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NATASHA FRANCO VIEIRA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 1 Apostila De Controlador Lógico Programável

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Apostila De

Controlador Lógico Programável

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Sumario:

1. Introdução e Historia do C.L.P. 03 2. Vantagens do C.L.P. 04 3. Estrutura do LOGO 06 4. Conexão de Alimentação 07 5. Conexões de Entradas 08 6. Conexões de Saídas 09 7. Realizar Copia do Modulo de Programação para o LOGO 12 8. Capacidade de Memória para Funções Especiais 12 9. Tipos de Bornes 13 10. Programação Manual do LOGO 14 11. Principio de Funcionamento do LOGO 17 12. Estrutura Básica de um C.L.P. 18 13. Tipos de Variáveis 18 14. Entradas Discretas 19 15. Entradas Analógicas 19 16. Saídas Discretas 20 17. Elementos Básicos de um Programa Ladder 20 18. Funções Lógicas em Ladder 23 19. Circuitos de Selo 24 20. Instruções de Set e Reset 24 21. Circuitos de Detecção de Bordas 25 22. Mensagens do IHM do C.L.P. 26 23. Funções Especiais 27 24. Funções Especiais Temporização 28 25. Funções Especiais Contagem 30 26. Funções Especiais Analógicas 31 27. Funções Especiais Miscelâneas 32 28. Resumo das Funções Especiais 33

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1 – Introdução e História do P.L.C. C.L.P. - Controlador Lógico Programável definido primeiramente nos E.U.A. como P.L.C. – Programmable Logic Controller são equipamentos responsáveis por aplicações comerciais e industriais. O primeiro CLP foi desenvolvido no final de 1960. Foi desenvolvido para atender a flexibilidade das indústrias, no caso a automobilística onde a linha de montagem é dinâmica em relação ao modelo do carro a ser produzido. Foi então que a Bedford Associates ofereceu a General Motors uma solução. Tratava-se de um dispositivo que poderia funcionar em várias operações distintas e facilmente programáveis. Esse equipamento era o Modular Digital Controller (MODICON), sendo o MODICON 084 o primeiro modelo comercial, apresentado na Figura 1.1.

Figura 1.1 – MODICON 084 – primeiro modelo comercial de CLP. Já em 1970, o CLP era equipado com uma CPU, com processador AMD 2901. Em 1973 surgiu a primeira comunicação entre CLPs – Mod bus. Em 1980, surge à primeira comunicação Standard – MAP (Manufacturing Automation Protocol). Em 1990 chega à norma IEC 1131-3 que leva todas as linguagens a um padrão internacional. Hoje, dentro da nova IEC 61131-3, podemos programar o CLP de quatro modos: diagrama de blocos, lista de instruções, ladder e texto estruturado. Um CLP monitora entradas toma decisões baseado em uma programação, e controla saídas para automatizar um processo ou máquina. A Figura 1.2 apresenta a Integração do equipamento com as entradas e saídas.

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Figura 1.2 – Integração de PLC com entradas e saídas. O que são entradas? São dispositivos que introduzem informações ao CLP, tais dispositivos são como chaves, botões, sensores, encoders, termopares, PT100, etc. O que são saídas? São dispositivos que recebem uma informação do CLP para executar uma determinada ação, tais dispositivos são como motores, bombas, cilindros, resistências, etc. 2 - Vantagens do CLP: - Economia na mudança de função (facilidade de programação); - Alta confiabilidade; - Aumento da vida útil do controlador; - Menor manutenção preventiva e corretiva; - Envio de dados para processamentos centralizados; - Expansão em módulos; - Redução de dimensão em relação a painéis de Relês, para redução de custos. O funcionamento de um CLP corresponde a três etapas distintas, as quais são: entradas, processamento e saídas. Essas etapas são ilustradas na Figura 1.3.

Figura 1.3 - Estrutura básica de funcionamento de um CLP.

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O hardware de um CLP é formado por três unidades distintas, as quais são: fonte de alimentação, CPU (Unidade Central de Processamento) e interfaces de entrada e saídas ou I/O, a Figura 1.4 apresenta as unidades em um modelo de micro CLP.

Figura 1.4 – Micro C.L.P.

o: Variante sem display;

L: número duplo de saídas e entradas;

B11: Slave com conexão para Bus com AS-Interface; A Tabela 2.1 apresenta um resumo dos modelos LOGO!

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3 - Estruturas do LOGO A estrutura do LOGO! Está disposta como a Figura 2.2.

Devem-se tomar alguns cuidados com relação à instalação do LOGO!. Tais cuidados são: • Estar atento às normas nacionais e regionais de instalação; • Utilizar cabos com secção entre 1,5mm² e 2,5mm²; • Não apertar demais os bornes de conexão; • Assentar os cabos da forma mais curta possível; • Se necessários cabos longos, utilizar cabos blindados; • Separar cabos CA e CC de alta tensão dos cabos de sinais de baixa tensão; • Utilizar trilhos com perfil de 35mm de largura (DIN EM 50022); • Não conectar uma alimentação externa paralela a uma saída DC em uma carga de saída se não utilizar diodo ou sistema de bloqueio de corrente de retorno. Para montar o LOGO! Em um painel de maneira correta deve-se: Colocar o LOGO! No trilho com perfil e reclinar levemente o LOGO! No trilho. A garra no lado traseiro do LOGO! Deve engatar. Para desmontar o LOGO! De maneira correta deve-se: Introduzir uma chave de fenda no ilhós mostrado na Figura 2.3 e na parte final abaixo da garra e puxar a garra para baixo. Movimentar ligeiramente o LOGO! Do trilho com perfil.

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Figura 2.3 – LOGO! Em um perfil de quadro elétrico. 4 – Conexões de Alimentação Para conectar a alimentação de tensão ao LOGO! Faça como a Figura 2.4.

Figura 2.4 – Esquemas de alimentação para o LOGO!.

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5 – Conexões das Entradas As entradas (chaves, sensores, teclas, barreiras ópticas, etc.) devem ser ligadas conforme a Figura 2.5.

Figura 2.5 – Esquemas de ligação das entradas para o LOGO!. Para conectar as entradas no LOGO! As mesmas devem possuir as características apresentadas na Tabela 2.2 para serem reconhecidas nos estados de Conexão adequada. Tabela 2.2 – Níveis de tensão e corrente adequados para cada estado (1ou 0 – on/off).

Durante a troca de estado deve haver um tempo mínimo para que o CLP possa reconhecer o estado solicitado. Esse tempo é o tempo de ciclo. O tempo de ciclo pode ser calculado com o auxílio de um programa de teste conforme a Figura 2.6.

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Figura 2.6 – Programa de teste para cálculo de tempo de ciclo. E deve possuir os parâmetros conforme a Figura 2.7.

Figura 2.7 – Parametrização para o programa de teste para cálculo de tempo de ciclo. Deve-se então partir o LOGO! E ligar o modo de parametrização e verificar o valor do bloco B01, conforme a Figura 2.8.

Figura 2.8 – Verificação da soma de impulsos em um ciclo de programa. O valor recíproco de fa é o mesmo do tempo de ciclo do LOGO! Com o programa atual que se encontra na memória. 1/fa = tempo de ciclo em s. LOGO! Possui entradas para funções de freqüências, são as entradas rápidas. As limitações de comutação de 0 1 e de 1 0 (tempo de ciclo) não são válidas para as entradas rápidas. As entradas rápidas são: • LOGO! Versão Padrão: I5 / I6 ; • LOGO! Versão L: I11 / I12. Nos tipos de LOGO!24, LOGO!12/24RC e LOGO!12/24RCo as entradas I7 e I8 podem ser utilizadas como entradas analógicas utilizando as designações AI1 e AI2. Quando ligar sinais analógicos sempre utilize condutores transpostos e colocar os sensores o mais próximo possível do LOGO!. 6 – Conexões das Saídas As saídas do LOGO! (R) são relés. Quanto ao potencial, os contatos dos relés são separados da alimentação de tensão e das entradas. Nas saídas de relés podem ser conectados cargas diferentes, por ex. lâmpadas, lâmpadas fluorescentes, motores, protetores, etc. A carga conectada em um LOGO! (R) precisa apresentar as seguintes características:

A corrente de comutação máxima depende do tipo de carga e do número desejado de manobras.

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No estado ligado (Q = 1) e em caso de carga ôhmica, deve ser conduzida uma corrente de no máximo 10 A (8 A tratando-se de 230 V AC), em caso de carga indutiva de no máximo 3 A (2 A tratando-se de 12/24 V AC/DC). A Figura 2.9 apresenta o esquema de ligação para saídas em LOGO! Com saída à relé.

Figura 2.9 – Esquema de ligação para saídas em LOGO! Com saída à relé. Existe a variante de LOGO! Com saída a transistores, pode-se reconhecer a variante LOGO! Com saídas para transistores através da falta de letra da denominação do tipo R na nomenclatura. As saídas são resistentes a curto-circuito e resistentes à sobrecarga. Não é necessária uma alimentação separada da tensão de funcionamento visto que LOGO! Suporta a alimentação de tensão da carga. Porém a corrente de comutação em cada saída deve possuir no máximo 0,3 A. A Figura 2.10 apresenta o esquema de ligação para saídas em LOGO! Com saída a transistores.

Figura 2.10 – Esquema de ligação para saídas em LOGO! Com saída a transistores. Existe a variante LOGO!.B11 o qual se refere à comunicação entre LOGO! Através de ASi-Bus. LOGO!...B11 pode ser integrado como slave (escravo) ASi em uma rede. Através de um cabo condutor bifilar pode-se fazer a leitura e processar 4 entradas Suplementares com o auxílio do ASi-Bus e operar com 4 saídas suplementares para o master (mestre) do ASi-Bus dominante. Deve-se apenas efetuar a configuração de LOGO!...B11 no ASi-Bus com o ASi-Slave. LOGO! ...B11 deve estar registrado no Sistema ASi, ou seja, o Busmaster atribui ao LOGO! Um endereço. Mas cuidado, o endereço ASi é mutável no máximo 10 vezes para todas as variantes ...B11 do LOGO!.

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Conecte o Cabo de conexão do bus no conector de tomada em anexo ou em um cabo de conexão de bus autorizado no sistema, se a polaridade estiver correta. Introduza a tomada cablada na interface caracterizada com AS-Interface, conforme a Figura 2.11.

Figura 2.11 – Ligação do LOGO! ... B11 com ASi-Bus. A fim de que se possa utilizar a função do ASi, oLOGO!.B11 precisa ser conhecido pelo Busmaster. O que ocorrerá se ligar o LOGO!...B11 com a ligação do Bus. O master ou mestre reconhece o endereço do slave ou escravo. No caso de LOGO!B11o endereço pré-ajustado pela fábrica = é 0. O master atribui um endereço novo desigual a 0. Não existindo no sistema nenhum conflito a respeito do endereço ou só há um Escravo com o endereço 0, não é necessário que dar outros passos. LOGO! Também possui módulos de programação, que são cartões de memória que podem arquivar programas para serem lidos posteriormente. A localização do módulo é apresentada na Figura 1.12.

Figura 1.12 – Localização do módulo de programa em um LOGO!.

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7 – Realizar Cópia do Módulo de Programação para o LOGO Para realizar a cópia do programa do módulo de programação para o LOGO! Devem-se realizar as seguintes ações:

8 – Capacidade de Memória para Funções Especiais A capacidade (ou o espaço) de memória para funções especiais pode ser dividida em 4 zonas de memória:

Par: Zona, na qual LOGO! Memoriza os valores nominais.

RAM: Zona na qual LOGO! Deposita os valores reais.

Timer: Zona que o LOGO! Utiliza para as funções de tempo.

REM: Zona na qual LOGO! Deposita valores atuais e reais a serem mantidos. Um programa em LOGO! Pode ocupar no máximo os recursos apresentados Na Tabela 2.3. E a Tabela 2.4 apresenta os recursos de memória de cada função especial. Tabela 2.3 – Recursos de memória disponíveis.

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Tabela 2.4 – Recursos de memória de cada função.

Um caminho de programa é composto de uma série de blocos de funções, que por sua vez começam e terminam com um bloco terminal. O número de blocos em um caminho de programa descreve o nível de embutimento. Blocos terminais são entradas e nível (I, Ia, Hi, Lo), bem como saídas e marcadores (flags) (Q, Qa, M). Programar é transformar aplicação/circuito em programas de linguagem do LOGO! Para realizar a programação, deve-se ter conhecimento dos conceitos:

Borne;

Bloco. 9 – Tipos de Bornes BORNE (Co) refere-se às conexões e estados disponíveis no LOGO!.

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Tabela 2.5 – Tipos de bornes

BLOCO (BN), representando funções (GF – Funções básicas e SF – Funções (Especiais) as quais transformam as informações de entrada em informações de saída. A Figura 2.13 apresenta a estrutura do bloco.

Figura 2.13 – Estrutura de bloco, O número do bloco será introduzido assim que o bloco for inserido. O número é Importante para interligação entre blocos e facilidade em parametrizar sistemas. 10 – Programação Manual no LOGO Vamos agora realizar uma programação manual do esquema representado pela Figura 3.1 para a fixação.

Figura 3.1 – Esquema de ligação para exemplificação.

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O sistema deverá ser concluído conforme a Figura 3.2.

Figura 3.2 – Sistema em LOGO! Do exemplo proposto. Primeiramente energize a fonte de alimentação do LOGO!. Os passos a seguir Deverão ser realizados para a montagem completa do sistema. Em LOGO! Deve-se Iniciar pela saída do programa e ir voltando até o início. Por isso é necessário desenhar o programa primeiramente.

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Com relação à partida no equipamento (colocar em modo RUN) deve-se:

11 - Principio de Funcionamento Conforme a Figura 1.1 abaixo, o CLP funciona de forma seqüencial, fazendo um ciclo de Varredura em algumas etapas. É importante observar que quando cada etapa do ciclo é executada, as outras etapas ficam inativas. O tempo total para realizar o ciclo é denominado CLOCK. Isso justifica a exigência de processadores com velocidades cada vez mais altas. Início: Verifica o funcionamento da C.P.U, memórias, circuitos auxiliares, estado das chaves, existência de um programa de usuário, emite aviso de erro em caso de falha. Desativam todas as as saídas.

INICIO

VERIFICA OS

ESTADOS DAS

ENTRADAS

TRANSFERE

OS DADOS

PARA

MEMORIA

COMPARA COM

O PROGRAMA

DE USUARIO

ATUALIZA AS

SAÍDAS

Figura 1.1 – Ciclo de Varredura de um CLP

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Verifica o estado das entradas: Lê cada uma das entradas, verificando se houve acionamento. O processo é chamado de ciclo de varredura. Campara com o programa do usuário: Através das instruções do usuário sobre qual Ação tomar em caso de acionamento das entradas o CLP atualiza a memória imagem das saídas. Atualiza as saídas: As saídas são acionadas ou desativadas conforme a determinação da CPU. Um novo ciclo é iniciado. 12 - Estrutura Básica de um CLP Fonte de alimentação: Converte a tensão da rede de 110 ou 220 VCA em +5VCC, +12VCC ou +24VCC para alimentar os circuitos eletrônicos, as entradas e as saídas. Unidade de processamento: Também conhecida por CPU, é composta por microcontroladores ou microprocessadores (Intel 80xx, motorola 68xx, PIC 16xx). Endereçamento de memória de até 1Mega Byte, velocidades de clock de 4 a 30 MHz, Manipulação de dados decimais, octais e hexadecimais. Bateria: Utilizada para manter o circuito do relógio em tempo real. Normalmente são Utilizadas baterias recarregáveis do tipo Ni - Ca. Memória do programa supervisor: O programa supervisor é responsável pelo gerenciamento de todas as atividades do CLP. Não pode ser modificado pelo usuário e fica Normalmente em memórias do tipo PROM, EPROM, EEPROM. Memória do usuário: Espaço reservado ao programa do usuário. Constituída por Memórias do tipo RAM, EEPROM ou FLASH-EPROM. Também se podem utilizar cartuchos de Memória, para proporcionar agilidade e flexibilidade. Memória de dados: Armazena valores do programa do usuário, tais como valores de Temporizadores, contadores, códigos de erros, senhas, etc. Nesta região se encontra também a memória imagem das entradas e saídas. Esta funciona como uma tabela virtual onde a CPU busca informações para o processo decisório. Os circuitos auxiliares atuam em caso de falha do CLP, são: POWER ON RESET: desliga todas as saídas assim que o equipamento é ligado, isso evita que possíveis danos venham a acontecer. POWER DOWN: monitora a tensão de alimentação salvando o conteúdo das memórias antes que alguma queda de energia possa acontecer. WATCH DOG TIMER: o cão de guarda deve ser acionado em intervalos periódicos, isso evita que o programa entre em “loop”. - Classificação dos CLPs Os CLPs podem ser classificados segundo a sua capacidade: Nano e micro CLPs: possuem até 16 entradas e a saídas. Normalmente são compostos por um único módulo com capacidade de memória máxima de 512 passos. CLPs de médio porte: capacidade de entrada e saída em até 256 pontos, digitais e analógicas. Permitem até 2048 passos de memória. CLPs de grande porte: construção modular com CPU principal e auxiliares. Módulos de entrada e saída digitais e analógicas, módulos especializados, módulos para redes locais. Permitem a utilização de até 4096 pontos. A memória pode ser otimizada para o tamanho requerido pelo usuário. 13 - Tipos de Variáveis Durante o decorrer do curso serão utilizadas variáveis discretas e analógicas, pois esta mixagem é permitida neste tipo de linguagem. As variáveis analógicas são aquelas que variam continuamente com o tempo, conforme mostra a figura 1.1(a). Elas são comumente encontradas em processos químicos advindas de sensores de pressão, temperatura e outras variáveis físicas. As variáveis

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discretas, ou digitais, são aquelas que variam discretamente com o tempo, como pode ser visto na figura 1.1(b).

Figura 1.2 – Variáveis analógicas e digitais Alguns tópicos do controle discreto, ou a automação com variáveis discretas, já foi estudado pelo aluno na disciplina de comandos elétricos. Esta é fundamental e básica, pois a finalidade da automação de qualquer sistema está no acionamento de atuadores, que irão exercer um trabalho físico no sistema controlado, evitando assim a intervenção humana. As variáveis controladas pelo CLP podem ser dividias em entradas, advindas dos sensores e saídas, correspondendo aos atuadores. Alguns exemplos são mostrados nos próximos parágrafos. 14 - Entradas discretas São aquelas que fornecem apenas um pulso ao controlador, ou seja, elas têm apenas um estado ligado ou desligado, nível alto ou nível baixo, remontando a álgebra booleana que trabalha com uns e zeros. Alguns exemplos são mostrados na figura 1.2,dentre elas: as botoeiras (1.2a), válvulas eletro-pneumáticas (1.2b) , os pressostatos (1.2c) e os termostatos (1.2d).

Figura 1.2 – Entradas discretas 15 - Entradas analógicas Como o próprio nome já diz, elas medem as grandezas de forma analógica. Para trabalhar com este tipo de entrada os controladores tem conversores analógico-digitais (A/D). Atualmente no mercado os conversores de 10 bits são os mais populares. As principais medidas feitas de forma analógica são a temperatura e pressão. Na figura 1.3 mostram-se, como Exemplo, sensores de pressão ou termopares.

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Figura 1.3 – Exemplos de entradas analógicas – Termopares 16 - Saídas discretas São aquelas que exigem do controlador apenas um pulso que determinará o seu acionamento ou desacionamento. Como exemplo tem-se elementos mostrados na figura 1.4: Contatores (1.4a) que acionam os Motores de Indução (1.4b) e as Válvulas Eletropneumáticas (1.4c).

Figura 1.4 – Exemplos de saídas discretas 17 - Saídas analógicas Como dito anteriormente, de forma similar o controlador necessita de um conversor digital para analógico (D/A), para trabalhar com este tipo de saída. Os exemplos mais comuns são: válvula proporcional, acionamento de motores DC, displays gráficos, entre outros. 18 - Elementos Básicos de um programa em Ladder A linguagem Ladder foi a primeira que surgiu na programação dos Controladores Lógico Programáveis (CLPs), pois sua funcionalidade procurava imitar os antigos diagramas elétricos, utilizados pelos Técnicos e Engenheiros da época. O objetivo era o de evitar uma quebra de paradigmas muito grande, permitindo assim a melhor aceitação do produto no mercado. O diagrama de contatos (Ladder) consiste em um desenho formado por duas linhas Verticais, que representam os pólos positivo e negativo de uma bateria, ou fonte de alimentação genérica. Entre as duas linhas verticais são desenhados ramais horizontais que possuem chaves. Estas podem ser normalmente abertas, ou fechadas e representam os estados das entradas do CLP. Dessa forma fica muito fácil passar um diagrama elétrico para linguagem Ladder. Basta transformar as colunas em linhas, como se mostra nas figuras 2.1 e 2.2, para o caso de uma simples partida direta.

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Figura 2.1 – Diagrama elétrico de uma partida direta

Figura 2.2 – Diagrama elétrico de uma partida direta Não se deve esquecer de ligar as botoeiras e contatores, que são os elementos de comando, externamente ao CLP. Para o caso deste comando as ligações elétricas são mostradas na figura 2.3. É importante observar que o relé foi colocado para permitir a existência de dois circuitos diferentes, o de comando composto por uma tensão contínua de 24 V, e o circuito de potência, composto por uma tensão alternada de 220 V. Ainda no CLP a letra “I” significa entrada (Input) e a letra ”O” significa saída (Output). Deve-se lembrar sempre que em painéis elétricos o CLP está inserido na parte de comando do mesmo.

Figura 2.3 – Exemplo de ligação para acionamento de um contator, como no caso do Comando direto de um motor de indução trifásico

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O mesmo procedimento de conversão pode ser feito com para uma partida de motores com reversão, como mostram as figuras 2.4 e 2.5 a seguir.

Figura 2.4 – Diagrama de comando para uma partida com reversão

Figura 2.5 – Programa em Ladder para uma partida com reversão Na figuras 2.4 e 2.5 podem-se observar os elementos básicos de comando, que são os selos dados pelos contatos abertos de O1 e O2, e também os intertravamentos dados pelos contatos fechados de O1 e O2. Observando os dois exemplos dados, podem-se definir agora os elementos essenciais em uma programação Ladder:

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Com os elementos básicos montam-se diversas combinações importantes, mostradas nos próximos itens. 18 - Funções Lógicas em Ladder As funções lógicas são estudadas em todos e quaisquer elementos. A combinação entre o contatos NA e NF servem de importante orientação para o projetista programador de Circuitos lógicos. Função “E” (AND)

Função “OU” (OR)

Função “Não E” (NAND)

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Função “Não OU” (NOR)

19 - Circuitos de Selo Os selos são as combinações mais básicas entre elementos, destinados a manter uma saída ligada, quando se utilizam botoeiras. A) Selo com prioridade no ligamento Com as duas chaves pressionadas o circuito sempre estará ligado.

Figura 2.6 – Selo com prioridade no ligamento B) Selo com prioridade no desligamento Com as duas chaves pressionadas o circuito sempre estará desligado. É o mais utilizado por questões de segurança.

Figura 2.7 – Selo com prioridade no desligamento 20 - Instruções de „SET” e “RESET” A instrução de “SET” liga uma saída e mantém a mesma ligada mesmo que a alimentação da entrada seja retirada. Para se desligar a saída utiliza a instrução “RESET”. A figura 2.8 mostra um exemplo da utilização destas instruções na partida direta de um motor. O programa na figura 2.8 é equivalente ao programa mostrado na figura 2.7.

Figura 2.8 – Utilização das Instruções de SET e RESET

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21 - Circuitos de Detecção de Borda Existem situações em que é necessário registrar não o estado da entrada, mas sim o instante em que essa entrada comuta. Isso é realizado pelos circuitos de detecção de borda, que podem detectar o flanco ascendente (instante de ativação da entrada) quanto o flanco descendente (instante de desativação da entrada). Estes circuitos se aproveitam do modo de operação do CLP onde a varredura é feita Através de uma linha de cada vez. A figura 2.9 mostra o exemplo de detecção de borda durante a subida.

Figura 2.9 – Circuito de detecção de borda Uma aplicação prática deste circuito é quando se deseja ativar e desativar uma saída com um único pulsador (ou botoeira). O circuito completo para este tipo de operação de operação é mostrado na figura 2.10. É importante notar que no programa da figura 2.10 nota-se que se utilizou a letra “R” na saída e não “O”. A diferença é que “R” significa “Relé de contato auxiliar”, ou seja, quando se aciona “R” nenhuma saída externa ao CLP é ligada. Este relé representa uma “memória” interna do CLP e como o próprio nome já diz, serve somente para auxiliar na lógica do programa. Este elemento é muito utilizado em programação com diagramas de contato.

Figura 2.10 – Circuito de detecção de borda Para facilitar a programação, o CLP apresenta as funções de detecção de borda e acionamento com um único pulsador. A tabela 2.2 apresenta os símbolos destas funções.

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22 - Mensagens na IHM do CLP Todos os Controladores Lógicos Programáveis (CLPs) tem como opcional a chamada Interface Homem Máquina (IHM). Esta normalmente consiste de um teclado para entrada de dados e uma tela (display) onde se podem visualizar dados e mensagens destinadas ao operador, técnico de manutenção ou programador. Como exemplo tem-se o seguinte problema: deve-se fazer um programa em ladder para comandar uma partida com reversão, de forma a mostrar na IHM do controlador, as mensagens de “sentido-horário”, “anti-horário” e “operação ilegal”. Esta última deve aparecer em três Condições distintas: o operador pressiona as duas botoeiras de forma simultânea, o motor gira no sentido anti-horário e ele pressiona a botoeira do sentido contrário e vice-versa. O programa correspondente é mostrado na figura 2.11.

Figura 2.11 – Programa para partida com reversão mensagens

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Na tela de inserção de mensagens foram inseridas:

T0000 operação ilegal

T0001 Sentido Horário

T0002 Sentido Anti-horário Deve-se lembrar que o CLP não pode mostrar duas mensagens na tela ao mesmo tempo, assim ele prioriza as mensagens por ordem crescente de inserção, ou seja, T0000 tem prioridade sobre T0001, que por sua vez tem prioridade sobre T0002, e assim por diante. No programa da figura 2.11 a mensagem de operação ilegal tem prioridade sobre as demais, pois ela pode Aparecer mesmo quando existe outra mensagem sobre a tela, assim sendo ela foi inserida em T0000. 23 - FUNÇÕES ESPECIAIS Com relação às FUNÇÕES ESPECIAIS, elas podem ser caracterizadas como retenção, temporização, contagem, freqüência e miscelâneas. As FUNÇÕES ESPECIAIS - RETENÇÃO são:

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24 - FUNÇÕES ESPECIAIS – TEMPORIZAÇÃO

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25 - FUNÇÕES ESPECIAIS –CONTAGEM

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26 - FUNÇÕES ESPECIAIS – ANALÓGICO

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27 - FUNÇÕES ESPECIAIS – MISCELÂNEAS

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28 - Resumo das Funções Especiais (SF):