apostila curso carater cristao

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  • 8/13/2019 Apostila Curso Carater Cristao

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    Capitulo 1Semelhantes a JesusLembro-me muito claramente de que h vrios anos, sendo um cristo ainda jovem, a questo que mecausava perplexidade (e a alguns amigos meus tambm) era esta: ual o prop!sito de "eus para o seu

    povo# $ma ve% que tenhamos nos convertido, uma ve% que tenhamos sido salvos e recebido vida nova em&esus 'risto, o que vem depois# claro que conhecamos a *amosa declara+o do reve 'atecismo deestminster: O fim principal do homem glorificar a Deus, e goz-lo para sempre . /abamos disso e

    cramos nisso. 0ambm re*letamos sobre algumas declara+1es mais breves, como uma de apenas setepalavras: 23ma a "eus e ao teu pr!ximo4. 5as de algum modo, nenhuma delas, nem outra que pudssemoscitar, parecia plenamente satis*at!ria. 6ortanto, quero compartilhar com voc7s o entendimento que paci*icouminha mente 8 medida que caminhamos neste mundo. 9sse entendimento : "eus quer que seu povo se tornesemelhante a 'risto. 3 vontade de "eus para o seu povo que sejamos con*ormes 8 imagem de 'risto./endo isso verdade, quero propor o seguinte: em primeiro lugar, demonstrarmos a base bblica do chamado

    para sermos con*ormes 8 imagem de 'risto em segundo, extrairmos do ;ovo 0estamento alguns exemplosem terceiro, tirarmos algumas conclus1es prticas a respeito. 0udo isso relacionado a nos assemelharmos a'risto.

    nt!o, "e#amos primeiro a $ase $%$licado chamado para sermos semelhantes a 'risto. 9ssa base no selimita a uma passagem s!. /eu conte: 29 todos n!s, com o rosto desvendado, contemplando, como porespelho, a gl!ria do /enhor, somos trans*ormados, de gl!ria em gl!ria, na sua pr!pria imagem, como pelo/enhor, o 9sprito4. 6ortanto pelo pr!prio 9sprito que habita em n!s que somos trans*ormados de gl!riaem gl!ria E que viso magn*icaG ;esta segunda etapa do processo de con*orma+o 8 imagem de 'risto,

    percebemos que a perspectiva muda do passado para o presente, da predestina+o eterna de "eus para atrans*orma+o que ele opera em n!s agora pelo 9sprito /anto. F prop!sito eterno da predestina+o divina denos tornar como 'risto avan+a, tornando-se a obra hist!rica de "eus em n!s para nos trans*ormar, porintermdio do 9sprito /anto, segundo a imagem de &esus.Hsso nos leva ao terceiro texto: B &oo A:?: 23mados, agora, somos *ilhos de "eus, e ainda no se mani*estouo que haveremos de ser. /abemos que, quando ele se mani*estar, seremos semelhantes a ele, porque

    haveremos de v7-lo como ele 4. ;o sabemos em detalhes como seremos no

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    23quele que di% que permanece nele, esse deve tambm andar assim como ele andou4. 9m outras palavras,se nos di%emos cristos, temos de ser semelhantes a 'risto. 9ste o primeiro exemplo do ;ovo 0estamento:temos de ser como o 'risto 9ncarnado.3lguns de voc7s podem *icar horrori%ados com essa ideia e recha+-la de imediato. 2Fra4, me diro, 2no !bvio que a 9ncarna+o *oi um evento absolutamente

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    pode per*eitamente se tornar cada ve% mais signi*icativo 8 medida que as persegui+1es se avolumam emmuitas culturas do mundo atual.)o 'uinto e *ltimo e+emplo 'ue 'uero e+trair do )o"o estamento, precisamos ser semelhantes aCristo em sua miss!o&0endo examinado os ensinos de 6aulo e de 6edro, veremos agora os ensinos de &esusregistrados por &oo. 9m &oo BM:B>, &esus, orando, di%: 23ssim como tu me enviaste ao mundo, tambm euos enviei ao mundo4, re*erindo-se a n!s. 9 na 'omisso, em &oo ?N:?B, &esus di%: 23ssim como o 6ai meenviou, eu tambm vos envio4. 9stas palavras carregam um signi*icado imensamente importante. ;o se

    trata apenas da verso joanina da Orande 'omisso tambm uma instru+o no sentido de que a misso dosdiscpulos no mundo deveria ser semelhante 8 do pr!prio 'risto. 9m que aspecto# ;estes textos, as palavras-chave so 2envio ao mundo4. "o mesmo modo como 'risto entrou em nosso mundo, n!s tambm devemosentrar no 2mundo4 das outras pessoas. como explicou, com muita propriedade, o 3rcebispo 5ichael=amseP h alguns anos: 2/omente 8 medida que sairmos e nos colocarmos, com compaixo amorosa, dolado de dentro das d:?@ revela que o seu bom prop!sito nostornar semelhantes a 'risto./egunda: 3 assemelha+o a 'risto e o desa*io da evangeli%a+o. 6rovavelmente voc7 j se perguntou: 26orque ser que, at onde percebo, em muitas situa+1es os nossos es*or+os evangelsticos *reqQentementeterminam em *racasso#4 3s ra%1es podem ser vrias e no quero ser simplista, mas uma das ra%1es

    principais que n!s no somos parecidos com o 'risto que anunciamos. &ohn 6oulton, que abordou o temanum livreto muito pertinente, intituladoA Today Sort of Evangelism, escreveu:23 prega+o mais e*ica% provm daqueles que vivem con*orme aquilo que di%em. 9les pr!prios so amensagem. Fs cristos t7m de ser semelhantes 8quilo que *alam. 3 comunica+o acontece*undamentalmente a partir da pessoa, no de palavras ou ideias. no mais ntimo das pessoas que aautenticidade se *a% entender o que agora se transmite com e*iccia , basicamente, a autenticidade pessoal4.

    Hsto assemelhar-se 8 imagem de 'risto. 6ermitam-me dar outro exemplo. Kavia um pro*essor universitriohindu na Rndia que, certa ve%, identi*icando que um de seus alunos era cristo, disse-lhe: 2/e voc7s, cristos,vivessem como &esus 'risto viveu, a Rndia estaria aos seus ps amanh mesmo4. 9u penso que a Rndia jestaria aos seus ps hoje mesmo se os cristos vivessem como &esus viveu. Friundo do mundo islSmico, o=everendo HsTandar &adeed, rabe e ex-mu+ulmano, disse: 2/e todos os cristos *ossem cristos E isto ,semelhantes a 'risto E, hoje o isl no existiria mais4.Hsto me leva ao terceiro ponto: 3ssemelha+o a 'risto e presen+a do 9sprito /anto em n!s. 3ssemelha+o a'risto, ser que ela alcan+vel# 6or nossas pr!prias *or+as evidente que no, mas "eus nos deu seu /anto9sprito para habitar em n!s e nos trans*ormar de dentro para *ora. illiam 0emple, que *oi arcebispo na

    dcada de UN, costumava ilustrar este ponto *alando sobre /haTespeare:2;o adianta me darem uma pe+a comoHamletou O Rei Leare me mandarem escrever algo semelhante./haTespeare era capa%, eu no. 0ambm no adianta me mostrarem uma vida como a de &esus e memandarem viver de igual modo. &esus era capa%, eu no. 6orm, se o g7nio de /haTespeare pudesse entrar e

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    viver em mim, ento eu seria capa% de escrever pe+as como as dele. 9 se o 9sprito /anto puder entrar ehabitar em mim, ento eu serei capa% de viver uma vida como a de &esus4.6ara concluir, um breve resumo do que tentamos pensar juntos aqui hoje: F prop!sito de "eus nos tornarsemelhantes a 'risto. F modo como "eus nos torna con*ormes 8 imagem de 'risto enchendo-nos do seu9sprito. 9m outras palavras, a concluso de nature%a trinitria, pois envolve o 6ai, o Dilho e o 9sprito/anto.

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    Capitulo . - O C/00 C0.S2O&

    1& O po"o 'ue Deus plane#ou ter3Domos escolhidos no meramente para sermos salvos e sim para sermos santos (9* B:U). Domos chamadosno apenas para ter a "eus como 6ai, e sim para ser per*eitos como 9le. 5t J:U> (2telei!s4 V maduroscompletos).

    F importante no somente nascer e sim crescer at chegar a medida da estatura da plenitude de 'risto (9*U:BA-BJ). "eus no quer apenas quantidade e sim qualidade. 3 igreja deve ser edi*icada (construda), comouro, prata e pedras preciosas, e no com madeira, *eno e palha (BW 'o A:B?).Domos predestinados no apenas para sermos *ilhos de "eus, mas sim para sermos *eitos con*orme aimagem de seu Dilho (=m >:?@).F objetivo de nosso ministrio no apenas salvar almas, mas sim apresentar todo homem per*eito em'risto ('lB:?>)

    9m termos prticos, isto signi*ica uma igreja integrada por *amlias que vivem em pa% e harmonia. 5aridos

    ternos, sbios e amveis. 9sposas submissas de carter meigo e pac*ico. Dilhos respeitadores e obedientes.=apa%es e mo+as que chegam virgens ao casamento. 3ncios honrados e respeitados pelos mais jovens.'rian+as *eli%es criadas no amor e temor de "eus. Komens trabalhadores, responsveis, diligentes,cuidadosos, *iis. 5ulheres virtuosas, alegres, cheias de boas obras. $m povo di*erente, *ormado pordiscpulos que aprendem a ser humildes, pacientes, mansos, justos, generosos, sinceros, bons, *eli%es,honrados, ntegros."iscpulos cujo estilo de vida amar, perdoar, servir, con*essar seus pecados, obedecer, cumprir, sujeitar-seas autoridades, pagar seus impostos, ser sempre verdadeiro, con*iar em "eus, amar o seu pr!ximo, ajudar,dividir com os necessitados, chorar com os que choram, rir com os que riem, ser um com seus irmos, pagaro mal com o bem, so*rer a injusti+a, dar gra+as sempre por tudo, vencer tenta+1es, viver no go%o do /enhor,orar sem cessar, testemunhar a 'risto, ganhar outros para 'risto, Da%er (*ormar) discpulos, colocar seudinheiro e seus bens a disposi+o de seu irmo, e sobre todas as coisas, amar a "eus com todo o seu ser, eser assim o sal da terra e a lu% do mundo.& Carter e Conduta'arter a maneira de ser de uma pessoa que avaliado pela sua conduta. a soma de suas qualidades ede*eitos morais integrados na sua personalidade. 2'3=X09=4 uma palavra grega que aparece no ;ovo0estamento uma

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    O.O 56/7.D/DS DO C/00 D 68 D.SC9:67O3;umildade 2Fs humildes4 2os pobre de esprito43 humildade a primeira qualidade inerente 8 condi+o humana. F oposto o orgulho a soberba, aarrogSncia, a auto-su*ici7ncia, etc.Contri(!o 2Fs que choram4. ;o so os que choram por raiva ou auto compaixo, e sim aqueles que ao conhecer-se

    diante de "eus se quebrantam por sua condi+o, pecado e misria e mudam de atitude, se humilham.0ambm choram diante do amor e da gra+a de "eus. 3lem disso, sensibili%ados pelo amor de "eus, choramcom os que choram, com os que so*rem, pelos perdidos. 9les sero consolados.8ansid!o 2Fs mansos4 obedecem com boa disposi+o so submissos, pacientes, tem domnio pr!prio. F contrario 8mansido a rebeldia, que leve 8 viol7ncia, briga, gritos, insol7ncia, queixa, impaci7ncia, etc.Justi(a 2Fs que t7m *ome e sede de justi+a4. ;o so os que exigem que se lhes *a+a a justi+a, e sim aqueles quetem como o maior desejo em suas vidas o de serem justos, santos, retos, honrados, de boas obras.

    8isericArdia 2Fs misericordiosos4. /igni*ica ter cora+o para aqueles que esto na misria. 3 misria tem duasexpress1es principais: 3mabilidade para com todos, ajuda e generosidade com o que so*re.:ureza de cora(!o 2Fs limpos de cora+o4 /igni*ica sinceridade, transpar7ncia boa consci7ncia, desejos puros, inten+1escorretas, motiva+1es santas, sem engano nem mentira sem hipocrisia. 9les vero a "eus.:az 2Fs paci*icadores4, perdoam, renunciam seus direitos, cedem, no brigam, pre*erem perder, tem resposta

    branda. 0ambm paci*icam a outros que esto com inimi%ades, so instrumentos de reconcilia+o./legria no sofrimento in#usto 2Fs que so*rem persegui+1es por causa da justi+a4 /o os que diante do so*rimento, a persegui+o e acal

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    Z no seja ne!*itoZ justoZ santoZ no seja dado a iraZ amante do bemZ dono de si mesmoB& Outras 'ualidades de carter 'ue nos ensinam as Sagradas scrituras&

    Z /ervi+o - 5t ?N:?I-?>Z Laboriosidade - 6v I:I-BB - ?Y 0s A:M-B?Z "ilig7ncia - 6v BN:U e BA:UZ 'onstSncia - ?Y 0m A:BUZ 3utodisciplina - BY 'o @:?J-?M - /ubmisso disciplinaZ =esponsabilidade - BY 0m A:U e BY 0s U:BBZ 9stabilidade - 9* U:BUZ Dirme%a - 9* I:BBZ Calentia - &s B.I-@

    Z /inceridade [ Kb BN.??Z Konrade% - BY 0s U.IZ Hntegridade - /l BJ.N?Z Hmparcialidade [ BW 0m J.?B [ Lv [email protected] =espeitador - BY 6e ?.BMNossa esperan-a e f"#, Estou plenamente certo de que aquele que come-ou a !oa o!ra em nos ./ de

    complet/0la at" ao dia de 1risto 'esus# $2p %,*+

    HH - F/ 6=H;'H63H/ D30F=9/ ;3 DF=53\]F "F '3=X09=.1& er um modelo&esus varo per*eito o grande modelo que o 6ai nos apresenta. "evemos conhec7-lo mediante testemunhoconjunto da 6alavra e do 9sprito. 9*sios U.BA, sugere que um dos *atores principais para se chegar 8estatura de 'risto conhec7-lo.3lgumas das qualidades que se sobressaem do carter de &esus que revelam os relatos dos evangelhos:Z /ua mansido e humildadeZ /eu amor e compaixoZ /ua pure%a e santidadeZ /eu valor e autoridadeZ /ua miseric!rdia e gra+aZ /ua sabedoria.

    ;a sua paixo e morte se revelam, at com maior excel7ncia, as virtudes de carter que havia mani*estadoem sua vida e ministrio.& 0ece$er instru(Fes $ai+o o senhorio de Cristo3O 'ue con"ers!oG"urante anos, os evanglicos tem pregado que a condi+o para ser salvo aceitar a &esus 'risto como/alvador pessoal. ;o existe na bblia nenhum versculo sequer que sustente tal a*irma+o. 6aulo declara em=omanos BN:@ que a condi+o para ser salvo con*essar a &esus como /enhor (^Prios).0odo o ;ovo 0estamento con*irma tal declara+o. (3t ?.AI BI.AB Dp ?.@-BB). 3ceitar a 'risto meramentecomo /alvador seria pretender receber o perdo e a vida eterna sem uma verdadeira sujei+o a seu senhorio,

    e tal coisa no existe no ;ovo 0estamento.3ceitar &esus como /enhor colocar nossa vida totalmente sob sua autoridade, e isto no apenas acondi+o 2/ini qua non4 para a salva+o, , tambm o que *ar possvel o novo convertido, ao ser instrudo,seja *ormado 8 imagem de &esus.

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    O 'ue um disc%puloG5ateus ?>.B@-?N. "iscpulo algum que recebe ensinamento e instru+1es sob a autoridade de seu mestre. Fdiscpulo de 'risto precisa receber todos os ensinamentos de &esus. F objetivo da instru+o no meramente

    para que 2saiba4, e sim para que 2guarde4 os mandamentos do /enhor. F prop!sito no dar-lhe in*orma+oe sim a *orma+o de seu carter segundo a palavra de "eus.O 'ue a Dida'uHG a palavra grega tradu%ida 2doutrina ou ensinamento.4 (5t M.?>, 3t ?:U?). /eu sinnimo 2didasTalia4

    (v.?B) (5c M.M, 0t ?.B, M).'onsiste em ensinamentos e instru+1es que revelam a vontade de "eus para todos os homens. Oeralmenteso mandamentos (tom imperativo), pois provm de nosso 5estre e /enhor, sob cuja autoridade estamos.9xigem obedi7ncia sujei+o.3brange todas as reas de nossa vida, carter, atitudes, revela+1es e conduta. clara, direta e prtica. universal e imutvel para todos os homens de todas as gera+1es./eu objetivo *inal *a%ermos como &esus, tanto em nosso carter, conduta e servi+o.3 maior parte da "idaqu7 podemos encontr-la resumidamente em @ captulos do ;ovo 0estamento, em 5t

    J, I, M em 9* U, J, I em =m B?, BA, BU. um dos elementos indispensveis para *orma+o do carter cristo nos discpulos.4& star cheios do poder 'ue transforma3Fs B? ap!stolos tiveram o modelo e receberam a instru+o, mas no era su*iciente, precisavam receber poder

    para serem trans*ormados e viver a "idaqu7. 3 condi+o humana: 3 blia chama a esta condi+o 2estar nacarne4 o estado natural do homem depois da queda: *raco, pecador e incapa% de agradar a "eus. ;omelhor dos casos procura *a%er a vontade de "eus com seus pr!prios recursos para *racassar uma ve% atrsda outra. (=m M.BU-?J e Ol J.B@-?B).3 lei: 9xige-nos *a%er a vontade de "eus, mas no nos capacita a cumpri-la. 3 obra de 'risto: 'risto na cru%no s! levou nossos pecados, como nos incluiu a n!s mesmos. 2;osso velho homem4 *oi cruci*icado

    juntamente com 9le (=m I.U) /ua morte nossa morte, e sua ressurrei+o a nossa ressurrei+o. 5as estarealidade objetiva se *a% realidade subjetiva e experimental pela a+o do 9sprito em n!s (=m >.?)3 obra do 9sprito: 'risto no envia apenas o 9sprito /anto aos nossos cora+1es, mas mediante o 9sprito9le mesmo vem habitar em n!s &oo BU.B>. 0er o 9sprito ter a 'risto em n!s. (&o BU.BN-BB, BY &o A.?U). F9sprito nos comunica a e*iccia da morte de 'risto sobre nossa carne, e o poder da sua ressurrei+o (Ol?.?N). 3 *un+o do 9sprito nos transmitir a vida de 'risto, a gl!ria de 'risto, suas virtudes morais, seuamor, sua humildade, sua pa%, sua mansido, sua santidade. 2=eceber do que meu, e vo-lo h deanunciar4 (&o BI.BU). 3 *un+o ao 9sprito *ormar em n!s a 'risto &esus trans*ormar-nos de gl!ria na sua

    pr!pria imagem (?Y 'o A.B>). 3 ^erigma: 9stas so as verdades que proclama o ^erigma apost!lico

    orientando para edi*ica+o dos crentes.?& star integrado a uma comunidade de f33tos ?.U?-UM. 'ada discpulo para sua *orma+o necessita:'onten+o: amor, rela+1es pessoais (relacionamento), a*eto, comunho, ami%ade, pastoreio, identidade,cobertura espiritual."iscipulado de grupo e pessoal: rela+1es *irmes e de*inidas, modelos pr!ximos, ensinamento, ora+o,instru+o, animo, corre+o *raternal, disciplina.'apacitar para a misso: Hnstru+o, treinamento, apoio, espa+o para o exerccio dos dons e desenvolvimentode novos ministrios.

    =& /ssumir plenamente a responsa$ilidade pessoal9ste o *ator decisivo na *orma+o do carter cristo. F que responsabilidade# F homem *oi criado aimagem e semelhan+a de "eus. 9ntre outras, isto signi*ica que o di*erencia dos animais, "eus *e% do homemum ser com responsabilidade, moral, trabalhador, *amiliar, social e espiritual. 0odo homem responsvel

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    perante "eus e deve responder perante 9le por seus atos, atitudes, palavras, conduta, pensamentos,sentimentos, desejos e inten+1es.&ohn /tott disse: 2;ossa responsabilidade perante "eus um aspecto inalienvel de nossa dignidadehumana. /ua expresso *inal se ver no dia do ju%o49mil runner a*irma: 23 responsabilidade no um atributo, a substancia da exist7ncia humana. 'ontmtudo... o que distingue o homem de todas as outras criaturas. "eus pediu contas a 3do, a 9va, a 'aim, a/aul, a "avi, a 3nanias e /a*ira, a /aulo de 0arso. $m dia todos prestaremos contas de toda nossa vida

    perante 9le. 3 opera+o de /atans, a *raque%a de nossa carne, a maldade dos homens, a presso do mundo,ou as circunstancias adversas, no nos isentam de nossa responsabilidade perante "eus, pois "eus atravs de&esus 'risto nos tem suprido de tudo o que precisamos para ser 2mais que vencedores4 sobre /atans, o

    pecado, a carne e o mundo, mesmo nas circunstSncias mais adversas./eria est3s decis1es do cora+o - "n B.> 3t J.UFs enganos do cora+o [ &r BM.@"evemos vigiar nossas motiva+1es - 5t I.B-I BY 'o BA.A, e ter um cora+o sincero e limpo - Kb BN.??./ disciplina pessoal33s atitudes repetidas com o passar do tempo se tornar hbitos. 9xistem hbitos que tem caractersticas ticomorais as quais constituem as di*erentes *acetas de nosso carter, de modo que a conduta vai *orjando ocarter e logo o carter determina a conduta. /e vivermos segundo a carne produ%iro em nos aspectoscarnais.6or exemplo: a ira, a mentira, a queixa, a lascvia, a avare%a, o rancor, etc. 5as, se vivermos no 9sprito*a%emos morrer as obras da carne, mani*estamos as virtudes do carter de 'risto. 6or exemplo, amabilidade,

    o servi+o, a humildade, o di%er a verdade, o perdoar, etc. $ma ve%, duas um dia, dois, de%, cem, mil... ;estadisciplina do 9sprito as qualidades de 'risto chegaram a ser as virtudes do nosso carter. 6or isso importante viver no 9sprito 8s ?U horas do dia (Ol ?.?N).)a oficina de Deus36recisamos cultivar uma comunho ntima, pessoal e secreta com "eus. 5t I.I. 9nto devemos nossubmeter a a+o pro*unda do 9sprito para ser corrigidos, santi*icados e trans*ormados. Kb U.B?, ?Y 0m A.BI,?Y 'o A.B>, =m B?.B-?. ;ossa maior inspira+o tem que ser 2conhecer4 o *ilho de "eus, o varo per*eito. 9*U.BA. Hsto no um conhecimento intelectual (conceito grego) e sim experimental e total (conceito hebreu)at chegar a ser plenamente um com 9le.

    @& O sofrimento e nossa atitude diante dIle&esus no prometeu a seus discpulos uma vida sem padecimentos, o que 9le sim nos prometeu pa% evit!ria em meio as a*li+1es (&o BI.AA). Koje parece que muitos valores do mundo so o marco do 7xitoministerial: dinheiro, *ama, popularidade, prosperidade, n

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    so*rimento, da disciplina, do vituprio, do sacri*cio, etc. 6ara mim um dos versculos mais di*ceis deentender do ;ovo 0estamento Kb J.J 2embora sendo *ilho, aprendeu a obedi7ncia pelas coisas queso*reu4. "iante do so*rimento podemos ter tr7s atitudes:B. =esistirmos e amargurar-nos?. =esignar-nos sem entender o prop!sito.A. 3ceita-lo como o plano de "eus para nossa *orma+o, puri*ica+o e santi*ica+o.F so*rimento nos ajuda a ser humildes, pacientes compassivos misericordiosos, obedientes dependentes de

    "eus, ou seja, sermos parecidos a &esus, pois produ% em n!s cada ve% mais excelente e eterno peso de gl!ria(?Y 'o U.BM).HHH - F/ 69=HOF/ $9 9;D=9;035F/ ;F 5H;H/0=HF(3/93"F 95 ?W 0H5_09F)F ap!stolo 6aulo escreve da priso esta ) Temos que evangelizar se n7o tivermos o fogo evangel8sticoo povo n7o evangelizar/9 pois somos modelo refer:ncia para o re!an.o,

    :0.KO3 / L/7/ D 7/7D/D 3 *alta de lealdade 6alavra (B:BA-BU). (Cer BW 0m B:A-U U:I,BI I:A-J, ?W 0m ?:? U:?-U). N7o pregarnossos pr3prios conceitos e id"ias 0 gastar tempo em ora-7o para prepararmos a palavra, ;rega-7o

    e).

    4 :0.KO3 / CO8OD.D/D 6erigo de nos tornarmos 2burgueses evanglicos4- consumismo."iligencia (v. B) 29s*or+a-te49*ici7ncia (v. ?)/o*rimento (v. A) 2/o*re trabalhos4, 2soldado4

    'oncentra+o (v.U) 2no se envolve4"isciplina (v.J) 2luta4"edica+o (C. I) 2deve trabalhar4.

    ? :0.KO3 / L/7/ D .)K0.D/D "eus aprova tua conduta# (v.BJ)0ens coisas que te envergonhariam caso seus irmos soubessem# (v. BJ)Cives uma vida santa ou praticas a iniqQidade# (v. B@)0ens cado em pecados sexuais# 0ens mentido# 9sts limpo no manejo do dinheiro# [ 9sts em pa% com

    todos os teus irmos# (v. ??).S0 6S/DO :O0 D6S )2O S.K).L.C/ S0 /:0OM/DO :O0 D6S&(v. ?N-?B). 9xemplos: alao, /aul, &onas. &udas, (5t M:?B-?A - &esus em nenhum momento contesta essesdons).

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    N :O0 56 D6S 6S/ K) )2O /:0OM/D/Ga+ 5eus " so!erano n7o tem que prestar contas a ningu"m usa quem Ele quer,

    !+ 5eus nos usa por sua gra-a e n7o por merecimento pr3prio,

    c+ 5eus quer que toda a gl3ria se=a dada a Ele que ningu"m se glorie,

    d+ ;ara nos fazer camin.ar com temor ao Sen.or at" o final de nossa camin.ada que dependamos de Sua

    gra-a e miseric3rdia sempre com os p"s descal-os porque a terra onde estamos " santa,

    e+ ;ara que sigamos ao Sen.or e n7o a .omens,

    N CO8O S/0 S SO6 S)DO /:0OM/DO :O0 D6SG;ossa mente, nossa consci7ncia pode estar cauteri%ada (BW 'o U:U).3

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    Capitulo 41 8 /M)60/)Q// receita de Jesus para a "erdadeira felicidade

    Refer:ncia) >ateus ?,%0@

    .)0OD6Q2O1& Jesus, o maior pregador9ste texto abre o que n!s chamamos do maior sermo da hist!ria, o sermo do monte. &esus o maior

    pregador de todos os tempos. 9le a pr!pria 6alavra encarnada. 9le a verdade. /uas palavras so orculossuas obras, milagres sua vida, modelo sua morte, um sacri*cio. 9nquanto n!s no podemos conhecer todasas *aces dos ouvintes, ele conhece o cora+o de todos os homens.& Jesus, o maior pregador prega so$re a "erdadeira felicidadea) F cristianismo a religio do pra%er e da *elicidadeF homem um ser obsecado pelo pra%er. F hedonismo, a *iloso*ia que ensina que o pra%er o *im ).3 verdadeira *elicidade consiste em des*rutar da plenitude de "eus: ele sol, escudo, heran+a, *onte, rocha,alegria, esperan+a.

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    3 verdadeira *elicidade consiste em tomar posse da bem-aventuran+a agora e na eternidade.4& / "erdadeira felicidade n!o uma promessa para o futuro, mas uma realidade para o presente&esus no disse: em-aventurados sero os pobres de esprito, mas bem-aventurados so. Fs crentes nosero *eli%es quando chegarem ao cu, eles so *eli%es agora. Fs crentes so *eli%es antes mesmo de seremcoroados. 9les so *eli%es no apenas na gl!ria, mas a caminho da gl!ria...& / M0D/D.0/ L7.C.D/D S L6)D/8)/D/ )O S0 )2O )O 01& O 'ue ser po$re de esp%rito n!o significa

    a) ;o signi*ica pobre%a *inanceira [ Drancisco de 3ssis *oi o patrono daqueles que pensaram que renunciaras rique%as *inanceiras para viver na pobre%a ou num monastrio dava crdito ao homem diante de "eus.5as a pobre%a em si no um bem, como a rique%a em si no um mal. $ma pessoa pode ser pobre*inanceiramente e no ser pobre de esprito. 3 pobre%a *inanceira pode ser *ruto da obra do diabo, daexplora+o, da ganSncia e da pregui+a.

    b) ;o signi*ica ter uma vida espiritual pobre [ &esus no est elogiando aqueles que so espiritualmentepobres, descuidados com a vida espiritual. /er pobre em santidade, verdade, * e amor uma grandetragdia. &esus condenou a igreja de Laodicia: 2/ei que tu s pobre, miservel, cego e nu4 (3p A:BM).c) ;o signi*ica pobre%a de autoestima [ &esus no est *alando que as pessoas que pensam menos de si

    mesmas so *eli%es. 3utoestima baixa no um bem, mas um mal.d) ;o signi*ica timide% ou *raque%a [ 9ssas caractersticas no so virtudes, seno males que devem sercombatidos.& O 'ue significa ser po$re de esp%ritoa) /er pobre de esprito a base para as outras virtudes [ 3 primeira bem-aventuran+a o primeiro degrauda escada. /e &esus come+asse com a pure%a de cora+o, no haveria esperan+a para n!s. 6rimeiro

    precisamos estar va%ios, para depois sermos cheios. ;o podemos ser cheios de "eus, enquanto no *ormosesva%iados de n!s mesmos. 9sta virtude a rai%, as outras so os *rutos. $ma pessoa no pode chorar pelosseus pecados at saber que no tem mritos diante de "eus. 9le jamais sentir *ome e sede de justi+a a noser que saiba que carece totalmente da gra+a.

    b) /er pobre de esprito reconhecer nossa total depend7ncia de "eus [ ;o grego h duas palavras paradesignar 2pobre%a4. 6en7s V o homem que tem que trabalhar para ganhar a vida, aquele que no tem nadaque lhe sobre. o homem que no rico, mas que tambm no padece necessidades. 9le no possui osupr*luo, mas tem o bsico. 6toT!s V descreve a pobre%a absoluta e total daquele que est a*undado namisria. o mendigo, o extremamente necessitado. 3quele que no tem nada. 9sta a palavra que &esususou. Deli% o homem que reconhece sua total car7ncia e coloca a sua con*ian+a em "eus. Deli% o homemque reconhece que o dinheiro, o poder e a *or+a no signi*icam nada, mas "eus signi*ica tudo. F poetaexpressou bem o pobre de esprito:

    ;ada em minhas mos eu trago,

    /implesmente 8 tua cru% me apego;u, espero que me vistas"esamparado, aguardo a tua gra+a5au, 8 tua *onte corro,/alva-me, /alvador, ou morro.

    /er pobre de esprito agir como o publicano: 2/enhor, compadece-te de mim, um pecado4. &oo 'alvinodisse: 2/! aquele que, em si mesmo, *oi redu%ido a nada, e repousa na miseric!rdia de "eus, pobre deesprito.4 5oiss: 2/enhor, quem sou eu, eu no sei *alar4. Hsaas clamou: 23i de mim, estou perdido`4.

    6edro gritou: 2/enhor, a*asta-te de mim, porque sou pecador4. 6aulo clamou: 25iservel homem que eusou.4. /er pobre de esprito expor suas *eridas ao !leo do divino 5dico. /e uma pessoa no pobre deesprito, ela no acha sabor no po do cu, no sente sede da gua da vida ela vai pisar nas rique%as dagra+a, ela no vai jamais desejar a reden+o nem ter pra%er na santi*ica+o.

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    c) /er pobre de esprito a nossa verdadeira rique%a [ 3 rique%a de 'risto s! pode ser apropriada pelospobres de esprito. K aqueles que pensam que se pudessem encher suas contas bancrias com ouro seriamricos. 5as aqueles que so pobres de esprito, esses que de *ato so ricos. uo pobres so aqueles que

    pensam que so ricos: &esus disse para a rica igreja de Laodicia: Coc7 pobre e miservel. 5as &esus dissepara a pobre igreja de 9smirna: 2'onhe+o a tua pobre%a, mas s rica4.4& :or'ue de"emos ser po$res de esp%rito/er pobre de esprito a joia que o cristo deve usar. 6rimeiro o homem se torna pobre de esprito, depois

    "eus o enche com sua gra+a.a) 9nquanto voc7 no *or pobre de esprito, jamais 'risto ser precioso para voc7 [ 9nquanto noenxergarmos nossa pr!pria misria, jamais veremos a rique%a que temos em 'risto. 9nquanto voc7 no

    perceber que est perdido, jamais buscar re*

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    3 *elicidade crist no para ser des*rutada apenas no cu, mas agora, a caminho do cu. F povo de "eusdeve ser o povo mais *eli% da terra. 2Deli% s tu, ! HsraelG uem como tu# 6ovo salvo pelo /enhor, escudoque te socorre, espada que te d alte%a4 ("t AA:?@).3 pobre%a de esprito est conectada com a posse de um =eino mais glorioso do que todos os tronos da terra.6obre%a o oposto de rique%a e ainda quo ricos so aqueles que possuem o =eino. 3 pobre%a de esprito o

    p!rtico do templo de todas as demais b7n+os.3 palavra 5aTrios descreve uma alegria e uma *elicidade permanente, que no so*re varia+1es. uma

    alegria que no pode ser destruda pelas circunstSncias da vida. &esus disse: 23 vossa alegria ningumpoder tirar4 (&o BI:??). a *elicidade que existe na dor, na perda, na doen+a, no luto. o go%o que brilhaatravs das lgrimas e que nada, nem a vida nem a morte, pode tirar.9ntramos no =eino e o reino entrou em n!s (Lc BM:?B). 9stamos no mundo, mas no somos do mundo.

    ;ascemos de cima, do alto, do 9sprito. 9stamos em Cit!ria, mas estamos em 'risto. 9stamos em Cit!ria,mas estamos assentados nas regi1es celestiais em 'risto. 9stamos passando por lutas, mas j estamosaben+oados com toda sorte de b7n+o em 'risto.& / nossa felicidade ser completa 'uando tomarmos posse definiti"a do 0eino no futuroa) Fs salvos no apenas vo entrar na posse do =eino, mas vo reinar com o =ei da gl!ria [ 9staremos no

    apenas no cu, mas tambm nos tronos. 0eremos uma coroa, teremos vestes reais, receberemos um trono(3p A:?B).

    b) F reino dos cus excede ao esplendor dos maiores reinos do mundo [ B) 6orque o *undador desse =eino o pr!prio "eus. ?)6orque esse =eino ser mais rico do que todos as rique%as de todos os reinos. 0udo que do 6ai nosso. /omos os herdeiros de todas as coisas. A) 6orque o =eino dos cus excede aos demais em

    per*ei+o. 3s gl!rias de /alomo sero nada. 3s gl!rias dos palcios dos sTaiTes dos 9mirados Xrabes seropalho+as. U) 6orque o =eino dos cus excede em seguran+a [ ;ada contaminado vai entrar l, nenhumamaldi+o. J) 6orque o =eino dos cus excede em estabilidade [ Fs reinos do mundo caram e cairo, mas o=eino de "eus permanecer para sempre. F crente mais pobre mais rico do que os reis mais opulentos daterra.CO)C76S2O0emos n!s andado de modo digno desse =eino# 0emos vivido de modo compatvel com aqueles que voassentar em tronos# 0emos resplandecido a gl!ria de "eus em n!s#/eu cora+o est va%io de vaidade# 9st sedento pelas coisas do cu# Coc7 j abriu mo de tudo para sederramar aos ps de 'risto#

    ;o tempo de 'risto quem entrou no =eino no *oram os *ariseus que se consideravam ricos em mritos, nemos %elotes que sonhavam com o estabelecimento do =eino com sangue e espada mas os publicanos e as

    prostitutas, o re*ugo da sociedade humana que sabiam que eram to pobres que nada tinham para o*erecer,nem receber. 0udo o que podiam *a%er era clamar pela miseric!rdia de "eus.

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    Capitulo ? 8 /M)60/)Q/O choro 'ue desgua em alegria eterna

    Refer:ncia) >ateus ?,

    .)0OD6Q2OB. 9sta bem-aventuran+a contm o maior paradoxo do 'ristianismo. 6oderamos tradu%ir: 2Deli%es osin*eli%es4. ue espcie de triste%a esta que pode produ%ir a maior *elicidade#

    ?. 3 palavra usada por &esus para chorar (panthoutes) signi*ica lamentar, prantear pelo morto. 9ntristecer-secom uma pro*unda triste%a que toma conta de todo ser de tal maneira que no pode se ocultar (0rench).A. 3 palavra chorar segundo illiam arclaP o termo mais *orte da lngua grega para denotar dor eso*rimento. a palavra que se usa para descrever a morte de um ser querido. ;a L a palavra quedescreve o lamento de &ac! quando creu que &os, seu *ilho estava morto (On AM:AU). ;o se trata apenas dador que *a% doer o cora+o, mas da dor que *a% nos chorar.U. ;em todos os que choram so *eli%es e nem todos os que choram sero consolados. 9nto, de que tipo dechoro &esus est *alando# 'horamos por vrias ra%1es: choramos pelo luto, choramos de dor *sica, choramos

    pela decep+o, pelo desespero, pela desesperan+a, pela saudade, pela compaixo, pela solido, pela

    depresso, por amor. 5as de que tipo de choro &esus est tratando nessa bem-aventuran+a#J. &esus est tratando de duas coisas: B) $ma declara+o: Deli%es so os que choram. ?) $ma promessa: essessero consolados..& O 56 SS C;O0O )2O S.K).L.C/G1& )!o o choro carnalF choro carnal aquele que uma pessoa lamenta a perda de coisas exteriores e no a perda da pure%a. 3triste%a do mundo produ% morte (? 'o M:BN). 3mnom chorou de triste%a at possuir sua pr!pria irm, paradepois despre%-la (? /m BA:?). 3cabe chorou por no ter a vinha de ;abote, a qual cobi+ava (B =s ?B:U).Dara! chorou por ter *eito o bem, por ter libertado o povo. 9le arrependeu-se de seu arrependimento (9xBU:BJ).& )!o o choro do remorso e do desespero9sse *oi o choro de &udas. 9le viu seu pecado, ele se entristeceu. 9le con*essou seu pecado, ele justi*icou'risto, di%endo que ele era inocente. 9le *e% restitui+o. 5as &udas est no in*erno e parece ter *eito muitomais que muitos *a%em hoje. 9le con*essou seu pecado. 9le *e% restitui+o. /ua consci7ncia o acusou de teradquirido aquele dinheiro de *orma vil. 5as &udas chorou pelo pecado, mas no *oram lgrimas dearrependimento, seno de remorso.4& )!o o choro do medo das conse'uHncias do pecadouando 'aim matou seu irmo 3bel, "eus o con*rontou. 9le, ento disse,4 tamanho o meu castigo, que jno posso suport-lo4 (On U:BA). /eu castigo a*ligiu-o mais do que o seu pecado. 'horar apenas pelo medo

    do castigo, apenas pelo medo do in*erno como o ladro que chora porque *oi apanhado e no pela suao*ensa. 3s lgrimas do mpio so *or+adas pelo *ogo da a*li+o e no do arrependimento.?& )!o o choro apenas e+terno e teatral&esus di% que os *ariseus 2mostram-se contristados e des*iguram a *ace com o *im de parecer aos homens que

    jejuam4 (5t I:BI). Fs olhos esto molhados, mas o cora+o est seco. Fs olhos esto umedecidos, mas ocora+o endurecido. uando 3cabe soube do ju%o de "eus sobre ele e seu reino rasgou as vestes e vestiu-secom pano de saco (B =s ?B:?M). /uas vestes estavam rasgadas, mas no seu cora+o. 9le vestia-se de pano desaco, mas no havia choro pelo pecado...& O 56 SS C;O0O S.K).L.C/

    1& De"e ser um choro espontTneo3 mulher pecadora de Lucas M revelou um arrependimento espontSneo e voluntrio. 9la lavou os ps de&esus com suas lgrimas. 9la veio com unguento em suas mos, amor em seu cora+o e lgrimas em seusolhos.

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    & De"e ser um choro espiritual o choro pelo pecado e no apenas pelas consequ7ncias do pecado. Dara! pediu para tirar as pragas, mas

    jamais desejou tirar as pragas do seu cora+o. uando "eus con*rontou "avi ele arrependeu-se do pecado echorou pelo pecado, mais do que pelas consequ7ncias do seu pecado. 9le disse: 2F meu pecado est semprediante de mim4. 9le no disse: a espada est sempre diante de mim, o castigo est sempre diante de mim. 3o*ensa contra "eus *eriu-o mais do que o ju%o de "eus sobre o seu pecado.a) "evemos chorar pelo pecado porque ele um ato de hostilidade e inimi%ade contra "eus [ F pecado

    o*ende e resiste o 9sprito /anto (3t M:JB). F pecado contrrio 8 nature%a de "eus. "eus santo e o pecado uma coisa imunda. F pecado contrrio 8 vontade de "eus. 3 palavra hebraica para pecado signi*icarebelio. F pecado luta contra "eus (3t J:A@).

    b) "evemos chorar pelo pecado porque ele um ato de consumada ingratido contra "eus [ "eus enviou-nos seu Dilho para redimir-nos do pecado e seu 9sprito para con*ortar-nos. ;!s pecamos contra o sangue de'risto, a gra+a do 9sprito e no deveramos chorar# F pecado contra o amor de "eus pior do que o pecadodos demnios, porque a eles jamais *oi o*erecido a gra+a. 5as n!s camos e nos *oi o*erecida gra+a e ainda

    pecamos contra ela# 6ecamos contra aquele que morreu por n!s# 6ecamos contra aquele que habita em n!s#c) "evemos chorar pelo pecado porque ele nos priva das coisas excelentes [ F pecado nos priva do maior

    bem, a comunho com "eus (Hs J@:?). uando pecamos no apenas a pa% vai embora, mas "eus tambm vaiembora. ;o h comunho entre trevas e lu%. uando choramos pelo pecado, ansiamos no apenas a voltadas b7n+os, mas a volta de "eus (9x AA). "evemos no apenas chorar, mas voltar-nos para "eus com choro(&l ?:B?). 3s lgrimas do arrependimento so como as guas do &ordo, elas nos puri*icam da nossa lepra."evemos chorar no apenas para nos abster do pecado, mas para odiar o pecado.4& De"e ser um choro pelo nosso prAprio pecadoDeli% aquele que chora pelo seu pr!prio pecado. F pecado nos *a% pior da que uma serpente. 3 serpenteno tem nada dentro dela seno o veneno que "eus mesmo ps nela. F veneno medicinal. 5as o pecadortem dentro de si o que o diabo ps dentro dele. 6edro disse para 3nanias: 23nanias, por que /atans encheuo seu cora+o para voc7 mentir ao 9sprito /anto#4 (3t J:A). ;!s temos em n!s todas as sementes daqueles

    pecados que condenam as pessoas ao in*erno. 3quele que no chora pelos seus pecados perdeucompletamente sua ra%o./er que 9sdras errou quando orava *a%endo con*isso, 2chorando prostrado diante da 'asa de "eus#4 (9dBN:B). /er que 6aulo errou ao gemer: 2"esventurado homem que souG uem me livrar do corpo destamorte#4 (=m M:?U). K pouco choro pelo pecado em n!s e entre n!s. ;o dia B>BNBMUN "avid rainerdescreveu em seu dirio: 29m minhas devo+1es matinais minha alma des*e%-se em lgrimas, e chorouamargamente por causa da minha extrema maldade e vile%a.4F choro pelo pecado deve ser um choro intenso. 3 palavra que &esus usou a mais intensa para oso*rimento. a mesma palavra da dor do luto por quem amamos. Doi a palavra usada para o choro de &ac!

    por &os. 6edro chorou amargamente depois de negar a &esus. 9sse deve ser o lamento pelo pecado dentro daigreja.F que se op1e ao choro pelo pecado# 6rimeiro, a dure%a de cora+o ou cora+o de pedra (9% AI:?I). $mcora+o de pedra no pode se derreter em lgrimas. 9sse cora+o conhecido pela insensibilidade e pelain*lexibilidade. 3 blia nos exorta a no endurecermos o nosso cora+o (Kb A:M,>). Koje n!s choramos

    pelos tempos di*ceis, mas no pelos cora+1es duros.5uitos em ve% de chorar pelo pecado, alegram-se nele [ 3 blia *ala daqueles que se alegram de *a%er omal (6v ?:BU), daqueles que se deleitam na injusti+a (? 0s ?:B?). 9sses so piores do que os condenados queesto no in*erno. Fs mpios que esto no in*erno, no se deleitam mais no pecado. Fra se 'risto verteu o seu

    sangue pelo pecado, alegrar-nos-emos nele# F choro pelo pecado o

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    ?& De"e ser um choro pelo pecado dos outros"avi chorou pelos pecados daqueles que desobedecem a "eus: 20orrentes de gua nascem dos meus olhos,

    porque os homens no guardam a tua lei4. &eremias chorou a condi+o terrvel de &erusalm sendo destruda.&esus chorou sobre a cidade impenitente de &erusalm. 6aulo disse: 26ois muitos andam entre n!s`e agoravos digo at chorando, que so inimigos da cru% de 'risto4 (Dp A:B>)."evemos chorar pelas blas*7mias da na+o. 6ela viola+o do pacto, pela pro*ana+o do nome de "eus, pelaremo+o dos marcos e dos absolutos. "evemos chorar pela escasse% daqueles que choram. "evemos chorar

    pela *rie%a da igreja. "evemos chorar pela *alta de choro pelo pecado na igreja. "evemos chorar por causados escSndalos que a*astam as pessoas de "eus e do evangelho....& 56/.S S2O OS 8O.MOS :/0/ SS C;O0O1& O choro pelo pecado o melhor uso das lgrimas/e voc7 chorar apenas por perdas de coisas materiais, voc7 desperdi+ar suas lgrimas. Hsso como chuvasobre a rocha, no tem bene*cio. 5as o choro do arrependimento composto de lgrimas bem-aventuradas,de lgrimas que curam, que libertam.& O choro pelo pecado uma e"idHncia da gra(a de DeusF choro pelo pecado um sinal do novo nascimento. 3ssim como a crian+a chora ao nascer, aquele que

    nasce de novo tambm chora ao pecar. $m cora+o de pedra jamais se derrete em lgrimas dearrependimento. /! um cora+o de carne, sensvel 8 vo% de "eus.3queles que nascem do 9sprito, que t7m um cora+o quebrantado, t7m tambm triste%a pelo pecado.4& O choro pelo pecado preciosouando a mulher pecadora lavou os ps de &esus com suas lgrimas e enxugou-os com os seus cabelos,

    podemos a*irmar que suas lgrimas *oram um unguento mais precioso do que o melhor per*ume. uando osnossos cora+1es se quebram amolecidos pela gra+a, ento, o per*ume das nossas obras trescalamsuavemente. 3 blia di% que h alegria no cu por um pecador que se arrepende (Lc BJ:M). 3s lgrimasclamam com eloqu7ncia pela miseric!rdia. &ac! orou e chorou e prevaleceu com "eus e com os homens (FsB?:U). 3s lgrimas derretem o pr!prio cora+o de "eus.?& O choro pelo pecado produz alegriaF choro pelo pecado o caminho da verdadeira alegria. "avi, o homem de lgrimas, *oi tambm o maisdoce cantor de Hsrael. 25inhas lgrimas *oram o meu alimento4 (/l U?:A). 3s lgrimas do penitente so maisdoces do que todas as alegrias mundanas. uando 3na chorou diante de "eus, ela voltou para a sua casacom um brilho em seu rosto e com a vit!ria de "eus em sua vida.=& O choro pelo pecado agora, pre"ine o choro no inferno depoisF in*erno um lugar de choro e ranger de dentes (5t >:B?). 5as, agora, "eus recolhe as nossas lgrimas noseu odre (/l JI:>). 3gora &esus di%: 23i de v!s, os que agora ridesG 6orque haveis de lamentar e chorar4 (LcI:?J). 3gora as lgrimas so bem-aventuradas lgrimas. 3gora o tempo certo de chorar pelo pecado.

    3gora o choro como chuva da primavera. 5as se no chorarmos agora, iremos chorar tarde demaisG melhor derramar lgrimas de arrependimento do que lgrimas de desespero. 3quele que chora agora

    bem-aventurado. 3quele que chora no in*erno amaldi+oado. 3quele que destampa as *eridas da alma echora pelo pecado livra a alma da morte eterna.F choro pelo pecado pavimenta a estrada para a ;ova &erusalm. 6ara entrar no cu no basta ir 8 igreja, daresmolas, *a%er caridade. F

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    .M& 56/.S S2O OS OSC67OS :/0/ SS C;O0O1& O amor ao pecadoF amor ao pecado *a% o pecado saboroso e torna o cora+o endurecido. &ernimo disse que amar o pecado

    pior do que praticar o pecado. $ma pessoa pode ser surpreendido na prtica do pecado inadvertidamente (OlI:B). 'omo voc7 pode entristecer-se pelo pecado, se voc7 ama o pecado# 0enha cuidado com a do+ura doveneno. F amor ao pecado mantm voc7 longe da gra+a.F pecado malignssimo. K a semente da morte e do in*erno em todo pecado. F salrio do pecado a

    morte. 3mar o pecado amar a morte e o in*erno.& O desespero pelo pecadoF desespero a*ronta a "eus, subestima o sangue de 'risto, rejeita a gra+a e destr!i a alma. F desespero di%

    para voc7: ;o tem mais jeito, no tem mais sada, no tem mais esperan+a. F desespero *ruto do seucora+o enganoso e da mentira do diabo. F desespero apresenta "eus para a alma como um jui% carrasco. Fdesespero de &udas *oi pior do que o seu pecado de trai+o. F desespero *echa a porta da miseric!rdia edestr!i o arrependimento, o )# Coc7 vai deixar parao *im, para o leito da en*ermidade para chorar pelos seus pecados# Coc7 no sabe que a bondade de "eusque condu% voc7 ao arrependimento# Coc7, porventura, j no ouviu "eus di%er: 2/e hoje ouvirdes a minhavo%, no endure+ais o vosso cora+o4#M& 56/7 R O CO)LO0O OL0C.DO /OS 56 C;O0/8 SS C;O0O1& O choro precede o conforto, assim como a limpeza da ferida precede a cura"eus guarda o seu melhor vinho para o *im. F diabo *a% o contrrio. 9le mostra o melhor primeiro e guarda

    o pior para o *im. 6rimeiro ele mostra o vinho resplandecente no copo, depois o vinho morde como umaserpente (6v ?A:AB,A?). F diabo mostra o pecado como atrativo, colorido, gostoso, doce ao paladar, e s! no*im a tragdia que ele provoca. F diabo mostrou a &udas o valor das AN moedas de prata, o pre+o de umcampo. 9le mostrou a isca, depois o *isgou com o an%ol. 6rimeiro, ele mostra a coroa de ouro, depois mostraos dentes de leo (3p @:M,>).5as "eus depois mostra o pior primeiro. 6rimeiro ele prescreve o choro, mas depois ele promete: sereisconsoladosG& /s lgrimas do arrependimento n!o s!o lgrimas perdidas, mas sementes do conforto3quele que sai andando e chorando enquanto semeia, voltar com j

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    F con*orto que "eus d *undamentado em pro*unda convic+o (&o BI:M,>). 9le puro, doce, santo,abundante, glorioso. 6edro *ala da alegria indi%vel e cheia de gl!ria (B 6e B:>).F con*orto que &esus promete poderoso. 3 alegria do /enhor a nossa *or+a (;e >:BN). 9sse con*orto*loresce at no meio da a*li+o. Fs crentes de 0essalnica receberam a 6alavra no meio de muita a*li+o,com alegria (B 0s B:I). 9sse con*orto *a% voc7 gloriar-se nas pr!prias tribula+1es (=m J:A). 9sse umcon*orto imortal.4& :or 'ue, ent!o, alguns crentes ainda sentem a falta desse confortoG

    a) 6orque eles choram, mas no as lgrimas do arrependimento [ 9les vo para as lgrimas, mas no para'risto. 3s lgrimas no so o *undamento do nosso con*orto, mas o caminho para ele. F choro no merit!rio. 9le o caminho para a alegria, no a causa da alegria. F verdadeiro con*orto s! pode vir de'risto.

    b) 6orque eles se recusam a ser consolados [ K pessoas que se entregam 8 triste%a, ao lamento, 8 amargurae se recusam a ser consoladas (/l MM:?).c) 6orque eles adiam o projeto da *elicidade apenas para o *uturo [ F projeto de "eus no *a%er de voc7uma pessoa *eli% apenas no cu, mas a caminho do cu. Coc7 j *eli% agora. Coc7 *eli% enquanto chora,

    porque chora. 9mbora sua alegria aqui ainda no esteja completa, ela j genuna, verdadeira e real.

    5acarios *ala da alegria de "eus, da alegria suprema, da *elicidade absoluta.?& / natureza do conforto 'ue teremos no cu3 blia di% que na presen+a de "eus h plenitude de alegria (/l BI:BB). Kaver um dia em que os salvosestaro vivendo no novo cu e na nova terra, onde da pra+a da cidade, corre o rio da vida, onde est o tronode "eus, onde "eus enxugar dos nossos olhos toda a lgrima.3 blia descreve esse con*orto dos salvos no cu como uma *esta, a *esta das bodas do 'ordeiro, ondevamos descansar das nossas *adigas (3p BU:BA).'omo a blia descreve essa *esta#B) F dono desta *esta "eus [ 9sta *esta a *esta das bodas do Dilho do =ei. /er uma *esta magni*icente,gloriosa.?) 9sta *esta ser incomparvel em termos de alegria e proviso [ F pr!prio &esus levar sua noiva ao

    banquete. uantas iguarias especiais teremos no novo cu e na terra. 0odos os cardpios servidos nessa *estasero deliciosos. ;o haver *alta de coisa alguma deliciosa nessa *esta. uem alimentar-se nessa *estanunca mais ter *ome. uem beber nessa *esta nunca mais ter sede.A) 9sta *esta ser incomparvel em termos da companhia dos convidados [ L estaro os salvos, os anjos, osquerubins, sera*ins. 'risto mesmo l estar como dono da *esta e como nosso an*itrio. 9staremos naincontvel assembleia dos santos (Kb B?:??). /eremos uma s! *amlia, um s! rebanho.U) 9sta *esta ser incomparvel em termos de m

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    Capitulo =4 8 /M)60/)Q/:or 'ue os mansos s!o felizes

    Refer:ncia) >ateus ?,?

    .)0OD6Q2OB. 9sta bem-aventuran+a est na contra mo dos valores do mundo [ F mundo rejeita os valores do =eino de"eus. 3 humanidade pensa em termos de *or+a, de poderio militar, blico, econmico, poltico. uanto mais

    agressivo, mais *orte. 9sse o pensamento do mundo. &esus, porm, di% que no so os *ortes e os arrogantesque so *eli%es nem so eles que vo herdar a terra, mas os mansos. /er cristo ser totalmente di*erente./omos uma nova criatura. 0emos um novo nome, uma nova vida, uma nova mente, um novo =eino.?. F pregador *rustra as expectativas do seu povo [ Fs judeus subjugados pelos romanos desde IA a.'.,esperavam um 5essias poltico, guerreiro, que implantasse seu =eino pela *or+a. Kavia quatro grupos emHsrael: B) Fs *ariseus [ eram os religiosos conservadores eles queriam um 5essias milagroso ?) Fssaduceus [ eram os liberais eles queriam um 5essias materialista A) Fs ess7nios [ eram os msticos queviviam nas cavernas de umran, perto do 5ar 5orto eles queriam um 5essias monstico U) Fs %elotes [eram os ativistas que queriam se insurgir contra =oma eles queriam um 5essias militar. Fs pr!prios

    ap!stolos pensaram num =eino poltico (3t B:I). 5as &esus veio com outra proposta e o povo disse: ;oqueremos esse 5essias. Dora com ele. 'ruci*ica-o..& O 56 )2O S.K).L.C/ S0 8/)SO1& Ser manso n!o um atri$uto natural3 mansido no apenas uma boa ndole, uma pessoa educada socialmente. ;o apenas algo externo,convencional, mas uma atitude interna, uma obra da gra+a no cora+o, *ruto do 9sprito. /purgeon di%ia que2ser manso no virtude, gra+a4. ;ingum naturalmente manso. /! aqueles que reconhecem que nadamerecem diante de "eus e choram pelos seus pr!prios pecados, podem ser mansos diante de "eus e doshomens.& Ser manso n!o ser mole ou ficar impassi"o diante dos pro$lemas/er manso no ser tmido, covarde, medroso, *raco, indolente. 3s pessoas mansas *oram pro*undamentevigorosas e enrgicas. 9las tiveram coragem para se posicionar com *irme%a contra o erro. 9las en*rentarama+oites, pris1es e a pr!pria morte por seus posicionamentos. Fs mrtires *oram pessoas mansas.&esus era manso e humilde de cora+o, mas ele usou o chicote para expulsar os vendilh1es do templo e tevecoragem para morrer numa cru%, em nosso lugar.4& Ser manso n!o significa manter a paz a 'ual'uer pre(o/er manso no ser conivente, *icar em cima do muro, tentar agradar a gregos e troianos, ser neutro, viversem cor, sem sal, sem sabor, sem opinio pr!pria. /er manso no ser passivo, indeciso.?& Ser manso n!o apenas controle emocional e+terno

    K pessoas que conseguem manter a calma, o domnio pr!prio diante de situa+1es adversas, mas noconseguem abrandar as chamas da alma. /o como um vulco que esto sempre em ebuli+o por dentro.9las no explodem, mas vivem cheias de *ogo por dentro. 9las so apenas aparentemente calmas. 9lasmantm as apar7ncias diante dos homens, mas no so calmas aos olhos de "eus. 9las no *alam mal, masdesejam mal. 9las no *a%em o mal, mas alegram-se intimamente com o *racasso dos seus inimigos.

    ..& O 56 S.K).L.C/ S0 8/)SO1& 6ma pessoa mansa su$missa U "ontade de Deus$ma pessoa mansa no se rebela contra "eus, nem murmura. 9la aceita a vontade "eus de bom grado. 9la

    di% como &!: 2temos recebido o bem de "eus, porventura, no receberamos tambm o mal#4.$ma pessoa mansa como 6aulo, sabe viver contente em toda e qualquer situa+o. 9la d sempre dandogra+as a "eus, sabendo que todas as coisas cooperam para o seu bem.

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    & 6ma pessoa mansa est de$ai+o do controle de DeusF manso aquele que *oi domesticado. 3 palavra manso era empregada para descrever um animaldomesticado. $m potro selvagem causa uma destrui+o. $m potro domado

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    &esus o nosso modelo de homem manso. 26ois ele, quando ultrajado, no revidava com ultraje quandomaltratado, no *a%ia amea+as, mas entrega-se 8quele que julga retamente4 (B 6e ?:?A).'omo deve ser o perdo#a) =eal [ "eus no mostra o seu perdo para n!s e guarda o nosso pecado para si. 9le apaga os nossos

    pecados como a nvoa e os lan+a no mar e deles nunca mais se lembra. "eus perdoa e esquece. "eus perdoae no cobra mais. "eus perdoa e nunca mais lan+a o nosso pecado em nosso rosto. assim que devemos

    perdoar, como "eus perdoa, de todo o cora+o.

    b) 6leno [ "eus perdoa todos os nossos pecados. 29le perdoa todas as nossas iniquidades4 (/l BNA:A). /evoc7 manso, voc7 perdoa todas as inj

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    3 brandura de "avi com /aul, derreteu seu cora+o mais do que a bravura de "avi (B /m ?U:BI,BM).3 mansido como ajuntar brasas vivas na cabe+a do seu inimigo. 3 ira *a% um amigo tornar-se inimigo,mas a mansido, *a% um inimigo tornar-se amigo..M& 56/7 R O 0S67/DO D/ 8/)S.D2O1& 6ma profunda e gloriosa felicidade&esus di% que os mansos so *eli%es, bem-aventurados. 3 palavra 5acarios era usada pelos gregos paradescrever a *elicidade dos deuses. uma *elicidade plena, completa, independente das circunstSncias,

    baseada num relacionamento ntimo e permanente com o "eus vivo.& / heran(a da terra no tempo5esmo sendo estrangeiro na terra (Kb BB:AM), os mansos so aqueles que herdam a terra. 9les comem omelhor dessa terra. F mpio tem a posse temporal da terra, mas o manso usu*ru as benesses da terra.

    ;esse sentido, os mansos j so herdeiros da terra, na vida presente. 9le uma pessoa satis*eita. /ente-secontente. 9le nada tem, mas possui tudo. 6aulo di%: 2entristecidos, mas sempre alegres pobres, masenriquecendo a muitos nada tendo, mas possuindo tudo4 (? 'o I:BN). 6aulo di%: 29u aprendi a vivercontente em toda e qualquer situa+o. 9u tudo posso naquele que me *ortalece4 (Dp U:BB-BA).F manso cidado do cu. F manso *ilho de "eus. F manso herdeiro de "eus e coerdeiro com 'risto.

    "o /enhor a terra e a sua plenitude. 0udo que pertence ao 6ai, pertence ao *ilho (B 'o A:?B-?A). Fs mansosso os verdadeiros herdeiros de tudo o que do 6ai. =eceberemos a heran+a original de domnio sobre aterra que "eus deu a 3do. a reconquista do paraso.9les conquistam a terra no pelas armas, no pela *or+a, mas por heran+a. F manso herda as b7n+os daterra. F mpio pode ter abundSncia de dinheiro, mas o manso tem abundSncia de pa% (/l AM:BB). F mpio notem o que parece ter. 9le tem propriedades, terras, mas no pode levar nada, no herda nada. 5as o manso,mesmo desprovido agora, tem a heran+a, a posse eterna de tudo o que do 6ai.4& / heran(a da no"a terra e do no"o cu na eternidadeF manso des*rutar da terra restaurada, redimida do seu cativeiro. 9le habitar no novo cu e na nova terra(3p ?B:?-A). 9le reinar com 'risto sobre a terra.F manso no apenas herda a terra, mas tambm o cu. F manso tem a terra apenas como a sua casa deinverno, mas tem no cu uma manso permanente, eterna, casa *eita no por mos, eterna no cu.

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    Capitulo @? 8 /M)60/)Q//petite pelo alimento do cu

    Refer:ncia) >ateus ?,*

    .)0OD6Q2OB. F evangelho de 5ateus apresenta &esus como =ei. F sermo do monte a plata*orma do =eino. 9le nodescreve a vida do mundo, mas a vida daqueles que *a%em parte do =eino.

    ?. /omente uma pessoa que humilde de esprito e reconhece os seus pr!prios pecados e chora por eles e sesubmete 8 soberania de "eus, pode ter *ome e sede de justi+a.A. Dalaremos sobre esse apetite pelo alimento do cu..& 56 .:O D /7.8)O DM8OS 0 /:.G3 *ome espiritual uma das caractersticas do povo de "eus. 3 ambi+o suprema do povo de "eus no material, mas espiritual. Fs cristos aspiram as coisas mais excelentes. 9les buscam em primeiro lugar o=eino de "eus e sua justi+a.0homas atson, puritano ingl7s do sculo CHH, disse que &esus est *alando aqui da justi+a imputada e da

    justi+a implantada. &ohn /tott, maior exegeta do sculo , di% que a justi+a bblica tem tr7s aspectos: legal,

    moral e social. 3 justi+a legal trata da nossa justi*ica+o, um relacionamento certo com "eus. 3 justi+amoral trata da conduta que agrada a "eus, a justi+a interior, de cora+o de mente e de motiva+1es. 3 justi+asocial re*ere-se 8 busca pela liberta+o do homem de toda opresso, junto com a promo+o dos direitos civis,de justi+a nos tribunais, da integridade nos neg!cios e da honra no lar e nos relacionamentos *amiliares.1& De"emos ter apetite pela #usti(a imputada, ou se#a, #usti(a diante de Deus3quele que reconhece que pecador, e que como pecador injusto, e portanto, est condenado junto aotrono do "eus todo-poderoso, esse tem *ome e sede de justi+a. 9sse deseja ser justo, ele deseja ter suainiquidade perdoada. 9sse busca a salva+o.5as como um homem pode ser justo diante de "eus# 9le jamais estar satis*eito at que creia que &esus *oi*eito por "eus nossa sabedoria, justi*ica+o, santi*ica+o e reden+o (B 'o B:AN). 9le jamais estar satis*eitoat que compreenda que 'risto morreu em seu lugar, em seu *avor, levando sobre o seu corpo os seus

    pecados, encravando na cru% a sua dvida, e comprando na cru% a sua eterna reden+o.'risto a nossa justi+a. F mais *raco dos crentes que cr7 em 'risto tem tanto da justi+a de 'risto como omais *orte dos santos. 9m 'risto somos completos e per*eitos. 'risto a *onte da vida. ;o precisamos dascisternas rotas. uem nele cr7 tem uma *onte e rios de gua viva. 9ssa justi+a de 'risto gratuita. F po davida de gra+a. 3 gua da vida de gra+a (Hs JJ:B 3p ??:BM).& De"emos ter apetite pela #usti(a implantada, ou se#a, uma "ida no"a com Deus

    ;o su*iciente saber que os nossos pecados esto perdoados, pois temos ainda uma *onte de pecado dentrodo nosso cora+o e guas amargas *luem constantemente dessa *onte. uem tem *ome e sede de justi+a

    deseja ardentemente ser trans*ormado. &esus disse: 2/e a vossa justi+a no exceder em muito a dos escribas e*ariseus, jamais entrareis no reino dos cus4 (5t J:?N).uem tem *ome e sede de justi+a aspira as coisas do cu, ama a santidade, tem pra%er nas coisas de "eus,deleita-se em "eus, ama a lei de "eus. /ua aspira+o mais elevada no ajuntar tesouros na terra, mas nocu. /eu pra%er no est nos banquetes do mundo, mas nas manjares do cu. 9le tem sede de santidade. 9letem uma nova mente, um novo cora+o, um novo nome, uma nova vida. /eu cora+o est no cu. /eutesouro est no cu. /eu lar est no cu. /ua ptria est no cu.uem tem *ome e sede de justi+a deseja ardentemente ter mente pura, cora+o puro, vida pura. 3nelasubjugar o orgulho e ter vida certa com "eus e com os homens. uem tem *ome e sede de justi+a quer

    sempre mais. 9le est satis*eito, mas nunca saciado. 9le ama, mas quer amar mais. 9le ora, mas quer orarmais. 9le estuda a 6alavra, mas quer estudar mais. 9le obedece, mas quer obedecer mais.

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    por no terem a propriedade que pertence a ;abote. K outros que t7m *ome de vingan+a. Futros t7m *ome esede de satis*a%er seus desejos impuros. 3queles que t7m *ome do pecado sero saciados por /atans e

    perecero de *ome e sede para sempre.e) 3 desnutri+o produ% raquitismo [ $ma pessoa que no recebe alimento saudvel e su*iciente pode so*rerde raquitismo. ;o h desenvolvimento. $m crente que no se alimenta de *orma correta das coisas de "eustorna-se raqutico espiritualmente. 3ssim como uma pessoa deve evitar ingerir aquilo que tira o apetite,devemos tambm rejeitar tudo aquilo que tira o nosso apetite de "eus.

    & Consideremos as caracter%sticas do apetitea) F apetite um desejo real [ ;o podemos *a%er de conta que ele no existe. 3 *ome e a sede so asnecessidades mais essenciais da vida. ;ingum sobrevive sem po e sem gua. 3ssim, tambm, ningum

    pode pertencer ao reino sem ter *ome de justi+a. F maior anelo de um crente ser perdoado, ser vestidocom a justi+a de 'risto. /eu maior desejo ser santo, puro e glori*icar a "eus. 3ntes tnhamos *ome de

    pecar agora temos *ome para no pecar. uem tem apetite en*renta qualquer di*iculdade para saciar a sua*ome. 9le se deleita na comida. K algumas di*eren+as entre o apetite verdadeiro pelas coisas de "eus e oapetite hip!crita: B) F hip!crita no deseja "eus, mas apenas as b7n+os de "eus [ como alao, ele quermorrer a morte dos justos, mas no viver a vida dos justos (;m ?A:BN). ?) F apetite do hip!crita

    condicional [ 9le quer &esus e os seus pecados ele quer &esus e as rique%as ele quer &esus e a cobi+a elequer &esus e o mundo. A) Fs desejos do hip!crita so *ora de tempo [ 3s cinco virgens loucas, desejamentrar nas bodas tarde demais. 9las queriam as bodas, mas no se prepararam.

    b) F apetite um desejo constante [ 'omemos po hoje e temos *ome de novo amanh. 3ssim tambm com respeito 8s coisas espirituais. 0emos *ome de "eus e somos saciados. 5as queremos mais. ueremosmais do seu amor, da sua gra+a, do seu poder. /omos como 5oiss. 9le conheceu a "eus na sar+a. 9leconheceu os milagres de "eus no 9gito. 9le viu o poder de "eus arrancando o povo do 9gito, abrindo o marvermelho, dando gua no deserto e *a%endo chover po do cu. 9le viu o dedo de "eus escrever a lei emtbuas de pedra. 5as ele queria mais de "eus. 9le clamou: 2/enhor, mostra-me a tua gl!riaG4 9sta *ome eesta sede continuam e aumentam no simples *ato de saci-la. uanto mais voc7 se alimenta de "eus, maisvoc7 tem *ome de "eus. "avi disse: 25inha alma tem sede do "eus vivo4 (/l U?:?). Hsaas di%: 2'om minhaalma suspiro de noite por ti e, com o meu esprito dento de mim, eu te procuro diligentemente`4 (Hs ?I:@).c) F apetite um desejo intenso [ F que pode ser mais intenso do que a *ome e a sede. 9ssa a necessidademais bsica e mais urgente da vida. ;o basta ter *ome, preciso estar morrendo de *ome. 9nquanto o *ilho

    pr!digo estava com *ome *oi buscar as al*arroba dos porcos, mas quando estava morrendo de *ome, busca acasa do 6ai. Cictor DranTl narra sua dolorosa experi7ncia no campo de concentra+o na%ista. 9le disse que o

    principal assunto dos prisioneiros era sobre comida. 9les *a%iam sacri*cios tremendo apenas para ter umaconcha de sopa. Kouve um tempo em /amaria que se vendia uma cabe+a de jumento por um pre+o de ouro.

    ;a 'oria do ;orte j se chegou a comer de*untos. 3 *ome provoca uma dor insuportvel. Fh, que "eus nos

    mande uma *ome assim de justi+a. ue possamos clamar como 6aulo: 25iservel homem que eu sou, quemme livrar do corpo desta morte#4 (=m M:?U). ue o desejo de ter uma vida certa com "eus sejadesesperadora em nosso cora+o. Fh, que possamos ter *ome de "eus como "avi: 23 minha alma tem sedede "eus, do "eus vivo4 (/l U?:?) 2_ "eus, tu s o meu "eus *orte eu te busco ansiosamente a minha almatem sede de ti meu corpo te almeja, como terra rida, exausta, sem gua4 (/l IA:B). 23 minha alma anseia

    pelo /enhor mais do que os guardas pelo romper da manh4 (/l BAN:I). 3quele que tem *ome de 'risto oque di%: 2" a &esus seno eu morro4.d) F apetite um desejo insubstituvel [ /e uma pessoa est desesperadamente *aminta no adianta voc7o*erecer a ela entretenimento, uma boa m

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    apetite: *eli% o que tem *ome e sede de justi+a. Koje as pessoas querem &esus e a rique%a, &esus e o sucesso,&esus e as gl!rias do mundo. 5as, *eli% o que tem *ome de justi+aG...& 56 P)Q2OS S2O DS.)/D/S /OS 56 P8 /:. :7/S CO.S/S DO CR6G1& le saciado com uma $Hn(!o singularuando uma pessoa tem apetite de po, ele come po, mas volta a ter a mesma *ome de po. uando eladeseja beber, ela bebe, mas volta a ter a mesma sede. 5uitas pessoas t7m *ome de bens materiais, masningum pode satis*a%er sua alma com bens materiais. F mais rico dos homens no conseguiu ser to rico

    como gostaria de ter sido. Fs homens t7m tentado satis*a%er seus cora+1es com as possess1es do mundo:eles compram casas e mais casas, carros e mais carros, *a%endas e mais *a%endas, cidades e mais cidades, atterem a sensa+o de que so os

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    Capitulo B= 8 /M)60/)Q//petite pelo alimento do cu

    Refer:ncia) >ateus ?,*

    .)0OD6Q2OB. F evangelho de 5ateus apresenta &esus como =ei. F sermo do monte a plata*orma do =eino. 9le nodescreve a vida do mundo, mas a vida daqueles que *a%em parte do =eino.

    ?. /omente uma pessoa que humilde de esprito e reconhece os seus pr!prios pecados e chora por eles e sesubmete 8 soberania de "eus, pode ter *ome e sede de justi+a.A. Dalaremos sobre esse apetite pelo alimento do cu..& 56 .:O D /7.8)O DM8OS 0 /:.G3 *ome espiritual uma das caractersticas do povo de "eus. 3 ambi+o suprema do povo de "eus no material, mas espiritual. Fs cristos aspiram as coisas mais excelentes. 9les buscam em primeiro lugar o=eino de "eus e sua justi+a.0homas atson, puritano ingl7s do sculo CHH, disse que &esus est *alando aqui da justi+a imputada e da

    justi+a implantada. &ohn /tott, maior exegeta do sculo , di% que a justi+a bblica tem tr7s aspectos: legal,

    moral e social. 3 justi+a legal trata da nossa justi*ica+o, um relacionamento certo com "eus. 3 justi+amoral trata da conduta que agrada a "eus, a justi+a interior, de cora+o de mente e de motiva+1es. 3 justi+asocial re*ere-se 8 busca pela liberta+o do homem de toda opresso, junto com a promo+o dos direitos civis,de justi+a nos tribunais, da integridade nos neg!cios e da honra no lar e nos relacionamentos *amiliares.1& De"emos ter apetite pela #usti(a imputada, ou se#a, #usti(a diante de Deus3quele que reconhece que pecador, e que como pecador injusto, e portanto, est condenado junto aotrono do "eus todo-poderoso, esse tem *ome e sede de justi+a. 9sse deseja ser justo, ele deseja ter suainiquidade perdoada. 9sse busca a salva+o.5as como um homem pode ser justo diante de "eus# 9le jamais estar satis*eito at que creia que &esus *oi*eito por "eus nossa sabedoria, justi*ica+o, santi*ica+o e reden+o (B 'o B:AN). 9le jamais estar satis*eitoat que compreenda que 'risto morreu em seu lugar, em seu *avor, levando sobre o seu corpo os seus

    pecados, encravando na cru% a sua dvida, e comprando na cru% a sua eterna reden+o.'risto a nossa justi+a. F mais *raco dos crentes que cr7 em 'risto tem tanto da justi+a de 'risto como omais *orte dos santos. 9m 'risto somos completos e per*eitos. 'risto a *onte da vida. ;o precisamos dascistenas rotas. uem nele cr7 tem uma *onte e rios de gua viva. 9ssa justi+a de 'risto gratuita. F po davida de gra+a. 3 gua da vida de gra+a (Hs JJ:B 3p ??:BM).& De"emos ter apetite pela #usti(a implantada, ou se#a, uma "ida no"a com Deus

    ;o su*iciente saber que os nossos pecados esto perdoados, pois temos ainda uma *onte de pecado dentrodo nosso cora+o e guas amargas *luem constantemente dessa *onte. uem tem *ome e sede de justi+a

    deseja ardentemente ser trans*ormado. &esus disse: 2/e a vossa justi+a no exceder em muito a dos escribas e*ariseus, jamais entrareis no reino dos cus4 (5t J:?N).uem tem *ome e sede de justi+a aspira as coisas do cu, ama a santidade, tem pra%er nas coisas de "eus,deleita-se em "eus, ama a lei de "eus. /ua aspira+o mais elevada no ajuntar tesouros na terra, mas nocu. /eu pra%er no est nos banquetes do mundo, mas nas manjares do cu. 9le tem sede de santidade. 9letem uma nova mente, um novo cora+o, um novo nome, uma nova vida. /eu cora+o est no cu. /eutesouro est no cu. /eu lar est no cu. /ua ptria est no cu.uem tem *ome e sede de justi+a deseja ardentemente ter mente pura, cora+o puro, vida pura. 3nelasubjugar o orgulho e ter vida certa com "eus e com os homens. uem tem *ome e sede de justi+a quer

    sempre mais. 9le est satis*eito, mas nunca saciado. 9le ama, mas quer amar mais. 9le ora, mas quer orarmais. 9le estuda a 6alavra, mas quer estudar mais. 9le obedece, mas quer obedecer mais.

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    4& De"emos ter apetite pela #usti(a promo"idauem tem *ome e sede de justi+a no se con*orma com a injusti+a [ 9le abomina o mal, ele ataca acorrup+o, ele declara guerra contra toda de esquema opressor. 9le luta pela justi+a social. 9le exige justi+anos tribunais, ele de*ende o direito do *raco, a causa dos oprimidos.uem tem *ome e sede de justi+a luta por uma sociedade onde no haja *raude, *also testemunho, perj

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    por no terem a propriedade que pertence a ;abote. K outros que t7m *ome de vingan+a. Futros *ome esede de satis*a%er seus desejos impuros. 3queles que t7m *ome do pecado sero saciados por /atans e

    perecero de *ome e sede para sempre.e) 3 desnutri+o produ% raquitismo [ $ma pessoa que no recebe alimento saudvel e su*iciente pode so*rerde raquitismo. ;o h desenvolvimento. $m crente que no se alimenta de *orma correta das coisas de "eustorna-se raqutico espiritualmente. 3ssim como uma pessoa deve evitar ingerir aquilo que tira o apetite,devemos tambm rejeitar tudo aquilo que tira o nosso apetite de "eus.

    & Consideremos as caracter%sticas do apetitea) F apetite um desejo real [ ;o podemos *a%er de conta que ele no existe. 3 *ome e a sede so asnecessidades mais essenciais da vida. ;ingum sobrevive sem po e sem gua. 3ssim, tambm, ningum

    pode pertencer ao reino sem ter *ome de justi+a. F maior anelo de um crente ser perdoado, ser vestidocom a justi+a de 'risto. /eu maior desejo ser santo, puro e glori*icar a "eus. 3ntes tnhamos *ome de

    pecar agora temos *ome para no pecar. uem tem apetite en*renta qualquer di*iculdade para saciar a sua*ome. 9le se deleita na comida. K algumas di*eren+as entre o apetite verdadeiro pelas coisas de "eus e oapetite hip!crita: B) F hip!crita no deseja "eus, mas apenas as b7n+os de "eus [ como alao, ele quermorrer a morte dos justos, mas no viver a vida dos justos (;m ?A:BN). ?) F apetite do hip!crita

    condicional [ 9le quer &esus e os seus pecados ele quer &esus e as rique%as ele quer &esus e a cobi+a elequer &esus e o mundo. A) Fs desejos do hip!crita so *ora de tempo [ 3s cinco virgens loucas, desejamentrar nas bodas tarde demais. 9las queriam as bodas, mas no se prepararam.

    b) F apetite um desejo constante [ 'omemos po hoje e temos *ome de novo amanh. 3ssim tambm com respeito 8s coisas espirituais. 0emos *ome de "eus e somos saciados. 5as queremos mais. ueremosmais do seu amor, da sua gra+a, do seu poder. /omos como 5oiss. 9le conheceu a "eus na sar+a. 9leconheceu os milagres de "eus no 9gito. 9le viu o poder de "eus arrancando o povo do 9gito, abrindo o marvermelho, dando gua no deserto e *a%endo chover po do cu. 9le viu o dedo de "eus escrever a lei emtbuas de pedra. 5as ele queria mais de "eus. 9le clamou: 2/enhor, mostra-me a tua gl!riaG4 9sta *ome eesta sede continuam e aumentam no simples *ato de saci-la. uanto mais voc7 se alimenta de "eus, maisvoc7 tem *ome de "eus. "avi disse: 25inha alma tem sede do "eus vivo4 (/l U?:?). Hsaas di%: 2'om minhaalma suspiro de noite por ti e, com o meu esprito dento de mim, eu te procuro diligentemente`4 (Hs ?I:@).c) F apetite um desejo intenso [ F que pode ser mais intenso do que a *ome e a sede. 9ssa a necessidademais bsica e mais urgente da vida. ;o basta ter *ome, preciso estar morrendo de *ome. 9nquanto o *ilho

    pr!digo estava com *ome *oi buscar as al*arroba dos porcos, mas quando estava morrendo de *ome, busca acasa do 6ai. Cictor DranTl narra sua dolorosa experi7ncia no campo de concentra+o na%ista. 9le disse que o

    principal assunto dos prisioneiros era sobre comida. 9les *a%iam sacri*cios tremendo apenas para ter umaconcha de sopa. Kouve um tempo em /amaria que se vendia uma cabe+a de jumento por um pre+o de ouro.

    ;a 'oria do ;orte j se chegou a comer de*untos. 3 *ome provoca uma dor insuportvel. Fh, que "eus nos

    mande uma *ome assim de justi+a. ue possamos clamar como 6aulo: 25iservel homem que eu sou, quemme livrar do corpo desta morte#4 (=m M:?U). ue o desejo de ter uma vida certa com "eus sejadesesperadora em nosso cora+o. Fh, que possamos ter *ome de "eus como "avi: 23 minha alma tem sedede "eus, do "eus vivo4 (/l U?:?) 2_ "eus, tu s o meu "eus *orte eu te busco ansiosamente a minha almatem sede de ti meu corpo te almeja, como terra rida, exausta, sem gua4 (/l IA:B). 23 minha alma anseia

    pelo /enhor mais do que os guardas pelo romper da manh4 (/l BAN:I). 3quele que tem *ome de 'risto oque di%: 2" a &esus seno eu morro4.d) F apetite um desejo insubstituvel [ /e uma pessoa est desesperadamente *aminta no adianta voc7o*erecer a ela entretenimento, uma boa m

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    apetite: *eli% o que tem *ome e sede de justi+a. Koje as pessoas querem &esus e a rique%a, &esus e o sucesso,&esus e as gl!rias do mundo. 5as, *eli% o que tem *ome de justi+aG...& 56 P)Q2OS S2O DS.)/D/S /OS 56 P8 /:. :7/S CO.S/S DO CR6G1& le saciado com uma $Hn(!o singularuando uma pessoa tem apetite de po, ele come po, mas volta a ter a mesma *ome de po. uando eladeseja beber, ela bebe, mas volta a ter a mesma sede. 5uitas pessoas t7m *ome de bens materiais, masningum pode satis*a%er sua alma com bens materiais. F mais rico dos homens no conseguiu ser to rico

    como gostaria de ter sido. Fs homens t7m tentado satis*a%er seus cora+1es com as possess1es do mundo:eles compram casas e mais casas, carros e mais carros, *a%endas e mais *a%endas, cidades e mais cidades, atterem a sensa+o de que so os

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    Capitulo @ 8 /M)60/)Q/

    em-a"enturados os misericordiososRefer:ncia) >ateus ?,B

    .)0OD6Q2OB. 3s quatro primeiras bem-aventuran+as tratam da nossa rela+o diante de "eus. 9sta *ala da nossa a+o

    diante dos homens. 3s primeiras tratam da questo do ser, esta progride para a questo do *a%er.?. ;o 'ristianismo o ser vem antes do *a%er. uem , *a%. 3 * sem obras morta.A. Civemos num tempo em que a miseric!rdia parece ter desaparecido da terra. Fs judeus eram to cruisquanto os romanos. 9ram orgulhosos, egoc7ntricos, hip!critas e acusadores. Koje, pensamos que se *ormosmisericordiosos as pessoas vo nos explorar ou vo pular no nosso pesco+o.U. ;esta bem-aventuran+a &esus *alou que a miseric!rdia tanto um dever como uma recompensa. Fsmisericordiosos alcan+aro miseric!rdia.J. /e o misericordioso aben+oado, h uma maldi+o para aquele que no exerce miseric!rdia (/l BN@:I-BI)..& O 56 R S0 68/ :SSO/ 8.S0.CO0D.OS/

    1& O conceito $%$lico de misericArdia5iseric!rdia lan+ar o cora+o na misria do outro e estar pronto em qualquer tempo para aliviar a sua dor.3 palavra hebraica para miseric!rdia chesed: 2 a capacidade de entrar em outra pessoa at que

    praticamente podemos ver com os seus olhos, pensar com sua mente e sentir com o seu cora+o. mais doque sentir piedade por algum (arclaP, 5ateus p. BB?).5iseric!rdia ver uma pessoa sem alimento e lhe dar comida, ver uma pessoa solitria e lhe *a%ercompanhia. atender 8s necessidades e no apenas senti-las.F maior exemplo de miseric!rdia *oi demonstrado por &esus. 9le curou os doentes, alimentou os *amintos,abra+ou as crian+as, *oi amigo dos pecadores, tocou os leprosos. 9le *e% com que os solitrios se sentissemamados. 9le consolou os a*litos, perdoou os que haviam cado em opr!brio.F ap!stolo 6aulo disse que exercer miseric!rdia com os necessitados uma gra+a que "eus nos d em ve%de um *avor que *a%emos 8s pessoas (? 'o >:B-J).& / fonte da misericArdia3 miseric!rdia no uma virtude natural. 6or nature%a o homem mau, cruel, insensvel, egosta, incapa%de exercer a miseric!rdia. Coc7 precisa nascer de novo antes de ser misericordioso. Coc7 precisa de umnovo cora+o, antes de ter um cora+o misericordioso...& OS M0.OS .:OS D 8.S0.CX0D./1& / misericArdia de"e ser estendida Us almas dos outros como uma esmola espiritual. 9ssa a principal das miseric!rdias. 3 alma a coisa mais preciosa que um

    homem tem. &esus alertou que no devemos temer aqueles que podem matar o corpo, mas no a alma. 3alma como um rico diamante num anel de barro. ;ela est timbrada a imagem de "eus.'omo podemos demonstrar miseric!rdia com as almas dos outros#a) 'horando por elas [ 3gostinho di%ia que se n!s choramos pelo corpo morto, de onde a alma partiu,quanto mais deveramos chorar pela alma que se apartou de "eusG

    b) 3dvertindo os pecadores [ Dalar aos homens a tenebrosa condi+o em que se encontram em seus pecados um pro*undo ato de miseric!rdia. Dicaramos calados se vssemos algum caindo num abismo oudevorados pelo *ogo sem avis-los# 3queles que se calam em nome da miseric!rdia t7m uma *alsa e cruelmiseric!rdia. uando o cirurgio corta e lanceta a carne tem como *inalidade a cura e no a morte. 9les

    curam as *eridas. 3 *erida do amigo melhor do que a bajula+o do mpio. "evemos salvar as pessoas queesto indo para o morte e livr-las do *ogo (&d ?A). melhor ser alertado sobre o in*erno do que ir para oin*erno.

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    *echars as tuas mos a teu irmo pobre antes, lhe abrirs de todo a tua mo e lhe emprestars o que lhe*alta, quanto baste para a sua necessidade4 ("t BJ:M->). "eus providenciou vrias leis para cuidar dos

    pobres: nas colheitas no se podia apanhar o que caa no cho, era dos pobres. 6aulo exorta os ricos: 2`pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir4 (B 0m I:B>)....& 0/VWS :/0/ S08OS 8.S0.CO0D.OSOS1& De"emos ser misericordiosos por'ue a prtica das $oas o$ras o grande fim para o 'ual fomoscriados Y f 31E

    F ap!stolo 6aulo di%: 26ois somos *eitura dele, criados em 'risto &esus para as boas obras, as quais "eus deantemo preparou para que andssemos nelas4. 0odas as criaturas cumprem o papel para o qual *oramcriadas: as estrelas brilham, os pssaros cantam, as plantas produ%em segundo a sua espcie. F prop!sito davida servir. 3quele que no cumpre a misso para a qual *oi criado in). 3s suas ternas miseric!rdias esto sobre todas as suas obras (/l BUJ:@). uando voc7 demonstramiseric!rdia voc7 re*lete "eus em sua vida. 'ada dia da sua vida voc7 recebe as miseric!rdias de "eus.

    'ada ve% que voc7 respira, cada peda+o de po que voc7 come, cada copo de gua que voc7 bebe. Hlustra+o:&ohn =ocT*eller, o primeiro bilionrio do mundo *icou doente e s! podia tomar um copo dgua e comerduas bolachas de sal.uo ricas so as miseric!rdias de "eus em sua vida: ele perdoou voc7. 9le justi*icou voc7. 9le adotou voc7.9le selou voc7. 9las so a causa de no sermos consumidos. 9les se renovam a cada manh.4& De"emos ser misericordiosos por'ue a demonstra(!o de misericArdia um sacrif%cio agrad"el aDeus3 blia di%: 2;o negligencieis, igualmente, a prtica do bem e a m

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    d) 9le ser aben+oado em sua posteridade [ 2 sempre compassivo e empresta, e a sua descend7ncia seruma b7n+o4 (/l AM:?I). ;o apenas ele aben+oado, mas seus *ilhos atrs dele tambm sero aben+oados.e) 9le ser aben+oado com vida longa [ 2em-aventurado o que acode ao necessitado. F /enhor o livra nodia do mal. F /enhor o protege, preserva-lhe a vida e o *a% *eli% na terra4 (/l UB:B-?). 9le ajuda os outros aviver e "eus lhe preserva e lhe dilata a vida.4& les ser!o recompensados na "ida por "ir

    ;o so as nossas boas obras que nos levam ao cu, mas n!s as levamos para o cu (3p BU:BA). 3 salva+o

    pela * sem as obras, mas a * salvadora nunca vem s!. 3 * nos justi*ica diante de "eus, as obras diante doshomens.=eceberemos galardo no cu at por um copo de gua *ria que dermos a algum em nome de &esus.3 blia di%: 2uem se compadece do pobre ao /enhor empresta, e este lhe paga o seu bene*cio4 (6vB@:BM).&esus di%: 2"a, e dar-se vos boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos daro`4(Lc I:A>).

    ;o dia do ju%o &esus dir aos estiverem 8 sua direta: 2Cinde benditos de meu 6ai, entrai na posse do =einoque vos est preparado desde a *unda+o do mundo, porque eu tive *ome e me deste de comer`4 (5t ?J:AU-

    UN).CO)C76S2OF seu cora+o misericordioso# Coc7 sente a dor do outro# 3bre-lhe o cora+o, a mo e bolso#Coc7 se importa com as almas que perecem# /e importa com a reputa+o das pessoas# Coc7 tem usado oque "eus lhe deu para aben+oar as pessoas# F mundo tem sido melhor porque voc7 existe#

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    Capitulo B 8 /M)60/)Q/em-a"enturados os puros de cora(!o

    Refer:ncia) >ateus ?,C

    .)0OD6Q2OB. 9sta bem-aventuran+a trata da ess7ncia da vida crist. 9sse o alvo *inal da vida: ver a "eus.?. /! aqueles que reconhecem sua total car7ncia e choram pelos seus pecados, podem ser cheios de "eus e

    mansos diante dos homens. /! os que reconhecem que so pecadores podem ter cora+1es puros.A. Camos interpretar este texto a partir de suas tr7s express1es principais: cora+o, pure%a, vero a "eus..& O)D / :60V/ DM S0 C67.M/D/1& 5ual o sentido $%$lico de cora(!oGF cora+o tido como o centro da personalidade. ;o indica meramente a sede dos a*etos e das emo+1es.

    ;as 9scrituras 2cora+o4 inclui mente, emo+o e vontade. Dala do homem na sua totalidade. &esus est*alando que a pure%a deve penetrar em todos os corredores da nossa vida: nossos pensamentos, emo+1es,motiva+1es, desejos e vontade.& O cora(!o a fonte de todas as nossas dificuldades

    &esus esclareceu: 26orque do cora+o procedem maus desgnios, homicdios, adultrios, prostitui+o, *urtos,*alsos testemunhos, blas*7mias4 (5t BJ:B@). um erro pensar que o mal est no meio ambiente. 3do caiuno paraso, num ambiente per*eito. F cora+o enganoso`mais do que todas as coisas e desesperadamentecorrupto, quem o conhecer#4 (&r BM:@). &ohn LocTe, 3ugusto 'omte, &ean &acques =ousseau estavamequivocados acerca do homem."e tudo o que o homem deve guardar, principalmente deve guardar o seu cora+o. "ele procedem as *ontesda vida. "avi orou: 2ue as palavras dos meus lbios e o meditar do meu cora+o sejam agradveis na tua

    presen+a4.3lgumas pessoas tratam com seus pecados como &oquebede tratou seu *ilho 5oiss: B) 9scondem seus

    pecados num cesto betumado ?) deixam por um momento seus pecados, mas *icam de olho neles A)buscam avidamente seus pecados para aliment-los.4& :or'ue a pureza de"e ser principalmente no cora(!oGa) 6orque a pure%a exterior pode ser apenas aparente [ "eus v7 no a apar7ncia, mas o cora+o. &esuscondenou a hipocrisia dos *ariseus que mantinham uma santidade exterior, mas eram impuros por dentro.Limpavam o exterior do copo, mas havia sujeira dentro. 9ram como sepulcros caiados (5t ?A:?J,?M). Fs*ariseus eram bons apenas na apar7ncia. 6or isso &esus disse: 2/e a vossa justi+a no exceder em muito a dosescribas e *ariseus, jamais entrareis no =eino dos cus4 (5t J:?N).

    b) 6orque o cora+o o lugar da morada de "eus [ "eus habita no cora+o. /e o nosso corpo o templo do9sprito, o cora+o o santo dos santos. "eus habita com o abatido e contrito de cora+o (Hs JM:BJ 9* A:BM).

    F cora+o puro o paraso de "eus, onde ele se deleita em habitar.?& Sinais de um cora(!o puroa) $m cora+o puro serve a "eus com integridade [ uem tem o cora+o puro *a% as coisas comsinceridade. uando seus lbios esto orando, seu cora+o est orando, como 3na *e% (B /m B:BA). uandoseus lbios cantam, ele est adorando de cora+o ao /enhor (9* J:B@). "eus ama o cora+o quebrantado, masno o cora+o dividido (Fs BN:?).

    b) $m cora+o puro evita a apar7ncia do mal [ $m cora+o puro a*asta-se de toda a apar7ncia do mal (B 0sJ:??). 9le no *lerta o pecado. 9le no vive na regio do perigo. 9le no paquera a tenta+o. 9le *oge do

    perigo como &os do 9gito. 9le *oge porque respeita a santidade de "eus. 9le *oge da apar7ncia do mal para

    no escandali%ar os *racos. 9le *oge da apar7ncia do mal para no ser pedra de trope+o para o mpio.

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    ..& O 56 S.K).L.C/ :60V/ D CO0/Q2O1& Os cinco tipos de pureza U luz da %$liaB) 6ure%a primitiva [ o tipo de pure%a que existe apenas em "eus. to essencial em "eus como a lu%

    para o sol.?) 6ure%a criada [ 9sta a cria+o de um ser puro, antes da ueda. "eus criou anjos em pure%a, e criou ohomem em pure%a. 3mbos caram.A) 6ure%a *inal [ 9sta a categoria de glori*ica+o. ;o *im dos tempos, todos os salvos sero completamente

    puros. 2seremos semelhantes a ele, porque haveremos de v7-lo como ele 4 (B &o A:?).U) 6ure%a posicional [ 9sta a pure%a que temos agora, atribuda pela justi+a de 'risto.J) 6ure%a prtica [ 3penas "eus conhece a pure%a primitiva. 3penas "eus pode conceder a pure%a criada.3lgum dia, "eus conceder a todos os santos a pure%a mxima. ;este exato momento, todos os santos t7m a

    pure%a posicional. 5as agora somos desa*iados por "eus: 26uri*iquemo-nos de toda impure%a, tanto dacarne como do esprito, aper*ei+oando a nossa santidade no temor de "eus4 (? 'o M:B).& O sentido $%$lico da pala"ra purezaa) /entido comum da 6alavra [ 3 palavra grega usada aqui (T%aros) tem vrios signi*icados: B) 9ra usada

    para designar a roupa suja que *oi lavada ?) 9ra usada para designar o trigo que tinha sido separado da sua

    palha. 'om o mesmo signi*icado era usado para um exrcito do qual se tinha eliminado os soldadosdescontentes ou medrosos A) 9ra usada para descrever o vinho ou leite que no havia sido adulteradomediante adi+o de gua algo sem mescla U) 9ra usado para o ouro puro sem esc!ria.

    b) F sentido bblico da 6alavra [ 3 palavra 2limpos4 signi*ica: B) destitudo de hipocrisia [ $ma devo+ono dividida. /almo >I:BB: 2"isp1e-me o cora+o para s! temer o teu nome4. 3 nossa grande di*iculdade nosso cora+o d

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    tem plenitude de alegria (/l BI:BB). 'oloque o mundo inteiro em seu cora+o, e ele continuar va%io. 5as"eus satis*a%. uando voc7 ver o /enhor na sua gl!ria, os encantos da terra perdem o seu encanto. /! "eussatis*a%.I) ;ossa viso de "eus ser uma viso que jamais perde o seu encanto [ F *ilho pr!digo sentiu-se entediadoda 'asa do 6ai. 3do e 9va queriam algo mais do que a bele%a de um jardim. /alomo no satis*e% sua almacom os pra%eres, rique%as e *ama. 5as jamais *icaremos entediados de ver a "eus. "eus in*inito,inesgotvel. Ceremos a "eus por toda a eternidade sem jamais esgotarmos a bele%a e a gl!ria de "eus.

    M) ;ossa viso de "eus ser uma viso aben+oadora [ 3do e 9va desejaram comer o *ruto e isso lhestrouxe cegueira e morte espiritual. 3c viu uma barra de ouro e por cobi+a-la sua vida *oi destruda. "aviolhou para ate-/eba e sua *amlia *oi assolada. 5as voc7 jamais ser pleno, *eli%, glori*icado at que veja o/enhor.>) ;ossa viso de "eus ser uma viso perptua [ 3qui n!s nos separamos e nos despedimos daqueles aquem amamos. 5as n!s estaremos com "eus e veremos a "eus por toda a eternidade.@) ;ossa viso de "eus ser uma viso repentina [ uando um remido *echa os olhos neste mundo, eleimediatamente levado para o seio de 3brao, para contemplar o /enhor na sua gl!ria. 0o logo a morte*eche os nossos olhos aqui, abri-lo-emos na gl!ria.

    CO)C76S2OB. $ma terrvel senten+a [ 3queles que t7m o cora+o impuro, no vero a "eus. /em santi*ica+o ningumver o /enhor. 3queles que se recusaram a ser lavados no sangue do 'ordeiro sero banidos para sempre da*ace do /enhor e vivero para sempre nas trevas exteriores, onde h choro e ranger de dentes. _ "eus lu%,"eus amor. Longe de "eus s! reina treva, !dio. Koje, "eus pode puri*icar o seu cora+o, dar-lhe um novocora+o e *a%er de voc7 uma pessoa *eli%, bem-aventurada.?. $ma gloriosa heran+a [ Fs limpos de cora+o vero a "eus. 5ais do que tesouros, mais do que gl!riashumanas, nossa maior recompensa "eus. 9le melhor do que todas as suas ddivas. 9le a nossa heran+a.0eremos a "eus, veremos a "eus por toda a eternidadeG Fh que gl!ria isso serG Hlustra+o: 5artPn LloPd-&ones: 2;o orem por minha cura, no me detenham da gl!ria. "ight Liman 5oodP: 23*asta-se a terra,aproxima-se o cu, estou entrando na gl!ria4.

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    Capitulo 1E 8 /M)60/)Q/

    em-a"enturados os pacificadoresRefer:ncia) >ateus ?,D

    .)0OD6Q2OB. 9xistem UNN re*er7ncias 8 pa% na blia. 3s 9scrituras come+am com pa% no &ardim do den e termina

    com pa% na eternidade. F pecado do homem interrompeu a pa% no &ardim. ;a cru%, 'risto se tornou a nossapa% e um dia, ele vir para estabelecer o seu =eino de pa%.?. "eus se auto denomina o 2"eus da pa%4, mas no h pa% no mundo. Hsso por causa da oposi+o de /atanse desobedi7ncia do homem..& / )CSS.D/D D/ :/V1& O homem um ser em conflitoF homem est em guerra com "eus, consigo, com o pr!ximo e com a nature%a.3 pa% que saudamos hoje come+a a desmoronar amanh. ;o temos pa% poltica, econmica, social ou*amiliar. ;o temos pa% em lugar nenhum porque no temos pa% no nosso cora+o. 3s pessoas so*rem de

    doen+as mentais e emocionais como nunca. 3lgum j disse: 2ashington tem in

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    b) ;o trgua [ K uma grande di*eren+a entre trgua e pa%. $ma trgua quer di%er que voc7 apenas quevoc7 deixa de a