apostila - curso linux administrador de sistemas

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LINUXAdministrador de Sistemas

GOINIA 2000

NDICE1- Introduo.............................................................................................. 01 1.1- Histrico............................................................................................. 01 1.2- Linux x UNIX.................................................................................... 01 1.3- Free Software Foundation e GNU...................................................... 02 1.3.1- Free Software Foundation........................................................ 02 1.3.2- Projeto GNU............................................................................ 02 1.4- Outras Iniciativas................................................................................ 03 2- Kernel..................................................................................................... 05 2.12.22.32.4Definio............................................................................................ Esquema de Numerao de Verses.................................................. Desenvolvimento do Kernel............................................................... Funes e Bom Uso do Kernel.......................................................... 05 05 06 06

3- Sistema de Arquivos no Linux............................................................. 08 3.13.23.33.43.53.6Introduo.......................................................................................... Arquivos............................................................................................. Diretrios........................................................................................... Tipos de Arquivos.............................................................................. Atributos dos Arquivos...................................................................... Hierarquia de Arquivos e Diretrios.................................................. 08 08 08 09 09 10

4- Comandos e Ferramentas Importantes............................................... 14 4.14.24.34.44.5Introduo.......................................................................................... Consideraes Iniciais........................................................................ Comandos Bsicos............................................................................. Comandos Avanados........................................................................ Utilitrios Importantes....................................................................... 4.3.1- dd.............................................................................................. 4.3.2- tar............................................................................................. 4.3.3- rpm........................................................................................... 4.3.4- gunzip/gzip............................................................................... 4.3.5- find.......................................................................................... 4.3.6- fdformat................................................................................... 4.3.7- mkfs......................................................................................... 4.3.8- fsck.......................................................................................... 4.3.9- mtools...................................................................................... 14 14 15 18 22 22 23 23 24 24 25 25 25 25

5- Instalao do Sistema............................................................................ 27 5.15.25.35.45.55.65.75.85.95.105.115.125.135.145.155.165.17Usando o Teclado para Navegar........................................................ Carregando o Programa de Instalao................................................ Instalando Sem o Uso do Disquete de Inicializao.......................... Iniciando a Instalao......................................................................... Classes de Instalao.......................................................................... Criando as Parties........................................................................... 5.6.1- Usando o Disk Druid............................................................... 5.6.2- Usando o fdisk........................................................................ Configurao do Sistema de Arquivos............................................... Selecionando e Instalando Pacotes.................................................... 5.8.1- Dependncias Entre Pacotes.................................................... 5.8.2- Instalao de Pacote................................................................. Instalando o Mouse............................................................................ Instalando a Rede............................................................................... Configurando o Relgio..................................................................... Selecionando Servios Inicializados Automaticamente..................... Instalando a Impressora..................................................................... Definindo a Senha do Super Usurio................................................. Criando um Disquete de Inicializao do Sistema............................. Instalando o LILO.............................................................................. Instalando o Servidor Grfico............................................................ 27 28 29 29 31 32 32 35 36 37 38 38 39 39 39 40 40 41 41 42 43

6- Ambiente Grfico.................................................................................. 45 6.1- Introduo.......................................................................................... 45 6.2- Servidor Grfico (X11) ..................................................................... 45 6.3- General User Interface (GUI)............................................................. 45 6.3.1- MOTIFF.................................................................................. 46 6.3.2- QT........................................................................................... 46 6.3.3- GTK........................................................................................ 47 6.4- Gerenciadores de Janela..................................................................... 48 6.4.1- KDE........................................................................................ 48 6.4.2- Enlightenment......................................................................... 48 6.4.3- Window Maker....................................................................... 48 6.5- GNOME............................................................................................. 49 7- Interpretador de Comandos................................................................. 50 7.17.27.37.47.5Introduo.......................................................................................... Shell x Prompt.................................................................................... Scripts x Arquivos batch................................................................... Exemplos de Shell.............................................................................. Programao em Shell (csh).............................................................. 7.5.1- Operadores.............................................................................. 7.5.2- Caracteres Especiais................................................................ 7.5.3- Variveis Locais...................................................................... 7.5.4- Passagem de Parmetros......................................................... 7.5.5- Variveis Globais.................................................................... 7.5.6- Comandos Condicionais e em Lao........................................ 50 50 50 51 51 52 52 53 53 54 54

8- Configurao do Sistema...................................................................... 57 8.1- Introduo.......................................................................................... 57 8.2- O Teclado........................................................................................... 57 8.2.1- O que um mapa de teclado? ................................................ 57 8.2.2- Comandos do Pacote KBD..................................................... 57 8.2.3- Configurando o Teclado no Console...................................... 58 8.2.4- Configurando o Teclado no Ambiente Grfico....................... 59 8.3- As Portas de Comunicao................................................................ 59 8..3.1- setserial.................................................................................. 60 8.4- O Mouse............................................................................................. 61 8.5- A Impressora...................................................................................... 61

8.6- O Modem........................................................................................... 62 8.6.1- Problemas de IRQ................................................................... 62 9- Administrao do Sistema.................................................................... 64 9.19.29.39.4Introduo.......................................................................................... Partida e Parada (Os Nveis de Execuo) ........................................ Arquivos Importantes do Diretrio /etc............................................. Administrao de Usurios................................................................ 9.4.1- Etapas de Criao de um Usurio.......................................... 9.4.2- Arquivos de Inicializao de Login........................................ 9.4.3- Poder para o Usurio............................................................... 9.4.4- O Comando sudo.................................................................... 9.5- Gerenciamento de Processos.............................................................. 9.5.1- Atributos de um Processo....................................................... 9.5.2- Desenvolvimento de um Processo.......................................... 9.4.3- Tipos de Processos.................................................................. 9.5.4- Monitoramento e Controle de Processos................................ 9.6- Administrao e Controle de Tarefas................................................. 9.7- Alguns Daemons Importantes............................................................ 9.7.1- O Daemon atd......................................................................... 9.7.2- O Daemon crond.................................................................... 9.7.3- O Daemon lpd......................................................................... 9.7.4- O Daemon syslogd.................................................................. 64 64 66 69 69 70 70 70 71 72 72 73 74 75 76 76 77 78 79

10- Linux e Redes........................................................................................ 81 10.110.210.310.410.5Introduo.......................................................................................... Comandos teis para Configurao de Redes................................... Arquivos Importantes......................................................................... Point-to-Point Protocol (PPP)............................................................ Network File System (NFS)............................................................... 10.5.1- Configuraes Iniciais........................................................... 10.5.2- Nvel Servidor........................................................................ 10.5.3- Nvel Cliente.......................................................................... 10.6- File Transfer Protocol (FTP).............................................................. 10.6.1- Nvel Servidor........................................................................ 10.6.2- Nvel Cliente.......................................................................... 10.7- Telnet................................................................................................. 81 81 83 85 85 85 86 87 87 88 89 90

11- Conectando-se Internet por Acesso Discado................................... 91 11.1- Introduo.......................................................................................... 11.2- Conexo usando o programa Minicom.............................................. 11.3- Conexo Automatizada - Dial UP...................................................... 11.4- Conexo usando Gnome-PPP............................................................ 91 91 92 93

12- Bibliografia............................................................................................ 95 APNDICE 1 Conceitos Importantes Sobre Sistemas Operacionais.. APNDICE 2 Sobre as Diversas Distribuies de Linux.................... APNDICE 3 - Preparao para o Linux................................................ APNDICE 4 O Editor vi....................................................................... APNDICE 5 Compilao do Kernel.................................................... APNDICE 6 A Gnu Public License..................................................... 96 97 99 101 103 105

Agradecemos a todos os nossos colaboradores, os quais, como ns, acreditam em liberdade de idias e de escolha.

Esse material distribudo como um produto que obedece GNU PUBLIC LICENSE.

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1- Introduo1.1- HistricoO Linux foi, originalmente, escrito por Linus Torvalds do Departamento de Cincia da Computao da Universidade de Helsinki, Finlndia, com a ajuda de vrios programadores voluntrios atravs da Internet. Linus Torvalds iniciou promovendo o kernel como um projeto particular, inspirado em seu interesse no Minix, um pequeno sistema UNIX desenvolvido por Andrew Tanenbaum. Ele se limitou a criar, em suas prprias palavras, um Minix melhor que o Minix. E depois de algum tempo de trabalho em seu projeto, sozinho, ele enviou a seguinte mensagem para a Internet: Voc suspira pelos bons dias do Minix-1.1, quando homens eram homens e escreviam seus prprios drivers de dispositivos? Voc est sem um bom projeto e morrendo de vontade de ter uma primeira experincia com um sistema operacional que voc possa modificar para se adequar s suas necessidades? Voc est achando frustrante que tudo funcione no Minix? No agenta mais noites trabalhando para colocar bons programas em funcionamento? Ento esta mensagem pode ser exatamente para voc. Como mencionei h um ms atrs, estou trabalhando em um sistema operacional gratuito similar ao Minix para computadores AT-386. Ele finalmente alcanou um estgio em que pode ser utilizado (pode tambm no ser dependendo do que voc deseja), e eu desejo colocar os arquivos fonte para ampla distribuio. Est apenas na verso 0.02...mas obtive sucesso utilizando bash, gcc, gnu-make, gnu-sed, compress, etc. No dia 5 de outubro de 1991 Linus Torvalds anunciou a primeira verso oficial do Linux, verso 0.02. Desde ento muitos programadores tm respondido ao seu chamado e tm ajudado a fazer do Linux o Sistema Operacional que hoje.

1.2- Linux x UNIXSendo um assunto ainda recente, muito se especula a respeito do que seria o Linux, e um erro freqente categorizar o Linux como se fosse UNIX. Portanto, torna-se importante frisar: Linux no UNIX. Na verdade, o Linux um sistema operacional concebido segundo os padres UNIX. Contudo, no possui sequer uma linha de cdigo do UNIX. O UNIX TM uma marca registrada do Unix Lab. Todos os sistemas baseados naqueles cdigos so chamados de uma forma geral de UNIX. O Linux, estritamente falando, o kernel, ou seja, a parte central do sistema, responsvel por intermediar a relao entre aplicativos e hardware. Desenvolvido inicialmente pelo programador finlands Linus Torvalds, hoje conta com alguns milhares de colaboradores ativos, espalhados pelo mundo inteiro. Muitas contribuies vm de fontes diferentes: o gcc

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(compilador C), gmake (ferramenta utilizada na otimizao de compilaes), bison, flex, e outros programas provm da Free Software Foundation e seus colaboradores, normalmente liberadas com licena estilo GNU, a qual abordaremos no prximo tpico desse material. Grande parte dos utilitrios de rede, so provenientes de distribuies da Universidade de Berkeley, com licenas mais restritivas que o GNU, conhecidas como BSD (Berkeley Software Design). O sistema de gerenciamento da interface grfica baseado em janelas, tambm conhecido como X-Windows, foi desenvolvido originalmente pelo MIT (Massachusetts Institute of Technologies), com contrato envolvendo a Xerox Corporation e hoje mantido por uma associao, a X-Open. A verso usada com o Linux normalmente provm de uma outra organizao com nome XFree, mas tambm existem servidores comerciais, tais como o MetroX e o AcceleratedX.

1.3- Free Software Foundation e GNU1.3.1- Free Software FoundationA expresso Free Software se refere liberdade do usurio de executar, copiar, distribuir, estudar, alterar e melhorar o software. Mais precisamente, se refere a quatro nveis de liberdade:

A liberdade de executar um programa, para qualquer finalidade; A liberdade de estudar como o programa funciona e adapt-lo s suas necessidades; A liberdade de distribuir cpias para qualquer pessoa; A liberdade de melhorar programas e liberar suas modificaes ao pblico para que todos se beneficiem.

Portanto, voc tem a liberdade de distribuir cpias de programas, com ou sem modificaes, grtis ou cobrando uma taxa de distribuio, para qualquer um, em qualquer lugar. Voc tambm tem a liberdade de fazer modificaes e utiliz-las em benefcio prprio, sem nem mesmo mencionar que elas existem. Se voc resolver publicar suas modificaes, no tem a obrigao de notificar ningum em particular.

1.3.2- Projeto GNUO projeto GNU foi concebido em 1983 como um modo de trazer de volta o esprito cooperativo que prevalecia no mundo da computao em anos anteriores. Em 1971, quando Richard Stallman comeou sua carreira no MIT, ele trabalhou em um grupo que utilizava exclusivamente o software livre. At mesmo companhias de computao distribuam esse tipo de software. Os programadores tinham a liberdade de colaborar uns com os outros, o que geralmente acontecia. J no incio da dcada de 80, quase todo o software havia se tornado proprietrio. Nessa realidade surgiu o projeto GNU.

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A idia inicial do projeto idealizado por Stallman era a de construir um sistema operacional completo e compatvel com o padro UNIX, o qual atendesse a toda e qualquer necessidade do usurio comum, sem que esse precisasse recorrer ao software proprietrio. O objetivo inicial foi alcanado j no incio dos anos 90, com a implementao da grande maioria dos componentes do sistema GNU. A exceo era o kernel do sistema. Foi justamente nesse perodo que surgiu um promissor projeto de kernel com o cdigo fonte aberto para distribuio, produzido por um jovem estudante finlands, o qual mais tarde foi combinado ao software GNU, dando origem a um sistema operacional completo e eficiente.

1.4- Outras IniciativasApesar de ser o sistema operacional aberto com padro UNIX de maior destaque no momento, o Linux no a nica iniciativa do gnero. Um bom exemplo disso o sistema BSD em suas diversas vertentes de desenvolvimento. Desenvolvido inicialmente pela Universidade de Berkeley, esse sistema se divide em vrios outros, em sua maioria gratuitos e com o cdigo fonte aberto. Dentre os diversos BSD existentes, podemos destacar o FreeBSD, o OpenBSD, o NetBSD e o BSDI. O BSDI a verso comercial do BSD. o nico deles pelo qual se cobra e que no possui cdigo fonte aberto. Possui uma proposta bem definida: desenvolvimento de ferramentas para redes, contando para isso com aliados poderosos, tais como US Robotics, Sun Microsystems, Bay Networks, Netscape, Secure Computing, Air Touch Cellular, Digital Equipment Corporation, NEC, AT&T e Motorola. Apesar de inicialmente desenvolvido para a plataforma PC, so grandes os incentivos, principalmente destes aliados, no sentido de se portar o sistema para outras plataformas, como por exemplo PowerPC e Sparc. Quanto aos trs outros sistemas citados, podemos dizer que as diferenas so poucas. Todos eles so distribudos gratuitamente. A maior desvantagem do FreeBSD que ele s comporta a plataforma PC, enquanto que o OpenBSD e o NetBSD comportam outras plataformas. Em contrapartida, o FreeBSD possui um melhor tratamento para a memria virtual quando comparado com os outros dois sistemas em questo. Quanto compatibilidade, os programas desenvolvidos em qualquer tipo de BSD normalmente no ter maiores problemas para funcionar nos outros. Mas se a pergunta o porqu de tais sistemas no fazerem o mesmo sucesso do Linux, a resposta simples. O BSD e suas diversas vertentes foram desenvolvidos em meio altamente cientfico: uma Universidade. Deste modo, a filosofia do sistema um pouco mais, digamos, formal, que a do Linux. O objetivo desenvolver ferramentas mais poderosas e robustas, principalmente no que diz respeito a segurana e a redes de computadores. O pblico alvo do sistema so muito mais os grandes servidores de redes que o usurio comum.

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Na verdade, essa proposta vem sendo bem aceita na medida que diversos servidores de redes vm adotando um dos sistemas BSD como seu sistema operacional padro.

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2- Kernel2.1- DefinioO kernel nada mais , de uma maneira bem simples, que o ncleo de um sistema operacional. ele o responsvel de estabelecer a comunicao entre software e hardware. Tambm aqui existe uma confuso bastante freqente: ao contrrio do que muitos pensam, o kernel no uma exclusividade do Linux. Ele existe em qualquer sistema operacional. O assunto kernel na comunidade Linux bastante comum devido as freqentes atualizaes que ele sofre, o que geralmente no ocorre em outros sistemas. O kernel a parte do sistema operacional responsvel pelo gerenciamento do hardware. ele cabe o gerenciamento de memria, dos dispositivos de sistema (tais como discos rgidos, placas de som, portas seriais), e do kernel tambm a responsabilidade de fazer a interface entre os aplicativos do sistema e o hardware, impedindo que os aplicativos faam um acesso direto ao hardware, o que considerada uma falha de segurana grave. De uma maneira mais objetiva, poderamos dizer que o kernel o sistema operacional em si, da forma mais pura.

2.2- Esquema de Numerao de VersesO desenvolvimento contnuo e extremamente rpido do kernel do Linux criou a necessidade de um esquema de numerao bem definido, a fim de manter a organizao e a qualidade do sistema. Deste modo, ficou estabelecido que as verses do kernel seriam numeradas num esquema de trs grupos de dgitos separados por ponto, seguindo o seguinte critrio:

primeiro grupo indica a verso do kernel propriamente dita; segundo grupo diz respeito ao tipo de desenvolvimento, cabendo s verses estveis os nmeros pares e s verses de desenvolvimento os nmeros mpares; terceiro grupo diz respeito ao nvel de desenvolvimento dentro daquela verso.

Exemplos : 2.2.10 | | | | | verso dez deste kernel | verso estvel verso dois do kernel do linux

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2.3.9 | | | | | verso nove deste kernel | verso de desenvolvimento verso dois do kernel do linux

2.3- Desenvolvimento do KernelApesar de sofrer modificaes promovidas por um grande nmero de pessoas em todo o mundo, a conciso e eficincia do sistema no , de maneira alguma, comprometida. Toda modificao s efetivamente incorporada ao kernel oficial mediante aprovao de um grupo de pessoas especificamente designadas para esta tarefa. So pessoas que conhecem cada linha de cdigo do projeto. Esse grupo de pessoas gerenciado pelo americano Allan Cox, pago pela RedHat Organization especificamente para esta funo. dele a ltima palavra nas decises a respeito do kernel.

2.4- Funes e Bom Uso do KernelUm kernel bem configurado fundamental para o bom funcionamento de seu sistema, mas uma tarefa um tanto perigosa e complicada para um usurio iniciante. Basicamente, a instalao ou atualizao do kernel feita de modo a atender as necessidades do sistema e de seus usurios. Os motivos dessa atualizao podem ser vrios, tais como, correo de alguma falha de segurana ou bug (termo usado para designar algum erro ou falha de programao), personalizao do sistema, ou adio de algum novo recurso ou driver de dispositivo ao sistema. De uma maneira bem simplificada, o kernel o responsvel direto por fazer o reconhecimento de cada componente do computador. Mais que isso, ele desempenha as funes de tradutor e de intrprete dos componentes de hardware da mquina, deixando a cargo do usurio tarefas mais simples de serem entendidas e executadas. Enfim, o kernel o responsvel pela integrao entre usurio e mquina. De uma maneira mais tcnica, o kernel do Linux comumente distribudo na forma de cdigo fonte, cabendo ao prprio usurio a tarefa de mold-lo s suas necessidades e ao perfil de sua mquina. Como era de se esperar, ele pode ser obtido em seu cdigo fonte em vrios sites ao redor de todo mundo. claro que, para a utilizao do kernel, os arquivos fonte devem passar por alguns estgios de transformao. O kernel do Linux, na forma bruta, nada mais que um

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amontoado de arquivos texto escritos em linguagem de programao C, geralmente compactados em um padro tpico do Linux. Ele construdo de forma a atender a maior quantidade possvel de tipos de hardware e de arquiteturas de computadores. Na prtica, em geral se aproveita muito pouco de sua capacidade, ou seja, aquilo que se aplica realidade da mquina em que o kernel ser utilizado. Definimos tudo que compe o computador e a nossa necessidade e, aps um processo de compilao, temos o nosso produto final, denominado em geral de imagem do kernel, um arquivo que carregado na inicializao do sistema, e que guarda em si tudo o que precisamos para utilizar o nosso sistema.

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3- Sistema de Arquivos no Linux3.1- IntroduoO Linux suporta muitas dezenas de sistemas de arquivos, inclusive os nativos de outros sistemas operacionais. Esta propriedade d um flexibilidade espantosa ao sistema. possvel, por exemplo, utilizando-se verses mais recentes do kernel, copiar um arquivo gravado em partio do tipo NTFS (nativa do Windows NT) para uma partio do tipo FAT32 (Windows 95/98) sem com isso experimentar qualquer tipo de problema. Dentre os diversos sistemas de arquivos compatveis com o Linux, o mais utilizado no momento como nativo o chamado second extended file system, ou simplesmente ext2, substituto do antigo Minix file system, utilizado nas primeiras verses do Linux. prtica comum no processo de instalao do sistema a criao de no apenas uma partio, mas sim de vrias, processo que facilita a manuteno do sistema e pode at mesmo otimizar a mquina. Outra peculiaridade interessante do sistema Linux a utilizao de uma partio inteira, ao invs de um arquivo, para a memria virtual do sistema. Essa partio especial, tambm denominada rea de troca ou simplesmente partio swap, otimiza a execuo de programas muito grandes e que exijam grande quantidade de memria, auxiliando a memria principal neste processo.

3.2- ArquivosArquivos so mecanismos de abstrao que fornecem uma forma de armazenar e recuperar informaes em disco. As informaes so mantidas de forma permanente em memria fsica. O sistema de arquivos ext2, utilizado no Linux, faz distino entre nomes maisculos e minsculos. Isso significa que, por exemplo, um arquivo de nome Leia-me.txt no poder ser acessado a partir de uma partio do tipo ext2 se for digitado leia-me.txt para tal. Normalmente um arquivo composto de um nome e uma extenso, separados por ponto, mas isto no obrigatrio. Um arquivo em Linux pode, por exemplo, ter mais de uma extenso (Ex.: linux-2.2.11.tar.gz) ou pode nem mesmo ter uma extenso (Ex.: README). O limite do nmeros de caracteres utilizados para dar nome aos arquivos muito grande: 256 caracteres. O sistema operacional olha o arquivo como uma sequncia de bytes, sem nenhuma estrutura.

3.3- Diretrios

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Para tratar da organizao dos arquivos, o sistema operacional lana mo dos diretrios, que representam meios de oferecer endereos aos arquivos, de maneira que eles possam ser acessados rpida e facilmente. No fundo, os diretrios nada mais so que um tipo de arquivo. No Linux, todos os arquivos fazem parte de um diretrio, onde eles so mantidos e organizados. Existe uma certa hierarquia para o relacionamento entre arquivos e diretrios. Esse assunto ser abordado mais futuramente.

3.4- Tipos de ArquivosPodemos dividir os arquivos em cinco grupos distintos: os arquivos regulares, os arquivos de diretrio, os arquivos especiais de caracteres, os arquivos especiais blocados e os arquivos de referncia. Os arquivos regulares so aqueles que contm as informaes dos usurios do sistema. Um arquivo texto, um executvel qualquer, um arquivo que contenha uma foto, entre outros, exemplificam este tipo de arquivo. Os arquivos de diretrio so utilizados na manuteno e organizao do sistema de arquivos. So representados pelos diretrios ou pastas, podendo ser criados por um usurio comum. Os arquivos especiais de caracteres so utilizados por dispositivos de entrada e sada que trabalham com os dados na forma mais simples, ou seja, caracter por caracter. So utilizados no reconhecimento e utilizao de dispositivos como terminais, impressoras, mouse, etc. O arquivo /dev/ttyS0, por exemplo, representa a porta serial COM1 da mquina. Os arquivos especiais blocados, por sua vez, trabalham com os dados na forma de blocos de dados de tamanhos fixos. So usados para modelar e possibilitar o acesso a dispositivos de hardware como placas de rede, placas de som, etc. O arquivo /dev/dsp utilizado para acesso placa de som da mquina, se existente. Os arquivos de referncia servem como um atalho para um dos outros tipos de arquivo j mencionados ou at mesmo para si prprio. Essa ligao pode ser simblica ou efetiva. Se for simblica, tudo que acontece ao arquivo de referncia vale apenas para ele. Se for efetiva, tudo que acontece ao arquivo de referncia vale tambm para o arquivo apontado.

3.5- Atributos dos ArquivosNo sistema de arquivos ext2, cada arquivo tem necessariamente um nome e um conjunto de dados. Alm disso, o sistema associa algumas outras informaes a cada arquivo, o que nos permite definir nveis de acesso ao mesmo, distribudos a diferentes grupos de usurios. Deste modo, possvel restringir o acesso a arquivos e diretrios permitindo que somente determinados usurios possam acess-los, e de maneiras as mais variadas possveis. Existem trs nveis de acesso a arquivos no Linux:

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-

r = acesso de leitura w = acesso de escrita x = acesso de execuo

Estes trs nveis de acesso so distribudos entre trs grupos distintos de usurios: permisses para o dono do arquivo permisses para os usurios pertencentes ao grupo do dono do arquivo permisses para os outros usurios

Associando estes dois conceitos possvel definir um grande nmero de combinaes que determinam quais usurios podem ler, escrever (alterar) e executar um arquivo. No caso dos diretrios a permisso de execuo significa o poder de realizar buscas dentro daquele diretrio.

3.6- Hierarquia de Arquivos e DiretriosA rvore de diretrios do Linux segue um padro estabelecido pelo UNIX durante a maior parte de sua existncia, mas controlada por um conjunto de regras estabelecidas pelo Linux Filesystem Standard, ou FSSTND, que atualmente se encontra na verso 2.0. O FSSTND tenta seguir a tradio UNIX, tornando o Linux semelhante grande maioria dos sistemas UNIX presentes. Seu particionamento escolhido em ramificaes menores de forma a permitir o uso de vrios dispositivos fsicos em cada ramo principal, ou mesmo tipos de dispositivos diferentes como CDROM e redes. Partes comuns, por exemplo, podem ser compartilhadas via NFS (Networking File System) entre vrias mquinas, mantendo uma parte independente em cada mquina. Em sntese, esta a organizao hierrquica tpica em relao aos diretrios no Linux:

/

dev

home

bin

proc

usr

lib

etc

var

fd0

ttyS0

bin

local

lib

man

log

spool

Segue abaixo uma breve explanao sobre o significado, a funo e o contedo dos principais diretrios da figura anterior:

Raiz (root, /)

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especfico para cada mquina, geralmente armazenado localmente, mas tambm em rede ou ramdisk, que um disco de armazenamento temporrio criado na memria RAM. Contm os arquivos para a carga do sistema, de forma a permitir a montagem dos outros sistemas de arquivos.

/usrContm comandos, bibliotecas, manpages (manual eletrnico), grande parte dos binrios e outros arquivos estveis. Em sntese, possui arquivos que no precisem ser modificados durante a operao normal do sistema, podendo ser montados com permisso apenas para leitura. A idia desta restrio permitir aos arquivos serem compartilhados via rede sem maiores perigos. Evidentemente, isto no se aplica quando programas novos esto sendo instalados no sistema. Neste caso, o acesso para escrita obviamente imprescindvel.

/varContm em geral os arquivos que sofrem modificaes durante a sesso, tais como arquivos informativos da entrada de usurios no sistema, arquivos de impresso, manpages formatadas, bem como arquivos temporrios.

/homeContm os diretrios dos usurios do sistema. De certa forma, podemos dizer que a se localizam todos os dados reais dos usurios. Quando este diretrio se torna excessivamente grande, ele pode ser quebrado em vrios, introduzindo uma camada de nomes adicional (grupos de usurios), como por exemplo: /home/suporte ou /home/clientes. O super usurio (root) geralmente a exceo a essa conveno. Seu diretrio fica a parte dos demais usurios e denominado em geral /root.

/binContm programas e ferramentas indispensveis na inicializao do sistema.

/devContm os arquivos do tipo especial blocado e de caracter, ou seja, os arquivos referentes s portas e aos dispositivos de entrada e sada da mquina. No so arquivos de dados no sentido explcito, mas que podem ser acessados, conforme o caso, por programas que usualmente os edita, filtra ou processa de maneira adequada. Todo cuidado com estes arquivos pouco. Por exemplo, a cpia de um texto para um dispositivo como /dev/hda1 (o disco rgido), pode deixar o sistema inoperante.

/mnt um diretrio utilizado para montagem de dispositivos de bloco, como, por exemplo, disquetes, CDROMS, etc. Representa muito mais uma conveno que uma obrigao. Na

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prtica, costuma-se optar por diretrios quaisquer criados pelo usurio para executar a utilizao destes dispositivos.

/procUm diretrio virtual, mantido pelo kernel, mas de extrema utilidade. Nele encontramos arquivos com a configurao atual do sistema, dados estatsticos, dispositivos j montados, interrupes, endereos e estados das portas fsicas, dados sobre as redes, etc. Alm disso, contm subdiretrios com o nome que corresponde ao nmero identificador de cada processo correntemente existente na mquina, onde se encontram informaes detalhadas sobre o estado do processo, linha de comando, ambiente, etc.

/tmpLocal destinado aos arquivos temporrios. Observe a duplicidade aparente deste diretrio com o /var. Na realidade o /tmp no necessariamente precisa ser salvo entre uma sesso e outra, enquanto que o /var normalmente fica com os dados salvos. Programas executados aps o inicializao do sistema, devem preferencialmente usar o diretrio /var/tmp, que provavelmente ter mais espao disponvel, mas nem sempre essa regra seguida.

/sbinExecutveis e ferramentas para a administrao do sistema.

/etcEste diretrio um dos mais importantes. Contm uma infinidade de dados de configurao, principalmente no subdiretrio /etc/rc.d, onde esto os arquivos de inicializao do sistema em seus vrios nveis. Alm disso, contm os arquivos de grande importncia para o funcionamento do sistema.

/libContm algumas bibliotecas do sistema e os mdulos do kernel.

/usr/localApesar de ser um subdiretrio de /usr, este diretrio importante porque aonde residem os programas instalados aps o pacote bsico do sistema operacional, isto , aps a distribuio Linux ser instalada no seu computador. Alguns programas podem ser instalados em /usr/local numa distribuio e em /usr numa outra, o que no fundo no imprime diferenas significativas. Portanto, lembre-se de conferir os dois locais para verificar onde o programa desejado est instalado.

/var/spool

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Outro diretrio importante, onde geralmente ficam os e-mails de todos os usurios, arquivos submetidos impresso, faxes recebidos, bem como tarefas programadas para execuo em um determinado instante futuro.

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4- Comandos e Ferramentas Importantes4.1- IntroduoNeste captulo estaremos abordando os comandos e ferramentas mais importantes utilizados no sistema Linux. Os comandos geralmente representam a maior proximidade de um usurio comum em relao ao sistema operacional. principalmente atravs deles que obtemos comunicao com o sistema e, consequentemente, com a prpria mquina. O Linux segue o padro dos sistemas UNIX no que diz respeito a comandos. Deste modo, um usurio Linux provavelmente poder utilizar qualquer sistema UNIX com o qual possa ter contato, sem maiores dificuldades. Os comandos tendem a ser de certa forma instintivos, a fim de que a memorizao dos mesmos seja facilitada. Temos, por exemplo, o comando ls (do ingls list) para executarmos a listagem dos arquivos em determinado diretrio. Outros comandos j no so to instintivos assim, como por exemplo o pwd (do ingls present work directory), utilizado a ttulo de informao a respeito do diretrio em que se encontra o usurio no momento. Sendo o Linux um sistema realmente multi-usurio, temos aqui a possibilidade de restries para o uso de alguns comandos. Em outras palavras, isso significa que nem todos eles estaro disponveis para um usurio comum, de acordo com o conjunto de permisses atribudas ao mesmo. Procuraremos ilustrar abaixo os comandos e ferramentas de maior aplicao e utilidade no sistema Linux, com a preocupao de frisar alguns de seus parmetros importantes. Para informaes bem detalhadas a respeito de cada um deles, basta consultar o manual eletrnico (manpage). A descrio de uso dos comandos e ferramentas feita nos prximos sub-tens segue os padres da WFF (Well-Formed Formula), do mesmo modo que acontece no manuais eletrnicos, com o claro intuito de familiarizar desde j o usurio em relao ao mesmo. Em suma, as regras utilizadas foram as seguintes: tudo que estiver entre colchetes opcional, e o que no estiver obrigatrio.

4.2- Consideraes IniciaisAntes de darmos incio ao estudo dos comandos, cabe fazer algumas consideraes que podem ser bastante teis, principalmente para um usurio iniciante. O Linux um sistema case-sensitive (sensvel ao caso). Isso significa que ele faz diferenciao entre letras maisculas e minsculas. Em outras palavras, ele no reconhecer comandos se estes no forem escritos exatamente da maneira com que foram definidos. Uma nica letra maiscula far diferena. Alis, vale dizer que os comandos Linux, por conveno, so naturalmente definidos em letras minsculas, assim como as variveis de ambiente so em geral definidas com todas as letras maisculas.

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Um outro detalhe interessante que o espao entre os comandos e os parmetros deve ser sempre respeitado. Por ltimo, cabe dizer que as barras delimitadoras de diretrios so sempre convencionais, e no invertidas. Esses detalhes podem causar de incio alguma confuso aos iniciantes no sistema Linux, mas simples questo de costume.

4.3- Comandos Bsicoscd: mudana de diretrio. Uso: cd [diretrio-destino] ls : listagem de arquivos. Uso: ls [opes][arquivo] Atributos comuns: -a = mostra arquivos ocultos -l = mostra bytes, permisses, diretrio, etc rm: remove arquivos. Uso: rm [opes] arquivo Atributos comuns: -r = recursivo (exclui diretrios, subdiretrios e arquivos) -f = fora a excluso rmdir: remove diretrios. Uso: rmdir [opes] diretrio cp: copia arquivos

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-

Uso: cp arquivo diretrio cp arquivo1 arquivo2

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Atributos: -r = recursivo (usado para copiar diretrios) -f = remove arquivos do diretrio de destino -i = interativo (pede confirmao de excluso de arquivos) -p = preserva permisses mv: move e/ou muda nomes de arquivos

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Uso: mv origem destino

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Atributos: -i = interativo (pede confirmao para mover/renomear arquivo) cat: mostra o contedo ou concatena arquivos.

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Uso: cat arquivo cat arquivo1 arquivo2 arquivo3 ... more: exibe o contedo de um arquivo pgina a pgina.

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Uso: more arquivo less: exibe o contedo de um arquivo com a flexibilidade de uma barra de rolagem.

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Uso: less arquivo pwd: exibe o diretrio atual. mkdir: cria diretrio.

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Uso:

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mkdir nome-do-diretrio clear: limpa a tela. who: mostra quem est utilizando a mquina no momento. whoami: mostra quem voc (til quando voc esquece com que login entrou) df: mostra o espao usado, livre e a capacidade das parties do HD. Uso: df [atributos] Atributos: -k = mostra espao em disco em kbytes free: exibe a memria livre, a usada, e os buffers da memria RAM. exit: termina o processo atual. logout: encerra sesso. shutdown: reinicia a mquina. Uso: shutdown [opes] Atributos: -h = paralisa o sistema depois de terminar os processos -f = reinicializao rpida -t = estabelece um tempo antes de reinicializar o sistema now = reinicializa sem esperar cal: exibe um calendrio. diff: compara dois arquivos e imprime a diferena entre eles. Uso: diff arquivo1 arquivo2 date: visualiza/muda configuraes de data/hora no sistema.

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Uso: date [atributos]

-

Atributos: -s string= ajusta data/hora de acordo com a string fornecida

4.4 Comandos Avanadosmount: serve para montar um diretrio ou partio. Por exemplo, se voc quiser visualizar o contedo de um disquete, voc o monta com esse comando. Uso: mount [atributos] dispositivo diretrio Atributos: -t = tipo do sistema de arquivos a ser montado. iso9660 para CDROM vfat para Windows Compat. Nomes Longos msdos para DOS ext2 para Linux -a = monta todas as parties mencionadas no fstab umount: serve para desmontar um diretrio ou partio. Se voc montar qualquer coisa e no quiser mais us-la, voc ter que "desmonta-la". Uso: umount dispositivo | partio du: visualiza espao ocupado pelos arquivos do diretrio. Uso: du [diretrio] [arquivo] [atributos] Atributos: -a = mostra espao ocupado por todos os arquivos -k = mostra o tamanho dos arquivos em kbytes -s = mostra os totais, inclusive dos arquivos apontados -S = mostra o espao utilizado por cada diretrio separadamente

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grep: comando usado para identificar uma string em um arquivo. Uso: grep [string] [atributos] arquivos* * se nenhum arquivo for especificado o comando l do stdin. Atributos: -i = desconsidera diferenciao entre letras maisculas e minsculas head: usado para mostrar as dez primeiras linhas (default) de um certo arquivo. Uso: head [atributos] arquivo*

* se nenhum arquivo for especificado o comando l do stdin. Atributos: -n N = mostra as primeiras N linhas do arquivo especificado -c N = mostra os primeiros N bytes do arquivo especificado tail: verifica as 10 ltimas (padro) linhas dum certo arquivo. Uso: tail [atributos] arquivo* * se nenhum arquivo for especificado o comando l do stdin. Atributos: -n N = mostra as ltimas N linhas do arquivo especificado -c N = mostra os ltimos N bytes do arquivo especificado -f = espera infinitamente por atualizao do arquivo ln: serve para fazer um arquivo de atalho de um diretrio ou arquivo. Uso: ln [atributos] objeto_a_ser_linkado nome_do_link Atributos:

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-s = faz links simblicos -i = pede confirmao antes de criar o link su: comando usado para trocar de usurio sem precisar dar um logout. Uso: su [nome do usurio] touch: cria um arquivo vazio ou atualiza um arquivo existente. Uso: touch arquivo uname: exibe informaes do sistema. Uso: uname [atributos] Atributos: -m = imprime informaes sobre o hardware -r = imprime a verso do kernel -s = imprime o nome do sistema -a = imprime todas as informaes do sistema chmod: modifica as permisses de um arquivo ou diretrio. Voc deve ser o proprietrio de um arquivo ou diretrio (ou ser super usurio) para modificar as permisses. Uso: chmod permisses arquivo As permisses podem ser especificadas de vrias maneiras. Aqui est uma das formas mais simples de realizarmos esta operao: 1- Use uma ou mais letras indicando os usurios envolvidos: - u (para o usurio) - g (para o grupo) - o (para "outros") - a (para todas as categorias acima)

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2- Indique se as permisses sero adicionadas (+) ou removidas (-). Use uma ou mais letras indicando as permisses envolvidas: - r (para leitura) - w (para escrita) - x (para execuo) Uma outra forma de se especificar o tipo de permisso atravs de nmeros, onde: 0 = nenhuma permisso 1 = permisso para executar 2 = permisso para gravar 3 = permisso para gravar e executar 4 = permisso para ler 5 = permisso para ler e executar 6 = permisso para ler e gravar 7 = permisso para ler, gravar e executar A sintaxe a seguinte: chmod XXX [nome do arquivo]

O primeiro X se refere ao tipo de permisso do dono do arquivo/diretrio O segundo X se refere ao tipo de permisso dos usurios do grupo ao qual pertence o dono do arquivo. O terceiro X se refere ao tipo de permisso dos outros usurios. file: informa qual o tipo do arquivo especificado.

-

Uso: file [atributos] arquivo

-

Atributos:

-f = especifica um arquivo contendo uma lista dos nomes dos arquivos a serem pesquisados (com - entra-se na opo de input (teclado) chgrp: modifica o grupo a que pertence um arquivo ou diretrio. Uso: chgrp [atributos] gid arquivo Onde gid o nmero identificador do grupo ou o nome do grupo (que pode ser encontrado em /etc/groups. Atributos:

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-h = se o arquivo for um link simblico, modifica o grupo do link simblico. Sem esta opo, o grupo do arquivo referenciado pelo link simblico modificado -R = recursiva. Percorre o diretrio e os subdiretrios, modificando o gid medida em que prossegue chown: modifica o proprietrio de um arquivo ou diretrio Uso: chown [atributos] proprietrio arquivo O argumento "proprietrio" especifica o novo proprietrio do arquivo. Este argumento deve ser ou um nmero decimal especificando o identificador do usurio ou o nome dele. Atributos:

- h = se o arquivo for um link simblico, modifica o proprietrio do link simblico. Sem esta opo, o proprietrio do arquivo referenciado pelo link simblico modificado. -R = recursiva. Percorre o diretrio e os subdiretrios, modificando as propriedades medida em que prossegue.

4.5- Utilitrios ImportantesCertas vezes um comando se especializa tanto em alguma tarefa que chega a nveis de sofisticao superiores. A esses super comandos, os quais se utilizam de parmetros numerosos, abrangentes e minuciosos para executar tarefas em geral especficas, facilitando a vida do usurio, damos o nome de utilitrios. Segue abaixo uma lista com alguns dos utilitrios mais importantes existentes no sistema Linux. Para maiores informaes, favor consultar o manual eletrnico (manpage).

4.5.1- ddO dd um utilitrio que copia um arquivo com o tamanho de bloco definido pelo usurio e com a opo de promover converses no contedo do arquivo. Sintaxe:

dd if=arquivo1 of=arquivo2 [ibs=N] [obs=N] [bs=N] [cbs=N] [skip=N] [seek=N] [count=N] [conv=converso] Atributos comuns: if = define o arquivo de leitura

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of = define o arquivo de sada ibs = l N bytes por vez obs = grava N bytes por vez bs = l e grava N bytes por vez, tendo predominncia sobre os dois anteriores cbs = converte N bytes por vez skip = ignora os N primeiros blocos definidos no atributo ibs na entrada de dados seek = ignora os N primeiros blocos definidos no atributo obs na sadia de dados count = copia somente os primeiros N blocos de entrada definidos no atributo ibs para a sada de dados conv = converte o arquivo como especificado por converso Algumas possveis converses: ascii = converte o contedo do arquivo de entrada para o padro ascii ebcdic = converte o contedo do arquivo de entrada para o padro ebcdic lcase = converte o contedo do arquivo de entrada para letras minsculas ucase = converte o contedo do arquivo de entrada para letras maisculas swab = troca cada par dos bytes de entrada noerror = continua a operao mesmo aps encontrar erros notrunc = ano trunca o arquivo de sada sync = protege os blocos de entrada com nulos

4.5.2- tarO tar programa utilizado para empacotamento e extrao de arquivos. Sintaxe: tar [opes] arquivo(s) Atributos comuns: c = cria o arquivo que ira conter vrios outros f = usa os arquivos especificados para o empacotamento ou desempacotamento v = mostra a ao do programa na tela z = compacta os arquivos no padro gzip x = extrai os arquivos t = lista o contedo de um arquivo pacote na tela r = adiciona novos arquivos a um arquivo pacote C = especifica o destino do desempacotamento u = s substitui arquivos de um arquivo pacote se estes forem mais recentes

4.5.3- rpmGerenciador de pacotes, que pode ser utilizados para criar, instalar, requerer, verificar, atualizar e desinstalar pacotes individuais de software. Sintaxe:

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rpm [opes] arquivo(s) Atributos comuns: i = instala o pacote U = instala pacote mais recente, atualizando o sistema e = desinstala pacote v = mostra a ao do programa na tela

4.5.4- gunzip/gzipO gzip um compactador de arquivos, que utiliza o mesmo algoritmo de compactao usado no zip e PKZIP. Atualmente o gzip capaz de descompactar arquivos no formato zip, compress ou pack. A deteco do formato do arquivo de entrada automtica. O no pacote do gzip encontramos ainda o utilitrio gunzip utilizado apenas para extrao de arquivos. Sintaxe:

gzip [opes] arquivo(s) gunzip [opes] arquivo(s) Atributos comuns:

d = descompacta o arquivo (gzip) f = fora a compactao ou descompactao mesmo que o arquivo de sada correspondente j exista. l = cria uma lista a partir do arquivo compactado no seguinte formato: tamanho compactado - tamanho descompactado - taxa de compresso - nome (gzip) r = utilizado para compactar diretrios e seus subdiretrios. t = testa o arquivo compactado (gzip) v = mostra a ao do programa na tela c = mostra o contedo do arquivo na tela ao invs de descompact-lo

4.5.5- findO utilitrio find pode ser considerado o verdadeiro canivete suo do usurio Linux. capaz de encontrar arquivos sob qualquer condio que o usurio imaginar. Possui uma quantidade imensa de atributos, possibilitando a localizao de um arquivo com um mnimo de informaes disponveis. Uso: find local_de_procura [opes] Atributos comuns: name NOME: especifica o nome a ser procurado

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group GRUPO: especifica o grupo a que pertence o(s) arquivo(s) procurado(s) iname: faz procura desconsiderando diferenciao entre letras maisculas e minsculas user USER: especifica o dono do(s) arquivo(s) procurado(s)

4.5.6- fdformatEste um utilitrio bastante especfico. Sua funo a de fazer formatao fsica em discos flexveis. Ele configurado segundo padres do arquivo /etc/fdprm, que ainda ser visto neste material, e que na prtica define como se deve proceder na formatao dos tipos mais comuns de discos flexveis existentes. Uso: fdformat dispositivo

4.5.7- mkfs (mke2fs ou mkfs.ext2)Utilitrio utilizado na criao de parties do sistema de arquivo ext2. De simples uso e muita utilidade. Uso: mkfs partio

4.5.8- fsck (fsck.ext2)Mais uma ferramenta para trabalho com o disco. Possibilita uma checagem de erros nas parties do sistema. Uso: fsck partio

4.5.9- mtoolsO mtools uma coleo de ferramentas de domnio pblico que permite aos sistemas Unix manipular arquivos MS-DOS: leitura, gravao e movimentao de arquivos em sistemas de arquivos MS-DOS (tipicamente disquetes). Sempre que possvel o comando tenta simular o comando equivalente no MS-DOS. Por outro lado, as restries do MS-DOS no so implementadas. Por exemplo, possvel mover ou renomear subdiretrios. Estas ferramentas so suficientes para fornecer todo o acesso necessrio a sistemas de arquivos MS-DOS. Por exemplo, comandos como mdir a: funcionam na unidade de disquetes a: sem qualquer montagem ou inicializao prvia (assumindo que o

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padro /etc/mtools.conf est configurado). Com o mtools, pode-se mudar os disquetes sem a necessidade de mont-los e desmont-los. Lista de comandos pertencentes ao pacote mtools: matrib, mbadblocks, mcd, mcopy, mdel, mdeltree, mdir, mdu, mformat, minfo, mlabel, mmd, mmount, mpartition, mrd, mread, mmove, mren, mshowfat, mtoolstest, mtype, mwrite, mzip.

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5- Instalao do SistemaNessa parte da apostila estaremos ensinando o processo de instalao passo a passo do Conectiva Linux/Intel 5.0. Como seria invivel cobrir a instalao de todas as distribuies de Linux, dado o grande nmero existente das mesmas, resolvemos optar pelo Conectiva Linux por ser um produto nacional, j com o sistema traduzido, alm de possuir pacotes de software atuais. A instalao padro deste sistema toda feita em ambiente grfico. Porm, trata-se de uma instalao pouco flexvel, fato que nos levou a optar pelo mtodo antigo, ainda em modo grfico de caracter, bem mais flexvel e interessante. Para se optar por este tipo de instalao, basta utilizar a imagem contida no diretrio imagens\text, do CD de instalao. O programa de instalao realizado em modo caracter e no suporta mouse. Isso se deve ao fato de o programa poder ser executado em uma grande variedade de computadores, alguns dos quais podem no ter sequer um mouse. A seo seguinte descreve as teclas necessrias para a interao com o programa de instalao. importante frisar que todo o contedo deste captulo foi retirado integralmente do manual oficial do Conectiva Linux/Intel 5.0.

5.1- Usando o Teclado Para NavegarPode-se navegar durante a instalao usando um conjunto simples de teclas. Em muitas caixas de dilogo h um cursor ou um realce que pode ser utilizado usando-se as setas. Tab e Alt-Tab so usados na navegao atravs dos elementos (botes, janelas, etc.). Adicionalmente os atalhos de teclas de funo so apresentados no rodap de cada tela. Para pressionar um boto, posicione o realce usando Tab e tecle Espao ou Enter. Para selecionar um item de uma lista, basta mover o realce sobre o item que se deseje selecionar e teclar Enter. Para selecionar o item caixa de verificao, mova o realce at a caixa de verificao e tecle Espao. Para cancelar a seleo, tecle Espao novamente. Teclando-se F12 os valores atuais so aceitos e prossegue-se at o prximo dilogo, o que equivalente ao boto OK. Nota: A menos que uma caixa de dilogo esteja esperando por informaes, no se deve pressionar qualquer tecla durante o processo de instalao - isso pode gerar resultados indesejveis. O sistema de instalao do Conectiva Linux contm mais que caixas de dilogo para guiar o processo. Na verdade o sistema de instalao apresenta diferentes mensagens de diagnsticos enquanto est sendo executado, possibilitando a entrada de comandos atravs de uma linha de interao.

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Podem ser apresentadas caixas de dilogo, linhas de comandos e mensagens em cinco diferentes consoles virtuais, as quais podem ser alteradas mediante a utilizao de teclas especiais. Estes consoles virtuais podem ser muito teis caso seja detectado algum problema durante a instalao, pois as mensagens de instalao ou o arquivo de histrico podem ser acessados utilizando-se um dos consoles disponveis. Console 1 2 3 4 5 Teclas Alt + F1 Alt + F2 Alt + F3 Alt + F4 Alt + F5 Contedo Dilogos de Instalao Linha de Comandos Mensagens da instalao Mensagens do Sistema Outras Mensagens

Em geral, no h razes para se deixar o console virtual #1 a menos que se esteja tentando diagnosticar problemas de instalao. Mas se voc faz o tipo curioso, fique vontade para visitar os outros consoles.

5.2- Carregando o Programa de InstalaoPara iniciar a instalao do Conectiva Linux, insira o disquete de inicializao (ou o CDROM, caso seu BIOS aceite inicializao do sistema via CDROM), no dispositivo e reinicialize o computador. Aps algum tempo, uma tela contendo a mensagem boot: aparecer. A tela contm informaes sobre uma variedade de opes de inicializao. Cada opo tem uma ou mais telas de ajuda associadas. Para acessar uma tela de ajuda, pressione a tecla listada na linha no rodap da tela. Deve-se manter duas coisas em mente: A tela inicial automaticamente iniciar o programa de instalao, caso nenhuma ao seja tomada em um minuto. Para evitar isto, aperte uma das teclas de funo da tela de ajuda. Caso se pressione alguma tecla de ajuda, levar certo tempo at que as informaes sejam lidas a partir do disquete (ou do CDROM). Normalmente, basta apertar Enter para reinicializar. Observe as mensagens de inicializao e veja se o kernel do Linux detecta seu hardware. Se ele no detectar, pode-se reiniciar a instalao no modo expert. Este modo desativa a maioria dos hardwares investigados, e d a opo para selecionar os arquivos de controle de dispositivos carregados durante a instalao. Nota: As mensagens iniciais de inicializao no contero quaisquer referncias a SCSI nem a placas de rede. Estes dispositivos suportam mdulos que so carregados durante o processo de instalao.

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Depois de definidas as opes, tecle Enter para reinicializar o sistema. Se for necessrio especificar as opes de inicializao para identificar o hardware, anote-as pois sero necessrias mais tarde.

5.3- Instalando Sem o Uso do Disquete de InicializaoExiste uma outra possibilidade de se instalar sem o uso de disquetes. Se voc tem MSDOS instalado em seu computador, voc pode iniciar o sistema de instalao diretamente do CD, sem o uso de disquetes. Para tanto inicialize o Windows em modo MSDOS, e use os seguintes comandos: d: cd dosutils autoboot Note que este mtodo no funcionar se for executado em uma janela DOS do Windows, porque o arquivo autoboot.bat deve ser executado somente no sistema operacional DOS. Caso o seu sistema no possa ser iniciado pelo CDROM, nem possa executar o autoboot.bat, a nica forma de iniciar o processo de instalao ser atravs do disquete de inicializao.

5.4- Iniciando a InstalaoAps a inicializao, o processo de instalao perguntar se um monitor colorido est sendo utilizado. Sim o padro. Se no for possvel distinguir o cursor ou uma rea iluminada, pressione Tab uma vez e ento Enter para prosseguir. O prximo passo uma mensagem de boas vindas. Pressione Enter para iniciar a instalao. Feito isso o programa de instalao pedir informaes sobre o idioma a ser usado e tipo de teclado. Escolha os valores corretos e pressione Enter. A seguir o processo ir testar o sistema para determinar se o suporte a PCMCIA (tambm conhecido como carto PC) requerido. Caso seja encontrada uma controladora PCMCIA, o sistema indagar se necessrio o suporte a PCMCIA durante a instalao. Caso esteja sendo utilizado um equipamento com interface PCMCIA (por exemplo, uma placa de rede para instalao via NFS ou um carto PCMCIA SCSI para instalao do CDROM), responda Sim. O programa de instalao solicitar a insero do segundo disco (disquete suplementar). Ser necessrio aguardar at que a prxima caixa de dilogo aparea, antes de selecionar o carto PCMCIA. O programa apresentar uma barra de indicao do progresso assim que o disquete complementar for carregado. A seguir o Conectiva Linux perguntar qual o mtodo de instalao que dever ser utilizado.

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Realce a opo desejada e pressione Enter. Voc pode instalar o sistema atravs de dois mtodos bsicos: CDROM Disco Rgido

Se voc for instalar a partir de um CDROM, selecione CDROM e selecione Ok. O programa de instalao ento solicitar a insero do CDROM Conectiva Linux na unidade de CDROM. Aps selecione Ok e pressione Enter. O programa de instalao investigar seu sistema, e tentar identificar sua unidade de CDROM. Iniciar pelo teste de um CDROM IDE (ATAPI). Caso seja encontrado, o processo de instalao prosseguir. Se no puder, ser questionado o tipo de CDROM que est instalado. Voc pode escolher a partir das seguintes opes: - SCSI Selecione este se o CDROM est conectado a um adaptador SCSI; o programa de instalao solicitar ento a escolha do programa de controle de dispositivo. Escolha o programa que mais se aproxima do adaptador instalado. Pode-se especificar opes para o dispositivo se necessrio; ainda que a maioria dos arquivos de controle podem detectar adaptadores SCSI automaticamente. - Outros Caso o CDROM no seja nem IDE nem um CDROM SCSI, ento deve ser assinalada a opo Outro. Placas de som com interfaces proprietrias de CDROM so bons exemplos deste tipo de CDROM. O programa de instalao apresenta uma lista de dispositivos de CDROM suportados - escolha um arquivo de controle de dispositivos e se necessrio informe as opes desejadas. Note que uma lista de parmetros de CDROM pode ser encontrada no Apndice D em [CL4]. Caso se tenha um CDROM ATAPI e o programa de instalao no conseguiu instal-lo (em outras palavras, o programa pergunta qual o tipo de CDROM disponvel), a instalao deve ser reinicializada, e aps deve ser informado linux hdX=cdrom, onde x uma das seguintes letras, dependendo da unidade aonde se esteja conectado e a forma como est configurado: a - Primeira controladora IDE, mestre b - Primeira controladora IDE, escravo c - Segunda controladora IDE, mestre d - Segunda controladora IDE, escravo Caso se tenha uma terceira ou quarta controladora, simplesmente continue, alterando as letras na ordem alfabtica, indo de controladora em controladora, e de mestre e escravo). Uma vez que os dispositivos CDROM sejam identificados, ser solicitada a insero do CD do Conectiva Linux na unidade de CDROM. Selecione Ok ao finalizar. Aps uma pequena espera, a prxima caixa de dilogo ser apresentada.

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A prxima caixa de dilogo pergunta se est sendo feita uma instalao do sistema ou uma atualizao. Clique em instalar. Normalmente o Conectiva Linux instalado em um disco vazio, sobre outras instalaes de Linux ou uma partio disponvel em um equipamento com outro sistema operacional. Nota: instalar o Conectiva Linux sobre outras instalaes de Linux no preserva qualquer informao das instalaes prvias. Nestes casos indicado verificar a necessidade de salvar e guardar dados importantes. O processo de instalao do Conectiva Linux inclui a habilidade de atualizao de verses anteriores do Red Hat Linux (2.0, 2.1,3.0.3, 4.0, 4.1, 4.2, 5.0, 5.1 e 5.2) e do Conectiva Linux Parolin e Marumbi, as quais so baseadas na tecnologia RPM. A atualizao instala no sistema o kernel mais atualizado, o qual modular, alm de atualizar as verses dos pacotes j instalados. O processo de atualizao preserva os arquivos de configurao utilizando a extenso .rpmsave (por exemplo sendmail.cf.rpmsave) e cria um arquivo de informaes com a descrio das aes efetuadas em /tmp/upgrade.log. Mudanas de formato de arquivos de configurao podem ocorrer, logo as comparaes entre novos e arquivos antigos devem ser feitos de maneira cuidadosa. Nota: observe que algumas atualizaes podem depender de outros programas que podem no estar instalados no seu sistema. O processo de atualizao cuida dessas dependncias, mas pode ser necessria a instalao daqueles programas para que a atualizao seja processada normalmente.

5.5- Classes de InstalaoAps a opo de atualizao ou instalao completa, o programa de instalao ir solicitar a opo de classe de instalao. Pode-se optar entre as seguintes classes de instalao. Estao de trabalho - uma instalao deste tipo ir automaticamente apagar todas as parties Linux do disco rgido instalado na mquina; Servidor - uma instalao deste tipo ir automaticamente apagar todas as parties do disco rgido instalado na mquina; Personalizada - uma classe de instalao que fornece total controle sobre temas relacionados com o particionamento. Caso se tenha instalado o Conectiva Linux anteriormente, esta classe de instalao ser muito similar disponvel em outras verses anteriores. Nota: Caso se tenha escolhido Estao de Trabalho ou Servidor, parte ou a totalidade dos dados armazenados no computador podero ser apagados. Esta deciso dever ser confirmada,

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porm tenha em mente que aps o programa de instalao receber a confirmao, a remoo dos dados ser irreversvel. Aps optar pela classe de instalao a ser utilizada, o processo de instalao verificar se h algum adaptador SCSI no sistema, e em alguns casos ir perguntar ao usurio sobre a existncia de tais dispositivos. Caso a opo seja SIM, ser apresentada uma lista dos programas de controles de dispositivos SCSI disponveis. Escolha o mais prximo do seu adaptador SCSI. O processo de instalao possibilitar a informao de opes e parmetros do programa de controle selecionado. A maioria dos drivers SCSI detecta o hardware automaticamente.

5.6- Criando as PartiesNeste ponto, necessrio informar ao programa de instalao onde deve ser instalado o Conectiva Linux. Isto feito atravs da definio dos pontos de montagem definidos para uma ou mais parties nas quais o Conectiva Linux ser instalado. Pode-se ainda criar e/ou remover parties simultaneamente. Nota: Caso voc no tenha planejado ainda como configurar as parties, No mnimo ser necessrio uma partio raiz de tamanho apropriado e uma rea de troca de no mnimo 16 Mb. O programa de instalao apresenta uma caixa de dilogo que permite optar por duas ferramentas de particionamento: Disk Druid - um utilitrio do Conectiva Linux de gerenciamento de disco durante a instalao. Ele pode criar e remover parties de acordo com os requisitos do usurio, alm de administrar os pontos de montagem para cada partio. fdisk - a tradicional ferramenta de particionamento do Linux. Embora seja mais flexvel que o Disk Druid, o fdisk supe que se tenha alguma experincia com parties. Selecione a ferramenta de particionamento que se deseja utilizar, e tecle Enter.

5.6.1- Usando o Disk DruidCada linha na seo Parties Atuais representa uma partio. Note que esta seo tem uma barra de rolagem direita, que significa que pode-se ter mais parties do que as exibidas em uma nica tela. Ao usar as teclas e , pode-se verificar a existncia de parties adicionais. Cada linha nesta seo tem cinco campos diferentes: Ponto de Montagem - Este campo indica onde a partio ser montada quando o Conectiva Linux estiver sendo executado. Dispositivo - Este campo exibe o nome do dispositivo das parties. Requisitado - O campo requisitado mostra o tamanho mnimo requerido quando a partio for definida.

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Real - O campo real mostra o espao atualmente atribudo partio. Tipo - Este campo mostra o tipo da partio.

Ao rolar a tela na seo Parties Atuais, pode-se ver uma barra de ttulo Parties Solicitadas No Alocadas, seguido por uma ou mais parties. Como o ttulo explica, estas so parties que foram definidas, mas, por uma razo ou outra, no foram criadas com algum espao. Uma razo comum para ter uma partio no atribuda a falta de espao livre suficiente para a partio. Cada linha na seo dos Sumrio dos Dispositivos representa um disco rgido no sistema. Cada linha tem o seguintes campos: Dispositivo - Este campo mostra o nome de dispositivo do disco rgido. Geom [C/H/S] - Este campo mostra a geometria do disco rgido. A geometria composta por trs nmeros que representam o nmero de cilindros, cabeas e setores do disco rgido. Total - O campo Total mostra o espao total disponvel no disco rgido. Usado - Este campo mostra quanto de espao do disco rgido atualmente est atribudo s parties. Livre - O campo Livre mostra quanto de espao do disco rgido ainda est livre. Barra - Este campo apresenta um representao visual do espao atualmente usado no disco rgido. Quanto mais sinais de libra so apresentados menos espao livre.

Nota: a seo Resumo do Disco Rgido utilizada somente para indicar a configurao do disco do computador. Ela no foi desenvolvida para ser usada para especificar o disco rgido de uma determinada partio.

Botes do Disk DruidEstes botes controlam aes do Disk Druid. So usados para adicionar e remover parties e mudar seus atributos. Alm disso, h botes que so usados para aceitar ou descartar as mudanas realizadas ou sair do Disk Druid. Add - usado para criar uma nova partio. Quando selecionado, aparecer uma caixa de dilogo contendo os campos que devem ser preenchidos. [F2] Add NFS - usado para incluir um sistema de arquivos somente para leitura a partir de um servidor NFS. Quando selecionado, aparecer uma caixa de dilogo contendo os campos que devem ser preenchidos. Edit - usado para mudar atributos da partio atual, realado na seo Parties Atuais. Ao selecionar este boto, surgir uma caixa de dilogo. Alguns ou todos os campos da

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caixa de dilogo podem ser mudados, dependendo se a informao da partio j foi gravada no disco ou no. Delete - usado para remover a partio atualmente destacada na seo Parties Atuais. Quando selecionado, aparecer uma caixa de dilogo solicitando a confirmao da remoo da partio. [F5] Reset - usado para descartar todas as alteraes feitas pelo Disk Druid, e retornar lista de parties, forando a leitura da tabela de parties residente no disco rgido. Quando selecionado, pede a confirmao. Note que qualquer ponto de montagem especificado ser perdido e precisar ser reinformado. Ok - provoca a gravao das mudanas. Ser solicitada a confirmao das mudanas antes da gravao. Qualquer ponto de montagem que tenha sido definido ser passado ao programa de instalao, e eventualmente ser usado pelo CL para definir o layout dos sistemas de arquivos. Cancelar - este boto aborta o Disk Druid sem salvar qualquer mudana feita. Quando este boto selecionado, o programa de instalao apresentar uma caixa de dilogo que permite escolher qual deciso deve ser tomada.

Adicionado Uma partioPara adicionar uma nova partio, selecione o boto Adicionar e tecle Espao ou Enter. Surgir uma caixa de dilogo intitulada Edio de Nova Partio. Ela contm os seguintes campos: Ponto de Montagem - este campo informa o ponto de montagem da partio. Por exemplo, se esta partio deve ser a partio raiz, digite /, digite /usr para a partio de usr e assim por diante. Tamanho (Mb) - este campo informa o tamanho (em megabytes) da partio. Note que este campo comea com "1", quer dizer que a menos que seja alterado ser criada uma partio com apenas 1 MB. Extensvel? - verifica se o tamanho digitado no campo anterior o tamanho exato da partio, ou seu tamanho mnimo. Tecle Espao para selecionar ou para cancelar a seleo. Quando selecionada, a partio poder crescer at preencher todo o espao disponvel no disco rgido. Neste caso, o tamanho da partio expandir e contrair medida que outras parties sejam modificadas. Tipo - este campo contm uma lista de diferentes tipos de partio. Discos Possveis - este campo contm uma lista de discos rgidos instalados no sistema, com uma caixa de seleo para cada um. Se uma caixa de seleo no for ativada, ento esta partio nunca ser criada naquele disco rgido. Atravs do uso de diversas caixas de seleo, pode-se definir a localizao das parties ou deixar o Disk Druid decidir a sua melhor localizao.

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Ok - selecione este boto e tecle Espao quando tiver concludo e deseje efetivamente criar a partio. Cancelar - selecione este boto e tecle Espao quando no quiser criar a partio.

Para apagar uma partio, realce a partio na seo Parties de Discos Atuais, selecione o boto Apague, e tecle [Espao]. Dever ser confirmada ou no a remoo. Para alterar as configuraes da partio, realce a partio na seo Parties de Discos Atuais, selecione o boto Edite, e tecle Espao. Faa as alteraes apropriadas, selecione Ok e tecle Espao. Caso se deseje abandonar qualquer alterao feita pelo Disk Druid, basta selecionar o boto Limpar, e teclar [Espao]. Voc dever confirmar esta ao. Caso se selecione SIM, o Disk Druid ler as tabelas de parties (se existir alguma) de cada disco rgido, e as exibir. Uma vez terminada a configurao das parties e pontos de montagem. Selecione Ok e tecle [Espao].

5.6.2- Usando o fdiskUma vez selecionado fdisk, ser apresentada uma caixa de dilogo intitulada Particionamento de Discos. Nesta caixa esto listados todos os discos disponveis. Mova o realce para o disco que se deseje particionar, selecione Edite e tecle [Espao]. Informe fdisk e poder particionar o disco selecionado. Repita este processo para cada disco que quiser particionar. Quando estiver pronto, selecione Pronto. O utilitrio fdisk inclui auxlio on-line de extrema utilidade. Seguem algumas indicaes: O comando de ajuda : m Para listar a partio corrente: p Para adicionar novas parties: n

O fdisk cria parties nativas do Linux por padro. Ao criar-se uma partio para troca, necessrio alterar o tipo da partio, usando o comando t. Use o comando l para uma lista dos tipos de parties e seus valores. Linux permite at quatro parties em um disco. Caso se deseje mais parties, uma daquelas pode ser alterada para uma partio de modo estendido, a qual pode conter uma ou mais parties lgicas. aconselhvel anotar as parties e os seus respectivos sistemas de arquivos, assim que forem criadas. Nota: Observe que nenhuma das mudanas tero efeito at que sejam salvas e voc saia do utilitrio fdisk utilizando o comando w. Pode-se sair do fdisk sem salvar as opes utilizandose o comando q.

Numerando as Parties

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O Conectiva Linux referencia-se s parties de disco utilizando uma combinao de letras e nmeros que podem parecer um pouco confusas para usurios menos experientes. Segue um pequeno sumrio: Letras:

Denominam o equipamento em que a partio est configurada, por exemplo /dev/hda (o primeiro disco IDE) ou /dev/sdb (o segundo disco SCSI). Nmeros:

Denominam a partio. As primeiras das quatro (primrias ou estendidas) parties so numeradas de 1 at 4. Parties lgicas iniciam em 5. Por exemplo /dev/hda3 a terceira partio primria ou estendida no primeiro disco IDE; /dev/sdb6 a segunda partio lgica no segundo disco SCSI.

Alterando a Tabela de PartiesAps particionar o disco rgido, selecione Pronto, quando ento surgir a mensagem indicando que o processo de instalao necessita reinicializar o sistema. um procedimento normal aps a alterao dos dados de partio do disco rgido. Isso normalmente acontece se foi criada, alterada ou excluda alguma partio. Aps pressionar Ok, o sistema ser reinicializado. Siga os passos de instalao realizados at o momento da definio das parties do disco rgido, bastando ento pressionar Pronto.

5.7- Configurao do Sistema de ArquivosComo o Conectiva Linux pode estar distribudo por diversas parties, necessrio definir a localizao dos sistemas de arquivos nas parties. Se estiver executando uma instalao total, o processo apresenta uma lista das parties Conectiva Linux encontradas e solicita a indicao da partio raiz. Na partio raiz residem os dados necessrios para inicializar o Conectiva Linux. Ela montada no / quando o sistema carrega. Selecione a partio raiz desejada e pressione Enter. Se estiver executando uma atualizao, o processo de instalao tentar localizar a partio raiz automaticamente. Caso seja encontrada o processo ir para o prximo passo. A prxima caixa de dilogo apresenta uma lista das demais parties do disco rgido (incluindo parties MS-DOS e outras que possam ser lidas pelo Conectiva Linux), permitindo relacionar essas parties com outros sistemas de arquivos do CL. As parties relacionadas sero automaticamente montadas quando o Conectiva Linux for inicializado. Selecione a partio desejada, pressione Enter e informe o ponto de montagem para aquela partio, por exemplo /usr. Adicionalmente o Conectiva Linux permite que sejam montados volumes NFS quando o sistema inicializado, o que permite que a rvore de diretrios seja compartilhada atravs

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da rede. Escolha Adicionar NFS, informe o nome do servidor NFS, o caminho do volume NFS e o ponto de montagem para o volume. Aps criar as parties para o Conectiva Linux, o processo de instalao procura por parties de troca. Caso sejam localizadas, ele solicita que sejam inicializadas. Selecione a partio desejada utilizando Espao. aconselhvel acionar a caixa para verificao de blocos defeituosos. Escolha Ok. Caso o processo de instalao no encontre a partio de troca, esteja seguro que a partio tenha sido criada. O prximo dilogo apresenta uma lista de parties para formatao. Muitas parties devem ser formatadas, especialmente as recm criadas, porm parties como /home ou /usr/local no necessitam ser formatadas caso se deseje manter os dados l gravados. Selecione cada uma das parties a formatar e pressione Espao. aconselhvel acionar o boto verificar para verificao de blocos defeituosos. Escolha Ok.

5.8- Selecionando e Instalando PacotesAps a configurao e formatao das parties, os pacotes podem ser instalados. Pode-se selecionar os componentes do sistema: de acordo com as funes dos grupos de pacotes, pacotes individualmente ou uma combinao dos dois. Grupos de pacotes de componentes do sistema esto agrupados de acordo com as funes que o Conectiva Linux pode executar. Por exemplo Desenvolvimento em Linguagem C, Estao de Trabalho em Rede ou Servidor Web. Selecione cada componente que deseje instalar e pressione Espao. Selecionando Tudo instalar todos os pacotes disponveis no Conectiva Linux. Caso se deseje selecionar ou cancelar a seleo de pacotes individuais assim como de componentes do sistema, escolha Seleo Individual de Pacotes. Aps selecionar os componentes que se deseje instalar, possvel a seleo ou cancelamento individual de pacotes. O programa de instalao apresenta uma lista de grupos de pacotes disponveis. Selecione um grupo para examinar e pressione Enter. O processo de instalao apresenta uma lista de pacotes daquele grupo, que podem ser selecionados ou cuja seleo pode ser cancelada utilizando-se a tecla de Espao. Pode-se ainda ser visualizada uma descrio completa dos pacotes pressionando-se F11. Quando a seleo estiver completa, basta pressionar Ok na caixa de dilogo Selecionando Grupo. Observe que alguns itens (tais como o kernel e certas bibliotecas) so necessrios para toda a instalao do Conectiva Linux, no podendo ser selecionados ou cancelados. Pode-se obter uma descrio completa do pacote realado ao se pressionar [F1]. Uma caixa de dilogo aparecer contendo a descrio do pacote. Pode-se usar as setas de direo para paginar a descrio caso os dados no caibam em uma nica tela. Ao finalizar a leitura

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da descrio, pressione Ok e a caixa desaparecer, podendo prosseguir na seleo de pacotes e na visualizao das descries.

5.8.1- Dependncias Entre PacotesMuitos softwares, para funcionarem perfeitamente, dependem de outros softwares ou bibliotecas instalados no sistema. Por exemplo, muitas das ferramentas grficas de administrao do Conectiva Linux necessitam dos pacotes python e pythonlib. Para assegurarse da existncia de todos os pacotes necessrios ao funcionamento do software, o Conectiva Linux verifica todas as dependncias a cada instalao ou desinstalao de um pacote. Aps concluir a seleo dos pacotes a instalar, o processo de instalao verificar a lista de softwares selecionados e suas dependncias. Caso tenha sido selecionado um software cuja dependncia no tenha sido selecionada, ser apresentada uma lista das dependncias no resolvidas, proporcionando a possibilidade de resolv-las. Caso seja selecionado Ok, o programa resolver automaticamente as dependncias selecionando os pacotes necessrios da lista de softwares disponveis.

5.8.2- Instalao de PacoteAps resolver todas as dependncias, o programa de instalao inicia a instalao dos pacotes e cria um arquivo de mensagens informativas em /tmp/install.log com as mensagens de instalao do Conectiva Linux. Selecione Ok e tecle Espao para continuar. Neste ponto, o programa de instalao formatar cada partio que voc selecionar. Isto pode levar vrios minutos (e levar mais tempo se voc selecionar a verificao para blocos defeituosos). Em seguida, o programa de instalao comea a instalar os pacotes. Uma janela intitulada como Status da Instalao exibida com a seguinte informao: Pacote - O nome do pacote em instalao. Tamanho - O tamanho do pacote (em Kbytes). Resumo - Uma descrio sucinta do pacote. Barra de Progresso de Instalao do Pacote - Uma barra que mostra o progresso da instalao do pacote atual. Estatsticas - Esta seo possui trs linhas: Total, Completos e Restante. Como se pode supor, estas linhas contm as estatsticas do nmero total de pacotes que sero instalados, a estatstica do nmero de pacotes j instalados e a estatstica dos pacotes que ainda no foram instalados. A informao nestas trs filas inclui: Pacotes - O nmero de pacotes. Bytes - O tamanho. Tempo - O tempo gasto. Barra Progresso Total - Esta barra muda a cor mostrando o andamento da instalao como um todo.

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Neste ponto no h nada que voc possa fazer at que todos os pacotes sejam instalados. O tempo necessrio depende do nmero de pacotes que voc selecionou e da velocidade do computador.

5.9- Instalando o MouseA seguir, o programa de instalao ir testar o sistema e tentar encontrar um mouse. Caso algum mouse seja detectado, uma caixa de dilogo apresentada, definindo a porta em que o dispositivo foi encontrado. Pressione Espao para continuar. Caso sejam necessrias, informaes adicionais como protocolo, nmero de botes, emulao de mouse trs botes, etc., sero solicitadas. A melhor opo encontrada pelo programa de instalao em seu sistema, estar realada. Caso o tipo de mouse no seja o mais adequado, pode-se usar as teclas e para navegar entre os diversos tipos disponveis. Caso seja encontrado exatamente o mouse do sistema, realce a sua entrada na lista. Caso seja encontrado um mouse, que voc tenha certeza que compatvel com o instalado no sistema, realce a sua entrada. E caso contrrio, selecione a entrada Genrica, baseado no nmero de botes do mouse e na sua interface. A caixa de verificao Emulao de 3 Botes permite usar um mouse de dois botes como se ele tivesse trs. Em geral mais simples usar o ambiente grfico caso se tenha um mouse com trs botes. Caso esta caixa seja selecionada, pode-se emular o terceiro boto atravs da utilizao dos dois botes simultaneamente como se fossem o boto do meio.

5.10- Instalando a RedeAps a configurao do Servidor X, o processo de instalao apresentar a opo de configurao (ou reconfigurao) da rede. Se a instalao estiver sendo realizada a partir de um disco rgido local ou de um CD-ROM, o processo perguntar se o suporte rede deve ser instalado. Caso se escolha No o Conectiva Linux ser executado em modo isolado. Responda ento a todas as perguntas, fornecendo as informaes pertinentes sua rede.

5.11- Configurando o RelgioO processo de instalao apresentar uma caixa de dilogo que auxiliar na configurao do sistema de horrios do Conectiva Linux. possvel ajustar o relgio do hardware (CMOS) para GMT, tambm conhecido como UTC, selecionando Ajuste do Relgio de Hardware para GMT. Adequar o relgio para GMT significa que o Conectiva Linux se ajustar automaticamente ao horrio de vero, caso a zona de horrio selecionada o utilize. Muitas redes utilizam o GMT. Selecione a zona de horrio a partir da lista e pressione Enter.

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Se desejar alterar a configurao de zona de horrio, aps a inicializao do Conectiva Linux, utilize o comando /usr/sbin/timeconfig. Note que se seu computador possui algum outro sistema operacional instalado, configurar o relgio para GMT pode causar a apresentao incorreta de horrio, ao executar esse sistema. Mantenha sempre em mente que, se mais de um sistema operacional puder alterar o sistema para horrio de vero, possivelmente o sistema ser configurado erroneamente.

5.12- Selecionando Servios Inicializados AutomaticamenteLogo aps ser apresentada uma caixa de dilogo intitulada Servios. Esta caixa contm uma lista de servios com uma caixa de verificao para cada um. Pagine esta lista e verifique cada servio que voc gostaria que fosse iniciado automaticamente junto com seu sistema Conectiva Linux. Se voc no est seguro sobre um servio em particular, mova o realce at ele e tecle F1, quando ser apresentada uma breve descrio do servio. Note que se pode rodar /usr/sbin/ntsysv ou sbin/chkconfig aps a instalao e alterar os servios que sero iniciados automaticamente junto com o sistema.

5.13- Instalando a ImpressoraAps configurar a rede, o processo de instalao apresentar a opo de instalao de impressoras. As seguintes opes estaro disponveis: Impressora local: a impressora est conectada diretamente ao sistema. Impressora remota: uma impressora est conectada rede local (atravs de uma estao ou diretamente) e capaz e comunicar-se via lpr/lpd. LAN Manager: uma impressora est conectada a outra mquina que utiliza uma rede LAN Manager ou SMB.

Aps a seleo de um tipo de impressora, ser apresentada uma caixa de dilogo intitulada Opes de Impressora Padro. Entre com o nome da fila e o diretrio de tarefas de impresso que deseja usar, ou aceite a informao padro. A seguir ser apresentada uma caixa de dilogo intitulada Configurao de Impressora. Selecione uma impressora compatvel com a sua. Selecione Prximo e tecle Espao para continuar. Aps selecionar o tipo de impressora, ser apresentada uma caixa de dilogo. Informe o tamanho do papel e resoluo desejados. A caixa de verificao do campo Ajuste de

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Retorno dever ser acionada, caso a impressora no execute o retorno do carro aps cada quebra de linha. Finalmente, ser apresentada a caixa de dilogo contendo todas as informaes referentes impressora. Realize a conferncia e se tudo estiver correto, selecione Ok. Caso mudanas sejam necessrias selecione Editar. Pode-se selecionar ainda Cancelar, para sair da configurao sem efetivar as alteraes. Caso a opo Ok seja selecionada, surgir a possibilidade de configurar uma nova impressora ou ainda de continuar com o processo de instalao.

5.14- Definindo a Senha do Super UsurioO processo de instalao solicitar a informao de senha do usurio root, a qual ser utilizada no primeiro acesso ao Conectiva Linux. A senha dever ser informada duas vezes e ter no mnimo 6 caracteres, que no sero ecoados na tela. Caso as senhas informadas no coincidam, o processo de instalao solicitar que a senha seja informada novamente. importante lembrar que as senhas so sensveis a maisculas e minsculas, ou seja A diferente de a. Anote a senha e guarde em local seguro. Nota: importante lembrar que se est em um sistema realmente multi-usurio e o super usurio tem acesso total ao sistema. Por esta razo este usurio deve ser utilizado exclusivamente para executar tarefas de administrao e manuteno do sistema; evitando-se assim que arquivos fundamentais no sejam alterados ou removidos ina