apostila aprovar uea ano 6

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Page 1: Apostila Aprovar UEA ano 6

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Page 2: Apostila Aprovar UEA ano 6

Nas apostilas anteriores do Aprovar, você pôde conhecer umpouco mais sobre as ações da Universidade do Estado doAmazonas (UEA) desenvolvidas por meio do ensino e da exten-

são. Esta apostila traz para você um panorama da área de pesquisa nauniversidade.Atualmente, estão em execução na UEA 22 programas de pós-gra-duação (cursos de mestrado e doutorado), desenvolvidos pelaprópria universidade ou em parceria com as mais renomadas insti-tuições de pesquisa nacionais e internacionais. São mais de 3 milalunos beneficiados em 25 cursos Stricto Sensu e 48 Lato Sensu.Os programas próprios da UEA são: Biotecnologia e Recursos Na-turais (em Manaus e em Parintins, sendo o primeiro curso StrictoSensu oferecido no interior do Estado); Medicina Tropical; DireitoAmbiental; Educação e Ensino de Ciências na Amazônia; e Clima eAmbiente (INPA/UEA).Outros 17 estão em processo de implantação, previstos para iniciarem 2010; desses, quatro programas são inéditos: Direito Governa-mental, com a USP; Administração Pública, com a FGV; EngenhariaElétrica/Microeletrônica, com a COPPE/UFRJ (Instituto Alberto Luizde Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro), referência na área de pós-graduação em engenharia na América Latina, e Engenharia Naval,também com a COPPE/UFRJ.Por meio da Pós-Graduação estão sendo desenvolvidos mais de 70projetos de pesquisa (financiados pela Fundação de Amparo àPesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), Coordenação dePessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desen-volvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Financiadora deEstudos e Projetos (Finep) – o que implica o investimento derecursos da ordem de R$ 35 milhões) e mais de 900 de iniciaçãocientífica com foco na compreensão de nossa realidade peculiar,nos biomas amazônicos e sua influência sobre os sistemas pro-dutivos, além de projetos de pesquisas avançadas executadas emassociação com instituições brasileiras, da França, da Alemanha,dos Estados Unidos e de Cuba;Em 2007, foi implantado o Programa de Estudo em Áreas Alagadas emconvênio com o Inpa e o Instituto Max Planck, da Alemanha. Já estáimplantada cooperação técnica com a COPPE/UFRJ na implantaçãode linhas de pesquisa no doutorado em Engenharia Civil/Transportese linha de pesquisa em Engenharia Molecular para o doutorado emEngenharia Química e com a Universidade de São Paulo (USP) paradoutorados em Geografia Física e Geografia Humana. A Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa criou o Polo Científico eTecnológico e, em parceria com a Secretaria de Estado da Ciência eTecnologia, pretende agregar à iniciativa privada incubadoras e Uni-versidade, gerando sustentabilidade para o Polo Industrial de Manaus(PIM), baseando em pesquisa e em produção de inovação tecno-lógica.Também foi implantada a Coordenadoria de Relações Interinstitucio-nais, que já iniciou parcerias com instituições da França, Portugal,Alemanha e Espanha, as quais começaram a ser desenvolvidas apartir de 2008.No último mês de agosto, a UEA titulou os primeiros doutores emDoenças Tropicais e Infecciosas, do Programa de Medicina Tropical.No último dia 26 de outubro, a UEA titulou o primeiro doutor emClima e Ambiente do Programa de Pós-Graduação em Clima eAmbiente, executado em parceria com o Inpa. Também em outubro,nos dias 27 e 28, a UEA titulou os três primeiros mestres doprograma em Clima e Ambiente.Na pesquisa avançada, a UEA obteve mais uma significativa con-quista no início de 2009: o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia(INCT) de Energia, Ambiente e Biodiversidade, sediado na EscolaSuperior de Ciências da Saúde da UEA, aprovado em fevereirodeste ano pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico eTecnológico (CNPq).

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ÍndicePORTUGUÊS

Regência Verbal ........................................... Pág. 03

(aula 61)

PORTUGUÊS

Uso do hífen ............................................... Pág. 05

(aula 62)

HISTÓRIA

Grandes projetos para amazônia .............. Pág. 07

(aula 63)

GEOGRAFIA

A degradação do meio ambiente ............. Pág. 09

(aula 64)

MATEMÁTICA

Geométria espacial: Sólidos ...................... Pág. 11

(aula 65)

MATEMÁTICA

Ponto e reta ................................................ Pág. 13

(aula 66)

FÍSICA

Calorimetria: Estudo das trocas e transmissão de

calor ........................................................... Pág. 15

(aula 67)

FÍSICA

Óptica Geométrica ...................................... Pág. 17

(aula 68)

BIOLOGIA

Parasitologia ............................................... Pág. 19

(aula 69)

BIOLOGIA

Sistema hormonal ou indocrino ................. Pág. 21

(aula 70)

Programação Aprovar 2009 ...................... Pág. 23

Referências bibliográficas ........................ Pág. 24

Por dentro da UEA

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Page 3: Apostila Aprovar UEA ano 6

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Regência verbal

1. Classificação dos verbos quanto à predicaçãoQuanto à regência (relação entre o verbo e os termos ou expressõesque lhe completam o sentido ou a ele atribuem uma circunstância),podemos dividir todos os verbos da língua portuguesa em trêscategorias:

a) transitivos;b) intransitivos;c) de ligação.

Os transitivos podem ser:

a) diretos;b) indiretos;c) diretos e indiretos.

2. Vocabulário técnicoa) Transitivo – Que requer um ou mais complemento; complemento.

b) Intransitivo – Que não aceita complemento; sem complemento.

c) Direto – Que se liga ao verbo sem preposição; complemento direto.

d) Indireto – Que se liga ao verbo por meio de preposição;complemento indireto.

e) De ligação – Que liga o predicativo ao sujeito. Antônimo: verbosignificativo.

3. Verbo transitivo diretoEntende-se por transitivo o verbo que precisa de complemento. Vamosobservar as seguintes construções:

a) De repente, a gente sente isso.Função de “isso”: objeto direto.

b) A gente já não sente aquilo.Função de “aquilo”: objeto direto.

c) De repente não há mais saco.Função de “saco”: objeto direto.

Observe que não há preposição intermediando os verbos e seusrespectivos complementos. Diz-se, então, que os complementos ligam-se aos verbos diretamente, ou seja, sem auxílio de preposição. São,por isso, verbos transitivos diretos.

4. Objeto direto preposicionadoSe o verbo transitivo direto vier preposicionado, com certeza apreposição não é exigida pelo verbo. O complemento recebe, então, onome de objeto direto preposicionado.

a) Ela só ouve a mim.Regência de ouvir: transitivo direto.Função sintática da expressão “a mim”: objeto direto preposicionado.

b) Venceu ao pai o filho.Regência de vencer: transitivo direto.Função sintática da expressão “ao pai”: objeto direto preposicionado.

c) Em casa, ele não respeitava a ninguém.Regência de respeitar: transitivo direto.Função sintática da expressão “a ninguém”: objeto direto preposicionado.

5. Objeto direto X pronomes átonosAo lado de verbos transitivos diretos, na função de complemento, sópodem aparecer os seguintes pronomes átonos:

a) o, a, os, as – Só podem ser objeto direto. Podem aparecer antes(próclise), no meio (mesóclise) ou depois (ênclise) do verbo,representando pessoas ou coisas.

Exemplos:

1. Sempre a ouço.2. Convivendo com ela, eu a mudei.3. Convivendo com ela, eu mudei-a.4. O dinheiro, passei-o a você.

b) lo, la, los, las – Variantes de o, a, os, as quando enclíticos (depoisdo verbo) ou mesoclíticos (no meio do verbo); só podem ser objetodireto. Devem ser acrescentados a verbos transitivos diretos queterminem por r, s ou z.

Exemplos:

1. Vou ouvi-la sempre.2. As testemunhas? Ouvimo-las ontem. 3. As planilhas de custo? Refi-las à noite.

c) no, na, nos, nas – Variantes de o, a, os, as quando enclíticos(depois do verbo); só podem ser objeto direto. Devem seracrescentados a verbos transitivos diretos que terminem por ão, õeou m.

Exemplos:

1. Com relação ao dinheiro, ele repõe-no ainda hoje.2. Lições de esperança? Eles dão-nas todos os dias.3. Obstáculos da vida? Transpõe-nos naturalmente.

6. Verbo transitivo direto x lhe

Se o pronome lhe estiver ao lado de verbo transitivo direto, com certezaestará no papel de pronome possessivo: pode ser trocado por seu(dele), sua (dela), seus (deles), suas (delas). A função sintática, nessecaso, é de adjunto adnominal.

Exemplos:

1. Ouço-lhe muito as opiniões.= Ouço muito as suas opiniões.“lhe” = adjunto adnominal.

2. Conheço-lhe a família há muitos anos.= Conheço a sua família há muitos anos.“lhe” = adjunto adnominal.

3. Doíam-lhe todas as partes do corpo.= Doíam todas as partes do seu corpo.“lhe” = adjunto adnominal.

4. Admiro-lhe muito as atitudes.= Admiro muito as suas atitudes.“lhe” = adjunto adnominal.

7. Verbo transitivo direto e voz passiva

Os verbos transitivos diretos aceitam mudança da voz ativa para apassiva e vice-versa. Confira:

a) Da ativa para a passiva analítica:1. Ela ouviu todos os conselhos.

Todos os conselhos foram ouvidos por ela.2. Ele perdeu dinheiro no jogo.

O dinheiro foi perdido por ele no jogo.

b) Da passiva analítica para a ativa:1. A crise está sendo sentida por todos.

Todos estão sentindo a crise.2. A decisão foi mudada pelo diretoria.

A diretoria mudou a decisão.

c) Da passiva sintética para a ativa:1. Ouviram-se muitos conselhos.

Ouviram muitos conselhos.2. Reconstruíram-se os prédios.

Reconstruíram os prédios.

8. VTD e oração subordinada substantiva objetiva direta

O complemento do verbo transitivo direto pode ser uma oração inteira:é a oração subordinada substantiva objetiva direta.

1. Sinto que ela me ama.Objeto direto de sinto: “que ela me ama”.

2. Saquei que nada é eterno.Objeto direto de saquei: “que nada é eterno”.

9. Verbos transobjetivos

Os verbos transitivos diretos que formam o predicado verbo-nominalcom predicativo do objeto merecem atenção especial. São conhecidoscomo transobjetivos. O complemento verbal (objeto direto) vemacompanhado de predicativo.

1. Julgamos Teotônio incapaz dessa atitude.Função de incapaz: predicativo do objeto.Classificação do predicado: verbo-nominal.

2. Elegeram-na vereadora.Função de vereadora: predicativo do objeto.

PortuguêsProfessor JOÃO BATISTA Gomes

Aula 61

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Classificação do predicado: verbo-nominal.

Principais verbos transobjetivos

Os verbos seguintes, quando empregados em sentido especial, sãotransobjetivos: transitivos diretos (raramente indiretos) + predicativo.Vêm acompanhados de predicativo do objeto, formando o predicadoverbo-nominal.

1. ACHAREu sempre a achei atraente.

2. ACUSARO povo acusava-o de corrupto.

3. CHAMAROs moleques chamavam-na de galinha garnisé.

4. CONSIDERARSempre a considerei infiel.

5. CRERNa infância, todos me criam um santo.

6. DARApesar das evidências, ele não se dava por vencido.

7. DECLARARDepois dos testes, declararam-me habilitado.

8. DEIXARUsaram o livro e deixaram-no rasgado.

9. ELEGERO povo elegeu-o senador pelo Amazonas.

10. ENCONTRARPara minha decepção, fui encontrá-la muito feliz.

11. FAZERA minha intenção era fazê-la secretária.

12. INTITULAROs ribeirinhos intitularam-no herói.

13. JULGARTodos o julgavam culpado.

14. NOMEARNomearam meu primo inspetor-chefe.

15. SUPORA família supunha-o íntegro.

16. TACHARPor causa da briga, tacharam-no de louco.

17. TER

Todos o tinham como doido.

VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS

1. Definição

Transitivo indireto é o verbo que exige complemento com preposição.O complemento chama-se objeto indireto.

2. Preposição obrigatóriaQuando o complemento do verbo transitivo indireto vem representadopor um substantivo (ou por pronome que não seja átono), a preposiçãoé obrigatória. A construção de frases sem ela constitui agressão ànorma culta da língua escrita.

Veja construções certas e erradas:

1. Este é o homem que o Brasil precisa. (errado)2. Este é o homem de que o Brasil precisa. (certo)3. O filme que assisti impressionou-me. (errado)4. O filme a que assisti impressionou-me. (certo)

3. Complemento dos verbos transitivos indiretos

Além dos substantivos, os verbos transitivos indiretos admitem comocomplemento:

a) lhe(s) – Pronome que só pode representar pessoas ou seres vivos;deve ser usado com verbos que combinem com as preposições aou para.

Veja construções analisadas:

1. Assistimos ao filme proibido.Assistimos-lhe. (errado)Assistimos a ele. (certo)

2. Obedecemos às leis de trânsito.Obedecemos-lhes. (errado)

Obedecemos a elas. (certo)

3. Obedeço sempre aos meus superiores.Obedeço-lhes sempre (certo)Obedeço sempre a eles. (certo)

4. Confio muito em Rosilda.Confio-lhe muito. (errado)Confio muito nela. (certo)

b) a ele(s), a ela(s), a isso – Pronomes que podem representarpessoas ou coisas indiferentemente.

Veja construções analisadas:

1. Referimo-nos às estrelas.Referimo-nos a elas. (certo)

2. Obedecemos à lógica do mercado.Obedecemos a isso. (certo)

c) me, te, se, nos, vos – Pronomes que só podem representarpessoas.

Veja construções analisadas:

1. Coisas boas aconteceram a mim.Coisas boas aconteceram-me. (certo)

2. Cabe a ti a decisão de mudar de vida.Cabe-te a decisão de mudar de vida. (certo)

4. Pronomes com dupla função

Os pronomes átonos me, te, se, nos e vos podem fazer o papel tantode objeto direto quanto de objeto indireto. A diferença está naregência do verbo a que se filiam.

1. Eu tenho coisas lindas para te dar.Função do “te”: objeto indireto.

2. Eu nasci para te amar.Função do “te”: objeto direto.

3. A noite vem-nos envolver.Função do “nos”: objeto direto.

4. Nada nos falta aqui.Função do “nos”: objeto indireto.

5. Ele deu-se o luxo de viajar.Função do “se”: objeto indireto.

5. VTI: sem voz passiva

Os verbos transitivos indiretos não aceitam, em rigor, voz passiva.Alguns verbos, porém, por força do uso, são apassivados. É o caso deobedecer, pagar, perdoar, responder. Mas, em provas de concursos,em que a língua culta padrão é preservada, tais construções sãocondenadas, com exceção daquelas com o verbo obedecer.

Veja construções certas e erradas:

1. O jogo foi assistido por toda a família.Construção errada porque o verbo assistir (transitivo indireto) nãoaceita voz passiva.

2. Toda a família assistiu ao jogo.Frase na voz ativa; construção certa.

3. As leis de trânsito nunca são obedecidas.Construção certa; o verbo obedecer (transitivo indireto) admite vozpassiva.

4. Não se obedece nunca às leis de trânsito.Construção certa.

6. VTI + se = sujeito indeterminado

Os verbos transitivos indiretos, acompanhados do pronome se, nãoadmitem plural. É que, nesse caso, o se indica sujeito indeterminado,obrigando o verbo a ficar na terceira pessoa do singular.

Veja construções analisadas:

1. Precisam-se de pedreiros. (errado)

2. Precisa-se de pedreiros. (certo)Regência de “precisar”: VTI.Função do “se”: PIS (pronome que indetermina o sujeito).Sujeito: indeterminado.

3. Aqui, obedecem-se às leis. (errado)

4. Aqui, obedece-se às leis. (certo)Regência de “obedecer”: VTI.Função do “se”: PIS (pronome que indetermina o sujeito).

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Uso do hífen1. Hífen com sufixos

-açu, -guaçu – Elementos de composição oriundos do tupi; exprimem aideia de ‘grande’. O hífen só ocorre quando a palavra termina em vogalgraficamente acentuada ou para evitar deturpação da pronúncia.

COM HÍFEN SEM HÍFENacará-açu buritiaçuandá-açu cupuaçucapim-açu jiboiaçujacaré-açu minhocuçu

-mirim – Elemento de composição oriundo do tupi; exprime a ideia de‘pequeno’. O hífen só ocorre quando a palavra termina em vogal grafi-camente acentuada ou para evitar deturpação da pronúncia.

COM HÍFEN SEM HÍFENaraçá-mirim buritimirimcajá-mirim cajumirimparaná-mirim paumirim

2. Hífen com prefixos e pseudoprefixosRegra geral – Com a reforma ortográfica de 2009, os prefixos (auto-,ante-, anti-, arqui-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-,neo-, proto-, pseudo-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e oselementos não autônomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina(aero-, agro-, arqui-, bi-, bio-, cardio-, eletro-, geo-, hidro-, macro-, maxi-,micro-, mini-, multi-, pan-, penta-, pluri-, retro-, tele-, tetra-, tri-, etc.),provocam hífen diante de palavras iniciadas por h e por vogais idênticasà vogal final do prefixo ou do falso prefixo. Diante de palavras iniciadaspor “r” e “s”, essas consoantes devem duplicar-se.

Exemplário – A seguir, em ordem alfabética, uma relação completa deprefixos e pseudoprefixos seguidos de palavras grafadas de acordo coma reforma ortográfica.

ab- (elemento latino de composição = afastamento, separação, priva-ção). Provoca hífen, antes de b, h e r (este último por conta da pro-núncia).

COM HÍFEN SEM HÍFENab-reagir abgregaçãoab-rogação abgregarab-rogar abjudicarab-rupto (melhor) ou abrupto.

ad- (elemento latino de composição = aproximação; em direção a).Provoca hífen, antes de d, h e r (este último por conta da pronúncia).

COM HÍFEN SEM HÍFEN

ad-digitala djazerad-rogação adjudicadoad-rogador adjudicar

afro- (elemento latino de composição = africano). Além de provacar hífencom vogais iguais e com a letra h, também o provoca na formação deadjetivos pátrios.

COM HÍFEN SEM HÍFEN

afro-americano afroespacilafro-brasileiro afroinfluênciaafro-cubano afromaniaafro-habilidade afrorreaçãoafro-lusitano afrorrealidadeafro-obrigação afrossexualidade

agro- (elemento latino de composição = terra, agricultura, campo).

COM HÍFEN SEM HÍFEN

agro-ocupação agroecologiaagro-orgânico agroflorestalagro-herança agrossocial

ante- (prefixo de origem latina = em frente de, antes de).

COM HÍFEN SEM HÍFENante-etapa anteontemante-escolar anterreal

anti- (prefixo de origem grega = em frente de, de encontro a, contra, emlugar de, em oposição a).

COM HÍFEN SEM HÍFENanti-halo antiarbotivoanti-herói antigripal anti-higiênico antioxidanteanti-horário antiparlamentarismoanti-ibérico antirrábicoanti-imperialismo antissocial

arqui- (prefixo de origem latina = primazia; proeminência; superiori-dade).

COM HÍFEN SEM HÍFENarqui-herói arquimártir arqui-hesitação arquirromântico arqui-inimigo arquirrival arqui-imitador arquirreitor

audio- (elemento latino de composição = audição).

COM HÍFEN SEM HÍFENaudio-hemograma audioamplificadoraudio-otologia audiossinalaudio-ovação audiorreceptor

auto- (prefixo de origem grega = por si próprio). Nos compostos forma-dos a partir de auto-, o segundo elemento vai para o plural.

COM HÍFEN SEM HÍFENauto-hemoterapia autoafirmaçãoauto-hemoterápico autoadmiraçãoauto-hemotransfusão autobiografiaauto-hipnose autodefesa

bi- (prefixo latino = duas vezes).

COM HÍFEN SEM HÍFENbi-habilitado bianualbi-halografia birradiano bi-inclinação birradical

bio- (elemento grego de composição = vida).

COM HÍFEN SEM HÍFENbio-halogênico bioacústicabio-harmônico bioclimabio-obstrução biorritmobio-oculação biossocial

circum- (prefixo de origem latina = em torno de, em volta de; por (comideia de movimento); ao pé de, perto de, nas imediações de). Provocahífen quando a palavra que vem depois começa por uma vogal, h, m oun.

COM HÍFEN SEM HÍFENcircum-adjacência circumboreal circum-escolar circunfluente circum-murado circunjazer circum-navegação circumpolar circum-oral circumportuário

mal- (prefixo de origem latina = mau, nocivo, ruim, maligno). Provocahífen quando a palavra que vem depois começa por uma vogal ou pelaletra h.

COM HÍFEN SEM HÍFENmal-aventurado malcriado mal-assado malcuidadomal-afeiçoado maldispostomal-informado malpassadomal-habituado maltrapilho

cis- (prefixo latino = aquém de, do lado de cá).

COM HÍFEN SEM HÍFENcis-havaiano cisandinocis-havanês cisatlânticocis-heleno cisalpino

co- (prefixo latino = contiguidade, companhia). Nas formações com oprefixo co-, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmoquando iniciado por “o”: coobrigação, coocupante, coordenar, coopera-ção, cooperar, etc.

SEM HÍFENcoadministração coabitante coavalista coeternidadecoaxial coexistircofator coirmã

PortuguêsProfessor JOÃO BATISTA Gomes

Aula 62

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Page 6: Apostila Aprovar UEA ano 6

cossecante coirmãocosseno coirmandadecotangente conatural

contra- (prefixo de origem latina = oposição, ação conjunta).

COM HÍFEN SEM HÍFENcontra-abertura contrabaixocontra-atacar contraindicar contra-aviso contramão contra-harmonizar contrassenso contra-hastear contraofensiva

extra- (prefixo de origem latina = posição exterior, fora de).

COM HÍFEN SEM HÍFENextra-abdominal extraclasseextra-amazônico extrafinoextra-axilar extrassensorialextra-hepático extrassensívelextra-humano extrarregulamento

hexa- (elemento grego de composição = seis).

COM HÍFEN SEM HÍFENhexa-adagiário hexacampeãohexa-adaptado hexagramahexa-haustelado hexassílabo

hiper- (prefixo de origem grega = posição superior; além; excesso).

COM HÍFEN SEM HÍFEN

hiper-hedonismo hiperacidez

hiper-humano hiperexcitado

hiper-rancoroso hiperinflação

infra- (prefixo de origem latina = abaixo, embaixo, em posição inferior).

COM HÍFEN SEM HÍFENinfra-assinado infrabasilarinfra-hepático infraorbitárioinfra-hióideo infrarrenal

inter- (prefixo de origem latina = posição intermediária; reciprocidade;interação). Provoca hífen antes de h e r.

COM HÍFEN SEM HÍFENinter-helênico interacadêmicointer-humano interestadualinter-racial internacionalinter-regional interoceânico

intra- (prefixo de origem latina = dentro de, no interior).

COM HÍFEN SEM HÍFENintra-arterial intracelularintra-abdominal intracerebralintra-hemisférico intrarrenalintra-hepático intraósseo

macro- (elemento grego de composição = grande, longo).

COM HÍFEN SEM HÍFENmacro-habilitar macrocefaliamacro-hematoma macrossismomacro-onda macroeconomiamacro-organismos macrorregião

micro- (elemento grego de composição = pequeno, curto, fraco).

COM HÍFEN SEM HÍFENmicro-harpa microbiologiamicro-hélice micro-organismomicro-onda microssaiamicro-ônibus microrregião

mini- (elemento latino de composição = mínimo, muito pequeno).

COM HÍFEN SEM HÍFENmini-horta minibibliotecamini-hotel minissaiamini-inflamação minicasacomini-insuficiência minirrelógiomini-irrigação minirrua

multi- (elemento latino de composição = muito, numeroso).

COM HÍFEN SEM HÍFENmulti-hábil multiangularmulti-hediondo multicoloridomulti-incentivar multirracialmulti-irritar multissegmentado

neo- (prefixo de origem grega = novo, recém, renovadamente).

COM HÍFEN SEM HÍFENneo-habilitado neoafricanoneo-hebraico neoacadêmiconeo-helenismo neobarroconeo-oriental neoquinhentismo neo-otoplastia neorrepublicanoneo-ortodoxo neorrealismo

pan- (elemento grego de composição = tudo, todos). Provoca hífenquando a palavra que vem depois começa por uma vogal, h, m ou n.

COM HÍFEN SEM HÍFENpan-africano pancontinental pan-americano pancosmismo pan-helenismo panglossiano pan-iconografia panléxicopan-mítico panlogismopan-oftalmite pansexual

penta- (elemento grego de composição = cinco).

COM HÍFEN SEM HÍFENpenta-alado pentacampeãopenta-arruinado pentacapsular penta-hibernar pentassílabopenta-hierárquico pentassépalo

pluri- (elemento latino de composição = muitos, vários).

COM HÍFEN SEM HÍFENpluri-habitação plurianualpluri-hibridação pluridentadopluri-irrigado plurirreaçãopluri-irritado plurissecular

poli- (elemento grego de composição = muitos, diversos).

COM HÍFEN SEM HÍFENpoli-higinenização poliadiçãopoli-híbrido polissílabopoli-infecção poliarteritepoli-idiomático polissíndeto

proto- (prefixo de origem grega = primeiro, principal, renovadamente).

COM HÍFEN SEM HÍFENproto-história protoarianoproto-humano protomártirproto-ocidental protorrevoluçãoproto-ocular protorreação proto-oncológico protossol

pseudo- (prefixo de origem grega = mentiroso, enganador, falso).

COM HÍFEN SEM HÍFENpseudo-herói pseudoalelopseudo-hermafrodita pseudobulbopseudo-obra pseudorrandômico

semi- (prefixo de origem latina = quase, metade, um tanto).

COM HÍFEN SEM HÍFENsemi-herbáceo semiabertosemi-herbívoro semicerradosemieixo semicondutorsemi-infantil semifeudalsemi-inteiro semirretasemi-internato semissoma

sobre- (prefixo de origem latina = em cima de, por cima de, acima de,além de).

COM HÍFEN SEM HÍFENsobre-elevação sobreabundarsobre-excelente sobreafligirsobre-humano sobressaturar

sub- (prefixo de origem latina = sob, embaixo de, por baixo de, abaixode, segundo). Provoca hífen antes de palavras iniciadas por b, h ou r.

COM HÍFEN SEM HÍFENsub-base subaquáticosub-bibliotecário subaxilarsub-habitação subchefesub-humano subchefiasub-raça subestaçãosub-região subeditorsub-reino subinspetorsub-reitor suboceânico

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Grandes projetos para a AmazôniaEm 1953, Getúlio Vargas criou a Superintendência do Plano de ValorizaçãoEconômica da Amazônia (SPVEA), a fim de promover o desenvolvimento daprodução agrícola e pecuária, além de promover a integração da região àeconomia nacional.Em 1957, visando atender à ideia de desenvolver a Região Amazônica, foicriada a Zona Franca de Manaus, uma área de livre comércio com isençãofiscal.Em 1966, no governo Castelo Branco, a SPVEA foi substituída pela Superin-tendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), órgão responsávelpara dinamizar a economia amazônica. A SUDAM seria o órgão responsável em coordenar, supervisionar, elaborar eexecutar projetos de outros órgãos federais. Para isso, tinha poderes de criarincentivos fiscais e financeiros especiais para atrair investidores privadosnacionais e estrangeiros.Foi a partir da SUDAM que os setores agrícolas, pecuários, indústrias debens e de mineração passaram a ganhar maior dinamismo.Nesse mesmo ano, o Banco de Crédito da Amazônia foi transformado emBanco da Amazônia S.A. (BASA).

Zona Franca de Manaus e SUFRAMA

Em 1957, no governo de Juscelino Kubtschek, foi criada a Zona Franca deManaus no contesto da Guerra Fria como parte do Projeto de contenção doavanço do comunismo.Em 1967, no governo de Humberto de Alencar Castelo Branco, foi criada aSuperintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), no contexto daexpansão do capitalismo pela Amazônia. Nesse período, com uma série de incentivos fiscais especiais para integrar aAmazônia ao restante do País, diminuindo as desigualdades regionais e ovazio econômico e demográfico que a área então apresentava, a ZonaFranca de Manaus teve como objetivos:1. Instalar no interior da Amazônia Ocidental um programa de desenvolvi-

mento Industrial, Comercial e Agropecuário.2. Gerar emprego e renda na Amazônia Ocidental, propiciando um efeito

multiplicador na economia regional.3. Buscar a ocupação econômica da Amazônia Ocidental e suas regiões

fronteiriças e,4. Atenuar as desigualdades existentes entre as duas Amazônias e as demais

regiões do Brasil.

Setor Comercial

O setor comercial foi o primeiro a fortalecer-se com a reformulação do projetoZona Franca de Manaus, estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 288/67: nos primeirosanos, logo após sua reformulação, a Zona Franca funcionou como um grandeShopping Center para todos os brasileiros. O Governo Federal, à época, nãopermitia importações nem a saída de brasileiros para o exterior. A Zona Francafuncionou como uma válvula de escape para as pessoas de melhor poderaquisitivo, que encontravam em Manaus as novidades importadas de todo omundo. Por conta dessa corrida às compras, a cidade ampliou seus serviços,ganhou hotéis de 4 e de 5 estrelas, um aeroporto internacional e atraiuinvestidores das mais diversas procedências.Nessa época, as importações não tinham limites, com apenas 5 restrições,estabelecidas no Decreto-Lei 288/67 (que permanecem até hoje): armas emunições, fumo, bebidas alcoólicas, automóveis de passeio e artigos deperfumaria, cuja importação só poderia ser feita mediante o pagamento detodos os impostos. Do leite em pó holandês ao cristal da Bohemia ou àgravata italiana, tudo era vendido livremente no comércio da cidade, compermissão de serem levadas, como bagagem acompanhada de passageirosaído de Manaus, seis unidades de cada produto importado de uso pessoal,o que tornava a viagem um grande atrativo.Segundo dados da Junta Comercial do Amazonas, só em 1967, foramregistradas 1.339 novas empresas, oferecendo, pelo menos, o dobro dessenúmero em novas oportunidades de trabalho aos amazonenses.Essa fase inicial durou até 1975, quando o Governo Federal baixou o De-creto-Lei n.º 1.435, modificando o artigo 7.º. do Decreto-Lei n.º 288/67, alte-rando a alíquota do Imposto sobre Importação no internamento de merca-dorias para o território nacional. As importações foram limitadas em US$ 300milhões, divididos entre o comércio e a indústria, que, a partir de então, teriade praticar índices mínimos de nacionalização em seus produtos.

Com novas pressões da indústria nacional, o comércio da ZFM importa ape-nas os produtos que ainda não são fabricados no Brasil, como medida deproteção à indústria instalada em outras regiões do País, com reflexos naemergente indústria da ZFM, que também tem de cumprir índices denacionalização em seus produtos.No final dos anos 70, vêm a liberação das viagens ao exterior e a permissãopara entrada no País de bagagem procedente do exterior até 100 dólares.Começam as dificuldades do setor comercial da Zona Franca de Manaus,que, a partir de então, só recebia consumidores em determinadas épocas doano, com grandes promoções. Durante toda a década de 80, o setor comer-cial promoveu pacotes turísticos para atrair visitantes, e a SUFRAMAorganizou Feiras e Exposições de Produtos da Zona Franca de Manaus emvárias capitais brasileiras como forma de divulgar o produto local e captarnovos investimentos. O número de empregos gerados, nessa época, atingiua casa dos 80 mil.Nos anos 90, veio a abertura do mercado brasileiro ao produto estrangeiro.O País inteiro passou a importar de tudo um pouco, com alíquotas do impos-to de importação bastante reduzidas. Para adequar o regime fiscal e de im-portações da Zona Franca de Manaus à nova política industrial e de comér-cio exterior do Brasil, o Governo Federal deu nova redação ao § 1.º do art. 3.ºe aos art. 7.º e 9.º do Decreto-Lei n.º 288/67, com a sanção da Lei n.º 8.387,de 30 de dezembro de 1991. Os efeitos nas atividades comerciais e noturismo doméstico foram devastadores, com muitos hotéis e estabele-cimentos comerciais tradicionais fechando as portas e demitindo funcio-nários, o que reduziu o número de empregos para 30 mil.O novo século iniciou com esse quadro pouco alterado, com pequenosperíodos de aquecimento e outros de retração.

Setor Industrial

Os primeiros projetos industriais da ZFM começaram a se implantar em 1969,embora o marco do setor industrial seja o ano de 1972, com a inauguraçãodo Distrito Industrial. O começo não foi diferente de outros lugares:importava-se o produto acabado, em partes e com peças desagregadas paramontagem do produto final por operários amazonenses para atender aomercado nacional. O Amazonas precisava criar empregos para evitar que osamazonenses migrassem para outras regiões, e a Zona Franca era, justa-mente, o projeto de desenvolvimento concebido pelo Governo Federal paraocupação racional da região, por brasileiros.Para adequar-se à nova ordem, a indústria local ainda nascente teve quesubstituir alguns componentes e insumos importados por similares produzi-dos no Brasil. A Zona Franca de Manaus, sob o pretexto de harmonizaçãocom o parque industrial brasileiro, só podia produzir bens que não fossemproduzidos em outras regiões. Os índices mínimos de nacionalização eramprogressivos, o que possibilitou o surgimento de uma indústria nacional decomponentes e de insumos em várias regiões, sobretudo no Estado de SãoPaulo, de forma que, no final da década de 80, para cada dólar gasto comimportações, a ZFM comprava o equivalente a quatro dólares no mercadonacional. Alguns produtos, como televisores em cores, alcançaram índices de93% de nacionalização; outros 100%, como as motocicletas de 125cc.Na década de 80, a economia brasileira sofreu as consequências de fenômenosexternos como a desvalorização do dólar americano, a valorização da moedajaponesa e o excesso de protecionismo nas economias industrializadas. Tudoisso restringiu as perspectivas de exportações, provocando o desequilíbrio dobalanço de pagamento, que, associado a fatores internos como a queda dopoder aquisitivo do povo brasileiro e a inflação, resistiu a todos os planos econô-micos implementados nos diversos Governos no período e fez que o Brasilentrasse nos anos 90 em grave processo de recessão.

Implantação do DI

O lançamento da pedra fundamental do Distrito Industrial, no dia 30 de se-tembro de 1968, reunindo, no ato, o Superintendente Floriano Pacheco e oGovernador do Estado Danilo Duarte de Mattos Areosa, marcou também aaprovação do primeiro projeto industrial para instalar-se na ZFM: o daindústria Beta S/A, fabricante de joias e de relógios, que funcionou atémeados da década de 90. Os trabalhos de infraestrutura começaram no final de 1969, com a instalaçãodas redes de energia elétrica, água e esgotos, além da abertura da malhaviária. Todas as obras foram feitas com recursos próprios. Em 1972, o Distritorecebe a primeira indústria, a CIA – Companhia Industrial Amazonense,ocupando uma área de 45.416 m², para produção de estanho, e, logo emseguida, a Springer, para produção de aparelhos de ar condicionado. O Distrito possui estação de captação e de tratamento de água, rede deesgotos sanitários e de telecomunicações e sistema viário com 48 km de ruasasfaltadas e com manutenção própria. A área dispõe de hospital, creche,centro de treinamento do Senai, entidades das classes empresariais etrabalhadoras, escolas de tecnologia, centros de pesquisa, hotéis de 4estrelas, pistas apropriadas para caminhadas, para cooper, para ciclismo,

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HistóriaProfessor Francisco MELO de Souza

Aula 63

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quadras de esportes e áreas de lazer, bares, restaurantes e shopping center.Os lotes são vendidos às empresas a preço simbólico, com prazo de 10 anospara pagamento.Em 1980, a SUFRAMA adquiriu uma área de 5.700 ha, contígua à do Distrito jáocupado, para expansão. Nessa área, já estão instaladas algumas empresas,nos 1000 ha que receberam toda a infraestrutura necessária à ocupação,havendo, inclusive, áreas destinadas à construção de conjuntos habitacionaispara os trabalhadores. Da mesma forma que o Distrito menor, essa área foiplanejada preservando-se áreas verdes em proporção às áreas construídas,para que o equilíbrio ecológico seja mantido.

Planos de Integração

Em junho de 1970, o governo federal adotou o Plano de Integração Nacional(PIN); em julho do mesmo ano, o Instituto de Nacional de Colonização eReforma Agrária (INCRA).Em 1971, criou-se o Programa de redistribuição de Terras e Estímulo à Agro-indústria do Norte e Nordeste (PROTERRA). E, entre 1971–78, construíram-seas várias rodovias importantes: Transamazônica, Perimetral Norte, Cuiabá-Santarém e Manaus-Caracarai (BR–174).Em 1974, foi criado o Programa de Polos Agropecuários e Agrominerais daAmazônia (POLAMAZÔNIA).Em 1994, foi criado o Plano Estratégico do Desenvolvimento do Amazonas(PLANAMAZÔNIA), o qual projetava suas atividades até o ano 2000, estiman-do investimento na ordem de US$ 3,14 bi, os quais seriam cinco prioridades: 1)Meio Ambiente; 2) Infraestrutura; 3) Distrito Industrial e ZFM; 4) Formação derecursos humanos; 5) Desenvolvimento de Pesquisas Científicas.

Terceiro Ciclo

Consistiu num programa, desenvolvido no governo Amazonino Mendes, dereestruturação da economia do Amazonas. Esse Programa econômicopretendia dar prioridades para o setor primário (agricultura).

A Greve dos Metalúrgicos de 1985

A conjuntura política brasileira dos anos oitenta foi marcada por movimentoscontestatórios contra a ditadura militar e organizações sindicais, que faziamgrandes mobilizações pelo Brasil inteiro, a exemplo do ABC paulista, em queaparecem vários líderes sindicais e políticos, tais como Luiz Inácio Lula daSilva. Foi nesse período que várias correntes políticas, ideológicas, trabalhis-tas e setores da Igreja, como a Pastoral Operária, criaram o Partido dosTrabalhadores (PT) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).Em fevereiro de 1984, ocorreu a eleição para a diretoria do Sindicato dosMetalúrgicos. Nessas eleições, a chapa PUXIRUM, tendo como diretoresRicardo Morais – presidente, Simão Pessoa – vice, “Chico Fera” – tesoureiro,Alberto “Gordo” – segundo tesoureiro, Ana Maria – secretária, Élson Melo –secretário, José Magno – secretário.Após a eleição, a primeira grande batalha sindical ocorreu na campanha sala-rial, e a nova diretoria provocou a primeira convenção coletiva. Mas, depois deuma série de discussão com representantes das empresas, que duraram 13dias, não houve acordo entre as partes, e o resultado foi a deflagração da greveno dia 1 de agosto de 1985. Os representantes das empresas ameaçaram entrarna justiça e pedir a ilegalidade da greve e demitir os operários por justa causa,caso não houvesse o retorno das atividades. As condições conjunturais foramanalisadas por vários setores que estavam envolvidos no movimento eresolveram convocar uma Assembleia Geral para 7 de agosto de 1985. NessaAssembleia, decidiu-se pelo retorno das atividades.Apesar das reivindicações não serem alcançadas, naquele momento, osganhos políticos para a classe trabalhadora manauense foram enormes, pois,a partir desse momento, outras categorias profissionais passaram a semobilizar contra a estrutura econômica que achatava o salário e promoviademissões em massas.

Exercícios propostos

01. (UEA-2006) O milagre brasileiro tinha pontos positivos e negati-vos, como a desproporção entre o avanço econômico e o retar-damento ou mesmo o abandono dos programas sociais peloEstado.A respeito dos projetos do milagre brasileiro, assinale a afirmati-va incorreta.a) obedecendo aos princípios da Doutrina de Segurança Nacional, o

governo procurou ocupar os espaços vazios, promovendo as agrovilaspara assentamento de trabalhadores, especialmente nordestinos.

b) A regulamentação da SUFRAMA – Superintendência da Zona Francade Manaus – visava a criar um centro industrial, comercial e agro-pecuário para capitalizar a Região Amazônica e gerar empregos.

c) Os governos militares aceleraram o desenvolvimento econômico pormeio de um modelo concentrador de renda, cujo impacto foiatenuado pela expressão do emprego.

d) A Zona Franca de Manaus foi criada para ser um complemento dasindustriais eletrônicas acessórias da indústria automobilística.

e) A Transamazônica é um exemplo malsucedido de aplicação do PIN –Plano de Integração Nacional, porque não foi concluída, e o querestou dela foi retomada pela selva.

02. A respeito da luta ideológica e dos conflitos sobre terra etrabalho nas últimas décadas na Amazônia, é correto afirmarque:a) A igreja Católica interveio nas questões ambientais e na luta política e

territorial no Norte somente após o sucesso dos empates quepretendiam proteger a floresta, para não se comprometer comfracassos.

b) A Igreja admitiu as comunidades eclesiais de base e as ComissõesPastorais da Terra, solidária à militância, embora alguns padresadotassem posições mais emocionais e menos pastorais como arecusa de batismos e de missas em terras de certos fazendeiros.

c) A Igreja, apesar da associação com o Estado e de sua secular aliançacom o latifúndio, não conseguiu impedir a formação de órgãossindicais no seu interior, como as comunidades de base e aspastorais da terra.

d) A fragilidade dos seringueiros e ambientalistas amazônicos deve-se àsua obstinação em recusar apoios e participações de pessoas e deinstituições de cunho político e sindical.

e) Os seringueiros e os ambientalistas distinguiram-se por seunacionalismo e pela recusa aos apoios político-ideológicos.

03. A criação de indústrias na Região Norte, sobretudo em Manaus,está ligada à (s):a) Presença de matérias-primas minerais e vegetais.b) Oferta de abundante mão-de-obra especializada.c) Necessidade do mercado consumidor local em expansão.d) Obras de infraestrutura básica, como estradas de ferro e usinas

hidroelétricas.e) Política de incentivos fiscais estabelecidos pelo Governo Federal.

04. Quanto à política para o setor industrial adotada pelo governodo Brasil a partir dos anos 1990, pode-se afirmar que levou à(ao):a) diminuição dos gastos públicos.b) abertura da economia para o mercado mundial, reduzindo as

restrições às importações.c) criação de uma política favorável aos investimentos externos no País.d) privatização das empresas estatais.e) crescimento econômico da região e à distribuição de renda por meio

da geração de empregos.

05. Todas as alternativas relacionadas à Amazônia são verdadeiras,exceto:a) A Amazônia constitui um espaço econômico, social e político pouco

estruturado e potencialmente gerador de novas oportunidades.b) A diversidade biológica ímpar da região lhe confere, atualmente,

grande valor tendo em vista o desenvolvimento das biotecnologias.c) A região apresenta focos de modernidade, exemplificados pela

presença de uma zona franca e de grandes projetos de mineração.d) A disputa pela posse da terra envolvendo posseiros, fazendeiros,

extrativistas, garimpeiros, índios, mineradoras e madeireiras continuaintensa.

e) As taxas de investimento, de ocupação e de produção regionais sãoelevadas, mas o valor da terra se mantém baixo.

04. A Amazônia atravessa uma nova fase de reorganização espacial.Isso ocorre porque:a) As atividades econômicas regionais se estabilizam em torno da

população para a industrialização.b) O crescimento dos centros urbanos diminuiu pelo aumento da

produtividade no campo.c) Os impactos dos investimentos públicos e privados transformaram a

região, modificando intensamente a organização espacial nos últimostrinta anos.

d) A presença dos grandes projetos proporciou a valorização da mão-de-obra regional e o aumento da qualidade de vida no campo.

e) As atividades econômicas desenvolvidas na região nos últimos dezanos garantiram boa competitividade dos produtos amazônicos noexterior, com a criação, em todos os estados, das Zonas de Pro-cessamento de Exportação.

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A degradação do meio ambientePrincípio 1Os seres humanos estão no centro das preocupações com o desenvolvimen-to sustentável. Têm direito a uma vida saudável e produtiva, em harmonia coma natureza.

Princípio 2Os Estados, de conformidade com a Carta das Nações Unidas e com osprincípios do Direito Internacional, têm o direito soberano de explorar seuspróprios recursos, segundo suas próprias políticas de meio ambiente edesenvolvimento, e a responsabilidade de assegurar que atividades sob suajurisdição ou controle causem danos ao meio ambiente de outros Estados oude áreas além dos limites da jurisdição nacional.(Declaração do Rio sobre meio ambiente e desenvolvimento – 1992 – e Índice da Agenda

21. IN: Santos, Celeste Leite dos. Crimes contra o meio ambiente. Responsabilidade e

sanção penal. p.194-195 anexo II. Ed. Juarez de Oliveira.São Paulo.2002).

Desde que aprendeu a criar animais e a plantar, o homem precisou modificaro ambiente que o cercava. Alterar o ambiente para produzir alimentos eranecessário. A vida em comunidade, a segurança contra as intempériesnaturais, o perigo de ataques de grandes animais ou a invasão de povosinimigos obrigaram esse ser a promover uma série de adaptações na paisa-gem que o cercava. As civilizações buscam sempre explorar e intervir nosambientes naturais visando a condições mais ideais, ao crescimento demo-gráfico e ao bem-estar material. Os impactos ambientais decorrentes da açãodo homem podem ocorrer em escalas local, regional e global.Na natureza, há recursos que são renováveis e os que não se renovam. Como desenvolvimento tecnológico, parcelas cada vez maiores desses recursosestão sendo consumidas. A população, por outro lado, manteve crescimentosempre positivo, apesar dos momentos em que ocorreram aumentos nas taxasde mortalidade (provocada pelas crises de fome ou ocorrência de pestes eguerras) e da tendência atual da diminuição das taxas de natalidade. Durante muito tempo, a regra básica da economia era a obtenção de lucro aqualquer custo. Nesse sentido, florestas inteiras desapareceram na Europa.Mudava-se o leito dos rios para adequá-los a alguma obra de engenharia. Aconstrução de barragens não levava em consideração o ecossistema fluvial, otipo de solo das redondezas e a vegetação que seria inundada. A mineração abria profundas feridas no solo para arrancar os minerais úteisao avanço industrial. Os dejetos, resultantes do processo de lavagem eseparação dos minerais, eram lançados, sem a menor preocupação, nosrios, lagos naturais ou crateras abertas no terreno. Animais foram caçadosaté o extermínio. Outros foram apreendidos até o risco de desaparecimento.Tudo isso apenas para suprir os mercados com suas peles, sua gordura, suacarne ou apenas para terem suas cabeças exibidas como troféus de caça nassalas de algum entediado milionário norte-americano. Rios, a exemplo do Tamisa (atravessa Londres), hoje recuperado, viraramverdadeiros repositórios dos esgotos residenciais e industriais. Os oceanos,por muito tempo, foram depósitos de lixo radioativo das potências nucleares.Os parques industriais lançavam toneladas de poluentes na atmosfera comose esses materiais desaparecessem por encanto. Meio ambiente é o conjunto dos elementos e fatores físicos, químicos ebiológicos, naturais e artificiais, necessários à sobrevivência das espécies.Impacto ambiental é toda ação ou atividade humana ou natural que provoquebruscas alterações no meio ambiente. Podemos perceber que há danoambiental quando ocorre alteração na concentração de um produto que jáexiste na natureza. No efeito estufa, ocorre uma concentração cada vez maiorde gás carbônico. Já na abertura de buraco na camada de ozônio, dá-se oinverso. O lançamento dos gases clorofluorcarbonos reduz a concentração deozônio, expondo todos nós a uma radiação solar mais intensa e mais perigosa.Dano ambiental também ocorre quando se introduz, num ecossistema, quais-quer substâncias, embora naturais, mas que lhes são estranhas. O petróleo éum produto natural. Mas, quando é despejado, por acidente, em qualquer lu-gar da natureza, provoca uma agressão gravíssima aos ecossistemas afetados.Há, ainda, o caso da introdução de produtos artificiais em algum ecossiste-ma. Desde o advento da Revolução Industrial, o homem não parou de pro-duzir substâncias e materiais artificiais que acabam indo parar nos rios, solosou lixões. Isso danifica o meio. Muitas vezes, o estrago é tão extenso eprofundo que a área dificilmente se recupera.

Retirada da cobertura vegetal

No planeta, as florestas tropicais e equatoriais remanescentes são, em gran-de parte, responsáveis pelo equilíbrio ecológico. Elas são também o

repositório de grande parte da biodiversidade existente. Atualmente, o avan-ço capitalista sobre as franjas sul e oriental da Amazônia Brasileira colocaessa imensa área sob o risco de destruição. A agricultura, a mineração, aextração indiscriminada de madeira, as construções de hidrelétricas, asqueimadas são as atividades humanas que mais contribuem para reduzir asáreas florestadas da Terra.Em função disso, tem-se a redução e até a extinção da biodiversidade noslocais atingidos por essas práticas. O aumento da temperatura, a diminuiçãoda pluviosidade são exemplos das consequências mais prováveis. Os riospodem ser assoreados por materiais trazidos pelas enxurradas, queprovocam cheias mais acentuadas e a diminuição do tempo de permanênciadas águas na bacia hidrográfica.Os solos empobrecem em virtude da retirada da vegetação. O rebaixamentodo nível do lençol freático pela diminuição da infiltração compromete não sóa vegetação local, mas também o nível dos rios no período de estiagem. Comos desmatamentos, acelera-se o processo de desertificação com conse-quências imprevisíveis para o clima do planeta.

A desertificação

Chamamos de desertificação “a degradação das terras nas zonas áridas,semiáridas e subúmidas secas, resultante de fatores diversos como asvariações climáticas e as atividades humanas”. (Agenda 21 da Eco–92). A desertificação pode ser provocada pelo uso intensivo do solo pela agri-cultura. Técnicas inapropriadas de irrigação e cultivo podem desencadear aperda irreversível de uma área. Os desmatamentos são os grandes vilõesquando o tema é a abertura de processos de desertificação, pois quebram ofrágil equilíbrio do ecossistema atingido. Na maioria das áreas desertificadas, verificam-se problemas ligados à fome,à desnutrição, ao analfabetismo, à diminuição da renda e do consumo nasáreas rurais. Mesmo que essas pessoas migrem para as áreas urbanas, per-siste, ainda, a pobreza, a desestruturação familiar, o desemprego e a falta demoradia. Como consequência, temos a destruição da biodiversidade, aerosão dos solos, a formação e o avanço de dunas. Por outro lado, reduzem-se os recursos hídricos e as áreas cultiváveis. Aumenta-se o desemprego e aestagnação econômica das áreas afetadas.

A agricultura e o meio ambiente

Produzir alimentos e matéria-prima para a indústria sempre foi a responsa-bilidade da agricultura e da pecuária. Apesar disso, essas atividades podemprovocar danos à natureza. A expansão da agricultura implica mudanças nomeio original. O desmatamento, a preparação do solo (aragem) e a introduçãode fertilizantes e defensivos, quando não manipulados com o devido cuidado,mais prejudicam do que ajudam a humanidade. A padronização das culturasquebra a cadeia alimentar local, podendo provocar o desaparecimento deespécies de animais ou a proliferação sem controle de alguns.É possível evitar a progressão desses problemas. Tomando-se algumas medidasde prevenção, minimizam-se os efeitos colaterais dessas atividades. O plantio emcurvas de nível pode reduzir muito a perda de nutrientes do solo. O terracea-mento nas áreas íngremes reduz a velocidade de escoamento da água, evitando-se a erosão dos solos. A associação de culturas, além de proteger o solo doimpacto direto das águas da chuva e das enxurradas, possibilita a diversificaçãoda produção e o combate à fome dos trabalhadores rurais.

A difícil preservação dos recursos hídricos

Há muito tempo, o homem joga lixo nos rios, lagos e mares. Até o advento daPrimeira Revolução Industrial, muito do que se jogava eram materiais que sedecompunham em pouco tempo. Entretanto os avanços tecnológicos daRevolução Industrial não só possibilitaram o aumento da produção, mastambém elevaram o volume de lixo lançado nas águas. O pior disso tudo éque grandes somas de materiais não são recicláveis, o que acaba provocandoa morte de animais e plantas aquáticos, diminuindo a potabilidade da água ereduzindo de vez a capacidade de esses sistemas se renovarem. Grande parte dos oceanos e mares, principalmente nas regiões costeiras,onde se concentra a maior parte da fauna marinha, encontra-se violentamen-te poluída. A água é severamente atingida pela escalada desenvolvimentistada sociedade capitalista. “Mais de 1,2 bilhão de pessoas não dispõe de águapotável para beber, e 1,8 bilhão de pessoas não dispõe de saneamentoadequado. A água limpa salvaria a vida de 2 milhões de crianças a cada ano.Todos os anos, as doenças decorrentes da água imprópria custam à Índia 73milhões de dias de trabalho.” (Nagle e Spencer. Advanced Geography.Oxford University Press, p. 137. 1997.). As principais fontes de poluição das águas são os derrames de petróleo, emrazão dos acidentes com embarcações. Os efluentes industriais e resi-denciais sobrecarregam os cursos de águas que cortam as cidades. Ochorume do lixo orgânico depositado em lixões a céu aberto e nos aterrossanitários acaba atingindo os lençóis subterrâneos, comprometendo porcompleto a qualidade da água dos rios e igarapés nas suas imediações. Olixo sólido despejado pelas populações ribeirinhas no leito dos igarapés elançado pela tripulação dos navios polui seriamente o ecossistema marinhoe fluvial. O uso excessivo de adubos orgânicos e o manuseio inadequado de

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GeografiaProfessor HABDEL Jafar

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agrotóxicos contaminam as águas subterrâneas e os rios. A mineração preju-dica seriamente o meio ambiente quando os resíduos da lavagem dosminerais são depositados em lagos naturais ou em bacias de decantaçãoque não foram construídas com as devidas especificações técnicas.

Uma atmosfera poluída

A poluição do ar é provocada, principalmente, por atividades industriais,pela frota de automotores e pelas queimadas. As refinarias de petróleo, asfábricas de celulose, de fertilizantes, de ácido sulfúrico, de cimento e assiderurgias são as principais fontes dessa poluição. Essas atividades liberam para a atmosfera grande quantidade de partículassólidas em suspensão e gases nocivos às plantas, aos animais e ao homem. Osrios, os lagos, os solos, os mares e oceanos também são seriamente atingidospor essa carga de material em suspensão quando precipitada pelas chuvas. Óxido de nitrogênio, dióxido de enxofre, hidrocarbonetos, clorofluorocarbo-nos (CFC) e uma infinidade de outros produtos, isolados ou associados, vãocomprometer a qualidade do ar atmosférico. Os impactos ambientaisprovocados pela poluição atmosférica podem ocorrer em escalas local,regional e global. A Inversão Térmica é um fenômeno natural que ocorre em vários lugares doplaneta. Sozinha, não configura dano à natureza. O problema surge quandoela ocorre em áreas que apresentam grande concentração de poluentes.A circulação atmosférica acontece quando o ar mais aquecido pela irradiaçãoterrestre sobe e depois desce ao se resfriar. Esse movimento constante ajudaa dispersar os poluentes das camadas próximas do solo.No outono ou no inverno, quando a temperatura diminui, essa situação inverte-se. O ar próximo do solo (agora mais frio) não é aquecido. Por não ascender, apoluição fica concentrada rente à superfície. Por algumas horas, até que o solose aqueça, não há a subida do ar. Essa paralisia momentânea da atmosferaconcentra os poluentes, agravando a qualidade do ar, que fica irrespirável. Emvários lugares onde esse fenômeno acontece, registram-se aumentos nos casosde internações provocadas por problemas respiratórios. Muitos pacienteschegam ao óbito em conseqüência do agravamento desses males. As chuvas ácidas constituem outro sério problema de agressão à atmosfera.Trata-se da precipitação das gotas de águas (chuva, neblina), carregadas deácido nítrico (HNO3) e sulfúrico (H2SO4). Esses ácidos são resultantes de reações químicas que ocorrem na atmosferaa partir da presença de enxofre (dióxido de enxofre: SO2). Essa substância,por sua vez, é lançada à atmosfera pelas indústrias, pela queima de carvão oupela queima de derivados de petróleo pelos veículos automotores. Essas chuvas têm efeito corrosivo e atingem não só as edificações, os rios, oslagos, os veículos, entre outras coisas, mas também todos os seres vivos.Provocam problemas respiratórios nos seres humanos e animais. Podemdestruir as matas, poluir os solos e contaminar as águas superficiais.O efeito estufa é um fenômeno conhecido desde o fim do século XIX. Naquelaépoca, havia cientistas que já se preocupavam com a interferência dasatividades humanas no equilíbrio térmico atmosférico. Apontavam os riscosassociados às emissões de carbono (CO2) e a outros gases como o metano(CH4) e o óxido nitroso (N2O). O aumento da concentração desses gases na atmosfera provou ser o res-ponsável pelo aumento da temperatura do ar atmosférico. O uso cada vez maiorde carvão e petróleo como combustíveis, a partir da Revolução Industrial, criouuma camada muito resistente à passagem da irradiação terrestre. Essa, por suavez, é refletida de volta à superfície, contribuindo sobremaneira para o aumentoda temperatura média do planeta. O derretimento de parte das calotas polarese o aumento do nível médio dos oceanos provocariam um desequilíbrio emescala planetária. Homens, plantas e animais estariam em risco.Atualmente, vivemos sob a ameaça dos problemas provocados pela aberturade buraco na camada de ozônio. A camada de ozônio tem importância vitalpara a vida no planeta Terra. Ela absorve grande parte da radiação ultravioletaoriunda do Sol, filtrando-a. Essa radiação direta processa-se em comprimentosde ondas que são prejudiciais para quase todas as formas de vida. Noshumanos, a exposição às radiações ultravioleta intensas pode provocar câncerde pele, inflamação da córnea e redução das defesas imunológicas. Certos compostos químicos de origem artificial são capazes de acelerar adestruição das moléculas de ozônio. Rompe-se, assim, o equilíbrio naturalque mantém a camada protetora. Os principais implicados nessa destruição eo desequilíbrio são os CFCs (clorofluorocarbonos), que podem permanecerativos na atmosfera por mais de um século.Nas grandes cidades, ocorre outro problema associado à concentração deconcreto e asfalto e à poluição atmosférica. O crescimento desordenado, aausência de áreas verdes e a ineficiência de um planejamento urbano agra-vam esse fenômeno. Trata-se das “Ilhas de calor”. Nos centros dessas man-chas urbanas, a reflexão de calor para a atmosfera é enorme. Nesses locais,a concentração de poluentes no ar também é muito grande. O resultado dis-so é que a temperatura eleva-se, pois a dissipação de calor fica prejudicada.Em direção à periferia, nota-se uma diminuição gradativa da temperatura. Éque, nessas áreas, a densidade de construções e de asfalto, sendo menor,diminui a reflexão de calor para a atmosfera.

Exercícios propostos

01. (G1) São as principais alterações ambientais causadas pelo ritmofrenético da urbanização e o aparecimento de novas megacida-des, nas últimas décadas, em países subdesenvolvidos:a) geração de grandes volumes de resíduos sólidos, poluição d'água e

da atmosfera.b) globalização e poluição atmosférica.c) coleta seletiva de resíduos e investimentos no comércio.d) minimização do deficit habitacional e coleta seletiva de resíduos.e) diminuição do nível de instrução da população e aumento do setor

informal.

02. (Cesgranrio) A industrialização europeia teve como base ener-gética o uso do carvão mineral. Até hoje, mesmo com a amplia-ção do uso de petróleo, da energia hidrelétrica e das usinas nu-cleares, o carvão permanece como importante fonte energética,principalmente nos países da Europa Oriental. Ocorre, porém,que a queima do carvão mineral, em grandes quantidades, podeprovocar o aumento do volume do óxido de enxofre naatmosfera e, com isso, o fenômeno do(da):a) redução da ionosfera b) vento geotrópico. c) rarefação do ard) formação do ozônio. e) chuva ácida.

03. (UEG) A água da chuva é normalmente ácida. Porém a presença depoluentes no ar atmosférico (ácido sulfúrico, ácido clorídrico,trióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio) torna a água da chuvamais ácida ainda. Sobre esse fenômeno, é INCORRETO afirmar:a) As áreas mais afetadas pelas chuvas ácidas estão no Hemisfério

Norte, principalmente nos Estados Unidos, no Canadá e nos paíseseuropeus.

b) As indústrias na Alemanha, no Reino Unido e na França emitemgrande quantidade de poluentes contribuindo para acidificar os lagosda Escandinávia.

c) No Brasil, esse fenômeno não ocorre de forma significativa emfunção do recente processo de industrialização e da desconcentra-ção industrial.

d) As chuvas ácidas causam impactos também na cobertura vegetal;algumas florestas não estão resistindo a essa agressão, como é ocaso da Floresta Negra.

04. (Ufla) Sabe-se que as queimadas são prejudiciais ao meioambiente, com efeitos imediatos sobre o clima. Os efeitosimediatos das queimadas são apontados nas alternativas aseguir, EXCETO:a) Aumento do "buraco" na camada de ozônio.b) Elevação da temperatura do ar.c) Impossibilidade de a área devastada reter a energia do sol e gerar fluxos

ascendentes de ar.d) Não-formação de chuvas.

05. (Ufpel) APOCALIPSE JÁ...

Já começou a catástrofe que se esperava para daqui a 30 ou 40anos. A ciência não sabe como reverter seus efeitos.O derretimento do Ártico, a elevação do nível do mar, o avançodas áreas desérticas, o aumento da intensidade dos furacões,entre outras, são algumas das mudanças de grandes propor-ções causadas pelos altos níveis do aquecimento global. "Veja",21/06/06. [adapt.]Esse aquecimento global é consequência do desequilíbrio emum processo natural.Com base em seus conhecimentos e nas informações anteriores,é correto afirmar que o processo que sofre o desequilíbrio res-ponsável pelo aquecimento global se referea) às ilhas de calor, resultantes da elevação das temperaturas médias

nas áreas urbanizadas das grandes cidades, em comparação com aszonas rurais.

b) à inversão térmica, resultante da concentração do ar frio nas cama-das mais baixas, impedindo sua dispersão.

c) às chuvas ácidas, resultantes da elevação exagerada dos níveis deacidez da atmosfera em consequência do lançamento de poluentesproduzidos pela atividade humana.

d) ao efeito estufa, que consiste na retenção do calor irradiado pelasuperfície terrestre e pelas partículas de gases e água existentes naatmosfera.

e) aos ciclones extratropicais, que são provocados pela interação entreventos, pressão atmosférica e altas temperaturas, comuns em zonastropicais.

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Geométria espacial: Sólidos PRISMAS

São poliedros com pelo menos duas faces contidas em planos paralelos, eas demais faces interceptam-se dois a dois em retas paralelas.

Prismas especiais

Cubo

Cubo é um prisma em que todas as faces são quadradas. O cubo é umprisma quadrangular regular cuja altura é igual à medida da aresta da base.

Paralelepípedo

Chamamos de paralelepípedo o prisma cujas bases são paralelogramos;dessa forma, todas as faces de um paralelepípedo são paralelogramos.

Prisma triangular regular

Prisma hexagonal regular

Aplicações

01. (VUNESP – 07) Calcular o volume de um paralelepípedo retângulo, saben-do que suas dimensões são proporcionais a 9, 12 e 20 e que a diagonal mede100 m.

Solução:d2 = a2 + b2 + c2

1002 = (20k)2 + (12k)2 + (9k)2

1002 = 625k2

Assim, 25k = 100 ⇒ k = 4Então, a = 20 . 4 = 80 mb = 12 . 4 = 48 mc = 9 . 4 = 36 mV = a . b . c = 80 . 48 . 36V = 138240m3

02. (Fuvest-SP) Dois blocos de alumínio, em forma de cubo, com arestasmedindo 10 cm e 6 cm, são levados juntos à fusão, e em seguida oalumínio líquido é moldado como um paralelepípedo reto de arestas 8 cm,8 cm e x cm. O valor de x é:

a) 16 m b) 17 m c) 18 m d) 19 m e) 20 m

Solução:O volume do paralelepípedo é igual à soma dos volumes dos cubos. Assim: 8 . 8 . x = 63 + 103 ⇒ 64 x = 216 + 1000 ⇒ x = 19.

PIRÂMIDE

Consideremos um polígono contido em um plano (por exemplo, o plano ho-rizontal) e um ponto V localizado fora desse plano. Uma pirâmide é a reuniãode todos os segmentos que têm uma extremidade em P e a outra num pontoqualquer do polígono. O ponto V recebe o nome de vértice da pirâmide.

Pirâmide regular

Tetraedro regular

É uma pirâmide regular que tem as quatro faces congruentes.• As seis arestas são congruentes;• As faces são triângulos equiláteros.

Aplicações

01. Juliana tem um perfume contido em um frasco com a forma de umapirâmide regular com base quadrada. A curiosa Juliana quer saber o volu-me de perfume que o frasco contém. Para isso ela usou uma régua e tirouduas informações: a medida da aresta da base de 4cm e a medida daaresta lateral de 6cm.

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MatemáticaProfessor Claúdio Barros VITOR

Aula 65

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Page 12: Apostila Aprovar UEA ano 6

Solução:Como V = (Ab.h)/3, devemos calcular a área da base ea medida da altura. A base tem forma quadrada de ladoa = 4cm, temos que Ab = 42 = 16 cm2.

02. Uma pedra preciosa foi lapidada, ficando com a forma de um octaedroregular com aresta 0,5 cm. Determine a área total e o volume dessa pedra.

CILINDROSÁrea de base: πr2

Área de lateral: 2πrh Área de total: 2π(h + r) Volume: 2πr2hSe o cilindro é equilátero, temos h = 2r daí:• Al= 4πr2

• At = 6πr2

• V = 2πr3

CONESÁrea de base: πr2

Área de lateral: πrg Área de total: 2π(g + r)

πr2h Volume: ––––––

3Se o cone é equilátero, temos g = 2r daí:• Al= 2πr2

• At = 3πr2

• V = πr3

ESFERAS

Área do fusoNote que, quanto maior for o ângulo, maior será o fuso correspondente; aárea do fuso é diretamente proporcional a αα. Assim, podemos estabelecer as seguintes regras de três simples: Para αα em graus: Para αα em radianos360° ––––––– 4πr2 2πrad ––––– 4πr2

αα° ––––––– Afuso αα rad ––––– Afuso↓↓ ↓↓πr2a

Afuso = ––––– Afuso = 2r2αα90

Cunha Esférica

Se um semicírculo com o diâmetro numeixo gira a graus (0° < αα ≤ 360°) em tornodo eixo, ele gera um sólido que é chamadocunha esférica.

Aplicações01. Um troféu para um campeonato de futebol tem a forma de uma esfera deraio R = 10 cm cortada por um plano situado a uma distância de cm docentro da esfera, determinando uma circunferência de raio r cm, e sobrepostaa um cilindro circular reto de 20 cm de altura e raio r cm, como na figura (nãoem escala).

O volume do cilindro, em cm3, éa) 100 πb) 200 πc) 250 πd) 500 πe) 750 π

Solução:

02. Um paciente recebe por via intravenosa um medi-camento à taxa constante de 1,5 ml/min. O frasco domedicamento é formado por uma parte cilíndrica euma parte cônica, cujas medidas são dadas na figura,e estava cheio quando se iniciou a medicação. Após 4h de administração contínua, a medicação foiinterrompida. Dado que 1 cm3=1ml, e usando a aproxi-mação π = 3, o volume, em ml, do medicamento res-tante no frasco após a interrupção da medicação é,aproximadamente,

a) 120. b) 150. c) 160.d) 240. e) 360.

Solução:V=Cci + Vco → V= π r2h1 + 1/3 π r2h2V= π 42.9 + 1/3 π 42 .3 V= 144π +16π =160π cm3 ⇒ V = 480mlApós 4 h, ou seja, 240 min o volume consumido é de 1,5. 240 = 360 ml. Orestante, então, é de aproximadamente 120 ml.

Exércicios propostos

01. Considere o cubo de aresta a representado abaixo. A medida,em graus, do ângulo AFC é:

a) 30° b) 45° c) 60°d) 90° e) 120°

02. Uma piscina com forma de um prisma reto tem como base umretângulo de dimensões 10m e 12m. A quantidade necessáriade litros para que o nível de água da piscina suba 10 cm é de

a) 10.200 b) 10.800 c) 11.600d) 12.000 e) 14.000

03. A grande pirâmide de Quéops, antiga construção localizada noEgito, é uma pirâmide regular de base quadrada, com 137m dealtura. Cada face dessa pirâmide é um triângulo isósceles cujaaltura relativa à base mede 179m.A área da base dessa pirâmide, em m2, é:

a) 13.272 b) 26.544 c) 39.816d) 53.088 e) 79.432

04. O diâmetro da base de um reservatório cilíndrico mede 2metros. Sabendo-se que sua altura mede 60 centímetros, suacapacidade aproximada, em litros, é de

a) 1.884 b) 1.970 c) 2.764d) 3.140 e) 3.810

05. A terra retirada na escavação de uma piscina semicircular de6m de raio e 1,25m de profundidade foi amontoada, na formade um cone circular reto, sobre uma superfície horizontal plana.Admita que a geratriz do cone faça um ângulo de 60° com avertical e que a terra retirada tenha volume 20% maior do que ovolume da piscina.Nessas condições, a altura do cone, em metros, é dea) 2,0 b) 2,8 c) 3,0d) 3,8 e) 4,0

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Ponto e reta1. Estudo do pontoDistância entre dois pontos no plano

Fórmula para calcular a distância entre dois pontos

Alinhamento entre pontos

Três pontos não alinhados em um plano cartesiano formam um triângulo devértices A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC). A sua área poderá ser calculada daseguinte forma:

A = 1/2 . |D|, ou seja, |D| / 2, considerando

Para que exista a área do triângulo, esse determinante deverá ser diferentede zero. Caso seja igual a zero, os três pontos, que eram os vértices dotriângulo, só poderão estar alinhados. Portanto podemos concluir que três pontos distintos A(xA, yA), B(xB, yB) eC(xC, yC) estarão alinhados se o determinante correspondente a eles

for igual a zero.

Exemplo: Verifique se os pontos A(0,5), B(1,3) e C(2,1) são ou não colineares (sãoalinhados). O determinante referente a esses pontos é . Para que sejam colineares,

o valor desse determinante deve ser igual a zero.

= 10+1–6–5 = 9–6–5 = 5–5 = 0

Portanto os pontos A, B e C estão alinhados.

Baricentro do Triângulo

O ponto de encontro das três medianas de um triângulo qualquer é chamadode baricentro ou centro de gravidade do triângulo. O baricentro divide cadamediana em dois segmentos, de modo que aquele que tem comoextremidades um vértice, e o baricentro é o dobro daquele que tem comoextremidades o baricentro e o ponto médio do lado do triângulo. O baricentro de um triângulo qualquer de vértices A( xa, ya), B (xb, yb) e C(xc, yc) tem coordenadas:

xA + xB + xCxG= –––––––––––––3

yA + yB + yCyG= –––––––––––––3

2. Estudo da reta

Sabemos que o coeficiente angular de uma reta é a tangente do seu ângulode inclinação. Por meio dessa informação, podemos encontrar uma formaprática para obter o valor do coeficiente angular de uma reta sem precisarfazer uso da tangente. É importante lembrar que só será possível encon-trar o coeficiente angular de uma reta não-vertical,pois não é possível calcular a tangente de 90°. Para representarmos uma reta não-vertical em umplano cartesiano, é preciso ter, no mínimo, doispontos pertencentes a ela. Desse modo, conside-re uma reta s que passa pelos pontos A(xA, yA) eB(xB, yB) e possui um ângulo de inclinação com oeixo Ox igual a α. Prolongando a semirreta que passa pelo ponto A e é paralela ao eixo Ox,formaremos um triângulo retângulo no ponto C.

O ângulo A do triângulo BCA será igual ao da incli-nação da reta, pois, pelo Teorema de Tales, duasretas paralelas cortadas por uma transversal,desde que essa não seja perpendicular às para-lelas, e os seus ângulos colaterais corresponden-tes serão iguais.

Levando em consideração o triângulo BCA e que o coeficiente angular é igualà tangente do ângulo de inclinação, teremos:

cateto opostotg α = –––––––––––––––

cateto adjacente yB – yAtg α = ––––––––– xB – xA

Portanto o cálculo do coeficiente angular de uma reta pode ser feito pelarazão da diferença entre dois pontos pertencentes a ela.

Δym = tgα = –––– Δx

Aplicações01. Qual é o coeficiente angular da reta que passa pelos pontos A (-1,3) e B(-2,3)?

Δy 3 – 3 0m = –––– = –––––– = ––– = 0Δx –2+1 –1m = 0 02. O coeficiente angular da reta que passa pelos pontos A (2,6) e B (4,14) é:

Δy 14 – 6 8m = –––– = –––––– = ––– = 4Δx 4 – 2 2m = 4 03. O coeficiente angular da reta que passa pelos pontos A (8,1) e B (8,6) é:

Δy 6 – 1 7m = –––– = –––––– = ––– = ?Δx 8 – 8 Portanto m (coeficiente angular) não irá existir.

Equação geral da reta

Para formar a equação geral da reta, é preciso levar em consideração asseguintes condições: • Condição de existência de uma reta, que diz que, para construir uma reta,

basta conhecer apenas dois pontos pertencentes a ela. • Condição de alinhamento de três pontos que diz: três pontos pertencentes

a uma reta A(xA, yA), B(xB, yB) mais um ponto genérico da reta C(xC,yC)

serão colineares se o seu determinante for igual a zero. .

Seguimos essas condições e consideramos os pontos distintos A(xA, yA), B(xB, yB)pertencentes a reta t e C (xC,yC) como sendo um ponto genérico (qualquer) dareta. Uma das formas de demonstrarmos a equação geral da reta é a seguinte:

xA yB + yA xC + xB yC – xC yB – xA yC – yA xByB xC – xC yB + xB yC – xA yC – yA xB + xA yB = 0

yA – yB xB – xA xAyB – yAxBxC(–––––––) + yC(–––––––––) + –––––––––– = 0a b c

a xC + b yC + c = 0 Dessa forma, conclui-se que toda reta no plano cartesiano pode ser repre-sentada na forma ax + by + c = 0, conhecida como equação geral da reta,sendo (x,y) um ponto genérico a essa reta. Exemplo: Dados os pontos A (–1,3) e B (2,-4), escreva a equação geral dareta que passa por esses pontos.

⇒ 4 + 3x + 2y + 4x + y – 6 = 0 7x + 3y – 2 = 0

Equação da reta, dados um ponto P(x0,y0) e o coeficiente angular mr.

Com um ponto e um ângulo, podemos indicar e construir uma reta. E, se areta formada não for vertical (reta vertical é perpendicular ao eixo Ox) com oponto pertencente a ela mais o seu coeficiente angular (tangente do ângulode inclinação), é possível determinar a equação fundamental da reta. Consideremos uma reta r, o ponto C(x0, y0) pertencente à reta, seucoeficiente angular m e outro ponto D(x,y) genérico diferente de C. Com doispontos pertencentes à reta r, podemos calcular o seu coeficiente angular.

m = y – y0x – x0

m (x – x0) = y – y0

Portanto a equação fundamental da reta será determinada pela seguinteequação: y – y0 = m (x – x0)

MatemáticaProfessor CLÍCIO Freire

Aula 66

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Page 14: Apostila Aprovar UEA ano 6

14

Aplicações01. Encontre a equação fundamental da reta r que possui o ponto A (0,–3/2)e coeficiente angular igual a m = –2. y – y0 = m (x – x0) y – (–3/2) = –2(x – 0) y + 3/2 = –2x 2x – y – 3/2 = 0 02. Obtenha uma equação para a reta representada abaixo:

Para determinarmos a equação fundamental da reta,precisamos de um ponto e do valor do coeficienteangular. O ponto foi fornecido (5,2); o coeficienteangular é a tangente do ângulo α.

Iremos obter o valor de a com a diferença 180° – 135° = 45°, então α = 45° e a tg 45° = 1. y – y0 = m (x – x0) y – 2 = 1 (x – 5) y – 2 = x – 5 –x + y + 3 = 0

Distância entre ponto e reta

O ponto e a reta são consideradas figuras geométricas distintas e, para medira distância entre elas, quando representadas no plano cartesiano, é precisotraçar o menor segmento de reta que una as duas.

Para calcular essa distância, é possível fazer uma rela-ção com as coordenadas do ponto e com a equaçãogeral da reta. Essa relação nos permite chegar àseguinte fórmula:

Para: d = distância entre duas retas. a, b, c = coeficientes da equação geral da reta. x0 e y0 = coordenadas do ponto.

Aplicações01. Calcule a distância entre o ponto (–1, –3) e a reta de equação geral iguala: x–2y = 0.

02. Calcule o comprimento da altura (h) do triângulo cujos vértices são ospontos A (2,-1), B (3,2) e C (4,0). Considerando a base do triângulo osegmento de reta AC.

Encontramos a equação da reta AC: 0 – (–1) 0 + 1 1

mAC = ––––––– = ––––– = ––– 4 – 2 2 2

Aplicando esse coeficiente angular na equaçãofundamental da reta e considerando um dospontos, temos:

y – y0 = m (x – x0) y – 0 = 1/2 (x – 4) y = 1/2x – 2 x – 2y – 4 = 0 Agora a altura do triângulo equivale a calcular a distância da reta x –2y – 4 = 0 ao ponto B (3,2).

|3 – 4 – 4|d = ––––––––––

d =

Exercícios propostos

01. A distância do ponto A (–1, 2) ao ponto B (2, 6) é:

a) 3 b) 4 c) 5 d) 6 e)

02. A distância do ponto A (a, a) ao ponto B (6a, 13a) é:

a) 10 b) 13 c) 12 a d) 13a e) 17a

03. O valor de y, para qual e distância do ponto A (1, 0) ao ponto B(5, y) seja 5, é:

a) ±3 b) ±4 c) 3 d) 2 e) –1

04. Os pontos pertencentes ao eixo das abcissas que distam 13unidades do ponto A (–2, 5 ) têm abscissas cuja soma é:

a) 4 b) –4 c) 24 d) 14 e) –12

05. O ponto do eixo das ordenadas equidistantes dos pontos A(1, 2)e B (–2, 3) tem ordenadas igual a :

a) 4 b) –4 c) 3 d) 5 e) –5

06. A soma das coordenadas do ponto da reta suporte dasbissetrizes dos quadrantes ímpares equidistantes dos ponto A(1, 2) e B (–2, 3) é:

a) 4 b) –4 c) –10 d) 10 e) 0

07. O ponto distinto da origem pertencente à reta suporte dasbissetrizes dos quadrantes ímpares que forma com os pontos(0, 4) e (3, 0) um triângulo retângulo tem a soma das coordena-das igual a:

a) 0 b) 7 c) 7/2 d) 14 e) 5

08. O perímetro do triângulo ABC, conforme os dados A (–1, 1), B(4, 13) e C (–1, 13) é:

a) 30 b) 15 c) 17 d) 25 e) 22

09. O valor real de x para que o triângulo formado pelos pontos A(–1, 1), B (2, 5) e C (x, 2) seja retângulo em B é:

a) 3 b) 4 c) 5 d) 6 e) –4

10. ( CESCEA–SP ) O ponto do eixo Ox equidistante dos pontos (0,–1) e (4, 3) é:

a) (–1, 0) b) (1, 0) c) (2, 0) d) (3, 0) e) (8, 0)

11. (PUC–SP ) Sendo A (3, 1) B (4, –4) e C (–2, 2) vértices de umtriângulo, então esse triângulo é:

a) retângulo e não isósceles b) retângulo e isósceles c) equilátero d) isósceles e não retângulo e) escaleno e não retângulo

12. (UEPG–PR) Para que as retas 2.x + m.y – 10 = O e m.x + 8.y +5 = 0 sejam paralelas, o valor de m deve ser:

a) 4 b) –4 c) 4 ou –4 d) –1 e) n.d.a.

13. (CEFET) A reta 7.x – y + 7 = 0 determina um segmento sobreos eixos coordenados. Qual a mediatriz desse segmento?

a) x + y – 25 = 0 b) 7y + x = 0 c) x + 7y – 24 = 0 d) 7x + y + 7 = 0 e) x + 7 y = 0

x y 14. (CESCEA) As retas ––+y=1 e x+––=1

m p são paralelas se: a) p + m = 0 b) m = –p c) p = m d) p/m = 1 e) p.m = 1

15. (PUC–SP) As retas (m–2)x+3y–1=0 e x+my+2=0 sãoparalelas, somente se:

a) m= 3 b) m= –1 c) m= 1 d) m= 2 e) m= 3 ou m= –1

16. (UEPG–PR) A equação da mediatriz do segmento cujasextremidades são as intersecções da reta x–3y–6=0 com oseixos coordenados é:

a) 3x – y – 8 = 0 b) 3x – y + 8 = 0 c) 3x + y + 8 = 0 d) 3x + y – 8 = 0 e) n.d.a.

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Calorimetria: Estudo das trocas e transmissão do calor

Dobrando repetidamente de um lado para o outro um pedaço de arame ouqualquer outro metal, verifica-se que a região dobrada fica mais quente. Issoacontece porque a energia mecânica relacionada com o movimento dasmãos foi transformada em energia térmica. No século XIX, graças às pesquisas do físico inglês James Prescott Joule(1818–1889), do físico alemão Rudolf Clausius (1822–1888) e de lorde Kelvin,uma teoria moderna sobre o calor foi formulada: calor é a energiatransferida de um corpo para outro em consequência da diferença detemperatura entre eles.

Calor sensível e Calor Latente

Um corpo, ao receber ou ceder calor, pode sofrer dois efeitos diferentes:variação de temperatura ou mudança de fase. A quantidade de calor recebida ou cedida por um corpo, ao sofrer umavariação de temperatura sem que haja mudança de fase, é denominada calorsensível. Se o corpo sofrer apenas uma mudança de fase, sem haver variação detemperatura (permanece constante), o calor é chamado latente.

Capacidade térmica de um corpo

Colocados sobre a chama de um fogão, em qual aumenta primeiro atemperatura em 1°C: 1L de leite ou 2L de leite? Qual esfria primeiro?

Da simples observação, sabemos que 1L aquece primeiro e também esfriaprimeiro. ΔQ1: quantidade de calor recebida por 1L de leite.ΔQ2:quantidade de calor recebida por 2L de leite.ΔΔQ2>ΔΔQ1Da mesma maneira, sabemos que, para elevar em 1°C a temperatura de 1kgde chumbo, é necessária uma quantidade de calor maior que para elevar em1°C a temperatura de 10g do mesmo material. Esses exemplos permitem concluir que corpos diferentes necessitam dediferentes quantidades de calor para elevar sua temperatura em 1°C. Essaquantidade de calor é denominada capacidade térmica de um corpo. Suaexpressão matemática é:

ΔQC= ––––

Δt ΔQ: quantidade de calor e Δt: correspondente variação de temperatura.No SI a unidade da capacidade térmica é J/K (joule por Kelvin. É comum utilizartambém cal/°C.

Calor específico dos materiais

Qual será a razão de, na praia, durante o verão, sentirmos a areia mais quenteque a água do mar?As diferentes sensações térmicas que temos de corpos em um mesmo am-biente, recebendo a mesma quantidade de calor, num mesmo intervalo detempo, são explicadas pelas natureza de cada material. Isso significa que, para elevar em 1°C a temperatura de 1g, cada materialnecessita de uma quantidade diferente de calor, definida como calor espe-cifico do material. Podemos dizer que o calor específico corresponde à capacidade térmica porunidade de massa:

C ΔQ ΔQ c = –––– . Como C = –––– , vem: c = ––––– ⇒ ΔΔQ = m.c.ΔΔt

m Δt mΔt A unidade usual de calor especifico é cal/g.°C (caloria por grama por grauCelsius). No SI, sua unidade é J/Kg . K (joule por quilograma por Kelvin).

Princípio da Igualdade das Trocas de Calor

Dois corpos de temperatura diferentes trocam calor entre si quando colocadosem contato. Por exemplo, se você tocar uma vidraça, pode passar calor da suamão para ela; sua mão, portanto, esfria porque perdeu calor e consequen-temente teve a temperatura diminuída. Por outro lado, a parte da vidraça quevocê tocou recebeu calor e consequentemente sua temperatura aumentou. De acordo com o Princípio da Conservação de Energia, num sistematermicamente isolado, a quantidade de calor trocada entre os corpos é talque a soma da quantidade de calor (ΔΔQ) recebida com a quantidade decalor cedida é nula.

Calorímetro

Para medir a quantidade de calor recebida ou cedida por uma substância,podemos usar um aparelho chamado calorímetro, que tem a propriedade denão efetuar trocas de calor com o ambiente.

Quando dois ou mais corpos, a temperaturas diferentes, são colocados nointerior de um recipiente termicamente isolado, eles trocam calor entre si, atéatingem o equilíbrio térmico. A soma das quantidades de calor trocado ézero.

ΣΣΔΔQe + ΣΣΔΔQr = 0

O calorímetro participa das trocas de calor, embora na maioria dos casosessas participação seja pouco acentuada. No entanto, quando o calorímetroabsorve uma quantidade de calor considerável, devemos levar em conta asua capacidade térmica C, expressão pela relação entre o calor absorvidoQ e a variação de temperatura Δt que ele sofre (C=Q/ΔΔt).

AplicaçãoO gráfico mostra as quantidades de calor recebidas por dois corpos A e B emfunção da temperatura.

a) Determine a capacidade térmicade cada substância.

b)Sabendo que as massas doscorpos são iguais a 100g, deter-mine o calor específico de cadacorpo.

Resolução: a) Analisando o gráfico, podemosverificar que:

Mudança de fase

Para uma mesma substância pura podemos distinguir três estados físicos oufases: sólido, líquido e gasoso. Quando, a pressão constante, uma substância recebe ou cede calor semque varie sua temperatura, dizemos que está ocorrendo o fenômeno damudança de fase. Na transformação do gelo em água, por exemplo, verifica-se que, embora asubstância esteja recebendo calor, sua temperatura não varia enquanto nãose completa a mudança de fase. Essa temperatura invariável denominamos temperatura de mudança deestado. A quantidade de calor necessária para que a unidade de massa deuma substância mude de fase é chamada calor latente (L).Há seis mudanças de fase possíveis: fusão, ebulição, condensação,solidificação, sublimação e ressublimação. Na fusão, ao atingir determinada temperatura, as moléculas do sólido seagitam mais intensamente e rompem essa estrutura, passando a apresentar omovimento característico dos líquidos. O aquecimento do líquido faz que suas moléculas se movimentem ainda mais,até que, no ponto de ebulição, elas perdem a coesão e ganham o espaço naforma de vapor. A ebulição é a passagem turbulenta do estado líquido para ogasoso; quando essa passagem se dá à temperatura ambiente, é chamadaevaporação. No estado gasoso, a substância transforma-se em líquido num processoinverso: cedendo calor até atingir a temperatura necessária à mudança defase, suas moléculas diminuem de movimento até que a substância sofre umcondensação, transformando-se em líquido. O resfriamento do líquido diminui ainda mais o movimento de suasmoléculas, até que elas se agrupam, ocorrendo a solidificaçãoA sublimação é a passagem direta do estado sólido para o gasoso. A passagem direta da fase gasosa para a sólida se dá pela ressublimação,no caso do resfriamento do vapor de iodo (conseguido apenas emlaboratório). O quadro a seguir resume essas mudanças de fase:

Calor latente

Para haver mudança de fase, cada grama da substância necessita de certaquantidade de calor, que, como vimos, é o calor latente. Assim, 1g de gelo àpressão de 1atm, por exemplo, precisa de 80cal para passar ao estadolíquido: se fornecermos 800cal a uma barra de gelo a 0°C, 1g de alumínio,são necessárias 93cal. Podemos expressar o calor latente da seguinte forma:

L= ΔΔQ/m ⇒⇒ ΔΔQ = mL

FísicaProfessor JULIO CEZAR

Aula 67

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No SI, sua unidade é J/kg (joule por quilograma), mas, na prática, é comum ouso da unidade cal/g. A temperatura de mudança de fase depende da pressão a que a substânciaestá submetida. No caso da fusão (0°C) e da ebulição (100°C) da água, essapressão é 1atm.

AplicaçãoSabendo que cgelo = 0,5cal/g . °C; cágua = 1,0cal/g . °C; Lgelo = 80cal/g,determine a quantidade de calor necessária para que 50g de gelo, a –10°C,resultem em água numa temperatura de 80°C.

Resolução: Podemos dividir em três etapas o processo de transferência de calor para asubstância: 1.a – ΔQ1 quantidade de calor necessária de transferência de calor para asubstância: (calor sensível ⇒ Δt ≠ 0; ΔQ1= ΔQ1 – 0 2.a – ΔQ2: fluxo de calor que prova mudança de fase (calor latente ⇒ Δt = 0;ΔQ2= ΔQ2 – ΔQ1)3.a – ΔQ3: calor necessário para elevar a 80ºC a temperatura da substância(calor sensível ⇒ Δt ≠ 0; ΔQ3= ΔQ3 – ΔQ2)Essas etapas podem ser representadas num diagrama de temperatura Xquantidade de calor fornecida:

Portanto a quantidade de calor total é: ΔQ = ΔQ1 + ΔQ2 + ΔQ3 ⇒ ⇒ ΔQ = mgcgΔtg + mL + macaΔta⇒ ΔQ = 50.0,5(0 + 10)+ 50.80 + 50.1 (80– 0) ⇒ ΔQ = 8250cal

TRANSMISSÃO DE CALOR

A propagação do calor efetua-se por três modos diferentes: condução, con-vecção e irradiação.

Para os três modos de propagação, definimos a grandeza fluxo de calor (Φ).

Seja S uma superfície localizada na região onde ocorre a propagação decalor. O fluxo de calor (Φ) através da superfície S é dado pela relação entre aquantidade de calor Q que atravessa a superfície e o intervalo de tempo Δtdecorrido. Φ = Q/Δt

As unidades usuais de fluxo de calor sãocal/s e kal/s. Como é energia, podemostambém usar a unidade watt (W), quecorresponde ao joule por segundo (J/s).

CONDUÇÃO

É o processo de transmissão de calor pelo qual a energia passa de moléculapara molécula sem que elas sejam deslocadas.Exemplo: Aquecendo-se a extremidade de uma barra metálica, as moléculaspassam a vibrar com maior intensidade, transmitindo essa energia adicionalàs moléculas mais próximas, que também passam a vibrar mais inten-samente, e assim sucessivamente até alcançar a outra extremidade. Nos líquidos e nos gases, a condução térmica é baixa. Por esse motivo é queos gases são utilizados como isolantes térmicos.

Lei da Condução Térmica

Considere dois ambientes a temperaturas t1 e t2, tais que t2 > t1 , separadospor uma parede de área A e espessura e (figura abaixo)

A experiência mostra que: Em regime estacionário, o fluxo de calorpor condução num material homogêneoé diretamente proporcional à área da se-ção transversal atravessada e à diferençade temperatura entre os extremos, einversamente proporcional à espessura dacamada considerada.

Esse enunciado é conhecido como lei Fourier, expressa pela equação: K.A.(t2 – t1)

Φ = –––––––––––e

A constante de proporcionalidade K depende da natureza, sendo denomi-nada coeficiente de condutibilidade térmica. Seu valor é elevado para osbons condutores, como os metais, e baixo para os isolantes térmicos.

AplicaçãoEm uma residência, há uma vidraça de área A = 50m2 e espessura e =2,0mm. Suponhamos que a temperatura, no interior da residência, seja 20°Ce no exterior seja 18°C. Supondo que a condutividade térmica do vidro sejak = 0,84J/s . m . °C, calcule o fluxo de calor através da vidraça.

Resolução:

L = 2,0mm = 2,0 . 10–3m; t1 = 20°C; t2 = 18°CA.(t2 – t1) 5,0 (20 – 18)

Φ = K ––––––––––– = (0,84) –––––––––––– = 4200e 2,0.10–3

Q Φ = K ––– = 4200J/s=4200W

Δt Portanto, a cada segundo, passa pela vidraça uma quantidade de calor Q = 4200J.

TRANSMISSÃO DE CALOR POR CONVECÇÃO

Os líquidos e os gases não bons condutores de calor. No entanto eles podemtransmitir calor de modo significativo por um outro processo: a convecção. Esseprocesso consiste na movimentação de partes do fluido dentro do próprio fluido. Consideremos, por exemplo, uma vasilha conten-do água a uma temperatura inicial superior a 4°C(sob pressão normal). Sabemos que, acima de4°C, a água expande-se ao ser aquecida. Coloque-mos, então, essa vasilha sobre uma chama (fig. 3).A parte de baixo da água, ao ser aquecida, sofreráexpansão, terá sua densidade diminuída e, assim,de acordo com o Princípio de Arquimedes, subirá.A parte superior, mais fria e mais densa, descerá.Formam-se, então, as correntes de convecção,uma ascendente e outra descendente.

TRANSMISSÃO DE CALOR POR IRRADIAÇÃO

No estudo da Eletricidade, vimos que partículas que possuem carga elétrica(como, por exemplo, os elétrons) ao oscilarem produzem “algo” não-materialque se propaga pelo espaço e é chamado onda eletromagnética (ouradiação eletromagnética). Todos os corpos emitem ondas eletromagnéticas cujas características eintensidade dependem do grau de aquecimento do corpo. Isso é chamadode irradiação. Quando um conjunto de ondas eletromagnéticas incide em um corpo (fig. 4),uma parte delas pode ser refletida, outra pode ser transmitida e outra, ainda,pode ser absorvida, transformando-se em novas formas de energia, como,por exemplo, a energia térmica. É desse modo que recebemos o calor do Sol.É assim, também, que recebemos o calor de um ferro elétrico ou de umalâmpada incandescente. Se pusermos, por exemplo, a mão ao lado de umferro elétrico ligado, nossa mão aquecerá. Como o ar é mau condutor e araquecido deve subir, o calor que recebemos veio principalmente porirradiação, e não por condução ou por convecção.

As superfícies metálicas polidas refletem praticamentetodas as ondas eletromagnéticas incidentes. Oscorpos negros absorvem; a maior parte os corposbrancos reflete a maior parte das ondas incidentes.Por isso, recomenda-se que, no verão, não usemosroupas pretas, pois ela absorverão muita radiação,aquecendo-se mais que as roupas brancas.

Quando uma fonte térmica emite calor, fazemos a distinção entre calor lu-minoso e calor obscuro. O calor luminoso é o que vem acompanhado de luz(sol, lâmpadas incandescentes), enquanto o calor obscuro não é acom-panhado de luz (fomos, ferros de passar). Quando o calor radiante incide na superfície de um corpo, ele é parcialmen-te absorvido, parcialmente refletido e parcialmente transmitido. Na figura: Qi

= parcela incidente; Qr = parcela refletida; Qa = parcela absorvida; Qt =parcela transmitida.

Qi = Qa + Qr + Qt

Para avaliar que proporção do calor incidente sofre osfenômenos de absorção, reflexão e transmissão, defini-mos as seguintes grandezas adimensionais.

Absorvidade Refletividade Transmissividade Qa Qr Qta = ––––– r = –––– t = ––––Qi Qi Qi

Somando as três grandezas, obteremos: a + r + t = 1

Quando não há transmissão (t=0), o corpo é denominado atérmico (opacoao calor). Nesse caso: a + r = 1

As grandezas a, r e t podem ainda ser denominadas, respectivamente, poderabsorvedor, poder refletor e poder transmissor.

Por definição, corpo negro é um corpo atérmico ideal que absorve toda aenergia radiante nele incidente. Decorre daí que sua absorvidade é a = 1(100%) e sua refletividade é nula (r=0). O espelho ideal é um corpo atérmicoque reflete totalmente a energia radiante que nele incide, tendo absorvidadenula (a = 0) e refletividade r= 1 (100%).

Corpo negro (a = 1; r = 0)

Espelho ideal (a = 0; r = 1)

Fig. 3

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Óptica geométricaEstuda as leis que descrevem o comportamento geométrico da luz nosfenômenos ópticos.Reflexão da luz – Fenômeno óptico que ocorre quando a luz, ao incidir emuma superfície que separa dois meios, volta ao meio original.a) Reflexão difusa – Efetua-se em todas as direções, como a reflexão

produzida por todos os corpos que não apresentam uma superfície polidacomo um espelho (esta página que você está lendo, por exemplo).

b)Reflexão especular – Ocorre quando um feixe incide numa superfíciepolida e volta regularmente para o meio original; por exemplo, se o feixeincidente é paralelo, o refletido também é paralelo. A reflexão especularpermite a formação de imagens.

AS LEIS DA REFLEXÃO

1.a O raio incidente, a normal à superfícierefletora no ponto de incidência e o raiorefletido pertencem a um mesmo plano.

2.a O ângulo de incidência é igual ao ân-gulo de reflexão.

ESPELHO PLANOQualquer superfície lisa e plana que reflita especularmente a luz.

Características da imagem em um espelho plano:

a) Imagem virtual – Forma-se atrás doespelho, na interseção dos prolongamen-tos dos raios refletidos.

b) Imagem de um objeto extenso – Tem omesmo tamanho do objeto e é simétricadele em relação ao espelho: invertem-seos lados esquerdo e direito. A distânciada imagem ao espelho é igual àdistância do objeto ao espelho.

ESPELHO ESFÉRICO

Foco imagem de um espelhoesférico – É o ponto deencontro dos raios refletidosou de seus prolongamentos.

a) O foco do espelho côncavoé real (espelho convergen-te); do convexo, virtual (es-pelho divergente);

b)A distância entre o foco e o vértice do espelho é chamada distância focal(f) – nos espelhos de Gauss, consideramos f = R/2, onde R é o raio decurvatura.

Raios fundamentais:

1. Todo raio paralelo ao eixo principal de umespelho esférico reflete-se passando pelofoco.

2. Todo raio que passa pelo centro decurvatura reflete-se sobre si mesmo.

3. Todo raio que passa pelo foco reflete-separalelamente ao eixo principal.

4. Todo raio que atinge o vértice, formandocerto ângulo com o eixo principal, reflete-se formando ângulo igual.

Imagem de um objeto extenso

1.° caso – espelho côncavo; objetocolocado além de C:

Imagem: real, invertida e menorque o objeto.

2.° caso – espelho côncavo;objeto colocado sobre C:

Imagem: real, invertida e domesmo tamanho do objeto.

3.° caso – espelho côncavo; objetocolocado entre F e C:

Imagem: real, invertida e maior queo objeto.

4.° caso – espelho côncavo;objeto colocado sobre F:

Neste caso, não haverá forma-ção de imagem (imagem impró-pria).

5.° caso – espelho côncavo; objetocolocado entre V e F:

Imagem: virtual, direita e maior.

6.° caso – espelho convexo:

No espelho convexo, a imagem deum objeto real é sempre virtual,direita e menor que o objeto.

Equação dos espelhos esféricos (Equação de Gauss)1 1 1

–– = ––– + –––f di do

Equação da ampliação (A)Hi di––– = ––– Ho do

Nas equações acima:f = distância focal (positiva para espelho côncavo; negativa para convexo);di = distância da imagem ao vértice (positiva para imagem real; negativapara virtual);Hi = altura da imagem (positiva para imagem direita; negativa para invertida).do = distância do objeto ao vértice;Ho = altura do objeto.

Aplicação01. Um objeto de 4cm é colocado verticalmente sobre o eixo principal de umespelho côncavo, a 60cm do vértice. O raio do espelho mede 40cm. Calculea natureza e a posição da imagem fornecida pelo espelho.Solução:

a) Pela Equação de Gauss:Ho = 4cm; do = 60cm; f = R/2 = 40/2 = 20cm

1 1 1 1 1 1 1 1 1–– = ––– + ––– ∴ ––– = ––– + ––– ∴ –– = ––– – ––– f do di 20 60 di di 20 601 2

––– = ––– ∴di =30cm . Como di é positiva, a imagem é real.di 60

b) Para determinar o tamanho da imagem, aplicamos a expressão daampliação:Hi di Hi 30

––– = – ––– ∴ ––– = – ––– ∴ Hi=–2cmHo do 4 60

O resultado mostra que a imagem é menor que o objeto e invertida emrelação a ele (Hi negativa).

FísicaProfessor CARLOS JENNINGS

Aula 68

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Refração da luzA velocidade de um raio luminoso muda quando ele passa de um meio paraoutro, sofrendo, em consequência, um desvio na sua direção de propagação.A esse fenômeno dá-se o nome de refração da luz.Índice de refração – Caracteriza, do ponto de vista óptico, um meiotransparente e homogêneo. A velocidade da luz em cada meio está associada

c ao índice de refração absoluto: n = –––

vNa expressão acima, c é a velocidade da luz no vácuo (≅ 300.000km/s), e vé a velocidade da luz em dado meio.O índice de refração é também chamado de refringência. Diz-se que maisrefringente é o meio com maior índice de refração; menos refringente, o meiocom menor índice de refração.

Lei de Snell-Descartes

Ao incidir na superfície de separação (dióptro plano)dos meios 1 e 2, parte do feixe de luz é refletida eparte é refratada.O produto do seno do ângulo de incidência pelo va-lor do índice de refração do meio onde se propagao raio incidente (n1) é igual ao produto do seno doângulo de refração pelo índice de refração do meioonde se propaga o raio refratado (n2).n1 . sen i = n2 . sen r

Ângulo-limite (L) – É o ângulo de incidência que corresponde a um ângulode refração de 90°.Sendo o meio 1 mais refringente que o meio 2, ao passar de 1 para 2, um raioluminoso sofre um desvio, afastando-se da normal. À medida que o ângulode incidência cresce, o de refração também cresce, mas numa proporçãomaior.No esquema abaixo, o ângulo de incidência do raio OC é o ângulo-limite,porque o correspondente ângulo de refração é 90°.

Reflexão total – Se um raiode luz incidir na superfíciede separação de dois meioscom ângulo maior que oângulo-limite, a superfíciereflete o raio incidente. Nafigura acima, o raio OD é to-talmente refletido.

AplicaçãoDetermine o ângulo-limite para a água, cujo índice de refração é 4/3.Solução:Neste caso, comparamos a água com o ar (nar =1), aplicando a Lei deSnell-Descartes (lembre-se de que o ângulo de refração é 90o):n1. sen i = n2 .sen rnágua . sen L = nar . sen 90° ∴ 4/3 . sen L = 1,1sen L = 3/4 ∴ sen L = 0,5 ∴ L ≅ 50°

Profundidade aparente - Dado um dióptro (ar-água), um observador no ar eum ponto objeto P na água, verifica-se que a luz, saindo da água, afasta-se danormal. O observador, em vez de enxergar o ponto objeto P, verá a imagem P’.

Quando os raios incidem praticamente na di n2

vertical, é válida a proporção: ––– = –––– , do n1

em que y' é a profundidade aparente; y é aprofundidade real; n2 é o índice de refraçãodo meio onde está o observador; n1 é oíndice de refração do meio onde está oobjeto.

Exemplo:No fundo de um copo de 12cm de altura, completamente cheio de água, háuma moeda. A que altura um menino, que observa a moeda numa direçãoaproximadamente perpendicular, vai vê-la? Dados: nágua = 4/3; nar = 1.

Solução:y’ nar y’ 1

––– = ––––– ∴ ––– = ––––– ∴ y= 9cmy nágua 12 4/3

A imagem da moeda é virtual e, embora muitos digam que não, ela tem omesmo tamanho da moeda propriamente dita.

LENTES ESFÉRICAS

Classificação das lentes delgadas – A denominação das lentes de bordasfinas termina sempre com a palavra convexa; das de bordas grossas, com apalavra côncava.

Lentes convergentes e divergentes– Os raios luminosos que incidem nu-ma lente podem ser desviados, con-vergindo para o eixo principal ou di-vergindo dele. Isso depende da for-ma das lentes e do índice de refra-ção do meio onde elas se encontram:

1. Se o índice de refração da lente for maior que o do meio em que ela está:as de bordas finas são convergentes; as de bordas grossas, divergentes.

2. Se o índice de refração da lente for menor que o do meio em que ela está:as de bordas finas são divergentes; as de bordas grossas, convergentes.

Construção de imagens – De modo semelhante aos espelhos, as lentestambém formam imagens reais ou virtuais de objetos que são colocadosdiante delas. Usaremos, também aqui, os raios principais, que permitem en-contrar a posição da imagem de um ponto.

1.° – Um raio luminoso queincide paralelamente ao eixode uma lente convergenterefrata-se passando pelo 1.°foco.

Um raio luminoso que incide paralelamente ao eixo de uma lente divergenterefrata-se de modo que o seu prolongamento passa pelo 1.° foco.

2.°– Um raio luminoso que incide em uma lente convergente e cuja direçãopassa pelo 2.° foco, refrata-se paralelamente ao eixo da lente.

Um raio luminoso que incideem uma lente divergente, demodo que o seu prolonga-mento passe pelo 2.° foco,refrata-se paralelamente aoeixo da lente.Exemplo 1 – O objeto AB da figura encontra-se em frente a uma lenteconvergente, cujos focos estão localizados em F1 e F2. A distância do obje-to à lente é maior do que o dobro de sua distância focal. Localizar a imagemdo objeto.

Traçamos, a partir do pontoA, os dois raios principais.Os raios refratados encon-tram-se em A’, onde se for-ma a imagem A’B’ real, inver-tida e menor que o objeto.

Agora, faça você: desloque o objeto AB para uma posição entre o foco e alente e obtenha a imagem A’B’ (ela será virtual, direita e maior que o objeto).

Exemplo 2 – Considere o objeto AB diante de uma lente divergente como nafigura. Como será a imagem dele?

Nesse caso, observe que osraios refratados não se cruzam.Seus prolongamentos cortam-se no ponto A’, onde o obser-vador verá a imagem A’B’ vir-tual, direita e menor que o obje-to. Numa lente divergente, aimagem terá sempre essascaracterísticas.

Equação de Gauss para lentes esféricas

1 1 1––– = –––– + ––––f di doEquação da ampliação (A)Hi di–––– = – ––––Ho do

Aplicação

01. Um objeto de 6cm é colocado diante de uma lente convergente, comdistância focal de 20cm, a 60cm do centro óptico da lente. Determine a na-tureza e a posição da imagem.Solução:a) Ho = 6cm; do = 60cm; f = 20cm1 1 1 1 1 1 –– = ––– + ––– ∴ –––– = ––– + ––– f do di 20 60 di

1 1 1 3–1 ––– = ––– – –––– = ––––– ∴di =30cmdi 20 60 60b) Pela ampliação:Hi di Hi 30–––– = – –––– ∴ ––– = – ––– ∴ Hi =–3cmHo do 6 60

Os resultados mostram que a imagem é real, invertida e colocada a 30cm docentro óptico da lente.

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ParasitologiaProtozooses

Os protozoários parasitas causam diversas doenças, as protozooses.

Leishmaniose

A leishmaniose, úlcera de Bauru ou leishmaniose tegumentar sul-americanaé uma doença causada pelo flagelado Leishmania brasiliensis. A transmissãoé feita pela picada da fêmea do mosquito-palha ou mosquito birigui, infectadacom a L. Brasliensis. No sangue, o protozoário instala-se na pele e nasmucosas do nariz, da orelha ou da boca e causa úlceras. A prevenção é feitapor vacinas e pelo combate ao transmissor.

Giardíase

O flagelado Giardia lamblia instala-se no intestino delgado do ser humano,provocando fortes cólicas, diarreia e vômitos, doença conhecida como giar-díase.A transmissão ocorre por meio das fezes com cistos de G. Lamblia. Ao seremliberadas no ambiente, podem contaminar alimentos e águas, transmitindo adoença a outras pessoas.

Doença de Chagas

A tripanosomíase ou doença deChagas é causada pelo flageladoTrypanosoma cruzi. O T. Cruzi estápresente em animais como tatus,morcegos, gambás e raposas, cha-mados reservatórios naturais. O bar-bero (Triatoma infestans), inseto quevive em frestas de casas de pau-a-pique, paióis, chiqueiros, ao picar umdesses animais, aloja o T. Cruzi nointestino.Ao picar uma pessoa enquanto dor-me, o barbeiro elimina o protozoáriocom as fezes. Ao coçar o lugar, apessoa permite a entrada do T. Cruzi (pelo ferimento e ele alcança o sangue.No corpo humano, os protozoários podem parasitar o coração, o intestinogrosso e o esôfago. Como consequência, esses órgãos tornam-se dilatados.No caso do coração, a pessoa pode morrer, repentinamente.Não há vacinas ou remédios eficazes contra essa doença. A prevenção é feitacom a erradicação do barbeiro, caiação de chiqueiros, paiós, estábulos,melhoria das condições habitacionais, proteção de janelas e portas com telase o uso de mosquiteiros sobre as camas.

Amebíase ou disenteria amebiana

A Entamoeba histolytica é um tipo de ameba parasita e causa a amebíase oudisenteria amebiana.A doença ocorre pela ingestão de água ou alimentos contaminados comcistos da E histolytica. No intestino, os cistos se rompem e liberam o pro-tozoário, que se multiplica e passa a parasitar as células e os vasos intes-tinais, englobando hemácias, causando cólicas e diarreia sanguinolenta. Aperda de sangue provoca anemia e fraqueza.A prevenção é feita lavando bem os alimentos e as mãos antes das refeições,ingerindo água tratada ou fervida e defecando em locais próprios.

Malária

A malária ou maleita é provocada por esporozoários do gênero Plasmodium etransmitida pela fêmea do mosquito do gênero Anopheles, conhecido comomosquito prego. Ao sugar o sangue de uma pessoa, o mosquito injeta a salivae, com ela, os protozoários, na forma de esporozoítos. No fígado, osesporozoítos adquirem uma uma forma arredondada, os trofozoítos. Daí mi-gram, novamente, para o sangue e penetram nas hemácias, onde se repro-duzem por divisão múltipla, dando origem aos merozoítos. As hemáciasrompem-se, liberando os merozoítos e substâncias tóxicas. O rompimentodas hemácias é acompanhado de mal-estar e febre alta.No interior das hemácias, alguns merozoítos formam gametócitos mascu-linos ou femininos. Ao picar uma pessoa doente, o mosquito ingere essesgametócitos, que, no estômago, transformam-se em gametas masculinos e

femininos. A união deles formará o zigoto, que se desenvolve na parede doestômago do mosquito e origina o oocisto. Dentro do oocisto, por divisãomúltipla, formam-se esporozoítos, que migram para as glândulas salivares doinseto.O intervalo entre as febres identifica a espécie do protozoário. Existem trêstipos:Plasmodium vivax: malária terçã benigna com febre a cada dois dias.Plasmodium malariae: malária quartã benigna com febre a cada três dias.Plasmodium falciparum: malária terçã maligna com febre a cada um ou doisdias.O tratamento é à base de quinino, que destrói os protozoários que estão nosangue, mas não aqueles que estão no fígado. Desse modo, a pessoa podevoltar a ter a doença.A prevenção em áreas atingidas é feita com o uso de quinino; combate aomosquito, destruindo criadouros como lagoas e poças d’água; proteção dascasas com telas e uso de mosquiteiros sobre as camas.

Platelmintos

Os platelmintos podem ter vida livre ou ser parasitas. Aqueles que têm vida livrehabitam solos úmidos ou ambientes aquáticos marinhos ou de água doce.As tênias parasitam animais, inclusive o ser humano, provocando a teníase.Os esquistossomos provocam a esquistossomose. A Fasciola hepaticaparasita carneiros.

Teníase

A teníase pode ser causada pelaTaenia solium ou Taenia saginat.Uma pessoa contaminada, ao defe-car, elimina no ambiente, com asfezes, ovos de tênia. Esses ovos po-dem ser ingeridos por porcos ou porgado, e chegar ao intestino. Os ovosrompem-se e liberam a oncosfera queperfura o intestino, atinge a corrente-sanguínea e aloja-se nos músculos,evoluindo para um cisto, o cisticerco.O tecido muscular onde está o cisti-cerco forma uma reação inflamatóriagranular, conhecida popularmentecomo canjiquinha.Se uma pessoa ingerir essa carne crua ou malpassada, será contaminada. Ocisticerco, ao chegar ao duodeno, inverte-se, libera o escólex e fixa-se nointestino delgado. Em dois meses, a tênia começa a eliminar proglótidesgrávidas.

Cisticercose

A cisticercose ocorre quando o ser humano ingere ovos de T. Solium, dire-tamente de água ou de hortaliças contaminadas. Pode também ser adquiridapor reinfestação, isto é, quando o ser humano ingere ovos eliminados pelatênia presente em seu intestino.Os ovos rompem-se e evoluem para cisticercos. Quando o cisticerco se alojano cérebro, pode causar dores de cabeça, convulsões e até a morte. Nessecaso, a doença chama-se neurocisticercose.Ambas as tênias causam teníase. A cisticercose é mais comumente provo-cada pela T. Solium.

Hospedeiros

Hospedeiros são organismos nos quais os parasitas se desenvolvem.Eles são hospedeiros intermediários (HI) quando o parasita neles sedesenvolve até a forma de larva, ou hospedeiros definitivos (HD) quando alarva neles encontra ambiente favorável para desenvolver-se até a fase adulta.Na teníase, porco e boi são hospedeiros intermediários, e o ser humano é ohospedeiro definitivo. Na cisticercose, o ser humano assume o lugar dehospedeiro intermediário.

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BiologiaProfessor JONAS Zaranza

Aula 69

Representação do ciclo da doença de Chagas

Esquema do ciclo de vida da Täenia solium

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Page 20: Apostila Aprovar UEA ano 6

Para prevenir teníase e cisticercose, é fundamental educação sanitária, orien-tando as pessoas para que eliminem fezes em locais próprios, bebam águatratada, lavem bem as hortaliças antes de comê-las, não se alimentem decarnes cruas ou malpassadas e lavem as mãos antes das refeições.O tratamento é feito com remédios denominados vermífugos.

Esquistossomose ou barriga d’água

A esquistossomose ou barriga d’água é causada pelo Schistosoma mansoni.Uma pessoa contaminada, ao defecar, elimina ovos de esquistossomo. Es-ses ovos são carregados para lagoas de águas calmas ou paradas. Nessaságuas, transformam-se em larvas ciliadas, os miracídios, que permanecemna água até penetrarem em caramujos dos gêneros Biomphalaria ouAustralorbis.No caramujo, os miracídios fazem reprodução assexuada, formando larvasciliadas, as cercárias. Quando o caramujo morre, as cercárias são liberadasna água.

Lagoas de coceira e ascite

As lagoas que contêm cercá-rias são conhecidas comolagoas de coceira, pois, aopenetrar na pele, as larvascausam reação alérgica comintensa coceira.Na esquistossomose há au-mento do fígado e do baçoobstruindo, parcialmente, apassagem do sangue. Essaobstrução aumenta a pressãono interior das veias e faz osangue procurar um trajetoalternativo. O resultado é umgrande aumento das veiassuperficiais e o extravasamen-to de plasma para dentro doabdome. Daí o nome asciteou barriga d’água.Se alguém ingerir essa água contaminada ou banhar-se nela, as cercáriasirão penetrar pela pele e alojar-se em veias próximas ao fígado, onde irãooriginar adultos.Após a cópula, a fêmea coloca os ovos na parede externa do intestino gros-so. Os ovos perfuram o intestino, atingem seu interior e são eliminados comas fezes.Na esquistossomose, o caramujo é o hospedeiro intermediário, e o ser hu-mano é o hospedeiro definitivo.

Nematódeos

Os nematódeos têm corpo cilíndrico, alongado, com extremidades afiladas esimetria bilateral. Alguns são microscópicos, e outros têm mais de um metrode comprimento. O corpo é revestido por epiderme e, externamente a ela,por uma cutícula resistente.São triblásticos, protostômios e pseudocelomados: a mesoderme revesteparcialmente a cavidade do corpo. Nessa cavidade estão os órgãos e olíquido pseudocelômico.Filo nematoda: animais com o corpo cilíndrico, como o Ascaris lumbricoides.

Ascaridíase

A ascaridíase é causada pelo ás-caris (Ascaris lumbricoides), ne-matódeo conhecido popularmen-te como lombriga. Instala-se nointestino delgado e reproduz-se. Afêmea coloca até 200 mil ovos pordia, e esses são eliminados nasfezes do hospedeiro.No ambiente, esses ovos contami-nam frutas, verduras, legumes e aágua. Ao serem ingeridos,chegam ao intestino delgado,abrem-se e liberam larvas quemigram pela mucosa intestinal atéos vasos sanguíneos. Na corrente sanguínea, chegam ao fígado, ao coraçãoe, depois, aos pulmões. Nos pulmões, provocam uma reação alérgica, comtosse e dificuldade respiratória. Perfuram os alvéolos, chegam aos bron-quíolos, aos brônquios e à laringe. Da laringe, passam à faringe, são deglu-tidas e voltam ao intestino onde evoluem até a fase adulta.

Vermes adultos podem ser eliminados nas fezes ou durante acessos de tosseou vômitos.A ascaridíase causa fraqueza, dores de cabeça, cólicas abdominais intensase diarreia. Podem ocorrer complicações como perfuração intestinal peloverme e o chamado bolo de áscaris, em que dezenas de vermes impedem apassagem das fezes.A prevenção é a medida mais eficaz: eliminar fezes em locais adequados,lavar bem os alimentos, beber água tratada ou fervida e lavar as mãos antesdas refeições. O tratamento é feito com vermífugos.

Ancilostomíase

Mais conhecida como amarelão ouopilação, a ancilostomíase é causa-da pelo Ancylostoma duodenale.O animal fixa-se e desenvolve-se nointestino delgado do ser humano ealimenta-se de hemácias. O hospe-deiro fica fraco e com cor amarela-da, daí o nome da doença.Os ovos fertilizados são eliminadoscom as fezes e, no ambiente, libe-ram larvas. As larvas entram atravésda pele, chegam ao sangue e vãoaos pulmões, à faringe e, finalmente,ao intestino.

Esquema do ciclo de vida do Ancylostoma duodeale

A prevenção é feita ao eliminar fezes em locais adequados e usar calçados.O tratamento é feito com vermífugos.

Oxiuríase

O Enterobius vermicularis parasita o intestino grosso, causando oxiuríase,oxiurose ou enterobiose, inflamação com intenso prurido na região do ânus.Ovos de oxiúros, presentes em água e em hortaliças contaminadas, quandoingeridos pelo ser humano, eclodem no intestino delgado, liberando larvas.Essas migram para o intestino grosso e tornam-se adultas. As fêmeas fecun-dadas dirigem-se para a região anal, onde colocam ovos, que são eliminadoscom as fezes.A prevenção é feita ao eliminar fezes em locais adequados e manter limpase aparadas as unhas. O tratamento é feito com vermífugos.

Elefantíase

A elefantíase ou filariose é uma doença causada pela Wuchereria bancroti,que vive no interior do mosquito Culex pipiens.O ser humano picado pelo mosquito desenvolve a doença. O verme adulto,em forma de linha, parasita os vasos linfáticos, obstruindo-os. Com isso, háintenso inchaço, e o membro ou órgão parasitado torna-se enorme, daí onome elefantíase.Medidas de prevenção: combate ao mosquito e uso de telas e mosquiteirosem regiões onde a doença é comum. Não existe tratamento eficaz.

Exércicios propostos

01. (PUC-SP) O doente que apresenta cisticercose:

a) foi picado por Triatoma.b) nadou em água com caramujo contaminado.c) andou descalço em terras contaminadas.d) comeu carne de porco ou de vaca com larvas de tênia.e) ingeriu ovos de tênia.

02. (CESGRANRIO) A elefantíase ou filariose é uma parasitose co-mum na Região Amazônica. Sua profilaxia pode ser feita pormeio do combate ao inseto vetor e do isolamento e tratamentodas pessoas doentes. O agente causador e o hospedeiro inter-mediário dessa parasitose são, respectivamente:

a) Ascaris lumbricoides e um mosquito de gênero Culex.b) Wuchereria bancrofti e um mosquito do gênero Culex.c) Wuchereria bancrofti e o caramujo.d) Schistosoma mansoni e a filária.e) Ancylostoma duodenale e a filária.

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Esquema do ciclo de vida do Schistosoma mansoni.

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Sistema hormonal ou indócrinoAs unidades morfológicas do sistema endócrino são as glândulas endócri-nas. Elas produzem secreções chamadas hormônios, considerados asunidades funcionais do sistema endócrino. Os hormônios são transportadospela corrente sanguínea e atuam em órgãos-alvo, inibindo-os ou esti-mulando-os.No corpo dos animais, existem outros tipos de glândulas denominadas exó-crinas e mistas. As exócrinas possuem dutos que conduzem a secreçãopara o exterior da glândula. As secreções que produzem não são hormônios.Exemplo: as sudoríparas, dos mamíferos, e as digestórias, dos vertebrados.A mista está representada pelo pâncreas, pois possui uma parte endócrina eoutra exócrina.O sistema endócrino difere funcionalmente do sistema nervoso pela rapidezda resposta: enquanto um impulso nervoso pode percorrer o corpo em mi-lésimos de segundo, o hormônio pode levar segundos ou até minutos paraatingir o órgão-alvo.Apesar dessas diferenças anatômicas e funcionais entre esses sistemas, veri-ficou-se que alguns neurônios podem produzir hormônios denominadosneurossecreções. Alguns neurônios do hipotálamo dos mamíferos, porexemplo, produzem neurossecreções que ficam acumuladas no lobo poste-rior da hipófise (neuro-hipófise).Frequentemente, o sistema nervoso interage com o endócrino, formando me-canismos reguladores bastante precisos.Além de exercerem efeitos sobre órgãos não-endócrinos, alguns hormônios,denominados trópicos, atuam sobre outras glândulas endócrinas. Osprincipais hormônios trópicos dos vertebrados são produzidos pela hipófise.São eles:• tireoideotrópicos: atuam sobre a glândula endócrina tireoide;• adrenocorticotrópicos: atuam sobre o córtex da glândula endócrina

adrenal (ou suprarrenal).• gonadotrópicos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas.

1. Hipófise ou pituitária

Situa-se na base do encéfalo, em uma cavi-dade do osso esfenoide chamada telatúrcica. Nos seres humanos, tem o tamanhoaproximado de um grão de ervilha e possuiduas partes: o lobo anterior (ou adeno-hipófise) e o lobo posterior (ou neuro-hipófise).

2. HipotálamoLocalizado no cérebro diretamente acimada hipófise, é conhecido por exercer con-trole sobre ela por meio de conexões neu-rais e substâncias semelhantes a hor-mônios chamadas fatores desencadea-dores (ou de liberação), o meio pelo qualo sistema nervoso controla o comporta-mento sexual via sistema endócrino.

O hipotálamo estimula a glândula pitui-tária a liberar os hormônios gonadotróficos (FSH e LH), que atuam sobre asgônadas, estimulando a liberação de hormônios gonadais na correntesanguínea. Na mulher, a glândula-alvo do hormônio gonadotrófico é o ovário;no homem, são os testículos. Os hormônios gonadais são detectados pelapituitária e pelo hipotálamo, inibindo a liberação de mais hormônio pituitário,por feed-back. Como a hipófise secreta hormônios que controlam outras glândulas e estásubordinada, por sua vez, ao sistema nervoso, pode-se dizer que o sistemaendócrino é subordinado ao nervoso e que o hipotálamo é o mediador entreesses dois sistemas.

3. Tireoide

Localiza-se no pescoço, estando apoiada sobreas cartilagens da laringe e da traqueia. Seus doishormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4),aumentam a velocidade dos processos de oxida-ção e de liberação de energia nas células do cor-po, elevando a taxa metabólica e a geração decalor. Estimulam ainda a produção de RNA e asíntese de proteínas, estando relacionados aocrescimento, à maturação e ao desenvolvimento.A calcitonina, outro hormônio secretado pelatireoide, participa do controle da concentraçãosanguínea de cálcio, inibindo a remoção do cál-cio dos ossos e a saída dele para o plasma san-guíneo, estimulando sua incorporação pelosossos.Além desses órgãos, existem outros que também sintetizam hormônios,atuando secundariamente como órgãos endócrinos. É o caso do estômagoe do intestino, que secretam cerca de oito hormônios, incluindo a gastrina ea secretina. O coração também produz hormônios que atuam no controledos níveis de sódio e de água no organismo.A tabela a seguir resume algumas das principais funções dos hormôniospara a espécie humana.

BiologiaProfessor GUALTER Beltrão

Aula 70

Glândulas humanas produtoras dehormônios.

Indivíduo com alteração datireoide chamada exofitalmia.

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Exercícios01. (PUC–MG) O esquema a seguir representa um processo de

regulação endócrina por fatores internos e externos ao organismo.

De acordo com o esquema e com os seus conhecimentos, écorreto afirmar, EXCETO:a) Estímulo e inibição atuam coordenadamente, opondo-se a grandes

variações na concentração plasmática de tiroxina em indivíduosnormais.

b) Tiroxina pode atuar como hormônio que contribui para nos adaptar-mos ao frio.

c) A redução nos níveis de TSH é sempre indicadora de hipotireoidismo.d) A carência nutricional de iodo pode determinar a redução na

produção de tiroxina e o aumento de volume da tireoide.

02. (UFRS) Os hormônios participam da regulação de váriasfunções fisiológicas, como a ativação metabólica e a regulaçãoda temperatura. O hormônio que modula esses processos éproduzido pela:a) tireoide b) hipófise; c) suprarrenal;d) paratireoide; e) amígdala.

03. Quando nos encontramos em situação de alarme (pânico, sustoe raiva), quase que imediatamente o coração começa a batermais rápido, empalidecemos, pela diminuição da circulaçãoperiférica, e a frequência respiratória aumenta. Essas sãoalgumas alterações fisiológicas que ocorrem quando oorganismo produz uma maior quantidade de:

a) Adrenalina. b) Estradiol. c) Cortisona.d) Tiroxina. e) Progesterona

04. (Ufpe) O equilíbrio hídrico no corpo humano depende doshormônios:

a) testosterona e tiroxina;b) glucágon e timosina;c) ADH (antidiurético) e aldosterona;d) paratormônio e calcitonina;e) calcitonina e antidiurético.

05. (Ufes) A hipófise produz e secreta uma série de hormônios quetêm ação em órgãos distintos, sendo, portanto, considerada amais importante glândula do sistema endócrino humano.A respeito dos hormônios hipofisários, é CORRETO afirmar que

a) o FSH, produzido na hipófise anterior, facilita o crescimento dosfolículos ovarianos e aumenta a motilidade das trompas uterinas du-rante a fecundação.

b) a vasopressina, secretada pelo lobo posterior da hipófise, éresponsável pela reabsorção de água nos túbulos renais.

c) o hormônio adenocorticotrópico (ACTH) é um esteroide secretadopela adeno-hipófise e exerce efeito inibitório sobre o córtex adrenal.

d) o comportamento maternal e a recomposição do endométrio, após oparto, ocorrem sob a influência do hormônio prolactina.

e) o hormônio luteinizante atua sobre o ovário e determina aumento nosníveis do hormônio folículo estimulante (FSH) após a ovulação.

06. (Cesgranrio) A incrementação nutricional dos alimentos teveinício em 1924, quando, nos EUA, o iodato de potássio foi adi-cionado ao sal de cozinha numa tentativa de inibir o bócio.Estudos científicos revelam que a carência de iodo na dietaproduz uma hipofunção glandular que acarreta desordens meta-bólicas importantes, pois deixam de ser produzidos hormôniosfundamentais na homeostase e no metabolismo celular em ge-ral.Assinale a opção que relaciona corretamente os hormônios e arespectiva glândula que pode sofrer disfunção se houver ca-rência de iodo.

a) Hormônio tireotrófico e adrenocorticotrófico – hipófise.b) Hormônio tireotrófico e do crescimento – hipófise.c) Tiroxina e calcitonina – tireoided) Triiodotironina e tiroxina – tireoide.e) Triiodotironina e calcitonina – tireoide

07. (PUC–MG) A remoção de um tumor no pescoço de um pacienteprovocou hipofunção da glândula tireoide. Dentre os sintomasdecorrentes dessa hipofunção, podemos encontrar, EXCETO:

a) Emagrecimentob) Cansaço (letargia)c) Edema de peled) Redução do metabolismo basale) Retardamento do desenvolvimento físico e mental

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Sempre com hífenA seguir, prefixos que sempre provocam hífen.

além- (prefixo latino = além de, para além de).

além-atlântico além-maralém-eras além-mundo

aquém- (prefixo latino antônimo de além-).

aquém-fronteira(s) aquém-oceanoaquém-mar aquém-pireneus

bem- (prefixo de origem latina = vantajosamente, excelentemente, con-venientemente; felizmente, prosperamente). O normal é aparecer comhífen, principalmente quando a pronúncia o exige.

COM HÍFEN SEM HÍFENbem-afirmação bendiçãobem-acabado bendicionáriobem-aceito benditobem-amado bendizentebem-apanhado bendizer

ex- (prefixo latino = que deixou de ser algo).ex-amigo ex-maridoex-deputado ex-noiva

para- (antepositivo que provém do verbo “parar” = proteger, resguardar,aparar). O normal é parecer com hífen. Exceção: paraquedas, paraque-dismo, paraquedista.

COM HÍFENpara-brisa(s)para-choquepara-estilhaços

pós- (prefixo latino = atrás de; depois de; após; em segundo lugar; emseguida; pouco depois; posposição).pós-abdômenpós-adolescênciapós-casamento

pré- (prefixo latino = anterioridade). O normal é que o prefixo pré-provoque hífen, mas, por força do uso, muitas palavras perderam-no.

COM HÍFENpré-ajustar pré-gravarpré-adaptar pré-históriapré-aviso pré-imaginar

SEM HÍFEN:preanunciar predisporpreaquecimento preencherprecantar preexistirprecogitar prefigurar

pró- (prefixo latino = a favor de).pró-americanopró-britânicopró-germânico

recém- (elemento latino de composição = recentemente, ocorrido hápouco).

recém-achadorecém-mortorecém-nascido

sem- (prefixo de origem latina = privação, exclusão, negação). O normalé parecer com hífen. Os compostos formados a partir de sem- sãoinvariáveis: os sem-teto, os sem-terra, os sem-cultura.

Sem-amor (que não é amado por ninguém).Sem-cerimônia (liberdade nos gestos, nas ações; naturalidade).Sem-dinheiro (pobre, miserável).Sem-justiça (ato contrário à justiça).Sem-lar (indivíduo que não tem lar).Sem-nome (que não tem nome; anônimo).

sota(o)- (prefixo de origem latina = debaixo, subordinação,inferioridade, subposição).sota-almirantesota-capitãosota-general

vice-/vizo- (elemento latino de composição = que substitui).vice-almirantevice-campeãovice-comandante

Calendário 2009Aulas de 01 à 40

Momento gramatical

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