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Apostila Curso PreliminarLinhas: Dirigente Institucional e Escotista

Esta é a Apostila do Formador do Curso Preliminar da UEB - União dos Escoteiros do Brasil - para Escotistas e Dirigentes Institucionais, conforme previsto nas Diretrizes Nacionais para Gestão

de Adultos, e produzido por orientação da Diretoria Executiva Nacional com base na experiência centenária do Movimento Escoteiro no Brasil.

1ª Edição - Abril de 2010Atualizado em: 29 de março de 2012

Conteúdo:Os conteúdos que aparecem nesta apostila foram baseados nos materiais de cursos das

Regiões Escoteiras.

Ilustrações:Foram usados desenhos produzidos ou adaptados por Andréa Queirolo e Veridiana Kotaka,

assim como ilustrações em geral que fazem parte do acervo da UEB ou são de domínio público.

Diagramação e Montagem:Andréa Queirolo

Organização de Conteúdo:Megumi Tokudome

Todos os direitos reservados.Nenhuma parte desta publicação poderá ser traduzida ou adaptada a nenhum idioma, como

também não pode ser reproduzido, armazenado ou transmitido por nenhuma maneira ou meio, sem permissão expressa da Diretoria Executiva Nacional da União dos Escoteiros do Brasil.

União dos Escoteiros do Brasil

Escritório NacionalRua Coronel Dulcídio, 2.107

Bairro Água Verde 80250-100 - Curitiba - PR

www.escoteiros.org.br

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Objetivo do Nível:Desenvolver no adulto os conhecimentos e habilidades

iniciais para a atuação como assistente, auxiliar, dirigente institucional.

Tarefas Prévias:• Leitura e Discussão com o Assessor Pessoal de

Formação da Apostila do curso

• Leitura do documento de bolso do jovem, específico ao Ramo (Alcatéia em Ação, Tropa Escoteira em Ação, Tropa Sênior em Ação e Clã Pioneiro em Ação)

• Leitura do documento Escotistas em Ação do Ramo

Sugestão de Leitura:• Leitura do Estatuto da UEB

• Leitura das Diretrizes Nacionais de Gestão de Adultos

• Leitura do Princípios, Organização e Regras

* Estes documentos podem ser consultados no site da União dos Escoteiros do Brasil ou adquiridos na

Loja Escoteira Nacional

A Apostila do Formador é um instrumento de apoio aos adultos em processo de formação, cujo conteúdo busca contribuir para o desenvolvimento das competências necessárias para o exercício das atribuições inerentes aos escotistas e dirigentes no Movimento Escoteiro.

A UEB está se dedicando a atualizar e produzir importantes publicações para adultos, contando, para tanto, com a inestimável colaboração e esforço de muitos voluntários de todo o Brasil, além do apoio dos profissionais do Escritório Nacional. A todos que contribuíram, e continuam trabalhando, os agradecimentos do escotismo brasileiro.

É claro que ainda podemos aprimorar o material, introduzindo as modificações necessárias a cada nova edição. Portanto, envie suas sugestões para melhorar o trabalho ([email protected]), pois a sua opinião e participação serão muito bem-vindas!

A qualidade do Programa Educativo aplicado nas Seções, além da eficiência nos processos de gestão da organização escoteira, em seus diversos níveis, depende diretamente da adequada preparação dos adultos.

O nosso trabalho voluntário rende mais e melhores frutos na medida em que nos capacitamos adequadamente para a tarefa. Portanto, investir na formação significa valorizar o próprio tempo que dedicamos voluntariamente ao escotismo.

Além disso, o nosso compromisso com as crianças e jovens exige que estejamos permanentemente dispostos a adquirir novos conhecimentos, habilidades e atitudes, em coerência com a postura de educadores em aper feiçoamento constante.

Desejo que tenham ótimos e proveitosos momentos de formação, que aprendam e ensinem, que recebam e compartilhem. Sejam felizes!

Sempre Alerta!

ALESSANDRO GARCIA VIEIRADiretor de Métodos EducativosUnião dos Escoteiros do Brasil

Apreseentaçãão

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ÍNDICE

Apresentaçãão ............................................................................................ 3

Unidade 1 .................................................................................................. 8Fundamentos do Movimento Escoteiro e Projeto Educativo

Unidade 2 .................................................................................................. 12Espiritualidade

Unidade 3 .................................................................................................. 14Desenvolvimento da Criança e do Jovem

Unidade 4 .................................................................................................. 18Visão Geral do Programa

Unidade 5 .................................................................................................. 23Cerimônias

Unidade 6 .................................................................................................. 27Prática de Jogos

Unidade 7 .................................................................................................. 29Programando, Vivenciando e Avaliando uma Reunião de Seção

Unidade 8 .................................................................................................. 33Noções de Segurança nas Atividades -P.O.R.

Unidade 9 .................................................................................................. 36Sistema de Formação de Adultos

Unidade 10 ................................................................................................ 43Plano de Leitura

Unidade 11 ................................................................................................ 45Estrutura da UEL – Unidade Escoteira Local, Distrito Escoteiro e Região Escoteira

Unidade 12 ................................................................................................ 49Legislação Escoteira Básica

Unidade 13 ................................................................................................ 52Pais no Movimento Escoteiro – Direitos e Deveres

Unidade 14 ................................................................................................ 55O Adulto Educador

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GRADE HORÁÁRIA DO CURRSO PRELIMMINAR

Fundamentos do Movimento Escoteiro e Projeto Educativo ............................................50 minEspiritualidade .........................................................................................................................40 minDesenvolvimento da Criança e do Jovem .............................................................................40 minVisão Geral do Programa .......................................................................................................60 minCerimônias ................................................................................................................................60 minPrática de Jogos ......................................................................................................................50 minProgramando, Vivenciando e Avaliando uma Reunião de Seção ..................................120 minNoções de Segurança nas Atividades -P.O.R........................................................................30 minSistema de Formação de Adultos ..........................................................................................20 minPlano de Leitura .......................................................................................................................15 minEstrutura da UEL – Unidade Escoteira Local, Distrito Escoteiro e Região Escoteira ......30 minLegislação Escoteira Básica ...................................................................................................30 minPais no Movimento Escoteiro – Direitos e Deveres .............................................................30 minO Adulto Educador ....................................................................................................................60 min

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso PreliminarTÍTULO DA SESSÃO: FUNDAMENTOS DO MOVIMENTO ESCOTEIRO E PROJETO EDUCATIVO

DURAÇÃO: 50 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Proporcionar aos adultos da UEB o conhecimento sobre os Fundamentos e o Projeto Educativo do Movimento Escoteiro.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Identificar os Fundamentos do Escotismo.

• Conhecer o Projeto Educativo do Movimento Escoteiro.

CONTEÚDO

• Definição

• Propósito

• Princípios

• Método Escoteiro

• Projeto Educativo

MATERIAL

• Uma (1) capa de CD

• Quatro (4) quebra-cabeças confeccionados em cartolina colorida (quatro cores diferentes) cada um dos jogos correspondendo respectivamente aos textos da Definição, do Propósito, dos Princípios e do Método Escoteiro que constam no P.O.R.

• Um (1) P.O.R.

• Projeto Educativo do Movimento Escoteiro

• Apostila do aluno

• Balas (4 tipos) para separar as equipes.(na quantidade de participantes de forma a dividir o grupo em 4)

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

10 Fundamentos: A Base do Escotismo PL

15 Definição - Propósito - Princípios - Método Escoteiro. TG

20 Definição - Propósito - Princípios - Método Escoteiro EG

05 Projeto Educativo do Movimento Escoteiro PL

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo EG - Exposição por Grupo

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DETALHAMENTO DA METODOLOGIA

Fundamentos – A Base do EscotismoPegar casualmente antes de começar a falar, uma capa de CD e explicar que aquilo é um poliedro de seis fases, um hexaedro de fases desiguais. Tentar apóia-la numa super fície irregular, sobre cada uma das faces menores. Se ela se desequilibra solte-a de vez para que caia com o maior ruído possível. Se equilibrar, mostrar que com um leve toque ela se desequilibra e cai também (com um ruído enorme). Agora tente equilibrá-la sobre a face maior. Faça com que os participantes notem que o objeto está estável e não cai. Parece um João Bobo, pois por mais que se levante uma das faces ela volta para o mesmo lugar. Ela pode ser a base para montar muitas coisas em cima dela. Outros CDs porque tem uma boa base.Escotismo, um Movimento fundado por B-P há mais de cem anos. Este Movimento sobrevive há tantos anos só porque tem uma boa base. Vamos conhecer qual é a sua BASE, os alicerces, os FUNDAMENTOS DO ESCOTISMO.Trabalho em grupoJogo-Montagem de Quebra-CabeçasOs participantes, a inteiro critério de cada um deverão formar quatro grupos com número de pessoas aproximadamente iguais (isto quer dizer que nenhum grupo deverá ter mais ou menos que um elemento que qualquer um das demais). Cada grupo receberá um quebra-cabeça que deverá montar.Exposição por grupoCada grupo deverá dispor de cinco minutos para expor a sua interpretação do texto que está no quebra-cabeça que montou: Definição, Propósito, Princípios e Método Escoteiro. Todos poderão fazer perguntas e o instrutor deve complementar ou corrigir alguma idéia quando necessário. Conclusões FinaisO instrutor apresenta o documento “Projeto Educativo do Movimento Escoteiro” explicando que esta baseado nos Fundamentos do Movimento Escoteiro.

Bibliografia Recomendada

• P.O.R. Princípios Organização e Regras – 2008

• Projeto Educativo do Movimento Escoteiro

• Fundamentos do Escotismo – Rubem Suffert

Última Atualização: 22/06/2010 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Unidade 1Fundamentos do Movimento Escoteiro e Projeto Educativo

Os Fundamentos são os elementos básicos do Escotismo, decorrentes da proposta original de Baden-Powell. Constitui-se de: Definição do Movimento, Propósito, Princípios e Método Escoteiro. Excetuando-se a Definição, que não tem precedência hierárquica, os demais estão em ordem de prioridade.

Defi niçãoO Escotismo é um movimento educacional de jovens,

com a colaboração de adultos, voluntário, sem vínculos político-partidários, que valoriza a participação de pessoas de todas as origens sociais, raças e crenças, de acordo com o Propósito, os Princípios e o Método Escoteiro concebidos pelo Fundador, Baden-Powell.

PropósitoO Propósito do Movimento Escoteiro é contribuir para

que os jovens assumam seu próprio desenvolvimento, especialmente do caráter, ajudando-os a realizar suas plenas potencialidades físicas, intelectuais, sociais, afetivas e espirituais, como cidadãos responsáveis, participantes e úteis em suas comunidades, conforme definido no Projeto Educativo da União dos Escoteiros do Brasil.

PrincípiosOs Princípios do Escotismo são definidos na Promessa

Escoteira, base moral que se ajusta aos progressivos graus de maturidade do indivíduo:

a) Dever para com Deus - Adesão a princípios espirituais e vivência ou busca da religião que os expresse, respeitando as demais.

b) Dever para com o Próximo - Lealdade ao nosso País, em harmonia com a promoção da paz, compreensão e cooperação local, nacional e internacional, exercitadas pela Fraternidade Escoteira. Participação no desenvolvimento da sociedade com reconhecimento e respeito à dignidade do homem e ao equilíbrio da Natureza.

c) Dever para consigo mesmo - Responsabilidade pelo seu próprio desenvolvimento

MétodoO Método Escoteiro, com aplicação planejada e

sistematicamente avaliada nos diversos níveis do Movimento, caracteriza-se pelo conjunto dos seguintes elementos:

a) Aceitação da Promessa e da Lei Escoteira:

Todos os membros assumem, voluntariamente, um compromisso de vivência da Promessa e da Lei Escoteira.

b) Aprender fazendo:

Educando pela ação, o Escotismo valoriza:

• o aprendizado pela prática;

• o treinamento para a autonomia, baseado na autoconfiança e iniciativa;

• os hábitos de observação, indução e dedução.

c) Vida em equipe, denominada nas Tropas “Sistema de Patrulhas”, incluindo:

• a descoberta e a aceitação progressiva de responsabilidade;

• a disciplina assumida voluntariamente;

• a capacidade tanto para cooperar como para liderar.

d) Atividades progressivas, atraentes e variadas, compreendendo:

• jogos;

• habilidade e técnicas úteis, estimuladas por um sistema de distintivos;

• vida ao ar livre e em contato com a Natureza;

• interação com a Comunidade;

• mística e ambiente fraterno.

e) Desenvolvimento pessoal com orientação individual considerando:

• a realidade e o ponto de vista dos jovens;

• a confiança nas potencialidades de cada jovem;

• o exemplo pessoal do adulto;

• Seções com número limitado de jovens e faixa etária própria

* Para saber mais sobre Fundamentos do Movimento Escoteiro, consulte o documento Projeto Educativo da UEB, As Características Essenciais do Escotismo e o livro Compreendendo os Fundamentos do Movimento

Escoteiro.

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ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso PreliminarTÍTULO DA SESSÃO: ESPIRITUALIDADE

DURAÇÃO: 40 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Compreender como a UEB aplica o conceito de Orientação Espiritual entre os seus associados.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Reconhecer a importância da espiritualidade no Movimento Escoteiro

• Identificar os pontos do projeto educativo que tratam da espiritualidade

CONTEÚDO

• A visão de Baden Powell sobre religião no Escotismo.

• Desenvolvimento espiritual como propósito do Movimento Escoteiro – Projeto Educativo.

MATERIAL

• 4 a 5 exemplares de Projeto Educativo do Movimento Escoteiro

• 4 a 5 exemplares de POR - Princípios, Organização & Regras

Proposta de Desenvolvimento

Tempo( Minutos) TEMA Metodologia

10 Visão de Baden-Powell sobre religião PL

15 Espiritualidade no Programa Educativo TG

15 Apresentação das reflexões EG

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo EG - Exposição por Grupo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Visão de Baden-Powell sobre religião no Movimento EscoteiroA base da visão de B-P sobre a religião no Movimento Escoteiro encontra-se no “Guia do Chefe Escoteiro”, assim, partindo desta visão expor as orientações por ele fornecidas fazendo um paralelo com o que é definido no POR para a espiritualidade; apresentar também as formas de auxilio que o Movimento Escoteiro pode oferecer ao desenvolvimento da espiritualidade. Espiritualidade no Programa Educativo e PORDivide-se os participantes em 4 a 5 grupos Reflexão em Grupo sobre o que consta sobre Espiritualidade no Projeto Educativo do Movimento Escoteiro.Apresentação dos principais pontos de reflexão a partir da leitura dos textos do Projeto Educativo e do capítulo do POR correspondente a Espiritualidade.

Bibliografia Recomendada

• P.O.R. Princípios Organização e Regras – 2008

• Projeto Educativo do Movimento Escoteiro

• Guia do Chefe Escoteiro - Baden Powell

• Escotismo para Rapazes - Baden Powell

Última Atualização: 22/06/2010 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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ANOTAÇÕES:

Unidade 2Espiritualidade

É a significação que damos ao nosso modo de ser na direção de uma força divina capaz de dar coesão e sentido maior aos nossos outros modos de ser nesse mundo e a tudo que está ao nosso entorno (o mundo – a sua diversidade e complexidade).

A Política de Orientação Espiritual da UEBEntre os Princípios Escoteiros contidos na Promessa

Escoteira estão os deveres para com Deus, que são definidos como a adesão a princípios espirituais e vivência ou busca da religião que os expresse, respeitando as demais.

Para entendermos corretamente a política de orientação espiritual da U.E.B., necessariamente devemos conhecer o conteúdo do capítulo 3 do P.O.R., reproduzido abaixo na íntegra:

Orientação EspiritualOs Grupos Escoteiros deverão respeitar a seguinte

orientação espiritual;a. Todos os membros do Grupo devem ser estimulados a ter uma religião e seguir fielmente seus preceitos;b. Quando o Grupo for composto por jovens de uma única religião, obrigatoriamente, seus adultos deverão pertencer a essa mesma religião e terão, como obrigação indeclinável, que zelar pelas práticas religiosas de seus integrantes e pela orientação religiosa do Grupo;c. Quando o Grupo for composto por jovens pertencentes a diversas religiões, seus adultos devem respeitá-las, verificando que cada um observe seus deveres religiosos;d. Os jovens devem ser estimulados a assistir às cerimônias religiosas do seu próprio culto e tem o direito, quando em acampamentos, de isolar-se para orações individuais ou coletivas e para o estudo de sua religião;

ee. É vedado aos adultos tornar obrigatório o comparecimento dos jovens às cerimônias religiosas.

Os Grupos Escoteiros devem contar com orientação espiritual adequada às diferentes religiões dos seus membros juvenis, ministrada por pessoas de sua religião.

O Escotismo é um movimento voluntário. Ninguém é obrigado a participar dele, mas quem deseja fazer parte, deve seguir seus preceitos, como atender a Lei e a Promessa. E prometemos, quando desejamos ser Escoteiros, cumprir nossos deveres para com Deus. Existem outros Movimentos parecidos com o Escotismo sem serem religiosos.

O Escotismo faz das suas atividades, principalmente as ligadas à natureza, momentos de aproximação do homem a Deus.

* Para saber mais sobre Espiritualidade, consulte o POR.

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso PreliminarTÍTULO DA SESSÃO: DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO JOVEM

DURAÇÃO: 40 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Conhecer as diferentes faixas de desenvolvimento das crianças e jovens atendidas pelo Movimento Escoteiro, respeitando as características do desenvolvimento evolutivo

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Identificar as ênfases dos Ramos Escoteiros;

• Listar as características do desenvolvimento evolutivo humano, desde a infância intermediária até a juventude.

• Reconhecer que existe relação entre as ênfases e as etapas do desenvolvimento

CONTEÚDO

• Ênfase dos Ramos;

• Desenvolvimento Evolutivo

• Características das faixas-etárias(da infância intermediária à juventude)

MATERIAL

• arbante

• Equipamentos Áudio-visual

• Tarjetas com informações sobre características do desenvolvimento evolutivo

• Fitas adesivas

Proposta de Desenvolvimento

Tempo (Minutos) TEMA Metodologia

02 Motivação para o aprendizado (Incentivação)Escolher um dos itens abaixo: - Um comentário sobre desenvolvimento - Contar uma fábula sobre as fases de mutação de uma borboleta.- Uma mágica que apresente um fundo de cena o desenvolvimento.

Apresentação Expositiva

25 O Desenvolvimento Evolutivo da criança e do jovem Palestra

13 Desenvolvimento Evolutivo da criança e do jovem Jogo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

O DESENVOLVIMENTO EVOLUTIVO DA CRIANÇA E DO JOVEM: - Os cursantes serão divididos em 3 equipes, as quais receberão uma folha de cartolina contendo uma coluna com idades em uma margem idades de 7 a 21 e na outra margem os ramos.- Espalhados pela sala ou no campo, existirão papéis (3 cópias) contendo informações sobre os períodos (Infância média, Infância tardia, pré-puberdade, puberdade, primeira adolescência e juventude / Infância intermediária, Pré-Adolescência e Adolescência).

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- Os grupos irão circular pela sala de aula ou campo e coletarão os papéis com informações sobre as fases de desenvolvimento, período e idade.- Estes discutirão em quais fases os períodos/idades se enquadram atendendo a nomenclatura de cada fase. Esta parte dever ser de forma objetiva.- Após este momento o formador Projeta o Gráfico Evolutivo das fases de desenvolvimento evolutivo da criança e do jovem dentro do Movimento Escoteiro.

Bibliografia Recomendada

- Programa de Jovens: Objetivos Finais e Intermediários. - Livro: De Lobinho a Pioneiro

Última Atualização:22/06/2010 Feita Por: Paulo Henrique M. Barbosa (MG), Megumi Tokudome (UEB-EN), Luciano Antonio Rodrigues (ES)

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Infância Intermediária:A infância Intermediária é o período de desenvolvimento

compreendido entre os 7 e os 10/11 anos de idade, aproximadamente. Os aspectos mais relevantes neste período são o abrandamento do crescimento corporal, a abertura do crescimento da criança para o mundo exterior, a intensa atividade de recreação e socialização que a

criança realiza em companhia de seus companheiros, a aparição do pensamento concreto em substituição ao pensamento mágico e o inicio do processo de autonomia da criança em relação aos seus pais e ao seu lar. A Escola e os companheiros ocupam grande parte da vida da criança e suas maiores expressões são o grande ânimo para o esforço físico e a tendência aos jogos coletivos regulamentados.

REGRA 049 – ÊNFASE DO RAMO LOBINHOEspecialmente concebido para atender às necessidades de desenvolvimento de crianças de ambos os sexos na faixa etária compreendida entre 7 a 10 anos, o Programa de Jovens aplicado ao Ramo Lobinho concentra sua ênfase no processo de socialização da criança, preparando-a para que, ao atingir a idade e as condições necessárias, prossiga suas formação, no Ramo Escoteiro. O Lobismo é inspirado na obra O LIVRO DA JÂNGAL, de Rudyard Kipling, resumindo em MOWGLI, O MENINO-LOBO.

Pré-Adolescência:A pré-adolescência é o período que se situa a

infância e a juventude. É um período de transição que na prática se situa entre os 10/11 anos e os 14/15 anos. É a idade da pré-puberdade e da puberdade, caracterizando-se pelo desequilíbrio e pela quebra da harmonia alcançada anteriormente, em decorrência do grande desenvolvimento físico que vai muito além

do mero crescimento para se traduzir em verdadeiras transformações de natureza qualitativa, e da maturação física dos órgãos sexuais e do aparelho reprodutor.

Psicologicamente, é o momento de dúvidas e de solidões, mas, também, de maior capacidade de análise e de pensamento, de sensações, de emoções e de experiências novas, tanto no plano dos afetos como das relações com os amigos e com o outro sexo.

Regra 063– ÊNFASE DO RAMO ESCOTEIROEspecialmente concebido para atender às necessidades de desenvolvimento de crianças e jovens de ambos os sexos na faixa etária compreendida entre 11 e 14 anos, o programa educativo aplicado ao Ramo Escoteiro concentra sua ênfase no processo de criação e ampliação da autonomia, preparando o jovem para que, ao atingir a idade e as condições necessárias, prossiga sua formação, no Ramo seguinte. O programa é fundamentado na vida em equipe e no encontro com a natureza, sem se descuidar de outros aspectos relacionados com o desenvolvimento integral da personalidade.

Unidade 3Desenvolvimento da Criança e do Jovem

Características das Faixas Etárias:Definidas as áreas de atuação, levou-se

em consideração as características gerais do

desenvolvimento evolutivo da criança e do jovem e ratificou-se a divisão das faixas etárias entre os quatros ramos do Movimento Escoteiro, sendo:

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Adolescência:A adolescência compreende o período da vida do

jovem que vai dos 14/15 aos 20/21 anos.

O período é marcado por um processo de maturação biológica que transcende à área psicossocial durante o qual se constroem e se aper feiçoam a personalidade e o sentido de identidade. Nesta faixa etária, o adolescente alcança definitivamente a maturidade psíquica enquanto vai construindo um mundo pessoal de valores tem opiniões tolerantes sobre seus companheiros e sobre os adultos. O desenvolvimento da autonomia atinge o seu apogeu. Amplia-se, consideravelmente, a consciência moral e o jovem passa a dar explicações mais profundas a cerca de fatos e situações com que se defronta. No plano afetivo é visível a integração que faz entre amor e sexo, enquanto supera seus estados de instabilidade emocional, alcançando maior identificação consigo mesmo. O pensamento alcança um alto nível de abstração e o jovem pode fazer análise de desenvolver teorias e levantar hipóteses. Já pode se expressar por meio de sua própria criação. No plano social o adolescente

busca seu lugar no mundo dos adultos, ao qual deseja se incorporar, embora inseguro no modo de fazê-lo. Dá o melhor de si para se inserir no mundo, que reconhece como sendo seu mundo, embora faça desse mundo alvo de suas continuas criticas.

ANOTAÇÕES:

REGRA 082 – POR - ÊNFASE DO RAMO SÊNIOREspecialmente concebido para atender às necessidades de desenvolvimento de crianças de ambos os sexos na faixa etária compreendida entre 15 e 17 anos, o programa educativo aplicado ao Ramo Sênior concentra sua ênfase no processo de autoconhecimento, aceitação e aprimoramento das características pessoais auxiliando o jovem a su-perar, os quatros desafi os com que se depara nessa etapa da vida: o desafi o físico, o desafi o intelectual, desafi o social e desafi o espiritual.

REGRA 102 – POR - ÊNFASE DO RAMO PIONEIROEspecialmente concebido para atender às necessidades de desenvolvimento de crianças de ambos os sexos na faixa etária compreendida entre 18 a 21 anos incompletos, o programa educativo aplica ao Ramo Pioneiro concentra sua ênfase no processo de integração do jovem ao mundo adulto que passa a ser o seu, privilegiando sobre tudo o serviço à comunidade, com expressão da cidadania, e auxiliando o jovem a por em prática os valores da Promessa e da Lei Escoteira no mundo mais amplo em que passa a viver.

* Para saber mais sobre Desenvolvimento da Criança e do Jovem, consulte o Livro de Lobinho a Pioneiro.

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso PreliminarTÍTULO DA SESSÃO: VISÃO GERAL DO PROGRAMA

DURAÇÃO: 60 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Proporcionar ao Escotista/Dirigente Institucional uma visão Geral sobre o Programa de Jovens

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Reconhecer o Programa Educativo como parte de um Sistema;

• Perceber que o Programa é adaptado a cada Etapa de Desenvolvimento da criança/jovem;

• Reconhecer que o Programa contribui no Desenvolvimento Integral da criança/jovem;

• -Compreender que as Atividades oferecidas pelo Programa auxiliam as crianças/jovens na conquistas de competências; e

• Compreender o Sistema completo.

CONTEÚDO

• Visão Geral do Programa de Jovens

MATERIAL

• Painel com Sistema de Progressão dos Ramos;

• Manual do Escotista dos Ramos;

• Escotistas em Ação dos Ramos.

Proposta de Desenvolvimento

Tempo (Minutos) TEMA Metodologia

25 Apresentação da Unidade - Visão Geral do Programa PL

20 Sistema de Progressão dos Ramos TG

15 Apresentação dos Grupos - Sistema de Progressão (preferencialmente por Ramo) AP

Legenda: PL – Palestra TG – Trabalho de Grupo AP-Apresentação

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

O instrutor palestra sobre o conteúdo da unidade com o auxílio de recursos audiovisuaisDivididos em Grupos, os participantes irão receber um Sistema de Progressão. O ideal é que cada Grupo receba um painel com o Sistema de Progressão dos Ramos distintos (Lobinho, Escoteiro, Sênior, Pioneiro).O instrutor passa por todos os Grupos auxiliando e esclarecendo eventuais duvidas sobre o Sistema de Progressão.Ao final, cada grupo irá apresentar um Sistema de Progressão ( no caso de cada grupo receber um Ramo)

Bibliografia Recomendada

• Manual do Escotista dos Ramos;

• Escotistas em Ação dos Ramos.

Última Atualização: 30/06/2010 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Unidadde 4Visão Geral do Programa

O Programa Educativo é parte de um sistema

O Programa Educativo é um dos elementos de um sistema, ou seja, não pode ser analisado fora do conjunto – Propósito, Princípios e Método Escoteiro – e pode ser visto como o “combustível” para fazer esta “máquina” funcionar.

Dentro deste contexto podemos resumir alguns conceitos, para melhor entendimento, destacando que o Propósito define o nosso objetivo, o que queremos atingir com nosso trabalho; os Princípios definem nossa base moral, os valores que defendemos; o Programa atrai os jovens e desenvolve atividades interessantes, diferentes, variadas; e o Método Escoteiro é a forma como o Programa é aplicado, ou seja, a forma como fazemos as coisas.

Nessa relação direta entre Programa e Método, é importante ressaltar que em torno desse tema reúnem-se vários conteúdos complementares, e é este conjunto que forma o Programa Educativo. De maneira sintética, podemos dizer que este Programa é um conjunto formado por:

• Atividades atraentes e progressivas – com ênfase na vida ao ar livre, com acampamentos, excursões, reuniões de sede, jogos, histórias, canções e danças, fogos de conselho e cerimônias;

• Um marco simbólico que atenda ao interesse educativo de cada etapa de desenvolvimento, bem como o interesse específico dos jovens daquela faixa etária;

• Conhecimentos e Habilidades – com ênfase nas técnicas necessárias para desenvolver as atividades ao ar livre, as especialidades, o serviço comunitário e a boa ação;

• Uma Fraternidade Mundial com um compromisso de valores para construir um mundo melhor e símbolos de identificação;

• Um Sistema de Progressão Pessoal apoiado por um conjunto de distintivos e insígnias.

O Método Escoteiro define como o Programa Educativo é oferecido aos membros juvenis, de maneira que contribua para alcançar o Propósito do Movimento. Basicamente ele diz que tudo aquilo que é feito pelos jovens deve considerar:

• Todos os que participam compartilham de um mesmo código de valores;

• Valoriza-se a ação e o aprender fazendo;

• Valoriza-se a vida em equipe e a divisão de tarefas;

• As atividades devem ser interessantes para os jovens e de complexidade progressiva; e

• Ocorre a intervenção educativa do adulto afetivamente vinculado aos jovens.

O Programa deve ser atualizadoÉ perceptível que, para que possa permanecer

interessante e atraente aos membros juvenis, os conteúdos que formam o programa devem ser periodicamente revisados e atualizados, acompanhando os interesses dos jovens de cada época e cada lugar, assim como adequar-se aos interesses da sociedade em que está presente.

Esta é a razão pela qual os escoteiros de diferentes épocas ou de diferentes ambientes fazem coisas diferentes, desenvolvendo, entretanto, o mesmo escotismo.

O Programa é adaptado a cada etapa de desenvolvimento

Destaca-se, a partir da visão até aqui exposta, que, tal como orienta o quarto ponto do Método, assim como o definido no item programa, os jovens deverão ser agrupados por faixas etárias que compreendam etapas de desenvolvimento do ser humano, para que lhes seja oferecido um programa educativo adequado.

Assim, temos o escotismo dividido em quatro Ramos, cada um deles com um programa educativo próprio, destinado a atender a um público específico.

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O Programa deve contribuir no desenvolvimento integral

Como estamos falando de um movimento educativo, que tem como propósito contribuir com a formação integral dos jovens, entendemos que o processo de desenvolvimento pessoal deve considerar o ser humano em sua totalidade, ou seja, o desenvolvimento em seis áreas: Desenvolvimento Físico, Intelectual, Social, Afetivo, Espiritual e do Caráter.

Se por um lado as atividades escoteiras devem oferecer experiências educativas que auxiliem no desenvolvimento do jovem em todas essas áreas, por outro um sistema de avaliação nessa progressão deve ter indicadores que incentivem os jovens a crescer nas seis dimensões e que nos ajudem a fazer uma avaliação de como isso está acontecendo.

O Programa se apóia em um sistema de avaliação da progressão para cada Ramo

Entende-se, então, que como parte do Programa Educativo o Escotismo utiliza, também, um Sistema de Avaliação da Progressão Pessoal, que visa oferecer ao jovem e ao Escotista alguns indicadores para avaliar o crescimento pessoal de cada jovem. Esses indicadores revelam não só o impacto das atividades escoteiras nos jovens, mas também pontos fortes e fracos de cada um, o que permite uma intervenção mais direta dos Escotistas.

Para efetivar o acompanhamento, foram desenvolvidos indicadores que servirão de base para a avaliação dos jovens.

Observe que a divisão dos períodos e fases considera a maturidade apresentada pelos jovens em determinadas idades, mas embora o critério de idade seja baseado no que se observa na maioria dos jovens, deveremos estar atentos para o fato de que as pessoas são diferentes, com diferentes histórias e possibilidades, razão pela qual deveremos, principalmente, avaliar como poderemos ajudar os jovens a crescer.

O Sistema leva em conta os Objetivos Educativos do Movimento Escoteiro

Para efeitos de avaliação do processo educativo do Escotismo todo o sistema foi baseado na malha de Objetivos Educativos do Movimento Escoteiro.

A malha de Objetivos foi formulada a partir de uma descrição do que chamamos de per fil de saída, ou seja, da descrição de como gostaríamos que fossem as condutas de alguém que, depois de viver um bom período como

“escoteiro”, deixasse o Movimento ao contemplar os 21 anos de idade. A estas condutas, que estão dentro das seis áreas de desenvolvimento, chamamos de OBJETIVOS FINAIS ou OBJETIVOS TERMINAIS.

Para que alguém alcance esses Objetivos Finais ele deve, em cada período e fase de desenvolvimento, adquirir as condutas que levem em direção a estes. A estas condutas damos o nome de OBJETIVOS INTERMEDIÁRIOS ou OBJETIVOS EDUCATIVOS. São as condutas que esperamos que cada pessoa demonstre, em cada determinado estágio de desenvolvimento, pois caracterizam as condutas apropriadas para aquele período ou fase, e são característica da maioria das pessoas.

Para avaliação dos jovens os Objetivos foram transformados em Competências

Por COMPETÊNCIA define-se a união de CONHECIMENTO, HABILIDADE e ATITUDE em relação a algum tema específico. O aspecto educativo da Competência é que ela reúne não só o SABER algo (Conhecimento), mas também o SABER FAZER (Habilidade) para aplicação do conhecimento e, mais ainda, SABER SER (Atitude) em relação ao que sabe e faz, ou seja, uma conduta que revela a incorporação de valores.

No Caso do Ramo Escoteiro, por exemplo, foram estabelecidas 36 Competências para as Etapas de Pistas e Trilha outras 36 Competências para as Etapas de Rumo e Travessia.

Para ajudar os jovens a conquistar essas Competências, são oferecidas atividades

Para que os jovens caminhem facilmente em direção a essas competências, e para que os chefes tenham parâmetros na avaliação do que os jovens conquistam, para cada uma dessas competências foi criado um conjunto de atividades. Esses conjuntos de atividades são os indicadores de aquisição das Competências.

Assim, continuando no exemplo do Ramo Escoteiro, no Guia das Etapas Pistas e Trilhas constam 36 Conjuntos de Atividades, cada uma com uma quantidade de itens que devem ser oferecidos aos jovens que estão neste período. No Guia das Etapas Rumo e Travessia constam outros 36 Conjuntos de Atividades, um pouco mais complexas, já que são destinadas aos jovens em uma fase de desenvolvimento mais adiantada.

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O Sistema completo Pela ilustração a seguir pode-se ter uma visão global

do sistema de progressão do Ramo Escoteiro, desde que ele ingressa no Período Introdutório, até que ele

conquiste o Distintivo de Escoteiro Lis de Ouro.

O Sistema de Progressão foi idealizado da seguinte maneira:

1. O ingresso pode ser feito por um jovem que veio do Ramo Lobinho. Ele está, nesse caso, na faixa etária entre 10 a 11anos de idade, ou pode ser feita por um jovem que não veio da Alcateia e cuja idade pode estar entre 11 a 14 anos;

2. Independentemente da origem, todos ingressam na Tropa em um PERÍODO INTRODUTÓRIO, que terá uma duração média de 3 meses. Os jovens que vieram do Ramo Lobinho terão mais facilidade nesse momento e por certo viverão esse período em tempo mais curto. Para considerarmos concluído o Período Introdutório, o jovem deverá passar por um conjunto de itens que validarão sua integração na Tropa;

3. Ao final do Período Introdutório o jovem passará pela Cerimônia de Integração, na qual receberá o Lenço do Grupo Escoteiro e o seu primeiro distintivo de Progressão. Neste momento o jovem também poderá fazer sua Cerimônia de Promessa, recebendo seu distintivo de Promessa. Caso isso não aconteça, por decisão do jovem, os Escotistas deverão atuar para que ele faça sua Promessa em período futuro, que recomenda-se que não seja superior a dois meses;

4. Para decidir-se qual Etapa de Progressão o jovem recebe após os itens do período introdutório, existem duas formas, sendo que caberá ao Grupo Escoteiro decidir qual delas adotará.

a. Acesso Linear – Nesta opção, independente da Fase de Desenvolvimento e maturidade, todos os jovens ingressarão sempre na Etapa de Pistas, e avançarão na Progressão pela conquista das atividades previstas em cada Etapa.

b. Acesso Direto - Ao aproximar-se do final do Período Introdutório o Escotista que acompanhará a progressão do jovem conversará com ele, avaliando em que fase de desenvolvimento ele está, e quanto, das atividades previstas para esta Etapa, ele já conquistou ou demonstra muita facilidade em conquistar. Neste caso, em acordo entre o Escotista e o jovem, será considerado o grau de maturidade do jovem, ou seja, ele ingressará na Etapa de Progressão correspondente a sua Fase de Desenvolvimento.

5. Para efeitos de progressão, devem ser levados em consideração os seguintes parâmetros:

• Para passar da Etapa de Pistas para Etapa de Trilha – realizar metade das atividades propostas para esta fase;

• Para passar da Etapa de Trilha para Etapa do Rumo – realizar a totalidade das atividades propostos para a Etapa de Pistas e Trilha;

• Para passar da Etapa do Rumo para Etapa da Travessia – realizar metade das atividades propostos para esta fase;

• Uma vez na Etapa de Travessia e realizadas todas as atividades previstas, o jovem poderá conquistar o Distintivo de Escoteiro Lis de Ouro.

6. Depois da cerimônia de integração o jovem pode começar a conquistar Especialidades. Ao somar os números definidos, poderá conquistar os Cordões de Eficiência.

7. Depois da cerimônia de integração poderá também trabalhar para a conquista da Insígnia Mundial do Meio

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Ambiente.

É importante destacar o que se entende por “realizar a metade/totalidade dos itens”. Em nenhum momento espera-se que um adulto impeça a Progressão de um jovem pela falta de uma ou duas atividades. Oferecemos experiências e avaliamos – em conjunto com o jovem – o desenvolvimento demonstrado.

Também não se deve entender que apenas a realização de um conjunto de atividades referente uma Competência garante sua conquista. É missão dos Escotistas, mais do que verificar se uma atividade foi feita ou não, avaliar se o jovem está se aproximando do definido na competência, e motivar os jovens nesta direção.

Se o jovem, no momento de avaliação de sua Progressão não se sentir seguro acerca da aquisição de um conhecimento, habilidade ou atitude, deve ser

estimulado a realizar outras atividades que o levem neste caminho. O contrário também vale: um jovem que já demonstre uma competência pode ser “liberado” de determinada atividade que julgue inócua ou entediante, desde que acordado com o Escotista.

Tampouco se espera que todos façam exatamente as mesmas atividades. Há a opção de substituição de itens por quaisquer outros que julgarmos interessantes, considerando a realidade de cada jovem. Montar um blog pode ser muito fácil para um deles, enquanto para outro exigirá um esforço de disciplina tremendo. Este aspecto permite que jovens com alguma deficiência desfrutem de todo o potencial que o Movimento Escoteiro lhes

possa oferecer.

* Para mais informações, consulte o documento

Manual do Escotista do Ramo

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso PreliminarTÍTULO DA SESSÃO: CERIMONIAIS

DURAÇÃO: 60 minutos

OBJETIVOS GERAIS:

• Compreender a importância das cerimônias para a vida escoteira dos jovens.

• Saber conduzir as cerimônias básicas do Escotismo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Entender o que é norma e o que é “acessório” nas cerimônias

• Praticar algumas cerimônias dos ramos lobinho e escoteiro

CONTEÚDO

• Cerimonial de grupo;

• Cerimônia de bandeira nos ramos;

• Cerimônia de integração;

• Promessa nos ramos;

• Passagem do ramo lobinho para o ramo escoteiro;

• Passagem do ramo escoteiro para o ramo sênior;

• Entrega de distintivos nos ramos;

• Grande uivo;

MATERIAL

• Bandeira/Adriça;

• Certificado;

• Distintivos

Proposta de Desenvolvimento

Tempo (Minutos) TEMA Metodologia

05 Introdução PL

05 Cerimonial de grupo PL

15 Tipos de cerimônias PL

30 Prática de algumas cerimônias TG

05 Fechamento/dúvidas DD

Legenda: PL – Palestra TG – Trabalho de Grupo DD – Discussão Dirigida

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DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

INTRODUÇÃO: O instrutor dá boas vindas, informa os objetivos da sessão e como ela será desenvolvida.CERIMONIAL DE GRUPO: o instrutor expõe sobre o Cerimonial de Grupo e as dúvidas que costumeiramente surgem, não esquecendo de enfatizar que o dirigente do Cerimonial de Grupo deve usar sinais e vozes de comando, já que estão presentes lobinhos e escoteiros.TIPOS DE CERIMÔNIAS: para evitar o esquecimento de algum detalhe, pode ser feita a leitura por partes (em voz alta) de cada cerimônia, pelo instrutor ou por algum participante, o instrutor vai prestando as explicações necessárias, não esquecendo de frisar que dependendo das tradições de alguns Grupos Escoteiros, as cerimônias podem conter alguns acessórios, desde que não sejam prejudiciais aos jovens e à própria cerimônia.PRÁTICA DE ALGUMAS CERIMÔNIAS: o instrutor pratica (simula) com os alunos algumas cerimônias, de preferência as que mais apresentaram dúvidas na aula teórica ou as que apresentam diferenças básicas entre os ramos - exemplo: Bandeira no Ramo Lobinho e Ramo Escoteiro.FECHAMENTO/DÚVIDAS: o instrutor fará o fechamento da sessão solicitando aos participantes que sejam multiplicadores, informando nos Grupos Escoteiros a maneira correta de conduzir as diversas cerimônias. As dúvidas devem ser sanadas na parte prática da sessão, mas caso ainda haja alguma por parte de algum participante, este deverá procurar o instrutor nos intervalos.

Bibliografia Recomendada

• Apostila do Curso

• POR

• Ficha Técnica O Grande Uivo

• Manual do Ramo(lobinho, Escoteiro, Sênior e Pioneiro)

Última Atualização: 22/06/2010 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Unidade 5Cerimônias

As cerimônias escoteiras tem as seguintes características: ser simples, marcante e rápida.

Cerimônia da BandeiraCom o objetivo de reverenciar a nossa Pátria,

realizam-se nas atividades escoteiras as cerimônias de hasteamento e arriamento de bandeiras, ou apenas a saudação à Bandeira Nacional, caso ela já esteja hasteada.

Nelas se pratica o respeito para com esse símbolo reforçando a cada um desses momentos o sentimento de patriotismo e cidadania.

Hasteamento e Arriamento

Nas atividades escoteiras, a responsabilidade da cerimônia de hasteamento da Bandeira Nacional, pode ser da matilha, patrulha ou equipe de serviço.

Dois jovens se dirigem para o mastro e se posicionam conforme a figura, formando sempre um triângulo retângulo. Aquele que está com a bandeira, após verificar se a bandeira esta certa e bem presa, diz: “Bandeira pronta” e é feito o hasteamento, sob a coordenação do Adulto Escoteiro.

Antes de retornarem aos seus lugares na formação, esses dois jovens fazem a saudação à bandeira.

No arriamento, antes de soltar a bandeira do mastro, os dois jovens responsáveis pela cerimônia fazem a saudação. Procedem o arriamento, dobram a bandeira e entregam para a chefia.

Entrega de distintivos, cordões e distintivos Especiais

É sempre importante valorizar o desempenho do jovem e da jovem a cada conquista e estimular que outros venham a conquistar. A presença do Diretor Presidente é sempre recomendável, e os familiares também devem ser convidados. A Cerimônia é sempre conduzida, preferencialmente pelo Escotista da seção quando se tratar de membros juvenis e pelo Diretor Presidente quando se tratar de adultos.

Dica: procurar dividir as entregas o mais adequadamente possível evitando cerimônias longas.

Cerimônia de IntegraçãoA partir do momento em que a criança/jovem

participa da Cerimônia de Integração, ele passa a ser

acolhido com um membro da Seção e recebe o lenço das mãos do Diretor Presidente que a simboliza e identifica o Grupo Escoteiro que passou a integrar (outros distintivos como numeral, região e Escoteiros do Brasil já podem estar fixados no uniforme ou traje).

Cerimônia de PromessaA Promessa Escoteira é um momento muito

importante na vida do jovem, o qual assume para si livremente o compromisso de cumprir a Lei Escoteira com o testemunho dos outros e de Deus. A cerimônia da Promessa é sempre individual, pelo Chefe da Seção.

Promessa do LobinhoPrometo fazer o melhor possível para:

• Cumprir meus deveres para com Deus e minha Pátria;

• Obedecer à lei do Lobinho; e

• Fazer todos os dias uma boa ação.

Outros RamosPrometo pela minha honra fazer o melhor possível

para:

• Cumprir meus deveres para com Deus e minha Pátria;

• Ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião;

• Obedecer à Lei Escoteira

* Para saber mais sobre Integração e Promessa do Ramo Lobinho e Escoteiro, consulte o Manual do

Ramo.

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Grande UivoO uivo do lobo, de rara beleza por sua musicalidade,

desperta sempre uma mescla de temor e curiosidade. Certamente, o uivo dos lobos tem a função principal de reuni-los, quando os integrantes de uma alcatéia se dispersam nas caçadas; mas esta comprovado que os lobos também uivam sem nenhuma causa aparente, como que expressando a alegria de viver.

No Grande Uivo, lobinhos e lobinhas se agrupam, se reconhecem como iguais e, por meio de uma série de gestos e gritos cerimoniais, assim como os lobos, manifestam sua alegria por estar juntos.

A forma como se realiza o Grande Uivo varia segundo as tradições da Alcatéia.

Essa cerimônia se faz no início de uma atividade, após o hasteamento e no final da atividade após o arriamento.

Essa prática também é realizada na passagem do Lobinho/da Lobinha para o Ramo Escoteiro.

* Para saber mais consulte a Ficha Técnica O Grande Uivo.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso PreliminarTÍTULO DA SESSÃO: PRÁTICA DE JOGOS

DURAÇÃO: 50 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Reconhecer a importância da prática de jogos no Movimento Escoteiro

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• -Identificar o jogo como um instrumento educacional e complementar aos objetivos da atividade em que estiver inserido.

• -Identificar jogos como técnicas de trabalho grupal

• -Reconhecer as características essenciais ao dirigente de jogos e ao facilitador de grupos

• -Planejar jogos e dinâmicas de grupo e vivenciar a sua aplicação.

CONTEÚDO

• -Jogos no Escotismo

• -Bases de um Jogo Escoteiro

• -Técnicas de Aplicação de um Jogo

MATERIALApostila do Curso

Proposta de Desenvolvimento

Tempo (Minutos) TEMA Metodologia

20 Prática de Jogos PL

30 Aplicação prática dos jogos TG

Legenda: PL – Palestra TG – Trabalho de Grupo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

Mostrar por meio de áudio visuais o conteúdo desta unidade.Aplicação prática dos jogos para compreensão dos participantes.

Bibliografia Recomendada

• Jogos, Dinâmicas & vivências Grupais/ Albigenor & Rose Militão – Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 2000

• Jogos e Dinâmicas de Grupo – Pessoa com Deficiência – União dos Escoteiros do Brasil, 2009.

• Jogos para a Paz e a Compreensão entre os Homens – União dos Escoteiros do Brasil, 1995.

• Jogos para Educação para o Desenvolvimento – União dos Escoteiros do Brasil, 1995.

• Jogos ao Ar Livre – União dos Escoteiros do Brasil, 1995.

• Livro de Jogos - – União dos Escoteiros do Brasil.

• Atividades Educativas – 7 a 11 anos – União dos Escoteiros do Brasil, 2006

• Atividades Educativas – 11 a 15 anos – União dos Escoteiros do Brasil, 2007

• Projetos e Atividades Educativas – 15 a 21 anos - – União dos Escoteiros do Brasil, 2008

Última Atualização: 01/07/2010 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Unidade 6Prática de Jogos

O jogo e a aventura são os meios pelos quais as crianças e os jovens se relacionam com a vida que os cerca. Do ponto de vista educativo, o jogo lhes permite descobrir sua própria identidade, facilitando o conhecimento dos demais e a exploração do mundo.

A importância dos jogos no Escotismo é bem ilustrada pela citação de Baden Powell, quando diz: “O Escotismo é um grande jogo”. Aparece nos fundamentos integrados ao quarto ponto do método escoteiro, justamente por responder ao interesse das crianças e jovens, dotados de uma vontade natural de jogar, e aproveitando da atividade para despertar o equilíbrio entre vencer x perder, a cooperação, a troca com os amigos e amigas e o respeito às regras.

Entendemos o jogo como uma atividade espontânea, que cativa naturalmente as crianças e jovens, e que pode ser facilmente aplicada pois independe de maiores recursos.

Por que utilizamos os Jogos no Escotismo?a. Os jogos fazem parte da vida das crianças e jovens, e o Escotismo trabalha com os interesses e necessidades de seus membros juvenis;b. O jogo é um elemento educativo, que oferece as oportunidades de ganhar e de perder, dentro de um ambiente saudável, o que, nas mãos de um educador, é importante fonte de desenvolvimento, nas crianças e jovens, proporciona disposição em lançar-se para conquistar objetivos, bem como um equilibrado nível de tolerância à frustração, ajudando a entender a importância da cooperação;c. O jogo é um elemento que facilita o equilíbrio bio-psico-social, quebra a monotonia física e mental, evita a fadiga e desperta o interesse;d. O jogo canaliza potencialidades, num processo de desenvolvimento comportamental pela repetição, reforçando os bons hábitos e desvalorizando os hábitos inadequados ao meio;e. O jogo se presta para a aplicação e/ou avaliação de etapas e conquistas de objetivos educacionais, de uma maneira divertida e agradável;f. Os jogos são passíveis de modificação e adaptação para uso em diferentes circunstâncias; e

g. Os jogos exigem poucos recursos, troca de recursos ou nenhum recurso material.

As Bases de um Jogo Escoteiroa. Seja de agrado das crianças e jovens;b. Tenham regras simples e claras; ec. Seja programado com um objetivo educativo.

Técnicas para Aplicar um Jogoa. Clima: Criar o ambiente e a expectativa para cada jogo, usar o fundo de cena e a capacidade de fantasiar. Terminar o jogo quando ele está em alta, antes que o interesse caia;b. Regras: Todos devem conhecê-las bem. Deve-se fazer uma demonstração inicial para testar o entendimento. Não se inicia o jogo antes que as regras estejam claras;c. Explicar: Solicitar silêncio para as explicações, resolvendo as dúvidas. d. Local: Adequado e seguro. Explique bem a delimitação do campo;e. Material: Estar à mão no momento em que o jogo se inicia. Não improvisar;f. Arbitragem: Seja justo. Incentive e apoie a todos. Nunca beneficie ou prejudique uma parte fugindo a regra do jogo, ou as distorcendo; eg. Avaliar o jogo. Não exagerar nos jogos favoritos. Planejar jogos de tal forma que todos possam se beneficiar da oportunidade de êxito, assim como do momento de frustração, com base na avaliação podemos reformular os jogos de tal forma que as crianças e jovens alcancem

objetivos progressivos.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso PreliminarTÍTULO DA SESSÃO: PROGRAMANDO, VIVENCIANDO E AVALIANDO UMA ATIVIDADE DE SEÇÃO

DURAÇÃO: 120 minutosProgramando: 40 minutosVivenciando: 60 minutosAvaliando: 20 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Instruir o adulto voluntário a programar, vivenciar e avaliar uma atividade de seção.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Identificar os ingredientes para programar uma atividade de sede;

• Compreender a importância de programar adequadamente as atividades escoteiras;

• Programar uma atividade de sede atendendo a objetivos e tema pré-determinados, utilizando-se do Método Escoteiro e de ingredientes atrativos e adequados à faixa etária;

• Aplicar uma programação;

• Concluir que uma atividade de sede pode ser aplicada conforme programada;

• Avaliar uma atividade quanto ao atendimento de objetivos, ingredientes atrativos e adequados à faixa etária.

CONTEÚDO

• Programação de uma atividade

• Aplicação de uma Atividade de Seção

• Avaliação da Atividade de Seção

MATERIAL

• Flip Charp

• Pincel Atômico

• Papel A4

• Canetas

• Fita crepe

Proposta de Desenvolvimento

Tempo (Minutos) TEMA Metodologia

40 1ª Parte – Como Programar uma atividade

Introdução PL

Desenvolvimento PL

Conclusão PL

Programando

Explicação sobre o Exercício PL

Programar uma atividade TG

Apresentação das programações PL

Escolha da Melhor Programação DD

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60 2ª Parte –Aplicando uma Atividade de Sede

Preparação para a atividade

Atividade prática VV

20 3ª Parte – Avaliação da Atividade DD

Legenda: PL - Palestra TG - Trabalho em Grupo DD - Discussão Dirigida VV - Vivência

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

1ª Parte – Como Programar uma atividade1) Introdução:O Instrutor fará uma breve explanação sobre a importância da programação para o atingimento de objetivos, maximização de recursos, utilização de colaboradores e a atratividade das atividades a serem desenvolvidas.2) Desenvolvimento:Em forma de palestra, porém contando com a interatividade com os alunos, o instrutor seguirá o roteiro, comentando a técnica para se programar uma atividade de sede, a importância na definição de objetivos, o uso de ingredientes atrativos e a formalização.3) Conclusão:Este último momento é feito através de uma discussão dirigida, onde o instrutor se coloca a disposição para responder perguntas e colher as sugestões e experiências dos alunos.

Bibliografia Recomendada

• Manual do Escotista do Ramo Escoteiro

• POR – Princípios , Organização e Regras

Última Atualização: 30/06/2010 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Unidade 7Programando, Vivenciando e Avaliando uma Reunião de Seção

1 – Como Programar uma Atividade

1.1 - Programação

É o processo de planejamento para realizar uma atividade ou evento. Entendemos por planejamento o caminho para se chegar a um futuro desejado. No caso de nossas atividades de sede, é transformar nossa intenção em prática, uma aventura para nossos Escoteiros e Escoteiras.

1.2 - A Importância da Programação

• É a única ferramenta que nos permite atingir objetivos;

• Conseguimos maximizar nossos recursos materiais e financeiros;

• Nos leva a realizar atividades bem sucedidas, seguras e realizadas dentro do Método Escoteiro;

• Distribui adequadamente as tarefas de Escotistas e colaboradores;

• Garante aos jovens a satisfação de participar de atividades atrativas e envolventes;

• Garante aos Escotistas a satisfação de realizar atividades equilibradas e variadas.

1.3 - O Processo

A programação é uma parte do Ciclo de Programa, é o detalhamento da atividade da semana, com a descrição dos horários, materiais e responsáveis por cada fase da programação.

Vamos relembrar os itens anteriores do Ciclo de Programa:a. Foi realizado um DIAGNÓSTICO da Seção;b. Fixou uma ÊNFASE para o ciclo;c. PRE-SELECIONOU atividades;d. Preparou uma PROPOSTA; e. A Roca de Conselho ou Assembléia de Tropa SELECIONOU as atividades de sua preferência;f. Com base nestas informações, foi organizado um CALENDÁRIO;g. É hora de colocar tudo isso em prática, aí entra a PROGRAMAÇÃO.

1.4 – Passos para uma Programação

a. Relembrar os objetivos:

Existem objetivos educativos e os objetivos gerais da atividade. Os objetivos educativos, são aqueles negociados com cada jovem e o Escotista que o

acompanha. Eles devem ser trabalhados através de atividades e vivências conforme a definição da equipe de Escotistas. Como exemplo, citamos a realização de uma atividade de saúde (área de desenvolvimento físico) para atender as necessidades de um ou mais jovens.

Os objetivos gerais da atividade, também são definidos pela equipe de Escotistas, conforme as necessidades do ciclo e situações que ocorrem com o andamento das atividades. Como exemplo, podemos citar a necessidade de trabalhar a amizade e o respeito ao próximo com toda a tropa.

b. Brainstorming – Tempestade de idéias;

Esta é uma técnica onde a equipe que está confeccionando a programação, sugere inúmeras atividades diferentes e variadas para atingir os objetivos. Nesta fase, todos podem opinar livremente, não existindo discussão. Todas as sugestões são aceitas provisoriamente até o passo seguinte.

c. Definição das alternativas

Neste momento, lê-se todas as sugestões do Brainstorming e escolhem-se as melhores, levando-se em conta os objetivos traçados, a atratividade, os materiais disponíveis, custos e operadores ( Escotistas e Monitores) que estarão presentes no dia da atividade.

d. Estruturação e Formalização

Estruturação é a “montagem” da programação numa ordem próxima do ideal, conforme vemos abaixo:a. Cerimônia de abertura, que é um momento rápido

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PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADES

Data: 19/08/2010Objetivo: Saúde

Horário Atividade Material Responsável

0:00 Abertura-BOA Bandeira e sisal Escotista “a”

0:10 Jogo Quebra-gelo 50 folhas de jornal Escotista “b”

0:20 Jogo de Revezamento Bola Monitor “c”

0:35 Canção Cartaz com a letra da canção Escotista “a”

0:40Objetivos EducativosObjetivo nº 1Objetivo nº 2

Escotista “a”Especialista(pai)

1:00 Jogo Técnico Sisal 4 Monitores

1:15 Jogo Final Escotista “c”

1:25 Encerramento IBOA e debandar Escotista “c”

Exemplo de uma Programação de Curta Duração:

Dicas

1. Não repetir jogos e atividades num curto intervalo de tempo;

2. Variar e mesclar os ingredientes de uma atividade para outra;

3. Nosso Método é “aprender fazendo” e não olhando;

4. Propiciar um ambiente alegre e divertido;

5. Programar a atividade com a antecedência necessária para que cada Escotista possa se

preparar adequadamente, providenciar materiais e escolher o local da prática de sua atividade;

6. Lembrar que o ar livre é muito melhor que a sede, por mais bonita que ela seja;

7. No momento da atividade deve estar tudo pronto, local escolhido e materiais prontos. Nada mais desmotivador para os jovens, do que aguardar seu chefe ir até o almoxarifado buscar uma bola que ele esqueceu.

8. Ter sempre uma programação alternativa para caso de mau tempo.

ANOTAÇÕES:

onde acontece o hasteamento da bandeira, a oração e os Grande Uivo/Gritos de Patrulha.b. Jogo Quebra-gelo, que é uma atividade geral para gerar grande entusiasmo e alegria.c. Atividades diversas. Veja sugestões no tópico “Ingredientes de uma atividade”.d. Formação: Momento em que trabalhamos um ou mais objetivos educativos.e. Jogo Final. Deve ser tão ou mais animado que o jogo quebra-gelo. Deve deixar um gostinho de “quero mais” e o desejo de retornar ao grupo escoteiro na próxima semana.f. Cerimonial de encerramento, que também é um momento rápido para o arriamento da bandeira, oração, gritos de patrulha e avisos.

Formalização, é escrever a programação e distribuir uma cópia para cada Escotista, auxiliar, monitor ou colaborador.

1.5 – Ingredientes de uma Atividade

Para uma atividade divertida e alegre, devemos “rechear” nossa programação com alguns destes ingredientes:a. Jogosb. Cançõesc. Dançasd. Dramatizaçõese. Trabalhos manuaisf. Boa açãog. Atividades Sociaish. Atividades Culturaisi. Serviço Comunitárioj. Reflexões e Espiritualidadek. Motivação para especialidadesl. Aventurasm. Atividades Físicasn. Muita alegria

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso PreliminarTÍTULO DA SESSÃO: NOÇÕES DE SEGURANÇA NAS ATIVIDADES

DURAÇÃO: 30 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Oferecer ao adulto voluntário condições de atuar com segurança nas atividades de seu Grupo Escoteiro.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Reconhecer a importância da segurança nas diversas atividades escoteiras;

• Auxiliar a formação do chefe em relação à segurança

• Conhecer o protocolo de autorizações de atividades fora da Sede.

CONTEÚDO

• Regra 130 do POR- Segurança nas Atividades Escoteiras

• Solicitação para Atividade Fora da Sede

• Informações para Atividades Fora da Sede

MATERIAL

Fichas de Trabalho: Solicitação para Atividade Fora da Sede, Informações para Atividades Fora da Sede, Autorização de Participação em Atividades Fora da Sede

Proposta de Desenvolvimento

Tempo (Minutos) TEMA Metodologia

15 Regra 130 Princípios, Organizações & Regras - P.O.R.; PL

15 Preenchimento das Fichas de Trabalho : Solicitação para Atividade Fora da Sede, Informações para Atividades Fora da Sede, Autorização de Participação em Atividades Fora da Sede.

TG

Legenda: PL – Palestra TG – Trabalho de Grupo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA

1ª fase: O instrutor deverá abordar de forma geral a regra 130 do P.O.R., as regras de segurança nas atividades escoteiras, seus conceitos e os passos que deverão ser tomados, salientando a importância de consultar os itens: Local, Programa, Equipamento, Chefia, Transporte e Documentação2ª fase: Nesta fase o instrutor propõe para os participantes um trabalho em grupo ( máximo 4 pessoas por grupo), onde cada equipe irá preencher as fichas de trabalho. Cada grupo receberá um tipo de atividade diferente (Atividade de sede; Excursão; Acampamento e Atividade aquática). 3ª fase: O instrutor deverá ressaltar os pontos positivos abordados na sessão e tirar eventuais dúvidas sobre o assunto.

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Bibliografia Recomendada

• POR – Princípios Organização e Regras

• Manual de Administração

• Apostila do Curso para Dirigente de Grupo Escoteiro

Última Atualização: 30/06/2010 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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A segurança nas atividades escoteiras deve ser a preocupação primeira de seus dirigentes sendo a responsabilidade pela mesma da diretoria do nível a quem está subordinado o evento.

A segurança nas atividades pressupõe, dentre outros requisitos, a presença de adultos responsáveis capacitados nas habilidades necessárias a sua realização, uso de equipamento adequado, preparação prévia dos participantes e planejamento.

A realização de qualquer atividade escoteira esta condicionada à existência de planejamento apropriado contendo todas as informações relativas ao local, meio de transporte, recursos existentes, eventuais fatores de risco e as atividades que serão realizadas, que deve ser aprovado pela diretoria da UEL - Unidade Escoteira Local.

A participação de membros juvenis em atividades escoteiras extra sede esta condicionada à existência de expressa autorização de participação firmada por seus pais e/ou responsáveis para aquela atividade, registrando dados para um eventual contato de emergência.

Os pais e/ou responsáveis devem estar cientes de que a “Vida ao Ar Livre” é essencialpara a prática do Escotismo. No caso de atividades fora da sede realizadas pelo Ramo Pioneiro, não é necessária a autorização dos pais ou responsáveis, mas é indispensável a autorização da Diretoria da UEL – Unidade Escoteira Local (Grupo Escoteiro ou Seção Escoteira Autônoma).

Para qualquer atividade externa o Escotista da Seção deve obter, com os pais ou responsáveis, informações sobre as condições de saúde da criança e do jovem e a sua eventual necessidade de usar medicação ou realizar dieta especial. Nas atividades do Ramo Pioneiro, essas informações devem ser prestadas, por escrito, pelo próprio jovem.

Todos os participantes em atividades escoteiras externas devem estar previamente inteirados e capacitados às regras de segurança estabelecidas e necessárias para atividade a ser desenvolvida, cumprindo-as e as fazendo cumprir.

Conforme avaliação do Escotista da Seção, pode ser autorizada a realização de atividades ao ar livre de patrulhas/equipes de interesse, sendo tais atividades de

sua inteira responsabilidade. Para a realização dessas atividades, o Escotista responsável da Seção deve, como nos demais casos, obter autorização por escrito da Diretoria da UEL – Unidade Escoteira Local (Grupo Escoteiro ou Seção Escoteira Autônoma) e dos pais ou responsáveis, onde deverá constar que não há a presença de Escotistas acompanhando os jovens. No caso de atividades ao ar livre realizadas pelas equipes de interesse do Ramo Pioneiro, não é necessária autorização dos pais ou responsáveis, mas é indispensável a autorização da Diretoria da Unidade Escoteira Local (Grupo Escoteiro ou Seção Escoteira Autônoma).

Os encarregados de um acampamento devem ter conhecimento preciso do livro “Padrões de Acampamento” e seguir as suas recomendações. Deve-se ter especial cuidado na escolha dos locais de acampamentos, tendo em vista às condições climáticas, a possível ocorrência de eventos naturais adversos, a salubridade do terreno, a água a ser usada para beber, cozinhar e para higiene. Além disso, deve-se sempre estar preparado para eventual necessidade de socorro médico.

Não são permitidos, sob quaisquer pretextos, os trotes, os castigos físicos, os ataques a acampamentos, os jogos violentos e as cerimônias de mau gosto, que humilhem ou que possam pôr em risco a integridade física, psíquica ou moral do jovem. Também não é permitido aos jovens o uso de pólvora, morteiros, fogos de artifício e materiais semelhantes em qualquer tipo de atividade escoteira.

Os responsáveis pela organização de uma atividade escoteira ao ar livre devem revesti-la de todas as iniciativas e providências necessárias para garantir o mínimo impacto ambiental e a maior segurança possível, observando, cumprindo e fazendo com que todos os envolvidos preservem o meio ambiente e cumpram as regras de segurança, atentando sempre, e inclusive, para as peculiaridades do local e do tipo de atividade.

* Para ter acesso aos modelos de autorizações, consulte o capítulo 10 do Manual de Administração

da UEB.

Unidade 8Noções de Segurança nas Atividades -P.O.R.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso PreliminarTÍTULO DA SESSÃO: NOÇÕES DE SEGURANÇA NAS ATIVIDADES

DURAÇÃO: 20 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Compreender o Sistema de Formação de Adultos da UEB.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Identificar as Linhas de Formação.

• Diferenciar os Níveis de Formação e as Etapas de cada Nível.

• Compreender os pré-requisitos, as tarefas prévias e as práticas supervisionadas de cada Nível.

• Reconhecer como se dá a seleção e a capacitação de Formadores nos Níveis 1 e 2.

CONTEÚDO

• Linhas de Formação

• Nível de Formação

• Etapas de cada Nível

• Pré-requisitos para participação nos cursos

• Tarefas Prévias dos Cursos

• Práticas Supervisionadas após os cursos

MATERIAL

Quebra cabeça do Gráfico do Sistema de Formação de Adultos da UEB.

Proposta de Desenvolvimento

Tempo (Minutos) TEMA Metodologia

05 Introdução: Importância do Sistema de Formação dos Adultos que atuam na UEB

PL

15 Montagem de Quebra-Cabeça TG

05 Fechamento DD

Legenda: PL – Palestra TG – Trabalho de Grupo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA

Ao iniciar a Sessão, o instrutor fará uma explanação sobre a importância da formação dos adultos que atuam na UEB e que ela se realiza através de um sistema estruturado e bem planejado.Os participantes serão divididos em 3 equipes e cada uma receberá um quebra-cabeça do Gráfico do Sistema de Formação da UEB

• Linha de Formação

• Nível de Formação

• Etapas de cada Nível

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• Curso de Formadores Níveis 1 e 2Com o auxílio da apostila e com as orientações do instrutor, cada equipe analisará o Gráfico do Sistema de Formação da UEB.Os 5 minutos finais deverão ser utilizados para fechamento e atendimento a dúvidas.

Bibliografia Recomendada

Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos - 2009

Última Atualização: 30/06/2010 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Unidade 9Sistema de Formação de Adultos

A seguir, temos um gráfico que demonstra o Sistema de Formação e o Processo de Acompanhamento no Sistema de Formação dos Adultos:

• Captação

A captação é um processo sistemático de busca e seleção de adultos. Compreende desde a etapa de detecção das necessidades até o momento em que as pessoas selecionadas, uma vez comprometidas, nomeadas ou eleitas, iniciam seu desempenho e ascendem ao sistema de formação.

Esse processo é composto pelas seguintes etapas:

• Levantamento de necessidades;

• Captação e seleção; e

• Integração.

• Formação

A formação é um processo permanente e contínuo, que, por meio de um sistema personalizado e flexível, oferece ao adulto a oportunidade de:

• Receber informações gerais sobre o Movimento Escoteiro e específicas sobre as tarefas e funções que irá desempenhar.

• Aprender a desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para o desempenho bem sucedido da tarefa ou função; e

• Desenvolver-se e crescer como pessoa e como líder.

O Processo de Formação é composto por duas Linhas:

• Linha de Escotistas; e

• Linha de Dirigente Institucional.

Cada Linha de Formação compreende três níveis:

• Nível Preliminar;

• Nível Básico; e

• Nível Avançado.

Cada Nível de Formação compreende as etapas:

• Nível Preliminar: Tarefas Prévias e Curso;

• Nível Básico: Tarefas Prévias, Curso e Prática Supervisionada; e

• Nível Avançado: Tarefas Prévias, Curso e Prática Supervisionada.

• Nomeação

Assinado o Acordo de Trabalho Voluntário, a autoridade competente, de acordo com as normas internas da associação, procede à nomeação da pessoa no cargo, entregando o respectivo certificado de nomeação.

Com o propósito de que as funções sejam desempenhadas com a devida dedicação, é recomendável que a pessoa seja nomeada apenas para um cargo, especialmente se for recém-captada, uma vez que ainda deve adquirir a experiência e exercitar as habilidades exigidas para a função.

Acordo de Trabalho Voluntário, nomeação, promessa e solicitação de registro institucional ocorrerão normalmente em um só momento, o que deveria ser devidamente destacado com alguma solenidade significativa, breve e simples. É conveniente que a comunidade na qual o adulto irá trabalhar seja testemunha presente do compromisso que está sendo assumido.

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A emissão dos certificados de nomeação de Chefe de Seção e será feita pela Diretoria Regional, mediante indicação efetuada pela Diretoria da UEL – Unidade Escoteira Local. Esta emissão de certificado de nomeação pode ser delegada para a Coordenação do Distrito, conforme decisão da respectiva Diretoria Regional.

Os dirigentes eleitos na UEL - Unidade Escoteira Local, como membros da Diretoria ou Comissão Fiscal, receberão respectivo Certificado de Eleição, com validade para o período do mandato, expedido pela Diretoria Regional a partir do recebimento da Ata da Assembléia correspondente.

Os Dirigentes nomeados como membros da Diretoria de UEL receberão Certificado de Nomeação expedido pela Diretoria Regional, a partir do recebimento da Ata da Reunião da Diretoria da UEL.

* Para saber mais sobre Nomeação, consulte o POR, capítulo 11 – Dos Adultos.

• Acordo de Trabalho Voluntário

No Acordo de Trabalho Voluntário serão definidos os termos, as condições e as obrigações recíprocas que disciplinarão o relacionamento entre o adulto e o órgão ao qual está se vinculando, representado pelo Diretor Presidente, para a prestação do trabalho voluntário, assumindo um compromisso formal das partes de fazerem o melhor possível para cumprir o compromisso. Este trabalho é regido de acordo com a Lei No. 9.608 de 18 de fevereiro de 1998; o qual se caracteriza uma atividade não remunerada, que não gera vínculo empregatício nem funcional ou quaisquer obrigações trabalhistas, previdenciárias e afins.

* Para saber mais sobre Acordo de Trabalho Voluntário, consulte o documento Diretrizes

Nacionais de Gestão de Adultos.

• Assessor Pessoal de Formação – APF

O Assessor Pessoal de Formação é o adulto designado para acompanhar, orientar e apoiar o adulto (Escotista ou Dirigente Institucional) em seu processo de formação. A relação do Assessor Pessoal de Formação com o Adulto Voluntário é um processo educacional planejado. Envolve a orientação para a prática de atividades específicas, com o objetivo de estimular a pessoa a se motivar para desenvolver habilidades e competências, para continuamente aper feiçoar seu desempenho, aumentar sua autoconfiança e contribuir com a proposta do Movimento Escoteiro. O Assessor Pessoal de Formação

é designado pela Diretoria do órgão que desenvolveu o processo de captação onde o adulto captado irá atuar.

No caso de não existir um adulto qualificado para assumir a função de Assessor Pessoal de Formação no órgão em que o adulto captado irá atuar, a Diretoria do órgão deverá solicitar à Diretoria de nível imediatamente superior que designe um adulto qualificado.

O Assessor Pessoal de Formação deve assumir como meta que o seu assessorado complete o nível de formação adequado ao pleno desempenho da função que exerce ou do cargo que ocupa.

O Processo é interativo e individual onde envolve muito diálogo o qual auxiliam os adultos do Movimento Escoteiro a se desenvolverem rapidamente e a produzirem resultados positivos em sua atuação.

O trabalho de acompanhamento realizado pelo Assessor Pessoal de Formação consiste em:

a. Avaliar a experiência e o grau de capacitação que o adulto captado já possui e que pode contribuir para o desempenho das funções que se propõe a exercer ou do cargo que se dispõe a ocupar, homologadas logo após as funções;b. Supervisionar a participação do adulto captado no processo de formação;c. Orientar a participação do adulto captado em iniciativas de formação para complementar a capacitação requerida para a adequação do seu per fil àquele previsto;d. Realizar ações de supervisão e acompanhamento durante o desempenho do adulto no exercício normal de suas atribuições;e. Realizar ações para que seu assessorado adquira a formação para o pleno cumprimento das tarefas inerentes ao seu cargo ou função;f. Homologar os resultados alcançados pelo seu assessorado, informando a Diretoria Regional ou a Diretoria Executiva Nacional, conforme o caso, quando o assessorado completar cada nível de formação, com vistas à emissão do Certificado; eg. Incentivar o assessorado a prosseguir em sua formação.

A presença do Assessor Pessoal de Formação tem influência na qualidade da formação e atuação do trabalho desenvolvido pelo Escotista ou Dirigente Institucional. O APF irá subsidiar seu assessorado com ferramentas e orientações para resultar numa atuação eficaz e de maior compreensão da proposta do Movimento Escoteiro e avaliar adultos que estão prontos em assumir maiores responsabilidades.

Você vai precisar de um Assessor Pessoal de Formação - APF para lhe acompanhar na sua vida escoteira. Escreva abaixo o nome, telefone, e-mail do seu APF.

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Nome:

Telefone:

Celular:

e-mail:

* Para saber mais sobre Acordo de Trabalho Voluntário, consulte os documentos Diretrizes Nacionais de Gestão de Adultos e Manual do

Assessor Pessoal de Formação.

• Plano Pessoal

O Plano Pessoal é um instrumento no qual cada adulto ordena e registra em conjunto com o seu Assessor Pessoal de Formação as ações de formação que realizará durante um período determinado. Nele também são registradas as atividades efetivamente realizadas, permitindo observar o grau de evolução.

* Para saber mais sobre Plano Pessoal, consulte o documento Diretrizes Nacionais de Gestão de

Adultos.

• Registro e Contribuição Anual

A prática do Escotismo no Brasil só é permitida aos inscritos e registrados anualmente na UEB. Anualmente a UEL - Unidade Escoteira Local (Grupo Escoteiro ou Seção Escoteira Autônoma) deve renovar o seu reconhecimento ante a UEB, com a efetivação do seu registro e o pagamento da contribuição anual de todos os seus integrantes.

A não observância destas condições implica a suspensão automática do reconhecimento e dos direitos da UEL - Unidade Escoteira Local (Grupo Escoteiro ou Seção Escoteira Autônoma), podendo ser declarada extinta, com o cancelamento do seu reconhecimento, após um período de doze meses.

É considerada falta grave, passível de punição disciplinar dos adultos, dirigentes e Escotistas, que promoverem atividade escoteiras sem que a UEL - Unidade Escoteira Local esteja registrada no ano em curso e/ou permitir a participação de membro juvenil e/ou adulto sem a efetivação do seu registro e pagamento da sua contribuição anual.

Portanto, antes do membro adulto começar suas tarefas, ele deverá ser reconhecido oficialmente como associado da União dos Escoteiros do Brasil. O mesmo deverá ocorrer com o membro jovem.

• Promessa

Os Adultos do Movimento Escoteiro, na cerimônia de Promessa ou na posse de um cargo, prestarão a Promessa Escoteira da REGRA 006 do documento POR.

* Para saber mais sobre Promessa, consulte o documento POR, capítulo 1 – Dos Fundamentos.

Todo adulto que venha a desempenhar cargo ou função, como Escotista, Dirigente lnstitucional, tem o direito e o dever de se aper feiçoar ao máximo possível para melhor desempenhar as suas responsabilidades no Escotismo.

A UEB oferece cursos e eventos para atender a essa necessidade de formação dos adultos que dela participam, conforme sua política de gestão de adultos. O processo de formação dos adultos compreende todo o ciclo de vida do adulto no Movimento Escoteiro, por meio de uma formação personalizada e contínua, estimulando a autoaprendizagem e o desenvolvimento de competências em três áreas: Conhecimento e como aplicá-lo na solução de problemas; Habilidades desenvolvidas por meio da experiência real; e Valores e atitudes.

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Dirigente Institucional

Nível Preliminar – 12h Nível Básico – 18h Nível Avançado – 44h

- Tarefas Prévias;- Curso.

- Tarefas Prévias;- Curso;- Prática Supervisionada.

- Tarefas Prévias;- Curso;- Prática Supervisionada.

Escotista- Tarefa Prévia;- Curso;- Prática Supervisionada.

- Tarefa Prévia;- Curso;- Prática Supervisionada.

Tarefas Prévias são ações que o adulto deverá executar antes da sua participação no curso do seu respectivo nível de formação. Essa etapa prepara o adulto sobre os assuntos a serem abordados durante o curso possibilitando o acompanhamento e seu aproveitamento.

Consulte as tarefas Prévias para o Curso Preliminar com o coordenador/diretor do Curso Preliminar.

O curso é desenvolvido em um ambiente de vivência grupal, entrega aos adultos conceitos, conhecimentos e habilidades básicas e métodos de auto-aprendizado próprios à função que desempenha.

A Prática supervisionada é uma ferramenta de apoio, orientação e validação do processo de aprendizagem. Está estreitamente vinculada ao processo de acompanhamento, e em muitos casos é o mesmo processo. Deve ser realizada no desempenho do cargo para o qual o adulto foi eleito ou nomeado e é acompanhada pelo seu Assessor Pessoal de Formação. Este acompanhamento envolve diversas ações (observações, sugestões, recomendações, avaliações, etc.) acordadas entre o Assessor Pessoal de Formação e o adulto a quem assessora.

* Para saber mais sobre Prática Supervisionada, consulte o documento Diretrizes Nacionais de Gestão

de Adultos, capítulos Estratégias de Formação.

Aos participantes de Curso Preliminar, Básico e Avançado será expedido um comunicado de aproveitamento, pelo Diretor, relatando seu desempenho, aproveitamento e recomendações feitas pela equipe do curso. O participante deverá discutir com seu assessor a

avaliação recebida.

O Diretor do curso enviará, no prazo máximo de 30 dias, Relatório do Curso ao adulto que concluir, com aprovação, o Nível Preliminar, Básico e Avançado, será expedido Certificado de Conclusão de Nível, assinado pela Diretoria Regional, onde constará de forma resumida o conteúdo e a carga horária total.

Nível Preliminar

• Tarefas Prévias:

Os adultos deverão realizar as tarefas programadas em parceria com o seu Assessor Pessoal de Formação;

• Requisitos para participar do curso:

Ter 18 anos completos, estar em dia com suas obrigações administrativas e financeiras e aprovação de seu Assessor Pessoal de formação.

Após a conclusão e aprovação no curso preliminar, você receberá um certificado expedido pela Região Escoteira de conclusão do Nível Preliminar. Após a conclusão desse nível, você está apto para dar continuidade na sua formação no Nível Básico.

Nível Básico e Nível Avançado

• Tarefas Prévias:

Os adultos deverão realizar as tarefas programadas em parceria com o seu Assessor Pessoal de Formação de acordo com o nível de formação correspondente;

• Requisitos:

Curso Básico: ter realizado a Promessa Escoteira, ter concluído o Nível Preliminar, estar em dia com seu registro na UEB, obrigações administrativas e financeiras e aprovação de seu Assessor Pessoal de Formação.

Curso Avançado: ter realizado a Promessa Escoteira, ter concluído o Nível Básico, estar em dia com seu registro na UEB, obrigações administrativas e financeiras e aprovação de seu Assessor Pessoal de Formação.

• Prática Supervisionada:

Após o envio do relatório do Assessor Pessoal de Formação, relatando o término e aprovação da prática supervisionada, você receberá um certificado de conclusão de nível expedido pela Região Escoteira.

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Módulos e Ofi cina de Aperfeiçoamento Contínuo

O processo de Aper feiçoamento Contínuo, voltado para o aprofundamento e desenvolvimento permanente de habilidades gerais e específicas, oferece ao adulto a possibilidade contínua de aper feiçoar suas competências empregando como estratégia a auto-aprendizagem. As atividades formativas correspondentes a essa etapa do sistema de formação são os Módulos, Oficinas, Seminários e Cursos Técnicos oferecidos pela associação, além de cursos extra-escotismo e demais iniciativas de formação. Essas atividades normalmente são de livre escolha do participante, que elegerá aquelas que lhe são necessárias, conforme seu Plano Pessoal de Formação.

* Para saber mais sobre Módulos e Ofi cina de Aperfeiçoamento Contínuo, consulte o documento

Diretrizes Nacionais de Gestão de Adultos, capítulo Estratégias de Formação.

AcompanhamentoO acompanhamento é um processo contínuo e

personalizado para apoiar os adultos no cumprimento de suas funções, permitindo-os avaliar seu desempenho, reconhecer suas conquistas e determinar as decisões para o futuro na organização.

O Processo de Acompanhamento é composto de três etapas: Apoio na tarefa, Avaliação de Desempenho e Decisões para o Futuro.

* Para saber mais sobre Acompanhamento, consulte o documento Diretrizes Nacionais de Gestão de

Adultos, capítulo Os processos da Gestão de Adultos da UEB.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso PreliminarTÍTULO DA SESSÃO: PLANO DE LEITURA

DURAÇÃO: 15 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Compreender a importância de conhecer os livros e documentos publicados pela UEB como fonte de auxílio no desenvolvimento das atividades dos Escotistas e Dirigentes Instituicionais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:Conhecer os principais documentos e Livros da UEB

CONTEÚDO

• Estatuto da UEB

• POR – Princípios,Organização & Regras

• Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos

• Projeto Educativo do Movimento Escoteiro

• Manual de Administração

• Outros

Proposta de Desenvolvimento

Tempo(Minutos) TEMA Metodologia

15 Apresentação dos principais livros e documentos utilizados na UEB informando o conteúdo de cada um deles.

PL

Legenda: PL – Palestra

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA I

O instrutor deverá levar para o curso pelo menos um exemplar de cada livro e documentos para manuseio e conhecimento dos participantes do curso.Ao apresentar cada um dos documentos e livros explicar o conteúdo e a importância de cada um eles.Comunicar quais documentos/livros encontram-se disponíveis gratuitamente no site da UEB.Fechar a unidade enfatizando a importância de ler e se manter atualizado sobre os documentos da instituição.

Bibliografia Recomendada

• Estatuto da UEB

• POR – Princípios,Organização & Regras

• Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos

• Projeto Educativo do Movimento Escoteiro

• Manual de Administração

• Outros

Última Atualização: 30/06/2010 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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O Processo de Formação do Adulto exige que ele passe por três importantes conjuntos de métodos educativos:a. Aprendizado pela Prática com apoio dos mais experientes e do APF, sob a supervisão da Diretoria do Grupo;b. Cursos e Módulos de Aper feiçoamento; ec. Leitura de Livros e auto-aper feiçoamento.

A seguir, uma lista com alguns livros e documentos a serem lidos e consultados pelos Escotistas e Dirigentes:

• Diretrizes Nacionais para a Gestão de Adultos;

• Estatuto da União dos Escoteiros do Brasil;

• Lições da Escola da Vida;

• O Livro da Jângal;

• Princípios, Organização e Regras - P.O.R.;

• Projeto Educativo da União dos Escoteiros do Brasil;

• Manual de Administração da UEB;

• Manual do SIGUE – Sistema de Gerenciamento da Unidade Escoteira

• Leitura do documento Tropa Escoteira em Ação

• Leitura do documento Escotistas em Ação do Ramo

• Manual do Escotista dos Ramos de Atuação; e

• Compreendendo os Fundamentos do Movimento

Escoteiro.

Unidade 10Plano de Leitura

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso PreliminarTÍTULO DA SESSÃO: ESTRUTURA DA UEL – DISTRITO ESCOTEIRO – REGIÃO ESCOTEIRA

DURAÇÃO: 30 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Conhecer a estrutura de uma Unidade Escoteira Local, Distrito Escoteiro e Região Escoteira

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Reconhecer a Estrutura de uma Unidade Escoteira Local

• Reconhecer a Estrutura de uma Região Escoteira

• Compreender o que é um Distrito Escoteiro

• Identificar as Seções do Grupo organizadas de acordo com as faixas etárias

CONTEÚDO

• Estrutura de uma Unidade Escoteira Local

• Estrutura de uma Região Escoteira

• Distrito Escoteiro

• Seções do Grupo Escoteiro

MATERIALAlguns exemplares do Estatuto da UEB

Proposta de Desenvolvimento

Tempo (Minutos) TEMA Metodologia

25 Dinâmica de Grupo “Painel Integrado” para leitura na apostila sobre a estrutura de uma Unidade Escoteira Local, Distrito Escoteiro e Região Escoteira

TG

05 Fechamento DD

Legenda:TG – Trabalho de GrupoDD – Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA

PAINEL INTEGRADO1. Caracterização da técnicaConstitui uma variação da técnica de fracionamento. O grande grupo é dividido em subgrupos que são totalmente reformulados após determinado tempo de discussão, de tal forma que cada subgrupo é composto por integrantes de cada subgrupo anterior. Cada participante leva para o novo subgrupo as conclusões e/ou idéias do grupo anterior, havendo assim possibilidades de cada grupo conhecer as idéias levantadas pelos demais. A técnica permite a integração de conceitos, idéias, conclusões, integrando-os.2. A técnica é útil para:a. Introduzir assunto novo. b. Integrar o grupo. c. Explorar um documento básico sobre determinado assunto.

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d. Obter a participação de todos. e. Familiarizar os participantes com determinado assunto. f. Continuar um debate sobre tema apresentado anteriormente sob a forma de preleção, simpósio, projeção de slides ou filmes, dramatização, etc.g. Aprofundar o estudo de um tema. 3. Use a técnica quando:a. Trabalhar com grupos de 15 pessoas, no mínimo. b. Desejar proporcionar contato pessoal entre os membros do grupão. c. Quiser diluir o formalismo do grupo. d. Houver um interesse em elevar de níveis de participação e comunicação. e. Desejamos obter uma visão do assunto sob vários ângulos. f. O tempo for limitado. g. Houver possibilidade de deslocamento de cadeiras e de sua arrumação em círculos. 4. Como usar a técnicaa. Explique ao grupo o funcionamento da técnica, o papel e as atitudes esperadas de cada membro e o tempo disponível. b. Divida o grupo em subgrupos. Apresente os temas para estudo: Estrutura da Unidade Escoteira Local, Distrito Escoteiro e Região Escoteira. Esclareça que todos devem anotar as idéias principais e conclusões do grupo para transmita-las aos demais grupos. c. Formar novos grupos integrados por elementos de cada um dos grupos anteriores, elegendo um relator para cada um, com o fim de apresentar as conclusões ao grupão. d. Faça um sumário das conclusões dos grupos e permita que estas sejam discutidas.

Bibliografia Recomendada

Estatuto da UEB

Última Atualização: 30/06/2010 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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• Seções do Grupo - Organizadas de acordo com as faixas etárias

FAIXA ETÁRIA RAMO SEÇÕES DE GRUPO EFETIVO RECOMENDÁVEL ÊNFASE EDUCATIVA

6 anos e meio a 10 anos

RAMO LOBINHO Alcatéiade até 24 Lobinhos e

LobinhasSocialização

11 a 14 anos

RAMO ESCOTEIRO Tropa Escoteiraaté 32 Escoteiros e

EscoteirasAutonomia

15 a 17 anos

RAMO SÊNIOR Tropa Sênior e Guias até 24 Seniores e Guias Identidade

18 a 21 (incompletos) RAMO PIONEIRO Clã de Pioneiro Não existe limite Projeto de vida

Um Grupo Escoteiro completo é composto de pelo menos uma seção de cada Ramo (Lobinho, Escoteiro, Sênior e Pioneiro), porém o Grupo pode ter mais de uma seção do mesmo Ramo (Alcatéia 1, Alcatéia 2, Tropa Escoteira 1, Tropa Escoteira 2, etc.).

A Seção Escoteira Autônoma terá sua composição e funcionamento fixados por ato da Diretoria Regional.

Do Nível RegionalA Região Escoteira é a organização, no nível regional,

da União dos Escoteiros do Brasil, abrangendo, via de regra, uma Unidade da Federação.

Do Nível LocalNa Estrutura da União dos Escoteiros do Brasil a

Unidade Escoteira Local - UEL (Grupo Escoteiro ou a Seção Escoteira Autônoma) são as organizações locais destinadas a proporcionar a prática do Escotismo às crianças e aos jovens, devendo ser organizado e constituído na forma do Estatuto da UEB (União dos Escoteiros do Brasil), do POR - Princípios, Organização e Regras, e as demais normas pertinentes editadas ou expedidas pelos órgãos competentes.

Um Grupo Escoteiro deverá ser constituído dos seguintes órgãos:

• Assembléia de Grupo - É o órgão deliberativo máximo do Grupo, composto pelos membros da diretoria, os pais ou responsáveis, os Escotistas (chefes) e os pioneiros (membros juvenis com idade entre 18 e 21 anos) e representação juvenil, caso seja prevista no estatuto ou no regulamento do Grupo;

• Diretoria do Grupo - Órgão executivo, eleito pela Assembléia de Grupo a cada 2 anos, composto por no mínimo três diretores eleitos, sendo um o seu presidente, voluntários, podendo ser integrada por outros membros nomeados;

• Comissão Fiscal do Grupo - Órgão de fiscalização e orientação da gestão financeira e patrimonial, composto por três membros titulares e três suplentes eleitos pela Assembléia de grupo. A Comissão Fiscal de Grupo examinará o balanço anual, e se for o caso, os balancetes elaborados pela Diretoria de Grupo, emitindo parecer a ser submetido à Assembléia do Grupo;

Unidade 11Estrutura da UEL – Unidade Escoteira Local, Distrito Escoteiro e Região Escoteira

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Assembléia RegionalÉ o órgão máximo, representativo e normativo, no

nível regional, composto de cinco membros eleitos da Diretoria Regional, um representante da Diretoria de cada Grupo Escoteiro da Região, representante(s) do Grupo Escoteiro e os membros do Conselho de Administração Nacional (CAN) residentes na Região;

Diretoria RegionalÓrgão executivo, eleito pela Assembléia Regional

a cada 3 anos, composto por no mínimo 5 membros, sendo um deles o Diretor Presidente, que coordena, dirige e representa a Região;

Comissão Fiscal RegionalA Comissão Fiscal Regional é o órgão de fiscalização

e orientação da gestão patrimonial e financeira regional, composta por três membros titulares, sendo um eleito anualmente, por eles próprios, seu Presidente, e por até três suplentes, na ordem de votação, que substituem os titulares nas suas faltas ou vacâncias, com mandatos de três anos e eleitos simultaneamente com os membros da Diretoria Regional, por meio de votação unitária.

A Comissão Fiscal Regional se reunirá, no mínimo quadrimestralmente, para analisar e emitir relatório à Diretoria Regional quanto aos balancetes mensais e parecer quanto ao balanço anual a ser submetido

à Assembléia Regional e encaminhado ao Escritório Nacional.

Comissão de Ética e DisciplinaÉ o Órgão responsável pela emissão de pareceres

em procedimentos disciplinares no âmbito regional, apreciando infrações éticas e disciplinares de qualquer participante que integre o nível regional. De caráter opcional é composta por três membros titulares e três suplentes eleitos pela Assembléia Regional.

Distritos Escoteiros O Nível Regional conta, ainda, como órgão operacional de apoio, com os Distritos Escoteiros, que tem atribuições definidas pela Diretoria Regional, a quem compete designar o seu Coordenador.

As Regiões Escoteiras podem se dividir geograficamente em estruturas menores, que são os Distritos Escoteiros, com vistas a ampliar os trabalhos da Diretoria em locais em que seus membros tenham dificuldades de estarem presentes.

O Coordenador do Distrito é nomeado pela Diretoria Regional para ser seu representante em casos específicos e regulamentados, podendo inclusive emitir com a aprovação da Diretoria Regional Certificados de

Nomeação de Diretores e coordenadores.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso PreliminarTÍTULO DA SESSÃO: LEGISLAÇÃO ESCOTEIRA BÁSICA

DURAÇÃO: 30 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Conhecer a Legislação Escoteira Básica da União dos Escoteiros do Brasil

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:Consultar os documentos da UEB: POR, Estatuto, Projeto Educativo do Movimento Escoteiro e Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos e Resoluções Nacionais

CONTEÚDO

• POR;

• Estatuto;

• Projeto Educativo do Movimento Escoteiro;

• Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos;

• Resoluções Nacionais

MATERIAL

• Estatuto da UEB

• POR Princípios Organização e Regras

• Resoluções Nacionais

• Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos

• Projeto Educativo do Movimento Escoteiro

• Papel em número suficiente para cada aluno, contendo as questões sobre legislação

Proposta de Desenvolvimento

Tempo (Minutos) TEMA Metodologia

05 Legislação Escoteira Básica PL

20 Respostas à Questões sobre Legislação Escoteira Básica TG

05 Fechamento DD

Legenda: PL – Palestra TG – Trabalho de Grupo DD – Discussão Dirigida

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA

• O instrutor fará uma breve introdução explicando o conteúdo de cada um dos documentos que serão estudados.

• Divididos em 4 grupos os participantes responderão às questões que receberam do instrutor sobre legislação escoteira, consultando os documentos disponíveis. Durante a execução da tarefa, o instrutor deve orientar os participantes.

• Correção oral das questões como feedback aos participantes.

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Bibliografia Recomendada

• POR;

• Estatuto;

• Projeto Educativo do Movimento Escoteiro;

• Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos;

• Resoluções Nacionais

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Unidade 12Legislação Escoteira Básica

Estatuto O Estatuto da UEB trata da estrutura e organização

de seus órgãos e de quem os deve representar; define seu quadro social; traça regras gerais em relação a patrimônios, finanças e administração; regula o serviço escoteiro profissional; e prevê disposições gerais e transitórias.

* Para saber mais sobre Estatuto Social, consulte o documento Estatuto da UEB.

Diretrizes Nacionais de Gestão de AdultosÉ o documento oficial da UEB que normatiza e orienta

a Política Nacional de Gestão de Adultos e seus 3 Processos: Captação, Formação e Acompanhamento.

* Para saber mais sobre as Diretrizes Nacionais de Gestão de Adultos, consulte o documento Diretrizes

Nacionais de Gestão de Adultos.

POR - Princípios, Organização & RegrasO POR é aprovado pelo Conselho de Administração

Nacional e procura regular de forma geral, a prática do Escotismo.

Resoluções NacionaisApesar de já haver o Estatuto da UEB com normas

gerais, muitas vezes, por força de previsão estatuária, fatos novos ou casos omissos, o Conselho de Administração Nacional (CAN) e a Diretoria Executiva Nacional podem baixar resoluções que venham ser tanto transitórias como definitivas.

Uma Resolução Nacional pode anular uma Resolução anterior ou fixar o fim da sua vigência. Entretanto, não pode ir contra o Estatuto da União dos Escoteiros do Brasil. Para haver qualquer alteração do Estatuto, o mesmo deve ser aprovado pela Assembléia Nacional, especialmente convocada para alteração de Estatuto.

* Para saber mais sobre Resoluções Nacionais, consulte os documentos disponíveis no site da UEB.

ANOTAÇÕES:

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso PreliminarTÍTULO DA SESSÃO: PAIS NO MOVIMENTO ESCOTEIRO

DURAÇÃO: 30 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Reconhecer a importância da participação dos pais como apoio incontestável ao Grupo Escoteiro onde exercem seus direitos e deveres.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Conhecer os direitos dos pais no Grupo Escoteiro

• Conhecer os deveres dos pais no Grupo Escoteiro

CONTEÚDO

• Pais no Movimento Escoteiro

• Direitos dos Pais no Movimento Escoteiro

• Deveres dos Pais no Movimento Escoteiro

MATERIAL

• Apostila

Proposta de Desenvolvimento

Tempo (Minutos) TEMA Metodologia

Legislação Escoteira Básica PL

10 Importância dos Pais no Movimento Escoteiro, seus Direitos e Deveres PL

20 Dinâmica de Grupo: “Encadeamento de Idéias” - Assunto: Direitos e Deveres dos Pais no Grupo Escoteiro

DD

Legenda: PL - Palestra TG -Trabalho de Grupo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA

• O instrutor, através de breve palestra, deverá apresentar os direitos e deveres dos pais dentro da Seção e do Grupo Escoteiro e a importância da participação dos Pais no Movimento Escoteiro.

• Dinâmica de Grupo: Encadeamento de Idéias1. Caracterização da técnicaDiscussão com grupos entre 12 e 30 pessoas, sobre assunto já trabalhado com todo o grupo. Possibilita recordação agradável e estimulante exercício mental.2. A técnica é útil para:a. Aprofundar o estudo de um tema. b. Obter dados sobre o nível de informação e compreensão individual do assunto. c. Desenvolver o raciocínio ágil. d. Estimular o interesse do grupo sobre o tema. e. Estimular a participação geral do grupo. f. Discutir grande número de questões em pouco tempo.

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3. Use a técnica quando:a. O grupo possuir entre 12 e 30 membros. b. O grupo já domine o assunto e houver interesse em revisão. c. Desejarmos a participação de todos os membros do grupo. d. Desejarmos identificar cada membro do grupo. e. Desejarmos estimular o raciocínio lógico. 4. Como usar a técnicaa. Organizar duas fileiras de cadeiras, voltadas face a face. b. A dinâmica se inicia com o primeiro da fileira direita fazendo uma pergunta ao primeiro da esquerda. c. Respondida a questão, o segundo da direita usará a resposta dada para formular a sua pergunta ao segundo da esquerda, mantendo o encadeamento da idéia. E assim sucessivamente. d. Terminado, volta-se ao início, mas agora invertendo as posições. e. Tanto as perguntas como as respostas devem ser feitas e dadas rapidamente, de forma concisa, não havendo intervalo entre pergunta-resposta-pergunta-resposta-...

Bibliografia Recomendada

Última Atualização: 30/06/2010 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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ANOTAÇÕES:

Unidade 13Pais no Movimento Escoteiro – Direitos e Deveres

Sem a participação voluntária dos adultos, não é possível realizar as atividades previstas no Programa Educativo. Muitos dos adultos presentes hoje nas Unidades Escoteiras Locais são pais de jovens e crianças que integram o Movimento Escoteiro.

Direitos dos Pais e Responsáveis:• Ter seu filho/filha participando Movimento Escoteiro;

• Direito a voz e voto nas Assembléias de Grupo;

• Dar sugestões e se envolver nos projetos do Grupo Escoteiro;

• Participar das Reuniões de pais na seção de seu filho/filha;

• Receber informações sobre as atividades da seção de seu filho/filha;

• Envolver-se na Educação de seu filho/filha;

• Dialogar com os Dirigentes do seu Grupo Escoteiro;

• Ter o Chefe Escoteiro como parceiro na educação do seu filho/filha;

• Participar dos acampamentos, incorporando-se as equipes de apoio;

• Exercer a função de instrutor, Dirigente Institucional, Escotistas, etc.

Deveres dos Pais e Responsáveis:• Participar ativamente das reuniões da Assembléia de

Grupo;

• Comparecer às reuniões de pais na seção de seu filho/filha;

• Colaborar, dentro de suas possibilidades, das atividades desenvolvidas pelo Grupo Escoteiro (promoção de festas, excursões, acampamento, entre outros);

• Estimular seu filho/filha no desenvolvimento da capacitação escoteira e na regular freqüência às atividades;

• Contribuir para que seu filho/filha mantenha em dia as mensalidades do Grupo Escoteiro;

• Apoiar as experiências de desenvolvimento da vida do seu filho/filha.

• As Reuniões dos Conselhos de Pais são para maior cooperação entre Escotistas e pais ou responsáveis pelos membros juvenis da Seção, estimulando os participantes pelo interesse das atividades escoteiras de seus filhos/filhas.

* Para saber mais sobre Conselho de Pais , consulte o documento POR da UEB.

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União dos Escoteiros do BrasilDiretoria de Métodos Educativos

Equipe Nacional de Gestão de Adultos

Unidade Didática

Curso PreliminarTÍTULO DA SESSÃO: O ADULTO COMO EDUCADOR

DURAÇÃO: 60 minutos

OBJETIVOS GERAIS:Compreender a importância do adulto educador na formação do jovem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Conhecer o Per fil Básico do Adulto que a UEB busca

• Compreender o papel do adulto no processo educacional do Método Escoteiro

CONTEÚDO

• Auto-Desenvolvimento

• Responsabilidade Voluntária

• Observação e Reflexão Constante

• Busca do Aper feiçoamento

• Atitude Construtiva

• Per fil Básico do Adulto que Necessitamos

MATERIAL

• Cabo para nós

• Cartolina e Pincel Atômico

Proposta de Desenvolvimento

Tempo (Minutos) TEMA Metodologia

05 Dinâmica de Grupo - Nós DG

10 Per fil Básico do Adulto que Necessitamos PL

20 Elaboração e apresentação do cartaz das características do Escotista e Dirigente Institucional

TG

20 Debate e Unificação das Características do Escotista e Dirigente Institucional

05 Reflexão Final

Legenda: DG – Dinâmica de Grupo PL – Palestra TG – Trabalho em Grupo

DETALHAMENTO DA METODOLOGIA

Iniciar com uma dinâmica de grupo, onde será solicitado que alguém faça um determinado nó ( este nó deverá ser incomum, para que a minoria saiba fazer) O objetivo desta dinâmica é mostrar que,para ser um bom Escotista e Dirigente Institucional não há a necessidade de se ter domínio sobre todas habilidades escoteiras. O trabalho em equipe e a prontidão para aprender são características que colaboram para aper feiçoar o per fil do Escotista e Dirigente Institucional.O instrutor, então, fará uma breve explanação sobre o papel do Escotista e Dirigente Institucional. Pedirá para cada grupo (as próprias patrulhas), fazer um cartaz das dez características mais desejáveis para um Escotista e Dirigente Institucional.

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Na seqüência o Instrutor pedirá para cada grupo pregar o seu cartaz na parede e explanar suas opiniões sobre as características apontadas. A partir de então o instrutor deverá, junto com os participantes, comparar os cartazes e elaborar um quinto cartaz com as dez características que considerarem mais desejáveis para um Escotista e Dirigente Institucional.Instrutor deverá ler em voz alta e pausada as dez características e perguntar aos participantes se alguém possui todas estas características. A resposta natural será Não. Caso alguém afirme que tem lhe dê os parabéns pois é um Super Homem ou Mulher já que com toda certeza nem o Fundador era possuidor de tantas características desejáveis. Perguntar se alguém conhece Escotista que tenha todas estas características. Novamente deverá ser um Não. Enfatizar que se, individualmente, nenhum de nós tem todas estas características, com certeza, em conjunto teremos.

Bibliografia Recomendada

Escotismo na Prática – Idéias para EscotistasApostila do Curso Preliminar da UEB

Última Atualização: 23/06/2010 Feita Por: Equipe Nacional de Gestão de Adultos

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Unidade 14O Adulto Educador

Auto-DesenvolvimentoUm bom Escotista ou Dirigente Institucional deve

ter uma série de atitudes básicas que deve procurar desenvolver, aproveitando ao máximo todas as oportunidades que lhe sejam oferecidas e buscando sempre novas ocasiões de melhorar, num esforço constante de aper feiçoamento pessoal.

O Escotista e o Dirigente Institucional deve estar atento aos aspectos que são apresentados a seguir, analisando de quando em quando, os progressos obtidos e as dificuldades encontradas, certo de que os membros juvenis de uma seção só crescem na medida de que seus Escotistas também crescem.

Responsabilidade VoluntáriaEsta atitude depende da compreensão dos amplos

objetivos da educação e da importância da obra educativa para o desenvolvimento individual, o progresso da comunidade local e do próprio país e a compreensão da Fraternidade Escoteira Mundial.

O Escotista e o Dirigente Institucional sabem que, mesmo sendo voluntários, tem sérias responsabilidades, perante a sociedade, aos pais ou responsáveis das crianças e jovens do Movimento e a cada escoteiro. Tem consciência de que a educação, embora o Escotismo não tenha subsídios governamentais, é um investimento de recursos das famílias, de espaço da entidade patrocinadora e de tempo de todos os membros e será instrumento de progresso ou fonte de desajuste e revoltas, conforme a compreensão que os Escotistas tiveram do que lhes cabe realizar e a capacidade que tenham de fazê-lo com eficiência e harmonia.

O Escotista e o Dirigente Institucional responsáveis planejam o trabalho para aproveitar ao máximo o tempo disponível com os jovens, estudando os objetivos que tem em vista e a melhor maneira de atingi-los de acordo com o propósito do Escotismo. Toma decisões esclarecidas em cada fase do trabalho, analisando as vantagens e desvantagens, risco e viabilidade de cada opção, de preferência em equipe, e representa para o escoteiro um exemplo vivo de hábitos e atitudes que pretende desenvolver, pois sabe que mesmo que não o queira, sua postura influenciará seus escoteiros.

Observação e Refl exão ConstanteA postura de ser sempre um bom observador e

investigar as causas dos fatos (Desinteresse, evasão, a dinâmica interna das equipes, a liderança real, etc...), de procurar descobrir se os resultados obtidos deixam a desejar e porque isso ocorre; o hábito de planejar, organizar adequadamente, executar e analisar constantemente os resultados obtidos, buscando lições para o futuro, é essencial para qualquer trabalho orientado. Vale a pena também analisar como suas perguntas devem ser feitas para serem claras e possibilitar aos jovens uma reflexão lúcida.

Busca do AperfeiçoamentoO Escotista e o Dirigente Institucional precisam ter

ciência que as deficiências de seus escoteiros, em sua maioria, podem ser superadas com o trabalho do próprio Escotista e ou Dirigente Institucional, por isto, será preciso que realize uma constante auto-análise e um esforço planejado para melhorar. Neste aper feiçoamento, as leituras são importantes e será útil desenvolver o hábito de destinar um horário para ler, para refletir sobre o próprio trabalho e planejar maneiras de melhorá-lo. Bons filmes, o diálogo e o debate com pessoas esclarecidas, favorecem o senso crítico e contribuem para o crescimento e a sensibilidade.

Em busca de aper feiçoamento não é somente naquelas condições de ser um bom Escotista ou Dirigente Institucional, mas também em sua área profissional, familiar, etc... Assim, habilidades úteis para a vida devem ser desenvolvidas a exemplo da observação, eficientes relações humanas e liderança.

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Objetividade e EmpatiaEsta postura exige preocupação constante com as

causas dos fatos e a compreensão de que a atuação eficaz precisa atingir essas causas. Inclui também a análise dos acontecimentos do ponto de vista das pessoas nele envolvidas - num Grupo Escoteiro, geralmente os adultos, os Escoteiros, os pais - como base para qualquer decisão.

Tal atitude é indispensável no planejamento, educação e apreciação do trabalho do Escotista, o qual deve considerar as condições existentes, as limitações do tempo disponível, os interesses e necessidades dos jovens e meios mais adequados para que o propósito do Escotismo seja alcançado.

Otimismo, Atitude ConstrutivaO Adulto Educador aceita que sempre há a possibilidade

de melhorar o jovem-Educando e que um esforço bem produzido nunca se perde. Enfatiza os aspectos positivos de cada jovem, fortalecendo a auto-imagem, mas não deixa de conversar de forma particular, quando identifica eventuais erros.

O otimismo concorre para o bom humor, leva a olhar o lado positivo dos acontecimentos, a procurar ver em cada situação a maneira de resolvê-la e melhorá-la, a não se deixar vencer pelo desânimo, a não se limitar a crítica estéril.

Atitude adequada com cada Jovem-Educando

Confiança

Esta postura do adulto envolve respeito e interesse esclarecidos pela criança, pré-adolescentes e adolescentes a seus cuidados, compreensão de que eles não devem ser considerados apenas como alunos para serem construídos, mas de maneira mais ampla e profunda, como seres globais que têm toda uma vida fora da seção, têm capacidades que devem ser consideradas, problemas que os afligem, interesses que devem ser levados em conta e que precisam ser estimulados.

Terá de mostrar confiança em dar a cada criança ou ao jovem, tarefas de responsabilidades crescentes que exigirão iniciativa e criatividade.

A atitude será, pois, de supervisão esclarecida, evitando sempre o interesse puramente sentimental pela criança ou jovem e impedindo a manipulação de poder

para prestígio do adulto.

O adulto deverá observar a situação de cada Escoteiro, uma vez que obra de educação se dá no educando, partindo do que ele é, e do que ele pode realizar em cada momento.

Se você desenvolver essas atitudes e tiver, realmente, interesse em educar, capacidade de estabelecer boas relações, esforço por uma clara comunicação, criatividade e bom senso nas decisões e busca do seu próprio equilíbrio, terá as condições básicas para ser um bom Escotista ou Dirigente Institucional.

Mas ressaltamos que os pré-requisitos é a disposição para o auto aper feiçoamento, pois com a prática supervisionada no ambiente que atua, as demais atitudes serão, progressivamente, trabalhadas e incorporadas ao dia-a-dia no nosso trabalho.

Perfi l Básico do Adulto que NecessitamosO per fil esperado do adulto que adere à UEB como

Escotista, Dirigente Institucional, e que corresponde às expectativas da entidade é aquele que cuja pessoa seja capaz de:a. Contribuir para o propósito do Movimento Escoteiro, com observância dos princípios e aplicação do Método Escoteiro no desenvolvimento das atividades em que estiver envolvido;b. Relacionar-se consigo mesmo, com o mundo, com a sociedade e com Deus, constituindo um testemunho do Projeto Educativo do Movimento Escoteiro, com particular ênfase à sua retidão de caráter, maturidade emocional, integração social e capacidade de trabalhar em equipe;c. Assumir e enfrentar as tarefas próprias do seu processo de desenvolvimento pessoal, no que se refere às suas próprias responsabilidades educativas, ou em função da necessidade de apoiar quem está diretamente envolvido com tais responsabilidades;d. Manifestar uma atitude intelectual suficientemente aberta para compreender o alcance fundamental das tarefas que se propõe a desenvolver;e. Desenvolver competências e qualificações necessárias e compatíveis com a função que se propõe a exercer, ou se já existentes, colocá-las em prática;f. Comprometer-se com o aprimoramento contínuo dos conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias ao desempenho de suas funções na UEB; eg. Demonstrar apoio e adesão às normas da UEB, aceitando-as e incorporando-as à sua conduta.

ANOTAÇÕES:

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Prepararam este material para vocêO conteúdo deste Guia foi organizado e montado com a colaboração de:

Alessandro G. Vieira

Altamiro Vilhena

Antonio César Oliveira

Bráulio André Dantas da Silva

Carla Neves

Carmen V. C. Barreira

Carol Menezes

Cleuza Iara Campello dos Santos

David Izecksohn Neto

Ernani Rodrigues

Ilka Denise Gallego Campos

Ilvia Oliveira

Iracema Bezerra Oliveira

Jacomo José de March Barbosa

João Rodrigo França

Lia Kaori Nishizawa

Livio Jorge

Luiz César de Simas Horn

Marcelo Puente

Marco Aurélio Romeu Fernandes

Marcos Carvalho

Megumi Tokudome

Paulo Henrique Maciel Barbosa

Paulo Palma

Rafael Teixeira Nunes

Rafael Will

Renato Eugenio de Lima

Rubem Suffert

Sandra Valda Nogueira dos Santos

Theodomiro M. Rios Rodrigues

Ursula Pessoa

Vitor Augusto Gay

A organização de conteúdos, coordenação das discussões e revisão final foi realizada por intermédio da Diretoria de Métodos Educativos, por meio da

Equipe Nacional de Gestão de Adultos.

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