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ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS: INTRODUÇÃO Não há como uma empresa funcionar sem a existência de recursos, sejam eles financeiros, humanos ou materiais. Esta disciplina irá focar a sua atenção sobre estes últimos, sejam eles no que diz respeito aos insumos ou aos bens patrimoniais indispensáveis no processo de fabricação. Com a crescente concorrência existente por uma participação no mercado consumidor as empresas buscam identificar formas de melhorar seus desempenhos, encontrando maneiras diferentes de obterem vantagens competitivas. Uma das formas de obter uma vantagem, se não competitiva, mas pelo menos comparativa é através de uma boa gestão dos recursos materiais e patrimoniais. Com os custos crescentes é importante gerir bem seus estoques e seu patrimônio produtivo de forma a utilizá-los com a máxima eficiência e eficácia. É sobre isso que estaremos falando a partir de agora. O CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS: Administração de Recursos Materiais engloba a sequencia de operações que tem início na identificação do fornecedor, na compra do bem ou serviço, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento (armazenagem), em seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e, finalmente, em sua distribuição ao consumidor final. Evolução da área de suprimentos No inicio do artigo o autor diz que a aquisição de bens e serviços a serem utilizados na produção e na revenda de produtos é uma das atividades responsáveis pelo custo de produção e das mercadorias vendidas. Durante vários anos essa função foi vista como uma atividade de caráter tático,

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ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS:

INTRODUÇÃONão há como uma empresa funcionar sem a existência de recursos, sejam eles financeiros, humanos ou materiais. Esta disciplina irá focar a sua atenção sobre estes últimos, sejam eles no que diz respeito aos insumos ou aos bens patrimoniais indispensáveis no processo de fabricação. Com a crescente concorrência existente por uma participação no mercado consumidor as empresas buscam identificar formas de melhorar seus desempenhos, encontrando maneiras diferentes de obterem vantagens competitivas. Uma das formas de obter uma vantagem, se não competitiva, mas pelo menos comparativa é através de uma boa gestão dos recursos materiais e patrimoniais. Com os custos crescentes é importante gerir bem seus estoques e seu patrimônio produtivo de forma a utilizá-los com a máxima eficiência e eficácia. É sobre isso que estaremos falando a partir de agora.

O CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS:Administração de Recursos Materiais engloba a sequencia de operações que tem início na identificação do fornecedor, na compra do bem ou serviço, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento (armazenagem), em seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e, finalmente, em sua distribuição ao consumidor final.

Evolução da área de suprimentos

No inicio do artigo o autor diz que a aquisição de bens e serviços a serem

utilizados na produção e na revenda de produtos é uma das atividades

responsáveis pelo custo de produção e das mercadorias vendidas. Durante

vários anos essa função foi vista como uma atividade de caráter tático, tendo

sempre um perfil reativo às decisões tomadas pelos demais departamentos,

principalmente o de produção. Com o surgimento da crise do petróleo em 1973

e 1974, a atuação do setor de compras e suprimentos foi decisiva para a

época. Tendo em vista a redução acelerada da matéria-prima no cenário

mundial, precisou-se demandar cada vez mais dessa função uma atitude ativa

para o ressuprimento das necessidades internas das empresas.

O surgimento de novas formas de gerenciamento obrigou o setor de compras a

adotar novas práticas de gestão, se colocando dessa forma como participante

na construção de vantagens competitivas para a organização.

A linha de evolução do desenvolvimento de Compras ou Suprimentos ao longo

da história se divide em quatro fases basicamente. A primeira fase é

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caracterizada pela pouca agregação de valor por parte desse setor a

organização como um todo. Os departamentos requisitantes de bens ou

serviços realizam quase todas as atividades associadas à negociação da

obtenção, deixando para o setor de compras ou Suprimentos apenas a

operacionalização da transação. Nessa fase inicial o importante é responder

de alguma forma aos estímulos dos outros departamentos. O desempenho do

individuo é medido basicamente pela eficiência e não pela eficácia. Não existe

muita comunicação entre os departamentos da organização.

Na segunda fase, as aquisições passam a ser conduzidas dentro do

departamento de Compras ou Suprimentos, trabalhando em conjunto com o

setor competente dentro deste departamento para o tipo de mercadoria pedido.

As comunicações entre os vários departamentos já começam a ser estimuladas

com o propósito de aprimorar o entendimento das necessidades do cliente

interno.

Nesta fase do desenvolvimento, surgem novas preocupações nas relações

organizacionais. Observa-se uma evolução nas técnicas e nas práticas, na

busca da modernização do direcionamento estratégico. Mesmo atuando ainda

de forma mecânica e independente de estratégias competitivas da empresa.

A preocupação de Compras ou Suprimentos está voltada para questões do dia-

a-dia, algumas de cunho operacional e num período de tempo curto.

No terceiro estágio o foco das atividades de Compras ou Suprimentos deixa de

ser essencialmente tático e começa a haver uma tendência no trato com

questões mais abrangentes. O tema central nesse período passa a ser a

otimização de custo do ciclo de vida e a preocupação em agregar valor para o

consumidor.

A partir daí esse setor se estabelece como base de sustentação da estratégia

competitiva da empresa, adotando técnicas, métodos e atividades

diferenciadas. Surge o emprego de equipes com representantes dos diversos

setores da organização para seleção de fornecedores e aquisição de bens ou

serviços.

O profissional deixa de ser uma figura desprezível e assume o papel de recurso

valioso, os fornecedores são considerados recursos escassos, sendo

cuidadosamente selecionados. No ultimo estágio de desenvolvimento do setor,

acontece a integração total com a estratégia da empresa assumindo, desta

forma, sua real função dentro da organização. Estabelece-se um esforço

conjunto com as outras funções da empresa para formular um plano

estratégico.

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Alguns fatores decisivos para a consolidação da integração entre os setores

são estabelecidos, como por exemplo: configuração da estrutura

organizacional. Ocorre nessa fase o acesso mais direto do departamento ao

alto escalão da organização. Isso facilita e torna mais rápido a comunicação

entre os diversos setores. O setor de compras ou Suprimentos necessita ter

acesso direto a informação vinda da alta gerencia para que possa atuar de

forma estratégica. A falta de comunicação direta entre os setores da empresa

impedi que as informações estratégicas sobre o mercado sejam trabalhadas

pela alta gerencia. O autor faz uma abordagem sobre a percepção

organizacional que diz respeito a como as outras funções e a alta gerência

consideram as atividades que são desenvolvidas no setor de Compras. Pode

essa percepção ser negativa ou positiva dependendo da influência que se

exerce.

A tecnologia da informação proporciona rapidez de comunicação entre os

setores da empresa. Da mesma forma que a amplitude de decisão reflete na

qualidade e quantidade das decisões que o pessoal de Compras irá tomar.

O autor conclui o artigo definindo e analisando a strategic sourcing como

orientação estratégica da função de Compras ou Suprimentos na

implementação prática dos conceitos estratégicos.

3. PRINCIPAIS TESES DESENVOLVIDAS NA OBRA 

Ataíde Braga desenvolve algumas teses em seu artigo, analisando a evolução

e o posicionamento da função de Compras ou Suprimentos nas organizações,

são elas:

• A função de Compras ou Suprimentos é responsável por um dos maiores

componentes do custo de produção e das mercadorias vendidas;

• O surgimento de novas formas de gerenciamento obrigou o setor de Compras

ou Suprimentos a adotar novas práticas de gerenciamento como vantagem

competitiva;

• Durante a evolução e desenvolvimento da função de Compras ou

Suprimentos o foco das atividades, assim como, sua influência no âmbito

estratégico da organização sofre profundas mudanças;

• A integração entre todos os setores da empresa e o setor de Compras ou

Suprimentos possibilita a organização uma orientação estratégica definida para

a formação de grupos de trabalho, visando à satisfação do cliente;

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• Uma estrutura hierárquica em que a função Compras ou Suprimentos não

esteja diretamente ligado à gerência de topo, impede que informações

estratégicas sobre o mercado fornecedor sejam rapidamente trabalhadas pela

gerência. 

4. REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE OBRA

O artigo fornece subsídios para a compreensão da evolução estratégica do

processo de Compras ou Suprimentos ao longo da história, à medida que trata

dos principais conceitos e circunstâncias em que tudo ocorreu. Da discussão e

construção do plano estratégico com a participação do setor, na história mais

recente, reportando-se a esclarecimentos mais distantes sempre que

necessário, com sólidos conhecimentos sobre o assunto.

Por muito tempo a função de Compras ou Suprimentos ficou limitada a tarefas

de cunho operacional, não avançado de forma estratégica dentro da

organização. Isso resultou em profundas perdas para as empresas, limitando

sua visão em relação ao mercado.

O serviço de Compras ou Suprimentos consiste na análise profunda dos

processos atuais da área de suprimentos das empresas, para que através de

um diagnóstico, seja possível a recomendação e implantação de novos

processos e de um novo conjunto de competências para a obtenção dos

resultados antes estabelecidos.

O surgimento de novas formas de gerenciamento de produção, assim como, de

novas técnicas foi-se necessário agregar valor ao setor de Compras e

suprimentos, para que esse pudesse contribuir de forma decisiva na

construção de vantagens competitivas para a organização.

Percebe-se que ao longo da história das organizações foi se desenvolvendo

um diagnóstico dos processos de Compras ou Suprimentos. Foi-se

estabelecendo uma análise organizacional da área com o objetivo de garantir o

aperfeiçoamento nos processos e na tecnologia, identificando melhorias e

benefícios, planejando as mudanças necessárias para apoiar o desenho e

implementação de ferramentas de controle que permitiriam uma melhor Gestão

Corporativa.

Fica estabelecido um antagonismo entre a posição burocrática e arcaica que a

função de Compras e Suprimentos exercia e desempenhava na organização,

da mesma forma que se transforma a visão limitada para uma visão cada vez

mais estratégica de mercado e competitividade.

Ao longo da história ocorreram quebras de antigos paradigmas organizacionais

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relativos à posição ocupada pelo setor de Compras ou Suprimentos e o

estabelecimento de novas formas de gerenciamento e habilidades estratégicas.

Importância

Na década de setenta, as empresas não davam muita atenção para as compras de matérias-primas e sua administração. Tinham valores relativamente baixos, considerando todo o processo industrial e, portanto, achavam sem muita importância no contexto geral. Foi nesta época que os compradores ganharam fama de serem corruptíveis, pois muitos denegriram a imagem da categoria, obtendo ganhos pessoais de fornecedores, para facilitar fechamentos, já que havia pouca fiscalização e auditoria no setor. Naquele tempo, os compradores, de uma maneira geral, não tinham uma formação de nível superior e consequentemente não tinham um salário considerado bom. Proveito da situação e obter ganhos extras, devido a terem todo o controle da situação.No final dos anos setenta e começo dos anos oitenta, a situação modificou. Acabou aquela fase de vamos produzir à vontade, fazer altos estoques e depois deixar para o departamento de Vendas se incumbir de desovar tudo. Começava uma crise violenta no Brasil.Foi nesta época que o conceito da logística começou a surgir lentamente nas empresas por aqui, pois necessitavam ter um diferencial da situação vigente.Nesta fase, em que qualquer ganho conseguido com economia dos custos era importante, comprar e administrar os materiais passou a ser tão importante como as vendas da empresa.Foi uma época de “limpeza” nos departamentos de Compras. Muitos funcionários foram dispensados e até o departamento inteiro, em muitas empresas. Começou a se formar uma nova mentalidade em Compras, com :• Profissionais de nível superior;• Boa fluência verbal, para argumentar/negociar;• Boa apresentação para representar a empresa;• Muitos com formação técnica, conforme os materiais comprados;• Bom salário, que representava sua importância para a empresa.Quem assumiu Compras nesta fase verificou que os antigos compradores:• Abarrotavam os estoques com matérias-primas, para não ter o risco de faltar material para produção e serem cobrados;• Não tinham controles históricos das aquisições (fornecedor, preço, condição de pagamento, prazo de entrega etc.);

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• Não tinham critérios técnicos para escolha de fornecedores consultados; logística e a distribuição A Administração de Materiais • Não tinham um follow-up confiável (os fornecedores entregavam com atrasos, com erros de materiais, com quantidades a mais propositalmente e muitas vezes com preços diferentes do pedido);• Não havia uma verificação mais apurada e constante do padrão de qualidade

dos materiais dos fornecedores.Desta época para os dias atuais, a administração de materiais só

evoluiu e passou a ser um elo super importante na cadeia logística, porque:• Atende ao cliente interno (manufatura);• É responsável pela não interrupção da produção por falta de material;• Tem que ter um estoque mínimo, devido ao custo de manutenção de estoque;• Tem que adquirir sempre prontamente novas compras, conforme oscilação na demanda.Os profissionais desta área são considerados de várias maneiras nas empresas, em termos de cargo. Antes todos eram compradores. Depois foram denominados analistas de suprimentos, analistas de materiais, compradores, entre outros. Cada empresa designa o cargo, conforme a abrangência da atividade. A administração de materiais, pela sua importância, vai além do papel que executa em uma indústria e ganha o papel principal em vários negócios, entre eles os mercados, os super/hiper mercados e as grandes empresas de varejo, como os mega magazines. Estas empresas, que compram para revender, põem em prática toda uma ótima administração de materiais, que envolve estudos dos lotes econômicos de compra, lotes ideais de compra, estoque mínimo, estoque regulador, tempo de pedido, tempo de ressuprimento, etc.Hoje em dia é muito comum ter vários cursos de aperfeiçoamento profissional nesta área. O profissional de logística para ser mais valorizado, tem que entender sobre todos os assuntos que dizem respeito à cadeia logística.

Integração da Administração de Materiais com Outras Áreas

O nível competitivo entre as empresas é cada vez mais intenso. Para aprimorar a competitividade, as empresas estão forjando novos relacionamentos com os fornecedores, mudando radicalmente suas operações internas ou estruturas além de procurar desenvolver produtos de alta tecnologia e qualidade.

Neste contexto, a integração funcional e estratégica são significativas para obter o objetivo almejado, ou seja, maior competitividade.

Assim, optou-se por privilegiar a logística devido à sua importância para a economia e para a empresa individual. Ela é o fator chave para incrementar o

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comércio regional e internacional. A meta do serviço logístico é providenciar bens ou serviços corretos, no lugar certo, no tempo exato e na condição desejada ao menor custo possível. Isto é conseguido por meio de uma administração adequada das atividades chaves da logística – transporte,

manutenção de estoques, processamento de pedidos e várias atividades de apoio adicionais.

A administração de materiais e a distribuição física integram-se para formar o que se chama hoje de logística empresarial. Muitas empresas desenvolveram novos organogramas para melhor tratar das atividades de suprimento e distribuição, frequentemente dando status de alta administração para a função, ao lado de marketing e produção.

Condições de Pagamento

São as formas como se pode pagar.

Exemplo: as condições de pagamento são a vista com 10% de desconto, ou em 3 vezes sem juros ou 10 vezes com juros de 1% ao mês.

Objetivos da Administração de Materiais

OBJETIVO BÁSICO - Suprir os diversos setores da empresa com os materiais de que necessitam com a qualidade requerida, na quantidade correta, no instante adequado e no local apropriado ao mínimo custo.

Principais Problemas da Área de Materiais

A oportunidade, no momento certo para o suprimento de materiais, influi no

tamanho dos estoques. Assim, suprir antes do momento oportuno acarretará,

em regra, estoques altos, acima das necessidades imediatas da organização.

Por outro lado, a providência do suprimento após esse momento poderá levar a

falta do material Necessário ao atendimento de determinada necessidade da

administração. Do mesmo modo, o tamanho do Lote de Compra acarreta as

mesmas consequências: quantidades além do necessário representam

inversões em estoques ociosos, assim como, quantidades aquém do

necessário podem levar à insuficiência de estoque, o que é prejudicial à

eficiência operacional da organização.

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Estes dois eventos, tempo oportuno e quantidade necessária, acarretam, se

mal planejados, além de custos financeiros indesejáveis, lucros cessantes,

fatores esses decorrentes de quaisquer das situações assinaladas. Da mesma

forma, a obtenção de material sem os atributos da qualidade requerida para o

uso a que se destina acarreta custos financeiros maiores, retenções ociosas de

capital e oportunidades de lucro não realizadas. Isto porque materiais, nestas

condições podem implicar em paradas de máquinas, defeitos na

fabricação ou no serviço, inutilização de material, compras

adicionais, etc.

Organograma funcional

O Organograma é um diagrama que representa as relações dentro de uma organização, podendo ser distribuição de setores ou funções.

O organograma é uma ferramenta fundamental para as organizações, pois facilita o entendimento do funcionamento das relações da empresa e sua estrutura, nele pode-se identificar problemas ou oportunidades de melhorias.

Antes de criar o organograma deve-se ter em mente que ele é uma representação da organização em determinado momento, e que pode ocorrer mudanças. Então ele deve ser elaborado de maneira flexível e de fácil interpretação.

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Organograma Funcional representa não as relações hierárquicas, e sim as relações funcionais da organização.

Ele começa de cima para baixo o cargo mais importante da empresa deve ser destacado no primeiro item (um quadrado com o nome do cargo) – exemplo, presidente – vai descendo até chegar a massa operaria.

Quando elaboramos um organograma Funcional para o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ)  é comum deixarmos a figura do Representante da Direção (RD), abaixo do Presidente ou Diretor, pois ele tem a função de gerir o sistema reportando a alta direção as ocorrências detectadas no sistema e também reportar aos outros cargos as determinações feitas pela direção.

Para facilitar o entendimento veja a imagem abaixo:

Posição hierárquica na empresa:

O setor e a função Compras era vista como uma área de suporte e seus chefes

eram meros auxiliares de informações e de posições sobre as compras

realizadas e demais atividades inerentes ao setor, reportando estas

informações aos superiores hierárquicos, com pouca ou nenhuma incidência na

rentabilidade da empresa, preocupavam com descontos, tempos de

processamento de ordens ou pedidos de compras, prazos de entrega. Acabou

o tempo de que a melhor compra era aquela comprada pelo menor preço.

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Hoje detemos tecnologia apropriada, alguns milhares de reais são investidos

dia-a-dia em tecnologias de suporte e a responsabilidade de comprar com

qualidade, atingindo os objetivos das organizações no que diz respeito ao

menor custo e maior qualidade está diretamente ligada à tecnologia empregada

no processo de aquisição, daí a necessidade de investimentos em tecnologia e

capacitação profissional. "Uma empresa só é competitiva se seus fornecedores

também forem competitivos", "Antes, o comprador se orgulhava de uma boa

compra, de um bom negócio. Hoje, ele busca o desenvolvimento

de um bom fornecedor, no estabelecimento de relacionamentos

em que todas as partes saem ganhando. Está descaracterizado o aspecto de

barganha das

negociações". Aplicam-se metodologias apropriadas assim com fins

determinados.

Administração de Compras

Função compra

O termo Compra pode ser definido como a aquisição de um produto ou serviço, pelo qual se paga determinado preço. As atividades de compras envolvem uma

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série de fatores como seleção de fornecedores, qualificação dos serviços, determinação de prazos de vendas, previsão de preços, serviços e mudanças na demanda, entre outros.

A administração de compras é uma atividade fundamental para uma gestão eficaz das empresas e que influencia diretamente nos seus estoques e no relacionamento com os clientes, estando também relacionada à competitividade e ao sucesso da organização. A aquisição de produtos e serviços representa um fator decisivo na atividade de uma empresa, pois podem gerar redução nos custos e melhorias consideráveis nos lucros.

A função Compras não é mais vista como uma atividade rotineira e sim como parte do processo de logística das organizações, pois o setor de compras atualmente se inter-relaciona com todos os outros

setores da empresa, influenciando e sendo influenciado nas tomadas de decisões.

Deste modo, a função compras vem conquistando espaço e despertando maiores interesses das organizações, já que não basta apenas comprar, é preciso comprar bem, procurando obter o maior número de vantagens possível focando também o custo benefício.

Conceito

A função de compras é um segmento essencial do departamento de materiais ou suprimentos, que tem por finalidade suprir as necessidades de materiais ou serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com as quantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e providenciar armazenamento.

Importância

Durante todo o período da produção, vários materiais são comprados (sementes, fertilizantes, peças, combustíveis, rações...). Em média, uma empresa gasta 50% de sua receita na compra de matéria-prima (os insumos na agropecuária). Nas empresas rurais, este percentual pode ser um pouco diferente mas também é elevado, conferindo para as compras um grande potencial de aumentar os lucros. Vejamos porque:

Objetivos

Essa função é responsável pelo estabelecimento do fluxo dos materiais na empresa. Pelo seguimento junto ao fornecedor, e pela agilização da entrega. Prazos de entrega não cumpridos podem criar sérias perturbações para os

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departamentos de produção e vendas, mas a função compras pode reduzir o número de problemas para ambas as áreas, além de adicionar lucros.

Quanto e quando comprar

Planejamento de compras: material certo, na quantidade certa e no tempo certo.

Uma das principais características da produção é seu ciclo de produção. Um produtor não pode produzir algo que está fora de sua época recomendada. Por isso, é muito importante evitar que ocorram atrasos no processo produtivo, pois além do ciclo de produção ainda existem as condições climáticas desfavoráveis que também atrapalham a produção.

Devemos, portanto garantir a disponibilidade dos materiais certos na quantidade certa e na época que os mesmos são necessários para o processo produtivo, visando minimizar os prejuízos

causados pelas possíveis faltas destes materiais.

Finalidade

Com o planejamento das compras é possível conseguir melhores preços dos materiais comprando em épocas onde se possa conseguir uma redução de preço,  pois existem épocas certas para produzir (devido ao ciclo produtivo) e a compra dos materiais será feita por grande parte dos produtores na mesma época, muitas vezes elevando o preço destes insumos pela maior procura em determinado período. 

Origem da requisição de compra (pedido de compra)

Dados cadastrais

Descrição: Descrição da solicitação de compra.

Data da necessidade: Data em que houve a necessidade de solicitar a compra.(OBRIGATÓRIO)

Projeto: Neste campo deve ser informado o projeto relacionado à solicitação de compra. (O dados deste campo são cadastrados no módulo projetos).

Departamento: Departamento de origem da solicitação de compra. (Os dados de departamento são cadastrados no Módulo Recursos humanos).

Colaborador: Colaborador responsável por autorizar a cotação.(OBRIGATÓRIO)

Observação: Qualquer observação referente à solicitação de compra.

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Urgente: Ao marcar este campo, o responsável pela solcitação de compra receberá um e-mail em caráter de urgência.

Faturamento cliente: Ao marcar este campo o W3ERP não irá gerar contas a pagar quando a solicitação for feita.

Local (Retirada): Local de entrega dos materiais solicitados.(OBRIGATÓRIO)

Centro de custo: Cadastro do centro de custo para a solicitação de compra.(OBRIGATÓRIO)

Empresa: Empresa responsável pela solicitação de compra.

Dados dos produto

Material/Serviço: Informa quais são os materiais requisitados. (OBRIGATÓRIO)

Necessidade: Informa de o material é um serviço, patrimônio, produto ou EPI. (OBRIGATÓRIO)

Disponíveis: Informa a quantidade de material disponível.

Quantidade: Informa a quantidade de material requerido. (OBRIGATÓRIO)

Frequência: Frequência que o material será requerido. (OBRIGATÓRIO)

Qtde. Freq.: Quantas vezes a frequência irá se repetir. (OBRIGATÓRIO)

Unid. medida: Unidade de medida do material.

Política de reposição de estoque

Este artigo apresenta um estudo de caso sobre Gestão de Estoques em um atacadista no ramo de construção civil. O trabalho foi estruturado a partir de revisões de literaturas sobre os conceitos de Gestão de Estoques. Foram apresentadas as formas de gestão de estoque presentes nas bibliografias e um comparativo com a atual situação dos níveis de estoques da empresa, a fim de propor uma política de estoques. A utilização de estoques é feita durante o tempo de ressuprimento e é importante, pois possibilita um melhor atendimento ao cliente e melhora a competitividade da empresa em relação aos seus concorrentes, porém deve ser gerenciado constantemente para evitar despesas desnecessárias. O método de gestão foi aplicado em quatro produtos de uma linha de louças sanitárias que a empresa possui no seu mix de produtos.

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Orçamento de compras

o processo, em conjunto com os planogramas das lojas, que auxilia as

principais decisões quanto ao sortimento da empresa, assim como criará metas

de avaliação do desempenho dos compradores. Os orçamentos de compras

Na primeira etapa de estabelecimento dos orçamentos, efetuam-se os cálculos

que permitem estabelecer os valores financeiros máximos que poderão ser

gastos pelos compradores para manter as categorias de mercadorias pelas

quais são responsáveis, dentro das políticas de atendimento previstas e dentro

das restrições e objetivos financeiros do planejamento estratégico da empresa.

Na segunda etapa, os valores mensais orçados são desdobrados em dois

orçamentos:

- Orçamento para compras de mercadorias básicas, isto é,

mercadorias que

terão sua reposição calculada por métodos. A execução deste orçamento terá

pouca influência do comprador, pois as mercadorias básicas tem

comportamento de demanda com pouca variabilidade dentro de um mesmo

período de tempo.

Orçamento para compras de mercadorias de moda e de eventos, isto é, que

serão compradas para atender as vendas em períodos determinados e

vendidas até o fim do estoque adquirido, não entrando no conceito de

reposição continuada. A execução deste orçamento é grandemente

influenciada pelo comprador, pois as mercadorias são compradas para

atendimento a períodos pequenos de demanda, e vão sendo substituídas por

novas ¨coleções¨ à medida que as estações ou eventos ocorrem.

Os valores mensais constantes dos orçamentos de compras de itens básicos e

de mercadorias de moda representam os valores das entregas dos

fornecedores naqueles períodos. O momento da compra pode ser diferente

desse período pois existe um tempo de entrega do fornecedor. O momento do

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pagamento da compra depende da data de entrega e das condições de

pagamento.

Tais orçamentos servem de entrada de dados nos sistemas de previsão de

fluxo de caixa, efetuando-se a defasagem dos valores a pagar com base nos

prazos médios de pagamento negociados com os fornecedores da empresa.

Os planos de compras são baseados nos orçamentos de compra e, como

esses são também de dois tipos:

Plano de compras de mercadorias básicas

O plano de compras de mercadorias básicas é a própria dinâmica de

programação da reposição dos itens básicos mantidos em venda. Tal dinâmica

é suportada por sistemas computadorizados de gestão de estoques,

que utilizam diversos algoritmos de cálculo para comandar a

reposição das lojas e dos centros de distribuição. Tais algoritmos são

explicados no capítulo 6.

Os valores mensais definidos no orçamento de compras devem sempre estar

sendo confrontados com os planos de compra gerados pelo sistema para que

seja possível tomar medidas de revisão orçamentária ou revisão nos

parâmetros de planejamento de estoques visando adaptá-los á dinâmica de

suprimento x demanda.

Plano de compras de mercadorias de moda ou de eventos

Produtos de moda e muitas mercadorias vendidas em eventos, não podem ser

planejadas utilizando os algoritmos tradicionais de planejamento. Tendências

da moda e comportamento do consumidor variam, impossibilitando, em nível

de sku e até de categorias, que utilizemos técnicas estatísticas para projetar

vendas e compras de tais tipos de itens.

É a perspicácia, conhecimento do mercado e alguma sorte que permite ao

comprador tomar boas decisões sobre mercadorias de moda ou de eventos

que ele deve comprar.

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Plano de compras de novidades

Mercadorias chamadas novidades são produtos inusitados que aparecem no

mercado. Podem ser derivados de novas invenções ou mesmo serem o

resultado de novas "ondas" de consumo, causadas por fatos como o

aparecimento do produto em novelas, entrevistas com pessoas de grande

influência nos costumes, etc..

As vendas de tais mercadorias não são possíveis de prever com antecedência

e, portanto, tais itens devem ser comprados com o máximo de cautela. Como

na maioria dos casos estes produtos tem um ciclo de demanda muito rápido e

preços iniciais com alta lucratividade, são rapidamente comercializadas pela

maioria dos canais de distribuição disponíveis no mercado. Isto implica em um

rápido atendimento da demanda e um efeito chicote (ver capítulo 7) muito

intenso, o que causa grandes estoques para os últimos varejistas entrantes no

mercado. Quem entra e sai rapidamente do mercado de tais itens,

ganha bom dinheiro. Quem entra tardiamente, normalmente fica com

os encalhes.

5.2.4) Avaliando o desempenho das mercadorias compradas: A margem bruta

Além dos indicadores de desempenho da gestão dos estoques mencionados

anteriormente -giro, cobertura e nível de serviço - é fundamental que o

comprador mantenha um permanente acompanhamento das margens brutas

obtidas pelas mercadorias sob sua responsabilidade de gestão.

Margem bruta ou lucro bruto é o resultado da fórmula abaixo:

margem bruta ( em valor )  = vendas líquidas custo das mercadorias vendidas

margem bruta em valor

margem bruta ( em percentual )    =   __________________________

vendas líquidas

 Para o cálculo das vendas líquidas, do valor total de vendas retiram-se os

valores relativos a devoluções de clientes e os descontos dados aos clientes,

além dos impostos e taxas diretamente relacionadas com a venda.

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O custo das mercadorias vendidas é o resultado do preço pago ao fornecedor

acrescido dos impostos não recuperáveis, do frete e de despesas associadas à

remessa como embalagens especiais, taxas de desembaraço aduaneiro, etc.

Como medição de desempenho do comprador, de uma categoria ou mesmo de

um fornecedor, utiliza-se primordialmente a margem bruta percentual.

Sistemas de compras

Preço Baixo - este é o objetivo mais óbvio e, certamente um dos mais

importantes. Reduzir o preço de compra implica em aumentar os lucros, se

mantida a mesma qualidade; b)Alto Giro de Estoques - implica em melhor

utilização do capital, aumentando o retorno sobre os investimentos e reduzindo

o valor do capital de giro; c)Baixo Custo de Aquisição e Posse -dependem

fundamentalmente da eficácia das áreas de Controle de Estoques,

Armazenamento e Compras; d)Continuidade de Fornecimento – é resultado de

uma análise criteriosa quando da escolha dos fornecedores. Os

custos de produção, expedição e transportes são afetados

diretamente por este item;

e)Consistência de Qualidade -a área de materiais é responsável apenas pela

qualidade de materiais e serviços provenientes de fornecedores externos. Em

algumas empresas a qualidade dos produtos e/ou serviços constituem-se no

único objetivo da Gerência de Materiais; f)Despesas com Pessoal -obtenção de

melhores resultados com a mesma despesa ou, mesmo resultado com menor

despesa -em ambos os casos o objetivo éobter maior lucro final. “As vezes

compensa investir mais em pessoal porque pode-se alcançar com isto outros

objetivos, propiciando maior benefício com relação aos custos g)Relações

Favoráveis com Fornecedores -a posição de uma empresa no mundo dos

negócios é, em alto grau determinada pela maneira como negocia com seus

fornece dores;

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Cargos da área de compras

Planejar, dirigir e controlar as compras de materiais e equipamentos, de acordo

com as políticas e necessidades da empresa. Orientar e participar no

desenvolvimento de novos fornecedores e das elaborações de forma a obter

melhores preços, condições de pagamento e prazo de entrega. Supervisionar a

elaboração e manutenção de cadastro de fornecedores.

Qualificação de compradores

A função compras É um segmento essencial do Departamento de Material

Suprimentos que tem pôr finalidade suprir as necessidades de materiais ou

serviços planejá-las quantitativamente e satisfá-las no momento certo com as

quantidade corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e

providenciar andamento. Compras É, portanto, uma operação da área de

materiais,muito importante entre as que compõem o processo de suprimento.

Processo de Seleção de fornecedores

A gerência de produção administra diariamente dois tipos de problemas gerados internamente e os problemas importados no meio ambiente. Exemplo destes problemas importados são as falhas no suprimento de utilidades, de contratação de pessoal e principalmente, entrada de materiais e componentes com problemas.

A capacidade criativa do homem em todas as áreas de atuação vem através dos tempos caminhando a passos largos sempre no sentido de fazer mais com menos esforços, num tempo também menor.

A gerência de produção administra problemas gerados no meio ambiente, onde a máxima prioridade das empresas na área de suprimentos, principalmente nos aspectos relativos a qualificação, desenvolvimento, contratação e certificação de fornecedores.

A aplicação quando dos critérios de aceitação de fornecedores para cada tipo de produto, deve ser elaborada uma lista de fornecedores selecionados para cada tipo de produto comprado pela empresa, e somente fornecedores constantes dessa lista devem ser contatados para cotações eventuais fornecimentos.

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A idéia é trabalhar nas causas e colocar filtros de qualidade nas fronteiras e eliminar a entrada de problemas na empresa. Um dos filtros mais importantes é montar um bom sistema de seleção e fiscalização dos fornecedores.

1. O processo de seleção

A empresa deverá avaliar bem, os fornecedores selecionados como candidatos a um contrato de longo prazo.

As atividades de avaliação e seleção de fornecedores estão resumidas no gráfico abaixo:

2. Estratégia para a aquisição dos materiais e componentes:

A – Um ou vários fornecedores para um determinado item.

B – Compra local ou importação do item.

C – Contratos de fornecimento de curto prazo, ou o estabelecimento de parcerias com contratos de longo prazo.

D – Fornecedores que tem capacidade de projetar partes do produto, ou ficar com fornecedores sem capacidade de suporte no projeto, se limitando a executar o que o cliente projetou.

E – Desenvolvimento de uma parceria bem estreita, ou adoção do sistema de compras convencional.

3. Identificação das fontes de suprimentos

O fornecedor deverá ser capaz de apresentar alta qualidade, habilidade para atender os objetivos de custo e facilidade de atender os prazos de entrega acordados.

O fornecedor preferencial poderá assim ser definido: Fornecedor que disponha de sistemas de facilidades e qualidade, que possibilite obter uma elevada performance definida pela engenharia e pelo comprador, nos serviços e produtos adquiridos pela empresa.

A manutenção de um arquivo de informações a respeito de futuros fornecedores, poderá ajudar na hora da procura de candidatos. Toda visita recebida de representantes comerciais, deverá ser bem arquivada. Os compradores devem visitar as instalações da empresa, que se candidatam a fornecer alguma coisa. Na visita muitos detalhes poderão ser observados, que podem ser fatores decisivos de escolha.

As IPO – Internal Purchasing Office, próprias das corporações internacionais, oferece:

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A – Procura - Identifica fontes de suprimento de todos os tipos de produtos, em todos os países onde mantém filial.

B – Comunicação - Estabelece uma permanente comunicação com estes possíveis fornecedores, para atualizar informações.

C – Unidades - Mantém interligações com as áreas e compras de todas as unidades da corporação, difundindo o conhecimento e a experiência de cada unidade de negócios.

D – Notícias - Mantém um boletim virtual, noticiando todas as ocorrências boas ou negativas que estão ocorrendo no mercado e no fornecimento das unidades de negócios.

E – Preços - Estabelece um acompanhamento dos preços e condições de fornecimento

Cadastro de fornecedores

O preenchimento do pré-cadastro não implica inclusão automática no cadastro

de fornecedores da VS. Caso haja interesse, a VS entrará em contato

solicitando os documentos necessários para cadastramento. As informações do

pré-cadastro serão tratadas com extrema confidencialidade e serão analisadas

pela Área de Suprimentos Corporativa da VS. O cadastro do fornecedor

somente será realizado após solicitação direta dos compradores.

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Classificação de fornecedores

A classificação de fornecedores é feita, na maioria das vezes, de forma

intuitiva. Esta classificação tem por objetivo estabelecer um "ranking" de

fornecedores em relação aos produtos que vendem à empresa em questão. O

critério preço não é o único importante na determinação dos lotes de compra.

As vezes é preferível comprar a um preço maior de um fornecedor que possui

melhor qualidade ou pontualidade na entrega de seus produtos ou mesmo que

tenha firmado um contrato de parceria com a empresa. Assim, os critérios para

o ranqueamento dos fornecedores são três: Qualidade, Pontualidade no

Fornecimento e Parceria. A inserção deste último critério na classificação foi

motivada pela seguinte afirmação de Da Silva e Colenci Júnior (1997): “A

parceria deve ser a filosofia de toda a cadeia de valores, com o intuito de

promover a quebra das chamadas Ilhas Funcionais internas às empresas e

entre empresas”. Portanto, o critério Parceria influencia fortemente as relações

de compra com os fornecedores, devendo então ser considerado na

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classificação. Este critério é avaliado por um Decisor, baseado em acordos e

contratos firmados com o fornecedor. O critério preço não pode ser ignorado,

mas apenas tradição de preços baixos não garante que, em um dado período,

um dado fornecedor tenha o melhor preço para um produto. Por isso, este

critério é reservado, junto com o critério condições de pagamento e entrega,

para o processo de negociação direta com os fornecedores ou para modelos

de otimização de compra.

Centralização x Descentralização

A centralização é a concentração de poder decisório na alta cúpula da

organização. A centralização ocorre para se ter uma visão global da empresa;

para aumentar o nível de integração das atividades; para manter as decisões e

ações alinhadas com os objetivos da organização e; para aumentar o nível de

controle das atividades.

As vantagens obtidas com a centralização são: melhor uso dos recursos –

humanos, organizacionais e financeiros – da empresa, maior interação no

processo de planejamento, controle e avaliação, decisões estratégia mais

rápidas e maior segurança nas informações. No entanto, podem haver algumas

desvantagens como distância da realidade e problemas de comunicação.

A descentralização ocorre quando a carga de trabalho da alta administração

está volumosa ou demasiadamente complexa pela maior ênfase que a

empresa quer dar à relação produto versus mercado, para proporcionar maior

participação, motivação e comprometimento dos executivos e funcionário da

empresa.

As principais vantagens da descentralização são: possibilidade de gerar maior

especialização nas diferentes unidades organizacionais; menor exigência de

tempo nas informações e decisões; maior tempo a alta administração para

outras atividades; possibilidade de maior desenvolvimento das pessoas nos

aspectos administrativo e decisório; tendência a maior número de idéias

inovadoras.

Já as desvantagens seriam a maior necessidade de controle e de

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coordenação, a possibilidade de efeitos negativos na motivação, a existência

de sistemas inadequados no sentido de normatização e de padronização.

Alguns princípios devem ser seguidos no processo de descentralização como:

confiança nos que está à frente dos pontos regionais, a alta administração

delegar aos escalões inferiores autoridade sem vetar as decisões tomadas

pelos mesmos.

Além de lembrar que a descentralização pode levar a um aumento de

produtividade, pois: as pessoas são solicitadas a aceitar maior

responsabilidade; as empresas podem responder mais rapidamente às

necessidades dos empregados e dos clientes.

Verifica-se então que apesar dos vários princípios, precauções, usos,

vantagens etc. Existe o aspecto de aculturação da empresa para aceitar esses

assuntos com maior ou menor intensidade e vontade por parte de todos que

fazem a organização.

Tipos de armazéns (Almoxarifado)

1) Armazéns Próprios

Um depósito próprio é operado pela empresa proprietária da mercadoria. As

instalações podem ser próprias ou alugadas. A decisão a respeito da melhor

estratégia para cada empresa é essencialmente financeira. Nem sempre é

possível encontrar um depósito de aluguel que atenda a todas as

necessidades. Depósitos exigem, por exemplo, muitas atividades de manuseio

de materiais, e as instalações existentes, disponíveis para aluguel, podem não

estar adequadamente projetadas. Geralmente, um depósito eficiente deve ser

planejado, considerando o sistema de manuseio de materiais, a fim de permitir

a máxima eficiência do fluxo de mercadorias.

2) Depósitos Terceirizados ou Públicos

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O uso de depósitos públicos é intensamente adotado em sistemas logísticos.

Praticamente qualquer composição de serviços pode ser combinada com a

empresa operadora, em curto e em longo prazo. Há uma classificação

consagrada para depósitos públicos que se fundamenta na execução de

operações especializadas e inclui (1) depósitos gerais;

3) Aluguel de Armazém ou Depósitos Contratados

Os depósitos contratados combinam as melhores características de

armazenagem pública e de armazenagem própria. O relacionamento de longo

prazo e o compartilhamento dos riscos permitem custos menores do que as

condições normais de depósitos públicos, embora, em certos casos, seja

necessário investir em um ativo imobilizado mínimo. Os depósitos contratados

podem proporcionar vantagens de especialização, flexibilidade e economia de

escala, por compartilhar em recursos de gerenciamento, mão-de-obra,

equipamento e informação com muitos clientes. Embora seja comum os

depósitos contratados compartilharem recursos com clientes de um mesmo

ramo, por exemplo produtos alimentícios, não é comum que concorrentes

diretos queiram compartilhar recursos entre si.

Tipos de embalagens

Blister

Blister é uma embalagem composta de uma cartela-suporte – cartão ou filme plástico – sobre o qual o produto é fixado por um filme em forma de bolha. Por exemplo, comprimidos, pilhas.

Caixa de transporte

Caixa de transporte é uma embalagem própria para transportar vários produtos ou produtos de porte maior. Pode ser feita de plástico rígido, papelão ondulado ou madeira. Ela garante segurança e proteção ao produto até seu destino final.

Caixas K

As Caixas K são herança das caixas de madeira utilizadas na importação de latas de querosene de 20 litros.

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Cartucho

Cartucho é uma embalagem estruturada em papelcartão. Exemplo: caixas de cereais matinais e caixas de sabão em pó.

Contêiners

Contêiner é uma grande caixa, de dimensões e outras características padronizadas, para acondicionar e transportar produtos, facilitando seu embarque, desembarque e transbordo em diferentes meios de transporte.

Pode ser de metal ou madeira e também é conhecido como cofre de carga quando é dotado de dispositivos de segurança previstos por legislações nacionais e convenções internacionais.

Embalagem cartonada

Ela é composta por várias camadas de materiais que criam barreiras à luz, gases, água e microorganismos, conservando as propriedades dos alimentos. A embalagem cartonada asséptica é composta por 75% de papelcartão, 20% de filmes de polietileno de baixa densidade e 5% de alumínio.

Embalagens mistas

Combinam dois ou mais materiais e materiais reciclados. Exemplos: plástico com metal; metal com madeira; plástico com vidro; vidro com metal; madeira com papel. A vantagem é a união das propriedades dos materiais para proteger e transportar os produtos, e atrair os consumidores.

Embalagens multicamadas

Combinam diferentes materiais, como por exemplo:

Alumínio + papel

Papel + papelão

Embalagens laminadas

São embalagens formadas pela sobreposição de materiais como filme plástico metalizado + adesivo + filme plástico. As metalizadas, como as dos salgadinhos (snacks), biscoitos, cafés, etc, são um bom exemplo.

Embalagens plásticas flexíveis

São aquelas cujo formato depende da forma física do produto acondicionado e cuja espessura é inferior a 250 micra. Nessa classificação, enquadram-se sacos ou sacarias, pouches, envoltórios fechados por torção e/ou grampos,

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tripas, pouches que ficam em pé (stand-up-pouches), bandejas flexíveis que se conformam ao produto, filmes encolhíveis (shrink) para envoltórios ou para unitização, filmes esticáveis (stretch) para envoltório ou para amarração de carga na paletização, sacos de ráfia etc.Os materiais flexíveis incluem, ainda, selos de fechamento, rótulos e etiquetas plásticas.

Elas se destacam pela relação otimizada entre a massa da embalagem e a quantidade de produto acondicionado, além da flexibilidade no dimensionamento de suas propriedades. É possível combinar diferentes polímeros para obter as propriedades necessárias e que atendam a requisitos econômicos, ambientais e de conservação e comercialização de produtos.

Embalagens primárias, secundárias, e terciárias

Embalagem Primária: que está em contato direto com o produto.

Embalagem Secundária: designada para conter uma ou mais embalagens primárias, podendo não ser indicada para o transporte.

Embalagem Terciária – agrupa diversas embalagens primárias ou secundárias para o transporte, como a caixa de papelão ondulado.

Embalagem reutilizável

Embalagem reutilizada em sua forma original para o mesmo fim para a qual foi concebida e projetada. Ela deve desempenhar um número mínimo de viagens ou rotações dentro de seu ciclo de vida.

Latas de alumínio

As latas de alumínio são um exemplo de embalagem de metal não-ferroso. São predominantemente utilizados para embalar bebidas como cervejas, sucos, chás e refrigerantes.

A primeira lata de bebidas de alumínio foi manufaturada pela Reynolds Metals Company, nos EUA em 1963 e usada para embalar um refrigerante de cola diet chamado “Slenderella.” A Royal Crown adotou a lata de alumínio em 1964, sendo seguida em 1967 pela Pepsi e Coca-Cola.

Latas de aço

As folhas de aço (folha de flandres) são largamente utilizadas em embalagens de alimentos, bebidas, tintas e produtos químicos. Atendem às necessidades específicas de resistência, conformação, revestimento e acabamento.

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O uso de uma película elástica protetora proporciona ainda maior proteção aos alimentos ou quaisquer outros produtos enlatados. Essa película elástica é altamente resistente às deformações. Por exemplo, na fixação da tampa, o produto sofre uma “deformação” de 180 graus, sem que isso comprometa a qualidade do conteúdo. As características flexíveis são as responsáveis por possibilitar a produção de latas com formatos diferentes, como a do leite condensado Moça, da Nestlé, e garantir que, mesmo com a superfície “deformada”, o alimento ou produto em lata de aço não seja contaminado.

Movimentação de materiais

A movimentação de material, ou transporte/tráfego interno, tem como objetivo a reposição de matérias-primas nas linhas ou células de produção de uma fábrica, bem como transportar o material em processamento, quando este processamento implica a realização de operações que são desempenhadas em postos de trabalho diferentes (Russomano, 1976, p. 191), transporte este que é, habitualmente, efectuado por operários semi-qualificados, sob as ordens do movimentador, que é quem lhes transmite o que vai ser transportado, de onde e para onde vai ser transportado (Russomano, 1976, p. 195). A movimentação de material tem também como função a emissão de guias de remessa que deverá ser entregue ao fiel de armazém, juntamente com os produtos acabados (Russomano, 1976, p. 193).

A movimentação de material não se limita apenas a movimentar, encaixotar e armazenar como também executa essas funções tendo em conta o tempo e espaço disponíveis. As actividades de apoio à produção, grupagem e todas as outras actividades não devem ser vistas como um número isolado e independente de procedimentos, devendo ser integradas num sistema de actividades de modo a maximizar a produtividade total de uma instalação ou armazém.

Recebimento de materiais

A função básica do recebimento de materiais é assegurar que o produto entregue esteja em conformidade com as especificações constantes no Pedido de Compra.

Note que o fornecedor, no momento da entrega, é um cliente para o setor de recebimento da empresa compradora (por mais paradoxal que possa parecer) e, portanto, deve ser tratado com a deferência apropriada a um cliente.Assim, procedimentos adequados na portaria da empresa, permitindo a rápida

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entrada dos veículos, são necessários para que o recebimento do material se processe sem prejuízo para nenhuma das partes. Esses procedimentos devem apresentar:• comunicação eficiente entre portaria e o setor de recebimento;• pessoal treinado para os procedimentos de entrada de fornecedores na empresa;• redução, ao mínimo possível, da burocracia para o preenchimento de autorizações de entrada na empresa;

• capacidade de recebimento adequada ao volume de entrega de materiais pelos fornecedores, inclusive em períodos de maior demanda, evitando filas e tempo de espera que os prejudiquem sobremaneira;

• estacionamento adequado para os veículos que estão aguardando a entrada no site

A liberação para o pagamento de materiais ou serviços ocorre após a conferência dos mesmos.

A conferência pode ser feita na retirada do material no fornecedor, assim como no recebimento no site.

Todos os materiais devem estar acompanhados dos documentos constantes dos pedidos de compra, que podem variar de um caso para outro. A Nota Fiscal deve acompanhar todas as entregas.

Quando o fornecedor entregar os materiais nas Unidades isso deve ser feito na área de recebimento físico/fiscal. A entrega em outras áreas poderá implicar em extravio ou atrasos indesejáveis.

Possíveis não-conformidades poderão ser:

•         especificação

•         prazo de entrega

•         quantidade

•         preço

•         impostos

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•         valor do frete

•         outros itens específicos

Armazenamento de materiais

A armazenagem é constituída por um conjunto de funções de recepção,

descarga, carregamento, arrumação e conservação de matérias-primas,

produtos acabados ou semi-acabados. Uma vez que este processo envolve

mercadorias, este apenas produz resultados quando é realizada uma

operação, nas existências em trânsito, com o objectivo de lhes acrescentar

valor. Pode-se definir a missão da armazenagem como o compromisso entre

os custos e a melhor solução para as empresas. Na prática isto só é possível

se tiver em conta todos os factores que influenciam os custos de

armazenagem, bem como a importância relativa dos mesmos.

Distribuição ou entrega

Distribuição é um dos processos da logística responsável pela administração

dos materiais a partir da saída do produto da linha de produção até a entrega

do produto no destino final.Após o produto pronto ele tipicamente é

encaminhado ao distribuidor;este por sua vez vende o produto para um

varejista e em seguida aos consumidores finais.Este é o processo mais comum

de distribuição,porém dentro desse contexto existe uma série de variáveis e

decisões de trade-off a serem tomadas pelo profissional de logística.

Controle e registro da movimentação dos itens de materiais

O controle de estoque é o procedimento adotado para registrar, gerir a entrada

e saída de mercadorias e produtos da empresa, estoque da matéria prima,

mercadorias produzidas e/ou mercadorias vendidas, ou seja, materiais

produtivos e improdutivos, bem como a sua fiscalização.

Inventário físico

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Inventário físico é uma técnica que consiste na contagem física dos itens em

estoque, e pode ser realizado de duas maneiras, podendo ser periódico ou

rotativo.

O inventário rotativo é realizado de maneira constante, durante todo o ano.

Seu principal objetivo é possibilitar a identificação prematura de possíveis erros

nos registros dos itens e, com isso, permitir que correções sejam aplicadas

antes que os erros possam causar maiores problemas ao processo produtivo.

O inventário periódico normalmente é realizado ao final do exercício fiscal, o

que normalmente compreende um ano. Este tipo de inventário busca relacionar

a movimentação de todos os itens durante o ano, mostrando suas quantidades

de entrada e saída.

Arranjo Físico

Planejar o arranjo físico é estudar as decisões que serão tomadas para definir

as instalações que é qualquer coisa que ocupe lugar, como por exemplo: grupo

de pessoas, máquinas, bancadas, salas, departamentos e etc. O objetivo deste

planejamento é permitir o melhor desempenho dos funcionários e dos

equipamentos fazendo com que o trabalho flua de forma mais fácil.

Medidas para melhor controle e segurança do material nos

almoxarifados

O setor de almoxarifado, exige o controle do estoque (quantidade, reposição,

armazenagem, validade, controle do uso, etc.), mercadorias e produtos (de

limpeza, de escritório, serviços, etc.), aquisição (levantamento de preços,

pesquisa de fornecedores, registro das compras feitas e a fazer, arquivamento

de notas) e outras tarefas afeitas ao almoxarife ou estoquista. Estas funções

necessitam observar critérios de racionalização, acondicionamento,

localização, acurácia, padronização, indicadores e documentação.

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Na racionalização do almoxarifado deve-se ter em conta o cálculo das

quantidades de produtos que se deve possuir em estoque.

No acondicionamento deve-se buscar a otimização das distâncias entre o local

de estocagem e onde será usados, a adequação do espaço de guarda com o

melhor uso de sua capacidade volumétrica.

Para a localização deve-se observar a facilidade em se encontrar aquilo que é

procurado, através de etiquetagem por exemplo, a fim de se evitar a entrega

errônea de material, o que acarreta problemas no controle, tempo

desperdiçado, etc.

Acurácia, ou exatidão de operação, implica a exatidão das informações de

controle com a realidade dos bens armazenados. A inexatidão dos dados

provoca falhas de contabilidade, fornecimento, dentre outras.

Os materiais do almoxarifado devem ser padronizados, para fins de melhor

controle das compras (fornecimento), e evitar falhas como a duplicidade de

itens no registro.

O setor deve apresentar os indicadores de suas atividades, como relatórios de

eficiência, a fim de proporcionar otimização do gerenciamento, controle do

histórico dos itens, etc.

Documentação implica a confecção do manual técnico de almoxarifado, em

que se defina de modo preciso as normas de identificação dos produtos,

inventário, inclusão de novos itens, entre outros

Principais atividades da armazenagem

Recebimento

Mercadorias e materiais chegam, normalmente, ao armazém em quantidades

maiores do que as expedidas. A primeira atividade de movimentação é a

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descarga de veículos. Na maioria dos armazéns, ela é manual. Entretanto,

têm sido desenvolvidos métodos mecanizados e parcialmente automatizados

capazes de adaptar-se às diferentes características dos produtos.

Geralmente, a descarga é feita por uma ou duas pessoas. Os produtos são

empilhados, manualmente, em paletes ou em “slip sheet” para formar uma

unidade a ser movimentada. Em alguns casos, esteiras transportadoras são

usadas para descarregar os veículos mais rapidamente. Dessa forma, pode

ser descarregada dos veículos maior quantidade de mercadorias para

entrada no armazém.

Manuseio Interno

O manuseio interno inclui toda e qualquer movimentação dos produtos dentro do armazém. Após o recebimento dos materiais, é necessária sua transferência interna para colocá-los em locais de armazenagem ou para separar pedidos. Finalmente, quando os pedidos são recebidos, os produtos solicitados são acumulados e transportados para a área de expedição. Existem dois tipos de manuseio dentro do armazém: transferência e separação.

Existem pelo menos duas transferências em armazéns tradicionais. Primeiramente, as mercadorias são levadas para dentro do armazém e colocadas no local previamente determinado. Depois, os produtos são transferidos para a área de separação ou seleção à medida que são processados os pedidos. Essa segunda movimentação pode ser suprimida quando as mercadorias possuem elevado peso e / ou volume. Na transferência final, os sortimentos de produtos solicitados pelos clientes são levados, diretamente, do armazém para a plataforma de carga.

A separação dos produtos é uma função básica de armazenagem. O processo agrupa materiais, peças e produtos de acordo com os pedidos dos clientes. Geralmente, a área de separação é localizada em um ponto do armazém que minimiza as distâncias a serem percorridas.

Expedição

A expedição consiste, basicamente, na verificação e no carregamento das mercadorias nos veículos. Como no recebimento, a expedição é realizada, manualmente, na maioria dos sistemas. A expedição de cargas unitizadas

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está se tornando cada vez mais comum porque, dessa forma, o tempo de carregamento de veículos pode ser reduzido consideravelmente.

Interfaces de compras com outros sistemas

As interfaces de importação são utilizadas para importação de dados de vendas de outros sistemas ou portais. Com a utilização destas interfaces, as vendas lançadas nos outros sistemas poderão ser importadas diretamente para o WINtour Internet.

Principais benefícios:

- Agilidade no lançamento das vendas, pois não será necessário digitá-las manualmente - Minimizar erros de lançamentos

Classificação das compras

A classificação de materiais surge por necessidade, uma vez que com o aumento da industrialização e da introdução da produção em série, foi necessário, para que não ocorrecem falhas de produção devido à inexistência ou insuficiência de peças em estoque

A classificação de materiais é um processo que tem como objetivo agrupar todos os materiais com características comuns.

Principais atividades da seção de compras

A função compras tem por finalidade suprir as necessidades de materiais ou

serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com

as quantidades necessárias, verificando se recebeu efetivamente o que foi

comprado e providenciar armazenamento.

No processo de fabricação, antes de se dar início à primeira operação, os

materiais e insumos gerais devem estar disponíveis, mantendo-se, com certo

grau de certeza, a continuidade de seu abastecimento, a fim de atender as

necessidades ao longo do período. Logo, a quantidade dos materiais e a sua

qualidade devem ser compatíveis com o processo produtivo.

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Para manter um volume de vendas e um perfil competitivo no mercado e,

consequentemente, gerar lucros satisfatórios, é preciso minimizar os custos

continuamente. O principal ponto de minimização devem ser os materiais

utilizados, já que se referem a uma parcela considerável na estrutura do custo

total.

Os objetivos básicos de uma seção de compras são:

Obter um fluxo contínuo de suprimentos a fim de atender aos programas

de produção;

Coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de

investimento que afete a operacionalidade da empresa;

Comprar materiais e insumos aos menores preços, obedecendo padrões

de quantidade e qualidade definidos;

Procurar sempre, dentro de uma negociação justa e honesta, as

melhores condições para a empresa, principalmente em condições de

pagamento.

Aquisição de materiais

Como solicitar?

Após a instalação do Programa de Requisições, preencher todos os campos do

formulário REQUISIÇÃO DE COMPRAS OU SERVIÇOS / ORDEM DE

DESPESA, trazendo a descrição completa e correta dos produtos e valor

estimado, não esquecendo dos carimbos e respectivas assinaturas. 

A requisição deverá ser separada por grupos de materiais (Requisições que

contiverem grupos de materiais diferentes em uma mesma requisição serão

devolvidas) 

A especificação dos produtos a serem adquiridos deve ser bem detalhada, sem

constar código ou sinais que possam sugerir determinada marca. 

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O requisitante deverá indicar 3 prováveis fornecedores sempre que

possível.

Em se tratando de materiais de produção exclusiva de um fornecedor, é

importante constar esta informação no pedido. Se possível, anexar orçamento

e o certificado de exclusividade expedido por entidade de classe

industrial/comercial.

A quem solicitar?

A REQUISIÇÃO DE COMPRAS OU SERVIÇOS / ORDEM DE DESPESA,

devidamente assinada pelo Ordenador da Despesa, deverá ser encaminhada à

ProAd dentro dos prazos estipulados, seguindo posteriormente para

o Departamento de Compras onde ocorrerá o processamento da aquisição.

Processo de compra

Formalizar especificações - caracterizar o produto que se quer compra.Escolher fornecedores - escolha do fornecedor consoante as características do produto, ter em conta a relação qualidade/preço.Acordar contratos - estabelecer as condições de compra ( pagamentos a que prazo, quantidade de produtos, condições de transporte, etc..).Encomendar - concretização de um contrato previamente acordado.Expedir - enviar o produto para a empresa que o encomendou.Avaliar - avaliação de fornecedores, enquanto ao seu serviço. prestadoComo exemplos de situações de compra, temos as compras para reabastecimento, aquelas que se consomem frequentemente.No caso da incerteza comercial for baixa e a sua complexidade também for baixa estamos perante a compra rotineira efectuada por cada departamento.No caso da incerteza comercial for baixa e a sua complexidade elevada estamos perante uma compra departamentalizada confinada à engenharia por são estes que conhecem as características técnicas dos produtos.No caso da complexidade baixa e sua incerteza comercial elevada será necessário chamar especialistas em análise financeira.No caso da complexidade for elevada e sua incerteza comercial elevada

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estamos perante a uma compra cross-funcional, com objectivo de cruzar as funções dos engenheiros com os economistas.

Processo de licitações – Lei 8.666/93

É composto de diversos procedimentos que têm como meta princípios constitucionais como a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência, com o intuito de proporcionar à Administração a aquisição, a venda ou uma prestação de serviço de forma vantajosa, ou seja, menos onerosa e com melhor qualidade possível. É a chamada "eficiência contratória".

Isto acontece utilizando-se um sistema de comparação de orçamentos chamado de "propostas das empresas". As empresas devem atender às especificações legais necessárias, todas constantes do edital. A empresa que oferecer maiores vantagens ao governo será a escolhida para o fornecimento do produto ou do serviço, para aquisição de bens alienados pela administração pública ou para atuar nos regimes de concessão ou permissão em relação a serviço público. Oferta mais vantajosa, na legislação brasileira, entende-se pelo critério de menor preço; de melhor técnica; de técnica e preço; ou, por fim, a de maior lance ou oferta para os casos de alienação de bens ou de concessão de direito real de uso. Dentre estes, o critério 'menor preço' é comumente mais utilizado. Ao lado deste, figuram o critério de 'Melhor Técnica', quando se leva em consideração, além do preço, a qualificação do licitante e as características de sua proposta; e 'Maior Lance', utilizado quando o objetivo é alienar (vender) bens públicos, como ocorre nos leilões.

O ordenamento brasileiro, em sua Constituição Federal de 1988 (art. 37, inciso XXI), determinou a obrigatoriedade da licitação para todas as aquisições de bens e contratações de serviços e obras, bem como para alienação de bens, realizados pela Administração no exercício de suas funções.

A lei 8666/93 é uma lei federal brasileira, criada em 21 de junho de 1993. Esta lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A lei 10.520, de 2002, institui o pregão no ordenamento jurídico brasileiro, para aquisição de bens e serviços comuns.

Como fonte de consulta, há uma publicação do Tribunal de Contas da União, disponível no site do TCU, que versa sobre questões relacionadas ao processo licitatório.

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Page 37: apostila auxiliar de almoxarifado

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CONTROLE DE ESTOQUE

Conceito

“São materiais e suprimentos que uma empresa ou instituição mantém, seja

para vender ou para fornecer insumos ou suprimentos para o processo de

produção”.“Quaisquer quantidades de bens físicos mantidos de forma

improdutiva, por algum intervalo de tempo.”

Objetivo

O objetivo básico do controle de estoques é evitar a falta de material sem que

esta diligência resulte em estoque excessivos às reais necessidades da

empresa.

importância

Estoque de matéria prima - Garante que não faltara material para a produção

dos produtos, mas deve ser controlado pois muita mataria prima parada

significa dinheiro parado desvalorizando.

Estoque de produto acabado - Garante a entrega ao cliente do que ele deseja.

também tem que ser controlado (mantido baixo) pelo mesmo motivo.

Classificação dos estoques em função da fase de produção

Existem diversas classificações dos estoques. De acordo com a natureza dos produtos fabricados, da actividades da empresa, os estoques recebem diferentes classificações

Numa empresa industrial,podemos ter:

Estoque de produtos em processo:

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Este tipo de estoques baseia-se essencialmente em todos os artigos solicitados necessários à fabricação ou montagem do produto final, que se encontram nas várias fases de produção.

Estoque de matéria-prima e materiais auxiliares:

Nestes estoques encontramos materiais secundários, como componentes que irão integrar o produto final. São usualmente compostos por materiais brutos destinados à transformação.

Estoque operacional:

É um tipo de estoque destinado a evitar possíveis interrupções na produção por defeito ou quebra de algum equipamento. É constituído por lubrificantes ou quaisquer materiais destinados a manutenção, substituição ou reparos tais como componentes ou peças sobressalentes.

Estoque de produtos acabados:

É o estoque composto pelo produto que teve seu processo de fabricação finalizado. Em empresas comerciais é chamado de estoque de mercadorias.

Usualmente são materiais que se encontram em depósitos próprios para expedição. São formados por materiais ou produtos em condições de serem vendidos.

Estoque de materiais administrativos:

É formado de materiais destinados ao desenvolvimento das actividades da empresa e utilizados nas áreas administrativas da mesmas, tais como, impressos, papel, formulários, etc.

Classificação dos materiais quanto à sua aplicação

A identificação do material é a primeira etapa da classificação de material e também a mais importante. Consiste na análise e registo das características físico/químicas e das aplicações de um determinado item em relação aos outros, isto é,estabelece a identidade do material.

Para identificar essas características, é necessário ter em conta alguns dados sobre os materiais, dados estes que podem ser retirados de catálogos, de listas de peças fornecidas pelos fabricantes, pela simples visualização do material, etc.

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Page 39: apostila auxiliar de almoxarifado

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Identificação Classificação,

Alguns dos dados a ter em conta para identificar os materiais podem ser:

Medidas/Dimensões das peças; Voltagem, amperagem, etc.;

Acabamento superficial do material;

Tipo de material e a aplicação a que se destina;

Normas técnicas;

Referências da peça e/ou embalagens; Acondicionamento do material;

Cor do material;

Idenficar os fabricantes;

Métodos de identificação Descritivo: Quando se identifica o material pela sua descrição detalhada.

Procura-se neste tipo de identificação apresentar todas as características físicas que tornem o item único, independentemente da sua referência ou fabricante. No entanto deve-se evitar, tanto quanto possível, um ligeiro excesso de pormenores descritivos, uma vez que descrições em demasia tornam o catálogo do material mais volumoso e cansativo de ver.

Referencial: Este método de identificação atribui uma descrição ou uma nomenclatura apoiada na referência do fabricante.

Codificação e Catalogação

Com a catalogação de material chega ao fim a Classificação de material. Esta

consiste em ordenar de uma forma lógica todos os dados que dizem respeito

aos itens identificados, codificados e cadastrados de forma a facilitar a consulta

da informação pelas diversas áreas da empresa.

Um dos aspectos mais importantes na catalogação de material é usar

simplicidade, objetividade e concisão dos dados gerados e permitir um fácil

acesso e rapidez na pesquisa. Os objetivos de uma boa catalogação são:

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Conseguir especificar o catálogo de uma forma tal que o usuário consiga

identificar/requisitar o material que deseja;

Evitar que sejam introduzidos no catálogo itens cadastrados com

números diferentes;

Possibilitar a conferência dos dados de identificação dos materiais

colocados nos documentos e formulários do sistema de material.

Simplificação e Especificação de material

Simplificação : significa a redução da grande diversidade de itens

empregados para uma mesma finalidade. Quando duas ou mais peças podem

ser usadas para o mesmo fim, recomenda-se a escolha pelo uso de uma delas

Especificação : significa a descrição detalhada de um item, como suas medidas, formato, tamanho, peso etc. Quanto mais detalhada a especificação de um item, menos dúvida se terá a respeito de sua composição e características, mais fácil será a sua compra e inspeção no recebimento.

Normatização e padronização de material

Normalização : essa palavra deriva de normas, que são as prescrições sobre

o uso do material; portanto significa a maneira pela qual o material deve ser

utilizado em suas diversas aplicações

Padronização : significa estabelecer idênticos padrões de peso, medidas e formatos para os materiais, de modo que não existam muitas variações entre eles. Por exemplo, a padronização evita que centenas de parafusos diferentes entrem em estoque.

Níveis de estoque

Um nível de estoque é o total de todas as unidades de estoque que possuem

as seguintes características comuns:

· na Administração de estoques

- centro

- depósito

- tipo de material

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Page 41: apostila auxiliar de almoxarifado

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- tipo de estoque

· em Administração de depósitos

- sistema de depósito

- tipo de depósito

Diversos níveis de estoque são alocados para cada inventário por amostra.

Todas as unidades do estoque pertencentes a esses níveis são

cobertas pelo inventário por amostra, à exceção daquelas para as

quais já existe um inventário ativo.

Previsão da demanda (consumo de materiais)

Qualquer que seja o grau de sofisticação do processo de previsão numa

empresa, é sempre difícil utilizar dados históricos para prever futuras

tendências, ciclo ou sazonalidades. Dirigir uma empresa que utiliza previsões

baseadas no passado, pode ser comparado a dirigir um carro olhando apenas

para o espelho retrovisor. Apesar das dificuldades, muitas empresas não têm

alternativa, portanto, devem fazer previsões.

Estoque virtual

            Também chamado de estoque disponível, vem a ser a soma dos saldos

em questão: saldo físico no almoxarifado, saldo de pedidos já confirmados no

fornecedor, saldo em requisição de compra, saldo constantes na área de

inspeção. 

Estoque virtual = Estoque Físico + saldo de fornecimento + saldo de

inspeção 

Estoque virtual = Estoque Físico + Saldo de fornecimento.

Estoque médio

A empresa precisa delimitar um estoque de segurança para poder delimitar o

estoque médio. “O estoque médio é o nível de estoque em torno do qual as

operações de compra e consumo se realizaram”.

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Page 42: apostila auxiliar de almoxarifado

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Calcula-se pela seguinte fórmula: Estoque Médio = (Estoque inicial + Estoque

final) / 2 O estoque inicial refere-se ao valor das mercadorias no início do

período e o estoque final é o saldo da conta estoque no final do período.

O controle médio dos estoques só poderá ser executado, se no sistema da

empresa estiver registradas todas as compras e vendas de produtos e ambos

possuírem notas fiscais.

Ponto de ressuprimento

Quantidade determinada para que ocorra o acionamento da solicitação do

Pedido de Compra. Também determinado "Estoque Mínimo".

O tempo de reposição é um dos cálculos simples e importantíssimo a ser analisado, pois a não observância desse fator poderá acarretar a falta do item, pois entre vários fatores envolve:

         Emissão da Requisição de Compra/ pedido/ verificação de orçamento – tempo previsto até a definição para chegar o pedido ao fornecedor selecionado.

        Preparação do pedido – tempo que leva do fornecedor fabricar/ embalar/ faturar e deixá-lo em condições de ser transportado.

Transporte – tempo que leva para sair do fornecedor até o recebimento do solicitante.

ARMAZENAGEM

Origem do almoxarifado

Desde os mais remotos tempos, quando ocorreu a invasão árabe na Península

Ibérica e a palavra " al-xarif " designava a pessoa de confiança do Sultão,

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Page 43: apostila auxiliar de almoxarifado

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responsável pela guarda dos bens do seu senhor, a atividade de almoxarifado

já era exercida. A própria origem da palavra almoxarife, vem daquele vocábulo

que através de metaplasmos de transformação, chegam assim até os nossos

dias, gerando também o nome do setor, ou da atividade

Passado o tempo ainda observa-mos que essa função, devido à adoção de

processos logísticos, e de englobar outras atividades paralelas àquelas de

recebimento, estocagem e distribuição, e também por ter uma maior amplitude

dentro das organizações passou a ser conhecida por "área de

armazenagem". O porte de um almoxarifado, sua estrutura, as

instalações e equipamentos de

armazenagem dependem da atividade exercida pela empresa e do tipo e

volume de itens a serem estocados, bem como das quantidades dos mesmos

pré-dimensionadas. VIANA, 2000 diz que atualmente, restou muito pouco da

antiga idéia de depósito,quase sempre o pior e mais inadequado local da

empresa, onde os materiais eram acumulados de qualquer forma, utilizando-se

mão-de-obra desqualificada e despreparada. Por meio do recurso a modernas

técnicas, essa situação primitiva originou sistemas de manuseio e

armazenagem de materiais bem sofisticados, o que provocou redução de

custos, aumento significativo da produtividade e maior segurança nas

operações de controle, com a obtenção de informações precisas em tempo

real. O emprego de softwares para gerenciamento e controle de almoxarifado

tem também se tornado cada vez mais comum, possibilitando um melhor

controle e também a integração com outros setores, como por exemplo, a

produção, vendas ou manutenção. Por exemplo, com a utilização da internet

em conjunto com um software de gerenciamento de almoxarifado, é possível

manter-se informado do estado de um almoxarifado, mesmo estando em outras

localidades geográficas.Do conceito primitivo evolui-se para o moderno

Almoxarifado, vocábulo derivado do termo árabe já citado que significa

depositar.

Conceito

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Page 44: apostila auxiliar de almoxarifado

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Pode-se, atualmente, definir Almoxarifado como o local destinado à fiel guarda

e conservação de materiais, em recinto adequado à sua natureza, tendo a

função de destinar espaços onde permanecerá cada item aguardando a

necessidade do seu uso, ficando sua localização, equipamentos e disposição

interna condicionados à política geral de estoques da empresa.

Importância

Os almoxarifados possuem uma função crítica nas empresas e a eficiência de

um almoxarife tem um impacto significativo no sucesso da empresa e,

especificamente, em manter um alto nível de serviço ao cliente.

Objetivo da armazenagem

O objetivo primordial de qualquer Almoxarifado é impedir divergências de inventário e perdas de qualquer natureza. O Almoxarifado, desta forma, deve possuir condições para assegurar que o material adequado, na qualidade de vida, estará no local certo, quando necessário, por meio da armazenagem de materiais, de acordo com normas adequadas, objetivando resguardar, além da preservação da qualidade, as exatas quantidades. Para cumprir sua finalidade, o este deverá possuir instalações adequadas, bem como recursos de movimentação e distribuição suficientes a um atendimento rápido e eficiente, devendo existir rotinas rigorosas para a retirada dos produtos no Almoxarifado e onde este preservará os materiais armazenados, protegendo-os contra furtos e desperdícios. A autoridade para a retirada do estoque deve estar definida com clareza e somente pessoas autorizadas poderão exercer essas atribuições. A retirada de materiais do Almoxarifado só se dá com a apresentação de uma requisição. Como foi dito que a origem do vocábulo deriva-se do termo árabe  AL-MAKHEN  ,que em seu teor significa depositar. Então, pode-se definir Almoxarifado como a fiel guarda e conservação de mercadorias, em recinto coberto ou não, adequado à sua natureza.

Fatores para seleção do almoxarifado

1- Treinar pessoas nos conhecimentos técnicos de administração de materiais

que habilitem o aluno a ingressar no mercado de trabalho como almoxarife,

estoquista, auxiliar de estoque, auxiliar de almoxarifado ou em atividades

similares no controle de estoque de materiais.

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Page 45: apostila auxiliar de almoxarifado

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2- Desenvolver funcionários que já atuem no almoxarifado ou em controle de

estoque e que necessitem de aperfeiçoamentos profissionais para um melhor

desempenho ou para conseguir promoções em suas profissões.

3- Auxiliar empresas que queiram re-qualificar seus almoxarifes, auxiliares de

estoque, estoquistas, encarregados de controle de estoque etc. com objetivo

de aumentar produtividade, melhorar níveis de serviço além de reduzir custos.

Tipos de almoxarifado

Para atender as diversidades das atividades que alguns órgãos executam, é possível criar almoxarifados específicos, como por exemplo: almoxarifado de tinta, de produtos químicos, de ferrangens, dentro outros.

Outros tipos de almoxarifados são os denominados abertos ou fechados podendo se apresentar em três tipos básicos, podendo se apresentar em três tipos básicos, dependendo das características dos materiais. São armazéns, galpão e pátio.

Organização dos almoxarifados

Apresentar técnicas e conhecimentos operacionais de almoxarifado com vistas a melhorar o desempenho das funções de receber, estocar e distribuir materiais, bem como outras no sentido de organizar e otimizar os recursos de espaço, mão de obra e equipamentos melhorando a eficácia desta função.

Organização de Almoxarifado com o objetivo de fornecer aos responsáveis pelos almoxarifados das empresas uma ferramenta para padronizar os processos e favorecer o controle das operações e informações.Este manual será divido em quatro etapas distintas: Diagnóstico, Planejamento, Implantação e Avaliação e Controle, que serão executadas nesta ordem. A Etapa de Diagnóstico corresponde à extração da real dimensão da situação logística da Unidade Gestora em termos de operação, utilização do espaço e informação. O Planejamento consiste em estruturar um plano de atividades e medidas, com cronograma, a ser implantado ao objeto da pesquisa. A Etapa de Implantação representa a execução dos passos correspondentes a esse planejamento. Por fim, a etapa de Avaliação e Controle consiste na coleta de dados da nova situação com a finalidade de compará-los com os dados do Diagnóstico.

Instalações físicas

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Page 46: apostila auxiliar de almoxarifado

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Os requisitos analisados vão desde as instalações físicas dos armazéns,

passando pelos equipamentos de conservação e limpeza e a especialização e

qualificação dos técnicos que operam nas unidades armazenadoras. Para a

coordenadora, com essa ação, o ministério viabiliza maior celeridade ao

processo de implantação do Sistema Nacional de Certificação de Unidades

Armazenadoras, que na medida em que for sendo implantado vai melhorando a

qualidade dos serviços prestados pelos armazéns brasileiros. A mudança

objetiva assegurar a qualidade e reduzir as perdas dos produtos

armazenados.

Seleção de equipamentos de movimentação de materiais

A movimentação de materiais será sempre avaliada em relação ao layout do

local, o material movimentado, o movimento e o método. Para isso ser feito,

os dados fundamentais a serem observados com relação ao sistema que será

utilizado nessas operações devem passar pela definição do tipo do movimento

e sua frequência para se determinar qual tipo de equipamento é necessário.

Podemos considerar como sistemas de movimentação:

1. Sistemas orientados pelo Material:

• Transportes a granel, unidades de carga, líquidos e gases.

2. Sistemas orientados pelo Método:

• Manual, mecânica e automática.

3. Sistemas orientados pela Função:

• Transporte, elevação, transporte contínuo, transferência e autocarregadores.

4. Sistemas orientados pelo Equipamento:

• Veículos industriais, carrinhos, empilhadeiras, tratores e transportadores

contínuos.

5.1. Sistemas de Movimentação de Materiais

Tipos e características das Movimentações de Materiais:

Todo tipo de movimentação dentro de uma célula industrial, entre as operações

de in bound e out bound, trata de movimentação e transporte de produtos e

materiais que englobam todo tipo de direção, frequência e acionamentos

existentes.

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Equipamentos de movimentação de materiais

Existem cinco tipos de equipamentos de movimentação de materiais:

 Veículos industriais;

Equipamentos de elevação e transferência;

Transportadores contínuos;

Embalagens;

Recipientes e unitizadores;

Equipamentos auxiliares

Existe um grande número de equipamentos e acessórios que não se integram

nos grupos acima referidos, mas que são frequentemente utilizados de forma

independente ou em conjunto com outros equipamentos de movimentação de

materiais

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