apostila comun e relac interpess

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  • Anna Luiza Ramsthaler- Consultoria Organizacional C: CESPE-PPCAP-Apostila comun e rel interpess

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    UNIVERSIDADE DE BRASLIA CENTRO DE SELEO E DE PROMOO DE EVENTOS

    NCLEO DE RECRUTAMENTO E CAPACITAO CONTINUADA PROGRAMA PERMANENTE DE CAPACITAO DE PESSOAL

    APRESENTAO E INTRODUO

    O Curso, objeto deste treinamento, destina-se a profissionais que pretendem

    aperfeioar as suas habilitaes para atender o pblico em geral e se relacionar de

    maneira produtiva e eficaz, alcanando, assim, as metas de alta performance e o

    melhor desempenho no trabalho, dentro dos mais estritos princpios da tica e do

    equilbrio relacional traduzidos no sucesso pessoal e profissional. , tambm, objetivo deste curso, uma otimizao dos comportamentos, com

    vista a uma melhor resposta pessoal no quadro das questes colocadas nos

    processos do dia-a-dia da vida profissional.

    Esse tipo de necessidade pressupe, acima de tudo, trabalhar e modificar

    atitudes, de forma a emprestar postura profissional toda uma dimenso de

    competncia, dedicao e disponibilidade.

    Durante o decorrer das vrias sesses, o que se pretende essencialmente

    um convite reflexo, ao autoconhecimento, ao desenvolvimento pessoal, pois, s

    atravs desses passos, ser possvel a modificao de atitudes e a alterao de

    comportamentos, o que refletir diretamente em um desempenho de rigor e apurada

    tica profissional, dentro dos mais atuais requisitos e parmetros do conceito de

    qualidade total.

    nesse sentido que o Centro de Seleo e de Promoo de Eventos

    (CESPE) da Universidade de Braslia (UnB) d as boas-vindas a todos que se

    dispem a trilhar este caminho na busca do desenvolvimento pessoal, profissional e

    do crescimento que contribuir para que cada um se torne o profissional do futuro,

    habilitado a desempenhar funes em um mundo que, se por um lado se torna cada

    vez mais competitivo, por outro se torna tambm em um desafio constante, um jogo

    dirio que s ser vencido pelos mais preparados e realmente motivados para

    acompanhar a mudana e o evoluir permanente, em um mundo em que, cada vez

    mais, a diferena se faz pela qualidade do patrimnio humano.

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    A COMUNICAO EFICAZ

    Comunicar vem do latim communicare, que significa colocar em comum,

    partilhar, entrar em relao com.

    Comunicar , ento, trocar idias, sentimentos e experincias entre pessoas

    que conhecem o significado daquilo que se diz e do que se faz.

    A comunicao desempenha um vasto conjunto de funes indispensveis

    prpria natureza da existncia humana. Por trs do estudo das funes da

    comunicao, est implcita uma determinada concepo acerca do que

    comunicar. Dessa concepo decorrem diferentes formas de explicar o como e o

    porqu dos processos comunicacionais. Entre as funes mais usuais da

    comunicao so apontadas todas aquelas que visam fins pessoais ou sociais.

    Comunicamos para informar e estarmos informados, para formar e influenciar

    atitudes e crenas, por simples prazer, para realizar tarefas em grupo, para criar e

    manter organizaes, ou para inovar.

    Eficcia na comunicao pode ser a sua maior arma. Utilize-a!

    Quando transmitimos uma mensagem, oral ou escrita, fundamental

    sabermos no s o significado que atribumos s coisas, aos nossos gestos

    (comunicao no-verbal), s palavras e expresses, mas tambm s possveis

    significaes que as outras pessoas, com quem comunicamos, possam dar-lhe.

    Caso contrrio, podero surgir barreiras comunicao.

    Os elementos do processo de comunicao

    Comunicar trocar mensagens. Embora a situao de comunicao possa se

    apresentar de muitas maneiras diferentes, comporta sempre alguns elementos que

    lhe so caractersticos:

    Emissor: aquele que emite, envia, transmite a mensagem. O emissor deve ser capaz de construir mensagens que sejam compreendidas pelo

    receptor.

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    Receptor: o indivduo que recebe a mensagem. Este deve estar sintonizado com o emissor, de forma a entender a mensagem, ele ser

    mais receptivo quanto maior for a sua abertura ao outro.

    Mensagem: o contedo da comunicao (conjunto de sinais com significado: idias, sentimentos, conjunto de smbolos emitidos pelo

    emissor).

    Cdigo: o conjunto de sinais e regras que permite transformar o pensamento em informao que possa ser entendida, na sua globalidade,

    pelo receptor. O emissor utiliza o cdigo para construir a sua mensagem -

    operao de codificao - ( capaz de construir mensagens com

    significado e que sejam entendidas pelo receptor), enquanto que o

    receptor utiliza esse mesmo cdigo para compreender a mensagem - o

    receptor decodifica a mensagem ( capaz de interpretar a mensagem,

    compreend-la, dar-lhe um significado).

    Canal: o suporte fsico por meio do qual passa a mensagem do emissor para o receptor. O canal mais comum o ar, mas existem outros - a carta,

    o livro, o rdio, a TV, a Internet, etc.

    Contexto: o conjunto de variveis que rodeiam e influenciam a situao de comunicao.

    Rudo: existe outro elemento fundamental que entra no processo de comunicao, designado rudo. Inclui tudo aquilo que perturba ou distorce

    o processo de comunicao. Os rudos que adulteram a comunicao

    podem surgir em qualquer altura do processo e se tornam barreiras para

    uma comunicao eficaz. Em comunicao, um rudo tanto um barulho

    (fisicamente perceptvel), como uma idia ou sentimento que esteja

    perturbando a eficcia do processo comunicacional.

    Feedback: ou informao de retorno: o que permite aferir a eficcia da comunicao e de que forma a mensagem est chegando ao interlocutor.

    Serve para corrigir deficincias ou equvocos e reforar a comunicao.

    Favorece a sintonia. O feedback a mensagem que enviada ao emissor e que lhe transmite

    como as suas comunicaes e atitudes foram percebidas e sentidas pelo

    receptor. A eficcia do feedback tanto maior quanto maior for a

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    confiana existente entre os intervenientes. Mais adiante voltaremos a

    falar em feedback.

    Empatia - sua importncia para o sucesso da comunicao

    Empatia nada mais do que a capacidade de nos colocarmos no lugar do

    outro. Se formos realmente capazes de realizar essa capacidade, estaremos atentos

    para modificar a nossa comunicao, no sentido de estarmos transmitindo a nossa

    mensagem em um nvel compatvel com a capacidade de percepo do nosso

    interlocutor. Estaremos, assim, aptos a, realmente, transmitirmos aquilo que

    pretendemos.

    A empatia , portanto, muito importante, no s na transmisso da

    mensagem, como na percepo do feedback que nos chega do receptor.

    As funes da comunicao

    A comunicao representa uma necessidade pessoal e social de relao

    entre as pessoas, de trocar idias e sentimentos. Por isso apresenta diversas

    funes, entre as quais:

    U Informao. U Persuaso e motivao. U Educao. U Socializao. U Distrao.

    As finalidades essenciais da comunicao so: influenciar outros indivduos,

    expressar sentimentos ou emoes e receber, pedir, dar ou trocar informaes.

    Barreiras comunicao

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    Freqentemente, a comunicao processa-se de forma deficiente. O ideal

    seria que as mensagens chegassem ao receptor com o mesmo formato e a mesma

    intensidade com que foram emitidas. Porm, isto no acontece. Muitas vezes,

    ouvimos o que o outro no disse, ou

    os outros entendem o que no dissemos.

    Algumas barreiras comunicao

    U Utilizao de linguagem que o outro no entende ou no domina.

    U Elementos perturbadores do exterior. U Divergncias de valores e crenas. U Desinteresse. U Papis sociais desempenhados. U Formao cultural divergente. U Indisponibilidade fsica ou psicolgica (ex.:cansao, mal-

    estar).

    U Palavras ambguas. U Hostilidades. U Desmotivao.

    Estudos feitos revelam que retemos uma certa porcentagem da informao,

    que varia segundo os rgos dos sentidos que a recebem. Assim, retemos cerca de:

    20% do que ouvimos.

    30% do que vemos.

    50% do que vemos e ouvimos.

    Exemplo: retemos cerca de 50% da informao emitida pela televiso, porque

    vemos e ouvimos simultaneamente.

    Feedback ou informao de retorno

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    O feedback, uma palavra adotada do ingls, mas j usualmente empregada

    na nossa linguagem comum, no somente um elemento essencial do processo de

    comunicao, significa informao de retorno, por isso tambm uma ferramenta da

    comunicao a qual nos utilizamos para elogiar, esclarecer ou corrigir algum.

    Os efeitos positivos do feedback U Apia e fomenta comportamentos corretos, na medida em que os

    reconhece.

    U Corrige comportamentos que no correspondem inteno do emissor ou comportamentos incorretos, quer para o prprio

    emissor, quer para o grupo.

    U Clarifica as relaes entre as pessoas e ajuda a compreender melhor o outro.

    Para que um feedback se torne eficaz, dever ser:

    Aplicvel. Neutro. Oportuno. Solicitado. Objetivo. Direto. Especfico. Comprovado.

    Em qualquer processo comunicacional essencial se fazer o feedback, para

    que possamos ter a certeza de que a mensagem foi corretamente interpretada, isto

    , para podermos avaliar se fomos capazes de transmitir corretamente aquilo que

    pretendamos.

    Os tipos de comunicao: verbal e no-verbal

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    Comunicar envolve toda uma srie de atividades: conversar, persuadir, ensinar, negociar. Para ser competente em qualquer delas, essencial perceber o

    que uma comunicao e desenvolver as capacidades necessrias para nos

    tornarmos mais eficazes.

    Saber onde as coisas podem correr mal, j um bom ponto de partida

    quando se comea a busca de uma comunicao eficaz.

    A Linguagem Verbal

    Quando emitimos uma mensagem, podemos utilizar vrios cdigos, entre

    esses existem as palavras. Quando a comunicao realizada por meio das

    palavras, estamos utilizando a linguagem verbal.

    A linguagem verbal pode ser escrita ou oral.

    A Linguagem no-verbal

    Ns comunicamos utilizando a linguagem no-verbal por meio dos nossos

    gestos, posturas, expresses faciais, tom de voz, silncio, etc. Comunicamos,

    igualmente, pela roupa que vestimos e dos complementos que usamos.

    mediante a comunicao no-verbal que transmitimos muitas das nossas

    emoes e dos nossos sentimentos.

    A linguagem corporal - O Corpo Fala?

    "Desconfia do homem cujo abdmen se mantm imvel, enquanto ri."

    Provrbio cantons

    As pessoas podem transmitir diferentes gneros de informaes, em

    diferentes nveis de compreenso. O processo da comunicao das idias consiste

    em mais do que uma simples linguagem escrita ou falada. Quando voc se

    comunica, s vezes a sua mensagem pode ser compreendida, ou no, mas

    independente do que voc disse, da maneira como disse, e da lgica dos seus

    pensamentos. Isso ocorre porque, muitas vezes, a recepo da sua comunicao

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    depende do grau de empatia que a outra pessoa sente com a sua comunicao no-

    verbal.

    Um marido que vira as costas mulher e que, sem dizer uma palavra, sai de

    casa batendo a porta violentamente, transmite uma mensagem significativa.

    Portanto, no muito difcil compreender as vantagens que se pode tirar da

    interpretao da linguagem no-falada, desde que comuniquemos por uma

    variedade de sistemas.

    Observar e estudar os gestos so tarefas extremamente simples, mas

    interpret-los um trabalho muito diferente.

    Comunicar com sucesso uma mensagem depende de esta ser interpretada

    como credvel e apropriada por aqueles que a recebem. Muitas vezes, a falta de

    entendimento no sequer expressa em voz alta, ela pode tomar a forma de um

    franzir de testa ou um suspiro. Logo, o que se est comunicando nem sempre

    corresponde ao que recebido. fundamental encontrar formas de anular essa

    distncia.

    De fato, comunicar no pressupe necessariamente o uso da palavra:

    Nosso corpo tambm transmite mensagens.

    Expresses faciais comunicam sentimentos, emoes, reaes intencionais ou no, mostram respeito ou desrespeito para com os outros.

    O olhar pode comunicar sentimentos de hostilidade, simpatia ou desejo. A roupa (comunicamos por meio das cores, do tecido, do corte que usamos).

    Vestimo-nos de formas diferentes conforme as ocasies (uma festa, um

    curso, uma entrevista de emprego).

    Uniformes comunicam o papel desempenhado por um indivduo. Complementos, enfeites, objetos que temos em casa, comunicam algo sobre

    ns.

    Outros aspectos: contato fsico - o tocar.

    tempo - ser pontual ou no.

    espao - distncias sociais, ntimas.

    Expresses do rosto

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    No h dvida de que o aspecto das comunicaes no-verbais que menos

    controvrsias tem provocado o das expresses do rosto, porque o grupo de

    gestos mais fcil de observar. Olhamos mais freqentemente para o rosto de uma

    pessoa do que para qualquer outra parte do corpo e as expresses que observamos

    prestam-nos a muitas interpretaes.

    George Porter, que escreveu uma srie de artigos para o Training and

    Development Journal, salienta que o aborrecimento ou a confuso podem ser

    indicados por uma ruga; a inveja ou a incredulidade, pelo levantar das sobrancelhas;

    o antagonismo, pelo cerrar dos maxilares ou por um olhar de soslaio. Ainda, h a

    considerar o gesto, bastante comum, de avanar o queixo, como faz um garoto

    atrevido quando se rebela contra os pais. Quando uma pessoa est furiosa e cerra

    os maxilares, repare nos seus lbios; tambm esto cerrados e franzidos, o que

    indica que a pessoa est em uma posio defensiva, sem querer mostrar a sua fria,

    e com a inteno de reagir o menos possvel.

    Maneiras de andar

    Cada pessoa tem uma maneira de andar especial pela qual os seus amigos a

    reconhecem facilmente. Algumas caractersticas so devidas estrutura do corpo,

    mas o passo, a largura do passo e a atitude, variam conforme as emoes que

    dominam a pessoa. Quando uma pessoa se sente feliz, principalmente uma criana,

    mexe-se mais depressa e sente-se mais leve ao andar; se no se sente satisfeita,

    fica de ombros encolhidos e arrasta os ps, com se as solas dos sapatos fossem de

    chumbo.

    Quando as pessoas se sentem desanimadas andam arrastando os ps, com

    as mos nos bolsos, levantam raramente a cabea e nem olham para onde esto

    andando.

    As pessoas que vivem com preocupaes tm, muitas vezes, ao andar, uma

    atitude de meditao: cabea baixa e as mos presas uma outra, atrs das costas.

    Andam muito devagar e chegam a parar para dar um pontap em um pedao de

    papel, vir-lo e revir-lo, para deix-lo outra vez no cho. Essas pessoas tm o ar de

    quem pensa "Vamos estudar isto por todos os lados".

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    Aquele que est satisfeito consigo mesmo mostra o seu estado de esprito

    andando com o queixo levantado, balanando os braos, as pernas pouco

    enrijecidas, o passo decidido.

    Apertos de Mo

    O aperto de mo tem origem no antigo gesto de levantar as duas mos para

    mostrar que no estavam armadas. Mais tarde apareceu a maneira romana de

    saudar, com a mo posta no peito. Durante a poca do Imprio Romano, os homens

    apertavam-se os braos, em vez de apertar as mos. A maneira moderna de

    cumprimentar, apertando a mo, um gesto que significa cordialidade: o contato das

    palmas das mos, uma na outra, indica sinceridade e paz.

    Muitas pessoas consideram-se infalveis na anlise do carter e das

    intenes de um indivduo pela maneira como ele aperta a mo. Geralmente,

    ningum gosta de aperto de mo pegajoso, talvez porque a transpirao das palmas

    das mos , muitas vezes, um indcio de nervosismo. O aperto de mo flcido,

    tambm no apreciado, apesar de que, para esse, pode haver uma explicao

    plausvel: os atletas de forma geral tendem a controlar a fora de seu aperto de mo,

    com receio de no parecerem suficientemente educados, apertando demais a mo

    ao cumprimentar. Tambm artistas e cirurgies, que utilizam as suas mos

    profissionalmente, tm a tendncia de fazerem tudo que podem para proteg-las.

    Devemos sempre estar atentos maneira como cumprimentamos algum,

    apresentando um aperto de mo firme, sem excesso, uma forma de demonstrar

    segurana e equilbrio.

    Sinceridade

    H vrios gestos que fazem parte dos grupos de gestos indicativos de

    sinceridade. Entre eles:

    as mos abertas - repare nas crianas, que quando se sentem orgulhosas de alguma coisa que fizeram, mostram as mos abertamente; mas quando

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    se sentem culpadas ou com receio as escondem nos bolsos ou atrs das

    costas.

    casaco desabotoado - freqentemente os homens que se sentem vontade com eles prprios desabotoam o casaco e at chegam a tir-lo;

    em anlises feitas por meio de audiovisuais, em que se registraram

    reunies de negcios, concluiu-se que o entendimento mais freqente

    entre os homens que tm os casados desabotoados, do que entre os que

    os conservam abotoados; quando h um que decide tomar uma atitude

    favorvel, vemos que ele descruza os braos e desabotoa o casaco

    tranqilamente.

    Segurana

    As mos apertadas uma na outra, esfregando os polegares, um dos gestos

    observados com mais freqncia nas pessoas que esto tentando encontrar

    segurana. H variaes, como arrancar as peles das unhas, roer as unhas ou dar

    um belisco na mo. Outro, desses gestos, colocar uma caneta ou um lpis na

    boca, para roer ou chupar. s vezes um pedao de papel ou um grampo cumprem

    essa finalidade. Todos esses gestos indicam que se est buscando a segurana que

    no temos.

    Braos cruzados indicam que a pessoa est se colocando na defensiva, no

    est disposta a aceitar as idias de seu interlocutor.

    Pr a mo na nuca significa a necessidade de controlar-se, o gesto para

    "evitar bater", podendo indicar raiva ou frustrao.

    Nervosismo e Autodomnio

    Algumas atitudes do a perceber que uma pessoa est nervosa e pouco

    vontade. Por exemplo, ao entrar em uma sala e ser convidada a sentar, escolhe a

    cadeira mais distante, pe-se a olhar pela janela, olha constantemente para a porta,

    com se quisesse dirigir-se para l, aponta um dos ps nessa direo, olha

    insistentemente para o relgio.

    Pigarrear tambm um indicador de nervosismo, assim como o agitar-se

    muito na cadeira ou tapar a boca com a mo enquanto fala.

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    A confiana em si prprio pode conduzir ao autodomnio e o contrrio tambm

    verdade. O autodomnio pode facilmente degenerar em nervosismo e frustrao.

    Uma pessoa que tem confiana em si prpria fala sem fazer qualquer gesto de pr a

    mo no rosto, como, por exemplo, pr a mo na frente da boca ou coar o nariz,

    nem passa a mo pela cabea.

    Uma pessoa que sabe o que quer e cujos objetivos tm sido coroados de

    xito, apresenta-se com aprumo, com um ar confiante, deixando ver claramente que

    uma pessoa que acredita em si mesma.

    A pessoa que se sente confiante tambm pestaneja menos e d, por isso, a

    impresso de saber ouvir com mais ateno.Um gesto indicador de segurana e que

    ao mesmo tempo a transmite, o de fazer abbada, juntando as pontas dos dedos

    das duas mos e as palmas, dando-lhes a forma dessa figura.

    A importncia da autenticidade Quando estamos envolvidos em qualquer processo comunicacional,

    importante lembrar a necessidade de sermos sempre autnticos. Mesmo porque,

    embora o nosso interlocutor possa desconhecer os estudos da PNL e outros ligados

    ao desenvolvimento da percepo do outro, ele instintivamente tem esse

    conhecimento. Por isso mesmo, inmeras vezes algum nos conta algo e sentimos

    um desconforto, algo sinalizando que aquela comunicao no est correta, ou no

    est completa, ou no sincera.

    Precisamos lembrar sempre que a nossa expresso, os nossos olhos, o tom

    de voz, dizem mais sobre ns do que nossas palavras podem traduzir. Desse modo,

    se perguntados sobre algo que desconhecemos, muito mais positivo assumir o fato

    do que tentar dar voltas tentando disfarar. Uma pessoa que assume no conhecer

    alguma coisa est muito mais apta a complementar, buscar o conhecimento, do que

    algum que finge saber o que no sabe.

    A autenticidade , portanto, um dos pilares da eficincia na comunicao.

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    Escuta ativa

    A Capacidade de Ouvir

    A natureza nos deu dois ouvidos, dois olhos e uma lngua para que

    pudssemos ouvir e ver mais do que falar, observa Zeno, velho filsofo

    grego.

    E um filsofo chins faz a seguinte observao: O bom ouvinte colhe,

    enquanto aquele que fala semeia.

    Seja como for, at h bem pouco tempo, dava-se pouca ateno

    capacidade de ouvir

    O ouvir algo muito mais complicado do que o processo da audio, ou de

    escutar.

    O ouvir, de forma eficaz, ocorre quando o receptor capaz de discernir e

    compreender o significado da mensagem do emissor.

    Escutar os outros representa uma atividade que todos consideram saber

    fazer. A verdade que as pessoas no esto habituadas a dedicar ateno ao outro.

    Escutar ativamente constitui uma tcnica que preciso aprender e praticar,

    principalmente, por todos aqueles que, em decorrncia de sua profisso, mais lidam

    com o pblico.

    Princpios da Escuta Ativa Saber falar. Colocar-se em empatia com o outro. Centrar-se no que dito. Manter os canais de comunicao abertos. Eliminar juzos imediatos. No interromper o outro. Controlar as emoes pessoais. Reformular as mensagens. Utilizar as capacidades de intuio, memria, percepo.

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    RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

    O estudo dos Relacionamentos Interpessoais est diretamente ligado ao

    estudo da Comunicao Eficaz, uma vez que, para estarmos fazendo uso das

    ferramentas disponibilizadas por esse estudo, temos que conhecer o outro, sabendo

    identificar caractersticas e peculiaridades de cada ser humano, respeitando e

    valorizando sempre a diferena, pois ela que nos permite somar qualidades e

    crescimento.

    Relacionamento Interpessoal como fator diferencial no atendimento ao cliente

    No existem duas pessoas que ajam exatamente do mesmo modo. Todos os

    indivduos tm modos mais ou menos estveis de comunicar. Mesmo que uma

    pessoa consiga comunicar de diferentes modos e saiba faz-lo, ela escolhe sempre

    a maneira que mais gosta de se relacionar com os outros. Por isso, podemos

    considerar que existem estilos de comunicao que no so mais do que formas

    diferentes de abordar a situao interpessoal (relao entre pessoas).

    Todas as pessoas tm determinados estilos disponveis para utilizar conforme

    as situaes, mas h um estilo que sempre prevalece.

    O estilo eficaz em funo da situao em que se aplica.

    a utilizao de um determinado estilo de forma indiscriminada, qualquer que

    seja a situao, que d origem a problemas interpessoais.

    A comunicao entre as pessoas nem sempre funciona bem. Para isso

    necessrio aprender algumas habilidades e adquirir conhecimentos sobre as

    conseqncias de cada uma das atitudes prprias do processo de relacionar-se.

    Uma das habilidades a aprender a de confiar. A confiana no um ato de

    magia, nem se obtm mecanicamente, tambm, no algo que se possa obter pela

    fora. Se algum persiste em no nos compreender, continua a duvidar da nossa

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    competncia ou das nossas boas intenes, h habilidades que permitem modificar

    a percepo dessa pessoa a nosso respeito.

    Para obter a confiana dos outros, devemos tomar a iniciativa e no esperar

    que o outro a tome primeiro. Se queremos ser vistos como pessoas de confiana,

    temos que fazer o primeiro gesto, o que implica sempre um certo risco.

    Caractersticas dos quatro estilos relacionais

    Em geral, para efeito de estudo dos Estilos Relacionais, dividimos em quatro

    tipos principais:

    ESTILO AGRESSIVO. ESTILO PASSIVO. ESTILO MANIPULADOR. ESTILO ASSERTIVO OU AUTO-AFIRMATIVO.

    O estilo agressivo

    A agressividade se observa por meio de comportamentos de ataque contra as

    pessoas e os acontecimentos. O agressivo prefere submeter os outros a faz-los

    curvar, ou mudar de opinio.

    O agressivo fala alto, interrompe e faz barulho com os seus afazeres,

    enquanto os outros se exprimem.

    Ele desgasta psicologicamente as pessoas que o rodeiam. O agressivo pensa

    que sempre ganhador com o uso de seu mtodo, mas no entende que se o fosse,

    no necessitaria ser agressivo.

    O agressivo torna-se um cego no seu meio, porque as pessoas evitam falar

    com ele de forma verdadeira. Os agressivos emitem, muitas vezes, a opinio de que

    os outros so estpidos.

    O objetivo principal do agressivo ganhar sobre os outros, dominar e forar

    os outros a perder. Muitas vezes, vence humilhando e controlando os outros, de tal

    modo que no lhes d a possibilidade de se defenderem.

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    O agressivo procura:

    Dominar os outros. Valorizar-se custa dos outros. Ignorar e desvalorizar sistematicamente o que os outros fazem e

    dizem.

    Atitudes agressivas nas relaes hierrquicas:

    em posio dominante: autoritarismo, frieza, menosprezo, intolerncia;

    em posio subordinada: contestao sistemtica, hostilidade a priori contra tudo o que vem de cima.

    Os libis ouvidos com maior freqncia por parte do agressivo:

    Neste mundo preciso saber impor-se. Prefiro ser lobo a ser cordeiro. As pessoas gostam de ser guiadas por algum com um

    temperamento forte.

    Se eu no tivesse aprendido a me defender, j h muito tinha sido devorado.

    Os outros so todos uns imbecis. Os outros so todos uns patifes. S os fracos e os hipersensveis que podem se sentir

    agredidos.

    O estilo passivo

    A atitude passiva uma atitude de evitar as pessoas e os acontecimentos.

    Em vez de se afirmar tranqilamente, o passivo afasta-se ou submete-se; no age,

    porque no se afirma, torna-se geralmente uma pessoa ansiosa, que apresenta

    dores de cabea com freqncia e sofre de insnias.

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    O passivo no age porque tem medo das decepes. Tmido e silencioso, ele

    nada faz. O passivo , quase sempre, um explorado e uma vtima. Tem muita

    dificuldade em dizer no e em afirmar as suas necessidades porque muito sensvel

    s opinies dos outros.

    O passivo:

    Sente-se bloqueado e paralisado quando lhe apresentam um problema para resolver.

    Tem medo de avanar e de decidir porque receia a decepo. Parece que espera sempre alguma catstrofe.

    Tem medo de importunar os outros. Deixa que os outros abusem dele. A sua cor a cor do ambiente onde est inserido. Ele tende a

    fundir-se com o grupo, por medo. Ele chama a isto realismo e

    adaptao.

    Os libis ouvidos com maior freqncia por parte do passivo:

    No quero dramatizar. preciso deixar as pessoas vontade. No sou o nico a se lamentar. preciso saber fazer concesses. No gosto de dar murro em ponta de faca. Admito que os outros sejam diretos comigo, mas tenho receio de

    feri-los.

    No gosto de prolongar a discusso com intervenes no construtivas.

    O estilo manipulador O manipulador no se envolve nas relaes interpessoais. Esquiva-se dos

    encontros e no se envolve diretamente com as pessoas nem nos acontecimentos.

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    O seu estilo de interao se caracteriza por manobras de distrao ou manipulao

    dos sentimentos dos outros.

    O patro manipulador obriga o empregado a fazer horas extras dizendo:

    como pode recusar, depois de tudo que fiz por voc?

    O manipulador no fala claramente dos seus objetivos. uma pessoa muito

    teatral.

    O manipulador:

    Apresenta uma relao ttica com os outros. Tende a desvalorizar o outro por meio de frases sejam humorsticas

    e que denotem inteligncia e cultura.

    Exagera e faz caricatura de algumas partes da informao emitida pelos outros, repetindo a informao desfigurada, para manipul-la.

    Nega fatos e inventa histrias para mostrar que as coisas no so da sua responsabilidade.

    Fala por meias palavras e especialista em rumores e diz-que-disse.

    Sua arma preferida a culpabilidade. Explora as tradies, convices e escrpulos de cada um; faz chantagem moral.

    Emprega freqentemente o ns e no o eu. Apresenta-se sempre cheio de boas intenes.

    Os libis ouvidos com maior freqncia por parte do manipulador:

    S se pode confiar nos santos. No se pode nem deve ser franco e direto. A ao indireta mais eficaz que o face a face.

    O estilo assertivo ou auto-afirmativo

    As pessoas assertivas so capazes de defender os seus direitos, os seus

    interesses, de exprimir os seus sentimentos, os seus pensamentos e as suas

    necessidades de forma aberta, direta e honesta. Essas pessoas, para afirmarem os

    seus direitos, no pisam os direitos dos outros.

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    A pessoa assertiva tem respeito por si prpria e pelos outros; est aberta ao

    compromisso e negociao. Aceita que os outros pensem de forma diferente dela;

    respeita as diferenas e no as rejeita.

    O assertivo:

    Est vontade na relao face a face. verdadeiro consigo mesmo e com os outros, no dissimulando

    seus sentimentos.

    Coloca as coisas muito claramente s outras pessoas, negocia na base de objetivos precisos e claramente determinados.

    Procura compromissos realistas, em caso de desacordo. Negocia na base de interesses mtuos e no mediante ameaas. No deixa que o pisem. Estabelece com os outros uma relao fundada na confiana e no

    na dominao nem no calculismo.

    A assertividade e como desenvolv-la

    Bower (1976) desenvolveu um mtodo que permite o treino e o

    desenvolvimento da Atitude Assertiva ou de Auto-Afirmao.

    Essa tcnica chamada D.E.E.C., que so as iniciais de: DESCREVER - D

    EXPRESSAR - E

    ESPECIFICAR - E

    CONSEQNCIA - C

    Descrever - O Senhor A descreve o comportamento do Senhor B de uma forma to precisa e objetiva quanto possvel.

    Expressar - O Senhor A transmite ao Senhor B o que pensa e sente em relao ao seu comportamento: sentimentos, preocupaes, desacordos ou crticas.

    Especificar - O Senhor A prope ao Senhor B uma forma realista de modificar o seu comportamento.

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    Conseqncia - O Senhor A tenta interessar o Senhor B pela soluo proposta, indicando-lhe as possveis conseqncias benficas da nova atitude que lhe

    proposta.

    O ser humano que se auto-afirma um ser humano autntico

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    Autoconhecimento Propsitos e objetivos

    H pessoas cujo trabalho inspirado transmitem entusiasmo e parecem

    estar seriamente envolvidas com o que fazem, com as pessoas com quem trabalham

    e com as pessoas a quem prestam servio. Respiram satisfao e realizao pessoal.

    Quando encontramos pessoas desse tipo, acreditamos que o seu trabalho

    consistente com os seus propsitos. Elas sabem porque esto, onde esto e sabem o

    que querem fazer.

    Misso, Vocao, Chamada, Paixo

    Essas palavras so utilizadas para descrever a necessidade humana de

    identificar e expressar seus propsitos. Afinal, encontrar os seus propsitos uma

    procura quase espiritual: implica olhar para dentro de si.

    As experincias de vida mais significativas podem indiciar propsitos de vida.

    Por isso necessrio repensar e relembrar essas experincias. O que aconteceu?

    Por que foi importante para voc? Que impacto essas experincias tiveram na sua

    vida?

    Aptides e Talentos

    Cada um de ns tem talentos e dons especficos que nos tornam nicos. So

    capacidades que temos e que parecem ser naturais. Esses dons podem ser a chave

    para os propsitos, na medida em que nos podem ajudar a realizar o que quer que

    acreditemos que estamos aqui para fazer.

    Capacidade atltica, habilidade manual, talento musical ou facilidade de

    comunicao so alguns dos talentos que podem estar na origem dos propsitos. Reconhecer e dominar os seus talentos esto na base da sua

    autocompreenso e do seu autoconhecimento.

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    Aptido algo que aprendemos a fazer, como usar o computador, consertar um automvel ou gerir o tempo. So competncias que desenvolvemos como

    resultado de treino, experincia ou educao. Existem caractersticas que vemos como talentos, mas que, para outros,

    tambm so aptides, porque, muitas vezes, as pessoas tentam desenvolver aptides

    em reas em que no tm talento. Cabe a voc fazer um julgamento sobre quando

    que uma caracterstica para voc um talento ou uma aptido.

    A sua mistura especfica de talentos e aptides a chave da sua paixo, da

    sua vocao. No desperdice os seus talentos, cultive-os. E no se esquea,

    desenvolva as suas aptides em torno deles.

    Valores So as crenas que escolhemos para guiar as nossas vidas.

    Os valores nos guiam na separao entre o certo e o errado de cada

    situao. Quando algum nos diz o que devemos fazer, comparamos esse deve

    com os nossos valores, decidindo depois o que certo para ns.

    O dever choca muitas vezes com valor. Por exemplo:

    Valor: Famlia. Comportamento: Fazer horas extras. Dever: Ser um bom profissional.

    Na vida profissional h determinados valores que so fundamentais:

    -Persistncia. -Aprendizagem.

    -Flexibilidade. -Organizao.

    -Gosto pelas Relaes Interpessoais. -Abertura, Tolerncia.

    -Correr Riscos. -Lidar com o Medo.

    Gelar, comear a tremer ou a suar, sentir o ritmo cardaco e respiratrio

    acelerado...Quem que j no passou por isto? Este aquele fator que pode nos

    fazer hesitar ou evitar seguir os nossos propsitos e valores.

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    O medo do fracasso, do sucesso, do desconhecido, ou medos fsicos, so

    medos muito comuns que preciso enfrentar e compreender.

    O medo no um inimigo.

    A verdade que as pessoas se comportam melhor quando tm medo. Por

    isso mesmo, devemos aprender a domin-lo e a us-lo como um catalisador para a

    ao. O medo pode ser transformador ou castrador. Ns que decidimos. preciso

    responder rapidamente ao medo, ou por meio de uma profunda preparao prvia, ou

    do improviso, ou da criatividade ou...simplesmente por mentalizaes positivas.

    Por outro lado, aqueles que tm averso ao risco, que gostam de jogar em

    segurana em todas as situaes, ou que so extremamente impulsivos, no

    considerando os contras do risco e as conseqncias das suas aes, correm srios

    riscos em qualquer situao de vida.

    Neste captulo do Autoconhecimento, faz-se necessrio refletir sobre todos os

    pontos acima mencionados, pois so eles que vo, em grande parte, contribuir para a

    formao de dois conceitos fundamentais para que nos conheamos. So os

    conceitos: Auto-Estima e Autoconceito.

    Auto-estima

    o grau em que o sujeito gosta de ser como . A apreciao que uma pessoa

    faz sobre si prpria e sobre as suas capacidades.

    As pessoas com slida auto-estima:

    U So confiantes sem serem presunosas. U No ficam de rastros quando recebem crticas. U Aceitam que podem aprender a partir dos seus erros e que algumas vezes

    estes so inevitveis.

    U No tm necessidade de pr os outros abaixo. U So autoconfiantes e seguras de si, mas, no entanto, no recusam ajuda

    dos outros.

    U No fazem crticas destrutivas.

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    U So capazes de rir de si prprias.

    As pessoas com baixa auto-estima:

    U Sentem-se inferiores em relao aos outros. U Duvidam das suas reais capacidades. U Mantm-se na sua zona de conforto, evitando desafios. U So influenciadas pelos julgamentos dos outros. U Menosprezam-se constantemente. U De um modo geral so pessoas negativas. U Culpam tudo e todos pelo que de mau acontece. U Arranjam grandes problemas, com coisas insignificantes.

    Lembre-se de que:

    1 A nossa vida modelada por aqueles que gostam de ns e aqueles que

    no gostam.

    2 No podemos dar auto-estima aos outros.

    3 Ns somos responsveis por fortalecer ou fragilizar a nossa auto-estima.

    Mais ningum dever ter essa responsabilidade.

    4 O que dizemos a ns prprios o que conta. Fale positivamente para si

    prprio.

    5 Uma elevada auto-estima compatvel com ser humilde.

    6 Descubra o que quer e onde competente. A seguir, aumente o seu

    potencial.

    7 Aceite desafios. As novas experincias de sucesso ajudam a consolidar a

    auto-estima.

    8 Seu maior compromisso ... CONSIGO PRPRIO.

    A auto-estima ser tanto mais elevada,quanto quilo que a pessoa , se

    aproximar do que ela desejaria ser.

    Autoconceito a percepo que a pessoa tem de si mesma.

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    O autoconceito, isto , o modo como a pessoa se descreve, evolui com a

    idade, com as experincias de vida e com o conhecimento que tem de suas

    capacidades e limitaes (autoconhecimento).

    esse juzo que a pessoa faz de si mesma, que se liga a determinados

    sentimentos de vergonha ou orgulho, que podero ser facilitadores ou inibidores do

    comportamento e do desempenho social.

    O autoconceito afetado por:

    A apreciao que os outros nos fazem; o que os outros dizem de ns. Significado atribudo ao que os outros dizem de ns.

    H pessoas cuja opinio valorizamos e por isso temos tendncia a aceitar as

    suas crticas e sugestes, atitude que no temos com relao a outras pessoas.

    Expectativas e Primeiras Impresses

    As expectativas e as primeiras impresses so outros fatores importantes

    para o nosso autoconhecimento, j que temos a tendncia em verificar se a imagem

    que temos de ns mesmos semelhante imagem que os outros tambm tm de

    ns.

    As nossas expectativas em relao quilo que os outros esperam de ns,

    conduzem-nos a agir de forma a confirmar essas expectativas Profecias Autocumpridoras. Por exemplo, uma pessoa que se considera muito tmida, comporta-se de tal forma perante os outros, e estes tendem a reforar esse

    autoconceito pela forma como se relacionam com ela.

    Quando encontramos algum pela primeira vez, temos tendncia a formar

    uma opinio ou impresso geral, baseada em ndices fsicos, verbais, no-verbais ou

    comportamentais. Essa primeira impresso vai condicionar toda a relao futura,

    dado que vamos nos comportar de acordo com essa impresso. Temos tendncia a

    confirm-la.

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    Devemos sempre estar atentos para o fato de que muitas das nossas

    primeiras impresses podem estar erradas e que preciso dar ao outro a

    oportunidade de se explicar e justificar o seu comportamento. preciso tolerncia, capacidade de escuta, interesse autntico e uma grande disponibilidade para o outro.

    Preconceitos e esteretipos

    A partir da primeira impresso, temos tendncia a inferir outras caractersticas

    que enquadram o indivduo em um perfil qualquer. Dessa forma, atribumos-lhes um

    determinado papel ou posio, definindo o lugar que ocupa na sociedade e os

    comportamentos que lhe esto inerentes.

    Embora a categorizao seja indispensvel para a eficcia da relao

    interpessoal, como se trata de uma simplificao, h o risco de se cair em

    esteretipos, colocando a pessoa em determinada categoria, ignorando

    comportamentos que no se enquadram nessa categoria e buscando ver

    comportamentos que a confirmem. Os esteretipos so baseados em preconceitos e

    perpetuam erros de julgamento que s contribuem para uma comunicao e uma

    relao pessoal no eficazes.

    Percepo

    A percepo do mundo algo que se vai construindo pelo processo de

    comunicao interpessoal, embora se trate de um processo interno. Ela se

    desenvolve em funo da situao sociocultural em que se vive. por meio dos

    sentidos que captamos a realidade que nos cerca.

    Perante essa multiplicidade de estmulos, o ser humano no um receptor

    passivo.

    Pelo contrrio, o ser humano seleciona e discrimina os estmulos, de tal modo

    que os mesmos podero ser interpretados de modo diferente por diferentes pessoas.

    Pergunta para reflexo: Por que ser que perante uma mesma situao,

    existem anlises e interpretaes diferentes?

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    A verdade que no poderemos falar de objetividade quando falamos em

    percepo, uma vez que a experincia que cada um adquire nica, ainda que possa

    ser partilhada pelos outros.

    O comportamento de cada um se forma em funo da imagem que essa

    pessoa adquire do mundo, em funo da experincia, das pessoas e das coisas como

    percebe. Em suma, em funo da percepo que tem da realidade.

    Cada indivduo organiza os diferentes estmulos sensoriais e os integra em

    um quadro coerente e significativo, que constitui o seu prprio mundo.

    Aquilo que vemos aquilo que de fato real para ns.

    Cultura e Percepo

    A nossa cultura, o meio onde nascemos, a escola onde estudamos, a religio

    que nos foi ensinada, tudo isso so fatores que vo influenciar diretamente na nossa

    maneira de ver o mundo.

    Por isso vemos tantos conflitos entre povos e at entre pessoas de regies

    diferentes, dentro de um mesmo pas. As pessoas se esquecem de que o outro teve

    uma formao diferente da sua e por isso o julga errado, mal-educado, sem

    princpios.

    Se nos lembrssemos, antes de reagir, de perguntar: o que isso significa

    para voc?, com certeza muitos conflitos e julgamentos injustos seriam evitados.

    A multiculturalidade, isto , o estudo dos fatos relacionados com essa diversidade de costumes e aprendizados nas diferentes culturas, essencial para

    aqueles que atendem o cidado de modo geral. De outra forma poderemos estar

    cometendo graves injustias e tendo uma resposta preconceituosa com relao a

    pessoas que nem fazem idia do que podem ter feito de mal ou de errado em uma

    relao interpessoal mal sucedida.

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    Pesquisas em vrios sites na Internet.