apostila - aguas subterraneas.pdf

8/16/2019 Apostila - Aguas Subterraneas.pdf

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1. Águas Subterrâneas

Água subterrânea é toda a água que ocorre abaixo da superfície da Terra, preenchendo os poros ou vaios intergranu!ares das rochas

sedi"entares, ou as fraturas, fa!has e fissuras das rochas co"pactas, e que sendo sub"etida a duas for#as $de ades%o e de

gravidade& dese"penha u" pape! essencia! na "anuten#%o da u"idade do so!o, do f!uxo dos rios, !agos e bre'os. (s águas

subterrâneas cu"pre" u"a fase do cic!o hidro!)gico, u"a ve que constitue" u"a parce!a da água precipitada.

(p)s a precipita#%o, parte das águas que atinge o so!o se infi!tra e perco!a no interior do subso!o, durante períodos de te"po

extre"a"ente variáveis, decorrentes de "uitos fatores:

* porosidade do subso!o: a presen#a de argi!a no so!o di"inui sua per"eabi!idade, n%o per"itindo u"a grande infi!tra#%o+

* cobertura vegeta!: u" so!o coberto por vegeta#%o é "ais per"eáve! do que u" so!o des"atado+

* inc!ina#%o do terreno: e" dec!ividades acentuadas a água corre "ais rapida"ente, di"inuindo a possibi!idade de infi!tra#%o+

* tipo de chuva: chuvas intensas satura" rapida"ente o so!o, ao passo que chuvas finas e de"oradas t" "ais te"po para se

infi!trare".

-urante a infi!tra#%o, u"a parce!a da água sob a a#%o da for#a de ades%o ou de capi!aridade fica retida nas regies "ais pr)xi"as da

superfície do so!o, constituindo a ona n%o saturada. utra parce!a, sob a a#%o da gravidade, atinge as onas "ais profundas do

subso!o, constituindo a ona saturada $figura 0.1&.

23456( 0.1. 27T8: 9;(6-37 964&

23456( 0.1 * ;(6(;T863?(@A 8B58CÁT3;( -( ?7( 7A (T56(-( 8 (T56(-( 7 59D

Zona não saturada: ta"bé" cha"ada de ona de aera#%o ou vadosa, é a parte do so!o que está parcia!"ente preenchida porágua. 7esta ona, pequenas quantidades de água distribue"*se unifor"e"ente, sendo que as suas "o!écu!as se adere" Es

superfícies dos gr%os do so!o. 7esta ona ocorre o fenF"eno da transpira#%o pe!as raíes das p!antas, de fi!tra#%o e de

autodepura#%o da água. -entro desta ona encontra*se:

* Zona de umidade do solo: é a parte "ais superficia!, onde a perda de água de ades%o para a at"osfera é intensa. 8" a!guns casos

é "uito grande a quantidade de sais que se precipita" na superfície do so!o ap)s a evapora#%o dessa água, dando orige" a so!os

sa!iniados ou a crostas ferruginosas $!ateríticas&. 8sta ona serve de suporte funda"enta! da bio"assa vegeta! natura! ou cu!tivada

da Terra e da interface at"osfera / !itosfera.

* Zona intermediária: regi%o co"preendida entre a ona de u"idade do so!o e da fran'a capi!ar, co" u"idade "enor do que nesta

G!ti"a e "aior do que a da ona superficia! do so!o. 8" áreas onde o níve! freático está pr)xi"o da superfície, a ona inter"ediária

pode n%o existir, pois a fran'a capi!ar atinge a superfície do so!o. %o bre'os e a!agadi#os, onde há u"a intensa evapora#%o da água

subterrânea.


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endo assi", a co"posi#%o quí"ica da água subterrânea é o resu!tado co"binado da co"posi#%o da água que adentra o so!o e da

evo!u#%o quí"ica inf!uenciada direta"ente pe!as !ito!ogias atravessadas, sendo que o teor de substâncias disso!vidas nas águas

subterrâneas vai au"entando E "edida que prossegue no seu "ovi"ento $C(, 0==J&.

(s águas subterrâneas apresenta" a!gu"as propriedades que torna" o seu uso "ais vanta'oso e" re!a#%o ao das águas dos rios: s%o

fi!tradas e purificadas natura!"ente através da perco!a#%o, deter"inando exce!ente qua!idade e dispensando trata"entos prévios+

n%o ocupa" espa#o e" superfície+ sofre" "enor inf!uncia nas varia#es c!i"áticas+ s%o passíveis de extra#%o perto do !oca! de uso+

possue" te"peratura constante+ t" "aior quantidade de reservas+ necessita" de custos "enores co"o fonte de água+ as suas

reservas e capta#es n%o ocupa" área superficia!+ apresenta" grande prote#%o contra agentes po!uidores+ o uso do recurso au"enta

a reserva e "e!hora a qua!idade+ possibi!ita" a i"p!anta#%o de pro'etos de abasteci"ento E "edida da necessidade $Q6848,1MM&.

1.3 Uso das Águas Subterrâneas

egundo Dea! $1MMM&, a exp!ora#%o de água subterrânea está condicionada a fatores quantitativos, qua!itativos e econF"icos:

* Buantidade: inti"a"ente !igada E condutividade hidráu!ica e ao coeficiente de ar"aena"ento dos terrenos. s aquíferos t"

diferentes taxas de recarga, a!guns de!es se recupera" !enta"ente e e" outros a recupera#%o é "ais regu!ar+

* Bua!idade: inf!uenciada pe!a co"posi#%o das rochas e condi#es c!i"áticas e de renova#%o das águas+* 8conF"ico: depende da profundidade do aquífero e das condi#es de bo"bea"ento.

;ontudo, o aproveita"ento das águas subterrâneas data de te"pos antigos e sua evo!u#%o te" aco"panhado a pr)pria evo!u#%o da

hu"anidade, sendo que o seu crescente uso se deve ao "e!hora"ento das técnicas de constru#%o de po#os e dos "étodos de

bo"bea"ento, per"itindo a extra#%o de água e" vo!u"es e profundidades cada ve "aiores e possibi!itando o supri"ento de água a

cidades, indGstrias, pro'etos de irriga#%o, etc.

( re!a#%o, e" ter"os de de"anda quanto ao uso, varia entre os países, e nestes, de regi%o para regi%o, constituindo o

abasteci"ento pGb!ico, de "odo gera!, a "aior de"anda individua! $I6(78, 0==J&.

egundo Dea! $1MMM&, pratica"ente todos os países do "undo, desenvo!vidos ou n%o, uti!ia" água subterrânea para suprir suas

necessidades. Iaíses co"o a (!e"anha, Áustria, 9é!gica, -ina"arca, 2ran#a, == "i! po#os por ano, co" u"a extra#%o de "ais

de 10= bi!hes de "J/ano, atendendo "ais de =U do abasteci"ento pGb!ico e das indGstrias.

7a África do 7orte, ;hina, Xndia, 8stados 5nidos e (rábia audita, cerca de 1N= bi!hes de tone!adas de água s%o retirados por ano e

n%o se renova". 8ssa água daria para produir co"ida suficiente para >O= "i!hes de pessoas por ano $6-63458, 0===&.

( expans%o das terras agríco!as ve" provocando ta"bé" o uso intensivo das águas subterrâneas, a!é" do uso habitua! das fontes

superficiais. 8xiste" diversos exe"p!os no "undo de esgota"ento de aquíferos por sobrexp!ora#%o para uso e" irriga#%o $;8I3,

0===&. (va!ia*se que exista" no "undo 0= "i!hes de hectares irrigados co" água subterrânea, 1J "i!hes desses nos 8stados

5nidos e J1 "i!hes na Xndia $I6(78, 0==J&.

Rários nGc!eos urbanos no 9rasi! abastece"*se de água subterrânea de for"a exc!usiva ou co"p!e"entar, constituindo o recurso "ais


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i"portante de água doce. 3ndGstrias, propriedades rurais, esco!as, hospitais e outros estabe!eci"entos uti!ia", co" freqYncia,

água de po#os profundos. "aior vo!u"e de água ainda é, todavia, destinado ao abasteci"ento pGb!ico. 3"portantes cidades do

país depende" integra! ou parcia!"ente da água subterrânea para abasteci"ento, co"o, por exe"p!o: 6ibeir%o Ireto $I&, Cossor)

e 7ata! $67&, Cacei) $(D&, 6egi%o Cetropo!itana de 6ecife $I8& e 9arreiras $9(&. 7o Caranh%o, "ais de =U das cidades s%o

abastecidas por águas subterrâneas, e e" %o Iau!o e no Iiauí esse percentua! a!can#a O=U. (s águas subterrâneas ter"ais esti"u!a"

o turis"o e" cidades co"o ;a!das 7ovas e" 4oiás, (raxá e Io#os de ;a!das e" Cinas 4erais. (!é" disso, atua!"ente, a água

"inera! é a"p!a"ente usada pe!as popu!a#es dos centros urbanos, por sua qua!idade $CC(, 0==J&. Ces"o e" casos de e!evado teorsa!ino, co"o nas áreas de ocorrncia dos siste"as aquíferos fissurados do se"iárido nordestino, as águas subterrâneas constitue",

n%o raro, a Gnica fonte de supri"ento per"anente $D8(D, 1MMM&.

egundo o ;enso de 0=== $3948, 0==J&, aproxi"ada"ente N1 U da popu!a#%o brasi!eira é abastecida, para fins do"ésticos, co" água

subterrânea, sendo que NU se autoabastece das águas de po#os rasos, 10U de nascentes ou fontes e >JU de po#os profundos.

Iortanto, o nG"ero de po#os tubu!ares e" opera#%o no 9rasi! está esti"ado e" cerca de J==.===, co" u" nG"ero anua! de

perfura#es de aproxi"ada"ente 1=.===, o que pode ser considerado irris)rio diante das necessidades de água potáve! das

popu!a#es e se co"parado co" outros países $CC(, 0==J&. s estados co" "aior nG"ero de po#os perfurados s%o: %o Iau!o

$>=.===&, 9ahia, 6io 4rande do u!, ;eará e Iiauí $D8(D, 1MMM&.

2. !u"#eros

(quífero é u"a for"a#%o geo!)gica do subso!o, constituída por rochas per"eáveis, que ar"aena água e" seus poros ou fraturas.

utro conceito refere*se a aquífero co"o sendo, so"ente, o "ateria! geo!)gico capa de servir de deposit)rio e de trans"issor da

água aí ar"aenada. (ssi", u"a !ito!ogia s) será aquífera se, a!é" de ter seus poros saturados $cheios& de água, per"itir a fáci!

trans"iss%o da água ar"aenada.

5" aquífero pode ter extens%o de poucos qui!F"etros quadrados a "i!hares de qui!F"etros quadrados, ou pode, ta"bé",

apresentar espessuras de poucos "etros a centenas de "etros $6895@( et a!., 0==0&. 8ti"o!ogica"ente, aquífero significa: aqui Z

água+ fero Z transfere+ ou do grego, suporte de água $


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23456( 0.0

27T8: 9;(6-37 964&

23456( 0.0 * T3I -8 aquíferos B5(7T ] I63-(-8

* (quífero poroso ou sedi"entar* é aque!e for"ado por rochas sedi"entares conso!idadas, sedi"entos inconso!idados ou so!os

arenosos, onde a circu!a#%o da água se fa nos poros for"ados entre os gr%os de areia, si!te e argi!a de granu!a#%o variada.

;onstitue" os "ais i"portantes aquíferos, pe!o grande vo!u"e de água que ar"aena", e por sua ocorrncia e" grandes áreas.

8sses aquíferos ocorre" nas bacias sedi"entares e e" todas as váreas onde se acu"u!ara" sedi"entos arenosos. 5"a

particu!aridade desse tipo de aquífero é sua porosidade quase se"pre ho"ogenea"ente distribuída, per"itindo que a água f!ua para

qua!quer dire#%o, e" fun#%o t%o so"ente dos diferenciais de press%o hidrostática a!i existente. 8ssa propriedade é conhecida co"o

isotropia.

* (quífero fraturado ou fissura! * for"ado por rochas ígneas, "eta")rficas ou crista!inas, duras e "aci#as, onde a circu!a#%o da água

se fa nas fraturas, fendas e fa!has, abertas devido ao "ovi"ento tectFnico. 8x.: basa!to, granitos, gabros, fi!es de quarto, etc.

$C(, 0==J&. ( capacidade dessas rochas de acu"u!are" água está re!acionada E quantidade de fraturas, suas aberturas e

interco"unica#%o, per"itindo a infi!tra#%o e f!uxo da água. Io#os perfurados nessas rochas fornece" poucos "etros cGbicos de água

por hora, sendo que a possibi!idade de se ter u" po#o produtivo dependerá, t%o so"ente, desse po#o interceptar fraturas capaes de

conduir a água. 7esses aquíferos, a água s) pode f!uir onde houvere" fraturas, que, quase se"pre, tende" a ter orienta#es

preferenciais. %o ditos, portanto, aquíferos anisotr)picos. 5" caso particu!ar de aquífero fraturado é representado pe!os derra"es

de rochas vu!cânicas basá!ticas, das grandes bacias sedi"entares brasi!eiras.

* (quífero cárstico $Parst&* for"ado e" rochas ca!cárias ou carbonáticas, onde a circu!a#%o da água se fa nas fraturas e outras

descontinuidades $diác!ases& que resu!tara" da disso!u#%o do carbonato pe!a água. 8ssas aberturas pode" atingir grandes di"enses,

criando, nesse caso, verdadeiros rios subterrâneos. %o aquíferos heterogneos, descontínuos, co" águas duras, co" f!uxo e"

canais. (s rochas s%o os ca!cários, do!o"itos e "ár"ores.

Buanto E superfície superior $segundo a press%o da água&, os aquíferos pode" ser de dois tipos $figura 0.J&:


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23456( 0.J

27T8: 9;(6-37 964&, adaptado de 34C $0==1&

23456( 0.J * T3I -8 aquíferos B5(7T ] I68A

27T8: (daptado de 34C $0==1&

* (quífero !ivre ou freático * é aque!e constituído por u"a for"a#%o geo!)gica per"eáve! e superficia!, tota!"ente af!orante e" toda

a sua extens%o, e !i"itado na base por u"a ca"ada i"per"eáve!. ( superfície superior da ona saturada está e" equi!íbrio co" a

press%o at"osférica, co" a qua! se co"unica !ivre"ente. s aquíferos !ivres t" a cha"ada recarga direta. 8" aquíferos !ivres o

níve! da água varia segundo a quantidade de chuva. %o os aquíferos "ais co"uns e "ais exp!orados pe!a popu!a#%o. %o ta"bé" os

que apresenta" "aiores prob!e"as de conta"ina#%o.

*(quífero confinado ou artesiano* é aque!e constituído por u"a for"a#%o geo!)gica per"eáve!, confinada entre duas ca"adas

i"per"eáveis ou se"iper"eáveis. ( press%o da água no topo da ona saturada é "aior do que a press%o at"osférica naque!e ponto,

o que fa co" que a água ascenda no po#o para a!é" da ona aquífera. seu reabasteci"ento ou recarga, através das chuvas, dá*se

preferencia!"ente nos !ocais onde a for"a#%o af!ora E superfície. 7e!es, o níve! da água encontra*se sob press%o, podendo causar

artesianis"o nos po#os que capta" suas águas. s aquíferos confinados t" a cha"ada recarga indireta e quase se"pre est%o e"

!ocais onde ocorre" rochas sedi"entares profundas $bacias sedi"entares&.

aquífero se"iconfinado que é aque!e que se encontra !i"itado na base, no topo, ou e" a"bos, por ca"adas cu'a per"eabi!idade é

"enor do que a do aquífero e" si. f!uxo preferencia! da água se dá ao !ongo da ca"ada aquífera. ecundaria"ente, esse f!uxo se

dá através das ca"adas se"i*confinantes, E "edida que ha'a u"a diferen#a de press%o hidrostática entre a ca"ada aquífera e as

ca"adas sub'acentes ou sobre'acentes. 8" certas circunstâncias, u" aquífero !ivre poderá ser abastecido por água oriunda de

ca"adas se"iconfinadas sub'acentes, ou vice*versa. ?onas de fraturas ou fa!has geo!)gicas poder%o, ta"bé", constituir*se e"

pontos de fuga ou recarga da água da ca"ada confinada.

8" u"a perfura#%o de u" aquífero confinado, a água subirá aci"a do teto do aquífero, devido E press%o exercida pe!o peso das

ca"adas confinantes sobre'acentes. ( a!tura a que a água sobe cha"a*se níve! potencio"étrico e o furo é artesiano. 7u"a

perfura#%o de u" aquífero !ivre, o níve! da água n%o varia porque corresponde ao níve! da água no aquífero, isto é, a água está E

"es"a press%o que a press%o at"osférica. níve! da água é designado ent%o de níve! freático $figura 0.>.&.


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23456( 0.>

27T8: 9;(6-37 964&

23456( 0.> * 68I6887T(@A 8B58CÁT3;( - 7XR8D -8 I68A 7 aquíferos

0.0 Áreas de 6eabasteci"ento e -escarga do aquífero

5" aquífero apresenta u"a reserva per"anente de água e u"a reserva ativa ou regu!adora que s%o continua"ente abastecidas

através da infi!tra#%o da chuva e de outras fontes subterrâneas. (s reservas regu!adoras ou ativas corresponde" ao escoa"ento de

base dos rios.

( área por onde ocorre o abasteci"ento do aquífero é cha"ada ona de recarga, que pode ser direta ou indireta. escoa"ento de

parte da água do aquífero ocorre na ona de descarga $(7(, 0==1&.

?ona de recarga direta: é aque!a onde as águas da chuva se infi!tra" direta"ente no aquífero, através de suas áreas de af!ora"ento

e fissuras de rochas sobre'acentes. endo assi", a recarga se"pre é direta nos aquíferos !ivres, ocorrendo e" toda a superfície

aci"a do !en#o! freático. 7os aquíferos confinados, o reabasteci"ento ocorre preferencia!"ente nos !ocais onde a for"a#%o

portadora de água af!ora E superfície.

?ona de recarga indireta: s%o aque!as onde o reabasteci"ento do aquífero se dá a partir da drenage" $fi!tra#%o vertica!& superficia!

das águas e do f!uxo subterrâneo indireto, ao !ongo do pacote confinante sobre'acente, nas áreas onde a carga potencio"étrica

favorece os f!uxos descendentes.

?ona de descarga: é aque!a por onde as águas e"erge" do siste"a, a!i"entando rios e 'orrando co" press%o por po#os artesianos.

(s "aiores taxas de recarga ocorre" nas regies p!anas, be" arboriadas, e nos aquíferos !ivres. 7as regies de re!evo acidentado,

se" cobertura vegeta!, su'eitas a práticas de uso e ocupa#%o que favorece" as enxurradas, a recarga ocorre "ais !enta"ente e de

"aneira !i"itada $6895@( et a!., 0==0&.

ob condi#es naturais, apenas u"a parce!a dessas reservas regu!adoras é passíve! de exp!ora#%o, constituindo o potencia! ou reserva

exp!otáveD 8" gera!, esta parce!a é ca!cu!ada entre 0SU e S=U das reservas regu!adoras $6895@(, 1MM0 citado e" (7(, 0==1&. 8sse

vo!u"e de exp!ota#%o pode au"entar e" fun#%o das condi#es de ocorrncia e recarga, be" co"o dos "eios técnicos e financeiros

disponíveis, considerando que a so"a das extra#es co" as descargas naturais do aquífero para rios e oceano, n%o pode ser superior

E recarga natura! do aquífero.


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2.3 $un%&es dos a!u"#eros

(!é" de suprir água suficiente para "anter os cursos de águas superficiais estáveis $fun#%o de produ#%o&, os aquíferos ta"bé"

a'uda" a evitar seu transborda"ento, absorvendo o excesso da água da chuva intensa $fun#%o de regu!aria#%o&. 7a Ásia tropica!,

onde a esta#%o quente pode durar até M "eses e onde as chuvas de "on#%o pode" ser bastante intensas, esse dup!o servi#o

hidro!)gico é crucia! $(CI(T,0==1&.

egundo o "es"o autor, os aquíferos ta"bé" proporciona" u"a for"a de ar"aenar água doce se" "uita perda pe!a evapora#%o *outro servi#o particu!ar"ente va!ioso e" regies quentes, propensas E seca, onde essas perdas pode" ser extre"a"ente a!tas. 7a

África, por exe"p!o, e" "édia, u" ter#o da água extraída de reservat)rios todo ano perde*se pe!a evapora#%o. s pântanos,

habitats i"portantes para as aves, peixes e outras for"as de vida si!vestre, nutre"*se, nor"a!"ente, de água subterrânea, onde o

!en#o! freático af!ora E superfície e" rit"o constante. nde há "uita exaust%o de água subterrânea, o resu!tado é, frequente"ente,

!eitos secos de rios e pântanos ressecados.

Iortanto, os aquíferos pode" cu"prir as seguintes fun#es $6895@( et a!., 0==0&:

* 2un#%o de produ#%o: corresponde E sua fun#%o "ais tradiciona! de produ#%o de água para o consu"o hu"ano, industria! ou

irriga#%o.

* 2un#%o de estocage" e regu!aria#%o: uti!ia#%o do aquífero para estocar excedentes de água que ocorre" durante as enchentes

dos rios, correspondentes E capacidade "áxi"a das esta#es de trata"ento durante os períodos de de"anda baixa, ou referentes ao

reuso de ef!uentes do"ésticos e/ ou industriais.

* 2un#%o de fi!tro: corresponde E uti!ia#%o da capacidade fi!trante e de depura#%o biogeoquí"ica do "aci#o natura! per"eáve!.

Iara isso, s%o i"p!antados po#os a distâncias adequadas de rios perenes, !agoas, !agos ou reservat)rios, para extrair água

natura!"ente c!arificada e purificada, reduindo substancia!"ente os custos dos processos convencionais de trata"ento.

* 2un#%o a"bienta!: a hidrogeo!ogia evo!uiu de enfoque natura!ista tradiciona! $década de >=& para hidráu!ico quantitativo até a

década de N=. ( partir daí, desenvo!veu*se a hidroquí"ica, e" ra%o da uti!ia#%o intensa de insu"os quí"icos nas áreas urbanas,

indGstrias e nas atividades agríco!as. 7a década de O= surgiu a necessidade de u"a abordage" "u!tidiscip!inar integrada da

geohidro!ogia a"bienta!.

* 2un#%o transporte: o aquífero é uti!iado co"o u" siste"a de transporte de água entre onas de recarga artificia! ou natura! e

áreas de extra#%o excessiva.

* 2un#%o estratégica: a água contida e" u" aquífero foi acu"u!ada durante "uitos anos ou até sécu!os e é u"a reserva estratégica

para épocas de pouca ou nenhu"a chuva. gerencia"ento integrado das águas superficiais e subterrâneas de áreas "etropo!itanas,

inc!usive "ediante práticas de recarga artificia! co" excedentes da capacidade das esta#es de trata"ento, os quais ocorre"

durante os períodos de "enor consu"o, co" infi!tra#%o de águas p!uviais e esgotos tratados, origina" grandes vo!u"es hídricos.

8sses poder%o ser bo"beados para atender o consu"o essencia! nos picos saonais de de"anda, nos períodos de escasse re!ativa e

e" situa#es de e"ergncia resu!tantes de acidentes naturais, co"o ava!anches, enchentes e outros tipos de acidentes que redue"

a capacidade do siste"a básico de água da "etr)po!e e" quest%o.

* 2un#%o energética: uti!ia#%o de água subterrânea aqueci da pe!o gradiente geoter"a! co"o fonte de energia e!étrica ou ter"a!.

* 2un#%o "antenedora: "anté" o f!uxo de base dos rios $Q6848,1MM&.


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TABELA 2.1 - PROVÍNCIAS HIDROGEOLGICAS E SE!S RESPECTIVOS SISTE"AS AO#Í$EROS

TABELA 2.1 $ONTE% BOSCARDIN BORGHETTI e& '(. )200*+, ''&'o e ""A, 2003$ONTE% A''&'o e Rebo' )1+ e e 4ob5 e "'&o )2002+ 67&'o em ""A )2003+

s siste"as aquíferos brasi!eiros $"apa 0.0& ar"aena" os i"portantes excedentes hídricos, que a!i"enta" u"a das "ais extensas

redes de rios perenes do "undo, co" exce#%o dos rios te"porários, que nasce" nos do"ínios das rochas do e"basa"ento geo!)gico

subaf!orante do se"iárido da regi%o 7ordeste $6895@( et a!., 0==0&, e dese"penha", ainda, i"portante pape! socioeconF"ico,

devido E sua potencia!idade hídrica $CC(,0==J&.

iste"as porosos: for"ados por rochas sedi"entares que ocupa" >0U $J,N "i!hes de K"0& da área tota! do país e co"preende"

cinco províncias hidrogeo!)gicas $bacias sedi"entares&: ("aonas, Iaraná, Iarnaíba*Caranh%o, ;entro*este e ;osteira. (

estrutura#%o geo!)gica, co" a!ternância de ca"adas per"eáveis e i"per"eáveis, assegura !hes condi#%o de artesianis"o. (s 9acias

do Iaraná, ("aonas, Iarnaíba e a ubprovíncia Iotiguar*6ecife destaca"*se pe!a extens%o e potencia!idade $(9(, 0==J&.


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C(I( 0.0

27T8: 9;(6-37 964&, adaptado de CC($0==J&

C(I( 0.0 _ 68I6887T(@A 8B58CÁT3;( - I637;3I(3 aquíferos 96(3D836

2onte: (daptado de CC( $0==J&

* (s Irovíncias ("aonas e Iarnaíba posiciona"*se co"o a segunda e terceira do 9rasi!, respectiva"ente, e" vo!u"e de água

ar"aenado. ( pouca evapora#%o da Irovíncia ("aonas, "otivada pe!a e!evada u"idade do ar e a cobertura f!oresta!, contribui

ta"bé" para u"a "aior absor#%o das águas superficiais pe!as suas rochas.

* ( Irovíncia ;entro*este co"preende as ubprovíncias 3!ha do 9anana!, (!to Lingu, ;hapada dos Iarecis e (!to Iaraguai, !oca!iadas

na regi%o ;entro*este do país, cu'os principais aquíferos s%o o (quidauana, Iarecis e 9otucatu.

* ( Irovíncia ;osteira abrange pratica"ente toda ona costeira do 9rasi!, excetuando*se as por#es dos 8stados do Iaraná, %o Iau!o,

su! do 6io de Vaneiro, norte do Iará, 3!ha de Cara') e sudeste do ("apá. 8ssa província apresenta*se bastante diversifica da, por

abranger várias bacias sedi"entares costeiras, de diferentes constitui#es e idades geo!)gicas. (s suas subprovíncias s%o:

(!agoas/ergipe+ ("apá+ 9arreirinhas+ ;eará/Iiauí+ Ierna"buco+ Iotiguar+ 6ecFncavo+ 6io de Vaneiro e 6io 4rande do u!. s

aquíferos "ais i"portantes s%o os arenitos cretáceos e terciários nas 9acias Iotiguar, (!agoas e ergipe. s siste"as aquíferos -unas

e 9arreiras s%o uti!iados para abasteci"ento hu"ano nos 8stados do ;eará, Iiauí e 6io 4rande do 7orte. aquífero (#u é

intensa"ente exp!otado para atender ao abasteci"ento pGb!ico, industria! e e" pro'etos de irriga#%o $fruticu!tura&, na regi%o de

Cossor) $67&. aquífero 9eberibe é exp!otado na 6egi%o Cetropo!itana do 6ecife, por "eio de 0.=== po#os que atende"

condo"ínios residenciais, hospitais e esco!as.

* ( Irovíncia %o 2rancisco participa desse siste"a co" a parte granu!ar arenítica das 2or"a#es 5rucuia (reado.

* ( 9acia edi"entar do Iaraná `1 constitui, se" dGvida, a "ais i"portante província hidrogeo!)gica do 9rasi!, co" cerca de >SU das

reservas de água subterrânea do territ)rio naciona!, e" fun#%o da sua aptid%o e" ar"aenar e !iberar grandes quantidades de água

e pe!o fato de se encontrar nas proxi"idades das regies re!ativa"ente "ais povoadas e econo"ica"ente "ais desenvo!vidas dopaís, a!é" de possuir o "aior vo!u"e de água doce e" subsuperfície, co" reserva esti"ada de S=.>== K"J de água $"apa 0.J&.

* Doca!iada no centro*!este da ("érica do u!, co" u"a superfície tota! de aproxi"ada"ente 1.N==.=== K"0 é considerada ta"bé"


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a segunda bacia "ais i"portante da ("érica do u!, constituindo*se e" u"a fossa "uito profunda, que a!can#a de N.=== a .=== ",

ao !ongo do seu eixo centra! que se encontra abaixo do 6io Iaraná. 8stá co"posta por u"a i"pressionante sequncia de rochas

sedi"entares, que v%o desde o Ia!eooico até o ;enooico $triássicas *'urássicas * cretáceas& $-8D4(- e (7T^7, 0==0&. ( por#%o

que se encontra e" territ)rio brasi!eiro perfa 1.===.=== K"0 e te" u"a espessura "áxi"a de N.=== ". (s for"a#es pa!eooicas

apresenta" baixa per"eabi!idade e representa" siste"as aquíferos pouco produtivos, n%o sendo "uito satisfat)rios co" respeito E

qua!idade de suas águas. 8ntre os aquíferos pa!eooicos "ais i"portantes encontra"*se os arenitos 2urnas, (quiduana, 3tararé e 6io

9onito. Cuito "ais i"portantes s%o as for"a#es triássicas 'urássicas que se encontra" separadas por u" pacote basá!tico de grandeextens%o !atera!, for"ando u" aquífero de di"enses continentais, o 4uarani, co"posto pe!as 2or"a#es 9otucatu e Iira"boia, e

que constitui u" dos principais siste"as aquíferos da "es"a.

* ( cobertura de basa!tos constitui*se nu" aquífero fraturado * 2or"a#%o erra 4era! $co" "ais de 1.S== " de espessura& * que cobre

o aquífero 4uarani, de for"a a reduir sua área de exposi#%o a apenas 1=U da área tota! de distribui#%o geográfica subsuperficia!. (

sua extens%o origina! esti"ada e" >.===.=== K"0 acha*se reduida a 1.===.=== K"0, af!orando de for"a pratica"ente contínua,

sobre cerca de SNU dessa área, e, no restante, sendo recoberta pe!os sedi"entos dos 4rupos 9auru/;aiuá $o pri"eiro !oca!iado no

8stado de %o Iau!o e o segundo, no 8stado do Iaraná&. ( grande i"portância econF"ica dos basa!tos advé" da reconhecida

ferti!idade dos so!os, base de intensa exp!ora#%o agropecuária característica da regi%o e dos condiciona"entos favoráveis

$topográficos e geotécnicos& a i"p!anta#%o de hidre!étricas. ( sua i"portância hidrogeo!)gica decorre da re!ativa exp!orabi!idade das

suas onas aquíferas pe!os "eios técnicos e financeiros disponíveis. 8" ter"os de potabi!idade, as águas dos basa!tos reve!a" u"aforte tendncia a!ca!ina $p< Z S.S e N.S& e "inera!ia#%o tota! inferior a J== "g/D.

* s 4rupos 9auru/ ;aiuá, arenitos que cobre" cerca de J1S.=== K"0 da 2or"a#%o erra 4era!, apresenta" u"a espessura "édia de

1== ", que cont" água gera!"ente de boa qua!idade. -evido ao baixo custo de capta#%o, esses dois aquíferos s%o intensa"ente

exp!orados. 8" 1MMM 'á existia" "ais de 1N.=== po#os tubu!ares, 0/J dos quais captando o aquífero 9auru $D8(D, 1MMM&, de "odo a

garantir o abasteci"ento do"éstico e parte das de"andas de pequenas indGstrias da regi%o. 8ssa condi#%o advé" do fato de ser u"

siste"a !ivre, !oca! e ocasiona!"ente freático e é sub"etido a u"a abundante recarga. ;ontudo, essa condi#%o fa co" que esse

"anancia! se'a potencia!"ente "uito vu!neráve! aos agentes po!ui dores provenientes das atividades agro industriais, principa!"ente.

(s sequncias arenosas e argi!osas a!ternadas do 4rupo 9auru no 9rasi!, depositadas sobre o pacote de rochas vu!cânicas $basa!tos&

durante o cretáceo superior corresponde" Es 2or"a#es Buebrada Conardes na (rgentina+ (cara[ no Iaraguai e Cercedes*(scencio

no 5ruguai, $(6(V et a3., 1MMM citado por 6895@( et a!., 0==0a&.

* utros i"portantes aquíferos da Irovíncia do Iaraná s%o: Caria!, %o ebasti%o $co" espessura de "ais de J.=== "& e 3!has $0.S==

"&.

iste"as fraturados ou fissurados: ocupa" u"a área de cerca de >,N "i!hes de K"0, correspondente a SJ,OU do territ)rio naciona!.

;o"preende" as Irovíncias


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C(I( 0.J

27T8: 9;(6-37 964&, adaptado de Iau!ipetro$1MO1&

C(I( 0.J _ C(I( 48D^43; 3CID323;(- -( 9(;3( - I(6(7Á2onte: Codificado de Iau!ipetro $1MO1&

2.) *m+actos mbientais sobre os a!u"#eros

"anancia! subterrâneo acha*se re!ativa"ente "e!hor protegido dos agentes de conta"ina#%o que afeta" rapida"ente a qua!idade

das águas dos rios, na "edida e" que ocorre sob u"a ona n%o saturada $aquífero !ivre&, ou está protegido por u"a ca"ada

re!ativa"ente pouco per"eáve! $aquífero confinado& $6895@(, 1MMN&. Ces"o assi", está su'eito a i"pactos a"bientais $;I6C,

0==0&, tais co"o:

* ;onta"ina#%o: a vu!nerabi!idade de u" aquífero refere*se ao seu grau de prote#%o natura! Es possíveis a"ea#as de conta"ina#%o

potencia!, e depende das características !ito!)gicas e hidrogeo!)gicas dos estratos que o separa" da fonte de conta"ina#%o$gera!"ente superficia!&, e dos gradientes hidráu!icos que deter"ina" os f!uxos e o transporte das substâncias conta"inantes

através dos sucessivos estratos e dentro do aquífero $;(D;(47, 0==1&. ( conta"ina#%o ocorre pe!a ocupa#%o inadequada de u"a


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área que n%o considera a sua vu!nerabi!idade, ou se'a, a capacidade do so!o e" degradar as substâncias t)xicas introduidas no

a"biente, principa!"ente na ona de recarga dos aquíferos. ( conta"ina#%o pode se dar por fossas sépticas e negras+ infi!tra#%o de

ef!uentes industriais+ fugas da rede de esgoto e ga!erias de águas p!uviais+ vaa"entos de postos de servi#os+ por aterros sanitários e

!ixes+ uso indevido de ferti!iantes nitrogenados+ dep)sitos de !ixo pr)xi"os dos po#os "a! construídos ou abandonados. 8ntretanto,

a "ais perigosa, é a conta"ina#%o provoca da por produtos quí"icos, que acarreta" danos "uitas vees irreversíveis, causando

enor"es pre'uíos, E "edida que i"possibi!ita o uso das águas subterrâneas e" grandes áreas $C585 - 57(, 0==J&.

* uperexp!ota#%o ou superexp!ora#%o $sobreexp!ota#%o ou sobreexp!ora#%o& de aquíferos: é a extra#%o de água subterrânea queu!trapassa os !i"ites de produ#%o das reservas regu!adoras ou ativas do aquífero, iniciando u" processo de rebaixa"ento do níve!

potencio"étrico que irá provocar danos ao "eio a"biente ou para o pr)prio recurso. Iortanto, a água subterrânea pode ser retirada

de for"a per"anente e e" vo!u"es constantes, por "uitos anos, desde que este'a condicionada a estudos prévios do vo!u"e

ar"aenado no subso!o e das condi#es c!i"áticas e geo!)gicas de reposi#%o $-6C, 0==J&.

(!é" da exaust%o do aquífero, a superexp!ota#%o pode provocar:

* indu#%o de água conta"inada causada pe!o des!oca"ento da p!u"a de po!ui#%o para !ocais do aquífero+

* subsidncia de so!os, definida co"o "ovi"ento para baixo ou afunda"ento do so!o causado pe!a perda de suporte sub'acente,

provocando u"a co"pacta#%o diferenciada do terreno que !eva ao co!apso das constru#es civis+

* avan#o da cunha sa!ina definida co"o o avan#o da água do "ar e" subsuperfície sobre a água doce, sa!iniando o aquífero, e"

áreas !itorâneas $C8D et aD, 1MMN, citado e" ;I6C, 0==0&. e" dGvida, a "aioria dos aquíferos costeiros s%o suscetíveis E intrus%o

sa!ina, que gera!"ente resu!ta da sobreexp!ota#%o e" po#os "uito pr)xi"os do "ar. (!gu"as das cidades que tivera" prob!e"as de

sa!inia#%o de seus po#os s%o, entre outras: Di"a $Ieru&+ anta Carta $;o!o"bia&+ ;oro $Reneue!a&+ 6io 4rande e 7ata! $9rasi!& e Car

de3 I!ata $(rgentina&. 7o caso de 9uenos (ires*Da I!ata, o prob!e"a de sa!inia#%o se deve ao conteGdo de sais de u"a for"a#%o

costeira $-8D4(- e (7T^7, 0==0&. cresci"ento desordenado do nG"ero de po#os te" provocado significativos rebaixa"entos do

níve! de água e prob!e"as de intrus%o sa!ina e" 9oa Riage", no 6ecife $CC(,0==J&.

desenvo!vi"ento de poderosas bo"bas e!étricas e a diese! per"itiu a capacidade de extrair água dos aquíferos co" "aior rapide

do que é substituída pe!a chuva, se" considerar, ainda, que os aquíferos t" diferentes taxas de recarga, a!guns co" recupera#%o

"ais !enta que outros $;8I3, 0===&.

;a!cu!a*se que a extra#%o anua! dos aquíferos é de 1N= bi!hes de "etros cGbicos $1N= tri!hes de !itros& no "undo $IT8D, 1MMM

citado por 96Q7, 0==J&.

8" quase todos os continentes, "uitos dos principais aquíferos est%o sendo exauridos co" u"a rapide "aior do que sua taxa

natura! de recarga. ( "ais severa exaust%o de água subterrânea ocorre na Xndia, ;hina, 8stados 5nidos, 7orte da África e riente

Cédio, causando u" déficit hídrico "undia! de cerca de 0== bi!hes de "etros cGbicos por ano $(CI(T,0==1&.

8xiste" diversos exe"p!os no "undo de esgota"ento de aquíferos por superexp!ota#%o para uso e" irriga#%o. esgota"ento das

águas subterrâneas 'á provocou o afunda"ento dos so!os situados sobre os aquíferos na cidade do Céxico e na ;a!if)rnia, 8stados

5nidos, assi" co"o e" outros países $;8I3, 0===&.

7o 9rasi!, co"o n%o há !egis!a#%o específica que discip!ine o uso das águas subterrâneas e coíba a abertura de novos po#os, essa

franquia de orde" !ega! te" contribuído para prob!e"as de superexp!ota#%o $96Q7, 0==J&. utro fator que está provocando o

co"pro"eti"ento da qua!idade e disponibi!idade hídrica dos aquíferos reside na ocupa#%o inadequada de suas áreas de recarga

$;(R(D;(7T8 e (9(-3(, 1MM0, citado e" ;I6C, 0==0&.

7os 8stados 5nidos, segundo u" estudo da 99; Cundo $0==J&, verificou*se que o "aior aquífero desse país, o ga!!a!a, está

e"pobrecendo a u"a taxa de 10 bi!hes de "J ao ano. ( redu#%o tota! chega a uns J0S bi!hes de "J, u" vo!u"e que igua!a o f!uxo

anua! dos 1O rios do estado do ;o!orado. ga!!a!a se estende do Texas a -aKota do u! e suas águas a!i"enta" u" quinto das terras

irrigadas dos 8stados 5nidos. Cuitos faendeiros nas pradarias a!tas est%o abandonando a agricu!tura irrigada ao se conscientiare"

das consequncias de u" bo"bea"ento excessivo e de que a água n%o é u" recurso inesgotáve!.

( uti!ia#%o de po#os, fontes e vertentes deve ter a orienta#%o de u" profissiona! habi!itado nessa área, de "odo que o seu uso n%o

co"pro"eta o uso futuro desses recursos $se'a por u"a possíve! conta"ina#%o ou a exp!ora#%o de u"a va%o superior E ad"issíve!&,

e ne" exponha a saGde da popu!a#%o abastecida a possíveis doen#as de orige" ou veicu!a#%o hídrica, devido E uti!ia#%o de

"ananciais inadequados ou conta"inados. 8" su"a, a co"patibi!ia#%o do uso dessa i"portante a!ternativa estratégica de

abasteci"ento co" as !eis naturais que governa" a sua ocorrncia e reposi#%o, a!é" de proteger as áreas de recarga de possíveis

conta"ina#es poderá garantir a sua preserva#%o e uso potencia! pe!as gera#es futuras $3DR(, 0==J&. (!é" disso, conhecer a


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disponibi!idade dos siste"as aquíferos e a qua!idade de suas águas é pri"ordia! ao estabe!eci"ento de po!ítica de gest%o das águas

subterrâneas $D8(D, 1MMM&.

`1 1 ( 9acia edi"entar do Iaraná ocorre nos quatro países da área de abrangncia do aquífero 4uarani e é exata"ente onde se

!oca!ia este aquífero.

2onte: Divro aquífero 4uarani de autoria de 7ádia 6ita 9oscardin 9orguetti, Vosé 6oberto 9orghetti e 8rnani 2rancisco da 6osa

2i!ho * website: www.oaquiferoguarani.co".br

apostila - aguas subterraneas.pdf

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