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APOSENTADORIA ESPECIAL DO PROFISSIONAL DA SAÚDE

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APOSENTADORIA ESPECIAL DO PROFISSIONAL DA SAÚDE

FUNDAMENTO LEGAL

REGIME GERAL DE PREVIDENCIA SOCIAL

Art. 201, §1º, CF;

Art. 57 e 58 da Lei 8.213/91;

Art. 22, II, da Lei 8.212/91;

Art. 64 a 70 do Decreto 3.048/99;

IN 45 – INSS.

CONCEITO DE APOSENTADORIA ESPECIAL

“Espécie de aposentadoria por tempo de contribuição com redução do tempo necessário à inativação, concedida em razão do exercício de atividades consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física. Ou seja, é um benefício de natureza previdenciária que se presta a reparar financeiramente o trabalhador sujeito a condições de trabalho inadequadas.”

CASTRO, Carlos A. Pereira de. e LAZZARI, João Batista.

CONCEITO DE APOSENTADORIA ESPECIAL

“É espécie de aposentadoria por tempo de contribuição devida aos segurados que, durante 15, 20 ou 25 anos de serviços consecutivos ou não, em uma ou mais empresas, em caráter habitual e permanente, expuseram-se a agentes nocivos físicos, químicos, biológicos, ergométricos ou psicológicos em níveis além da tolerância legal, sem a utilização eficaz de EPI ou em face de EPC insuficiente, fatos exaustivamente comprovados mediante laudos técnicos periciais emitidos por profissional formalmente habilitado, em consonância com dados cadastrais fornecidos pelo empregador ou outra pessoa autorizada para isso (PPP)”.

MARTINEZ, Wladimir Novaes.

CONCEITO DE APOSENTADORIA ESPECIAL

Aquela exercida em condições que podem causar prejuízos à saúde ou à integridade física do trabalhador, por ser perigosa, penosa ou insalubre.

ATIVIDADES ESPECIAIS

O Art. 7º , XXIII, CF, confere o direito à adicional de de remuneração pelo exercício de atividades consideradas penosas, insalubres e perigosas. Contudo, a legislação infraconstitucional em vigor

(Lei 8.213/91 com as alterações da Lei 9.528/97 e Decreto 2.172/97 e 3.048/99) reconhece apenas as atividades insalubres como geradoras do direito à Aposentadoria Especial. Desproteção da penosidade e periculosidade (A

partir do Decreto 2.172/97).

OBJETO DA PROTEÇÃO

Saúde – “entende-se como o perfeito equilíbrio biológico do ser humano; Estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não apenas ausência de doença ou enfermidade.”

Integridade física do trabalhador – “entende-se como a preservação integral do organismo, sem sofrer afetação prejudicial traumática por ação exterior ou interior”;

Segurança no trabalho – conceito em evolução –técnica que objetiva a realização do labor sem ocorrência de infortúnios do trabalho, com o mínimo de medidas protetivas e preventivas;

(MARTINEZ, Wladimir Novaes)

CONCEITO DE TRABALHO PERMANTE

Decreto 3.048/99 - Art. 65. Considera-se trabalho permanente, para efeito desta Subseção, aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço. Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput aos períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias, aos de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem como aos de percepção de salário-maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial.

NATUREZA JURÍDICA

Modalidade de Aposentadoria por Tempo de Contribuição com tempo reduzido;

Direito subjetivo excepcional de quem preenche os requisitos legais;

Aspecto especial: além do tempo de serviço, exige a exposição ao risco;

Benefício de pagamento continuado;Modalidade securitária de indenização

diferida pela assunção dos riscos de aquisição de doenças ou acidentes;

CONCEITO DE ATIVIDADE PERIGOSA

Aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos e eletricidade,

em condições de riscos acentuado.

(Art. 193, CLT).

CONCEITO DE ATIVIDADE PENOSA

“Pode ser considerada penosa a atividade produtora de desgaste no organismo, de ordem física ou psicológica,

em razão de repetição dos movimentos, condições agravantes, pressões e tensões próximas do indivíduo.

Dirigir veículo coletivo ou de transporte pesado, habitual e permanente,

em logradouros com tráfego intenso,

é exemplo de desconforto

causador de penosidade”.

MARTINEZ, Wladimir Novaes.

CONCEITO DE ATIVIDADE INSALUBRE

Aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da atividade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos (Art. 198, CLT)

INSALUBRIDADE - AGENTES

FÍSICOS

Aqueles que podem trazer ou ocasionar danos à saúde ou à integridade física do trabalhador nos ambientes de trabalho, em função da sua intensidade ou exposição:

os ruídos;

Vibrações;

Calor;

pressões anormais;

radiações ionizantes;

Etc.

INSALUBRIDADE – AGENTES QUÍMICOS

Aqueles que podem trazer ou ocasionar danos à saúde ou à integridade física do trabalhador nos ambientes de trabalho, em razão de sua concentração, manifestados por névoas, neblinas, poeiras, fumos, gazes, vapores de substâncias nocivas presentes no ambiente de trabalho, absorvidos pela via respiratória ou outras vias:

Arbestos; Arsênio; Benzeno; Chumbo; Cloro; Hidrocarbonetos; Etc.

INSALUBRIDADE – AGENTES BIOLÓGICOS

Aqueles que podem trazer ou ocasionar danos à saúde ou à integridade física do trabalhador nos ambientes de trabalho, em razão da sua natureza:

Bactérias;

Fungos;

Parasitas;

Vírus;

Contato com pacientes portadores de doenças infecto-contagiosas;

Manuseio de materiais contaminados;

INSALUBRIDADE – AGENTES AGRESSIVOS PSICOLÓGICOS

“Circunstâncias inerentes ao trabalho, principalmente nas hipóteses de funções perigosas, mas igualmente

presentes nas penosas, devem-se à pressão (dos circundantes), à tensão (do tráfego), ao medo do

ambiente, ao risco de acidente (perigo), à repetitividade de gestos (tenosinovite)”. MARTINEZ, Wladimir Novaes.

ATIVIDADES ESPECIAIS –PERICULOSIDADE/PENOSIDADE

TURMA REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DA 4ª REGIÃO– 25.02.2011– FLORIANÓPOLIS/SCIUJEF 2007.71.95.023137-9/RS - 0023137-64.2007.404.7195ESPECIAL. AGENTE NOCIVO. PERICULOSIDADE.PENOSIDADE. POSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTODO CARÁTER ESPECIAL DA ATIVIDADE REALIZADAAPÓS VIGÊNCIA APÓS DECRETO 2.172/97. Se a provatécnica demonstrar que a atividade do segurado é exercida "sobcondições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridadefísica", o reconhecimento da natureza especial daatividade é devido, mesmo que os agentes nocivos nãoestejam previstos no atual Anexo IV do Decreto3.048/1999, mesmo que o risco à integridade física se dêpela via da periculosidade ou da penosidade. Apericulosidade permite o reconhecimento do caráter especial daatividade realizada após a vigência do Decreto nº 2.172/1997(05.03.1997). No caso concreto, o autor requereu a possibilidade deenquadramento da atividade em especial por exposição àpericulosidade, somente, até 05.03.97.

BREVE HISTÓRICO DA APOSENTADORIA ESPECIAL

Conquista dos Industriários – IAPI;Lei nº 3.807/60 – Lei Orgânica da Previdência Social -

LOPS;Decretos nº 53.831/64 E 83.080/79;Consolidação das Leis da Previdência Social – Decreto

nº 89.312/84;Constituição Federal de 1988;Lei nº 8.213/91 – manteve o conceito da LOPS;Lei nº 9.032/95;Lei nº 9528/97;Lei nº 9.711, DE 11.12.1998;Lei nº 9.732/98;Decreto nº 3.048/99;

LOPS: LEI Nº 3.807 DE 26.10.1960

Art. 31. A aposentadoria especial será concedida ao segurado que, contando no mínimo 50 (cinqüenta) anos de idade e 15 (quinze) anos de contribuições tenha trabalhado durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos pelo menos, conforme a atividade profissional, em serviços, que, para êsse efeito, forem considerados penosos, insalubres ou perigosos, por Decreto do Poder Executivo. (Revogado pela Lei nº 5.890, de 1973) § 1º A aposentadoria especial consistirá numa renda mensal calculada na forma do § 4º do art. 27, aplicando-se-lhe, outrossim o disposto no § 1º do art. 20.(Revogado pela Lei nº 5.890, de 1973) § 2º Reger-se-á pela respectiva legislação especial a aposentadoria dos aeronautas e a dos jornalistas profissionais. (Revogado pela Lei nº 5.890, de 1973)

DECRETO Nº 53.831/64

Art 2º Para os efeitos da concessão da Aposentadoria Especial, serão considerados serviços insalubres, perigosos ou penosos, os constantes do Quadro Anexo em que se estabelece também a correspondência com os prazos referido no art. 31 da citada Lei. Art 3º A concessão do benefício de que trata êste decreto dependerá de comprovação pelo segurado efetuado na forma prescrita pelo art. 60, do Regulamento Geral da Previdência Social, perante o Instituto de Aposentadoria e Pensões a que estiver filiado do tempo de trabalho permanente e habitualmente prestado no serviço ou serviços, considerados insalubres, perigosos ou penosos, durante o prazo mínimo fixado.

Presunção: pela categoria profissional do segurado;

Regime probatório que vigora até a vigência da Lei nº 9.032/95

DECRETO Nº 83.080/79Art. 60. A aposentadoria especial é devida ao segurado que, contando no mínimo 60 (sessenta) contribuições mensais, tenha trabalhado em atividade profissionais perigosas, insalubres ou penosas, desde que:

I - a atividade conste dos quadros que acompanham este Regulamento, como Anexos I e II;

II - o tempo de trabalho, conforme os mencionados quadros, seja no mínimo de 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos.

§ 1º Considera-se tempo de trabalho, para os efeitos deste artigo:

a) o período ou períodos correspondentes a trabalho permanente e habitualmente prestado em atividades constantes dos Quadros a que se refere este artigo, contados também os períodos em que o segurado tenha estado em gozo de benefício por incapacidade decorrente do exercício atividades

b) o período ou períodos em que o trabalhador integrante de categoria profissional incluída nos Quadros a que se refere este

artigo se licenciar do emprego ou atividade, para exercer cargos de administração ou representação sindical.

LEI Nº 8.213/91

Art. 57: duas formas de se considerar tempo de serviço como especial:

a) enquadramento por categoria profissional: conforme atividade desempenhada pelo segurado, presumia a lei a sujeição a condições insalubres;

b) enquadramento por agente nocivo: independentemente da atividade ou profissão, o caráter especial do trabalho decorre da exposição a agentes insalubres arrolados na legislação de regência;

LEI Nº 9.032/95

Alteração do caput do Art. 57 da Lei nº 8.213/91: retirada a expressão “conforme categoria profissional”;

Coeficiente do salário-de-benefício de 100%;

Impôs a necessidade de comprovação, pelo segurado, de exposição a agente nocivo;

Exigência de exposição habitual e permanente;

Vedação da volta do aposentado à atividade especial;

Fim da conversão do tempo comum em especial;

Eliminação do cômputo do tempo de serviço do dirigente sindical.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.523/96 CONVERTIDA NA LEI Nº 9.528/97

Possibilidade do Poder Executivo relacionar os

agentes nocivos; Súmula nº 194 STF.

Recriou o SB-40, DISES SB 5235, DSS 8030,

DIRBEN 8030 (formulários);

Instituiu o laudo técnico pericial;

Exigiu a referência à tecnologia diminuidora de nocividade (EPI/EPC);

Fixou multa para empresa sem laudo técnico atualizado;

Criou o Perfil Profissiográfico;

DECRETO Nº 3.048/99

Anexo IV: classificação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física e o tempo de exposição considerados para fins de atividade especial;

Rol exemplificativo – Súmula 198 do Extinto TFR: “é devida a aposentadoria especial se perícia judicial constatar que a atividade exercida pelo segurado é perigosa, insalubre ou penosa, mesmo não inscrita em regulamento”.

DECRETO Nº 3.048/99- ANEXO IV

15 anos: trabalho com mineração subterrânea, frentes de produção, com exposição à associação de agentes físicos, químicos e biológicos;

20 anos: a) trabalho com exposição ao agente químico asbestos (amianto); b) trabalhos em

mineração subterrânea, afastados da frente de produção, com exposição à associação de agentes físicos, químicos e biológicos;

25 anos: demais casos (Ex: trabalhadores na saúde)

APOSENTADORIA ESPECIAL -REQUISITOS Art. 57, LBPS

15, 20 ou 25 anos de TODO PERÍODO em atividade especial (art. 57, §4º - redação da Lei nº 9.032/95);

Carência de 180 contribuições mensais (regra do art. 142, LBPS – carência progressiva);

Não exige idade mínima;

Renda mensal inicial de 100% do salário-de-benefício;

Não incide fator previdenciário.

Após Lei nº 10.666/2003 – art. 3º: a perda da qualidade de segurado não será considerada para concessão da aposentadoria especial;

APOSENTADORIA ESPECIAL -REQUISITOS Art. 57, LBPS

Comprovação das atividades especiais pelo segurado: Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP e Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho – LTCAT;

Demonstração indireta dos riscos: diversos meios de prova;

Tempus regit actum = tempo rege o ato: o tempo de serviço é disciplinado pela lei vigente à época da prestação do serviço. Patrimônio

jurídico do trabalhador.

CONCESSÃO E CANCELAMENTO

Data de início do benefício:

Segurado empregado: Do desligamento do emprego até 90 dias – retroage - ou do requerimento, quando após 90 dias ou em caso de não haver desligamento.

Demais segurados: data do requerimento;

Cancelamento do benefício:

Caso de retorno ao exercício de atividades especiais. O que faz parte da doutrina entender que ele não é um benefício definitivo.

QUEM FAZ JUS?

Art. 64, Dec. nº 3.048/99: Segurado empregado, trabalhador avulso, e contribuinte individual, somente como cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção;

Há o entendimento de que esta “restrição” do Decreto é inconstitucional, uma vez que a especialidade decorre da exposição ao agente nocivo e não da relação de emprego. A CF e a Lei também não diferencia direito à aposentadoria à trabalhadores subordinados ou não.

Quem define os destinatários: Até 28/04/1995 –Poder Legislativo. A partir de 10/12/1997 – Poder Executivo, por disposição da Lei nº 9.528/97.

JURISPRUDÊNCIA

PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. CIRURGIÃO-DENTISTA. CONTRIBUINTEINDIVIDUAL. HABITUALIDADE E PERMANÊNCIA. INTERMITÊNCIA. RECONHECIMENTO DETEMPO ESPECIAL. CONVERSÃO EM APOSENTADORIA ESPECIAL.

1. Uma vez exercida atividade enquadrável como especial, sob a égide da legislação que a ampara, osegurado adquire o direito ao reconhecimento como tal. 2. Constando dos autos a provanecessária a demonstrar o exercício de atividade sujeita a condições especiais, conformea legislação vigente na data da prestação do trabalho, deve ser reconhecido o respectivotempo de serviço. 3. Não há falar em eventualidade e intermitência, se a exposição ao agente nocivo énão eventual, diurna e contínua; mesmo que durante parte de sua jornada de trabalho não haja contato oupresença de agentes insalutíferos, o trabalhador tem direito ao cômputo do tempo de serviço especial,entendimento prevalente na egrégia 3ª Seção. 6. Demonstrado o tempo de serviço sobcondições nocivas à saúde ou à integridade física especial por mais de 25 anos e acarência, é devida à parte autora a revisão do ato de concessão do seu benefício deAposentadoria por Tempo de Serviço proporcional, para convertê-lo em AposentadoriaEspecial, sem a incidência do fator previdenciário, nos termos da Lei nº 8.213/91. ApelaçãoCível Nº 5010542-43.2010.404.7000/PR RELALATOR : JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRAAPELANTE : TANIA ELY FLORIANO MONTEAVARO BARRETO ADVOGADO: ROBSON LUIZSANTIAGO ADRIANO ALVES KLEIN APELADO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS13/04/2011

TEMPO X REGULAMENTOS

Período

Laborado

Regulamento

aplicado

Meios de Prova

De 05/09/1960

(LOPS) até

28/04/1995

Dec. nº 53.831/64

(Quadro Anexo) e

Dec. nº 83.080/79

(Anexos I e II) –

aplicação

simultânea – norma

mais benéfica.

Informação idônea do empregador através

de formulários – enquadramento ficto –

Exceção: ruído.

A partir de

29/04/1995(Lei

9.032)

Comprovação efetiva exposição ao agente

nocivo – fim do enquadramento por

categoria profissional – Formulários SB40,

DSS8030, DIRBEN8030. Exceção: ruído.

A partir de

06/03/1997

Dec. nº 2.172/97

(Anexo IV) Laudo Técnico Pericial para preenchimento

de formulário para qualquer agente nocivo. A partir de

07/05/1999

Dec. nº 3.048/99

(Anexo IV)

A partir de

01/01/2004

Comprovação através de PPP baseado em

Laudo Técnico.

DATAS LIMITES PARA ENQUADRAMENTO

Até

28/04/1995

De

28/04/1995 a

05/03/1997

De

06/03/1997 a

06/05/1999

De 07/05/99

até hoje

•Físicos

•Químicos

•Biológicos

•Categoria

Profissional

•Físicos

•Químicos

•Biológicos

dos Decretos

nº 53.831/64

e 83.080/79

•Físicos

•Químicos

•Biológicos

•Decreto nº

2.172/97

•Físicos

•Químicos

•Biológicos

•Decreto nº

3.048/99

CONVERSÃO DO TEMPO

Entende-se por conversão de tempo de serviço o meio pelo qual o trabalhador, com dois ou mais períodos de atividade expostos a agentes agressivos, se equipara ao trabalhador comum e vice-versa, para fins de aposentadoria.

A Lei nº 6.887/80 permitia, em status legal, conversão de tempo especial em comum; de tempo comum em especial e de tempo especial em especial;

TIPOS DE CONVERSÃO

TIPOS DE CONVERSÃO

TEMPO

ESPECIAL

PARA

TEMPO

COMUM

(1,40)

TEMPO

COMUM

PARA

TEMPO

ESPECIAL

(0,71)

LEI nº 9.032/95 ALTERA TIPOS DE CONVERSÃO

“O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum”.

FIM DA CONVERSÃO DE COMUM EM ESPECIAL.

TABELA DE CONVERSÃO APÓS LEI nº 9.032/95

ATIVIDADES

A

CONVERTE

R

MULTIPLICADORE

SPARA 15 PARA 20 PARA 25 PARA 30

(MULHER)

PARA 35

(HOMEM)

15 ANOS 1,00 1,33 1,67 2,00 2,33

20 ANOS 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75

25 ANOS 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40

MEDIDA PROVISÓRIA nº 1.663/98

Revoga expressamente o § 5º do artigo 57 da Lei nº 8.213/91, vedando a conversão também do tempo especial em comum;

Em todas as reedições da MP (1663-11; 1663-12; 1663-13; 1663-14 e 1663-15) constou expressamente a revogação da respectiva conversão;

CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL PARA COMUM

A Lei nº 9.711/98 não trouxe a revogação expressa do § 5º do art. 57 e deixou a cargo do regulamento os critérios para a conversão de tempo especial em comum;

O Decreto nº 4.827/2003, ao alterar redação do artigo 70 do Decreto nº 3.048/99, permite não apenas a conversão, mas estabelece regras de conversão para qualquer que tenha sido o período trabalhado, superando a questão da conversão do tempo especial em comum.

ATIVIDADES HOSPITALARES E

ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE

Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes em hospitais e outros estabelecimentos destinados a saúde humana são atividades insalubres;

Trabalhadores expostos aos agentes biológicos,

como vírus, bactérias, contato com pacientes portadores de doenças infecto-contagiosas, pode a atividade exercida ser enquadrada como especial;

ATIVIDADES HOSPITALARES E ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE

Decreto nº 53.831/64 – Código 1.3.2 – “Trabalhos permanentes expostos ao contato com doentes ou materiais infecto- contagiantes”;

Decreto nº 83.080/79, Anexo I, Código 1.3.4 – “Trabalhos em que haja contato permanente com doentes ou materiais infecto-contagiantes”;

ATIVIDADES HOSPITALARES E ESTABLECIMENTOS DE SAÚDE

Decreto nº 2.172/97, Anexo IV, Código 3.0.1, alínea “a” – “Trabalhos em estabelecimentos de saúde em contato com pacientes portadores de doenças infectocontagiosas ou com manuseio de

materiais contaminados”;

Decreto nº 3.048/99, Anexo IV, Código 3.0.1, alínea “a” – “Trabalhos em estabelecimentos de saúde em contato com pacientes portadores de doenças infectocontagiosas ou com manuseio de materiais contaminados”;

ATIVIDADES HOSPITALARES E ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE

TRF 4ª Região decidiu que operadores de Raios-X e Atendente de enfermagem poder ser enquadradas como especiais, inclusive no período posterior a Lei nº 9.032/95 (ausência na

Legislação) – AC 2000.04.01.144928-7/RS

A legislação não definiu o que se compreende como estabelecimento de saúde, pelo que estão incluídos hospitais, clínicas, casas de saúde, laboratórios de exames e outros que objetivem a saúde humana (atendimento ao público);

ENFERMEIROS E OPERADORES DE RAIOS-X

Decreto nº 53.831/64 – Código 1.3.2 – “Trabalhos permanentes expostos ao contato com doentes ou materiais infecto contagiantes – Assistência médica, odontológica, hospitalar e outras atividades”;

Decreto nº 83.080/79, Anexo I, Código 1.3.4 –“Trabalhos em que haja contato permanente com doentes ou materiais infecto-contagiantes” –Atividades descriminadas entre as do Código 2.1.3 do Anexo II: médicos, médicos-laboratoristas (patologistas), técnicos de laboratórios, dentistas e enfermeiros;

ENFERMEIROS E OPERADORES DE RAIOS-X

Decretos nº 53.831/64 e 83.080/79 só foram revogados pelo Decreto 2.172/97;

Presunção absoluta de insalubridade do enfermeiro até 9.032/95;

Após, necessidade de prova através de formulários de informações sobre atividades com exposição a agentes nocivos ou por outro meio de provas, até a data da publicação do Decreto 2.172/97.

ENFERMEIROS E OPERADORES DE RAIOS-X

A partir do Decreto nº 2.172/9, o enquadramento do tempo de serviço do enfermeiro depende de

comprovação da exposição a agentes biológicos conforme Código 3.0.1 do Anexo IV do referido Decreto;

O Decreto nº 3.048/99, confirma entendimento do

Decreto 2.172/97, no seu Anexo IV, Código 3.0.1, alínea “a”;

O operador de Raios-X também pode estar exposto a

agentes biológicos, em razão do contato com pacientes, nas mesmas condições que o profissional da área da saúde, o que inclui a atividade como especial;

ENFERMEIROS E OPERADORES DE RAIOS-X

As atividades relacionadas nos anexos dos Decretos descritos asseguram ao enfermeiro(a) e ao operador de Raios-X, este quando exposto a agentes insalubres biológicos, o direito à Aposentadoria Especial quando desempenhadas durante o prazo mínimo fixado na legislação (25 anos) bem como asseguram o cômputo como tempo especial quando o trabalho tenha sido exercido alternadamente com atividade comuns.

OBRIGADO!!!

Roberto Dias

[email protected]