apostila 2012- direito civil

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DIREITO CIVIL- PARTE GERAL APOSTILA 01 - Direito Conceito: Dworkin. Este jusfilsofo ingls e, obviamente, examina sobretudo o sistema jurdico desse povo, porm, sua resposta pergunta sobre o que o Direito aplica-se, perfeitamente, tambm a povos que adotem quaisquer sistemas jurdicos. Eis a resposta: O direito no esgotado por nenhum catlogo de regras ou princpios, cada qual com seu prprio domnio sobre uma diferente esfera de comportmentos. Tampouco por alguma lista de autoridades com seus poderes sobre parte de nossas vidas. O imprio do direito definido pela atitude, no pelo territrio, o poder ou o processo. Estudamos essa atitude principalmente em tribunais de apelao, onde ela est disposta para a inspeo, mas deve ser onipresente em nossas vidas comuns se for para servir-nos bem, inclusive nos tribunais. uma atitude interpretativa e auto-reflexiva, dirigida poltica no mais amplo sentido. uma atitude contestadora que torna todo cidado responsvel por imaginar quais so os compromissos pblicos de sua sociedade com os princpios, e o que tais compromissos exigem em cada nova circunstncia. O carter contestador do direito confirmado, assim como reconhecido o papel criativo das decises privadas, pela retrospectiva da natureza judiciosa das decises tomadas pelos tribunais, e tambm pelo pressuposto regulador de que, ainda que os juzes devam sempre ter a ltima palavra, sua palavra no ser a melhor por essa razo.A atitude do direito construtiva: sua finalidade, no esprito interpretativo, colocar o princpio acima da prtica para mostrar o melhor caminho para um futuro melhor, mantendo a boa-f com relao ao passado. , por ltimo, uma atitude fraterna, uma expresso de como somos unidos pela comunidade apesar de divididos por nossos projetos, interesses e convices. Isto , de qualquer forma, o que o direito representa para ns: para as pessoas que queremos ser e para a comunidade que pretendemos ter. DWORKIN, Ronald. O Imprio do Direito.So Paulo: Martins Fontes, 1999 direito como ordenao heternoma das relaes sociais, baseada num integrao normtiva de fatos e valores. Maria H.Diniz. * O direito s pode existir em funo do homem, sempre se refere ao todo social como garantia de coexistncia. a cincia do deve ser que se projeta necessariamente no plano da experincia. Para cada um recber o que seu, o Direito coercitivo, isto , imposto sociedade por meio de normas da conduta. At por que homem um ser social

* Direito objetivo- o complexo de normas jurdicas que regem o comportamento humano, e modo obrigatrio, prescrevendo uma sano no caso de sua violao. (M.H.diniz) * Direito subjetivo- para Goffredo Telles Jr- a permisso dada por meio de norma jurdica, para fazer ou no fazer alguma coisa, ter algo ou ainda autorizao para exigir, por meio dos rgos competentes do poder publico ou por meio de processos legais, em caso de prejuzo causado por violao de uma norma, o cumprimento da normai nfringida ou a reparao do mal sofrido. EX: de usar, gozar, dispor de propriedade, exigir pagamento devido, reparao de ato considerado ilcito.( podem ou no ser usadas). Fontes do Direito 1) fonte material refere-se ao organismo que tem poderes para sua elaborao e criao. O artigo 22, I, da Constituio Federal estabelece que a Unio Federal a fonte de produo do Direito Penal. 2) Fonte Formal: so aquelas pela qual o direito se manifesta. As fontes formais podem ser imediatas e mediatas. As fontes formais imediatas so as normas legais. As fontes formais mediatas so os costumes, os princpios gerais do direito a jurisprudncia e a doutrina A lei uma regra geral, no se dirige apenas ao um caso particular, mas a numero indeterminado de indivduos. Caractersticas: abstrata, permanente, emana de um poder competente, formula escrita, obrigatria. Costumes: um uso considerado juridicamente Caractersticas: geral.lapso de tempo, constante. obrigatrio.

Doutrina: o trabalho dos juristas, dos estudiosos do direito dentro dos campos tcnicos, cientficos e filosficos. Jurisprudncia: conjunto de decises similares sobre uma mesma matria. (informativa). Equidade: se traduz na busca constante e permanente do julgador da melhor interpretao legal e da melhor deciso para o caso concreto. 944 cc.(valor de indenizao). Princpios Gerais do Direito so as ideias de justia, liberdade, igualdade, democracia, dignidade, etc., que serviram, servem e

podero continuar servindo de alicerce para o edifcio do Direito. Alguns deles j positivados: Ex: Todos devem ser tratados como iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza; - Todos so inocentes at prova em contrrio; - Ningum dever ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei; Personalidade 1. Da Pessoa Natural. Inicialmente vamos conferir o significado da palavra PESSOA. Todo o ser humano pessoa na acepo jurdica. Mas nem todos so detentores para adquirirem direitos e contrair obrigaes. Considerando: idade e estado de sade das pessoas. Personalidade o conjunto de poderes conferidos ao ser humano para figurar nas relaes jurdicas.. Personalidade o atributo que confere ao ente a qualidade de sujeito de direitos; isto , o atributo que confere ao ente a qualidade de pessoa. Art. 1o Toda pessoa capaz de direitos e deveres na ordem civil. Pessoa o ente fsico ou coletivo suscetvel de direitos e obrigaes, sendo sinnimo de sujeito de direito. Sujeito de direito aquele que sujeito de um dever jurdico, de uma pretenso ou titularidade jurdica, que o poder de fazer valer, atravs de uma ao, o no cumprimento de um dever jurdico, ou melhor, o poder de intervir na produo da deciso judicial. (DINIZ, 2008, p. 113.) Art. 2o A personalidade civil da pessoa comea do nascimento com vida; mas a lei pe a salvo, desde a concepo, os direitos do nascituro. O nascituro tambm possui tais direitos, devendo ser enquadrado como pessoa. Aquele que foi concebido mas no nasceu possui personalidade jurdica formal: tem direito vida, integridade fsica, a alimentos, ao nome, imagem. Conforme bem salienta Csar Fiza, professor da UFMG, sem dvidas que faltou coragem ao legislador em prever tais direitos expressamente (Cdigo Civil Anotado. Coordenador: Rodrigo da Cunha Pereira. Porto Alegre: Sntese, 1 Edio, 2004, p. 23). Mas como a lei pe a salvo, desde a concepo, os direitos do nascituro, somos filiados aos concepcionistas (art. 2 do CC). A proteo dos direitos da personalidade do nascituro deve tambm ser estendida ao natimorto, que tambm tem personalidade, conforme reconhece o enunciado n 1, aprovado na I Jornada de Direito Civil, promovida pelo Conselho da Justia Federal em setembro de

2002, cujo teor segue: "Art. 2: a proteo que o Cdigo defere ao nascituro alcana o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como nome, imagem e sepultura".1 Art.2- personalidade jurdica- Para Silvio S. Venosa- - o nascituro no teria personalidade, mas a proteo legal de seus direito desde a concepo. Para Maria Helena Diniz, nascituro : Aquele que h de nascer, cujos direitos a lei pe a salvo. Aquele que, estendo concebido, ainda no nasceu e que, na vida intra-uterina, tem personalidade jurdica formal, no que atina aos direitos de personalidade, passando a ter personalidade jurdica material, alcanando os direitos patrimoniais, que permaneciam em estado potencial, somente com o nascimento com vida. (DINIZ 1998, p. 334.) Os direitos da personalidade so irrenunciveis e intransmissveis, segundo prev o art. 11 do Cdigo Civil de 2002. * direito da personalidade cuida da proteo jurdica de objetos de direito que pertence a natureza do homem. Objetos: vida, locomoo, vontade, liberdade, dignidade, atos. O art. 12- nico- consagra os direitos do morto, assegurando a legitimidade de ascendentes, descendentes, cnjuge e colaterais at quarto grau pleitearem indenizao no caso de danos personalidade de pessoa falecida. O art. 14 - A questo ainda regulamentada pela legislao especfica, particularmente pela Lei n 9.437/97, que trata da doao de rgos para fins de transplante. Art. 15 do CC, bem como o princpio da beneficncia.- salvaguardar a dignidade da pessoa humana. * iminente perigo de vida * transfuso de sangue: Posicionamento de Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, apontando tais autores que "nenhum posicionamento que se adotar agradar a todos, mas parece-nos que, em tais casos, a cautela recomenda que as entidades hospitalares, por intermdio de seus representantes legais, obtenham o suprimento da autorizao judicial pela via judicial, cabendo ao magistrado analisar, no caso concreto, qual o valor jurdico a preservar" (Novo Curso de Direito Civil. Volume I. So Paulo: Saraiva, 4 Edio, p. 163)1

TARTUCE, Flvio. Os direitos da personalidade no novo Cdigo Civil. Jus Navigandi, Teresina, ano 10, n. 878, 28 nov. 2005. Disponvel em: