apostila de cultura do milho - (zea mays)

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MEC – SETEC ESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE CRATO DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL COORDENAÇÃO GERAL DE ENSINO CULTURA DO MILHO TRABALHO DE CULTURAS ANUAIS (CULTURA DO MILHO) NOME: Jefferson Wallson Fernandes Frutuoso CÓDIGO: 07/141 SÉRIE: TURMA: “A”

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Apostila de cultura do milho. Subsídios para a implantação da cultura do milho. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA (ESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE CRATO).

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Page 1: Apostila de Cultura do Milho - (Zea mays)

MEC – SETECESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE CRATO

DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONALCOORDENAÇÃO GERAL DE ENSINO

CULTURA DO MILHO

TRABALHO DE CULTURAS ANUAIS(CULTURA DO MILHO)

NOME: Jefferson Wallson Fernandes Frutuoso CÓDIGO: 07/141SÉRIE: 2° TURMA: “A”

CRATO-CE, 18 DE MAIO DE 2008.

IMPLANTAÇÃO

Page 2: Apostila de Cultura do Milho - (Zea mays)

- ESCOLHA DA AREA: Para a implantação da cultura do milho deve-se observar

principalmente quatro fatores que são: a fertilidade do solo, drenagem, profundidade do solo e se é propicio a erosão.

- CONTROLE DE EROSÃO:Em caso de solos propícios a erosão, devemos tomar mais cuidado

com o solo utilizando os dois principais métodos de controle de erosão que são: CURVA DE NÍVEL E TERRAÇO.

O terraço deve ser utilizado em solos rasos, mal drenados e com declividades acima de 12%.

Já a curva de nível e indicada sempre que o terraço não for viável.

- PREPARO DO SOLO:No preparo do solo devemos realizar arações (de 20 a 30 cm de

profundidade) e gradagens segundo a tabela abaixo:

TIPO DE SOLO ARAÇAO GRADAGEMArenoso 1Argilo arenoso 1 1Areno argiloso 1 2Argiloso 2 2

- CALAGEM: Aplicar calcário dolomitico ou calcário agrícola para corrigir a acidez

do solo.

- ADUBAÇÃO MINERAL DE FUNDAÇÃO: Realizar adubação mineral de acordo com a analise de solo e a

produtividade esperada, pois o milho e uma das culturas que mais responde a adubação. - ÉPOCA DE SEMEADURA:

O plantio de milho na época indicada, embora não tenha efeito no custo de produção, seguramente afetará o rendimento e, consequentemente, o lucro do agricultor.

Hoje, com os avanços nos trabalhos na área de climatologia, o Brasil já tem um zoneamento agrícola que fornece informações sobre as épocas de plantio de milho, com menores riscos.

Na nossa região a indicação é semear no inicio do período chuvoso.

- SEMEADURA:

Page 3: Apostila de Cultura do Milho - (Zea mays)

A profundidade deve ser de 15 cm para solos argilosos e 10 cm para solos arenosos; e de 5 cm de largura.

A semeadura deve der de 7 a 8 sementes por metro linear.

- ESPAÇAMENTO:Associado à densidade de plantio está o espaçamento entre

fileiras que, no Brasil, varia de 0,80m a 1,00m, ou menos em alguns casos. Verifica-se que a tendência e de utilizar cada vez mais os espaçamentos reduzidos pela seguinte razão: aumento da produtividade de grãos, por propiciar maior número de plantas por área, aumento da utilização da luz solar, água e nutrientes, melhor controle da erosão e plantas daninhas.

Tabela de orientação de espaçamentos:ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS QUANTIDADE DE SEMENTES

POR METRO1,00m 7 a 80,90m 6 a 70,80m 5 a 6

- DENSIDADE DE PLANTIO: O rendimento de grãos de uma lavoura de milho eleva-se com o

aumento da densidade de plantio, até atingir uma densidade ótima, que é densidade de plantio, que é determinada pela cultivar e por condições edafo - climáticas do local e do manejo da lavoura.

Verifica-se que cultivares precoces exigem maior densidade de plantio em relação a materiais tardios, para expressarem maior rendimento de grãos.

P E C E N T A G E M

D E E S P I G A S

DENSIDADE DE PLANTAS (1.000)

Page 4: Apostila de Cultura do Milho - (Zea mays)

CONDUÇÃO

-CONTROLE DE PLANDAS DANINHAS:Definidas inicialmente como “plantas fora do lugar” as plantas

daninhas apresentam substancial importância para a produção agrícola, em virtude do grau de interferência imposta as culturas.

METODOS DE CONTROLE:

- PREVENTIVO: Consiste em utilizar sementes de boa qualidade livre de

sementes de plantas daninhas, limpeza do maquinário e dos implementos antes de ir pro campo. Outro controle de plantas invasoras, impedindo a produção de sementes em cercas, estradas, terraços, pátios, canais de irrigação para evitar a disseminação de plantas.

- CULTURAL:Esse método consiste na utilização das características da cultura

e do meio ambiente para favorecer as plantas do milho na competição com as plantas daninhas, favorecendo seu crescimento e desenvolvimento.

- MECÂNICO: Esse método divide-se em: capina manual e capina mecânica.- Capina manual: A capina manual é um método muito utilizado entre pequenos produtores.

Os produtores utilizam de duas a três capinas com enxadas entre 40 e 50 dias de emergência da cultura.- Capina mecânica: Consiste na utilização de um cultivador tracionado por um animal ou um trator.

Essas capinas devem ser feitas também entre 40 a 50 dias após a emergência da cultura.

- QUÍMICO:Consiste na utilização de produtos herbicidas registrados no

MINISTERIO DA AGRICULTURA.A seleção desses herbicidas deve ser feita baseada no tipo de

hervas daninhas que tem nesse solo.

- ADUBAÇAO DE COBERTURA: Realizar também adubação de cobertura de acordo com a analise

de solo, produtividade esperada e a classe de resposta a nitrogênio.

Page 5: Apostila de Cultura do Milho - (Zea mays)

- CONTROLE DE DOENÇAS:Deve-se fazer o controle das doenças quando necessário

observando o tipo de doença já que cada tipo tem um método de controle.

As doenças foliares causadas por fungos e bactérias provocam necrose que reduz a área foliar, e em conseqüência diminui a produção de fotossíntese. As podridões-do-colmo, que ocorre antes do florescimento podem acarretar o tombamento da planta. As doenças sistêmicas do milho, como viroses, enfezamentos e míldio, interferem nos processos fisiológicos, prejudicando o desenvolvimento normal da cultura.

A seguir as principais doenças da cultura do milho:

Mancha-por-exserohilum; Ferrugem comum; Ferrugem-polissora; Ferrugem branca ou ferrugem tropical; Mancha-por-phaeosphaeria; Míldio-do-sorgo; Mancha-por-cercospora; Enfezamentos; Virose-do-raiado-fino; Virose-do-mosaico-comum; Podridão-do-colmo.

-CONTROLE DE PRAGAS:Deve-se fazer o controle das pragas quando necessário,

observando o tipo de praga já que cada tipo tem um método de controle.

As pragas que atacam a cultura do milho podem ser divididas entre habtos subterrâneo que danificam as raízes e colmo das plantas, e as de habtos aéreos que danificam folhas, colmo, pendão e espiga.

As pragas da cultura do milho abaixo se destacam pelos seus níveis de danos econômicos:

Lagarta-do-cartucho; Lagarta elasmo; Diabrotica sp; Helicoverpa zea; Diatraea saccharalis; Agrotis ipsilon;

COLHEITA

Page 6: Apostila de Cultura do Milho - (Zea mays)

A colheita pode ser iniciada a partir da maturação fisiológica do grão, isto é, a partir do momento que eles atingirem 50% das sementes na espiga. Entretanto, se não há necessidade de colher mais cedo, pode-se iniciar a colheita após o teor de umidade 22%, levando em consideração o risco de deteriorização e a necessidade.

BENEFICIAMENTO

O amido é extraído do milho com o propósito alimentício e industrial. Do milho úmido moído são produzido glúten de milho, farelo de glúten de milho, farelo de gérmen e extratos fermentados que servem para a alimentação de vacas leiteras.

A moagem seca do milho produz a queirera de milho que é descascado e grosseiramente moído.

COMERCIALIZAÇÃO

O milho pode ser comercializado de varias formas, como por exemplo: moído, farelado, na espiga, enlatado ou em sacas de 60 kg. A mais usada em nossa região em sacas de 60 kg, já que o milho é mais vendido para alimentação animal como ração.

REFERÊNCIAS:

Pereira filho, Alexandre. Livro “O cultivo do milho-verde”. Sampaio nogueira, Homero. “Apostila culturas anuais EAF

CRATO-CE” Livro recomendações técnicas para o cultivo do milho

EMBRAPA.

Page 7: Apostila de Cultura do Milho - (Zea mays)

Jefferson Wallson Fernandes FrutuosoTécnico em Agropecuária

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