apostila 2012 revisada

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FUNDAÇÃO ASSISTENCIAL E EDUCATIVA CRISTÃ DE ARIQUEMES – FAECA INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA - IESUR FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES - FAAr O TEXTO E SUAS ESTRUTURAS Prof.ª JAKLINE Ariquem es

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Page 1: apostila 2012 revisada

FUNDAÇÃO ASSISTENCIAL E EDUCATIVA CRISTÃ DE ARIQUEMES – FAECA INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA - IESUR

FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES - FAAr

O TEXTO E SUAS

Prof.ª JAKLINE

Ariquemes

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O TEXTO E SUAS

O verdadeiro aprendizado só se concretiza por inúmeras tentativas e inúmeros erros. Aí esta a diferença de um sábio e de um tolo.

Paulo

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SUMÁRI

INTRODUÇÃO ............................................................................................................6

1 COMUNICAÇÃO: ....................................................................................................71.1 COMUNICAR: .......................................................................................................71.2 PROCESSO DE COMUNICAÇÃO .......................................................................71.3 ELEMENTOS ESSENCIAIS DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO ...................71.4 FATORES QUE INTERFEREM NA COMUNICAÇÃO..........................................81.5 IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO ..................................................................91.6 LINGUAGEM – LÍNGUA – FALA .........................................................................91.7 REPERTÓRIO.......................................................................................................91.8 FUNÇÕES DA LINGUAGEM ..............................................................................101.8.1 Função Referencial ........................................................................................101.8.2 Função Emotiva..............................................................................................101.8.3 Função Conativa ............................................................................................101.8.4 Função Fática .................................................................................................111.8.5 Função Metalinguística ..................................................................................111.8.6 Função Poética ...............................................................................................12

2 REGISTROS OU NÍVEIS DE LÍNGUA(GEM) LÍNGUA FALADA..........................132.1 LÍNGUA FALADA: ..............................................................................................132.2 LÍNGUA ESCRITA ..............................................................................................132.2.1 Língua não literária ........................................................................................132.2.2 Língua literária................................................................................................14

3 NOÇÕES DE TEXTO .............................................................................................163.1 TEXTO ................................................................................................................16

4 ESTILO ..................................................................................................................184.1 QUANTO AO CONTEXTO, O ESTILO PODE SER: ..........................................184.2 QUALIDADES DE UM TEXTO ...........................................................................184.2.1 Clareza.............................................................................................................184.2.2 Concisão .........................................................................................................194.2.3 Correção Gramatical ......................................................................................204.2.4 Coesão ............................................................................................................214.2.5 Coerência ........................................................................................................234.3 EXERCÍCIOS ......................................................................................................244.4 DEFEITOS TEXTUAIS ........................................................................................254.4.1 Aliteração: .......................................................................................................254.4.2 Emenda de vogais (ou hiatismo) ..................................................................254.4.3. Cacofonia .......................................................................................................254.4.4 Rima.................................................................................................................254.4.5 Repetição de palavras....................................................................................254.4.6 Excesso de “que”...........................................................................................254.5 EXERCÍCIOS ......................................................................................................265 FRASE E ESTRUTURA FRASAL .........................................................................275.1 ESTRUTURA FRASAL .......................................................................................275.2 FRASE: ...............................................................................................................27

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4

5.3 ORAÇÃO ............................................................................................................275.4 TIPOS DE FRASE ..............................................................................................275.5 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO OTHON M. GARCIA ..........................................285.5.1 Frase Situação ................................................................................................285.5.2 Frase Nominal.................................................................................................285.5.3 Frase Arrastão ................................................................................................285.5.4 Frase Entrecortada ou Picadinha..................................................................285.5.5 Frase Ladainha ...............................................................................................285.5.6 Frase Labiríntica.............................................................................................285.5.7 Frase Fragmentária ........................................................................................295.5.8 Frase Caótica .................................................................................................295.5.9 Frase Parentética ...........................................................................................29

6 PARÁGRAFO ........................................................................................................316.1 DIVISÃO..............................................................................................................31

7 TIPOS DE DISCURSO – CARACTERÍSTICAS.....................................................317.1 DIFERENÇA DO DISCURSO DIRETO E DISCURSO INDIRETO .....................327.2 EXERCÍCIOS ......................................................................................................34

8 ACENTUAÇÃO GRÁFICA.....................................................................................358.1 REGRA DAS OXÍTONAS E DAS PAROXÍTONAS ............................................358.2 NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA .....................358.2.1 Novas letras k, w e y ......................................................................................358.2.2 O acento agudo desaparece das palavras em três casos: .........................368.2.3 Acento Diferencial ..........................................................................................378.2.4 Acento Circunflexo.........................................................................................378.2.5 Ditongos Abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas ..............................................................................................................378.2.6 Trema deixou de existir .................................................................................378.2.7 Uso do Hífen ...................................................................................................38Como ficam as principais regras do hífen com prefixos:

9 CRASE...................................................................................................................409.1 NÃO EXISTE CRASE .........................................................................................409.2 CASOS ESPECIAIS ...........................................................................................409.3 OBRIGATORIEDADE DA CRASE ....................................................................419.4 EXERCÍCIOS ......................................................................................................41

10. CONCORDÂNCIA ..............................................................................................4310.1 CONCORDÂNCIA NOMINAL ...........................................................................4310.2 CONCORDÂNCIA VERBAL .............................................................................4510.3 EXERCÍCIOS ....................................................................................................46

11. REGÊNCIA .........................................................................................................4911.1 REGÊNCIA VERBAL ........................................................................................4911.1.1 Verbos Intransitivos .....................................................................................4911.1.2 Verbos Transitivos Diretos ..........................................................................50

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5

11.1.3 Verbos Transitivos Indiretos .......................................................................5111.1.4 Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos ....................................................5311.1.5 Verbos Transitivos Diretos e Indiretos

12. PRODUÇÃO TEXTUAL ......................................................................................5512.1 RECOMENDAÇÕES PARA SE REDIGIR UM TEXTO.....................................5512.2 MÉTODOS DISSERTATIVOS: .........................................................................5612.2.1 Verbos que indicam expressividade...........................................................5712.3 PROCEDIMENTOS PARA SE REDIGIR UM TEXTO.......................................5711.3.1 Escolha de um dos procedimentos. ...........................................................5712.3.2 Levantamento de ideias ...............................................................................5812.3.3 Exercícios de Roteirização ..........................................................................6012.4.1 Enumeração de razões ................................................................................6112.4.2 Enumeração de causas................................................................................6112.4.3 Causas e consequências .............................................................................6212.4.4 Prós e contra ................................................................................................6212.4.5 Paralelos e comparações ............................................................................6312.4.6 Exemplos de texto........................................................................................63

REFERÊNCIAS.........................................................................................................65

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6

INTRODUÇÃ

Esta Apostila é uma seleção de conteúdos instrumentais retirados de várias obras e autores, visando à boa comunicação.

A inserção dos assuntos que compõem este trabalho oferece um auxílio a

todos aqueles que necessitam de esclarecimentos a respeito dos tópicos arrolados. Nosso

trabalho foi apenas o de juntar os conteúdos que fazem parte da disciplina de Língua

Portuguesa. Apresentamos ainda, vários textos de autores diversos que estarão

especificados na bibliografia consultada.

a) a primeira parte abrange os aspectos referentes à Comunicação, Estilo,

Parágrafo, Frase e Discurso;

b) a segunda compreende alguns tópicos gramaticais como: Acentuação, O Novo

Acordo Ortográfico, Crase, Concordância, Regência.

c) por último, a Redação sobre diversos aspectos: tipologia textual, com ênfase

no texto dissertativo (assunto, delimitação do tema, tese, argumentos), estrutura

dissertativa, roteirização, o uso dos elementos linguísticos: o papel dos elementos de

coesão, a retomada ou a antecipação de termos.

Bom Curso e Bom

Prof.ª

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7

1 COMUNICAÇÃO:

Força vital e extraordinária na observação das relações humanas e no comportamento individual;

Grande interesse pelo estudo e os efeitos do processo de comunicação; Processo social.

1.1

Busca de entendimentode compreensão ligação

contato transmissão de ideia transmissão de

1.2 PROCESSO DE

Consiste em:comunicador (emissor, transmissor ou codificador);uma mensagem;recebedor (receptor ou decodificador).

1.3 ELEMENTOS ESSENCIAIS DO PROCESSO DE

FonteEmissor

Elementos Mensagem Recebedor Destino Canal Códig

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8

Fonte – é a origem da

Emissor – é quem envia a mensagem através da palavra oral ou escrita, gestos, expressões, desenhos, rádio, TV, estúdio;

Mensagem – é o que a fonte deseja transmitir. Pode ser visual, auditiva ou audiovisual. Serve-se de um código que deve ser estruturado e decifrado (conteúdo, objetivos e canal adequado);

Recebedor- decodifica a mensagem e dele dependerá, em termos, o êxito da comunicação- elemento importante no processo. Pode ser a pessoa que lê, que ouve, um pequeno grupo,um auditório ou uma multidão;- será, em termos, o êxito da comunicação.

Destino – é a pessoa a quem se dirige a mensagem, geralmente, coincide com o

Canal – é a forma utilizada pela fonte para enviar a

Canal pode natural = órgãos sensoriais

tecnológico = espacial e

Código – conjunto de sinais

Pode ser: verbal – discursivo, predomina a lógica;não-verbal - fragmentado, imprevisto, não-linear, dificulta a

Esquem

CANAL

FONTE DESTINO MENSAGEM

EMISSOR RECEBEDOR

CÓDIG

1.4 FATORES QUE INTERFEREM NA

Ruído – é toda interferência indesejável na transmissão de uma mensagem;Ex: Um borrão, o barulho do ventilador, etc.Entropia – é a desorganização da mensagem;Ex: Eu menina uma vi.Redundância – é a repetição, objetivando clareza. Confere a comunicação um certo coeficiente de segurança;

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9

Ex: Aqui, neste lugar, onde tu te encontras com a tua família, aconteceram fatos que mudaram o mundo.

1.5 IMPORTÂNCIA DA

Martins e Zilberknop (2001) afirma que o mundo e o comportamento humano são regidos pela informação, pela persuasão, pela palavra, som, cores, formas, gestos, expressão facial, símbolos;

O entendimento não mais se faz apenas pela língua falada ou escrita mas também através do rádio, da televisão, do jornal, da música, do cinema, da publicidade. ;

Pode-se dizer que o código verbal está em crise; Predominam a imagem e a comunicação gestual.

1.6 LINGUAGEM – LÍNGUA –

LINGUAGEM LÍNGUAOriundo da Instrumento peculiar

deAto

Inerente ao Representa a parte social da

Em nível

Inata Exterior ao indivíduo “por si sónão pode modificá-la”;

Depende da vontade e

Sem convívio estapredisposição atrofia, nãose concebe um sem o outro

Língua e forma (CÓDIGO)sistemas de signos

Natureza Natureza

1.7

Martins e Zilberknop (2001) dizem que para que haja comunicação, é necessário que o emissor utilize o mesmo código recebedor.

Definem o repertório como o conjunto vocabular de que se serve cada falante para expressar-se. Ele varia muito de indivíduo para indivíduo, de grupo para grupo, de região para região.

Assim na língua portuguesa (código), nem sempre emissor e recebedor se comunicam

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1

1.8 FUNÇÕES DA

Um enunciado estabelece uma relação

O emissor (primeira pessoa) O receptor (segunda pessoa)As coisas sobre as quais se fala (terceira pessoa)

1.8.1 Função Referencial denotativa ou cognitiva; é a que se volta para a informação, para o próprio contexto; transmitir ao receptor os dados da realidade de uma forma direta e objetiva; normalmente, prevalece o texto escrito em terceira pessoa; texto centrado no referente; sentido real das coisas e dos seres; informação jurídica, precisa.

Exemplo

“No século XIX, a borracha adquiriu grande importância e seu uso foi difundido graças à descoberta do processo de vulcanização, que torna a borracha natural elástica e resistente. Outro fator importante foi o início da indústria automobilística, que levou à patente do primeiro pneumático, por volta de 1888.”

(ANTUNES, Celso. Geografia do Brasil. 3. ed. São Paulo, Scipione, 1991. p. 159)

1.8.2 Função Emotiva centra-se no sujeito emissor; tenta suscitar a impressão de um sentimento verdadeiro ou simulado; é expressar seus sentimentos e emoções (texto subjetivo); carregado de “eu”, “me”, “minha”. escrito em primeira pessoa; a interjeição é o indicador seguro da função emotiva da linguagem

Exemplo 1: Que lua maravilhosa!... Exemplo 2: Preciso aprender a ser

“Ah! Se eu te pudesse fazer entender Sem teu amor, eu não posso viver Que sem nós dois, o que resta sou eu Eu assim tão sóE eu preciso aprender a ser sóPode dormir sem sentir teu calorE ver que foi só um sonho e passou

VALLE, Marco & VALLE, Paulo Sérgio. In: MAIA, Tim. A arte de Tim Maia. LP Polyfar, 2494 635, 1982. L.2. f.3

1.8.3 Função Conativa apelativa ou imperativa; centras-se no sujeito receptor; é eminentemente persuasória; convence, muda comportamento,

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1

verbo conari – promover, suscitar.

Exemplo 1: Inspira-me ó lua!

Exemplo

1.8.4 Função Fática preocupação em manter contato; visa estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação; serve para testar a eficiência do canal.

Exemplo 1: Alô, alô, astronautas na Lua, vocês conseguem me ouvir? Exemplo 2:

Pai: Sua mãe disse que você não tira os olhos da TV! Você anda muito desligado... Pai: ... nas aulas, gostaria que você participasse mais! Você entende?Pai: Beto!? Você está me ouvindo? Pai: Beto?!Plim! Plim!Beto: Hã...? quê..?

Exemplo

“- Olá, tudo bem? Tudo bem. E você?Tudo bem... Levando... Levando... É ... Levando...Falou...É isso aí...”

1.8.5 Função Metalinguística consiste num recodificação; está voltada para o próprio código utilizado; código é o tema da mensagem ou é utilizado para explicar o próprio código; passa a existir quando a linguagem fala dela mesma; serve para verificar se emissor e receptor estão usando o mesmo repertório; linguagem do dicionário, códigos...

Exemplo 1: A Lua é o satélite natural da

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1

Exemplo 2:“Gosto da palavra fornida. É uma palavra que diz tudo o que quer dizer. Se você lê que uma mulher é bem fornida, sabe exatamente como ela é. Não é gorda mas cheia, roliça, carnuda. E quente. Talvez seja a semelhança com forno. Talvez seja apenas o tipo de mente que eu tenho.”Fornido. (Part. de fornir) Adj. Abastecido. 2. Robusto, carnudo, nutrido, alentado: “Era uma mulata fornida, de ancas largas, nova e sadia.”

(FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro, NovaFronteira, 1986. p. 802.)

1.8.6 Função Poéticacentra-se na mensagem;trabalho realizado com a própria mensagem: -- seleção e combinação das palavras;estrutura da mensagem;- ritmo, sonoridade, o belo e o inusitado das imagens.opõe-se a função referencial porque nela predominam a conotação e o subjetivismo. é a linguagem das obras literárias.

Exemplo 1: “... a lua era um desparrame de prata”.Jorge Amado

É a função do belo, do estético, mas não é exclusiva da poesia, podendo existir também na prosa.Exemplo 2:

“... a lua era um desparrame de prata” (Jorge Amado)“Quem cabritos vende, e cabras não tem, de algum lugar lhe vêm.”

Observação: Não se esqueça de que em uma mensagem podemos encontrar duas ou mais funções, porém, sempre com predominância de uma delas.

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1

2 REGISTROS OU NÍVEIS DE LÍNGUA(GEM) LÍNGUA

2.1 LÍNGUA FALADA: (MARTINS; ZILBERKNOP

CultaColoquialVulgar ou incultaRegionalGrupal técnica

gíria

Culta ColoquialFalada pelas pessoas que têm instrução; Nivelada pela escola;Obedece à gramática da língua-padrão;É mais restrita, pois constitui privilégio e conquista cultural de um número reduzido de falantes.

É a língua espontânea;Sem muita preocupação com as formas linguísticas;É a língua cotidiana, que comete pequenos erros – mas perdoáveis – deslizes gramaticais

Vulgar ou Inculta RegionalÉ própria das pessoas sem instrução;É natural, colorida, expressiva, livre de convenções sociais;É mais palpável porque envolve o mundo das coisas;Infringe totalmente as convenções gramaticais.

Está circunscrita a regiões geográficas; Caracteriza-se pelo acento linguístico(altura, timbre, intensidade);Tem um patrimônio vocabular próprio, típico de cada região.

Grupal: Língua herméticaGrupal Técnica Grupal Desloca-se para escrita;Existem tantas quantas forem as ciências e profissões;Só é compreendida, quando sua aprendizagem se faz junto com a profissão.

Existem tantos quantos forem os grupos fechados.

2.2 LÍNGUA ESCRITA (MARTINS; ZILBERKNOP

2.2.1 Língua não

Língua-padrão; Coloquial;Vulgar ou inculta;Regional;Grupal´: gíria e

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1

Padrão ColoquialÉ aquela que obedece a todos os parâmetros gramaticais

Permitem-se alguns deslizes gramaticais; Ex: - Me faz um favor: vai ao banco pra mim.

Vulgar ou inculta RegionalEx:Assuca

r Bassora

Ex: Deu-lhe com a boleadeira nos cascos, e o índio correu mais que cusco em procissão.

2.2.2 Língua

É o instrumento utilizado pelos escritores;Ex: “Macunaíma ficou muito contrariado. Maginou, maginou e disse prá velha...”

Exemplo: Língua

“Lindaura, a recepcionista do analista de Bagé- segundo ele, “mais prestimosa que mãe da noiva” – tem sempre uma chaleira com água quente pronta para o mate. O analista gosta de oferecer chimarrão a seus pacientes e, como ele diz, “charlar assando a cuia que loucura não tem micróbio”. Um dia entrou um paciente novo no consultório.

- Buenos, tchê – saudou o analista. – Se abanque nos más.O moço deitou no divã coberto com um pelego e o analista foi logo lhe alcançando

a cuia com erva nova. O moço observou:- Cuia mais linda.- Côsa mui especial. Me deu meu primeiro paciente. O coronel Macedônio, lá pras

banda de Lavras.A troco de quê? – quis saber o moço, chupando a bomba.- Pues tava variando, pensando que era metade homem e metade cavalo. Curei o

animal.”

VERÍSSIMO, Luís Fernando. Outras do Analista de Bagé. p.73-4

Exemplo:

“Meus camaradinhas:Não entendi bulufas dessa jogada de fazerem o papai aqui apresentar o seu

Antenor Nascentes, um cara tão crânio,cheio de mumunhas, que é manjado até na Europa. Estou meio cabrero até achando que foi crocodilagem do diretor do curso, o professor Odorico Mendes, para eu entrar pelo cano.

O seu Antenor Nascentes é um chapa legal, é bárbaro e, em Filosofia, bota banca. Escreveu um dicionário etimológico que é uma lenha. Dois volumes que vou te contar.Exemplo

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1

“Poxa, tô numa pior! Queria descolar uma grana pra comprar um refri pr’aquela gata que pintou no pedaço e que tô tri a fim,mas não deu. Minha velha tá dura, cara, e o velho foi pra Sampa”

Exemplo:

“ – Comecei a sentir uma zombaria na minha cabeça e de repente, pá! Dei um taque. Chamaram a insistência e me levaram pro Pronto Socorro. Chegando lá o médico doutor disse que eu tinha de operar os alpendres.- Então eu caí numa prostituição...

(SABINO,Fernando. Zero Hora. Caderno D, 29/05/88, p. 2)

Visão geral e completa dos fatores fundamentais dacomunicação e suas relações com as funções da linguagem

requer

EMISSOR(função emotiva)

envi

CONTEXTO(função referencial)

contatoCANAL DE COMUNICAÇÃO

(função fática)

MENSAGEM(função poética)

RECEPTOR(função

CÓDIGO(função metalinguística)

Verbal ou

Fonte: FARACO; MOURA (1999)

“Quando redigimos um texto, não devemos mudar o registro, a não ser que o estilo permita, ou seja, se estamos dissertando – e, nesse tipo de redação, usa-se geralmente, a língua-padrão– não podemos passar desse nível para outro, como a gíria, por exemplo.”

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1

3 NOÇÕES DE

3.1 TEXTO

Para FIORIN; SAVIOLLI (1991) o texto sempre manifesta um posicionamento frente a uma questão qualquer posta em debate;

Deve-se levar em conta um contexto;O texto é um tecido, uma estrutura construída de tal modo que as frases não tem significado autônomo. Num texto, o sentido de uma frase é dado pela correlação que ela mantém com as demais.Considerações:

Context

Text

1. Nem sempre o contexto vem explicitado linguisticamenteEx: A nossa cozinheira está sem paladar.

2. Todo texto contém um pronunciamento dentro de um debate de escala mais

Exemplo: Tiro

Estado americano limita porte de

No começo de 1981, um jovem de 25 anos chamado John Hinckley Jr. Entrou numa loja de armas de Dallas, no Texas, preencheu um formulário do governo com endereço falso e,poucos minutos depois, saiu com um Saturday Night Special – nome criado na década de 60 para chamar um tipo de revólver pequeno, barato e de baixa qualidade. Foi com essa arma que Hinckley, no dia 30 de março daquele ano, acertou uma bala no pulmão do presidente Ronald Reagan e outra na cabeça de seu porta-voz, James Brady. Reagan recuperou-se totalmente, mas Brady desde então está preso a uma cadeira de rodas. (...)

PressupostoRevista Veja de 01.06.1988. p. 54

Risco de vender arma para qualquer pessoa, indiscriminadamente;Os fabricantes de revólveres, se pudessem, não permitiriam a veiculação dessa

1. Uma boa leitura nunca pode basear-se em fragmentos isolados do texto, já que o significado das partes sempre é determinado pelo contexto dentro do qual se

2. Uma boa leitura nunca pode deixar de apreender o pronunciamento contido por trás do texto, já que sempre se produz um texto para marcar posição frente a uma questão qualquer.

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1

Texto 2: “Meu

É por causa do meu engraxate que ando agora em plena desolação. Meu engraxate me deixou.

Passei duas vezes pela porta onde ele trabalhava e nada. Então me inquietei, não sei que doenças mortíferas, que mudança pra outras portas se pensaram em mim, resolvi perguntar ao menino que trabalhava na outra cadeira. O menino é um retalho de hungarês, cara de infeliz, não dá simpatia alguma. É tímido o que torna instintivamente a gente muito combinado com o universo no propósito de desgraçar esses desgraçados de nascença.

“Está vendendo bilhete de loteria”, respondeu antipático, me deixando numa perplexidade penosíssima: pronto! Estava sem engraxate! Os olhos do menino chispeavam ávidos, porque sou dos que ficam fregueses e dão gorjetas. Levei seguramente um minuto pra definir que tinha de continuar engraxando sapatos toda a vida minha e ali

ANDRADE, Mário de. Os filhos de Candinha, São Paulo, Martins, 1963. p. 16

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1

4 ESTILO

Para Martins e Zilberknop, o estilo é um jeito particular de uma pessoa fazer alguma coisa ou expressar;

É marcante;

Estilo MARCA DE SUA INDIVIDUALIDAD

Maneira PESSOAL

ÉPOCA

PALAVRA

4.1 QUANTO AO CONTEXTO, O ESTILO PODE

TEXTO LITERÁRIO TEXTO NÃO LITERÁRIOsobrecarrega-se de tons afetivos;conotação; pessoalidade; parcialidade; subjetividade; poética;impressiona, agrada;“desvio à gramática” – isso se deve ao impulso e à intenção estética; preocupação com a criatividade; beleza e ritmo.

traduz-se em objetividade; denotação; impessoalidade; imparcialidade; objetividade;técnica;esclarece, convence;preferência vocabular,

preocupação com a

Fonte: Martins;Zilberknop, 2001

4.2 QUALIDADES DE UM

É necessário que o estilo do comunicador possua uma série de requisitos: Para que o texto seja harmônico é necessário que tenha clareza; concisão; correção gramatical; coesão e coerência.

4.2.1

Manifestação da idéia de forma que possa ser rapidamente compreendida pelo leitor.; Ser claro é ser coerente, não se contradizer, não confundir o leitor;São inimigos da clareza:

*desobediência às normas da língua*os períodos longos*vocabulário rebuscado e impreciso

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1

Outros fatores que poderão concorrer para uma comunicação

Pontuação incorreta; Má disposição das palavras na frase; Omissão de alguns termos (principalmente pronomes); Imprecisão vocabular; Excesso de intercalações; Ambiguidade causada pelos pronomes possessivos, relativos, etc.

Exemplos

1. Eu, parece-me que o rapaz que eu fui ao escritório dele na semana passada, é fã ardoroso do

Flamengo.

2. Perdoas? Não discordo.

Perdoas? Não! Discordo.

3. Vendem-se cobertores para casal de lã.

4. O velhinho tomou aquele remédio dentro do vidrinho.

5. Precisa-se de babá para cuidar de criança de 17 a 25 anos.

6. Estamos liquidando pijamas para homens brancos.

7. Escutei algo a respeito do envenenamento da mulher sentada no banco da praça.

8.A ordem do ministro que veio de Brasília.

9. Subindo a serra, avistei vários animais.

10. Eu noivaria com você, Verinha, se tivesse um pouco de dinheiro.

11. Aquele sujeito foi prescrito de sua pátria.

12. Ele pensava no antigo amor e julgava que a sua agressividade teria contribuído para o

término do romance.

13. O leite, que é um alimento precioso para a saúde, e esta, uma dádiva divina, deve ser

ingerido após sofrer o processo de pasteurização, que o imuniza contra diversas infecções

4.2.2

Ser conciso significa que não devemos abusar das palavras para exprimir uma ideia; Ir direto ao assunto;Eliminar tudo aquilo que é desnecessário;

Exemplo 1: TEXTO

“Maria Joana da Silva, solteira, procura pessoa do sexo oposto para fim de casamento. O interessado deve ser pessoa sensível, que goste de ouvir música, seja alegre, que goste de passear domingo de manhã, que goste de pescar, que goste de passear na relva úmida da manhã, que seja carinhoso, que sussurre aos meus ouvidos que me ama, que tenha bom humor, mas também saiba chorar. Que saiba escutar o canto

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2

de dormir ao relento numa noite de lua, que sonhe acordado e que muito do azul do céu.(...) Não se exige que seja rico, de boa aparência (...) mas exige-se principalmente que goste de oferecer flores de vez em quando.”

End.: Rua da Esperança,

02/10/73 10/10/73

Maria Joana da Silva, solteira, procura pessoa do sexo oposto para fim de casamento. O interessado deverá ser pessoa sensível e que tenha o hábito de oferecer flores.

Maria Joana da Silva procura pessoa que a ame e goste de oferecer flores de vem em quando.

20/10/73 14/11/73

Maria Joana da Silva pede que qualquer pessoa goste dela e suplica que lhe mande flores.

A família da sempre lembrada Maria Joana da Silva comunica o trágico desaparecimento daquele ente querido e convidam parentes e amigos para o ato de

sepultamento. Pede-se não enviar flores.

Exemplo

A partir deste século, o número cada vez maior e, por isso mesmo, mais alarmante de separações, flagelo irrecuperável da família moderna tem alarmado as autoridades governamentais, guardiãs perenes do bem-estar social, principalmente pelas sequelas traumatizantes produzidas nos filhos e pela decadência moral da sociedade, tendo em vista ser a família o esteio e a célula-mater. dessa mesma sociedade.

Texto conciso: O número cada vez maior de separações tem alarmado as autoridades governamentais

4.2.3 Correção

A linguagem utilizada na redação deve estar de acordo com a norma culta; Devem-se conhecer as normas;Deve-se tomar cuidado com alguns desvios da linguagem padrão que comumente aparecem e m redações: grafia, flexão das palavras, concordância, regência, colocação pronominal.

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2

4.2.4

4.2.4.1 O papel dos elementos de

Elementos da coesão - palavras ou expressões que estabelecem elo;

valor típico - causa- finalidade- conclusão

estabelecem relação - contradição semântica - condição

** Problema: produz paradoxo

Exemplo 1: Excesso de queO que é indispensável é que se conheça o princípio que se adotou para que se

avaliasse a experiência que se realizou ontem, a fim de que se compreenda a atitude quetomou o grupo que foi carregado do trabalho.

O indispensável é conhecer o princípio adotado para avaliar a experiência realizada Exemplo 2: Erros quanto à colocação pronominal e

Detesto aquele rapaz. Se eu tiver a chance de não c umprim e nta r e le , eu nãocumprimento. Conh eç o ele , há mais de 10 anos a tr á s. Quando pedi ajuda, ele me virou ascostas. Tenho amigos que acham que deve-se perdoar estas coisas. Me r e cuso a aceitar

Detesto aquele rapaz. Se eu tiver a chance de não cumprimentá-lo, melhor. Conheço-o há mais de 10 anos. Quando pedi ajuda, ele me virou as costas. Tenho amigos que acham que se devem perdoar essas coisas. Recuso-me a aceitar isso.

Exemplo

Israel possui um solo árido e pouco apropriado à agricultura, porém chega a exportar certos produtos agrícolas. (contradição)

Exemplo

Este trator serve para arar a terra e para fazer colheitas.

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2

4.2.4.2 Relações que alguns elementos de coesão

a) assim, desse modo: têm um valor exemplificativo e complementar. A sequência introduzida por eles serve normalmente para explicitar, confirmar ou ilustrar o que se disse antes.

Ex: O Governador resolveu não se comprometer com as facções em disputa pela liderança do partido. Assim, ele ficará à vontade para negociar com qualquer uma que venha a vencer.

b) e: anuncia o desenvolvimento do discurso e não a repetição do que foi dito antes; indica uma progressão semântica que adiciona, acrescenta algum dado novo. Se não acrescentar nada, constitui pura repetição e deve ser evitada.

Ex: Este trator serve para arar a terra e para fazer colheitas. (correto) Tudo permanece imóvel e fica sem se alterar. (uso

c) ainda: serve, entre outras coisas, para introduzir mais um argumento a favor de determinada conclusão, ou para incluir um elemento a mais dentre de um conjunto

Ex: O nível de vida dos brasileiros é baixo porque os salários são pequenos. (...) Convém lembrar ainda, que os serviços públicos são extremamente

d) aliás, além do mais, além de tudo, além disso: introduzem um argumento decisivo, apresentado como acréscimo, como se fosse desnecessário, justamente para dar o golpe final no argumento contrário.

Ex: Os salários estão cada vez mais baixos porque o processo inflacionário diminui consideravelmente seu poder de compra. Além de tudo são considerados como renda e taxados com impostos.

e) isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras: introduzem esclarecimentos, retificações ou desenvolvimentos do que foi dito anteriormente.

Ex: Muitos jornais fazem alarde de sua neutralidade em relação aos fatos, isto é, de seu não comprometimento com nenhuma das forças em ação no interior da sociedade.

f) embora, ainda que, mesmo que: são relatores que estabelecem ao mesmo tempo uma relação de contradição e de concessão. Servem para admitir um dado contrario para depois negar seu valor de argumento. Trata-se de um expediente de argumentação muito vigoroso: sem negar as possíveis objeções, afirma-se um ponto de vista contrário.

Ex: Ainda que a ciência e a técnica tenham presenteado o homem com abrigos confortáveis, pés velozes como o raio, olhos de longo alcance e asas para voar, não resolveram o problema das injustiças. (admitem-se vantagens e afirma-se uma desvantagem)

Ex: Embora o Brasil possua um solo fértil e imensas áreas de terras plantáveis , (não resolveremos) vamos resolver o problema da forme. (O uso do embora e conectivos do mesmo sentido pressupõe uma relação de contradição, que, se não houver, deixa o enunciado descabido.

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Como vamos resolver o problema da fome, o Brasil possui um solo fértil e imensas áreas de terras plantáveis , como (porque) vamos resolver o problema da forme. (O uso do embora e conectivos do mesmo sentido pressupõe uma relação de contradição, que, se não houver, deixa o enunciado descabido.)

g) certos elementos de coesão servem para estabelecer gradação entre os componentes de uma certa escala. Alguns, como mesmo, até, até mesmo, situam alguma coisa no topo da escala; outros como ao menos, pelo menos, no mínimo, situam-na no plano mais baixo.

Ex: O homem é ambicioso. Quer ser dono de bens materiais, da ciência, do próprio semelhante, até mesmo do futuro e da morte.

Ex: É preciso garantir ao homem seu bem estar: ao lazer, a cultura, a liberdade, ou, no mínimo, a moradia, alimento e a saúde.

4.2.4.3 A retomada ou a antecipação de

Exemplo:José a Renato, apesar de serem gêmeos, são muito diferentes. Por exemplo, este

é calmo, aquele é explosivo.

Este (Renato) e aquele (José) são

Anafórico

São palavras ou expressões que servem para retomar um ter já expresso no texto ou também para antecipar termos que virão depois.

São eles:pronomes demonstrativos (este, esse, aquele);pronomes relativos (que, o qual, onde, cujo);advérbios ou expressões adverbiais (então, dessa feita, acima, atrás).

4.2.5

a) Coerência narrativa é a unidade do texto, conjunto

É incoerente narrar uma história em que alguém está descendo uma ladeira num carro sem freios, que pára imediatamente, depois de ser brecado, quando uma criança lhe corta a frente.

b) Coerência Figurativa: (descrição do personagem,

Suponhamos que se queira mostra a vida no Polo Norte. Podem-se para isso usar figuras como “neve, pessoas vestidas com roupas de pele, renas, trenós”. Não se podem, porém, utilizar figuras como “palmeiras, cactos, camelos”

c) Coerência

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Ex: Quando se defende de que o homem deve buscar o amor e a amizade... logo depois... ele não deve confiar em ninguém.

Ex: Defende de que todos são iguais perante a lei.... logo depois .... defende que o privilégio de algumas categorias profissionais não estarem obrigadas a pagar impostos.

Ex: Defender um ponto vista contrário a qualquer tipo de violência e ser favorável à pena de morte.

4.3 EXERCÍCIOS

A - Identifique as relações existentes entre as orações de acordo com os elementos de coesão:

1. Bruna nunca perdoaria /se a visse assim.

2. E Amélia, quanto mais refletia no caso, /tanto mais se revoltava contra a reserva do irmão.

3. Como ninguém me convidou para a cerimônia,/ não compareci.

4. Mariana me pediu/ para que explicasse a você.... /Quando voltar /saberemos.

5. Era cedo demais /para que eu pudesse pesar filosoficamente a revelação.

6. A reação da esposa foi tão surpreendente que ele permaneceu calado.

7. Como deveis saber, há em todas as coisas um sentido filosófico.,

8. Nem que a gente quisesse, não conseguiria vencer.

9.“Tudo vale a pena se alma não é pequena”. (Fernando Pessoa)

10.Era tão linda que os homens não conseguiram desviar o olhar.

11. Em São Paulo, como em Curitiba chove.

12. As garotas vestem-se como se veste as atrizes de televisão.

13. Como não tivesse traje apropriado, preferiu adir o compromisso.

14. Embora sua mãe insista, Patrícia não fará a viagem à França.

15. Desde que haja condições, iniciaremos os trabalhos amanhã;.

16. Desde que o conheceu, não consegue tirá-lo do pensamento.

17. A menina garantiu que só viajaria, se o garoto dirigisse com cuidado.

18. Quanto mais olhava, mais tinha certeza.

19. Segundo ouvi dizerem, ele partiu par ao Norte.

20. Embora não o conhecesse bem, sentia-se atraída por ele

B - Crie as relações através do elemento de coesão. Qual a relação?

1. Rosemary não tinha dinheiro. Rosemary comprou um carro.2. A menina não foi à festa. A mãe não comprou o vestido.

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4. Aquele aluno estuda muito. Aquele aluno quer passar no vestibular.

4.4 DEFEITOS

Para Martins e Zilberknop (2001), Os defeitos textuais são aliteração, hiatismo, cacofonia, rima, repetição de palavras e excesso de que.

4.4.1 Aliteração:repetição do mesmo fonema;recurso estilístico.

Ex: Na certeza de que seria bem sucedido, o sucessor fez a seguinte asserção:... Ex: O rato roeu a roupa do rei de Roma

4.4.2 Emenda de vogais (ou

Ex: Obedeça à autoridade. Ex: ... Tivera

4.4.3.

Ex: Por cada mulher cansada de ser... Ex: Na vez passada, agimos

4.4.4

Ex: O diretor chamou, com muita dor, o assessor, dizendo-lhe que, embora reconhecendo ser o mesmo trabalhador, não lhe poderia fazer esse favor.

Ex: O contador ao pôr o projetor na mesa, sentiu uma dor profunda nas costas.Ex: Na vez passada, agimos diferente.

4.4.5 Repetição de

Ex: Viaje bem, viaje VASP.Ex: O presidente da Cia. de Seguros é primo do presidente daquela empresa sendo um presidente muito ativo

4.4.6 Excesso de “que”

Confere ao período um estilo arrastado,

Ex: Solicitei-lhe que me remetesse a mercadoria que me prometera a fim de que eu pudesse saldar os compromissos que tinha assumido

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4.5

Reformule os seguintes trechos, tendo em vista a clareza, a harmonia e a

1. A sugestão da mesa foi enviada àquela reunião, por se constituir numa solicitação de longa data daquela população.

2. O contador, ao pôr o projetor na mesa, sentiu uma dor profunda nas

3. Na vez passada, ela também se

4. É uma realidade tradicional e costumeira que a diversão popular – e ela abrange várias modalidade circunscritas a épocas ou regiões diversas – geralmente é oferecida ao povo(podemos remontar à Roma Antiga), visando não ao objetivo precípuo da diversão (dar lazer a quem dele necessite),mas sim visando a uma alienação dos seres pensantes à situação política vigente, para que eles não pensem na fome, na miséria e na injustiça, suas

5. “Se buscarmos amor em nossas vidas, nossos pensamentos devem ser pensamentos amorosos que, num ato amoroso, desenvolvem um caráter amoroso que nos dará um destino de amor” (Juan Kreimer)

6. Logo que ela pensou que tinha sido aprovada, ficamos satisfeitos, porque, ainda que passasse com algumas deficiências, seria um gasto a menos que teríamos no ano

7. Gostei das atitudes dos alunos que o diretor

8. . Pago R$ 200,00 por

9. Solicitou a Nestor que lhe enviasse os seus

10. Vendia meia para freguesia de baixa

11. Pensando que ela chegaria cedo saiu à procura de

12. A ser realidade que a tua amiga à facilidade de permanecer estudando no Brasil prefere a chance de, apesar de isso te causar sofrimento, tentar uma bolsa que sabemos incerta para a França, deves acatar a sua decisão.

13. A história registra fatos injustos, como os operários que, no início do século, trabalhavam diuturnamente por algumas migalhas de pão, o que os prostituía como seres humanos.

14. Regando as flores, vi dois estranhos no

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2

5 FRASE E ESTRUTURA

5.1 ESTRUTURA FRASALÉ o ponto-chave da feição estilística;

5.2 FRASE:É “todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer

(GARCIA, Othon M. op. cit., p.7)

5.3

“A oração encerra uma frase (ou segmento de frase), várias frases ou um um período, completando um pensando e concluindo o enunciado através de ponto final, interrogação, exclamação e, em alguns casos, através de reticências.” (MARTINS;

5.4 TIPOS DE

Tipos de

1. Interrogativa

2. Declarativa

3. Imperativa

Direta: Que horas são?Indireta: Gostaria de saber que horas são. Afirmativa: Paulo parece inteligente. Negativa: Nunca te esquecerei. Afirmativa: Levanta-te!Negativa: Não corra, não mate, não morra.

5. Que

Fonte: Martins e Zilberknop,

Exemplos

1. Que saia suja!2. Meia volta!3. Iracema foi heroína de Alencar.4. Almejo que tenhas sucesso.5. Gostaria de saber se ela voltará.6. Que a deixe, por quê?7. Nada me convence.

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5.5 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO OTHON M.

5.5.1 Frase SituaçãoOs termos essenciais da oração não estão

Ex: Que calor! Pare!Não atravesse. Que susto!

5.5.2 Frase NominalConstituída apenas por nomes se a presença do verbo que indique a ação do

Ex: “Muito riso, pouco siso”.Ex: “Vozes veladas, veludosas

5.5.3 Frase ArrastãoAs orações se sucedem sem uma relação expressa entre elas;É a frase utilizada na linguagem infantil e nas pessoas incultas ou

Ex: Então me levante e me vesti e aí tomei café e então fui trabalhar. Mas acontece que era feriado. E daí voltei para casa e então fui descansar.

5.5.4 Frase Entrecortada ou PicadinhaFrase breve, incisiva, geralmente constituída por orações

Ex: A boca tremeu, mas nada disse. Sentia-se cansado. Ex: Parece orgulhoso e mesquinho. Não só

5.5.5 Frase LadainhaUsada mais na linguagem coloquial;Introduz orações coordenadas ligadas por “e” ou subordinadas, que não

sejam adjetivas, introduzidas por “que”

Ex: “... E era uma tarde meio cálida e meio cinza e meio dourada e estávamos alegres e o

Ex: “Mais tarde, não sei se sonhei ou se pensei realmente que os aviões não caíam no meio das ruas, e que as ruas não eram desertos,e que os portões brancos dos quartéis não eram oásis”. (Caio Fernando de Abreu)

5.5.6 Frase LabirínticaFrase confusa, sem clareza, período repetitivo, prolixo; Usadas por escritores do século XVI e XVII.

Ex: “Mas também a vossa sabedoria e a experiência de todos os séculos nos têm ensinado que depois de Adão não criaste homens de novo, que vos servis dos que tendes neste mundo e que nunca admitis os menos bons, senão em falta dos melhores”.

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5.5.7 Frase FragmentáriaVárias orações que se interligam sem sentido completo, formando um contexto. Quando as orações subordinadas se desligam da principal.

Ex: Há muito que ele não se sentia doente. Doença cruel.Ex: Ela o agredia sempre. Embora não houvesse motivos para

5.5.8 Frase CaóticaLivre, fluente, sem racionalizar, como se o narrador, através do fluxo de

consciência, pusesse, às claras, seus mais íntimos sentimentos.

Ex: “Marcos olhou para cima. As galerias reservadas às mulheres estavam escuras. Vazias. Mas – e a sombra que ali movia? E os suspiros que dali se ouviam? E os soluços? É o vento que sopra pelas frinchas do velho telhado? É mesmo o vento? Não são suspiros? É mesmo água? Não é o choro de alguém?”

5.5.9 Frase ParentéticaÉ formada por orações justapostas e que não pertencem integralmente ao

sentido lógico (são usadas para explicar, esclarecer, citar, advertir, opinar, ressalvar, permitir).Ex: Foi em outubro, se não me falha a memória, que nos conhecemos. Ex: É uma tristeza – livrai-nos, Deus! – o que eles

5.6 EXERCÍCIOS

A - Identificar as frases que seguem de acordo com o presente

1. Em 1974 – isso ocorreu num dia chuvoso – perdi uma das minhas maiores amigas. Perigo.2. Ela quase morreu. De tédio.3. Acordei feliz. O dia estava bonito. Todo sorria para mim.4. O povo gaúcho pode orgulhar-se de seu passado. Passado de lutas, passado de glórias. Decorrência do arrojo e da coragem de seus filhos.5. Sim, era possível que aquele homem me tivesse encontrado por casualidade. Por acaso, não havia ele se encontrado a ele mesmo, por casualidade?6. “Comíamos, é verdade, mas era um comer virgulado de palavrinhas doces.” (Machado deAssis)7. E aí ela veio me avisar que iríamos sair e então me arrumei, mas aí choveu muito e eu fiquei em casa.8. A natureza desabrochava. Flores coloridas entreabriam-se. Pássaros trinavam. Era primavera.B - R e for m ule os seguintes trechos, tendo em vista a clareza, a harmonia e a

1. Em toda sociedade, podemos observar a existência dos símbolos: a bandeira nacional é o emblema mais representativo de uma nação; o semáforo verde indica passagem livre para os automóveis; uma coroa, logo à primeira vista, já remete nosso pensamento à figura de um rei ou rainha.

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2. Outro fator muito importante dos símbolos está relacionado à memorização, onde estes recentemente passaram a ser atribuídos como novas ferramentas de aprendizagem para auxiliar crianças que possuem dificuldades físicas e psicológicas. Que não conseguem ler livros, revistas e soletrar palavras como as crianças com dislexia, o importante é que esta nova prática tem trazido grandes resultados.

3. A comunicação, para expressar ideias com símbolos, de forma crescente, toma espaço no dia-a-dia humano. Facilidades que ajudam a memorização, a economia da linguagem as quais contribuem para o progresso da humanidade.

4. Desde a pré-história os homens usavam linguagem visual em forma de símbolos como forma de expressar um tipo de comunicação, esse recurso esta presente em vários setor, diferentes lugares com uma imensidão de funções é fundamental no comércio, trânsito, e meios de comunicação onde a linguagem visual possui maior ênfase.

C - Identifique nas frases abaixo, os fatores que prejudicam a harmonia

1. “Na certeza de que seria bem sucedido, o sucessor fez a seguinte asserção:”2. “Roncou de raiva a cuíca, roncou de forme”3. Viaje bem. Viaje VASP.4. A flor tem odor.5. Demonstração da fé católica.6. A crise chegou ao auge.

D - Mantendo a ordem em que as orações a seguir são apresentadas, reescreva-as em uma só frase, ligando-as por meio de conjunções (elementos coesivos) adequadas ao sentido. Atente para a clareza, harmonia e concisão.

1. Este psicólogo fala muito bem. Ele convence qualquer um.2. O diretor encaminhou o funcionário à clínica. Ele fará uma avaliação psicológica.3. As provas foram insuficientes. O réu alegou inocência.

E - Agrupe as três orações simples em um único período composto, empregando conectivos e anafóricos. Faça alterações ou acréscimos necessários.

A falta de mineral na dieta dos jovens preocupa os médicos. Os médicos alertam sobre o cálcio.Essa carência pode aumentar a incidência de osteoporose.

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6

Martins e Zilberknop (2001) dizem que o parágrafo é uma unidade redacional. Serve para dividir o texto em partes menores. Quando se muda o parágrafo, não se muda o assunto, mas sim a abordagem. O assunto dever ser o mesmo, do princípio ao fim da redação. A cada novo enfoque, a cada nova abordagem, haverá novo parágrafo.

No aspecto formal, o parágrafo é indicado através da mudança de linha e de um afastamento da margem esquerda.

No aspecto funcional, a compreensão da estrutura do parágrafo é o caminho para a segura compreensão do texto.

6.1

Para Martins e Zilberknop (2001), o parágrafo apresenta algumas partes bem distintas. Dentre elas, a mais importante é tópico frasal.

É a ideia núcleo extraída, de maneira clara e concisa, do interior do parágrafo. As outras partes do parágrafo são:

a) desenvolvimento, através do qual, o tópico frasal recebe uma carga informativaonde, muitas, agregam-se ideias secundárias;

b) conclusão, nem sempre presente, serve para resumir o conteúdo do parágrafo, sublinhando o seu ponto de interesse e localizando-se no final do mesmo;

c) elemento relacionador, não obrigatório, mas geralmente presente a partir do segundo parágrafo; visa a estabelecer um encadeamento lógico entre ideias, servindo de “ponte” entre o parágrafo em si e o tópico que o antecede.

7 TIPOS DE DISCURSO –

Discurso direto Discurso indireto Discurso indireto livre- fala visível das personagens;

presença do verbo“dicendi” pontuação: dois pontos, travessão, aspas ou mudança de linha

fala não visível das personagens, mas informada pelo narrador(OSS);verbo “dicendi”; geralmente terceira pessoa na oração subordinada substantiva

Fala não visível das personagens, cuja voz parece mesclar-se coma do narrador,.ausência do verbo “dicendi”- períodos livres(sem elo

Verbos “dicendi”: dizer, responder, afirmar, indagar,

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Exemplos de discurso diretoA professora disse-lhe: - Eu o conheço.Apontou para a casa e falou:

Exemplo de discurso indiretoA professora disse-lhe que ela o conhecia.Apontou para a casa e falou que aquilo ali era uma construção

Exemplos de discurso indireto livre ou semi-indiretoEncontrei-me com ele um dia. O olhar estava distante, distante. Dia especial para matar o serviço...

DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETOPronome (Eu, me, mim, comigo, nós, nos, conosco)

Ele (ela), se, o, a, lhe, si, consigo, Eles (elas), os, as, lhes

Presente do Indicativo Pretérito Imperfeito do IndicativoPretérito Perfeito do Indicativo Pretérito mais que Perfeito do

IndicativoFuturo do Presente Futuro do PretéritoPresente do subjuntivo Futuro do subjuntivo Imperativo

Pretérito Imperfeito do

Este, esta, isto Aquele, aquela, aquiloAqui, cá Ali, láAgora, hoje Naquela ocasião, naquele dia

Fonte: Martins e Zilberknop, 2001.

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7.1 DIFERENÇA DO DISCURSO DIRETO E DISCURSO

O rapaz, depois de estacionar seu automóvel em um pequeno posto de gasolina daquela rodovia, perguntou a um funcionário onde ficava a cidade mais próxima. Ele respondeu que havia um vilarejo a dez quilômetros dali.

O rapaz, depois de estacionar seu automóvel em um pequeno posto de gasolina daquela rodovia, perguntou:

- Onde fica a cidade mais próxima?

- Há um vilarejo a dez quilômetros daqui –

a) a

Quero que você me siga – disse Pedro. Se estiver disposta, eu o farei – replicou Paula.

Pedro disse a Paula que queria que ela o seguisse. Paula replicou que, se estivesse disposta, ela o faria.

bb

A mãe, impaciente pediu a Venha cá, minha filha – disse a mãe, impaciente.

Estarei aí daqui a cinco minutos.

filha que fosse até lá. Ela respondeu que estaria lá dali a cinco minutos.

c c

- Onde estão os meus ingressospara o espetáculo de patinação?– perguntou Pedro.

- Estavam aqui ainda nesteinstante – replicou Maria

Pedro perguntou a Maria onde estavam os seus ingressos para o espetáculo de

patinação. Ela replicou que eles estavam ali ainda naquele instante.

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7.2 EXERCÍCIOS

A - Transforme o DD em

1. A esta hora, a senhora já saiu, disse o rapaz, olhando-a ternamente.2. O diretor falou: - Preciso, neste dia, de muito dinheiro.3. Ela esclareceu: - Não estou pronta ainda, nem banho tomei.4. Como Paulinho estava impossível, a mãe lhe pediu:

- Sossega, meu filho, porque eu já estou com dor de cabeça.5. Sacudiu a cabeça, lamentando:

B - Com base nas informações fornecidas, transforme o discurso direto em indireto, e vice-versa, conforme apresentado.

1. – Hoje pretendo viajar – afirmou a vendedora de cosméticos.- Nesta cidade – afirmou sua irmã – as vendas estão cada vez mais difíceis.

2. O médico explicou à senhora que ela precisaria ter paciência. Ela respondeu ao doutor que sabia que o caso era grave, pois haviam lhe contado tudo sobre o estado clínico de seu marido.3. - Neste momento estou me arrumando para ir até aí. Quero jogar basquete – disse o professor de Educação Física, pelo telefone.

- Quando você chegar, procure-me – pediu seu amigo.4. O poeta, visivelmente emocionado, falou que havia três anos ele estivera naquela mesma casa e tinha encontrado aquelas pessoas pela última vez.

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8 ACENTUAÇÃO

O que é tonicidade?“Na língua portuguesa, há um número bem reduzido de palavras átonas (palavras

que, no contexto frasal, soam fracas) e uma grande maioria de palavras tônicas (palavras com autonomia fonética, que têm uma sílaba forte)”. (MARTINS; ZILBERKNOP, 2001, p. 296) Citam-se os exemplos de elementos átonos: os artigos, a maioria das preposições e conjunções, alguns prefixos, alguns pronomes pessoais oblíquos, etc.

Os vocábulos átonos recebem este nome porque, ao pronunciá-los, nota-se que eles não possuem uma acentuação própria, são “fracos”. Já o acento tônico é a sílaba “forte” do vocábulo.. Existem palavras como “cad e i ra” e “m e sa”, por exemplo, que não acento gráfico,mas possuem acento tônico. Existem outras, que, além do acento tônico, possuem, um acento gráfico.

Exemplos: p r ín cipe, fêmur, caf é Para que as palavras possam receber o acento gráfico, isto vai depender de

suas terminações.Veja a seguir:

8.1 REGRA DAS OXÍTONAS E DAS

Paroxítonas Oxítonas

Acentuam-se as palavras terminadas por: Acentuam-se as palavras terminadas por :

ÃO (s) – Ã (s) – OM – ON (ONS) – I e U (S) –UM (UNS) – OS – L – N – R – X – DITONGO(S)

O – E – A (seguidas de s), EM – ENS(quando tiverem mais de uma sílaba)

Ex: órgão – prótons – vírus - Ex: jacaré – escrevê-lo – ninguém -

Não se acentuam as palavras terminadas por :

Não se acentuam as palavras terminadas por:

O – E – A (seguidas de s), EM – ENS(quando tiverem mais de uma sílaba)

ÃO (s) – Ã (s) – OM – ON (ONS) – I e U (S) –UM (UNS) – OS – L – N – R – X – DITONGO(S)

Ex: estudo – partem – veste – rubrica Ex: balão - urubu – caqui – papel

8.2 NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA

8.2.1 Novas letras k, w e

alfabeto passa a ter 26 letras (hoje são 23); fica restrito em alguns casos: em nomes próprios de pessoas e seus derivados; em nomes próprios de lugares originários de outras línguas e seus derivados; em símbolos, abreviaturas, siglas; em palavras estrangeiras incorporadas à língua.

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8.2.2 O acento agudo desaparece das palavras em três

1) Nos ditongos (encontro de duas vogais proferidas em uma só sílaba) abertos e i e oi das

Antes Hoje

assembléia heróico idéiajibóia

assembleia heroico ideiajiboia

No entanto, as oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éi, éu, ói, continuam com o acento (no singular e/ou no plural.

Ex: herói(s), Ilhéus, chapéu(s), anéis, dói,

2) Nas palavras paroxítonas com i e u tônicos que formam hiato (sequência de duas vogais que pertencem a sílabas diferentes) com a vogal anterior quando esta faz parte de um

Antes Hoje

baiúca boiúna

baiuca boiuna

No entanto, a letras I e U continuam a ser acentuadas se formarem hiato, mas estiverem sozinhas na sílaba ou seguidas de s.

Ex: baú, baús,

No caso das palavras oxítonas, nas mesmas condições descritas no item anterior, o acento permanece.

Ex: tuiuiú, Piauí

3) Nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com o u tônico precedido das letras g ou q e seguido de e ou i. Esses casos são pouco frequentes na língua portuguesa: apenas nas formas verbais de arguir e redarguir.

Antes Hoje

argúis argúem redargúis redargúe

arguir arguem redarguis redargue

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3

8.2.3 Acento

Hoje Regra Antiga Como ficouNão existe mais o acento diferencial em palavras

péla (v.) pólo (subst.) pélo (v.)pêra (subst.)pára (v.)pôr (v.)pôde (v.

pela (prep.) polo (por + lo) pêlo (subst.)péra (subst. = pedra)para (prep.)por (prep.)

pela polo pelo pera paramantém o acento diferencial mantém o

Obs 1: o acento diferencial ainda permanece no verbo 'poder' (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo - 'pôde') e no verbo 'pôr' para diferenciar da preposição 'por„ Obs 2:fôrma/forma o acento é facultativoObs 3: fôrmas/ forma, o acento é facultativo.

8.2.4 Acento

Não será mais usado nas palavras terminadas em oo e

O hiato 'oo' não é mais acentuado O hiato 'ee' não é mais acentuado

enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo

creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem

8.2.5 Ditongos Abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas

assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico,

assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico,

Obs 1: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis.Obs 2: o acento no ditongo aberto 'eu' continua: chapéu, véu, céu, ilhéu.

8.2.6 Trema deixou de

Antes HojeAgüentarEloqüent

AguentarEloquent

No entanto, o acordo prevê que o trema seja mantido em nomes próprios de origemEstrangeira, bem como em seus derivados. Ex: Bündchen, Müller.

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3

8.2.7 Uso do

Como ficam as principais regras do hífen com

Prefixos Usa hífen Não se usa hífenAgro, ante, anti, arqui, auto,contra, extra, infra, intra, macro,mega, micro, maxi, mini, semi, sobre, supra, tele,

Quando a palavra seguinte começa com h ou com vogal igual à última do prefixo: auto-hipnose, anti-herói,auto observação, mini-hotel anti-imperalista, micro-

Em todos os demais casos: autorretrato, autossustentável, autoanálise, autocontrole, antirracista, antissocial, ultrassom antivírus, minissaia, minidicionário,

Hiper, inter, super Quando a palavra seguinte começa com h ou com r: super-homem, inter-regional

Sub Quando a palavra seguinte começa com b, h ou r:sub-base, sub-reino, sub-humano

Vice Sempre: vice-rei, vice- presidente

Pan, circum Quando a palavra seguinte começa com h, m, n ou vogais: pan-americano, circum-hospitalar

Em todos os demais casos:hiperinflação, supersônico

Em todos os demais casos:subsecretário, subeditor

Em todos os demais casos:

8.3 EXERCÍCIOS

1) Tem a mesma classificação quanto ao acento tônico, as palavras:a) alivia – vizinho – insônia – chão. b) risquei – fósforo – tijolo – porque.c) zombaria – devagarinho – companhia. d) fôlego – estrela – tamborete.e) tempero – próximo – lua.2) Coloque as notações léxicas, quando necessário:

Por Circuito Apoio Aziago Libido Gratuito Sueter Arabe Juizo Belico Civil Matine

Druida Heroi Lobisomem Abdomen Hifen HifensItem Itens Proteina Fluido Recorde

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3

Neon Ureter Decano Micuim Fortuito Caracois Bau Rubrica

Bilingue Chanceler Cafe Lindoia Interim Dragea Corcel Necropsi

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4

9

Crase é a superposição de dois a (geralmente preposição a + artigo a ou preprosição a+ pronome demonstrativo a quilo, a qu e le, a qu e la ).

O acento grave que parece sobre o a não constitui, pois, a crase, mas é um mero sinal gráfico que indica ter havido a união de dois a (crase).

Para haver crase, é indispensável a presença da preposição a (uma questão de regência) mais o artigo a (palavra feminina).

9.1 NÃO EXISTE CRASE

Antes de palavra masculina;antes de verbo;antes de artigo indefinido;antes de expressão de tratamento;antes de pronomes demonstrativos (esta, essa);antes pronomes pessoaisantes dos pronomes indefinidos (exceto outra); Quando a estiver no singular e a palavra seguinte no plural;Quando, do “a”, existir preposição .

Ex: Vieram a pé.Ex: Ficamos a admirá-los.Ex: Levamos a mercadoria a uma firma. Ex: Enviei dois ofícios a Vossa Senhoria. Ex: Não me refiro a esta casa.Ex: Nada revelei a ela.Ex: Direi isso a qualquer pessoa. Ex: Falei a vendedoras desta firma.

Ex: Os papéis estavam sob a mesa

9.2 CASOS ESPECIAIS

1. Localidades

2. Pronomes demonstrativos:

aquele, aquela, aquilo

3. Palavra casa

Ex: Pretendo ir à Europa. (Vim da Europa) Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre)

Mas: Vou à grande Porto Alegre.(Vim da grande Porto Alegre.)

Ex: Enviei convites àquela sociedade. (a esta) Não dei atenção àquilo. (a isto)Não me referi àquele homem. (a este)

Mas: A solução era aquela apresentada (esta)Ex: Chegamos alegres a casa. (não especificou)

Chegamos alegres à casa de meu pai (especificou) Irei à casa de campo. (especificou)

Quando significar: (exemplos)solo – O colono dedicou à terra os seus dias. Planeta – Os astronautas retornaram à Terra. Terra natal – Voltei à terra onde nasci.

5. Palavra distância

6. Pronome relativo: qual,

Ex: Via-se o suspeito à distância de um metro. Olhava-nos a distância.

A fábrica a que me refiro precisa de empregados.O escritório a que me refiro precisa de empregados. A carreira à qual aspiro é almejada por muitos.O trabalho ao qual aspiro é almejado por muitos. A mulher a quem me refiro é a diretora da empresa.O homem a quem me refiro é o diretor da empresa.A avenida em que moro é paralela à que vai dar na praça. O parque em que moro é paralelo ao que vai dar na

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4

Expressões adverbiais que indicam instrumento, não se

Exemplos:• Escreveu a tinta (compare com “escreveu a lápis”)• Escreva o texto a caneta.

Expressão “à moda de”• Escrevia à moda de Camões.• Pinta à moda de Picasso.Ou• Escrevia à Camões.

Expressões “rua”, “loja”, “estação de rádio” estiverem subentendidas. Ex: Dirigiu-se à Tancredo Neves. (avenida)

Telefonem à Ariquemes. (estação) Ex: Fomos à São Luis Calçados. (loja)

9.3 OBRIGATORIEDADE DA

Crase

Locuções prepositivas: à custa de, à moda de, à custa

de, à força de, à maneira de. Locuções conjuntivas: à medida que, à proporção

que. Locuções adverbiais: à queima-roupa, às cegas, à

noite, às tontas, às vezes, às escuras, às pressas, às mil maravilhas, à tarde, às oito horas, às dezesseis horas, etc.

Observação: desde que o núcleo seja um substantivofeminino.

9.4 EXERCÍCIOS

A - Use quando necessário, o acento indicador da

1. Todo o país estava atento a decisão do Congresso.

2. De ponta a ponta, a praia estava repleta de banhistas.

3. De repente, todas as crianças começaram a correr.

4. Durante a palestra, o economista não se referiu a dívidas públicas.

5. Nas férias iremos a Moscou.

6. Nas férias iremos a fascinante Brasília.

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8. Suas decisões são iguais as que qualquer um tomaria.

9. Depois de semanas em alto-mar, os pescadores voltaram a terra.

10. Durante a palestra, o economista não se referiu a dívidas públicas.

11. Entregue esse telegrama aquela mulher.

12. Haverá aula de segunda a sexta.

13. Avisei a todos que a partida de futebol foi adiada.

14. Fomos a Inglaterra e a Roma Antiga.

15. Ele chegou a escola muito tarde.

16. Ele não gosta de vir a barulhenta São Paulo.

17. Dirija-se a moça que está naquele balcão.

18. Comprei a moto a prazo.

19. Conte a história a essas crianças.

20. Faça a lição de casa a lápis.

21. O pescador voltou a tardinha a casa.

22. Uma a uma, as lágrimas caíam de seus olhos.

23. Ele se dirigiu as mulheres presentes com muita educação.

24. Mostre-me as coisas que você comprou.

25. Nesta cidade, as vezes, chega a nevar no inverno.

26. Ela chegou a primeiras horas do dia.

27. As primeiras pessoas que chegarem receberão um prêmio.

B - Justifique o uso ou não da crase na seguinte

“Ele estava a toa na vida, agindo segundo a sua própria moral; não pertencia a nenhuma classe de trabalhadores, explorava a Deus e todo o mundo, sendo posto a margem pela própria família.”

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4

10. CONCORDÂNCIA

10.1 CONCORDÂNCIA

a) Adjetivo após vários substantivosSe os substantivos são do mesmo gênero – adjetivo pode concordar com o

último substantivo ou ir para o plural.Ex: Casa e igreja antiga/antigas

Se os substantivos são de gêneros diferentes – o adjetivo pode concordar com o último substantivo ou ir para o masculino plural.Ex: Prédio e casa antiga/ antigos.

b) Adjetivo antes de vários substantivosO adjetivo só pode concordar com o primeiro

substantivo. Ex: Velha casa e prédio/ Velho prédio e casa.

Concorda apenas com o mais próximo. Ex: Escolheu mau local e hora.

Obs: se o substantivo for nome próprio ou de parentesco, o adjetivo vai para o plural.

c) MesmoNa função de pronome, concorda com a palavra a que se

refere. Ex: Elas mesmas irão lá.

Na função do advérbio (= realmente) é invariável. Ex: Elas irão mesmo lá.

d) AnexoConcorda com a palavra a que se refere

A locução em anexo é invariável. Ex: As cartas irão em

e) BastanteNa função de pronome indefinido, concorda com a palavra a que se

refere. Ex: Eles fizeram bastantes críticas ao projeto (muitas)

f) MeioNa função de numeral (=metade), concorda com a palavra a que se

refere. Ex: meia garrafa, meio-dia e meia.Ex: O trem trouxe duas meias toneladas de pedras.

Na função de advérbio (=um pouco), é

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Ex: A criança ficou meio cansada. Na função de advérbios é invariável

g) É bom, é proibido, é necessário + substantivoSe o substantivo estiver acompanhado de artigo ou pronome – bom,

necessário, proibido... concordam com o substantivo.Ex: É permitida a entrada de crianças. Ex: A cerveja é boa.

Se o substantivo não estiver acompanhado de artigo ou pronome – bom, necessário, proibido... ficam no masculino e no singular.Ex: É permitido entrada de criança. Ex: Cerveja é bom.

h) Tal qualO primeiro elemento concorda com o antecedente, e o segundo, com o

consequente. Ex: O garoto é tal qual o pai.Os garotos são tais quais os pais. O garoto é tal quais os pais.Os garotos são tais qual o pai.

i) QuiteUsa-se “quite” com a 1ª, 2ª, 3ª pessoa do singular.

Usa-se “quites” com a 1ª, 2ª e 3ª pessoa do plural.

j) Expressões invariáveisLocuções adjetivas.Ex: Heróis sem caráter; artistas de talento; indivíduos sem

Palavras empregadas como advérbio: Ex: Os juízes falavam baixinho;

Os vestidos custaram barato, mas as saias custaram caro; Os aviões andam rápido;As crianças cantavam desafinado; Os soldados estavam alerta

MaQuando estas palavras são substantivos ou adjetivos, elas

Ex: A Xuxa faz um programa para os baixinhos; Coisas baratas não existem mais. Joias caras estavam expostas na vitrina.Os rápidos aviões cortam os céus.Eu não aguento ouvir uma cantora desafinada. Dois alertas soaram na calada da noite.

l) Os substantivos e os numeraisNúmeros ordinaisQuando vem posposto a dois ou mais numerais ordinais, fica no singular ou vai para o

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Ex: Ela desobedeceu à terceira e à quarta lei (ou leis) dó Código de Trânsito. Quando vier antes dos numerais, vai para o plural.Ex: Ela desobedeceu às leis terceira e quarta do Código de Trânsito. Ex: Revisei as edições primeira e segunda do romance.

Números cardinaisQuando se empregam os numerais cardinais no lugar dos ordinais, eles ficam invariáveis. Ex: Abra o livro na página vinte e um;Ex: Ele mora na casa duzentos e vinte e dois.

Obs: Em linguagem jurídica, diz-se: “Leia-se a folhas vinte e

10.2 CONCORDÂNCIA

Se o sujeito é... Regras ExemploQue O verbo concorda com o pronome

pessoal que vem antes do QUE

Quem a) o verbo concorda com o pronome pessoal que vem antes do QUEMb) fica na 3ª pessoa

Sois tu q u e pagas.Sois vós q u e pagais.

Sou eu q u em pago.Sou eu q u em paga.

Qual de nós/ Algum de nós/ Nenhum dentre nós/ Qualquer dentre vós

Verbo no singularObs: caso os interrogativos ou indefinidos estejam no plural: a) O verbo fica na 3ª p.plb) Ou concorda com Nós ou Vós

Q u al de n ós pagou a conta.Q u ais de n ós pagaram a conta.Q u ais de n ós pagamos a conta.

Mais de um O verbo fica na 3ªp. s. Se o verbo exprimir reciprocidade, o plural será obrigatório

Mais de um professor criticou a decisão.Mais de um dos deputados se agrediram.

Cada um O verbo fica na 3ª p.s. C ada um dos alunos levava um beliscão

Um dos que a) Se a ação for claramente atribuída a uma só entidade, verbo no singular; b)em caso contrário,

O sol é um dos astros que dá luz à Terra.Sílvio é um dos que mais fala (m).

Um ou outro facultativo Um ou outro termo lhe ficava bem.

Um e outro/ Nem um nem outro

Ligados pelas alternativas: Ou...ou, Nem um nem outro

Representado por expressões que indiquem quantidade: grande número... a maior parte... Um por cento de...(expressão partitiva)Representado por núcleos unidos por Com ou Como

O verbo fica na 3ª pessoa do singular(alternância)

facultativoa) Havendo exclusão – verbo no singular.b) Não havendo exclusão obrigatória– verbo no singular ou plural.

O verbo fica no singular ou plural, embora o emprego do singular indique maior rigorismo gramatical

Se a expressão não estiver entre vírgulas, o verbo pode ficar no singular.

Um e o u tro perdeu-se. (perderam-se)

Ou Zé o u João será o governador.Ou o machado o u o fogo destruirá (ão) amata

A m aioria dos alunos estuda(m).

Zé com sua esposa viajará (ão) hoje.

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Alguns casos que podem gerar

Sujeito composto antes do verbo

O verbo irá para o plural O trator e o caminhão saíram da estrada.

Sujeito composto depois do verbo

O verbo ou vai para o pluralOu concorda com o núcleo mais próximo.

Saíram da estrada o trator e o caminhão. Saiu da estrada o trator e o caminhão.

Haver e fazer O verbo haver (existir) e fazer (indicando tempo) são impessoais.

Havia candidatos despreparados. Fez dois anos.

Dar, bater e soar Quando o sujeito não está anteposto estes verbos concordam com o número

Deram dez horas. Batiam s eis h oras .

Voz passiva pronominal(verbo + se)

O verbo deve concordar com a expressão que o acompanha, porque ela é o sujeito.Obs:Se essa expressão vier precedida de preposição, ela não será sujeito.Ex: Precisa-se de operários.

Lá se obedece às autoridades

Aluga-se apartamento. Alugam-se apartamentos. Vende-se ca s a. Vendem-se ca s as. Observaram-se, daquele local, os la n ces da l u ta .Devem-se solicitar os i ng re ss os do s h ow

Verbo serNão –personativo + Não- personativo

Personativo+PersonativoPersonativo+

Concordância facultativa Nem tudo é flores. (são)

Concordância facultativa Aqueles escritores eram uma sópessoa. (era)

Não-personativo Concordância com o personativo O homem é sofrimentos e

Personativo+ Pronome pessoal Concordância com o pronome pessoal.

O acusado s ou eu.

Não-personativo+Pronome pessoal

Concordância com o pronome pessoal

O Brasil, senhores, s ois vós.

Pronome pessoal+Pronome pessoal

Concordância com o sujeito Eu não sou ela.

10.3

A - Sublinhe, dentro dos parênteses, a forma correta (concordância

1)Vou comprar trezentos/trezentas gramas.

2) A candidata estava meio/meia nervosa.

3) Fizeram uma pesquisa tecnicocientífica/tecnicacientítica) para uma entidade

ibero- americana/ibera-americana.

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4) Solicitou alguns livros emprestado/emprestados.

5) As guarnições, em face da situação política, permaneceram alertas/alerta.

6) Perseverança é necessário/é necessária para vencer na vida.

7) É necessário/é necessária a esperança para vencer.

8) Iracema, heroína de Alencar, banhava-se em tranquilos/tranquilas lagoas e rios.

9) Felizmente, naquela cidade, temos bastante/bastantes amigos.

10) Demonstrou fabulosa/fabulosas inteligência e versatilidade .

11) Os incansáveis/o incansável Pasteur e Mme Curie muito fizeram em prol da humanidade.

12) Os alunos mesmo/mesmos foram pesquisar o assunto;depois,irão remeter-nos

incluso/inclusos ao relatório os dados estatísticos.

13) As aulas de música devem ser o mais agradáveis possível/possíveis.

14) Dados/dadas as exigências da comissão, procuraram-se manter coesa/coesas as três

partes do trabalho.

15) Queremos bem transparente/transparentes estas transações,para que os fatos possam

falar por si só/sós.

16) Donos de rápido/rápidos raciocínio e atitudes, subiu até o andar/os andares nono

e décimo.

17) Geralmente, os funcionários daquela empresa começam a trabalhar ao meio dia

e meio/meia fazendo, nos fins de semana, diversas horas extra/extras.

B - Sublinhe, dentro dos parênteses, a forma correta (concordância

1) Eles (parece-parecem) serem companheiros há muito tempo.

2) (Surgiu-Surgiram) muitas controvérsias sobre a aplicação da reforma do ensino.

3) Como (pode-podem) haver pessoas tão inescrupulosas?

4) A glória, meus irmãos, (era-eram) aqueles heróis combatendo!

5) (Ouvia-Ouviam)-se, muito longe, os sinos da igreja repicando.

6) (Faz-fazem) muitos anos que ela não vai à sua terra natal.

7) (Basta-Bastam) de tantos dissabores!

8) (Faz-Fazem) dias agradáveis na primavera.

9) (É-São) três dias de expectativa e de nervosismo.

10) (É-És) tu que (paga-pagas) a despesa de hoje.

11) Nem a seca nem a enchente (conseguiu-conseguiram) abalar a fibra deste povo.

12) José ou Mária (será-serão) escolhido(s) presidente do time.

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13) (Questiona-Questionam)-se situações, mas não se (encontra-encontram) soluções.

14) Acredita-se que nem um, nem outro (falou-falaram) o que pretendia.

15) Mais de um jornalista (fez-fizeram) referência à comemoração cívica.

16)(Precisa-Precisam)-se de amigos sinceros, mas só (aparece-aparecem) pessoas

oportunistas.

17) A esperança, minha gente, (é-são) eles.

18) (Deu-Deram) sete horas no relógio da praça.

19) Noventa quilos (é-são) muito para quem faz regime alimentar.

20) Mais de dez homens (fez-fizeram) o trabalho.

21) Um ou outro pedinte (era-eram) visto(s) nas ruas.

22) (Há-Hão) de construir belas obras naquela área.

23) Mais de um orientador educacional (elogiou-elogiaram) aquele método de aprendizagem.

24) (Havia-Haviam) receios, temores, dúvidas.

25) Ele sempre se (houve-houveram) com dignidade e lisura.

26) Ainda (existe-existem pessoas discretas.

27) (Desconfia-Desconfiam)-se de propostas tentadoras.

28) Dor, tristeza, solidão, tudo isso (resumia-resumiam) sua vida de insucessos.

29) (Via-Viam)-se muitas pessoas perguntando pelos parentes desaparecidos.

30) (Deve-Devem)-se mandar os convites com um mês de antecedência.

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11. REGÊNCIA

Definição:Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo

(ou um nome) e seus complementos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras.

11.1 REGÊNCIA

Termo Regente: VERBOA regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que

os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva,

pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição. Observe:

A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, contentar.A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado ou prazer",

Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de "agradar a

Saiba

O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modificar completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os exemplos:

Cheguei ao

Cheguei no metrô.

Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em frases distintas.

11.1.1 Verbos Intransitivos

Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.

a) Chegar, IrNormalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua culta,

as preposições usadas para indicar destino ou direção são: a, para.

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Exemplos:Fui ao teatro (adjunto adverbial de lugar)Ricardo foi para a Espanha. (adjunto adverbial de

Obs.: "Ir para algum lugar" enfatiza a direção, a partida." Ir a algum lugar" sugere também o retorno.

Importante: reserva-se o uso de "em" para indicação de tempo ou meio.

Cheguei a Roma em outubro. (adjunto adverbial de tempo) Chegamos no trem das dez. (adjunto adverbial de

b) ComparecerO adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou

Exemplo: Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último

11.1.2 Verbos Transitivos DiretosOs verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso

significa que não exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em - r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos.

São verbos transitivos diretos, dentre outros:

abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer,

conservar,convidar, defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.

Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o verbo

Amo aquele rapaz. / Amo-o. Amo aquela moça. / Amo-a. Amam aquele rapaz. / Amam-no.Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-

Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adnominais).Exemplos:

Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor)

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11.1.3 Verbos Transitivos IndiretosOs verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos.

Isso significa que esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são o "lhe", o "lhes", para substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes. Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:a) Aspirar

No sentido de almejar, ter por fim ou objetivo,

Exemplo: Aspiro a ser excelente

b) AgradarNo sentido de ser agradável, causar prazer,

Exemplo: A gentileza do rapaz agradou a

c) AssistirNo sentido de estar presente, ver, ou no de caber,

Exemplos:Assisti à cerimônia. Assistiu à cena estarrecido.Não assistem razões a ele para reclamar.d) Consistir

Tem complemento introduzido pela preposição

Exemplo: A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para

e) CustarNo sentido de ser difícil ou doloroso. Esse verbo (CUSTAR) não admite a pessoa

como sujeito, apenas como objeto indireto. O sujeito sempre será a "coisa" difícil, dolorosa.Exemplo: Custava-lhe acreditar que a esposa havia

f) Obedecer e Desobedecer:Possuem seus complementos introduzidos pela preposição

Exemplos:Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. Eles desobedeceram às leis do trânsito.Acabou obedecendo à vontade da amada.

g) ProcederNo sentido de levar a efeito; fazer, executar,

Ex: Mandou proceder ao início da competição mesmo sem a presença do

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No sentido de levar a efeito; fazer, executar,

Ex: Mandou proceder ao início da competição mesmo sem a presença do

h) QuererNo sentido de ter afeição, gostar,

estimar. Exemplo: Quero-lhe muito, Ester.

i)

Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto para indicar "a quem" ou "ao que" se responde.Exemplos:Respondi ao meu patrão. Respondemos às perguntas. Respondeu-lhe à altura.

Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva analítica. Veja:

O questionário foi respondido corretamente.Todas as perguntas foram respondidas

l) Simpatizar e AntipatizarPossuem seus complementos introduzidos pela preposição

Exemplos:Antipatizo com aquela apresentadora.Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria

m) VisarNo sentido de almejar, ter por fim ou objetivo,

Alguns VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS que exigem a preposição A não admitem o uso dos pronomes LHE, LHES. Só poderemos usar A ELE, A ELA, A ELES, A ELAS. Eis os

ASPIRAR, VISAR, ASSISTIR (no sentido de estar presente, ver), aludir (fazer alusão, referir-se), referir-se e anuir (dar consentimento, aprovação).

Ex.: Confesso que julgo seu cargo o ideal para mim; sempre aspirei a

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11.1.4 Verbos Transitivos Diretos ou

Há verbos que admitem duas construções, uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso implique modificações de sentido. Dentre os principais, temos:

a) AbdicarAbdicou as vantagens do cargo. Abdicou das vantagens do cargo.

d) AtenderAtendeu os meus pedidos. Atendeu aos meus pedidos.

b) AcreditarNão acreditava a própria força. Não acreditava na própria força.

c) AlmejarAlmejamos a paz entre as nações. Almejamos pela paz entre as nações.

d) AnsiarAnseia respostas objetivas. Anseia por respostas objetivas.

e) AntecederSua partida antecedeu uma série de fatos estranhos.Sua partida antecedeu a uma série de fatos estranhos.

g) AtentarAtente esta forma de digitar. Atente nesta forma de digitar. Atente para esta forma de digitar.

h) CogitarCogitávamos uma nova estratégia. Cogitávamos de uma nova estratégia. Cogitávamos em uma nova estratégia

j) ConsentirOs deputados consentiram a adoção de novas medidas econômicas.Os deputados consentiram na adoção de novas medidas econômicas

k) DepararDeparamos uma bela paisagem em nossa trilha.Deparamos com uma bela paisagem em nossa trilha.

l) GozarGozava boa saúde. Gozava de boa saúde.

m) NecessitarNecessitamos algumas horas para preparar a apresentação.Necessitamos de algumas horas para preparar a apresentação.

o) PrecederIntensas manifestações precederam a mudança de regime.Intensas manifestações precederam à mudança de regime.

p) PresidirNinguém presidia o encontro. Ninguém presidia ao encontro

q) RenunciarNão renuncie o motivo de sua luta. Não renuncie ao motivo de sua luta.

r) SatisfazerEra difícil conseguir satisfazê-la. Era difícil conseguir satisfazer-lhe.

s) VersarSua palestra versou o estilo dos modernistas. Sua palestra versou sobre o estilo dos modernistas.

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11.1.5 Verbos Transitivos Diretos e

Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto direto e um indireto. Merecem destaque, nesse grupo:

Agradecer, Perdoar e PagarSão verbos que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto

indireto relacionado a pessoas. Veja os exemplos:

Agradeço aos ouvintes a audiência. Objeto Indireto Objeto

Cristo ensina que é preciso perdoar o p e c a do a o p e c a dor. Objeto Direto Objeto

Paguei o d é bito a o c obr a do r .Objeto Direto Objeto

O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado.

Agradeci o presente. / Agradeci-o. Agradeço a você. / Agradeço-lhe. Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. Paguei minhas contas. / Paguei-as.Paguei aos meus credores. / Paguei-

Saiba

Com os verbos agradecer, perdoar e pagar a pessoa deve sempre aparecer como objeto indireto, mesmo que na frase não haja objeto direto. Veja os exemplos:

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12. PRODUÇÃO

12.1 RECOMENDAÇÕES PARA SE REDIGIR UM

1) Todo tipo de produção textual deverá ter uma estrutura dissertativa – a roteirizaçãoPara preparar uma redação, escolhe-se um dos procedimentos;

Conforme o tema escolhe-se o procedimento adequado:a) tema expositivo: enumeração de motivos/ expositivab) tema problema: enumeração de causas ou causas e consequências (tema social);c) tema polêmico: prós e contra;

2) Para melhor desenvolver os trabalhos:a) primeiramente deve-se fazer o levantamento de ideias;b) são os argumentos que comporão o desenvolvimento da redação;c) a extensão do texto estará relacionada com a quantidade de argumentos arrolados;d) serão tantos parágrafos quantos forem os argumentos;

3) Após o levantamento das ideias, você iniciará sua redação.a) os argumentos selecionados deverão constar na introdução (tópico frasal). Não se esqueça!b) a sua tese foi elaborada a partir da pergunta feita: O que o meu texto quer dizer?Quando for respondida, aí estará a sua tese. Esta deverá ser comprovada através dos argumentos, normalmente, desenvolvidos a partir do 2º parágrafo;c) esta etapa é a mais importante da redação, uma vez que nela você comunicará ao leitor o que irá fazer e ainda apresentará os argumentos sem desenvolvê-los.d) deve-se atentar para não deixar de abordar nenhum item proposto na introdução.

4) No 2º parágrafo, conforme o método escolhido, você iniciará o desenvolvimento dos parágrafos através de um elemento relacionador. E assim, você desenvolverá o terceiro e quarto parágrafo;

5) No último parágrafo, você fará a conclusão do assunto abordado. Normalmente, esta etapa é a “resposta” da introdução. Nesta fase, você deverá retornará a introdução e a partir dela, apresentar sugestões, conclusões, posicionamento sobre o referido assunto.

6) O título é a última tarefa que se faz. Ele deverá estar relacionado com a tese que você construiu inicialmente. Não se devem repetir as mesmas palavras do tema. O título deve ser criativo e chamar atenção.

7) Use sempre verbos na 3ª pessoa do singular. Jamais use os verbos na 1ª pessoa nem tampouco os pronomes eu, nós, meu, nosso. Isto torna o seu texto subjetivo.

8) Lembre-se que a conclusão será o retorno à sua tese. E por isso, você não poderá fazer comentários fora do que está escrito no primeiro parágrafo.

9) Esta disposição dos parágrafos, para temas sociais, chamamos de estrutura dissertativa. Todos fazem parte de uma engrenagem. Se as partes desta forem corrompidas, o texto estará comprometido. Não terá clareza, objetividade e concisão.

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10) Um texto disposto desta forma estará coeso e

11) Não coloque ponto no título de uma

12) Não coloque no final do texto qualquer coisa escrita ou riscos de qualquer natureza, nem assine seu nome no final.

13) Não repita muitas vezes as mesmas palavras, para não empobrecer o

14) Jamais abrevie

15) Evite o uso de

16) Substitua as palavras “algo”, “coisa”, por elemento, fator, aspecto,

17) Use sempre palavras da língua portuguesa, evite as

18) Evite usar provérbios, chavões, ditos populares ou frases

19) Evite questionamentos em seu texto, sobretudo em sua

20) Jamais use a primeira pessoa do singular, a menos que haja solicitação do tema (Ex.: O

21) Só cite exemplos de domínio público, sem narrar seu desenrolar. Faça somente uma breve menção.

22) A emoção não pode perpassar nem mesmo num adjetivo empregado no texto. Atenção à imparcialidade.

23) Nunca analise assuntos polêmicos sob apenas um dos lados da

12.2 MÉTODOS

Antes de começar o método propriamente dito, vamos exercitar a menor parte da redação – A FRASE.

Quando se tem uma palavra qualquer para com ela se elaborar uma frase, existem verbos que contribuem para essa finalidade, ao contrario da forma verbal É.

Imagine que tivesse de elaborar uma frase iniciada com “A LIBERDADE”. Ao colocar em seguida a forma verbal é, haverá certa dificuldade para prossegui-la.

algo...A liberdade é é uma coisa...

uma palavra...uma palavra de nove letras...

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A fim de evitar tais deslizes, os verbos do quadro seguinte ajudarão o aluno a desenvolver ideias melhores na construção fraseológica.

12.2.1 Verbos que indicam

Para afirmação Para causalidade Para finalidade Para Consistir, constituir, significar, denotar, mostrar, traduzir-se por, expressar, representar, evidenciar

Causar, motivar, ocasionar, originar, gerar, propiciar, resultar, provocar, produzir, contribuir, determinar, criar

Visar, ter em vista, objetivar, ter objetivo, pretender, tencionar, cogitar, tratar, servir para,

Opor-se, contrariar-se, negar, impedir, surgir em oposição, surgir em oposição, surgir em contraposição, apresentar emoposição, ser

A prática constante do uso dos verbos expressivos traz ao aluno enormes benefícios na construção fraseológica.

Exercícios

a) A

b) A

c)

d) A

12.3 PROCEDIMENTOS PARA SE REDIGIR UM TEXTO

11.3.1 Escolha de um dos procedimentos.Argumentação Causas e

consequênciaPrós e contra Paralelos e

Principal procedimento Excelente procedimentoTítulo ou assunto que contenha uma afirmação sobre a qual o melhor será justificá-la

Título ou assunto que envolva um

Título ou assunto que seja polêmico

Título ou assunto que envolva

Traçar os porquês Traçar as causas e consequências.

Traçar os prós e contras

Traçar paralelos e comparações

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12.3.2 Levantamento de

a) No rascunho, se for argumentação, colocar os porquês.

A leitura é importante... porque

amplia os horizontes de conhecimentos, através do contato com outras pessoas;levar o leitor a refletir sobre as verdades e realidades encontradas;faz evoluir a capacidade crítica e de análise;propicia a aquisição de vocabulário;proporciona mais facilidade para aprender a gramática da língua;

Obs: 3 porquês são

b) No rascunho, se for causas e consequências, abrem-se duas colunas, uma para causas e outra para consequências. Exemplo: O analfabetismo no Brasil.

Causaspaís subdesenvolvido;destina pouca verba para sua erradicação; há desvio de verbas para outros setores; ignorância dos pais;necessidade a criança trabalhar para ajudar interesse de políticos em manter o povo ignorante.

mais subdesenvolvido;escassez de mão-de-obra especializada;subemprego e desemprego; povo ignorante, sem cultura; povo facilmente manipulável.

Obs: escolha duas de cada para elaborar uma

c) No rascunho, se for prós e contra, elaborem também, duas colunas. Exemplo: A pena de morte no Brasil.

Prós ContraMuitos defendem esta pena alegando que: Os contrários a pena enfatizam que:diminuiria a alta taxa de criminalidade, pois inibiria os assassinos;seria um castigo justo aos criminosos; atenuaria a superlotação das penitenciárias, que tantos gastos absorvem com o dinheiro do povo;ela já existe, uma vez que os justiceiros e grupos de extermino a vêm praticando.

em países onde há a pena de morte, não houve queda na taxa de homicídio; seria a legalização de um crime;em geral, o criminoso não se intimida com a prisão imediata, nem tampouco com a punição extrema;além disso, quem garante que inocentes não serão condenados.

Obs: escolha duas de cada para elaborar uma

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d) No rascunho, se for paralelos e comparações, elaborem também, duas

Paralelos Comparações1) Em uma reportagem sobre a ascensão social de famílias pobres no Brasil nos últimos anos, a revista Veja apresentou o seguinte quadro

...enquanto isso, no paísURBANIZAÇÃONos anos 70, quase metade das pessoas vivia no campo.MULHERNos anos 70, a participação da mulher no mercado de trabalho era 20%. EDUCAÇÃONos anos 70, o brasileiro passava em média três anos na escola.

URBANIZAÇÃOAtualmente, 81% dos brasileiros moram nas regiões urbanasMULHERAs mulheres agora representam 40% da força do trabalho.EDUCAÇÃOAumentou para sete anos o tempo médio de estudo.

Obs: escolha duas de cada para elaborar uma redação. Como fazer este tipo de texto?

“Ao se estabelecer uma comparação entre o Brasil de “90 milhões em ação” com o de160 milhões, observam-se diferenças significativas, que refletiram na qualidade de vida da população.

Na década de 70, metade dos brasileiros moravam no campo; hoje, são apenas

19%. Paralelamente, a participação das mulheres no mercado de trabalho dobrou de 20 para40%. Em plena época da ditadura militar, o brasileiro passava, em média, três anos na escola, enquanto, atualmente, passa sete anos.

Todas essas transformações ocorreram, sobretudo, devido ao grande desenvolvimento tecnológico das últimas décadas, que resultou no êxodo rural e ao processo de globalização, este tornou mais exigente o mercado de trabalho, incentivando os

Ou“ O Brasil modernizou-se.

Num processo comum a vários países subdesenvolvidos (os modernos dizem emergentes) , passou-se, dos anos 70 para os anos 90, de uma população meio ru r a l, meio u r b a n a , para o quadro atual, em três quartos dos brasileiros se acotovelam em grandes áreasmetropolitanas. Esse brusco movimento migratório aparentemente reformulou a família tradicional. Hoje, a s mulhe r e s c ompõem 40% da fo r ça de tr a b a lho (em 1970, eram apenas20%) e chefiam grande parte dos lares. Aumentou a violência e a criminalidade; piorou a já péssima distribuição de renda. Mas a escolaridade melhorou. De tr ê s ( a nos 70) para s e te a nos ( a nos (90) o tempo médio que os brasileiros passam na escola.

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12.3.3 Exercícios de

Observe os roteiros abaixo. Em todos eles falta alguma parte ou quando não existem partes incoerentes. Sua tarefa será a de completar as partes que estiverem faltando e corrigir as que estiverem completas, mas com problema de coerência.1. Tema: O brasileiro é essencialmente corrupto?

1º§ parágrafo:

O brasileiro não é corrupto pela natureza. A corrupção se deve à impunidade e ao capitalismo de nossa sociedade.

Em primeiro lugar vivenciam-se muito mais escândalos de corrupção do que propriamente punições para os corruptos.

3º§ Em segundo lugar as pessoas são muito apáticas, não se interessam por política, o que faz com que ela aumente ainda mais.

4º§ parágrafo: Retomada da tese

________________________________________________________________________________________________________________________________

Desenvolvimento por

2. Tema: A automedicação do

1º§ parágrafo:

O problema da automedicação já se tornou crônico na sociedade. Mas, quais são as causas que levam as pessoas a se automedicarem?

Uma primeira causa ___________________________________________

3º§ Outro motivo________________________________________________

4º§ Logo, (apresentar a

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12.4 MÉTODOS

12.4.1 Enumeração de

12.4.2 Enumeração de

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12.4.3 Causas e

12.4.4 Prós e

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12.4.5 Paralelos e

12.4.6 Exemplos de

Falácia

É muito fácil dizer que a violência tem como causas principais o desemprego e a pobreza. É uma afirmação falaciosa, um posicionamento fatalista e determinista.

Muitas causas poderão, realmente, ser apontadas nesta questão: corrupção e impunidade, incompetência administrativa e política e o desprezo pelos valores elementares da convivência.

A corrupção e a impunidade constituem e m f a to re s pr e pond e r a ntes n e ste c ontexto .

Desde as esferas mais altas da sociedade, este tipo de desmando ocorre sempre. Tudo gira emtorno do “faço o que mando, mas não faça o que faço”.

A incompetência administrativa e política é outro f a tor a s e r c onsider a do . A falta depolíticas públicas para sanar tal problema faz com que haja consequências desastrosas. O que se vê, são apenas paliativos e não resoluções de fato.

E por fim , o desprezo pelos valores elementares da convivência humana constitui em

um dos fatores mais importantes. Se somos iguais perante a lei, por que tanta desigualdade? Vive-se em um país que fere constantemente o direito previsto pela Constituição.

O fato de considerar o desemprego e a pobreza como causa da violência é assinar a incompetência dos próprios governantes. Assim, é preciso que as esferas federais, estaduais e municipais assumam de fato a “culpa, sua máxima culpa” e a sociedade em Brandhuber, Jakline

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Inversão de

No século XIX o papel da mulher era diferente. Dentro daquela sociedade patriarcal, ela possuía uma posição irrelevante. No seio familiar, eram submissas, primeiramente,

aos pais, depois ao marido. Hoje, esta concepção mudou: de idealizada e deusa para real e terrena. De idealizada e deusa, a mulher passou a ser considerada real. Construiu

sua independência financeira e tornou-se uma participante ativa neste contexto. Em todas as esferas, elas desempenham funções até invejáveis, de presidenta à faxineira. Além disto, continuam sendo administradoras do lar, mães, amantes, companheiras. São

polivalentes e sesentem bem com tudo isto.

Tornou-se um importante agente social, pois, além de desempenharem aqueles papéis conferidos a ela, ocupam vagas de trabalho que antes eram só para homens. A

partir dela houve modificação na estrutura familiar, muitas mulheres são o esteio delas. Houve, ainda, a produção independente, mudanças quanto ao tipo de alimentação, e ainda nas tarefas do lar, Considerar a mulher como agente transformador faz com que elas

tenham orgulhocada vez mais de si próprias. O que se espera é que os homens tenham discernimento de que

Brandhuber, Jakline

Depois da última

A Exposição Agroindustrial de Ariquemes tornou-se uma tradição. A cada ano ela supera as expectativas do público. São vinte e dois anos que este evento vem contribuindo tanto para o fortalecimento do agronegócio, quanto para a valorização do setor rural. Em consequência disso, há um reflexo no comércio e na rotina da comunidade. Este último merece destaque.

Abrem-se as cortinas, o show vai começar. Foram doze meses de espera para a grande festa. Crianças, adultos e adolescentes esperam avidamente o mês de julho, porque além do recesso escolar, marcado de acordo com a data festiva, é época do maior entretenimento. Para atender todas estas expectativa o comércio cria verdadeiras estratégicas na esperança de“fisgar” os clientes: botas, roupas e chapéus de couro, e todos os aparatos necessários para a grande festa. Do outro, estão os consumidores ansiosos para gastar o tão suado “pão de cada dia.” Alguns economizam tostão por tostão durante meses para que não falte nada. Tudo é bem cuidado.Outros, aqueles mais compulsivos, perdem a cabeça e se deixam levar pelo consumismo.

Mas, neste contexto, o que chama mais atenção é o comportamento dos jovens, principalmente o feminino. Estas se transformam em Cinderelas da noite para o dia. Comentam sobre o que irão vestir, sobre os “ficantes”, os shows dos artistas e muito mais. Vão lindas e maravilhosas em cima de um salto na certeza de que irão abafar. Nos pés existem bolhas enormes, mas não importa, estão se sentindo o máximo. São verdadeiras rainhas prontas para viver o “carpe diem”.

Mas enfim o show terminou e é hora de voltar para casa. As últimas badaladas da meia-noite ressoaram e as princesas precisam voltar para a realidade antes que se tornem abóboras... e... a vida da sociedade ariquemense continua mas com a expectativa de que o ano de 2009, tudo acontecerá novamente.

Agosto de 2008, Jakline

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REFERÊNCIA

ACQUAVI, Marcus C. Português no Direito. São Paulo: Ícone,

ALMEIDA, Napoleão M de. Gramática Metódica da Língua Portuguesa. São Paulo: Saraiva, 1998.

FARACO & MOURA. Gramática. São Paulo: Ática,

FAULSTICH, Enilde. Como ler, escrever e redigir um texto. Petrópolis: Vozes,

FERNANDES, Francisco. Dicionário de Verbos e Regimes. Rio de Janeiro: Globo,

FERREIRA, Aurélio B.de H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova

FIORIN, J. L., SAVIOLLI, F. P. Para entender o texto: Leitura e redação. São Paulo: Ática,

GARCIA, Othon M. Comunicação em Prosa Moderna. Rio de Janeiro: FGV,

GONÇALVES, Emílio. Direito e Língua Portuguesa. São Paulo: Carthago Forte,

GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. São Paulo: Ática,

KOCH, Ingedore G. Vilaça, TRAVAGLIA, Luís Carlos. Texto e

LUFT, Celso Pedro. Dicionário Prático de Regência Nominal. São Paulo: Ática,

MANUAL da Nova Ortografia. O acordo ortográfico. Juiz de Fora: Abril, ago

MARTINS, Dileta S. ZILBERKNOP, Lúbia S. Português Instrumental. Porto Alegre: Sagra

NASCIMENTO, Edmundo Dantes. Linguagem Forense: A Língua Portuguesa aplicada à

PASCHOALINI, Maria Aparecida. Gramática: teoria e exercícios. São Paulo:

www.academia.org.br/abl/cgi/lcgilua.exe/sys/saart.htm?

www.portaldalinguaportuguesa.or