apostila de desenho geométrico e industrial cíntia

41
Apostila de Desenho Técnico Desenho Geométrico Básico, Industrial e Arquitetônico Informática Básica e Auto Cad 1º A 2009 Professora: Cíntia Souza da Silva

Upload: cintia-silva

Post on 25-Jun-2015

435 views

Category:

Documents


19 download

TRANSCRIPT

Page 1: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Apostila de Desenho Técnico

Desenho Geométrico Básico, Industrial e Arquitetônico

Informática Básica e Auto Cad

1º A – 2009

Professora: Cíntia Souza da Silva

Page 2: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

Desenho Técnico

Desenho Geométrico Básico, Industrial e Arquitetônico

1. Principais Conceitos e Fundamentos

Desenho – habilidade que qualquer pessoa pode desenvolver.

1.1. Os instrumentos de desenho

Para estudar e praticar o Desenho Básico devemos conhecer os instrumentos

necessários para por em prática tudo o vamos aprender para isto são necessários os

seguintes instrumentos:

a) Lápis ou lapiseira: Apresentam internamente o grafite ou mina, que tem

grau de dureza variável, classificado por letras, números ou a junção dos dois.

b) Papel: Blocos, cadernos ou folhas avulsas (papel ofício) de cor branca e

sem pautas. A4.

c) Régua: Em acrílico ou plástico transparente, graduada em cm

(centímetros) e mm (milímetros)

d) Par de esquadros: Em acrílico ou plástico transparente e sem graduação.

Os esquadros são destinados ao traçado e não para medir, o que deve ser

feito com a régua. Um deles tem os ângulos de 90°, 45° e 45° e o outro os

ângulos de 90°, 60° e 30°. Os esquadros formam um par quando, dispostos

como na figura, têm medidas coincidentes.

Page 3: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

e) Borracha: Branca e macia, preferencialmente de plástico sintético. Para

pequenos erros, usa-se também o lápis-borracha.

f) Compasso: Os fabricados em metal são mais precisos e duráveis. O

compasso é usado para traçar circunferências, arcos de circunferências (partes

de circunferência) e também para transportar medidas. Numa de suas hastes

temos a ponta seca e na outra o grafite.

g) Transferidor: Utilizado para medir e traçar ângulos, deve ser de material

transparente (acrílico ou plástico) e podem ser de meia volta (180°) ou de volta

completa (360°)

.

1.1.1. Entes Geométricos

Essas dimensões são as três medidas que compõem o nosso mundo

tridimensional: o comprimento, a largura e a altura ( ou a espessura em alguns

casos ).

Há forma que apresenta uma dimensão – comprimento. O ente geométrico

que traduz essa forma – linha.

Quando um objeto apresenta duas dimensões, isto é, um comprimento e uma

largura, o ente geométrico que o representa é o plano.

Page 4: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

Dando idéia de área, de superfície.

Finalmente, ao depararmo-nos com objetos que apresentam as três

dimensões, temos a idéia do volume.

Considerando essas três dimensões como infinitas, chegamos a outra idéia:

extensão sem limites, ou seja, o espaço geométrico. É no Espaço Geométrico

que se localizam os Entes Geométricos, que, organizados darão formato às

figuras ou Corpos Geométricos.

Os entes geométricos são conceitos primitivos e não têm definição. É através

de modelos comparativos que tentamos explica-los. São considerados como

elementos fundamentais da Geometria, e são:

- Ponto – Conforme já dito, não tem definição. Além disso, não

tem dimensão. Graficamente, expressa-se o ponto pelo sinal obtido

quando se toca a ponta do lápis no papel. É de uso representa-lo por

uma letra maiúscula ou algarismos, em alguns casos. Sua

representação também se dá pelo cruzamento de duas linhas, que

podem ser retas ou curvas.

- Linha – É o resultado do deslocamento de um ponto no espaço.

Em desenho é expressa graficamente pelo deslocamento do lápis sobre

o papel. A linha tem uma só dimensão: o comprimento. Podemos

interpretar a linha como sendo a trajetória descrita por um ponto ao se

deslocar.

- O Plano – É outro conceito primitivo. Através de nossa intuição,

estabelecemos modelos comparativos que o explicam, como: a

superfície de um lago com sua águas paradas, o tampo de uma mesa,

um espelho, etc. À esses modelos, devemos acrescentar a idéia de que

o plano é infinito. O plano é representado, geralmente, por uma letra do

alfabeto grego.

Page 5: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

- Reta – Pelas características especiais deste ente geométrico e

sua grande aplicação em Geometria e Desenho, faremos seu estudo de

forma mais detalhada a seguir.

A reta não possui definição, no entanto, podemos compreender este ente

como o “resultado do deslocamento de um ponto no espaço, sem variar a sua

direção”.

A reta é representada por uma letra minúscula e é infinita nas duas direções,

isto é, devemos admitir que o ponto já vinha se deslocando infinitamente antes

e continua esse deslocamento infinitamente depois.

Por um único ponto passam infinitas retas, enquanto que, por dois pontos

distintos, passa uma única reta.

Por uma reta passam infinitos planos.

Page 6: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

Da idéia de reta, originam-se outros elementos fundamentais para o Desenho

Geométrico:

- SEMI-RETA: É o deslocamento do ponto, sem variar a direção,

mas tendo um ponto como origem. Portanto, a semi-reta é infinita em

apenas uma direção. Um ponto qualquer, pertencente a uma reta,

divide a mesma em duas semi-retas.

- Semi-reta de origem no ponto A e que passa pelo ponto B (figura

1)

- Semi-reta de origem no ponto C e que passa pelo ponto D

(figura 2)

Um ponto qualquer, pertencente a uma reta, divide a mesma em duas semi-

retas.

- SEGMENTO DE RETA – É a porção de uma reta, limitada por

dois de seus pontos. O segmento de reta é, portanto, limitado e

podemos atribuir-lhe um comprimento. O segmento é representado

pelos dois pontos que o limitam e que são chamados de extremidades.

Ex: segmento AB, MN, PQ, etc.

- SEGMENTOS COLINEARES – São segmentos que pertencem à

mesma reta, chamada de reta suporte.

Page 7: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

-

- SEGMENTOS CONSECUTIVOS – São segmentos cuja

extremidade de um coincide com a extremidade de outro.

- RETAS COPLANARES – São retas que pertencem ao mesmo

plano.

- RETAS CONCORRENTES – São retas coplanares que

concorrem, isto é, cruzam-se num mesmo ponto; sendo esse ponto

comum às duas retas.

1.1.2. Posições de uma reta

a) Horizontal: É a posição que corresponde à linha do horizonte marítimo.

Page 8: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

b)Vertical: É a posição que corresponde à direção do fio de prumo

(instrumento utilizado pelo pedreiro, com a finalidade de alinhar uma parede ou

muro. Consiste em um barbante, contendo numa das extremidades um peso

em forma de pingente, que, pela ação da gravidade, dá a direção vertical).

c) Oblíqua ou Inclinada – É a exceção das duas posições anteriores, quer

dizer, a reta não está nem na posição horizontal, nem na posição vertical.

a) Perpendiculares – São retas que se cruzam formando um ângulo reto, ou

seja, igual a 90°

(noventa graus).

2. Associação Brasileira de Normas Técnicas

2.1. Formatos de Papel O formato básico de papel designado de A0 (A zero) considera um retângulo de 841

mm (x) por 1.189 mm (y) correspondente a 1 m² de área. Deste formato derivam-se os demais formatos na relação y = x√ 2 , conforme quadro abaixo:

Page 9: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

2.2. Pranchas ou folhas de desenho Normalmente empregam-se as denominadas “pranchas” ou “folhas” de desenho utilizando-se de vários módulos “A4”, cujas áreas variam da normalização citada. Esta adequação permite variar o tamanho da folha de desenho em função do desenho desejado, contribuindo em diminuição de espaço em branco. Procura-se empregar as medidas na horizontal (x) em módulos ímpares (185 mm), enquanto que, na vertical (y) esta medida pode variar até o limite do papel de mercado (1200 mm).

2.3. Dobradura em folhas

Para facilitar o arquivamento executa-se o dobramento das folhas de tal maneira que o resultado final é a dimensão da folha do módulo “A4” (folha do papel ofício igual a 210 x 297 mm). Se a modulação em x empregada for em número ímpar, tem-se uma dobradura perfeita, enquanto que, se for par haverá uma medida menor que um módulo resultando em uma dobragem denominada de “falsa”.

2.4. Escalas

Escala é a relação entre as dimensões representadas no desenho e as dimensões reais do objeto.

1 : 200

2.4.1.1. Desenho Real

- De Redução

Page 10: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

Quando o objeto a ser representado for muito grande, não podendo ser desenhado no tamanho natural, deve-se reduzir.

- De Ampliação

Quando o objeto a ser representado for muito pequeno, este deverá ser ampliado. Em arquitetura normalmente empregam-se as escalas de redução, uma vez que as medidas reais geralmente são grandes.

2.5. Condições básicas na escolha da escala

O tamanho do objeto a representar

As dimensões do papel disponível

A clareza e a precisão do desenho 2.6. Escalas Usuais

2.7. Escalas Numéricas

Forma de proporção - 1/100; 1/200; 1/125

Proporção ordinária - 1:100; 1:200; 1:125 A escala numérica é dada pela expressão:

1/E = d/D Onde: e = escala desejada d = medida do desenho D = medida real Ex: A medida real (D) é igual a 35 metros e a medida no papel (d) é igual a 35 cm.

Qual é a escala do desenho?

1/E = 0,35/ 35 E = 1:100

2.8. Escalas Gráficas

É a representação gráfica da escala numérica. Ela controla as variações que ocorrem nas ampliações, reduções, dilatação do papel etc, mantendo sempre a mesma proporcionalidade.

Conceitos:

Page 11: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

D = U/E e d = D/10

Onde: D = Divisão Principal (cm) U = Unidade escolhida (km, m, cm etc) E = Escala da planta (1:1.000) d = talão de escala (espaço inicial da escala ÷10 pares) Exemplo:

E = 1:1.000, D = 1 cm ....................U = 10 m e d = 1 mm

2.9. Letras e algarismos Os tipos de letras e algarismos empregados devem ser bem legíveis, de rápida

execução e de tamanho adequados ao desenho. No desenho através de pranchetas utiliza-se da caligrafia normografada (uso de réguas normógrafos, aranha e canetas a nanquim). Emprega-se também, em certos desenhos, a caligrafia técnica vertical ou inclinada. No desenho atual via computador trabalha-se com caligrafias definidas pelos softwares.

3. Legenda

A legenda é um quadro que deve ser apresentado no canto inferior à direita, com a finalidade de fornecer todas as informações para uma consulta rápida de identificação e interpretação do desenho.

3.1. Modelo de legenda

Deve constar:

Título do projeto

Numeração da obra e arquivamento

Denominação da obra

Nome do proprietário

Localização do imóvel (logradouro, bairro, cidade, estado)

Escalas utilizadas

Data

Áreas (construção, demolição, livres, total, etc)

Desenhista (nome, data, assinatura)

Engenheiro responsável (Nome, CREA, ART, RM, RO)

Outros

Page 12: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

4. Linhas e espessuras Em todo desenho deve-se empregar uma variância de tipos de linhas e espessuras,

permitindo adequar o que é mais importante a ser destacado na visualização, sendo recomendado adotá-las segundo as convenções estabelecidas pelas normalizações.

4.1. Tipos de linha

4.2. Espessuras

Grossa

Média

Fina

5. Denominações dadas em projetos arquitetônicos O posicionamento do observador define o plano de projeção desejado – Plano

Horizontal, Plano Vertical e Plano de Perfil os quais recebem as seguintes denominações:

a) Plano Horizontal = PLANTA Define a vista de cima, posicionado na altura que melhor represente as diversas

dimensões (comprimento e largura) do objeto, usualmente a 1,50 m de altura em relação ao piso.

b) Plano Vertical interno = CORTES

Vista do detalhamento interno em comprimento e altura

Page 13: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

c) Plano Perfil frontal = FACHADA Representa a vista externa do objeto.

6. Cotas Representam sempre dimensões reais do objeto e não dependem , portanto,

da escala em que o de senho está executado . São os números que

correspondem às medidas .

Obs. As cotas devem ser escritas na posição horizontal , de modo que sejam

lidas com o desenho em posição normal , colocando-se o leitor do lado direito

da prancha . Para localizar exatamente uma cota e indicar qual a parte ou

elemento do objeto a que ela se refere é necessário recorrer a dois tipos de

linhas que são:

a) linhas de chamada (ou de extensão ou , ainda linha de referencia )

b) linhas de cota ( ou de medida ) .

7. Simbolos Gráficos

Page 14: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

O desenho arquitetônico, por ser feito em escala reduzida e por abranger áreas

relativamente grandes, é obrigado a recorrer a símbolos gráficos. Assim utilizaremos

as simbologias para definir, como por exemplo, as paredes, portas, janelas, louças

sanitárias, telhas, concreto etc.

7.1. PAREDES Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15 cm

mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas paredes externas o

uso de paredes de 20 cm de espessura é o recomendado, mas não obrigatório. É, no

entanto obrigatório o uso de paredes de 20 cm de espessura quando esta se situa

entre dois vizinhos (de apartamento, salas comerciais...)

Convenciona-se para paredes altas ( que vão do piso ao teto ) traço grosso contínuo

e para paredes a meia altura , com traço médio contínuo , indicando a altura

correspondente .

7.2. PORTAS

1. Porta interna - Geralmente a comunicação entre dois ambientes não há

diferença de nível , ou seja estão no mesmo plano , ou ainda , possuem a mesma cota

.

2. Porta externa - A comunicação entre os dois ambientes ( externo e interno )

possuem cotas diferentes , ou seja o piso externo é mais baixo .

Nos banheiros a água alcança a parte inferior da porta ou passa para o ambiente

vizinho; os dois inconvenientes são evitados quando há uma diferença de cota nos

pisos de 1 a 2 cm pelo menos . Por esta razão as portas de sanitários desenham se

como as externas.

Page 15: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

7.2.1. Outros tipos de porta :

- De correr ou corrediça

- Porta pantográfica

- Porta pivotante

Page 16: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

- Porta basculante

- Porta de enrolar

7.3. JANELAS

O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m , sendo

estas representadas conforme a figura abaixo , sempre tendo como a primeira

dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente . Para janelas

em que o plano horizontal não o corta , a representação é feita com linhas invisíveis.

Page 17: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

Page 18: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

7.4. PEÇAS SANITÁRIAS

Page 19: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

7.5. MOVÉIS - SALA/QUARTO/COZINHA

Page 20: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

7.6. NA ÁREA DE SERVIÇO

Page 21: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

7.7. ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO

Todo compartimento deve ter, em plano vertical, ao menos uma abertura para o

exterior. Estas aberturas devem ser dotadas de persianas ou dispositivas que

permitam a renovação do ar. Nos compartimentos destinados a dormitórios não

será permitido o uso de material translúcido, pois é necessário assegurar sombra e

ventilação simultaneamente. As áreas destas aberturas serão proporcionais às

áreas dos compartimentos a iluminar e ventilar, e variáveis conforme o destino

destes compartimentos. As frações que representam as relações entre áreas de

piso e de esquadrias que apresentaremos, são as mínimas. Por isso sempre que

houver disponibilidade econômica, os vãos devem ter as maiores áreas possíveis.

7.7.1. DORMITÓRIOS ( local de permanência prolongada , noturna ) A área das aberturas não deverá ser inferior a 1/6 da área do piso .

7.7.2. SALAS DE ESTAR , REFEITÓRIOS , COPA , COZINHA , BANHEIRO , WC etc. ( local de permanência diurna )

A área das aberturas não deverá ser inferior a 1/8 da área do piso.

Essas relações serão de 1/5 e 1/7, respectivamente, quando os vãos abrirem

para áreas cobertas ou varandas e não houver parede oposta a esses vãos a

menos de 1.50 m do limite da cobertura dessas áreas.

Estas relações só se aplicam às varandas, alpendres e marquises, cujas

coberturas excedam a 1.00 m e desde que não exista parede nas condições

indicadas:

a) A relação passará para ¼ e 1/5 respectivamente, quando houver a

referida parede a menos de 1.50 m do limite da cobertura.

b) As aberturas nos dormitórios que derem para áreas cobertas são

consideradas de valor nulo para efeito de iluminação e ventilação.

c) Em hipótese alguma serão permitidas aberturas destinadas a ventilar

e iluminar compartimentos com menos de 0.60m2.

d) Também não serão considerados como iluminados e ventilados os

pontos que distarem mais de 2 vezes o valor do pé direito , quando o

vão abrir para área fechada , e 2 vezes e meia para os demais casos.

A iluminação e ventilação por meio de clarabóias serão toleradas em

compartimentos destinados a escadas, copa, despensa, oficina, e armazém

para depósito, desde que a área de iluminação e ventilação efetiva seja igual à

metade da área total do compartimento.

Quando a iluminação do compartimento se verificar por uma só de suas

faces, não deverá existir nessa face pano de parede que tenha largura maior

que 2 vezes e meia a largura da abertura ou a soma das aberturas .

Page 22: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

As escadas serão iluminadas em cada pavimento por meio de janelas ou de

vitrais o mais alto possível e que podem ser parcialmente fixos.

As janelas devem se possível, ficar situadas no centro das paredes, por

questão de equilíbrio na composição do interior.

Quando houver mais de uma janela em uma mesma parede, a distância

recomendável entre elas deve ser menor ou igual a ¼ da largura da janela, a

fim de que a iluminação se torne uniforme.

Com janelas altas conseguimos iluminar melhor as partes mais afastadas das

janelas.

As oficinas bem iluminadas geralmente possuem janelas altas, de pequena

altura de verga e de grande altura de peitoril.

8. Normas e Simbologias

Os símbolos gráficos usados nos diagramas unifilar são definidos pela norma NBR5444, para serem usados em planta baixa (arquitetônica) do imóvel. Neste tipo de planta é indicada a localização exata dos circuitos de luz, de força, de telefone e seus respectivos aparelhos.

As tabelas a seguir mostram a simbologia do sistema unifilar para instalações

elétricas prediais (NBR5444).

Page 23: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

Page 24: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

Page 25: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

Page 26: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

Page 27: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

9. Diagramas Multifilar e Unifilar

Os diagramas elétricos podem ser feitos de acordo como o modelo unifilar ou multifilar conforme seu objetivo.

Unifilar - Objetiva mostrar as interligações entre equipamentos sem minúcias quanto aos pontos de conexão existentes nesses equipamentos.

No transformador há duas linhas quando na realidade há oito.

Multifilar - Objetiva mostrar todos os condutores existentes em uma instalação.

Page 28: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

Este esquema unifilar é somente representado em plantas baixas, mas o eletricista

necessita de um outro tipo de esquema chamado multifilar, onde se mostram detalhes de ligações e funcionamento, representando todos os seus condutores, assim como símbolos explicativos do funcionamento, como demonstra o esquema a seguir:

10. Diagramas Elétricos Prediais

10.1. Lâmpada e Interruptor Simples

Esquema Multifilar

Esquema Unifilar

Page 29: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

10.2. Lâmpada, Tomada e Interruptor Simples

Esquema Multifilar

Esquema Unifilar

10.3. Lâmpada e Interruptor de Duas Seções

Esquema Multifilar

Esquema Unifilar

Page 30: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

Quando desejarmos representar, num esquema unifilar, um grupo de lâmpadas em

um mesmo ponto (lustre), devemos indicar, ao lado do símbolo de lâmpadas, o número de lâmpadas do grupo na ordem de acendimento.

Exemplo: Um lustre com 3 lâmpadas, em que uma seção acenda 2 lâmpadas e outra seção, comande a terceira lâmpada.

Esquema Multifilar

Esquema Unifilar

10.4. Lâmpada e Dois Interruptores Paralelos (Three-Way)

Esquema Multifilar

Esquema Unifilar

Page 31: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

10.5. Lâmpada, Dois Interruptores Paralelos (Three-Way) e um Intermediário (Four-Way)

Esquema de Funcionamento

Esquema Unifilar

Page 32: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

10.6. Aparelhos de Sinalização (campainha e cigarra)

Esquema Multifilar

Esquema Unifilar

11. Ligações de Lâmpadas Fluorescentes Na prática, chamamos de lâmpada fluorescente, a um conjunto composto de

lâmpada propriamente dita, reator, suporte e calha, se for de partida rápida. O tipo “convencional” ainda é composto por um “starter”.

Para que possamos ligar este conjunto à rede, é necessário que interliguemos seus componentes. Esta operação só será possível mediante a leitura do esquema de ligação afixado no reator, sendo que este esquema varia conforme o tipo de reator e seu fabricante.

Page 33: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

Abaixo, vemos alguns exemplos de esquemas de ligação de reatores. Ligação de

reator simples, tipo “convencional”.

11.1. Ligação de reator duplo, tipo “convencional”.

11.2. Ligação de reator duplo, “partida rápida”.

Page 34: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

Page 35: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

Page 36: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

12. Projeto de Instalações Elétricas Industriais

13. Diagramas Elétricos Industriais

13.1. Introdução Para o comando, regulação e proteção dos motores elétricos, que constituem os

elementos de potência das instalações elétricas industriais, empregam-se diferentes dispositivos tais como: contatores, disjuntores, reguladores, relés (proteção, auxiliares), eletroímãs, sinalizadores, engates eletromagnéticos, alarmes, freios mecânicos, etc., interligados por condutores elétricos. Estes dispositivos se conectam eletricamente a uma instalação elétrica em geral destinada a efetuar as operações requeridas em uma ordem determinada.

Os diagramas elétricos são desenhados, basicamente, desenergizados e mecanicamente não acionados. Quando um diagrama não for representado dentro desse princípio, nele devem ser indicadas as alterações. Os diagramas dividem-se em

Page 37: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

três grandes grupos para fins didáticos: esquemático, de blocos, e layout de montagem..

13.2. Diagrama Esquemático

Destinado a facilitar o estudo e a compreensão do funcionamento de uma instalação ou parte dela. Os elementos do diagrama dispõem-se de forma que possam facilitar sua interpretação e não seguindo a disposição espacial real. Isto quer dizer que diversos elementos condutores de corrente e os dispositivos de comando e proteção estão representados conforme a sua posição no circuito elétrico e independente da relação construtiva destes elementos. Os diagramas esquemáticos são classificados em 3 tipos:

a. Diagrama Unifilar

Representação simplificada, geralmente unipolar das ligações, sem o circuito de

comando, onde só os componentes principais são considerados. Em princípio todo projeto para uma instalação elétrica deveria começar por um diagrama unifilar.

.

b. Diagrama Multifilar

É a representação da ligação de todos os seus componentes e condutores. Em contraposição ao unifilar, todos os componentes são representados, sendo que a posição ocupada não precisa obedecer à posição física real em que se encontram. Como ambos os circuitos, (principal e auxiliar) são representados simultaneamente no diagrama, não se tem uma visão exata da “função” da instalação, dificultando, acima de tudo a localização de uma eventual falha, numa instalação de grande porte.

Page 38: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

c. Diagrama Funcional (Elementar)

A medida que os diagramas multifilares foram perdendo a utilidade, foram sendo substituídos pelos funcionais. Este tipo de diagrama representa com clareza os processo e o modo de atuação dos contatos, facilitando a compreensão da instalação e o acompanhamento dos diversos circuitos na localização de eventuais defeitos.

Basicamente o Diagrama Funcional é composto por 2 circuitos:

Circuito Principal ou de Força Onde estão localizados todos os elementos que tem interferência direta na

alimentação da máquina, ou seja, aqueles elementos por onde circula a corrente que alimenta a respectiva máquina.

Circuito Auxiliar ou de Comando Onde estão todos os elementos que atuam indiretamente na abertura, fechamento e

sinalização dos dispositivos utilizados no acionamento da máquina, em condições normais e anormais de funcionamento.

Os diagramas funcionais são os mais importantes do ponto de vista de projeto, permitindo obter uma idéia de conjunto sobre o sistema de comando adotado, que é a base de partida, proporcionando os dados fundamentais para a posterior realização dos diagramas de interligação, nos trabalhos de montagem como também a preparação da lista de materiais.

13.3. Diagrama de Blocos

Outro tipo de diagrama explicativo utilizado muitas vezes é o denominado Diagrama de Blocos. Consiste essencialmente em um desenho simples cujo objetivo é apresentar o princípio de funcionamento de uma instalação elétrica industrial.

A necessidade dos diagramas de blocos está muitas vezes no interesse em conhecer o funcionamento de uma instalação sem ter que analisar detalhadamente o diagrama funcional completo, o que levaria muito tempo.

Page 39: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

13.4. Layout de Montagem

O Layout de montagem constitui um documento importante para orientar a montagem, localização e reparação de falhas em todos os equipamentos que constituem uma instalação elétrica.

O layout que envolva máquinas, equipamentos elétricos, instalações, etc., devem refletir a distribuição real dos dispositivos, barramentos, condutores, etc., e seus elementos separados, como indicar os caminhos empregados para a interconexão dos contatos destes elementos.

Page 40: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

13.5. Identificação de Bornes em Diagramas de Interligação

Se duas ou mais partes de uma instalação estão interligadas entre si por condutores, estes são ligados em ambos os lados a blocos terminais (régua de bornes). Tanto os terminais quanto os conjuntos de bornes são identificados por letras e números.

Para os condutores, foi escolhido o critério da identificação do seu destino em cada borne de conexão. Observe o exemplo abaixo que representa uma interligação de 3 réguas de bornes com suas respectivas numerações.

Page 41: Apostila de desenho geométrico e industrial Cíntia

Introdução à Informática/CAD

Profª Cíntia Souza da Silva Coordenação de Eletrotécnica/Automação Industrial

14. Bibliografia Recomendada