apostila aprovar ano04 fascículo05 hist geo

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Engenho de cana - de - açúcar, símbolo da at ividade agrária do período colonial brasileiro Peixe exclusivo da Bacia Amazônica, o pirarucu (Arapaima gigas) é característ ico das águas calmas das várzeas e dos lagos . História – Economia colonial pg. 02 História – As expedições quinhentistas pg. 04 Geografia – A população amazonense pg. 06 Geografia – Teorias sobre o crescimento populacional pg. 08 Português – Perscrutando o texto pg. 10

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Page 1: Apostila Aprovar Ano04 Fascículo05 Hist Geo

Engenho de cana-de-açú

car, símbolo

da atividade agrária do

período colonial

brasileiro

Peixe exclusivo da Bacia Amazônica, opirarucu (Arapaima gigas) é característico daságuas calmas das várzeas e dos lagos.

•• História – Economia colonialpg. 02•• História – As expedições

quinhentistas pg. 04•• Geografia – A população

amazonense pg. 06•• Geografia – Teorias sobre o

crescimento populacional pg. 08

•• Português – Perscrutando o texto pg. 10

Page 2: Apostila Aprovar Ano04 Fascículo05 Hist Geo

Economia colonial

PRÉ-COLONIZAÇÃO

Nos primeiros trinta anos do século XVI, o Brasilocupou um papel secundário no conjunto deprioridades portuguesas.Não se encontraram riquezas aparentes quepudessem concorrer com os enormes lucrosprovenientes do comércio com o Oriente ousomar-se a eles.A nova terra não possuía também uma popu-lação organizada que pudesse ser subjugadapara render tributo pelo simples direito de viver.Assim, o Brasil tornou-se apenas uma rota depassagem, quase obrigatória, para as embarca-ções que praticavam o comércio indiano; aqui,elas realizavam abastecimentos e faziam reparos,quando necessários.

A EXPLORAÇAO DO PAU-BRASIL

O pau-brasil foi colocado, desde o início dacolonização, sob o monopólio do Estado(estanco), e sua exploração foi arrendada, em1502, a um grupo de comerciantes portuguesesliderados pelo cristão-novo Fernando de Noronhapor um prazo inicial de três anos.Se os portugueses, entretidos com o comérciooriental, não valorizavam suficientemente o pau-brasil – a ibirapitanga dos indígenas –, o mesmonão se pode dizer de mercadores de outrospaíses, sobretudo da França.Desde 1504, há noticias de comerciantesfranceses traficando essa madeira diretamentecom o indígena brasileiro. Os lucros eramgrandes, uma vez que nada se pagava à Coroaportuguesa que, para combater o contrabando,armou duas expedições comandadas porCristóvão Jacques: a primeira em 1516; asegunda em 1526.Tanto os franceses quanto os portuguesesutilizaram a mão-de-obra indígena nos trabalhosde exploração dos recursos naturais, sobretudodo pau-brasil.Os selvagens, em troca de quinquilharias(produtos de baixo custo para os europeus),cortavam, serravam e carregavam o pau-brasil,transportando-o, nos ombros nus (às vezes deduas ou três léguas de distância), por montes esítios escabrosos até a costa. Essa relação comos indígenas denomina-se escambo.

A COLONIZAÇAO BRASILEIRA

A partir de 1530, surgiu um verdadeiro dilemapara a Coroa portuguesa: ocupar definitivamenteas terras brasileiras ou correr o risco de perdê-las para os franceses.O primeiro passo, no sentido de ocupá-las, foi oenvio da expedição de Martim Afonso de Souza,que deixou Lisboa em 3 de dezembro de 1531,com a incumbência primordial de varrer osfranceses da “costa do pau-brasil” e desenvolver,ao máximo, a exploração da nova terra,preparando-a para empreendimentos futuros quegarantissem o seu domínio aos portugueses.A expedição aportou, em janeiro de 1532, emSão Vicente, onde Martim Afonso instalou o queseria a primeira vila do Brasil.Esse primeiro núcleo oficial foi instalado no

litoral sul, local de fácil acesso ao Prata, o quedemonstrava o interesse mercantilista pelodomínio dessa região.As informações enviadas à Metrópole relatavama ausência de metais preciosos e a existênciade um solo com grande potencial parainvestimentos agrícolas. Valorizando taisinformações, o Estado português tomou ainiciativa de inaugurar uma nova estratégiacolonial: o desenvolvimento da agriculturavoltada para a exportação, possibilitando aocupação, o povoamento e a valorizaçãoeconômica dessas terras. Isso é o que sedenomina colonização.

A ECONOMIA AÇUCAREIRA (séc. XVI-XVII)

Durante os séculos XVI e XVII, a colonizaçãobrasileira esteve ligada ao cultivo da cana e aopreparo do açúcar. Para a montagem da custosa agroindústriaaçucareira – o engenho –, recorreu-se,inicialmente, aos recursos particulares, por meiode concessões das sesmarias.As sesmarias foram distribuídas não só aportugueses, como também a estrangeiros,desde que professassem a fé católica.Mas presume-se que muitas vezes se recorreuao capital externo, sobretudo flamengo(holandês), que já se encontrava amplamenteenvolvido nos negócios do açúcar na Europa.Os portugueses eram os mais experientes naprodução do açúcar, desde o século XVintroduzida nas Ilhas do Atlântico, enquanto acomercialização era feita pelos flamengos(holandeses).A grande propriedade era monocultora e voltadapara o mercado externo, utilizando mão-de-obraescrava, no início com os índios eposteriormente os negros africanos.A sociedade açucareira organizou-se comoreflexo da economia agrária, escravista.No engenho, havia uns poucos trabalhadoresassalariados – o feitor, o mestre de açúcar emesmo o capelão ou padre – que se sujeitavamao poder e à influência do grande proprietário.Os escravos viviam nas senzalas, habitações deum único compartimento, na maior promiscui-dade; eram responsáveis por todos os trabalhosnos canaviais, nas oficinas e na casa-grande.Qualquer reação contra o sistema de escravidãoera reprimida violentamente. Os negros,entretanto, não permaneceram de braçoscruzados diante dessa realidade opressiva.Enquanto existiu escravidão, ocorreu tambémreação. O símbolo da resistência foi a formaçãodos quilombos, aldeamentos de negrosfugitivos. Eles surgiram por toda parte ondeimperou a escravidão: Alagoas, Sergipe, Bahia,Mato grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro e SãoPaulo.O mais conhecido foi, sem dúvida, o Quilombodos Palmares – que se situou no que hoje é oEstado de Alagoas –, cuja resistência duroucerca de 65 anos. Seus mocambos – pequenoscasebres cobertos com folhas de palmeiras –chegaram a se estender por 27 mil km². Assim,Palmares constituía-se em constantechamamento, um estímulo, uma bandeira paraos negros escravos das vizinhanças que o viamcomo um constante apelo à rebelião, à fugapara o mato, à luta pela liberdade.A destruição de Palmares ocorreu em 1695, ecoube à expedição chefiada pelo bandeiranteDomingos Jorge Velho.

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Quando surgiu, a linguagem típica dos jovensna internet – em que novidade vira “9dade”,não é “naum” e beleza é “blz” – parecia estarrestrita aos chats, blogs e ICQs. O uso do“internetês”, no entanto, já influencia a escritade adolescentes em sala de aula e preocupaeducadores.O uso dessa linguagem, que caracteriza umdesrespeito à normas culta, não é umainvenção brasileira. Ela é fruto da primeirageração de jovens que foi alfabetizada aomesmo tempo em que aprendia a secomunicar pela Internet. A necessidade deconversar usando o teclado do computadorde forma ágil fez que, rapidamente, o“internetês” se alastrasse por quase todos osgrupos de adolescentes com acesso àInternet.Para “reagir” à entrada do internetês na salade aula, alguns estabelecimentos de ensinotêm adotado soluções criativas. Em São Paulo,numa escola particular, o problema foiidentificado quando a escola pediu que seusalunos escrevessem cartas para estimular odiálogo com os estudantes de uma escolapública vizinha. A partir desse problema, ocolégio sugeriu que os professorestrabalhassem essa questão em sala de aula.No Rio, uma professora pede freqüentementeque seus alunos construam textos nalinguagem da Internet e depois os traduzampara a norma culta.Junto com a polêmica, este dialetopopularizou-se e chegou à tevê. Em 2005,uma rede de televisão por assinatura estreouuma sessão com filmes legendados em“internetês”. No site da programação, umdicionário com as expressões que aparecemnas legendas dos filmes. Para o professor de português João BatistaGomes, coordenador de professores doAprovar, trata-se de um vício que prejudica aconstrução do texto dissertativo. O problema,avalia, é que, nos jovens, a linguagem quepredomina é a coloquial, que, no caso, sofreforte influência do meio. Então, corre-se orisco de esse vício tornar-se linguagem únicapara essa faixa de idade. Isso pode serextremamente prejudicial na construção detextos como em redações para concursos,provas e entrevistas para emprego.Isso não se verificaria, por exemplo, empessoas que já têm estabelecidos os doisníveis de linguagem: a formal e a coloquial.São pessoas que até podem utilizar esse tipode linguagem ao usar a Internet, mas quejamais o fariam na elaboração de um textoescrito, por exemplo.A nova sessão atraiu a ira de telespectadoresque não aprovaram a nova linguagem. Paramuitos, é uma receita para desaprender alíngua portuguesa.Veja alguns exemplos: aki – aqui, bjs – beijos,blz – beleza, c – se, cmg – comigo, c/ – com,d – de, eh – é, fzr – fazer, hj – hoje, hr – hora,i – ir, kerer – querer, kra – cara, ksa – casa,maluko – maluco, msmo – mesmo, mto –muito, 9dades – novidades, nd – nada, ñ ounaum – não, nu – no, ond – onde, pq - porque, p/ – para, pekeno – pequeno, q – que,qdo – quando, s – sim, tah – está, tbm –também, tc – teclar, Vc – você, xamar –

Internet:linguagemou dialeto?

HistóriaProfessor DILTON Lima

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Zumbi, grande chefe de Palmares, conseguiufugir com algumas dezenas de homens, mas nodia 20 de novembro de 1695, foi aprisionado edecapitado. Sua cabeça foi colocada num posteem praça pública, para servir de exemplo aosque o consideravam imortal. A data da morte deZumbi ficou registrada nos anais da Históriacomo o “Dia da Consciência Negra”, para quese possa sempre lembrar que os negros atéhoje lutam contra a marginalização e adiscriminação de que são vítimas.

MINERAÇAO (séc. XVIII)

As notícias sobre os primeiros achados auríferosdos paulistas, provavelmente realizados entre1693-1695, rapidamente se espalharam por todaa Colônia. Esse verdadeiro rush, até então nunca visto, foiapreendido por Antonil que, por volta de 1710,escreveu: “A sede insaciável do ouro estimuloua tantos deixarem suas terras e a meterem-sepor caminhos tão ásperos como são os dasminas, que dificultosamente se poderá dar contado número das pessoas que atualmente láestão”.A ambição pelo ouro atingiu também apopulação do reino. Calcula-se, em média, aentrada de três a quatro mil pessoas por ano,durante o tempo da corrida do ouro.Com a descoberta de zonas auríferas nas MinasGerais, a Coroa Portuguesa criou umaintendência em cada local onde se descobrisseouro. Ela seria dirigida por um funcionárionomeado pelo Estado e diretamente vinculado aele. O descobridor de cada novo veio auríferodeveria comunicar ao intendente, o mais rápidopossível, o seu achado.Sobre a riqueza aurífera, a Coroa Portuguesaexigia a cobrança de tributos. Ficou decididoque a quinta parte do ouro extraído pertencia aoEstado. Esse imposto ficou conhecido como“quinto”. Em 1730, ocorreu uma redução para12%, mas o Estado exigia um imposto dosmineradores sobre os escravos que elespossuíam. Esse imposto ficou conhecido como“capitação”.Em 1750, a capitação foi extinta, e retomaram-seos 20% do quinto, mas a Coroa Portuguesafixou uma meta de 100 arrobas anuais a serarrecadada. Caso a região mineira nãoalcançasse essa quantia, o governo executaria a“derrama”, ou seja, a cobrança dos impostosatrasados. Essa atitude do governo portuguêsrepresentava um verdadeiro confisco e aindaera realizada com violência.Este novo ciclo econômico trouxe uma medidapolítica. Em 1763, ocorreu a mudança da capitalda Colônia de Salvador para o Rio de Janeiro,mostrando a preocupação do Estado emcolocar a sede do governo mais próximo daregião mineira, a fim de controlar a saída doouro, evitando o contrabando.O período da mineração foi marcado por umnotável desenvolvimento artístico na escultura.Em Minas Gerais, ganhou enorme expressão omovimento barroco, cujo maior destaque foiAntônio Francisco Lisboa, o “Aleijadinho”.

OUTRAS ATIVIDADES DO PERIODO COLONIAL

PECUÁRIA – Atividade complementar daeconomia açucareira. Essa atividade erapraticada nos próprios engenhos de cana-de-açúcar, onde se empregava a força dos animaispara fazer funcionar as moendas e paratransportar o açúcar até os portos de embarque;

podemos dizer que o gado foi a força motrizdos engenhos. A carne de gado, depois desecada ao sol, destinava-se à alimentação nosengenhos.Diferentemente do ocorrido na atividadeaçucareira, na pecuária utilizou-se mão-de-obralivre e índios.CACHAÇA, TABACO e FUMO – Eram produtosutilizados para fazer comércio na África, na trocapor negros.ALGODÃO – Era produto destinado àexportação para ser usado como matéria-primada indústria têxtil inglesa.

O que ocorria na Amazônia?

A foz do rio Amazonas era uma região onde sepraticava intenso contrabando. Ingleses,franceses, holandeses e irlandeses possuíaminteresses nos produtos típicos da região, comoervas aromáticas, plantas medicinais, cacau,baunilha, cravo, canela, anil, raízes aromáticas,madeiras, salsaparrilha, tinta de urucum, óleo decopaíba e outros. Esses produtos recebiam onome de drogas do sertão e eram consideradosespeciarias na Europa, alcançando excelentespreços nesse período.Os colonizadores, controladores da mão-de-obra indígena, os colonos e os jesuítasorganizavam expedições para coletar taisprodutos de grande valor comercial na Europa.Dezenas de canoas, impulsionadas a remo porcentenas de índios, dirigiam-se todos os anosaté as florestas para coletar as drogas.O povoamento da Amazônia ocorre durante osséculos XVII e XVIII, quando os portuguesesdeslocam-se para certas regiões com afinalidade de afastar os concorrentes ingleses,holandeses e franceses que se apoderavam das“drogas do sertão”. Deste povoamento dedefesa surgiram Belém do Pará, Macapá, noextremo norte, e Manaus, na confluência dosrios Negro e Amazonas. São núcleosfortificados, aos quais se vão reunindoaldeamentos indígenas e colonos que tentampor em prática as diretrizes do governo deLisboa, que visava passar da coleta ao cultivodas drogas do sertão, e apossar-se, assim,efetivamente dessa área.

Exercício

01. (FGV) No período colonial, a rendadas exportações do açúcar:

a) raramente ocupou lugar de destaque napauta das exportações, pelo menos atéa chegada da família real ao Brasil;

b) ocupou posição de importânciamediana, ao lado do fumo, na pauta dasexportações brasileiras, de acordo comos registros comerciais;

c) mesmo no auge da exportação do ouro,sempre ocupou o primeiro lugar,continuando a ser o produto maisimportante;

d) ocupou posição relevante apenasdurante dois decênios, ao lado deoutros produtos, tais como a borracha, omate e alguns derivados da pecuária;

e) nunca ocupou o primeiro lugar, sendoque mesmo no auge da mineração, oaçúcar foi um produto de importânciaapenas relativa.

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DesafioHistórico

01. (APROVAR) A exploração do pau-brasil:a) era monopólio real;b) estava baseado no trabalho

compulsório dos indígenas;c) marcou o início da colonização

brasileira;d) utilizava a prática do escambo por

meio do trabalho livre com os índios;e) implicava a utilização da mão-de-obra

escrava no corte e transporte damadeira.

02. (FGV) Quais as característicasdominantes da economia colonialbrasileira:a) propriedade latifundiária, trabalho

indígena assalariado e produção demonocultura;

b) produção diversificada, exportação dematérias-primas e trabalho servil;

c) monopólio comercial, latifúndio etrabalho escravo;

d) monocultura de exportação,minifúndio e trabalho servil;

e) propriedade minifundiária, colôniasagrícolas e trabalho escravo.

03. (MACKENZIE) “A árvore de pau-brasil era frondosa, com folhas deum verde acinzentado quasemetálico e belas flores amarelas.Havia exemplares extraordinários,tão grossos que três homens nãopoderiam abraçá-los. O troncovermelho ferruginoso chegava a ter,algumas vezes, 30 metros (...)”Eduardo Bueno, Náufragos,Degredados e Traficantes.Em 1550, segundo o pastor francêsJean de Lery, em um único depósitohavia cem mil toras. Sobre essariqueza nesse período da História doBrasil podemos afirmar. a) O extrativismo foi rigidamente

controlado para evitar o esgotamentoda madeira.

b) Provocou intenso povoamento ecolonização, já que demandava muitamão-de-obra.

c) Explorado com mão-de-obra indígena,por meio do escambo, gerou feitoriasao longo da costa; seu intensoextrativismo levou ao esgotamento damadeira.

d) O litoral brasileiro não era ainda alvode traficantes e corsários franceses ede outras nacionalidades, já que amadeira não tinha valor comercial.

e) Os choques violentos com as tribosforam inevitáveis, já que osportugueses arrendatáriosescravizaram as tribos litorâneas paraa exploração do pau-brasil.

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As expedições quinhentistas

A Amazônia pertencia à Espanha desde oTratado de Tordesilhas de 1494. A porçãooriental, da região de Belém pertencia a Portugal.Em janeiro de 1500, Vicente Yañes Pinzonchegou, pelo Atlântico, a Belém e batizou o riode Santa Maria de la Mar Dulce. Em 1538,Alonso de Mercadillo tentou navegar o rioAmazonas. Partiu de Huánuco do Peru, mas nãoconseguiu atingir seus objetivos, chegou apenasaté o rio Marañon.

I. A Expedição de Gonzalo Pizarro e deFrancisco de Orellana (1541–1542)

a) As causas – Buscavam o El Dorado e o Paísda Canela.

b) A Odisséia – A Expedição partiu de Quito, noEquador, sob o domínio de Gonzalo Pizarro, echegou até o rio Napo. A falta de mantimentospropiciou a mudança no comando da expedi-ção. Orellana assumiu-o. O relator da expedi-ção foi frei Gaspar de Carvajal. A expediçãonavegou o Alto Amazonas onde encontrouvárias províncias indígenas Cambebas, Iurimá-guas, Aisuari. No encontro das águas, batizouo rio Negro. Um pouco mais abaixo, entrouem contato com os temidos manáos; no BaixoAmazonas, o padre relatou a presença daslendárias amazonas.

Fig. 01. Mapa da expedição de Orellana, 1541–42.

II. A Expedição de Pedro de Ursua e Lopo deAguirre (1560–1561)

a) As Causas – encontrar as províncias das esme-raldas, o País de Rupa-Rupa e o El Dorado

b)A Jornada – Partiu de Iquito (Peru) sob ocomando de Pedro de Ursua, em 1560, com370 soldados, muita bebida e mulheres. Osrelatores da Expedição foram FranciscoVazques, capitão Altamirano, Pedraria deAlmesto, Gonzalo de Monguia e Gonzalo deZuñiga. Essa expedição confirmou o relatodeixado por Frei Gaspar de Carvajal. Aexpedição foi marcada por conflitos políticos,assassinatos e doenças como a malária, quematou vários membros da expedição.

III. União Ibérica (1580–1640)

Em 1580, instalou-se uma crise sucssória emPortugal. Em 1578, o rei Dom Sebastião Imorrera na batalha de Acácer-Quibir contra osmouros, no norte da África, não deixndoherdeiros. Assumira o trono português, comoregente, o cardeal Dom Henrique, seu tio-avô,que morreu em 1580. Extinguia-se com ele adinastia de Aviz. O trono foi anexado por Filipe

II, rei da Espanha (1556–1598), que recebeu otitulo de Filipe I de Portugal. Para assegurar osdomínios e a administração da colôniaportuguesa na mãos dos portugueses, Filipe IIassinou o Juramento de Tomar (1581).a) Os portugueses na Amazônia – Os

franceses, os ingleses e os holandeseshaviam-se instalado na Amazônia no início doséculo XVII, com a finalidade de explorá-laeconomicamente. As tropas de Alexandre deMoura, português, expulsou os franceses doMaranhão. Francisco Caldeira Castelo Brancofundou, em 1616, o forte do Presépio deBelém, com o objetivo de manter a possessãosetentrional para Portugal. Durante esseperíodo, a Amazônia representava um quartel-general com interesse geopolítico.

b)A expedição de Pedro Teixeira (1637–1639)– A finalidade era conquistar o oesteamazônico para Portugal.Os relatores da expedição foram Alonso deRojas e Cristóbal de Acuña. A expedição partiude Cametá, em julho, sob o comando dePedro Teixeira e chegou a Quito, no Equador,depois de 12 meses.

IV. Administração colonial

a) O Estado do Maranhão foi criado por FilipeIII, da Espanha, em 1621, com capital em SãoLuís e ligado diretamente a Lisboa. Incluíavarias regiões: o Ceará, o Maranhão, o Grão-Pará, o Gurupá, e as Capitanias de Caeté, deCametá, de Tapuitapera, de Marajó, do Cabodo Norte e do Xingu. Em 1652, o Estado doMaranhão foi extinto e reconstituído em 1654,com a denominação de Estado do Marnhão eGrão-Pará.

b) O Estado do Grão Pará e Maranhão, criadoem 1651, foi desmembrado em 1672, em dois:Maranhão e Rio Negro e Maranhão e Piauí.Essa unidade administrativa foi extinta em1823, quando D. Pedro I anexou a Amazôniaao Brasil.

V. A colonização da Amazônia

a) O Sistema de Capitães de Aldeia (1611) foi aprimeira lei que regulamentava a exploraçãoeconômica da Amazônia, principalmente orecrutamento da mão-de-obra indígena. OCapitão de Aldeia era responsável por escoltaros descimentos, controlar o recrutamento edistribuir a mão-de-obra indígena entre oscolonos e retirar os vinte por cento da coroa.Havia três formas de recrutamento:Descimentos – Os índios eram consideradoslivres e levados para um aldeamento missio-nário para serem catequizados e utilizadoscomo mão-de-obra assalariada. Guerras Justas – Eram feitas contra os índiosque se recusassem a descer livremente ouatacassem os portugueses. Os índiosrecrutados pelas Guerras Justas eramescravizados. Resgates – As tropas de resgates ocorriamcom o objetivo de estabelecer trocas deprodutos portugueses, com as tribos aliadas,por índios capturados em guerras intertribais.Os conflitos entre colonos e missionárioseram constantes; o Pe. Antônio Vieiradefendia que o controle da mão-de-obraindígena deveria estar nas mãos das missões.Em 1655, as missões receberam a primeiraconcessão, que vigorou até 1661. Em 1662,devido aos conflitos com os colonos, osmissionários foram expulsos da Amazônia.

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DesafioHistórico

HistóriaProfessor Francisco MELO de Souza

01. (UFAM) Frei Gaspar de Carvajal, primei-ro cronista da Amazônia (1542), emvárias passagens de seu relato, indicaalgumas cifras populacionais. Fala, porexemplo, que “em uma só aldeiaencontrou comida para alimentar milhomens durante um ano”; escreveutambém que viu “grandíssimas povoa-ções que reúnem 50 mil homens”. Vinteanos mais tarde, outros cronistasconfirmaram, de certa forma, asafirmações de Carvajal. Esses cronistassão:a) Francisco Vasquez e Capitão Altamirano.b) Os irmãos leigos Brieva e Toledo.c) Cristóbal de Acuña e Alonso de Rojas.d) Pedraria de Almesto e Maurício de

Heriarte.e) Jiménez de la Espanha e Laureano de Ia

Cruz.

Caiu no vestibular

(UEA–2006) “A distância enorme entre oAmazonas e os principais centros depovoamento portugueses explica-nos, decerta forma, o abandono a que se viurelegada a região, durante toda aprimeira centúria após a descoberta.”(Mendes Jr., Roncari, Maranhão)Assinale a afirmativa errada a respeitoda conquista da Amazônia no períodocolonial brasileiro.a) Além de portugueses, também irlande-

ses, ingleses, espanhóis e holandesesinteressavam-se pela região, uns estabe-lecendo feitorias, outros tentando oplantio de urucum.

b) Na busca de escravos, presadores portu-gueses pagavam com bebida alcoólica emesmo com armas a grupos aliados paraajudar a capturar outros índios.

c) As apologias que se fazem aos bandeiran-tes e desbravadores nem sempre levamem consideração a brutalidade com queescravizavam e assassinavam populaçõesindígenas.

d) As ordens religiosas estabelecidas noVale Amazônico, fossem de jesuítas,capuchinhos, mercedários, beneditinos emesmo franciscanos serviram-se decatequese explorando o trabalhoindígena na coleta das drogas do sertão.

e) Dentre todos os colonizadores, somenteos jesuítas não se serviram de nenhumaforma de trabalho indígena, praticandoexclusivamente a catequese.

Comentário: Havia dois tipos de colonos naAmazônia durante o período colonial, os leigos eos missionários. Portanto todos os colonos,leigos e missionários, utilizavam-se da mão-de-obra indígena. Nesse sentido, a alternativa e é aerrada.

Page 5: Apostila Aprovar Ano04 Fascículo05 Hist Geo

Fig. 02. Francisco Requenta y Herrera. MissãoJesuíta espanhola de san Joaquim de Omáguas, noalto amazonas peruano.

A Revolta de Beckman – Ocorreu após acoroa dar a segunda concessão administrativa,em 1680, aos missionários. A proposta dosmissionários jesuítas era substituir a mão-de-obra indígena pela negra. Para introduzirnegros na Amazônia e promover essa substi-tuição, foi criada a Companhia de Comércio doMaranhão e Grão-Pará. Os negros quechegaram à Amazônia via Companhia deComércio não eram suficientes e muito onerosopara atender às necessidades dos colonos. Poroutro lado, os recrutamentos continuaramsendo feitos, mas os missionários monopoli-zavam a mão-de-obra adquirida. Os fazendei-ros do Maranhão, sob a liderança de ManuelBeckman, expulsaram os jesuítas da Amazônia.

Fig.03. A presença de negros na Amazônia durantea revolta de Beckman.

b)O regimento das Missões (1686). Asegunda lei de regulamentação dacolonização da Amazônia, criada pela coroaportuguesa, garantiu o controle absoluto dasaldeias aos missionários. Cabia aosmissionários o controle do recrutamento e adistribuição da mão-de-obra indígena, acobrança de impostos e o repasse para acoroa bem como a determinação da justiça.

Fig. 04. O Pe. Antônio Vieira.

O Alvará Régio, de 1688, autorizava aescravização dos índios resgatados.

c) Os tratados de fronteiras na Amazônia

1. Tratado de Tordesilhas (Espanha e Portugal)foi desrespeitado no período da União Ibéricapelos movimentos bandeirantes.

2. Ocorreram dois tratados de fronteiras com aFrança, 1713 e 1715, chamados de Tratadosde Utrcht.

3. O tratado de Madri (1750), foi firmado entrePortugal e Espanha para estabelecer as áreapertencentes a essas nações na Amazônia. Oponto de partida dos funcionários das duas

coroas para elaborar as áreas de fronteiras foi

Mariuá. Mariuá foi urbanizada como

conseqüência dessa ação demarcadora no

governo de Francisco Xavier de Mendonça

Furtado, no período pombalino.

As demarcações dos limites territoriais

fracassaram; foram anuladas pelo Tratado de

El Pardo, em 1761.

4. Tratado de Santo Ildefonso (1777) – Tinha por

finalidade reeditar as fronteiras delimitas pelo

Tratado de Madri (1750).

d)A Viagem Filosófica do Rio Negro (1783–

1792) – A expedição científica de Alexandre

Rodrigues Ferreira chegou a Belém em 1.° de

setembro de 1783. Depois, a expedição partiu

para a Ilha de Marajó, em setembro de 1784 e

de lá partiu para a Capitania de São José do

Rio Negro, onde permaneceu por dois anos.

Nesse período, explorou cientificamente o

Uapés, o Içana, o Araçá, o Demi, O Ixié, o

Cauaburis e o rio Branco. A expedição também

subiu o rio Madeira e explorou o Guaporé até o

Mato Grosso. Em fins de 1792, regressou a

Belém, depois rumou para Lisboa. A obra

elaborada nessa expedição reúne dados sobre

geografia, história, botânica, zoologia,

etnografia e geologia.

Em 1997, pela primeira vez uma parte do

acervo etnográfico coletado por Alexandre

Rodrigues Ferreira, durante sua viagem

Filosófica, foi mostrada aos brasileiros por

meio da exposição Memórias da Amazônia:

expressões de identidade e afirmação étnica,

realizada em Manaus, a partir de um convênio

assinado entre a Universidade Federal do

Amazonas, a Universidade do Porto e a

Universidade de Coimbra.

e)O diretório Pombalino (1750-1777) – Com a

ascensão de D. José I ao trono de Portugal,

Sebastião José de Carvalho e Melo, o futro

Marquês de Pombal, foi nomeado ministro

das relações exteriores de Portugal e

administrador das colônias portuguesas. As

Principais medidas pombalinas para a

Amazônia foram: autorização do casamento

entre brancos e índios; extinção do

Regimento das Missões e expulsão dos

jesuítas da Amazônia; garantiu direito a

cidadania aos indígenas e; propiciou

mudanças administrativas – dividiu a Província

em duas Capitanias; criou a Companhia de

Comércio do Grão-Pará e Maranhão;

transformou os aldeamentos em Lugar, Vila e

Cidade e nomeou o irmão Francisco Xavier de

Mendonça Furtado como governador da

Amazônia.

Fig. 05. Marquês de Pombal.

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DesafioHistórico

01. (UTAM) Durante a famosa expedição dePedro Teixeira (1637–1639), o freiCristóbal de Acuña produziu um dosmais completos relatórios sobre aAmazônia do período colonial: “O NovoDescobrimento do rio Amazonas”.Qual das alternativas abaixo melhor •corresponde à situação política daAmazônia na época dessa viagem:

a) Passa a ser objeto de cobiça de outrasnações européias devido à imediatapublicação, pela Coroa portuguesa, dacrônica da Expedição de Pedro Teixeira.

b) Torna-se, de direito, um domínio daCoroa portuguesa, com a tomada deposse por Pedro Teixeira.

c) Era parte integrante do Estado doMaranhão, criado em 1621, pelo Governo-Geral da União Ibérica (1580–1640).

d) Estava subordinada ao Governo Geral doBrasil, mas administrada diretamente porLisboa.

e) Sofria intervenções simultâneas dosmonarcas ibéricos D. João IV, de Portugale Filipe II, da Espanha.

02. (UEA–2006) A disputa pelo controle daAmazônia envolveu interesses econômi-cos, estratégicos, preconceitos, inclusivede espanhóis e portugueses quesupunham, desde o século XVI, terdireito à soberania sobre a região. Arespeito do processo de conquista eocupação européia da Amazônia,assinale a alternativa incorreta

a) A crença nas amazonas, as mulheresguerreiras, difundida desde o século XVI,diz respeito à transposição de referênciasde Homero à Guerra de Tróia, e não ascaracterísticas de organização social dosindígenas amazônicos.

b) A lenda do Eldorado associa-se naperspectiva mentalista européia e pareciaconfirmar-se em algumas conquistas,como a do México e a do Peru.

c) Os suportes econômicos portugueses naRegião Amazônica foram as tentativas deintrodução de culturas orientais paraexportação, de extração de drogas dosertão e a captura de indígena paraescravizar.

d) No século XVII, diversas missõesreligiosas instaladas no Vale Amazônicopraticaram a catequese e exploraram otrabalho indígena na coleta de essênciasaromáticas, corantes medicinais ealimentos.

e) Além de busca de compravação dasfantasias de Sir Walter Raleigh sobre oEldorado e as amazonas, a exploração daselva tinha conotação apenas política,desprezando os aspectos econômicos.

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A população amazonense

Até a década de 1970, o ritmo de crescimentopopulacional da Região Norte era muitopequeno. Devido à sua grande extensão, à faltade meios de comunicação e ao pequenodesenvolvimento economeio, a Região não atraíamigrantes, permanecendo pouco populosa.A partir de então, o quadro começou a se mo-dificar, em razão de vários fatores: descoberta deminérios, instalação de garimpos, derrubada degrandes extensões da floresta para o estabeleci-mento de projetos agropecuários e construçãode estradas de rodagem. Foram importantestambém os incentivos governamentais para opovoamento e a colonização.Observe, no gráfico, o crescimento populacionalda Região Norte nas últimas décadas.

Região Norte: Crescimento da população*

Fonte: IBGE. Censo demográfico 2000 (Sinopsepreliminar). * Em 1990 não houve recenseamento.

O Norte tem 12.900.704 habitantes. Como aextensão territorial da Região é grande, a densi-dade demográfica é de apenas 3,4 habitantespor quilômetro quadrado, a mais baixa do Brasil.A população está distribuída de forma muitoirregular pelo espaço regional. Algumas poucasáreas em Roraima, em Rondônia, no Amapá, noPará, em Tocantins e no Acre apresentam densi-dades demográficas superiores a 25 habitantespor quilômetro quadrado; somente as áreasonde estão situadas as cidades de Belém eManaus ultrapassam os 100 habitantes porquilômetro quadrado.As cidades e os povoados concentram-se àsmargens dos rios, mantendo as característicasiniciais da ocupação do espaço.Somente duas cidades da Região Norte apre-sentam população superior a um milhão dehabitantes. Uma delas é Belém, uma dasmetrópoles regionais brasileiras; a outra éManaus, que deve grande parte de seu recentecrescimento demográfico à Zona Franca aíinstalada.Ao estudar a geografia da Região Norte, umadas maiores transformações observadas, é orápido processo de urbanização ocorrido nosúltimos anos. Até os anos 1970, a maior parteda população morava na zona rural. A partir deentão, a situação inverteu-se. No entanto issonão acontece em todos os estados da Região.Algumas áreas são bastante urbanizadas,

enquanto em outras a maioria da populaçãovive na zona rural.

Um espaço de conflitos.

A construção de grandes rodovias, os projetosde mineração e a expansão da agropecuária naRegião Norte têm sido realizados à custa demuitas lutas, perseguições e mortes de brancose de indígenas.O número de sem-terra na Região é grande etem aumentado ainda mais nos últimos anos.São seringueiros, castanheiros, lavradores,peões de fazendas de pecuária e migrantes deoutras regiões brasileiras que se instalam emáreas desocupadas, aparentemente sem dono,para morar e produzir. Essa ocupação gera umasérie de conflitos, como se verifica no sul e nosudeste do Pará. Esses conflitos ocorrem principalmente nasáreas em que há um grande avanço da pecuáriae da mineração, que não deixam espaço parapequenas propriedades.Também os indígenas da região sofrem com aexpansão agropastoril e mineradora. Embora oBrasil tenha terras indígenas delimitadas naschamadas reservas, que são protegidas por lei,essas terras muitas vezes são invadidas.Um dos exemplos dessa luta pela terra foi o queaconteceu com a tribo dos Yanomami, habitantesde Roraima. Na década de 1980, a reserva dessatribo foi invadida por dezenas de milhares degarimpeiros. Desde então, a populaçãoYanomami sofreu um verdadeiro processo deextermínio, vítima da destruição de seu ambientee de doenças transmitidas pelos invasores.Um dos exemplos dessa luta pela terra foi o queaconteceu com a tribo dos Yanomami, habitantesde Roraima. Na década de 1980, a reserva dessatribo foi invadida por dezenas de milhares degarimpeiro. Desde então, a população Yanomamisofreu um verdadeiro processo de extermínio,vítima da destruição de seu ambiente e dedoenças transmitidas pelos invasores.Como vimos, o Norte constitui a última fronteirade expansão econômica do País, e por isso aindase verificam aí muitos conflitos. Nos últimos anos,porém, têm-se ampliado na Região os meca-nismos de organização de diversas categoriassociais, como seringueiros, produtores rurais eindígenas. Isso sem contar a formação de gruposambientalistas e de defesa dos direitos humanos.É preciso reconhecer que essas iniciativas têmsido respostas à forte intervenção do Estado,que marcou e ainda marca a organização desseespaço regional.

O povoamento

Durante mais de cem anos após a chegada dosportugueses ao Brasil, a Amazônia só era conhe-cido por expedições que para lá se dirigiam paraaprisionar índios ou em busca das drogas dosertão (cacau, canela, baunilha, madeirasaromáticas), que eram vendidas à Europa erendiam algum dinheiro aos exploradores.A ocupação e o povoamento da Amazônia tive-ram início no século XVII, quando o governoportuguês resolveu instalar, junto à foz do rioAmazonas, uma fortificação que deu origem àcidade de Belém. Um pouco mais tarde, foi fundado o núcleo que originou a cidade de Bragança.No século seguinte ocorreram dois tipos deação povoadora: as missões religiosas, quetinham o objetivo de catequizar os índios, e asexpedições militares, organizadas para defendero território.

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Geografia do Brasil

Professor Paulo BRITO

01.

Associando-se as tabelas, está corretoafirmar que:a) o segundo maior colégio eleitoral

brasileiro está mais suscetível à práticasclientelistas devido à baixa escolaridadeda população.

b) os analfabetos funcionais não sãosuscetíveis ao populismo, na Região Sul,porque essa região recebeu imigranteseuropeus:

c) o menor colégio eleitoral do Brasil émenos suscetível à corrupção porque apopulação, cuja escolaridade é maiselevada, controla mais facilmente ospolíticos.

d) o maior colégio eleitoral do país está livredo voto de cabresto porque apresenta amenor taxa de analfabetismo funcional.

e) o desconhecimento dos candidatos, peloeleitor, aliado à alta taxa de analfabe-tismo, inibe o populismo na RegiãoCentro Oeste, área de migração.

02. (UFSM RS) Sobre o contingente dapopulação indígena brasileira a partirdo século XX, pode-se afirmar que:I. se verifica uma tendência de aumento

desse contingente, principalmente emfunção da delimitação de reservasindígenas.

II. Essa população, hoje muito reduzida(menos de 0,5%), está concentrada,principalmente, nas regiões Norte eCentro-Oeste.

III. a superfície total das terras indígenasequivale a um percentual poucosignificativo da área do Brasil.

IV. Ocorre um etnocídio no modo de vida,nos hábitos, nas crenças na língua, natecnologia e nos costumes.

Estão corretas: a) apenas I e II. b) apenas II e III. c) apenas I e IV. d) apenas III e IV. e) I, II, III e IV.

03. (UTAM) O que significa a expressão“Investimentos Demográficos”?a) Despesas com alimentação, saúde e

educação de menores de idade.b) Métodos anticoncepcionais como

laqueadura ou vasectomia para adiminuição do índice de natalidade oucomo planejamento familiar.

c) Grandes contingentes de pessoas combaixo grau de instrução ocupando o mer-cado de trabalho urbano.

d) Despesas do Estado com educação,aposentadorias, programa de assistênciasocial e saúde da população.

e) Gastos de Estado para o pagamento deaposentadorias e pensões para a popula-ção da terceira idade.

DesafioGeográfico

Page 7: Apostila Aprovar Ano04 Fascículo05 Hist Geo

Somente a partir do fim do século XIX, começoua ocupação do interior da Amazônia com aexploração da borracha.No século XX, centenas de imigrantes japonesesinstalaram-se em núcleos coloniais, principal-mente no Pará, na chamada região Bragantina,entre as cidades de Belém e Bragança. Aífundaram uma colônia agrícola (Tomé-Açu) eintroduziram a agricultura comercial de pimenta-do-reino.Outros grupos de japoneses fixaram-se noAmapá e no médio curso do Amazonas, ondese dedicaram à plantação de juta.

A borracha e o povoamento

A borracha já era conhecida pelos indígenas daAmazônia quando, na primeira metade doséculo XIX, o norte-americano Goodyear criouprocesso de vulcanização, que tomava essematerial mais resistente e elástico. A borrachapassou a ser muito usada na Europa e nosEstados Unidos, o que significou grandeprocura e valorização do produto no mercadomundial.No fim do século XIX, intensificou-se a extraçãodo látex das seringueiras nativas na RegiãoAmazônica.A exploração da borracha é feita de modorudimentar, e, como as seringueiras estão disper-sas pela floresta, a atividade de extração ocupagrandes extensões de terra.O seringal, como é chamada à área de explora-ção das seringueiras, pertence ao seringalista,que controla toda a produção e contrata osseringueiros.A princípio, os seringueiros eram os própriosnativos da região, mas, com o aumento danecessidade de produção, foi preciso atrairmigrantes de outras regiões. O grupo maisnumeroso foi o de nordestinos, que, fugindo daseca, migraram aos milhares para a Amazônia,no fim do século XIX.Os seringueiros nordestinos trabalhavam emcondições muito desfavoráveis. Além dosperigos da floresta e da malária, ainda eramexplorados pelos seringalistas. Ganhavam muitopouco e eram obrigados a consumir roupas,utensílios e alimentos dos armazéns quepertenciam aos próprios seringalistas. Comoesses produtos eram vendidos a preços muitoelevados, o seringalista acabava recebendo devolta o dinheiro gasto com o pagamento dosempregados, que ainda ficavam devendo,acumulando enormes dívidas.A procura internacional pela borracha era tãogrande no fim do século XIX e início do século XXque esse produto passou a ser o segundo emvalor nas exportações brasileiras. Era superadoapenas pelo café, produzido no Sudeste.A exploração da borracha possibilitou o enri-quecimento de um pequeno grupo de pessoas,que se concentraram principalmente em Manaus.Durante alguns anos, o Brasil liderou a produ-ção mundial de borracha. Como o produto eracada vez mais procurado, a Inglaterra decidiufazer grandes plantações de seringueiras emsuas colônias do Oriente. Em poucos anos,essas plantações passaram a produzir mais ecom custos mais reduzidos que os seringais dafloresta Amazônica. A partir de 1913, o Brasilperdeu sua posição de líder mundial naprodução de borracha, e muitos seringais foramabandonados. A Região logo entrou emdecadência.

A integração regional

O espaço rural da Região Norte começou a semodificar a partir dos anos 1960. O fatorprincipal que contribuiu para essa transformaçãofoi o esforço do Governo Federal para integrar oNorte ao Centro-Sul do País. Entre as medidasestabelecidas pelo governo, cabe destacar:• A criação da Superintendência do Desenvolvi-

mento da Amazônia (Sudam), do Banco daAmazônia (Basa) e da Superintendência daZona Franca de Manaus (Suframa).

• O incentivo à concretização de projetos agro-pecuários como forma de expandir a fronteirado país e incentivar a migração para a Região.

• A colonização dirigida por meio de numerososProjetos oficiais do Incra e de projetos privados,política que durou até fins da década de 1970.

• O investimento em infra-estrutura, como aconstrução de grandes rodovias: Transama-zônica, Cuiabá–Porto Velho, Cuiabá–Santarém,Porto Velho–Manaus.

• A implementação de projetos de exploraçãomineral, como o do Grande Carajás, iniciadona década de 1980.

• A instalação de projetos militares que visavamao controle da fronteira norte do País, aidentificação de riquezas minerais e a ocupa-ção do “grande vazio demográfico” da Região.

A maioria das medidas acabou, por nãoconsiderar os interesses da população local,sobretudo a indígena, voltando-se principal-mente pata atender à expansão de atividadeseconômicas e de empresas do Centro-Sul. Comisso, surgiram, na Região, vários conflitossociais, como os que opõem índios, fazendeirose posseiros. Também afloraram conflitos deordem ambiental, já que os objetivos e o modode ocupação variam conforme os diferentesinteresses em jogo: desmatar ou não desmatar,represar ou não os rios, etc.

Exercício

01. (UFSM–RS) A cara do Brasil é feitacom todas as cores. A riquíssimafotografia étnica vem sendo reveladano decorrer do processo histórico queformou nosso povo. Quanto àcomposição étnica da populaçãobrasileira, pode-se afirmar:

I. Em números absolutos, houve umadiminuição da população indígena,desde o descobrimento até hoje,provocada pela morte em conflitose pelas epidemias.

II. Os brancos que compõem a popu-lação brasileira possuem, em suamaioria, origem européia; nesseconjunto, italianos e alemãesformam os grupos mais numerososna formação étnica do Brasil.

III. A população brasileira passa por umprocesso de “embranquecimento”motivado pelos cruzamentos entrebrancos e outras etnias, diminuindoprogressivamente o número denegros e mestiços.

Está(ão) correta(s):a) apenas I;b) apenas II;c) apenas III;d) apenas I e II;e) apenas I e III.

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01. (UTAM) Os municípios de Itacoatiara,Parintins, Iranduba e PresidenteFigueiredo têm como principal baseeconômica, respectivamente:

a) Piscicultura, turismo, reserva de nióbio,avicultura.

b) Pólo madeireiro, pecuária,hortifrutigranjeiro, jazidas de cassiterita.

c) Pólo de construção naval, guaraná,dendê, juta.

d) Garimpos, fruticultura, indústria argilífera,cereais.

e) Juta, banana, castanha, pescado.

02. Criado principalmente no Pará, essetipo de gado apresenta boaspossibilidades de criação na várzeaamazonense, visto que em Parintinsadaptou-se muito bem e, nos últimosanos, vem expandindo para o Centro-Sul do País. Estamos falando dos:

a) ovinos b) suínosc) bovinos d) búfalos e) n.d.a.

03. UTAM) Vale do Javari – RonaldoBarbosa e João Melo:

“Javari, ltuí – Javari, Curuçá – Javari –Bacia dos belos Matis, ltuí”” Berçobrabo dos Mayorum, Curuçá – Sinafeliz dos Kulina; ltacuai – Berço fortedos Marubu, Javari – Cacete demorte”dos Quixitos Kaniwá...”O trecho acima se refere a uma regiãodas terras indígenas na Amazônia queestá:

a) Ao norte do Amazonas, entre Roraima eVenezuela.

b) No sudoeste do Amazonas, entre Acre ePeru.

c) Ao sul da Amazônia, entre Pará Tocantinse Mato Grosso.

d) No sudeste da Amazônia.e) A leste do Amazonas, na fronteira com o

Pará.

04. Quando se estudam as principaisatividades econômicas da população deum estado, país ou região, é muitocomum relacionar o número de pessoasque trabalham na agricultura com onúmero de pessoas que trabalham naindústria. A nomenclatura utilizada paradesignar o conjunto de pessoas quetrabalham, respectivamente, naagricultura e na indústria é:

a) Setor primário e setor secundário.b) Setor primário e setor terciário.c) Setor primário e setor quaternário.d) Setor secundário e setor primário.e) Setor de economia formal e setor de

economia informal.

DesafioGeográfico

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Teorias sobre o crescimento populacional

“O problema do crescimento demográfico hojenão consiste só no fato de que a cada ano existeum acréscimo de quase 80 milhões de pessoasno planeta que consomem recursos. O fatobásico é que povos diferentes produzem padrõesdemográficos diferentes – alguns crescendodepressa, outros estagnados e outros ainda emdeclínio absoluto” (Kennedy, Paul. Preparandopara o século XXI. Rio de Janeiro, Campus, 1993).

Em 12 de outubro de 1999, a populaçãomundial chegou à cifra dos 6 bilhões. Selevarmos em consideração que, no início da EraCristã, esse número atingia pouco mais de 250milhões, isso representa um crescimentofantástico. É verdade que ocorreram ritmosdiferentes de crescimento da população mundialnos últimos dois mil anos. Houve momentos decrescimento mais acelerado e outros decrescimento moderado.

* Estimativa da ONU.Fonte: L'État du Monde 2000. Paris.

Dois momentos foram excepcionalmenteimportantes. O primeiro perdurou entre osséculos XVIII e XIX, e coincidiu com aconsolidação do sistema capitalista deprodução e a Revolução Industrial. O segundocomeçou na segunda metade do século XX eainda está em curso. O certo é que foi obastante para provocar o surgimento de teóricosque se debruçaram sobre o problema epropuseram soluções.

Crescimento populacional nos séculos XVIII eXIX

Nos países que se industrializavam na Europado século XVIII, perceberam-se mudanças noquadro sócioeconômico. O aumento naprodução de alimentos, a migração campo-cidade, a ocorrência de uma revolução médico-

sanitária contribuíram sobremaneira para umaredução dos índices de mortalidade. Como astaxas de natalidade eram altas, o resultado foiuma aceleração do crescimento demográfico.Simultaneamente, os salários eram baixos, ajornada de trabalho era extrema (14 a 16 horaspor dia) e a maioria das pessoas que chegavamdo campo não tinham acesso a moradiasdignas. Esse momento de intensa evoluçãotecnológica e de crescimento econômico foi ummarco de intensa exploração da classe operária.De um lado, a riqueza, concentrada nas mãosde poucos. De outro, a extrema pobreza na qualvivia a maioria da população.Era preciso buscar explicação e solução paraesse dilema. Foi então que Thomas RobertMaltus no livro Enssay on the Principle ofPopulation, publicado em 1798, interessou-sepelas “leis da população”. Ele concluiu que ocrescimento populacional excedia à capacidadeda terra de produzir alimentos. Essa teoriabaseava-se na “lei dos rendimentosdecrescentes”, segundo a qual o ingresso detrabalhadores no processo de produção nãorepresenta um proporcional aumento daprodução de alimentos. Isso aconteceria porquea disponibilidade de terra para o cultivo e acriação permaneceria a mesma.A solução estaria numa “restrição moral” aosnascimentos. “[...] proibir o casamento entrepessoas muito jovens; limitar o número de filhosentre as populações mais pobres; elevar opreço das mercadorias e reduzir os salários, afim de pressionar os mais humildes a ter umaprole mais numerosa”. (MOREIRA, Igor. Oespaço geográfico: Geografia geral e do Brasil.p. 134, São Paulo: Ática, 2002."De outro lado, apontava os controles sociaispositivos como capazes de realizar a redução docrescimento vegetativo. Aumentar a mortalidadepor meio do estímulo às guerras, o retorno dedoenças que dizimariam um número muitogrande da população e da extinção da ajudasocial aos carentes seria, para Malthus, umcaminho seguro para o equilíbrio populacional.Ele admitia "... que as barreiras naturais queimpedem o crescimento da população animalatuavam igualmente nas populações humanas.Assim, a miséria seria uma espécie de vingançada natureza contra os homens que teimavam emse multiplicar" (Garret Hardin, Evolução econtrole da natalidade. p.17.).Apesar de encontrar eco entre certosestudiosos, o malthusianismo foi superado, emrazão de alguns erros e exageros cometidos porMalthus. O tempo mostrou que tanto apopulação quanto a produção de alimentosexperimentaram crescimento completamentediferente do previsto por ele.Em geral, as taxas de crescimento demográficodiminuem com o aumento do nível de vida daspopulações. A agricultura evoluiu e passou aproduzir mais com o desenvolvimentotecnológico. A maior parte das terrasagricultáveis disponíveis no Planeta está nasmãos de poucos. Nos países subdesenvolvidos,os principais produtos exportados são osalimentícios, justamente os que faltam na mesada maioria de suas populações.

Aceleração demográfica nos séculos XX e XXI

Após a Segunda Guerra Mundial, a humanidadeassistiu ao mais espetacular crescimentodemográfico. A população mundial salta de doispara seis bilhões em apenas 50 anos. Muitos

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Geografia Geral

Professor HABDEL

01. (PUC–RIO) A taxa de crescimentopopulacional atual da Rússia énegativa: a população do paísdiminuiu em 286 mil pessoas noprimeiro quadrimestre deste ano. Onúmero de mortes no país é, emmédia, 70% superior ao número denascimentos. A diminuição vemocorrendo desde o desmantelamentoda União Soviética, em 1991.Essa situação é decorrência:a) dos fluxos migratórios em direção à

Europa Ocidental;b) da rigorosa política de governo de

controle da natalidade;c) do aumento da mortalidade na base e

no corpo da pirâmide etária;d) do elevado número de idosos e da baixa

taxa de fecundidade;e) das mudanças ocorridas na economia

do país a partir da desestruturação daUnião Soviética.

02. (PUC–PR) “O governo francês irá pagaruma licença de 750 euros (cerca de R$2.050,00) por mês, durante um ano, afamílias que decidirem ter um terceirofilho, anunciou ontem o primeiro-ministro do país, Dominique de Villepin”.(Folha de S. Paulo, 23.09.2005).A reportagem acima ilustra umapolítica cada vez mais comum entre ospaíses europeus. As alternativas abaixocontêm possíveis causas que motivama adoção de tais medidas, EXCETO:a) as baixas taxas de natalidade de muitos

países europeus;b) as altas taxas de mortalidade européias,

que resultam na diminuição da PEA –população economicamente ativa;

c) a tentativa de evitar que num futuro emmédio prazo a população nativa possatornar-se minoritária diante da populaçãoimigrante – cujas taxas de crescimentovegetativo são bem mais altas;

d) o impacto que a diminuição da mão-de-obra ativa está causando ao sistemaprevidenciário europeu;

e) a difícil tarefa dos dirigentes da UniãoEuropéia em administrar a necessidadede manuntenção de um fluxo controladode movimentos populacionaishorizontais ao mesmo tempo em quetenta reprimir o aumento da xenofobia.

03. São considerados como defensoresde uma política de controle danatalidade e, normalmente,argumentam que uma populaçãoestacionária é mais favorável aodesenvolvimento econômico.Trata-se dos:a) Pessimistas.b) Otimistas.c) Neomalthusianos.d) Progressistas.e) Marxistas.

DesafioGeográfico

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dos avanços tecnológicos na fabricação demedicamentos e tratamentos médico-hospitalares chegaram aos paísessubdesenvolvidos. A agricultura e a pecuáriaforam sendo modernizadas. A industrializaçãopassou a ser um processo de desenvolvimentoque também chegara a muitos desses países.Isso provocou uma marcha da população emdireção às cidades. Nelas, as condições de vidaeram melhores.“Nos países em desenvolvimento, o crescimentodemográfico urbano resulta antes dasmigrações e da expansão geográfica e espacialdas cidades que do crescimento natural(excedentes dos nascimentos sobre os óbitos)de sua população. Mas a fecundidade dasfamílias de imigrantes e de habitantes das áreasabsorvidas pelas cidades freqüentementecontinua sendo, durante uma geração, superiorà das famílias naturais do meio urbano. E, nofim desse período de adaptação, a diminuiçãoda fecundidade costuma ser neutralizada pelaqueda da mortalidade infantil, muito mais rápidanas cidades que no campo”. (AMANI, Mehdi. Aexplosão urbana. O Correio da Unesco. ano 20,n.° 03, março de 1992).Essa aceleração demográfica torna-sepreocupante quando se verifica que a maiorparte dos que nasceram nesse períodoencontram-se no lado pobre da humanidade.Nesse momento, surgem duas correntes depensamento sobre o problema demográfico.Uma delas, a dos neomalthusianos, que éhegemônica, advoga que a causa da pobreza edo subdesenvolvimento é o excessivocrescimento demográfico nos paísessubdesenvolvidos. Essa é a corrente dos querecuperam alguns dos preceitos domalthusianismo. Apontam os pobres dos paísessubdesenvolvidos como os únicos culpadospela sua própria pobreza. Como solução,defendem o controle da natalidade,responsabilidade que conferem aos Estados.Acreditam que agindo assim diminuiriam apressão sobre recursos naturais(ecomalthusianos) e pelos parcos recursosfinanceiros disponíveis. Esquecem-se dopassado de exploração colonial. Esquecem, ounão querem admitir, que há desigualdades nasrelações comerciais internacionais. Não vêemque a terra, nesses países, está concentradanas mãos de poucos. Terras que, na maioria dasvezes, quando não produz para a exportação,serve apenas para especulação.Noutra extremidade, estão os reformistas.Acreditam que somente uma melhor distribuiçãoda renda, associada à urbanização das cidades,ao aumento do nível de escolarização daspopulações, à geração de emprego e renda, aoacesso aos tratamentos e medicamentos e amoradias dignas é que fará diminuir ocrescimento demográfico e superar a condiçãode pobreza e subdesenvolvimento. Sãocontrários às teses neomalthusianas, porquetratam os problemas apenas pelasconseqüências e não pelas causas. Para osreformistas, uma população apresenta elevadosíndices de crescimento porque é pobre e não ocontrário.

Exercícios

01. Assinale a alternativa que apresenta omotivo que pode ser considerado

responsável pela redução docrescimento vegetativo nos paísesdesenvolvidos:

a) Um rígido controle de natalidade.b) A distribuição gratuita de pílulas

anticoncepcionais e incentivo às famíliaspara ter menos filhos.

c) As multas aplicadas às famílias commais de três filhos.

d) A melhoria dos padrões de vida dapopulação em geral.

e) A Primeira Revolução Industrial.

02. Urbanização, aumento do nível deescolaridade, principalmente dasmulheres, melhor distribuição da rendae planejamento familiar espontâneosão mecanismos que proporcionariama redução das taxas de crescimentovegetativo e a melhoria das condiçõesde vida nos países subdesenvolvidos.Esse ideário relaciona-se:

a) aos neomalthusianos;b) aos reformistas;c) aos anarquistas;d) aos malthusianos;e) aos socialistas.

03. A primeira aceleração do crescimentopopulacional coincide com aconsolidação do sistema capitalista eo advento da Revolução Industrial,durante os séculos XVIII e XIX. Nospaíses que se industrializavam, aprodução de alimentos aumentou, e apopulação que migrava do campoencontrava na cidade uma situaçãosocioeconômica e sanitária muitomelhor. Assim, a mortalidade se......................1.................e os índices decrescimento populacional se ..............2...........A alternativa que completa correta-mente os espaços 1 e 2 no textoacima é:

a) elevou / elevaramb) elevou / reduziramc) reduziu / elevaramd) acelerou / desaceleroue) estagnou / desaceleraram

04. Observe as seguintes afirmativas:

I. Atribuíam a culpa pela situação demiséria dos países subdesenvolvi-dos as acelerado crescimentopopulacional.

II. Concordavam que a agricultura eracapaz de produzir alimentos paratodos.

III. Defendiam programas rígidos eoficiais de controle da natalidade,em geral rotulados de planejamentofamiliar, com o emprego de diversosmétodos, como as pílulas anticon-cepcionais, a ligadura de trompas, oaborto e a vasectomia.

Estas características podem seratribuídas à teoria demográficadefendida pelos:

a) Malthusianos.b) Neomalthusianos.c) Reformistas.d) Marxistas.e) Anarquistas.

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01. (UFLA) Uma análise recente docomportamento da população mundialtem demonstrado duas evidências: aprimeira é a diminuição da taxa defecundidade global (o número de filhosque uma mulher tem ao longo de suavida); a segunda evidência é aelevação da expectativa de vida dapopulação, o que significa na práticaque as pessoas estão efetivamentevivendo mais no Planeta, e isso valepara as pessoas dos países maispobres (50 para 67 anos), dos paísesmais ricos (76 para 86 anos) e dospaíses menos desenvolvidos (63 para73 anos).

Em termos populacionais, a relaçãoentre as evidências: elevação daexpectativa de vida e redução dosníveis de fertilidade gera:

a) o aumento do número de idosos;b) a diminuição das taxas de natalidade;c) o aumento das taxas de mortalidade

infantil;d) o aumento das médias de densidade

demográfica;e) o aumento da base da pirâmide etária.

02. (Unitau) Durante a ConferênciaInternacional sobre a População emDesenvolvimento, realizada na primeiraquinzena de setembro de 1994, noEgito, foi amplamente discutida a maisfamosa teoria sobre população,elaborada no fim do século XVIII, deautoria de:

a) F. Ratzel.b) T. Malthus.c) T. Morus.d) La Blache.e) F. Engels.

03. O crescimento da população é muitomaior do que a capacidade deprodução de alimentos na Terra. Esse éo enunciado básico da doutrina doeconomista e reverendo anglicanoThomas Robert Malthus, que consistenos seguintes princípios:

a) Progressão geométrica da população ebaixa taxa de natalidade.

b) Progressão aritmética da população ebaixa taxa de natalidade.

c) Progressão aritmética da população eprogressão geométrica dos alimentos.

d) Progressão geométrica da população ealta taxa de natalidade.

e) Progressão geométrica da população eprogressão aritmética dos alimentos.

DesafioGeográfico

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Texto

Janela do Amor ImperfeitoThiago de Mello

Alta esquina no céu, tua janelasurge da sombra e a sombra faz dourada.Já não me sinto só defronte dela,me chega doce o fel da madrugada.

Atrás dela te estendes alva e em sonhome levas desamado sem saberque mais amor te invento e que te ponhosobre o corpo um lençol de amanhecer.

Doce é saber que dormes leve e pura,depois da dura e fatigante lidaque a vida já te deu. Mas é doçura

que sabe a sal no mais azul do peitoonde o amor sofre a pena malferidade ser tão grande e ser tão imperfeito.

Perscrutando o texto

01. (FGV/UEA–2006) O verso 5 do textoremete a um momento da literaturaanterior ao Modernismo. Identifique-o.

a) Simbolismob) Arcadismoc) Barrocod) Terceira Geração do Romantismoe) Segunda Geração do Romantismo

02. (FGV/UEA–2006) O texto classifica-secomo:

a) écloga.b) elegia.c) ode.d) soneto.e) poema em prosa.

03. (FGV/UEA–2006) Os versos do poemasão:

a) decassílabos.b) dodecassílabos.c) em redondilha maior.d) em redondilha menor.e) livres.

04. (FGV/UEA–2006) Para o eu-lírico dopoema, o amor:

a) se realiza plenamente na maturidade.b) só é possível após a morte.c) é carregado de imperfeições e sofrimen-

tos.d) se manifesta no desejo carnal.e) é impossibilitado pela vida dura cotidia-

na.

05. No verso seguinte, pode-se notar?me chega doce o fel da madrugada.

a) hipérbole;b) antítese;c) anacoluto;d) aliteração;e) eufemismo.

06. Na primeira estrofe, as rimas:

a) são todas ricas;b) são todas pobres;c) são ricas e toantes;d) são pobres e soantes;e) são ricas e imperfeitas.

07. Observe o verso seguinte:

Doce é saber que dormes leve e pura

Sobre ela, assinale a afirmativa errada:

a) O adjetivo “doce” é predicativo dosujeito.

b) O sujeito do verbo “ser” é uma oraçãosubordinada reduzida de infinitivo.

c) A partícula “que” é conjunçãosubordinativa integrante.

d) O complemento de “saber” é oracional.e) O período não contém nenhum tipo de

coordenação.

08. No verso 12, a expressão “que sabe asal” significa:

a) que tem a sabedoria do sal;b) que tem a ciência dos que trabalham

com sal;c) que cheira a sal;d) que tem o sabor do sal;e) que não agrada ao paladar.

09. Nos versos seguintes, os monossílabosem destaque têm, respectivamente, afunção sintática de:

Doce é saber que dormes leve e pura,depois da dura e fatigante lidaque a vida já te deu. Mas é doçura

a) objeto direto e objeto indireto;b) objeto indireto e objeto direto;c) sujeito e objeto indireto;d) sujeito e objeto direto;e) objeto direto e adjunto adnominal.

10. Observe a grafia de “malferida” na es-trofe seguinte; assinale a alternativa emque se empregou o vocábulo “mal” emdesacordo com a norma gramatical.

que sabe a sal no mais azul do peitoonde o amor sofre a pena malferidade ser tão grande e ser tão imperfeito.

a) Os bifes malpassados causam-me enjôoimediato.

b) Os ovos estão assim, meio moles,porque foram mal passados pelacozinheira.

c) Não creio que haja remédio para o meumal-estar.

d) Ela procede assim porque foi mal-edu-cada pelos tios-avós.

e) Ela sempre chegava tarde e justificava-se por meio de histórias malcontadas.

11. Observe a grafia de “onde” na estrofeseguinte; assinale a alternativa em quese empregou o vocábulo “onde” emdesacordo com a norma gramatical.

que sabe a sal no mais azul do peitoonde o amor sofre a pena malferidade ser tão grande e ser tão imperfeito.

a) De onde vem tanto amor?b) Donde vem tanto amor?c) Os argumentos onde nos apoiamos têm

respaldo científico.d) Até onde você pretende chegar com

isso?e) Aonde ela voi e onde se esconde ainda

PortuguêsProfessor João BATISTA Gomes

01. Leia o poema seguinte:Doze anos. Doze esquinasnas doze horas do dia,até que a noite vaziao engula em suas neblinas.Pelas ruas da cidadede caixa verde na mão,inaugura a mocidadeajoelhado no chão

(O engraxate, Farias deCarvalho, Pássaros de Cinza)

A partícula que (verso 3) é:

a) um pronome;b) uma partícula expletiva;c) uma conjunção adverbial temporal;d) uma conjunção adverbial causal;e) uma conjunção adverbial consecutiva.

Arapuca

02. Assinale a alternativa na qual que tema mesma classificação morfológicaque na frase: “Elas disseram que nãoviriam.”a) Veja o livro que comprei.b) Que conversa é essa?!c) Vocês é que mandam.d) Peço que voltem logo.e) Tudo temos que fazer.

Caiu no vestibular

03. (FGV) Observe os períodos abaixo eescolha a alternativa correta em rela-ção à idéia expressa, respectivamen-te, pelas conjunções ou locuçõesSEM QUE, POR MAIS QUE, COMO,CONQUANTO, PARA QUE.1. Sem que respeites pai e mãe, não

serás feliz.2. Por mais que corresse, não chegou a

tempo.3. Como não tivesse certeza, preferiu não

responder.4. Conquanto a enchente lhe ameaçasse

a vida, Gertrudes negou-se aabandonar a casa.

5. Mandamos colocar grades em todas asjanelas para que as crianças tivessemmais segurança.

a) Condição, concessão, causa,concessão, finalidade.

b) Concessão, causa, concessão,finalidade, condição.

c) Causa, concessão, finalidade,condição, concessão.

d) Condição, finalidade, condição,concessão, causa.

e) Finalidade, condição, concessão,causa, concessão.

DesafioGramatical

Page 11: Apostila Aprovar Ano04 Fascículo05 Hist Geo

é um mistério.

QUE = CONJUNÇÃO

1. QUE = CONJUNÇÃO COORDENATIVA

a) Que = coordenativa aditiva

O que conjunção coordenativa aditivaaparecerá sempre entre duas formas ver-bais de idêntico valor, correspondendo aoconectivo e.

Exemplos:

1. Reclama que reclama, mas não tomanenhuma atitude séria.

2. A mim que não a ti cabe intervir na em-presa.

b) Que = coordenativa explicativa

O que conjunção coordenativa explicativapode ser substituído por pois ou porque(também conjunções coordenativas expli-cativas).

Exemplos:

1. Levante-se, que o sol já vai alto.2. Apressemos o passo, que a noite já vai

chegar.

c) Que = coordenativa adversativa

O que conjunção coordenativaadversativa corresponde a mas, porém.

Exemplos:

1. Outros livros, que não estes aqui, po-deriam ajudá-los na prova de vestibular.

2. Preciso de dinheiro, que não essaquantia exagerada.

2. QUE = CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA

a) Que = subordinativa integrante

O que conjunção subordinativa integranteestará sempre iniciando uma oraçãosubordinada substantiva, a qual vaiexercer, em relação à oração anterior, umadas funções do substantivo (sujeito,predicativo do sujeito, objeto direto,objeto indireto, complemento nominal eaposto).

Exemplos:

1. Foi preciso que a polícia interviesse.Sujeito de “Foi preciso”: “que a políciainterviesse”

2. O importante é que façamos tudo commuita cautela.Predicativo do sujeito: “que façamostudo com muita cautela”.

3. Quero que você me perdoe.Objeto direto de quero: “que você meperdoe”.

4. É conveniente esquecer-se de que elajá foi sua esposa.Objeto indireto de esquecer-se: “deque ela já foi sua esposa”.

5. Sempre haverá necessidade de que opovo fiscalize as ações dos políticos.Complemento nominal de necessidade:“de que o povo fiscaliza as ações dospolíticos”.

6. Só desejamos uma coisa: que a novageração seja melhor que a anterior.Aposto de coisa: “que a nova geraçãoseja melhor que a anterior”.

b) Que = subordinativa consecutiva

O que conjunção subordinativa consecu-tiva aparece normalmente nas expressõestão... que, tanto... que, tamanho... que etal... que.

Exemplo:

Tanto perseguiu o sonho que conseguiurealizá-lo.Oração subordinada adverbialconsecutiva: “que conseguiu realizá-lo”.

c) Que = subordinativa comparativa

O que conjunção subordinativa compara-tiva aparece normalmente nas expressõesmais que, menos que. Fora dessas expres-sões, corresponde a do que ou como.

Exemplo:

Antes, ela corria mais que o irmão.Oração subordinada adverbial compara-tiva: “mais que o irmão (corria)”

d) Que = subordinativa concessiva

O que conjunção subordinativa conces-siva corresponde a embora ou a aindaque, por mais que.

Exemplo:

Boa que seja a moça, ela não é nenhumasanta.Oração subordinada adverbial concessiva:“Boa que seja a moça”.

e) Que = subordinativa temporal

O que conjunção subordinativa temporalcorresponde a logo que, antes que,assim que, depois que, sempre que.

Exemplo:

Convocados que fomos, dirigimo-nos àsala do diretor.

Oração subordinada adverbial temporal:“Convocados que fomos”.

f) Que = subordinativa final

O que conjunção subordinativa finalcorresponde a para que, a fim de que.

Exemplo:

Ganharam o matagal para que ninguémos perturbasse.

Oração subordinada adverbial final: “paraque ninguém os perturbasse”.

g) Que = subordinativa causal

O que conjunção subordinativa causalcorresponde a porque, visto que, já que.

Exemplo:

Desconfiado que era, mandou instalar câ-meras até nos banheiros da residência.

Oração subordinada adverbial causal:“Desconfiado que era”.

h) Que = subordinativa modal

O que conjunção subordinativa modalcorresponde a sem que.

Exemplos:

1. Farás tudo com normalidade sem quedesconfiem de ti.Oração subordinada adverbial modal: “sem que desconfiem de ti”.

2. Sem que percebas, ela irá subtraindo as tuas energias.Oração subordinada adverbial modal: “Sem que percebas”.

11

PLEONASMOS VICIOSOS

Pleonasmo vicioso é a repetição de termossupérfluos, evidentes ou inúteis na frase. É omesmo que repetição redundante, desneces-sária, motivada pela ignorância de quem escre-ve ou fala.

A seguir, uma lista de pleonasmos viciososque devem ser evitados:

Acabamento finalAdiar para o dia seguinteAlmirante da MarinhaAlocução breveAntecipar para antesBonita caligrafiaBrigadeiro da AeronáuticaIntroduzir dentroBrisa matinal da manhãCanja de galinhaConclusão finalConsenso geralConviver juntoCriar novosDar de graçaDecapitar a cabeçaDemente mentalDescer para baixoElo de ligação Encarar de frenteEnfrentar de frenteEntrar dentro (ou para dentro)Erário públicoEstrelas do céuExultar de alegriaFato verídicoFaz muitos anos atrásFraternidade humanaGanhar grátis (ou de graça)General do ExércitoHá muitos anos atrásHábitat naturalHemorragia de sangueHepatite no fígadoLabaredas de fogoLançar novoManter o mesmoMetades iguaisMonopólio exclusivoNovidade inéditaPanorama geralPaíses do mundo Pequenos detalhesPrefeitura MunicipalProtagonista principalRegra geralRelação bilateral entre dois...Repetir de novoSair fora (ou para fora)Sentidos pêsamesSorriso nos lábiosSua própria autobiografiaSubir para cimaSurpresa inesperadaViúva do falecido

Dificuldadesda língua

Page 12: Apostila Aprovar Ano04 Fascículo05 Hist Geo

ACUÑA, Cristóbal de. Informes de jesuítas em el

amazonas: 1660-1684. Iquitos - Peru, 1986.

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VESENTINI, José William - 1950. Geografia Crítica: A

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EXERCÍCIOS (p. 3)01. A02. B

DESAFIO HISTÓRICO (p. 3)01. A 02. E

DESAFIO HISTÓRICO (p. 4)01. E02. A 03. E

DESAFIO HISTÓRICO (p. 5)01. D 02. C 03. D

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 6)01. A 02. E

EXERCÍCIO (p.7)01. C

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 7)01. C 02. B 03. E

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 8)01. B 02. B 03. B

EXERCÍCIOS (p.9)01. D 02. E

DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 9)01. D02. C03. C04. D

DESAFIO GRAMATICAL (p. 10)01. C02. B03. E04. E05. D

Governador

Eduardo Braga

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Este material didático, que será distribuído nos Postos de Atendimento (PAC) na capital e Escolas da Rede Estadual de Ensino, ébase para as aulas transmitidas diariamente (horário de Manaus), de segunda a sábado, nos seguintes meios de comunicação:

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