apostila 01 2008 2 agricola conceitos b

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CURSO DE CINCIAS CONTBEIS - FACAPE PROF. WALDENIR S. F. BRITTO CONTABILIDADE AGRCOLA E PECURIA ATIVIDADE RURAL CONCEITOS BSICOS EMPRESA RURAL: so aquelas que exploram a capacidade produtiva do solo atravs do cultivo da terra, da criao de animais e da transformao de determinados produtos agrcolas. CAMPO DA ATIVIDADE: pode ser dividido em trs grupos: Produo vegetal atividade agrcola; Produo animal atividade zootcnica; Industrias rurais atividade agro-industrial. 1 ATIVIDADE AGRCOLA: ( reino vegetal) Silvicultura ( florestas naturais extrao ou apanha; madeiras; florestas cultivadas pinus, eucalipto, cacau etc); fruticultura ( arbrea cajueiro, mangueira, etc; trepadeira videira, maracujazeiro etc; arbustiva gravioleira, amoreira etc; herbcea abacaxizeiro, bananeira etc) olericultura ( beterraba, cenoura, couve, ervilha, pimento, repolho, mandioca, tomate etc) culturas de cereais ( trigo, arroz, feijo etc); culturas de forrageiras ( capim elefante, alfafa, algaroba etc); floricultura; culturas fibrceas ( algodo, sisal etc) outras culturas ( caf, cana de acar );

2 ATIVIDADE ZOOTCNICA - CRIAO DE ANIMAIS) (reino animal) . Apicultura; avicultura; pecuria; piscicultura; ranicultura; etc . 3 ATIVIDADE AGROINDUSTRIAL . beneficiamento do produto agrcola (arroz, caf, milho etc) . transformao de produtos agrcolas (cana de acar em lcool e aguardente; uva em vinho e vinagre; soja em leo etc ) . transformao de produtos pecurios ( leite, mel etc)

ANO AGRCOLA X EXERCCIO SOCIAL Na atividade agrcola a receita concentra-se geralmente logo aps a colheita. Logo, recomenda-se que o ano social se encerre juntamente com o final do ano agrcola. Se houver produtos consorciados, deve prevalecer a colheita da cultura principal ou de maior representatividade econmica.

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Na atividade pecuria deve-se seguir o mesmo raciocnio: fixar o exerccio social com base no ms seguinte em que concentram a venda de animais ou o nascimento de bezerros. ATENTAR PARA AS EMPRESAS QUE CULTIVAM DIVERSAS CULTURAS, FORMANDO UMA RENDA MENSAL PROGRAMADA. ESTES EMPRESAS PODEM FIXAR O ANO SOCIAL DA EMPRESA COM O ANO CIVIL. CULTURAS TEMPORRIAS - CULTURAS PERMANENTES; Culturas Temporrias So aquelas que, ao serem colhidas, necessitam de um novo plantio para produo. Por exemplo: cenoura. Ao se colher a cenoura, para se ter uma nova produo, necessrio se faz um novo plantio. Esta caracterstica se dar para as culturas que, mesmo podendo ter outra safra (ainda que bem menor), no seja economicamente vivel. Geralmente so culturas de curto perodo para a produo, (na sua maioria at 12 meses). So exemplos: cenoura, beterraba, hortalias de um modo geral, melo, melancia, abbora, feijo, milho etc. culturas Permanentes So aquelas que permanecem vinculadas ao solo e proporcionam mais de uma colheita ou produo. Normalmente atribui-se s culturas permanentes uma durao mnima de quatro anos. Do nosso ponto de vista basta apenas a cultura durar mais de um ano e propiciar mais de uma colheita para ser permanente. Exemplos: cana-de-acar, citricultura (laranjeira, limoeiro...), cafeicultura, silvicultura (essncias florestais, plantaes arbreas), oleicultura (oliveira), praticamente todas as frutas arbreas (ma, pra, jaca, jabuticaba, goiaba, manga, uva...). No caso de uma cultura permanente, os custos necessrios para a formao da cultura sero considerados Ativo Permanente - Imobilizado. Os principais custos so: adubao, formicidas, forragem, fungicidas, herbicidas, mo-de-obra, encargos sociais, manuteno, arrendamento de equipamentos e terras, seguro da cultura, preparo do solo, servios de terceiros, sementes, mudas, irrigao, produtos qumicos, depreciao de equipamentos utilizados na cultura etc. importante ressaltar que as despesas administrativas, de vendas e financeiras no compem o gasto de formao da cultura, mas so apropriadas diretamente como despesa do perodo e no so, portanto, ativadas. Os custos para formao da cultura so acumulados na conta Cultura Permanente em Formao, da mesma forma como acontece com a conta Imobilizao em Andamento ou em curso em uma indstria. Dentro da conta Cultura Permanente em Formao h subcontas que indicam especificamente o tipo de cultura: caf, pastagem, florestamento (araucria, eucaliptos...), guaran, seringueira etc. Aps a formao da cultura, que pode levar vrios anos (antes do primeiro ciclo de produo ou maturidade, ou antes da primeira florada, ou da primeira produo), -2-

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transfere-se o valor acumulado da conta Cultura Permanente em Formao para a conta Cultura Permanente Formada, identificando-se uma subconta por tipo de cultura especfica. Comparando-se tal fato com uma indstria que constri mquinas para seu prprio uso, estaramos no estgio em que a mquina est pronta para produzir. Da por diante, na fase produtiva, os custos j no compem o Imobilizado, mas so tratados como estoque em formao e so acumulados ao produto que est sendo formado. H caso em que a cultura permanente no passa do estgio de cultura em formao para cultura formada, pois, no momento de se considerar acabada, ela ceifada. So, normalmente, a cana-de-acar, o palmito, o eucalipto, o pinho e outras culturas extirpadas do solo ou cortadas para brotarem novamente.

FORMA JURIDICA DE EXPLORAO NA AGROPECURIA. pessoas fsicas - pessoas jurdicas

PESSOA JURDICA: SOCIEDADE COMERCIAL X SOCIEDADE CIVIL Sociedades civis so aquelas que prestam servios com ou sem fins lucrativos; no praticam a intermediao ( compra e venda de mercadoria) Sociedades comerciais so aquelas que praticam ato de comercio com fins lucrativos, constitudas com o objetivo de comprar e vender mercadorias etc. a natureza do objeto social ( ramo da atividade) que indicar se trata de uma sociedade civil ou comercial. Logo a sociedade agropecuria ser comercial se constituda de forma de S. A ou Limitada e ser civil se constituda sob a forma de associao ou cooperativa. CLASSIFICAO DOS RECURSOS PRODUTIVOS DA EMPRESA RURAL

RECURSOS

TERRA

CAPITAL

TRABALHO

CAP. EMPRESARIAL

TECNOLOGIA

ESTVEL

CIRCULANTE

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O capital estvel aquele capaz de prestar sua cooperao a vrios atos produtivos, isto , sobreviver ao fenmeno de criao de utilidade em que colabora, como por exemplo as benfeitorias, mquinas e animais. O capital circulante corresponde aos bens de produo de gasto imediato, os quais, por se consumirem totalmente no ato da aplicao, mudam de forma. Fertilizante, sementes e rao so alguns exemplos de capital circulante. CONTABILIDADE RURAL A contabilidade pode ser estudada de forma genrica ou especfica . se genrica denominada contabilidade rural; se especfica, denominada de acordo com a atividade daquele ramo. OBJETIVOS DA CONTABILIDADE RURAL: 1 CONTROLE DOS NEGCIOS FINANCEIROS a) registro de contas pagas e recebidas b) contas a pagar e a receber; c) controle de inventrios; d) parcerias, contratos, arrendamentos etc 2 EXIGNCIAS LEGAIS E INSTITUCIONAIS a) imposto de renda; b) seguridade social; c) seguro contra perdas PROAGRO; 3 ANLISE DOS NEGCIOS a) eficincia da empresa: custos de produo, rentabilidade, calendrio de mo de obra etc; b) posio financeira dos negcios (balano) c) comparao da administrao da empresa no tempo e desta com outras empresas; 4 BASE PARA ORAMENTO E PLANEJAMENTO a) informaes obtidas pelos registros: a . 1 lucro bsico e relao de perdas; a . 2 relao de insumos/produtos selecionados; a . 3 inventrios fsico e financeiro dos recursos disponveis; a . 4 performance administrativa. b) aplicao dos dados dos registros no planejamento b . 1 produo prevista e renda esperadas; b . 2 - combinaes alternativas dos recursos e produtos b . 3 necessidades financeiras e de crdito; b . 4 informaes bsicas para o processo de tomada de deciso;

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INSS sobre Produo Rural ( vide monografia de JAIRO ODORICO DA SILVA, 2008) A IN SRP 3/2005 anexada a esse estudo considera como sujeito passivo das contribuies devidas a Previdncia Social na condio de produtor rural entre outros: a pessoa fsica ou jurdica, proprietria ou no, que desenvolve, em rea urbana e rural, a atividade agropecuria, pesqueira e silvicultura, bem como a extrao de produtos primrios, vegetais e animais, em carter permanente e at temporrio, diretamente ou por intermdio de prepostos; adquirente a pessoa fsica ou jurdica que adquire a produo rural, para uso comercial, industrial ou para qualquer outra finalidade econmica; consignatrio o comerciante a quem a produo rural entregue para que seja comercializada, de acordo com as instrues do fornecedor; Tambm em consonncia com a IN 3/2005 considerada produo rural os produtos de origem animal, vegetal, em estado natural ou submetidos a processos de beneficiamento ou de industrializao rudimentar; beneficiamento a primeira modificao ou o preparo dos produtos de origem animal ou vegetal quer por processos simples ou sofisticados, para posterior venda ou industrializao, sem lhes retirar a caracterstica original; industrializao rudimentar o processo de transformao do produto rural, realizado pelo produtor rural, pessoa fsica, alterando-lhe as caractersticas originais. Ainda com base na IN 3/2005 considera-se produtor rural pessoa fsica, (contribuinte individual), a pessoa, proprietria ou no, que explora a atividade agropecuria e pesqueira, em rea urbana e rural, em carter permanente ou temporrio, diretamente ou por intermdio de prepostos e com auxlio de empregados, utilizados a qualquer ttulo, ainda que de forma no-contnua. Esse mesmo dispositivo legal determina que o fato gerador das contribuies previdencirias ocorra na comercializao da produo rural De produtor rural pessoa fsica, de consrcio de produtores rurais e de segurado especial realizada diretamente com: adquirente domiciliado no exterior ( exportao ), para os fatos geradores ocorridos at 11 de dezembro de 2001; consumidor pessoa fsica, no varejo; outro produtor rural pessoa fsica e outro segurado especial; Produtor rural pessoa jurdica, exceto daquele que alm da atividade rural exerce qualquer outra atividade econmica autnoma; Rural realizada pelo produtor rural pessoa fsica e segurado especial com empresa adquirente, consumidora, consignatria ou com cooperativa; Rural prpria e da adquirida de terceiros, industrializada ou no, pela agroindstria, exceto a de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e a de avicultura, a partir de 1 de novembro de 2001.

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O produtor rural pessoa fsica e o segurado especial tambm sero responsveis pelo recolhimento da contribuio, quando venderem a destinatrio incerto ou quando no comprovarem, formalmente, o destino da produo. A comprovao do destino da produo feita pelo produtor rural pessoa fsica ou pelo segurado especial que comercialize com: Pessoa jurdica, mediante a apresentao de via da nota fiscal de entrada emitida pelo adquirente ou de nota fiscal emitida pelo produtor rural ou pela repartio fazendria; Pessoa fsica ou com outro segurado especial, mediante a apresentao de via da nota fiscal emitida pelo produtor rural ou pela repartio fazendria.

Desta forma, deve a Pessoa Jurdica reter 2,3% da produo adquirida de produtor rural pessoa fsica, e pagar 2,85% sobre sua produo prpria. (MANUAL, 2004) Contribuio Sobre Folha de Pagamento O produtor rural, inclusive a agroindstria, dever recolher, alm daquelas incidentes sobre a comercializao da produo rural, as contribuies descontadas dos segurados empregados e dos trabalhadores avulsos incidentes sobre o total das remuneraes pagas, devidas ou creditadas, a qualquer ttulo, no decorrer do ms, sendo 2,5% a ttulo de Salrio-Educao e 0,2% a ttulo de INCRA, perfazendo 2,7% (IN SRP 3/2005). As contribuies devidas pelo produtor rural Previdncia Social e a outras entidades ou fundos, incidentes sobre o total das remuneraes pagas ou creditadas a segurados, so as discriminadas na IN/SRP N. 3/2005.

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FACAPE CURSO DE CINCIAS CONTBEIS PROF. WALDENIR S. F. BRITTO CONTABILIDADE AGRCOLA E PECURIA CONCEITOS BSICOS DA ATIVIDADE RURAL

LISTA DE EXERCCIOS

INDIQUE A QUESTO CORRETA: 1 Como exemplo de atividade agrcola temos: ( ) cultura da cebola ( ) avicultura ( ) moagem de trigo 2 Como exemplo de atividade zootcnica temos: ( ) hortalias ( ) avicultura ( ) moagem de trigo

(

) metalrgica

(

) metalrgica

3 Como exemplo de atividade pecuria temos: ( ) hortalias ( ) ovinocultura ( ) moagem de trigo (

) metalrgica

4 a fixao do ano agrcola importante para: ( ) determinar o plano de contas ( ) determinar a atividade operacional ( os planos da empresa ( ) determinar o exerccio social

) determinar

5 numa atividade agrcola, com diversas culturas em perodos de colheitas diferentes, prevalece o ano agrcola com base em: ( ) cultura permanente-cultura que proporciona vrias colheitas; ( ) cultura temporriacultura anual uma s colheita; ( ) participao econmica de cada cultura; ( ) tempo de colheita. 6 a faz. Santo Agostinho S/A, tem diversas culturas, com a seguinte participao no faturamento total: milho colheita nov/dez ...................................................... 8% fumo colheita em abr/maio ................................................10% feijo colheita em maro ....................................................10% uva colheita em jan/fev .......................................................22% cana de acar - colheita Mar/abr ....................................... 30% caf colheita em julho/Agosto ............................................15% outras culturas.........................................................................5% TOTAL .............................................................................= 100% Qual seria o melhor ms para o encerramento do balano (exerccio social) diante da teoria da contabilidade? 7 Qual o papel que a agricultura deve desempenhar no processo de desenvolvimento econmico?

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8 dentro do campo de ao da Contabilidade rural, quais so os questionamentos que o produtor rural faz? O que espera que os profissionais da rea possam fazer para ajud-lo a encontrar respostas? 9 toda empresa rural, mesmo sendo familiar, integrada por um conjunto de recursos denominados fatores de produo. Quais so eles? 10 Dadas as implicaes que envolvem as atividades rurais, como: safra, clima, ciclos biolgicos dos produtos, polticas de preos, altos custos de estocagem etc., a contabilidade oferece condies de servir como instrumentos real e preciso de informaes para tomada de decises? Justifique a sua resposta. 11 Nos ltimos anos ocorreu no Brasil uma grande industrializao que resultou no aumento da populao nas cidades e diminuio na rea rural. Para atender a esta crescente demanda, observe os papis que a agricultura pode e deve desenvolver. Assinale a nica alternativa que no combina com a idia: ( ( ( ( ( ) produo de alimentos baratos e de boa qualidade; ) produzir matria-prima para a indstria. ) trazer dinheiro para o pas, atravs de exportao; ) trazer divisas para o pas por meio da importao; ) dar condies de vida para o trabalhador;

12 sabe-se que para a agricultura, o ano fiscal diferente do ano agrcola. Identifique abaixo qual o perodo a que ele corresponde desde o cultivo at a poca da colheita. ( ) 13 meses; ( ) 12 meses e 15 dias: ( ( ) 10 meses; ( ) 11 meses 20 dias )12 meses; ( ) 1. de jan a 31 de dez;

13 - diferencie cultura temporria de cultura permanente. 14 fornea 05 exemplos de cultura temporria e 05 de cultura permanente.

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FLUXO CONTBIL NA ATIVIDADE AGRCOLA-CULTURAS TEMPORRIAS E CULTURAS PERMANENTES ALGUNS CONCEITOS: GASTOS: sacrifcio que a entidade arca para a obteno de um bem ou servio, representado pela entrega ou promessa de entrega de ativos. Se concretiza quando os servios/bens so prestados/adquiridos passam a ser propriedade da empresa. CUSTO DA CULTURA: Gastos identificveis direta ou indiretamente com a cultura (relacionado com a transferncia de ativos sementes, MOB, adubos etc.) DESPESAS - Gastos no identificveis com a cultura provoca reduo de patrimnio. (despesas de venda, de administrao, financeira etc.). PERDA um gasto no intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade produtiva normal da empresa. DEMONSTRATIVO A CULTURA TEMPORRIA ATIVO CIRCULANTE Na formao da cultura (plantio, adubao, Mb etc.) D CULTURA TEMPORRIA tipo da cultura C - CAIXA, DUPLICATAS OU CONTAS A PAGAR... No incio da colheita D COLHEITA EM ANDAMENTO - tipo da cultura C CULTURA TEMPORRIA tipo da cultura Durante a colheita gastos de colheita D COLHEITA EM ANDAMENTO C CAIXA, CONTAS A PAGAR ... Encerramento da colheita produto colhido D PRODUTOS AGRCOLAS tipo da cultura C COLHEITA EM ANDAMENTO Pela venda D DISPONVEL, CONTAS A RECEBER... C VENDAS DE PRODUTOS AGRCOLAS tipo da cultura Pela apurao de resultado D CUSTO DO PRODUTO VENDIDO C PRODUTOS AGRCOLAS tipo cultura

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Para calcular o resultado RECEITA BRUTA VENDAS DE PRODUTOS AGRCOLAS ( - ) CUSTO DO PRODUTO VENDIDO ( = ) LUCRO BRUTO ( - ) DESPESAS OPERACIONAIS VENDAS ADMINISTRATIVAS FINANCEIRAS ( = ) LUCRO OPERACIONAL DEMOSTRATIVO B CULTURA PERMANENTE Pela formao da cultura D CULTURA PERMANENTE EM FORMAO - tipo C DISPONVEL, CONTAS A PAGAR . . . Pelo trmino da formao da cultura D CULTURA PERMANENTE FORMADA tipo C - CULTURA PERMANENTE EM FORMAO - tipo Pelo perodo de formao do produto D FORMAO DO FRUTO - tipo C DISPONVEL, CONTAS A PAGAR, DEPRECIAO... Pelo inicio da colheita transferncia D - COLHEITA EM ANDAMENTO tipo C FORMAO DO FRUTO - tipo Gastos com a colheita D COLHEITA EM ANDAMENTO tipo C DISPONVEL, CONTAS A PAGAR, DEPRECIAO... Pelo trmino da colheita D PRODUTOS AGRCOLAS C - COLHEITA EM ANDAMENTO tipo Pela venda D DISPONVEL, CONTAS A RECEBER... C VENDAS DE PRODUTOS AGRCOLAS tipo da cultura - 10 -

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Pela apurao de resultado D CUSTO DO PRODUTO VENDIDO C PRODUTOS AGRCOLAS tipo cultura FACAPE - CURSO DE CINCIA CONTBIL PROF. WALDENIR S. F. BRITTO CONTABILIDADE AGRCOLA E PECURIA FLUXO CONTBIL NA ATIVIDADE AGRCOLA01 A empresa FRUTOS DOCES LTDA apresenta a seguinte situao patrimonial no final de seu exerccio social, em 31/05/X1: BALANO PATRIMONIAL 31/05/X1 ATIVO CIRCULANTE Disponvel.................................$ 510.000,00 Produtos agrcolas/. Insumos.....................................$ 25.000,00 PERMANENTE. Imobilizado ...........................$ 1.800.000,00 TOTAL $ 2.335.000,00 PASSIVO CIRCULANTE -0PATRIMNIO LQUIDO Capital ..................................$ 2.000.000,00 Reservas de capital ..............$ TOTAL 335.000,00

$ 2.335.000,00

Em janeiro de X2, a empresa decide plantar 100 h. a de melancia. O ciclo da melancia de 90 dias. Os custos de implantao so: ( todos a vista) 1) em 05/01 a empresa adquire Insumos e realiza o preparo do solo $ 188.000,00; 2) em 10/01 a empresa realiza o Plantio da melancia $ 17.000,00; 3) em 20/02 a empresa realiza os Tratos culturais/irrigao $ 75.000,00; 4) o incio da colheita em 05/03 $ 24.500,00; 5) encerrada a colheita ; 6) em 10/03 realizada a venda da produo total da melancia. 7) em 20.03 foram realizados despesas operacionais de R$ 62.500,00. Considerar: A a produo 30 ton/hectare e o preo recebido pela venda do produto de R$ 0,15/kg; B todos os custos realizados a vista; C no foi realizado as provises nem depreciaes e no houve valores no operacionais; D que o valor do permanente todo imobilizado; E Pede-se: contabilizar todos as operaes, utilizando razonetes, apurar o balano e a DRE no final do exerccio, apurando o lucro.RESPOSTA: DISPONIVEL R$ 593.000,00; BALANO R$ 2.418.000,00; LUCROS R$ 418.000,00;

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2 - A empresa DELCIA DE FRUTAS LTDA apresenta a seguinte situao patrimonial no final de seu exerccio social, em 30/06/X3: BALANO PATRIMONIAL 30/06/X3 ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE CIRCULANTE $ 15.000,00 Disponvel.................................$ 310.000,00 PATRIMNIO LQUIDO PERMANENTE. Capital ..................................$ 1.000.000,00 Imobilizado ...........................$ 800.000,00 Reservas de capital ..............$ 95.000,00 TOTAL $ 1.110.000,00 TOTAL $1.110.000,00 Em fevereiro de X4 a empresa decide plantar 50 hectares de 120 dias. Os custos de implantao so: de cebola. O ciclo da cebola

Valor 1) em 10/02 a empresa adquire Insumos e realiza o preparo do solo $ 83.250,00; 2) em 12/02 a empresa realiza o Plantio da cebola $ 16.250,00; 3) em 20/03 a empresa realiza os Tratos culturais/irrigao $ 36.750,00; 4) o incio da colheita em 07/04 $ 22.250,00; 5) encerrada a colheita ; 6) em 10/04 realizada a venda total da produo por R$ 375.000,00, sendo 40% a vista e o restante para 60 dias. (usar a conta clientes) 7) em 20.04 foram realizadas despesas operacionais de R$ 32.300,00.

Considerar: A todos os demais custos realizados a vista; B no foi realizado as provises nem depreciaes e no houve valores no operacionais; C que o valor do permanente todo imobilizado; Pede-se: contabilizar todos as operaes, utilizando razonetes; apurar o balano e a DRE, e no final do exerccio, apurar o lucro. RESPOSTA: TOTAL BP $ 1.294.200,00; LUCRO $ 184.200,00; DISPONIVEL $ 269.200

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ATIVO PERMANENTE - DIFERIDODIFERIDO: (Lei das S A ) As aplicaes de recursos em despesas que contribuiro para a formao do resultado de mais de um exerccio social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o perodo que anteceder o incio das operaes sociais. So considerados gastos de implantao e pr-operacionais: a) gastos de organizao e detalhamentos b) encargos financeiros; c) estudos, projetos e detalhamentos; d) juros a acionistas na fase de implantao; e) pesquisa e desenvolvimento de produtos; f) gastos de implantao de sistemas e mtodos; g) gastos de reorganizao; h) Abertura da firma e honorrios para constituio etc. refere-se aos gastos da empresa que iro trazer benefcios, mas no so ligados a nenhum processo produtivo em particular.

Exemplo: As melhorias com desmatamentos e destoca, assim como gastos properacionais, com a abertura e organizao da empresa, estudos de projetos .

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NOVOS PROJETOS AGROPECURIOS E GASTOS DE MELHORIA1 - INICIO DA ATIVIDADE PR-OPERACIONAL GASTOS PR-OPERACIONAIS Todas as despesas pagas ou incorridas pela empresa, durante o perodo que antecede o incio de suas operaes e que no forem identificadas diretamente com a cultura. NO FOREM IDENTIFICVEIS DIRETAMENTE COM A CULTURA Toda a receita obtida neste perodo devem ser tratadas como REDUO DOS GASTOS PR-OPERACIONAIS. LIMITE AMORTIZAO: MNIMO DE 5 E MXIMO DE 10 ANOS. CULTURAS NOVAS 1 - SE O PROJETO FOR NOVO: GASTOS PR-OPERACIONAIS 2 SE A EMPRESA J FUNCIONA: ATENTAR PARA A RELEVNCIA DOS CUSTOS TEMPORRIA OU PERMANENTE

DESMATAMENTO, DESTOCAMENTO MELHORIAS PARA O CULTIVOQUANDO ACONTECER: OPES

1-CULTURA EM FORMAO a)Sobrecarrega os custos da cultura, no ano. b) Se for cultura PERMANENTE com previso de mais de 5 perodos, pode-se contabilizar como CUSTO da cultura permanente

2-INCORPORAO AO VALOR DA TERRA a) valorizao da terra, j que a torna mais agricultvel. Neste caso, adiciona-se o custo ao valor da terra.

3-AMORTIZAR EM VRIOS PERODOS Registrar como gastos properacionais e amortizar ao longo dos anos. Atentar para o registro ser feito na CONTA MELHORIAS; c) se houver receita proveniente da venda da madeira, registrar como recuperao dos custos, reduzindo o gasto com MELHORIAS.

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CONTABILIZAO: a) pela realizao dos gastos D MELHORIAS, GASTOS PR-OPERACIONAIS ou outra conta do DIFERIDO ADEQUADA C DISPONVEL; CONTAS A PAGAR ou outra conta adequada b) pela amortizao D DESPESAS ADMINISTRATIVAS ( AMORTIZAO) C AMORTIZAO ACUMULADA DEPRECIAO, EXAUSTO E AMORTIZAO

DEPRECIAO Quando corresponder perda dos direitos que tem por objeto bens fsicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso da ao da natureza ou obsolescncia. Aplica-se somente aos bens tangveis. Ex:. mquinas, culturas permanentes, equipamentos etc; Culturas permanentes, florestas ou rvores cujo folhas ou frutos so extrados, mas se mantm o caule ou tronco da rvore. A depreciao pode ser calculada tambm de acordo com a produo estimada. Ex:. a videira com prod. Estimada total de 1.000.000 cxs. Se a produo do ano I for 70 mil cxs, a depreciao ser 70 mil/1 milho=7%. Vai variar conforme a produo do ano. Maior a colheita, maior a depreciao. CONTABILIZAO: 1) - VIDEIRA: D OUTROS CUSTOS AGRCOLAS- Depreciao ( sub. conta de COLHEITA EM ANDAMENTO) C DEPRECIAO ACUMULADA UVA 2) TRATOR D OUTROS CUSTOS AGRCOLAS- Depreciao C DEPRECIAO ACUMULADA Depois se faz o rateio entre as culturas ou animais

AMORTIZAO Gastos que contribuiro para a formao do resultado de mais de um exerccio social, registrado na ativo diferido, bem como para os casos de aquisio de direitos sobre empreendimentos de propriedades de terceiros. Ex:. gastos pr-operacionais ( amortizveis no mnimo em 5 anos e no mximo em 10 anos); com pesquisas cientficas e tecnolgicas relativas a culturas ou criao de animais, etc;

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EXAUSTO - quando corresponder perda do valor, decorrente de sua explorao, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais ou bens aplicados nessa explorao. Aplica-se somente aos recursos naturais exaurveis Ex:. reservas florestais, etc. No se extrai o fruto, mas a prpria rvore. (pode se manter tambm as razes. Ex:. Cana de acar, )

EXERCICIOS 1 A Cia de Minerao Paje S.A. adquiriu em 19X1 uma mina de carvo pelo valor de $ 70.000. nessa ocasio, estimou-se uma reserva de 350.000 de toneladas deste material. No incio de 19X4, um novo veio de carvo foi descoberto, e sua reserva foi estimada em 75.000 toneladas. Em 19X1 foram extradas 40.000 ton; Em 19X2 foram extradas 57.000 ton; Em 19X3 foram extradas 78.000 ton; Em 19X4 foram extradas 80.000 ton; calcule as despesas de exausto nos exerccios de 19X1 a 19X3. 2 com base no exerccio anterior, a proviso para Exausto (exausto acumulada), no encerramento do exerccio de 19X4, apresentar que saldo? 3 Marque D quando for depreciao, A quando amortizao e quando Exausto. ( ) cultura de mamo; ( ) plantaes de abacate. ( ) cafeeiro ( ) florestas ( ) canavial ( ) gastos com organizao 4 determinada empresa rural adquiriu uma mquina agrcola em janeiro de 1988, colocando-a em funcionamento no mesmo ms. Sabendo-se que: - a taxa de depreciao adotada de 20% ao ano; - o valor de aquisio da mquina foi de $ 220.000,00; - a depreciao contabilizada ao final de cada ms; - considere exclusivamente estas informaes. Em 31/12/90 a empresa recebe uma proposta para vender esta mquina pelo valor de $ 80.000,00. A empresa deveria vend-la? Justifique a sua resposta.RESPOSTAS: 1) X1 =$8.000; X2 = $11.400; X3 = 15.600; X4 = $11.200; 2) $ 46.200; 3) D; D; D; E; E; A;

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EXERCCIOS COMPLEMENTARES: 1 Toda cultura permanente, cujo produto final o fruto, ser alvo de: ( ) depreciao ( ) exausto; ( ) amortizao; ( ) n.d.a . 2 a depreciao passa a incidir sobre a cultura (regra geral): ( ) a partir do plantio das sementes; ( ) a partir do instante em que ela est totalmente formada mas ainda no produz; ( ) a partir da primeira safra; ( ) a partir do memento em que est em formao; 3 para casos de aquisio de direitos sobre empreendimentos de propriedade de terceiros ocorre: ( ) depreciao ( ) exausto; ( ) amortizao; ( ) n.d.a . 4 um crdito na conta de Depreciao Acumulada provoca: ( ) aumento no ativo; ( ) diminuio no ativo; ( ) aumento no passivo; ( ) diminuio no passivo. 5 em 1/07/X2, foi adquirido equipamento agrcola por $ 100,00, em substituio a outro considerado obsoleto, sendo que: . 20% do valor do equipamento agrcola adquirido foi amortizado com a entrega do equipamento agrcola substitudo, como parte do pagamento; . poca, o valor de aquisio do equipamento agrcola antigo, como registrado na contabilidade, era de $ 30,00 e a depreciao acumulada alcanava 80% desse valor; . ambos os equipamentos agrcolas so depreciados taxa anual de 10% e a depreciao reconhecida nos resultados por ocasio do encerramento do exerccio social; . no deve ser considerada o efeito da correo monetria. Pede-se: (considerando apenas estas informaes) para efeito de encerramento do balano, qual ser o saldo das contas: a) Equipamentos agrcolas = b) Depreciao Acumulada Equipamento = c) Resultado da Venda do Equipamento =

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GASTOS PRE-OPERACIONAIS E OUTROS 01 A empresa FRUTOS DOCES LTDA, criada em dezembro/X1, apresenta a seguinte situao patrimonial no final de seu exerccio social, em 31/12/X1: BALANO PATRIMONIAL 31/12/X1 ATIVO CIRCULANTE Disponvel.................................$ 191.500,00 Insumos .....................................$ 25.000,00 PERMANENTE. Terras ...........................$ 180.000,00 Instalaes.............................$ 20.000,00 TOTAL $ 416.500,00 CIRCULANTE PASSIVO -0-

PATRIMNIO LQUIDO Capital ..................................$ 416.500,00 TOTAL $ 416.500,00

Em janeiro de X2, a empresa solicita a PROJETOS LTDA que elabore um projeto de implantao e uso da propriedade. 1) Toma um financiamento bancrio para o desmatamento e sistematizao da terra 30 ha , no valor de R$ 60.000,00, de longo prazo. 2) Os custos da elaborao do projeto foi de R$ 15.000,00, pagos a vista. A empresa tambm pagou R$ 300,00 de despesas no cartrio, com o registro da cdula rural. 3) Realiza a vista os gastos com Insumos/plantios/preparo de solo R$ 82.000,00, da cultura da uva; (rea de plantio de 10 ha) 4) Realiza a vista os gastos com Tratos culturais/irrigao .R$ 12.000,00. da cultura da uva; Decide tambm plantar 20 ha de cebola, em junho. O ciclo da cebola de 120 dias.(todos os lanamentos do 5 ao 11 se referem a cebola) 5) realiza gastos de Insumos/preparo do solo $ 33.300,00 realizado em 10/06; 6)realiza gastos com o Plantio $ 6.500,00 - realizado em 12/06; 7) realiza gastos com Tratos culturais/irrigao $ 14.700,00 realizado em 20/08 8) incio em 05/09 trmino em 07/09. Realiza gastos com a Colheita $ 8.900,00; 9) encerrada a colheita da cebola; 10) vendida a cebola; 11) realizar a depreciao, amortizao. Apurao da cebola. No ano seguinte-X3 foram realizados os seguintes gastos com o desenvolvimento da cultura de uva; ( j em andamento) 1) gastos com Insumos $ 16.000,00 (utilizado do estoque) 2) gastos com Tratos culturais/irrigao $ 13.000,00 (realizado a vista)

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Decide tambm plantar 20 ha de cebola, em junho, FINANCIADO PELO BANCO, conf. Informaes abaixo. O ciclo da cebola de 120 dias. Os custos de implantao so: 3) gastos de Insumos/preparo do solo $ 33.300,00 realizado em 10/06 4) gastos de Plantio $ 6.500,00 - realizado em 12/06 5) gastos de Tratos culturais/irrigao $ 14.700,00 realizado em 20/08 6) gastos com a Colheita $ 8.900,00 incio em 05/09 . 7)A colheita encerrada em 07/09; 8) realizada a venda da cebola. 9) liquida o financiamento bancrio e paga juros de R$ 1.778,00; 10) encerrado o perodo. No perodo seguinte X4 h novos gastos (todos vista), com a cultura da uva. 1) gastos com Insumos $ 23.550,00, sendo 30% de custos e 70% imobilizado; 2) gastos com Tratos culturais/irrigao $ 16.000,00 sendo 30% de custos e 70% imobilizado; 3)gastos com Colheita $ 11.000,00 incio em 10/10; 4) encerrada a colheita trmino em 20/10 5) vendido a uva a vista; (vide produo) 6) encerrado o perodo;

No perodo seguinte X5 h novos gastos (todos vista), com a cultura da uva. 1) gastos com Insumos $ 23.550,00; sendo 35% de custos e 65% imobilizado; 2) gastos com Tratos culturais/irrigao $ 16.000,00 sendo 35% de custos e 65% imobilizado; 3)gastos com Colheita $ 11.000,00 incio em 10/10; 4) encerrada a colheita trmino em 20/10 5) vendido a uva a vista; (vide produo) 6) encerrado o perodo; No perodo seguinte X6 h novos gastos ( todos vista), com a cultura da uva. 1) gastos com Insumos $ 23.550,00; sendo 40% de custos e 60% imobilizado; 2) gastos com Tratos culturais/irrigao $ 16.000,00 sendo 40% de custos e 60% imobilizado; 3)gastos com Colheita $ 11.000,00 incio em 10/10; 4) encerrada a colheita trmino em 20/10 5) vendido a uva a vista; (vide produo) 6) realizado o pagamento da primeira parcela do financiamento. 7) encerrado o perodo; No perodo seguinte X7 h novos gastos (todos vista), com a cultura da uva. 1) gastos com Insumos $ 23.550,00; 2) gastos com Tratos culturais/irrigao $ 16.000,00 - 19 -

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3) gastos com Colheita $ 11.000,00 incio em 10/10; 4) encerrada a colheita trmino em 20/10 5) vendido a uva a vista; (vide produo) 6) realizado o pagamento da segunda parcela do financiamento 7) encerrado o perodo; Considere que : 1 o ciclo produtivo da uva de 20 anos; 2 a produo da cebola 30 ton/hectare e o preo recebido pela venda do produto de R$ 0,15/kg. valor recebido a vista; 3 a produo da uva no seu 3. ano foi de 18ton/ha; no 4 . ano de 30 ton/ha; e a partir do 5. ano, 40ton/ha. S considera formada no inicio de X7; O preo da uva de R$ 1,00 o kg. - o valor foi todo recebido a vista; 4 considerar a relao custos/investimentos da uva como informado; (dados somente para fins de exerccios) 5 a vida til das instalaes de 10 anos; 6 Os gastos pr-operacionais sero amortizados em 10 anos; 7 o financiamento para a sistematizao e desmatamento tem um prazo de 10 anos, juros de 8 % a.a.. Os juros sero calculados e pagos anualmente. O principal da dvida ser pago em 7 prestaes anuais, aps o terceiro ano, portanto 3 (trs) anos de carncia. Os juros so calculados sobre o saldo devedor da operao. A parcela de principal ser paga junto com os valores de juros, ou seja, no final de cada ano. (para fins de exerccios, considerar o perodo para pagamento dos juros no final de cada ano, todos os anos; o prazo se refere a trs anos de carncia) 8 os valores aqui trabalhados no expressam os valores praticados no mercado. So valores usados somente para a prtica dos exerccios; Pede-se: 1 apresentar os lanamentos atravs de razonetes, o balano patrimonial e DRE de todos os anos, at X6. Resposta deste exerccio: (obs: j fazendo depreciao e amortizao) Ano x2 Bp = $ 488.770, lucro = $12.270 Ano X3 Bp = $ 499.262; lucro ex = $ 10.492(disponvel $ 111.022,00) Ano X4 Bp = $ 642.067; lucro ex = $ 142.805 Ano X5 Bp = $ 902.894,50; lucro= $ 260.827,50 Ano X6 Bp = 1.253.173,07; lucro = $ 358.850,00 Ano X7 BP = 1.570.401,22; LUCRO = 325.799,58; (DISPONIVEL: 1.153.164,85; L ACUMULADOS $ 1.111.044,08)

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RESPONDA AS SEGUINTES QUESTES, ASSINALANDO A ALTERNATIVA CORRETA: 1 Na implantao de novos projetos, h maior dificuldade de ordem contbil para: a) cultura temporria; b) cultura permanente; c) ambas as culturas; d)nenhum cultura. 2 o perodo de implantao de um novo projeto normalmente conhecido como: a) fase de instalaes; b)fase pr-agrcola c) fase pr-industrial; d) fase pr-operacional. 3 os gastos pr-operacionais numa cultura sero classificados no: a) ativo circulante; b) ativo realizvel a longo prazo; c) ativo permanente imobilizado; d) ativo permanente diferido; 4 no tange amortizao dos gastos pr-operacionais na agropecuria, os prazos mnimo e mximo sero respectivamente: a) 5 e 10 anos; b)5 e 15 anos; c) 10 e 15 anos; d) 10 e 20 anos. 5 desmatamento, destocamento, nivelamento.. . do solo podem ser agrupados numa conta de : a) benfeitoria; b) reforma; c) melhoria; d) corretivos. 6 a conta Melhoria do solo dever ser classificada no: a) ativo circulante; b) ativo realizvel a longo prazo; c) ativo permanente imobilizado; d) ativo permanente diferido. 2 a) Responda as seguintes questes: ASSINALE V OU F NAS QUESTES ABAIXO: A ( ) um dos principais itens dos custos da cultura temporria a sua depreciao; B ( ) a amortizao da conta Melhoria ser contabilizada como despesas operacionais; C ( ) A cultura permanente em formao-uva classificada no ativo circulante, pois est em formao e a cultura permanente-manga classificada no ativo permanente; D( ) A conta PRODUTOS AGRICOLAS, na contabilidade agrcola, eqivale a conta ESTOQUE DE MERCADORIAS para uma empresa comercial; E ( ) As culturas permanentes em formao devem ser depreciadas sempre que se realizar o balano patrimonial; F ( ) A conta Colheita em andamento Uva, deve ser classificada no ativo permanente; G - ( ) A depreciao representa a perda do valor, pela utilizao, do pasto ou reserva florestal; - 21 -

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H ( ) O que determina o ano agrcola de uma empresa a cultura que possuir a maior rea plantada, mesmo que esta cultura no seja a mais importante economicamente; I ( ) a depreciao da cultura da cebola, poder ser feita pela produo prevista, ano a ano, fazendo o clculo proporcional a produo realizada no ano;RESPOSTA: F V F V F F F F F

EXERCICIOS: 1 - A empresa FRUTAS DO RIO LTDA apresenta a seguinte situao patrimonial no final de seu exerccio social, em 31/05/X0: BALANO PATRIMONIAL 31/05/X0 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE 338.500,00 CIRCULANTE 14.000,00 Disponvel................................... 331.000,00 Financiamento Bancrio.............. 12.500,00 Insumos ....................................... 7.500,00 Contas a Pagar .................................1.500,00 PERMANENTE. 474.600,00 EXIGVEL A L. PRAZO 137.500,00 Imobilizado Financiamento Bancrio ..............137.500,00 Terra ........................................... 145.000,00 Cultura permanente Formada Manga ...................................... 270.000,00 Depreciao Acumulada .......... (40.500,00) PATRIMNIO LQUIDO 661.600,00 Instalaes galpo..................... 18.000,00 Capital ........................................ 600.000,00 Depreciao Acumulada .......... (5.400,00) Reservas de capital .......................61.600,00 Diferido 87.500,00 Melhorias ...................................$ 125.000,00 Amortizao Acumulada...........$ (37.500,00) TOTAL .......................................813.100,00 TOTAL .......................................813.100,00

FAA OS LANAMENTOS SEGUINTES: ( no ano seguinte) 1 a empresa aplica um total de R$ 35.900,00 de insumos na cultura da manga, sendo deste valor R$ 5.500,00 dos estoques na empresa e o restante adquirido a vista; 2 - a empresa prepara a rea para o plantio do melo R$ 8.000,00, alm de adquirir insumos para aplicao na cultura, R$ 7.000,00 (valores a vista) e utilizar do estoque de insumos da empresa o valor correspondente de R$ 500,00; 3 a empresa gasta R$ 25.500,00 de tratos culturais e irrigao com a cultura da manga, sendo os gastos realizados a vista; 4 - a empresa gasta R$ 5.500,00 de tratos culturais e irrigao com a cultura do melo, sendo os gastos realizados a vista; 5 Inicia-se o processo de colheita do melo, gastando a empresa o montante de R$ 1.700,00 , realizados a vista; encerrada a colheita; 6- o banco informou que registrou na conta do financiamento os juros de 12% ao ano, calculados sobre o saldo devedor do financiamento; 7 realizada a venda do melo a vista.

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8 a empresa gasta R$ 9.000,00 durante o processo de colheita da manga, a vista; 9- a empresa paga os juros (o valor calculado) e a parte da parcela de principal, R$ 6.000,00 do financiamento bancrio; encerrada a colheita da manga. 10- realizada a venda da manga, 50% a vista e o restante a prazo. (usar conta clientes) 11 realizado o pagamento das obrigaes (contas a pagar) no valor de R$ 1.000,00; CONSIDERE QUE: 1 A rea total do imvel seja de 68 ha, sendo e 30 ha ocupados pela cultura da manga e 10 ha pela cultura do melo.; a vida til da manga de 20 anos; 2 A produo da manga de 25 ton/ha; o preo da manga R$ 0,60 o kg; A produo do melo de 15 ton/ha; o preo do melo R$ 0,30 o kg; 3 Nos lanamentos que no constarem informao em contrrio, estes valores foram realizados a vista; 4 - o prazo para amortizao do diferido 10 anos; e a depreciao do galpo tambm 10 anos; 5 Considerar como custo da cultura, alm dos custos normais, a depreciao da mesma; os demais valores (depreciao/amortizao) devero ser considerados como despesas operacionais normais; 6 - a forma de pagamento do financiamento bancrio so em 12 prestaes anuais, iguais e sucessivas. No valor de $12.500,00 cada; PEDE-SE: ELABORAR O BALANO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCCIO, APURANDO O LUCRO OU PREJUZO, UTILIZANDO RAZONETES;RESPOSTA: TOTAL BALANO R$ 1.162.200; RESERVAS DE CAPITAL R$ 417.700; DISPONIVEL R$ 488.900;

OUTRO: 1 - A empresa FRUTAS SO FRANCISCO LTDA apresenta a seguinte situao patrimonial no final de seu exerccio social, em 31/12/X0: BALANO PATRIMONIAL 31/12/X0 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE 409.000,00 CIRCULANTE 11.800,00 Disponvel................................... 391.300,00 Insumos ....................................... 17.700,00 Contas a Pagar ...............................11.800,00 PERMANENTE. 310.900,00 EXIGVEL A L. PRAZO 135.000,00 Imobilizado 251.500,00 Financiamento Bancrio .............135.000,00 Terra ........................................... 116.500,00 Cultura permanente em Formao PATRIMNIO LQUIDO 573.100,00 UVA ...................................... 135.000,00 Capital ........................................ 520.000,00 Diferido 59.400,00 Reservas de capital .......................53.100,00 Melhorias ...................................$ 66.000,00 Amortizao Acumulada...........$ (6.600,00) TOTAL .......................................719.900,00 TOTAL .......................................719.900,00 No ano seguinte:G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos bsicos e custos oportunidade-2008-2.doc

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1 a empresa aplica um total de R$ 30.800,00 de insumos na cultura da UVA, sendo deste valor R$ 3.200,00 dos estoques na empresa e o restante financiado pelo Banco, atravs de investimento bancrio, com prazo de pagamento a partir do ano X5;(financiamento j existente) 2 - a empresa prepara a rea para o plantio da CEBOLA R$ 10.200,00, a vista; 3 A empresa aplica um total de R$ 8.000,00 em insumos na cultura da CEBOLA, a vista; 4 a empresa gasta R$ 45.300,00 de tratos culturais e irrigao com a cultura da UVA, sendo os gastos financiados pelo Banco, atravs de investimento bancrio, com prazo de pagamento a partir do ano X5; 5 - a empresa gasta R$ 6.500,00 de tratos culturais e irrigao com a cultura da CEBOLA, sendo os gastos realizados a vista; 6 realizado o pagamento das obrigaes (contas a pagar) no valor de R$ 6.500,00; 7 Inicia-se o processo de colheita do CEBOLA, gastando a empresa o montante de R$ 5.300,00 , realizados com recursos prprios, a vista; encerrada a colheita; 8 a empresa vende 70% da produo da cebola, sendo a metade a vista e a outra metade a prazo; ( usar clientes) 9- o banco informou que registrou na conta do financiamento do investimento, os juros de 12% ao ano, calculados sobre o saldo devedor do financiamento; (para fins de clculo, considerar o saldo devedor apresentado no balano de X0); CONSIDERE QUE: 1 A rea total do imvel seja de 50 ha, sendo e 30 ha ocupados pela cultura da UVA e 15 ha pela cultura do CEBOLA.; a vida til da UVA de 20 anos; a uva foi implantada no inicio do ano X0; 2 A produo da UVA de 30 ton/ha; o preo da UVA R$ 1,80 o kg; cebola: a produo de 30.000 kg/ha; preo R$ 0,50 o quilo 3 Nos lanamentos que no constarem informao em contrrio, estes valores foram realizados a vista; 4 - o prazo para amortizao do diferido 5 anos; 5 - a forma de pagamento do financiamento bancrio em 10 prestaes anuais, iguais e sucessivas.(na posio de 31.12.X0), a vencer a primeira parcela em 31/12/X5 e a ltima em 31/12/x14. O vencimento final do financiamento ser no ano de X14; O valor da parcela anual o resultado da diviso do saldo devedor dividido pelo n. de prestaes a pagar. PEDE-SE: ELABORAR O BALANO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCCIO, COM A FORMALIDADE NECESSRIA, APURANDO O LUCRO OU PREJUZO, UTILIZANDO RAZONETES;RESPOSTA: BP = $ 909.600; LUCROS $ 160.200; PROD. AGRICOLA $9.000; CLIENTES $ 78.750;

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CONTABILIDADE AGRCOLA E PECURIA - PROF. WALDENIR S. F. BRITTO 1 - A empresa FRUTAS SO FRANCISCO LTDA apresenta a seguinte situao patrimonial no final de seu exerccio social, em 31/12/2000: BALANO PATRIMONIAL 31/12/2000 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE Disponvel................................... 391.300,00 Insumos ....................................... 17.700,00 Contas a Pagar ...............................5.800,00 PERMANENTE. EXIGVEL A L. PRAZO Imobilizado Financiamento Bancrio .............148.500,00 Terra ........................................... 120.500,00 Cultura permanente em Formao PATRIMNIO LQUIDO UVA ...................................... 135.000,00 Capital ........................................ 520.000,00 Diferido Reservas de capital .......................43.000,00 Melhorias ...................................$ 66.000,00 Amortizao Acumulada...........$ (13.200,00) TOTAL .......................................717.300,00 TOTAL .......................................717.300,00

No ano seguinte: 1- o banco informou que registrou na conta do financiamento do investimento, os juros de 10% ao ano, calculados sobre o saldo devedor do financiamento; (para fins de clculo e registro, considerar o saldo apresentado no balano de 2000); 2 a empresa aplica um total de R$ 30.800,00 de insumos na cultura da UVA, sendo deste valor R$ 3.200,00 dos estoques na empresa e o restante financiado pelo Banco, atravs de investimento bancrio (j existente), com prazo de pagamento a partir do ano 2005; 3 - a empresa prepara a rea para o plantio da CEBOLA R$ 10.200,00, a vista; 4 A empresa aplica um total de R$ 8.000,00 em insumos na cultura da CEBOLA, a vista; 5 a empresa gasta R$ 45.300,00 de tratos culturais e irrigao com a cultura da UVA, sendo os gastos financiados pelo Banco, atravs de investimento bancrio, com prazo de pagamento a partir do ano 2005; 6 - a empresa gasta R$ 6.500,00 de tratos culturais e irrigao com a cultura da CEBOLA, sendo os gastos realizados a vista; 7 Inicia-se o processo de colheita do CEBOLA, gastando a empresa o montante de R$ 5.300,00 , realizados com recursos prprios, a vista; encerrada a colheita; 8 a empresa vende 70% da produo da cebola, sendo a metade a vista e a outra metade a prazo; (usar clientes)

CONSIDERE QUE: (INFORMES GERAIS, NEM TODOS PODE SE APLICAR) 1 A rea total do imvel seja de 50 ha, sendo e 10 ha ocupados pela cultura da UVA e 35 ha pela cultura do CEBOLA.; a vida til da UVA de 20 anos; a uva foi implantada no inicio do ano 2000; 2 A produo da UVA de 30 ton/h, quando comear a produzir; o preo da UVA R$ 1,50 o kg; cebola: a produo de 35.000 kg/ha; preo R$ 0,50 o quilo

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3 Nos lanamentos que no constarem informao em contrrio, estes valores foram realizados a vista; 4 - o prazo para amortizao do diferido 5 anos; 5 Considerar como custo da cultura permanente a depreciao da mesma, quando se aplicar; 6 - a forma de pagamento do financiamento bancrio em 10 prestaes anuais, iguais e sucessivas.(na posio de 31.12.2000), a vencer a primeira parcela em 31/12/2005 e a ltima em 31/12/2014. O vencimento final do financiamento ser no ano de 2014; O valor da parcela anual o resultado da diviso do saldo devedor dividido pelo n. de prestaes a pagar. PEDE-SE: ELABORAR O BALANO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCCIO, COM A FORMALIDADE NECESSRIA, APURANDO O LUCRO OU PREJUZO, UTILIZANDO RAZONETES;

RESPOSTA: TOTAL BALANO R$ 1.184.750; RESERVAS DE CAPITAL R$ 422.700; DISPONIVEL R$ 575.675;

CONTABILIDADE AGRCOLA E PECURIA - PROF. WALDENIR S. F. BRITTO CONCEITO A NO PROVO DO MEC 1 - A empresa AGROPECUARIA SO CHICO LTDA apresenta a seguinte situao patrimonial no final de seu exerccio social, em 31/12/X0: BALANO PATRIMONIAL 31/12/X0 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE DISPONVEL............................. 285.400,00 Financiamento Bancrio............. 15.000,00 PERMANENTE. EXIGVEL A L. PRAZO Imobilizado Financiamento Bancrio .............150.000,00 Terra ........................................... 145.000,00 Cultura permanente Formada UVA ...................................... 120.000,00 Depreciao Acumulada .......... (36.000,00) PATRIMNIO LQUIDO Instalaes galpo..................... 18.000,00 Capital ........................................ 350.600,00 Depreciao Acumulada .......... (9.000,00) Reservas de capital .......................35.800,00 Diferido 28.000,00 Melhorias ...................................$ 70.000,00 Amortizao Acumulada...........$ (42.000,00) TOTAL .......................................551.400,00 TOTAL .......................................551.400,00 No ano seguinte:

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1 a empresa aplica um total de R$ 10.400,00 de insumos na cultura da UVA, financiado pelo Banco, atravs de custeio bancrio; 2 - prepara rea para o plantio do FEIJO R$ 1.500,00, valores a vista; 3 A empresa aplica um total de R$ 8.000,00 em insumos na cultura do FEIJO, pagamento a vista; 4 a empresa gasta R$ 23.300,00 de tratos culturais e irrigao com a cultura da UVA, sendo os gastos financiados pelo Banco, atravs de custeio bancrio; 5 - a empresa gasta R$ 2.200,00 de tratos culturais e irrigao com a cultura do FEIJO, sendo os gastos realizados a vista; 6 Inicia-se o processo de colheita da cultura do FEIJO, gastando a empresa o montante de R$ 670,00 com a vista; ( encerrada a colheita). 7- o banco informou que registrou na conta do financiamento do investimento, os juros de 12% ao ano, calculados sobre o saldo devedor do financiamento; (saldo anterior ao custeio da UVA); 8- a empresa paga os juros (o valor calculado) e a parcela de principal de R$ 15.000,00 do financiamento bancrio, do investimento; 9 a empresa gasta R$ 9.000,00 durante o processo de colheita da UVA, Sendo o valor financiado pelo Banco, atravs de custeio bancrio; encerrada a colheita; 10- realizada a venda da UVA, 50% a vista e o restante a prazo. (usar conta clientes) 11 A empresa paga (liquida) o financiamento bancrio relativo ao custeio da UVA, pagando alm do principal mais juros no valor de R$ 2.340,00; 12 Devido a boa venda da UVA, a empresa decide amortizar R$ 10.000,00 do saldo devedor total do investimento, junto ao Banco. CONSIDERE QUE: 1 A rea total do imvel seja de 50 ha, sendo e 30 ha ocupados pela cultura da UVA e 15 ocupados pelo feijo; a vida til da UVA de 20 anos; 2 A produo da UVA de 20 ton/ha; o preo da UVA R$ 1,20 o kg; 3 Onde no constarem informao em contrrio, estes valores foram realizados a vista; 4 - o prazo para amortizao do diferido 10 anos; e a depreciao do galpo 10 anos; 5 Considerar como custo da cultura permanente a depreciao da mesma; 6 - a forma de pagamento do financiamento bancrio em 11 prestaes anuais, iguais e sucessivas.(na posio de 31.12.X0) .O valor de cada prestao ser obtido dividindo-se o saldo devedor pelo nmero de prestaes a pagar. PEDE-SE: ELABORAR O BALANO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCCIO, COM A FORMALIDADE NECESSRIA, APURANDO O LUCRO OU PREJUZO, UTILIZANDO RAZONETES;Resposta: BP = $ 1.166.760; LUCROS $ 676.160; DISPONIVEL $ 543.190;

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OUTRO: 1 - A empresa FRUTAS SO FRANCISCO LTDA apresenta a seguinte situao patrimonial no final de seu exerccio social, em 31/12/2000: BALANO PATRIMONIAL 31/12/2000 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE Disponvel................................... 91.300,00 Insumos ....................................... 27.300,00 Contas a Pagar ...............................2.980,00 PERMANENTE. EXIGVEL A L. PRAZO Imobilizado Financiamento Bancrio .............128.800,00 Terra ........................................... 425.000,00 Cultura permanente em Formao PATRIMNIO LQUIDO MANGA ................................ 125.750,00 Capital ........................................ 619.770,00 Diferido Prejuzos acumulados ...................(3.000,00) Melhorias ...................................$ 88.000,00 Amortizao Acumulada...........$ (8.800,00) TOTAL .......................................748.550,00 TOTAL .......................................748.550,00

No ano seguinte: 1- o banco informou que registrou na conta do financiamento do investimento, os juros de 8,75% ao ano, calculados sobre o saldo devedor total do financiamento; (para fins de clculo e registro, considerar o saldo apresentado no balano de 2000); 2 a empresa aplica um total de R$ 32.580,00 de insumos na cultura da manga, sendo deste valor R$ 3.200,00 dos estoques na empresa e o restante financiado pelo Banco, atravs de investimento bancrio (j existente), com prazo de pagamento a partir do ano 2005; 3 - a empresa prepara a rea para o plantio da CEBOLA R$ 11.400,00, atravs de custeio bancrio, com prazo de 6 meses para pagamento; 4 A empresa aplica um total de R$ 28.000,00 em insumos na cultura da CEBOLA, atravs de custeio bancrio, com prazo de 6 meses para pagamento; 5 a empresa gasta R$ 45.300,00 de tratos culturais e irrigao com a cultura da MANGA, sendo os gastos financiados pelo Banco, atravs de financiamento bancrio, com prazo de pagamento a partir do ano 2005; 6 - a empresa gasta R$ 67.500,00 de tratos culturais e irrigao com a cultura da CEBOLA, sendo os gastos realizados atravs de custeio bancrio, com prazo de 6 meses para pagamento; 7 Inicia-se o processo de colheita da CEBOLA, gastando a empresa o montante de R$ 15.300,00 , realizados com recursos prprios, a vista; 8 - encerrada a colheita; 9 a empresa vende 70% da produo da cebola, sendo a metade a vista e a outra metade a prazo; (usar conta clientes) 10 O banco informa que registrou juros de R$ 2.970,00 na operao relativa ao custeio bancrio, tomado para o plantio da cebola;

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11 a empresa liquida o custeio bancrio relativo a cebola, no seu valor total do saldo devedor; CONSIDERE QUE: (INFORMES GERAIS, NEM TODOS PODE SE APLICAR) 1 A rea total do imvel seja de 50 ha, sendo e 10 ha ocupados pela cultura da MANGA e 30 ha pela cultura da CEBOLA.; a vida til da MANGA de 20 anos; a MANGA foi implantada no inicio do ano 2000; 2 A produo da MANGA : 3. ano: 12.000 kg; 4. ano 15.000 kg; 5. e demais anos: 18.000 kgs; quando comear a produzir, o preo da manga ser de R$ 0,55 o kg; cebola: a produo de 35.000 kg/ha; preo R$ 0,50 o quilo 3 Nos lanamentos que no constarem informao em contrrio, estes valores foram realizados a vista; 4 - o prazo para amortizao do diferido 10 anos; 5 Considerar como custo da cultura permanente a depreciao da mesma, quando se aplicar; 6 - a forma de pagamento do financiamento bancrio : o saldo devedor total dividido pelo nmero de prestaes a pagar; 12 prestaes anuais (na posio de 31.12.2000), a vencer a primeira parcela em 31/12/2004 e a ltima em 31/12/2016. O vencimento final do financiamento ser no ano de 2016; O valor da parcela anual o resultado da diviso do saldo devedor dividido pelo n. de prestaes a pagar. PEDE-SE: ELABORAR O BALANO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCCIO, COM A FORMALIDADE NECESSRIA, APURANDO O LUCRO OU PREJUZO, UTILIZANDO RAZONETES;Resposta: total $ 1.093.420; lucro $ 255.920; disponvel $ 149.880; manga $ 203.630

OUTROS I Ao se calcular o custo de oportunidade de um trator, que prestou trabalho para as culturas da melancia e da cebola, no momento que se calcular o custo de oportunidade deste trator, na sua parte relativo a cultura da cebola, este COT com certeza ser menor que o custo de oportunidade total calculado para o trator; II todas as contas relativas aos custos incorporados cultura da melancia, durante a sua fase produtiva, sero registrados no ativo circulante da empresa; III a depreciao do galpo no deve ser considerado como custo do galpo, e portanto no incorporado o valor da depreciao ao valor do bem; IV a conta FORMAO DO FRUTO MANGA equivale, na contabilidade industrial, a conta PRODUTOS EM ELABORAO. V Podemos definir o custo de oportunidade como a quantia que o empresrio desembolsa do lucro que a empresa deixa de ganhar quando a oportunidade proporcionada por uma alternativa sacrificada pela escolha de outra . Com relao frases acima, podemos Assinalar que:

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A ( ) existem trs afirmaes verdadeiras e entre elas, no se encontra a quarta; B - ( ) existem trs opes verdadeiras, sendo a primeira uma delas; C ( ) existem quatro opes falsas; D ( ) nenhuma das afirmaes so verdadeiras; E ( ) todas as afirmaes so verdadeiras; F ( ) somente a ultima questo est errada; G ( ) somente a terceira afirmao falsa; H ( ) existe somente uma questo falsa, e a primeira; I ( ) somente a primeira e a ultima afirmao so falsas; J ( ) nenhuma das opes acima. Resposta = F AVALIAO - NOITE ATENO: UTILIZE CANETA PARA AS RESPOSTAS!!! 1 - A empresa FRUTAS SO FRANCISCO LTDA apresenta a seguinte situao patrimonial no final de seu exerccio social, em 31/12/2000: (razonente:1,5p; BP:1,5p; resultado acumulado: 0,5p; dre:0,5 p) BALANO PATRIMONIAL 31/12/2000 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE Disponvel................................... 91.300,00 Insumos ....................................... 27.300,00 Produtos agrcolas melo .............30.000,00 PERMANENTE. Imobilizado Terra ........................................... 425.000,00 Cultura permanente em Formao MANGA ................................ 125.750,00 Diferido Melhorias ...................................$ 88.000,00 Amortizao Acumulada...........$ (8.800,00) TOTAL .......................................778.550,00 Contas a Pagar ...............................2.980,00 EXIGVEL A L. PRAZO Financiamento Bancrio .............158.800,00 PATRIMNIO LQUIDO Capital ........................................ 619.770,00 Prejuzos acumulados ...................(3.000,00)

TOTAL .......................................778.550,00

No ano seguinte: 1- o banco informou que registrou na conta do financiamento do investimento, os juros de 12% ao ano, calculados sobre o saldo devedor total do financiamento; (para fins de clculo e registro, considerar o saldo apresentado no balano de 2000); 2 a empresa aplica um total de R$ 35.770,00 de insumos na cultura da manga, sendo deste valor R$ 3.600,00 dos estoques na empresa e o restante financiado pelo Banco, atravs de investimento bancrio (financiamento j existente), com prazo de pagamento a partir do ano 2005;

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3 - a empresa prepara a rea para o plantio da UVA R$ 11.400,00, A VISTA; 4 A empresa aplica um total de R$ 24.000,00 em insumos na cultura da UVA,A VISTA; 5 a empresa gasta R$ 25.300,00 de tratos culturais e irrigao com a cultura da MANGA, sendo os gastos financiados pelo Banco, atravs de financiamento bancrio, com prazo de pagamento a partir do ano 2005; ( J EXISTENTE) 6 - a empresa gasta R$ 17.500,00 de tratos culturais e irrigao com a cultura da uva; 7 a empresa vende 70% da produo do melo, sendo a metade a vista e a outra metade a prazo; (usar conta clientes) CONSIDERE QUE: (INFORMES GERAIS, NEM TODOS PODE SE APLICAR) 1 A rea total do imvel seja de 50 ha, sendo e 10 ha ocupados pela cultura da MANGA e 20 ha pela cultura da UVA e 15 com o melo.; a vida til da MANGA e da UVA de 20 anos; a MANGA foi implantada no inicio do ano 2000; 2 - a produo do melo de 15.000 kgs por hectare; o preo de R$ 1,00 o kg; 3 Nos lanamentos que no constarem informao em contrrio, estes valores foram realizados a vista; 4 - o prazo para amortizao do diferido 10 anos; 5 - a forma de pagamento do financiamento bancrio : o saldo devedor total dividido pelo nmero de prestaes a pagar; 12 prestaes anuais (na posio de 31.12.2000), a vencer a primeira parcela em 31/12/2004 e a ltima em 31/12/2016. O vencimento final do financiamento ser no ano de 2016; O valor da parcela anual o resultado da diviso do saldo devedor dividido pelo n. de prestaes a pagar. PEDE-SE: ELABORAR O BALANO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCCIO, COM A FORMALIDADE NECESSRIA, APURANDO O LUCRO OU PREJUZO, UTILIZANDO RAZONETES;RESPOSTAS: BALANO $ 963.720; LUCROS $105.644;

ANALISE AS AFIRMAES ABAIXO: (2,0 pontos) I Ao se calcular e registrar na contabilidade os custos de uma cultura permanente, estes custos sero registrados no ativo circulante, se forem relativos a valores de formao do fruto e colheita em andamento; II a exausto de uma cultura ser contabilizada/registrada quando a cultura mantiver o caule ou o tronco da planta, colhendo apenas as folhas e ou os frutos; III a conta formao do fruto manga equivale, na contabilidade industrial, a conta OBRAS EM ANDAMENTO IV todas as contas relativas aos custos incorporados cultura da manga, durante a sua fase produtiva, sero registrados no ativo circulante da empresa; V numa atividade agrcola, com diversas culturas em perodos de colheitas diferentes, prevalece o ano agrcola com base em cultura permanente-cultura que proporciona mais colheitas durante a mesma safra;

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Com relao frases acima, podemos Assinalar que: A ( ) existem duas afirmaes verdadeiras e entre elas, no se encontra a quarta; B - ( ) existem trs opes falsas, sendo a segunda uma delas; C ( ) existem quatro opes falsas e a primeira uma delas; D ( ) nenhuma das afirmaes so verdadeiras; E ( ) somente a segunda questo est correta; G ( ) somente a terceira e a ultima questes so falsas; H ( ) existe somente uma questo verdadeira, e a primeira; I ( ) somente a primeira e quarta afirmaes so verdadeiras; J ( ) nenhuma das opes acima.RESPOSTA: H

RESOLUO CFC N 909, de 08.08.01 (DOU de 27.09.01) Aprova da NBC T 10 - Dos Aspectos Contbeis especficos em entidades diversas, o item: NBC T 10.14 - Entidades Agropecurias. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exerccio de suas atribuies legais e regimentais, CONSIDERANDO que as Normas Brasileiras de Contabilidade e suas Interpretaes Tcnicas constituem corpo de doutrina contbil que estabelece regras de procedimentos tcnicos a serem observadas quando da realizao de trabalhos; CONSIDERANDO que a forma adotada de fazer uso de trabalhos de Instituies com as quais o Conselho Federal de Contabilidade mantm relaes regulares e oficiais, est de acordo com as diretrizes constantes dessas relaes; CONSIDERANDO o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Trabalho das Normas Brasileiras de Contabilidade, institudo pela Portaria CFC n 10/01, bem como o intenso auxlio desempenhado pelos profissionais que o compe, representando alm desta Entidade, o Banco Central do Brasil, a Comisso de Valores Mobilirios, o Instituto Brasileiro de Contadores, o Instituto Nacional de Seguro Social, o Ministrio da Educao, a Secretaria da Receita Federal, a Secretaria do Tesouro Nacional, a Secretaria Federal de Controle e a Superintendncia de Seguros Privados; CONSIDERANDO que o Grupo de Trabalho das Normas Brasileiras de Contabilidade, elaborou o item 10.14 - Entidades Agropecurias da NBC T 10 - Dos Aspectos Contbeis Especficos em Entidades Diversas; CONSIDERANDO a deciso da Cmara Tcnica no Relatrio n 41, de 18 de julho de 2001; resolve: Art. 1 - Aprovar a Norma Brasileira de Contabilidade NBC T 10.14 -Entidades Agropecurias. Art. 2 - Esta Resoluo entra em vigor a partir da data de sua publicao. Jos Serafim Abrantes Presidente do Conselho ANEXO NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC T 10 - DOS ASPECTOS CONTBEIS ESPECFICOS EM ENTIDADES DIVERSAS 10.14 - ENTIDADES AGROPECURIAS 10.14.1 - Consideraes Gerais 10.14.1.1 - Esta norma estabelece critrios e procedimentos especficos de avaliao, de registro das variaes patrimoniais e de estruturao das demonstraes contbeis, e as informaes mnimas a serem divulgadas em notas explicativas para as entidades agropecurias que exploram as atividades agrcolas e pecurias, no restante deste norma, genericamente denominadas entidades rurais. 10.14.1.2 - Entidades rurais so aquelas que exploram a capacidade produtiva do solo ou da gua, mediante extrao vegetal, o cultivo da terra ou da gua (hidroponia) e a criao de animais.

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10.14.1.3 - Aplicam-se s entidades rurais os Princpios Fundamentais de Contabilidade, bem como as Normas Brasileiras de Contabilidade e suas Interpretaes Tcnicas e Comunicados Tcnicos editados pelo Conselho Federal de Contabilidade. 10.14.1.4 - O exerccio social das entidades rurais aquele estabelecido no seu instrumento societrio e, na ausncia dele, o ano-calendrio. 10.14.2 - Dos Registros Contbeis Das Entidades Rurais 10.14.2.1 - A escriturao contbil obrigatria, devendo as receitas, custos e despesas ser contabilizados mensalmente. 10.14.2.2 - Os registros contbeis devem evidenciar as contas de receitas, custos e despesas, segregadas por tipo de atividades. 10.14.2.3 - Os critrios de avaliao adotados pelas entidades rurais devem fundamentar-se nos seus ciclos operacionais. 10.14.2.4 - As perdas, parciais ou totais, decorrentes de ventos, geada, inundao, praga, granizo, seca, tempestade e outros eventos naturais, bem como de incndio, devem ser registradas como despesa nooperacional do exerccio. 10.14.3 - Das Demonstraes Contbeis Das Entidades Rurais 10.14.3.1 - As demonstraes contbeis das entidades devem ser elaboradas de acordo com a NBC T 3 Conceito, Contedo, Estrutura e Nomenclatura das Demonstraes Contbeis. 10.14.3.2 - As demonstraes contbeis devem ser complementadas por notas explicativas elaboradas com obedincia NBC T 6 - Da Divulgao das Demonstraes Contbeis e a respectiva Interpretao Tcnica, devendo conter, ainda, as seguintes informaes: a) as principais atividades operacionais desenvolvidas; b) os investimentos em culturas permanentes e seus efeitos futuros; c) a composio dos tipos de emprstimos, financiamentos, montante a vencer a longo prazo, taxas, garantias e principais clusulas contratuais restritivas, inclusive os de arrendamento mercantil; d) contingncias existentes, com especificao de sua natureza, estimativa de valores e situao quanto ao seu possvel desfecho; e) os efeitos no resultado decorrentes de arrendamentos e parcerias, quando relevantes; f) os efeitos entre os valores histricos dos estoques de produtos agrcolas e o de mercado quando este for conhecido; g) eventos subseqentes; e h) a composio dos estoques quando esta no constar do balano patrimonial. 10.14.4 - Entidades Agrcolas: Aspectos Gerais 10.14.4.1 - As entidades agrcolas so aquelas que se destinam produo de bens, mediante o plantio, manuteno ou tratos culturais, colheita e comercializao de produtos agrcolas. 10.14.4.2 - As culturas agrcolas dividem-se em: a) temporrias: a que se extinguem pela colheita, sendo seguidas de um novo plantio; e b) permanentes: aquela de durao superior a um ano ou que proporcionam mais de uma colheita, sem a necessidade de novo plantio, recebendo somente tratos culturais no intervalo entre as colheitas. 10.14.4.3 - O ciclo operacional o perodo compreendido desde a preparao do solo, entendida esta como a utilizao de grade, arado e demais implementos agrcolas, deixando a rea disponvel para o plantio at a comercializao do produto. 10.14.5 - Dos Registros Contbeis Das Entidades Agrcolas 10.14.5.1 - Os bens originrios de culturas temporrias e permanentes devem ser avaliados pelo seu valor original, por todos os custos integrantes do ciclo operacional, na medida de sua formao, incluindo os custos

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imputveis, direta ou indiretamente, ao produto, tais como sementes, irrigaes, adubos, fungicidas, herbicidas, inseticidas, mo-de-obra e encargos sociais, combustveis, energia eltrica, secagens, depreciaes de prdios, mquinas e equipamentos utilizados na produo, arrendamentos de mquinas, equipamentos e terras, seguros, servios de terceiros, fretes e outros. 10.14.5.2 - Os custos indiretos das culturas, temporrias ou permanentes, devem ser apropriados aos respectivos produtos. 10.14.5.3 - Os custos especficos de colheita, beneficiamento, acondicionamento, armazenagem e outros necessrios para que o produto resulte em condies de comercializao, devem ser contabilizados em conta de Estoque de Produtos Agrcolas. 10.14.5.4 - As despesas pr-operacionais devem ser amortizadas a partir da primeira colheita. O mesmo tratamento contbil deve ser dado s despesas pr-operacionais relativas a novas culturas, em entidade agrcola j em atividade. 1014.5.5 - Os custos com desmatamento, destocamento, correo do solo e outras melhorias para propiciar o desenvolvimento das culturas agrcolas que beneficiaro mais de uma safra devem ser contabilizados pelo seu valor original, no Ativo Diferido, como encargo das culturas agrcolas desenvolvidas na rea, deduzidas as receitas lquidas obtidas com a venda dos produtos oriundos do desmatamento ou destocamento. 10.14.5.6 - A exausto dos componentes do Ativo Imobilizado relativos s culturas permanentes, formado por todos os custos ocorridos at o perodo imediatamente anterior ao incio da primeira colheita, tais como preparao da terra, mudas ou sementes, mo-de-obra, etc., deve ser calculada com base na expectativa de colheitas, de sua produtividade ou de sua vida til, a partir da primeira colheita. 10.14.5.7 - Os custos incorridos que aumentem a vida til da cultura permanente devem ser adicionados aos valores imobilizados. 10.14.5.8 - As perdas correspondentes frustrao ou ao retardamento da safra agrcola devem ser contabilizadas como despesa operacional. 10.14.5.9 - Os ganhos decorrentes da avaliao de estoques do produto pelo valor de mercado, em conformidade com a NBC T 4 - Da Avaliao Patrimonial, item 4.2.3.4, devem ser contabilizados como receita operacional, em cada exerccio social. 10.14.5.10 - Os custos de produo agrcola devem ser classificados no Ativo da entidade, segundo a expectativa de realizao: a) no Ativo Circulante, os custos com os estoques de produtos agrcolas e com tratos culturais ou de safra necessrios para a colheita no exerccio seguinte; e b) no Ativo Permanente Imobilizado, os custos que beneficiaro mais de um exerccio. 10.14.6 - Entidades Pecurias: Aspectos Gerais 10.14.6.1 - As Entidades Pecurias so aquelas que se dedicam cria, recria e engorda de animais para fins comerciais. 10.14.6.2 - As atividades das Entidades Pecurias alcanam desde a inseminao, ou nascimento, ou compra, at a comercializao, dividindo-se em: a) cria e recria de animais para comercializao de matrizes; b) cria, recria ou compra de animais para engorda e comercializao;e c) cria, recria ou compra de animais para comercializao de seus produtos derivados, tais como: leites, ovos, mel, smen, etc. 10.14.6.3 - O ciclo operacional o perodo compreendido desde a inseminao, ou nascimento, ou compra, at a comercializao. 10.14.7 - Dos Registros Contbeis Das Entidades Pecurias 10.14.7.1 - Os animais originrios da cria ou da compra para recria ou engorda so avaliados pelo seu valor original, na medida de sua formao, incluindo todos os custos gerados no ciclo operacional, imputveis, direta ou indiretamente, tais como: raes, medicamentos, inseticidas, mo-de-obra e encargos sociais, combustveis, energia eltrica, depreciaes de prdios, mquinas e equipamentos utilizados na produo, arrendamentos de mquinas, equipamentos ou terras, seguros, servios de terceiros, fretes e outros. 10.14.7.2 - As despesas pr-operacionais devem ser amortizadas medida que o ciclo operacional avana em relao criao dos animais ou produo de seus derivados.

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10.14.7.3 - Nas atividades de criao de animais, os componentes patrimoniais devem ser avaliados como segue: a) o nascimento de animais, conforme o custo acumulado do perodo, dividido pelo nmero de animais nascidos; b) os custos com os animais devem ser agregados ao valor original medida que so incorridos, de acordo com as diversas fases de crescimento; e c) os estoques de animais devem ser avaliados segundo a sua idade e qualidade. 10.14.7.4 - Os animais destinados reproduo ou produo de derivados, quando deixarem de ser utilizados para tais finalidades, devem ter seus valores transferidos para as Contas de Estoque, no Ativo Circulante, pelo seu valor contbil unitrio. 10.14.7.5 - As perdas por morte natural, devem ser contabilizadas como despesa operacional, por decorrentes de risco inerente atividade. 10.14.7.6 - Os ganhos decorrentes da avaliao de estoques do produto pelo valor de mercado, em conformidade com a NBC T 4 - Da Avaliao Patrimonial, item 4.2.3.4, devem ser contabilizados como receita operacional, em cada exerccio social. 10.14.7.7 - Os custos com a atividade de criao de animais devem ser classificados no Ativo da entidade, segundo a expectativa de realizao: a) no Ativo Circulante, os custos com os estoques dos animais destinados a descarte, engorda e comercializao at o final do prximo exerccio; e b) no Ativo Permanente Imobilizado, os custos com os animais destinados reproduo ou produo de derivados.

Ata CFC n817 Procs. CFC ns 40/01 e 42/01

AMORTIZAES, DEPRECIAES, EXAUSTES E REINTEGRAO FUNCIONAL DOS CAPITAIS

Antnio Lopes de S

A tradio de matematicamente determinar-se as tabelas de amortizaes, depreciaes e exaustes entendemos como inadequada. A evoluo conceptual e a doutrina do neopatrimonialismo contbil consagram hoje outros aspectos sob os quais a matria deve ser considerada.

NATUREZA DO CAPITAL Por natureza o capital se movimenta para a consecuo do seu objetivo fundamental e que o de crescer. O movimento gera a transformao, ou seja, a modificao constante, quer em decorrncia da ao dos agentes internos (administrao e pessoal), quer daqueles externos (mercado, sociedade, tecnologia, poltica ecologia etc.). - 35 -

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A transformao implica na anulao total ou parcial de um estado patrimonial anterior. Estas premissas, rigorosamente lgicas, so as que aliceram as convices de que o capital deve ser enfocado, por natureza, como um objeto em permanente mutao. Isto porque cada momento apresenta um capital modificado, ou seja, um estado diferente do que anteriormente, no tempo, possua. A constncia de mutaes a que constitui a dinmica patrimonial. Uma prodigiosa sucesso de estados a que na realidade caracteriza a natureza do capital. A finalidade de ponta a da remunerao pelo lucro e esta a necessidade maiscula da vida empresarial. FUNO COMO AGENTE TRANSFORMADOR As mutaes se operam pela ao de agentes transformadores da riqueza (internos e externos como foi referido), mas, visando a satisfao da necessidade de cada momento. Parece ser uma verdade essencial, pois, com aspecto de teorema, que: Modificadas as qualidades dos agentes das riquezas modificam-se as qualidades das funes dos meios patrimoniais e tambm aquelas das eficcias. Isto porque a funo de um elemento patrimonial depende do que a promove. Um capital de igual valor, constitudo em uma mesma poca, com os mesmos meios patrimoniais, pode apresentar resultado positivo em uma empresa e negativo em outra, ainda que do mesmo ramo, tudo dependendo da qualidade dos agentes que atuam sobre a riqueza. Como a funo que promove a transformao do capital, a anulao de estados anteriores sempre ser uma varivel dependente daquela. Logo, parece-nos falacioso admitir que modelos imutveis de comportamentos sejam vlidos para quaisquer momentos. Tal considerao deve-se ter em conta para todos os fenmenos patrimoniais, inclusive e especialmente at para os de reintegrao do capital. A FORA FUNCIONAL Entende-se como funo o exerccio de um componente patrimonial, ou seja, o movimento do mesmo. O poder da funo aquele que enseja a eficcia, ou seja, a satisfao plena da necessidade. Uma empresa precisa, pois, manter-se capacitada a exercer funes eficazes e fundamentado em tal princpio que existe a preocupao de uma permanente recomposio de foras perdidas. A capacidade de um meio patrimonial est na sua qualidade intrnseca, mas, tambm, condiciona-se ao que lhe enseja o poder do entorno, ou seja, ao que recebe como influncia do meio em que est contido. A fora funcional, portanto, no depende apenas do estado fsico do bem, mas, sim, especialmente, do que ele tem capacidade em produzir a utilidade. Isto porque a utilidade algo varivel em face das necessidades de cada momento. - 36 -

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O que se deve medir perante a eficcia no se um meio patrimonial novo ou no, mas, sim, o que ele pode render em face da realidade do mercado, do estado poltico e social, do ambiente etc. conforme o que de pertinente se fizer exigvel. Um computador 386 pode estar novo, mas, jamais render a utilidade de um Pentium V. REINTEGRAO FUNCIONAL Reintegrar o capital recuperar a fora funcional que vai perdendo pela utilidade que presta ou pelos efeitos ambientais (pessoal, mercado, legislao, ecologia etc.) que ele sofre. Tradicionalmente a preocupao centrou-se em imaginar a reintegrao do usado atravs de quotas de amortizao, de depreciao ou exausto (conforme fosse o caso). Entendeu-se que tais quotas eram devidas a perda de valor e que este necessitava ser recomposto. Recuperar o investido, para obter a utilidade, sugeriu que se constitussem parcelas de compensao das perdas pelo uso, ao longo do tempo, extraindo-se das receitas um valor suficiente, para que a empresa pudesse continuar a funcionar. A concepo predominante era a de que a questo centrava-se apenas em valores de patrimnio. Deixou-se, inclusive, de considerar outros elementos e que deveras influem, determinantemente, sobre a capacidade funcional, como a qualidade tcnica, a capacidade produtiva, a convenincia de custos etc. Comprovam a nossa interpretao as elaboraes matemticas, de tantos rigores, geratrizes de tabelas de sofisticados clculos. Critrios de determinaes de taxas crescentes, decrescentes, variveis, horizontais, em suma uma variedade de opes passou a ser apresentada. Mesmo os clssicos de nossa doutrina muito se dedicaram a tais mincias, como Fbio Besta em sua La Ragioneria. Como reintegrar o capital passou a ter uma tica doutrinria centrada apenas em uma esttica posio daquele. O fato sugeriu a formao de Fundos de Reintegrao (Amortizao, Depreciao e Exausto) com o fundamento de recuperar o que um capital diminuiu em valor pelo uso dos meios patrimoniais, ou seja, com a inteno de reaver investimentos em meios de produo ou uso. Preocupou-se essencialmente com o retorno do Investimento, como valor, com a reposio financeira. PRIMEIRAS REAES REINTEGRAO AOS CONCEITOS TRADICIONAIS SOBRE A

A modificao dos conceitos tradicionais estampa-se na revoluo do pensamento contbil que se operou h mais de um sculo atravs de Giovanni Rossi (fim do sculo XIX) e de Alberto Ceccherelli (primeira metade do sculo XX), embora esses expoentes de nossa cultura fossem de correntes cientficas diferentes (este aziendalista e aquele personalista), seguida por muitos autores e inclusive pelos mais modernos, como Mrio Biondi (para nos referirmos a um s, mas brilhante exemplo). Em sua obra Istituzioni di Ragioneria (identificada na bibliografia) Ceccherelli deixa claro que os estudos dos fatos patrimoniais devem ser observados sob a tica das - 37 -

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necessidades do homem em cada empreendimento e que estas so essencialmente dinmicas ou mutveis. Lecionou o mestre que os investimentos em capital fixo so os que preocupam e que por se destinarem a utilizaes devem tambm gerar meios que ensejem as suas recuperaes. Comungou tal pensamento, criticando os rigores das tabelas de reintegrao, o emrito Prof. Gino Zappa, lecionando: O conceito to difundido sobre uma validade justa, exata, das amortizaes, que deveriam corresponder aos fins para os quais se computam as mesmas, lgica e praticamente uma falta de bom senso. No fazem sentidos todos aqueles procedimentos aritmticos que se aceitam como uma predeterminao de medidas invariveis a imputar-se em uma srie de exerccios consecutivos, sob o frgil fundamento de dados, limites de tempo...(pgina 523 da obra identificada na bibliografia). Reclamou ainda o emrito cientista uma amplitude maior sobre o conceito de reintegrao, ou seja, no a entendeu apenas limitada aos meios de produo, mas, sim a todo o capital em movimento (pgina 526 da obra identificada na bibliografia). Referiu-se ainda a depreciao acelerada (que denominou extraordinria) como um meio de proteo e de chamada realidade com relao aos muitos riscos que suporta o capital e defendeu tal necessidade diante de ameaas dos entornos, especialmente as do mercado (pgina 526). O CONCEITO NEOPATRIMONIALISTA REINTEGRAES DO CAPITAL CONTABIL SOBRE AS

Os conceitos modernos do nosso neopatrimonialismo contbil se derivam do acervo cultural recebido dos grandes mestres. Trata-se de uma corrente cientifica que no se ergueu sobre a anulao do que existiu, mas, sim, buscou um progresso alicerado sobre o que foi conquistado anteriormente pelos cientistas da Contabilidade (merecedores de todo o respeito e gratido). De acordo com a Teoria das Funes Sistemticas (que alicera a corrente referida) so fundamentos axiomticos: o movimento, a transformao e a funo patrimonial, esta como instrumento para a obteno da eficcia e que se traduz na satisfao das necessidades das empresas e das instituies (que so clulas sociais). Obviamente, pois, o que se deve preservar, segundo tal tica, o poder funcional, ou seja, a plenitude de uma utilizao eficaz dos meios patrimoniais. No , portanto, o desgaste fsico, nem o tempo, em si os que determinam o que recuperar, mas, sim o poder de ser eficaz. No se trata de receber de volta investimentos, mas, sim, a fora competente para promover a satisfao do necessrio. Esta a preocupao que deve gerir a produo de quotas de reintegrao, quer seja a de depreciao (meios patrimoniais de uso, materiais), quer a de amortizao (meios patrimoniais imateriais e que tambm se usam) ou de exausto (meios patrimoniais materiais naturais que se esgotam).

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Se, por hiptese, uma empresa possui mina de certo material e se este perde ou tem reduzido sensivelmente o ndice da procura do mesmo no mercado, em razo de representar produto superado, de pouco vale um clculo de exausto estimado na capacidade fsica da jazida, se esta no mais trar utilidade. No caso, ao verificar a tendncia na procura do produto e o regime na oferta de alternativas, o til no ser imaginar a capacidade do que existe para ser extrado, mas, sim, o que deveras poder ser vendido e que motivaria a extrao. A reintegrao na doutrina neopatrimonialista tem por base, pois, o funcional, ou seja, o til. A receita (vendas) precisa, como fonte que traz recursos, ser competente para acompanhar a manuteno da fora do capital. Quando as margens dos preos no permitem a insero daquelas de recuperao, outras origens de suprimento devem ser procuradas para que no ocorra o definhamento. As taxas usuais de depreciao, amortizao e exausto e que so consagradas e sugeridas pelos procedimentos fazendrios podem, se aplicadas, sob determinadas circunstncias, provocar srios distrbios na vida empresarial. A lei, todavia, elstica e a empresa que comprovadamente evidenciar necessidades pode alterar os padres, mas, ter que os justificar. O socorro das orientaes cientficas, entretanto, pode ser feito empresa no sentido de que os Fundos de Reintegrao se constituam com a maior adequao. A doutrina neopatrimonialista, no caso, com as suas orientaes lgicas, apresenta um poderoso mtodo de orientao, sugerindo que as reintegraes sejam compatveis com os nveis das necessidades, ou ainda, de funes eficazes. Isto equivale a entender que no adiantam tabelas matematicamente e sofisticadamente elaboradas se no se tem por parmetro a realidade funcional. BIBLIOGRAFIA ALUJA, Jaime Gil - La estimacin de magnitudes econmicas en el proceso de inversin, in Anales, edio da Real Academia de Ciencias Economicas y Financieras, Barcelona, 1995 ANJOS , Antnio Jos dos - Consideraes sobre a valorimetria dos activos imobilizados, em Jornal de Contabilidade, no. 247 , Lisboa, outubro de 1997 CECCHERELLI, Alberto - Istituzioni di Ragioneria, 8a. Edio, editor Felice Le Monnnier, Florena, 1955 CORTICELLI, Renzo - Lobsolescenza degli impianti, riflessi sulle condizioni di equilibrio delle aziende, 2. edio Giuffr, Milo, 1983 ESTRADA, Santiago N. La amortizacin de los activos fijos en la teoria contable, editorial Inca, Mendoza, 1985 FERREIRA, Rogrio Fernandes - Pensar a gesto, edio Fim de sculo, Lisboa, 1993 HERCKERT, Werno O patrimnio e as influncias ambientais, impresso MEGAS, Horizontina, dezembro de 1999 OLIVEIRA, Camilo Cimourdain - Qinquagsimo ano - Reintegraes versus Amortizaes, in Revista de Contabilidade e Comrcio, n 209, Porto, maro de 1996 PODDIGHE, Francesco - La manutenzioni degli impianti, ed. Vallerini, Pisa, 1979 S, Antnio Lopes de - Inercia, ociosidad, obsolescencia e ineficacia del capital, Boletim n. 134, Colegio de Graduados en Ciencias Econmicas, Rosrio, Janeiro de 1998 ZAPPA, Gino Il reddito di impresa, 2a. Edio, editor Giuffr, Milo, 1946 - 39 -

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FACAPE 2008.2 - CURSO DE CINCIAS CONTBEIS PROF. WALDENIR S. F. BRITTO CONTABILIDADE AGRCOLA E PECURIA

CUSTO DA PRODUO AGRCOLA

O conhecimento do comportamento dos custos essencial para um efetivo controle da empresa rural e para o processo de tomada de deciso do administrador rural. A sua determinao ajuda, como elemento auxiliar de sua administrao, na escolha das culturas, criaes e prticas a serem utilizadas, alm de servir para a anlise da rentabilidade dos recursos empregados na atividade produtiva. O levantamento dos custos de produo de cada atividade do negcio agrcola d condies para que os agricultores enfrentem os mercados mais conscientes e ajuda-os na verificao de sua posio em relao aos preos de mercados. Os dados de custos, podem ainda, ser utilizados como subsdio para o governo e entidade de classe na formulao de sua poltica agrcola. Essa poltica pode se referir fixao de preos para efeito de tabelamento, ao clculo das necessidades de crdito, orientao dos trabalhos de assistncias tcnica produo, fixao de preos mnimos etc. A determinao e a avaliao dos custos so cercadas de muitas dificuldades, alm de apresentar elevado grau de subjetividade. Essas dizem respeito avaliao correta de bens produtivos, avaliao de vida til dos bens, preos de insumos e servios, principalmente em razo da inflao e dos parmetros a serem considerados como termo de comparao para o retorno do capital e trabalho, entre outros. Pretende-se discutir, nos itens que se seguem, uma metodologia para determinar os custos de produo dos produtos agropecurios, numa forma que permita adaptaes e ajustamentos s condies especficas de cada atividade e unidade de produo, prevalecendo, no entanto, as dificuldades apontadas anteriormente. DETERM