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Cursos de Administração
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
Prof. José Florindo Caon
Pós-graduado em Gestão Empresarial Competitiva e Análise de Negócios, turmas de 1994/1996, INPG/ASSER;
Bacharel em Administração, turma de 1986, ASSER – Associação de Escolas Reunidas de São Carlos – SP;
Professor do Curso de Administração da UNICEP desde janeiro de 1990;
Profissional do setor privado desde 1971.
São Carlos – SP2014
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Curso: Administração Grade: (Agosto/2013)
Disciplina: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
Período: 6º Turno: Diurno/Noturno Carga horária: 40h
Professor: Caon
Ementa da disciplinaNatureza dos sistemas de produção e da administração de materiais. Introdução e conceitos básicos da administração de materiais. Fluxo de materiais e classificação de materiais. Administração de estoques. Armazenagem de materiais. Movimentação de Materiais. Administração de Compras. Distribuição física e transporte. Filosofias e técnicas de produção relacionadas à gestão de materiais: MRP, OPT e Just-in-Time.
Objetivos:Apresentar ao aluno as formas de aquisição e administração dos recursos materiais através da utilização de modelos de estoques, lotes econômicos e estoques de segurança. Capacitar o aluno para tomar decisões relacionadas aos sistemas de gestão de recursos materiais e ativos imobilizados, além de apresentar conceitos atuais sobre logística industrial.
Conteúdo Programático:1.Introdução: conceitos essenciais sobre Adm. de Materiais e Logística Industrial e sua importância aplicada ao ambiente interno e externo das organizações. 2. Aspectos relacionados à normalização e classificação dos materiais e os principais aspectos relacionados à sua aquisição. 3. Gestão de estoques, conceitos, modelos e metodologias pertinentes à gestão de estoques nas organizações. 4. MRP e Just-In-Time aplicados ao gerenciamento integrado das necessidades de materiais de uma organização. 5. Gestão de almoxarifados, recebimento e armazenagem de materiais.. 6. Gestão de transportes, gerenciamento das atividades de suprimento e distribuição física de materiais e produtos acabados. 7. Compras, concorrências e licitações.
Metodologia:1. Aulas expositivas com eventual utilização de recursos audiovisuais.
2. Leituras prévias de textos para discussões em grupo.
3. Exercícios, trabalhos e estudos de caso aplicados em sala.
4. Filmes para fixação de conceitos desenvolvidos ao longo da disciplina.
5. Visitas técnicas dirigidas com elaboração de relatórios individuais.
Critério de avaliação:1. Primeira prova parcial sem consulta com peso 4 (P1).
2. Segunda prova parcial sem consulta com peso 4 (P2).
3. Avaliações dirigidas – trabalhos, exercícios e relatórios individuais com peso 2 (AD’s).
4. Média final = P1 x 0,4 + P2 x 0,4 + (média aritmética AD’s) x 0,2
5. Prova Substitutiva (substituir menor nota P1/P2 ou substituir prova perdida por falta)
Referências bibliográficas:Bibliografia básica:
1. DIAS, M.A.P. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 1996.
2. CORREA, H.; GIANESI, I. Just in time, MRP II e OPT: em enfoque estratégico. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1996.
3. MARTINS, P.G.; ALT, P.R.C. Administração de recursos materiais e patrimoniais. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
4. MOREIA, D.A. Administração da produção e operações. São Paulo: Thomson Learning, 2001.
Bibliografia complementar:
1. CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégia, planejamento e operação. São Paulo: Prentice Hall, 2003ARNOLD, J.R.T. Administração de materiais. São Paulo: Atlas, 1999.
2. VIANA, J.J. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000.
3. BERTAGLIA, P.R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2006.
4. CORRÊA, H.L.; CORRÊA, C.A. Administração de produção e operações: manufatura e serviços – uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2004.
5. MARTINS, P.G.; LAUGENI, F.P. Administração da produção. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
6. TUBINO, D.F. Manual de planejamento e controle da produção. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2000.
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INTRODUÇÃO
Administração de Recursos
Materiais seqüência até o cliente
Patrimoniais operações até a produção
Capital => financeiros
Humanos => R.H. / M.O.
Tecnológicos => T.I. / Engenharias / S.G.I.
Recursos Materiais
Estoques Produtos Produtos Produtos Produtos
Materiais em trânsito processo Acabados Consignação
Mat. Prima Mat. Aux.
Recursos Patrimoniais
Prédios Instalações Máqs. Equip. Facilities
Terrenos
Indl. Adm. Indl. Adm Prod. Aux. Utilidades
Gás Ar Compr.
RECURSOS: “é tudo aquilo que gera ou tem capacidade de gerar riqueza, no sentido econômico do termo”
Recursos Tecnológicos
Produto Processo Informação Gestão
Área de Conhecimento (Know How) / Cultura da Empresa
Adquirido
Desenvolvido
Transmitido
Aplicado
Preservado
Evolução => Ciclo PDCA (Deming)
Planejar / Desenvolver (adquirir) / Controlar / Ação (agir)
Ciclo de renovação e acumulação
Novas idéias e solução de problemas
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Fatores de Produção
Capital Terra ou Natureza Trabalho
(R$) (Materiais / Bens) (M.O.)
Capital => características de liquidez;
Materiais / Bens => capaz de gerar produtos e serviços;
Patrimônio => conjunto de bens, valores, direitos e obrigações que possam ser avaliados;
Patrimônio Líquido => resultado do ATIVO - PASSIVO
Tecnologia de Gestão16% falta (ferramentas)
30% a 60% má distribuição / insegurança / duplicidade (ferramentas)
20% falta de organização (ferramentas)
40% a 80% falta de organização (materiais)
Tecnologia do produto
Metodologia PRP (Production Realization Process)
“O fluxo de uma empresa pode ser representado como um conjunto de entradas, que são processadas gerando um conjunto de saídas, ligados por um processo de realimentação (retroação) ou feedback”
P Produtos
InsumosServiços
Feedback (controle)
retroação
Fases do PRP Por onde começar Desenvolvimento conceitual do Produto Sua integração dentro da Metodologia Aprimorando o Conceito do Produto Fase de Análises (engenharia, desempenho, manufatura e custos) Feedback (Manufatura e testes de protótipos).
Logística - Conceituação
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Processo
“É o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficaz o fluxo e a armazenagem de produtos, bem com, os serviços e informações associado, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atendes aos requisitos do consumidor”. Novaes, 2001
“É o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças ou produtos acabados (e fluxo de informações correlatas) através da organização e de seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presentes e as futuras através do atendimento dos pedidos a um baixo custo”. Christopher, 1992
Logística Integrada é a integração de processos, sistema e organizações para controlar o fluxo de produtos deste o fornecedor até o consumidor final satisfeito, sem desperdícios.
Logística Internacional é o ramo da Logística, cujo objetivo principal é melhorar a importância dos "sistemas logísticos externos" que ligam o fabricante aos seus parceiros da rede industrial, como fornecedores, transportadores e operadores.
Logística Reversa é a área da logística que trata dos aspectos de retornos de produtos , embalagens ou materiais ao seu centro produtivo ou descarte.
O objetivo principal da logística reversa é o de atender aos princípios de sustentabilidade ambiental como o da produção limpa , onde a responsabilidade é do «berço à cova» ou seja, quem produz deve responsabilizar-se também pelo destino final dos produtos gerados, de forma a reduzir o impacto ambiental que eles causam. Assim, as empresas organizam canais reversos, ou seja, de retorno dos materiais seja para conserto ou após o seu ciclo de utilização, para terem a melhor destinação, seja por reparo, reutilização ou reciclagem : 3R . Leite, 2003.
A Logística é responsável pelo planejamento, operação e controle de todo o fluxo de mercadorias e informações, desde a fonte fornecedora até a consumidora, é o atendimento do cliente desde o instante que ele transforma um desejo ou necessidade em realidade.
Missão da LogísticaProduto certo, no local certo, no momento adequado e ao preço justo.
Dimensões da Logística Fluxo => suprimento, transformação, distribuição e serviço ao cliente; Atividades => processo operacional e administrativo de gerenciamento e de
engenharias; Domínio (área de conhecimento) => gestão de fluxo, tomada de decisão,
gestão de recursos e modelo organizacional.
Pontos Básicos de Logística Movimentação do produto => sempre no sentido de produtores primários até
o consumidor final (interno / externo); Movimentação da informação => é sempre bidirecional, começa do cliente
para o produto final, e é repassada ao produtor primário; Tempo => desde a manifestação de desejo de compra até a efetiva entrega
(eficácia); Custo => custo + qualidade passa a ser o diferencial competitivo (avaliação do
que agrega valor ao produto); Nível de serviço => é a percepção do cliente pela qualidade do atendimento.
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CADEIA ESTRATÉGICA DO SISTEMA LOGÍSTICO
Relação entre Cadeia de Suprimentos Típica e Áreas da Logística Empresarial
A importância da Logística no Planejamento Estratégico das Organizações Aumento da produtividade Redução de custos Fidelização de clientes Através de uma melhor distribuição aumento do Marktshare.
O Ambiente da Logística - Globalização da Indústria
Uma empresa Global é mais que uma Multinacional. No negocio Global, os materiais e componentes são adquiridos no mundo inteiro, fabricados no exterior e vendidos em muitos países diferentes, talvez com adequações locais.
Integração Organizacional => Especialistas X Generalistas => Queda das Barreiras Organizacionais.
Necessidades Oportunidades
Informações Produção
Necessidades O que os clientes necessitam? Quando necessitam? De que forma?
Oportunidade O que o mercado quer? Os concorrentes são bons?
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Planejar Comprar Fazer Mover Vender
Fornecedores de Mat. Prima
Fabricantes Componentes
Industrial Principal
Consumidor Final
Atacadistas Distribuidores
Varejistas
Logística de Suprimentos
Logística de DistribuiçãoLogística de Distribuição
Apoio a Manufatura
Teremos vantagens?
Informações Levantar dados, levantar custos Desenvolver fornecedores Desenvolver e ampliar meios de transporte.
Produção Capacidade produtiva Lead Time ou Tempo Crítico Ferramentas (Kanban - Milk Run) Envolvimento das Pessoas
Logística Integrada
Nova Visão da Logística
Fornecedor ClienteFábrica
LogLogíística de Abastecimentostica de Abastecimento LogLogíística Internastica Interna
•• sistemasistema
•• transportetransporte
•• etcetc
•• PCPPCP
•• estoquesestoques
•• etcetc
•• sistemasistema
•• transportetransporte
•• etcetc
LogLogíística de Distribuistica de Distribuiççãoão
Principais Operações dos Centros de Distribuição – CD’s
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Recebimento Espera Estocagem
Logística Reversa
Modais de Transporte - Os modais possuem características mais ou menos adequadas para cada tipo de carga
Modal Tipo de Carga
Dutoviário Altamente eficiente para transportar líquidos ou gasosos por
grandes distâncias. Explo: petróleo, gás e derivados. Os custos de movimentação são baixos e a linha de produtos
atendidos é limitada
Aéreo
Limitados pelas altas taxas de fretes e aos produtos que podem compensar os custos elevados por melhor nível de serviço. Explo: equipamentos eletrônicos, de informática e instrumentos óticos.
Produtos de alto valor específico ou que necessitam de rapidez na entrega.
Hidroviário/marítimo
Produtos de baixo valor específico e não perecíveis. Modal mais lento e com fretes mais baixos. Explo: granéis (areia,
grãos, minérios, etc.)
FerroviárioX
Rodoviário
Em países com alta disponibilidade de transporte ferroviário, existe competição pelos produtos transportados com o modal rodoviário.
O transporte ferroviário por ter frete mais barato, mas com desempenho ligeiramente inferior ao rodoviário, concentra nas cargas de valor específico menor. Explo: produtos químicos, siderúrgicos, etc.
No transporte rodoviário com relação as cargas, ocorre o oposto devido seu melhor desempenho apesar do frete ser mais caro. Exemplo: móveis, bebidas, alimentos, etc.
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Fluxo de Cross-Docking
Expedição
Funções de Apoio
Seleção e Acumulação
Separação de
Pedidos
Planejamento Transporte Armazenagem Fluxo de Informações
ERP – Enterprise Resouce Planning - (Planejamento de recursos empresariais)
MRP – Material Resouce Planning(Planejamento de recursos materiais)
WMS – Warehouse Management System(Sistema de gerenciamento de Almoxarifados)
A Vantagem Competitiva e os três “Cs”Clientes
Busca benefícios a preços aceitáveis
Ativos & utilização
Ativos & utilização
Companhia Concorrente
Diferenciais de Custo
Valor Valor
Centros de Distribuição – CD’sExemplos de Canais de Distribuição
Fábrica Fábrica
CD
Cross-Docking Cross-Docking
Clientes de Grande Porte
Ponto de Venda
Centro de DistribuiçãoCD / Cross-Docking
Pontos de Venda
Pontos de Venda
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Ganhos Obtidos com as novas tecnologias aplicadas à Cadeia Logística
Redução de 50% nos tempos de atendimentos a clientes;
Redução de 50% nos investimentos em estoques existentes no fluxo logístico e na produção;
Redução de 25% nos custos de processamento das transações;
Aumento de 75% na acurácia dos estoques.
Administração de Recursos Materiais
Integração
Fornecedor Secundário
Fornecedor Secundário
Fornecedor Primário
Fornecedor Primário
Cliente Final
Fábrica
Distribuidores
Distribuidores
Transporte
Informação
Dinheiro
Indicadores de Desempenho
Custo
QualidadeDesempenho em
Entregas
Flexibilidade
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Classificação de Materiais Os materiais são insumos, matérias-primas, produtos semi-acabados e acabados que são adquiridos, recebidos e armazenados, para serem utilizados à medida que forem sendo necessários ao processo produtivo.
O que é? É o processo de aglutinação de materiais por características semelhantes.
Por quê classificar? É importante para o êxito da gestão.
Como deve ser? Abrangente;Flexível; ePrática.
Critérios de Classificação de Materiais Quanto ao tipo de demanda (não de estoque e de estoque); Quanto à perecibilidade; Quanto à periculosidade; Quanto à possibilidade de fazer ou comprar; Quanto ao tipo de estocagem; Quanto à dificuldade de aquisição; Quanto ao mercado fornecedor.
Materiais Classificados Como de Estoque Quanto a sua aplicação Improdutivos Materiais de consumo geral. Produtivos Matérias-primas, produtos em processo, produtos acabados, etc., utilizados diretamente na produção.
Quanto ao seu valor de consumo (A, B, C)Materiais de alto valor de consumo. Materiais de médio valor de consumo. Materiais de baixo valor de consumo.
Quanto a sua importância operacional (X, Y, Z)Materiais de aplicação não importante, com possibilidade de uso de similar dentro da empresa. Materiais de importância média, com ou sem similar dentro da empresa. Materiais de importância vital sem similar na empresa.
Quanto a sua criticidade Materiais críticos, estratégicos.
Catalogação, Simplificação, Especificação, Normalização, Padronização
Processos que Levam da Classificação à Codificação
Catalogação Consiste no arrolamento de todos os itens existentes de maneira a não omitir
nenhum deles. A catalogação permite uma apresentação conjunta de todos os itens,
proporcionando uma idéia geral da coleção.
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Simplificação Significa a redução da grande diversidade de itens empregados para uma
mesma finalidade. Existindo mais de um item para o mesmo fim aplica-se a simplificação
escolhendo para uso apenas um. A simplificação favorece a normalização.
Especificação Diz respeito à descrição pormenorizada das características de um material com
a finalidade de identificá-lo de seus similares. Quanto mais detalhada for a especificação, mais informações conter sobre o
item, menos dúvida se terá a respeito de sua composição, características e finalidade.
A especificação correta facilita a compra do item, o entendimento do fornecedor e a inspeção por ocasião do recebimento.
Regras a Serem Obedecidas na Especificação Em regra, a descrição deverá ser sempre no singular; A denominação deverá ater-se ao material especificamente e não a sua forma
ou embalagem, apresentação ou uso; Deve-se, sempre que possível, utilizar denominações básicas para materiais
da mesma natureza; Utilizar abreviaturas devidamente padronizadas.
A Estrutura da Especificação Nome básico; Nome modificador; Características físicas.
Estes três elementos constituem a base da especificação:
Os Elementos Auxiliares ou Complementares da Especificação Unidade metrológica; Medidas; Características de fabricação; Características de operação; Cuidados com relação ao manuseio e armazenagem;
Os Objetivos da Especificação Permitir a identificação do item e facilitar o ato de compra levando o fornecedor
a um entendimento claro daquilo que se deseja adquirir. Descrever tecnicamente a qualidade do material ou serviço a ser adquirido. Trata da forma pela qual o material deve ser utilizado em suas diversas
aplicações. A palavra deriva de “normas”, que são prescrições sobre o uso dos materiais. A
normalização deve ser fruto do consenso entre as partes. É na essência um ato de simplificação.
“É a classe de norma técnica que constitui um conjunto metódico e preciso de preceitos a estabelecer regras para execução de cálculos, projetos, fabricação, obras, serviços ou instalações, prescrever condições mínimas de segurança na execução ou utilização de obras, máquinas ou instalações, recomendar regras para elaboração de outras normas e demais documentos normativos.” (ABNT)
Normalização “É o documento elaborado segundo procedimento e conceitos emanados do
sistema nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, conforme Lei nº 5.966/73, e demais documentos legais dela decorrentes.” (CONMETRO)
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De um modo geral no Brasil as normas visam: a defesa dos interesses nacionais; a racionalização na fabricação ou produção e na troca de bens e serviços, por meio de operações sistemáticas e repetitivas; a proteção dos interesses dos consumidores; a segurança de pessoas e bens; e a uniformidade dos meios de expressão e comunicação.
Os Tipos de Normas Rotinas; Fluxograma; Normas técnicas; Listagem codificada; Norma sobre uso correto; Normas sobre conservação e manutenção; Informações importantes para o pessoal envolvido na gestão, operação e para
os usuários.
Os Níveis de Elaboração ou Aplicação das Normas Nível individual; Nível de empresa; Nível de associação; Nível nacional; Nível regional; Nível Internacional.
A normalização é essencialmente um ato de simplificação;
A normalização é uma atividade social, bem como econômica, e sua promoção deve ser fruto de cooperação mútua de todos os interessados;
A simples publicação de uma norma tem pouco valor, a menos que ela possa ser aplicada; logo, a aplicação pode acarretar sacrifícios de poucos para o benefício de muitos.
Princípios Fundamentais da NormalizaçãoPadronização
É a análise de materiais a fim de permitir seu intercâmbio, possibilitando, assim, redução de variedade e conseqüente economia;
É uma forma de normalização que consiste na redução do número de tipos de produtos ou componentes, dentro de uma faixa definida, ao número que seja adequado para o atendimento das necessidades em vigor em uma ocasião;
“É a classe de norma técnica que constitui um conjunto metódico e preciso de condições a ser satisfeitas, com o objetivo de uniformizar formatos, dimensões, pesos ou outros elementos de construção, materiais, aparelhos, objetos, produtos industriais acabados, ou, ainda, de desenhos e projetos.” (ABNT, na NB-0)
Objetivos da Padronização Diminuir o número de itens no estoque; Simplificação dos materiais; Permitir a compra em grandes lotes; Diminuir o trabalho de compras; Diminuir os custos de estocagem; Reduzir a quantidade de itens estocados; Adquirir materiais com maior rapidez; Evitar a diversificação de materiais da mesma aplicação; Obter maior qualidade e uniformidade. Reduzir o risco de falta de materiais no estoque; Permitir compra em grandes lotes; Reduzir a quantidade de itens no estoque.
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Vantagens da Padronização
Codificação Consiste em ordenar os materiais da empresa segundo um plano metódico e
sistemático, dando a cada um deles determinado conjunto de caracteres. O código serve para identificar cada item, nele contém informações
necessárias e suficientes por meio de números e/ou letras para sua identificação.
Objetivos da Codificação Facilitar a comunicação interna na empresa no que se refere a materiais e
compras; Evitar duplicidade de itens no estoque; Permitir atividades de gestão de estoques e compras; Facilitar a padronização de materiais; e, Facilitar o controle contábil dos estoques.
Características de um Sistema de Codificação Deve ser expansivo e possuir espaço para inserção de novos itens e para
ampliação de determinada classificação. Deve ser preciso, permitir que haja somente um código para cada material. Deve ser conciso, possuir o mínimo possível de dígitos para definição dos
códigos. Deve ser conveniente, ser facilmente compreendido e de fácil aplicação. Deve ser simples e de fácil utilização.
Roteiro para Codificação Grupo – designa a família, o agrupamento de materiais, com numeração de 01
a 99. Classe – identifica os materiais pertencentes à família do grupo, numerando-os
de 01 a 99. Número identificador – qualquer que seja o sistema, há necessidade de
individualizar o material, o que é feito a partir da faixa de 001 a 999, reservada para a numeração correspondente de identificação.
Dígito de controle – para os sistemas mecanizados, é necessária a criação de um dígito de controle para assegurar confiabilidade de identificação pelo programa.
Existem inúmeras maneiras de se codificar materiais as mais comuns são: Código alfabético; Código alfanumérico; Código numérico ou decimal; Código de barras.
Codificação Decimal (00.00.000.X ) Dígito de Controle Número Identificador (Seqüencial dentro
da classe) Classe de Material Grupo de Material
Código de Barras É um processo gráfico de impressão em embalagens de uma série de linhas
verticais paralelas, grossas e finas, que são “lidas” através de um leitor óptico (scanner).
Sua finalidade é fazer com que o dado que o computador precisa para executar determinada tarefa seja alimentado sem a necessidade de digitação por parte de um operador.
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Os principais sistemas de código de barras são o padrão EAN (European Article Numbering) e o padrão UCC (Uniform Code Council).
Código de Barras no Brasil No Brasil, o padrão EAN Internacional foi instituído em 29/11/1984 através do
Decreto nº 90.595 da Presidência da República. A EAN Brasil (GS1 Brasil – nova marca), Associação Brasileira de Automação,
fundada em 8 de novembro de 1983, tem a incumbência, dada pelo Governo Federal, de administrar e disseminar, em todo o território brasileiro, o Código Nacional de Produtos, Sistema EAN.UCC. Foi nomeada pela EAN Internacional, com sede em Bruxelas, Bélgica, como a Organização de Numeração no Brasil.
Vantagens da Utilização do Código de Barras Entrada rápida de dados; Eliminação de erros de transposição de dados; Marcação única de um produto; Eliminação de escrita manual e digitação; Eliminação de procedimentos de etiquetagem; Melhoria de condições de trabalho para operadoras de sistemas; Identificação única de um produto para transações comerciais.
Indiretamente, além da entrada automatizada de dados, a utilização do código barras constitui-se numa ferramenta para integração de base de dados.
Benefícios do Código de Barras para a Indústria Eficiência operacional e logística; Controle de processos, estoque e inventários; Redução de custos operacionais e administrativos; Recebimento / movimentação interna e externa; Informações corretas e em tempo real; Fortalecimento de parcerias; Diferencial competitivo; Padronização nas exportações. Aumento da eficiência no ponto de venda; Eliminação de erros de digitação; Melhoramento da gestão de preços; Gestão de estoque em tempo real; Resposta a mudança rápida de hábitos de consumo; Velocidade na entrada de dados; Redução de custos operacionais e administrativos.
Estrutura do Código de Barras – EAN-13 Código do país (no caso o Brasil) Código Fabricante Identificação Produto
Código de barras é uma representação gráfica de dados que podem ser numéricos ou alfanuméricos
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Outros Tipos e Aplicações do Código de Barras EAN/UCC-14 – voltado à identificação de unidades logísticas; UCC/EAN-128 – incorpora dados como peso, data de produção, validade,
número do lote e outros indicadores, com aplicação no armazenamento, inventário, gestão de estoque e também na distribuição e rastreabilidade.
ESTRUTURA DE CODIFICAÇÃO
Contém até 12 dígitos que são lidos e identificados no banco de dados, contendo: a descrição do produto, o nome do fornecedor, o preço, a quantidade em estoque, dentre outras informações.
7891072210557
3 dígitos (cedidos pela EAN): País (789 – Brasil)
5, 4 ou 3 dígitos (cedidos pela EAN Brasil): Empresa (107)
4, 5 ou 6 dígitos (cedidos pela EAN Brasil): Produto (221055)
1 dígito (obtido pelo cálculo algoritmo): Dígito de controle (7)
Os códigos de barras são representações gráficas de um determinado valor ou uma seqüência de dados informativa.
Os códigos de barras se dividem em dois grupos:
Os códigos de barras numéricos e
Os códigos de barras alfanuméricos.
Sendo os códigos de barras alfanuméricos capazes de representar números, letras e caracteres de função especial.
Os códigos de barras são diferenciados entre si pelas regras de simbologia. Cada simbologia trata como os dados serão codificados e este tratamento inclui:
Precisão: Tratamento simples ou dois a dois.
Regras de caracteres de Start e Stop.
Verificação de paridades.
Cálculo de dígito verificador.
Relação gráfica entre os elementos.
Essa diferenciação dá origem então as principais simbologias de código de barras:
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TIPOS DE CÓDIGOS DE BARRAS
2 de 5 Intercalado: Código de barras numérico, utilizado para diversas finalidades entre elas em formulários bancários e relógio de ponto.
3 de 9: Código de barras alfanumérico, utilizado para diversas finalidades.
128: Código de barras numérico ou alfanumérico, utilizado para diversas finalidades logísticas.
O código 128 se divide em 3 grupos:
128 A e 128 B : Código de barras alfanumérico.
128 C: Código de barras numérico.
EAN 8: Código de barras numérico para identificação de itens comerciais, regido pelo órgão internacional de logística GS1 (antiga EAN).
EAN 13: Código de barras numérico para identificação de itens comerciais, regido pelo órgão internacional de logística GS1 (antiga EAN). Este código é o usualmente utilizado em produtos vendido no varejo como em supermercados.
EAN 14: Código de barras numérico para identificação de artigos comerciais, regido pelo órgão internacional de logística GS1 (antiga EAN). Este código é o usualmente utilizado em fardos e caixas de papelão.
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EAN 128: Código de barras alfanumérico utilizado para troca de dados entre parceiros comerciais, cujas regras são regidas pelo órgão internacional de logística GS1 (antiga EAN).
UPC A: Código de barras numérico para identificação de itens comerciais em produtos do mercado americano.
ISBN: Código de barras numérico para identificação de obras literárias
Bibliografia EAN BRASIL – GS1 Brasil – Revista Automação – Ano XI Nº 105
Abr/Maio/Jun-2005. MARTINS, Petrônio Garcia et ali. Administração de Materiais e Recursos
Patrimoniais. São Paulo: Editora Saraiva, 2003. POZO, Hamilton. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais – Uma
Abordagem Logística. São Paulo: Atlas, 2004. VIANA, João José. Administração de Materiais – Um Enfoque Prático. São
Paulo: Atlas, 2002. www.gs1brasil.org.br
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Cadeia de Suprimentos
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Centro de Distribuição
Pre-Manufatur
a
Materia prima
Componentes
Produção
Depósito de Produtos
Cliente
Fornecedores- Custos- Capacidades
Materia prima
Produção
Produção
Depósito de Produtos
Cliente
Cliente
Plantas:- Capacidades- Custos- BOMs
Distribuição:- Estocagem- Custos
Clientes:- Demandas- Prazos- Expectativas
Família de Produtos / Items / SKU’s
A Cadeia de Suprimentos
1. O que é
“Engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento de um pedido do cliente.” O termo cadeia de suprimentos representa produtos ou suprimento que se deslocam ao longo da seguinte cadeia:
fornecedor fabricante distribuidor varejista clienteestágios da cadeia de suprimentos
A cadeia de suprimentos inclui também: P&D, Marketing, Operações, Distribuição, Transportadores, Finanças e Atendimento.
Exemplo da cadeia de suprimento de um produto com embalagem:Fabricante C. D. Loja Cliente
Loja C.D. Produto
Fabricante Embalagem Fabricante Fornecedor Produto Embalagem Mat. Embalagem
FornecedorMat. Produto
Objetivo da cadeia de Suprimentos Maximizar o valor global gerado (valor gerado é a diferença entre o valor do
produto final para o cliente e o esforço realizado pela cadeia de suprimento para atender o seu pedido).
Lucratividade da Cadeia de Suprimento É o lucro total a ser dividido pelos estágios da cadeia de suprimento
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos Envolve o controle de fluxos entre os estágios da cadeia para maximizar a
lucratividade total.
2. Fases de decisão da cadeia de suprimento
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Depende da freqüência de cada decisão e do período de execução de cada fase.
2.1 Estratégias ou projeto da cadeia de suprimentosDetermina qual será a configuração da cadeia e que processos cada estágio deverá desempenhar.As decisões tomadas nesta fase, são também estratégicas para a empresa, e incluem: local, capacidade de produção e das instalações para armazenagem dos produtos a serem fabricados ou estocados em diversos locais, meios de transporte e tipo de sistema de informação a ser adotado.
2.2 Planejamento da cadeia de suprimentosNesta fase as empresas definem um conjunto de políticas operacionais que lideram as operações de curto prazo e iniciam o planejamento com a previsão de demanda futura em diferentes mercados, que inclui decisões sobre: Quais os mercados que deverão ser supridos, e em quais locais; Geração de estoques; Terceirização da fabricação; Políticas de reabastecimento e estocagem a serem seguidas; Políticas de locais de reservas em caso de incapacidade de atender o pedido; Periodicidade; Dimensão da campanha de marketing.
2.3 Operação da cadeia de suprimentosO objetivo durante a fase operacional é explorar a redução de incerteza em relação a demanda e otimizar o desempenho dentro das restrições estabelecidas pelas fases anteriores, distribuído pedidos individuais para produção / estoque / distribuição.
3. Visão do processo de uma cadeia de suprimentoHá duas maneiras de visualizar os processos realizados na cadeia de suprimentos:
3.1 Visão CíclicaOs processos em uma cadeia de suprimento são divididos em uma série de ciclos, cada um realizado na interface entre dois estágios sucessivos da cadeia.
Ciclos Estágios
Ciclo de pedido do cliente
Cliente 1.Chegada do pedido2.Emissão pedido 3.Atendimento4.Recebimento
Ciclo de reabastecimento
Varejista 1.Acionamento do pedido2.Emissão pedido 3.Atendimento4.Recebimento
Ciclo de fabricação
Distribuidor 1.Chegada do pedido2.Programação Produção3.Fabricação / transporte4.Recebimento
Ciclo de suprimentos
Fabricante 1.Pedido baseado na programação / estocagem
2.Programação Produção3.Fabricação / transporte4.Recebimento
Fornecedor
3.2 Visão push / pull (empurrados / puxados)
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Os processos em uma cadeia de suprimento são divididos em duas categorias:
push => em antecipação aos pedidos dos clientes - demanda prevista, processo especulativo – fabricação – antes da montagem.
Fronteira push / pull
pull => acionados em resposta aos pedidos de cliente – demanda conhecida, processo reativo a demanda – montagem e pós-montagem.
ClienteCiclo do Pedido
do clientePROCESSOSPULL
Chegada do pedido cliente
PROCESSOSPUSH
Ciclo pedido do cliente
Distribuidor
Ciclo de reabastecimento e
fabricação de suprimentos
Ciclo reabastecimento e
fabricaçãoFabricante
Ciclo de suprimentos
Fornecedor
Processos push / pull da cadeia de suprimentos
4. A importância dos fluxos da cadeia de suprimentosExiste uma estreita ligação entre o projeto e o gerenciamento dos fluxos da cadeia de suprimento (produtos, informação e caixa) e o sucesso da cadeia de suprimentos.
“As decisões da cadeia de suprimentos exercem influência crucial no sucesso ou fracasso da empresa”:
21
1. Gestão de EstoquesEstoques são acúmulos de materiais em fases específicas de processos de transformação.
“Não ter em estoque um grama a mais do que a quantidade estritamente necessária estrategicamente”
1.1 Objetivo:
Proporcionar a independência às fases dos processos de transformação entre os quais se encontram. Fases de obtenção e distribuição.
Otimizar o investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios de financiamento, minimizando as necessidades de capital investido.
1.2 Conflitos Departamentais:
Matéria - Prima( Alto - estoque )
DEPTO. DE COMRASDesconto sobre as
quantidades a serem compradas
DEPTO. FINANCEIROCapital investidoPerda Financeira
Matéria - Prima( Alto - estoque )
DEPTO. PRODUÇÃONenhum risco de falta de
material
DEPTO. FINANCEIROMaior custo de
armazenagem e perdas por obsolescência
Matéria - Prima( Alto - estoque )
DEPTO. VENDASEntregas rápidas, boa
imagem, melhores vendas.
DEPTO. FINANCEIROCapital investidoMaior custo de armazenagem
1.3 Função:
Regular as taxas diferentes de suprimento e consumo de um determinado item.
Estoques reguladores: Dólar Commodities Grãos
Estão sempre na relação => oferta e demanda.
Exemplo:
Entrada V(t)
V(t) x t > v(t) x t aumenta o estoqueV(t) x < v(t) x t diminui o estoqueV(t) x = v(t) x t estoque inalterado
Saída v(t)
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Caixa de água
1.4 Políticas de Estoque:
A política de estoques deve ser definida pela administração central da empresa.
Algumas dessas metas, de maneira geral, são as seguintes: Definir metas da empresa quanto ao tempo de entrega dos produtos ao
cliente; Definição do número de depósitos e/ou almoxarifes e da lista de materiais a
serem estocados neles; Definir o nível de flutuação dos estoques para atender uma alta ou baixa nas
vendas; Qual o grau de especulação dos estoques a ser utilizado (comprar
antecipado com preços mais baixos ou comprar uma maior quantidade para obter desconto);
Definição da rotatividade dos estoques.
O principal problema de um dimensionamento de estoques reside na relação entre: Capital investido; Disponibilidade de estoques; Custos incorridos; Consumo ou demanda.
Analisando o problema sobre o enfoque financeiro, o retorno de capital (RC) pode ser escrito da seguinte forma:
RC = Lucro x Venda
Venda Capital
ou seja, RC = rentabilidade das vendas x giro de capital
1.5 Princípios Básicos para o Controle dos Estoques:
Para organizar um setor de controle de estoques, é preciso inicialmente descrever as suas funções principais: Determinar os itens que devem permanecer em estoque; Determinar a periodicidade com que deve ser reabastecido o estoque; Determinar o volume necessário de estoque para um determinado período; Acionar o Departamento de Compras para executar a aquisição de estoque; Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as
necessidades; Controlar os estoques em termos de quantidade e valor e fornecer
informações sobre a posição do estoque; manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estado dos
materiais estocados; Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.
Após determinar estas funções devemos separar os materiais estocados de acordo com as suas características. Os principais tipos de estoques encontrados dentro de uma empresa são: matérias-primas, produtos em processo, produtos acabados e peças de manutenção.
2. Tipos de Estoques
2.1 Estoque de Matéria Prima => são materiais básicos e necessários para produção do produto acabado. Regulam diferentes taxas de suprimentos.(fornecedor => demanda em relação à capacidade, prazo, quantidade, etc.)
2.2 Estoque de Material Semi-acabado ou em Processo => são, em geral, produtos parcialmente acabados e que estão em algum estágio intermediário da
23
produção. Regulam diferentes taxas produção entre duas fases ou equipamentos temporariamente ou não.(operação 10 => fornecedor e operação 20 =>cliente)
NB. Quanto maior for esse tipo de estoque, maiores serão os seus custos.
2.3 Estoque de Produtos Acabados => são formados por itens que já foram produzidos e que estão à disposição para serem utilizados ou vendidos. Regulam diferentes taxas produção no processo produtivo com relação ao suprimento e a demanda de mercado.(adequação dos estoques ao nível de demanda existente)
2.4 Peças de manutenção => peças de manutenção são tão importantes quanto às matérias-primas, pois a interrupção da produção por um equipamento ocioso pode levar ao adiamento de um prazo de entrega ou a perda ocasional da encomenda.
3. Razão para Manutenção dos Estoques
Capacidade Estoque deInformação SegurançaCustos de obtençãoRestrições tecnológicas
Escassez Ramp up de produtoOportunidades
3.1 Impossível ou inviável coordenar o suprimento e a demanda(relação entre suprimento e consumo) Água da chuva => água potável Inflexibilidade do fornecedor => como, por exemplo, fornecer lotes maiores do
que o consumo mensal do processo produtivo. Set up longo => que altera o lote de fabricação Custo de aquisição => quando obrigam a compra de lotes maiores que a
demanda para minimizar o custo de obtenção do material Coordenação informacional => dificuldade de estabelecer informações
precisas entre suprimento e demanda.
3.2 Incertezas de previsões de suprimentos e/ou demandas Carteira de pedidos garante uma previsibilidade futura entre suprimento e
demanda, respeitando a inércia decisória do processo Sem previsibilidade, estoques são necessários para fazer frente às
incertezas, surgindo os estoques de segurança
24
1 - Impossível ou inviável coordenar o suprimento e
a demanda
2 - Incertezas de previsões de suprimentos
e/ou demandas
3 - Especular com os estoques
4 - Preencher o pipeline (canais de distribuição)
Por quê surgem os estoques
?
Greves / incêndios / instabilidade política / etc.
3.3 Especular com os estoques Geração de estoques com a intenção de criação de valor e correspondente
realização de lucro através de especulação com a compra e venda de materiais
Quanto maior a oferta menor é o preço e quanto menor a oferta maior o preço.
3.4 Disponibilidade no canal de distribuição (pipeline inventory) Fluxo contínuo de materiais que garantem o suprimento em relação á demanda
através de centros de distribuições, depósitos, entrepostos, etc. (logística).
4. Previsão de Estoques/Consumo
Previsão de demanda estabelece estimativas futuras dos produtos comercializados pela empresa. Ainda definem quais, quantos e quando determinados produtos serão comercializados. Algumas características da previsão são: Ponto de partida de todo planejamento de estoques; Eficácia dos métodos empregados; Qualidade das hipóteses que se utilizou no raciocínio.
As informações básicas que auxiliam na previsão podem ser classificadas em qualitativas e quantitativas:
Quantitativas Evolução das vendas no passado; Variáveis com evolução e explicação baseada nas vendas sazonal. Variáveis de fácil previsão, também relacionadas às vendas (população,
renda, PIB); Influência da propaganda.
Qualitativas Opinião dos gerentes; Opinião dos vendedores; Opinião dos compradores; Pesquisas de mercado.
As técnicas de previsão podem ser classificadas em três grupos:
Projeção: admitem que o futuro seja a repetição do passado ou as vendas evoluirão no tempo. Técnica de natureza essencialmente quantitativa;
Explicação: procura relacionar vendas do passado com outras variáveis cuja evolução é conhecida ou previsível. Basicamente aplicações de técnicas de regressão e correlação;
Predileção: funcionários experientes e conhecedores de fatores influentes nas vendas e no mercado estabelecem a evolução das vendas futuras.
25
4.1 Esquema do Processo de Previsão
Decorrido um período
Modelo ainda válido
Previsão confirmada Modelo não válido
Podemos representar as formas de evolução de consumo pelas seguintes métodos:
a) Modelo de evolução horizontal de consumo: de tendência invariável ou constante.
Consumo
Consumo efetivo Consumo médio
Tempo
b) Modelo de evolução de consumo sujeito a tendência: o consumo médio aumenta ou diminui com o correr do tempo. Consumo
Consumo efetivo Consumo médio
Tempo
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HISTÓRICO DOCONSUMO
ANÁLISE DO HISTÓRICODO CONSUMO
CORREÇÃO DAPREVISÃO
FORMULAÇÃO DOMODELO
AVALIAÇÃO DO MODELOGERAÇÃO DE PREVISÃO
PREVISTO COMPRADOCOM REALIZADO
OUTROS FATORESINFORMAÇÕES
DIVERSAS
CONTINUAMOS COM A PREVISÃO INICIAL
c) Modelo de evolução sazonal de consumo: o consumo possui oscilações regulares, que tanto podem ser positivas quanto negativas, ele é sazonal quando o desvio é no mínimo de 25% do consumo médio e quando aparecer condicionado a determinadas causas. Consumo
+ 25% Consumo efetivo 50 Consumo médio
- 25% Consumo efetivo
Tempo
d) Combinações dos Modelos de evolução de consumo: Na prática, podem ocorrer combinações dos diversos modelos de evolução de consumo. Isto pode ser verificado de maneira mais evidente quando analisamos o cilco de vida de um produto (introdução, crescimento, maturidade e declínio)
Os seguintes fatores podem alterar o comportamento do consumo: Influências políticas; Influências conjunturais; Influências sazonais; Alterações no comportamento dos clientes; Inovações técnicas; Produtos retirados da linha de produção; Alteração da produção; Preços competitivos dos concorrentes.
Duas maneiras de se estimar o consumo estão na seqüência: Após a entrada do pedido: Somente possível nos casos de prazo de
fornecimento suficientemente longo. Através de métodos estatísticos: É o método mais utilizado. Calculam-se
as previsões através de valores históricos.
4.2 Técnicas quantitativas de previsão de consumo
4.2.1 Método do último períodoÉ um método simples e consiste em utilizar como previsão para o período seguinte o valor ocorrido no período anterior.
4.2.2 Método da média móvel
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Quant Evolução Horizontal
Períodos
Evolução Crescente
Fase de retirada de fabricação
Neste método, a previsão para o próximo período é obtida calculando-se a média dos valores de consumo nos n períodos anteriores.
A reação da previsão poderá ser muito lenta (>n) ou muito rápida (<n), depende a escolha do número de períodos (n).
CM = consumo médio C = consumo dos períodos anteriores n = número de períodos
Desvantagens
As médias móveis podem gerar movimentos cíclicos, ou de outra natureza não existente nos dados originais;
As médias móveis são afetadas pelos valores extremos; isso pode ser superado utilizando-se a média móvel ponderada com pesos apropriados;
As observações mais antigas têm o mesmo peso que as atuais; Exige a manutenção de um número muito grande de dados.
Vantagens
Simplicidade e facilidade de implantação; Admite processamento manual.
4.2.3 Método da média móvel ponderadaEste método é uma variação do modelo anterior, em que os valores dos períodos mais próximos ao atual recebem peso maior que os valores correspondentes aos períodos anteriores.
CM = (% x C1) + (% x C2) + (% x C3 +........+ (% x Cn)
4.2.4 Método da média com ponderação exponencialEste método elimina muitas desvantagens dos métodos da média móvel e da média móvel ponderada. Valoriza os dados mais recentes, apresenta menor manuseio de informações passadas. Apenas três fatores são necessários para gerar a previsão para o próximo período:
A previsão do último período; O consumo ocorrido no último período; Constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores mais
recentes.
X = aX t + (1 - a) . X t – 1
X = previsão próximo período (calculada)X t – 1 = previsão consumo do último períodoX t = consumo ocorrido no último períodoA = constante/coeficiente de ajustamento da previsão de consumo
4.2.5 Método dos mínimos quadradosEste método é usado para determinar a melhor linha de ajuste que passa mais perto de todos dados coletados, ou seja, é a linha de melhor ajuste que minimiza as distâncias entre cada ponto de consumo levantado.
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CM = C1+C2+C3+........+Cn n
ANO(n) Y X X2 X . Y
1999 108 0 0 0
2000 119 1 1 119
2001 110 2 4 220
2002 122 3 9 366
2003 130 4 16 520
589 10 30 1.225
Resultam as seguintes equações:5 a + 10 b = 58910 a + 30 b = 1.225Resolvendo, temos: a = 108,4 e b = 4,7
Calculando a previsão para 2004 – 5 anos (x) a frente de 1999, temos:
Yp = a + bx => Yp = 108,4 + ( 4,7 . 5) => Yp = 131,9
Sistema de Produção
Quando bem implantado facilitará o processo de coordenação fornecendo informações para as tomadas de decisões sobre quais, quanto e quando serão necessários os suprimentos de recursos produtivos, mas, por outro lado, não garante as incertezas de um fornecedor não confiável, ou quando um equipamento pode vir falhar, ou a redução de set up longos automaticamente, bem como, as variáveis em relação ao custo de aquisição.
5. Módulo básico de Gestão de Estoques
“Consiste na definição do momento do ressuprimento e a quantidade a ser ressuprida, para que o estoque possa atender às necessidades da demanda e produção”
QQuando Comprar ?
Quanto Comprar ?
Tga = variação estoqueNível de taxa de variação tempo Estoque demanda
tempo t
29
Ano-base
Administração de Compras
“Em média as empresas gastam 50% de sua renda proveniente das vendas na compra de matérias-primas, componentes e suprimentos. Desta forma assume papel verdadeiramente estratégico nos negócios hoje em dia, deixando de ser uma atividade meramente burocrática, repetitiva e um centro de despesas para se tornar um CENTRO DE LUCROS, e é vista como parte do processo logístico das empresas, ou seja, parte integrante da Cadeia de Suprimentos (SCM – Supply Chain Management)”.
1. Objetivos Obter um fluxo contínuo de suprimentos a fim de atender os programas de
produção, na qualidade desejada; Coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de investimento
que afete a operacionalidade da empresa; Comprar materiais e insumos aos menores preços obedecendo a padrões de
qualidade, quantidade e prazos definidos; Procurar sempre dentro de uma negociação justa e honrada as melhores
condições para a empresa, principalmente em condições de preços e pagamento.
2. Parâmetros básicos de compras Previsão da necessidade de suprimentos (tempo para negociar, comprar,
receber e fabricar); Necessidade de estocar em níveis adequados e de racionalizar o processo
produtivo; Relacionamento com o mercado fornecedor (conhecer os fornecedores,
prazos, preços, capacidade e volume para compra bem); Seleção, classificação, qualificação e potencialidade dos fornecedores.
3. Organização de compras
3.1 Normas fundamentais Autoridade para comprar; Registro de compras; Registro de preços; Registro de estoques e consumo; Registro de fornecedores; Arquivo de especificações; Arquivos e catálogos.
3.2 Atividades
a) Pesquisa Estudo de mercado; Estudo de materiais; Análise de custo; Investigação de fontes de fornecimento; Inspeção das fábricas e processos dos fornecedores; Desenvolvimento de fontes de fornecimentos; Desenvolvimento de fontes e de materiais alternativos.
b) Aquisição Conferência das solicitações; Análise das cotações; Decisão de comprar (contratos, mercado aberto, etc.); Negociar contratos de fornecimentos por prazos determinados;
c) Recebimento de Materiais Prazos de entrega;
30
Controle quantitativo (pedido, documentação e preço); Controle qualitativo (normas, especificações); Controle de embalagens (avarias); Regularização (fim do processo).
d) Administração Manutenção dos estoques mínimos; Evitar excessos e obsolescência de materiais; Padronizar e simplificar o que for possível; Cuidar das relações comerciais recíprocas; Organizar serviço de folow-up.
e) Responsabilidades compartilhadas Determinação de comprar ou fabricar; Padronização/simplificação/racionalização; Testes comparativos; Controle dos estoques; Etc.
4. Centralização / Descentralização de comprasCentralização Descentralização
Oportunidade de negociar maiores volumes com menores preços;
Homogeneidade de qualidade; Controle de materiais e
estoques
Distâncias geográficas; Lead times longos para
aquisição; Facilidade de diálogo
5. Processo simplificado de compras
6. Ciclo de Compras
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ComprasCotação 1
Cotação 2
Cotação 3
Cadastro Fornecedores
NF
Decisão
Material
Controle de Estoque
Armazenagem
Recebimento
Fornecedores
Ped, de cotaçãoReq. Compras
Fornecedores
Receber e analisar requisição de compras
Aprovar fatura para pagamento fornecedor
7. Ética em Compras
A NAPM (National Association of Purchasing Management – Associação Nacional de Gerenciamento de Compras) estabelece os seguintes princípios para seus associados: lealdade a sua organização; justiça àqueles com quem negocia e fé na sua profissão.
Desses princípios são derivados os 12 padrões de políticas de compras:1. Evite a intenção e a aparência de prática aética ou comprometedora em
relacionamentos, ações e comunicações;2. Demonstre lealdade ao seu empregador pelo correto atendimento às suas
instruções, utilizando-se dos cuidados necessários e somente da autoridade delegada;
3. Evite qualquer negócio particular ou atividade profissional que venha criar conflitos de interesses com o seu empregador;
4. Evite solicitar ou aceitar dinheiro, empréstimos, créditos ou descontos preferenciais, como também a aceitação de presentes, entretenimentos, favores ou serviços de atuais ou potenciais futuros clientes, que possam influenciar, ou parecer que influenciam as decisões de compras.
5. Manuseie informações proprietárias ou confidenciais, pertencentes a empregadores ou fornecedores com o devido cuidado e consideração apropriada, levando em conta suas ramificações éticas e legais, como também regulamentações governamentais;
6. Promova um relacionamento positivo com os fornecedores agindo com cortesia e imparcialidade, em todas as fases do ciclo de compras;
7. Evite acordos recíprocos que limitem a livre competição;8. Conheça e obedeça a letra e o espírito das leis que governam a função de
compras e permaneça alerta para as ramificações legais das decisões de compras;
9. Encoraje todos os segmentos da sociedade a participar pela demonstração de apoio às empresas pequenas, desfavorecidas e minoritárias;
10. Desencoraje o envolvimento da empresa em compras pessoais;11. Melhore a proficiência e estatura da profissão de comprador pela aquisição e
manutenção de técnicas e conhecimentos atuais, com a prática dos mais altos comportamentos éticos; e
12. Conduza as compras internacionais de acordo com as leis aduaneiras e práticas dos países estrangeiros, consistente com as leis nacionais, com políticas da organização e esses padrões de comportamento ético.
8. Estrutura básica de compras
Gestão de
32
Selecionar fornecedores
Determinar o preço correto
Emitir pedido de compras
Follow up (garantir o cumprimento dos prazos)
Receber e aceitar as mercadorias
Materiais
Administração de Compras
Compradores diversos
Compradores Técnicos
Compradores Matéria Prima
33
Aux.de Compras
Follow up
Motorista
JUST IN TIME - (JIT) ("Quando for necessário, estará pronto")
“Filosofia de administração para coordenar a produção com a demanda específica de diferentes modelos com o mínimo atraso”.
JIT – exemplo de produção enxuta. Concentra-se em reduzir as ineficiências e os tempos improdutivos nos processo de fabricação com a finalidade de aperfeiçoar continuamente esses processos e a qualidade dos produtos fabricados e dos serviços prestados.
1. JIT é fazer: Na hora certa; Na quantidade certa; Na qualidade certa; No local certo; No menor custo.
2. Aspectos da filosofia JIT: Produção com mínimo estoque (tende a zero); Eliminação de desperdiço; Manufatura com fluxo contínuo; Esforço contínuo na solução de problemas; Melhoria contínua nos processos objetivo principal).
Sistema de “puxar” a produção a partir da demanda (somente itens necessários, nas quantidades necessárias e no momento necessário). Operacionaliza-se com a técnica do Kanban e inclui:
Administração de Materiais; Gestão da Qualidade; Arranjo Físico; Projeto e processo dos produtos; Organização do trabalho; Gestão de RH.
3. Considerações entre JIT (puxar) e JIC ( empurrar) (Just in Time: "quando for necessário, estará pronto") (Just in Case: "caso for necessário, estará pronto")
Questiona e melhora
JIT“PUXAR”
JIC“EMPURRAR”
Aceita passivamente
Ativo Passivo<<< Ordem produção >>><<< % de refugo >>><<< % de retrabalho >>><<< Excesso de capacidade >>><<< Excesso de estoques >>><<< Set up longo >>>
4. Metas do JIT – Conceito de eliminar desperdícios. Zero defeito; Tempo zero de preparação (set up); Estoque zero; Movimentação zero; Quebra zero; Lead time zero; Lote de inventário (unitário).
5. Layout para o JIT
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Arranjo físico celular – forma de “U”. Tecnologia de grupo (agrupamento de componentes fabricados em famílias
que têm em comum, os roteiros de fabricação como principal característica).
6. Kanban (cartão) - ToyotaDispara a produção em pequenos lotes e autoriza a movimentação dos materiais em todas as fases do processo produtivo. É a técnica que operacionaliza o JIT.
Características do cartão KanbanProdução Transporte
Código materialDescrição
Lote/QuantidadeCentro de Produção
Local de Armazenagem
Código materialDescrição
Lote/QuantidadeCentro de produção de origemCentro de produção de destino
6.1 Cálculo do nº de kanban´sX = nº de kanban´sD = demanda do centro consumidor por unidade de tempoTe = tempo de espera do lote no centro produtivoTp = tempo de processamento do lote no centro produtivoC = tamanho do lote ou capacidade do contentorF = fator de segurança
X = D*(Te + Tp)*( 1 + F)
CExemplo:( D ) Demanda = 3000 peças/dia(Te) Tempo de espera = 0,8 dia(Tp) Tempo de processamento = 0,2 dia( C ) Tamanho do lote = 270 peças( F ) Fator de segurança = 0,8
X = D*(Te + Tp)*(1 + F) => X = 3000*(0,8 +,02)*(1 + 0,8) = 20 kanban´sC 270
Portanto, podemos deduzir que:Estoque planejado = tamanho do lote * nº de kanban´s => 270 * 20 = 5400 pç
(C) * (X)
Inventário Físico
depósito Fluxo de materialKanban transporte
LEGENDAS
Kanban produçãoprocesso
35
Inventário periódico: é realizado em determinados períodos, normalmente no encerramento do exercício fiscal ou duas vezes ao ano (contagem de 100% dos itens de estoque).
Inventário rotativo: é realizado sobre determinados itens selecionados diariamente, de tal forma que todos os itens sejam contados pelo menos uma vez durante o período fiscal.
Exemplo de cálculo para definição do nº de pessoas necessárias ao inventário:Considerando:01 dia de trabalho = 8 horasNº de itens a serem contados = 10.000 itensNº de unidades por item = 15 unidadesTotal de unidades em estoque = (10.000 x 15)=150.000Nº unidades contadas por minuto = 80 unidades
Qual nº de pessoas (N) necessário para contagem de todas as unidades em 2 dias?01 dia de 8 horas = (8 x 60)= 480 portanto, 02 dias = 960 minutos150.000 unidades / 80 unidades por minuto= 1.875 minutos
Acurácia dos ControlesAcurácia indica a acertividade dos controles.
Exemplo:
ClasseNº itens
contados% itens
contadosNº de itens c/ divergências Acurácia (%)
A 4.910 (4.910/16.915) =29,03% 268 (4.910-268)/4.910 = 94,54%
B 9.125 (9.125/16.915) = 53,95% 438 (9.125-438)/9.125 = 95,20%
C 2.880 (2.880/16.915) = 17,02% 55 (2.880-55)/2.880 = 98,09%
Total 16.915 100,00% 761 (16.915-761)/16.915 = 95,50%
Nível de serviço ou nível de atendimentoO nível de serviço indica a eficácia no atendimento das solicitações.
Giro de estoquesO giro de estoques mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou ou girou (saída/entrada).
(*) Estoque médio = (estoque inicial + estoque final)/2
Cobertura de EstoqueIndica o nº de dias que o estoque médio será suficiente para cobrir a demanda média.
Exemplo:
36
Acurárica = nº de itens corretosnº total de ítens
Acurárica =valor de itens corretosvalor total de ítens
N= 1.875 / 960 => 1,95 ou 2 pessoas
Nível de serviços = nº de requisições atendidas nº de requisições emitidas
Giro de estoques = Valor consumindo no período Valor estoque médio no período(*)
Cobertura (em dias) = nº de dias do período avaliado Giro dos estoques
Cálculo do estoque médio
MêsEstoque
Inicial Entradas SaídasEstoque
Final
Janeiro 124.237,35 237.985,00 282.756,30 79.466,05
Fevereiro 79.466,05 347.123,56 263.675,33 162.914,28
Março 162.914,28 185.543,90 274.653,78 73.804,40
Abril 73.804,40 303.457,00 295.902,50 81.358,90
Maio 81.358,90 265.856,00 301.845,12 45.369,78
junho 45.369,78 345.965,00 248.204,56 143.130,22
Total 567.150,76 1.667.037,59
586.043,63
Mês (EI + EF) / 2 Estoque Médio
Janeiro (124.237,35 + 79.466,05) / 2 101.851,70
Fevereiro (79.466,05 + 162.914,28 )/ 2 121.190,17
Março (162.914,28 + 73.804,40) / 2 118.359,34
Abril (73.804,40 + 81.358,90) / 2 77.581,65
Maio (81.358,90 + 45.369,78) / 2 63.364,34
junho (45.369,78 + 143.160,22 )/ 2 94.250,00
Total 576.597,20 / 6 = 95.099,53
Cálculo de giro do estoque
Giro dos estoques = 1.667.037,59 = 17,34 vezez 95.099,53
Cálculo da cobertura dos estoques
Cobertura dos estoques = (janeiro a junho => 6 meses) = 180 dias = 10,38 dias 17,34
37
Giro de estoques = Valor consumindo no período Valor estoque médio no período(*)
Cobertura (em dias) = nº de dias do período avaliado Giro dos estoques
Item Quant Vlr Unit Vlr Total %
Partic.
Vlr Total decrescent
e
Vlr Total acumulado
Classificação A B C
A 50 0,10 5,00 0,5% 450,00- F 450,00 45% AB 7 5,00 35,00 3,5% 250,00- J 700,00 70% AC 14 5,00 70,00 7,0% 80,00- E 780,00 78% BD 10 2,00 20,00 2,0% 70,00- C 850,00 85% BE 10 8,00 80,00 8,0% 50,00- G 900,00 90% BF 15 30,00 450,00 45,0% 35,00- B 935,00 94% CG 10 5,00 50,00 5,0% 30,00- H 965,00 97% CH 10 3,00 30,00 3,0% 20,00- D 985,00 99% CI 20 0,50 10,00 1,0% 10,00- I 995,00 100% CJ 10 25,00 250,00 25,0% 5,00- A 1.000,00 100% C
1.000,00 1.000,00
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F J E C G B H D I A
A
C
B
Armazenagem – Distribuição Física
Os estoques têm de estar nos lugares certos, ter o tamanho certo, proteger de forma adequada seu conteúdo e permitir entregas e colocação eficientes nas prateleiras.
Entre o almoxarifado e a gerência deve haver sistema de informações que permita colocar os produtos em locais conhecidos e em uma ordem conhecida, retirá-los rapidamente e na quantidade necessária, e ter uma rotação correta. As empresas devem ter instalações com docas que permitam a carga e descarga rápidas de veículos, e espaços para separação de cargas que permitam o cross docking, isto é, a separação de cargas recebidas em lotes menores, para serem despachados sem armazenamento local, ou a mistura de cargas de produtos diferentes em lotes consolidados para clientes específicos.
Almoxarifado: “é o lugar destinado à guarda de materiais que ao mesmo tempo deve garantir: a segurança, a conservação, a inviolabilidade física e o rápido acesso aos mesmos.”“é a unidade administrativa responsável pelo controle e pela movimentação dos bens de consumo, que são registrados de acordo com as normas vigentes” (AUDIN, 2006).
Objetivos Reduzir custos de transporte e produção – (descontos por quantidade).
Operações de consolidação e desmembramento.
Reduzir custos de transporte pela compensação nos custos de produção e estocagem (LEC e LEF).
• Coordenação de suprimento e demanda - (origem de oferta).Produtos sazonais, de entressafra, de temporada.
• Considerações de Marketing – (nível de serviços)A disponibilidade de produtos para entregas mais rápidas pode gerar melhoria nas vendas.
LocalizaçãoUm almoxarifado deve ser localizado com:
Referencia aos outros depósitos do sistema logístico (região geográfica);
Disponibilidade de sistemas de transporte;
Potencial de expansão;
Custos de aquisição, construção e locação;
Impostos e taxas de operação.
Funções
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• Abrigo de produtos; Guarda, proteção, registros e rotação dos produtos;
• Consolidação; Se as mercadorias são originárias de muitas fontes a empresa economizar no transporte se as empregas forem feitas de um almoxarifado, onde as cargas são agregadas e consolidadas e, então, transportadas em um único carregamento até seu destino final.
• Transferência e transbordo; Desagregar e fracionar quantidades transferidas em grandes volumes para as quantidades demandadas pelos clientes. Distribuir para clientes que exigem quantidades pequenas fica mais barato utilizar um deposito regional.
• Produtos podem ser armazenados por algum tempo para sincronizar as entradas com as saídas. O almoxarifado, como um terminal de carga, providencia as facilidades de operação intermodal da troca de um tipo de veículo por outro, desagregando os grandes volumes em menores.
• Agrupamento A empresa pode produzir itens de sua linha de produtos em diferentes plantas industriais e os clientes compram a linha toda. No depósito os itens são agrupados conforme os pedidos. O custo adicional do almoxarifado pode ser compensado pelos menores custos de manufatura.
Tipos Almoxarifados de “commodities”: madeira, algodão, cereais.
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Planta A
Planta B
Planta C
Planta A
Planta A
Planta B
Planta C
Planta A
Planta B
Planta C
Consolidação Cliente X: A, B, C
Desmembramento
Centro Distribuição
Centro Agrupamento em trânsito
Consolidação produto D
Cliente A
Cliente B
Cliente C
Cliente A
Cliente B
Cliente C
Cliente X: A, B, C, D
Cliente Y: A, B, C, D
Cliente Z, A, B, C, D
Cliente W: A, B, C, D
Almoxarifados de granéis: produtos químicos líquidos, petróleo e derivados.
Almoxarifados frigorificados: frutas, vegetais, comida congelada, além de alguns produtos químicos e farmacêuticos.
Almoxarifados de utilidades domésticas e mobiliário.
Almoxarifados de mercadorias em geral.
Processo de Armazenagem• Definir Local
Gestão do uso do espaço do Almoxarifado e fluxo do produto. Políticas definidas para cada tipo de produto. Primeiro a entrar/Primeiro a sair, para produtos alimentícios.
• EmbalagemPrevenir a ocorrência de danos e perdas durante o manuseio e armazenagem do produto, assim como, sua identificação.
A embalagem deve permitir combinar embalagens menores em maiores, ser resistente, ter tamanho e configuração que se ajuste aos equipamentos de movimentação e local de armazenagem.
• Unitização Consiste agregar volumes pequenos em outros maiores, de tipos e formatos padronizados, possibilitando que sejam movimentados mecanicamente evitando o manuseio, menos viagens, menos mão-de-obra.
• ConteinerizaçãoContêineres são grandes caixas que podem ser transportadas em vagões ferroviários abertos, em chassis rodoviários, em navios ou em grandes aeronaves.
São suficientemente grandes para aceitar carga paletizada, são estanques, de maneira que não é preciso proteger a carga de problemas meteorológicos e podem ser trancados para maior segurança.
Transportar: movimentar, deslocar o material dentro do almoxarifado.
Acomodar: Colocar o produto no local especificado pelo cliente.
Controle de estoque: Controla a entrada e saída dos produtos por meio de registros verificando seus níveis por meio de políticas explicitadas pelo gestor.
Políticas de Armazenagem Aleatória
Itens são armazenados em posições aleatórias, resultando em menores custos de espaço e maiores custos de movimentação.
DedicadoItens são armazenados em posições pré-definidas, resultando em maiores custos de espaço e menores custos de movimentação (itens de maior movimento são alocados próximos às entradas ou saídas).
MistaDedicada por categorias (famílias).
Soluções de armazenagemCantilever: Solução ideal para cargas volumosas e de grandes dimensões: Perfis; Tubos e Madeiras, Paletes de medidas especiais, etc.
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Quadro Móvel: Sistema especialmente utilizado para a armazenagem de moldes.
Selecta Flow: Sistema de Armazenagem dinâmico ideal para rotação automática do estoque. Os artigos são carregados por uma das extremidades e deslizam por gravidade sobre rodas até a zona de recolha.
Mini Load: O funcionamento deste sistema é semelhante ao do armazém automático, sendo, no entanto, mais apropriado para cargas mais leves. A estocagem do material é do tipo "gaveta”. Estantes para o armazenamento e classificação automatizada de componentes e pequenas peças em bandejas a grandes alturas.
Uma unidade de carga Unit Load é um volume de produto acondicionado de modo a possibilitar a movimentação e armazenagem como uma única unidade, independentemente do número de itens individuais que o constituem.
Rack Convencional é a solução mais simples e mais utilizada, sendo adaptável a qualquer tipo de carga e volume.
Drive/In é a solução formada por blocos contínuos de armazenagem, que permite uma utilização máxima do volume disponível. As paletes são carregadas sobre vigas longitudinais.
Drive-In / Drive-Through São estruturas para verticalizar cargas paletizadas por acumulação, com movimentação interna (ruas) da empilhadeira, ideal para trabalhar com grandes quantidades de um mesmo produto, no caso do drive-in, a empilhadeira entra e sai pelo mesmo lado e para o drive-trough a empilhadeira tem acesso pelos dois lados.
Estruturas compostas por laterais com braços que sustentam as longarinas de drive-in, formando blocos verticais e horizontais, denominados ruas de armazenagem, as quais dão acesso a empillhadeira que fará o carregamento dos paletes dentro da própria estrutura, formando assim um bloco contínuo, sem corredores intermediários.
As estruturas drive-in são operacionalizadas por uma entrada ou o drive-through por duas entradas. Ideal para armazenar cargas de um único produto em grandes quantidades.
Flow-rack é um sistema deslizante por gravidade que permite o máximo aproveitamento de espaço e uma maior rapidez de carga e descarga de paletes, necessitando apenas de áreas de circulação nas zonas de carga e descarga. É adequado quando se pretende uma rotação de estoque segundo o princípio FIFO (First In First Out). As paletes são carregadas na extremidade superior de túneis inclinados e deslizam, por gravidade, até a zona de descarga.
As estruturas são utilizadas geralmente para armazenagem manual de caixas plásticas em conjunto com linhas de transportadores para produtos que serão embalados e posteriormente expedidos. O Flow-rack é constituído geralmente por pistas com rodízios plásticos inclinados, do qual as caixas são colocadas em seqüência de um lado e retiradas do outro (Sistema Fifo), onde são esvaziadas em caixas para embalagem nas linhas de transportadores.
Push Back Rack Sistema de acumulação dinâmica que não necessita que o empilhador entre dentro dos corredores, sendo possível colocar até 4 paletes em profundidade. Este sistema assenta no princípio LIFO (Last In First Out), ou seja, a última palete a entrar é a primeira a sair.
Picking (separação e preparação de pedidos)
Um Trade-Off se refere, geralmente, a perder uma qualidade ou aspecto de algo, mas ganhando em troca outra qualidade ou aspecto. Isso implica que uma decisão seja feita com completa compreensão tanto do lado bom, quanto do lado ruim de uma escolha em particular.
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Um bom exemplo de trade-offs ocorre no caso do jogo de damas. Um jogador pode deixar o adversário "comer" uma peça do seu jogo. Contudo esta atitude permitirá que obtenha três peças do oponente na próxima jogada. Isto é, para conseguir um bom resultado ele precisou abrir mão de uma peça do seu lado.
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LOTE ECONÔMICO Imagine uma empresa com estoque zero. Essa empresa certamente teria uma economia enorme em termos de custos de estoque. A presença do estoque cria diversas necessidades na empresa que incorrem em custos adicionais. São eles:
O Custo de Capital (Juros, Depreciação)
O Custo com Pessoal (Salários, Encargos Sociais)
O Custo com Edificação (Aluguel, Impostos, Luz, Conservação)
O Custo de Manutenção (Deterioração, Obsolescência, Equipamento)
Imagine agora o lado inverso dessa situação. O que será que a empresa perde se não houver estoques? Embora não haja um método preciso para que se mensurar o custo que isso implicaria para empresa, pode-se enumerar algumas conseqüências que a falta de estoque pode proporcionar:
Os lucros são cessados, devido à incapacidade do fornecimento. Existem perdas de lucros, com cancelamento de pedidos.
Existem custos adicionais decorrentes do fornecimento em substituição com material de terceiros.
O não cumprimento dos prazos contratuais como multas, prejuízos e quebra da imagem da empresa podem acarretar outros custos.
A empresa então terá custos quer tenha estoque ou não. Como o estoque é necessário para que a empresa possa entregar seus produtos em tempo hábil para o cliente, é necessário tentar se determinar qual seria a quantidade ideal de estoque para que os custos de sua presença e os custos de sua falta sejam equilibrados. Essa quantidade é conhecida como lote econômico.
O Custo de Armazenagem
O custo de armazenagem compreende o desembolso que a empresa terá que fazer para manter seus estoques em perfeito estado. Esse custo poder ser determinado conforme o seguinte raciocínio matemático:
Custo de Armazenagem = (Q ¸ 2) x T x P x I
Onde:
Q = Quantidade de Material em Estoque no Tempo Considerado. Por definição o estoque médio é um valor igual a (Q ¸ 2) referente da média entre o estoque máximo (Q) e o estoque mínimo que é igual a zero.P = Preço Unitário do MaterialI = Taxa de Armazenamento. Consiste em um % do preço unitárioT = Tempo considerado de Armazenagem
A validade dessa expressão é necessário considerar duas hipóteses:
Existe uma proporção direta entre o custo de armazenagem e o estoque médio no sentido de que quanto maior for o estoque, maior será o custo de armazenagem.
Quando o estoque é zero, o custo de armazenagem deve ser mínimo, ou próximo de zero. Ele só não é igual a zero devido a algumas despesas fixas que incorrem em um custo mínimo de armazenagem.
O preço unitário deve ser considerado constante em todo o período analisado. Na impossibilidade deste, deve-se utilizar um preço médio.
Para que se obtenha o valor de I devem-se levar em conta seus diversos componentes. São eles:
A taxa de retorno do capital investido na compra do material armazenado que deixará de render juros se fosse feito outra aplicação. Ia = 100 x (Lucro ¸Valor dos Estoques)
A taxa de armazenamento físico. Ib = 100 x (Área Ocupada pelo Estoque x Custo Anual do m2 de armazenamento) ¸ (Consumo Anual x Preço Unitário). O consumo anual multiplicado pelo preço unitário também é conhecido como valor dos produtos estocados.
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A taxa de seguro. Ic = 100 x (Custo Anual do Seguro) ¸ (Valor dos Estoques + Edifícios)
A taxa de transporte, manuseio e distribuição. Id = 100 x (Depreciação anual do equipamento ¸ Valor do Estoque).
A taxa de obsolescência. Ie = 100 x (Perdas Anuais por obsolescência ¸ Valor do Estoque).
Outras taxas como, por exemplo: água, luz etc. If = 100 x (Despesas Anuais ¸ Valor do Estoque).
A taxa de armazenamento seria, portanto: I = Ia + Ib + Ic + Id + Ie + If
Para que esses valores sejam obtidos de forma precisa pode-se utilizar uma média dos balanços anuais anteriores ou o último balanço anual no caso de não haver uma grande necessidade de precisão.
A determinação do valor da taxa deve levar em conta os tipos de materiais estocados. Em alguns casos alguma das parcelas Ia, Ib, etc pode ter um valor tão elevado que o cálculo da outra parcela torna-se desnecessário. As jóias possuem tem um elevado custo de armazenagem decorrente de seguros e retorno do capital que e uma baixíssima taxa de obsolescência e armazenamento físico. Já os produtos alimentícios possuem uma alta taxa de armazenamento físico e obsolescência devido à validade, no entanto possuem uma taxa baixíssima de seguro.
O custo de Pedido
Quando uma empresa tem um estoque abaixo do nível mínimo aceitável é necessário fazer um novo pedido para seus fornecedores. Esse pedido tem um custo. Esse custo é conhecido como custo de pedido. Para que se obter o custo anual de pedidos podemos utilizar a seguinte fórmula:
Custo Total Anual de Pedidos (CTA) = Custo Unitário do Pedido (CUP) x Nº de Pedidos (N)
O total das despesas que compõem o custo total anual de pedidos incluem a mão de obra para emissão e processamento, o material utilizado na confecção do pedido (papel, lápis, borracha, envelope, etc.) e os custos indiretos como despesas ligadas indiretamente com o pedido (telefone, luz, escritório de compra, etc.).
Após a apuração anual destas despesas teremos o custo anual total dos pedidos. Para calcular o custo unitário do pedido (CUP), basta dividir o custo total anual dos pedidos (CTA) pelo número de Pedidos (N).
Para que esses valores sejam obtidos de forma precisa pode-se utilizar uma média dos balanços anuais anteriores ou o último balanço anual no caso de não haver uma grande necessidade de precisão.
Custo Total O custo total anual pode ser apresentado da seguinte maneira:
CT = Custo unitário por período (t) x número de períodos (ano)
O custo unitário por período é o custo de aquisição das Q unidades, ou seja:
P x Q em que P é o preço unitário do item.
Em cada período se faz apenas uma compra, portanto o custo de pedido é o custo de se fazer uma compra, isto é CUP (Custo Unitário de Pedido). Logo o custo de armazenagem é igual I x T x (Q ¸ 2).
O custo total por período seria então:CT = (P x Q) + CUP + (I x T x (Q ¸ 2))
Para um ano, a duração de Q em um período é:t = (Q ¸ C)
O Número de pedidos por ano é:t = (C ¸ Q)
Substituindo a equação de custo total pelas duas equações seguintes, temos que:CT = (P x C) + (CUP x (Q ¸ C)) + (I x (Q ¸ 2))
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Onde:
P = Preço unitário de compraC = Consumo do itemCUP = Custo Unitário de PedidoQ = Quantidade do LoteI = % do Preço Referente ao Custo de Armazenagem
O objetivo é minimizar o Custo Total, para isso pode-se colocar quantidades aleatórias na equação acima até que se obtenha um custo desejado ou utilizar do processo de derivação em relação a Q. Assim teríamos que:
Q2 = 2 x (CUP x C) ¸ (I x P)
Exemplo:
O consumo de determinada peça é de 20.000 unidades por ano. O custo de armazenagem por peça e por ano é de R$ 1,90 e o custo de pedido é de 500,00. O preço unitário de compra é de R$ 2,00. Determine:
a) O lote econômico de compra;b) O Custo Total Anual;c) O número de pedidos por ano;d) A duração entre os pedidos;
a) O lote econômico é Q2 = 2 x 500 x 20000 ¸ 1,90. Q = 3.245 peças por pedido.b) O Custo Total Anual é de: 2,00 x 20.000 + 500 x (20000 / 3245) + 1,90 x (3245 / 2) CT = 40.000 + 3.082,00 + 3.082,00 = 46.164,00c) O Número de pedidos é C / Q = 20000 / 3245 = 6,2d) O intervalo entre os pedidos é t = Q / C = 3245 / 20000 = 0,162 anos.
Observe agora o gráfico do Lote econômico:
Observe no gráfico onde o custo total é menor. A quantidade do lote para que esse custo seja mínimo é necessário usar o lote econômico. No exemplo anterior era de 3245 unidades. Quando se comprar 3245 unidades o custo total é de R$ 46.164,00. Se utilizarmos uma quantidade de 3000 unidades teremos que o custo total é R$ 46.183,00. No caso de utilizarmos 3500 unidades o custo total é de 46.182,00. Na primeira situação o custo de armazenagem é menor devido à quantidade, mas o custo de pedido torna-se oneroso. Já na segunda situação temos um custo de armazenagem maior, pois a quantidade e maior. Mesmo o custo unitário de pedido sendo menor para a segunda situação não conseguiu reduzir o custo a um nível significativo como quando se utiliza 3245 unidades.
Limitações ao Uso do Lote Econômico
O lote econômico se utiliza de certas premissas que às vezes (quase nunca) se comportam como verdadeiras quando utilizada a realidade. São elas:
O Consumo mensal é determinístico e com uma taxa constante; e
A reposição é instantânea quando os estoques chegam ao nível zero.
Não existe uma variação no custo do pedido ao longo da análise.
(Adaptado de: Dias, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: Edição Compacta / Marco Aurélio P. Dias. -- 4. ed. -- São Paulo: Atlas, 1995).
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