apostila comércio exterior 2011

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1 Unoesc- Joaçaba Curso: Administração/ Linha de Formação Comércio Exterior Disciplina: Produção de Textos 2º semestre /2011 Profª.: Anique Fensterseifer Para início de Estudo “ O que diferencia os homens dos animais não é o sorriso, nem é a criatividade. O homem é o único, especial, porque tem o dom da palavra. Com a adequada combinação de palavras, o homem expressa e impressiona; induz; acalma e entusiasma. A palavra, partilhada, permite que tenhamos acesso ao universo. Ao mesmo tempo, ela nos leva a revelar o nosso universo interior” ( BOTELHO, 2010) Vamos fazer uma experiência: procure observar, em suas atividades profissionais, durante uma semana, quantas vezes você precisa escrever um texto. Relatórios, memorandos, pautas, atas de reuniões, e-mails, cartas comerciais ou os mais diversos tipos de cartas, currículos, etc. E, se no lugar da escrita, você tivesse que utilizar a fala? Imagine se você tivesse que fazer uma palestra para um auditório lotado ou dar uma entrevista para conseguir um emprego. O nosso dia-a-dia nos coloca muito mais vezes diante de situações em que temos que nos comunicar oralmente. E, afinal, a prática sempre faz tudo ficar mais simples. Você não concorda? Assim, o que há é um conjunto de fatores que determinam a escolha do suporte para a nossa necessidade de comunicação. Em determinados momentos, privilegia-se o texto oral, em outros, quando há a distância, de deixar registro, privilegia-se o texto escrito. A fala serve-se de vários recursos de que a escrita não dispõe e vice-versa (ZANOTTO, 2003). Poderíamos estabelecer inúmeras comparações entre essas duas modalidades da língua, contudo, por ser este o capítulo introdutório de um manual de língua escrita, vamos nos ater mais em considerações sobre os textos escritos formais. Segundo o Zanotto (2003), “o que não está escrito está no ar. O que falamos, sem estar escrito, existe, sem dúvida, mas está no ar. E o que está no ar apresenta-se difuso, disforme, fugidio”. Isso quer dizer que, se você deseja testar a clareza de suas idéias, tente fixá-las por escrito. Além do mais, no mundo dos negócios, há, cada vez mais situações que demandam o registro por escrito de transações comerciais e acordos. Os textos precisam ser inteligíveis, isto é, quando o leitor estiver em contato com um texto, esta leitura deve ser compreendida. Por isso, deve-se observar várias características ao se redigir um texto. A seguir, você poderá descobrir algumas diferenças entre a língua falada e a escrita: A relação entre a oralidade e a escrita Vamos iniciar a discussão sobre a modalidade oral e escrita da linguagem pedindo a você que leia o texto a seguir e reflita sobre as qualidades do texto falado.

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Unoesc- Joaçaba

Curso: Administração/ Linha de Formação Comércio Exterior

Disciplina: Produção de Textos 2º semestre /2011

Profª.: Anique Fensterseifer

Para início de Estudo

“ O que diferencia os homens dos animais não é o sorriso, nem é a criatividade. O homem é o único, especial, porque tem o dom da palavra. Com a adequada combinação de palavras, o homem expressa e impressiona; induz; acalma e entusiasma. A palavra, partilhada, permite que tenhamos acesso ao universo. Ao mesmo tempo, ela nos leva a revelar o nosso universo interior” ( BOTELHO, 2010)

Vamos fazer uma experiência: procure observar, em suas atividades profissionais, durante uma semana, quantas vezes você precisa escrever um texto. Relatórios, memorandos, pautas, atas de reuniões, e-mails, cartas comerciais ou os mais diversos tipos de cartas, currículos, etc. E, se no lugar da escrita, você tivesse que utilizar a fala? Imagine se você tivesse que fazer uma palestra para um auditório lotado ou dar uma entrevista para conseguir um emprego.

O nosso dia-a-dia nos coloca muito mais vezes diante de situações em que temos que nos comunicar oralmente. E, afinal, a prática sempre faz tudo ficar mais simples. Você não concorda?

Assim, o que há é um conjunto de fatores que determinam a escolha do suporte para a nossa necessidade de comunicação. Em determinados momentos, privilegia-se o texto oral, em outros, quando há a distância, de deixar registro, privilegia-se o texto escrito. A fala serve-se de vários recursos de que a escrita não dispõe e vice-versa (ZANOTTO, 2003). Poderíamos estabelecer inúmeras comparações entre essas duas modalidades da língua, contudo, por ser este o capítulo introdutório de um manual de língua escrita, vamos nos ater mais em considerações sobre os textos escritos formais.

Segundo o Zanotto (2003), “o que não está escrito está no ar. O que falamos, sem estar escrito, existe, sem dúvida, mas está no ar. E o que está no ar apresenta-se difuso, disforme, fugidio”. Isso quer dizer que, se você deseja testar a clareza de suas idéias, tente fixá-las por escrito. Além do mais, no mundo dos negócios, há, cada vez mais situações que demandam o registro por escrito de transações comerciais e acordos.

Os textos precisam ser inteligíveis, isto é, quando o leitor estiver em contato com um texto, esta leitura deve ser compreendida. Por isso, deve-se observar várias características ao se redigir um texto. A seguir, você poderá descobrir algumas diferenças entre a língua falada e a escrita:

A relação entre a oralidade e a escrita Vamos iniciar a discussão sobre a modalidade oral e escrita da linguagem pedindo a você que leia o texto a seguir e reflita sobre as qualidades do texto falado.

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TEXTO FALADO

Ouça a notícia sobre “ bancário indenizado por sofrer penalidade após ter inocência comprovada” e aponte as principais características de um texto falado. Para se estabelecer as relações que diferem as duas modalidades da língua(falada e escrita), sem que haja distorção do que realmente ocorre, é necessário considerar as condições de produção. São essas condições que possibilitam a efetivação de um evento comunicativo e são distintas em cada modalidade . A fala apresenta as seguintes características: a- interação face a face( presença do interlocutor); b- planejamento simultâneo ou quase simultâneo à execução; c- impossibilidade de apagamento; d- sem condições de consulta a outros textos; e- ampla possibilidade de reformulação: essa reformulação é marcada, pública, pode ser promovida tanto pelo falante como pelo ouvinte; f- acesso imediato ao feed-back (retroalimentação, monitoração) do ouvinte; g- o falante pode processar o texto, redirecionando-o a partir das reações do ouvinte. A escrita, por sua vez, pauta-se por meio dos seguintes traços: a- interação a distância (espaço-temporal); b- planejamento anterior à execução; c- possibilidade de revisão para operar correções; d- livre consulta a outros textos; e- a reformulação pode não ser tão marcada, é privada e promovida apenas pelo escritor; f- sem possibilidade de feed-back imediato; g- o escritor pode processar o texto a partir das possíveis reações do leitor. Essas condições de produção irão determinar formulações lingüísticas que apresentam aspectos específicos, conforme o tipo de texto produzido: - oral: conversação espontânea, debate, entrevista, conferência, etc. - escrito: carta familiar, editorial, artigo para revista científica, etc. Em síntese, pode-se dizer que do ponto de vista lingüístico a fala apresenta: 1- maior liberdade de estruturação sintática, tanto no que se refere ao caráter local (unidade sintática), quanto ao global (a nível de inter-relacionamento de tópicos); 2- ausência de elementos contextualizadores; 3- maior freqüência de marcadores conversacionais( funcionam como expressão das interações conversacionais do falante). Desempenham uma série de funções específicas, tais como:

a) marcadores de hesitação: ah, eh, alongamento de vogais; b) marcadores de teste de participação ou busca de apoio: sabe?, né?, certo?,

entendeu?, sacou?;

c) marcadores de modalização( atenuação da attitude do falante): eu acho que, tenho impresão que, sei lá, não sei, assim;

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d) marcadores de retificação: quer dizer, assim;

e) marcadores de apoio/ monitoramento do ouvinte: ahn ahn, uhn uhn, sei, certo, lógico, ah sim.

4- maior ocorrência de expressões generalizadoras. 5- Frases feitas, chavões, provérbios: 6- entonação enfática: 7- Vocabulário restrito e repetições de palavras: 8- ampla variedade: 9 falta de correção: 10- sequenciação se efetiva através de marcas lingüísticas de continuidade (daí, então, aí, depois, etc.) 11- seleção lexical e a estruturação sintática se efetivam por meio de construções mais informais, já que se trata de um texto produzido espontaneamente. 12-Eliminação de expressões ordenadoras ou continuadoras: 13- Emprego de gírias e neologismos: 14- Emprego restrito de certos tempos verbais: 15- Formas contraídas e omissão de palavras no interior das frases: 16- Frases inacabadas:

TEXTO ESCRITO Reescrevaa notícia sobre bancário contada em sala de aula observando a modalidade escrita da língua:

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A seguir, você poderá descobrir alguns desvios de linguagem , bem como problemas que devem ser evitados.

A arte de redigir

Vamos analisar a seguinte situação. Este memorando, espécie de bilhete, de cunho formal, utilizado para comunicação interna nas empresas, cujo autor é desconhecido, foi escrito pelo diretor-presidente de uma grande empresa para o gerente e este, sucessivamente, envia aos outros funcionários de patentes menores.

DE: Diretor-presidente.

PARA: Gerente.

Na próxima sexta-feira, aproximadamente às 17 horas, o cometa Halley estará nesta área.

Trata-se de um evento que ocorre a cada 76 anos.

Assim, por favor, reúnam os funcionários no pátio da fábrica, todos usando capacete de segurança, quando explicarei o fenômeno a eles. Se estiver chovendo, não poderemos ver o raro espetáculo a olho nu. Sendo assim, todos deverão se dirigir ao refeitório, onde será exibido um documentário sobre o cometa Halley.

DE: Gerente.

PARA: Supervisor.

Por ordem do diretor-presidente, na sexta-feira, às 17 horas, o cometa Halley vai aparecer sobre a fábrica. Se chover, por favor, reúna os funcionários, todos com capacete de segurança, e os encaminhem ao refeitório, onde raro fenômeno terá lugar, o que acontece a cada 76 anos a olho nu.

DE: Supervisor.

PARA: Chefe de Produção.

A convite do nosso querido diretor, na sexta-feira às 17 horas, o cientista Halley, 76 anos, vai aparecer nu no refeitório da fábrica usando capacete, pois vai ser apresentado um filme sobre o problema da chuva na segurança. O diretor levará a demonstração para o pátio da fábrica.

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DE: Chefe de Produção.

PARA: Mestre.

Na sexta-feira, às 17 horas, o diretor, pela primeira vez em 76 anos, vai aparecer no refeitório da fábrica para filmar o Halley nu, o cientista famoso e sua equipe. Todo mundo deve estar lá de capacete, pois vai ser apresentado um show sobre segurança na chuva. O diretor levará a banda para o pátio da fábrica.

DE: Mestre

PARA: Funcionário

Todo mundo nu, sem exceção, deve estar com os seguranças no pátio na próxima sexta-feira, às 17 horas, pois o manda-chuva (o diretor) e o senhor Halley, guitarrista famoso, estarão lá para mostrar o raro filme. “Dançando na Chuva”. Caso comece a chover mesmo, é para ir para o refeitório de capacete na mesma hora. O show será lá, o que ocorre a cada 76 anos.

E, finalmente, no quadro de avisos.

Na sexta-feira o presidente fará 76 anos, e liberou geral para a festa, às 17 horas no refeitório. Vão estar lá Bill Halley e Seus Cometas. Todo mundo deve estar nu e de capacete, porque a banda é muito louca e o rock vai rolar solto no pátio, mesmo com chuva.

Como você pode perceber, houve um equívoco na transmissão da mensagem. O leitor, ao ler e reproduzir a mensagem, escreveu algo bem diferente da informação que o diretor-presidente quis passar. Assim, você pode perceber que, realmente, escrever é uma arte.

Não há escritório ou empresa que não precise de alguém para escrever cartas, documentos, relatórios e atas, registrar por escrito as atividades ou responder a correspondências. Portanto, essa necessidade de escrever acaba nos dando mais motivação à escrita e, conseqüentemente, facilitando-nos o ato de redigir.

Mas, será que escrever é apenas uma questão de gramática, de morfologia ou de sintaxe? Ou, uma questão de executar, certo ou errado, determinados padrões lingüísticos? Se assim fosse, todo o professor de português que conhecesse todas as regras constantes da gramática normativa seria um bom escritor.

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Segundo Grion (2002), para que possamos redigir nosso texto com eficiência, devemos seguir determinadas sugestões. Vejamos algumas delas:

a) lembre-se de que está sempre escrevendo para um outro, é preciso ter idéias claras e objetivas;

b) seja preciso, direto. Use frases curtas e objetivas. A simplicidade é fundamental, não queira complicar utilizando-se de palavras muito difíceis isso pode prejudicar a comunicação;

c) após escrever o texto, leia-o como leitor e não como escritor. Procure colocar-se no lugar do leitor, reflita se a mensagem que você quis passar está inteligível;

d) reescreva o texto quantas vezes for necessário, a fim de que ele possa ser compreendido, entendido;

e) dê a seus escritos uma ordem lógica de apresentação. Procure escrever seus textos com a seqüência início, meio e fim;

f) evite divagações (desviar-se do assunto principal; escrever coisas sem nexo) e generalizações (tornar comum a muitas pessoas ou locais; tornar mais amplo; afirmar que algo é verdadeiro em grande parte de situações ou para a maioria das pessoas, por exemplo: todos os homens; nenhuma doença; ninguém compreende, todo o mundo, etc.) e, também, escrever mais do que o necessário, pois geralmente, prejudicam a compressão do texto.

g) faça uma revisão, observando aspectos gramaticais, lógica, semântica (significado das palavras em um contexto);

h) tenha sempre à mão um dicionário e uma gramática;

i) atualize a sua redação por meio de leitura constante de jornais, revistas e livros.

Fique atento a essas sugestões! Siga-as. E, você perceberá que escrever não é nenhum bicho de sete cabeças! O ato de escrever é, antes de tudo, a questão do desejo e conhecimento. Ora o desejo de os outros se reproduzirem em nós, por intermédio das palavras, ora o nosso de multiplicarmos, transcendermo-nos, mesmo, imortalizarmo-nos, por meio das nossas palavras.

E agora, se você quer, realmente, saber como melhorar seu texto, tornando-o conciso,

objetivo, claro e sedutor, preste atenção nestas dicas para passá-lo a limpo. Sim, senhor,

escrever é trabalho árduo. Para SQUARISI e SALVADOR ( 2008) um texto , para que

chegue às mãos dos clientes com correção, clareza e objetividade, deve ser cortado,

transformado, virado pelo avesso, amassado, condensado. Lembra daquela frase que virou

sabedoria popular: escrever exige 10% de inspiração e 90% de transpiração. Pois, é

verdade. Um texto só brilhará depois de muito apanhar. Portanto, vamos iniciar este árduo

trabalho, mas compensador também,entendendo alguns desvios de linguagem capazes de

nocautear até renomados autores.

Desvios de linguagem

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A tão desejada clareza em um texto é uma das características mais difíceis de ser obtida, pois, na maioria das vezes, para aquele que emite a mensagem, a idéia já está clara em sua mente. A leitura dos fragmentos a seguir permite-nos observar um grande número de erros, tomando-se como referência a gramática da língua padrão. A causa de a clareza ser uma das características mais difíceis de ser obtida é o fato de, para aquele que emite a mensagem, a idéia já estar clara em sua mente. A clareza consiste em manifestar com precisão um pensamento. Para consegui-la, é necessário evitar algumas situações:

1. Verbosidade: é a característica de dizer de forma rebuscada o que pode ser dito de

maneira mais simples. A verbosidade se caracteriza pelo uso do vocabulário tido como sofisticado e parágrafos longos. Escreve-se demais, escreve-se muito.É o que SQUARISI e SALVADOR ( 2008) chamam da praga do blábláblá. Observe estes enunciados apontando, em seguida, escritas mais concisas.

a) Nossa pesquisa busca reconhecer a realidade dos funcionários desta empresa.

b) Esta tese pretende discutir o preconceito racial nas escolas

c) Valho-me do ensejo que esta me oferece para apresentar-lhe meus sinceros protestos de preeminente apreço.

d) Vou estar te mandando o relatório mais tarde.

e) O técnico vai estar checando o equipamento em dois dias.

2. Ambigüidade: consiste na possibilidade de dupla interpretação de uma expressão ou

palavra. Leia as frases a seguir e indique suas ambigüidades:

a) O professor falou com o diretor em sua sala.

b) O juiz declarou ter julgado o réu errado.

c) Encontrei meu professor correndo para o trabalho.

3. Falta de precisão ou inadequação vocabular: consiste no emprego de palavras

inadequadas ao sentido pretendido. Cabe aqui dedicar atenção especial à lista de

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homônimas e parônimas( veja lista abaixo) que tão facilmente confundem o leitor. Observe os exemplos a seguir.

a) Para uma permanência de um dia e meio, o hoteleiro cobrou-nos apenas uma estadia.

b) Estou aflito, porquê ela disse que voltaria logo após a cessão das dez.

c) Receba nossos comprimentos pelo sucesso alcançado.

d) O material não chegou na quantidade desejada. Portanto, gostaríamos de retificar nosso pedido.

e) Ele trabalha tampouco que será demitido.

f) Os aumentos inflacionários vêm ao encontro da expectativa do povo brasileiro.

Como você pode perceber, a inadequação vocabular consiste no emprego de palavras inadequadas ao sentido pretendido. É por isso que relacionamos, a seguir, vocábulos parecidos ou iguais, quer quanto à pronúncia, quer quanto à grafia Zanotto (2003, p. 97).

Observe algumas palavras homônimas e parônimas, bem como a diferença de significado:

A cerca de: aproximadamente mais ou menos

Cerca de: a cerca de

Acerca de: sobre, a respeito de Há cerca de: faz aproximadamente Incidente: ocorrência acidental Acidente: desastre; elevação

geográfica Sessão: reunião, ato Cessão: ato de cede; concessão Seção: repartição, setor Comprimento: extensão, tamanho Cumprimento: ato de saudar/

cumprir Conjectura: suposição, hipótese Conjuntura: situação Diferir: divergir, adiar Deferir: atender, dar atendimento Desapercebido:desprovido, desprevenido

Despercebido: ignorado, que não é notado

Delatar: acusar Dilatar: ampliar, adiar Discrição: moderação, reserva Descrição: ato de descrever,

explanar Descriminar: inocentar Discriminar: distinguir, segregar Destratar: ofender Distratar: romper um trato, contrato

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Discente: aluno Docente: professor Eminente: ilustre, elevado Iminente: próximo a acontecer Estada: permanência de pessoa Estadia: permanência (de navio, em

porto, de carro) Fragrante: perfumado Flagrante: evidente; apanhar em

Flagrante: no ato Incerto: que não é certo Inserto: incluído, inserido Incipiente: que está começando Insipiente: que não sabe Infligir: impor pena, castigo, derrota Infringir: transgredir lei, norma;

cometer infração Mandado: ordem de autoridade Mandato: delegação, autorização Prescrever: receitar, ordenar; perder a validade

Proscrever: condenar, proibir

Preceder: vir antes Proceder: provir, comportar-se; Ter fundamento

Ratificar: confirmar Retificar: corrigir, alterar Sobrescritar: endereçar a carta Subscritar: assinar Tachar: pregar; acusar Taxar: regular imposto, preço Tráfego: trânsito Tráfico: negócio ilegal Vultoso: grande Vultuoso: inchado ( na face)

Fonte: Elaborado com base em Hoauiss ( 2002)

4. Barbarismo: consiste no desvio da norma culta no que diz respeito aos estrangeirismos impróprios.

a) As empresas já têm seus serviços de delivery.

b) O carnet e o cupon ficaram na sua cabine.

c) O jogo de volleyball foi um sucesso.

5. Cacografia: consiste no desvio da norma culta no que diz respeito à grafia das

palavras:

a) Toda maquinaria têxtil foi reivindicada pelo credor.

b) É imprecindível uma outra mão de tinta.

c) Quando você vir seu colega, peça-lhe que não chegue atrazado.

d) O sistema implica uma despeza muito grande.

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Teste seu conhecimento escolhendo a forma correta de cada palavra a seguir:

1 previlégio Privilégio

2 mendigo Mendingo

3 empecilho Impecilho

4 estupro Estrupo

5 delapidar Dilapidar

6 metereologia Meteorologia

7 mulçumano Muçulmano

8 cabeleireiro Cabelereiro

9 receoso Receioso

10 enfarte Enfarto

11 engajar Enganjar

12 prazerosamente Prazeirosamente

13 basculante Vasculante

14 dispêndio Despêndio

15 volibol Voleibol

16 quisito Quesito

17 beneficência Beneficiência

18 tireóide Tiróide

19 ventrílogo Ventríloquo

20 aterrisar Aterrissar

6. Eco: consiste no emprego de uma seqüência de palavras terminadas pelo mesmo som.

Observe a repetição desagradável das terminações das palavras abaixo destacadas.

a) Conscientes dos freqüentes problemas decorrentes de atitudes de visitantes dos doentes, resolvemos adotar um horário diferente para amigos e parentes dos pacientes.

7. Redundâncias: consiste na repetição de palavras ou expressões desnecessárias. Experimente reescrever as seguintes frases, retirando-lhes os termos redundantes:

a) As pessoas inexperientes, que têm pouca vivência do mundo e uma experiência pequena do meio em que vivem, utilizam um vocabulário pouco variado.

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b) As taxas vigentes até a presente data, referentes às nossas mercadorias brasileiras que são exportadas, sofrerão uma bem significativa baixa de valor.

c) Segundo minha opinião, penso que aquela herança deve ser dividida igualmente em duas metades entre os dois filhos herdeiros.

8. Chavões e expressões vazias: Expressões antiquadas e expressões vazias, porém já

condicionadas a pertencerem ao nosso texto, denominam-se chavões. Procure lembrar, quantas vezes, nos últimos tempos, você empregou expressões como estas que citaremos a seguir. Você deve evitá-los, uma vez que não conferem ao texto a necessária autenticidade. Os exemplos a seguir foram extraídos de documentos empresarias que circulam no ambiente empresarial. São expressões que caíram na boca do povo e se vulgarizaram. A lista é looooooooonga:

Antecipadamente somos gratos Tem esta a presente finalidade

Acusamos o recebimento Agradecendo a atenção dispensada

Levamos ao conhecimento Como é de conhecimento de V.Sa.

No que tange Diante do exposto

Reiteramos o nosso apreço Aproveitamos o ensejo

Protestos de elevada estima Renovamos os nossos votos

Sem mais para o momento Sendo o que nos cumpre informar

Certos de sua atenção Ficamos no aguardo de suas notícias

Vimos, através desta, solicitar... Venho, pela presente, solicitar...

Reiteramos os protestos de elevada estima e consideração

No decorrer do ano em curso

Agradecemos-lhe antecipadamente Lamentamos informar

Ansiosamente aguardamos resposta Gerar polêmica

Pontapé inicial Cair como uma bomba

Erro gritante Estar no páreo

Quebrar o protocolo Via de regra

Fonte: a autora

9. Pleonasmo:Consiste em repetir uma idéia, de forma viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido. São incontáveis as repetições de idéias com as quais convém tomar cuidado. Aqui vão velhos conhecidos:

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Comparecer pessoalmente Consenso geral

Elo de ligação Certeza absoluta

Amanhecer o dia Última versão definitiva

Exultar de alegria Minha opinião pessoal

Ganhar de graça ( grátis ) Manter a mesma

Multidão de pessoas Panorama geral

Retornar de novo Prevenir antes que aconteça

Gritar bem alto Continua a permanecer

Encarar de frente Conclusão final

Monopólio exclusivo Planos para o futuro

Surpresa inesperada Escolha opcional

Detalhes minuciosos Ganhar grátis

Quantia exata Empréstimo temporário

Anexo junto à carta Criar novos empregos

Possivelmente poderá acontecer Expressamente proibido

Há anos atrás Anexo segue

Fonte: a autora 10.Inglês no português (estrangeirismo): É comum rechearmos nossos textos com

expressões estrangeiras (sobretudo, as inglesas) imaginando que tal uso chamará a atenção para a competência do redator. Algumas pessoas exageram até e empregam esses termos em situações completamente descabidas. Saiba, portanto, que o uso gratuito ou excessivo de palavras estrangeiras em textos poderá contribuir para a sua falta de clareza. Na linguagem técnica, contudo, quando não se dispõe em português de termo apropriado, justifica-se o uso destas expressões estrangeiras.

Veja, a seguir um fragmento do Projeto de Lei do Deputado Aldo Rebelo, extraído de “o dia-a-dia da nossa língua”, de Pasquale Cipro Neto, que, entre outras disposições, proíbe a utilização de palavras estrangeiras no país.

No dia 9 de agosto de 2000, a Comissão de Educação da Câmara deu parecer favorável ao projeto de lei que proíbe o uso de expressões estrangeiras no trabalho, nas relações jurídicas, na expressão oral, escrita, audiovisual e eletrônica oficial, em eventos públicos, na mídia, na produção, no consumo e na publicidade de produtos e serviços. Será considerado prática abusiva o emprego de palavras ou expressão que possuir termo equivalente me língua portuguesa. O projeto, no entanto, admite o uso de palavras ou expressões estrangeiras já registradas pelo “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa”, da Academia Brasileira de Letras. Assim, palavras como copyright, pizza, jeans, slide e mesmo termos da informática continuam a vigorar.

No livro Estrangeirismos: guerras em torno da língua, de Carlos Alberto Faraco (Org.), você tem acesso à integra do projeto e à opinião dos mais conceituados estudiosos da língua portuguesa, tais como, José Luiz Fiorin, Sírio Possenti , Marcos Bagno, entre outros,

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sobre esse tão polêmico projeto. E, você, qual é sua opinião? Você concorda que o emprego excessivo de termos estrangeiros determine uma descaracterização da língua portuguesa? Na sua opinião, que palavras estrangeiras estão definitivamente incorporadas ao português?

11. Jargões corporativos: Trata-se da invasão de expressões dos departamentos de recursos humanos em textos de outros profissionais. Quer ver alguns exemplos:

Disponibilizar

Maximizar

Conjugar esforços

Equacionar

Obstacularizar

Rentabilizar

Problematizar

Fulano está posicionado no mercado

Fulano foi desligado da empresa

Reestruturação do departamento

12. Falta de paralelismo: Consiste em não dar a idéias correlacionadas a mesma estrutura.

Uma oração adverbial faz paralelismo com outra oração adverbial.Um substantivo com outro substantivo. Um verbo no infinitivo, com outro verbo equivalente. Veja só exemplos de frases sem paralelismo:

a) Vamos tratar da origem da imprensa e como ela progrediu nos últimos anos.

b) Procuravam –se soluções para satisfazer os operários e que agradassem aos empresários.

c) As cidades paulistas e as cidades do Paraná apresentam muitas afinidades.

d) Com isso, conseguia-se o objetivo duplo de fortalecer o governo amigo e ainda por cima os oposicionistas eram indiscriminados.

e) A boa pontuação serve para orientação do leitor e dar clareza ao texto. f) Ao dirigir, não fume, não tome chimarrão e prestar atenção nos outros veículos.

13. Queísmo: Responda rápido: que palavra aparece com mais freqüência nos textos? Acertou quem respondeu no quê. Dê um jeito nele.

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a) Espero que remetam a resposta imediatamente a fim de que tomemos as providências que dizem respeito ao assunto que está sendo analisado por técnicos que se emprenham em que se resolva o problema.

b) O presidente determinou que a reunião que foi marcada para a semana que vem terá que ser adiada.

14. Gerundismo: Este é considerado o maior ataque à Língua Portuguesa nos últimos tempos.Trata-se de formas verbais que não existem em nossa língua. Leia o texto a seguir e veja como esta estrutura , que tudo indica ter sido importada do idioma de Shakespeare, virou praga nacional:

A INVASÃO DOS GERÚNDIOS ASSASSINOS

Um artigo que vai estar falando mal dessa mania de estar inserindo verbos só para enrolar

os outros.

Por David Cohen1

O novo horror da língua portuguesa é a invasão dos gerúndios assassinos. Você já deve ter passado por isso. Alguém ao telefone lhe pede para "estar esperando", porque vai "estar lhe passando" a informação que você pediu "quando o chefe estiver tendo condições de estar lhe informando" qualquer coisa.

Pior do que ter passado por isso: você já deve ter se surpreendido falando assim.

Não é a primeira vez que se investe contra essa nova forma de expressão. Gramáticos, por exemplo, são puristas por excelência e detestam qualquer desvio da norma culta da língua. Em geral, eles "vão estar detestando" a invasão dos gerúndios.

Já os lingüistas, por natureza muito mais liberais, só prestam atenção à adequação da comunicação. Ou seja: "O recado que você queria dar foi passado? Então, ótimo". Não, não está ótimo, não. Porque o modo como se passa um recado diz muito sobre a pessoa que o passa.

De onde vêm esses malditos gerúndios? Uma das hipóteses mais fortes é que eles são uma adaptação brasileira da forma ing, do inglês. Americanos são craques em usar e abusar do ing. Se for isso, é uma adaptação equivocada, porque a forma ing não é o equivalente do nosso gerúndio. Ela pode ser gerúndio, mas também particípio ou até infinitivo. (por exemplo: a expressão " I'll be sitting there" não equivale a "Eu vou estar sentado ali", e sim "Eu vou estar sentado ali". "Thanks for comming", não é "Obrigado por estar vindo", mas "Obrigado por vir".) É por ter estrutura gramatical diferente que o inglês recorre tanto ao ing.

Posto esse argumento, precisamos imediatamente desqualificá-lo: mesmo se estiver correto, ele não tem a menor importância. Quando uma língua se apropria de uma forma de

1 Editor da Revista EXAME

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expressão de outra, que se dane o que ela quer dizer na outra língua - a forma de expressão passou a ter novo dono, e o novo dono pode fazer o que quiser com ela.

Então, vivam os gerúndios! Na-na-ni-na-não. Há uma razão muito mais forte par rejeitá-los. E a razão é rejeitar os motivos psicológicos que levam à "gerundização" da língua.

Minha hipótese é a seguinte: o abuso do gerúndio ocorre em situações mais ou menos específicas. Geralmente, quando alguém está tentando nos enrolar. Quando uma pessoa diz "eu vou estar te passando essa informação amanhã",. O que exatamente ela quer dizer? Que vai levar o dia de amanhã inteiro passando e repassando a informação para mim? Que não vai fazer mais nada amanhã, porque estará ocupada me passando a informação? Que vai passar a informação e vai me acompanhar o tempo todo para ter certeza de que eu não a perderei?

Verbos denotam ações. Quanto mais perto do sujeito da frase está o verbo, mais a mensagem denota uma ação desse sujeito. Pode reparar: em situações que requerem objetividade, não há lugar para o abuso de gerúndios. Você imagina uma assistente dizendo ao cirurgião, na mesa de operação, "eu vou estar lhe passando a tesoura"? O gerúndio, que normalmente se interpreta como uma ação que continua, vem sendo usado para alongar a frase, separando o sujeito do verbo principal.

O português do Brasil já é pródigo em maravilhosas expressões que quebram a rispidez da ação. É uma característica cultura, insistir na relação em vez de frisar a objetividade do ato. Geralmente, isso é feito com a transformação do verbo em substantivo. Por isso, se você vai a uma festa, mas sem muita convicção, você não vai passar, e sim "vai dar uma passada" por lá. Talvez até "dar uma passadinha". Do mesmo modo, você pode dar uma olhada, em vez de olhar, dar um tempo, em vez de mandar a namorada ou o namorado ás favas etc.

No caso dos gerúndios, cuidado e com eles: você vai estar passando a impressão de enrolador.

15. Ordenação em estruturas itemizadas:

Consiste em dispor as informações seguindo uma sequência cronológica dos fatos, uma ordem alfabética ou uma relação causa/efeito.

a) O temporal provocou queda de postes da rede elétrica , corte de energia em vários bairros da cidade, claros em aparelhos eletrodomésticos e pânico entre a população.

16. CONSTRUÇÕES ESPECIAIS QUANDO SE DIZ OBRIGADO E QUANDO SE DIZ OBRIGADA Um homem deve dizer obrigado, independente do sexo da pessoa a quem estiver agradecendo. Muito obrigado pela sua audiência, disse o apresentador. Portanto, homem ao agradecer sempre deve dizer obrigado. Uma mulher deve sempre dizer obrigada, a quem quer que seja.

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Muito obrigada, disse a balconista.

O GRAMA OU A GRAMA A grama empregada no feminino significa relva, capim. Foi cortar a grama no jardim. O grama quando indica medida de peso, a palavra é masculina. Um grama de ouro. Duzentos gramas de queijo. Quinhentos gramas de mortadela. Trezentos gramas de salame. MAIS INFORMAÇÕES OU MAIORES INFORMAÇÕES É comum sobretudo em propagandas a expressão maiores informações. Na verdade, o caro ouvinte quer outras informações, ou seja, maior quantidade de informações, e não informações maiores, de tamanho maior. É melhor dizer mais informações, outras informações. O INGRESSO É GRATUITO OU GRATUÍTO A pronúncia correta é gratuito, assim como circuito, intuito, fortuito. Discute-se muito o ensino gratuito nas Universidades Federais. Houve um curto-circuito. Fez todo o circuito em alta velocidade. O amor de Deus é gratuito. A PRINCÍPIO/EM PRINCÍPIO A princípio significa inicialmente, antes de mais nada. A princípio gostaria de alegar a ingenuidade do povo. Em princípio significa em tese. Em princípio todos devem ser considerados inocentes. ABREVIAÇÃO E ABREVIATURA A abreviação é um processo de formação de palavras que consiste na redução da palavra até o limite que não prejudique a compreensão. Então temos: moto (motocicleta), foto (fotografia) Não devemos confundir abreviação com abreviatura. Abreviatura é a representação de uma palavra por meio de algumas de suas sílabas ou letras. Exemplo: pág. ou p. (página) pg. (pago) m (metro) h (horas). A abreviatura de hora ou horas é h minúsculo sem ponto e sem s, como acontece com todos os símbolos como h (hora), min (minuto), s (segundo), l (litro), dz (dúzia), m (metro), kg (quilo), km (quilômetro), g (grama), etc.

AO INVÉS DE/EM VEZ DE Ao invés de significa ao contrário de. Ao invés do que previu a meteorologia, choveu muito ontem. Em vez de significa no lugar de: Em vez de jogar futebol, preferimos ir ao cinema. RUIM OU RUÍM/RÚBRICA OU RUBRICA/SUBSÍDIO OU SUBZÍDIO De acordo com a língua padrão, devemos dizer: Ru-im – duas sílabas (palavra oxítona) A situação está ruim. Rubrica – palavra paroxítona, ou seja, a sílaba tônica, forte está na penúltima sílaba bri. Por gentileza, passe a rubrica neste documento. Em subsídio o s soa como ss. Logo subsídio. Em função do subsídio do governo, muitas empresas foram beneficiadas. ESTADA OU ESTADIA Emprega-se estada para permanência de pessoas e estadia para a de navios ou veículos.

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A estada do nosso diretor na Europa foi muito proveitosa. Ele teve viagem e estada pagas. A estadia de automóveis em estacionamentos é o melhor meio de se evitarem furtos. Muito cuidado com o que se ouve na mídia. Há quem esteja oferecendo estadia de graça em certos lugares. Talvez a estadia para o veículo seja gratuita e estada para gente, se realmente for gente, será

cobrada.

CONSERTO COM S E CONCERTO COM C Conserto com s é o ato de reparar alguma coisa. O conserto do automóvel, apesar de caro, não ficou bom. Concerto com c é utilizado no sentido de espetáculo musical. Assistimos a um concerto sinfônico, há pouco tempo. BEM-VINDO COM OU SEM HÍFEN Encontramos, com muita frequência, em placas, anúncios e convites, a expressão bem-vindo grafada sem hífen. Logo, bem-vindo a Jaraguá é com hífen e sem crase. Quando se trata, entretanto, de nome próprio, aí sim, é tudo junto: Benvindo de tal.

NACIONALIDADE: BRASILEIRO OU BRASILEIRA! Ao preencher documentos ou formulários, após o item nacionalidade, as pessoas do sexo masculino, geralmente, escrevem brasileiro. No entanto, o adjetivo está concordando com o substantivo feminino – nacionalidade, e não com o sexo da pessoa que está preenchendo o documento. Logo, nacionalidade: brasileira. MEIO NERVOSA OU MEIA NERVOSA O vocábulo meio quando se refere a um substantivo concorda com esse. Ele tomou meia garrafa de uísque. Mas quando se refere a um adjetivo, é invariável, ou seja, permanece sempre no masculino singular. Ela ficou meio nervosa. A moça esta meio desconfiada. Fulana é meio louca. Aquela aluna chegou meio atrasada. A sua namorada tomou meia taça de vinho e ficou meio tonta. BLUSA EM SEDA OU BLUSA DE SEDA Usa-se de, e não em, para definir o material de que alguma coisa é feita. Blusa de seda Casa de alvenaria Medalha de prata Estátua de madeira QUANTIA E QUANTIDADE Emprega-se quantia para somas em dinheiro e quantidade para os demais casos. Como prêmio recebeu a quantia de dez mil reais. A quantidade de carros aumenta nas ruas dia-a-dia. PREÇO BARATO OU PREÇO CARO! Não fale em preço barato ou preço caro, mas em preço elevado, preço alto, preço baixo. Barato e caro já encerram ideia de preço. Exemplos: Ele comprou vários produtos baratos. Pagou caro porque não fez pesquisa. Quer comprar meu carro? Vendo barato! Com esse preço alto da gasolina, o custo de vida sobe. Com essa gasolina cara, o custo de vida sobe. Os combustíveis estão muito caros em Jaraguá.

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A justificativa dos proprietários de postos não foi convincente.

É muito comum a expressão: Eu ainda sou de menor. A expressão é simplesmente: Menor, ou seja, eu ainda sou menor. É óbvio que isso também é válido para maior. Ele já é maior. A NÍVEL DE ... A nível de é uma expressão inútil. Pode ser suprimida ou substituída por outras. Exemplo: Em vez de – A empresa está fazendo previsões a nível de mercado latino-americano, use: A empresa está fazendo previsões para o mercado latino-americano. Trata-se de uma Portaria a nível de ministério, diga, simplesmente, Trata-se de uma Portaria de ministério (ou ministerial). Existe, porém, a expressão ao nível, que significa à mesma altura. Santos está ao nível do mar. À CUSTA DE OU ÀS CUSTAS DE? Muita gente diz que alguém vive às custas do pai. No entanto, custas no plural tem sentido jurídico específico. São as despesas feitas com um processo criminal ou cível. Foi obrigado a pagar as custas do processo. Com outro sentido, a palavra fica no singular: Ainda vive à custa do pai. Conseguiu tudo à custa de muito sacrifício. PROIBIDA ENTRADA OU PROIBIDO ENTRADA? O termo proibido será variável, quando a palavra a que ele se refere estiver determinada, ou seja, se o sujeito vier antecipado de artigo, a concordância será obrigatória. Exemplos: Proibida a entrada. A entrada é proibida. Proibida a passagem. Esta passagem é proibida. Fora disso, porém, o termo “proibido” fica, invariavelmente, no masculino. Exemplos: Proibido entrada. Entrada proibido. Proibido passagem. Passagem proibido. Concluindo, temos: A bebida alcoólica é proibida para menores de 18 anos ou: Bebida alcoólica é proibido para menores de 18 anos. Se é proibido, por que se vende? Quem vende? A quem compete a fiscalização? MUITO CUIDADO COM A EXPRESSÃO DEVARDE – CORRETO “DEBALDE” É comum ouvir dizer que alguém estava devarde. Porém, não existe esta expressão na Língua Portuguesa. O correto é debalde. É aconselhável dizer: Eu estava à toa, a esmo, inutilmente. Andava à toa pelas ruas. Portanto, diga sempre: Já que eu estava debalde, resolvi tirar uma soneca. Devarde: Nunca! RECORD OU RECORDE?

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O substantivo que indica se uma marca máxima foi atingida tem uma forma aportuguesada, já de uso consagrado: recorde (paroxítona). Evite, portanto, a pronúncia proparoxítona (récord) e a grafia inglesa. Logo, o atleta tenta superar o seu próprio recorde.

ESPONTANEIDADE OU ESPONTANIEDADE? Qual a palavra primitiva? É espontâneo. Logo, temos espontaneidade. Assim como de simultâneo – simultaneidade. De homogêneo - homogeneidade De contemporâneo – contemporaneidade. De idôneo – idoneidade. Cuidado com o atestado. Só pode ser de idoneidade. CONTATO OU CONTACTO? Você certamente já ouviu contacto, contato, contactar, contatar, contator. Como fica isso? Neste caso, vale tudo. É comum a existência de formas variantes, como corrupção e corrução, esta corretíssima, apesar de parecer esquisita. O problema é que muita gente se empolga e vai tirando o p e o c a torto e a direito. E aí surge o verbo detetar, que não existe. O certo é mesmo detectar, detecção. Já detectamos muitos deslize de personalidades famosas. EM VIA DE OU EM VIAS DE? Outra expressão que dá trabalho é em vias de. A expressão não é abonada pelos dicionários e gramáticas. Assim como se diz que a obra está a caminho, deve-se também dizer que a obra está em via de ser inaugurada. O projeto está em via de ser aprovado. A obra está em via de ser concluída. É frequente o uso dessa expressão quando se fala em animal que corre risco de extinção. O animal está em via de extinção e não em vias de extinção. BIMENSAL OU BIMESTRAL? Muita gente acha que essas duas palavras são equivalentes. Apesar de parecidas, têm significado diferente. O elemento comum é o prefixo bi-, que significa dois. Bimensal é o que ocorre duas vezes por mês. Equivale a quinzenal. Uma revista bimensal, por exemplo, sai duas vezes por mês. Já bimestral é o que ocorre uma vez por bimestre, ou seja, uma vez a cada dois meses. As notas são bimestrais, isto é, de dois em dois meses. CUIDADO COM A PRONÚNCIA DA PALAVRA MÁXIMO Procure também distinguir as palavras escritas com x. Máximo e derivados têm o som de (ssi): máximo (ssi) maximizar (ssi) maximização (ssi) máxima (ssi) O prefixo maxi tem o som (csi): maxissaia (csi) maxidesvalorização (csi) Já com tóxico, o som é apenas de (csi): tóxico (csi) intoxicar (csi) toxina (csi) Ela de maxissaia (csi) é o máximo (ssi).

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MUITO CUIDADO COM CERTAS PRONÚNCIAS VEICULADAS NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO O prefixo ex e a palavra extra, redução de extraordinário, devem ser pronunciados com som fechado e com o x soando como s. Portanto, ex-presidente (ês) Horas extras (ês) Ainda com relação ao som aberto e fechado: pêgo ou pégo? Embora alguns dicionários admitam as duas formas, o Vocabulário Ortográfico, da Academia Brasileira de Letras, registra apenas pego (pê). PRÊMIO “NÓBEL” OU NOBEL O famoso prêmio que leva o nome do cientista sueco Alfred Bernhard Nobel, em português a pronúncia é oxítona: Nobel. Poderíamos dizer que muitos dos nossos economistas de plantão deveriam receber o prêmio Nobel da manipulação pela capacidade de induzir o povo que o índice de inflação divulgado é real, muito embora sabemos que tais índices são propositadamente manipulados. Portanto, diga sempre: Prêmio Nobel. A JANTA OU O JANTAR? O substantivo feminino “a janta” não existe na língua padrão. Devemos sempre dizer o jantar. Exemplos: Convidarei meus amigos para um jantar em minha residência. Convide a pessoa amada para um jantar a luz de velas. OS ÓCULOS OU O ÓCULOS? Quando sente falta deles, como você pergunta? Alguém viu meu óculos? ou Alguém viu meus óculos? Você deve pedir os seus óculos. Da mesma forma: Uns óculos, estes óculos, seus óculos, nossos óculos, dois óculos - par de óculos. OVOS ESTALADOS OU ESTRELADOS? Dentro da língua padrão, ovos estalados seriam os que dão estalos. Quando nos referimos ao ato de frigir ovos, sem os mexer, o verbo a ser empregado é estrelar. Diga-se, portanto, ovos estrelados. Estrelar também significa encher de estrelas e trabalhar em filme como estrela ou astro. Nunca coma ovos estalados, mas sim estrelados! EM FUNÇÃO DE A locução em função de só pode ser usada quando indica dependência ou finalidade. Exemplos: O time jogava em função do adversário (dependência); Vivia em função da família (finalidade); Agia sempre em função dos seus objetivos (finalidade). Nunca use em função de nos seguintes casos: O acidente ocorreu por causa das más condições da estrada;

ESTAR A PAR OU ESTAR AO PAR Na linguagem padrão, a ideia de estar ciente de alguma coisa, traduz-se por estar a par. Exemplos: Estou a par das últimas notícias; Ele ficou a par dos acontecimentos; Estamos a par da situação.

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COMPANHIA E COMPANIA! Muito se questiona se devemos usar companhia ou compania. Eis aí uma dúvida facílima de resolver. Basta associar com companheiro. Ora, ninguém diz companero; portanto, diga, sempre, companhia, não importa se é para pessoa ou empresa (cia.). Exemplo: Em sua companhia, iremos visitar a Companhia de Gás de Santa Catarina. Compania? nunca! PÊSAMES E CONDOLÊNCIAS Apresenta pêsames quem manifesta dor ou profundos sentimentos pela morte de alguém. Apresenta condolências quem manifesta dor ou profundos sentimentos não só pela morte de alguém, mas também por quaisquer circunstâncias desafortunadas ou desfavoráveis. Assim, podemos dizer: A empresa de meu amigo faliu. Apresentei-lhe, por isso, minhas condolências. A genitora de meu amigo faleceu. Apresentei-lhe, por isso, meus pêsames. FORNOS OU “FÓRNOS” Nossa língua possui inúmeras palavras que no singular têm “o” fechado, passam a ter “o” aberto no plural, fenômeno conhecido pelo nome de metafonia. Exemplos: forno – “fórnos” caroço – “caróços” coro – “córos” corpo – “córpos” corno – “córnos” destroço – “destrócos” esforço – “esfórços” grosso – “gróssos” imposto – “impóstos” jogo – “jógos” miolo – “miólos” morto – “mórtos” novo – “nóvos olho – “ólhos” osso – “óssos” ovo – “óvos” Os diminutivos de todos esses nomes mantêm a vogal aberta: “carócinhos”, “córpinhos”, “nóvinhos”, etc. Todas as palavras terminadas em –oso e –posto (também têm a vogal aberta no plural) sofrem metafonia no plural: “amistósos”, “teimósos”, “dispóstos”, “prepóstos”, etc. “MÓLHO” OU “MÔLHO” DE CHAVES No sentido de pequeno feixe ou de conjunto de chaves a pronúncia correta é “mólho” de chaves. Logo, de acordo com a língua padrão, diga sempre: Molho de chaves Molho de lenha Molhos de capim Quando se trata de preparação culinária, condimento, caldo, tempero a pronúncia é “môlho”. Assim temos: Molho de carne Molho de tomate Molhos de saladas NASCI A 4 DE JANEIRO OU NASCI EM 4 DE JANEIRO Tanto faz: usa-se a ou em antes de datas.

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Use, ainda, indiferentemente: Domingo viajaremos. (Ou: No domingo viajaremos.)

Semana que vem voltaremos. (Ou: Na semana que vem voltaremos.) Mês passado choveu muito. (Ou: No mês passado choveu muito.) Ano passado geou. (Ou: No ano passado geou.) DEVAGARINHO VOU APRENDENDO TUDO. Acho melhor ir aprendendo tudo devagarzinho. Palavras oxítonas recebem o sufixo –zinho: colar – colarzinho odor amor – amorzinho fedor colar – colarinho (gola) calor Muito cuidado com o que se ouve por aí. Devagarzinho, chegaremos lá. A FRASE DESCULPEM A NOSSA FALHA ESTÁ CERTA? Não. Na língua padrão, quem desculpa, desculpa alguém de alguma coisa. Sendo assim, a frase que deveria ser dita, após um problema técnico, é esta: Desculpem-nos da nossa falha! Da mesma forma, diga sempre: Desculpe-me do atraso. Desculpem-nos da demora. VOU FAZER UMA TELEFONEMA URGENTE PARA ELA, COMUNICANDO O FATO. Faça um telefonema urgente para o seu professor de Língua Portuguesa, antes. Ele lhe dirá, então, que telefonema é palavra masculina: o telefonema, um telefonema. Outros nomes masculinos que muitos usam como femininos: o champanha o eclipse o guaraná o tapa – a tapa considerada regionalismo o sabiá o pernoite o dó – um dó imenso QUAL É O PLURAL DE FAX? É fax mesmo, já que essa palavra, assim como xérox, não variam no plural. Palavras terminadas em x com som de ks não variam em número: Exemplos: o fax - os fax a xérox - as xérox um telex - dois telex, etc. Já as palavras terminadas em x com som de s mudam no plural o x em ces. Exemplos: o cálix (cálice) – os cálices a fênix – as fênices, etc. Comunicação e Expressão

131 O TELEJORNAL COMEÇA ÀS CINCO PARA AS OITO? Não. Nada começa às cinco para as oito, mas aos cinco (minutos) para as oito. Se é a palavra minutos que está subentendida, como dizer às cinco? Diga sempre: aos dez para às onze, aos vinte para às três, aos 30 para o meio-dia, etc. ESTE JORNAL É COMPRADO EM BANCAS DE JORNAIS? Não! Livro bom, revista boa, jornal bom, só são comprados em bancas de jornal, assim com existem pessoas que só gostam de dormir em camas de casal, ouvindo rádios de cabeceira, com relógios de pulso, carros de bebê. OLIMPÍADA OU OLIMPÍADAS?

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Diga sempre Olimpíadas, no plural, quando se refere aos jogos olímpicos modernos: As Olimpíadas A Olimpíada na realidade, só existiu na Grécia antiga, muitos anos antes de Cristo. Em sentido figurado, usa-se perfeitamente no singular: Exemplos: Olimpíada de Matemática Olimpíada de Natação Olimpíada de calouros, etc. PODEMOS PROTESTAR A FAVOR DA PAZ? Devemos! Muitos pensam que só se protesta contra. Enganam-se. Protestar significa levantar-se, insurgir-se, clamar, bradar, etc.

Exercícios

I- Nas frases abaixo há erros de paralelismo sintático, reescreva-as.

Modelo Inadequado: A solução implica diminuir despesas, otimizar o uso dos recursos materiais e melhor seleção de pessoal. Adequado: A solução implica diminuir despesas, otimizar o uso dos recursos materiais e melhorar a seleção de pessoal.

1) Os ministros negaram estar o governo atacando a Assembléia e que ele tem feito tudo para prolongar a votação do projeto.

2) O presidente sentia-as acuado pelas constantes denúncias de corrupção em seu governo e o crescimento na Constituinte da pressão em favor da fixação de seu mandato em quatro anos.

3) Trata-se de um argumento forte e que pode encerrar o debate.

4) Funcionários cogitam nova greve e isolar o governador.

5) Estávamos questionando tanto seu modo de ver os problemas e sua forma de solucioná-los.

6) Você deveria estar preocupado com seu futuro, com sua sobrevivência.

7) Estávamos questionando tanto seu modo de ver os problemas e sua forma de solucioná-los.

8) Em público, ele demonstra insociabilidade, ser irritável, desconfiança e não ter segurança. 9) O programa tinha três objetivos: a) reorganizar o transporte coletivo; b) que se priorizassem os espaços para os pedestres; c) a regulamentação do transporte pesado

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no centro da cidade. 10)Não é necessário assinar, basta que se coloque sua rubrica.

II- Identifique o vício de linguagem nas frases a seguir, corrigindo-os em seguida. Se houver mais de um vício em cada frase, indique-os:

Modelo Inadequado: Se você se mantivesse socegado, sua presença passaria desapercebida. Adequado: Se você se mantivesse sossegado ( cacografia), sua presença passaria despercebida. ( falta de precisão)

1. Em minha opinião pessoal, prefiro adiar para depois a viajem.

2. Jorge Amado irá lançar um livro inédito.

3. Segundo o deputado, estava havendo favorecimento no fornecimento de equipamentos.

4. Todos estão convidados para o cocktail de inauguração da nova loja de convenência.

5. Os alunos se questionavam para chegar a uma solução.

6. Infelizmente ainda não lhe conheço bem.

7. As informações que V.Sa. deu no ofício estão incompletas.

8. Sem mais para o momento, subscrevemo-nos.

9. A atual conjectura de nossa empresa não permite-nos que façamos a viajem planejada.

10. A carne da baleia entrou definitivamente nos menus dos restaurantes e nas mesas dos

gourmets.

11. O dinheiro que dispomos para a reforma do apartamento não será suficiente.

12. Polícia impede assalto a hospital que ladrão planejou quando ferido.

13. Apesar de todas as desavenças, o sócios por muitos anos conviveram juntos.

14. Caso você tenha pressão alta, tire-a semanalmente.

15. O jogo de volleybal foi um show.

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16. Cincoenta por cento de nosso quadro funcional prefere receber o aumento do que ter uma nova promoção.

17. A emissora de rádio agradeceu a seção do horário destinado à propaganda política.

18. Valho-me do ensejo que esta me oferece para apresentar-lhe meu sincero apreço.

19. O professor mandou Jacinto fechar o livro e que pegasse uma folha de papel.

20. Vacas que comem junco freqüentemente ficam doentes.

21. Mesmo diante de muitas reclamações, os resultados foram entregues apenas na

segunda-feira. Em vista disso a data de divulgação não foi alterada.

22. No recibo, devem-se descriminar todas as despesas que estão-se quitando.

23. Venho, pela presente, solicitar a V.Sa. a inclusão de Maria de Fátima Silva no curso de Secretariado Executivo.

24. Constatamos que este fato possivelmente poderá ocorrer.

25. Todos foram unânimes na escolha opcional da última versão definitiva do produto

selecionado.

26. Só se conhecem duas saídas.

27. O jogo de volleybal será na próxima semana.

28. O atleta abraçou o treinador de alma lavada.

29. As mudanças atingiram em cheio os objetivos.

30. A comição julgadora deverá preceder com isenssão.

31. O livro explica como foi descoberto o Brasil e a composição de sua população.

32. Haverá uma sessão de bens àquele asilo.

33. Há três meses atrás ,o pagamento da dívida foi realizado em parcela única.

34. É com grande alegria e renovada satisfação que, através da presente, convidamos V.Sa. para o lançamento da nova revista Vendas Virtuais.

III- Reescreva as frases a seguir, tornando-as mais concisas, realizando as

supressões possíveis:

1)Pela presente carta vimos registrar recebimento, de todos os documentos atualmente

necessários à negociação entre nossas empresas.

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2) Empregado que não falta e que chega sempre na hora, tem que se recompensado.

3) Levamos ao conhecimento de V.Sas. que em data de hoje, recebemos a mercadoria

enviada.

4) Recebemos, gentilmente, através da Distribuidora Santa Isabel, em 30 de novembro, dez

disquetes com programa elaborado por essa Produtora, por nós encomendados no último

mês de outubro e confirmamos que a entrega foi realizada totalmente de acordo com o

contrato anteriormente.

5)Esclarecemos que este Departamento foi organizado de tal forma que agilizará o

competente e necessário atendimento a toda e qualquer empresa que atue na área de

projetos.

6) A presidência solicita, por favor, com a máxima urgência, tomar providências quanto ao

pagamento das despesas já efetuadas anteriormente por seu atual departamento de

pessoal.

7) Quando chegaram, pediram-me que devolvesse o livro que me fora emprestado por

ocasião dos exames que se realizaram no fim do ano que passou.

8) Quando acabou a reunião, ele nos solicitou que fizéssemos uma ata que fosse sucinta e

que contivesse todas as deliberações que foram tomadas.

9) Muitas pessoas acham que a mecanização, que acelera o progresso industrial, é o que

vai trazer mais realização ao homem.

10) O diretor determinou que adiassem a reunião até que apurassem as irregularidades que

o gerente denunciou.

11) As taxas vigentes até a presente data , referente às nossas mercadorias brasileiras

que são exportadas, sofrerão uma bem significativa baixa de valor.

12) Pelo advogado, foi orientado o réu a buscar testemunha que confirmasse os depoimentos no início do processo ao juiz prestados.

III- Encontre em cada um dos fragmentos a seguir 5 erros. Indique-os e faça as

correções necessárias:

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1.

Visando atender a maior número de usuários, requeiremos alterar o trajeto da linha de ônibus nº 22, que passa pelo nosso bairro e vai até o centro da cidade.

É importante uma análise urgente do assunto, por que a nova avenida, mais longa, está em vias de ficar pronta.

Assim sendo, solicitamos o diferimento do pleiteado.

Erro 1:

Erro 2:

Erro 3:

Erro 4:

Erro 5:

2.

Informamos que somente apartir do próximo mês poderemos saldar à dívida que temos

com esse banco.

O pagamento da dívida será realizada em parcela única.

Erro1:

Erro 2:

Erro 3:

Erro 4:

Erro 5:

3.

Comunicamos que à partir do próximo mês, passaremos à vender também à prazo,

atendendo à antigas reinvindicações da maioria dos nossos clientes.

Além disso, também entregaremos mercadorias à domicílio, desde que no limite de nossa

cidade.

Erro1:

Erro 2:

Erro 3:

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Erro 4:

Erro 5:

V- Identifique a forma dos parênteses que completa corretamente cada frase a

seguir:

1. O palestrante ________ sua presença no Congresso Internacional sobre educação. (

ratificou-retificou)

2. Um dos participantes do torneio de tênis _______ o regulamento. ( infringiu-infligiu)

3. Sua liderança na equipe era __________. ( fragrante-flagrante)

4. Novas medidas de combate ao ________forma postas em prática. (tráfego-tráfico).

5. Em vista do _______(mau-mal) tempo, resolveram ________a viagem.(diferir-

deferir).

6. ___________de eu não houvesse dúvidas, o fiscal pediu que todos

acompanhassem a leitura das instruções. ( a fim-afim )

7. O locatário ________ o locador quando este lhe foi cobrar o aluguel. (destratou-

distratou)

8. Não se sabe exatamente ________ele quer chegar. (aonde-onde).

9. Concluído o __________de deputado, voltou à sua atividade empresarial. (mandato-

mandado).

10. Os deputados oposicionistas _______________ o governo de incompetente.

(tacharam-taxaram).

11. Para uma permanência de um dia e meio, o hoteleiro cobrou-nos apenas uma

______________. (estada-estadia).

12. Como estivesse _____________de dinheiro, teve de voltar para a casa a pé. (

desapercebido-despercebido).

13. A reunião foi cancelada; ninguém, todavia, me soube informar o __________.

(porque, por que, por quê, porquê).

14. A obra foi interrompida. ___________?(porque, por que, por quê, porquê).

15. Estou preocupado, ___________ele disse que voltaria logo. ___________? (porque,

por que, por quê, porquê).

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VI- Leia as seguintes palavras e escreva a forma homófona ou parônima

correspondente:

1, apreçar

2. cessão

3. eminente

3. sobrescritar

5. conjectura

6. incerto

7. preceder

8.vultoso

9. acender

10.concerto

VII_ Forme os substantivos em –ão derivados dos seguintes verbos:

1 Agredir 2 Colidir 3 Conseguir 4 Evadir 5 Interceder 6 Omitir 7 Persuadir 8 Repercutir 9 Ascender 10 Conceder 11 Discutir 12 Intrometer 13 Pretender 14 Reprimir 15 Transgredir

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