apostila de bombas de polpa

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Page 1: Apostila de Bombas de Polpa

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Page 2: Apostila de Bombas de Polpa

ÍNDICE

1 Introdução2 Dados de Projeto3 Arranjo Físico da Instalação4 Cálculo da Altura Manométrica Total

4.1 Conceito4.2 Fórmula geral para Cálculo da AMT

4.2.1 Cálculo da Altura Manométrica de Sucção4.2.2 Cálculo da Altura Manométrica de Recalque

4.3 Forma Alternativa de Cálculo da AMT4.4 Perda de Carga em Tubulação Reta4.5 Perda de Carga em Acessórios de Tubulação

5 Cálculo do NPSH Disponível6 Cavitação7 Cálculo da Velocidade de Sedimentação8 Cálculo da Velocidade Periférica e da Rotação Máxima da Bomba 9 Determinação dos Fatores HR e ER10 Elaboração da Curva do Sistema11 Cálculo da Potência de Acionamento

11.1 Cálculo dos Fatores HR , ER de Correção da Eficiência e da AMT

11.2 Cálculo da Potência Hidráulica Necessária11.3 Cálculo da Potência Elétrica Consumida pela Bomba

12 Trabalhando com Inversor de Frequência13 Como Alterar a Vazão na Bomba14 Verificação do Diâmetro do Eixo de uma Bomba15 Correias de Acionamento

15.1 Comprimento das Correias15.2 Velocidade linear Periférica15.3 Arco de Contato

16 Polias16.1 Diâmetros Recomendados para Polias16.2 Velocidade Segura para Polias16.3 Materiais para Fabricação de Polias

17 Padrão Típico para Instalação de uma Bomba de Polpa18 Folha de Dados para Bomba Centrífuga19 Diagrama de Moody

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Page 3: Apostila de Bombas de Polpa

1- INTRODUÇÃO

As necessidades constantes de dimensionamento e verificação de instalações de sistemas de bombeamento de polpa de minério A abordagem dos problemas é essencialmente prática e não pretende esgotar o assunto. Quaisquer sugestões serão bem recebidas para o aprimoramento deste trabalho, sem perder de vista o seu objetivo.

No final desta apostila estão citadas as referências técnicas utilizadas e que podem ser consultadas para maiores esclarecimentos dos assuntos aqui abordados.

2 - Dados de Projeto

2.1 Fluido

3

Page 4: Apostila de Bombas de Polpa

Deverá ser feita uma descrição detalhada do fluido a ser bombeado, incluindo a composição química o Ph e a indicação dos materiais compatíveis para a construção da bomba e da instalação de bombeamento.

Fazer amostragens para avaliação da densidade do fluido e da granulometria do mesmo para determinação do d50.

2.2 Posição da Bomba

Definir a locação da bomba em relação ao reservatório do fluido a ser bombeado. A altura de sucção poderá ser positiva ou negativa conforme figuras abaixo.

Definir a locação da bomba em relação ao reservatório para onde o fluido está sendo bombeado. A altura de recalque poderá ser positiva ou negativa conforme figuras abaixo.

3 – Arranjo Físico da Instalação

Fazer um rascunho do isométrico da instalação indicando todos os acessórios desde a redução na saída da bomba até a boca do tubo da descarga do fluido.

4

FIG 1

FIG 2

Page 5: Apostila de Bombas de Polpa

Indicar no rascunho as dimenções horizontais e verticais bem como o comprimento total da tubulação.

Indicar também os diâmetros de todos os trechos e acessórios da tubulação.

4 – Cálculo da Altura Manométrica Total

4.1 – Conceito

5

FIG 3

RELAÇÃO DOS ACESSÓRIOS

Uma expansão da bomba para a tubulação (redução invertida)Uma válvula de retenção (depende do Cw)Uma válvula mangoteQuatro curvas de borracha raio médio 90 ºUm ciclone D15B vórtex 4.1/2” Inlet 7pol2 cuja pressão de alimentação é Pmd

D1

D2

FIG 3

Page 6: Apostila de Bombas de Polpa

A bomba necessita de uma quantidade de energia no eixo que seja suficiente para transportar o fluido até o ponto de descarga da tubulação nas condições desejadas de operação.

Para que seja possível o transporte citado acima a energia do fluido deverá vencer a AMT do sistema.

A AMT do sistema depende das seguintes condições:

Pressão na caixa da sucção ( Pmcx + Patm ) , geralmente atmosférica; Pressão de descarga ( Pmd ) do fluido no ciclone, no tanque atmosférico ou

em outro equipamento qualquer; Altura geométrica de recalque (Hg ou D) que é o desnível geométrico do

nível de fluido na caixa da sucção até o ponto de descarga; Perda de carga na tubulação de sucção e de recalque; Perda de carga nos acessórios.

4.2 – Fórmula geral para o cálculo da AMT

AMT = Hd - Hs

Hd = Altura manométrica necessária no recalque (m)Hs = Altura manométrica disponível na sucção (m)

4.2.1 – Fórmula para cálculo do Hs

Hs = S + 10 x - - Hfs Hi

4.2.2 – Fórmula para cálculo do Hd

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Pmcx

S = altura do nível de fluido até centro da bomba (m)Pmcx = Pressão manométrica na caixa da sução da bomba (ler manômetro kgf/cm2) Quando a caixa for atmosférica Pmcx = 0 Pmat = Pressão atmosférica no local da Bomba (depende do nível do mar- kgf/cm2) = Peso específico do fluido (g/cm3). Quando for polpa de minério adote =1,0 No final do cálculo haverá a correção HR

Hfs = Perda de carga na tubulação reta (m)

Hi = Perda de carga localizada nos acessórios da Tubulação (m)

Pmd

Page 7: Apostila de Bombas de Polpa

Hd = D + 10 x + HfL + Hfconex

4.3 – Fórmula alternativa para determinação da AMT

4.4 – Cálculo da perda de carga em tubulação reta

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D = altura do nível de fluido na descarga até o centro da bomba (m)Pmd = Pressão manométrica na caixa da sução da bomba (ler manômetro kgf/cm2) Quando o tanque for atmosférico Pmd = 0 @ 5 m , conforme desejado = Peso específico do fluido (g/cm3). Idem observação para Hs.

HfL = Perda de carga na tubulação reta (m)

Hconex = Perda de carga localizada nos acessórios da Tubulação (m)

Ps

Pr

Ps = Pressão man na entrada da bomba (kgf/cm2)

Pr= Pressão man na saída da bomba (kgf/cm2)

h = Desnível do manômetro até o centro da bomba (m)

Vs = Velocidade do fluido na sucção (m/s)

Vr = Velocidade do fluido na descarga (m/s)

g = aceleração da gravidade (m/s2) no nível do mar g = 9,81 m/s2

h

FIG 4

( Pr – Ps ) ( Vs2 - Vr2 )AMT = 10 x + + h 2g

Page 8: Apostila de Bombas de Polpa

Fórmula de Darcy

Fator f (Moody)

Para encontrar o fator f é necessário calcular o número de Reynolds e a rugosidade relativa da superfície interna da tubulação.

Número de Reynolds

Rugosidade relativa =

TABELA 1 - VISCOSIDADE CINEMÁTICA DA ÁGUA

TEMPERATURA ( º C ) VISCOSIDADE CINEM ( m2/s )18 0,00000105920 0,00000100724 0,00000091732 0,00000077236 0,00000071340 0,00000066060 0,000000470

4.5 – Cálculo da perda de carga nos acessórios da tubulação

8

HfL = f xL x V2

di x 2g

f = Fator de atrito extraído do diagrama de Moody (ver em anexo)

L = Comprimento total da tubulação (m)

di = Diâmetro interno da tubulação (m)

V = Velocidade do fluido na tubulação (m/s)

g = Aceleração da gravidade dependente da elevação do local da bomba (m/s2)

Re = V x di

Viscosidade cinemática

di

V = Velocidade do fluido (m/s)

di = Diâmetro interno da tubulação (m)

Viscosidade cinemática = ver tabela anexa

= Rugosidade absoluta da superfície interna da tubulação (m) aço novo = 0,0001 m aço corroído = 0,0004 m pvc = 0,000015 m

Page 9: Apostila de Bombas de Polpa

Fórmula

Considerando que a tubulação tem m acessórios :

Hfconex = n1 x k1 x V12/2g + n2 x k2 x V2

2/2g + ... + nm x km x Vm2/2g

Exemplo:

2 curvas raio longo 90º n1 = 2 k1 = 0,4 n x k = 0,8

3 válvulas gaveta n2 = 3 k2 = 0,2 n x k = 0,6

1 expansão concêntrica n3 = 1 k3 = 0,8 n x k = 0,8

Velocidade nos acessórios , exceto na expansão V1 = V2 = Vm = 2,0 m/s

Velocidade na expansão Vexp = V3 = 4,0 m/s

Hfconex = (1,4 x 22 + 0,8 x 42 ) / ( 2 x 9,81) = 0,937 mca

TABELA 2 - ACESSÓRIOS

DESCRIÇÃO DOS ACESSÓRIOS VALOR DE K

CURVA RAIO LONGO 90º 0,25 @ 0,4CURVA RAIO CURTO 90º 0,9 @ 1,5CURVA RAIO LONGO 45º 0,2COTOVELO DE 45º (MENOR QUE 2”) 0,4BOCAL DE SAÍDA DE TANQUE OU VASO 0,3REDUÇÃO GRADUAL 0,15EXPANSÃO GRADUAL 0,8VGA 0,2VM 0,8VGL 10VRE 2,5VÁLVULA ANGULAR 5JUNÇÃO 45º 0,4TÊ COM DUAS BOMBAS OPERANDO 2,5TÊ COM SAÍDA LATERAL 1,3TÊ COM SAÍDA BILATERAL 1,8TÊ DE PASSAGEM DIRETA 0,6VÁLVULA PÉ 1,75

5 – Cálculo do NPSH disponível

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Page 10: Apostila de Bombas de Polpa

NPSH significa Net Positive Suction Head que é a energia disponível na sucção da bomba devido à pressão atmosférica empurrando o fluido para dentro da mesma e devido também à altura da caixa de alimentação ou poço.

Figura 1 (anterior)

NPSH disp = 10 x

NPSHdisp > NPSH req + 0,7 m

Observação:

O NPSH req é dado pelo fabricante na curva de performance da bomba

TABELA 3 - PRESSÃO DE VAPOR DA ÁGUA

TEMPERATURA DA ÁGUA ( ºC ) PRESSÃO DE VAPOR ( KGF/CM2)20 0,02425 0,0330 0,04535 0,05540 0,07845 0,1050 0,12

6 – Cavitação

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Pmcx + Patm - Pv S Hfs

Pmcx

Pmcx = Pressão man na caixa (kgf/cm2)

Patm = Pressão atmosférica (kgf/cm2) conforme a altura em relação ao nível do mar

Pv = Pressão de vapor do fluido à temperatura da sucção ( kgf/cm2)

Hfs = Perda de carga na sucção (m)

Page 11: Apostila de Bombas de Polpa

O fenômeno da cavitação tem início quando a pressão de vapor do fluido ( Pv) na sucção é maior do que a pressão absoluta ( Pmcx + Patm ) existente na sucção da bomba .

As bolhas de vapor formadas na sucção, ao atingir regiões de maiores pressões no interior da bomba, sofrem colapso retornando à fase líquida. O colapso das bolhas é seguido de impacto na superfície do rotor e do revestimento da carcaça causando desprendimento de partículas com consequente degaste nas partes citados.

Para evitar a cavitação se faz necessário verificar as condições abaixo:

NPSHdisp > NPSH req + 0,7 m

Fornecido pelo fabricante Calculado

Causas prováveis

Caixa da sucção muito pequena e/ou baixa. É comum a elevação de caixas de sucção para resolver o problema da cavitação;

Nível da caixa de sucção muito baixo. Este problema pode ser agravado quando existe agitação e formação de bolhas no fluido na caixa. A entrada de fluido espumoso para o interior da bomba é indesejável (Exemplo: BA-523F04);

Rotação da bomba muito elevada . Há casos em que a redução da rotação da bomba resolve o problema da cavitação sem prejuizo para a operação (Exemplo: BA-532F40);

Fluido com pressão de vapor muito baixa ;

Fluido com temperatura de operação elevada ( BA-533F21);

Entrada de ar na sucção da bomba ou falta de escorva adequada quando a sucção é negativa ( - S ).

7 – Cálculo da velocidade de sedimentação VL

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Page 12: Apostila de Bombas de Polpa

Quando o fluido for polpa de minério deveremos verificar se a sua velocidade de escoamento é superior à velocidade limite de sedimentação das partículas sólidas contidas no referido fluido no interior das tubulações principalmente se a linha tiver trechos horizontais ou de pequena declividade ( ângulo < 45º ).

VL = FL x 2 x g x di x ( S – SL ) / SL

TABELA 4 – Valores do FL

d50 (mm)Cv (%) 0,01 0,02 0,04 0,06 0,10 0,20

5 0,48 0,58 0,70 0,78 0,86 0,9510 0,48 0,59 0,72 0,80 0,89 1,0020 0,48 0,61 0,74 0,82 0,92 1,0530 0,48 0,62 0,76 0,84 0,95 1,10

8 – Cálculo da velocidade periférica e da rotação máxima do rotor

12

VL = Velocidade limite de sedimentação (m/s)

FL = Fator que depende do tamanho médio da partícula (D50) e da concentração de sólidos em volume (Cv %) Ver tabela abaixo.

g = Aceleração da gravidade no local da bomba

S = Peso específico do sólido (t/m3)

SL = Peso específico do líquido (t/m3)

Page 13: Apostila de Bombas de Polpa

A Velocidade periférica máxima no recalque da bomba é definida pela fórmula a seguir:

Vp = D2 x n x 3,14 / 60

Vpmáx = 4,5 x AMT

n máx =

9 – Determinação dos valores dos fatores de correção ER e HR quando o fluido for polpa de minério

Os valores de ER e HR estão nas tabelas 5 e 6 a seguir e dependem da densidade dos sólidos, do d50 e da percentagem de sólidos em massa Cw. Há uma discussão acadêmica sobre o valor de ER. Alguns autores americanos acham que a eficiência é muito menos afetada pela densidade da polpa do que a Altura manométrica. Logo, ER > HR . No manual da WEIR , HR = ER.

A densidade dos sólidos foi considerada igual a 2,94 t/m3 para o minério de ouro em Fazenda brasileiro. Para densidades menores os valores de HR, ER são um maiores.

O d50 ( tamanho da malha que permite a passagem de 50% dos sólidos) é definido no laboratório de acordo com amostragens efetuadas no campo em vários turnos de operação por pessoal preparado, com amostrador adequado e na posição adequada na tubulação.

A percentagem de sólidos em massa é definida através amostragens para pesagem e definição de densidade.

A eficiência da bomba decresce quando as três variáveis a seguir crescem: densidade do sólido, d50 da polpa e percentagem de sólidos em massa na polpa.

A eficiência com água é obtida na curva de performance da bomba.

Logo: = x ER

13

Vp = Velocidade periférica em operação (m/s)

n = Rotação de trabalho da bomba

Vpmáx = Velocidade periférica máxima (m/s) recomendada pela SULZER

n máx = Rotação máxima da bomba (rpm)

D = Diâmetro externo do rotor (m)

60 x Vpmáx

3,14 x D2

polpapolpaal

água

água

Page 14: Apostila de Bombas de Polpa

A altura manométrica (AMT) calculada pelos procedimentos anteriores se refere a polpa na tubulação e não à água. Assim deveremos corrigir o valor calculado pelo fator de correção HR .

AMT ( água) = AMT (polpa) / HR

Os valores de altura manométrica encontrados nas curvas de performance das bombas se referem a água e estão em mca (metros de coluna dágua).

TABELA 5 – Valor do Fator HR

d50 (mm)Cw (%) 0,08 0,10 0,15 0,20 0,30 0,40

70 0,84 0,83 0,75 0,73 0,67 0,6365 0,85 0,84 0,77 0,74 0,68 0,6560 0,86 0,85 0,78 0,76 0,72 0,6755 0,87 0,86 0,80 0,78 0,74 0,7150 0,88 0,87 0,82 0,8 0,76 0,7445 0,89 0,88 0,84 0,82 0,78 0,7640 0,91 0,89 0,86 0,84 0,81 0,7830 0,93 0,92 0,89 0,87 0,86 0,8420 0,95 0,95 0,93 0,92 0,90 0,8815 0,96 0,96 0,95 0,94 0,93 0,9210 0,97 0,97 0,96 0,96 0,95 0,945 0,98 0,98 0,97 0,97 0,96 0,96

TABELA 6 – Valor do Fator ER

d50 (mm)Cw (%) 0,08 0,10 0,15 0,20 0,30 0,40

70 0,92 0,91 0,87 0,86 0,83 0,8165 0,925 0,92 0,875 0,865 0,84 0,8260 0,93 0,925 0,88 0,87 0,85 0,8355 0,93,5 0,93 0,885 0,88 0,86 0,8450 0,94 0,935 0,895 0,89 0,87 0,8545 0,945 0,94 0,905 0,90 0,88 0,8640 0,95 0,945 0,915 0,91 0,89 0,8730 0,955 0,95 0,93 0,93 0,91 0,8920 0,96 0,955 0,94 0,94 0,93 0,9115 0,965 0,96 0,95 0,95 0,94 0,9410 0,97 0,97 0,96 0,96 0,95 0,955 0,98 0,98 0,97 0,97 0,96 0,96

14

Page 15: Apostila de Bombas de Polpa

10 – Elaboração da curva do sistema

Calcular a AMT ( para polpa ) para uma faixa de vazão dentro dos limites operacionais conforme procedimento de cálculo anteriormente estabelecido.

Corrigir os valores encontrados AMT ( para água ) = f (vazão) / HR

Preencher a tabela abaixo com os valores calculados para a faixa de vazão operacional sendo que os valores mínimo e máximo deverão refletir a realidade.

Os valores calculados para AMT(água) serão plotados na curva de performance da bomba formando a Curva do Sistema e somente serão operacionais os pontos que estiverem sobre esta curva.

A curva do sistema somente será alterada se houver alguma modificação física no sistema de caixa, tubulação e acessórios, não dependendo da bomba.

Vazão(m3/h)

DesnívelGeométrico Hg = D - S

(mcp)

Pressão de Descarga

Pmd – Pmcx(mcp)

Perda de carga acessórios

Da tub Hfconex

(mcp)

Perda de carga tubulação

HfL

(mcp)

SomaAMTágua(mca)

Q1

Q2

Q3

Q4

Hg é o desnível do ponto de descarga até o nível do fluido na caixa da sucção da bomba (mcp).

Pmd é a pressão de descarga do fluido na extremidade da tubulação. Exemplo: no caso do ciclone é a pressão de alimentação do ciclone (mcp).

Pmcx é a pressão manométrica na caixa da sucção (mcp).

Hfconex é a perda de carga dos acessórios da descarga e da sucção (mcp)

HfL é a perda de carga em toda a tubulação da descarga e da sucção (mcp)

AMT (água) é a altura manométrica total já corrigida pelo fator HR (mca)

mca = metros de coluna dágua e mcp = metros de coluna de polpa

mca = mcp / HR

15

Page 16: Apostila de Bombas de Polpa

11 – Cálculo da potência de acionamento da bomba

11.1 – Cálculo da potência hidráulica necessária

Poth = (cv)

11.2 – Cálculo da potência elétrica consumida

Potelet = 3 x V x I x Fator de Pot x Eficiência do Motor (w) (volt) (Ampér)

Pot (cv) = Pot (w) / ( 1000 x 0,743 ) = 1,346 x Pot (w)

11.3 – Comparação dos valores acima

A potência calculada representa a potência teórica necessária no eixo da bomba. Portanto caso a potência consumida seja maior do que a potência calculada é sinal de está havendo:

travamento mecânico nos mancais, no interior da bomba, etc;

rotor gasto (baixa eficiência)- quando há inversor de frequência (1) ;

aumento imprevisto de densidade e/ou granulometria;

aumento imprevisto de atritos na tubulação (1) ;

entupimento da tubulação (1);

Outros.

(1) Quando há inversor ocorre aumento automático de rotação para manter a vazão por causa de entupimento na tubulação ou de rotor gasto.

16

Q x AMT (água) x

273 x

fluido

AMT (água) = Altura manométrica total já corrigida para água (mca)

= Peso específico para a polpa (g/cm3)

= Eficiência da bomba já corrigida para o fludo (polpa)

polpa

Page 17: Apostila de Bombas de Polpa

12 – Trabalhando com o inversor de frequência

Os inversores de frequência teoricamente podem variar a rotação do motor de 0% @ 100% ou mais conforme os fabricantes.

Entretanto, na prática, ocorre aquecimento do motor e consequente sobrecarga quando a rotação é baixa pois a refrigeração fornecida pela ventoinha não é suficiente.

O pessoal da instrumentação solicita que o inversor não trabalhe na abertura máxima alegando problemas técnicos.

Pelo exposto acima concluímos que a faixa operacional do inversor deve ser aproximadamente:

50% < abertura do inversor < 90%

Um Exemplo de Cálculo

Sem inversor Rotação nominal do motor 1770 rpmCom inversor em 90% Rotação máx do motor 0,90 x 1770 (1) 1593 rpmCom inversor em 50% Rotação mín do motor 0,50 x 1770 885 rpm

Estabelecer a rotaçãomáxima na bomba e somar 100 para achar a faixa

Ver curva de performance. Limite: > Pot nominal do motor Rpmmáx= f(vazãomáx x AMT x dp) +100

1480 rpm

Relação de redução das polias ( fator r )

Rot máx BA / Rot máx motor (90%)1480 / 1593

0,93

Diâmetro da polia motora Ver tabela de diâmetros recomendadosOu medir polia motora no campo

330 mm

Diâmetro da polia movida Dpolia bomba = Dpolia motor / fator rDpolia bomba = 330 mm / 0,93

355 mm

Rotação mínima da bomba Rot mín motor x r = 885 x 0,93 823 rpm

FAIXA DE ROTAÇÃO DA BOMBALIBERADA PELO INVERSOR

1480 rpm @ 823 rpm

FAIXA DE ROTAÇÃO DA BOMBALIMITADA PELA POT DO MOTOR

1300 rpm @ 823 rpm

CONCLUSÃO LIMITAR O INVERSOR EM (1300/0,93) / 1770 = 79%PODERÍAMOS TER INICIADO O CÁLCULO ADOTANDO ABERTURA 80% = máx (1)

17

Page 18: Apostila de Bombas de Polpa

13 – Como alterar a vazão na bomba

13.1 – Alterando a rotação

A vazão Q é proporcional à rotação n :

A rotação n é proporcional ao diâmetro da polia D:

13.2 – Usinando o rotor

O rotor pode ser usinado desde que o fabricante seja consultado. Geralmente é feita a redução do diâmetro d entre os discos externos do rotor.

13.3 – Observações

A situação acima é ideal e válida para descarga livre onde há mínima perda de carga no recalque.

O aumento de vazão causa aumento na perda de carga na linha e consequente aumento de potência de bombeamento.

18

n1 D1 =n2 D2

Q2 n2

=Q1 n1

n1D1

n2D2

3d2 Q2 =d1 Q1 USINAR

Page 19: Apostila de Bombas de Polpa

14 – Verificação do diâmetro do eixo da bomba

3 N de = 12 x (cm) n

15 – Correias de acionamento

Dm C (m) DBA

15.1 – Comprimento das correias

Comp. das correias ( m) = 2 x C + 1,57 x (DM + DBA) + (DBA – DM) / 4 x C

15.2 – Velocidade periférica da correia

V (m/s) = D (m) x n (rpm maior)/19.100 , sendo D e n da mesma polia

15.3 – Arco de contato

Arco (graus) = 180 - 60 x ( DBA - DM ) / C

15.4 – Observações sobre correias

Para a seleção do perfil da correia ( 3v, 5v, 8v, A, B ou C) consulte o catálogo do fabricante.

Uma velocidade periférica acima de 4000 ppm gera uma força centrífuga elevada o suficiente para tender a expulsar a correia para fora das polias, exigindo aumento da tensão nas correias com consequente perda de potência.

Os diâmetros recomendados para polias, conforme condições de projeto, estão tabelados a seguir.

19

N = Potência em CV

N = Rotação em rpm

Eixo de material de aço carbono 1045

Page 20: Apostila de Bombas de Polpa

16 – Polias

16.1 – Tabelas de diâmetros

TABELA 7

POTÊNCIA DO MOTOR (CV) X

DIÂMETRO MÍNIMO PARA POLIA MOTORA ( mm )

Good-Year rpm do motorPOTÊNCIA (CV) 870 - 900 1160 - 1200 1750 - 1800 3450 - 3600

5 95 76 76 6410 114 114 95 7620 152 133 114 11430 171 171 13340 210 210 15250 229 229 17160 254 254 19175 254 330 229100 330 330 254125 381 330 279150 457200 559

TABELA 8

TIPO DA CORREIA ( Good-Year ) X

DIÂMETRO MÍNIMO PARA POLIA MOTORA ( mm )

SEÇÃO DIÂMETROA 75 - 125

125 - acimaB 125 - 200

200 - acimaC 200 - 300

300 - acimaD 355 - 500

500 - acima

20

Page 21: Apostila de Bombas de Polpa

16.2 – Velocidade segura para a polia

C x A x M x E x K n = D

16.3 – Materiais para fabricação de polias

As polias deverão ser fabricadas em ferro fundido nodular para haver dissipação de calor mais rapidamente do que ocorre com os demais materiais.

A bucha cônica pode ser fabricada em aço carbono SAE 1020 ou similar para resistir à esforços de flexão durante montagem/desmontagem no eixo.

21

C = 0,90 Velocidade variável

A = 1,50 Polia com disco de alma cheia

M = 1,35 Material FºFº

E = 1,00 Polia integral

K = 2040 Depende da espessura da coroa A qual < 5% Dext

D = Diâmetro da polia em ft

Page 22: Apostila de Bombas de Polpa

17 – Padrão típico para instalação de uma bomba

17.1 – Bomba para polpa

> 30º

TRANSBORDO

17.2 – Bomba para água

TRANSBORDO

18 – Folha de dados para bombas centrífugas

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CAIXA

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Page 23: Apostila de Bombas de Polpa

FOLHA DE DADOS - BOMBA1 FABRICANTE WEIR MODELO W6X4AH2 CLIENTE CVRD SERVIÇO 2ª CI3 TAG BA-523F-04/04R QDT 24 CONDIÇÕES DE ALIMENTAÇÃO5 DESCRIÇÃO DO FLUIDO POLPA DE MINÉRIO6 GRANULOMETRIA VARIÁVEL D50 (mm) 0,2507 DENSIDADE DOS SÓLIDOS (t/m3) 2,94 D99 (mm) 0,4008 DENSIDADE DO FLUIDO (t/m3) 1,00 VISCOSIDADE

CINEMÁTICA (m2/s)1,00X10-6

9 DENSIDADE DA POLPA (t/m3) 1,6610 CONC SÓLIDO PESO ( Cw %) 60,15 EM VOLUME (Cv %)11 VAZÃO DE POLPA (m3/h)12 VAZÃO DE SÓLIDOS (t/h)13 ANÁLISE GRANULOMÉTRICA14 ALIMENTAÇÃO MALHA #42 #48 #60 #80 #100 #115 #150 #20015 (PREENCHER) %RETIDO 47,09 19,1616 CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO17 CICLO DE TRABALHO 24h/dia SERVIÇO PESADO18 TEMPERATURA ( º C ) 40 LOCAL MOAGEM19 PRESSÃO DE SUCÇÃO (mcl) DESCARGA (mcl)20 ALTURA MANOMÉTRICA TOTAL (mcl) 3421 NPSHdisp (m) NPSHreq (m)22 VEL SUCÇÃO (m/s) VEL RECALQUE (m/s)23 VEL PERIFÉRICA ROTOR (m/s)24 MÁXIMA PRESSÃO NA CARCAÇA (kgf/cm2) 525 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS26 DIÂMETRO - SUCÇÃO (mm) 6” DIAM - RECALQUE (mm) 4”27 NORMA PARA OS FLANGES DOSBOCAIS ANSI-B16.528 TIPO DE ROTOR FECHADO DIAM ROTOR (mm) 36529 TIPO DE VEDAÇÃO HIDRÁULICA TIPO DE SELO GAXETA30 ÁGUA PARA AS GAXETAS – VAZÃO

(m3/h)1 PRESSÃO

(kgf/cm2)4

31 LUBRIFICAÇÃO DOS MANCAIS GRAXA TIPO32 REVESTIMENTO - CARCAÇA BORRACHA ROTOR METAL33 POSIÇÃO DO EIXO VERTICAL RPM-ROTOR 130034 RENDIMENTO COM POLPA (%) 5035 SENTIDO DE ROTAÇÃO DO EIXO - LADO DO ACIONAMENTO Horário36 ALTURA MÁXIMA DE PROJETO (mcl) 3437 VAZÃO MÁXIMA CONTÍNUA (m3/h) 23038 VAZÃO MÍNIMA CONTÍNUA (m3/h) 16039 POTÊNCIA MÁXIMA COM ROTOR DE PROJETO (CV) 10040 ACIONAMENTO41 MOTOR-POT NECESSÁRIA (CV) 100 ADOTADA (CV) 10042 Nº PÓLOS 4 ROTAÇÃO (rpm) 177043 CARCAÇA 225S/M ISOLAMENTO F44 FORMA CONSTRUTIVA B3D PROTEÇÃO IPW5545 ACOPLAMENTO MOTOR-BOMBA CORREIAS Nº CORREIAS / TIPO 5 / 5V

FABRICANTE DO ACOPLAMENTO - MODELO -46 MATERIAIS47 REVEST CARCAÇA BORRACHA EIXO SAE 104548 REVESTIMENTO ROTOR NiHARD LUVA DO EIXO SAE 1045 + NiHARD49 GAXETAS AMIANTO GRAF MANCAIS ROLAMENTOS

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19 – Diagrama de Moody

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