 1:20; 1:50; 1:100.

    Figura 25 - Cotagem Linear: Exemplo de Cotagem de uma Pea Simples

    Fonte: ABNT (1987, p. 4).

    Figura 26 - Cotagem de ngulos

    Fonte: ABNT (1987, p. 5)

    Agora que voc j conhece os ele-mentos envolvidos na cotagem, estude as escalas.

    SEO 4 Escalas

    Os objetos possuem tamanhos diferenciados e para desenh-los dentro dos formatos padro ne-cessrio reduzi-los ou ampli-los conforme a convenincia. Os de-senhos devem estar dispostos de maneira que no paream muito pequenos, dificultando o enten-

  • 28 CURSOS TCNICOS SENAI

    Escala de ampliao

    Quando uma pea pequena demais para o formato da folha onde ela ser desenhada, a pea deve ser ampliada em relao s suas dimenses reais. Uma vez es-colhida a escala, todas as dimen-ses devem ser multiplicadas por ela.

    Exemplo de escala de ampliao: 2:1; 2,5:1; 5:1; 10:1; 20:1; 50:1; 100:1.

    A pea deve ser desenhada nas medidas resultantes da escala e o dimensionamento das cotas deve ser os valores reais da pea. Dessa forma, a pessoa que ir fabricar a pea no necessitar calcular para ver a medida real dela.

    SEO 5Croqui/esboo

    O croqui, tambm chamado de esboo ou rascunho, um traa-do da pea mo livre, sem es-cala, sem instrumentos, depen-dendo somente da habilidade do desenhista em traar uma linha perfeita.

    O croqui utilizado quando se precisa coletar as informaes de uma pea no local, numa mquina por exemplo, sem que haja neces-sidade de deslig-la ou desmont-la. As informaes so obtidas por meio de instrumentos de medio, desenhadas mo livre e, posteriormente, colocadas em desenho tcnico formal. Devem obedecer s regras do desenho tcnico, como cotas e utilizao das linhas.

    O croqui deve ser feito somente nos seguintes casos:

    in loco, com a finalidade de obter o desenho de uma pea na mquina para que a mesma seja confeccionada;

    esboo da ideia de um equipamento qualquer, com as dimenses principais da mquina;

    detalhamento de uma pea para fabricao; aps o esboo concludo, o mesmo deve ser redesenhado em folha-

    padro, com instrumentos e na escala adequada, aplicando smbolos, notas, informaes adicionais para a fabricao da mesma;

    h casos em que o croqui pode ser utilizado para guiar a fabricao, porm no recomendado, pois pode ocasionar alguns problemas como falta de atualizao, informaes incorretas, interpretao errada pelo fato de o desenho estar mo livre, dentre outras possibilidades de erro.

    Figura 27 - Esboo Mo Livre/Croqui

    SEO 6Vistas auxiliares

    Nas projees normais, para representar o desenho no 1 diedro, os

    planos da pea devem estar paralelos, porm h casos em que as peas possuem planos inclinados, sendo que, quando projetados para as vistas

    normais do desenho, a face no aparece em verdadeira grandeza, ocorre uma deformao por causa de sua inclinao. Nessas situaes, aplica-se

    a vista auxiliar. Para isso, utiliza-se uma das vistas em que aparece a face inclinada, projeta-se uma linha de referncia e faz-se o desenho da face em verdadeira grandeza. No h necessidade de desenhar toda a pea na vista auxiliar, somente o plano inclinado.

  • 29DESENHO TCNICO MECNICO

    A vista auxiliar pode ser conhecida na figura a seguir.

    Figura 28 - Vista Auxiliar

    SEO 7 Perspectiva

    Esta seo destaca a perspectiva isomtrica.

    A pea desenhada de tal forma que mostra trs de suas faces: frontal, superior e lateral esquerda.

    A base de uma perspectiva isomtrica so trs linhas, sendo duas incli-nadas a 30 e outra perpendicular ao vrtice das outras duas. Deve-se marcar nessas trs linhas a medida do comprimento, a largura e a altura; e, em seguida, traar linhas paralelas nesses pontos. Alm disso, execute os seguintes procedimentos:

    crie trs eixos, sendo dois a 30 e um perpendicular aos vrtices;

    marque nos trs eixos as medidas de comprimento, largura e altura;

    para dar forma pea, construa linhas paralelas aos trs eixos iniciais;

    importante o uso de es-quadros de 30 e 45, rgua T, ou rgua normal 30 cm.

    Figura 29 - Linhas: Perspectiva

    Isomtrica

    Figura 30 - Cubo e Perspectiva

  • 30 CURSOS TCNICOS SENAI

    Figura 31 - Exemplo de Perspectiva

    Figura 32 - Exemplo de Perspectiva

    Isomtrica

    Perspectiva isomtrica de uma circunferncia

    O resultado de uma perspectiva da circunferncia uma elipse.

    A sua construo parte de um quadrado desenhado em pers-pectiva, cujo lado o dimetro da circunferncia (passo 1). Deve-se achar os pontos mdios (centro das linhas) e unir o vrtice do qua-drado aos pontos mdios opostos ao vrtice (passos 1 e 2). Por fim, traa-se os raios (passos 3 a 6).

    Figura 33 - Detalhamento de Perspectiva de uma Circunferncia

    Figura 34 - Sequncia (1, 2, 3) para Desenhar um Crculo em Perspectiva

    Figura 35 - Sequncia (1, 2, 3) para Desenhar um Crculo em Perspectiva

  • 31DESENHO TCNICO MECNICO

    Figura 36 - Sequncia (4, 5) para Desenhar um Crculo em Perspectiva

    Figura 37 - Aplicao da Perspectiva de uma Circunferncia

    Perspectiva cavaleira

    Na perspectiva cavaleira uma face da pea desenhada exatamente de frente, em verdadeira grande-za. As outras faces so projetadas obliquamente, inclinadas a 30, 45 ou 60.

    Figura 38 - Perspectiva Mtrica

    Figura 39 - Perspectiva Cavaleira

    Agora que voc conhece a proje-o ortogonal, estude na prxima unidade cortes, sees e rupturas de um desenho.

    Voc sabe quando deve esco-lher a representao de um desenho em perspectiva ca-valeira?Quando a face frontal conti-ver detalhes, principalmente objetos circulares, para que sejam representados em ver-dadeira grandeza.

  • Unidade de estudo 3

    Sees de estudo

    Seo 1 Cortes e seesSeo 2 HachurasSeo 3 Corte totalSeo 4 Corte em desvioSeo 5 Corte parcialSeo 6 Meio-corteSeo 7 Omisso de corteSeo 8 SeesSeo 9 Rupturas

  • 33DESENHO TCNICO MECNICO

    SEO 1Cortes e sees

    Uma pea com muitos detalhes, representados por linhas no vi-sveis ou linhas tracejadas, pode dificultar o entendimento e a lei-tura do desenho. Portanto, nesses casos empregado o sistema de cortes para cada situao especfi-ca, representando com exatido o detalhe interno da pea.

    SEO 2Hachuras

    Segundo a Norma 12298 (ABNT, 1995), hachuras so representa-es do material em regies de corte. Todo desenho representado em corte deve conter hachuras, mas ateno: h hachuras especfi-cas para cada tipo de material. Por exemplo: metais, terreno, madei-ra, etc., conforme voc pode ob-servar na Figura 40.

    Na mecnica, como os materiais mais comuns so aos ou ferro fundido, a representao da ha-chura feita por meio de linhas paralelas, inclinadas a um ngulo de 45, com distncia proporcio-nal superfcie da pea, no mni-mo 0,7 mm, dentro da seo em corte.

    Cortes, Sees e Rupturas

    Numa mesma pea, a hachura deve estar na mesma direo. Quando da representao do corte em desenho de conjunto, contendo mais de uma pea cortada, a representao do corte feita por meio de hachuras em sentidos opostos ou em espaamentos diferentes.

    Figura 40 - Hachuras conforme Tipo de Material

    Fonte: Strauhs (2007, p. 82).

    Conhea a seguir o corte total, tambm muito importante na rea de desenho tcnico.

  • 34 CURSOS TCNICOS SENAI

    SEO 3Corte total

    O corte total deve ser representado em uma das vistas do desenho por meio de uma linha trao-ponto, que ultrapasse toda a pea, em sentido longitudinal ou transversal. As extremidades da linha de corte devem conter setas que mostram o sentido em que o corte observado, assim como tambm letras que indicam onde o corte ser representado.

    regio por onde passa a linha trao-ponto d-se o nome de indicao do corte e chama-se representao do corte a vista que mostra o corte com a hachura.

    Entenda melhor esses conceitos nas figuras a seguir.

    Figura 41 - Representao de Corte Total: Longitudinal

    Figura 42 - Representao de Corte Total: Transversal

    SEO 4Corte em desvio

    Quando os detalhes da pea que devem ser mostrados no estive-rem alinhados, ou quando, com um corte total, no for possvel mostrar todos os detalhes inter-nos da pea, deve-se usar o tipo de corte em desvio. O corte em desvio indicado por uma linha trao-ponto, sendo desviado a 90 em direo ao objeto que se quer mostrar. Da mesma forma como no corte total, a representao do corte deve ser feita em uma das vistas do desenho, como voc pode observar na Figura 43.

  • 35DESENHO TCNICO MECNICO

    Figura 43 - Representao de Corte em Desvio

    SEO 5Corte parcial

    O corte parcial deve mostrar um pequeno detalhe interno da pea, sem a necessidade de linhas de centro para representao do cor-te. O modelo do corte represen-tado como uma mordida na pea, ou seja, linhas sinuosas hachura-das onde se quer a representao do corte, conforme a figura a se-guir apresenta.

    Figura 44 - Corte Parcial de uma Pea

    Figura 45 - Corte Parcial de uma

    Montagem

    SEO 6Meio-corte

    , geralmente, utilizado para peas simtricas. O meio-corte mostra a representao interna da metade da pea, sendo que a outra meta-de ter os contornos visveis, sem linhas tracejadas.

    Indicao do Corte em Desvio

  • 36 CURSOS TCNICOS SENAI

    Figura 46 - Meio-Corte

    SEO 7Omisso de corte

    Para que se possa entender me-lhor a pea e seus detalhes, alguns objetos so omitidos em um cor-te, como: elementos de mquinas, parafusos, porcas, arruelas, eixos, pinos, rebites, chavetas, volantes e manpulos. Alguns detalhes da pea podem ser igualmente omiti-dos, como: nervuras, brao de um volante e dentes de engrenagem.

    No desenho abaixo, apresenta-do o corte A-A incorreto, pois na vista lateral em corte d a impres-so de que a pea macia, con-forme a vista isomtrica.

    Agora, no desenho abaixo, est representado o corte de forma correta, omitindo o corte na re-gio da nervura e hachurando so-mente uma parte da pea.

    Figura 48 - Representao de Corte em

    Nervura (Correto)

    SEO 8 Sees

    A seo de corte deve ser repre-sentada conforme o perfil da pea: diretamente nela, nos casos de nervuras ou outros perfis se-melhantes; entre a pea, sendo representada por uma ruptura na pea e o perfil da pea en-tre a ruptura; ou representada numa vista abaixo da pea.

    Conforme o perfil da pea, este deve ter uma linha especfica de ruptura.

    Figura 47 - Representao de Corte em

    Nervura (Incorreto)

  • 37DESENHO TCNICO MECNICO

    Figura 49 - Vista de Seo do Eixo

    Figura 50 - Seo da Pea em L

    Figura 51 - Seo da Pea em U

    O corte representado pelos seguintes itens:

    hachura (diferente para cada tipo de material);indicao do corte (plano de corte);representao do corte;nome do corte (A-A, B-B);sentido do corte (representa-do por setas).

    No corte parcial, no h plano de corte e sentido do corte.

    SEO 9 Rupturas

    um processo utilizado para reproduzir peas longas, fazendo uma representao de rompimento e mantendo o dimensionamento real. Observe na Figura 52.

    Figura 52 - Recomendao de Rupturas

    Fonte: Strauhs (2007, p. 83).

    Outra etapa importante do Desenho Tcnico o desenho de conjunto, que voc estudar na prxima unidade.

  • Unidade de estudo 4

    Sees de estudo

    Seo 1 Exploso da montagemSeo 2 Detalhamento de monta-gem e representao de elementos de mquina

  • 39DESENHO TCNICO MECNICO

    SEO 1Exploso da montagem

    A montagem de qualquer equipa-mento deve ser feita respeitando exatamente o posicionamento de cada pea. importante, ainda, desenhar os elementos de mqui-nas ou represent-los, com isso facilitando a viso geral do dese-nho. Para melhor visualizao da montagem e do posicionamento de cada pea, faz-se necessria a exploso da montagem, ou seja, uma representao do equipa-mento, com as peas separadas, porm alinhadas de forma que d o ntido posicionamento das mes-mas.

    Em alguns casos, interes-sante mostrar a sequncia de montagem de um equipa-mento, e para isso utilizada a exploso de peas, ou seja, uma sequncia das peas em vista isomtrica.

    Figura 53 - Morsa de Mesa: desenho

    em perspectiva isomtrica montado

    Desenho de Conjunto

    A exploso da montagem em vista isomtrica deve ser realizada obe-decendo a uma linha de trajetria imaginria como referncia de ali-nhamento das peas (linha trao-ponto). A numerao de cada pea interessante para identificar rapidamente peas duvidosas ou semelhan-tes. A NBR 13273: referncia a itens (1999) esclarece melhor a forma de referenciar os itens de uma montagem. Usualmente, a numerao indicada do seguinte modo:

    pela ordem de montagem; pela importncia das peas; pela disposio do desenho no sentido horrio.

    Figura 54 - Morsa de Mesa: vista explodida da montagem

  • 40 CURSOS TCNICOS SENAI

    SEO 2Detalhamento de montagem e representao de elementos de mquina

    No detalhamento de um conjunto, deve-se colocar as peas na posio montada e detalhar itens importantes como os elementos de mquinas. importante ainda utilizar vistas de seo, ampliao de detalhes e/ou cor-

    tes parciais. Mas ateno! Alguns elementos, ao invs de serem represen-

    tados por meio de desenho, so representados por um smbolo, pois cada

    elemento possui uma particularidade em sua representao. Por isso, caso tenha dvidas, consulte as normas da ABNT: NBR 11145:1990, NBR 11534:1991, 13104:1994, NBR 12288:1992 para maiores esclarecimen-tos.

    Observando as figuras a seguir voc tambm pode compreender melhor a montagem e a representao. Em seguida, fique atento para a prxima unidade.

  • 41DESENHO TCNICO MECNICO

    Figura 55 - Morsa de Mesa: detalhamento em vistas ortogrficas

    Figura 56 - Representao de Mola Sequncia respectivamente: mola normal/

    mola em corte/mola simplificada

    Fonte: ABNT (1990, p. 2).

  • Unidade de estudo 5

    Sees de estudo

    Seo 1 Tolerncia geomtrica de forma, orientao, posio e batimento Seo 2 Sistemas de tolerncia e ajustes dimensionais Seo 3 Rugosidade: indicao de estado de superfcie em desenhos tcnicos

  • 43DESENHO TCNICO MECNICO

    SEO 1Tolerncia geomtrica de forma, orientao, posio e batimento

    As tolerncias geomtricas devem ser indicadas no desenho sempre que necessrio para assegurar que a pea ser fabricada de forma funcional.

    O elemento de referncia para in-dicao da tolerncia pode ser um ponto, uma linha ou uma super-fcie.

    Conhea, na tabela apresentada a seguir, os principais smbolos e as caractersticas toleradas:

    Tolerncia Geomtrica e Dimensional

    Tabela 4 - Principais Smbolos e caractersticas Toleradas

    CARACTERSTICAS TOLERADAS SMBOLO

    FORMA

    Retitude

    Planeza

    Circularidade

    Cilindricidade

    Perfil de linha qualquer

    Perfil de superfcie qualquer

    ORIENTAO

    Paralelismo

    Perpendicularismo

    Inclinao

    POSIO

    Posio

    Concentricidade

    Coaxialidade

    Simetria

    BATIMENTOCircular

    Total

    Fonte: ABNT (1997).

  • 44 CURSOS TCNICOS SENAI

    As tolerncias geomtricas po-dem ser representadas e indicadas direta ou indiretamente no dese-nho da pea.

    A forma de representao das tolerncias geomtricas deve ser realizada num retngulo, no qual deve ser colocado respectivamen-te:

    o smbolo da tolerncia geo-mtrica;

    o valor dimensional da gran-deza tolerada;

    a letra de referncia.

    Nas figuras a seguir voc poder observar diversos tipos de tole-rncias geomtricas. Acompanhe!

    Figura 57 - Indicao de tolerncia

    para elementos isolados

    Fonte: ABNT (1997, p. 3).

    ou

    Figura 58 - Indicao de tolerncia

    para elementos associados

    Fonte: ABNT (1997, p. 3).

    Figura 59 - Indicao de elemento

    tolerado, contorno, linha de chamada

    ou linha de simetria

    Fonte: ABNT (1997, p. 4).

    Figura 60 - Tolerncia de Planicidade e

    Retilineidade de 0,01

    Figura 61 - Tolerncia de Circularidade de 0,01 em relao a A e tolerncia

    de Perpendicularidade de 0,01 em relao a B

    Figura 62 - Tolerncia de Paralelismo

    de 0,2 em relao seta de indicao

    na Superfcie A e Superfcie B

    Figura 63 - Tolerncia de Paralelismo

    de 0,2 em relao a A e em relao

    a B

  • 45DESENHO TCNICO MECNICO

    Figura 64 - Tolerncia de Inclinao em relao a A-B

    Figura 65 - Tolerncia de posio em

    relao a B e C

    Figura 66 - Tolerncia de Retilineidade

    de 0,1

    Figura 67 - Tolerncia de Planeza de

    0,05

    Figura 68 - Tolerncia de Circularidade

    de 0,02

  • 46 CURSOS TCNICOS SENAI

    Figura 69 - Tolerncia de Circularidade de 0,1

    Figura 70 - Tolerncia de Perpendicularidade de 0,1 em relao a A

    Figura 71 - Tolerncia de Perpendicula-

    ridade de 0,1 em relao a A

    Figura 72 - Tolerncia de Batimento e

    batimento total de 0,1 em relao a

    A-B

  • 47DESENHO TCNICO MECNICO

    SEO 2Sistemas de tolerncia e ajustes dimensionais

    O sistema de tolerncia e ajus-tes fixa o conjunto de princpios, regras e tabelas que se aplica tecnologia mecnica, a fim de permitir uma escolha racional de tolerncias e ajustes, objetivando a fabricao de peas intercambi-veis.

    O campo de aplicao desse siste-ma de at 3.150 mm.

    Os principais conceitos que voc precisa compreender sobre siste-mas de tolerncia esto apresenta-dos a seguir, acompanhe.

    Dimenso nominal dimen-so a partir da qual so derivadas as dimenses limites.

    Furo base furo cujo afasta-mento inferior zero.

    Dimenso nominal a dimenso principal da pea, em que so derivadas as dimenses limites superior e inferior.

    Linha zero (Lz) nos de-senhos de peas em que se faz necessria a indicao dos limites permissveis para a dimenso efetiva, indica-se a linha zero, que uma linha tracejada, colocada exatamente na posio corres-pondente dimenso nominal.

    Figura 73 - Representao da Linha Zero e Dimenso Nominal

    Fonte: ABNT (1995).

    Afastamentos diferena entre uma dimenso e a corres-pondente dimenso nominal.

    Afastamentos fundamentais diferena algbrica entre uma dimenso e a correspondente dimenso nominal. Os afasta-mentos so designados por letras maisculas para furos (de A at ZC) e por letras minsculas para eixos (de a at zc). Para evitar confuso, no so utiliza-das as letras: I, i; L, l; Q, q; O, o; W, w.

    Tolerncia diferena entre a dimenso mxima e a mnima. A tolerncia um valor absoluto, sem sinal.

    Tolerncia-padro (IT) internacional tolerance. Graus de tolerncia IT

    os graus de tolerncia IT so designados pelas letras IT e por um nmero. O sistema prev 18 graus de tolerncia-padro para uso geral.

    Classe de tolerncia com-binao de letras seguidas por um nmero. Exemplo: H7 (furos); h7 (eixos).

    Afastamento superior (ES, es) diferena algbrica entre a dimenso mxima e a cor-respondente dimenso nominal. ES para furos, es para eixos.

    Afastamento inferior (EI, ei) diferena algbrica entre a dimenso mnima e a cor-respondente dimenso nominal. EI para furos, ei para eixos.

    Folga o dimetro do eixo menor que o dimetro do furo.

    Interferncia o dimetro do eixo maior que o dimetro do furo.

    Ajuste relao resultante da diferena entre as dimenses dos dois elementos a serem monta-dos.

    Ajuste com folga a dimen-so mnima do furo maior que a mxima do eixo.

  • 48 CURSOS TCNICOS SENAI

    Ajuste com interferncia a dimenso mxima do furo me-nor que a mnima do eixo.

    Ajuste incerto pode ocorrer uma folga ou uma interferncia, ou seja, os campos de tolerncia do furo e eixo se sobrepem parcialmente ou totalmente.

    Sistema de ajuste furo/base sistema no qual as folgas ou in-terferncias exigidas so obtidas pela associao de eixos de vrias classes de tolerncias, com furos de uma nica classe.

    Sistema de ajuste eixo/base sistema no qual as folgas ou in-terferncias exigidas so obtidas pela associao de furos de vrias classes de tolerncias com eixos de uma nica classe.

    Uma dimenso com tolerncia deve ser designada pela dimenso nominal seguida pela designao da classe de tolerncia exigida ou os afastamentos em valores nu-mricos.

    100 g6 ou 100 0,012 0,034

    Para distinguir furos de eixos, usa-se letras maisculas para furos e minsculas para eixo.

    50 H7 (furo)

    100 g6 (eixo)

    Para eixos com ajustes de a at h os afastamentos so inferiores. De j at zc, superiores.

    Para furos, os afastamentos so iguais aos valores negativos dos tabela-dos.

    Para furos com ajustes de A at H os afastamentos da tabela so inferiores. De J at ZC, superiores.

    Vantagens do uso da tolerncia:Os desenhos so mais fceis de ler e assim a comunicao feita de forma mais efetiva ao usurio do desenho.

    O desenhista ganha tempo evitando clculos detalhados de tolerncias.

    O desenho mostra rapidamente que elementos podem ser produzidos por processo normal e possveis inspees da qualidade.

    Sistema de ajustes e tolerncias:Conhea a seguir, por meio das tabelas, os valores numricos referentes a sistema de ajustes e tolerncia.

    Figura 74 - Sistema de Ajustes e Tolerncias

    Fonte: ABNT (1995).

  • 49DESENHO TCNICO MECNICO

    Tabela 5 - Graus de Tolerncia-Padro

    Valores numricos de graus de tolerncia-padro IT para dimenses nominais at 3.150 mmDimenso Nominal

    Graus de Tolerncia-PadroIT1 IT2 IT3 IT4 IT5 IT6 IT7 IT8 IT9 IT10 IT11 IT12 IT13 IT14 IT15 IT16 IT17 IT18

    acima at e incl.Tolerncia

    mcrons (mm) milmetro (mm)

    - 3 0,8 1,2 2 3 4 6 10 14 25 40 60 0,1 0,14 0,25 0,4 0,6 1 1,4

    3 6 1 1,5 2,5 4 5 8 12 18 30 48 75 0,12 0,18 0,3 0,48 0,75 1,2 1,8

    6 10 1 1,5 2,5 4 6 9 15 22 36 58 90 0,15 0,22 0,36 0,58 0,9 1,5 2,2

    10 18 1,2 2 3 5 8 11 18 27 43 70 110 0,18 0,27 0,43 0,7 1,1 1,8 2,7

    18 30 1,5 2,5 4 6 9 13 21 33 52 84 130 0,21 0,33 0,52 0,84 1,3 2,1 3,3

    30 50 1,5 2,5 4 7 11 16 25 39 62 100 160 0,25 0,39 0,62 1 1,6 2,5 3,9

    50 80 2 3 5 8 13 19 30 46 74 120 190 0,3 0,46 0,74 1,2 1,9 3 4,6

    80 120 2,5 4 6 10 15 22 35 54 87 140 220 0,35 0,54 0,87 1,4 2,2 3,5 5,4

    120 180 3,5 5 8 12 18 25 40 63 100 160 250 0,4 0,63 1 1,6 2,5 4 6,3

    180 250 4,5 7 10 14 20 29 46 72 115 185 290 0,46 0,72 1,15 1,85 2,9 4,6 7,2

    250 315 6 8 12 16 23 32 52 81 130 210 320 0,52 0,81 1,3 2,1 3,2 5,2 8,1

    315 400 7 9 13 18 25 36 57 89 140 230 360 0,57 0,89 1,4 2,3 3,6 5,7 8,9

    400 500 8 10 15 20 27 40 63 97 155 250 400 0,63 0,97 1,55 2,5 4 6,3 9,7

    500 630 9 11 16 22 32 44 70 110 175 280 440 0,7 1,1 1,75 2,8 4,4 7 11

    630 800 10 13 18 25 36 850 80 125 200 320 500 0,8 1,25 2 3,2 5 8 12.5

    800 1000 11 15 21 28 40 56 90 140 230 360 560 0,9 1,4 2,3 3,6 5,6 9 14

    1000 1250 13 18 24 33 47 66 105 165 260 420 660 1,05 1,65 2,6 4,2 6,6 10,5 16.5

    1250 1600 15 21 29 39 55 798 125 195 310 500 7980 1,25 1,95 3,1 5 7,8 12,5 19.5

    1600 2000 18 25 35 46 65 92 150 230 370 600 920 1,5 2,3 3,7 6 9,2 15 23

    2000 2500 22 30 41 55 78 110 175 280 440 700 110 1,75 2,8 4,4 7 11 17,5 28

    2500 3150 26 36 50 68 96 135 210 330 540 860 1350 2,1 3,3 5,4 8,6 13,5 21 33

    Fonte: ABNT (1995).

  • 50 CURSOS TCNICOS SENAI

    Tabela 6 - Valores numricos dos afastamentos fundamentais para eixos (continua)

    Dimenso Nominal

    Afastamento Superior - ESAfastamentos Fundamentais

    Afastamento Inferior - EI

    Todos os graus de tolerncia-padro it5 e

    it

    6 it7 it8 it4 a

    it

    e7

    ate

    it3

    Todos os graus de tolerncia padro

    Acimaat e

    inclusive a b c cd d e ef f fg g h js j k m n p r s t u v x y z za zb zc

    - 3 -270 -140 -60 -34 -20 -14 -10 -6 -4 -2 0

    Afa

    stam

    ento

    = +

    - Itn

    / 2

    , o

    nde

    n va

    lor

    IT

    -2 -4 -6 0 0 +2 +4 +6 +10 +14 +18 +20 +26 +32 +40 +603 6 -270 -140 -70 -46 -30 -20 -14 -10 -6 -4 0 -2 -4 +1 0 +4 +8 +12 +15 +19 +23 +28 +35 +42 +50 +806 10 -280 -150 -80 -56 -40 -25 -18 -13 -8 -5 0 -2 -5 +1 0 +6 +10 +15 +19 +23 +28 +34 +42 +52 +67 +97

    10 14-290 -150 -95

    -50 -32

    -16

    -6 0 -3 -6

    +1 0 +7 +12 +18 +23 +28

    +33

    +40 +50 +64 +90 +130

    14 18 +39 +45 +60 +77 +108 +150

    18 24-300 -160 -110

    -65 -40

    -20

    -7 0 -4 -8

    +2 0 +8 +15 +22 +28 +35 +41

    +41 +47 +54 +63 +73 +98 +136 +180

    24 30 +48 +55 +64 +75 +88 +118 +160 +21830 40 -310 -170 -120

    -80 -50

    -25

    -9 0 -5 -10

    +2 0 +9 +17 +26 +34 +43 +48 +60 +68 +80 +94 +112 +148 +200 +274

    40 50 -320 -180 -130 +54 +70 +81 +97 +114 +136 +180 +242 +32550 65 -340 -190 -140 -100 -60 -30 -10 0 -7 -12 +2 0 +11 +20 +32 +41 +53 +66 +87 +102 +122 +144 +172 +226 +300 +40565 80 -360 -200 -150 +43 +59 +75 +102 +120 +146 +174 +210 +274 +360 +48080 100 -380 -220 -170 -120 -72 -36 -12 0 -9 -15 +3 0 +13 +23 +37 +51 +71 +91 +124 +146 +178 +214 +258 +335 +445 +585

    100 120 -410 -240 -180 +54 +79 +104 +144 +172 +210 +254 +310 +400 +525 +690120 140 -460 -260 -200 -145 -85 -43 -14 0 -11 -18 +3 0 +15 +27 +43 +63 +92 +122 +170 +202 +248 +300 +365 +470 +620 +800140 160 -520 -280 -210 +65 +100 +134 +190 +228 +280 +340 +415 +535 +700 +900160 180 -580 -310 -230 +68 +108 +146 +210 +252 +310 +380 +465 +600 +780 +1000180 200 -660 -340 -240 -170 -100 -50 -15 0 -13 -21 +4 0 +17 +31 +50 +77 +122 +166 +236 +284 +350 +425 +520 +670 +880 +1150200 225 -740 -380 -260 +80 +130 +180 +258 +310 +385 +470 +575 +740 +960 +1250225 250 -820 -420 -280 +84 +140 +196 +284 +340 +425 +520 +640 +820 +1050 +1350250 280 -920 -480 -300 -190 -110 -56 -17 0 -16 -26 +4 0 +20 +34 +56 +94 +158 +218 +315 +385 +475 +580 +710 +920 +1200 +1550280 315 -1050 -540 -330 +98 +170 +240 +350 +425 +525 +650 +790 +1000 +1300 +1700315 355 -1200 -600 -360 -210 -125 -62 -18 0 -18 -28 +4 0 +21 +37 +62 +108 +190 +268 +390 +475 +590 +730 +900 +1150 +1500 +1900355 400 -1350 -680 -400 +114 +208 +294 +435 +530 +660 +820 +1000 +1300 +1650 +2100400 450 -1500 -760 -440 -230 -135 -68 -20 0 -20 -32 +5 0 +23 +40 +68 +126 +232 +330 +490 +595 +740 +920 +1100 +1450 +1850 +2400450 500 -1650 -840 -480 +132 +252 +360 +540 +660 +820 +1000 +1250 +1600 +2100 +2600

  • 51DESENHO TCNICO MECNICO

    Tabela 6 - Valores numricos dos afastamentos fundamentais para eixos (continua)

    Dimenso Nominal

    Afastamento Superior - ESAfastamentos Fundamentais

    Afastamento Inferior - EI

    Todos os graus de tolerncia-padro it5 e

    it

    6 it7 it8 it4 a

    it

    e7

    ate

    it3

    Todos os graus de tolerncia padro

    Acimaat e

    inclusive a b c cd d e ef f fg g h js j k m n p r s t u v x y z za zb zc

    - 3 -270 -140 -60 -34 -20 -14 -10 -6 -4 -2 0

    Afa

    stam

    ento

    = +

    - Itn

    / 2

    , o

    nde

    n va

    lor

    IT

    -2 -4 -6 0 0 +2 +4 +6 +10 +14 +18 +20 +26 +32 +40 +603 6 -270 -140 -70 -46 -30 -20 -14 -10 -6 -4 0 -2 -4 +1 0 +4 +8 +12 +15 +19 +23 +28 +35 +42 +50 +806 10 -280 -150 -80 -56 -40 -25 -18 -13 -8 -5 0 -2 -5 +1 0 +6 +10 +15 +19 +23 +28 +34 +42 +52 +67 +97

    10 14-290 -150 -95

    -50 -32

    -16

    -6 0 -3 -6

    +1 0 +7 +12 +18 +23 +28

    +33

    +40 +50 +64 +90 +130

    14 18 +39 +45 +60 +77 +108 +150

    18 24-300 -160 -110

    -65 -40

    -20

    -7 0 -4 -8

    +2 0 +8 +15 +22 +28 +35 +41

    +41 +47 +54 +63 +73 +98 +136 +180

    24 30 +48 +55 +64 +75 +88 +118 +160 +21830 40 -310 -170 -120

    -80 -50

    -25

    -9 0 -5 -10

    +2 0 +9 +17 +26 +34 +43 +48 +60 +68 +80 +94 +112 +148 +200 +274

    40 50 -320 -180 -130 +54 +70 +81 +97 +114 +136 +180 +242 +32550 65 -340 -190 -140 -100 -60 -30 -10 0 -7 -12 +2 0 +11 +20 +32 +41 +53 +66 +87 +102 +122 +144 +172 +226 +300 +40565 80 -360 -200 -150 +43 +59 +75 +102 +120 +146 +174 +210 +274 +360 +48080 100 -380 -220 -170 -120 -72 -36 -12 0 -9 -15 +3 0 +13 +23 +37 +51 +71 +91 +124 +146 +178 +214 +258 +335 +445 +585

    100 120 -410 -240 -180 +54 +79 +104 +144 +172 +210 +254 +310 +400 +525 +690120 140 -460 -260 -200 -145 -85 -43 -14 0 -11 -18 +3 0 +15 +27 +43 +63 +92 +122 +170 +202 +248 +300 +365 +470 +620 +800140 160 -520 -280 -210 +65 +100 +134 +190 +228 +280 +340 +415 +535 +700 +900160 180 -580 -310 -230 +68 +108 +146 +210 +252 +310 +380 +465 +600 +780 +1000180 200 -660 -340 -240 -170 -100 -50 -15 0 -13 -21 +4 0 +17 +31 +50 +77 +122 +166 +236 +284 +350 +425 +520 +670 +880 +1150200 225 -740 -380 -260 +80 +130 +180 +258 +310 +385 +470 +575 +740 +960 +1250225 250 -820 -420 -280 +84 +140 +196 +284 +340 +425 +520 +640 +820 +1050 +1350250 280 -920 -480 -300 -190 -110 -56 -17 0 -16 -26 +4 0 +20 +34 +56 +94 +158 +218 +315 +385 +475 +580 +710 +920 +1200 +1550280 315 -1050 -540 -330 +98 +170 +240 +350 +425 +525 +650 +790 +1000 +1300 +1700315 355 -1200 -600 -360 -210 -125 -62 -18 0 -18 -28 +4 0 +21 +37 +62 +108 +190 +268 +390 +475 +590 +730 +900 +1150 +1500 +1900355 400 -1350 -680 -400 +114 +208 +294 +435 +530 +660 +820 +1000 +1300 +1650 +2100400 450 -1500 -760 -440 -230 -135 -68 -20 0 -20 -32 +5 0 +23 +40 +68 +126 +232 +330 +490 +595 +740 +920 +1100 +1450 +1850 +2400450 500 -1650 -840 -480 +132 +252 +360 +540 +660 +820 +1000 +1250 +1600 +2100 +2600

  • 52 CURSOS TCNICOS SENAI

    Tabela 6 - Valores numricos dos afastamentos fundamentais para eixos (continuao)

    Dimenso Nominal

    Afastamento Superior - ES Afastamentos Fundamentais Afastamento Inferior - EI

    Todos os graus de tolerncia-padro it5 e it6 it7 it8 it4 a ite7 ate it3 Todos os graus de tolerncia padro

    Acimaat e

    inclusive a b c cd d e ef f fg g h js j k m n p r s t u v x y z za zb zc

    500 560 -260 -145 -76 -22 0

    Afa

    stam

    ento

    = +

    - Itn

    / 2

    , o

    nde

    n va

    lor

    IT

    0 0 +26 +44 +78 +150 +280 +400 +600

    560 630 +155 +310 +450 +660

    630 710 -290 -160 -80 -24 0 0 0 +30 +50 +88 +175 +340 +500 +740

    710 800 +185 +380 +560 +840

    800 900 -320 -170 -86 -26 0 0 0 +34 +56 +100 +210 +430 +620 +940

    900 1000 +220 +470 +680 +1050

    1000 1120 -350 -195 -98 -28 0 0 0 +40 +66 +120 +250 +520 +780 +1150

    1120 1250 +260 +580 +840 +1300

    1250 1400 -390 -220 -110 -30 0 0 0 +48 +78 +140 +300 +640 +960 +1450

    1400 1600 +330 +720 +1050 +1600

    1600 1800 -430 -240 -120 -32 0 0 0 +58 +92 +170 +370 +820 +1200 +1850

    1800 2000 +400 +920 +1350 +2000

    2000 2240 -480 -260 -130 -34 0 0 0 +68 +110 +195 +440 +1000 +1500 +2300

    2240 2500 +460 +1100 +1650 +2500

    2500 2800 -520 -290 -145 -38 0 0 0 +76 +135 +240 +550 +1250 +1900 +2900

    2800 3150 +580 +1400 +2100 +3200

    Fonte: ABNT (1995).

  • 53DESENHO TCNICO MECNICO

    Tabela 6 - Valores numricos dos afastamentos fundamentais para eixos (continuao)

    Dimenso Nominal

    Afastamento Superior - ES Afastamentos Fundamentais Afastamento Inferior - EI

    Todos os graus de tolerncia-padro it5 e it6 it7 it8 it4 a ite7 ate it3 Todos os graus de tolerncia padro

    Acimaat e

    inclusive a b c cd d e ef f fg g h js j k m n p r s t u v x y z za zb zc

    500 560 -260 -145 -76 -22 0

    Afa

    stam

    ento

    = +

    - Itn

    / 2

    , o

    nde

    n va

    lor

    IT

    0 0 +26 +44 +78 +150 +280 +400 +600

    560 630 +155 +310 +450 +660

    630 710 -290 -160 -80 -24 0 0 0 +30 +50 +88 +175 +340 +500 +740

    710 800 +185 +380 +560 +840

    800 900 -320 -170 -86 -26 0 0 0 +34 +56 +100 +210 +430 +620 +940

    900 1000 +220 +470 +680 +1050

    1000 1120 -350 -195 -98 -28 0 0 0 +40 +66 +120 +250 +520 +780 +1150

    1120 1250 +260 +580 +840 +1300

    1250 1400 -390 -220 -110 -30 0 0 0 +48 +78 +140 +300 +640 +960 +1450

    1400 1600 +330 +720 +1050 +1600

    1600 1800 -430 -240 -120 -32 0 0 0 +58 +92 +170 +370 +820 +1200 +1850

    1800 2000 +400 +920 +1350 +2000

    2000 2240 -480 -260 -130 -34 0 0 0 +68 +110 +195 +440 +1000 +1500 +2300

    2240 2500 +460 +1100 +1650 +2500

    2500 2800 -520 -290 -145 -38 0 0 0 +76 +135 +240 +550 +1250 +1900 +2900

    2800 3150 +580 +1400 +2100 +3200

    Fonte: ABNT (1995).

  • 54 CURSOS TCNICOS SENAI

    Tabela 7 - Valores numricos dos afastamentos fundamentais para furos (Continua)

    Dimenso Nominal

    Afastamento Inferior EI Afastamentos Fundamentais Afastamento Superior ES Valores para DELTA

    Todos os graus de tolerncia-padro IT6 IT7 IT8at acima at acima at acima at

    Graus de tolerncia padro acima de IT7 Graus de tolerncia-padro

    Acimaat e

    inclusive

    IT8 IT8 IT8 IT8 IT8 IT8 IT7

    A B C CD D E EF F FG G H JS J K M N NP

    aZCP R S T U V X Y Z ZA ZB ZC IT3 IT4 IT5 IT6 IT7 IT8

    - 3 +270 +140 +60 +34 +20 +14 +10 +6 +4 +2 0

    Afa

    stam

    ento

    +-I

    tn/2

    ond

    e n;

    val

    or IT

    +2 +4 +6 0 0 -2 -2 -4 -4

    Valo

    res

    para

    Gra

    us d

    e to

    ler

    ncia

    -pad

    ro

    acim

    a de

    IT7

    acre

    scid

    o po

    r D

    elta

    -6 -10 -14 -18 -20 -26 -32 -40 -60 0 0 0 0 0 0

    3 6 +270 +140 +70 +46 +30 +20 +14 +10 +6 +4 0 +5 +6 +10 -1+D -4+D -4 -8+D 0 -12 -15 -19 -23 -28 -35 -42 -50 -80 1 1,5 1 3 4 6

    6 10 +280 +150 +80 +56 +40 +25 +18 +13 +8 +5 0 +5 +8 +12 -1+D -6+D -6 -10+D 0 -15 -19 -23 -28 -34 -42 -52 -67 -97 1 1,5 2 3 6 7

    10 14+290 +150 +95 +50 +32 +16 +6 0 +6 +10 +15 -1+D -7+D -7 -12+D 0 -18 -23 -28 -33

    -40 -50 -64 -90 -1301 2 3 3 7 9

    14 18 -39 -45 -60 -77 -108 -150

    18 24+300 +160 +110 +65 +40 +20 +7

    0 +8 +12 +20 -2+D -8+D -8 -15+D 0 -22 -28 -35

    -41 -47 -54 -63 -73 -98 -136 -1881,5 2 3 4 8 12

    24 30 -41 -48 -55 -64 -75 -88 -118 -160 -218

    30 40 +310 +170 +120 +80 +50 +25 +9 0 +10 +14 +24 -2+D -9+D -9 -17+D 0 -26 -34 -43

    -48 -60 -68 -80 -94 -112 -148 -200 -274 1,5 3 4 5 9 14

    40 50 +320 +180 +130 -54 -70 -81 -97 -114 -136 -180 -242 -325

    50 65 +340 +190 +140 +100 +60 +30 +10 0 +13 +18 +28 -2+D -11+D -11 -20+D 0 -32

    -41 -53 -66 -87 -102 -122 -144 -172 -226 -300 -4052 3 5 6 11 16

    65 80 +360 +200 +150 -43 -59 -75 -102 -120 -146 -174 -210 -274 -380 -480

    80 100 +380 +220 +170 +120 +72 +36 +12 0 +16 +22 +34 -3+D -13+D -13 -23+D 0 -37

    -51 -71 -91 -124 -146 -178 -214 -258 -335 -445 -5852 4 5 7 13 19

    100 120 +410 +240 +180 -54 -79 -104 -144 -172 -210 -254 -310 -400 -525 -690

    120 140 +460 +260 +200

    +145 +85 +43 +14 0 +18 +26 +41 -3+D -15+D -15 -27+D 0 -43

    -63 -92 -122 -170 -202 -248 -300 -365 -470 -620 -800

    3 4 6 7 15 23 140 160 +520 +280 +210 -65 -100 -134 -190 -228 -280 -340 -415 -535 -700 -900

    160 180 +580 +310 +230 -68 -108 -146 -210 -252 -310 -380 -465 -600 -780 -1000

    180 200 +660 +340 +240

    +170 +100 +50 +15 +22 +30 +47 -4+D -17+D -17 -31+D 0 -50

    -77 -122 -166 -236 -284 -350 -425 -520 -670 -880 -1150

    3 4 6 9 17 26 200 225 +740 +380 +260 0 -80 -130 -180 -258 -310 -385 -470 -575 -740 -960 -1250

    225 250 +820 +420 +280 -84 -140 -196 -284 -340 -425 -520 -640 -820 -1050 -1350

    250 280 +920 +480 +300

    +190 +110 +56 +17 0 +25 +36 +55 -4+D -20+D -20 -34+D 0 -56

    -94 -158 -218 -315 -385 -475 -580 -710 -920 -1200 -1550

    4 4 7 9 20 29 280 315 +1050 +540 +330 -98 -170 -240 -350 -425 -525 -650 -790 -1000 -1300 -1700

    315 355 +1200 +600 +360 +210 +125 +62 +18 0 +29 +39 +60 -4+D -21+D -21 -37+D 0 -62

    -108 -190 -268 -390 -475 -590 -730 -900 -1150 -1500 -19004 5 7 11 21 32

    355 400 +1350 +680 +400 -114 -208 -294 -435 -530 -660 -820 -1000 -1300 -1650 -2100

    400 450 +1500 +760 +440 +230 +135 +68 +20 0 +33 +43 +66 -5+D -23+D -23 -40+D 0 -68

    -126 -232 -330 -490 -595 -740 -920 -1100 -1450 -1850 -24005 5 7 13 23 34

    450 500 +1650 +840 +480 -132 -252 -360 -540 -660 -820 -1000 -1250 -1600 -2100 -2600

  • 55DESENHO TCNICO MECNICO

    Tabela 7 - Valores numricos dos afastamentos fundamentais para furos (Continua)

    Dimenso Nominal

    Afastamento Inferior EI Afastamentos Fundamentais Afastamento Superior ES Valores para DELTA

    Todos os graus de tolerncia-padro IT6 IT7 IT8at acima at acima at acima at

    Graus de tolerncia padro acima de IT7 Graus de tolerncia-padro

    Acimaat e

    inclusive

    IT8 IT8 IT8 IT8 IT8 IT8 IT7

    A B C CD D E EF F FG G H JS J K M N NP

    aZCP R S T U V X Y Z ZA ZB ZC IT3 IT4 IT5 IT6 IT7 IT8

    - 3 +270 +140 +60 +34 +20 +14 +10 +6 +4 +2 0

    Afa

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    +-I

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    +2 +4 +6 0 0 -2 -2 -4 -4

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    elta

    -6 -10 -14 -18 -20 -26 -32 -40 -60 0 0 0 0 0 0

    3 6 +270 +140 +70 +46 +30 +20 +14 +10 +6 +4 0 +5 +6 +10 -1+D -4+D -4 -8+D 0 -12 -15 -19 -23 -28 -35 -42 -50 -80 1 1,5 1 3 4 6

    6 10 +280 +150 +80 +56 +40 +25 +18 +13 +8 +5 0 +5 +8 +12 -1+D -6+D -6 -10+D 0 -15 -19 -23 -28 -34 -42 -52 -67 -97 1 1,5 2 3 6 7

    10 14+290 +150 +95 +50 +32 +16 +6 0 +6 +10 +15 -1+D -7+D -7 -12+D 0 -18 -23 -28 -33

    -40 -50 -64 -90 -1301 2 3 3 7 9

    14 18 -39 -45 -60 -77 -108 -150

    18 24+300 +160 +110 +65 +40 +20 +7

    0 +8 +12 +20 -2+D -8+D -8 -15+D 0 -22 -28 -35

    -41 -47 -54 -63 -73 -98 -136 -1881,5 2 3 4 8 12

    24 30 -41 -48 -55 -64 -75 -88 -118 -160 -218

    30 40 +310 +170 +120 +80 +50 +25 +9 0 +10 +14 +24 -2+D -9+D -9 -17+D 0 -26 -34 -43

    -48 -60 -68 -80 -94 -112 -148 -200 -274 1,5 3 4 5 9 14

    40 50 +320 +180 +130 -54 -70 -81 -97 -114 -136 -180 -242 -325

    50 65 +340 +190 +140 +100 +60 +30 +10 0 +13 +18 +28 -2+D -11+D -11 -20+D 0 -32

    -41 -53 -66 -87 -102 -122 -144 -172 -226 -300 -4052 3 5 6 11 16

    65 80 +360 +200 +150 -43 -59 -75 -102 -120 -146 -174 -210 -274 -380 -480

    80 100 +380 +220 +170 +120 +72 +36 +12 0 +16 +22 +34 -3+D -13+D -13 -23+D 0 -37

    -51 -71 -91 -124 -146 -178 -214 -258 -335 -445 -5852 4 5 7 13 19

    100 120 +410 +240 +180 -54 -79 -104 -144 -172 -210 -254 -310 -400 -525 -690

    120 140 +460 +260 +200

    +145 +85 +43 +14 0 +18 +26 +41 -3+D -15+D -15 -27+D 0 -43

    -63 -92 -122 -170 -202 -248 -300 -365 -470 -620 -800

    3 4 6 7 15 23 140 160 +520 +280 +210 -65 -100 -134 -190 -228 -280 -340 -415 -535 -700 -900

    160 180 +580 +310 +230 -68 -108 -146 -210 -252 -310 -380 -465 -600 -780 -1000

    180 200 +660 +340 +240

    +170 +100 +50 +15 +22 +30 +47 -4+D -17+D -17 -31+D 0 -50

    -77 -122 -166 -236 -284 -350 -425 -520 -670 -880 -1150

    3 4 6 9 17 26 200 225 +740 +380 +260 0 -80 -130 -180 -258 -310 -385 -470 -575 -740 -960 -1250

    225 250 +820 +420 +280 -84 -140 -196 -284 -340 -425 -520 -640 -820 -1050 -1350

    250 280 +920 +480 +300

    +190 +110 +56 +17 0 +25 +36 +55 -4+D -20+D -20 -34+D 0 -56

    -94 -158 -218 -315 -385 -475 -580 -710 -920 -1200 -1550

    4 4 7 9 20 29 280 315 +1050 +540 +330 -98 -170 -240 -350 -425 -525 -650 -790 -1000 -1300 -1700

    315 355 +1200 +600 +360 +210 +125 +62 +18 0 +29 +39 +60 -4+D -21+D -21 -37+D 0 -62

    -108 -190 -268 -390 -475 -590 -730 -900 -1150 -1500 -19004 5 7 11 21 32

    355 400 +1350 +680 +400 -114 -208 -294 -435 -530 -660 -820 -1000 -1300 -1650 -2100

    400 450 +1500 +760 +440 +230 +135 +68 +20 0 +33 +43 +66 -5+D -23+D -23 -40+D 0 -68

    -126 -232 -330 -490 -595 -740 -920 -1100 -1450 -1850 -24005 5 7 13 23 34

    450 500 +1650 +840 +480 -132 -252 -360 -540 -660 -820 -1000 -1250 -1600 -2100 -2600

  • 56 CURSOS TCNICOS SENAI

    Tabela 7 - Valores numricos dos afastamentos fundamentais para furos (continuao)

    Dimenso Afastamento Inferior EI Afastamentos Fundamentais Afastamento Superior ES Valores para DELTA

    Nominal

    Todos os graus de tolerncia-padro IT6 IT7 IT8

    at acima at acima at acima at

    Graus de tolerncia-padro acima de IT7Graus de

    tolerncia-padroAcima at e inclusive IT8 IT8 IT8 IT8 IT8 IT8 IT7

    500 560 +260 +145 +76 +22 0

    Afa

    stam

    ento

    +-I

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    0 -26 -44

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    -78-150 -280 -400 -600

    560 630 -155 -310 -450 -660

    630 710 +290 +160 +80 +24 0 0 -30 -50 -88

    -175 -340 -500 -740

    710 800 -185 -380 -560 -840

    800 900 +320 +170 +86 +26 0 0 -34 -56 -100

    -210 -430 -620 -940

    900 1000 -220 -470 -680 -1050

    1000 1120 +350 +195 +98 +28 0 0 -40 -66 -120

    -250 -520 -780 -1150

    1120 1250 -260 -580 -840 -1300

    1250 1400 +390 +220 +110 +30 0 0 -48 -78 -140

    -300 -640 -960 -1450

    1400 1600 -330 -720 -1050 -1600

    1600 1800 +430 +240 +120 +32 0 0 -58 -92 -170

    -370 -820 -1200 -1850

    1800 2000 -400 -920 -1350 -2000

    2000 2240 +480 +260 +130 +34 0 0 -68 -110 -195

    -440 -1000 -1500 -2300

    2240 2500 -460 -1100 -1650 -2500

    2500 2800 +520 +290 +145 +38 0 0 -76 -135 -240

    -550 -1250 -1900 -2900

    2800 3150 -580 -1400 -2100 -3200 Fonte: ABNT (1995).

  • 57DESENHO TCNICO MECNICO

    Tabela 7 - Valores numricos dos afastamentos fundamentais para furos (continuao)

    Dimenso Afastamento Inferior EI Afastamentos Fundamentais Afastamento Superior ES Valores para DELTA

    Nominal

    Todos os graus de tolerncia-padro IT6 IT7 IT8

    at acima at acima at acima at

    Graus de tolerncia-padro acima de IT7Graus de

    tolerncia-padroAcima at e inclusive IT8 IT8 IT8 IT8 IT8 IT8 IT7

    500 560 +260 +145 +76 +22 0

    Afa

    stam

    ento

    +-I

    tn/2

    ord

    en; v

    alor

    0 -26 -44

    Valo

    res

    para

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    ncia

    pad

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    a de

    IT7

    ac

    resc

    ido

    por

    Del

    ta

    -78-150 -280 -400 -600

    560 630 -155 -310 -450 -660

    630 710 +290 +160 +80 +24 0 0 -30 -50 -88

    -175 -340 -500 -740

    710 800 -185 -380 -560 -840

    800 900 +320 +170 +86 +26 0 0 -34 -56 -100

    -210 -430 -620 -940

    900 1000 -220 -470 -680 -1050

    1000 1120 +350 +195 +98 +28 0 0 -40 -66 -120

    -250 -520 -780 -1150

    1120 1250 -260 -580 -840 -1300

    1250 1400 +390 +220 +110 +30 0 0 -48 -78 -140

    -300 -640 -960 -1450

    1400 1600 -330 -720 -1050 -1600

    1600 1800 +430 +240 +120 +32 0 0 -58 -92 -170

    -370 -820 -1200 -1850

    1800 2000 -400 -920 -1350 -2000

    2000 2240 +480 +260 +130 +34 0 0 -68 -110 -195

    -440 -1000 -1500 -2300

    2240 2500 -460 -1100 -1650 -2500

    2500 2800 +520 +290 +145 +38 0 0 -76 -135 -240

    -550 -1250 -1900 -2900

    2800 3150 -580 -1400 -2100 -3200 Fonte: ABNT (1995).

  • 58 CURSOS TCNICOS SENAI

    Agora, para facilitar o entendi-mento, estude os exemplos.

    Exemplo 1 Determi-nao das dimenses limites para o furo 35G6

    Informaes

    G Afastamento Fundamental (Tabela 7 para furos)

    6 valor numrico do grau de tolerncia-padro IT (Tabela 5)

    Buscando os dados nas tabelasTabela 5 verificando na Tabela 5 as dimenses nominais de 30 at 50; para o 35, a tolerncia-padro IT 6 de 16 m.

    Tabela 7 (para furos) o valor numrico do Afastamento Fun-damental, do campo de dimenso, de 30 a 40, e para a letra G de +9 m.

    Portanto:

    IT = 16 m

    Afastamento Fundamental = 9 m

    Calculando

    Afastamento Superior (ES) = Afastamento Fundamental, assim, o Afastamento Superior (ES) = +9 m ou + 0,009.

    Afastamento Inferior (EI) = ES +- IT (classe de A at H, o valor positivo).

    Afastamento Inferior (EI) = ES + IT

    Afastamento Inferior (EI) = +9 + 16

    Afastamento Inferior (EI) = + 25 m ou 0,025

    Dimenses limites calculados para o furo 35G6 = + 0,00935 + 0,025

    Exemplo 2 Determi-nao das dimenses limites para o furo 35N7

    Informaes

    N Afastamento Fundamental (Tabela 7 para furos)

    7 valor numrico do grau de tolerncia-padro IT (Tabela 5)

    Buscando os dados nas tabe-lasTabela 5 verificando na Tabela 5 as dimenses nominais 30 at 50, para o 35, a tolerncia-padro IT 7 25 m.

    Tabela 7 (para furos) o valor numrico do Afastamento Fun-damental, do campo de dimenso, de 30 a 40, e para a letra N de -17 + Delta, sendo que Delta para a tolerncia grau 7 = 9.

    Portanto: -17+9 = -8 m.

    Dessa forma:

    IT = 25 m

    Afastamento Fundamental = -8 m

    Calculando

    Afastamento Superior (ES) = Afastamento Fundamental, por-tanto,

    Afastamento Superior (ES) = - 8m ou - 0,008.

    Afastamento Inferior (EI) = ES +- IT (classe de K at ZC, o valor negativo).

    Afastamento Inferior (EI) = ES - IT

    Afastamento Inferior (EI) = -8 - 25

    Afastamento Inferior (EI) = - 33 m ou - 0,033

    Dimenses Limites calculadas para o furo 35N7 = - 0,033 35 - 0,008

    Exemplo 3 Determi-nao das dimenses limi-tes para o furo 35J6

    Informaes

    J Afastamento Fundamental (Tabela 7 para furos)

    6 valor numrico do grau de tolerncia-padro IT (Tabela 5)

    Buscando os dados nas tabelas

    Tabela 5 verificando na Tabela 5, nas dimenses nominais de 30 at 50, para o 35, a tolerncia-padro IT 6 16 m.

    Tabela 7 (para furos) o valor numrico do Afastamento Fun-damental, do campo de dimenso, de 30 a 40, e para a letra J, de +10 m.

    Portanto:

    IT = 16 m

    Afastamento Fundamental = +10 m

    Calculando

    Afastamento Superior (ES) = Afastamento Fundamental, por-tanto, o Afastamento Superior (ES) = +10m ou +0,010. Afastamento Inferior (EI) = ES +- IT (classe de K at ZC, o valor negativo)

    Afastamento Inferior (EI) = ES - IT

  • 59DESENHO TCNICO MECNICO

    Afastamento Inferior (EI) = +10 - 16

    Afastamento Inferior (EI) = - 6 m ou - 0,006

    Dimenses limites calculadas para o Furo 35J6 = - 0,006 35 + 0,010

    Ento, voc compreendeu esta etapa? Agora estude a rugosidade, sua prxima seo!

    SEO 3Rugosidade: indicao de estado de superfcie em desenhos tcnicos

    O smbolo bsico para indicao da superfcie do desenho cons-titudo por duas linhas, inclinadas a 60. Na tabela a seguir, conhea as figuras representativas e suas aplicaes:

    a. Smbolo bsico constitudo por duas linhas em 60 de diferentes ta-manhos.

    b. Exigncia de remoo de material.

    c. No permitida a remoo de material.

    d. Se for necessria a indicao de caracterstica especial do estado de superfcie.

    e. Valor principal da rugosidade obtido por qualquer processo de fabri-cao.

    f. Valor principal da rugosidade, deve ser obtido por remoo de ma-terial.

    g. Quando necessrio, estabelecer um valor mnimo e mximo da rugo-sidade principal.

    h. Quando um processo especfico de fabricao exigido, deve ser in-dicado no trao horizontal sem abreviatura.

    i. Comprimento da amostra.

    j. Para indicar o sentido da estria da rugosidade.

    k. Indicao de sobremetal para usinagem.

    O smbolo deve ser indicado uma vez para cada superfcie, porm quan-do as indicaes requeridas forem as mesmas, a indicao deve constar junto vista da pea.

    Quando o mesmo estado de superfcie exigido pela maioria das super-fcies de uma pea, as outras indicaes devem estar entre parnteses.

    Tabela 9 - Caractersticas da Rugosidade

    Classe de rugosidade (Ra) Desvio mdio em mcronsN12 50N11 25N10 12,5N9 6,3N8 3,2N7 1,6N6 0,8N5 0,4N4 0,2N3 0,1N2 0,05N1 0,025

    Fonte: ABNT (1984, p. 2).

    Tabela 8 - Smbolos de Rugosidade

    Fonte: Adaptado de ABNT (1984).

  • 61DESENHO TCNICO MECNICO

    Finalizando

    Parabns, voc concluiu mais uma unidade curricular do seu curso tcnico.

    O contedo desta unidade curricular contribuiu significativamente para o seu aperfeioamento profissional como tcnico em mecnica. Seja voc um desenhista ou projetista, deve aplicar di-retamente todos os conceitos aqui apresentados e procurar sempre a atualizao em normas tcnicas.

    Caso voc no esteja diretamente ligado ao projeto, mas pratica alguma atividade relacionada mecnica, primordial o conhecimento em desenho mecnico, pois em todas as reas da mecni-ca ele utilizado. Por exemplo: para fabricao de uma pea na usinagem ou na produo de componentes dentro de uma empresa montagem, assistncia tcnica, vendas, etc.

    Com o avano da tecnologia, a maioria das empresas aplica softwares especficos para desenho e projetos, porm, de nada adianta o melhor software se voc no entender os conceitos de de-senho tcnico, souber interpret-los, compreend-los e aplic-los.

    Continue pesquisando para crescer como profissional e sucesso em seus estudos!

  • Referncias

    63DESENHO TCNICO MECNICO

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 12298: representao de rea de corte por meio de hachuras em desenho tcnico. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 1995. 3 p.

    _______. Coletnea de normas de desenho tcnico. So Paulo, SP: SENAI, 1990. 86 p. (Programa de Publicaes Tcnicas e Didticas, Srie Organizao e Administrao; 1)

    _______. NBR 10126: cotagem em desenho tcnico. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 1987. 13 p.

    _______. NBR 10068: folha de desenho: leiaute e dimenses. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 1987. 4 p.

    _______. NBR 10582: apresentao da folha para desenho tcnico. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 1988. 4 p.

    _______. NBR 8402: execuo de caracter para escrita em desenho tcnico. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 1994. 4 p.

    _______. NBR 13142: desenho tcnico dobramento de cpia. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 1999. 3 p.

    _______. NBR 8196: desenho tcnico: emprego de escalas. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 1999. 2 p.

    CASILLAS, A. L. Mquinas: formulrio tcnico. 3. ed. So Paulo, SP: Mestre Jou, 1981. 634 p.

    DEL MONACO, Gino; RE, Vittorio. Desenho eletrotcnico e eletromecnico: para tc-nicos, engenheiros, estudantes de engenharia e tecnologia superior e para todos os interes-sados no ramo. So Paulo: Hemus, 1975. 511 p.

    MICELI, Maria Teresa; FERREIRA, Patricia. Desenho tcnico bsico. 2. ed. Rio de Ja-neiro, RJ: Ao Livro Tcnico, c2003. 143 p.

    PROVENZA, Francesco. Desenhista de mquinas. So Paulo: F. Provenza, 1976. 384 p.

    PROVENZA, Francesco. Projetista de mquinas. So Paulo, SP: Escola Pro-Tec, c1960. [m. p.]

    PUGLIESI, Marcio; TRINDADE, Diamantino Fernandes. Desenho mecnico e de m-quinas. S.l.: Ediouro, 19--. 242 p.

    STRAUHS, Faimara do Rocio. Curso tcnico em eletrotcnica: desenho tcnico: mdulo 1, livro 2. Curitiba: Base Didticos, 2007. 112 p.

    desenho_tecnico_mecanico