apostila construcao civil bdo

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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) 3824-5400, 3824-5433 (teleatendimento), fax (11) 3824-5487 Email: [email protected] | web: www.crcsp.org.br Rua Rosa e Silva, 60 | Higienópolis 01230 909 | São Paulo SP Presidente: Luiz Fernando Nóbrega Gestão 2012-2013 Palestra Construção Civil e Incorporadoras Aspectos Tributários e Contábeis A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184. Elaborado por: Jose Santiago Da Luz, Maria Aparecida Regina Cozero Abdo e Ricardo Dias Da Rosa O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a). Setembro 2012 Acesso gratuito pelo portal do CRC SP www.crcsp.org.br Apoio:

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Apostila para construção civil

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  • Conselho Regional de Contabilidade do Estado de So Paulo Tel. (11) 3824-5400, 3824-5433 (teleatendimento), fax (11) 3824-5487 Email: [email protected] | web: www.crcsp.org.br Rua Rosa e Silva, 60 | Higienpolis 01230 909 | So Paulo SP Presidente: Luiz Fernando Nbrega Gesto 2012-2013

    Palestra

    Construo Civil e Incorporadoras Aspectos Tributrios

    e Contbeis

    A reproduo total ou parcial, bem como a reproduo de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrnico ou mecnico, inclusive atravs de processos xerogrficos, de fotocpias e de gravao, somente poder ocorrer com a permisso expressa do seu Autor (Lei n. 9610) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: PROIBIDA A REPRODUO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184.

    Elaborado por: Jose Santiago Da Luz, Maria Aparecida Regina

    Cozero Abdo e Ricardo Dias Da Rosa O contedo desta apostila de inteira

    responsabilidade do autor (a).

    Setembro 2012

    Acesso gratuito pelo portal do CRC SP www.crcsp.org.br

    Apoio:

  • Orientar de forma prtica e objetiva a todos os participantes sobre as formas societrias, tributrias e contbeis de negcios da construo civil e do setor imobilirio, demonstrando os principais impactos gerados pela Lei 11.638/2007.

    Objetivos

    I. Conceitos bsicos de incorporao imobiliriaII. Formas de realizao de empreendimentos imobiliriosIII. Regime de construoIV. Livros obrigatriosV. FinanciamentoVI. Regime tributrio

    ndice

    CRC SP - Material exclusivo para uso nas atividades promovidas por este Regional.

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  • Realizao da Incorporao Imobiliria

    A construo pode ser realizada com recursos prprios ou mediante a obteno de financiamentos, ou ainda com recursos prprios dos compradores, no caso de construo de condomnio a preo de custo.

    As vendas podem ocorrer quando as unidades tiverem concludas ou em construo, vista ou financiadas.

    Conceitos bsicos de incorporao imobiliria

    Considera-se incorporao imobiliria a atividade de adquirir um ou mais terrenos com o intuito de promover e realizar a construo para alienao total ou parcial de edificaes compostas de unidades autnomas.

    Os principais figurantes de um empreendimento imobilirio so:

    Incorporador a pessoa fsica ou jurdica que, embora no efetuando a construo, compromisse a venda de fraes ideais do terreno, objetivando a vinculao de tais fraes unidades imobilirias em edificaes, a serem construdas ou em construo. Somente pode ser incorporador - o proprietrio do terreno, o promitente comprador, o cessionrio ou promitente cessionrio, o permutante, com ttulo de propriedade registrado, irrevogvel e irretratvel, e imitido na posse do imvel.

    Conceitos bsicos de incorporao imobiliria

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  • Conceitos bsicos de incorporao imobiliria

    Construtoras: So as empresas contratadas para desenvolver fisicamente o empreendimento, ou seja, prestador de servios, que podem ou no participar da incorporao. Sua receita ser de prestao de servios de empreitada ou administradora.

    Condomnio de construo: O condomnio um direito sobre um mesmo bem, exercido por duas ou mais pessoas fsicas ou jurdicas. A figura do condomnio de construo aparece mais nas construes efetuadas em regime de construo por administrao ou "preo de custo".

    Condmino: Condmino quem participa do condomnio.

    Empreendimentos Prprios Empreendimentos em conjunto ou Consrcio Sociedade por Conta de Participao (SCP) Sociedade de Propsito Especfico (SPE)

    Formas de realizao de empreedimentosImobilirios

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  • Formas de realizao de empreendimentos imobilirios

    Empreendimento prprio pela pessoa jurdica

    Quando a atividade imobiliria realizada com imveis prprios e os custos de construo ficam a cargo do empreendedor, caracteriza-se como um empreendimento prprio.

    Formas de realizao de empreendimentos imobilirios

    Empreendimento em conjunto ou consrcio

    A realizao de um empreendimento em conjunto, que prev a participao de dois ou mais incorporadores, est fundamentada em acordo de confiana, cabendo s partes decidirem sobre a responsabilidade da administrao financeira do empreendimento, no que tange a custeios, recebimentos de vendas, informaes e registros contbeis correlatos;

    Os negcios no necessitam estar sob a gerncia de apenas um scio;

    Assim, podemos ter um empreendimento conjunto em que a responsabilidade das vendas e do respectivo controle dos recebimentos esteja a cargo de um scio e a dos custeios e construo de outro scio.

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  • Formas de realizao de empreendimentos imobilirios

    Balancete especifico para controle das operaes do empreendimento em conjunto

    Algumas empresas adotam por premissa realizar o registro contbil das operaes do empreendimento em separado, como se fosse a contabilidade de uma SCP, por exemplo:

    Ao final de cada ms, os participantes do empreendimento imobilirio devem realizar a contabilizao de suas receitas, custos e outros, proporcionalmente sua participao no empreendimento, de forma que reflita as reais condies do negcio.

    Esses registros contbeis devem ter o mesmo tratamento das operaes normais da empresa, ou seja, devero ser registrados um dirio, razo e balancetes mensais para controle e eventual verificao por parte dos rgos fiscalizadores.

    Formas de realizao de empreendimentos imobilirios

    Consrcio entre empresas

    Tambm existe a figura do consrcio entre empresas objetivando a execuo de um empreendimento em conjunto;

    Apesar dessa forma ser comumente utilizada por empresas que realizam obras para o poder pblico ou pelas concessionrias que administram rodovias, estradas etc., tambm visto, em proporo menor, na atividade imobiliria;

    Nesse caso, o consrcio possuir um CNPJ especfico no qual sero registrados todos os atos contbeis e, ao final de cada ms, os scios registram em sua contabilidade os custos, receitas e outros, proporcionalmente participao no empreendimento.

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  • Formas de realizao de empreendimentos imobilirios

    Consrcio entre empresas - Principais caractersticas

    O empreendimento no possui personalidade jurdica;

    A documentao de aquisio do imvel (escrituras de compra e venda) efetuada em nome de todos os scios incorporadores;

    Cada scio incorporador dever registrar em sua contabilidade a sua participao na aquisio do terreno;

    O gerenciamento do negcio determinado entre as partes, no que tange a desembolsos e recebimentos relativos ao empreendimento, que igualmente ao 2 item supracitado, devero ser registrados proporcionalmente participao de cada empreendedor, em seus registros contbeis;

    Os resultados do empreendimento so tributados proporcionalmente participao de cada incorporador no negcio e de conformidade com o seu regime tributrio exercido.

    Sociedade em Conta de Participao (SCP)

    Quando duas ou mais pessoas fsicas ou jurdicas, constituem uma sociedade com o objetivo de realizar um empreendimento imobilirio, tendo as seguintes caractersticas:

    Inexistncia de razo social e cadastro no CNPJ;

    Existncia de scio ostensivo nico a responder perante terceiros (clientes, fornecedores, governo, etc.);

    A prova de sua existncia se d atravs de contrato particular entre as partes, escritura pblica, troca de correspondncia, escriturao comercial ou prova testemunhal;

    O gerenciamento necessariamente exercido por uma pessoa jurdica legalmente constituda (scio ostensivo);

    Formas de realizao de empreendimentos imobilirios

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  • Sociedade em Conta de Participao (SCP) (Cont.)

    Os seus registros contbeis devem ser efetuados de forma destacada na contabilidade do scio ostensivo ou em contabilidade prpria da SCP;

    Os resultados da sociedade so apurados e tributados separadamente, ou seja, no se misturam com os scios.

    Neste caso, o ideal que a contabilidade da SCP seja efetuada de forma segregada da contabilidade dos investidores, evitando o exposto acima.

    Escriturao da SCP poder, opo do scio ostensivo, ser efetuada nos livros deste ou em livros prprios da referida sociedade. recomendvel que o scio ostensivo adote livro Dirio prprio para operaes da SCP como Dirio auxiliar. Isso evita o inconveniente de ter que mostrar as operaes prprias do scio ostensivo e o exame das operaes da SCP ser mais simples.

    Formas de realizao de empreendimentos imobilirios

    Tributao do resultado da SCP

    Scio ostensivo: lucro real ou presumido, independente da opo efetuada pela pessoa jurdica.

    Scio oculto: tratado como investimento no ativo no circulante (antigo permanente), ou ativo/passivo financeiro.

    Formas de realizao de empreendimentos imobilirios

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  • Sociedade de Propsito Especfico (SPE)

    Esse tipo de empresa uma sociedade comercial, onde no seu contrato ou atas de constituio ficam claramente especificado que a atividade da empresa restrita, isto , somente pode efetuar as operaes descritas em seus atos constitutivos.

    No setor imobilirio, tem sido muito utilizado este modelo de sociedade, pois alm de garantir o incorporador, ele oferece uma maior garantia, aos compradores, investidores e agentes financeiros.

    Formas de realizao de empreendimentos imobilirios

    Administrao

    Empreitada

    Regime de construo

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  • A construo do imvel pode acontecer por administrao da obra, onde os custos da construo ficam a cargo do empreendedor ou de seus clientes proprietrios ou, ento com toda obra sendo executada pelo prprio empreendedor, ou por meio de contratos de empreitada, sob fiscalizao do empreendedor imobilirio.

    Regime de construo

    Administrao

    Obra por administrao se caracteriza pela forma de contratao, onde a empresa apenas administra a execuo da obra, normalmente em nome do cliente proprietrio, surgindo figura do condomnio de construo.

    Neste caso a movimentao dos recursos realizada em nome e por conta do condomnio de construo, por isso tal sistema conhecido como empreendimento a preo de custo.

    Regime de construo (cont.)

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  • Administrao

    Nas obras sob administrao, cobrado um percentual dos custos incorridos na obra, ou ento, um valor fixado previamente entre o construtor e o contratante, proprietrio ou preposto deste. Eventualmente, a empresa aloca recursos humanos e materiais seus, cobrando do condomnio as despesas incorridas.

    Os pagamentos efetuados pelo incorporador antes da constituio legal devem ser tratados como adiantamentos, que sero ressarcidos pelo condomnio, quando de sua constituio legal.

    Regime de construo (cont.)

    Empreitada

    Obra por empreitada aquela em que a empresa uma locadora de servios que se obriga com quem a contratou a fazer ou mandar fazer determinada obra, mediante retribuio ajustada empreitada. Pode ser parcial ou total, dependendo da forma de contratao.

    Neste tipo de obra, a empresa de engenharia e construo civil assume os custos de execuo e cobra de seus clientes, o empreendedor ou incorporador, sob uma das seguintes formas:

    Regime de construo (cont.)

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  • Empreitada

    Medio dos servios realizados tendo em vista o progresso fsico da obra no perodo base a medio ser formalizada em laudo tcnico de profissional habilitado, que certifique a percentagem executada em funo do progresso fsico da obra, ou em unidades de trabalhos realizados de maneira que o oramento contratado para cada estgio da obra seja integrante daquele. Os custos de engenharia e construo devem ser acumulados por atividades e seus elementos;

    De acordo com o cronograma financeiro contratado entre as partes a execuo da obra est vinculada ao cronograma de recebimento previamente determinado.

    Regime de construo (cont.)

    Livros Obrigatrios

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  • Livros Obrigatrios

    Registro permanente de imveis

    Feito por meio de livros, fichas, mapas ou formulrios contnuos emitidos por processamento de dados, escriturado com base nos lanamentos dos custos pagos e incorridos e das baixas de estoque constante na escrita comercial.

    O livro ou os mapas de apropriao no precisam ser registrados por qualquer rgo ou repartio.

    Livros Obrigatrios

    Registro de inventrio de imveis

    No final de cada perodo base (mensal ou anual), devero constar no livro de registro de inventrio, todos os imveis destinados venda, discriminados do seguinte modo:

    Os imveis adquiridos para venda um a um;

    Os terrenos oriundos de desmembramento ou loteamento por conjunto de lotes com idntica dimenso ou por quadras quando referentes a um mesmo empreendimento ou terreno por terreno;

    As edificaes resultantes de incorporao imobiliria, inclusive os respectivos terrenos, por conjunto de unidades autnomas, com idntica rea de construo e o mesmo padro de acabamento, ou, ento, unidade por unidade;

    Os prdios construdos para venda e seus respectivos terrenos, prdio por prdio.

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  • Financiamento de construo

    Financiamento de Construo (Cont.)

    Plano Empresarial

    Nesse tipo de financiamento o valor ser aplicado na obra como um todo, no havendo pr destinao para unidades especficas. A quitao poderser efetuada mediante pagamento por parte do incorporador ou pelos adquirentes das unidades (repasse).

    Pela liberao

    D - banco conta movimento 1.437.657,30 D seguros apropriar 4.942,75 D - apropriar juros 39.012,42 D - comisso a apropriar 1.719,58 D - promitentes compradores de imveis (RLP) 16.667,94 C - financiamento SFH 1.500.000,00

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  • Financiamento de Construo (Cont.)

    Na impossibilidade da construo apenas por meio de recursos prprios, possvel obter financiamento junto ao Sistema Financeiro de Habitao (SFH).

    Os recursos so entregues ao incorporador parceladamente, conforme definio do contrato, corrigidos monetariamente, lquido de juros, despesas bancrias, e seguro. As liberaes das parcelas esto contratualmente vinculadas evoluo da obra por critrio previamente estabelecidos (medies de obra).

    Financiamento de Construo (Cont.)

    Financiamento CEF Crdito Associativo

    Existem diferenas desse tipo de financiamento para os normais de SFH.

    Destinao especfica: esse tipo de financiamento no liberado para empreendimento de mdio alto e alto padro, pois a CEF procurou atender s classes mdia e baixa ou seja, o valor da unidade no ultrapasse a R$ 80.000,00.

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  • Financiamento de Construo (Cont.)

    Liberao do financiamento ou muturio

    O muturio ter a possibilidade de financiar 100% do imvel, desde que tenha a renda, situao que nos financiamentos normais da SFH no ultrapassa 70% do valor do imvel. De qualquer forma caso ele no atinja a renda solicitada pela CEF, poder financiar parte diretamente com a construtora.

    Utilizao do FGTS

    A CEF autoriza a utilizao do FGTS no momento da aquisio do imvel, ou seja, no necessria a concluso da obra ou a entrega das chaves.

    GERIC: Gerncia de Risco de Crdito. As empresas que desejarem construir habitaes por meio de programa habitacional PMCMV tero que ser gericadas pela Caixa Econmica Federal. O termo GERIC tem sido adotado pelo mercado para designar as empresas avaliadas pela Caixa quanto ao risco de crdito.

    Financiamento de Construo (Cont.)

    Juros e Amortizao

    O sistema utilizado na SFH o de Tabela Price, ou seja, os juros so calculados sobre o saldo devedor total e acrescido s parcelas de forma que num 1 momento amortiza-se mais juros e depois mais principal, contudo a parcela em moeda forte no se altera.

    No Crdito Associativo utilizado o sistema SACRE onde os juros so calculados sobre o saldo devedor no momento do pagamento da parcela, com isso, as parcelas iniciais so maiores que as finais.

    Prazo mximo de construo

    Os financiamentos SFH possuem cronograma para as obras, mas no condicionam esse cronograma em um prazo especfico, no caso do Crdito Associativo, o cronograma nunca poder ultrapassar a 18 meses.

    Os prazos do SFH podem chegar at 30 meses.

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  • Financiamento de Construo (Cont.)

    Repasse de financiamento

    A operao de repasse de financiamento significa a assuno da dvida inicialmente contrada pelo incorporador no financiamento empresarial, por parte dos adquirentes de unidades alienadas, tanto a preo fechado como a preo de custo.

    Nas vendas a preo de custo o promitente comprador assume diretamente o financiamento junto a instituio financeira.

    Nas vendas a preo fechado, o valor total da venda incorpora parcela do financiamento, que pode ser pago diretamente ao incorporador ou liquidado mediante o repasse da dvida para o promitente comprador.

    Financiamento de Construo (Cont.)

    Repasse de financiamento

    Nas vendas a preo fechado, o valor total da venda incorpora parcela do financiamento, que pode ser pago diretamente ao incorporador ou liquidado mediante o repasse da dvida para o promitente comprador.

    Lanamento no dirio (venda a preo fechado).

    D - Banco Ativo

    C Promitentes Ativo

    D Financiamento SFH Passivo

    C RIV / Adiantamento de clientes Resultado / Passivo

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  • Lucro Real; Lucro Presumido; Patrimnio de Afetao;

    Regime tributrio

    Regime Tributrio

    Lucro Real

    Regime tributrio onde os impostos (IRPJ e CSLL) so calculados sobre o resultado da empresa (receita menos custos e despesas), ajustados por eventuais adies e excluses determinadas pela legislao fiscal.

    Lucro Real Formas de tributao

    Anual

    Balancete de reduo/suspenso dos impostos (IRPJ e CSLL);

    Recolhimento de estimativas com base nas receitas e ajuste anual;

    Trimestral

    Apurao definitiva

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  • Regime Tributrio PIS/COFINS No Cumulativo

    O regime no cumulativo do PIS e COFINS consiste em deduzir, dos dbitos apurados de cada contribuio, os respectivos crditos admitidos na legislao.

    Base de ClculoO contribuinte calcula o valor devido com base nas suas receitas mensais (dbitos), descontando os valores incorridos com insumos ou despesas no mesmo perodo (crditos), de modo a tributar somente o valor agregado ao produto ou servio comercializado.

    Alquota

    PIS 1,65%;

    COFINS 7,6%;

    Periodicidade

    Mensal

    Regime Tributrio

    PIS/COFINS No Cumulativo - Exceo

    Em regra geral, as empresas tributadas pelo Lucro Real tributam o PIS/COFINS na sistemtica No Cumulativa, mas, conforme artigo 10 da Lei 10.833/2003 tem algumas excees a regra, vejamos:

    I - as pessoas jurdicas referidas nos 6, 8 e 9 do art. 3 da Lei n 9.718, de 1998, e na Lei n 7.102, de 20 de junho de 1983;

    II - as pessoas jurdicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro presumido ou arbitrado;

    III - as pessoas jurdicas optantes pelo SIMPLES;

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  • Regime Tributrio

    PIS/COFINS No Cumulativo Exceo

    XI - as receitas relativas a contratos firmados anteriormente a 31 de outubro de 2003:

    a) com prazo superior a 1 (um) ano, de administradoras de planos de consrcios de bens mveis e imveis, regularmente autorizadas a funcionar pelo Banco Central;

    b) com prazo superior a 1 (um) ano, de construo por empreitada ou de fornecimento, a preo predeterminado, de bens ou servios;

    c) de construo por empreitada ou de fornecimento, a preo predeterminado, de bens ou servios contratados com pessoa jurdica de direito pblico, empresa pblica, sociedade de economia mista ou suas subsidirias, bem como os contratos posteriormente firmados decorrentes de propostas apresentadas, em processo licitatrio, at aquela data;

    XX - as receitas decorrentes da execuo por administrao, empreitada ou subempreitada de obras de construo civil, at 31 de dezembro de 2010;

    Regime Tributrio

    Lucro Presumido

    Regime tributrio em que os impostos (IRPJ e CSLL) so calculados sobre

    as receitas (presuno de lucro);

    A partir de 1999 as empresas com atividades de compra e venda,

    incorporao e loteamento de imveis passaram a ter possibilidade de

    opo pelo lucro presumindo;

    Pessoas jurdicas no podem optar pelo regime presumido enquanto no

    concludas as operaes imobilirias para as quais haja registro de custo

    orado.

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  • Regime Tributrio

    Patrimnio de afetao

    RET Regime especial de tributao; opcional porm irretratvel.

    Qual a finalidade? A afetao um mecanismo de resoluo extrajudicial de problemas decorrentes de desiquilbrio econmico financeiro da incorporao.

    Este modelo de estrutura atende as necessidades do mercado e dasociedade, pois da maior credibilidade aos clientes e investidores.

    Regime Tributrio

    Patrimnio de afetao

    Quais os impostos que fazem parte do RET? E suas alquotas?

    PIS COFINS CSLL IRPJ;

    At fevereiro/2009 7%, a partir da Lei No. 12.024 foi alterada para

    6%;

    Data do vencimento: 20 (vigsimo) dia do ms subsequente;

    Cdigo DARF: 4095

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  • Regime Tributrio

    Patrimnio de afetao

    Incluso do RET no Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) atravs da MP No. 497 de 2010 convertida na Lei No. 12.350 de 2010 para os projetos de incorporao de imveis residenciais de interesse social;

    Consideram projetos de interesse social os imveis cujo o valor comercial no ultrapasse R$ 75.000,00;

    O percentual correspondente ao pagamento unificado dos tributos serequivalente a 1%.

    Regime Tributrio

    Patrimnio de afetao Regras para participar:

    Registro em cartrio de imveis afetao dos terrenos e das acesses objeto da incorporao imobiliria; Esta etapa consiste em obter o termo de afetao da incorporao.

    Inscrio no CNPJ A inscrio se realiza como se fosse uma filial, cujo o termo de afetao j tenha sido averbado no CRI

    Termo de opo pelo RET O incorporador dever entregar na SRF o termo de opo pelo RET na unidade que estiver direcionada.

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  • Regime Tributrio

    Comprovao da Opo pelo RET

    A comprovao da opo pelo RET se dar pelo numero da inscrio no

    CNPJ emitido pela SRF.

    Os impostos so recolhidos neste CNPJ;

    No PMCMV o cdigo do DARF ser 1068;

    I. IntroduoII. Principais prticas contbeis aplicveis as empresas de atividade de

    Incorporao ImobiliriaIII. Simulao de AjustesIV. Fundamentao Legal.

    Normas brasileiras aplicveis naIncorporao e Construo Civil

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  • As prticas contbeis brasileiras comearam a passar por grandes alteraes a partir da divulgao da Lei No. 11.638/07;

    Essa Lei abrangeu num primeiro momento as companhias abertas e entidades limitadas de grande porte. Tambm instituiu o Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) com o objetivo de liderar o processo de convergncias das praticas contbeis brasileiras as prticas contbeis internacionais;

    Todas as normas emitidas pelo CPC fora aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, passando assim a valer para todas as entidades brasileiras.

    Introduo

    OCPC 01 Entidades de Incorporao Imobiliria;

    CPC 17 Contratos de Construo;

    ICPC 02 Contrato de Construo do Setor Imobilirio;

    OCPC 04 Aplicao da Interpretao Tcnica ICPC 02.

    CPC 19 Empreendimento Controlado em Conjunto Joint Venture

    Principais prticas contbeis aplicveis as empresas de atividade de Incorporao

    Imobiliria e Construo Civil

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  • OCPC 01 Entidade deIncorporao Imobiliria

    Formao do custo

    Compra de terreno Permuta

    Encargos financeiros

    Despesas com vendas;

    - Comisses

    - Propaganda e publicidade

    - Estande de venda

    Reconhecimento de Juros TP e atualizao monetria

    Cesso de recebveis imobilirios

    Ajuste a valor presente (AVP)

    Proviso para garantia

    Impostos diferidos

    OCPC 01 Entidade de Incorporao Imobiliria

    CRC SP - Material exclusivo para uso nas atividades promovidas por este Regional.

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  • Formao do custo

    Formam os custo os gastos incorridos independente de pagamento preo do terreno, inclusive gastos necessrios sua aquisio e regularizao;

    Custos dos projetos;

    Custos diretamente relacionados a construo, inclusive aqueles de preparao do terreno e canteiros de obras;

    Impostos, taxas e contribuies envolvendo o empreendimento;

    OCPC 01 Entidade de Incorporao Imobiliria

    Formao do custo (Cont.)

    Encargos financeiro diretamente associados ao financiamento da construo prprio ou decorrentes de emprstimos pela controladora obtidos para a aplicao em suas controladas;

    Encargos com emprstimos e financiamentos obtidos para a aquisio de terrenos, quando efetivamente vinculados aos projeto, tambm devem ser capitalizados.

    OCPC 01 Entidade de Incorporao Imobiliria

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  • Formao do custo (Cont.)

    Ao custo do imvel vendido deve ser adicionada a melhor estimativa para fazer face s garantias referente ao perodo posterior concluso e entrega dos empreendimentos imobilirios;

    Adiantamentos para aquisio de bens e servios devem ser controlados, separadamente, em rubrica especifica de adiantamentos a fornecedores (grupo de estoques de imveis a comercializar) e considerados como incorrido medida que os bens e/ou servios a que se referem forem obtidos e efetivamente aplicados na construo.

    OCPC 01 Entidade de Incorporao Imobiliria

    Compra do Terreno - Permuta Permuta fsica

    Referncia de quais itens a serem retificados

    - Quando h permuta de unidades imobilirias que no tenham a mesma natureza e valor (por exemplo, apartamentos construdos ou a construir por terrenos) esta considerada uma transao com substncia comercial e gera ganho ou perda.

    - O valor do terreno dever contabilizado por seu valor justo no estoque de terrenos em contra partida a adiantamento de clientes no passivo.

    - A contabilizao deve ser feita no momento da assinatura do instrumento particular.

    Base de apurao do valor

    - Tabela de preo a vista para as unidades, na data da transao de permuta (registro de incorporao).

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    27

  • Definies e conceitos Permuta (cont.)

    Permuta - Permuta, no conceito imobilirio, a troca do terreno pela obrigao do incorporador de construir o empreendimento e entregar para o proprietrio do mesmo (permutante) unidades no local.

    A permuta pode ocorrer com ou sem reteno de frao, por parte do proprietrio do terreno.

    Permuta com reteno de frao - Havendo reteno de frao, o incorporador assume a obrigao de construir para o proprietrio as acesses que vinculadas s fraes ideais retidas constituram as futuras unidades autnomas. No caso o proprietrio do terreno, tendo retido a frao do mesmo, no assume a figura de incorporador, autorizando no entanto que a incorporao se realize exclusivamente sob a responsabilidade de quem estiver adquirindo o restante da frao ideal, face a obrigao contrada na permuta.

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    Definies e conceitos Permuta (cont.)

    Permuta sem reteno de frao - No havendo reteno de frao, ao trmino da obra o incorporador faz ao proprietrio do terreno a dao em pagamento das unidades reservadas para o proprietrio.

    Permuta Outras consideraes - Se o valor atribudo ao terreno for superior ao valor estimado das unidades o incorporador paga a diferena ao proprietrio, a ttulo de torna.

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  • OCPC 01 Entidade de Incorporao Imobiliria

    Encargos Financeiros

    A legislao determina que os encargos financeiros oriundos de

    emprstimos e financiamentos contratados para aquisio de terrenos ou a

    construo do empreendimento imobilirio, sejam incorporados, ao custo

    do ativo em formao (estoque).

    Encargo financeiro incorrido:

    Parcela relativa s unidades vendidas - direto para CIV;

    Parcela relativa s unidades no vendidas - estoques (apropria depois da venda).

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    Encargos Financeiros (Cont.)

    necessrio que existam evidncias suficientes de que os recursos relativos contratao da dvida tenham sido aplicados na construo do imvel para registrar no ativo.

    Esses encargos s podero ser incorporados no ativo enquanto a obra no tiver concluda. Aps sua concluso reconhecido no resultado.

    Os encargos financeiros incorridos no dever compor a parcela do custo de produo do empreendimento que ser utilizada para apurar sua fase de execuo, ou seja, os encargos financeiros so adicionados como custo de obra porm no compe o custo para verificao do estgio de andamento da obra.

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  • Despesas com vendas - comisses

    As despesas com comisses de vendas incorridas pelas entidades de incorporao imobiliria, e que necessariamente teriam sido evitadas caso as unidades no fossem vendidas, devem ser diferidas e apropriadas ao resultado na rubrica, despesas com vendas, observando-se os mesmo critrios de apropriao da receita de incorporao imobiliria, no devendo afetar a determinao do lucro bruto. No caso de cancelamento de vendas ou quando provvel que no haver pagamentos dos valores contratados, estes gastos passam a ser registrados diretamente como despesas.

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    Despesas com vendas propaganda e publicidade

    No fazem parte do custo de construo do imvel e devem ser reconhecidas no resultado quando efetivamente incorridas, respeitando se o regime de competncia contbil dos exerccios de acordo com seu respectivo perodo de veiculao, no podendo ser diferidas.

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  • Despesas com vendas Estande de vendas

    Durante a construo registra-se no ativo imobilizado - imobilizado em andamento;

    Ao trmino da construo avalia-se a vida til (depreciao) tendo como referncia o perodo entre data da incorporao e data do incio da obra / data de desmobilizao / data da concluso da venda;

    O teste de realizao do projeto deve levar este custo como item a ser considerado (VGV - terreno - custos capitalizados - estande);

    Entretanto, quando o tempo de vida til for inferior a 12 meses, os gastos devero ser reconhecidos diretamente no resultado como despesas de vendas.

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    Juros TP e atualizao monetria:

    Quantificar e registrar os valores pela competncia;

    Sua classificao contbil deve ser a seguinte:

    Antes das chaves: registrado como receita operacional;

    Ps-entrega das chaves: registrado como receita financeira (em alguns casos registrado na receita operacional).

    Nos casos em que a classificao seja realizada na receita operacional os respectivos efeitos devem ser objeto de divulgao especifica.

    Entende-se como receita financeira: atualizao INCC, IGP-M e Juros Tabela Price.

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  • Registro das operaes de cesso de recebveis imobilirios

    Sem co-obrigao: O controle de recebveis do Banco, registro da operao ao resultado, diminuindo a conta do ativo;

    Com co-obrigao: O controle de recebveis da empresa, manter o ativo (contas a receber) e o registro da obrigao no passivo (valor recebido).

    OCPC 01 Entidade de Incorporao Imobiliria

    D - Clientes - R$ 1.000 D - Banco - R$ 900 D - Clientes Cesso - R$ 1.000

    C - Receita Imobil. - R$ 1.000 D - DESPESAS BANCRIAS - R$ 100 C - Contas a Pagar Cesso R$ 1.000

    C - CLIENTES - R$ 1.000

    Regitro inicial da receita e

    clientes

    Registro da Cesso - entrada do

    dinheiro e baixa dos recebveis

    Registro da Cesso - Ativo pela entrega

    dos ttulos e passivo pela co-obrigao

    Ajuste a valor presente (AVP)

    A taxa de desconto deve ser o diferencial entre:

    A taxa da operao (implcita do contrato);

    A taxa usual de mercado para a transao de mesma natureza.

    Na ausncia de vendas a vista e estudos de viabilidade a valor presente para benchmark, a administrao deve exercer o melhor julgamento.

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  • Vendas prazo de unidades no concludas, normalmente, os fluxo de recebveis das entidades so atualizados monetariamente (sem juros) at as unidades serem entregues (geralmente em um prazo de at 36 meses aps a venda), e aps, passam a ser atualizados por juros de mercado do setor. Desta forma, os recebveis com atualizao monetria, inclusive a parcela das chaves (sem juros), devem ser descontados a valor presente, uma vez que os ndices de atualizao monetria contratados diferem das taxas de mercado.

    OCPC 01 Entidade de Incorporao Imobiliria

    Ajuste a valor presente (AVP)

    Ajuste a valor presente (AVP)

    Vendas prazo de unidades no concludas, as variaes monetrias do perodo pr-chaves integram a receita dos imveis vendidos e a reverso do ajuste a valor presente do crdito do perodo pr-chaves deve ter como contrapartida a linha de receita de vendas. O clculo da realizao considera o perodo decorrido da venda e o percentual do custo financeiro incorrido pela receita.

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  • Ajuste a valor presente (AVP)

    Critrios para obteno da taxa de desconto ativos e Passivos ABRASCA

    Encontra-se a taxa mdia ponderada de captao da Sociedade nos perodos do fechamento, sejam trimestrais, sejam anuais;

    A taxa mdia, seja trimestral ou anual se alicerar na taxa mdia de capitao mensal e dividido por 3 (meses) ou 12 (meses) conforme o caso;

    admissvel o clculo da taxa mdia por extremos do perodo, trimestral e-ou anual, desde que se prove que no houve obteno e liquidao de captao dentro do perodo da mdia em volumes representativos;

    OCPC 01 Entidade de Incorporao Imobiliria

    Ajuste a valor presente (AVP)

    Critrios para obteno da taxa de desconto ativos e Passivos ABRASCA

    Dessa taxa mdia desconta-se, em cada perodo de fechamento, trimestral ou anual, a projeo de inflao do governo (IPCA ou IGP-M, dos dois o que ais garantir relacionamento com o INCC).

    O resultado a taxa de juros efetiva descontada j lquida da inflao;

    Compara-se a taxa mdia efetiva da Empresa com a mdia aritmtica simples da taxa de juros efetiva de NTN B;

    Entre as duas define-se a maior como taxa para aplicao do clculo da A.V.P.

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  • OCPC 01 Entidade de Incorporao Imobiliria

    Proviso para Garantia

    O custo do imvel vendido deve compreender os gastos com as garantias existentes relativas ao perodo posterior entrega das chaves da unidade imobilirias, a ser estimadas com base em dados tcnicos disponveis de cada imvel e no histrico de gastos incorridos pela entidade de incorporao imobiliria.

    Deve ser registrado em conta especfica no passivo.

    O clculo feito com base no custo incorrido das unidades vendidas.

    OCPC 01 Entidade de Incorporao Imobiliria

    Impostos Diferidos

    As empresas devem provisionar os impostos sobre os valores reconhecidos como receita e ainda no tributveis independente da tributao ser Lucro Presumido ou Lucro Real.

    Os impostos diferidos so registrados para refletir as diferenas temporrias entre a base fiscal, que determina a tributao conforme o recebimento das vendas de imveis (IN N84/79) e a apropriao do lucro imobilirio conforme a evoluo da obra.

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  • OCPC 01 Entidade de Incorporao Imobiliria

    Impostos Diferidos

    Ex. Imposto diferido no PASSIVO.

    Recebimento 300.000,00

    Receita 624.000,00

    Pis - Base Fiscal - LP R$ 300.000,00 * 0,65%

    Pis - Societrio - LP R$ 624.000,00 * 0,65%

    Pis - Fiscal 1.950,00

    Pis - Societrio 4.056,00

    Pis Diferido - Passivo 2.106,00-

    OCPC 01 Entidade de Incorporao Imobiliria

    Impostos Diferidos

    Impostos diferidos so calculadas da seguinte forma:

    (Promitentes AVP Adiantamento de Clientes)

    Os impostos diferidos devem ser apresentados como passivo no circulante, de acordo com o CPC 26 R1 item 56.

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  • CPC 17 Contratos de Construo

    CPC 17 Contratos de construo

    Definies

    Contrato de construo - um contrato especificamente negociado para a construo de um ativo (ponte, prdio, represa, oleoduto, estrada, navio ou tnel) ou de uma combinao de ativos que estejam intimamente inter-relacionados ou interdependentes em termos da sua concepo, tecnologia e funo ou do seu propsito ou uso final (refinarias e outras partes complexas de fbricas ou equipamentos);

    Contrato de preo fixo (contrato de preo fechado) - um contrato de construo em que a empreiteira concorda com um preo fixo ou com uma taxa fixa por unidade de produto, que em alguns casos, est sujeito a clusulas de repasses de aumento dos custos (custos escalonados);

    Contrato de cost plus (contrato a preo de custo) - um contrato de construo em que o empreiteiro reembolsado dos custos incorridos, mais um percentual sobre estes custos ou uma remunerao fixa.

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  • CPC 17 Contratos de construo

    Objetivo e escopo

    Prescreve o tratamento contbil de receitas e custos associados aos contratos de construo, que normalmente se caracterizam por terem suas datas de incio e trmino em perodos contbeis diferentes. Descreve a metodologia a ser aplicada para o reconhecimento destas receitas e custos;

    Esta Norma deve ser aplicada na contabilizao dos contratos de construo nas demonstraes contbeis dos empreiteiros;

    CPC 17 Contratos de construo

    Combinao e segmentao dos contratos de construo

    Quando um contrato cobrir vrios ativos, e quando este identificar os valores de receita individualmente, o reconhecimento contbil das receitas e custos dever ser realizada de forma individualizada, como se existisse um contrato para cada ativo identificado.

    Exemplo: A construo do rodoanel, que inclui a pavimentao de vias (1), construo de pontes (2) e construo de tneis (3).

    Um grupo de contratos, quer com um nico cliente ou com vrios clientes, deve ser tratado como um contrato de construo nico quando:

    a) O grupo de contratos seja negociado como um pacote nico;b) Os contratos estejam to intimamente inter-relacionados que

    sejam, com efeito, parte de um projeto nico com uma margem de lucro global; e

    c) Os contratos sejam executados simultaneamente ou em seqncia contnua.

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  • CPC 17 Contratos de construo

    A receita do contrato deve compreender:

    a) A quantia inicial de receita acordada no contrato; eb) Alteraes na obra a ser executada, reclamaes e pagamentos de

    incentivos do contrato:i. At ao ponto que seja provvel que resultem em receita; eii. Estejam em condies de serem fielmente mensurados.

    Exemplos de alteraes: solicitao de mudana no design ou especificaes feitas pelo cliente em que o mesmo provavelmente aceite o preo desta alterao;

    Exemplos de reclamaes (claims): solicitao de reembolso de custos pelo empreiteiro, em funo de atrasos ou erros na especificao ou design por parte do cliente. Devido a incerteza nesta situao, a negociao deverestar em um estgio avanado em que seja provvel que o cliente aceite o complemento para ser considerada receita;

    Exemplos de incentivos: trmino antecipado da obra, no qual o empreiteiro ir receber um valor adicional. Devido a incerteza nesta situao, estes incentivos so considerados receitas quando seja provvel (conceito de praticamente certo) que o empreiteiro ir atingir a performance prevista em clusula contratual.

    CPC 17 Contratos de construo

    Os custos do contrato deve compreender:

    Os custos que se relacionem diretamente com o contrato especfico;

    Os custos que sejam atribuveis atividade do contrato em geral e possam ser alocados ao contrato; e

    Outros custos que sejam especificamente cobrveis do cliente nos termos do contrato.

    Nos contratos de preo fixo: custos incorridos (contratados e aplicados na obra) e receita pelo mtodo do POC;

    Nos contratos de Cost Plus: custos incorridos (contratados e aplicados na obra) e receitas proporcionais aprovadas pelo contratante.

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  • CPC 17 Contratos de construo

    Mtodo POC (Percentage Of Completion)

    Medido da seguinte forma:

    A proporo dos custos incorridos em relao aos custos estimados totais do contrato (pagamentos antecipados e materiais recebidos e no utilizados na obra no compem o custo incorrido);

    Levantamentos fsico da obra executada; e

    Concluso de uma proporo fsica da obra contratada.

    Quando o resultado de um contrato de construo no puder ser fielmente estimado:

    A receita deve ser reconhecida at o ponto em que seja provvel que os custos incorridos sejam recuperveis; e Os custos do contrato devem ser reconhecidos como um gasto no perodo em que sejam incorridos.

    CPC 17 Contratos de construo

    Reconhecimento das perdas esperadas

    Quando for provvel que os custos totais do contrato excedam a receita total do contrato, a perda esperada deve ser reconhecida imediatamente como um custo, independentemente do estgio da obra.

    Alterao das estimativas

    As estimativas alteradas so utilizadas na determinao da quantia da receita e dos custos reconhecidos no resultado no perodo em que a alterao foi feita e em perodos subseqentes.

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  • ICPC 02 Contrato de Construo do SetorImobilirio (IFRIC 15)

    ICPC 02 Contrato de Construo do Setor Imobilirio

    Questes

    (a) O contrato enquadra-se no alcance do Pronunciamento Tcnico CPC 17 Contratos de Construo ou do Pronunciamento Tcnico CPC 30 Receitas?

    (b) Quando deve ser reconhecida a receita com a incorporao e/ou construo de imveis?

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  • ICPC 02 Contrato de Construo do Setor Imobilirio

    Determinao do momento em que um contrato se enquadra no alcance do CPC 17 Contratos de Construo ou do CPC 30 Receitas

    O Pronunciamento Tcnico CPC 17 Contratos de Construo aplicvel quando o contrato se enquadra na definio de contrato de construo exposta no item 5 do Pronunciamento Tcnico CPC 17 Contratos de Construo: "um contrato especificamente negociado para a construo de um ativo ou de uma combinao de ativos " Um contrato de construo de imvel enquadra-se na definio de contrato de construo quando o comprador capaz de especificar os principais elementos estruturais do projeto do imvel antes de comear a construo e/ou especificar mudanas estruturais significativas aps o incio da construo (quer, ou no, o comprador exera essa possibilidade).

    ICPC 02 Contrato de Construo do Setor Imobilirio

    Ao contrrio, um contrato de construo de imvel, mediante o qual os compradores tm apenas uma possibilidade limitada de influenciar no projeto do imvel, como, por exemplo, a possibilidade de selecionar um projeto entre um leque de opes especificadas pela entidade ou especificar apenas pequenas variaes do projeto bsico, um contrato de venda de bens, de acordo com o alcance do Pronunciamento Tcnico CPC 30 Receitas.

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  • ICPC 02 Contrato de Construo do Setor Imobilirio

    Contabilizao da receita de construo de Imveisa) O Contrato um contrato de construo?

    Quando o contrato se enquadra no alcance do Pronunciamento Tcnico CPC 17 Contratos de Construo e seu resultado puder ser mensurado com segurana, a entidade deve reconhecer a receita pelo percentual de evoluo da obra, de acordo com o Pronunciamento Tcnico CPC 17 Contratos de Construo. O contrato pode no se enquadrar na definio de contrato de construo e, portanto, estar enquadrado no alcance do Pronunciamento Tcnico CPC 30 Receitas. Nesse caso, a entidade deve determinar se o contrato de prestao de servios ou de venda de bens.

    ICPC 02 Contrato de Construo do Setor Imobilirio

    Contabilizao da receita de construo de Imveis

    b) O contrato um contrato de prestao de servios?

    Se a entidade no for obrigada a comprar e fornecer materiais deconstruo, o contrato pode ser apenas um contrato de prestao de servios de acordo com o Pronunciamento Tcnico CPC 30 Receitas.

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  • ICPC 02 Contrato de Construo do Setor Imobilirio

    Contabilizao da receita de construo de Imveis

    c) O contrato um contrato de venda de bens?

    Se a entidade for requerida a prestar servios, em conjunto com o fornecimento de materiais de construo, para cumprir sua obrigao contratual, a fim de entregar o imvel ao comprador, como aqueles aplicveis aos contratos de venda decorrentes da incorporao de unidades imobilirias, o contrato um contrato de venda de bens, devendo ser aplicados os critrios de reconhecimento de receita descritos no item 14 do Pronunciamento Tcnico CPC 30 Receitas.

    Quando a entidade transferir ao comprador o controle, os riscos e os benefcios da propriedade do imvel, em sua totalidade, de uma nica vez, a entidade somente deve reconhecer a receita quando todos os critrios do item 14 do Pronunciamento Tcnico CPC 30 Receitas forem satisfeitos.

    ICPC 02 Contrato de Construo do Setor Imobilirio

    Item 14 do CPC 30

    A receita proveniente da venda de bens deve ser reconhecida quando forem satisfeitas todas as seguintes condies:

    a) a entidade tenha transferido para o comprador os riscos e benefcios mais significativos inerentes propriedade dos bens; b)a entidade no mantenha envolvimento continuado na gesto dos bens vendidos em grau normalmente associado propriedade nem efetivo controle de tais bens; c)o valor da receita possa ser confiavelmente mensurado; d)for provvel que os benefcios econmicos associados transao fluiro para a entidade; e e)as despesas incorridas ou a serem incorridas, referentes transao, possam ser confiavelmente mensuradas.

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  • ICPC 02 Contrato de Construo do Setor Imobilirio

    Se a entidade for obrigada a executar outros servios no imvel jentregue ao comprador, ela deve reconhecer um passivo e uma despesa de acordo com o item 19 do Pronunciamento Tcnico CPC 30 Receitas. O passivo deve ser quantificado de acordo com o Pronunciamento Tcnico CPC 25 Provises, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Se a entidade for obrigada a entregar outros bens ou servios, separadamente identificveis do imvel j entregue ao comprador, ela deve identificar os bens ou os servios remanescentes como componente separado da venda.

    ICPC 02 Contrato de Construo do Setor Imobilirio Podem outros componentes, que no sejam

    a construo do imvel, ser identificados no contrato (por exemplo, venda de terreno ou prestao de servios de administrao de

    imveis)?

    Dividir o contrato em componentes identificveis separadamente.

    Apropriar a cada componente o valor justo da

    remunerao recebida ou a receber.

    Separar componentes.

    Componente(s) de entrega de

    outros bens ou servios.

    Aplicar o CPC 30.

    Componente para a construo

    de imvel e servios diretamente

    relacionados (de acordo com o

    item 4 do CPC 30).

    (Ver item 11 da Interpretao).

    A

    A

    No

    Sim

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  • ICPC 02 Contrato de Construo do Setor Imobilirio

    O contrato ou o componente

    atende definio de contrato de

    construo?

    (Ver item 11 da Interpretao).

    O contrato ou o

    componente um contrato de construo no alcance

    do CPC 17*

    Receitas e custos so

    reconhecidos pelo percentual de evoluo da obra.

    (Ver item 13 da Interpretao).

    O contrato ou o componente

    apenas para a prestao de servios?

    (Ver itens 14 e 15 da

    Interpretao).

    O contrato ou componente para a prestao de

    servios no alcance do

    CPC 30.

    Receitas e custos so

    reconhecidos pelo percentual de

    evoluo da obra.

    (Ver item 15 da Interpretao).

    O contrato ou o componente para a venda de bens no alcance

    da CPC 30**.

    (Ver item 16 da Interpretao).

    Os critrios de reconhecimento de receita

    so atendidos

    continuamente?

    (Ver item 17 da Interpretao).

    Receitas e custos so reconhecidos pelo percentual de

    evoluo da obra.

    (Ver item 17 da Interpretao).

    A receita reconhecida quando

    todas as condies do item 14 do

    CPC 30 so satisfeitas.

    (Ver item 18 da Interpretao).

    A

    Sim

    Sim

    Sim

    No

    No

    No

    Orientao OCPC 04 Aplicao daInterpretao Tcnica ICPC 02

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  • Orientao OCPC 04 Aplicao da Interpretao Tcnica ICPC 02Objetivo

    O objetivo desta Orientao o de auxiliar na anlise de se os contratos de construo se enquadram mais adequadamente no alcance do Pronunciamento Tcnico CPC 17 Contratos de Construo ou do Pronunciamento Tcnico CPC 30 Receitas e assim auxiliar na definio pelos preparadores das demonstraes contbeis do momento do reconhecimento da receita com a incorporao ou construo de imveis.

    Alcance

    Esta Orientao diz respeito as principais caractersticas e peculiaridades do ambiente econmico e jurdico em que opera o setor imobilirio brasileiro.

    Orientao OCPC 04 Aplicao da Interpretao Tcnica ICPC 02Efetivao ou realizao da venda

    Momento

    Considera-se efetuada ou realizada a venda de uma unidade imobiliria, quando contratada a operao de compra e venda, ainda que mediante instrumento de promessa desde que implementada a condio suspensiva a que estiver sujeita essa venda.

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  • Orientao OCPC 04 Aplicao da Interpretao Tcnica ICPC 02Efetivao ou realizao da venda

    Clusula suspensiva

    suspensiva a condio que condicione a aquisio da unidade imobiliria verificao ou ocorrncia do fato nela previsto.Exemplos de clusulas suspensivas

    a)Venda de determinado nmero de unidades do empreendimento para efetivao total do mesmo;

    b) Prazo do registro da incorporao (180 dias).

    c) No caso de venda sujeita condio suspensiva, as quantias recebidas, a qualquer ttulo, na fase que anteceder o implemento da condio, devero ser contabilizados em conta de antecipao de clientes, classificvel no passivo circulante ou longo prazo.

    Orientao OCPC 04 Aplicao da Interpretao Tcnica ICPC 02Aceitao da Promessa de Compra e Venda

    Um ponto que tem trazido muita dvida no setor imobilirio brasileiro.

    As entidades que realizam a incorporao ou a construo de imveis, diretamente ou por meio de subempreiteiras, firmam contratos antes do trmino da construo, ou mesmo antes de seu incio (na planta) mediante contrato costumeiramente denominado de promessa de compra e venda.

    Esse contrato tem fora de uma operao de compra e venda de unidade futura, sendo, via de regra, irrevogvel e irretratvel para ambas as partes.

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  • Orientao OCPC 04 Aplicao da Interpretao Tcnica ICPC 02Aceitao da Promessa de Compra e Venda

    O adquirente tem direitos reais, podendo dispor livremente sobre os direitos da unidade imobiliria. Dados evidenciam que a maioria dos contratos tem sido levado a cabo pelos adquirentes, o que faz prevalecer a idia de que a forma contratada (promessa de compra e venda) no interfere na essncia da transao que , de fato, uma operao de compra e venda. Assim, no h que se considerar essa forma jurdica como restritiva para reconhecimento da receita.

    IASB x CPC

    Determinados assuntos relacionados ao significado e aplicao do conceito de transferncia contnua de riscos, benefcios e de controle na venda de unidades imobilirias sero analisados pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC). A expectativa das empresas brasileiras do segmento imobilirio que o produto dessa reunio possibilite um direcionamento mais efetivoquanto ao entendimento do IASB sobre a questo.

    Os resultados dessa anlise podem fazer com que as incorporadoras imobilirias tenham que revisar suas prticas contbeis relacionadas ao reconhecimento de receitas.

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  • Definies Formas de empreendimentos controlado em conjunto Demonstraes contbeis do empreendedor Consolidao Proporcional

    Empreendimento Controlado em Conjunto(CPC 19 Joint Venture)

    Empreendimento Controlado em Conjunto(CPC 19 Joint Venture)

    Definies:

    Este pronunciamento deve ser aplicado na contabilizao das participaes em empreendimentos controlados em conjunto (jointventure) e na divulgao dos ativos, passivos e receitas e despesas desses empreendimentos nas demonstraes contbeis dos empreendedores e investidores, independente da estrutura ou forma sob a qual as atividades do empreendimento controlado em conjunto so executados.

    Controle o poder de governar as polticas financeiras e operacionais da entidade de forma a obter benefcio das suas atividades.

    Investidor em empreendimento controlado em conjunto um dos participantes desse empreendimento que no compartilha do controle conjunto sobre o empreendimento.

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  • Empreendimento Controlado em Conjunto(CPC 19 Joint Venture)

    Formas de empreendimento controlado em conjunto:

    (a) Operaes controladas em conjunto;

    (b) Ativos controlados em conjunto;

    (c) Entidades controladas em conjunto.

    Controle Conjunto: Onde dois ou mais empreendedores esto comprometidos por um acordo contratual.

    Acordo Contratual: Estabelece as regras para o controle conjunto. Pode ser evidenciado, por exemplo, por meio de contrato entre osempreendedores ou de atas de discusso entre os empreendedores.

    As atividades para as quais no existe acordo contratual estabelecendo o controle conjunto no se configuram como empreendimento controlado em conjunto.

    Empreendimento Controlado em ConjuntoCPC 19 (Joint Venture)

    Operaes controladas em Conjunto:

    Envolvem o uso de ativos e outros recursos dos empreendedores emvez da constituio de sociedade;

    O empreendedor deve reconhecer em suas demonstraes contbeis:

    os ativos por ele controlados e os passivos por ele incorridos;

    as despesas por ele incorridas e a sua parte na receita gerada com a venda de produtos ou servios produzidos pelo empreendimento controlado em conjunto.

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  • Empreendimento Controlado em Conjunto(CPC 19 Joint Venture)

    Ativos controlados em conjunto:

    Envolvem o controle e a propriedade conjunta de um ou mais ativos cedidos ou adquiridos pelos empreendedores;

    No envolve a constituio de sociedade;

    Cada empreendedor controla sua parte nos benefcios econmicos futuros por meio da participao que detm no ativo controlado em conjunto.

    Exemplo: Quando duas entidades controlam conjuntamente um imvel e cada uma apropria-se de sua parte nas receitas de aluguel e arca com sua parte nas despesas em conformidade com o acordo contratual.

    Empreendimento Controlado em Conjunto(CPC 19 Joint Venture)

    Entidade controlada em conjunto:

    Envolve a constituio de sociedade;

    A entidade controlada em conjunto, pode assinar contratos em seunome e levantar fundos para financiar atividades;

    Deve manter seus prprios registros contbeis e elaborar e apresentar suas demonstraes do mesmo modo que outras entidades.

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  • Empreendimento Controlado em Conjunto(CPC 19 Joint Venture)

    Demonstraes contbeis do empreendedor - Consolidao proporcional

    O empreendedor deve reconhecer seu investimento na entidade controlada em conjunto utilizando a consolidao proporcional.

    A aplicao da consolidao proporcional significa que o balano patrimonial do empreendedor inclui sua participao nos ativos que ele controla de forma conjunta e sua parte nos passivos pelos quais ele conjuntamente responsvel.

    Ele pode combinar sua parte no estoque da entidade controlada emconjunto com seu prprio estoque, ou sua parte no imobilizado da entidade controlada em conjunto com o seu prprio imobilizado. Alternativamente, o empreendedor pode incluir sua parte em cada um dos ativos, passivos, receitas e despesas da entidade controlada em conjunto em suas demonstraes contbeis utilizando uma linha separada

    Lanamentos Contbeis

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  • Lanamentos contbeis

    Custo orado inicial

    A - Custo total inicial 2.000.000,00 Total incorrido 650.000,00

    Custo incorrido (/) Custo orado total atualizado 2.000.000,00 B - Total custo incorrido 650.000,00 (=) % incorrido 32,50%C (A - B) - Total custo a incorrer 1.350.000,00

    Tie in - custo incorrido (%)

    Controle do custo

    Custo inicial e custo incorrido Percentual de custo incorrido

    Lanamentos contbeis

    Mapa do Lucro Imobilirio Fiscal

    UnidadeSituao Av

    ou VD

    Frao

    Ideal

    Custo

    IncorridoData Venda

    Total da

    vendaRecebimento

    Saldo

    Remanescente

    11 VD 16,66 108.290 26/05/2012 730.000 100.000 630.000

    21 VD 16,66 108.290 12/05/2012 660.000 660.000 -

    31 AV 16,66 108.290 -

    41 AV 25,01 162.565 -

    51 VD 25,01 162.565 19/05/2012 980.000 490.000 490.000

    100 650.000 2.370.000 1.250.000 1.120.000 Total FIT

    Receita recebida no ms

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  • Lanamentos contbeis

    Ajustes societrios

    Custo Estoque Receita

    Unidade Venda atualizada Custo total 2012Terreno Recebimento Receita totalAdiantamento de clientes Promitentes

    -

    11 730.000 108.290 108.290 100.000 237.250 137.250

    12 660.000 108.290 108.290 660.000 214.500 (445.500)

    13 - 108.290 108.290 - - -

    14 - 162.565 162.565 - - -

    21 980.000 162.565 162.565 490.000 318.500 (171.500)

    Total 2.370.000 650.000 379.145 270.855 1.250.000 770.250 (617.000) 137.250

    Lanamentos contbeis

    Recebimentos

    D - Banco 1.250.000,00

    C - Promitentes 1.250.000,00

    Custo - Resultado

    D - Custo 379.145,00

    C - Estoque 379.145,00

    Receita

    D - Promitentes 770.250,00

    C - Receita de Imveis Vendidos 770.250,00

    Adiantamento de Clientes

    D - Promitentes 617.000,00

    C - Adiantamento de Clientes 617.000,00

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  • Conciliao societrio x fiscal - RTT

    IRPJEmpresa Balancete 1 trim 2011

    OCPC 01Societrio 4.626.947,84 Fiscal 3.164.302,47 variao - Ajuste RTT (1.462.645,37)

    Balancete

    Memria de calculo presumido

    Demonstrao da base de calculo Base de calculo 3.164.302Resultado 253.144

    Base para melhor entendimento

    www.cpc.org.br Orientao OCPC 01 Entidades de Incorporao Imobiliria Interpretao ICPC 02 Contrato de Construo Setor Imobilirio Orientao OCPC 04 Aplicao da Interpretao Tcnica ICPC 02 CPC 12 Ajuste ao Valor presente CPC 17 Contratos de Construo CPC 19 Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto CPC 30 - Receitas

    www.receita.fazenda.gov.br

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  • What matters to you, matter to us

    CONTATO:

    [email protected]

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