apostila bastante completa de matematica

72
Apostila de Matemática UNIDADE 1 1 – Operações com frações 2 – Divisão de frações 3 – Operações com números relativos 4 – Resolução de equações do 1º grau (1º tipo) 5 – Resolução de equações do 1º grau (2º tipo) 6 – Resolução de equações do 1º grau (3º tipo) 7 – Equação do 2º grau incompleta (1º tipo) 8 – Equação do 2º grau incompleta (2º tipo) 9 – Equação do 2º grau completa 10 – Radicais 11 – Operações com radicais 12 – Exponenciais 13 – Propriedade distributiva 14 – Produtos notáveis 15 – Diferença de quadrados 16 – Trinômio ao quadrado 17 – Binômio ao quadrado 18 – Fatoração 19 – Racionalização de expressões numéricas 20 – Racionalização de expressões algébricas 21 – Solução de equações irracionais 22 – Resolução de sistemas de 2 equações a 2 incógnitas UNIDADE 2 matemática aplicada UNIDADE 3 estatistica UNIDADE 4 regras de três UNIDADE 4 razões e proporções 1

Upload: roberio-souza

Post on 05-Jun-2015

786 views

Category:

Documents


12 download

TRANSCRIPT

Page 1: Apostila bastante completa de matematica

Apostila de Matemática

UNIDADE 1

1 – Operações com frações2 – Divisão de frações3 – Operações com números relativos4 – Resolução de equações do 1º grau (1º tipo)5 – Resolução de equações do 1º grau (2º tipo)6 – Resolução de equações do 1º grau (3º tipo)7 – Equação do 2º grau incompleta (1º tipo)8 – Equação do 2º grau incompleta (2º tipo)9 – Equação do 2º grau completa10 – Radicais 11 – Operações com radicais12 – Exponenciais13 – Propriedade distributiva14 – Produtos notáveis15 – Diferença de quadrados16 – Trinômio ao quadrado17 – Binômio ao quadrado18 – Fatoração19 – Racionalização de expressões numéricas20 – Racionalização de expressões algébricas21 – Solução de equações irracionais22 – Resolução de sistemas de 2 equações a 2 incógnitas

UNIDADE 2 matemática aplicada

UNIDADE 3 estatistica

UNIDADE 4 regras de três

UNIDADE 4 razões e proporções

1

Page 2: Apostila bastante completa de matematica

1 – Operações com frações

O método mais direto de resolver frações é o do máximo divisor comum:

+ = =

Ex. 1) + = = =

Ex. 2) - = = =

Para 3 ou mais frações o procedimento é o mesmo.

+ + = =

Ex. 3) + - = =

= =

Resolver:

a) + b) - c) -

d) e) f)

2 – Divisão de frações

É só inverter a 2ª fração e multiplicar

= =

2

Page 3: Apostila bastante completa de matematica

Ex. 1) = = =

Ex. 2) = =

Ex. 3) = = = =

Resolver:

a) b) c)

d) e)

3 – Operações com números relativos

Ex. 1) -2 + (-3) -2 – 3 = - 5

Ex. 2) +5 – (-8) 5 + 8 = 11

Ex. 3) (-2) (-3) = 6

Ex. 4) (-3) 5 = -15

Ex. 5) (-2)2 = (-2) (-2) = 4

Ex. 6) (-3)3 = (-3)2 (-3) = 9 (-3) = - 27

Resolver:

a) -9 + 12 – (-14) = b) 13 + (-9) – 3 =

c) 7 – (-8) = d) -14 – (-12) – 24 =

e) (-3) (-8) + 25 = f) 9 (-2) (-3) =

3

Page 4: Apostila bastante completa de matematica

g) (-5)2 = h) (-2)5 =

4 – Resolução de equações do 1º grau

Ex. 1) ax = b , divide os 2 membros por “a”

ax/a = b/a x = b/a

Resolver:

a) 3x = -7 b) 15x = 3

5 – Equações do 1º grau (continuação)

Ex. 1) 6x + 8 = 26 (subtrai 8 nos dois membros p/ isolar x) 6x + 8 – 8 = 26 – 8 6x = 18 x = 18/6 x = 3

Ex. 2) 3x – 12 = -13 (soma 12 nos dois membros p/ isolar x)

3x – 12 + 12 = 12 – 13 3x = -1 x = -1/3

Resolver:

a) 4x + 12 = 6 b) 7x + 13 = 9

c) -5x – 9 = 6 d) 3x + 15 = 0

6 – Equações do 1º grau (continuação)

Ex. 1) 5x – 13 = 2x + 7 (subtrai 2x nos dois membros)

5x – 2x – 13 = -2x + 2x + 7

3x – 13 = 7 (soma 13 nos dois membros)

3x – 13 + 13 = 7 + 13 3x = 20 x = 20/3

Resolver:

a) 3x + 9 = 5x + 3 b) -2x + 3 = 12 + 3x

c) 7x – 13 = -3x + 7 d) 9x – 2 = 6x + 4

e) (2 – x) – (7 – 3x) = 5 + 6x

7 – Equação do 2º grau incompleta (1º tipo)

Ex. 1) x2 = 4 = (extrai a raiz de ambos os membros)

4

Page 5: Apostila bastante completa de matematica

X = 2 (Eq. do 2º grau sempre tem 2 respostas)

Prova: (x)2 = (+2)2 x2 = 4As 2 raízes satisfazem

(x)2 = (-2)2 x2 = 4

Resolver:

a) 3x2 = 12 b) x2 = 7

8 – Equação do 2º grau incompleta (2º tipo)

Ex. 1) x2 – 2x = 0 (põe x em evidência)

x – 2 = 0 x = 2Resulta (x – 2)x = 0

x = 0 x = 0

Resolver:

a) 4x2 – 8x = 0 b) x2 + 3x = 0

c) 3x2 + 7x = 0 d) x2 – 5x = 0

9 – Equação do 2º grau completa

Forma: ax2 + bx + c = 0

Solução: = b2 – 4ac , > 0 (solução real, 2 raízes diferentes) = 0 (sol. real, 2 raízes iguais)

Fórmula: x = ou x’ = (-b + ) / 2a x” = (-b - )/2a

Ex. 1) 2x2 + 5x + 2 = 0

= = = = 3

Soluções: x’ = (-5 + 3) / 4 = -2/4 = -1/2

x” = (-5 – 3) / 4 = -8/4 = -2

Resolver:

a) x2 – 5x + 6 = 0 b) x2 – 6x + 8 = 0

c) 3x2 + 11x + 8 = 0

5

Page 6: Apostila bastante completa de matematica

10 – Radicais

A = radicando; n = índice da raiz e m = expoente do radicando

= Am/n (fórmula geral)

Ex. 1) = = 22/2 = 21 = 2

Ex. 2) = = 3

Ex. 3) = = 210/5 = 22 = 4

Ex. 4) = = = x

11 – Operações com radicais

Ex. 1) = = x2/2 = x

Ex. 2) =

Ex. 3) = = 2

Ex. 4) = = =

Ex. 5) = = = x

Ex. 6) = = = 2

Resolver:

a) b) c)

d) e) f)

12 – Exponenciais

Ax - A é a base, x é o expoente

P1) Ax Ay = Ax+y

P2) Ax / Ay = Ax-y

P3) (Ax)y = Ax.y

P4) (A . B)x = AxBx

6

Page 7: Apostila bastante completa de matematica

P5) e = = Ax . B-x

Ex. 1) 27 = 23+4 = 23 . 24 = 8 16 = 128

Ex. 2) (22)3 = 26 = 23+3 = 23 . 23 = 8 8 = 64

Ex. 3) (2 3)3 = 23 33 = 22 2 32 3 = 4 2 9 3 = 216

Ex. 4) = 523-20 = 53 = 52 5 = 25 5 = 125

Resolver:

a) 210 b) c) d) 16 2-3

13 - Propriedade distributiva

1) A (B + C) = A B + A C

2) (A B)(C + D) = (A B)(C + D) = A(C + D) B(C + D)

Ex. 1) 2(4 + x) = 8 + 2x

Ex. 2) (3 – x)(x – 2) = 3(x – 2) – x(x – 2)

= 3x – 6 – x2 + 2x = -x2 + 5x – 6

Resolver:

a) (x - )(x + ) b) (a + b)(a + b)

c) (2 + )(2 - ) d) (2 + )(3 + 2 )

14 – Produtos notáveis (A + B)2

Pode ser resolvido usando a propriedade distributiva ou a regra a seguir:

(A + B)2 = (A + B)(A + B) = A2 + 2AB + B2

(A – B)2 = (A – B)(A – B) = A2 – 2AB + B2

Ex. 1) (x – 2)2 = x2 – 4x + 4

Resolver:

a) (x – 3)2 b) (a + 2)2 c) (x + y)2

15 – Diferença de quadrados

7

Page 8: Apostila bastante completa de matematica

x2 – a2 = (x – a)(x + a)

Ex. 1) x2 – 4 = (x – 2)(x + 2)

Ex. 2) x2 – 3 = (x - )(x + )

Ex. 3) x2 – A = (x - )(x + )

Resolver:

a) ( - 2)( + 2) = b) x2 – 16 =

c) x2 – 7 = d) (2 + )(2 - ) =

16 – Trinômio ao quadrado

(a + b + c)2 = [(a + b) + c)]2 = (a + b)2 + 2(a + b)c + c2

= a2 + 2ab + b2 + 2ac + 2bc + c2

= a2 + b2 + c2 + 2ab + 2ac + 2bc

Resolver:

a) (x + y + 1)2 b) (x – y +2)2

17 – Binômio ao cubo

(a + b)3 = (a + b)2 (a + b)

18 – Fatoração (tirar fator comum para fora do parênteses)

Ex. 1) 2x2 + 4x = 2x(x + 2)

Ex. 2) x + x2 = x( + x)

Ex. 3) = = =

Resolver:

a) = b) =

8

Page 9: Apostila bastante completa de matematica

c) = d) =

19 – Racionalização de expressões numéricas

Consiste em tirar uma raiz do denominador.

Ex. 1) = =

Ex. 2) = =

Ex. 3)

Resolver:

a) b) c) d)

20 - Racionalização de Expressões Algébricas

Multiplica numerador e denominador pelo denominador com o sinal do meio trocado, para resultar numa diferença de quadrados.

Ex.1)

Ex. 2)

Resolver :

a) b) c)

9

Page 10: Apostila bastante completa de matematica

d) e) f)

21 - Solução de Equações Irracionais

Ex.1) isola a raiz

eleva ao quadrado ambos os membros

Resolver:

a) b) c)

d) e)

22 - Resolução de Sistemas de Equações a 2 Incógnitas

Resolver o sistema de equações: existem 2 métodos; substituição e eliminação.

a) Por substituição : da equação 2) obtém-se x = 5 - y que é substituído na 1).Então 3(5 - y) + 2y =12 y = 3 e volta para x, ou seja x = 5 - y = = 5 - 3 = 2.

b) Por eliminação: multiplica-se a 2) por -3 e soma-se com a 1) Então 3x + 2y = 12 -3x - 3y = -15 - y = - 3 y = 3 voltando na 2) , tem-se x = 2.

Resolver:

a) 2x + y = 12 b) 3x + 2y = 4 x + 7y = 19 x - y = 2

c) 2x + 3y = 8 d) x - y = 3 3x + 4y = 11 2x + y = 9

10

Page 11: Apostila bastante completa de matematica

Respostas das Questões

1) a) 25/63 ; b) 8/35 ; c) -4/55 ; d) 227/252 ;

e) 343/792 ; f) 147/135

2) a) 55/46 b) 3/2 ; c) 24/7 ; d) 104/357 ; e) 256/371

3) a)17 ; b) 1 ; c) 15 ; d) –26 ; e) 49 ;

f) 54 ; g) 25 ; h) –32

4) a) x= -7/3 ; b) x=1/5

5) a) –3/2 ; b) -4/7 ; c) x= -3 ; d) x= - 5

6) a) x=3 ; b) x=-9/5 ; c) x=2 ; d) x=2 ; e) x= -5/2

7) a) x= 2 ; b) x =

8) a) x=0 e x= 2 ; b) x=0 e x= -3 ; c) x=0 e x= -7/3 ;

d) x=0 e x= 5

9) a) x=2 e x=3 ; b) x=4 e x= 2 ; c) x= -1 e x = -8/3

11) a) 9 ; b) 4 ; c) 49 ; d) 3 ; e) x + 2 ; f) 3

12) a) 1024 ; b) 49 ; c) 81/16 ; d ) 2

13) a) x2 – 7 ; b) a2 + 2ab +b2 ; c) 1 ; d) 2x + 7 + 6

14) a) x2 – 6x +9 ; b) a2 + 4a + 4 ; c) x2 +2xy + y2

15) a) –1 ; b) (x-4)(x+4) ; c) ( x - )(x + ) ; d) 1

16) a) x2 + y2 +1 + 2xy + 2x + 2y ; b) x2 + y2 + 4 - 2xy + 4x - 4y

18) a) 4x ; b) x - 2 ; c) a + b ; d) x+ 2

19) a) ; b) 3 /5 ; c) 2 /3 ; d) / 9

20) a) - 1 ; b) (1 + ) / (1 - x) ; c) 2 ( -1 ) / (x -1)

d) (7/2).(3 - ) ; e ) ( - )/ (a2 – b2 ) ; f) -

21) a) x=0 e x=1 ; b) x=5 ; c) x =

d) x=4 e x= 1 ; e) x= ( 1 )/2

11

Page 12: Apostila bastante completa de matematica

UNIDADE 2

1 - INTRODUÇÃO

NÚMEROS REAIS

O conjunto de números reais é normalmente associado a uma reta. Esse conjunto infinito é representado pelo símbolo R. Os números reais podem ser fracionários

Ex.: 2,7893 .

NÚMEROS (REAIS) RACIONAIS

São números que podem ser expressos na forma p/q , onde p e q são inteiros positivos ou negativos.

Ex.: 0

1 ,

1

1 ,

1

2 ,

2

1 ,

1

3 ,

2

7 ,

21

13 , ... , etc. racionais positivos

ou

12

... -3 -2 -1 0 1 2 3 ...

nos negativos nos positivos

Page 13: Apostila bastante completa de matematica

- 1

2 , -

5

7 , -

2

3 , -

41

17 , ... , etc. racionais negativos

NÚMEROS (REAIS) IRRACIONAIS

São números que não podem ser postos na forma anterior (p/q) e são por exemplo:

2 , 3 , - 5 , , etc.

VARIÁVEIS E CONSTANTES

Chama-se variável real a um símbolo capaz de representar qualquer número de um conjunto de números reais. Representação (x, y, z, s, ...)

Por outro lado, um símbolo que represente sempre um mesmo número é denominado de constante. Ex.: , e, 3 , etc.

Os valores que uma variável pode assumir são representados por intervalos , que são definidos a seguir.

Seja a e b números reais, tais que a < b.

1 - O intervalo aberto de a até b, denotado por (a,b), é o conjunto de todos os números reais x, tais que a < x < b. Os pontos extremos não pertencem ao intervalo.

2 - O intervalo fechado de a até b, representado por [a,b] é o conjunto de números reais x, tais que a x b. Os extremos a e b pertencem ao intervalo.

3 - Intervalo aberto à direita, de a até b, representado por [a,b) é o conjunto de números reais x, tal que a x < b. Neste caso a pertence ao intervalo, mas b não pertence.

4 - Intervalo aberto à esquerda (a , b]. b ao intervalo. a ao intervalo.

OUTROS TIPOS DE INTERVALOS

Existem também os intervalos não limitados representados com os símbolos + e - (infinito).

Os intervalos

1 - De a até + , representado por (a, +) é o conjunto de todos os números reais x tal que x > a.

13

( ) a b

[ ] a b

[ ) a b

( ] a b

Page 14: Apostila bastante completa de matematica

2 - De - até a é (-, a) é o conjunto dos números reais x tal que x < a.

3 - De a até +, representado por [a, +) é o conjunto de todos os números reais x, tais que x a.

4 - De - até a, (-,a] , x a.

5 - O intervalo (-, +) é o conjunto dos números reais R.

Noção de dependência ou funcionalidade.

Em nosso cotidiano, sempre nos deparamos com fatos que relacionam duas grandezas (variáveis), por exemplo:

1) A área de uma circunferência A = r2 depende de seu raio. A depende do r, que podemos dizer A é função de r, ou ainda A = f(r).

2) O valor do selo depende do peso da carta, Valor = f(peso).

3) A velocidade de um carro depende da potência de seu motor, ou também V = f(P)

Com isso podemos criar um conceito matemático que seja capaz de descrever a relação entre variáveis, esse conceito é o de função.

1.1 - FUNÇÕES REAIS

Diz-se que uma variável y é uma função de uma variável x, quando a cada valor de x corresponda, mediante uma certa lei, um valor para y.

Pode-se dizer que função é uma regra ou correspondência que associa um valor da variável y a cada valor da variável x.

Uma função é representada por

y = f(x)

onde

x variável independente, que pode variar livrementey variável dependente

14

( a +

a ao intervalo- a )

[ a +

a ao intervalo

- a

a ao intervalo ]

Page 15: Apostila bastante completa de matematica

Lê-se: y é igual a f de x (ou função de x).

Domínio da variável independente

O domínio da variável independente é o conjunto de valores numéricos que essa variável pode assumir.

Domínio da função

Ou campo de existência (definição) de uma função é o conjunto de pontos onde a função é definida ou existe (tem valor finito e real).

Se a função for do tipo y = , para que ela exista, a raiz deve ser positiva para ser real , então a condição é P(x)0 .

Se a função for do tipo y = P(x)/Q(x) , para que ela exista, não deve haver zero no denominador, então a condição é Q(x)0 .

E finalmente, se função for do tipo y = Q(x) / , para que ela exista, não pode dar zero no denominador e a raiz deve ser positiva para ser real , então a condição é P(x)>0 . Entretanto, existem exceções para este caso, por exemplo se P(x)=x2 + 3, seu valor será sempre positivo para qualquer valor de x.

Exemplos: Achar o campo de existência (domínio) das funções:

a) y = 2x + 3

b) y = f(x) = x2 + 2 Neste caso, x pode assumir qualquer valor que sempre resulta em y real e finito, então o domínio da função é D: (-,).

c) y = 3

2x

agora x só não pode ter o valor 2, porque neste caso, y , logo o domínio é (-, 2) e (2, +).

GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO

O gráfico de uma função f é o conjunto de todos os pontos (x, y) no plano xy, onde x pertence ao domínio de f e y é a imagem de f.

15

x- 0 +

x pode assumir qualquer valor real que, y existe e é finito.Seu domínio é (-, +) ou - < x < + .

- )( + 2

Page 16: Apostila bastante completa de matematica

Exemplo: Esboce o gráfico da função f definida pela equação y = 2x2 , com a restrição x 0.

Uma função, pela sua definição, a cada valor de x corresponde um único valor de y. Assim, o gráfico a seguir não representa uma função.

Para ser uma função, dois pontos distintos (em y) de um gráfico não podem possuir a mesma abcissa (x).

Domínio via gráfico

O domínio de uma função é o conjunto de todas as abcissas dos pontos do gráfico.

Imagem

A imagem de uma função é o conjunto de todas as ordenadas dos pontos do gráfico.

16

Y =2x2 , x 0

(1,2)

+ y (ordenada)(4,32)

1 2 3 4 + x (abcissa)

O

X Y 028183250

y P

Q

O

mesma abcissa

x

y

f

O

domínio de f

x abcissas

ordenadas

y

Imagem de f f

O y

Page 17: Apostila bastante completa de matematica

Exemplo: Dada a função y = x 1 ,queremos estudar o seu comportamento. Faça o gráfico de f e determine o seu domínio e imagem (nesse intervalo).

Solução:

Como y = f(x) = x 1 , a condição de existência da função é que x - 1 0 para que a raiz exista no campo dos números reais.

Assim, x - 1 0 x 1 ou D: [1 , ). Para se fazer o gráfico da função construi-se a tabela, respeitando este dominio.

Q

Quando uma função f é definida por uma equação y = f(x) e nenhuma restrição é dada, o domínio de f consiste em todos os valores de x para os quais a função existe.

Exemplo: Dada a função y = 3x + 1

x pode assumir qualquer valor, então o domínio de f é R dos números reais.

Exemplo: Dada a função

y = 4 x (Condição de existência 4 - x 0)

já que 4 x é definido somente para 4 - x 0, isto é, x 4, o domínio de f é o intervalo (-, 4] e a sua imagem é o intervalo [0 , ).

A raiz quadrada tem dois sinais, , mas para que y seja uma função toma-se só um sinal, e a preferência é para o sinal positivo. Então y 0.

x y

17

Domínio de f , D : [1,} e I : [ 0, }

y

x

Imagem de f

Gráfico de f

1

0,5

x y

1,00 0,001,25 0,501,50 0,711,75 0,872,00 1,00

2

Domínio = RImagem = R

y

y = 3x + 1

1

x

Page 18: Apostila bastante completa de matematica

-2 6 = 2,45 ...-1 5 = 2,24 ...0 21 3 = 1,73 2 2 = 1,414 0

O domínio de f é o próprio domínio de x, isto é, o intervalo onde x existe. Neste exemplo x existe de (- a 4].

A imagem de f é o intervalo onde y existe, no caso y 0 então [0, ).

Exemplo: Achar o domínio e a imagem da função

y = f(x) = 1

1 x

18

Domínio da função: (- 4] é o domínio de x - < x 4.Imagem da função: [0, ) poisy 0.

xy 4y

2

O4 x

X Y-3 1 / 4 = 0,25-2 1 / 3 = 0,33-1 1 / 2 = 0,501–1–1/2 = -0,50–1/3 = -0,33–1/4 = -0,25

y

1

-3 -2 -1

1 2 3 4 5 x

A condição de existência é 1-x 0, que fornece os dois intervalos para o domínio e a imagem :

Domínio: (-, 1) e (1, )

Imagem : (-, 0) e ( 0, )

x = 1 (singularidade )

Page 19: Apostila bastante completa de matematica

Exercício proposto

1) Achar o domínio e imagem da função y = 1

x (hipérbole)

Condição de existência x 0

VALOR ABSOLUTO

Se x é um número real, então o valor absoluto de x, representado por x, é definido por

x se x 0x =

-x se x < 0Exemplo:

7 = 7 pois 7 > 0, -3 = - (-3) = 3 pois -3 < 0

O valor absoluto de um número real é sempre positivo.

PROPRIEDADES DO VALOR ABSOLUTO(Todas as propriedades abaixo valem para os sinais >, , < e )

Suponha que X e Y são números reais ou funções.

1) X + Y X + Y desigualdade triangular, EX.: X=2 e Y=3 (igual) e X = -2, Y = 1 (maior)2) X = Y se e somente se X = Y ( ou X = Y e X = - Y )

3) X < Y se e somente se -Y < X< Y (ou X < Y e X > -Y )

4) X Y se e somente se X Y ou X -Y

19

y

x

D : (-, 0) (0, )

I : ( -, 0) (0, )

x = 0 (singularidade)

Neste caso, os valores de Xestão internos aos de Y -Y Y

X

Page 20: Apostila bastante completa de matematica

Exemplo1: Achar o domínio (solução) da expressão

3x + 2 5

Solução: Usando a propriedade 4, do valor absoluto, onde X=3x+2, e Y=5 tem-se3x + 2 5 e 3x + 2 -5

Isolando x 3x 5 - 2 Isolando x, 3x -5 - 2 3x 3 3x -7

x 1 x - 7

3 solução existe no domínio (-, -7/3] e [1, )

Exemplo 2 : Achar o conjunto solução da expressão 2x + 3 < 3

Solução: Pela propriedade 3 , monta-se as duas equações

2x +3 > -3 e 2x + 3 <32x>-6 ou 2x < 0 oux >-3 x < 0

Exemplo 3: Achar x que satisfaz à expressão x -2 = 5

Solução: Pela propriedade 2 , tem-se x-2 = 5 e x-2 = -5 , cujas soluções são x = 7 e x = -3 satisfazem a equação dada.

Exemplo 4: Estudar a função y = x

A variável independente x pode assumir qualquer valor, portanto o domínio é o conjunto dos números reais R.

DESIGUALDADES (do 2o grau)

20

y = xy

D : (-,) I : [0 , )

x

-7/3 1

x x

x

-3 0

Neste caso, os valores de Xestão externos aos de Y -Y Y

X

Page 21: Apostila bastante completa de matematica

As desigualdades também apresentam soluções dentro de um intervalo do conjunto dos reais. A teoria vale para os sinais (>, ,< e ) . Exemplo, dada a desigualdade

a x2 + b x + c > 0 , as soluções x1 e x2 são obtidas com se fosse uma equação do 2o

grau ,ou x1 = (- b + )/2a e x2 = (- b - )/2amas o conjunto de soluções é

D : (- , x1 ) e (x2 , ) , (o conjunto é extra-raizes)

Se a desigualdade for negativa, ou seja,

a x2 + b x + c < 0 ( O conjunto é intra-raizes)

Exemplo 1: Achar o domínio da função y =

Solução: x2 – 4 0 , logo D : (- , -2] e [2 , )

TIPOS DE FUNÇÃO

As funções mais usuais são: as pares, as ímpares, as polinomiais, as racionais, as algébricas, exponenciais e as trigonométricas.

Funções Pares e Ímpares

a) Uma função f é par, para todo x de seu domínio se f(-x) = f(x), ou seja, -x pertence ao domínio de f.

b) Uma função f é ímpar, para todo x de seu domínio se f(-x) = -f(x). Isto é, -x pertence também ao domínio de f.

Exemplos:

a) Pares

g(x) = x2 f(x) = x4 + 2

pois g(-x) = (-x)2 = x2 = g(x) f(-x) = (-x)4 + 2 = x4 + 2 = f(x)b) Ímpares

g(x) = x3 f(x) = 2xg(-x) = (-x)3 = -x3 = -g(x) f(-x) = 2(-x) = -2x = -f(x)

Funções Polinomiais

São funções da forma

f(x) = a0 + a1x + a2x2 + ... + anxx n > 0 e ai , reais

Exemplo:

21

x x

X1 X2

x

X1 X2

Page 22: Apostila bastante completa de matematica

f(x) = 2x2 - x + 1 , a0 = 1, a1 = -1, a2 = 2

Funções Racionais (razão)

São funções definidas por

f(x) = p x

q x

( )

( )

onde p(x) e q(x) são funções polinomiais e q 0.

Exemplo:

f(x) = 3 1

4 1

2

5 3

x x

x x

é uma função racional

Funções Algébricas

São resultantes de operações algébricas comuns.

Exemplo:

f(x) = x + 1 , g(x) = x

x 2 5etc.

Exercícios

Classificar as funções abaixo:

1) f(x) = x4 + x

Resp. Não é par nem ímpar - é polinomial

2) g(t) = 2t2 + 3t

Resp. g(-t) = 2(-t)2 + 3-t = 2t2 + 3t = g(t) par

3) f(x) = x

x

2 4

2

(função racional, que pode ser simplificada para f(x) = x+2)

RESUMO DOS TIPOS DE FUNÇÕES

Tipo de Função ExemploPar f(-x) = f(x) y=x4 y = (-x)4 = x4

Ímpar f(-x) = - f(x) y = x3 y = (-x)3 = -x3

Polinomiais f(x)=a0 +a1x+a2x2+..+anxn y = 3 +5x-7x2 e outros.Racionais f(x) = P(x)/Q(x) y =(2x3+ 4x) / (x2+2x)Algébricas Todas as anteriores.Trigonométricas y = senx , cosx , etc.

22

Page 23: Apostila bastante completa de matematica

Logarítmicas y =lnx , ou y = lgax

Exponenciais y = ef(x) ou y = af(x)

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

As funções trigonométricas são 6, ou seja, seno, co-seno, tangente, secante, co-secante e co-tangente. Essas funções são abreviadas por: sen, cos, tan (ou tg) , sec, csc, cot. Antes de estudar essas funções vamos estudar as medidas de ângulos.

As medidas de ângulos podem ser em graus e radianos.

Num círculo completo s = r = 2r = 2 rr

= 2 ou 360o equivalente a 2

(radianos), e 180o = = 3,1416 ...

Graus 30o 45o 60º 90º 120º 135º 150º 180º 270º 360ºRadianos

6

4

3

2

2

3

3

4

5

6

3

2

2

O grau é uma unidade sexagesimal , isto é, seus múltiplos e sub-múltiplos variam de 60 em 60. Exemplo : 1o = 60(minutos de arco) e 1 = 60 (segundos de arco).

Ex.1 Transformar 35,758o em grau, minutos e segundos.Solução:

= 35o + (0,75860=45,48)parte inteira + (0,4860=28,8)

= 35o 45 28,8

Ex.2 Efetuar a transformação inversa, ou seja, 35o 45 28,8 para a forma decimal .Solução:

= 35o + 45/60 + 28,8/(6060) = 35,758o

23

O

s

(radianos) = 1 rd 57,3º 1rd=57,3

o

s = rr

Se s = r , o ângulo compreendido por s é de 1 radiano

r

Page 24: Apostila bastante completa de matematica

História da Trigonometria

A trigonometria provavelmente começou quando se quis saber a altura de árvores e montanhas, sem que fosse necessário subir nas mesmas para medir. Construiu-se um triângulo com o lado maior(hipotenusa) coincidindo com o raio de um círculo de raio=1, e com isso, montou-se uma tabela de valores x e y (que seriam 1) para cada ângulo. Para valores de X e Y (fora do círculo) maiores do que 1, e um mesmo ângulo, os lados seriam proporcionais e isso permitiria calcular esses valores.

O nome sen foi dado para a medida y, e para a medida x foi dado cos. A relação entre as duas grandezas y e x é chamada de tan .

Assim a altura da árvore pode ser calculada, considerando que

Exemplo: se a distância da árvore fosse 30m e o ângulo de visada fosse de 30o , então h = 30 . 0,500/0,866 = 17,4m , onde o valor 0,50 = y = sen e o valor 0,86 para x que foram medidos (com uma régua) no círculo de raio unitário, para o ângulo de30o .

Atualmente , os valores sen, cos e tan não são mais medidos, pois, podem ser calculados com precisão por funções desenvolvidas pelos matemáticos.

24

y = x tan tan = y/x = medido no círculo de r=1, para cada ângulo

y = sen , x = cos e tan =sen/cos=y/x = Y/X

y

x

O P

Q

o X

Y

x y y/x1 - - -2 - - - - - - -

Page 25: Apostila bastante completa de matematica

Definição das funções trigonométricas.

Usa-se o círculo trigonométrico (de raio unitário) para representar as funções, e o ângulo aqui é representado por “t” .

25

cottreta do ângulo

(x ,y)

yt

x

tant

x = cost sect = 1/xy = sent csct = 1/yy/x = tant cott = x/y = 1/tant

rd = ( / 180).gr gr = (180 / ). rd

S R

PQ

tO C

OQ = sectSR = cottCQ = tgtOR = csct

OQ2 = OC2 + CQ2

sec2t = 1 + tan2t

x2 + y2 = 1

sen2 t +cos2 t = 1

OR2 = OS2 + SR2

csc2 t = 1 + cot2 t

Por semelhança de triângulos pode se obter

Page 26: Apostila bastante completa de matematica

Valores de senx, cosx e tanx em graus e radianos

RADIANOS 0 6

4

3

2

GRAUS 0 30º 45º 60º 90º 180ºsen 0 1

22

2

3

2

1 0

cos 1 3

2

2

2

1

2

0 -1

tg 0 3

3

1 3 0

O domínio das funções seno e co-seno é o conjunto dos reais, R. Os domínios das outras 4 funções são os conjuntos de valores de t para os quais o denominador da fração que a define é diferente de zero. Veja os gráficos:

26

y

Imagem : [-1,1]

y = senx x = t

1

-1

-2 - - - 0 2 x

y = cosx

1

-1

-2 - - - 0 2 x

Imagem [-1,1]

Page 27: Apostila bastante completa de matematica

Os dois gráficos mostram que - < x < , ou seja, o domínio das funções seno e co-seno é R (conjunto dos reais).

Analisar o domínio das funções y = tanx e y = cotx.

y = tanx = sen

cos

x

x , cosx = 0 em x =

2

, 3

2

etc I : (-, )

x k 2

; sendo k = 1,3,5,.... ímpar (y nestes pontos)

Para a função y = cotx tem-se:

então x deve ser diferente de (0, , 2....),ou x k , k = 0, 1, 2, 3, ...

27

- - - 0 X

y=tanx

-2 - - - 0 2 X

y=cotx

senx = 0 em 0 , , 2y nestes pontos

y = cotx =

Page 28: Apostila bastante completa de matematica

Funções:

y = secx = 1

cos x

cosx = 0 em x k 2

, para k = 1, 2, 3 ...

Domínio da função: D: { x k 2

} e I = (-, -1] , [1, )

Função y = cscx = 1

sen x

Identidades trigonométricas

As identidades trigonométricas são relações obtidas no círculo trigonométrico de raio unitário e são bastante úteis nas aplicações matemáticas.

sen(-t) = -sent (função ímpar) ver gráficos

cos(-t) = cost (função par)

sen2t + cos2t = 1 (ver definição), demonstrar

tg2t + 1 = sec2t

cot2t + 1 = csc2t

28

- - 2

2

X-1

1

y = secxy

y y = cscx

- - /2 0 /2 X

x k k = 0, 1, 2, ...

Page 29: Apostila bastante completa de matematica

sen(t + s) = sent coss + cost sens

sen(t - s) = sent coss - cost sens

cos(t + s) = cost coss - sent sens

cos(t - s) = cost coss + sent sens

tan(t + s) = tan tan

tan tan

t s

t s

1

tan(t + s) = sen( )

cos( )

t s

t s

tan(t - s) = tan tan

tan tan

t s

t s

1

para t ou s k2

sen2t = 2sent cost sen2t

2

=

1

2 (1 - cost)

cos2t = cos2t - sen2t cos2t

2

=

1

2(1 + cost)

FUNÇÕES INVERSAS

Dada uma função y = f(x), a inversa dessa função é definida como g(x) = x = f -1(y) e trocando y por x.A imagem de g está contida no domínio de f.O domínio de g está contida na imagem de f.

Exemplo 2: (função inversa) y = g(x)g(x) = x2 +1 x2 = g(x) – 1 x = y = Direta : g(x) = x2 +1 , D : (- , ) mas a restrição da raiz faz com que elas sejam inversa só na região : D [0 , ) e I : [1, ) , pois Inversa : f(x) = , x-1 0 , D: [1,) e I : [0 , ).

Funções inversas trigonométricas

29

Exemplos: a) sen(t + ) Resp. – sent ;

b) sen2

s Resp. coss ;

c) cos 2

s Resp. coss

y =f(x)

1 2 3 4 x

y=g(x)

-4 -3 -2 -1 1 2 3 4 x1

- -/2 /2 x

Diretas

-1

y=senx1

D: (-, ) só é inversa na regiãoD: [-/2 , /2 ] e de imagem I: [-1, 1]

Inversas

-1 1 x

y=sen-1x

/2

-/2

D: [-1, 1] é o domínio da inv. I: [-/2 , /2 ] é sua imagem.

Page 30: Apostila bastante completa de matematica

As funções inversas trigonométricas são bastante úteis quando se tem, por exemplo o seno de um ângulo e se quer saber o valor do ângulo. Ex. sen = 0,5 , portanto, sen-1=30º

FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Se x = by , então y é chamado de logaritmo de x na base b e escreve-se logaritmo de x como logx ou lgx ou lgbx .

y = lgb x b = 10 é a base decimal

Quando b = e 2,7182818 ..., esta base é chamada de natural e representa-se por y = ln x ou LN(x) . Quando o logarítmo , lg = “ln” a base é sempre "e" , isto é , ln x = lg ex ou logarítimo de x na base "e" .

A inversa da função logarítmica é a função exponencial, ou vice versa.

30

f(x)= lgbxse y = 0 x = b0 = 1

Sabemos que 102 = 100 , 103 =1000, e 23 = 8 , 24 = 16 , etc. mas e se tivéssemos um número fracionário do tipo 100,30103 = N , quanto seria N ? Neste caso, y=0,30103 é o log10 N. Os logaritmos se aplicam para resolver equações do tipo:7x = 3, achar x. Solução: Aplica a propriedade lgAx =x.lgA , ou na equação dada , x. , x =,x= 0,477121255/0,845098040x = 0,5645750344

(Os lg10 toma-se na calculadora)

y

1 b

Propridades dos logarítmos(naturais ou outros):

Page 31: Apostila bastante completa de matematica

y=exp(x) y y = lnx

1

0 1 x

(A inversa de y = ex , é obtida aplicando lg=ln , ou lny=lnex =xlne=x, e trocando x por y ,resultando y =lnx)

31

Direta : y= exp(x)=ex

D : (- , ) I : (0, )

Inversa : y = lnx D : (0 , ) I : (- , )

Page 32: Apostila bastante completa de matematica

Unidade 3Estatistica Básica

PROBABILIDADE

A história da teoria das probabilidades, teve início com os jogos de cartas, dados e de roleta. Esse é o motivo da grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo da probabilidade. A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de ocorrência de um número em um experimento aleatório.

Experimento Aleatório

É aquele experimento que quando repetido em iguais condições, podem fornecer resultados diferentes, ou seja, são resultados explicados ao acaso. Quando se fala de tempo e possibilidades de ganho na loteria, a abordagem envolve cálculo de experimento aleatório.

Espaço Amostral

É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. A letra que representa o espaço amostral, é S.Exemplo:

Lançando uma moeda e um dado, simultaneamente, sendo S o espaço amostral, constituído pelos 12 elementos:

S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, R1, R2, R3, R4, R5, R6}35163. Escreva explicitamente os seguintes eventos: A={caras e m número par

aparece}, B={um número primo aparece}, C={coroas e um número ímpar aparecem}.

35164. Idem, o evento em que: a) A ou B ocorrem;b) B e C ocorrem;c) Somente B ocorre.

1. Quais dos eventos A,B e C são mutuamente exclusivos Resolução:

1. Para obter A, escolhemos os elementos de S constituídos de um K e um número par: A={K2, K4, K6};

Para obter B, escolhemos os pontos de S constituídos de números primos:

B={K2,K3,K5,R2,R3,R5}

Para obter C, escolhemos os pontos de S constituídos de um R e um número ímpar:

C={R1,R3,R5}.

(a) A ou B = AUB = {K2,K4,K6,K3,K5,R2,R3,R5}

(b) B e C = B Ç C = {R3,R5}

32

Page 33: Apostila bastante completa de matematica

(c) Escolhemos os elementos de B que não estão em A ou C;

B Ç Ac Ç Cc = {K3,K5,R2}

1. A e C são mutuamente exclusivos, porque A Ç C = Æ

Conceito de probabilidade

Se num fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a probabilidade de ocorrer um evento A é:

Por, exemplo, no lançamento de um dado, um número pasra pode ocorrer de 3 maneiras diferentes dentre 6 igualmente prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50%Dizemos que um espaço amostral S (finito) é equiprovável quando seus eventos elementares têm probabilidades iguais de ocorrência.

Num espaço amostral equiprovável S (finito), a probabilidade de ocorrência de um evento A é sempre:

Propriedades Importantes:

1. Se A e A’ são eventos complementares, então:P( A ) + P( A' ) = 1

2. A probabilidade de um evento é sempre um número entre Æ (probabilidade de evento impossível) e 1 (probabilidade do evento certo).

Probabilidade Condicional

Antes da realização de um experimento, é necessário, que já tenha alguma informação sobre o evento que se deseja observar.Nesse caso o espaço amostral se modifica e o evento tem a s sua probabilidade de ocorrência alterada.

Fórmula de Probabilidade Condicional

P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) é igual a P(E1).P(E2/E1).P(E3/E1 e E2)...P(En/E1 e E2 e ...En-1).

Onde P(E2/E1) é a probabilidade de ocorrer E2, condicionada pelo fato de já ter ocorrido E1;

P(E3/E1 e E2) é a probabilidade ocorrer E3, condicionada pelo fato de já terem ocorrido E1 e E2;

P(Pn/E1 e E2 e ...En-1) é a probabilidade de ocorrer En, condicionada ao fato de já ter ocorrido E1 e E2...En-1.

Exemplo:

Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se ocorrer um sorteio de 2 bolas, uma de cada vez e sem reposição, qual será a probabilidade de a primeira ser vermelha e a segunda ser azul?

33

Page 34: Apostila bastante completa de matematica

Resolução:

Seja o espaço amostral S=30 bolas, bolinhas e considerarmos os seguintes eventos:

A: branca na primeira retirada e P(A) = 10/30

B: preta na segunda retirada e P(B) = 20/29Assim:

P(A e B) = P(A).(B/A) = 10/30.20/29 = 20/87

Eventos independentes

Dizemos que E1 e E2 e ...En-1, En são eventos independentes quando a probabilidade de ocorrer um deles não depende do fato de os outros terem ou não terem ocorrido.Fórmula da probabilidade dos eventos independentes:

P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) = P(E1).P(E2).p(E3)...P(En)

Exemplo:Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se sortearmos 2 bolas, 1 de cada vez e respondo a sorteada na urna, qual será a probabilidade de a primeira ser branca e a segunda ser preta?

Resolução:

Como os eventos são independentes, a probabilidade de sair vermelha na primeira retirada e azul na segunda retirada é igual ao produto das probabilidades de cada condição, ou seja, P(A e B) = P(A).P(B). Ora, a probabilidade de sair vermelha na primeira retirada ´e 10/30 e a de sair azul na segunda retirada 20/30. Daí, usando a regra do produto, temos: 10/30.20/30=2/9.

Observe que na segunda retirada forma consideradas todas as bolas, pois houve reposição. Assim, P(B/A) =P(B), porque o fato de sair bola vermelha na primeira retirada não influenciou a segunda retirada, já que ela foi reposta na urna.

Probabilidade de ocorrer a união de eventos

Fórmula da probabilidade de ocorrer a união de eventos:

P(E1 ou E2) = P(E1) + P(E2).P(E1 e E2)

De fato, se existirem elementos comuns a E1 e E2, estes eventos estarão computados no cálculo de P(E1) e P(E2). Para que sejam considerados uma vez só, subtraímos P(E1 e E2).

Fórmula de probabilidade de ocorrer a união de eventos mutuamente exclusivos:

P(E1 ou E2 ou E3 ou ... ou En) = P(E1) + P(E2) + ... + P(En)

Exemplo: Se dois dados, azul e branco, forem lançados, qual a probabilidade de sair 5 no azul e 3 no branco?Considerando os eventos:

34

Page 35: Apostila bastante completa de matematica

A: Tirar 5 no dado azul e P(A) = 1/6

B: Tirar 3 no dado branco e P(B) = 1/6

Sendo S o espaço amostral de todos os possíveis resultados, temos:

n(S) = 6.6 = 36 possibilidades. Daí, temos:P(A ou B) = 1/6 + 1/6 – 1/36 = 11/36Exemplo: Se retirarmos aleatoriamente uma carta de baralho com 52 cartas, qual a probabilidade de ser um 8 ou um Rei?

Sendo S o espaço amostral de todos os resultados possíveis, temos: n(S) = 52 cartas.

Considere os eventos:

A: sair 8 e P(A) = 8/52

B: sair um rei e P(B) = 4/52

Assim, P(A ou B) = 4/52 + 4/52 – 0 = 8/52 = 2/13. Note que P(A e B) = 0, pois uma carta não pode ser 8 e rei ao mesmo tempo. Quando isso ocorre dizemos que os eventos A e B são mutuamente exclusivos.

1- bjeto da estatística

Estatística é uma ciência exata que visa fornecer subsídios ao analista para coletar, organizar, resumir, analisar e apresentar dados. Trata de parâmetros extraídos da população, tais como média ou desvio padrão.A estatística fornece-nos as técnicas para extrair informação de dados, os quais são muitas vezes incompletos, na medida em que nos dão informação útil sobre o problema em estudo, sendo assim, é objetivo da Estatística extrair informação dos dados para obter uma melhor compreensão das situações que representam.Quando se aborda uma problemática envolvendo métodos estatísticos, estes devem ser utilizados mesmo antes de se recolher a amostra, isto é, deve-se planejar a experiência que nos vai permitir recolher os dados, de modo que, posteriormente, se possa extrair o máximo de informação relevante para o problema em estudo, ou seja para a população de onde os dados provêm.Quando de posse dos dados, procura-se agrupa-los e reduzi-los, sob forma de amostra, deixando de lado a aleatoriedade presente. Seguidamente o objetivo do estudo estatístico pode ser o de estimar uma quantidade ou testar uma hipótese, utilizando-se técnicas estatísticas convenientes, as quais realçam toda a potencialidade da Estatística, na medida em que vão permitir tirar conclusões acerca de uma população, baseando-se numa pequena amostra, dando-nos ainda uma medida do erro cometido. 2- População e amostra

Qualquer estudo científico enfrenta o dilema de estudo da população ou da amostra. Obviamente tería-se uma precisão muito superior se fosse analisado o grupo inteiro, a população, do que uma pequena parcela representativa, denominada amostra. Observa-se que é impraticável na grande maioria dos casos, estudar-se a população em virtude de distâncias,

35

Page 36: Apostila bastante completa de matematica

custo, tempo, logística, entre outros motivos.A alternativa praticada nestes casos é o trabalho com uma amostra confiável. Se a amostra é confiável e proporciona inferir sobre a população, chamamos de inferência estatística. Para que a inferência seja válida, é necessária uma boa amostragem, livre de erros, tais como falta de determinação correta da população, falta de aleatoriedade e erro no dimensionamento da amostra.Quando não é possível estudar, exaustivamente, todos os elementos da população, estudam-se só alguns elementos, a que damos o nome de Amostra. Quando a amostra não representa corretamente a população diz-se enviesada e a sua utilização pode dar origem a interpretações erradas.

3- Recenseamento

Recenseamento é a contagem oficial e periódica dos indivíduos de um País, ou parte de um País. Ele abrange, no entanto, um leque mais vasto de situações. Assim, pode definir-se recenseamento do seguinte modo: Estudo científico de um universo de pessoas, instituições ou objetos físicos com o propósito de adquirir conhecimentos, observando todos os seus elementos, e fazer juízos quantitativos acerca de características importantes desse universo.

4- Estatística descritiva e estatística indutiva

SondagemPor vezes não é viável nem desejável, principalmente quando o número de elementos da população é muito elevado, inquirir todos os seus elementos sempre que se quer estudar uma ou mais características particulares dessa população.Assim surge o conceito de sondagem, que se pode tentar definir como:Estudo científico de uma parte de uma população com o objetivo de estudar atitudes, hábitos e preferências da população relativamente a acontecimentos, circunstâncias e assuntos de interesse comum.

5-Amostragem

Amostragem é o processo que procura extrair da população elementos que através de cálculos probabilísticos ou não, consigam prover dados inferenciais da população-alvo.

Tipos de Amostragem

Não Probabilística

Acidental ou conveniênciaIntencionalQuotas ou proporcionalDesproporcionalProbabilísticaAleatória SimplesAleatória EstratificadaConglomerado

Não ProbabilísticaA escolha de um método não probabilístico, via de regra, sempre encontrará desvantagem frente ao método probabilístico. No entanto, em alguns casos, se faz necessário a opção por

36

Page 37: Apostila bastante completa de matematica

este método. Fonseca (1996), alerta que não há formas de se generalizar os resultados obtidos na amostra para o todo da população quando se opta por este método de amostragem.

5.1- Acidental ou conveniência

Indicada para estudos exploratórios. Freqüentemente utilizados em super mercados para testar produtos.IntencionalO entrevistador dirige-se a um grupo em específico para saber sua opinião. Por exemplo, quando de um estudo sobre automóveis, o pesquisador procura apenas oficinas.

5.2- Quotas ou proporcional

Na realidade, trata-se de uma variação da amostragem intencional. Necessita-se ter um prévio conhecimento da população e sua proporcionalidade. Por exemplo, deseja-se entrevistar apenas indivíduos da classe A, que representa 12% da população. Esta será a quota para o trabalho. Comumente também substratifica-se uma quota obedecendo a uma segunda proporcionalidade.

5.3- Desproporcional

Muito utilizada quando a escolha da amostra for desproporcional à população. Atribui-se pesos para os dados, e assim obtém-se resultados ponderados representativos para o estudo.

Probabilística Para que se possa realizar inferências sobre a população, é necessário que se trabalhe com amostragem probabilística. É o método que garante segurança quando investiga-se alguma hipótese. Normalmente os indivíduos investigados possuem a mesma probabilidade de ser selecionado na amostra.

5.4- Aleatória Simples

É o mais utilizado processo de amostragem. Prático e eficaz, confere precisão ao processo de amostragem. Normalmente utiliza-se uma tabela de números aleatórios e nomeia-se os indivíduos, sorteando-se um por um até completar a amostra calculadaUma variação deste tipo de amostragem é a sistemática. Em um grande número de exemplos, o pesquisador depara-se com a população ordenada. Neste sentido, tem-se os indivíduos dispostos em seqüência o que dificulta a aplicação exata desta técnica.

Quando se trabalha com sorteio de quadras de casas por exemplo, há uma regra crescente para os números das casas. Em casos como este, divide-se a população pela amostra e obtém-se um coeficiente (y). A primeira casa será a de número x, a segunda será a de número x + y; a terceira será a de número x + 3. y.

Supondo que este coeficiente seja 6. O primeiro elemento será 3. O segundo será 3 + 6. O terceiro será 3 + 2.6. O quarto será 3 + 3.6, e assim sucessivamente.Aleatória Estratificada

Quando se deseja guardar uma proporcionalidade na população heterogênea. Estratifica-se cada subpopulação por intermédio de critérios como classe social, renda, idade, sexo, entre outros.

5.5- Conglomerado

37

Page 38: Apostila bastante completa de matematica

Em corriqueiras situações, torna-se difícil coletar características da população. Nesta modalidade de amostragem, sorteia-se um conjunto e procura-se estudar todo o conjunto. É exemplo de amostragem por conglomerado, famílias, organizações e quarteirões.

6- Dimensionamento da amostra Quando deseja-se dimensionar o tamanho da amostra, o procedimento desenvolve-se em três etapas distintas: * Avaliar a variável mais importante do grupo e a mais significativa; * Analisar se é ordinal, intervalar ou nominal; * Verificar se a população é finita ou infinita;Variável intervalar e população infinita

Variável intervalar e população finita

Variável nominal ou ordinal e população infinita

Variável nominal ou ordinal e população finita

Obs.: A proporção (p) será a estimativa da verdadeira proporção de um dos níveis escolhidos para a variável adotada. Por exemplo, 60% dos telefones da amostra é Nokia, então p será 0,60.A proporção (q) será sempre 1 - p. Neste exemplo q, será 0,4. O erro é representado por d.Para casos em que não se tenha como identificar as proporções confere-se 0,5 para p e q.

7- Tipos de dados

Basicamente os dados, dividem-se em contínuos e discretos. O primeiro é definido como qualquer valor entre dois limites quaisquer, tal como um diâmetro. Portanto trata-se de um valor que ser "quebrado". São dados contínuos, questões que envolvem idade, renda, gastos, vendas, faturamento, entre muitas outras.Quando fala-se em valores discretos, aborda-se um valor exato, tal como quantidade de peças defeituosas. Comumente utiliza-se este tipo de variáveis para tratar de numero de filhos, satisfação e escalas nominais no geral.O tipologia dos dados determina a variável, ela será portanto contínua ou discreta. Isto quer dizer que ao definir-se uma variável com contínua ou discreta, futuramente já definiu-se que tipo de tratamento se dará a ela.De acordo com o que dissemos anteriormente, numa análise estatística distinguem-se essencialmente duas fases: Uma primeira fase em que se procura descrever e estudar a amostra: Estatística Descritiva e uma segunda fase em que se procura tirar conclusões para a população:

1ª Fase Estatística Descritiva Procura-se descrever a amostra, pondo em evidência as características principais e as propriedades. 2ª Fase Estatística Indutiva

38

Page 39: Apostila bastante completa de matematica

Conhecidas certas propriedades (obtidas a partir de uma análise descritiva da amostra), expressas por meio de proposições, imaginam-se proposições mais gerais, que exprimam a existência de leis (na população).

No entanto, ao contrário das proposições deduzidas, não podemos dizer que são falsas ou verdadeiras, já que foram verificadas sobre um conjunto restrito de indivíduos, e portanto não são falsas, mas não foram verificadas para todos os indivíduos da População, pelo que também não podemos afirmar que são verdadeiras ! Existe, assim, um certo grau de incerteza (percentagem de erro) que é medido em termos de Probabilidade.Considerando o que foi dito anteriormente sobre a Estatística Indutiva, precisamos aqui da noção de Probabilidade, para medir o grau de incerteza que existe, quando tiramos uma conclusão para a população, a partir da observação da amostra.

8- Dados, tabelas e gráficos

Distribuição de freqüênciaQuando da análise de dados, é comum procurar conferir certa ordem aos números tornando-os visualmente mais amigáveis. O procedimento mais comum é o de divisão por classes ou categorias, verificando-se o número de indivíduos pertencentes a cada classe.

1. Determina-se o menor e o maior valor para o conjunto:2. Definir o limite inferior da primeira classe (Li) que deve ser igual ou ligeiramente inferior ao menor valor das observações:3. Definir o limite superior da última classe (Ls) que deve ser igual ou ligeiramente superior ao maior valor das observações:4. Definir o número de classes (K), que será calculado usando K = . Obrigatoriamente deve estar compreendido entre 5 a 20. 5. Conhecido o número de classes define-se a amplitude de cada classe: 6. Com o conhecimento da amplitude de cada classe, define-se os limites para cada classe (inferior e superior)

Distribuições simétricas

A distribuição das frequências faz-se de forma aproximadamente simétrica, relativamente a uma classe média

Caso especial de uma distribuição simétricaQuando dizemos que os dados obedecem a uma distribuição normal, estamos tratando de dados que distribuem-se em forma de sino.

Distribuições Assimétricas

A distribuição das freqüências apresenta valores menores num dos lados:

39

Page 40: Apostila bastante completa de matematica

Distribuições com "caudas" longas

Observamos que nas extremidades há uma grande concentração de dados em relação aos concentrados na região central da distribuição.

9- Medidas de tendência Central

As mais importante medidas de tendência central, são a média aritmética, média aritmética para dados agrupados, média aritmética ponderada, mediana, moda, média geométrica, média harmônica, quartis. Quando se estuda variabilidade, as medidas mais importantes são: amplitude, desvio padrão e variância.

Medidas

Média aritmética

Média aritmética para dados agrupados

Média aritmética ponderada

Mediana1) Se n é impar, o valor é central, 2) se n é par, o valor é a média dos dois valores centrais

ModaValor que ocorre com mais freqüência.

Média geométrica

Média harmônica

Quartil

Sendo a média uma medida tão sensível aos dados, é preciso ter cuidado com a sua utilização, pois pode dar uma imagem distorcida dos dados.

40

Page 41: Apostila bastante completa de matematica

Pode-se mostrar, que quando a distribuição dos dados é "normal", então a melhor medida de localização do centro, é a média.Sendo a Distribuição Normal uma das distribuições mais importantes e que surge com mais freqüência nas aplicações, (esse fato justifica a grande utilização da média).A média possui uma particularidadebastante interessante, que consiste no seguinte: se calcularmos os desvios de todas as observações relativamente à média e somarmos esses desvios o resultado obtido é igual a zero. A média tem uma outra característica, que torna a sua utilização vantajosa em certas aplicações: Quando o que se pretende representar é a quantidade total expressa pelos dados, utiliza-se a média.Na realidade, ao multiplicar a média pelo número total de elementos, obtemos a quantidade pretendida.

9.1- Moda

Define-se moda como sendo: o valor que surge com mais freqüência se os dados são discretos, ou, o intervalo de classe com maior freqüência se os dados são contínuos. Assim, da representação gráfica dos dados, obtém-se imediatamente o valor que representa a moda ou a classe modalEsta medida é especialmente útil para reduzir a informação de um conjunto de dados qualitativos, apresentados sob a forma de nomes ou categorias, para os quais não se pode calcular a média e por vezes a mediana.

9.2- Mediana

A mediana, é uma medida de localização do centro da distribuição dos dados, definida do seguinte modo: Ordenados os elementos da amostra, a mediana é o valor (pertencente ou não à amostra) que a divide ao meio, isto é, 50% dos elementos da amostra são menores ou iguais à mediana e os outros 50% são maiores ou iguais à mediana Para a sua determinação utiliza-se a seguinte regra, depois de ordenada a amostra de n elementos: Se n é ímpar, a mediana é o elemento médio. Se n é par, a mediana é a semi-soma dos dois elementos médios.

9.3-Considerações a respeito de Média e Mediana

Se se representarmos os elementos da amostra ordenada com a seguinte notação: X1:n , X2:n , ... , Xn:n então uma expressão para o cálculo da mediana será:Como medida de localização, a mediana é mais robusta do que a média, pois não é tão sensível aos dados.1- Quando a distribuição é simétrica, a média e a mediana coincidem. 2- A mediana não é tão sensível, como a média, às observações que são muito maiores ou muito menores do que as restantes (outliers). Por outro lado a média reflete o valor de todas as observações. Como já vimos, a média ao contrário da mediana, é uma medida muito influenciada por valores "muito grandes" ou "muito pequenos", mesmo que estes valores surjam em pequeno número na amostra. Estes valores são os responsáveis pela má utilização da média em muitas situações em que teria mais significado utilizar a mediana. A partir do exposto, deduzimos que se a distribuição dos dados: 1. for aproximadamente simétrica, a média aproxima-se da mediana

41

Page 42: Apostila bastante completa de matematica

2. for enviesada para a direita (alguns valores grandes como "outliers"), a média tende a ser maior que a mediana3. for enviesada para a esquerda (alguns valores pequenos como "outliers"), a média tende a ser inferior à mediana.

10 - Medidas de dispersão

Introdução

No capítulo anterior, vimos algumas medidas de localização do centro de uma distribuição de dados. Veremos agora como medir a variabilidade presente num conjunto de dados através das seguintes medidas:

10.1- Medidas de dispersão

Um aspecto importante no estudo descritivo de um conjunto de dados, é o da determinação da variabilidade ou dispersão desses dados, relativamente à medida de localização do centro da amostra.Supondo ser a média, a medida de localização mais importante, será relativamente a ela que se define a principal medida de dispersão - a variância, apresentada a seguir.

10.2- Variância

Define-se a variância, como sendo a medida que se obtém somando os quadrados dos desvios das observações da amostra, relativamente à sua média, e dividindo pelo número de

observações da amostra menos um.

10.3- Desvio-padrão

Uma vez que a variância envolve a soma de quadrados, a unidade em que se exprime não é a mesma que a dos dados. Assim, para obter uma medida da variabilidade ou dispersão com as mesmas unidades que os dados, tomamos a raiz quadrada da variância e obtemos o desvio padrão:

O desvio padrão é uma medida que só pode assumir valores não negativos e quanto maior for, maior será a dispersão dos dados. Algumas propriedades do desvio padrão, que resultam imediatamente da definição, são:o desvio padrão será maior, quanta mais variabilidade houver entre os dados.

11. Distribuição NormalA distribuição normal é a mas importante distribuição estatística, considerando a questão prática e teórica. Já vimos que esse tipo de distribuição apresenta-se em formato de sino, unimodal, simétrica em relação a sua média.Considerando a probabilidade de ocorrência, a área sob sua curva soma 100%. Isso quer dizer que a probabilidade de uma observação assumir um valor entre dois pontos quaisquer é igual à área compreendida entre esses dois pontos.

42

Page 43: Apostila bastante completa de matematica

68,26% => 1 desvio95,44% => 2 desvios99,73% => 3 desvios

Na figura acima, tem as barras na cor marrom representando os desvios padrões. Quanto mais afastado do centro da curva normal, mais área compreendida abaixo da curva haverá. A um desvio padrão, temos 68,26% das observações contidas. A dois desvios padrões, possuímos 95,44% dos dados comprendidos e finalmente a três desvios, temos 99,73%. Podemos concluir que quanto maior a variablidade dos dados em relação à média, maior a probabilidade de encontrarmos o valor que buscamos embaixo da normal.Propriedade 1:"f(x) é simétrica em relação à origem, x = média = 0;Propriedade 2:"f(x) possui um máximo para z=0, e nesse caso sua ordenada vale 0,39;Propriedade3:"f(x) tende a zero quando x tende para + infinito ou - infinito;Propriedade4:"f(x) tem dois pontos de inflexão cujas abscissas valem média + DP e média - DP, ou quando z tem dois pontos de inflexão cujas abscissas valem +1 e -1.

Unidade 4

Regra de três simples

Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro valores dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhecidos.

Passos utilizados numa regra de três simples:

1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo na mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência.2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.3º) Montar a proporção e resolver a equação.Exemplos:

1) Com uma área de absorção de raios solares de 1,2m2, uma lancha com motor movido a energia solar consegue produzir 400 watts por hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5m2, qual será a energia produzida?Solução: montando a tabela:

Área (m2) Energia (Wh)1,2 400

43

Page 44: Apostila bastante completa de matematica

1,5 xIdentificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).Observe que: Aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta.Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são diretamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora.

2) Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h, faz um determinado percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h?Solução: montando a tabela:

Velocidade (Km/h) Tempo (h)400 3480 x

Identificação do tipo de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).Observe que: Aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui.Como as palavras são contrárias (aumentando - diminui), podemos afirmar que as grandezas são inversamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos.

3) Bianca comprou 3 camisetas e pagou R$120,00. Quanto ela pagaria se comprasse 5 camisetas do mesmo tipo e preço?Solução: montando a tabela:

Camisetas Preço (R$)3 1205 x

44

Page 45: Apostila bastante completa de matematica

Observe que: Aumentando o número de camisetas, o preço aumenta.Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são

diretamente proporcionais. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, a Bianca pagaria R$200,00 pelas 5 camisetas.

4) Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, realizou determinada obra em 20 dias. Se o número de horas de serviço for reduzido para 5 horas, em que prazo essa equipe fará o mesmo trabalho?Solução: montando a tabela:

Horas por dia Prazo para término (dias)8 205 x

Observe que: Diminuindo o número de horas trabalhadas por dia, o prazo para término aumenta.Como as palavras são contrárias (diminuindo - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são

inversamente proporcionais. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Regra de três composta

A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou inversamente proporcionais.Exemplos:

1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m3 de areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão necessários para descarregar 125m3?Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as grandezas de espécies diferentes que se correspondem:

Horas Caminhões Volume8 20 1605 x 125

Identificação dos tipos de relação:

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).

A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde está o x.Observe que:

45

Page 46: Apostila bastante completa de matematica

Aumentando o número de horas de trabalho, podemos diminuir o número de caminhões. Portanto a relação é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna).

Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número de caminhões. Portanto a relação é diretamente proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém o termo x com o produto das outras razões de acordo com o sentido das setas.

Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, serão necessários 25 caminhões.

2) Numa fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos serão montados por 4 homens em 16 dias?Solução: montando a tabela:

Homens Carrinhos Dias8 20 54 x 16

Observe que:Aumentando o número de homens, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação é diretamente proporcional (não precisamos inverter a razão).Aumentando o número de dias, a produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação também é diretamente proporcional (não precisamos inverter a razão). Devemos igualar a razão que contém o termo x com o produto das outras razões.

Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, serão montados 32 carrinhos.

3) Dois pedreiros levam 9 dias para construir um muro com 2m de altura. Trabalhando 3 pedreiros e aumentando a altura para 4m, qual será o tempo necessário para completar esse muro?Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x. Depois colocam-se flechas concordantes para as grandezas diretamente proporcionais com a incógnita e discordantes para as inversamente proporcionais, como mostra a figura abaixo:

46

Page 47: Apostila bastante completa de matematica

Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

Logo, para completar o muro serão necessários 12 dias.

Exercícios complementaresAgora chegou a sua vez de tentar. Pratique tentando fazer esses exercícios:1) Três torneiras enchem uma piscina em 10 horas. Quantas horas levarão 10 torneiras para encher 2 piscinas? Resposta: 6 horas.2) Uma equipe composta de 15 homens extrai, em 30 dias, 3,6 toneladas de carvão. Se for aumentada para 20 homens, em quantos dias conseguirão extrair 5,6 toneladas de carvão? Resposta: 35 dias.3) Vinte operários, trabalhando 8 horas por dia, gastam 18 dias para construir um muro de 300m. Quanto tempo levará uma turma de 16 operários, trabalhando 9 horas por dia, para construir um muro de 225m? Resposta: 15 dias.4) Um caminhoneiro entrega uma carga em um mês, viajando 8 horas por dia, a uma velocidade média de 50 km/h. Quantas horas por dia ele deveria viajar para entregar essa carga em 20 dias, a uma velocidade média de 60 km/h? Resposta: 10 horas por dia.5) Com uma certa quantidade de fio, uma fábrica produz 5400m de tecido com 90cm de largura em 50 minutos. Quantos metros de tecido, com 1 metro e 20 centímetros de largura, seriam produzidos em 25 minutos? Resposta: 2025 metros.

Unidade 5 Razões e Proporções

Medidas de superfície

IntroduçãoAs medidas de superficie fazem parte de nosso dia a dia e respondem a nossas perguntas mais corriqueiras do cotidiano:3. Qual a area desta sala? 4. Qual a area desse apartamento? 5. Quantos metros quadrados de azulejos são necessarios para revestir essa piscina? 6. Qual a area dessa quadra de futebol de salão? 7. Qual a area pintada dessa parede?

Superfície e área

Superficie é uma grandeza com duas dimensòes, enquanto área é a medida dessa grandeza, portanto, um número.

Metro QuadradoA unidade fundamental de superfície chama-se metro quadrado. O metro quadrado (m2) é a medida correspondente à superfície de um quadrado com 1 metro de lado.

Múltiplos Unidade Fundamental

Submúltiplos

quilômetros quadrado

hectômetro quadrado

decâmetro quadrado

metro quadrado

decímetro quadrado

centímetro quadrado

milímetro quadrado

47

Page 48: Apostila bastante completa de matematica

km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

1.000.000m2 10.000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2 O dam2, o hm2 e km2 sào utilizados para medir grandes superfícies, enquanto o dm2, o cm2 e o mm2 são

utilizados para pequenas superfícies. Exemplos: 1) Leia a seguinte medida: 12,56m2 km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

12, 56Lê-se “12 metros quadrados e 56 decímetros quadrados”. Cada coluna dessa tabela corresponde a uma unidade de área.2) Leia a seguinte medida: 178,3 m2 km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

1 78, 30Lê-se “189 metros quadrados e 30 decímetros quadrados” 3) Leia a seguinte medida: 0,917 dam2 km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

0, 91 70Lê-se 9.170 decímetros quadrados.Medidas AgráriasAs medidas agrárias são utilizadas parea medir superfícies de campo, plantações, pastos, fazendas, etc. A principal unidade destas medidas é o are (a). Possui um múltiplo, o hectare (ha), e um submúltiplo, o centiare (ca).

Unidadeagrária

hectare (ha) are (a) centiare (ca)

Equivalênciade valor

100a 1a 0,01a

Lembre-se:1 ha = 1hm2

1a = 1 dam2

1ca = 1m2

Transformação de unidades de superfície

No sistema métrico decimal, devemos lembrar que, na transformação de unidades de superfície, cada unidade de superfície é 100 vezes maior que a unidade imediatamente inferior:

Observe as seguintes transformações:

8. transformar 2,36 m2 em mm2.

km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

Para transformar m2 em mm2 (três posições à direita) devemos multiplicar por 1.000.000 (100x100x100).2,36 x 1.000.000 = 2.360.000 mm2

9. transformar 580,2 dam2 em km2.

48

Page 49: Apostila bastante completa de matematica

km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

Para transformar dam2 em km2 (duas posições à esquerda) devemos dividir por 10.000 (100x100).580,2 : 10.000 = 0,05802 km2

Pratique! Tente resolver esses exercícios:1) Transforme 8,37 dm2 em mm2 (R: 83.700 mm2)2) Transforme 3,1416 m2 em cm2 (R: 31.416 cm2)3) Transforme 2,14 m2 em dam2 (R: 0,0214 dam2)4) Calcule 40m x 25m (R: 1.000 m2)

Medidas de volumeIntrodução

Frequentemente nos deparamos com problemas que envolvem o uso de três dimensões: comprimento, largura e altura. De posse de tais medidas tridimensionais, poderemos calcular medidas de metros cúbicos e volume.

Metro cúbico A unidade fundamental de volume chama-se metro cúbico. O metro cúbico (m3) é medida correspondente ao espaço ocupado por um cubo com 1 m de aresta.

Múltiplos e submúltiplos do metro cúbico

Múltiplos Unidade Fundamental

Submúltiplos

quilômetro cúbico hectômetro cúbico

decâmetro cúbico

metro cúbico decímetro cúbico

centímetro cúbico

milímetro cúbico

km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3 1.000.000.000m3 1.000.000 m3 1.000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001 m3

Leitura das medidas de volume A leitura das medidas de volume segue o mesmo procedimento do aplicado às medidas lineares. Devemos utilizar porem, tres algarismo em cada unidade no quadro. No caso de alguma casa ficar incompleta, completa-se com zero(s). Exemplos.

10. Leia a seguinte medida: 75,84m3

km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3

75, 840

Lê-se "75 metros cúbicos e 840 decímetros cúbicos".

11. Leia a medida: 0,0064dm3

km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3

0, 006 400

Lê-se "6400 centímetros cúbicos".

Transformação de unidades de volume

49

Page 50: Apostila bastante completa de matematica

Na transformação de unidades de volume, no sistema métrico decimal, devemos lembrar que cada

unidade de volume é 1.000 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.

Observe a seguinte transformação:

12. transformar 2,45 m3 para dm3.

km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3

Para transformar m3 em dm3 (uma posição à direita) devemos multiplicar por 1.000.

2,45 x 1.000 = 2.450 dm3

Pratique! Tente resolver esses exercícios:1) Transforme 8,132 km3 em hm3 (R: 8.132 hm3)2) Transforme 180 hm3 em km3 (R: 0,18 km3)3) Transforme 1 dm3 em dam3 (R: 0,000001 dam3)4) Expresse em metros cúbicos o valor da expressão: 3.540dm3 + 340.000cm3 (R: 3,88 m3)

Medidas de capacidade

A quantidade de líquido é igual ao volume interno de um recipiente, afinal quando enchemos este recipiente, o líquido assume a forma do mesmo.

Capacidade é o volume interno de um recipiente.

A unidade fundamental de capacidade chama-se litro.

Litro é a capacidade de um cubo que tem 1dm de aresta. 1l = 1dm3

Múltiplos e submúltiplos do litro

Múltiplos Unidade Fundamental

Submúltiplos

quilolitro hectolitro decalitro litro decilitro centilitro mililitro kl hl dal l dl cl ml 1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

Cada unidade é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.Relações1l = 1dm3

1ml = 1cm3

1kl = 1m3

Leitura das medidas de capacidade

13. Exemplo: leia a seguinte medida: 2,478 dal

kl hl dal l dl cl ml

50

Page 51: Apostila bastante completa de matematica

2, 4 7 8

Lê-se "2 decalitros e 478 centilitros".

Transformação de unidades de capacidade

Na transformação de unidades de capacidade, no sistema métrico decimal, devemos lembrar que cada unidade de capacidade é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.

Observe a seguinte transformação:

14. transformar 3,19 l para ml.

kl hl dal l dl cl ml

Para transformar l para ml (três posições à direita) devemos multiplicar por 1.000 (10x10x10).3,19 x 1.000 = 3.190 ml

Pratique! Tente resolver esses exercícios:1) Transforme 7,15 kl em dl (R: 71.500 dl)2) Transforme 6,5 hl em l (R: 650 l)3) Transforme 90,6 ml em l (R: 0,0906 l)4) Expresse em litros o valor da expressão: 0,6m3 + 10 dal + 1hl (R: 800 l)

Medidas de massaIntrodução

Observe a distinção entre os conceitos de corpo e massa:

Massa é a quantidade de matéria que um corpo possui, sendo, portanto, constante em qualquer lugar da terra ou fora dela.

Peso de um corpo é a força com que esse corpo é atraído (gravidade) para o centro da terra. Varia de acordo com o local em que o corpo se encontra. Por exemplo:A massa do homem na Terra ou na Lua tem o mesmo valor. O peso, no entanto, é seis vezes maior na terra do que na lua.

Explica-se esse fenômeno pelo fato da gravidade terrestre ser 6 vezes superior à gravidade lunar.Obs: A palavra grama, empregada no sentido de "unidade de medida de massa de um corpo", é um substantivo masculino. Assim 200g, lê-se "duzentos gramas".

QuilogramaA unidade fundamental de massa chama-se quilograma.

O quilograma (Kg) é a massa de 1dm3 de água destilada à temperatura de 4ºC.

Apesar de o quilograma ser a unidade fundamental de massa, utilizamos na prática o grama como unidade principal de massa.

51

Page 52: Apostila bastante completa de matematica

Múltiplos e Submúltiplos do grama

MúltiplosUnidade principal

Submúltiplos

quilograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligramakg hg dag g dg cg mg1.000g 100g 10g 1g 0,1g 0,01g 0,001gObserve que cada unidade de volume é dez vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Exemplos:

1 dag = 10 g1 g = 10 dg

Medidas de massaTransformação de Unidades

Cada unidade de massa é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.

Observe as Seguintes transformações:

15. Transforme 4,627 kg em dag.

kg hg dag g dg cg mg

Para transformar kg em dag (duas posições à direita) devemos multiplicar por 100 (10 x 10).4,627 x 100 = 462,7Ou seja:4,627 kg = 462,7 dag

Observação:Peso bruto: peso do produto com a embalagem.Peso líquido: peso somente do produto.

Medidas de tempo

IntroduçãoÉ comum em nosso dia-a-dia pergunta do tipo:Qual a duração dessa partida de futebol?Qual o tempo dessa viagem?Qual a duração desse curso?Qual o melhor tempo obtido por esse corredor?

Todas essas perguntas serão respondidas tomando por base uma unidade padrão de medida de tempo.A unidade de tempo escolhida como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo.

Segundo

O Sol foi o primeiro relógio do homem: o intervalo de tempo natural decorrido entre as sucessivas passagens do Sol sobre um dado meridiano dá origem ao dia solar.

52

Page 53: Apostila bastante completa de matematica

O segundo (s) é o tempo equivalente a 1/86.400 do dia solar médio.

As medidas de tempo não pertencem ao Sistema Métrico Decimal.

Múltiplos e Submúltiplos do SegundoQuadro de unidades

Múltiplosminutos hora diamin h d60 s 60 min = 3.600 s 24 h = 1.440 min = 86.400s

São submúltiplos do segundo:16. décimo de segundo 17. centésimo de segundo 18. milésimo de segundo

Cuidado: Nunca escreva 2,40h como forma de representar 2 h 40 min. Pois o sistema de medidas de tempo não é decimal.Observe:

Outras importantes unidades de medida:

mês (comercial) = 30 diasano (comercial) = 360 dias

ano (normal) = 365 dias e 6 horasano (bissexto) = 366 dias

semana = 7 diasquinzena = 15 diasbimestre = 2 mesestrimestre = 3 meses

quadrimestre = 4 meses

semestre = 6 mesesbiênio = 2 anos

lustro ou qüinqüênio = 5 anosdécada = 10 anosséculo = 100 anos

milênio = 1.000 anos

Medidas de Comprimento

Sistema Métrico Decimal

Desde a Antiguidade os povos foram criando suas unidades de medida. Cada um deles possuía suas próprias unidades-padrão. Com o desenvolvimento do comércio ficavam cada vez mais difíceis a troca de informações e as negociações com tantas medidas diferentes. Era necessário que se adotasse um padrão de medida único para cada grandeza.

53

Page 54: Apostila bastante completa de matematica

Foi assim que, em 1791, época da Revolução francesa, um grupo de representantes de vários países reuniu-se para discutir a adoção de um sistema único de medidas. Surgia o sistema métrico decimal.

MetroA palavra metro vem do gegro métron e significa "o que mede". Foi estabelecido inicialmente que a medida do metro seria a décima milionésima parte da distância do Pólo Norte ao Equador, no meridiano que passa por Paris. No Brasil o metro foi adotado oficialmente em 1928.

Múltiplos e Submúltiplos do MetroAlém da unidade fundamental de comprimento, o metro, existem ainda os seus múltiplos e submúltiplos, cujos nomes são formados com o uso dos prefixos: quilo, hecto, deca, deci, centi e mili. Observe o quadro:

MúltiplosUnidade

FundamentalSubmúltiplos

quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetrokm hm dam m dm cm mm1.000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distâncias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:

mícron (µ) = 10-6 m angströn (Å) = 10-10 m

Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):

Ano-luz = 9,5 · 1012 kmO pé, a polegada, a milha e a jarda são unidades não pertencentes ao sistemas métrico decimal, são utilizadas em países de língua inglesa. Observe as igualdades abaixo:

Pé = 30,48 cmPolegada = 2,54 cmJarda = 91,44 cmMilha terrestre = 1.609 mMilha marítima = 1.852 m

Observe que:

1 pé = 12 polegadas1 jarda = 3 pés

Leitura das Medidas de Comprimento

A leitura das medidas de comprimentos pode ser efetuada com o auxílio do quadro de unidades. Exemplos: Leia a seguinte medida: 15,048 m.Seqüência prática

1º) Escrever o quadro de unidades:km hm dam m dm cm mm

2º) Colocar o número no quadro de unidades, localizando o último algarismo da parte inteira sob a sua respectiva.

km hm dam m dm cm mm1 5, 0 4 8

3º) Ler a parte inteira acompanhada da unidade de medida do seu último algarismo e a parte decimal acompanhada da unidade de medida do último algarismo da mesma.

15 metros e 48 milímetrosOutros exemplos:

54

Page 55: Apostila bastante completa de matematica

6,07 km lê-se "seis quilômetros e sete decâmetros"82,107 dam lê-se "oitenta e dois decâmetros e cento e sete centímetros".0,003 m lê-se "três milímetros".

Transformação de Unidades

Observe as seguintes transformações:

19. Transforme 16,584hm em m.

km hm dam m dm cm mm

Para transformar hm em m (duas posições à direita) devemos multiplicar por 100 (10 x 10).

16,584 x 100 = 1.658,4Ou seja:16,584hm = 1.658,4m

20. Transforme 1,463 dam em cm. km hm dam m dm cm mm

Para transformar dam em cm (três posições à direita) devemos multiplicar por 1.000 (10 x 10 x 10).1,463 x 1.000 = 1,463Ou seja:1,463dam = 1.463cm.21. Transforme 176,9m em dam.

km hm dam m dm cm mmPara transformar dam em cm (três posições à esquerda) devemos dividir por 10.176,9 : 10 = 17,69Ou seja:176,9m = 17,69dam22. Transforme 978m em km.

km hm dam m dm cm mmPara transformar m em km (três posições à esquerda) devemos dividir por 1.000.978 : 1.000 = 0,978Ou seja:978m = 0,978km.

Observação:Para resolver uma expressão formada por termos com diferentes unidades, devemos inicialmente transformar todos eles numa mesma unidade, para a seguir efetuar as operações.

Perímetro de um Polígono

Perímetro de um polígono é a soma das medidas dos seus lados.

Perímetro do retângulo

55

Page 56: Apostila bastante completa de matematica

b - base ou comprimento h - altura ou larguraPerímetro = 2b + 2h = 2(b + h)

Perímetro dos polígonos regulares

Triângulo equilátero QuadradoP = l+ l + lP = 3 · l

P = l + l + l+ lP = 4 · l

Pentágono HexágonoP = l + l + l + l + lP = 5 ·

P = l + l + l + l + l + lP = 6 · l

l - medida do lado do polígono regularP - perímetro do polígono regular

Para um polígono de n lados, temos:P = n · l

Comprimento da CircunferênciaUm pneu tem 40cm de diâmetro, conforme a figura. Pergunta-se:Cada volta completa deste pneu corresponde na horizontal a quantos centímetros? Envolva a roda com um barbante. Marque o início e o fim desta volta no barbante.Estique o bastante e meça o comprimento da circunferência correspondente à roda.

56

Page 57: Apostila bastante completa de matematica

Medindo essa dimensão você encontrará aproximadamente 125,6cm, que é um valor um pouco superior a 3 vezes o seu diâmetro. Vamos ver como determinar este comprimento por um processo não

experimental.Você provavelmente já ouviu falar de uma antiga descoberta matemática:

Dividindo o comprimento de uma circunferência (C) pela medida do seu diâmetro (D), encontramos sempre um valor aproximadamente igual a 3,14.

Assim: O número 3,141592... corresponde em matemática à letra grega (lê-se "pi"), que é a primeira lera da palavra grega perímetro. Costuma-se considera = 3,14.

Logo: Utilizando essa fórmula, podemos determinar o comprimento de qualquer circunferência.Podemos agora conferir com auxílio da fórmula o comprimento da toda obtido experimentalmente.

C = 2pir C = 2 3,14 · 20 · C = 125,6 cm

3,141592...

57