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pág. 1 Escola Focus de Fotografia Tel. (11) 3107-2219 / 3104-6951 www.escolafocus.net [email protected] Rua Riachuelo, 265 - 1º andar - São Paulo - SP - CEP 01007-000 ©Copyright. Todos os direitos reservados para Focus Escola de Fotografia. All rights reserved. Reprodução e venda proibida. Apostila 6 Fotografia Social APOSTILA CURSO MÓDULO 6 http://www.escolafocus.net (11) 3107 22 19 – 3104 69 51

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Apostila 6Fotografia Social

APOSTILA CURSO MÓDULO 6

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O CASAMENTO..................................................................................................................................................................................04(Significado / Origens)

CASAMENTO NO BRASIL.............................................................................................................................................................05

O ESTILO DA FOTOGRAFIA DE CASAMENTO.....................................................................................................................05

FOTOGRAFIA SOCIAL....................................................................................................................................................................06

FOTOGRAFIA TRADICIONAL.....................................................................................................................................................06

FOTOGRAFIA CLÁSSICA OU TRADICIONAL.......................................................................................................................07

FOTOS NA CERIMÔNIA RELIGIOSA.........................................................................................................................................07

FOTOS NA RECEPÇÃO.....................................................................................................................................................................07

ESQUEMAS DE ILUMINAÇÃO.....................................................................................................................................................09

IR ALÉM DO BÁSICO........................................................................................................................................................................11

TER ESTILO.........................................................................................................................................................................................12

FOTOJORNALISMO EM CASAMENTO......................................................................................................................................13

NOIVOS E FOTÓGRAFO: O PRIMEIRO ENCONTRO............................................................................................................16 .MOSTRANDO O PORTIFÓLIO.......................................................................................................................................................17

ORÇAMENTO E CONTRATO.........................................................................................................................................................18

MODELO DE CONTRATO...............................................................................................................................................................19

CUIDADOS A SEREM TOMADOS..............................................................................................................................................22

EQUIPAMENTO..................................................................................................................................................................................23

VOCÊ E A EQUIPE.............................................................................................................................................................................25

A CERIMÔNIA....................................................................................................................................................................................25

A RECEPÇÃO.......................................................................................................................................................................................28

ILUMINAÇÃO CRIATIVA PARA FOTOS DE CASAMENTO...............................................................................................31

DEPOIS DO CASAMENTO..............................................................................................................................................................32

ESCOLHA DO LABORATÓRIO.....................................................................................................................................................32

A EDIÇÃO..............................................................................................................................................................................................33

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REUNIÃO COM OS NOIVOS..........................................................................................................................................................34

O ÁLBUM.............................................................................................................................................................................................36

MARKETING BÁSICO......................................................................................................................................................................38

DIVULGAÇÃO.....................................................................................................................................................................................42

O QUE O FOTÓGRAFO DEVE FAZER........................................................................................................................................43

O QUE O FOTÓGRAFO NÃO DEVE FAZER.............................................................................................................................44

“VISÃO DO FOTÓRGRAFO” (Bem Chrisman)...........................................................................................................................45

EU TRABALHO DENTO DA LEI?.................................................................................................................................................48

QUESTÃO DOS DIREITOS AUTORAIS......................................................................................................................................49

MARKETING PESSOAL..................................................................................................................................................................52

CASAMENTOS NA IGREJA DICAS IMPORTANTES............................................................................................................56

HORÁRIOS PARA CADA TIPO DE CASAMENTO.................................................................................................................63

TALENTO E DEDICAÇÃO PARA CONQUISTAR SEU ESPAÇO.........................................................................................64

IGREJAS COBRAM PARA FOTÓGRAFO PODER TRABALHAR.....................................................................................67

COMO ENRIQUECER COM FOTOS DE CASAMENTO........................................................................................................70

ANEXO I (Dicas para os noivos).......................................................................................................................................................74

ANEXO II (Mudanças nas regras de casamento na igreja)..........................................................................................................77

ANEXO III (Exemplo de ritual do casamento católico)...............................................................................................................78

ANEXO IV (Porque gosto de fotograr casamentos)......................................................................................................................86

ANEXO V (Exemplo de batizado)....................................................................................................................................................87

ANEXO VI (Roteiro de fotos para casamento)..............................................................................................................................90

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O CasamentOsignifiCadO O casamento é símbolo da união amorosa do homem e da mulher. No misticismo significa a união de Cristo com sua igreja, de Deus com seu povo, da alma com seu Deus. Já para a psicanálise junguiana, o casamento representa a conciliação do inconsciente, que é um princípio feminino, com o espírito, principio masculino. Pode-se verificar que em quase todas as mitologias há os casamen-tos sagrados. Além de simbolizar uniões de princípios divinos como por exemplo na mitologia grega, Zeus (a força) com Têmis (a justiça ou a ordem eterna), dando origem a Irene (a paz), Eunomia (a disci-plina) e a Dice (o direito).

OrigensA celebração do casamento, com os noivos, cultos religiosos e ce-rimoniais tiveram sua origem na Antiga Roma. Não temos registro

exato em que período do Império ocorreu o primeiro evento, mas as mulheres daquela época já se vestiam especialmente para esta ocasião. As primeiras noivas romanas prendiam flores brancas, para simbolizar felicidade e vida longa e se perfumavam com ervas aromáticas.

A Civilização Romana tinha um único propósito com esta revolucio-nária cerimonia: Instituir a união “de direito”, a monogamia e a liberdade da noiva se casar espontaneamente diante de juizes, testemunhas e com todas as garantias da lei. Com um sistema de normas e costumes bastante desenvolvido para a época, o direito romano serviu de base posteriormente para as sociedades ocidentais. No fim do Império Ro-mano, o casamento era uma prática social que começava a ser difundida com o intuito de formar uma des-cendência e garantir a transmissão de bens patrimoniais. Durante a Idade Média, as mulheres perderam seus direitos e a escolha do noivo passou a ser questão de família. O destino da noiva já era traçado na infância, entre 3 a 5 anos de idade. O noivado passou a ter importância capital, reunindo na igreja além dos noivos, pais e convidados para a troca de alianças como símbolo de círculo eterno de união.

Durante o período medieval a Rainha Vitória da Inglaterra propôs o primeiro figurino da noiva de nos-sos dias. Apaixonada pelo príncipe Albert de Saxe-Cobourg-Gotha ela

rompeu o protocolo de sua época e tomou a iniciativa de pedi-lo em casamento. Foi o primeiro registro histórico de casamento por amor. A Rainha foi mais ousada: colocou um véu nupcial! Sua iniciativa desencadeou um costume que seria perpetuado nos séculos seguintes resgatando para nossos dias o amor como sentimento básico para unir o homem e a mulher.

Com o advento da burguesia, a nova classe social passa a adotar uma espécie de “Certidão Visual” para identificar a noiva virgem: casar de branco. Era a garantia apresentada ao futuro marido de sua descendên-cia, já que a virgindade significava a legitimidade dos futuros filhos herdeiros.

Os grandes casamentos da Rea-leza já eram documentados por grandes pintores

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Casamentos religiosos mais frequentes no Brasil

Católico Apostólico Romano: É a religião predominante representando 73,6% da população total. O ritual começa coma entrada da noiva com o pai rumo ao altar, onde estão sua mãe, o noivo, os pais do noivo e padrinhos. A cerimônia é formal e reconhecida como sacramento.

Judaico: Cerimônia realizada sob a hupa (pálio nupcial) com bênçãos ini-ciais feitas pelo rabino, leitura pelo noivo da Ketuba (contrato de casamento), bênçãos finais e a quebra do copo pelo noivo. Geral-mente celebrado em clima de muita alegria e festa pelas famílias e convidados.

Budista: Cerimônia aberta por um apresentador que introduz o monge. Pais e padrinhos ficam em bancos laterais próximos ao altar.

Ortodoxo: Ritual em que se exige o máximo de silêncio dos presentes. Co-nhecido também como “Rito da coroação”, já que o padre coroa os noivos. A disposição no altar dos pais dos noivos e padrinhos é a mesma da Igreja Católica Apostólica Romana.

Protestante: Cerimônia discreta, com muitas preces, oferendas e música. O ritual prevê apenas uma madrinha, para segurar o buquê da noiva, e um padrinho para passar as alianças ao noivo. As famílias dos noivos sentam-se lado a lado, logo atrás do banco da noiva e do noivo.

CasamentO nO Brasil

Pais de origem católica, os casa-mentos no Brasil eram consagrados inicialmente apenas pela igreja. Contudo, o processo de migra-ções introduziu novos costumes e crenças na população. Data de 1861 a primeira lei dispondo sobre casamentos de não-católicos. Estes poderiam realizar suas cerimônias conforme sua religião dispunha. O casamento Civil surgiu em decor-rência da proclamação da repúbli-

ca, em 1889, por meio do decreto de numero 181, de 24 de Janeiro de 1890. Hoje são realizados cerca de 750 mil casamentos por ano. É neste contingente que está o público-alvo do fotógrafo social.

O estilO da fOtOgrafia de CasamentO

Até os anos 40 era comum o casal de noivos ir até o estúdio para tirar fotos, já que as câmeras da época

eram pesadas e os f lashes por táteis começavam a se desenvolver.As três poses que não podiam faltar eram: a noiva de frente, de lado e com o noivo, envoltos em cenários previamente montados. Com o aperfeiçoamento de câmeras e flashes, a presença do fotógrafo tornou-se indispensável na cerimônia e na festa. As poses, então, passaram a ser produzidas dentro da igreja, na hora de cortar o bolo, de jogar o buquê, etc. E não faltou também ousadia porque, nos anos 60, surgiram as foto-montagens, como a do noivo na palma da mão da noiva e tantas outras, que se revelaram de gosto duvidoso em sua grande maioria. Uma certa estética de foto de casamento se estabeleceu e foi transmitida de geração emgeração, geralmente composta por imagens estáticas que pouco expressavam a emoção, a perso-nalidade e o comportamento dos noivos, das famílias e dos convida-dos durante o evento. O álbum de fotos, enfim, contava pouco do que fora a cerimônia, a festa. Para se contrapor a esse quadro, surgiu uma outra maneira de registrar um casamento: o fotojor-nalismo. Com ele também nasceu a expressão “foto tradicional” para simbolizar tudo o que se fazia até então. Embora a expressão “foto-jornalismo em casamento” não seja a mais apropriada para designar o movimento de renovação da estéti-ca nas reportagens de casamento, ela acabou se estabelecendo por falta de um substituto à altura. Muitos profissionais, que adotaram

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o estilo, preferem referir-se a seu trabalho como “fotos espontâne-as”, “artísticas”, “não posadas”, “pós-tradicionais”. O fato é que o fotojornalismo em casamento só é possível de conce-ber a partir de umacâmera reflex, de 35 mm, e aces-sórios. Esse tipo de equipamento dá agilidade necessária para o fotógrafo reportar os principais momentos. Sua proposta é contar a história do casamento, sem pa-dronizar a personalidade de seus atores. Na fotografia social brasileira é possível distinguir três estilos nas reportagens de casamento: o tradicional, o fotojornalismo e o misto. Este último, mais eclético, combina os outros dois. Hoje, com a repercussão do fo-tojornalismo em casamento, mais noivos — mesmo sendo leigos em técnica fotográfica — querem uma reportagem com fotos mais despo-jadas, não se influenciando pelo o que os pais desejam ver, como ál-bum de casamento. Essa mudança de comportamento explica-se em parte pela conquista da indepen-dência financeira dos noivos que passaram a financiar seu próprio casamento.

na fOtOgrafia sOCial

Muitos fotógrafos que se conside-ram profissionais pensam que foto-grafar casamento é algo mecânico, sem sutilezas. Olhar fotográfico? Composição? Luz? Que exagero para foto de casamento! Para quê?Ingênuo (e cômodo) acreditar que a área da fotografia social, justa-mente porque o foco são festas, eventos, dispensa o profissional de

uma formação teórica, ainda que conquistada por conta própria.Esse saber, claro, não necessita ser dividido com o cliente (geral-mente leigo e pouco interessado na história, na evolução da técnica e materiais fotográficos), mas certamente aparecerá nas imagens que o fotógrafo produzirá, desde aspectos técnicos até na maneira de como ele interpreta, através da luz, aquela realidade (a festa, a reunião) que se lhe apresenta.

fOtOgrafia tradiCiOnal Mesmo nas grandes cidades onde o estilo fotojornalístico tem se propagado com força, as fotos clássicas ainda dominam as páginas de grande maioria dos álbuns de casamento. Podem estar começando a dividir espaços com fotos mais descontraídas, mais espontâneas, mas as cenas posadas da família seguem indispensáveis principalmente para os pais e avós dos noivos. Até mesmo os fotógrafos mais ousados não vão embora de um casamento sem tentar ao menos um retrato dos noivos e dos mais ínti-mos, nem que seja com uma teleob-jetiva potente sem eles perceberem. Este casamento só vai acontecer uma vez. As pessoas podem não estar olhando para a câmera, mas o fotógrafo certamente encantará o cliente por ter feito a foto. As fotomontagens vieram e foram embora. Os filtros estrelas e de efeitos também. Assim, as foto-grafias tradicionais adaptam-se às mudanças de costumes, comporta-mento e de tecnologia. E resistem com bravura.

as imagens de CasamentO eram assim

Foto dos noivos feita em 18 de abril de 1942

A fotografia de casamento popularizou-se depois da Segunda Guerra Mundial, em conseqüência do desenvolvimento tecnológico de câmeras e filmes fotográficos. Mesmo que o filme colorido já existisse, os fotógrafos preferiam o preto-e-branco porque o processo cor ainda era instável, não garan-tindo a durabilidade da foto por dezenas de anos. Até os anos 40, os casais mais abonados iam ao estúdio depois da cerimônia e posavam. Três ou quatro cenas eram suficientes para documentar aquela data impor-tante na vida deles: a noiva em pé sozinha, a noiva em pé ao lado do noivo sentado, os noivos em pé e outras variações. Não se falava em álbum de casa-mento. As fotos eram emolduradas ou ganhavam um porta-retrato.

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fOtOgrafia ClássiCa Ou tradiCiOnal:

O que se convencionou como fotografia de casamento no estilo clássico ou tradicional é aquela em que o fotógrafo, privilegiando o resultado final da imagem, irá interferir no momento de registrar. Por exemplo, vai abotoar o paletó do noivo, vai escolher o melhor ambiente para posicionar as pes-soas, vai arrumar o vestido ou o cabelo da noiva, O cliente espera essa orientação e sabe que vai ter fotos de toda a família. Geralmente as pessoas olham para a câmera quando sabem que estão sendo fotografadas. É diferente do fotojornalismo no casamento, onde o ponto forte está na espontanei-dade, na não-interferência. Neste, valoriza-se o registro do instante de emoção mesmo que a foto não seja tecnicamente perfeita. Já para o fotógrafo tradicional não existe fotografia sem foco. Uma boa foto é aquela que além de absolutamente nítida tem uma fotometria perfeita, iluminação impecável, bom enquadramento e uma composição bonita. Existe um rigor na qualidade óptica da ima-gem. Por isso, muitos profissionais ainda fazem uso das câmeras de médio formato e filmes 120.

fOtOs na Cer i môn i a r eligiOsa:

Uma das principais características da fotografia tradicional é a nitidez das imagens (foco e profundidade de campo). Isso pode ser observa-do, por exemplo, num detalhe do

vestido da noiva ou na decoração do ambiente. Há cenas, no entanto, que podem se tornar importantes como a noiva chegando em um carro antigo, de época. Essa informação não foi dada antes do casamento, mas o fotógrafo deve deduzir o que isso representa para a noiva e registrar a cena. O fotógrafo deve ter percepção para fotografar o que a noiva deu importância quando organizou o casamento. Por exemplo, a deco-ração caríssima das flores ou os músicos. Essas fotos certamente são obrigatórias no álbum.O making-of, que é o registro da noiva e até mesmo do noivo se arrumando para o casamento, é pouco solicitado na fotografia tradicional. A lista a baixo de momentos que devem ser fotografados, no religioso ou na festa, são de uma cerimônia padrão. É preciso se adaptar às diferenças de culto e locais. Já são comuns os casa-mentos realizados em bufês, onde acontecem o civil, religioso e festa. Sempre é indispensável conhecer bem o local antecipadamente para saber as dificuldades e facilidades que ele oferece para uma cobertura discreta e perfeita. • Plano geral do altar e igreja (antes da cerimônia)

• Entrada dos padrinhos

• Padrinhos e pais no altar • Entrada do noivo com a mãe

• Chegada da noiva (saindo do carro) • Entrada da noiva com o pai • Noivo recebe a noiva • Noivos no altar em pé • Noivos no altar ajoelhados • A bênção • As alianças (em close) • Troca de alianças • O beijo • Os cumprimentos no altar • A saída • Chuva de arroz (ou pétalas)

fOtOs na reCepçãO:

Se houver festa, é nessa oportu-nidade que o fotógrafo tradicional poderá dirigir mais livremente os personagens já que durante a ceri-mônia religiosa o mais prudente é uma atuação discreta. Um exemplo clássico de direção de fotografia é a noiva na escada com véu e vesti-do arrumados previamente para a pose.

É importante conhecer as vari-áveis de cada religião.Pode acontecer de o civil ser no mesmo dia.

• Noivo assinando

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boas fotos. Ficar ou não até o fim da festa é um item que deve ser abordado quando da contratação dos serviços fotográficos. Mas esse é um tópico que será analisado em fascículos futuros.

Antes de os convidados chegarem ao salão, o fotógrafo deve registrar a decoração. Nessa sessão, a foto do bolo é imprescindível. Outros detalhes, como mesa dos noivos e dos convidados, também são necessários registrar para que os noivos tenham várias opções no momento de editar o álbum. O instante do brinde dos noivos é outra foto que não pode faltar. Mesmo que seja dirigida a cena, o ideal é o fotógrafo trabalhar rapidamente para liberar os noivos. Repetir a cena várias vezes pode afetar o humor dos personagens. No passado era comum o fotógra-fo tradicional percorrer mesa por mesa e clicar os convidados. Mas os valores da sociedade mudaram e com eles, os costumes. Hoje os noivos querem fotos dos parentes mais próximos — pais, avós, tios e primos — e amigos íntimos. Estes são os que entrarão para o álbum. Geralmente esses perso-nagens ficam em grupo nas fotos. Novamente o fotógrafo tradicional encontra condições para dirigir. Em fotos de pessoas com mais idade, que apresentam marcas de expressão no rosto, o fotógrafo deve ter cuidado especial na luz e enquadramento. Alguns profissio-nais usam filtros para suavizar. Outra cena importante da festa é quando a noiva joga o buquê. É um momento único que requer muita agilidade do profissional para registrá-lo. Muitos fotógrafos elegem a “hora do buquê” como o término da reportagem. Alegam que depois desse momento noivos e convidados vão se “desmontando” de seus trajes e posturas, o que, para efeito de fotografia, não rende

Em local mais reservado

• Retrato da noiva sozinha (valorizar o vestido)

• Retrato do noivo com os pais • Retrato da noiva com os pais

• Retrato dos noivos com os pais • Retrato com os avós

• Retrato com irmãos retrato com padrinhos

No salão

• Decoração (arranjos de flores, mesas)

• Bolo

• Convidados (família e ami-gos mais íntimos)

• Cortando bolo

• O beijo

• O brinde • A valsa • A noiva segurando o buquê

• Jogando o buquê

Dependendo da festa

• O corte da gravata

• Cinta liga • Sapato da noiva

COmO fazer

Cada fotógrafo pode marcar seu estilo na utilização dos equipa-mentos.José Roberto Rezende, mais co-nhecido como J. R., que também se estende ao nome de seu estúdio, prefere trabalhar com câmera Hasselblad com magazine 6 por 6, objetivas de 50, 80 e 120 mm e três luzes.

“A 120 uso para detalhes de mãos, rosto; a 80 para alguma cena do ca-sal na igreja em meia-luz e também para poses de corpo inteiro; a 50 para planos gerais como entrada da noiva, padrinhos, pais, os grupos em geral”, conta.

J. R. trabalha com um flash junto a câmera como preenchimento. E dois flashes auxiliares em maior potência fazendo a luz de fundo. “Não se pode baixar muito a velo-cidade porque geralmente há a luz de vídeo” que pode chocar com a iluminação do fotógrafo. A luz de fundo vai iluminar o cabelo ou as pessoas que estão atrás ou a parede para eliminar sombras.

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esquemas de iluminaçãO

silhueta rOmântiCaPara conseguir esta quase silhueta, as duas luzes estão em contraluz. O cuidado está em esconder os dois assistentes na linha dos noivos. A luz do fotógrafo só é utilizada para acionar os outros dois flashes. (imagem 01).

A luz de fundo (segundo assistente) é dirigida para a parede para amenizar sombras provocadas pelas duas outras luzes.Em situações de parede clara e teto claro mais baixo, vale a dica de rebater o flash parasuavizar a luz (imagem02).

fOtO COm Os pais

O segundo assistente faz a luz do cabelo. Se a luz principal está a dois metros dos noivos, ele estará mais ou menos o dobro de distância.Para ter uma luz mais alta, utiliza-se um extensor de flash .(imagem 03)

nOivOs nO altar

hOra dO BOlOA luz principal passa um pouco atrás do bolo para que não se percam os detalhes decorativos. A luz do fotógrafo ilumina os noivos e ameniza sombras (imagem 04).

As fotos de grupo acontecem com freqüência na festa. A luz principal (primeiro assistente) fica próxima do fotógrafo. O segundo assistente tenta iluminar as pessoasmais ao fundo (imagem 05).

na festa

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02

03

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05

Um bom profissional será capaz de criar efeitos interessantes utili-zando diferentes tipos de filme e trabalhando corretamente com a iluminação. Fotos granuladas, fotos com cores mais contrastadas ou mais suaves, resultarão em um álbum diversifi-cado e dinâmico. Para conseguir fotografias com um toque de mistério, alguns profis-sionais utilizam as chamadas Toy Cameras. Entre as mais conhecidas estão a Holga e a Diana que, com um mecanismo simples e sem auxí-lio da tecnologia digital, produzem imagens surpreendentes!Se você quiser algumas fotos que se parecem com imagens de contos

ir além dO BásiCO de fadas, pergunte ao seu fotógrafo sobre a possibilidade de utilizar filme infravermelho. Especial-mente desenvolvido para captar as ondas abaixo do espectro visível, ele cria imagens etéreas devido a uma espécie de névoa branca que se forma nas partes onde há cores quentes. Funciona melhor ao ar livre, sob a luz do sol.Se o seu fotógrafo trabalha apenas com câmera digital, saiba que também é possível conseguir belos efeitos quando o profissional do-mina a técnica e sabe explorar os recursos do equipamento. explOrar O amBiente Não é necessário restringir as fotos de casamento à igreja e ao salão.

Aproveitem o ambiente ao redor para criar imagens inusitadas e únicas! De ruas movimentadas à cenários campestres, todo lugar possui seus atrativos.

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as fOtOs para O álBum

O álbum de casamento, seja tradi-cional ou fotojornalístico, tem de contar a história do evento com co-meço, meio e fim. As fotos devem sintetizar os principais momentos de modo a não gerar dúvidas em quem o vê. Muitos dizem que do casamento permanecem apenas o álbum e as alianças. Independente da ironia é fato que o álbum carrega uma série de sig-nificados para seus protagonistas, futuros descendentes e as famílias envolvidas. Um valor inestimável.

Embora as fotografias espontâneas, cuja técnica é conhecida como fotojornalismo, sejam atualmente as preferidas das noivas, um álbum feito apenas com elas poderia acabar deixando de fora alguns momentos importantes e pessoas queridas. Reunir pais, padrinhos e avós para algumas fotografias posadas não levará mais do que 20 minutos e o resultado serão preciosas recorda-ções. Além disso, a sessão de fotos é um momento divertido, no qual estamos registrando a história de nossas vidas, são fotos que faze-mos para nossos filhos e netos. Ser fotografado com pessoas queridas deve ser visto como uma oportu-nidade!Por isso, muita atenção na hora de escolher o profissional. Um bom fotógrafo é aquele que domina a técnica de ambos os estilos e será capaz de criar belíssimas imagens posadas ou espontâneas.

inCluir tamBém fOtOs dO making Off Os momentos que antecedem a cerimônia, os preparativos, a maquiagem da noiva, detalhes do vestido, entre outros, são fontes inesgotáveis de inspiração para lindas imagens que deixarão o seu álbum de casamento ainda mais interessante. Incluir a cobertura do making off geralmente não fica caro e vale a pena! Consulte seu fotógrafo.

misturar fOtOs p&B e COlOridas

Fotografias coloridas são perfei-tas para registrar as lindas cores da decoração da cerimônia e da festa, os vestidos das daminhas, o seu buquê e diversos outros detalhes cuidadosamente escolhidos para o dia do casamento. Então, por que incluir também fotos em preto e branco?Porque quando olhamos uma foto em preto e branco, nossos olhos precisam processar poucas cores, o

fOtOgrafias espOntaneas e pOsadas O casamento celebrado

na igreja envolve fé reli-giosa, compromisso en-tre os noivos e emoções. Mas é, sem dúvida, um grande espetáculo, o mais importante da vida dos noivos

“ “

que torna a imagem muito mais fá-cil de ser assimilada e faz com que o motivo principal se destaque.Ideal para registrar momentos de grande emoção, a fotografia em preto e branco atrai nossa atenção para as expressões e sentimentos presentes naquela cena.Outra vantagem é a durabilidade. As fotos em preto e branco (prin-cipalmente cópias feitas em papéis especiais), podem durar mais de cem anos! Quando seus netos e bisnetos folhearem o álbum, ainda poderão ver em seus rostos a mes-ma alegria que sentiram há anos atrás.

Como conseguir alcançar o estágio em que as fotos em si são a assina-tura do fotógrafo? Ou menos até, como se chega a ter um estilo?É ponto indiscutível que bons fotógrafos conhecem a história da fotografia, fazem pesquisa, ana-lisam a iconografia daqueles que revolucionaram a arte e a técnica ao longo dos tempos. O contato com esse conteúdo ajuda a formar seu próprio estilo e desenvolver uma marca autoral.Mas não é apenas isso. Como já foi dito no início, não há olhar isento de valores. Atrás de uma foto há a experiência de vida de quem a fez, suas crenças, seu meio, suas buscas. Uma vontade incessante de fazer melhor. Um espírito inquieto de conseguir “a foto”.

ter estilO

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Apostila 6Fotografia Social

fOtOjOrnalismO

em CasamentO

A expressão fotojornalismo em casamento popularizou-se. Está na boca de fotógrafos profissionais e também na de noivos, embora mui-tos fotógrafos sociais a considerem inadequada para marcar a distinção em relação à fotografia tradicional. Preferem termos substitutos como fotos artísticas, espontâneas, ou fotografia de casamento simples-mente. Mas é por causa dessa po-pularização que surgem equívocos e até posturas ingênuas de alguns no afã de captar imagens totalmen-te espontâneas.Um indicador para o fotógrafo é avaliar se suas reportagens apóiam-se na documentação ou no registro das emoções do evento. Fotografar apenas em 35 mm não significa que se adotou o fotojornalismo em casamento, mesmo que o estilo tenha nascido a partir da câmera reflex, projetada para ser operada com facilidade e rapidez, carac-terísticas que a câmera de médio formato não possui.Se o fotógrafo está preocupado em registrar emoções, as imagens cap-tadas precisam contar uma história que muitas vezes começa antes da cerimônia, no making of da noiva, e vai até o fim da festa.Alguns fotógrafos com experiência em casamento resumem o fotojor-nalismo em casamento como o registro sem interferência do que acontece, mas com o máximo da emoção. Profissionalismo e qua-lidade do trabalho são exigências mínimas, já que o dia do casa-mento é um dos momentos mais importantes na vidados noivos.

O fotógrafo de casamento, tem que saber que o álbum de casamento precisa agradar várias pessoas. Isso requer sensibilidade no momento de captar as imagens. Entrada e saída da noiva, troca de olhares entre os noivos, troca das alianças, família, padrinhos, dança, são mo-mentos que devem ser registrados e comporem o álbum.Para os que se iniciam na carreira de fotógrafo de casamento, sugerimos como exercício de aprimoramento a crítica do próprio trabalho, obser-vando pontos positivos e negativos de cada foto tirada. Essa análise certamente fortalecerá reportagens futuras.

COntadOr de história

A expressão inglesa “storytelling”, que traduzida seria “contador de história”, sintetiza o movimento de renovação da fotografia de casamento. A expressão surgiu nos Estados Unidos, nos anos 70, e foi assimilada como um estilo novo de registrar um dos eventos mais im-portantes na vida de uma pessoa: seu casamento. Qualquer que seja a religião, tipo de sociedade — mais conservadora ou mais liberal — o casamento é tido como festa.

Eles ensinam

O fotógrafo de casamento necessita de ter uma educação visual maior. Um dos caminhos de desenvolver essa educação é o contato com os grandes mestres da fotografia, par-ticularmente no que diz respeito à composição e luz.A boa fotografia se utiliza do claro e escuro, da composição, da contraluz, para tornar belo o que se quer expressar. Nesse sentido, o

É fato que a maneira nova de con-tar o casamento foi amparada pela evolução de câmeras e acessórios fotográficos. Equipamentos mais leves, ágeis, tornaram-se perfeitos para dar movimento, vida, ao registro fotográfico.No Brasil, a expressão “storytelling” foi associada ao fotojornalismo, por algumas razões. Uma reportagem fotográfica registra o que acontece; seus personagens não posam, em geral, para o fotógrafo; as imagens têm de transmitir a força do que está acontecendo, ou seja, falarem por si; o fotógrafo não intervém na cena. Foi nesse contexto que o fotojornalismo foi estendido ao casamento. Também na própria língua inglesa existe a expressão “wedding photojournalism”.Isso não significa que uma repor-tagem fotográfica para revistas, jornais, é idêntica à reportagem de um casamento. A expressão fotojornalismo em casamento cau-sa certo desconforto para muitos profissionais. Para cada um, uma razão... Mas uma vez estabelecida, tem ganhado força no grande pú-blico que, mesmo leigo, percebe a diferença entre uma foto tradicio-nal e uma moderna.

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fotógrafo se exercita permanente-mente, vendo trabalhos de mestres, colegas, analisando a fotografia no cinema. Essa vivência aliada à intuição será revelada no momento de captar uma imagem.É comum o fotógrafo de casamen-to preocupar-se com o explícito, só com o que está acontecendo na cerimônia. Isso poderá empobrecer sua fotografia. Às vezes a imagem do garçom na beira da cena pode ser um elemento que valorize a composição e não deveria ser cor-tado na edição.Em reportagens de casamento o fotógrafo deve ficar com a câmera no rosto a maior parte do tempo. E o motivo é um só: é no retângulo do visor que o fotógrafo compõe. Um exercício que pode ser feito por iniciantes é fotografar sem flash para avaliar o comportamento da luz em várias horas do dia.Sem cuidados com a composição e luz, a foto, pode ter vida curta. De-pois de um mês, a noiva poderá se cansar daquela imagem. Pense nas fotografias dos grandes mestres... Não é à toa que sobrevivem e falam

pOrque estãO nO álBum

Nas imagens seguintes, a fotógrafa optou pela doçura do olhar da noi-va. Na composição, a porta é um elemento importante. Observando os contatos há fotos mais óbvias como a noiva no espelho. Mas as vezes é importante tentar escapar do óbvio.

por si só. Assim deveria acontecer com a fotografia de casamento.

O noivo com o pai e os padrinhos estão na porta da igreja. A seqüência de fotos foi feita num momento alegre. A fotógrafa escolheu a que o noivo está de costas para as lentes, mas no entanto todos os personagens olham para ele, cada um de ângulo diferente. A composição e a expressão deles tornaram esta foto mais interessante.

Imagem escolhida

Contato

No contato que veremos na página seguinte há várias cenas de troca de alianças. Nem sempre é necessário escolher o óbvio da situação. É possível contar a his-tória de uma maneira mais sutil como esta, em que noiva beija a mão do noivo. A composição e a luz ficaram bonitas

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A ultima imagem foi a escolhida

O fotografo de casamentos pode sugerir algumas poses aos noivos e deixá-los à vontade. Há poses que funcionam para uns, mas não para outros. Na foto escolhida percebe-se que o gesto do noivo está entre um beijo e um abraço. Uma das mãos está no ar. E importante que o fotógrafo olhe o contato de maneira livre.

fOCO seletivO

Pelas características de reportagem, a lente zoom autofoco é bastante utilizada. Somado a isso o fato de trabalhar com o diafragma mais aberto, fotos com o foco seletivo, ou seja, o que está antes e depois do assunto principal não estará nítido, são bastante comuns neste estilo.

ângulOs inCOmuns

A liberdade de não fazer fotos posa-das e o dinamismo da cerimônia e festa podem gerar enquadramentos incomuns, como fotos na diagonal ou então a noiva ser fotografada de costas. Os resultados são imagens surpreendentes. Mas que devem ter peso certo na hora de editar o álbum. O exagero de fotos em ân-gulos dramáticos cansa os olhos.

ClOses e COrtes

Os detalhes podem ir além do bolo,

buquê e alianças. Mãos dos noivos, uma troca de carinho, expressão de uma criança, mãos arrumando o vestido, um braço enlaçando a cintura da noiva, ou ainda, as mãos segurando o buquê são momentos que rendem belas imagens. Valem aqui o uso da lente zoom, às vezes com o recurso macro, e o uso de corte na ampliação.

O que fOtOgrafar

- Estar de olhos e ouvidos atentos, o tempo todo, é uma boa dica.- Ter conversado bastante com os noivos antes é outra muito impor-tante. Conhecer a personalidade de cada um, do que eles gostam e valorizam, as pessoas da família e amigos que não podem faltar no álbum.- Existem momentos em um casa-mento que podem ser colocados em uma lista para orientar quem está iniciando, mas lembre-se de não se limitar a essa lista ou viciar o olhar. Todo casamento é único.- Os momentos já citados na foto-grafia tradicional também valem para o fotojornalismo, acrescentan-do o making of da noiva e, por que não?, também do noivo. Porém, o fotojornalismo busca a emoção que poderá estar na troca de olhares, no toque de mão, na curiosidade das crianças, na alegria dos amigos, no carinho dos avós, no abraço dos pais e padrinhos e ela dura alguns segundos. Esteja sempre pronto para registrá-la.- Lembre-se de que o que fica de uma cerimônia de casamento é o álbum de fotografias e você é o responsável por este registro que será mostrado por gerações. Al-

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gum profissional pode pensar que a informalidade que se vê no estilo fotojornalístico traduz descompro-misso com a técnica. Engana-se. Sem o domínio técnico é impossível compor e fotografar na velocidade que a emoção acontece.

nOivOs e fOtógrafO: O primeirO enCOntrO

Por alguma fonte — parente, ami-ga, pesquisa pela Internet, anúncio em revista —, a noiva ou o noivo (mais raramente) contata o estúdio do fotógrafo de casamento. Eles querem conhecê-lo pessoalmente, sua personalidade, seu estúdio, a maneira como trabalha e o seu valor.Há profissionais que se preocupam tanto com linguagem e técnica fotográficas que desprezam o marketing pessoal. Dizem que não são “vendedores” e, sim, “artistas”. Mas cuidar da infra-estrutura necessária ao desempenho de seu talento é também uma arte. O profissional que reúne essas quali-dades vai se destacar no mercado. Seu nome, sua grife, ficarão mais conhecidos e valorizados.A matéria-prima do fotógrafo social é gente. Cliente de todo tipo aparece no estúdio. Não é propósito aqui traçar perfis de clientes, mas é importante que o fotógrafo, assim como qualquer outro profissional, tenha seu próprio código de regras e conduta para nortear o trabalho. A essência desse código é extraída da própria experiência do fotógrafo, principalmente daqueles trabalhos em que o relacionamento com o cliente não o contentou por algum motivo. Exemplo: o fotógrafo não

gosta de entregar os negativos, mas no contrato de prestação de serviço não há cláusula esclarecendo que não serão entregues. Depois do casamento, a noiva pede os nega-tivos e aí começa um conflito que poderia ser evitado. Sabendo já na entrevista que o fotógrafo não devolve negativos, ela terá duas opções: aceitar as regras do profis-sional ou escolher outro.

“estúdiO, BOm dia”

O fotógrafo pode trabalhar sozinho ou ter uma recepcionista/secretária que além do atendimento, cuida da agenda e cobrança. Pouca diferen-ça faz quando o telefone toca e na linha está uma cliente em poten-cial. O importante é que a cliente seja atendida por alguém capaz de responder à sua curiosidade básica: como o fotógrafo trabalha. E atender eficientemente não é dizer quantas fotos vêm no álbum ou o modelo da câmera. Atender eficientemente é conseguir agendar uma visita ao estúdio onde essa e

outras questões serão tratadas em detalhe.“Amarrar” uma visita no primeiro contato telefônico não é tão fácil quanto parece. O fotógrafo ou secretária precisam dominar algumas técnicas de telemarketing ainda que intuitiva-mente. Pergunte-se: dos contatos telefônicos que recebe quantos se convertem em visita efetiva? Se o número for muito baixo, considere que o atendimento por telefone pode estar com problemas antes de atribuir o fato à “excessiva concor-rência” de mercado.

lOCal

A noiva vai conhecer o local onde o fotógrafo trabalha. Endereço comercial ou a própria residência dele, com uma área reservada para atender os clientes, o importante é que o espaço transmita credibili-dade. Desde a decoração até a lim-peza, passando pela iluminação. A primeira impressão é decisiva. É conveniente não ter no espaço objetos que denotem preferências ou crenças. Por exemplo, foto de time de futebol por mais fanático que seja o fotógrafo. Ou crucifixo pendurado na parede. O cliente interpretará que ali tem um segui-dor do catolicismo e poderá não o contratar por ser uma religião diversa da sua.O próprio espaço pode servir para mostrar outros trabalhos além dos álbuns, como fototelas, banners, painéis.

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mOstrandO O pOrtfóliO

Álbuns de mostruário, fotos avul-sas, em preto-e-branco, em for-matos variados, em acabamentos diversos, são indispensáveis para o fotógrafo apresentar seu trabalho. Com ou sem margem, papel bri-lhante ou fosco.Álbuns de boa qualidade e de bom gosto impressionam. Um álbum bem editado também.Se fizer reportagem em vídeo (di-gital ou analógico) é necessário um aparelho de DVD ou videocassete em perfeitas condições de uso, sem precisar dar tapinhas para o equi-pamento funcionar.Há profissionais que mostram as fotos com projeção multimídia. Também é tendência nas grandes cidades o fotógrafo em visita ao cliente mostrar seu portfólio em laptop.

primeirO enCOntrO

A noiva quer conhecer o trabalho do fotógrafo em detalhes. Nos primeiros minutos é aconselhável ouvi-la atentamente para captar o universo de suas expectativas e a partir daí tirar dúvidas e explicar a maneira como trabalha. Nesse contato, percebem-se traços da personalidade dela, se é ansiosa, econômica, perfeccionista, impo-sitiva. É nesse contexto que ele vai interagir. Não se trata de adotar a máxima “O cliente tem sempre razão”, mas de estabelecer um ter-reno comum de expectativas para o bom desempenho do trabalho.Durante a entrevista, o fotógrafo

deve saber das relações familiares dos noivos para evitar situações embaraçosas no dia do casamento. Imagine o seguinte: pais da noiva separados e “inimigos mortais”. O fotógrafo não sabe disso. Como ele fará a foto dos pais com os noivos? É por essa razão que ele deve estar atento às peculiaridades das famílias envolvidas e contorná-las no momento de fotografar os per-sonagens. No exemplo, o fotógrafo deverá tirar a foto em um, dois cliques para não desgastar emocio-nalmente pais e noivos.

Amarrar” uma visita no primeiro contato telefôni-co não é tão fácil quanto parece. O fotógrafo ou secretária precisam do-minar algumas técnicas de telemarketing ainda que intuitivamente.

“ “Também na entrevista o fotógrafo tem de saber quais são as pessoas mais queridas dos noivos, além do núcleo da família (pais, irmãos e avós), para constarem no álbum. Imagine a amiga de infância da noiva não aparecer em nenhuma foto? É comum na entrevista com o fo-tógrafo a noiva ir com a mãe e esta dar opiniões às vezes conflitantes com as da filha. Seria ideal que o fotógrafo ocupasse uma posição distante de diferenças entre mãe e filha, geradas até em função de quem vai pagar os serviços do fotógrafo (geralmente a mãe).

a Cerimônia e da festa

Outro item que deve ser investigado no encontro entre noiva e fotógrafo é o tipo de cerimônia. Pode ser religiosa e, no caso, em que rito (católico, evangélico, ortodoxo, judeu, budista, candomblé são os mais freqüentes) e se seguida de festa. Hoje é tendência nos grandes centros realizar o religioso no mes-mo local da festa. É conveniente se informar quem estará envolvido na produção da festa, por exemplo, qual o bufê, quem fez o bolo, a de-coração, o DJ, a iluminação, se vai ter gelo seco, para poder interagir melhor. Essa e outras caracterís-ticas precisam ser analisadas pelo fotógrafo para não ter surpresas no dia do casamento.Mesmo que conheça o local da cerimônia, é prudente visitar no-vamente o espaço um ou dois dias antes. Pode ter havido mudanças que de maneira direta ou indireta afetam o seu trabalho.

remuneraçãO

Muitos profissionais têm dificulda-des em formar preço. A “alergia” que a questão provoca pode ter origens diversas, até mesmo em apurar seus custos operacionais. Obviamente, a receita estipulada deve cobrir todos os custos diretos e indiretos e gerar lucro. Para que não trabalhe no prejuízo, acon-selha-se um rígido controle das receitas e despesas. Um indicador adotado por muitos fotógrafos no Brasil é estabelecer o preço de sua reportagem em função do valor total previsto a ser gasto com o casamento. Em geral corresponde

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a 10%. Saber fazer seu preço de forma compatível com seu marke-ting, o mercado onde atua e custos é primordial.Preço é importante para sobreviver e progredir, mas o ideal é ser co-nhecido e escolhido pela qualidade do trabalho e não somente pelo melhor preço. É importante avaliar qual a característica de seu tipo de trabalho e o cliente que quer ter. Fotógrafo de grife, fotógrafo empresário com uma equipe de fotógrafos ou fotógrafo com loja de fotografia? Sem dúvida, quando o nome do fotógrafo tem valor de grife, seu cliente é menos sensível a preço. Todavia isto só é possível em cidades onde haja demanda de mercado nesta faixa.Também há diferenças de como vender um trabalho. A grande maioria vende pacotes que incluem a reportagem, um número médio de cópias e as ampliações extras são cobradas à parte. Outros (poucos) vendem a página de álbum editada. O profissional deve avaliar qual é a maneira mais apropriada, justa, na qual se diferencie e permita uma margem maior para seu caso.

OrçamentO e COntratO

A noiva conheceu o estúdio, o trabalho do fotógrafo. A conseqü-ência do encontro é a elaboração de um orçamento. A peça deve discriminar o tipo de reportagem (veja modelo) e os valores envolvi-dos. Após a aprovação, entra a fase do contrato. Em cidades menores não é prática comum, mas é esse instrumento jurídico (que pode ser simples, conforme modelo) que legitima a prestação dos serviços fotográficos. Também é fato que inúmeros fotógrafos já tiveram experiências desastrosas (não-pagamento parcial ou total, entrega de negativos, casamento cancelado) justamente por não terem elaborado um contrato.No dia-a-dia é comum noivos não gostarem de assinar contrato. Há os

Em qualquer situação, numa ne-gociação, é preferível ser flexível no parcelamento do pagamento do que baixar o preço. Acreditar que seu preço é justo e convencer o cliente a pagá-lo é respeitar o seu próprio trabalho.

que pedem alterações nas cláusulas. Se concordar com elas, o fotógrafo deve atendê-las. Demonstra assim flexibilidade e capacidade de ouvir o cliente.Alguns fotógrafos desenvolveram o hábito de registrar em cartório o contrato de prestação de serviço. É uma prática que deveria ser ge-neralizada, porém ainda enfrenta resistência dos costumes e hábitos da sociedade brasileira no que se refere a atos jurídicos.A seguir, são apresentados modelos de orçamento e contrato. Observe que funcionam apenas como ponto de partida para o fotógrafo montar ou rever o seu padrão de orçamento e contrato respeitando as peculiari-dades de sua forma de trabalhar.

Para exPandir a rede de relacionamentos na indústria do casamento

Selecione uma lista de fornecedores idôneos e apresente seu portifólio a eles•Mantenha em seu estúdio cartões de visita dos parceiros (cabeleireiros, estilista, •maquiador, decorador, bufê, DJ, etc.)No momento de indicar um fornecedor, passe informações úteis e objetivas para os •noivosPeriodicamente verifique se os parceiros oferecem um serviço novo•Conheça outros fotógrafos e videomakers de sua cidade e também de municípios •vizinhos; não os encare como concorrentes “ferozes” mas como colegas participativosLembre-se; a toda a ação corresponde uma reação de igual ou maior intensidade. Ou •seja, se fotógrafo se empenhar nesse currículo de relacionamento os outros integrantes também farão porque todos querem crescer juntos

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Modelo de contratoContratante:CPF:RG:Endereço:Telefone:

CONTRATADA: __________,Endereço: ________________CNPJ ______________ ,isento de I.E, neste ato representada por seu bastante representante legal, ______________, tem entre si justo e contratado a prestação de serviços de foto a ser realizado, e nas seguintes condições:

1. No dia ______________, às ________, a CONTRATADA prestará ao CONTRATANTE, serviço de fotografagem conforme orçamento _____ já aprovado anteriormente apresentado e que passa a fazer parte integrante do presente.1.1 Foto: 1(um) fotógrafo e 1 (um) auxiliar (indicado na igreja, seguindo para o bufê na seqüência)Provas no formato supercopião.1.2 Todos os serviços serão executados pela CONTRATADA nos horários previstos no orçamento, como também nos locais determinados e especificados, não se podendo e nem permitindo alterá-los. Caso isto ocorra o mesmo deverá previamente ser ajustado e cobrado ao preço do dia à parte.2. O preço ajustado do serviço, nos termos do orçamento anexo é de R$ ______________ (______________), cujo valor será pago pelo CONTRATANTE da seguinte forma:Sinal de_____do valor do contrato dividido da seguinte forma:A - R$ ____ (______________) em ____ de ____ de ____SaldoB - R$ ____ (______________) quando da entrega das provas (supercopiões).2.1 O CONTRATANTE se compromete a efetuar a quitação do presente contrato, dentro do prazo de ___ (________) dias após o evento, independentemente da escolha das fotos, ratificando os poderes da cláusula seguinte (3).3. Em caso de falta de pagamento da parcela restante, como da própria inadimplência do CONTRATANTE, fica a CONTRATADA, desde já autorizada e com poderes outorgados pelo CONTRATANTE a emitir nota promissória e/ou título de crédito à vista contra o CONTRATANTE e, daí por diante, tomar todas as providências necessárias para o recebimento do que lhe é devido.4. A CONTRATADA poderá utilizar-se de pessoal especializado para atender o presente serviço, ficando desde já acertado que eventuais serviços não importam em nenhum acréscimo ao CONTRATANTE.5. O CONTRATANTE não obstará o andamento dos serviços no evento, devendo para tanto inclusive até colaborar com o bom andamento, para que tenha o seu objetivo alcançado.6. Todo material e equipamento a serem utilizados no evento e de propriedade da CONTRATADA serão emprestado ao CONTRATANTE, que não terá nenhuma despesa com o fornecimento de tais bens, ficando acertado que eventualmente a quebra ou deterioração dos mesmos por ato de impropriedade do CONTRATANTE, o mesmo deverá arcar com os respectivos custos.PARAGRAFO ÚNICO - Por se tratar de serviço e contrato certo, a CONTRATADA gozará de plena exclusividade dos mesmos, ficando desde já previamente ajustado e determinado a proibição de terceiros, mesmo até convidados, parentes ou amigos que venham utilizar-se de fotografagem dentro dos mesmos limites do evento.

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7. O CONTRATANTE deverá proceder à retirada das provas de fotografia após ___ (________) dias contados do evento; devendo devolvê-las com a respectiva relação das fotos escolhidas no prazo de ___ (________) dias da sua retirada.8. O álbum de fotos será entregue ao CONTRATANTE dentro de ___ (________) dias após a CONTRATADA ter recebido a relação das fotos encomendadas, quando serão acertadas as fotos extras e avulsas se existirem.9. Os negativos das fotos ou arquivos digitais são de propriedade exclusiva da CONTRATADA.10. O CONTRATANTE não se opõe quanto ao uso dos negativos ou arquivos digitais pela CONTRATADA, uma vez que os mesmos fazem parte de seu novo comercial, não se cogitando em nenhuma hipótese a aplicabilidade da Lei 9.610 de 18/2/98 (Lei dos Direitos Autorais), como também, podendo ser usados inclusive para amostras, concursos internos e externos.11. Em caso do evento perdurar por além de quatro horas, o CONTRATANTE desde já autoriza todos os componentes da “equipe” da CONTRATADA a utilizar-se do serviço de alimentação, que por acaso estiver sendo servida aos convidados.12. O presente ajuste é feito em caráter irrevogável e irretratável, ficando estabelecido que no caso do CONTRATANTE necessitar o cancelamento ou rescisão do presente, por motivos alheios a sua vontade, incorrerá nas seguintes penalidades:“A” - multa de 20% sobre o valor do ajuste devidamente atualizado, se houver comunicado por escrito à CONTRATADA, com antecedência de 120 dias da data do evento;“B” - multa de 50% sobre o valor do ajuste devidamente atualizado se houver comunicado por escrito à CONTRATADA, com antecedência inferior a 60 dias da data do evento.13. Caso o sinal ofertado seja inferior ao montante das multas, o CONTRATANTE deverá complementar o valor da data de rescisão, visto que a multa estipulada se destina à cobertura de despesas diretas ou indiretas relacionadas com o evento contratado, não podendo, portanto, ser utilizada pelo CONTRATANTE ou por terceiros, indicados, bem como não compensadas com eventuais novas datas ou eventos a serem prestados pela CONTRATADA.14. Caso tenha havido pagamento de valores superiores aos montantes da multa, a CONTRATADA realizará a devolução do saldo devidamente corrigido, nos termos do orçamento, contando-se tal correção do mês de recebimento até a data da efetiva restituição, ou querendo em serviços a ser prestados ou fornecidos em futuro próximo, não superior a 180 dias da rescisão.PARAGRAFO ÚNICO - No caso do CONTRATANTE optar por fornecimento de serviços, fica desde já ajustado que os mesmos numerários que se encontram em poder da CONTRATADA serão corrigidos mesmo índice e na forma da cláusula 16°, e que os serviços serão cotados ao preço do dia.15. Fica a CONTRATADA autorizada a cobrar e o CONTRATANTE comprometido a pagar o eventual acréscimo de serviços, ao custo do dia.16. Em caso do CONTRATANTE deixar de quitar o total ou o saldo do valor ajustado, nas condições e prazos estipulados, o mesmo será acrescido das despesas financeiras (juros bancários) de crédito e data do efetivo pagamento.17. O presente contrato rege-se pela Lei 8.078 de 11/9/00 (Código de Defesa do Consumidor) aplicando-se subsidiariamente o artigo 920 do Código Civil Brasileiro, inclusive quanto a eventuais penas e danos de forma geral.

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E por estarem assim justos e contratados, assinam o presente na presença de duas testemunhas, afirmando que o presente contrato obriga as partes, seus herdeiros e sucessores, elegendo o Foro da Comarca ________________________, para nele dirimirem todas e quaisquer dúvidas.

____________, ___ de ____________ de _____.

_______________________________________ (Assinatura do profissional contratado)

_______________________________________ (Assinatura do contratante)

TESTEMUNHAS

_______________________________________

_______________________________________

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CuidadOs a serem tOmadOs

A fotografia de casamentos é um dos caminhos que exigem mais responsabilidade e cuidados do fotógrafo. Não se pode repetir um casamento ou pedir ao celebrante que refaça algo que você não foto-grafou direito, como a entrada da noiva por exemplo. Conhecimento técnico, raciocí-nio rápido e familiaridade com o assunto são imprescindíveis. Imagens diferenciadas, criativas, feita em sintonia com os noivos e convidados são as melhores.

antes

Para começar a oferecer seus ser-viços você precisa de um portfólio. Como ter um se você está entrando no ramo agora? Você pode se ofe-recer para fotografar o casamento de algum amigo, mas desaconse-lho fazer qualquer casal de cobaia em tão significativa data. O mais

fácil é você começar auxiliando um profissional estabelecido ou prestando serviço voluntario em casamentos comunitários. Desta forma aprenderá dicas essenciais ao trabalho e poderá, em algum tempo, ser designado para fazer parte do evento e, após demonstrar talento, fará tudo sozinho. Lembre-se que você precisa de autorização por escrito dos fotografados para ter direito de uso das imagens, tanto em mostruário quanto em sites na internet. Não compensa ir logo abrindo mi-cro empresa. Você pode buscar um registro de autônomo na Prefeitura da cidade, normalmente paga-se uma taxa anual e só, dependendo do município. Imposto só o Impos-to de Renda. Recomenda-se que o fotografo esteja estabelecido, com estúdio aberto. Isto gera maior credibilida-de ao profissional.Faça um modelo de contrato em duas vias onde descreverá todos os direitos e deveres de ambas as partes, bem como uma descrição do tipo de serviço (incluindo aí a escolha entre fotos formais, fotojornalismo ou ambos), preço e forma de pagamento. Depois, peça para um advogado de sua confian-ça, fazer a devida revisão. Você poderá trabalhar de duas formas: Receber, em parcelas o valor total dos serviços prestados, até dois dias antes do casamento religioso. Ou, cobrar a primeira parte, relativo ao trabalho de foto-grafo e mais tarde, pela produção e finalização do álbum. Este “mais tarde” deverá ter uma tabela de descontos acumulativos. Quanto mais cedo o casal encomendar seu

álbum, melhor será o preço para eles.Se for indicar ou-tros profissionais conhecidos, como o operador de câmera que irá gravar o DVD, ligue a eles avisando que o cliente irá procurá-los. A indicação é um caminho de duas mãos. Se tiver sido indicado ligue agradecendo. Estabeleça um valor de comissão por indicação para ambas as partes. Assim, tanto você, como seu cinegrafista vão ficar estimulados a trabalhar em parceria. Evite indicar cinegrafis-tas que fotografem. O pacote de serviços deles poderá te excluir do evento. A primeira pergunta que te fa-zem normalmente por telefone é: quanto custa? Evite este caminho. Explique que você não pode infor-mar o preço de algo que a pessoa não está vendo, não conhece. Se insistirem, procure marcar uma entrevista. Cuidados com clientes que só vêem preço normalmente irão causar problemas. Afinal você busca oferecer algo mais, um tra-balho focado na qualidade. Ao expor o portfólio explique que você mesmo fará as fotos. Mos-truários de empresas são feitos pelo melhor fotógrafo e na hora mandam outro da equipe, dizendo que é tudo igual. Explique que este é o “calcanhar de Aquiles” de grandes empresas e que o cliente, com você, receberá exatamente o que está sendo oferecido. Exponha também o diferencial de seu traba-lho, como elaboração de roteiros de fotos, making off da noiva, dia dos noivos, etc. Cada foto devera ser numerada. O cliente irá dizer

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de quais gostou mais. Anote e leve as provinhas no dia. Nem você nem ele esquecerão o que foi combinado. Só mostre fotos feitas por você, que já saiba exatamente que terá condições de fazer igual na hora. Mostrar as fotos na hora das poses vai facilitar o serviço. Os noivos, olhando a prova fazem a pose rapidinho. Não vai parecer amadorismo de sua parte, mas uso da inteligência para agilizar o serviço. É comum os noivos não terem paciência para perder muito tempo da festa e você não corre o risco de esquecer as poses escolhi-das quanto fecharam o negócio. É melhor cumprir o prometido que ter orgulho de “sei tudo, lembro tudo”. Outra coisa importante nas provinhas é você evitar ficar tocando na noiva toda hora. Tem gente que detesta fotógrafo que fica torcendo a cabeça da noiva pra lá e pra cá pegando no queixo, no cabelo ou empurrando ela para um lado e outro, pois a mesma não tem a menor idéia de como a pose será. Mais triste é o cara imitando a pose pra noiva fazer igual, tem uns que ficam ridículos. Procure fotografar as pessoas de maneira espontânea, converse com elas, procure tirar expressões.Ofereça para o cliente no pacote básico uns cinco exemplares de fotos manipuladas artisticamen-te. Mostre os estilos e peça que escolha logo o que deseja, de uns vinte modelos de manipulação que você terá à mão. Assim você anota e não esquece depois. Não venda dezenas de fotos manipuladas num evento. O álbum vai parecer um carnaval e você vai ficar muitas horas trabalhando no computador

sem o retorno financeiro viável. Lembre que o álbum busca mostrar um evento real, não um mundo de fantasia com imagens que são bo-nitas mas não existem, a manipula-ção cria uma imagem virtual para embelezar o álbum e não mudar a realidade totalmente. Muitos fa-zem várias, ou todas as páginas do álbum com a composição de várias fotos em tamanhos diferentes, uma ficando ao fundo, bordas exóticas, etc.. Aí vai depender da sua criati-

vidade e tempo para editar tudo. O ideal é que o cliente conheça bem o estilo das composições antes para que não tenhas que refazer tudo. Composições de múltiplas fotos são complicadas de se ver em um “index”(se escolher este tipo de provas) onde o cliente escolherá as que gostou. Um CD com provas em baixa resolução seria uma opção. Nunca entregue os arquivos origi-nais. Um amigo entregou um CD em resolução um pouco melhor e se deu mal.

Existem fotógrafos que fazem be-líssimas composições de fotos nas páginas dos álbuns, são experts em Photoshop e utilizam papéis

Não venda dezenas de fotos manipuladas num evento. O álbum vai parecer um carnaval e você vai ficar muitas horas trabalhando no computador sem o re-torno financeiro viável.

“ “

de alta qualidade na impressão, encadernações belíssimas, mas quando você examina as imagens individualmente, percebe que es-tão com iluminação pobre, pessoas sem expressão composições fracas, poses fora do padrão clássico. Mesmo o estilo fotojornalismo não deverá favorecer este desleixo. A diversidade dos estilos, mas com qualidade é o que todos querem. Com o passar do tempo você terá adquirido o seu “estilo inconfundí-vel”. Se os noivos quiserem uma cober-tura totalmente em estilo fotojor-nalismo seja honesto e só aceite se souber realmente fazer. Conste a solicitação no contrato para evitar depois a cobrança de fotos clássi-cas que não foram pedidas. Faça o obrigatório nas fotos tradicionais e use a criatividade nas fotos casuais e improvisadas. Se você formar uma equipe de vários fotógrafos um ou dois deles podem fazer só este estilo, inclusive o mais radical: ISO alto, zoom luminosa e nada de flash.

equipamentO

Não importa que marca de equi-pamento vá usar(de preferência um robusto), mas tenha os devidos cuidados. Tem um ditado que diz: “quem tem duas câmeras tem uma e quem tem uma não tem nenhu-ma”. Procure levar duas câmeras ao serviço. Se uma pifar na hora e não houver outra será um desastre. Lembre que você escolheu um tipo de foto de grande responsabilida-de. Se usar digital e só tiver uma, busque comprar uma de filme, aprenda a usá-la e leve alguns rolos de filme junto. Enfim nunca leve

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só um equipamento, se não quiser correr o risco de ter sérios proble-mas no dia e depois do casamento. Se puder coloque tudo num seguro contra roubo e furto.

Baterias e pilhas de reserva, inclusive as de 9V do rádio flash. Filmes e cartões de memória a mais, de preferência cartões de 512Mb ou no máximo um 1Gb, pois se um pifar não irás perder muito do evento(todos previamente formatados na câmera e não no pc). Flashes, rebatedores acopláveis aos mesmos, fotocélulas e cabos sobrando. Faça uma lista padrão do equipamento e principalmente cheque tudo ANTES de sair e não na véspera. Ninguém é perfeito e você pode esquecer algo.

Lembre que você vai precisar de uma lente que te dê um ângulo de cobertura equivalente a 28mm em filme(17-18mm em digital com sensor APS). Fotos de grandes grupos, como família e padrinhos em recintos pequenos são comuns. Pratique antes verificando o ângulo de cobertura dos flashes. Uma zoom com range aproximadamente 18-70mm é ideal. A qualidade ótica da objetiva faz uma diferença grande com relação à definição final. Evite lentes de kit muito simples e com range 18-55 que é muito limitado, principalmente para closes. Uma objetiva de qualidade intermediária como a 18-70mm resolve enquanto você ganha dinheiro para investir mais. Tenho notado que mesmo tendo sofisticados flashes TTL alguns

amigos usam o flash em modo ma-nual, como nos antigos modelos de potência fixa, devido a constantes erros de exposição das câmeras digitais. Os Metz de sensor no flash também tem tido a simpatia de alguns. Não sei se a limitação é do equipamento ou dos usuários, a experiência prática vai ajudando aos poucos e notei que alguns modelos acertam mais a exposição que outros neste tipo de foto. A turma que veio do filme com certa experiência de “olhômetro” se sai mais facilmente apesar das gran-des reclamações dos “estouros” de luz das digitais, fruto da menor latitude em relação ao filme. O principal é que busque fazer a exposição mais correta possível. Para isto deve conhecer bem o equipamento. No meu caso sei que rebatendo no teto devo regular na câmera a potência do flash para +1.7 ou +2.0. Cada equipamento tem “suas manhas” e cabe a você conhecê-lo bem, nunca usando em casamento uma câmera nova sem haver testado a mesma com antecedência.

Hoje em dia todo mundo leva compactas digitais aos eventos.

Ter suas fotocélulas disparadas pelos intrusos é bem desagradável, além do fato que algumas digitais não permitem que se desligue o pré-flash, te forçando a comprar fotocélulas apropriadas para di-gitais. Se possível use rádio flash e tenha certeza de seus flashes auxiliares estarem com carga ok. Alguns fazem uma cobertura para a fotocélula ficar bem direcional, aí ela tem que ser apontada para seu flash. Um cuidado: os flashes com cabeça de ângulo variável (zoom interno) costumam fechar a abrangência da luz, o que pode dificultar que a fotocélula seja disparada. O uso de flashes com capa difusora minimiza este risco. Algumas marcas permitem que o flash dedicado comande outros sem fotocélula ou rádio flash, só veja antes de comprar o alcance e eficiência do sistema. Veja quando o flash está demorando um pouco mais a carregar e troque logo as pilhas.

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Quanto ao balanço de branco da câmera muitos tem problemas com o amarelado da luz da filmagem. Se você usar SB800 da Nikon pode colocar a gelatina que acompanha o flash e converte a temperatura de cor do mesmo e ajustar a câmera para esta temperatura de cor, fican-do a luz semelhante à da filmagem. Outros fotografam em RAW, que é o ideal, e corrigem as variações de cor na conversão.

Use a iluminação de forma criativa. Luz rebatida no teto ou em rebatedor preso na cabeça do flash é essencial, luz direta fica horrível, bem amador. Outra coisa interessante é usar o ligthsphere (Assessório para difundir a luz de forma homogênea).

vOCÊ e a equipe

Escolha bons auxiliares, pessoas de sua confiança, que saibam se concentrar e que tenham res-ponsabilidade para não sumirem no dia do evento te deixando na mão. Treine-os com antecedência, não só como se posicionar, mas como se portar. Normalmente são jovens e precisam saber se portar com profissionalismo. Nada de conversinhas, paqueras e risadi-nhas no evento, principalmente na cerimônia. Comer na recepção: eis algo que divide opiniões. Alguns obrigam toda a equipe a uma absti-nência total. Outros permitem um refrigerante, quando oferecido pelo garçom, lá pelo meio da recepção. Evite comer e beber em publico faça isto em local reservado, pelo bufett, mas somente quando termi-nar o serviço e estiver naquela hora

de “estar à disposição” do cliente para fotos eventuais. Não fume, nem beba, pois o "bafo" é desagra-dável. Falando em comida é sabido que devemos evitar almoçar algo mais “perigoso” no dia de serviço para não termos maus momentos à noite.

Use terno e gravata. De preferên-cia, tudo preto, para não chamar a atenção. Todos estarão assim e você tem que se misturar visual-mente. Quem tem que chamar a atenção são os noivos. Os auxilia-res poderão usar camisa de manga comprida com gravata. Tudo limpo, também preto, arrumado, discreto e elegante. Com o passar do tempo você conhe-cerá cerimonialistas, decoradores, cinegrafistas, donos de buffet, ma-quiadores, enfim profissionais que, como você, estão ali para ganhar o seu pão. As amizades irão surgir e no fim você verá que, mesmo sendo independentes, vocês estarão en-trosados e trabalharão em conjunto para o êxito total do evento. Além de que poderá fazer parcerias do tipo “eu te indico, tu me indicas”. Faça fotos da decoração, ponha sua marca na borda inferior direita e dê ao buffet, é um bom início de ami-

a Cerimônia

Procure saber com antecedência quem fará o cerimonial. Desta forma você pode informar-se quanto ao desenrolar da cerimô-nia. Algumas são triviais, outras completamente fora do convencio-nal. Você e os auxiliares têm que fazer um planejamento prévio de posições e deslocamentos na hora da cerimônia. Se não conhecer o local é bom fazer uma visita antes. Os cerimonialistas fazem ensaios com os noivos no local. Compa-recer sería ótimo para definir o plano de trabalho. Com o passar do tempo você adquire prática e pode dispensar isto, com exceção dos cerimoniais muito elaborados.

Chegue com antecedência de no mínimo uma hora, já pensou pegar um congestionamento ou pneu furado a caminho da igreja? Quan-do chegar ponha suas bolsas em local visível, pode ser atrás de uma coluna do próprio altar porque tem ladrão lá também. Não vá esquecer equipamento na igreja na correria para ir ao buffet.

zade profissional e nunca, NUNCA fale mal de outros profissionais.

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Nunca fotografe de pé, ao nível do olho. Procure agachar um pouco e manter a câmera na altura do tórax do fotografado. O ângulo deste nível é bem melhor. Se sua câmera dispuser de grid no visor deixe ligado, nada mais triste que fotos perfeitas, mas tortas estilo “subindo a serra” parece básico, mas na correria e nervosismo pode ocorrer. Nas entradas você pode fotografar de frente à quem entra ou um pouco deslocado para o lado, principalmente se tiver alguém filmando com tripé a partir do altar.

Fotografar as entradas de forma horizontal mostra mais a deco-ração. Na vertical centraliza a atenção e evita obstruções laterais. Tudo depende de gosto pessoal e do local. Arranjos grandes nas laterais do corredor podem atrapa-lhar, veja a melhor posição para os noivos e cuidado, pois poderá tro-peçar em algum arranjo e derrubá-lo(inclusive no altar). Evite fazer de forma diferente do que foi mos-trado previamente ao cliente. Use velocidade de pelo menos 1/100 se

estiver no ajuste que costumo usar: 5.6 em ISO 400 pois é preferível perder um pouco da luz ambiente em troca de imagens estáveis, as pessoas gostam de se mexer justa-mente na hora do click. Se puder peça com um sinal que as pessoas parem durante a entrada para ter certeza que a foto ficará perfeita. Se o AF da câmera for 100% pode fotografar em movimento mas às vezes as pessoas estão distraídas e não fica bom, com o tempo você decide qual estilo adotar. Pergunte antes aos noivos se que-rem que fotografe a entrada dos padrinhos. Normalmente não que-rem. Veja se casais especiais, como avós, irão adentrar como padrinhos e fotografe-os. Não perca a entrada dos pais nem deixe de fotografar a noiva saindo do carro e sendo recebida pelo pai, de preferência ela olhando pra ele enquanto sai. Se a noiva e as damas estiverem posicionadas na entrada de fora da igreja não perca esta foto.

Uma hora agitada é a entrada e para pegar tudo ou você é ágil ou conte com outro fotógrafo ajudando, pois quando a noiva está chegando o noivo beija a mãe, o pai beija a noiva, o pai cumprimenta o noivo, o noivo normalmente beija a testa da noiva ao recebê-la e os dois ficam juntos durante poucos segundo e poucos passos até o altar...tudo rapidinho exigindo um posicionamento adequado para pegar tudo e sem atrapalhar ou ser atrapalhado pelo cinegrafista .

No altar procure ficar do lado em que a noiva está, desta forma nas fotos ela fica em primeiro plano.

O noivo é coadjuvante e, sendo normalmente mais alto, não fica encoberto. Procure saber do ceri-monial se na hora dos votos eles vão ficar de frente um para o outro, pois você tem que ir ao corredor e enquadrá-los juntamente com o celebrante e o altar, inclusive no

beijo e quando estiverem ajoelha-dos com o sacerdote impondo as mãos sobre o casal, inclusive nesta hora vá rápido ao altar e pegue uma panorâmica com os noivo tento ao fundo os padrinhos impondo mãos em direção ao altar. No altar um auxiliar seu pode fazer luz de fundo. Fotografar só com a luz de seu flash é meio suicida. Você terá que usar baixa velocidade (1/30 ou 1/15) e grande abertura(2.8) para captar luz ambiente e não deixar o fundo todo preto ou usar ISO alto e ganhar ruído e cores menos vi-brantes. O ideal são dois auxiliares fazendo luz de fundo, um de cada lado da igreja.

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Mesmo tendo escolhido um lado você pode se deslocar, se houver espaço e fazer umas fotos do outro lado. Uma hora boa é a do sermão porque você não perde um momento importante enquanto se desloca. Fique de prontidão para fazer uma foto rápida porque às vezes o celebrante fala coisas que despertam sorrisos espontâneos, belíssimos dos noivos, e às vezes estes sorrisos são os mais belos de toda festa, justamente pela espontaneidade do momento. O ideal é que a luz da filmagem fique vindo do lado oposto do altar, você pega o angulo do lado sombreado. Quem faz fotojornalismo em alto ISO sem flash tem que buscar se posicionar com mais cautela para ter a luz da filmagem como aliada; faça algumas fotos assim se der tempo, podem gostar e

talvez você adote este estilo como opção. Fotografe-os assinando o termo, comungando, orando após a comunhão e todas as outras fases da cerimônia, bem como panorâ-micas a partir do altar mostrando os convidados assistindo a cerimô-nia, quanto já estiverem sentados. Fotografe os pais dos noivos assis-tindo a cerimônia, eles costumam ficar em lugar de destaque. Pegue também flagrantes das damas e do pagem sentadinhos bem próximos. Se o celebrante for do tipo que fala muito pode dar tempo ir ao fundo da igreja fazer uma panorâmica do altar. Se for de cima melhor ainda. Cuidado onde pisa. O vestido lon-go da noiva e o véu, caso pisados pode ocorrer grande desastre. Já pensou se você ou seu auxiliar pisa no véu e arranca tudo da cabeça da noiva?

Saiba se o celebrante permite que você esteja próximo a ele no altar. Já fui a igrejas onde uma 70-210 foi

essencial porque ninguém poderia chegar perto. Saiba disto com bem antecedência para avisar aos noivos das conseqüências inevitáveis ao seu trabalho. Cerimônias em religi-ões que você não conhece também possuem momentos importantes que não podem ficar sem registro. O cerimonial pode lhe alertar de tudo. Alguns cerimonialistas ficam um pouco arredios se tiverem indi-cado um fotógrafo que foi preterido bem como cinegrafistas que não conseguiram vender as fotos “no pacote”. Busque a cordialidade e o diálogo diplomata para quebrar barreiras.

Após a cerimônia os noivos viram para os convidados e são apresen-tados. Esteja no corredor. Uma foto ali com pais e celebrante também é comum. Às vezes os noivos cum-primentam ambos os pais no final e lágrimas emotivas são comuns, não perca este registro. Na saída eles lançam sorrisos espontâneos

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aos convidados, diferente da en-trada tensa no início, pegue o que der. Veja se vão lançar pétalas nos noivos no fim do corredor, esteja pronto e pegue o beijo feito ali; arroz na saída da igreja também pode ocorrer. Quando os noivos estiverem no carro, peça licença ao motorista, sente no banco da frente e, com grande angular faça umas três fotos deles no banco de trás(rosto colado, beijo, brinde se for uma limousine com bar).

Uma dica final. Na cerimônia é FUNDAMENTAL que você fique de olho na carga de bateria do equipamento e na memória do cartão (ou número de fotos do filme) para não precisar trocar em um momento crucial. Muitas vezes o fotógrafo descuidado pede após perder o beijo: “de novo, de novo...”. Os bolsos do terno servem para guardar pilhas recarregáveis do flash e cartões extras. Numere os cartões e siga a sequência para não se confundir nas trocas.

a reCepçãO

O ideal com relação à noiva é que você realize suas fotos antes da cerimônia. Se a mesma se arrumar no buffet e o mesmo estiver com a decoração pronta é o melhor. Closes, fotos de corpo inteiro e tudo que ela tiver pedido, olho nas provinhas e não se esqueça de fazer TODAS que a noiva exigiu antes. Na recepção você ganha tempo, pois só fará grupos e fotos do casal. A noiva deve estar sem-pre com o bouquet em mãos. O cerimonial deve se encarregar em organizar os padrinhos e parentes.

Se não houver cerimonial você vai ter que fazer isso e pedir ajuda de um parente dos noivos. Já vi ce-rimonialistas que querm mandar no fotógrafo e impor as poses das fotos. Mostre educadamente que é você que irá dirigir os noivos e que já acertou com eles previamente as

Horário do Casamento

Podemos considerar que o horário é a base de tudo, pois a partir dele é que se define a decoração, o cardápio, os trajes, enfim o estilo da recepção. Vejamos então alguns cuidados para se evitar uma “saia justa”.

ManhãO casamento pela manhã é informal, portanto não exige muito luxo, no entanto a não ser que todos seus convidados sejam empresários ou profissionais liberais, dê preferência aos finais de semana, assim ninguém precisa “arriscar o emprego” para ir ao seu casamento. Quanto ao cardápio, o ideal é oferecer um café da manhã, ou um brunch (uma mistura de café da manhã com almoço). Evite o brilho nas roupas, principalmente se o casamento for ao ar livre.

TardeO casamento à tarde também é considerado informal, mas já se pode colocar um pouco de brilho nas roupas, de forma bem discreta. Como no casamento pela manhã, dê prefe-rência aos finais de semana. O cardápio pode ser um chá com pães e frios, um coquetel, ou um coquetel seguido de salada e um prato quente, ou até um churrasco (no caso de recepção em chácara ou sítio). NoiteO casamento à noite pede mais requinte e sofisticação. Pode abusar do brilho e usar tecidos mais nobres, mas sempre usando o bom senso. Quanto ao cardápio pode ser servido coquetel ou um jantar que pode ser informal (serviço ameri-cano - onde os próprios convidados se servem), ou formal (servido à francesa - servido por garçons).

fotos que fará. Noivos impacientes precisam ser avisados de duas coisas: depois vão cobrar de você fotos que não tiveram paciência de tirar e de que depois de tudo terminado só sobram às fotos. Seja profissional, mas educado e cordial. Os melhores fotógrafos procuram

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ser simpáticos, objetivos e rápidos.

Nas fotos de grupos faça duas de cada grupo sempre avisando em alto e bom som a todos “serão duas fotos ok?” pois muitos correm após o piscado do flash, isto minimiza os olhos fechados. Peça prioridade para as fotos com damas e pagens, eles são os mais inquietos e que amarrotam logo toda roupa. Não se intimide de pedir, sempre de forma polida, a alguém que ajuste a gravata, feche o botão do terno ou a uma senhora que entregue sua bolsa a uma amiga se for necessá-rio para que a foto fique o melhor possível. Faça sempre: pais juntos e separados (do noivo e da noiva), padrinhos de cada lado (do noivo e da noiva e se forem muitos divida em grupos menores), avós, irmãos, melhores amigos, tios, noiva só com a mãe e só com o pai e se o noivo quiser umas fotos só dele (é meio esquisito mais tem quem gosta). Isto tudo no local principal para fotos de grupos, normalmente

na mesa do bolo. Se os arranjos forem altos aí só na frente da mesa nos grupos grandes. Cuidado com espelhos. Procure usar locais alternativos para grupos e poses. Nos grupos coloque os casais or-denados, com o corpo voltado um pouco para os noivos (na diagonal) para ganhar espaço. Cuidado com mãos fora do lugar (homens no bolso) ou braços sobre ombros. Nas fotos informais, na bagunça com os amigos vale tudo. Peça ao ceri-monial ou à sua equipe para fazer uma área imaginária de isolamento ao redor para evitar que entre fotos de grupos pessoas fiquem indo e vindo cumprimentar os noivos (seus ajudantes sempre de forma educada), pois eles ficarão amarro-tados, vai atrasar tudo e às vezes ocorre uma verdadeira invasão e a bagunça é total, avise este fato aos noivos logo no início para que eles compreendam e colaborem.

Logo após os grupos faça as poses do casal (se a noiva sozinha já foi feita antes da cerimônia) pedindo a eles “vinte minutos de exclusivi-

dade e depois eles podem ir curtir a festa”; primeiro brinde na mesa do bolo que deve ser feito de vários ângulos, incluindo um de frente ao outro bem como o corte do bolo (olhando para o bolo e olhando para a câmera) - não corte o bolo no enquadramento e jamais per-mita que antes das fotos do casal o cinegrafista “arraste” os noivos a irem de mesa em mesa. Não perca a valsa dos noivos nem os mesmos em sua mesa preparada de jantar (antes de começarem a comer, cla-ro). . Uma checada rápida, sempre que der tempo, no LCD ampliando pra conferir se ficou o foco 100% é uma boa. Não deixe de fazer as fotos do casal para fazer fotos de convidados que sempre aparecem pedindo. Explique que faz quando terminar com os noivos. Nas poses faça fotos com a noiva ou noivos olhando para o hori-zonte à sua direita ou esquerda e a câmera no nível do tórax, como na cerimônia. Tem pessoas que ficam só com o rosto pra cima ou com o queixo muito abaixo, oriente de forma polida para ter o melhor

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resultado. Fotos olhando só para a máquina ficam repetitivas. Estude os conceitos básicos de fotografia como as distâncias focais ideais para evitar distorções na face (aproximadamente 85mm adiante em filme e 60mm em diante em digitais com sensor APS). Uma moça, ou familiar com um lenço de papel à mão para limpar suor é útil. Nos livros americanos que indicarei você vê dicas de composi-ção e como evitar erros grosseiros como posição errada dos olhos. Faça poses pegando corpo inteiro e mostrando todo véu do vestido bem aberto no chão. Lembre que as fotos serão ampliadas e tudo que no visor parece pequeno ficará bem grande no álbum. Quando a noiva jogar o bouquet fique de frente pra ela, em ângulo que pegue a noiva e as amigas e ponha os auxiliares iluminando as amigas. Clique quando o bouquet estiver no ar. Nos grupos evite cortar as pernas no local errado. Estude os planos fo-tográficos para evitar erros. Se ob-

servar o trabalho dos profissionais aprenderá vendo. Quando terminar as fotos principais avise aos noivos onde estará descansando para que possam chamá-lo rapidamente caso precisem e só vá embora após despedir-se e cumprimentá-los pela bela festa.

Quando tudo terminar coloque os cartões distribuídos nos bolsos, se te assaltarem vão dar prioridade às suas câmeras (cobertas pelo se-guro) e os cartões estarão a salvo. Chegando em casa descarregue logo e grave o material em DVD, para os mais cautelosos: faça duas cópias em mídias de marcas dife-rentes. Seus RAWzinhos estarão resguardados. Lembre que quase nunca a cor de teu monitor vai es-tar calibrada, se puder compre um colorímetro pra evitar brigas com o laboratório, ou veja uma forma de se entender numa boa com o operador do minilab. A criatividade aliada a princípios técnicos serão suas ferramentas. Táticas comerciais como levar notebook e impressora ao evento,

para que os noivos distribuam fotos aos convidados, é uma muito usada. Depois de tudo concluído você provavelmente só usará novamente os arquivos da festa quando algum convidado falecer e a família precisar fazer “o santin”. Parece macabro mas é um fato corriqueiro de quem trabalha com Fotografia Social.

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iluminaçãO Criaiva para fOtOs de CasamentO

Um dos fatores de grande importância para um álbum fotográfico de casamento é a criatividade com a luz. É comum vermos álbuns de casamento com as mesmas características de fotos, ou seja, você já sabe o que vai ver. Atualmente o mercado exige mais do profissional, mais que qualidade também é preciso ter criatividade. Um dos fatores importantes dentre outros é a iluminação. Na maioria das vezes trabalhamos com fotos que se faz necessário o uso do flash (como luz artificial). Mas o fotógrafo ao registrar eventos deve usar da criatividade para mudar o aspecto das fotos. Muitas vezes pensamos que fotos bem trabalhadas são feitas somente em estúdio, e que num ambiente comum isto será impossível. Temos que ter noção pelo menos da temperatura de cor e seus efeitos no fotograma.Como regra básica luz de filamento cor AMARELA, luz de tungstênio ou luz fria cor ESVERDEADA. A partir deste principio passaremos a criar nas fotos efeitos com a iluminação. Como a luz do flash tem em média 5.500k cor branca, qualquer local em que se lançar esta luz ira tirar o efeito da luz do ambiente. Para se dar uma composição diferente o fotógrafo com um material simples fará este efeito na foto. Muitas das vezes é importante o uso de uma luz local para dar um aspecto diferenciado no trabalho, pois o mercado exige isto.Vejamos na cerimônia. Desliga-se o flash da máquina e aproveita a luz do

cinegrafista. Outro modo de se fazer no local do buffet, usando o mesmo equipamento com uma luz de 300w (lâmpada que se usa na filmadora ou uma lâmpada de 1000w). Procure sempre trabalhar com a luz que está ao seu alcance para que possa sentir uma diferença nas fotos. Uma sugestão é levar um estúdio móvel para fazer as

fotos no local. O material mínimo necessário: um tripé, uma lâmpada de 300w (lâmpada de filmadora) , uma lâmpada de 1000 w e mais um tripé . Procure sempre programar com o casal qual tipo de foto eles desejam fazer e como é importante a colaboração do casal.Tendo acertado tudo isto basta realizar um bom trabalho

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esCOlha dO laBOratóriO

De nada serve ter a câmera mais cara, usar o melhor filme, investir anos se preparando tecnicamente, conquistar os melhores clientes, se o último passo for mal dado. Seguem-se alguns fatores a serem considerados na hora de mandar revelar os filmes.

• Antes de tudo as instalações do laboratório. Aparência conta sim. Principalmente a limpeza e a organização do fluxo de trabalho. Lugares sujos e com envelopes de serviço bagunçados não são confiáveis.

• Verifique se o laboratório faz um controle de qualidade pelo menos semanal. As lojas licenciadas Fu-jifilm enviam periodicamente ao Departamento Técnico da Fujifilm as tiras de controle para avaliação. Há algumas que deixam os resul-tados expostos para que o cliente mais exigente possa conferir. Tam-bém já está disponível pela Internet para as lojas Fujifilm credenciadas, que possuam densitômetro, uma análise automática de parâmetros.

• Quer testar laboratórios? Dica: amplie o mesmo fotograma ou arquivo digital em diversos deles. Veja qual conseguiu o branco mais branco, o preto mais preto. Cores fiéis. Boa densidade.E se esta qualidade é uma constan-te e não uma eventualidade.

• Veja o verso das fotos. O papel deve estar rigorosamente branco. Se não estiver nessas condições, é sinal que os banhos foram

inadequados e a foto tenderá a amarelar.

• Equipamento de última geração não é garantia automática de bons resultados, mas tem poder maior de correção e as opções do cardápio de serviços são variadas.

• Operadores de minilab e ope-radores de estação digital são os profissionais que poderão fazer render o seu trabalho ao máximo. Conheça-os pessoalmente. Avalie se entendem do assunto, ajude-os quando precisarem.

• Dê preferência a laboratórios com certificação de qualidade.

O que O laBOratóriO pOde OfereCer

Segundo Letícia de Sá Motta, da Tangran Photo Service, o laborató-rio deve saber qual a necessidade específica do fotógrafo e a partir daí personalizar os serviços. A perso-nalização envolve desde a criação de uma logomarca até a abertura de um canal no minilab. É claro que o laboratório se compromete a não repassar esse estilo para outro fotógrafo. Acompanhe, a seguir, os principais itens que um laboratório fotográfico pode oferecer.

PROVA CADERNO – o formato geralmente utilizado é o 6 por 8 cm e cada fotograma recebe numeração no verso, facilitando a identificação da imagem. O ideal é o fotógrafo inserir sua logomarca para que a noiva não utilize as próprias provas e improvise um álbum de casamento. Além disso,

depOis dO CasamentO

Metade do trabalho está feito. No laboratório inicia-se a segunda etapa. O fotógrafo deve adotar alguns procedimentos para eleger um laboratório profissional como o seu preferido.Ninguém gosta de imaginar ter todo o trabalho perdido em um processo de revelação ou não obter o resultado esperado.

É importante para o fotógrafo ter confiança em quem vai ampliar suas fotos. Esta tranqüilidade garante mais tempo para o profissional se dedicar a outros assuntos como a captação de clientes, marketing pessoal, criar novos produtos e, ló-gico, fotografar. Bons profissionais não escolhem o laboratório pela maior margem de lucro, e sim pela segurança que lhes proporciona.

A relação fotógrafo profissional e laboratório tem vários componen-tes que podem gerar conflitos.De um lado está o fotógrafo com um nível de exigência proporcional à ansiedade em ver um trabalho perfeito, mas numa etapa em que tem pouco controle. De outro lado está o laboratório que reclama das perdas geradas pelas falhas de comunicação para entender exatamente o que o fotógrafo quer. Se você é daquele que vê no labo-ratório um problema, tente mudar sua postura.Veja nele seu aliado e invista neste relacionamento. Faça que seja bom para ambos os lados.

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está discriminado o número do filme e do fotograma. É uma ma-neira ágil de o fotógrafo manipular o material.

PHOTOSHOP – há laboratórios que oferecem a manipulação rápida. Trata-se de serviços de retoques pequenos, que consomem até dez minutos, e pouco impactam o custo total de fotoacabamento. Geralmente o software é utilizado para “abrir” olhos, corrigir olhos “vermelhos”, colorizar detalhes e outras imperfeições que compro-metem a estética da foto.

LIVRO-REFERÊNCIA – acer-tada a parceria, o laboratório pode trabalhar com este livro, uma espécie de caderneta que contém as características preferidas do fotógrafo, muito útil quando outro técnico de laboratório o atender.

a ediçãO

Pode-se dizer que a edição de uma foto, de um álbum, é a aproxi-mação do que o fotógrafo viu no momento de registrar o evento e do que ficou registrado no negativo ou cartão de memória, para quem utiliza câmera digital. Essas cenas são aprimoradas com os recursos do fotoacabamento. É impossível pensar na edição sem a etapa do fotoacabamento, daí a importância do laboratorista/laboratório e de ele conhecer o estilo do fotógrafo. Hoje com os recursos do minilab Frontier, todo o repertório de preferências do fotógrafo pode ser armazenado em um canal, que é a “memória” do laboratorista.

tipOs de ediçãO

Diversas maneiras são utilizadas pelos fotógrafos na edição de um álbum. O caso mais extremado é aquele em que após o cliente escolher todas as fotos, o fotógrafo as entrega para um terceiro montar o álbum. Ou seja, ele não tem envolvimento na edição. Aqui cabe uma reflexão. Será fiel ao álbum do evento alguém que não participou dele, não conhece os personagens? Por essa maneira fica difícil de o álbum contar uma história de casamento. O interessante é o fotógrafo acompanhar de perto e dirigir quem vai editar, para evitar o perigo de o álbum tornar-se uma “caixa de fotos”, um amontoado de imagens que provocam “aflição” em que as vê. As fotos podem ser lindas individualmente, mas no conjunto, não reproduzirem as expressões das pessoas.No outro extremo está aquele fotógrafo que já no momento de registrar a cena imagina como ficará no álbum. É uma maneira bastante rica que envolve trabalho e dedicação.Entre esses limites está uma diver-sidade de como editar um álbum. E com a tecnologia digital fixando-se na fotografia social aparece também a edição digital. O fotógrafo, neste caso, absorve a função de design e desenha, diagrama, página por

o fotógrafo estará divulgando seu nome.

CANAL – o laboratório abre um canal para o fotógrafo que definirá qual o padrão de suas fotos no que diz respeito à densidade de cores, contrastes, tipo de filete, logomar-ca e outros recursos que queira incorporar.

FILETE – se o fotógrafo gosta desse artifício, o laboratório tem condições de desenvolver um es-pecialmente para ele.

FOTOS CONVERTIDAS PARA PB – até recentemente fotógrafos de casamento desprezavam esse recurso alegando perda de quali-dade da imagem convertida. Mas com um minilab digital calibrado adequadamente, as diferenças entre uma imagem captada em filme em preto-e-branco e um em cores foram abolidas. O recurso é bastante utilizado para diminuir custos de laboratório, já que o fotógrafo dispensará a revelação manual.

TESTES INICIAIS – um labora-tório comprometido com a qualida-de deverá oferecer cópias-testes em que o fotógrafo avaliará o resultado para estabelecer a parceria.

TEMPLATE (MODELO) – ge-ralmente vem com dois ou três fotogramas em cujo verso da cópia

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endereço e senha, os noivos aces-sam e selecionam as fotos virtual-mente. O digital trouxe agilidade e quantidade maior de fotos, mas pode distanciar o relacionamento. O fotógrafo deve estar atento ao seu marketing pessoal.A reboque destes investimentos pesados, pipocam fotógrafos sociais que estão incorporando o digital em sua rotina. Se a captura ainda não é digital, o álbum pode ser. Ter e manter um software de tratamento/edição de imagem exi-ge pouco investimento e caso isso não possa ser coberto pelo próprio fotógrafo existem os laboratórios profissionais que já oferecem esse tipo de serviço.O fotógrafo indica que fotos devem constar em cada página e o labora-tório faz a edição das páginas. Com os recursos oferecidos, o leque de opções dos noivos cresceu. Agora são possíveis álbuns de casamento em formatos gigantes, em medidas que chegam até a um metro de altu-ra. Tudo vai depender do gosto dos clientes e da estética do fotógrafo. Claro que um álbum gigante não elimina a possibilidade de con-feccionar um álbum tradicional. Geralmente ele se apresenta como mais um produto para o fotógrafo oferecer e não como substituto do álbum tradicional.Vale pensar que em edições digitais o equilíbrio e o bom senso são cru-ciais, justamente porque os recur-sos oferecidos pelos softwares são quase infinitos e têm condições de acompanhar criações que podem ser cunhadas como bregas e de mau gosto. Não é porque a tecnologia é digital que a bela foto tenha que se render aos encantos dos truques. É

página do álbum virtual. Depois dá saída em papel fotográfico das páginas que serão reunidas e enca-dernadas. Neste caso, o fotógrafo deve ter domínio do programa de tratamento/edição de imagem que utiliza ou contratar um profissional para atuar na área.Por esse elenco de práticas na edi-ção, o fotógrafo deve estar seguro de seu estilo até para poder mudá-lo naquilo que já não o agrada mais e aproveitar para conhecer maneiras diferentes de editar um álbum.

ediçãO digital

O desenvolvimento da tecnologia atingiu também a área de álbuns. Hoje alguns estúdios no Brasil já incorporaram o digital na edição. É bem verdade que são estúdios grandes, com uma infra-estrutura que vem de longa data e que por isso mesmo foram os primeiros a se render às novidades tecnológicas na área da fotografia.Nestes estúdios há profissionais especializados que cuidam espe-cialmente do tratamento das ima-gens e de desenhá-las nas páginas do álbum virtual. Para isso são utilizados softwares específicos. Muitos com templates prontos, limitando a criação. Não somente a saída do álbum é totalmente digital corno também a captura. Ou seja, todo o processo, do início ao fim, é digital. Geralmente estes estúdios estão localizados nas grandes capitais e atendem a um público capaz de pagar pelas inovações tecnológicas.Alguns estúdios disponibilizam as fotos digitais na Internet imedia-tamente após o casamento. Com

importante o fotógrafo ter sempre em mente os limites da tecnologia, mesmo que de fato se apresente como sem fronteiras. As linhas do “permitido” e do “proibido” devem ser impostas por ele mesmo. Do contrário, o próprio mercado se encarregará de colocá-las.

as prOvas

Foi-se o tempo em que se utilizava o contato como prova. O fotógrafo percebeu que o cliente escolhe mais fotos se elas estiverem num formato maior e corrigidas. Com o minilab digital há uma correção automática em todo o filme, desde densidade até sujeiras e riscos.As provas podem ser feitas em di-versos formatos: 6 por 9 cm, 7 por 10 cm, 9 por 13 cm, 10 por 15 cm, além do contato, se preferir. Elas podem vir com espiral semelhante a um caderninho. Alguns fotógra-fos preferem a superprova que são três ou quatro fotos em uma página, também encaderna da com espiral, podendo ter uma capa padronizada com o nome dos noivos, logomarca do fotógrafo, telefone. Tudo sob medida.

reuniãO COm Os nOivOs

O próximo passo é reunir-se com os noivos, agora marido e mulher, para apresentar o álbum-sugestão e o restante das provas, as seleciona-das mas que por limite do número de fotos não entraram na edição. A reunião, por mais descontraída que seja, não pode se distanciar de seu propósito que é justamente orientá-los na escolha das fotos.Leigos em fotografia tendem a

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escolher fotos com planos gerais e em que apareçam muita gente. Faça um teste: coloque diversas fotos na frente dele e peça para ele selecionar quais as que mais gostou. Dificilmente no material escolhido aparecerão fotos com detalhes, planos mais fechados e menos gente e maior quantidade de fotos em preto-e-branco do que em cores (talvez a psicologia ainda não tenha uma resposta para tal comportamento...).Esta reunião é importante e deve ser conduzida habilmente porque é, em essência, o confronto entre o profissional e o cliente leigo em fotografia. Lembre-se de que sua sugestão poderá não ser aceita pelo cliente, gerando uma certa frustração. Conhecer o perfil do seu cliente é fundamental para conduzir a reunião a bom termo.

De posse do material sugerido, álbum sugestão mais caderno de provas, o casal vai analisá-lo em casa e retornará com eventuais pe-didos de mudança posteriormente.

COnvenCer Os nOivOs

Se o cliente aprovou a maioria das fotos do álbum-sugestão, isso pode ter alguns significados. Do lado do fotógrafo, demonstra que seu por-tfólio espelha realmente o que ele oferece na reportagem; o cliente escolheu aquele estilo, aquela ma-neira de olhar, que se manteve na reportagem de seu casamento. Do lado do cliente, maturidade porque aceitou a visão do profissional contratado.Suponha que as fotos que o cliente quer trocar, ainda que bonitas, não façam sentido na maneira como o

álbum foi montado. Mais uma vez o fotógrafo deve esclarecer por que aquela escolha não é a mais adequada. Uma maneira de ajudar a desenvolver o “olho fotográfico” do cliente é apresentar outras fotos que fariam mais sentido naquela troca e no contexto do “contar uma história”.Nas argumentações, não é conve-niente abusar de termos técnicos. É bom lembrar que na maioria das vezes o cliente não está interessado nas especificações dos equipamen-tos utilizados pelo fotógrafo. Ele tem interesse nas cenas do seu ca-samento, os personagens que estão na foto. Portanto, é conveniente trocar idéias sobre estética e não técnica.

O olhar

O olhar fascina, seduz, exprime. Quem olha traz as marcas de sua cultura, profissão,

personalidade, e interage com o que é observado de forma a tecer uma cumplicidade. Não

há olhar isento de valores e por conseguinte a revelação de uma realidade nua.

Nas artes, seu poder mágico revela quem olha e aquilo que é observado. Antes do surgimento

da fotografia, a pintura era a forma de expressão por excelência da visão de uma realidade.

Muitos de seus elementos — como perspectiva, desenho, composição, proporção, efeito

de luzes — foram abraçados pela técnica então nascente: a fotografia.

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correções de olhos vermelhos, entre outros.Um detalhe importante ao editar o álbum é compor olhando sempre para as duas páginas espelhadas. Misturar assuntos em páginas lado-a-lado não é aconselhável.O fotojornalismo pede dinamismo também no álbum. O que pode ser conseguido com formatos variados das fotos, arranjos diferentes de página, misturar fotos coloridas e pb, sempre respeitando o equilíbrio

O álBumO álbum é a vitrine do trabalho do fotógrafo, portanto deve exigir o mesmo cuidado que a reportagem. Da mesma forma que cada casamento é único, o álbum também deverá sê-lo. Faz parte do marketing do profissional entregar sempre que possível um álbum diferente do outro, desde o tipo (couro, papel reciclado, folhas separadoras, cantoneiras, etc.) à edição. Sobre quantas fotos devem constar no álbum depende do que foi acer-tado previamente. Alguns noivos confiam ao fotógrafo a total esco-lha das fotos. Já outros preferem eles próprios escolher, mas aceitam uma pré-edição.A montagem do álbum deve estar em mente já na hora de fotografar como também na ampliação. Esteja atento às novidades e facilidades que os laboratórios podem oferecer: acabamento fosco, papéis diferen-tes, formatos variados, bordas ou filetes, molduras digitais, conver-são ao sépia ou preto-e-branco,

das páginas.Já há fotógrafos oferecendo mais do que o álbum de casamento. Chá de cozinha e fotos “boudoir”, ou seja, mais íntimas da noiva. Como também um casamento com crianças ou avós e tias fotogênicas podem gerar álbuns dedicados a elas.Tenha bom gosto também ao assinar o álbum. Uma etiqueta ou relevo discretos são boas opções.

Algumas diferenças entre álbum tradicional e do fotojornalismo

TRADICIONAL FOTOJORNALISMOTamanho das fotos 20 por 25 cm, 24 por 30 cm diversos

Câmera médio formato 35 mmÁlbum industrializado artesanalCromia fotos em cores fotos em cores, pb e

sépiaPapel brilhante foscoEncadernação foto com foto foto colada sobre papelCantoneiras não usa pode usar

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diCas esCOlha e mOntagem dO álBum

A edição do álbum é como lapidar uma pedra bruta. Mas não se trata de colocar fotos bonitas, é preciso contar uma história com começo, meio e fim e equilibrar as famílias. Exemplo: o pai da noiva aparece muito mais do que o do noivo no início do casamento. Equaciona-se, então, tirando fotos do pai do noivo durante a cerimônia e na festa. Mais um exemplo: se uma madri-nha chorou muito no religioso, é aconselhável tirar uma foto dela durante a festa quando não estará mais emotiva.Um álbum precisa de pouco para se tomar enfadonho. Por isso deve ter um timing, uma dinâmica que surpreenda quem o folheia. Não pode haver previsibilidade, ou seja, uma página semelhante a outra, tanto na disposição das fotos como no formato delas ou, ainda, no que se refere à cromia (cores).

Ver (e analisar) revistas e outros álbuns de casamento é um bom exercício para o fotógrafo se desen-volver e se aperfeiçoar na edição. Bom gosto e bom senso devem prevalecer. Nesse item, chamamos a atenção para o making of. Fotos de noiva em trajes de lingerie, de bóbis, não devem, segundo sua es-

tética, constar do álbum. Diversas pessoas, de faixas etárias distintas, verão o álbum e algumas imagens poderão causar constrangimento a elas (imagine o vovô vendo a neta

de calcinha e soutien e ainda numa pose sexy...). O making of completo pede um álbum exclusivo que a noiva mostrará apenas a quem lhe interessar.Um recurso que deve ser usado com sobriedade é o Photoshop para que sua interferência não resulte em fotos irreais.O fotógrafo quando monta o álbum deve atentar para a durabilidade da peça que será manuseada por mui-tos e muitos anos. Álbum costura-do, de folhas com ph neutro e capa resistente garantem vida longa.O fotógrafo deve editar as imagens no momento em que fotografa, imaginando como ficará no álbum. Portanto, nenhuma tomada é gratuita, tem sempre um destino, mesmo que, no final, não conste do álbum.

A fotógrafa Camila Butcher editando imagens

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álBum & prOdutOs

Com a gama de sáídas fotográficas propiciadas pela tecnologia digital, a cesta de produtos e serviços do profissional também cresceu. Além da reportagem e do álbum, pode oferecer fotos em grandes formatos para serem exibidas no ambiente da festa, fotos em CD, álbum do making of, só para citar alguns exemplos.

Suportes antes conhecidos apenas pelas gráficas de material de sina-lização hoje são oferecidos pelo fotógrafo. A criatividade de cada um é que vai determinar o limite de produtos e serviços.E é evidente que esse composto, que gira em torno da reportagem de casamento, aumenta significati-vamente a receita do fotógrafo.

Luminária com foto

talentO para tOdO mundO ver

“Eu fotografo melhor que fulano e por que ele fica com os melhores clientes?” Talvez esteja faltando conhecer e aplicar técnicas de marketing. Foi o tempo, se é que um dia existiu, em que só o talento bastava. Nos dias de hoje o talento vai além do fotografar bem. Tem que saber se vender, tornar seu trabalho conhecido, valorizado e requisitado.Há pessoas que já têm noções de marketing, de forma intuitiva, ina-ta. Mas a grande maioria tem que desenvolver técnicas e quem as pratica seguramente está a vários passos à frente da concorrência.A seguir, os principais itens que devem ser considerados num pro-jeto de marketing pessoal para o fotógrafo. Os custos envolvidos não precisam ser altos. Muitas vezes apenas uma mudança de postura mais a convicção já impulsionam o profissional.Porém, é pressuposto fundamen-tal que o profissional da fotografia domine confortavelmente o seu ofício. Sem essa condição, nenhum

manual de marketing, ou mesmo consultor, conseguirá torná-lo uma celebridade.

marketing BásiCO

Há várias maneiras de explicar o que é marketing. A conceituação de Peter Drucker, conhecido teóri-co da administração, parece mais adequada e de fácil compreensão aos fotógrafos sociais. Segundo ele, não se trata da arte de vender produtos. Mas sim de conhecer tão bem o cliente que o produto ou serviço se venda por si.Antes se falava em ter o foco no cliente. Mas muitos se convence-ram ser mais efetivo ter o foco do cliente. Ou seja, compreendê-lo a ponto de dar-lhe opções de escolha e soluções, em vez de tentar adaptá-lo a você.No caso do fotógrafo social, a sua atenção deve estar no marketing pessoal e de relacionamento. São atitudes diárias que incorporadas farão toda a diferença. Para isso é preciso acreditar ser capaz de

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traçar seu destino e seguir quase um passo-a-passo: situar a si pró-prio e o seu alvo, traçar objetivos, estipular prazos, definir estratégias e adotá-las.Não é tão simples quanto parece nem tão impossível como muitos crêem. Sem dúvida é trabalhoso para todos, até para os com voca-ção. Para os mais puristas e os de personalidade mais introspectiva, o esforço será maior.

púBliCO alvO

O Brasil tem 30 mil fotógra-fos formais, ou seja, profissionais que vivem da fotografia durante todos os dias do ano. Desse total, a fotografia social representa 60% segundo dados do Performa 2008/2009. É um número pequeno porque os 18 mil profissionais têm que atender a uma demanda de 800 mil casamentos registrados por ano no país, sem incluir as uniões informais que também realizam festas e fotos e são estimadas em mais de 200 mil anualmente.É nesse universo que o fotógrafo de casamento deve determinar seu público-alvo. Existe uma máxima em marketing que diz: “Quem quer atender todo mundo não atende ninguém”. Acrescente “Nem todos gostam do mesmo refrigerante”. Ou seja, é preciso segmentar. De-terminar o perfil de noivos que se quer atingir é o primeiro ponto para elaborar a estratégia de marketing pessoal. Para tomar esta decisão considera-se potencial de mercado, características socioeconômicas do local de atuação, identidade com a clientela, facilidade de transitar onde está o cliente que interessa, al-guma particularidade facilitadora.

Em São Paulo, por exemplo, há profissionais especializados em casamentos da colônia chinesa na cidade. O diferencial desses fotógrafos é que falam, lêem e es-crevem em chinês e conhecem pro-fundamente o ritual do casamento chinês, além, claro, de dominar a técnica fotográfica. A própria colônia dá preferência a eles.

prOdutOs

O mercado fotográfico mostra seu dinamismo através dos inúmeros produtos e serviços que aparecem freqüentemente. Haveria desper-dício se os fotógrafos de maneira geral não os incorporassem em seu dia-a-dia. Na fotografia de casamento é inconcebível que o álbum seja apresentado como há dez, quinze anos. Os costumes da sociedade mudam, a fotografia muda, os recursos do fotógrafo mudam, enfim, tudo pode ser feito de outra maneira e ainda com mais qualidade.Álbum com fotografias em estilo clássico atrai clientes mais tra-dicionais, já o fotojornalismo se identifica com uma faixa etária mais jovem. Álbuns com fotos espontâneas que não dispensam o retrato dos noivos e da família agradam todas as faixas de idade. O que oferecer vai depender do estilo de foto que você quer fazer e faz bem, do tipo de cliente que você quer atrair e da oferta/demanda onde atua. Se você mora em uma cidade pequena e conservadora é inútil insistir em estilos mais ousa-dos. Como também se sua clientela é sensível a modismos ou modelos

de referência é preciso estar sempre atualizado.Analise o poder aquisitivo. Terá que trabalhar com grande volume de baixo valor ou pode ter menor volume de maior valor?De qualquer forma sempre é con-veniente ter opções a oferecer. Por exemplo, pelo menos três “pacotes” de casamento: o básico, o mediano e o topo. Essa divisão, na verdade, é para atender o perfil de renda dos clientes. É mais fácil para o cliente entender os diferentes preços ao detalhar o pacote. Por exemplo: reportagem com um fotógrafo mais assistente ou fotógrafo mais dois assistentes ou dois fotógrafos e dois assistentes. Como também o número de fotos e formatos para cada pacote.A migração do fotógrafo de casa-mento da tecnologia analógica para a digital é lenta no Brasil. Isso, no entanto, não impede que ele ofereça produtos digitais ao cliente, como o CD com as imagens da cerimônia e festa. Ou disponibilizar seu acesso on-line. Muitos já o fazem.Mesmo que o fotógrafo tenha ape-nas como produto o álbum editado, deve estar atento às inúmeras op-ções de álbuns existentes no mer-cado desde a linha padrão até os recicláveis, com variações de tipos de papel, capas com ou sem janela em tecidos, couros sintéticos.Hoje o fotógrafo conta com uma série de produtos acessórios, com suporte em imagens, que podem contribuir no faturamento. Almo-fadas, banners, bolsas, cortinas e até lençóis, edredons, são vistos no mercado. O motivo principal estampado nessas peças são fotos dos noivos.

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No item álbuns, observa-se tam-bém uma segmentação. À parte o álbum do casamento, o fotógrafo pode oferecer o de making of geral-mente feito em preto-e-branco, ou com poucas fotos coloridas, e em formato menor. Há quem ofereça até dois álbuns de making of: um só da noiva e outro do noivo.

Alguns fotógrafos encontram o diferencial em montar um mini es-túdio fotográfico para fazer alguns retratos dos noivos, o que agrega valor a composição do álbum e ao trabalho do profissional

valOr agregadO

Por que uma calça jeans vale 300 reais e a outra vale 60? Por que uma bolsa custa 200 reais e outra dois mil reais e ainda fazem fila para comprar? É o preço da grife. O valor agregado. Se você identifi-cou a existência deste mercado e é nele que quer atuar vai precisar ter um marketing mais elaborado.Grandes centros, como São Paulo, Rio, boa parte das capitais e cida-

des na faixa de 500 mil habitantes, já comportam fotógrafos “de grife” em casamentos. Alguns, poucos, têm o privilégio de a noiva esco-lher a data do casamento de acordo com a disponibilidade de agenda do fotógrafo. Estes profissionais investem no nome como uma mar-ca. Podem e devem ter um trabalho mais seletivo com valor mais alto. Tê-lo no casamento é símbolo de status.Trabalha-se menos e ganha-se mais? Nem tanto. Os custos são mais altos. Tem que ter instala-ções melhores e bem localizadas, vestir-se bem, ter funcionários e assistentes mais caros, álbuns per-sonalizados. O bom de atuar nesta faixa é poder ter um trabalho mais autoral, com mais liberdade e para clientes menos sensíveis a preço.

a marCa e a COmuniCaçãO visual

Ter um nome comercial, uma marca, é o primeiro indicador de profissionalização.O fotógrafo vai atuar como autôno-mo ou vai ter empresa com equipe de profissionais que se alternam nos trabalhos?Nome comercial para ser forte deve ter boa memorização, fácil pro-núncia, sonoridade. Para “grifes” recomenda-se marcas compostas com dois nomes. Uma vez escolhi-do não deve ser mudado para que se fixe e construa uma identidade no mercado.Uma boa estratégia de fixação do nome é estampá-lo em todo mate-rial de papelaria e divulgação, site, e-mail, provas, álbum, xícaras, toalhas, material promocional como brindes, canecas, canetas, até mesmo no uniforme de quem trabalha no estúdio, como recep-cionista, laboratorista, equipe de edição. Deve ser pronunciado no atendimento telefônico sempre.Evite tipologias de difícil leitura. Bom gosto na escolha de cores e elementos é fundamental para que a logomarca tenha impacto. Se puder, contrate um profissional de design. É um investimento que pode definir o sucesso. Um detalhe não menos importante é a grafia correta das palavras e expressões empregadas. E siga a regra: “o simples vende melhor”.Se o seu público-alvo é sofisticado, a sua marca também deverá ser.

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aparÊnCia

Nada mais vendedor do que uma boa primeira impressão. O con-trário é igualmente verdadeiro. Se a primeira impressão foi negativa será muito difícil revertê-la.Todo o profissional tem seu estilo, sua personalidade e isso deve se refletir na sua aparência. Cuidados básicos e bom senso, no entanto, independem de estilo. O fotógrafo precisa de um guarda-roupa atua-lizado para as reportagens sociais. Não adianta estar de terno e gravata clássicos, por exemplo, se no pale-tó falta botão, ou, se for fotógrafa, usar salto alto que limitará seus movimentos durante a cerimônia.Quando os noivos vão ao estúdio conhecê-lo, tudo está sendo olhado e julgado, de maneira consciente ou não. Como está vestido, como se comporta, gestos, se o cabelo está cortado e limpo, mãos cui-dadas, barba feita, se o ambiente mostra estilo e bom gosto, se o seu material tem boa apresentação, se a música é agradável. O menor detalhe pode definir a empatia e, conseqüentemente, a venda.Claro que no atendimento cotidia-no é dispensável o fotógrafo estar de traje social como se estivesse pronto para a festa. O que não significa receber clientes em trajes de ginástica.

COmpOrtamentO

Além da aparência, o fotógrafo deve estar atento às boas maneiras. Cortesia e discrição, entram na boa comunicação com o cliente.Na visita ao estúdio receba bem. Valem as regras básicas. Não

se atrase. Ofereça água, café, refrigerante, até vinho branco se for o caso. Não atenda o telefone. Acompanhe-os até o carro. É simpático ter um presentinho, uma lembrancinha para oferecer. Com seu nome e telefone, discretamente visíveis. Pode ser um bloquinho de notas com uma foto de sua autoria na capa ou um simples cartão-postal.Durante as reportagens pode acontecer de você encontrar seus amigos entre os convidados, mas não se esqueça de que a festa é do cliente que o contratou. Você está trabalhando. Cumprimente-os mas não sente à mesa com eles.Alguns profissionais têm na extrover-são um apelo de marketing, estilo pes-soal. Isto precisa ser autêntico e deve-se estar atento para não haver desgaste da imagem. Não seja inconveniente.Fotógrafos gentis sempre estão pron-tos a ajudar os noivos. Arrumar o véu ou vestido, abotoar o paletó, além de resultar em fotos mais bonitas, faz você ser lembrado.

Dicas

Para cada tipo de evento, um modelo de contrato. Guardados 1.em planilha no computador devem conter variáveis para digitar informações relativas a cada cliente e impressos na hora. Uma postura bem mais profissional do que rasurar a caneta cláusulas não aplicáveis ai serviço procurado.

Embora se trate de serviços de natureza personalíssima, há 2.noivos que solicitam nota fiscal, Essa exigência é mais freqüente em eventos organizados por empresas ou cerimonialistas. Existem fotógrafos que emitem certificados de garantia para seus 3.álbuns, tanto quanto artistas famosos de retratos em estilo fototela chegam ai requinte de oferecer seguro contra danos na sua obra.

Desenvolva-se

Aprender e se informar nunca é demais. A mesma preocupação que se tem em melhorar as técnicas fotográficas o profissional deveria ter em se desenvolver como ser social.Se você tem dúvidas de como se vestir ou agir dependendo da ocasião, não passe mais vergonha com suas gafes. Faça um curso rápido de etiqueta ou procure uma livraria. Há vários títulos que abor-dam o tema. É importante sentir-se seguro e à vontade nos ambientes que freqüenta. Aqueles que acham uma “frescura” conhecer regras de etiqueta continuarão a ter clientes com a mesma opinião.A formação de um profissional completo extrapola a competência técnica. Conta muito saber se relacionar. E para ter sucesso conta saber influenciar. Considere num período mais calmo de trabalho freqüentar um curso ou palestras sobre marketing pessoal e ma-

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rketing de relacionamento. Você não precisa se transformar em um guru de neurolingüística, mas com o tempo pode descobrir a sua maneira própria de estipular metas e atingi-las.

divulgaçãO

O meio mais fácil e eficiente para o fotógrafo ter o trabalho conhecido é o boca-a-boca. Essa propaganda espontânea garante boa parte da sua trajetória. Entretanto, funciona melhor quando o profissional tem certo tempo de mercado. Se estiver em início de carreira, sugere-se ao fotógrafo se utilizar de outros meios para acelerar o processo.O primeiro portfólio pode ser montado a partir de casamentos de amigos, parentes, mesmo que ele não tenha sido escolhido como fotógrafo oficial. Considere trabalhar de graça no início para poder produzir um bom material de apresentação. Muitos fotógrafos estabelecidos hoje foram estagiá-rios e assistentes ontem.Dependendo de onde atua e quanto pode gastar, anunciar em revistas especializadas de noivas ou guias de casamento é uma opção.Muitos fotógrafos têm home page como cartão de visita do seu trabalho. Site bom é aquele que consegue fazer o internauta entrar em contato com o profissional, quer por telefone, e-mail e, melhor, pessoalmente. Se isto não aconte-cer, é um custo inútil.

O meio mais fácil e eficiente para o fotó-grafo ter o trabalho conhecido é o boca-a-boca. Essa propa-ganda espontânea garante boa parte da sua trajetória..

mantendO em evidÊnCia

Para quem já tem um nome conhecido no mercado não deve negligenciá-lo. Mantê-lo em evi-dência é tão importante quanto construí-lo.Participar de exposições, mesmo que a temática não seja fotografia social, funciona. Exposições

sempre ganham espaço na mídia espontânea. Se as instalações do estúdio comportar, pode ter uma galeria e enviar convites aos clien-tes para um coquetel.Feiras do setor também podem ser interessantes. Avalie o custo bene-fício e se o evento tem o perfil de sua clientela. Mas, cuidado, se for incompatível com seu estilo pode trabalhar contra a sua imagem além do desperdício de tempo e dinheiro.Fazer fotos, ainda que em troca apenas do crédito, para revistas (moda, por exemplo), ou para coluna social em cidades menores, lidas pelo seu público-alvo faz seu

nome aparecer.Circular onde está seu cliente é importante. Tenha o bom senso de que não pareça forçado e saiba que seu comportamento está sendo avaliado mesmo fora do ambiente de trabalho.Construir um nome é demorado e trabalhoso. Destruí-lo é fácil e rápido. O boca-a-boca é efetivo tanto para o bem quanto para o mal dizer.

netwOrking

Em linguagem do marketing pode ser chamada “networking”. Nada mais é do que o famoso “uma mão lava a outra”. É uma cadeia de pro-fissionais que, no caso do fotógrafo social, têm nos eventos sociais o ponto comum. Para que estas par-cerias realmente funcionem, não basta o “você me indica que eu te indico”. Não basta o contato super-ficial e esporádico. Tem que haver interesse e ser bom para ambas as partes. Para conseguir verdadeiros parceiros, visite-os, conheça-os, converse com eles e descubra o que um pode fazer pelo outro. Tem que haver empatia.Quem são eles? Para o fotógrafo social, ter bom relacionamento com os colegas é inteligente e civi-lizado. Muitas vezes o seu colega pode indicar o seu nome quando já estiver com o dia agendado, ou mesmo quando o perfil de cliente seja mais adequado a você e vice-versa.Outros parceiros são: bufês, DJs, clínicas de estética, estilistas,

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cabeleireiros, doceiras, floristas, fornecedores de equipamentos, álbuns, decoradores, entre tantos outros.

pós-venda

Cliente conquistado é sempre pa-trimônio. O fotógrafo começa pelo casamento e se o cliente gostou dos seus serviços e postura profissional certamente lembrará dele em outras oportunidades que pedem registro fotográfico.Uma técnica de se fazer presente para os clientes é lembrar-se deles em datas significativas (aniversário da pessoa, de casamento, festas de fim de ano) e enviar pelo correio o cartão com uma foto autoral. Se despesas com postagem pesarem no orçamento, ele poderá substituir o correio pelo e-mail.Estabelecido o relacionamento, há chances de se tornar o fotógrafo da família, realizando eventos importantes no núcleo daquelas pessoas. Fotógrafos que têm ações

de marketing constantes colocam o seu talento em expansão.

O que O fOtógrafO deve fazer

RECICLAR-SE SEMPREA reciclagem é de extrema im-portância para que o profissional esteja atento a todas as tendências que acontecem no mercado. Cur-sos, palestras, livros, workshops e feiras. O treinamento é uma ferramenta que auxilia o profissio-nal a desenvolver suas habilidades através das melhores práticas que já foram testadas e, portanto, têm menores chances de erro.

SEJA CORDIALSer cordial é requisito básico, mas não dá para ser de forma artificial. É preciso estar disposto a servir, e gostar de fazê-lo. Não é preciso dizer que a gentileza é vista com simpatia por todas as pessoas de qualquer nível social. Ser cordial vai dos clientes que ficam satisfei-tos com o atendimento, aos cola-boradores que ficam motivados e a vontade em trabalhar com você.

OFEREÇA SOLUÇÕESPensar em solucionar qualquer coisa é uma maneira de trabalhar de forma positiva. Mas não deve se deter aos serviços oferecidos. Deve ir além e envolver todos as ações no trabalho do fotógrafo. Ofereça soluções no atendimento, nos pacotes.

VALORIZAR SUA MARCAA marca é o patrimônio que você vai construir e precisa sempre ser reavaliada. Corno seus clientes

enxergam sua marca? Um nome esquisito, uma logotipia estranha e você pode transformar sua marca em um inimigo oculto.

INVESTIR COM CONSCIÊN-CIA, MAS SEMPRE INVESTIRTecnologia, treinamento, estúdio, equipe, etc. O que você pode melho-rar? Analise suas potencialidades e fragilidades. Ficará claro após essa avaliação onde estão os problemas e o que pode ser melhorado com investimento. Se existirem muitas fragilidades, vá por etapas e prio-rize o que é mais urgente.

ALINHE SUA ESTRATÉGIAUma estratégia alinhada serve para direcionar os caminhos mais corretos. Se você trabalha com qualidade não vai brigar no preço, pois isso seria incoerência com sua marca e aquilo que você oferece.

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O que O fOtógrafO nãO deve fazer

PARAR NO TEMPOO que funcionou ontem não ne-cessariamente funcionará amanhã, porque a fotografia e o próprio ramo mudam rapidamente.

COPIAR O QUE OUTRO FOTÓ-GRAFO FAZIsso denota falta de criatividade; é melhor desenvolver ações mercado-lógicas baseadas na experiência e no que acredita que vá funcionar.

INVESTIR EM MARKETING MAIS DO QUE O ORÇAMENTO PERMITEO déficit de caixa será fator de-sanimador para as atividades do dia-a-dia.

INFLUENCIAR-SE NEGATIVA-MENTE PELO MERCADOPara se construir uma carreira é preciso um plano sólido e de longo prazo para atingir os objetivos traçados.

ARQUIVAR O PLANEJAMEN-TO E “ESQUECÊ-LO” NA RO-TINAPlanos são fios condutores para se alcançar resultados.

NÃO REVER METAS DE TEM-POS EM TEMPOSA falta de novos desafios tornará o dia-a-dia mais monótono e sem conquistas.

NÃO SE APOIAR APENAS NO TALENTO

A carreira bem-sucedida é um somatório de domínio da técnica, postura pessoal e presença no mercado; sem essa combinação, estratégias de marketing simplesmente não funcionarão.

O fOtógrafO e a téCniCa

O fotógrafo americano Ansel Ada-ms apostava na formação técnica do principiante de modo a permitir a expressão de sua criatividade. Nos inúmeros cursos que deu e diversos livros que escreveu, Ada-ms sempre teve a preocupação de frisar que esse corpo teórico eram orientações para o principiante desenvolver suas habilidades. “Meu trabalho representa a mim e não ‘como deve ser a fotografia’. É importante que o leitor procure

entender as potencialidades da arte e deixe que as questões de ‘estilo’ pessoal e ‘criatividade’ surjam por si próprios, o que ocorrerá com certeza se forem devidamente cul-tivadas”, escreveu na introdução do livro “A Câmera”.

“Da próxima vez que você segurar uma câmera, pense nela não como um robô, automático e inflexível, mas como um instrumento maleá-vel que você precisa compreender para utilizar adequadamente. Uma câmera pode ser um milagre eletrônico e óptico, mas não cria nada sozinha. Tudo que ela pode representar em termos de beleza e encantamento está, a princípio, em sua mente e em seu espírito.” (Ansel Adams)

Veja nas próximas páginas um tra-ballho de fotografia de casamento relizado de forma autoral pelofo-tógrafo Bem Chrismanin titulado “VISÃO DO FOTÓRGRAFO”

FONTE: http://www.benchrismanblog.com:80/index.php

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eu traBalhO dentrO da lei?

Fotos de primeira qualidade, ser-viço impecável e marketing afiado. Vencidas estas para se posicionar, como um profissional de sucesso, virá uma última que aflige até mesmo os fotógrafos experientes. “Estou trabalhando de acordo com a legislação? Existem normas re-gulatórias para a atividade? Quais são, onde encontrá-las, quem pode me ajudar? ”Sim, elas existem. Além de todos os procedimentos que disciplinam qualquer atuação comercial (tributos, questões tra-balhistas, direitos do consumidor, segurança e saúde), há ainda o componente artístico da fotografia regido pelos dispositivos constitu-cionais de proteção ao direito de autoria. Inclusive com menções específicas à produção fotográfica. O problema é que na sua conversão ao digital, passou a ganhar inter-pretações diferentes dos tempos do filme fotográfico, gerando inseguranças sobre como proceder diante de alguns conflitos. À pri-meira vista, esse cipoal de regras do que se pode ou não se pode fazer (e que muda com uma certa freqüência) pode causar apreensão, especialmente os que atuam de forma autônoma, com baixo grau de formalização. Mas nada que um contador não possa orientar. E na dúvida, jamais contrarie o bom senso. A maioria dos conflitos envolvendo fotógrafos tem origem em diferenças de interpretação sobre detalhes dos serviços contra-tados - e devem ficar claros antes de serem realizados! Pelas estatísti-cas, quando a relação começa mal,

CuriOsidades

Primeiro casamento digital do mundoAconteceu em 2001. O noivo Reinaldo Rocha, que morava nos Es-tados Unidos, uniu-se a Edna Santos, que morava em Governador Valadares (MG), por meio de uma videoconferência. Poupou sete mil quilômetros que o separava da amada.

Maior casamento comunitárioAconteceu em maio de 2003, no Novo Shopping, em Ribeirão Preto (SP). Oitocentos e vinte casais pobres uniram-se oficialmente pe-rante 15 juízes, 450 voluntários e 300 patrocinadores.

Diante do juiz:O primeiro país a adotar o casamento no civil foi a Inglaterra. Era a época de Cromwell,em 1650.

Moeda no sapato da noiva:A origem deste costume explica-se no fato de que, para a noiva perder a virgindade, a moeda servia para acalmar a deusa Diana.

sem empatia de ambas as partes, torna-se propícia a divergências só resolvidas no fórum ou em audiên-cias no procon.

Tudo sob contrato?

Quase tudo. Pelo seu caráter intan-gível (até a entrega é promessa de execução de tarefas), a prestação de serviço recomenda operar sob contrato. Uma garantia de entregar o prometido dentro de especifica-ções previamente acordadas ou, no mínimo um lembrete do que foi combinado.Para fotógrafos socais (casamentos e formaturas) e de publicidade é obrigatório. Já em retratos de estúdio, e fotos de eventos, modali-dades geralmente vendidas na base

do risco, pode inibir o desejo de compra. À exceção de fotógrafos famosos, cujos nomes têm força de grife, esses sim não se aventuram a consumir horas do seu talento sem prévia garantia de compra em contrato.Em qualquer caso o documento deve incluir apenas cláusulas pertinentes à natureza do serviço, em linguagem clara e fugir dos calhamaços assustadores de deveres e obrigações. A seguir, dicas essenciais na elaboração de contratos e alguns modelos padrões e uso no Brasil. Mesmo assim, as sugestões apresentadas aqui não se incomodam de ser revisadas por advogado de confiança do fotógra-fo leitor.

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BOOks de estúdiOsExceto em alguns estúdios –ateliês, o book de retratos tem conotação de produto de varejo e, como tal, contratos só são exigidos para vendas pelo crediário ou na cessão dos direitos da imagem para fina-lidades de divulgação (papelaria, mostruários, anúncios, site do estúdio, exposição em vitrines). Aqui, fotógrafos ou lojistas, não devem descuidar inclusive das fotos de parentes ou mesmo quando se destinam a simples exposição em porta-retratos no ambiente da loja. Há casos conhecidos de desaven-ças familiares que transformaram o uso informal de uma fotografia em enormes pendengas judiais. Se o retratado for menor de idade (até 18 anos), é necessária a autoriza-ção do pai e da mãe (não vale um ou outro) ou do responsável legal. Essas autorizações devem seguir um padrão de fácil preenchimento pelo fotógrafo ou seu assistente no estúdio. Várias cópias já im-pressas facilitam a rotina. Depois de preenchidas e assinadas, basta arquivá-las.

fOtOs de CasamentOs

Pela importância do evento de ser-viços fotográficos para casamento é uma peça jurídica mais detalha-da. Deve espelhar os elementos necessários para que a reportagem se realiza a contento de cliente e fotógrafo. Não raro, pode exigir cláusulas adicionais a pedido do contratante (celebridades, famílias muito ricas), com especificações de material utilizado, reputação de fornecedores, privacidade, garantia de longevidade das fotos

e algumas vezes até certidão ne-gativa nos principais cartórios de protesto e foruns. Geralmente o contrato padrão engloba até a etapa de entrega do álbum. Não exagero manter o seu texto atualizado em conformidade com a tecnologia e os costumes. Exemplo: Há fotógrafos que incor-poram uma cláusula destacando que o bufê deve reservar mesa e providenciar alimentação para a equipe. Um contrato ideal é aquele que respeita o estilo de trabalho do fotógrafo. Veja o caso: não adianta ter no texto a quantidade de filmes a ser consumidos a ser consumidos, se ele trabalha com digital. Sugere-se que o fotógrafo elabore um rascunho do contrato e submeta-o a apreciação de um advogado para sua análise e redação final.

prOCOn e Os direitOs dO COnsumidOr

O contrato assinado entre o fo-tógrafo e cliente é uma proteção para ambas as partes quanto a anseios e resultados da reportagem fotográfica. Naqueles casos em que o cliente não ficou satisfeito e mesmo com todas as justificativas e reparações do fotógrafo ainda se sente prejudicado, ele pode recorrer ao Procon.Pesquisas revelam que a incidência de reclamações de serviços foto-gráficos mal-elaborados é muito pequena, tanto é que não aparecem em ranckings dos setores que mais recebem reclamações de consu-midores. E quando aparecem, boa parte dos casos refere-se ao desejo de posse dos negativos ou arquivos pelo cliente.

Isto é um bom indicador pelo se subentende que os profissionais da fotografia levam muito a sério os seus deveres e preservam sua imagem, sua grife, para bem longe das disputas em foros. Mas se ainda assim ema queixa no Procon for inevitável, vale entendê-lo como um órgão de conciliação que busca um acerto amigável entre ambas as partes, sem caráter de Tribunal. Seu veredicto, contudo é prepon-derante caso o conflito se arraste pela justiça.

questãO dOs direitOs autOrais

O direito autoral no país é regido pela lei 9.610/98 que regula os direitos do autor e os que lhes são conexos. Várias são as obras inte-lectuais protegidas lei e, nesse rol, está a fotografia. Uma questão freqüentes entre fotógrafos é confundir direito autoral com direito patrimonial. Exemplo: fotos de produtos. Os direitos patrimoniais daquele produto pertencem ao fabricante do produto, já o fotógrafo detém o direito de autoria. Outra questão é interpretar a autoria das fotos de casamento como obra intelectual ou artística (entregar ou não os negativos ou arquivos digitais). Há casos de escritórios do Procon no Brasil entendê-las como mera prestação de serviço e sugerir o direito de posse do consumidor. Advogados especialistas, entretan-to, interpretam ao contrário. Para eles, o direito de autoria também se aplica a essa modalidade de fotos.

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Na prática, o melhor é optar pelo bom senso. Há fotógrafos que não discutem e entregam o material. Mas cobram pela sessão dos seus direitos de autoria.A lei 9.610 é extensa e merece ser lida integralmente. Seu texto pode ser obtido na Internet (www.dgp.com.br/leis/leidraut.htm) e copia-do. Salienta-se que está lei está em conformidade com os tratados da área do qual o país é signatário.

plágiOs e CréditOs

Recentemente, mais uma questão passou a afligir os fotógrafos: o design de templates e álbuns-composite de autoria própria e que diferenciam a arte e estilo de seu trabalho. Como se proteger do plágio? Há alguns anos o assunto ganhou ares de grande polêmica entre profissionais americanos e lá já existe hoje um serviço de registro pela Internet. Por aqui, a polêmica ainda começa, mas inibi fotógrafos de se valer do apelo de vendas, de publicar portfólios virtuais. Têm medo de serem copiados. Neste caso, todas as prerrogativas da lei 9.610 também se aplicam.Já os créditos de autoria (utilização da obra para divulgação jorna-lística ou científica, sem caráter comercial) são direitos cristalinos do fotógrafo, além de ajudar muito na propagação de seu nome. Todos os veículos sérios respeitam esse direito. Para facilitar e evitar erros de grafia ou mesmo identificar a origem, toda vez que fornecer imagens para divulgação na im-prensa é boa prática identificá-las claramente, inclusive com dados para contato e um resumo de sua

história. No caso de imagens con-tendo pessoas não públicas (prin-cipalmente fotos de casamentos), vários veículos costumam solicitar a autorização dos retratos.

Outras questões

Uma foto está apoiada no seguinte tripé de leis: o direito do fotógrafo (autoral), o direito de quem solici-tou a foto (patrimonial) e o direito do retratado (imagem). Nesta perspectiva é que o fotógrafo deve

O contrato assinado entre o fotógrafo e cliente é uma proteção para ambas as partes quanto a anseios e re-sultados da reportagem fotográfica.

“ “informar-se e munir-se em termos de instrumentos jurídicos – contra-to e autorização do retratado – para não cometer erros que lhe poderão render ações judiciais. No caso da fotografia de casamento, o direito de retrato (os noivos) caminha lado a lado do patrimonial, pois foram os noivos que solicitaram a repor-tagem fotográfica. Mas considere o caso de um estúdio que receba diretamente crianças para uma sessão. Ingenuamente o fotógrafo, ou o responsável pela operação, resolva expor a foto de uma criança em uma vitrine para atrair público. Isto é permitido?

Desde que o fotógrafo tenha obtido a autorização dos pais (pai e mãe) ou de seu responsável legal, sim. A autorização do termo de uso da imagem deve ser clara em sua fi-nalidade deve ter prazo. Exemplo: para em portfólio por dois meses, mesmo que a foto exposta fosse de um adulto, há necessidade do termo de uso da imagem. Quanto mais detalhado for o termo, mais protegido estará o fotógrafo.O direito de imagem está disposto num dos capítulos da Constituição Brasileira e é extensivo até a quarta geração do retratado. Portanto, todo o cuidado é pouco. Para finalizar, o ideal é o fotógrafo contratar um advogado especialista em direitos autorais para assessorá-lo nas pe-ças jurídicas (contratos, termos de uso de imagem, etc.), indispensável para o bom funcionamento de seu estúdio. Sempre considerar nessas consultas a mídia Internet, extre-mamente difícil de ser controlada.

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OBjetivOs:

Casamentos, batizados e eventos sociais são momentos mais impor-tantes da vida de nossos clientes. Não devem ser tratados apenas como simples “reportagem ou documentação”. A fotografia não deve ser apenas um documento, uma espécie de segunda via do real. Devemos apresentar ao nosso cliente um trabalho diferenciado,

personalizado, dentro das suas expectativas. Cliente satisfeito é a grande estratégia de marketing.

O fotógrafo, como o diretor de ci-nema, teatro ou televisão exercita um trabalho intelectual. Racio-cina, sente e produz, por meio de seu potencial criativo e racional. A boa fotografia é resultado de um grande projeto e não um mero "acidente fotográfico". Ela antes

de tudo, deve falar por si mesma Atingir seu publico. Mexer com seus sentimentos mais íntimos.

Para tanto, devemos nos preocupar em criar uma história visual através da foto. Um ensaio documental, com contexto fotojornalístico. Cada casal tem um perfil, uma per-sonalidade e perspectivas de vida bem definidas. Antes de iniciar seus trabalhos, procure conversar

Alguns Símbolos no Casamento

Aliança:O circulo Simboliza a unidade perfeita, sem começo fim. È provável que os faraós egípcios tenham sido os primeiros a usarem-na como símbolo da eternidade. No entanto, o costume de usar alianças para honrar um contrato de casamento parece que surgiu com os romanos. As primeiras alianças eram feitas de ferro. Durante a Idade Média evoluíram para ouro e pedras preciosas.

Véu:Esta peça tem a finalidade de separar duas coisas. Na noiva significa separar a vida de solteira para a nova que se inicia: a de mulher casada e futura mãe.

Grinalda:É uma das peças mais importantes do traje nupcial. Faz com que a noiva se pareça umarainha e a distingue dos convidados para a cerimônia. A grinalda é ainda símbolo de status e riqueza: quanto mais luxuosa, mais poderosa a sua dona.

Gravata do noivo:É tradição que o melhor amigo do noivo leve uma gravata velha para ser picotada em pedaços pequenos e a ser vendidos para os convidados durante a festa. O dinheiro arrecadado vai para os noivos.

Bolo de noivaEntre os romanos, o costume era partir uma fatia de bolo na cabeça da noiva para garantir a fertilidade. Os convidados guardavam as migalhas como amuleto de sorte.

Chuva de arroz:O costume vem da China antiga. Um mandarim quis provar a fartura de sua vida. Por ocasião do casamento da filha, mandou que este se realizasse sob uma chuva de arroz.

Buquê:Os primeiros datam da Grécia antiga. Os gregos colocavam alho no buquê para evitarmau-olhado. As flores de laranjeira garantem a fecundidade e a felicidade do casal.

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mais com os noivos, compreende-los melhor, entender que tipos de imagens mais gostam para iniciar um trabalho mais criativo e dentro dos propósitos solicitados. Após o primeiro contato, elabore um roteiro e leve para a aprovação de seu cliente. Lembre-se de que as ampliações das provas são os itens mais baratos. Portanto, não econo-mize, mas tenha o bom senso de não repetir as mesmas situações. Isto também vale para todos os outros eventos sociais.

reCOmendações:

Procure sempre sair das imagens convencionais. Fotografe fachada a igreja á noite de vários ângulos e pontos de vista. Chegue mais cedo ao local, fotografe a decoração da igreja vazia, sem publico, bem como o altar, converse com o padre como vai ser o ritmo da cerimonia, quais os locais permitidos para você ficar, estude antecipadamente cada foto, cada momento e procure fotografar as pessoas com mais espontaneidade. Use também esse principio para fotos de batizados e outros eventos.

Imagens profissionais devem ser processadas em laboratórios profissionais para garantir sua qualidade. Os minilabs foram projetados apenas para fotografia amadora.

Evite fotografar apenas com o flash conectado direto na sapata da câ-mera. Seu efeito será idêntico aos das câmeras compactas amadoras. O primeiro plano ficará extrema-mente claro e o fundo completa-mente escuro. Seja criativo, caso o

teto seja branco, e não muito alto, procure trabalhar com flash rebati-do, para suavizar a luz e produzir efeito de iluminação natural, pode também usar um difusor Lights-phere. Caso prefira utilizar dois ou mais flashes, certifique-se de que os dois primeiros estão minimi-zando suas respectivas sombras no primeiro plano e os demais ilumi-nando adequadamente o fundo.

Antes de sair sempre confira seus equipamentos, cartões de memória e. Tenha sempre flashes, câmera, acessórios e baterias de reserva. Imprevistos sempre acontecem.

Caso você possua duas tochas de estúdio, isso poderá facilitar sua vida. Use-as durante a cerimonia para iluminar o publico de toda da igreja, acionando sua respetiva fotocélula.

Após o cerimonial religioso, escolha um local dentro da igreja para posicionar seus flashes, com sombrinha branca. Nesse espaço teremos um estúdio, onde pode-remos fotografar os noivos, seus padrinhos e os cumprimentos dos convidados.

No buffet, haja da mesma forma, com os flashes de estúdio. Traga os noivos e os padrinhos para o seu estúdio. Teremos fotos mais espon-tâneas e com melhor qualidade.

Proceda da mesma forma quando os noivos forem cortar o bolo. Os flashes de estúdio com sombrinha branca vão controlar o excesso de luz no vestido da noiva, no bolo, nos copos, pratos e decoração da mesa.

Caso esteja fotografando de dia, ou em ambientes bem iluminados, tra-balhe com baixa velocidade, como 1/30, por exemplo. Isso permitirá registrar um pouco a luz ambiente, mesmo a luz de vídeo, proporcio-nando aspecto mais natural ás suas imagens.

No final do buffet, antes dos noivos irem embora, monte novamente seu estúdio em local reservado, e produza fotos tipo “Book”, explorando a intimidade e o amor recíproco do casal.

Por fim, evite ampliar as fotos tamanho 20 x 25. Os minilabs já apelidaram esse tamanho de “mini pôster”. Trabalhe com outros for-matos de ampliação como 20 x 30 ou 24 x 30.

Não esqueça de combinar anteci-padamente com os noivos que tipo de álbum eles preferem e de confe-rir meticulosamente cada item do roteiro de trabalho, para que não haja reclamações posteriores. Caso queiram fotos avulsas, veja tam-bém o tipo preferido de moldura ou porta retratos. Facilite a vida de seu cliente fazendo tudo para eles.

marketing pessOal

Como qualquer outro profissional a habilidade e domínio técnico não é tudo. O cuidado com a sua apresentação, sua maneira de falar, atender seu público dentro dos seus propósitos e a gerência do seu negócio é fatores essenciais para o seu sucesso.

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Presenteie o padre com fotos da igreja, a equipe de decoração com fotos internas, o buffet com fotos de seus funcionários trabalhando, joalheria e demais partes envol-vidas. O custo é bem baixo e o retorno é garantido.

Tenha sempre em mãos um Por-tfolio das suas melhores fotos. É uma das maneiras mais práticas de persuadir os noivos quando estão efetuando pesquisa de preços. In-clua em seu portfolio “making off” evidenciando o uso de estúdio e de

outros recursos que você dispõe e o seu diferencial da concorrência. Confirme sempre, com uma sema-na de antecedência, todos os de-talhes. Como os noivos, faça isso por escrito, seja mais profissional.

Divulgue sempre seu nome. Comece com cartão de visitas. Depois procure os colunistas sociais de sua cidade. Eles sempre necessitam de fotos. Esteja sempre em contato com cartórios, loja de noivas, joalherias, buffets e nunca negue favores aos comerciantes ou

cUriosidades

O compromisso:O costume de entregar um anel como símbolo de compromisso de casamento nasceu noséculo 15, quando o Arquiduque Maximiliano, da Áustria, entregou um a Maria de Borgonha. Ao longo dos tempos, esse anel se transformou em símbolo de fidelidade e amor.

Carregar a noiva:Uma versão diz que é para proteger a noiva dos espíritos do mal.Já outra vem dos romanos que diziam que se a noiva tropeçasse ao entrar na nova casa era sinal de azar.

Aliança no dedo esquerdo:A tradição vem da Antiguidade. Os gregos acreditavam que o dedo anular esquerdo tinha uma veia que ia direto para o coração. Daí o uso de um anel de ferro imantado nesse dedo para deixar os corações dos amantes sempre atraídos.

104 vezes dizendo “sim”:Giovanni Vigliotto (1949-1981) é um dos nomes falsos do homem que se casou 104 vezes, em 14 países.

Lua-de-mel: A palavra tem sua origem nos casamentos por rapto. Ao se apaixonar, o homem raptava a amada e a escondia por um mês. Durante esse tempo, eles bebiam uma mistura afrodisíaca adocicada com mel até que ela se rendesse ao raptor.

Noiva japonesa:Uma noiva japonesa chega a trocar de vestido quatro vezes durante a cerimônia de casamento. O resultado são álbuns de fotos bem maiores.

as pessoas que te indicaram.

Procure ser o mais discreto duran-te a cerimonia, quase “invisível”. Esconda todo o equipamento que não estiver usando no momento. Use roupas adequadas ao evento. Sorria sempre. Esteja disponível em eventuais emergências. Procu-re conversar antes com a equipe de vídeo no sentido de um profissional não atrapalhe o trabalho do outro. Ambos devem ser parceiros, pois estão atendendo o mesmo cliente. Seja bem prestativo. Não esqueça

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de cumprimentar o padre no final do ato religioso. Evite fumar, co-mer ou beber em público durante o buffet. Caso esteja com fome, procure o responsável pela cozinha e faça isso reservadamente.

Entregue sempre o álbum com três dias antes do prazo combinado, para demonstrar sua competência profissional. Não esqueça de gravar na última contra –capa, seu nome e telefone para contato. Tenha total paciência com a mãe da noiva em todos os momentos. Sempre ofereça um brinde, uma lembrança como um porta retratos, por exemplo. Isto também é valido para todos os tipos de eventos.

Daqui para frente, mãos a obra e sucesso! Seja um grande especia-lista em eventos sociais.

Homem olha diferente de

Mulher?Haveria vantagens

para as fotógrafas? Elas podem presenciar mais facilmente todo o making of da noiva, e desfrutam a mesma sensibilidade feminina que muitas vezes é revelada nos detalhes de uma cena.

Acontece uma cumplicidade natural. Por exemplo, um toque no cabelo, no vestido. Valorizar a decoração, as flores. Ajudar em algo que só uma mulher lembraria a outra. São pormenores aos quais o homem deverá treinar a estar atento. Por outro lado, talvez os homens consigam um registro mais sensual.

Como em qualquer trabalho, o profissional da fotografia tem de conhecer e gostar do que faz. Desse solo aparecerão vontade e interesse de se desenvolver e até superar eventuais circunstâncias que lhes seriam desfavoráveis pela questão do sexo.

“As mulheres conseguem buscar cenas além do

casamento, entrosamento das famílias. Buscam a perfeição e capricham na apresentação dos trabalhos e edição. Já os

homens registram tudo, são mais centrados, ágeis e menos

estressados.”(Célia Thomé)

COmO COntratar um prOfissiOnal de fOtOgrafia?

Marque preferencialmente um horário com o fotógrafo, peça para ver alguns exemplos do trabalho dele (a). Observe o álbum de casamento por inteiro.Qualquer um pode tirar uma foto boa de vez em quando, mas um fotógrafo profissional tem que ser capaz de tirar boas fotos constan-temente.Detalhes como fotos com cores vibrantes, foco correto, etc...Discuta sobre o número de foto-grafias que serão tiradas; Custo por revelação; tipo de provas que será apresentado para escolha.

Taxas de viagens de longa distância e outros detalhes especiais.Muitos fotógrafos não permitem que ninguém mais tire fotos en-quanto eles estão trabalhando.Suas razões são várias, por exemplo, os flashes de outras câmeras pode atrapalhar a iluminação. Combine com o seu fotógrafo sobre a posse do acervo em sistema digital.

traBalhandO COm O fOtógrafO

Procure informá-lo sobre todos os detalhes, para que ele saiba exatamente o que você espera. É importante que o fotógrafo conheça a seqüência dos eventos para que saiba quando acontecerá ocasiões a serem retratadas.

A última coisa que você quer que aconteça é seu fotógrafo fazer uma pausa e sentar para comer um salgadinho enquanto os noivos planejam cortar o bolo e pode ocorrer que lembranças preciosas não sejam capturadas em foto ou vídeo quando ocorrem esta falha de comunicação.

Como estamos falando de um momento importante na vida dos noivos, é correto que eles queiram conhecer antes quem irá fotografá-los, pois a empresa e o fotógrafo não podem simplesmente mandar aleatoriamente qualquer um. Fi-quem atentos!

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PERGUNTAS PARA CONTRATAR O FOTÓGRAFO DO SEU CASAMENTO

1- O seu estilo de fotografia de casamentos é moderno (jornalístico/reportagem) ou tradicional? 2- Você faz fotos coloridas e preto e branco? 3- Quantas fotos estão incluídas no pacote? 4- O preço já inclui o álbum? 5- Quais os tamanhos de ampliação oferecidos? 6- Qual o tipo de máquina fotográfica você utiliza? 7- As fotos do nosso casamento incluirão outros lugares além da igreja e do local da recepção? (Fotos na casa da noiva, fotos de estúdio, fotos diurnas, fotos em locação, etc). 8- Que hora você chegará e quanto tempo permanecerá durante a recepção? 9- Qual o preço do tempo extra? 10- Quanto tempo leva para as fotos ficarem prontas? 11- Quais as condições de pagamento?

quantO Custa Casar?,

Marcar a data do casamento é uma das coisas mais importantes na vida de um casal. Nessa hora, quase ninguém pensa em dinheiro. Mas quem tem planos de se casar em breve, ou vai bancar o casamento do filho ou da filha, deve refletir sobre o assunto. Somando a festa, os convites, as cerimônias civil e religiosa e a lua-de-mel, o custo do casamento passa facilmente dos R$ 16 mil, de acordo com um levanta-mento feito por ÉPOCA no fim de dezembro. Muitas vezes chega a R$ 65 mil - ou mais. Segundo o es-pecialista em finanças para casais Gustavo Cerbasi, autor do livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos (Editora Gente), a conta pode atingir R$ 300 mil nas ceri-mônias de alto luxo. Tudo depende, é claro, do patrimônio da família dos noivos e da grandiosidade do

evento que se quer produzir.

Por causa da emoção que envolve um casamento e da correria que antecede a cerimônia propriamente dita, os noivos dificilmente fazem uma pesquisa detalhada antes de contratar os diferentes serviços. Por isso, se você ou um filho estiver prestes a se casar é recomendável manter o mínimo de racionalidade na hora de acertar os detalhes da cerimônia. Se os noivos seguem a moda antiga e ensaiam o casamen-to anos a fio antes de consumá-lo, podem fazer uma poupança, na qual depositem uma quantia men-sal que seja suficiente para cobrir todo o custo do casamento - ou parte dele - no futuro. É uma forma de evitar que o impacto dos gastos atrapalhe os planos de quem quer produzir uma cerimônia de conto de fadas. Quem planeja os gastos com antecedência tem mais poder de barganha na hora de contratar

os serviços.

Com o dinheiro em mãos, você precisa decidir em que vale a pena gastar mais e em que é prudente economizar. A cerimônia e a festa, segundo Cerbasi, valem um desem-bolso maior. "Isso, teoricamente, só acontece uma vez na vida", diz o especialista. Para equilibrar as contas, é possível negociar uma entrada menor na compra da pri-meira moradia do casal. Não é raro os casais se comprometerem com financiamentos de longo prazo para pagar um imóvel do qual não precisam.

a COnta

Quanto custa, em média, uma cerimônia simples, convencional e uma sofisticadaPreparação para 200 convidados

CONVITES (200 unidades) R$ 360R$ 600R$ 2.000

VESTIDO DE NOIVA - R$ 600 (alugado) / R$ 2.500 (primeiro aluguel) / R$ 7.000 (estilista)

ROUPA DO NOIVO R$ 200 (alu-gado) / R$ 650 (primeiro aluguel) / R$ 950 (estilista)

ROUPA DAS DAMAS DE HON-RA R$ 120 (alugado) / R$ 350 (pri-meiro aluguel) / R$ 500 (estilista)

ALIANÇAS DE CASAMENTO (par) R$ 200 (alugado) / R$ 650 (primeiro aluguel) / R$ 950 (esti-lista)

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IGREJA R$ 400 / R$ 700 / R$ 3.000

DECORAÇÃO DA IGREJA R$ 1.000 / R$ 2.000 / R$ 3.500

ALUGUEL DO CARRO R$ 200 / R$ 350 / R$ 600

CASAMENTO CIVIL R$ 245 (cartório) / R$ 730 (em casa ou bufê)

BUFÊ (aluguel do salão) R$ 1.200 / R$ 2.100 / R$ 3.500

DECORAÇÃO R$ 1.500 / R$ 3.000 / R$ 8.000

BOLO E DOCES R$ 2.350 R$ 2.700R$ 3.350

MÚSICA DA FESTA R$ 650 (dj) / R$ 850 (dj) / R$ 6.000 (orquestra)

FOTO E VÍDEO R$ 1.700 / R$ 3.000 / R$ 10.000

NOITE DE NÚPCIAS R$ 235 (flat) / R$ 600 (apartamento) / R$ 1.700 (suite master)

LUA-DE-MEL R$ 5.100 (7 noites em Natal) / R$ 7.400 (7 noites em Cancún) / R$ 9.300 (9 noites no Taiti)

FONTE: <http://www.guiadecasa-mento.com.br>

CasamentO na igrejadiCas impOrtantes

O casamento tem uma série de regras (protocolos) que devem ser seguidas independentemente do tipo de casamento que se vá fazer. Estas regras foram adotadas por tradição. São regras simples e não pedem nenhum esforço extra nem dos noivos nem dos convidados. Então por que não segui-las? Con-fira abaixo!

Chegada à igreja

O noivo sempre chegará antes da noiva, com uma diferença de pelo menos meia hora. Tanto ele quanto ela devem entrar na igreja em cortejo, ele de braço dado com sua mãe ou madrinha, ela, com seu pai ou padrinho.

A noiva não deve se atrasar mais que dez minutos. Mais do que isso é falta de consideração com seus

convidados. Ao entrar, ela deve se posicionar ao lado esquerdo do noivo. Esta tradição remonta à época medieval em que os homens levavam a arma do lado direito, e, desta forma, tinham mais liberdade de movimento.

dentrO da igreja

Os convidados da noiva ficarão do lado esquerdo da igreja, atrás da noiva, enquanto os do noivo ficarão à direita, atrás dele.

Os primeiros bancos são destina-dos aos familiares mais diretos. No primeiro banco devem estar os pais, avós e padrinhos de batismo. No segundo, outros parentes pró-ximos e as testemunhas. Os outros convidados podem se sentar onde desejarem.

saída da igreja

É costume que alguns convidados iniciem uma chuva de arroz na

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saída dos noivos da Igreja.

O fato de os noivos chegarem antes ou depois dos convidados não é considerado um detalhe importan-te e também não existe uma regra pré-determinada. O importante é que haja alguém da família para recepcionar as pessoas que forem chegando.

Os pais devem se sentar em mesas próximas à destinada ao novo casal.

reuniãO para exiBir as fOtOs aOs amigOs

Ricardo Hara, fotógrafo paulistano, atende até 30 casamentos por mês na cidade de São Paulo, onde tem um estúdio há 12 anos. E chega a cobrar até R$ 20.000 para fotogra-far e filmar a cerimônia e a festa. Nos últimos anos, Hara percebeu que havia espaço para faturar ainda mais. "Muitos clientes reclamam que a festa é planejada ao longo de um ano, mas a exibição das fotos e do filme é feita sem nenhum glamour." Para atender esse público, ele mon-tou no início do ano um espaço onde os noivos podem organizar uma recepção só para mostrar as fotos e o filme do casamento aos convidados. Os clientes são pessoas dispostas a gastar dinheiro extra, mesmo após todas as despesas da cerimônia, que não são poucas.É o caso do administrador de empresas Eduardo Marques e da cabeleireira Cristiane Okamura Marques, de São Bernardo do

Campo, na Grande São Paulo. Eles se casaram em novembro do ano passado. Deram uma festa para 200 convidados e contrataram Hara para filmar e fotografar. Quando voltaram da viagem de lua-de-mel, alugaram o novo espaço do fotó-grafo para mostrar as imagens do casamento aos parentes e amigos. Na entrada da casa, os 40 convida-dos viram duas fotos gigantes do casal, em painéis de mais de um metro e meio de altura. Em outras três salas puderam ver o filme do casamento, o álbum e uma seqüência de fotos expostas na parede, como numa galeria. Tudo acompanhado por serviço de bufê. "Queríamos que esse momento fosse tão charmoso quanto o pró-prio casamento", diz Marques. Eles desembolsaram R$ 3.500.O preço do evento pós-casamento

Marques e Cristiane: R$ 3.500 para mostrar as fotos e o filme a 40 convidados

chega a R$ 7.000, conforme o número de pessoas e o tipo de bufê. Além do coquetel, os noivos podem encomendar impressões instantâneas de fotos para distri-buir aos convidados. Fonte: http://empresas.globo.com/Empresasenegocios/1,19125,ERA1691403-2991,00.html

a difíCil deCisãO

Volume ou personalização? Muitos fotógrafos estão divididos entre o desafio da gestão ou a ousadia de subir o preço

O que é melhor: ter várias equipes e assim realizar casamentos simul-tâneos? Ou trabalhar de forma per-sonalizada, seja sozinho ou com no máximo outro time? Um modelo sustentado por alta produtividade e outro, na base da exclusividade. O

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fato é que hoje são centenas de em-presas de reportagem. E milhares de fotógrafos atuando sozinhos, sem contar os formatos híbridos. Pode ser a loja de foto com repor-tagem, ou fotógrafos que contam com equipes pequenas para pelo menos dois eventos no mesmo dia. Outro fato é que muitos dos pro-fissionais que hoje trabalham sozi-nhos iniciaram em uma empresa de reportagem ou investiram em uma empresa com várias equipes. De um lado estão modelos de empre-sas que trabalham em escala. Na outra ponta funciona o atendimen-to personalista, que só o fotógrafo solo proporciona. No cenário das empresas de reportagem ocorre, ou pelo menos deveria ocorrer, a busca pelo equilíbrio de não virar o barco e descambar em baixa qua-lidade. Enquanto os que trabalham por conta própria necessitam pelo menos de fôlego para alcançar um faturamento satisfatório. Ou quem sabe, ainda melhor, aumentar o preço e trabalhar menos ganhando mais. Para a loja de foto com re-portagem é ainda mais complexo. Necessita ficar de olho no balcão e não pode esquecer os eventos aos sábados e domingos. Resultado: acaba trabalhando os sete dias da semana.

fOrmatOs

As diferenças nos modelos de-monstram a complexidade do mercado. É o caso do Studio 47, em Piracicaba (SP). Filipe e Mi-lena Paes chegam a trabalhar em casamentos com times distintos no mesmo dia, mas harmonizam o

estilo e a qualidade de grife criada pelo casal. Neste caso, a idéia da marca não associada ao nome do fotógrafo é uma carta na manga. Afinal, se o nome do fotógrafo é a marca, pode gerar uma expectativa em quem contrata a reportagem. Para as lojas de foto, a situação é um tanto diferente. São cada vez mais comuns lojas de foto que investem em reportagem, inclusive o novo serviço pode se mostrar mais interessante do que o varejo. Foi assim com a Vimo Vídeo e Foto, empresa em Curitiba que iniciou como loja de fotografia em 1988 e se transformou em um verdadeiro centro de reportagens fotográficas, com dezenas de even-tos por semana. A empresa soube amarrar a parte de cobertura com sessões de estúdio, sem perder o estilo disseminado por um dos donos, Vicente Dezgeniski, tanto por parte dos fotógrafos treinados pessoalmente por ele, quanto no atendimento exclusivo feito em mesas dentro da loja no melhor estilo consultor. Recentemente a empresa lançou um novo ponto chamado Vimo Personal. Um ponto de venda moderno, em uma galeria na região central de Curitiba com direito a quiosques e uma proposta de atendimento sofisticado. Algo parecido com um banco Premium (Itaú Personnalité). Outra empresa que investe na equipe é Argon Eventos e Produções, em São Paulo. No mercado desde 1993, a empresa especializou-se nas repor-tagens de casamentos. E também possui grande fluxo de festas de debutantes. “Para manter a quali-dade de nossos serviços, cobrimos no máximo dois eventos por dia,

sendo que cada equipe tem quatro pessoas e é diretamente supervi-sionada por cada um dos sócios da Argon”, diz Marilene Pedrotti, que cuida da administração. O sócio Rodrigo Pedrotti é responsável pela área operacional. Dependendo da época são de 8 a 20 eventos por mês. A empresa apostou em equipe feminina como diferencial. “Além do toque feminino nos trabalhos, as noivas se sentem mais à vontade sendo fotografadas e filmadas por mulheres”, acredita Marilene.

100% eu

A escolha da profissional Tatiana Raposo, em São Paulo, foi investir em atendimento personalizado, desde a primeira reunião até o aca-bamento do álbum. “As vantagens são: fidelização e contato maior com meus clientes”, diz ela.Hoje faz de 12 a 20 trabalhos por mês e pretende crescer o número de eventos, mas sem agregar equipes. É bom que se diga: ela administrou a loja de fotografia da família, Moema Print, durante alguns anos onde também fazia eventos. “Hoje os clientes da loja são da loja. Vi pessoalmente que o melhor seria me dedicar mais à foto e vídeo nos eventos.” O objetivo definido por José Zignani, fotógrafo em Caxias do Sul (RS), é faturar mais, mas sem aumentar volume. “Meu sonho é suprir todas as minhas necessidades tendo uma equipe e faturando por muitas”, diz ele. A decisão de valorizar o trabalho faz sentido para quem trabalha com equipes menores. “No meu caso, a agenda fecha com mais de um ano de antecedência. Esta é uma exi-

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gência das noivas. Querem que eu vá cobrir o evento. Por este mesmo motivo não pego mais do que um evento no mesmo dia. Claro que toda a exclusividade tem um pre-ço”, conta Zignani. Cobrando mais e com seis casamentos por mês, ele mantém um padrão alto e tem controle de todas as etapas.

aniversáriOs

Existe também o movimento con-trário de quem percebeu que seria melhor reduzir volume, principal-mente para quem administra loja e eventos. Nem sempre a loja de foto com reportagens tem produção alta. A situação da Wada Foto Ótica e Relojoaria, em São Paulo, é até mais complexa: possui diversos negócios agregados à loja, como estúdio. O dono Wagner Wada é o fotógrafo principal e leva assistente, só que também cuida da gerência do negócio. “Reportagem não é o ganha-pão e não tenho o objetivo de torná-la carro-chefe”, diz Wada. Com 42 anos de mercado, a loja vem dos pais de Wada que já no início ofereciam serviço de repor-tagem. O conflito maior é a falta de tempo e o esforço maior para atender à demanda de balcão que a tecnologia digital trouxe. Por isso, Wada realiza até dois casamentos por mês e um aniversário a cada fim de semana. O que o lojista leva de vantagem é a sinergia: metade dos trabalhos de reportagem surge na loja. “O problema do casamento é que gasta muito tempo. Se a festa é às sete da noite tenho que me preparar às três da tarde e saio de lá de madrugada”, diz. Segundo ele, fotografar aniversário é mais

“leve”, já que a carga horária exi-gida é menor.Em alguns casos migrar de casa-mentos para aniversários tem a ver com oportunidades. Assim ocorreu com Paulo Sérgio da Silva, fotó-grafo em Bragança Paulista (SP). Ele trabalha com a família e faz em média dez aniversários por mês e três casamentos. Pesquisa feita por um grande bufê, parceiro de Silva, descobriu que no mercado de aniversários na cidade há a chance de ganhar o cliente por cinco anos, no mínimo, em razão dos primei-ros aniversários da criança. “O segmento de aniversário está em expansão tremenda. Tem festa em que gastam 1.200 reais apenas em balões”, comenta. Para uma cidade de 160 mil habitantes, o segmento de festas infantis oferece um le-que em todas as classes sociais e boas condições de pagamento. “A grande vantagem é depender só de mim. Você se decepciona menos”, explica. Ele teve experiência de vá-rios anos em uma equipe de repor-tagem. Para Silva estas empresas, por trabalharem com mais equipes, oferecem um preço menor.

questãO de OpçãO

O trabalho familiar é comum no varejo fotográfico e na maior parte das pequenas empresas brasileiras. Na fotografia social não é diferente. “Não diria que trabalho sozinho. Meus dois irmãos são fotógrafos, minha namorada é fotógrafa, minha cunhada é fotógrafa”, diz Guilherme Galembeck, da Galem-beck Fotógrafos. Com estúdio em Campinas (SP), ele divide as re-portagens com os irmãos Gabriela

e Francisco Campos. A operação é curiosa porque não envolve apenas a família, mas o reforço de outros fotógrafos: Fernanda Salomé, Tatiana Ribeiro e Marino Prieto. Cada um vendendo na sua área e região. Francisco Campos dirige o estúdio Pérsio Fotografias, em Araras (SP), e a irmã Gabriela opera o estúdio infantil na mesma cidade. Dessa forma, quando ne-cessário, eles cobrem imprevistos ou datas cheias. “O cliente nunca compra meu trabalho e depois mando outro fotógrafo. Prezamos pela qualidade, bom gosto e con-fiabilidade, que é um dos pontos fortes de se trabalhar ‘sozinho’, ou ter seu nome como marca”, ressalta Galembeck.Em sua opinião, a concorrência entre empresas de reportagem e fo-tógrafos é evidente. Se o fotógrafo, que atua sozinho, sai perdendo no preço em relação às empresas de reportagem, ganha na personaliza-ção, no atendimento. O problema é que as grandes equipes seguem um modelo padronizado, sem espaço para estilo e individuali-dade. “As grandes equipes querem o seu cliente que optou por algo diferenciado. As lojas (e mesmo as grandes empresas) cobram 1/4 do valor cobrado por fotógrafos especializados”, desabafa.

a fOrça dO vOlume

É possível ser grande sem virar fast food em reportagens? Exem-plos espalhados no País mostram que sim. Em São Paulo, um dos modelos mais bem-sucedidos de empresa de reportagem vem do

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estúdio Foto e Vídeo Foca. Coman-dado por Wanderlei Camarneiro, “Foca” como é conhecido, reúne ao mesmo tempo grife e volume gigantesco, o maior do Brasil, de eventos por ano. Um modelo de gestão que pede treinamento, investimento em equipamentos e um processo de venda em que o cliente é atendido do início ao fim pelo mesmo profissional.Destacar a qualidade dos profis-sionais da equipe mesmo que não se trate do fotógrafo principal é o objetivo do Studio Karam, em Curitiba. Com 14 anos de merca-do, segue os moldes da empresa de olho no volume, mas preocupada com qualidade. A empresa tem até laboratório digital. O dono José Luiz Karam Salata começou como vendedor de formatura. Hoje exibe uma imponente sede de quatro andares em 640 metros quadrados, onde há até jardim para retratos dos noivos após a cerimônia. Ka-ram pensou em tudo: localização próxima dos bufês. Com centenas de casamentos feitos por ano já chegou a fazer 13 eventos em um mesmo sábado. Hoje tem 14 fun-cionários e diversos freelancers exclusivos e treinados.Um ponto merece atenção e vale para todos os fotógrafos sociais, independente do modelo de opera-ção adotado: até quando fotografar profissionalmente? Como fazer a transição? Quem sucede o fotógrafo de grife? É fato que na maioria das operações a família está envolvida, mas o processo de sucessão requer atenção especial.Enfim, é natural que cada modelo “puxe a sardinha” para a sua brasa. Sorte que o mercado ajuda. Basta

olhar pesquisa do Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que diz que só em 2006 foram realizados quase 900 mil casamentos no País, 6,5% a mais do que em 2005. São quase 2.500 certidões por dia. Aliás, nesse pon-to todos estão de acordo: “Existe espaço para todo mundo”.

“Cases Internacionais”

grife COm equipes

Fred Marcus Photography. Um negócio familiar iniciado em 1941, em Nova York. O estúdio de quatro andares fica em uma das regiões mais sofisticadas da capital do mundo. É administrado pelo fotógrafo “mito” Andy Marcus com mais de 40 anos de mercado. Na equipe, encabeçada por Andy, também estão o filho Brian e outros seis fotógrafos. Fazem casamentos milionários de celebridades em Manhattam e outras cidades. É a prova de que o conceito de grife pode ser estendido para outras equipes, sem perder personaliza-ção. São 50 funcionários diretos e indiretos e 500 eventos por ano.

um nOvO COnCeitO

Bella Pictures, nos Estados Unidos, é uma agência de profissionais com estilo fotojornalístico. A empresa treina os profissionais que depois trabalham por contrato. O cliente escolhe um dos fotógrafos cadas-trados. A Bella Pictures oferece profissionais em todas as regiões do país, embora o critério geográfico não seja o principal motivo para os

clientes. Na verdade, o interessado acessa o site e decide qual fotógra-fo “bateu” com o que procura. Do lado dos fotógrafos é interessante porque eles podem viajar, tendo tudo pago, além do cachê. Mas não criam os álbuns. Os pacotes começam em 1.800 dólares.

equipe internaCiOnal

Photo Wedding. Reúne talentos em diferentes países para formar uma espécie de seleção de fotógrafos que trabalham com jornalismo, mas decidiram investir em uma empresa de reportagem para casa-mentos. Cada profissional atua em seu país. Até agora faz parte Uru-guai, Bolívia, México e Chile. O cliente escolhe se quer um ou dois fotógrafos. Cláudio Santa fica em Santiago e trabalha atualmente na agência internacional de notícias The Associated Press. Marcelo Hernandez fica em Montevidéu e também trabalha na mesma agência de notícias. Hernandez já teve trabalhos publicados na Folha de 5 Paulo The Washington Post e The New York Times Victor Ruiz fica em La Paz e já trabalhou para o jornal The New York Times enquanto Jaime Puebla reside na Cidade do Mexico Teve trabalhos publicados na revista NewsWeek.

O melhOr Casal (de fOtOgrafOs) dO mundO

No ano passado a revista ameri-cana American Photo considerou a Bebb Studios, em Vancouver, Canadá, como uma das dez melho-res operações de foto de casamento

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do mundo. A empresa é composta pelo casal de fotógrafos Stephen e Jennifer Bebb. Ótimo para quem começou o negócio como bico em 1999. No final daquele ano trans-formaram a fotografia de casamen-to no ganha-pão, com a proposta de lançar um olhar fresco a cada cerimônia e trabalhar de forma entusiasmada a cada evento.

VANTAGENS DESVANTAGENSClientes da loja podem ser seduzidos para eventos

Gerenciamento diário da loja e ainda reportagens no final de semana

Preço mais acessível Treinamento da equipe da loja para fotografar pode sertrabalhoso e oneroso

Agilidade e controle total na revelação Investimento em equipamentos de captura de qualidade

Treinamento de funcionários da loja para reportagens

Risco de o laboratório perder o filão dos profissionais

Não depende de reportagem para viver

vantagens e desvantagens

Loja de foto com reportagem – faturamento de 10 a 25 mil reais por mêsMarketing: boca-a-boca, orientação no balcão, alguns não divulgam a loja com medo de espantar fotó-grafos.

Empresas de reportagem de grande volume – faturamento de 80 a 150 mil reais por mêsMarketing: participação em feiras de noivas, site bem feito e anúncios em revistas de noivas, bom rela-cionamento com parceiros.

VANTAGENS DESVANTAGENSAtende muitos casamentos no mesmo dia

Fotógrafos podem sair a qualquer mo-mento

Faturamento alto Difícil manter uma percepção de alto nível e qualidade das fotos

Tem cacife para minilab e impressoras Gerência complexa, ainda mais se o dono também fotografa

Negócio anda sozinho depois de ma-duro

Tem dificuldade em impor preço

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Fotógrafo com equipe pequena – faturamento de 25 a 40 mil reais por mêsMarketing: participação em feira de noivas, anúncios esporádicos, relacionamento com fornecedores e indicação.

VANTAGENS DESVANTAGENSLiberdade de não responder a uma empresa

Problemas de agenda cheia

Dificuldade de impor a marca, se for iniciante

Dificuldade em indicar outro fotógrafo da própria equipe

Flexibilidade para trabalhar com mais profissionais

Sofre com preços menores da concorrência

Ótima rede de contato, muitas vezes com profissionais de alto nível gerando flexibilidade na agenda e indicações mútuas

Se for iniciante (ou mesmo experiente), pode sofrer para impor preço

Agenda corrida e perda de tempo em tarefas rotineiras

Grifes com equipes de alto volume – faturamento de 200 a 250 mil reais por mêsMarketing: indicação qualificada, site, estúdio vendedor, influência com fornecedores de luxo.

VANTAGENS DESVANTAGENSSe o nome do profissional é a marca, isso atrai clientes

Cliente demandar apenas o fotógrafo principal e ficar frustrado porque não pode atendê-lo

Preço um pouco mais acessível Cliente questionar o estilo de outro profissional que não o principal

Flexibilidade na agenda Gerenciar fotógrafos, treiná-los e sem garantia de que ficarão. Podem até virar concorrente

Depois de estabelecido vira referência como marca

Grife com equipe pequena – faturamento de 150 a 180 mil reais por mêsMarketing: feira de noivas, anúncios em revistas especializadas, indicação e preocupação com gestão de marca.

VANTAGENS DESVANTAGENSAtende pessoalmente o cliente Escravo de agenda corridaBoca-a-boca é mais efetivo Por conta do volume, preço

provavelmente será mais salgado do que o fotógrafo de grife com equipes

Faturamento alto Ameaça de perder clientes para fotógrafos de grife com equipe

Custo menores do que grife com equipe grande

Sofre também concorrência da empresa de reportagem

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COmO esCOlher O videO maker

Um lindo vídeo ou DVD bem gra-vado será uma preciosa lembrança do seu casamento, por isso esco-lham com cuidado a empresa que ficará responsável por eternizar este momento único! É importante ver algumas fitas de casamentos gravados por eles para que vocês possam analisar a qualidade do material. Enquanto estiverem as-sistindo, observem: • Vocês conseguem ver as ima-gens com nitidez ou muitas estão embaçadas? • Há muitos trechos com imagens tremidas? • As cores estão bonitas ou distor-cidas e estouradas? • Como é a qualidade do som?

VEJA ALGUMAS PERGUN-TAS QUE VOCÊS PODERÃO FAZER AO VEDEOMAKER:

1- Há quanto tempo você filma casamentos? 2- Que hora você chegará ao lo-cal? 3- Que tipo de equipamento você usa?4- O que você utiliza para fazer a iluminação? 5- Até que horas você ficará duran-te a recepção?6- Qual é o preço do tempo extra?7- Você edita seu próprio trabalho? Se não, quem edita o seu trabalho? 8- Você tem um assistente? (assis-tentes facilitam a vida do profissio-nal. Eles fazem os testes de som, ajudam com a iluminação, etc.)9- Que tipo de efeitos especiais você utiliza?

10- Nós poderemos escolher nossa própria música de fundo?11- Que formato é: VHS ou digi-tal?12- Quanto tempo levará para finalizar a fita / DVD?13- Quanto custa cada cópia a mais?14- Você poderá editar uma outra cópia se nós não ficarmos satisfei-tos com o produto final?15- Qual o preço do pacote intei-ro?16- Quais são as condições de pagamento? 17- Você trabalha com inidicação ? Faz parceria de trabalho?

Atenção: Na hora de fechar, exijam um contrato especificando tudo que foi discutido na reunião. Ele será a garantia de que vocês realmente terão o que estão pagando!

Horários Para cada tiPo de casamentos

Podemos considerar que o horário é a base de tudo, pois a partir dele é que se define a decoração, o cardápio, os trajes, enfim o estilo da recepção. Vejamos então alguns cuidados para se evitar uma “saia justa”. ManhãO casamento pela manhã é informal, portanto não exige muito luxo, no entanto a não ser que todos seus convi-dados sejam empresários ou profissionais liberais, dê preferência aos finais de se-

mana, assim ninguém pre-cisa “arriscar o emprego” para ir ao seu casamento. Quanto ao cardápio, o ideal é oferecer um café da manhã, ou um brunch (uma mistura de café da manhã com almoço). Evite o brilho nas roupas, principalmente se o casamento for ao ar livre.

TardeO casamento à tarde tam-bém é considerado informal, mas já se pode colocar um pouco de brilho nas roupas, de forma bem discreta. Como no casamento pela manhã, dê preferência aos finais de semana. O cardá-pio pode ser um chá com pães e frios, um coquetel, ou um coquetel seguido de salada e um prato quente, ou até um churrasco (no caso de recepção em chá-cara/sítio). NoiteO casamento à noite pede mais requinte e sofistica-ção. Pode abusar do brilho e usar tecidos mais nobres, mas sempre usando o bom senso. Quanto ao cardápio pode ser servido um coque-tel ou um jantar que pode ser informal (serviço ame-ricano - onde os próprios convidados se servem), ou formal (servido à francesa - servido por garçons).

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Talento e dedicação para conquistar

seu espaçoSem experiência profissional anterior em fotografia, Fabricia Soares consegue, em poucos anos, um lugar no disputado mercado de casamentos

Se há um ramo que parece imune a qualquer crise, é o de fotografia de casamento. Não há mudança de comportamento na sociedade que altere o hábito, quase tão antigo quanto a própria cerimônia, de registrá-la em fotos e, mais recentemente, em vídeo. O setor é tão pulsante que abre espaço até para a entrada de novos fotógrafos, mesmo com pouca ou nenhuma experiência profissional anterior. Basta talento, vontade e dedicação. É o caso de Fabricia Soares. Apaixonada pela fotografia desde sempre — “minha primeira câmera foi uma Tekinha, que comprei aos oito anos com minha mesada e tenho guardada até hoje”, lembra —, Fabricia estudou peda-gogia e seguiu na carreira até os 30 anos, administrando uma grande escola de Niterói (RJ), onde mora, O gosto pela fotografia, no entanto, permanecia vivo, ainda mais esti-mulado depois que comprou um equipamento digital. “Nunca tinha pensado na fotografia como uma profissão, mas acabei começando a fotografar festinhas de aniversário dos alunos para reforçar o orça-mento, Descobri que estava infeliz no meu emprego, fazendo a mesma coisa há cinco anos, e decidi mudar de vida. Comprei um equipamento

melhor e, quando vi, estava traba-lhando de domingo a domingo”, conta. A fotografia, na verdade, nunca esteve ausente em sua vida, O pai e o irmão sempre fotografa-ram muito — “meu pai viajava por todo o Brasil, a trabalho, e trazia fotos maravilhosas de paisagens e pessoas”, diz —, o que acabou tendo influência em seu gosto e na própria formação de sua identidade fotográfica, Ela pensou em traba-lhar como fotojornaljsta, inspirada no trabalho de feras como Custó-dio Coimbra, Evandro Teixeira, Severino Silva e, especialmente, Frederico Mendes, que considera seu grande mestre: “Os workshops que fiz com ele foram minha maior bagagem”, acredita. O sonho de ser fotojornal-jsta foi sendo adiado enquanto ela economizava para comprar um equipamento melhor, até que os casamentos entraram em sua vida — por acaso. “Era a última coisa que queria fazer. Achava cafona, brega, sem nenhuma beleza, até que minha irmã resolveu casar e

me pediu para fazer as fotos. Fiz uma pesquisa no Google e descobri nomes como Nellie Solitreriiclç, Rafaela Azevedo, Márcia Charni-zon, além de estrangeiros como a Anna Kuperberg, Bem Chrisman,,. e pronto. Fiquei apaixonada”. Ela conta que se identificou “de cara” com esse estilo mais artístico e espontâneo da fotogra-fia social. “Era justamente o que eu buscava, e aí repensei todos os meus conceitos sobre a fotografia de casamento, Percebi que final-mente consegui delinear o que eu tanto buscava desde criança, que era fazer arte com fotografia, escrever com as imagens, registrar os momentos tão marcantes de um casamento de forma bem poética. É meio inexplicável isso”, emociona-se. Encontrado o caminho, restava trilhá-lo e afirmar-se nele. O que conseguiu, unindo o talento e conhecimento ao esforço e dedi-cação. “Não sou de ficar paradona reclamando da vida. Me dedico completamente ao trabalho, fico 24 horas por dia pensando em

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casamentos, borbulhando idéias... dedicação total. Como me disse uma noiva, a gente casa todo final de semana”, brinca. Para ela, a fotografia de casamento mexe com o profissional por causa da “adrenalina pura”. “É muita res-ponsabilidade, um momento único para as pessoas, que confiaram em meu trabalho e não podem ser decepcionadas”, afirma. E é justa-mente desse desafio que mais gosta no trabalho, assegura. Fabricia trabalha com o ma-rido, o também fotógrafo e designer Alexandre Marques, responsável pelos álbuns que a dupla entrega aos casais. Os álbuns, por sinal, são um dos pontos fortes da dupla, de acordo com a fotógrafa: “Mo-déstia à parte, são bem bonitos e criativos”, comenta. Eles oferecem várias opções para a apresentação das imagens, e, independentemente do álbum escolhido, entregam aos noivos todas as fotos produzidas num DVD. “Para nós, ter todas as fotos é um direito do casal”,

diz Fabricia. A estratégia, além de agradar a clientela, tem outra vantagem. “Isso otimiza o nosso trabalho e transfere a responsabi-lidade sobre o armazenamento dos backups”, explica. O casal faz no máximo um casamento por dia — quando muito, dois por final de semana. “Nos outros dias, atendemos os clientes no escritório e cuidamos do tratamento das imagens e da montagem dos álbuns”, explica. A idéia, diz, é oferecer um trabalho bem personalizado. Os pacotes incluem o registro dos preparativos dos noivos — principalmente da noiva — e da festa. “São em média nove horas de trabalho em cada casamento”, afirma a fotógrafa, que optou por não ter estúdio. “O trabalho é totalmente voltado para a cerimônia”, esclarece. Fabricia usa equipamento Nikon (seis câmeras e diversas objetivas, além dos flashes e luz de fundo, a cargo do assistente que acompanha o casal nas cerimô-

nias) e diz que ele é importante, mas não suficiente. “Ele não faz o fotógrafo”, acredita. O que conta, para ela, é o olhar, a capacidade de captar um instante, o poder de congelar um segundo, o segundo. “Cada foto é única, inédita”. Para os que pretendem en-trar nesse mercado, tem um único conselho. “Pratiquem! Eu vejo muitos iniciantes investindo pesado em congressos, cursos de luz, de assistente, de flash, de fotografia de casamento, de marketing em casa-mento, mas nada disso vale sem a prática. Eu comecei praticando nos casamentos das minhas amigas. Fiz quatro casamentos de graça. Minha primeira noiva pagante custou a aparecer, mas depois foi uma loucura, tive que largar de vez a pedagogia. Hoje, temos 60 casamentos por ano”, orgulha-se. Ela fez apenas um curso, o básico, onde aprendeu a revelar e ampliar. .HttP://fabriciasoares.a

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a prinCesa e O sapO

Os casamentos modernos estão ficando parecidos com festas de criança. O sapo de pelúcia, com nome de galã de cinema (Brad Pitt), substi-tuiu o tradicional buquê de noiva. Está à venda por R$ 120,00Só faltou a fada madrinha no ca-samento de Carolina Campos, em São Paulo. Teve beijo no sapo e até buquê de pirulitos. A cerimônia colorida que uniu a jovem de 24 anos a Fábio Monteiro, de 26, foi inspirada em histórias infantis. A dama de honra entrou balançando seu vestido de flores de mão dada com o pajem, que puxava um caminhãozinho de madeira onde estavam as alianças. Foi uma cerimônia de acordo com a tendência moderna: casar sob a inspiração de motivos infantis. Em vez de arranjos florais, alguns bu-fês são decorados com balões me-talizados e coloridos. Brinquedos comuns em festas de criança estão sendo alugados por recém-casados. Um deles é o funclick, uma espécie de totem interativo que tira fotos dos convidados e grava vídeos de lembrança para os noivos. A mais recente invenção é a vaca de pelúcia. Em vez de cortar a gravata do noivo, o casal faz um leilão de uma vaquinha de pelúcia. A diferença é que os lances são feitos com dinheiro vivo – que não é devolvido. Quem der o maior lance leva a vaca. “Os símbolos da infância tornam a cerimônia mais divertida”, diz o psicólogo Per Gjerde, da Universidade da Califórnia, especialista em rituais religiosos. “Já vi verdadeiros espe-

táculos na pista de dança”, afirma. “Noiva descendo do teto e chuva de pirulitos.” Segundo ele, a adoção de símbolos infantis é despretensiosa e não fere a tradição. Gjerde diz que nos Estados Unidos as noivas já aderiram ao modismo. Aqui também. Empresas espe-cializadas já têm mais de 3 mil encomendas de buquês de pirulito e 1.200 de sapos até o fim do ano. Gravatas em miniatura, que tam-bém substituem a tradição de cortar a gravata do noivo em pedacinhos,

são vendidas em todo lugar. Até o tradicional arroz lançado pelos padrinhos na saída da igreja está caindo em desuso. A novidade tem forma de coração e recheio de cereal. É mais leve, não machuca e dificilmente entra no decote. O ce-real é fabricado por uma empresa de alimentos infantis americana. “Não estragou meu penteado e ficou lindo”, diz Carolina. Há noivas que preferem algo ainda mais leve – bolhas de sabão. Alu-gam máquinas que fazem bolhas

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e as colocam na saída da igreja. Outras distribuem potinhos de água com sabão aos convidados. Entre tantas novidades, nenhuma é tão marcante quanto Brad Pitt. Trata-se de um sapo de pelúcia, jogado pela noiva no fim da festa, no lugar do buquê de flores. No casamento de Carolina, o sapo

voou 5 metros até ser agarrado por Cristina Lemos, de 62 anos. “As solteiras lutaram por ele com muito entusiasmo”, disse Carolina. Cris-tina beijou o sapo e abriu a pista de dança com seu longo lilás e... pan-tufas personalizadas, um presente dos noivos. “Nunca imaginei que os casamentos tivessem evoluído tanto”, disse. E o que acontece com as flores? Devidamente desidrata-das, elas vão para o álbum de fotos do casamento. A tendência infantil pode levar a exageros. Uma noiva paranaense, casada em setembro, fez uma festa à fantasia. Ela apareceu vestida de boneca de pano, de chiquinhas tor-tas e pirulito de plástico. Faz sen-tido. “A idéia do casamento surge ainda na infância, com os contos de fada”, diz Gjerde. “As noivas

têm um desejo quase inconsciente de imitar as princesas. O que todas elas querem é o final feliz das prin-cesas da Disney”, afirma Gjerde. Talvez a nova onda não seja assim tão diferente da festa tradicional.

igrejas COBram para fOtOgrafO pOder traBalhar

Profissionais são obrigados a se cadastrar e a pagar para atuar em casamentos; os valores chegam a R$ 800 e, às vezes, são registrados como doações

As igrejas mais procuradas pelos noivos em São Paulo são o pesadelo dos prestadores de serviços de ca-samento. Além de cobrar taxas sal-gadas, também exigem pagamento de R$ 50 a R$ 800 de fotógrafos, videomakers, floriculturas e corais. Muitas vezes, a contragosto dos profissionais, as igrejas emitem recibos de doação -como se fosse pagamento espontâneo.Algumas não se limitam à cobran-ça. Também proíbem que empresas ou pessoas não cadastradas traba-lhem no local.Na Nossa Senhora do Brasil (zona oeste da capital paulista), onde a "fila de espera" dos noivos é de cerca de um ano para casamentos aos sábados, a taxa para profissio-nais cadastrados é R$ 200 e, para não-cadastrados, de R$ 600 a R$ 800.Na Catedral Ortodoxa (Paraíso) e nas igrejas Perpétuo Socorro (Jar-dim Paulistano) e São Pedro São Paulo (Morumbi), por exemplo, os profissionais passam por uma ava-

liação do conselho administrativo, que aprova o credenciamento."Na semana passada, toquei na Ortodoxa porque um noivo me pediu. Durante a semana, me ligaram dando sermão e falando que eu tinha de pagar uma taxa. Pediram para eu acertar até sexta, se não ia ficar malvisto", diz Sidney Lima, integrante do Coral Mozart.Em outra igreja paulistana, a fotógrafa Luciana Cattani precisou se disfarçar de convidada para registrar um casamento. "E se a noiva tiver amigos ou parentes que são fotógrafos e querem dar isso de presente de casamento? ", indaga Luciana.Para driblar essa proibição, muitos entram nas igrejas fingindo fazer parte de uma das equipes cadastradas -e pagam um percentual para o grupo que cedeu o nome.Para conseguir se cadastrar na Perpétuo Socorro, um videomaker que preferiu não se identificar conta que teve de insistir por alguns anos e pagar R$ 5.000. Como faz cerca de cinco casamentos por semana, calcula gastar R$ 48 mil por ano só com taxas nas igrejas (sem contar os valores pagos anualmente). "Mas aderi ao sistema porque estava perdendo muitos eventos", conta.Na Cruz Torta, em Pinheiros, o preço é de R$ 100 para pessoas registradas e R$ 800 para os de fora. Já a igreja São José, no Jardim Europa, afirma que "os profissionais que prestarão serviço na igreja deverão contribuir com uma taxa, que reverterá em prol das obras assistenciais". O valor é R$ 200.

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Os fornecedores não-cadastrados também afirmam sofrer também com a propaganda negativa feita por padres e funcionários das igre-jas. "Eles fazem terrorismo, dizem que os profissionais escolhidos pelo casal são ruins ou que não vão deixá-los entrar. Uma vez, uma noiva que já tinha fechado contrato me ligou chorando por causa disso", afirma o fotógrafo Beto Riginik, há dez anos no ramo.Os noivos também reclamam, já que o valor cobrado pela igreja acaba sendo repassado nos orçamentos. A advogada Juliana Herweg, 28, se arrependeu de se casar na Perpétuo Socorro."Foi um estresse muito grande. Perto do casamento, me pressio-naram para dizer quem ia fazer os serviços de foto e vídeo. Falei o nome de uma empresa qualquer, eles ligaram para confirmar, e a empresa negou. Aí, começaram a me telefonar e fazer ameaças", afirma. Ela pagou R$ 900 para usar a igreja e mais R$ 360 de taxa de foto e vídeo.

paróquias alegam gastOs de manutençãO

As igrejas alegam que as taxas são cobradas de fornecedores de serviços de casamento para ajudar a manter as paróquias e as obras assistenciais. Algumas também afirmam que, se não cobrarem dos profissionais, os noivos terão de pagar mais caro.A Nossa Senhora do Brasil afirma que, além da limpeza e pagamento de funcionários, é responsável pela

manutenção de duas creches.A Cruz Torta diz que passou a exigir dinheiro em vez de quatro cestas básicas em razão da “ma-landragem” dos profissionais, que enviavam “cestas básicas minús-culas”.A paróquia diz que teve uma ex-periência ruim há seis anos com um profissional que usou um equi-pamento de som que prejudicou a parte elétrica. No site da igreja, o padre Ilson Frossard fala que “toda a oferta deve ser espontânea, livre e alegre”.Segundo Alexandre Silvestre, responsável pelo guia de noivos da Igreja São Pedro São Paulo, as taxas são necessárias porque as igrejas cedem o espaço para os profissionais trabalharem. “O fo-tógrafo usa a parte elétrica, fiação etc. A taxa é uma forma de contribuir com os gastos”.Silvestre diz que “um fotógrafo de fora do guia até pode fazer seu trabalho, contanto que pague o mesmo que o fotógrafo creden-ciado paga para trabalhar o ano todo”, diz. A taxa para profissional não-cadastrado, é de R$ 1.500.Para o padre Gregório Teodoro, da Catedral Ortodoxa, é importante que haja uma seleção de profissio-nais. “As nossas cerimônias são diferentes, e os profissionais têm que se submeter às normas da igreja”.A igreja Perpétuo Socorro, que tem 32 profissionais de foto e vídeo cadastrados, afirmou que o dinheiro das taxas é utilizado na manutenção e em obras sociais.O padre da igreja São José do Jardim Europa, cônego Roberto Pires, não respondeu aos recados.

nOivOs devem reCeBer

R$ 14.000 de indenização por casamento sem fotos

A ausência do profissional con-tratado para fotografar e filmar um casamento em Juiz de Fora levou a 10ª Câmara Cível do TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) a condenar a Foto Estúdio Arte e a Gláucia Noivas, empresa de aluguel de vestidos de noiva, a pagarem indenização de R$ 14.000 ao casal, por danos morais, além de R$ 2.280, refe-rentes ao valor pago pelo serviço. Segundo informações do TJ-MG, a noiva e o noivo mantiveram um relacionamento estável durante quase 12 anos, tendo um filho, e sempre sonharam em se casar. Por serem pessoas simples e de poucos recursos, adiaram o casamento até que pudessem rea-lizá-lo da forma como pretendiam. A cerimônia foi marcada para o dia 21 de janeiro de 2006 e, em maio de 2005, o casal contratou o ser-viço de filmagem e fotografia com o estúdio, que funciona no mesmo local da empresa de aluguel de ves-tidos de noiva. O valor da filmagem (R$1.180) e do álbum (R$1.100) começaram a ser pagos em agosto de 2005, em cinco prestações. No dia do casamento, ao chegarem à igreja, os noivos imediatamente procuraram pelos contratados para que pudessem iniciar a sessão de fotos e filmagem, mas eles não

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haviam chegado. Após 20 minutos de espera, a noiva foi incentivada pelos familiares a entrar na igreja e não esperar mais pelos profissio-nais, que de fato não apareceram. A noiva alegou ter entrado na igreja atônita, sentindo-se ofen-dida, frustrada, envergonhada e triste, pois o momento sonhado há mais de 10 anos “havia-se tornado um pesadelo”. Através de provas testemunhais, comprovou-se que os noivos não puderam usufruir da festa de casamento, saindo mais cedo da recepção em razão do nervosismo e do cons-trangimento por que passaram. A juíza Sônia de Castro Alvim, da 1ª Vara Cível de Juiz de Fora, entendeu que a responsabilidade do estúdio de fotografia deve ser dividida com a firma de aluguel de vestidos de noiva, uma vez que funcionam no mesmo local, têm o mesmo telefone de con-tato e as mesmas funcionárias. Assim, condenou-os a indeni-zar os noivos, solidariamente. No recurso ao Tribunal de Justiça, os desembargadores Pereira da Sil-va, relator, Cabral da Silva e Rober-to Borges de Oliveira confirmaram a decisão de primeira instância. Segundo o relator, “a falta injus-tificada do fotógrafo contratado à cerimônia de casamento, de forma indubitável, gerou aborre-cimento e constrangimento aos noivos, ao perceberem que aquele importante momento de suas vidas não seria documentado”.

Outro lado Procurada pela reportagem de Última Instância, a responsável pela Gláucia Noivas, Joaquina Maria de Campos, afirmou que sua empresa apenas funcionava no mesmo andar do edifício em que funcionava a Foto Estúdio Arte. "A Gláucia Noivas cumpriu todos os contratos estabeleci-dos com os noivos e só fomos envolvidos no processo porque o casal não encontrou registros da empresa de fotografia", disse. Além disso, Joaquina de Campos contou que a noiva mudou repen-tinamente a data do casamento e esse teria sido o motivo pelo qual o fotógrafo não conseguiu fazer os registros.

igreja indeniza nOivOs de CasamentO 'inCOmpletO'

Cerimônia durou apenas 12 minu-tos. Padre diz que não teve pressa no ritual do sacramento.Denice não foi buscar até hoje o álbum de casamento, traumatizada com o dia que deveria ser o mais feliz de sua vida. A secretaria da paróquia, em Belo Horizonte, marcou a cerimônia para às 20h30, como ficou registrado no convite. Mas para o padre, o casamento era meia hora mais cedo. "O padre disse: 'infelizmente não vou poder realizar seu casamento. Tenho um compromisso muito mais importante que isso aqui.' Nunca vou esquecer a forma que ele disse", relata a comerciante

Denice Mendonça Galdino.

A cerimônia durou 12 minutos. O padre tirou a batina no altar, saiu da igreja e não deu a benção final. Além de assustados, os noivos fi-caram em dúvida sobre a validade do casamento. Eles suspenderam a festa e deci-diram entrar na Justiça, alegando que houve descaso do padre. Depois de três anos e uma derrota em primeira instância, a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais foi anunciada nesta quinta-feira (4). A mitra arquidiocesana de Belo Horizonte foi condenada a pagar dois mil reais por danos morais. A igreja não informou se vai recorrer. O padre, que foi transferido para o interior do estado, disse que não teve pressa na celebração. Ele garante também que cumpriu todo o ritual do sacramento. Ele disse também que deu de presente ao casal uma benção apostólica do Papa Bento XVI. "Jamais a gente pode substituir o sacramento do matrimônio por uma benção papal. Isso, que depende muito das amizades que os padres têm, é oferecido a um cônjuge na celebração do matrimônio ou em uma comemoração de bodas de prata. Mas nunca para substituir o sacramento", diz o padre Nivaldo Rosa da Silva.

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COmO enriqueCer COm fOtOs de CasamentO

Seguindo a idéia de fotógrafo empresário, ele fatura o equiva-lente a quatro lojas com minilab só fotografando noivas enoivos

Num papo com Wanderlei Carma-neiro, o interlocutor fica na dúvida se fala com um fotógrafo, um empresário, ou um consultor para assuntos de festas de casamento. Wanderlei Carmaneiro, 51 anos, casado, três filhos e dono do Foto Foca, de S.Paulo, parece reunir as três habilidades em pesos iguais como receita para construir uma empresa diferente – dedicada exclusivamente a fotografar casa-mentos. Há 28 anos no mercado, Wanderlei levou o Foto Foca a derrubar alguns mitos, entre eles, o de que os noivos rejeitam a pre-sença de outro profissional que não seja o fotógrafo contratado. “ Não queria o meu negócio atrelado ao meu nome, e daí chamar-se Foto Foca”, justifica-se. Com a ajuda da esposa Regina – “uma mestre em custos e finanças”, diz – Wanderlei tem o exato perfil do “fotógrafo-empresário”, um modelo americano que provou ser certeiro também no Brasil. Seus álbuns e fitas de vídeo são considerados produtos, cujas composições de custos e variáveis de rentabilidade têm controles por computador. O que impressiona, entretanto, é o conceito de abor-dagem de vendas que implantou. Evita dar preços por telefone, estimula a visita pessoal do cliente e trabalha com três salas de vendas em que as noivas são entrevistadas

pelo mesmo fotógrafo que fará a cobertura. E mais, não abre mão de mostruários impecáveis de fotos e vídeos. É o primeiro no Brasil a introduzir foto digital nas reportagens sociais e para isso não poupou investimentos de alguns milhares de dólares numa sala de demonstrações, onde o computador assume o papel de vendedor. “Não tem erro, o cliente vê o efeito na tela e compra”, festeja. Wanderlei recebeu o editor da FOCUS e dividiu a sua receita de faturar o equivalente a uma rede de quatro

lojas com minilab, e ser o profis-sional de casamento de mais gorda conta bancária em todo o País. A seguir, trechos da entrevista. FOCUS - No que uma empresa de reportagem funciona diferente de um fotógrafo de casamento? Wanderlei - É uma questão de marketing e de conceito de traba-lho. No Foca, somos no total 16 funcionários. Fotógrafos mesmo, quatro. A empresa opera calculada em cima de uma quantidade pré-

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determinada de reportagens, nem mais, nem menos. O segredo está na sua constância. Não é chegar num fim de semana, ter 10 casa-mentos, e aí, pegar amigos que são bancários ou vendedores, pra fazer um bico. No Foca isso nunca vai acontecer. Os meus fotógrafos têm a formação especializada que inclui treinamento desde postura, vendas, fotografia e até boas ma-neiras. Adotamos um padrão de conduta que funciona como marca registrada da empresa. FOCUS - Em média, quantas reportagens o Foca faz por fim de semana? Wanderlei - Vou te dar o número anual. Fechamos o ano de 97 com um total de 736 reportagens. FOCUS - Fora de S. Paulo, os fotógrafos dizem que empresas de reportagem não funcionam. Acham que a noiva contrata o talento individual do fotógrafo como um artista que vai assinar suas fotos e, por isso, não aceitam que vá outro fazer a cobertura no seu lugar. Como o senhor vê isso? Wanderlei - O segredo está em transformar o próprio fotógrafo em vendedor e trabalhar com entrevistas. Ou seja, a noiva é entrevistada e atendida, do início ao fim, pelo mesmo fotógrafo que vai fazer a reportagem. Quem acha que isso não funciona é porque não tem pessoas treinadas e nunca se preocupou em tê-las. No Foca, toda manhã de quarta-feira é reser-vada ao treinamento. Avaliamos tudo, foto e vídeo. Questionamos

onde tal cobertura poderia ter sido melhor e tentamos estabelecer um padrão de qualidade único, embora cada evento tenha história própria. Estudamos muito o perfil do clien-te e em como agir com ele, se é chato, se é chiliquento, se a mãe é chiliquenta. FOCUS - O Foca parece adotar uma abordagem de vendas muito especial. Como ela funciona? Wanderlei - Nesse negócio é pre-ciso entender que cada cliente tem um potencial diferente do outro. Muitos vêm aqui e perguntam: 30 fotos, quanto fica? Em primeiro lugar, não saímos por 30 fotos. É impossível fazer uma cobertura decente com o valor de 30 fotos. No padrão que considero decente, bem entendido. Evito dar preços por telefone e todo meu esforço é centrado em trazer o cliente até aqui. Pedir orçamento por telefone é a mesma coisa que perguntar “quanto custa o seu Picasso aí”. Fotografias de casamentos são ser-viços personalizados que precisam ser avaliados e estudados, antes de executá-los, pois cada um tem sua cara. Esse é o nosso maior argu-mento para atrair a noiva até aqui. Casamento é uma fantasia. Se o fotógrafo consegue enquadrar as suas fotos dentro do contexto dessa fantasia, fecha fácil o contrato. FOCUS - Se alguém contratar o Foca para um álbum de 60 fotos, quanto vai pagar? Wanderlei - R$ 2.200,00. FOCUS - Dizem que é difícil se-

gurar um fotógrafo na condição de empregado e que ele acaba sempre ou virando um free-lancer ou mon-tando o seu próprio estúdio...

Wanderlei - É uma questão de remuneração e da condição de trabalho que lhe é dada. O Foca, por exemplo, paga salários fixos e mais um prê-mio por evento, além de todos terem participação no lucro da empresa. Ganham entre 3 e 5 mil reais por mês, e o meu gerente chega a atingir 7 mil. É difícil faturar isso como autô-nomo ou mesmo operando um pequeno estúdio. Todos estão comigo há mais de 10 anos.

FOCUS - Por que grande parte dos fotógrafos de repor-tagem sonha em ter minilab e acaba montando loja?

Wanderlei - Porque eles não gostam de fotografia. Talvez até, nunca tiveram vocação para isso. É bem mais fácil ga-nhar dinheiro com loja. Agora, como fotógrafo, tem que ser muito bom. Eu, pessoalmen-te, tive todas as chances de montar laboratório e nunca fiz. Sabe por quê? Porque fotógra-fo dono do laboratório empurra qualquer porcaria para o seu cliente. Pensa no prejuízo do laboratório. Cada macaco no seu galho, não se consegue fazer bem todas as coisas.

FOCUS - O senhor fatura o equi-valente a uma rede de quatro lojas, só fotografando casamentos, mas está em S.Paulo. E um fotógrafo

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de cidade menor, onde não há mercado para festas na sua cate-goria de preços. O senhor acha que ele conseguiria viver sem ser um “ faz-de-tudo”? Wanderlei - Todos dizem isso: o pessoal de S. Paulo tem dinheiro. Concordo que meu modelo é mais fácil numa cidade como S. Paulo, mas acho que em outras cidades a maioria poderia melhorar muito, sobretudo, utilizando melhores técnicas comerciais. Eles podem – e muito – melhorar o seu padrão, impondo-se com um serviço de primeira que vende em qualquer lugar. A maioria nunca pensou nisso. Falo de cadeira, pois quando dou cursos, invariavelmente chega um grupinho e me pergunta quanto cobro. Quando isso acontece, já sei que estão atrasados. Quem faz meu preço é o valor dos diferenciais do meu trabalho e a decisão do mer-cado, de pagá-lo ou não. Quais são os meus diferenciais para justificar meu preço? Só as fotos? São tão artísticas assim que valeriam algo mais? E o meu atendimento? Eu atendo no balcão da loja? Há três igrejas na cidade e não tenho mos-truário de nenhuma? Aliás, não tenho mostruário de coisa alguma, só umas fotos de umas noivas de uns cinco anos atrás. Ih, precisava ter também um mostruário de vídeo... Aí, meu irmão, só mesmo dizendo que usa Nikon e se não co-lar, baixar o preço. Se pensar bem, cada fotógrafo tem o casamento que merece.

FOCUS - Pelo que diz, o senhor é um mestre na arte de vender fotos de casamento...

Wanderlei - A parte comercial é a chave de tudo. Não adianta você só ser um grande fotógrafo, um grande artista como Van Gogh. E daí? Em vida, ninguém comprava os quadros dele. Conheço vários colegas assim. No Foca, eu divi-do as tarefas com minha esposa Regina. Ela cuida do administra-tivo e financeiro, e eu cuido do comercial. Para mim, quando os fotógrafos brasileiros imitarem o exemplo dos americanos que enca-ram a fotografia como um negócio

empresarial, aí se separa o joio do trigo e só ficam os bons. Esses sim, vão ganhar mais dinheiro do que se montassem lojas. Dou-lhe um exemplo. Minha esposa fez alguns cálculos e identificou que o álbum que mais vendíamos não dava lucro. Fiquei chocado. Ela se referia à reportagem de 40 fotos que chamamos de “standard”. Pois bem, decidimos tratar o “standard” como cigarro, um produto ne-cessário para atrair o comprador, mas centramos nossos esforços de vendas no adicional. Funcionou. Isso é trabalhar com fotografia

profissional. Aprender a vender o mais difícil. Não nego a sorte de ter minha esposa me ajudando. Ela é craque em calcular a fotografia como produto e no controle dos pontos-de-venda. FOCUS - O que é um ponto-de-venda para um fotógrafo de casamentos? Wanderlei - A igreja. O local onde ele trabalha. Nessa matéria existem detalhes que faculdade alguma ensina. Cada igreja tem uma rotina de funcionamento, algo como se fosse o seu escritório. Essa rotina precisa ser respeitada senão vira bagunça. E isso era muito comum entre os fotógrafos. Chegava fulano e impunha o seu jeito de trabalhar. Aí vinha o Beltrano, e fazia total-mente diferente. Depois, o outro Fulano achava que tinha tomadas de menos ou que devia enfiar um microfone no padre. Resultado: virava uma balbúrdia, comprome-tendo a principal missão da igreja: os ritos do evangelho. Foi então quando as igrejas de São Paulo pas-saram a credenciar fotógrafos que respeitassem as suas normas e se encaixassem nas suas rotinas. Não tem nada de exclusividade, como dizem. É só se submeter às regras da igreja. Acontece que existem profissionais com 20 ou 30 anos de janela no ramo que interpretam isso como uma interferência no seu estilo de trabalhar, e reclamam. FOCUS - Então não existe essa coisa de máfia dos casamentos? Wanderlei - Olha, para quem trabalha nisso, não existe nada

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mais desagradável e tolo do que se indispor com o padre. Inexpli-cavelmente, há profissionais que criam uma guerra psicológica entre noivos, padre e igreja. É claro que a paróquia jamais vai ver com sim-patia quem faz intrigas, assim, no mínimo, não facilita as coisas. Um certo grau de política é necessário em qualquer negócio, por que no nosso seria diferente? FOCUS - Qual foi a reportagem mais cara que o senhor já ven-deu? Wanderlei - Tenho clientes de R$ 40 mil. Pagam à vista e todo ano aparece pelo menos um nessa faixa. FOCUS - O senhor enfrentou al-guma situação inusitada nas suas reportagens de casamentos? Wanderlei - Bem, os hábitos e comportamentos do ser humano têm mudado muito nos últimos tempos. Hoje, os homens estão um pouco mais delicados e entram em áreas que antes não lhe competiam, como discutir o vestido da noiva ou opinar sobre as flores. Há muitos anos eu fotografei um casamento inteiro, num dos bufês mais finos da cidade. Entregamos o álbum e o vídeo, e passado um tempo, veio uma senhora aqui pedir mais fotos porque o filho não tinha feito cópias para ela. Escolhia pelas pro-vas, mas nunca era o filho, sempre a noiva. Quem lhe atendia pergun-tou: a senhora não vai escolher as fotos do seu filho? Ela disse – “esse é o meu filho!” apontando para a noiva. Juro, no dia da reportagem

ninguém percebeu. Ela ou ele, sei lá, estava o tempo todo de luvas de luvas. Minha esposa quando mon-tou o álbum disse que estranhou o gogó. O gogó é mesmo fatal, né?

FOCUS - E o casamento mais engraçado? Wanderlei - Tive vários e devo até ter uma fita de videocassetadas. Um bem engraçado foi o de uma noiva, na igreja, usando aqueles bambolês para armação do vestido. Alguns estilistas gostam daquilo. Ela passou mal e levei uma cadeira para se sentar. No que ela sentou, foi em cima do bambolê que levan-tou inteiro e apareceu “tudinho”, o que só o noivo veria na noite de núpcias. Ela estava de frente para o padre que, atônito, se recolheu para a sacristia até que tudo se recom-pusesse. Teve outra mais terrível ainda. A do padre que foi espirrar, tentou segurar o espirro e acabou neste esforço soltando um sonoro “pum”, ouvido nos quatro cantos da igreja. Essa foi tão engraçada! FOCUS - O que é um casamento brega? Wanderlei - Brega depende de região para região. Mas breguice universal é quando a noiva quer fazer um casamento, geralmente se espelhando numa amiga, que não pode pagar, ou que não está de acordo com o seu padrão de renda. Por outro lado, não existe nada mais chique do que se mostrar autêntico, como se exatamente é. A elegância está na harmonia da simplicidade.

FOCUS - E a fotografia brega?

Wanderlei - A externa, em praça pública. É brega por duas razões. A primeira, por expor os noivos ao constrangimento desagradável de ficar em um lugar aberto e motivo para as pessoas rirem, ou os car-ros passarem dizendo gracinhas. A segunda, por uma questão de segurança. Eu,pessoalmente, já fui assaltado duas vezes. FOCUS - O que é proibido fazer em fotos de casamentos ? Wanderlei - Prometer o que não pode cumprir. Receber antecipado e demorar para entregar. Falar mal do colega. Chegar atrasado. Fazer barulho na igreja. Aparecer mais que os noivos na cerimônia. Irritar o padre. Vestir-se inadequadamen-te. Ser grosseiro e antipático. Ter entreveros com bufês e outros que prestam serviços na festa. Entrar na intimidade do cliente. Achar que os noivos são amigos. Imaginar-se como um dos convidados. Flertar com convidados. Beber na festa. Não ficar até o final, quando a noi-va joga o buquê , e que é uma das cenas mais importantes do álbum.

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1 ano antes do Casamento: • Após tomarem a decisão de se casar, é conveniente que se decidam pela igreja e pelo buffet onde querem realizar a cerimônia e a festa. • É muito difícil conciliar as datas. O ideal é fazer as reservas com pelo menos um ano de antecedência. • Faça um check list de tudo o que precisa organizar. Com 6 meses de antecedência: • Reserve tudo o que puder: faça contato com músico e já reserve a sua data. • Decoração da igreja, buffet e fotografias também devem ser acertados. • Comece a preparar o enxoval, sem exageros nas quantidades, mas com muita qualidade. Com 5 meses de antecedência: • Escolha o vestido de noiva e quem vai fazê-lo ou alugá-lo. Seu estilo deve seguir o estilo da cerimônia e da recepção. O traje do noivo também deve ser escolhido com a mesma atenção que o da noiva. • Faça a sua lista de convidados, e de seu noivo também, para saber quantos são, e poder efetivar seu contrato com a empresa de convites e buffet. Com 4 meses de antecedência: • Providenciar o roteiro da sua lua-de-mel, seu bolo, cerimonial e hotel das núpcias. Resolver o cardápio, escolher as lembrancinhas. Escolher as músicas para a igreja e recepção. Encomendar os convites com a empresa de sua preferência. • Confirmar no cartório a data e os documentos necessários. Rever as roupas que têm e as que precisa comprar para a lua de mel.

ANEXO I

DICAS PARA OS NOIVOS

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Com 3 meses de antecedência: • Defina as flores.. Providencie os acessórios para usar com o vestido de noiva. Defina a locação do automóvel e do motorista que irá levar os noivos. Mães e madrinhas já devem estar providenciando os trajes. Fazer a lista de chá de cozinha e de presentes em lojas especializadas. Com 2 meses de antecedência:

• Faltando 2 meses para sua festa, é hora de pensar na animação. Festa animada é sinônimo de adereços. Estes, combinados com uma boa música, e seus convidados são os responsáveis pelo sucesso da festa. • Escolha uma boa variedade de produtos e distribua para os convidados na pista de dança. É sucesso na certa !!! Comece a fazer a entrega dos convites. Marque a data para o chá de panela. Verifique se o enxoval já está completo e se o vestido de noiva está ficando do jeito que você quer. Faça a reserva do seu dia da noiva no salão. Com 1 mês de antecedência: • Contate todos os profissionais para checar se tudo está realmente confirmado. Cheque também a viagem de núpcias. Verifique se todos os trajes estão sendo providenciados realmente: mães, madrinhas, daminhas, noivo. Com 2 semanas de antecedência: • Faça uma limpeza de pele, corte o cabelo se precisar, não deixe para a última hora. A mala para a viagem deve começar a ser feita. Faça uma lista das coisas que quer levar para a viagem. Aproveite para fazer as últimas compras como maquiagem, lingerie, cosméticos e não esqueça de providenciar dois pares de meias para o grande dia. Com 1 semana de antecedência: • Confirme no seu check list se tudo está andando de acordo com o planejado, e converse com todos os envolvidos, desde profissionais até padrinhos. • Faça o teste do cabelo e da maquiagem no Salão. Faça a depilação e massagens. Verifique seu vestido e o Traje do Noivo. Na Véspera do Grande Dia: • Relaxe e cuide só de você. Alimente-se bem, curta os presentes, namore um pouquinho

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e durma cedo, para não ficar com olhos fundos.

NO GRANDE DIA Acorde tranqüila e confiante de que tudo aquilo que você planejou vai dar certo e não esqueça de se comprometer em ser feliz! Dicas: • A maquiagem dos olhos deve ser a prova d`água ja que há grandes possibilidades de você chorar na cerimônia. Procure fazer o teste da maquiagem alguns dias antes. O cabeleireiro e maquiador devem ser especializados em noivas, tomando sempre maiores cuidados com o tom da maquiagem por causa do efeito de luz, que poderá deixá-la muito pálida ou com maquiagem carregada. A maquiagem deve ser suave e as unhas pintadas em tom claro. • Há, especialistas em etiqueta social, que defendem a rigorosa pontualidade da noiva, argumentando que o atraso é deselegante em qualquer circunstância. O atraso superior a 15 minutos poderá ser descontado pelo sacerdote na sua cerimônia, para não atrapalhar os outros casamentos agendados pela igreja. Vale lembrar que o ato de atrasar é uma falta de respeito com os convidados que costumam chegar na hora certa. • De qualquer forma, o carro e o fotógrafo devem estar prontos para buscar a noiva com 60 minutos de antecedência. Desse modo, a noiva terá tranqüilidade para tirar algumas fotos e ir para a igreja sem atropelos. Ela pode ter a companhia de alguém no carro que possa ajudá-la a descer, arrumar o vestido e verificar se está tudo certo. Para isso, é fundamental a contratação de algum profissional de atuação em cerimonial.

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ANEXO II

MUDANÇAS NAS REGRAS DE CASAMENTO NA IGREJA

Jorge Elvis, um dos mais conceituados fotógrafos de casamentos e eventos sociais do Rio de Janeiro, opina sobre as novas regras impostas pela Cúria, para fotografar casamentos nas igrejas católicas:

Eu como católico praticante, aceito e não aceito várias destas mundanças, como: - Não Filmar e fotografar os convidados e noivos durante a homilia: CONCORDO: (O padre está neste momento fazendo um sermão e este sermão é para que os noivos/padrinhos ouçam, pois normalmente são palavras importantes e quando ficam fazendo pose para serem fotografados/filmados, não ouvem o sermão. (mas sou a favor de que se possa fazer fotos/video nesta hora, mas sem movimentação, sem flash ou iluminador) (minha paróquia já é assim há tempos). - No momento da homilia e do rito, o fotografo/cinegrafistar tem q ficar imóvel: CONCORDO, mesmos motivos que citei acima. - Foi proibido a entrada da dama com as alianças: foi sugerido os noivos entrarem com a aliança na mão direita: CONCORDO, acho desnecessário, é uma parte demorada, o noivo (como eu fiz) pode levar as alianças no bolso ou mesmo a daminha (que já está no altar) deverá estar com a aliança na cestinha que leva.

- no restante da cerimônia, se movimentar de forma discreta: CONCORDO, isto é para evitar alguns fotógrafos estrela, que chamam mais atenção, (e até falam), que os noivos. - acabou a entrada dos padrinhos pelo corredor central, entrada pelo corredor central, somente dos pais, noivos e damas/pajens (antes dos noivos). DISCORDO, porque isto, afinal todo este grupo estará presente no altar. - Retirar a música na entrega e colocação das alianças (pode haver musica após a colocação das alianças, as musicas serão permitidas somente na procissão das entradas após entrega das alianças comunhão saida - DISCORDO, são musicas de fundo, não interferem em nada (pelo menos onde atuo)

o mais legal, é que serão criados grupos “de estudo” pela Cúria, para treinar os profissionais a se portarem durante a cerimônia e será criado também uma credencial para que estes profissionais possam atuar livremente em qualquer Igreja Católica do Brasil, ou seja, a própria Igreja se adiantou e acabou com a cobrança de propina existentes em algumas Igrejas. CONCORDO, mas acho difícil colocar estas resoluções em prática.

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ANEXO III

EXEMPLO DE RITUAL DO CASAMENTO CATÓLICO

O texto que se segue é um exemplo do ritual que poderá ser utilizado na celebração do casamento sem missa, retirado de um Site da Igreja Católica na Internet. Os noivos poderão escolher outras leituras dentre um conjunto disponível no cerimoniário dos casamentos (consultem o vigário da paróquia onde vão se casar). Poderão igualmente enriquecer a cerimônia com alguns cânticos apropriados.

RITOS INICIAIS Marcha Nupcial

Terminado a marcha nupcial, sacerdote e fiéis, todos de pé, benzem-se, enquanto o sacerdote, voltado para o povo, diz:

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

O povo responde:Amen.

Depois, o sacerdote, abrindo os braços, saúda o povo, dizendo:

A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.

O povo responde:

Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

O sacerdote faz uma admonição aos noivos e a todos os presentes, afim de dispor os seus corações para a celebração do Matrimónio, dizendo estas palavras ou outras semelhantes:

(nome do noivo) e (nome da noiva), a Igreja toma parte na vossa alegria e acolhe-vos de coração magnânimo bem como aos vossos familiares e amigos, no dia em que, diante de Deus, vosso Pai ides constituir entre vós uma comunhão de toda a vida. O Senhor vos atenda neste dia de felicidade, derrame sobre vós as bênçãos do Céu e seja o vosso guia. Ele vos conceda quanto deseja o vosso coração e realize todos os vossos desígnios.

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Em seguida o sacerdote, de mãos juntas, diz:

Oremos.

E todos, juntamente com o sacerdote, oram em silêncio durante alguns momentos. Depois, o sacerdote, de braços abertos, diz a ORAÇÃO COLECTA.

Atendei, Senhor, as nossas súplicas, derramai benignamente a vossa graça sobre os vossos servos (nome da noiva) e (nome do noivo) que hoje se unem em matrimónio junto do vosso altar e confirmai-os no amor fiel e santo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

No fim o povo aclama:

Amen.

LITURGIA DA PALAVRA

Em seguida, o leitor vai ao ambão e lê a PRIMEIRA LEITURA, que todos escutam sentados.

Leitura do livro do Génesis:Disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre os animais selvagens e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.Deus criou o homem à sua imagem, criou-o à imagem de Deus. Ele os criou homem e mulher.Deus abençoou-os e disse-lhes: “Crescei e multiplicai-vos; enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem na terra”.Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom.

No fim da leitura, o leitor diz:

Palavra do Senhor.

Todos respondem com a aclamação:

Graças a Deus.

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O salmista ou cantor canta ou recita o SALMO, ao qual o povo responde com o refrão.

Refrão: Feliz o que teme o Senhor e anda em seus caminhos.Poderás viver do trabalho das tuas mãosSerás feliz e terás bem estarAssim será abençoadoAquele que teme ao Senhor. REF.Tua mulher será em teu larComo vinha fecundaTeus filhos em torno da tua mesaComo rebentos de oliveira. REF.De Sião te abençoe o Senhor,Para gozares da prosperidade de JerusalémTodos os dias da tua vida,E veres os filhos dos teus filhos,Paz para Israel. REF.A seguir faz-se a SEGUNDA LEITURA

Leitura da Epístola do apóstolo S. Paulo aos EfésiosIrmãos: Caminhai na caridade, a exemplo de Cristo, que nos amou e Se entregou por nós.Maridos, amai as vossas esposas como Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela, a fim de a santificar, purificando-a no Baptismo da água pela palavra da vida, para a apresentar a Si mesmo, como Igreja cheia de glória, sem mancha nem ruga, mas santa e imaculada.

Assim os maridos devem amar as suas esposas como a seus corpos. Quem ama a sua esposa ama-se a si mesmo. Ninguém de facto odiou jamais o seu corpo, antes o alimenta e lhe presta cuidados, como Cristo à Igreja; pois nós somos membros do seu Corpo.“Por isso, o homem deixará pai e mãe, para se unir à sua esposa, e serão os dois uma só carne”. E grande este mistério, digo-o em relação a Cristo e à Igreja.

No fim da leitura, o leitor diz:

Palavra do Senhor.

Todos respondem com a aclamação:

Graças a Deus.

Segue-se o Evangelho

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O sacerdote dirige-se para o ambão, e diz:

O Senhor esteja convosco.

O povo responde:

Ele está no meio de nós.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

O povo aclama:

Glória a Vós, Senhor.

A seguir proclama o EVANGELHO

Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns fariseus, para O experimentarem e disseram-Lhe: “É permitido ao homem repudiar a sua esposa por qualquer motivo?”

Jesus respondeu: “Não lestes que o Criador, no princípio, os fez homem e mulher e disse: ‘Por isso o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa, e serão os dois uma só carne?’ Deste modo, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu”.

Terminado o Evangelho, diz:

Palavra da salvação.

O povo responde com a aclamação:

Glória a Vós, Senhor.

Depois, segue-se a HOMILIA. Terminada esta inicia-se o

Rito do matrimónio

Noivos caríssimos, viestes à casa da Igreja para que o vosso propósito de contrair Matrimónio seja firmado com o sagrado selo de Deus, perante o ministro da Igreja e na presença da comunidade cristã. Cristo vai abençoar o vosso amor conjugal. Ele, que já vos consagrou pelo santo Baptismo, vai agora dotar-vos e fortalecer-vos com a graça especial de um novo Sacramento para poderdes assumir o dever de mútua e perpétua fidelidade e as demais obrigações do Matrimónio. Diante da Igreja, vou, pois, interrogar-vos sobre as vossas disposições.

Diálogo antes do consentimento

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Sac.: (nome do noivo) e (nome da noiva), viestes aqui para celebrar o vosso Matrimónio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo?

Os noivos: É, sim.

Sac.: Vós que seguis o caminho do Matrimónio, estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida?

Os noivos: Estou, sim.

Sac.: Estais dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educá-los segundo a lei de Cristo e da sua Igreja?

Os noivos: Estou, sim.

Consentimento

Sac.: Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimónio, uni as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus e da sua Igreja.

Os noivos unem as mãos direitas.O noivo diz:

Eu (nome do noivo), recebo-te por minha esposa a ti (nome da noiva), e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.

A noiva diz:

Eu (nome da noiva), recebo-te por meu esposo a ti (nome do noivo), e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.

Aceitação do consentimento

Confirme o Senhor, benignamente, o consentimento que manifestastes perante a sua Igreja, e Se digne enriquecer-vos com a sua bênção. Não separe o homem o que Deus uniu.

O sacerdote convida os presentes ao louvor de Deus

Bendigamos ao Senhor.

Todos respondem:

Graças a Deus.

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Bênção e entrega das alianças

Abençoai e santificai, Senhor, o amor dos vossos servos (nome do noivo) e (nome da noiva), para que, entregando um ao outro estas alianças em sinal de fidelidade, recordem o seu compromisso de amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R. Amen.

O esposo coloca no dedo anelar da esposa a aliança a ela destinada, dizendo:

Esposo: (nome da noiva), recebe esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade.Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Do mesmo modo, a esposa coloca no dedo anelar do esposo a aliança a ele destinada, dizendo:

Esposa: (nome do noivo), recebe esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade.Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Oração universal

Irmãos caríssimos, celebrando o especial dom da graça e da caridade, com que Deus se dignou consagrar o amor dos nossos irmãos (nome do noivo) e (nome da noiva), confiemo-los ao Senhor, dizendo:

R. Ref. Nós Vos rogamos, ouvi-nos, Senhor.

Para que os nossos irmãos (nome do noivo) e (nome da noiva), unidos em santidade pelo Matrimónio, possam alegrar-se com a salvação eterna, oremos ao Senhor. Ref.Para que abençoe a sua aliança, como se dignou santificar as núpcias em Caná da Galileia, oremos ao Senhor. Ref. Para que vivam num perfeito e fecundo amor, gozem de paz e protecção, dêem bom testemunho de vida cristã, oremos ao Senhor. Ref.Para que o povo cristão progrida sempre na virtude e aos que vivem oprimidos por várias necessidades seja concedido o auxílio da divina graça, oremos ao Senhor. Ref.Pelos parentes e amigos destes esposos e por todos os que lhes prestaram auxílio, oremos ao Senhor. Ref.Pelos jovens, que se preparam para o Matrimónio e por todos os que Deus chama a outra condição de vida, oremos ao Senhor. Ref.Para que todos os esposos aqui presentes sintam hoje renovada pelo Espírito Santoa graça do seu Matrimónio, oremos ao Senhor. Ref.Enviai benignamente, Senhor, sobre estes esposos o espírito da vossa caridade para que

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se tornem um só coração e uma só alma e nada separe os que Vós unistes e cumulastes com a vossa bênção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R. Amen.

BÊNÇÃO NUPCIAL

Deus, Pai santo, que pelo vosso infinito poder fizestes do nada todas as coisas e, na harmonia primordial do universo, formastes o homem e a mulher à vossa imagem e semelhança, dando um ao outro como companheiros inseparáveis, para se tornarem os dois uma só carne, e assim nos ensinastes que nunca é lícito separar o que Vós mesmo unistes; Deus, Pai santo, que no grande mistério do vosso amor consagrastes a aliança matrimonial, tornando-a símbolo da aliança de Cristo com a Igreja; Deus, Pai santo, que sois o autor do matrimónio e destes à primordial comunidade humana a vossa bênção que nem a pena do pecado original nem o castigo do dilúvio nem criatura alguma pôde abolir; Olhai benignamente para estes vossos servos, que, unindo-se pelo vínculo do Matrimónio, esperam o auxílio da vossa bênção: enviai sobre eles a graça do Espírito Santo para que, pelo vosso amor derramado em seus corações, permaneçam fiéis na aliança conjugal.Seja a vossa serva (nome da noiva) fortalecida com a graça do amor e da paz , imitando as santas mulheres que a Escritura tanto exalta. Confie nela o coração do seu marido, honrando-a como companheira igual em dignidade e com ele herdeira do dom da vida, e ame-a como Cristo amou a sua Igreja. Nós Vos pedimos, Senhor, que estes vossos servos (nome do noivo) e (nome da noiva) permaneçam unidos na fé e na observância dos mandamentos; fiéis um ao outro, sirvam de exemplo pela integridade da sua vida; fortalecidos pela sabedoria do Evangelho, dêem a todos bom testemunho de Cristo; recebam o dom dos filhos, sejam pais de virtude comprovada, e possam ver os filhos dos seus filhos, e, depois de uma vida longa e feliz, alcancem o reino celeste, na companhia dos Santos.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho,que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R. Amen.

RITOS DE CONCLUSÃO

O sacerdote abençoa os esposos e o povo dizendo:

Deus Pai vos conserve unidos no amor, para que habite em vós a paz de Cristo e permaneça sempre em vossa casa.

R. Amen.

Sede abençoados nos filhos, ajudados pelos amigos, e vivei com todos em verdadeira paz.

R. Amen.

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Sede testemunhas do amor de Deus no mundo, socorrendo os pobres e todos os que sofrem, para que eles vos recebam um dia, agradecidos, na eterna morada de Deus.

R. Amen.

E a vós todos, aqui presentes, abençoe Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.

R. Amen.

Em seguida, de mãos juntas e voltado para o povo, diz:

Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.

O povo responde:

Graças a Deus.

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ANEXO IVPORQUE GOSTO DE

FOTOGRAFAR CASAMENTOS

1) É um evento cheio de emoção alegria; a celebração do amor entre duas pessoas. Quantos podem dizer que trabalham em local onde isto está presente?

2) Um acontecimento com muitas pessoas bonitas, bem arrumadas, perfumadas, sorrindo. As pessoas se encontram, se abraçam, confraternizam, comem, bebem, dançam e estão aproveitando a vida. Quantos podem dizer que trabalham em locais onde tudo isto está presente?

3) Vou fazer algo que ficará para a posteridade. Daqui a 100 anos ninguém mais vai lembrar de mim ou saber quem eu sou. Mas a quarta geração de alguma família vai olhar um album amarelado, fora de moda, com um monte de imagens de gente feliz e vai ler “Marcos Netto - Fotógrafo Profissional”. E talvez vão pensar: “Como é que esse cara conseguia produzir estas imagens sem utilizar eletro-transferência optomagnetica-laser (fotos por telepatia com impressão holográfica direta) e fazia um trabalho tão bonito?” Quantas pessoas poderão dizer que seu nome ou seu trabalho alcançará tal longevidade?

4) Quando saio para fotografar um casamento, nunca sei o que vou encontrar pela frente. Cada evento é um trabalho novo, com novos desafios a serem vencidos. Não há rotina. Quantas pessoas podem dizer que desfrutam de um trabalho assim ?

5) Para a maioria dos mortais, fotografar é um hobby. Eu ganho para fotografar. Quantas pessoas podem dizer que ganham para fazer aquilo que mais gostam?

6) Não há dinheiro que pague a expressão dos noivos quando colocam as mãos e os olhos no material final na hora da entrega do serviço.

Agora, quando ao final da festa os noivos chegam para você e dizem “Meus parabéns pelo seu trabalho; ainda não vimos nada, mas temos a certeza de que ficou perfeito!”, isto significa que alguém lá em cima te colocou no lugar certo, na hora certa, para fazer a coisa certa. Quantas pessoas podem dizer isto de seu trabalho?

Um dos meus possíveis infernos seria ser condenado a ir a infinitos casamentos sem poder fotografá-los. (risos) Aliás, eu quero saber (atire a primeira pedra...) qual é o fotógrafo que consegue ir a algum evento onde outro fotógrafo esteja trabalhando e consegue ficar 100% relaxado? Hein? Dá ou não dá aquela vontadezinha de “...Ah! Se eu estivesse ali estaria fazendo isso ou aquilo desta ou daquela forma...”?

Marcos Nettohttp://www.marcosnetto.com.br

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ANEXO VEXEMPLO DE BATIZADO

Procura-se trabalhar com velocidades mais baixas para gravar o fundo mantando o EV da câmera eo posição de -1. O ritual é muito rápido, portanto esteja preparado!

Flash TTL posição 45° inclinação, rebatedor – f/5.6 – s 1/20

Flash TTL posição 45° inclinação, rebatedor – f/5.6 – s 1/20

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Flash TTL posição 45° inclinação, rebatedor – f/4.8 – s 1/30

Flash TTL posição 45° inclinação, rebatedor – f/4.8 – s 1/30

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Flash TTL posição 45° inclinação, rebatedor – f/4.8 – s 1/30

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ANEXO VIROTEIRO DE FOTOS PARA

CASAMENTO

Foto casamento civil Noivos com os padrinhos Noivo assinando o livro Noiva assinando livro Fotos antes da cerimônia Noiva se preparando para a cerimônia Buquê da noiva Noivo se preparando para a cerimônia Noiva saindo de casa detalhe do vestido da noiva Noivo saindo de casa Fotos da cerimônia geral da Igreja Troca de aliança Parentes dos noivos entrando Beijo dos noivos Entrada dos padrinhos Cumprimentos Entrada do noivo Saída dos noivos Noiva saindo do carro Convidados jogando arroz/pétalas damas e pajens caminhando até o altar Noivos juntos no carro Entrada da noiva Noivos no altar Retratos Nova sozinha Dama de honra com pajem noivo sozinho Noiva com seus pais Noiva e noivo Noivo com seus pais Noiva de costas Noiva e noivo com os pais da noiva Noivo com os padrinhos dele Noiva e noivo com a família da noiva Noiva com as madrinhas dela Noiva e noivo com os pais do noivo noiva com padrinhos e madrinhas dela Noiva e noivo com os pais do noivo Noiva com damas de honra Noiva e noivo com a família do noivo Noiva e noivo com parentes de ambos Fotos no local da festa Geral do salão decorado para a festa Fotos de grupo de convidado Detalhes,arranjos e flores Primeira dança do casal Detalhes do bolo Noiva dançando com o pai Lembrancinhas Noivo dançando com a mãe Convidados chegando Convidados dançando Chegada dos noivos Palco/ banda Amigos assinando livro de presença Noivos cortando bolo Padrinhos assinando livros Brindes Noivos com certificado