apontamentos de estruturas metálicas

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  • 8/10/2019 Apontamentos de Estruturas Metlicas

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    SECO DE MECNICA ESTRUTURAL E ESTRUTURAS

    DISCIPLINA DE ESTRUTURAS METLICAS E MISTAS

    APONTAMENTOS DE ESTRUTURAS METLICAS

    DINAR CAMOTIM

    CILMAR BASAGLIA

    NUNO SILVESTRE

    LISBOA,SETEMBRO DE 2010

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

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    ESTRUTURAS METLICAS (DE AO)

    1. INTRODUO

    Em Portugal, as estruturas metlicas so quase exclusivamente utilizadas na construo

    de edifcios com fins de natureza industrial e/ou comercial (instalaes fabris, armazns,

    centros comerciais, pavilhes gimnodesportivos, etc.). Utilizam-se ainda frequentemente

    em pontes de pequeno porte e em passadios para pees.

    Figura 1.1 Estruturas de edifcios industrial e comercial

    Recentemente, tem-se observado a utilizao de estruturas metlicas em vrias obras

    de prestgio (e.g., na Expo 98), com grande impacto esttico/visual, e ainda na reparao

    de estruturas deterioradas (constitudas por diversos materiais: beto, madeira, etc.).

    Figura 1.2 Edifcios (i) Turning Torso (Sucia) e (ii) Burj Al Arab (Dubai)

    (ainda) rara a utilizao de estruturas metlicas em edifcios destinados a habitao

    ou a escritrios, apesar de esta tendncia esteja a mudar lentamente. Existem vrias razes

    para este facto, nomeadamente razes de natureza econmica/comercial (no cientfica).

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    Figura 1.3 Estruturas de edifcios destinados a habitao

    Tem-se ainda assistido recentemente a um incremento significativo da construo mista

    elementos estruturais em que o ao e o beto (armado) trabalham conjuntamente.

    Figura 1.4 Estruturas mistas ao-beto

    O objectivo da primeira parte da disciplina de Estruturas Metlicas e Mistas (EMM)

    consiste em fornecer os conhecimentos necessrios para o dimensionamento e verificao

    de segurana de estruturas constitudas por um conjunto de prticos planos, nomeadamente

    edifcios industriais correntes.

    Figura 1.5 Prticos planos com divesas configuraes

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    Figura 1.6 Estrutura tridimensional constituda por um conjunto de prticos planos

    Procurar-se- proporcionar uma familiarizao com a filosofia, os fundamentos e a

    aplicao das disposies do novo Eurocdigo 3, o qual est j em vigor no nosso pas como estatuto de Norma Europeia (EN). Aps um perodo experimental, que se estender at

    2012-2013, a utilizao deste regulamento passar a ser obrigatria em todos os pases da

    Comunidade Europeia.

    Algumas disposies do Eurocdigo 3 (verses ENV ou EN) foram j introduzidas na

    disciplina de Estruturas Metlicas e/ou de Dimensionamento de Estruturas.

    O Eurocdigo 3 (EC3) Dimensionamento de Estruturas de Ao um de um conjuntode dez regulamentos estruturais europeus. constitudo pelos seguintes 17 documentos,

    os quais se encontram agrupados em 6 Partes:

    (i) Parte 1.1: Regras Gerais e Regras para Edifcios

    (ii) Parte 1.2: Segurana ao Fogo

    (iii) Parte 1.3: Elementos e Chapas Enformados a Frio

    (iv) Parte 1.4: Aos Inoxidveis

    (v) Parte 1.5: Estruturas Laminares Planas (carregadas no seu prprio plano)(vi) Parte 1.6: Cascas

    (vii) Parte 1.7: Estruturas Laminares Planas Carregadas Transversalmente

    (viii) Parte 1.8: Ligaes

    (ix) Parte 1.9: Fadiga

    (x) Parte 1.10: Tenacidade

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    4

    (xi) Parte 1.11: Estruturas com Elementos Traccionados

    (xii) Parte 1.12: Aos de Alta Resistncia.

    (xiii) Parte 2: Pontes

    (xiv) Parte 3: Torres, Mastros e Chamins(xv) Parte 4: Reservatrios, Silos e Condutas

    (xvi) Parte 5: Estacas

    (xvii)Parte 6: Estruturas de Aparelhos de Elevao

    Nesta disciplina apenas se vo abordar disposies contidas nas Partes 1.1 (regras gerais e

    regras para edifcios), 1.5 (estruturas laminares planas) e, eventualmente, 1.8 (ligaes).

    Note-se que algumas das Partes referidas atrs no se encontram ainda traduzida em

    portugus encontram-se em vrios estgios de evoluo (muito provavelmente,

    algumas delas no chegaro msmo a ser traduzidas).

    Apresentar-se-o ainda vrios anexos da Parte 1.1 da verso anterior do EC3 (ENV

    estatuto de Pr-Norma Europeia), os quais deixaram de figurar na nova verso (EN).

    Para alm destes apontamentos, fundamentais para o acompanhamento da primeira parte

    desta disciplina (Estruturas Metlicas), referem-se ainda os livros (i) Estabilidade

    Estrutural, de Antnio Reis e Dinar Camotim, (ii) Manual de Dimensionamento de

    Estruturas Metlicas, de Rui Simes, e (iii) Manual de Dimensionamento de Estruturas

    Metlicas: Mtodos Avanados, de Lus Simes da Silva e Helena Gervsio. Enquanto o

    primeiro contm princpios fundamentais de estabilidade estrutural e mtodos de anlise

    no-linear de estruturas (esbeltas), o segundo e terceiro abordam e ilustram a aplicao

    das disposies das Partes 1.1 e 1.5 do EC3.

    A restante bibliografia fornecida na disciplina tem um carcter mais abrangente e destina-

    se a proporcionar conhecimentos fundamentais e/ou especializados sobre tpicos

    relacionados com a anlise e o dimensionamento de estruturas metlicas (de ao).

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    2. SISTEMATIZAO DAS DISPOSIES DO EC3RELATIVAS A PRTICOS PLANOS

    A utilizao do EC3 para dimensionar e verificar a segurana de prticos planos envolve

    o cumprimento sequencial de um certo nmero de etapas que no se encontram explicitae/ou adequadamente identificados no texto do EC3.

    Identificam-se e descrevem-se sucintamente as vrias etapas, definidas de modo a

    minimizar o (inevitvel) grau de interdependncia entre elas. Em seguida, trata-se cada

    uma delas separadamente, introduzindo os conceitos fundamentais e ilustrando a aplicao

    das respectivas disposies regulamentares.

    Pode dizer-se que, para cada combinao de aces relevante, o Dimensionamento ea Verificao da Segurana (DVS) de um prtico plano envolve as seguintes etapas:

    (I) Classificao do Prtico

    - Necessidade de considerar efeitos de 2 ordem (equilbrio na configurao deformada

    no linearidade geomtrica)

    - Seco das barras (fenmenos de encurvadura local esbelteza das paredes)

    Classe 1: Anlise plstica (com formao de rtula plstica)

    Classe 2: Anlise plstica (sem formao de rtula plstica)

    Classe 3: Anlise elstica (seco bruta)

    Classe 4: Anlise elstica (seco efectiva enfraquecida)

    Rigidez (anlise elstica)

    - LigaesResistncia (anlise plstica)

    (II) Considerao das Imperfeies

    - Imperfeies Globais (do prtico)

    - Imperfeies Locais (das barras)

    - Foras Equivalentes s Imperfeies

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    (III) Escolha do Mtodo de Anlise Global

    - Anlise Elstica

    Rgido-Plastica- Anlise Plstica Elstica-Perfeitamente Plstica (conceito de rtula plstica RP)

    Elasto-Plstica (espalhamento)

    (IV) Clculo dos Esforos de Dimensionamento

    - Anlise de 1 ordem (geometricamente linear)

    - Anlise de 2 ordem (geometricamente no-linear vrias possibilidades)

    (V) Verificao da Estabilidade do Prtico

    - Escolha e clculo dos comprimentos de encurvadura das barras comprimidas

    (VI) Verificao da Segurana das Barras

    - Tenses Directas (seces)

    - Fenmenos de Instabilidade (barras e/ou troos livres de barra contraventamento)

    -Outros Fenmenos

    (VII) Verificao da Segurana das Ligaes

    corte

    Parafusos traco

    corte + traco

    Conjuntos de parafusos

    - Ligaes soldadas tipos de cordes de soldadura

    - Ligaes mistas parafusos + soldadura

    (VIII) Verificao da Deformabilidade do Prtico

    Deslocamentos

    - Estados Limites de Utilizao (Servio)Vibraes

    - Ligaes aparafusadas

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    Para combinaes de aces que incluam uma aco ssmica, h ainda que satisfazer as

    disposies relevantes do Eurocdigo 8 (EC8). Estas disposies sero abordadas na

    disciplina de Dinmica e Engenharia Ssmica.

    De uma maneira um pouco simplista, pode dizer-se que o processo de DVS de um

    prtico plano pode subdividir-se nos seguintes grandes blocos:

    Dados: Geometria + Aces

    Esforos de Dimensionamento

    Comprimentos de Encurvadura

    VS das

    Barra

    VS das

    Ligaes

    Deformabilidade

    (I) (V)

    (VI) (VII)

    Estados Limites ltimos (ELU)

    Estados Limitesde Servio (ELS)(ou de Utilizao)

    Inicialmente, aborda-se a Verificao da Segurana (VS) das barras, admitindo conhecidos

    os valores dos esforos de dimensionamento e dos comprimentos de encurvadura.

    Abordam-se em seguida os aspectos relacionados com a determinao dos esforos

    de dimensionamento e dos comprimentos de encurvadura.

    Finalmente, no caso de haver ainda tempo disponvel, apresentam-se alguns conceitos

    relativos VS das ligaes.

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    3. VERIFICAO DA SEGURANA DAS BARRAS

    3.1 CLASSIFICAO DAS SECES TRANSVERSAIS

    A geometria da seco transversal dos perfis , muitas vezes, condicionada pelos requisitosespecficos de uma determinada aplicao, o que faz com que existam seces com uma

    enorme variedade de formas e dimenses (sobretudo no caso dos perfis enformados

    a frio). A figura 3.1 mostra as geometrias das seces de alguns dos perfis de ao utilizados

    com mais frequncia em estruturas de edifcios: seces em U, C, Z, hat, rack e I.

    Figura 3.1 Geometria das seces dos erfis em U, C, Z, hat, rack e I

    A classificao de uma seco est relacionada com a sua resistncia e capacidade de

    rotao quando submetida a tenses normais. Essa classificao depende das dimenses e

    da tenso de cedncia dos seus elementos (paredes) comprimidos, os quais podem ser

    (i) interiores (ambas as extremidades apoiadas) ou (ii) salientes (uma extremidade

    apoiada e a outra livre).

    Elementos salientes

    Elemento interior

    Elemento interior

    Figura 3.2 Defnio dos elementos (paredes) interiores e salientes de uma seco

    Esta classificao destina-se a permitir avaliar a resistncia ltima e a capacidade de rotao

    da seco, tomando em considerao a possibilidade da ocorrncia de fenmenos de

    encurvadura local (das paredes da seco a abordar mais adiante).

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    O EC3 considera 4 Classes de Seco, as quais se caracterizam em seguida (aprsenta-se a

    exemplificao para o caso de uma seco a flexo pura)

    4 3 2 1

    (cr)EL

    Encurvadura Local

    (i) Classe 1 seces em que se pode atingir a resistncia plstica e, para alm disso,

    existe capacidade de rotao suficiente para que se forme uma rtula plstica.

    pl

    Mpl

    M

    EL

    pl

    Mpl

    M

    EL

    fy

    fy

    Mpl

    (ii) Classe 2 seces em que se pode atingir resistncia plstica, mas sem ser possvel

    garantir capacidade de rotao suficiente para que se forme uma rtula plstica

    ( necessrio efectuar a verificao, a qual depende da ordem de formao das rtulas

    plsticas na estrutura m anlise).

    fy

    fy

    Mpl

    pl

    Mpl

    M

    EL

    pl

    Mpl

    M

    EL

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    (iii) Classe 3 seces onde se pode atingir apenas a resistncia elstica (tenso de

    cedncia na fibra mais solicitada), em virtude de os fenmenos de encurvadura

    local impedirem que se chegue resistncia plstica.

    fy

    fy

    Mel

    Mpl

    M

    ELMel

    M

    ELMel

    el

    (iv) Classe 4 seces onde a ocorrncia (prematura) de fenmenos de encurvadura local

    faz com que no se atinja sequer a tenso de cedncia na fibra mais solicitada.

    fy

    max

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    ANEXO: FENMENOS DE ENCURVADURA LOCAL

    Os fenmenos de encurvadura local, de grande importncia no dimensionamento de

    estruturas metlicas constitudas por perfis com paredes muito esbeltas (por exemplo, as

    vigas de alma cheia ou os perfis enformados a frio), consistem na encurvadura das

    paredes dos perfis, enquanto os respectivos eixos permanecem indeformados (rectos).

    Deste modo, indispensvel utilizar conceitos de estabilidade de placas para efectuar a

    verificao da segurana das barras em relao a estados limites ltimos que envolvam este

    tipo de fenmenos de encurvadura.

    A figura A.1 ilustra fenmenos de encurvadura local em barras de ao com seco em I.

    Figura A.1 Fenmenos de encurvadura local em barras com seco em I.

    A.1 PLACAS UNIFORMEMENTE COMPRIMIDAS E SIMPLESMENTE APOIADAS

    A tenso crtica de bifurcao elstica de uma placa quadrada ideal (geometricamente

    perfeita) simplesmente apoiada e uniformemente comprimida dada por

    2

    2

    2

    crb

    t

    v112

    E4

    =

    )(

    , (A.1)

    onde (i) E o mdulo de elasticidade, (ii) v o coeficiente de Poisson e (iii) be tso a largura/comprimento e a espessura da placa. A bifurcao ocorre num modo

    de instabilidade (ou encurvadura) caracterizado por uma semi-onda tanto na direco

    longitudinal (a da compresso) como na direco transversal.

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    /cr

    1

    b

    b

    b

    b

    Figura A.2 Bifurcao de equilbrio e modo de encurvadura de uma placa quadrada

    ideal simplesmente apoiada e uniformemente comprimida

    Em placas longas (a>>bem termos prticos, basta que se tenha a> 4b), como o caso

    das paredes das barras metlicas com seco de parede fina, os valores de cr so(praticamente) independentes do comprimento da placa (a) e do grau de restrio

    rotao dos bordos transversais (de comprimento b). Esta caracterstica deve-se ao facto

    de o modo de encurvadura da placa envolver uma combinao de (i) vrias semi-ondas

    longitudinais, de comprimento igual sua largura, com (ii) uma nica semi-onda

    transversal. Deste modo, pode dizer-se que uma placa longa se comporta como um

    conjunto de placas quadradas ligadas entre si, conforme mostra a figura A.3, o que quer

    dizer que os resultados relativos a placas quadradas so tambm vlidos para placas longas.

    a >>b

    b

    b

    b

    b

    b b

    b b bb

    Placa quadrada Placa longa

    Figura A.3 Modo de encurvadura de uma placa quadrada e uma placa longa

    A ttulo de exemplo, a figura A.4 mostra dois elementos estruturais constitudos por

    placas longas e submetidos a compresso: (i) uma coluna tubular e (ii) um painel reforado.

    Em ambos os casos, podem obter-se estimativas (em geral, conservativas) da tenso crtica

    das placas/paredes atravs de (A.1), pois so placas longas cujos bordos longitudinais se

    admitem (conservativamente) como simplesmente apoiados (i.e., sem restrio rotao).

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    (a) (b)

    Figura A.4 Elementos estruturais constitudos por placas longas: (a) coluna tubular e

    (b) painel reforado.

    As placas comprimidas tm, em regime elstico, um comportamento de ps-encurvadura

    (trajectria de equilbrio) estvel caracterizado por uma elevada resistncia ps-crtica (ou

    resistncia de ps-encurvadura). Isto significa que, mesmo aps ocorrer a encurvadura

    (bifurcao), a placa pode ainda suportar um aumento de carga considervel sem apresentar

    deslocamentos significativos. O comportamento de ps-encurvadura de uma placa

    (quadrada ou longa) comprimida ideal (sem imperfeies geomtricas) definido por

    2

    2

    cr tqv1

    831

    += )(

    , (A.2)

    onde a tenso aplicada e qo deslocamento transversal mximo por ela provocado.

    A trajectria de ps-encurvadura da placa est representada na figura A.5, onde se mostra

    tambm as distribuies das tenses de compresso na placa antes e depois da bifurcao.

    Observa-se que as tenses permanecem uniformes at bifurcao, passando a exibir um

    andamento no linear aps essa occorrncia d-se uma redistribuio das tenses normais

    longitudinais, caracterizada por uma transferncia da zona central (mais flexvel ou

    fraca) para a vizinhana dos bordos longitudinais (zona mais rgida ou forte). Por outro

    lado, a figura A.6 mostra as distribuies das tenses normais longitudinais (x) e

    transversais (y) instaladas na placa na fase de ps-encurvadura. Para alm da redistribuio

    de x, j referida, desenvolvem-se tambm tenses transversais de traco na zona central

    da placa, as quais tm um papel crucial na resistncia de ps-encurvadura (a traco

    transversal aumenta a rigidez de flexo da zona central da placa analogia com um cabo).

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    / cr

    cr

    Figura A.5 Distribuies das tenses de compresso na placa antes e depois da bifurcao

    Figura A.6 Distribuio de tenses, na fase de ps-encurvadura, de uma placa quadrada

    A figura A.7 compara qualitativamente as trajectrias de equilbrio de colunas e placasideais comprimidas. Observa-se que a resistncia de ps-encurvadura das placas

    muito superior das colunas (quase desprezvel), o que justifica a diferena entre os

    mtodos de dimensionamento destes dois elementos estruturais. Enquanto aceitvel

    /cr

    1

    Trajectria

    Fundamental

    Trajectrias de

    Ps-encurvadura

    Bifurcao

    q/t

    Coluna

    Placa

    Figura A.7 Trajectrias de equilbrio de placas e colunas uniformemente comprimidas

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    admitir que cr a mxima tenso (carga) que as colunas podem suportar, essa hiptese

    claramente demasiado (excessivamente) conservativa no caso das placas.

    Pe-se ento a seguinte questo, de grande importncia para o dimensionamento de estruturas

    metlicas constitudas por perfis de parede fina: qual o valor da tenso (carga), j em fase

    de ps-encurvadura, que corresponde ao estado limite ltimo da placa (colapso iminente)?

    Na grande maioria dos regulamentos de estruturas metlicas, a resposta a esta questo

    envolve o conceito de largura efectiva.

    A.1.1 CONCEITO DE LARGURA EFECTIVA

    A resposta mais lgica questo colocada no ponto anterior consiste em admitir que o

    estado limite ltimo da placa corresponde a atingir-se a tenso de cedncia (fy) nafibra mais solicitada. Esta situao est representada na figura A.8. Note-se que, ao admitir

    esta hiptese se est a desprezar a reserva de resistncia elasto-plstica da placa (o

    colapso d-se quando se atinge um ponto limite da trajectria). Esta resistncia adicional, de

    difcil determinao ( necessrio um mtodo numrico que contabilize o espalhamento da

    plasticidade), pequena e pode ser encarada como um factor de segurana a figura A.8

    ilustra este facto.

    max = fymax = fy

    ColapsoReserva de resistnciaelasto-plstica

    Figura A.8 Estado ltimo (cedncia da fibra mais solicitada) e colapso da placa quadrada

    Subsiste a (muito importante) questo de saber para que carga (isto , em que ponto da

    trajectria de ps-encurvadura) se tem max=fy. Para resolver este problema, von Karman

    sugeriu uma metodologia aproximada baseada nas seguintes duas ideias fundamentais (uma

    delas uma hiptese simplificativa que foi posteriormente validada experimentalmente):

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    IDEIA1: Substituir a seco bruta com uma distribuio de tenses varivel por uma

    seco efectiva submetida a uma distribuio de tenses uniforme (ambas estaticamente

    equivalentes ao esforo de compresso actuante) a seco efectiva obtm-se removendo

    material da zona central da placa (a zona mais fraca). No estado limite ltimo daplaca, o valore do esforo normal (Nu) ento dado por

    b

    b /2e

    b /2e

    fy fyfy fy

    u

    b

    0u tbdytyN == )( (seco bruta) yeu ftbN = (seco efectiva)

    onde u a tenso mdia da placa no estado limite ltimo (ou colapso). Igualando as

    duas expresses, obtm-se

    ye

    u fb

    b=

    expresso que relaciona a tenso mdia no colapso com a largura efectiva.

    DIFICULDADE: Para determinar o valor de be necessrio conhecer a distribuio de

    tenses instalada na placa ( )(y ), no estado ltimo da placa (max=fy). Por outras palavras,

    apenas se substituiu o conceito de ps-encurvadura pelo conceito de largura efectiva,

    mas sem dimnuir a complexidade do problema a resolver. Para simplificar o problema,

    indispensvel a segunda ideia que se apresenta a seguir. Antes disso, apresenta-se na

    figura A.9, a ttulo ilustrativo, a variao exacta da largura efectiva com a tenso aplicada

    (m a tenso mdia actuante na placa).

    1 m/cr

    1

    0.5

    be/b

    Figura A.9 Variao da largura efectiva com a tenso actuante (placa simplesmente apoiada)

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    IDEIA2(Hiptese Simplificativa): Na placa com a seco efectiva a encurvadura ocorre

    precisamente quando se atinge a tenso de cedncia, isto , tem-se cre=fy. Logo, vem

    2

    2

    2

    cr b

    t

    v112

    E

    4

    = )(

    (placa real)

    2

    e

    2

    2

    creb

    t

    v112

    E4

    =

    )(

    (placa efectiva fictcia)

    Utilizando agora a hiptese simplificativa , tem-se

    y

    2

    e

    cr

    2

    e

    2

    2

    cre fb

    b

    b

    t

    v112

    E4 =

    =

    =

    )(

    y

    cre

    fb

    b = (mas sempre < 1)

    Finalmente, utilizando a relao da pgina anterior, vem

    ycrye

    u ffb

    b ==

    expresso que permite determinar (aproximadamente) a tenso mdia no colapso a partir

    de duas quantidades fceis de calcular deste modo, evita-se a necessidade de

    conhecer o comportamento de ps-encurvadura da placa.

    A.2 PLACAS SUBMETIDAS A OUTRAS DISTRIBUIES DE TENSES

    No caso de placas submetidas a outras distribuies de tenses, definidas por um

    parmetro =1/2, onde 1 a mxima tenso de compresso e 2 a tenso actuante na

    outra extremidade da placa, necessrio introduzir, na expresso que fornece u , o

    valor correcto de cr, o qual dado pela expresso genrica

    1 1

    1(>0) (

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    19

    onde k um coeficiente de encurvadura que depende da distribuio das tenses actuantes

    e pode ser encontrado na literatura (por exemplo, nas tabelas 4.1 e 4.2 do EC3-1-5). A ttulo

    ilustrativo, refira-se que (i) k=4.0 para a compresso pura (=1 problema estudado) e

    (ii) k=23.9para a flexo pura (=

    1

    ).

    A.3 PLACAS COM OUTRAS CONDIES DE FRONTEIRA

    A expresso (A.3) tambm se aplica a placas com outras condies de fronteira (apoio)

    vlida para placas com combinaes arbitrrias de distribuies de tenses actuantes

    e condies de apoio. Os valores de k podem ser encontrados na literatura,

    nomeadamente nas tabelas 4.1 e 4.2 do EC3-1-5 (para duas condies de apoio: (i) quatro

    bordos simplesmente apoiados e (ii) trs bordos simplesmente apoiados e um bordo

    livre). A tabela A.1 ilustra alguns valores de coeficientes de encurvadura.

    Condies de Fronteira CargaCoeficiente de

    encurvadura (k)

    CompressoUniforme

    4.0

    CompressoUniforme

    0.43

    Flexo Pura 23.9

    Tabela A.1 Valores de k

    A.4 ESBELTEZA NORMALIZADA DE PLACA LARGURA EFECTIVA

    Tal como as restantes esbeltezas normalizadas (de coluna, de viga, etc.), a esbelteza

    normalizada de (uma) placa, definida como

    cr

    y

    p

    f

    =

    uma grandeza que traduz a importncia relativa da plasticidade e da instabilidade no

    colapso da placa. Assim, enquanto (i) valores baixos e elevados de p (em relao a 1.0)

    indicam colapsos governados pela plasticidade e pela instabilidade, respectivamente, (ii) um

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    20

    valor de p prximo de 1.0significa que ambos os fenmenos tm uma influncia

    significativa no colapso da placa.

    No caso de uma placa constituda por uma ao com E=210 GPa (103N/mm2), tomando

    em considerao (A.3) e fazendo [ ] 50y MPaf235.)(/= , o valor de p dado por

    k428

    tbp

    .

    /=

    expresso que figura no EC3 e a partir da qual se obtm directamente o valor da

    largura efectiva da placa no seu estado limite ltimo (be).

    Tem-se ento que bbe = , onde um coeficiente (ou factor) de reduo. Pode

    mostrar-se que este coefciente de reduo relaciona tambm os valores deNu(esforo

    normal ltimo) eNpl(esforo normal de plastificao ou resistncia plstica). De facto,

    plye

    yeu Nftbb

    bftbN ===

    Com base neste conceito, von Karman props a seguinte frmula para determinar a

    resistncia tima de uma placa (a qual corresponde curva da figura abaixo)

    =

    =

    1se1

    1se1

    p

    p

    p

    1

    p

    1

    fyfy

    cr

    cr

    1/p

    Note-se que os dois troos da curva correspondem ao colapso de placas em que se tem

    (i) cr>fy(troo horizontal) e (ii) (i) fy>cr(troo horizontal) expresso que figura

    no EC3 e a partir da qual se obtm directamente o valor da largura efectiva da placa

  • 8/10/2019 Apontamentos de Estruturas Metlicas

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    21

    no seu estado limite ltimo (be). Para alm disso, importante realar a semelhana

    formal entre a frmula de von Karman e a expresso da curva de dimensionamento

    de colunas perfeitas, estudada na disciplina de Estruturas Metlicas. A nica (e muito

    importante) diferena reside na troca de

    2

    1 / (colunas) por p1 / (placas), o quetraduz o facto de o dimensionamento de colunas no contabilizar qualquer resistncia

    de ps-encurvadura (a curva de colunas fica abaixo da de placas ver a figura A.11).

    A.5 PLACAS REAIS(COM IMPERFEIES)

    No caso das placas reais, as quais possuem imperfeies geomtricas (sobretudo) e

    tenses residuais, deixa de ocorrer bifurcao de equilbrio. O conjunto trajectria

    fundamental + trajectria de ps-encuvadura das placas ideais substudo por uma

    trajectria de equilbrio no linear, qual esto associados deslocamentos de flexodesde o incio do carregamento, conforme mostra a figura A.10.

    Como, para um determinado nvel de carregamento, existem maiores deslocamentos na

    placa real que na placa ideal, o correspondente estado limite ltimo atingido

    para uma carga mais baixa ver a figura A.10.

    Placa real

    Placa ideal

    max= fy

    q

    cr

    Figura A.10 Trajectrias de equilbrio e estados limites ltimos das placas ideais e reais

    Para contabilizar a diminuio da carga ltima, devido presena das imperfeiesgeomtricas e das tenses residuais, Winter props, com base num elevado nmero de

    resultados experimentais, a substituio (modificao) da frmula de von Karman por

    =

    =

    6730se220

    6730se1

    p2

    p

    p

    p

    ..

    .

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    22

    expresso que ainda hoje figura em vrios regulamentos, nomedamente no EC3. Deve

    referir-se, no entanto, que os valores do coeficiente 0.22e da esbelteza limite 0.673

    tm sofrido variaes resultantes de estudos mais recentes (a ttulo de curiosidade,

    interessante mencionar que Winter props originalmente o valor 0.25para o coeficiente).

    Finalmente, a figura A.11 mostra uma comparao entre as curvas de dimensionamento (i)

    de von Karman, (ii) de Winter e (iii) baseada na carga crtica de bifurcao (semelhante

    curva de dimensionamento de colunas). interessante observar que, para valores de p

    superiores a cerca de 1.3, a curva de Winter (placas reais) passa a estar acima da

    curva baseada na tenso crtica de bifurcao (placas ideais ), facto que reflecte a

    contabilizao da resistncia de ps-encurvadura (note que a diferena aumenta com p ).

    Figura A.11 Comparao entre curvas de dimensionamento de von Karman, de Winter e

    baseada na tenso crtica de bifurcao.

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    23

    3.2 DETERMINAO DA CLASSE DE UMA SECO

    A determinao da classe de uma seco faz-se classificando os seus elementos (paredes)

    comprimidos, atravs das Tabelas 5.2 do EC3-1-1 (ver figs. 3.2 a 3.4) e com base

    nos diagramas das tenses actuantes.

    A classificao faz-se com base na esbelteza dos elementos b/t, envolve o parmetro

    yf235/= e o coeficiente de encurvadura k. Depende ainda do tipo de elemento, o

    qual pode ser interior (tratado como simplesmente apoiado) ou saliente (tratado como

    apoiado-livre).

    Os valores limites de esbelteza dos elementos comprimidos so fixados com base em

    anlises estatsticas de resultados experimentais e/ou numricos, os quais contabilizam a

    influncia de imperfeies geomtricas iniciais, tenses residuais, etc.

    A classe de uma seco maior das classes dos seus elementos comprimidos.

    A classe de uma barra maior das classes das suas seces.

    A classe de uma seco depende (i) dos esforos que nela actuam, no estado limite ltimo,

    e (ii) do ao que a constitui (ver tabelas).

    A determinao da classe de uma seco submetida a flexo composta no imediata

    conservativamente, pode sempre considerar-se o caso da compresso pura.

    Um grande nmero de perfis laminados correntes (formados por aos de resistncia

    normal) so de classe 1 ou 2 para qualquer solicitao (e.g., ver a tabela da fig. 3.5).

    Os perfis soldados e as chapas utilizadas na construo mista tm frequentemente seces

    de classe 3 ou 4.

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    24

    Figura 3.2

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

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    Figura 3.3

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

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    Figura 3.4

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

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    Figura 3.5

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    EXEMPLO ILUSTRATIVO

    IPE 550

    Ao S235 (fy=235 MPa= 235N/mm2) =1

    reaA=13440 mm2d=468mm

    b=210mm

    ft =17.2mm

    t =11.1mmw

    Classificar a seco representada, quando submetida a flexo em torno do eixo de maior

    inrcia composta com compresso de valorNEd=1300kN(Caso I) ouNEd=750kN(Caso II)

    RESOLUO

    Classificao do Banzo Comprimido

    Compresso uniforme

    45992

    111210

    2

    tbc w .

    .=

    =

    = (desprezando os raios de concordncia)

    99785217

    4599

    t

    c

    f === ..

    Alma de classe 4 compresso pura (classificao conservativa)

    Nada se pode concluir

    (i) Determinao da classe da seco paraNEd=1300kN(Caso I)

    Hiptese 1:Distribuio plstica de tenses no estado limite ltimo da seco(classe 1 ou 2)

    - Clculo do esforo normal de plastificao da alma

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    kN122110235111468fdtN 3

    ywwpl === .,

    ComoNpl,w=1221kN =

    = .

    )..(

    )..(

    36671410330670

    42

    330670

    42242

    t

    c

    ww

    ......

    . =

    =+

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    30

    ComoNpl,w=1221kN>NEd=750kN,a linha neutra plstica cruza a alma, como mostra a figura

    3.18. Assim, o primeiro passo consiste em determinar a zona plastificada da alma devido ao

    esforo normal, i.e.,

    ywNEd ftcN = mm52287235111

    10750c

    3

    N .. =

    =

    mm763772

    52287468

    2

    c

    2

    cc N .

    .=

    +=+=

    Deste modo, o valor do parmetro (relao entre a altura da zona comprimida da alma e a

    altura total da alma) dado por

    508070468

    76377 ... >==

    Tem-se, ento,

    7411807013

    396

    113

    396242

    t

    c

    w

    ..

    . =

    =

    >=

    05481807013

    456

    113

    456242

    t

    c

    w

    ..

    . =

    =

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    31

    3.3 RESISTNCIA A TENSES DIRECTAS

    3.3.1TENSES NORMAIS(NEd + My,Ed+ Mz,Ed)

    Seces de Classe 1 e 2

    - Resistncia Plstica

    - Critrios (diagramas) de interaco no lineares

    Resistncia plstica (a forma do diagramavaria de seco para seco)

    Resistncia plstica (aproximaolinear conservativa)

    Resistncia elstica

    1

    1

    M/Mpl

    N/Npl

    Figura 3.7 Critrios (diagramas) de interaco no lineares

    No caso mais geral (comportamento tridimensional), existem N+My+Mz. habitual serem

    desenvolvidos critrios de interaco planos MN,y MN,z, em que a presena do esforonormal j est embebida nos valores de MN,ye MN,z. Em alternativa, pode utilizar-se um

    critrio (diagrama) de interaco espacial (tridimensional).

    Seces de Classe 3

    - Resistncia Elstica

    - Critrios (diagramas) de interaco lineares equivalente a

    ydEdx f, , (3.10)

    onde 0Myyd ff /= e 0M o coeficiente parcial de segurana (para o qual o EC3-1-1

    prope o valor 1.0).

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    1

    1

    M/Mel

    N/Nel

    Figura 3.8 Critrio de interaco linear

    Seces de Classe 4

    - Resistncia Elstica da seco efectiva

    Critrios que envolvem seces efectivas correspondentes actuao individual de

    cada um dos esforos actuantes (NEd,My,Ed,Mz,Ed)

    Equivalncia a

    ydEdx f, 0Myyd ff /= , (3.11)

    na reunio das seces efectivas.

    J se estudaram, na disciplina de Estruturas Metlicas, as VS das seces de Classe 1 e 2.

    A VS das seces de Classe 3 envolve apenas a resistncia elstica e resume-se a um

    simples problema de Resistncia de Materiais.

    A VS das seces de Classe 4 qualitativamente semelhante das seces de Classe 3,

    mas requer o conhecimento prvio das caractersticas geomtricas da(s) seco (es)efectivas envolvidas propriedades efectivas.

    EXEMPLO ILUSTRATIVO (SECO DE CLASSE 2)

    Verificar a segurana da seco

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    33

    d=hw=249.6mm A=45.94cm2

    tw=6.6mm Wpl.y=484cm3

    b=135mm Wpl.z=96.95cm3

    tf=10.2mm

    de ao S235 (fy=235MPa), sujeita aos esforosNEd=580kN,My,Ed=25.5 kNmeMz,Ed=16.4 kNm

    RESOLUO

    Necessidade de contabilizar a reduo deMpl.y,Rddevida aNEd EC3-1-1 (6.2.9.1)

    kN59107901

    102354594AfN

    3

    0M

    y

    Rdpl .., =

    ==

    NEd=580kN>0.25Npl,Rd=270kN

    kN56193101

    23566624950

    fth50N50kN580N

    3

    0M

    yww

    RdwplEd ...... ,, ===>=

    necessrio reduzirMpl.y,Rd(bastava uma das condies)

    Necessidade de contabilizar a reduo deMpl.z,Rddevida aNEd EC3-1-1 (6.2.9.1)

    kN12387101

    235666249

    fthNkN580N

    3

    0M

    yww

    RdwplEd ...,, ===>=

    necessrio reduzirMpl.z,Rd

    Como a seco est submetida a flexo desviada, adopta-se o critrio

    1M

    M

    M

    M

    RdzN

    Edz

    RdyN

    Edy

    +

    ,,

    ,

    ,,

    ,

    onde (i) MN,y,Rde MN,z,Rdso momentos plsticos reduzidos pela presena de NEd e (ii)e so constantes que dependem do tipo da seco

    Seco em I: 1masn5;2 ==

    5370591079

    580

    N

    Nn

    Rdpl

    Ed ..,

    === =2.685 > 1.0

    IPE 270

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    35

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    36

    ).(

    )(,,,,

    a501

    n1MM RdyplRdyN

    =

    kNm74113

    01

    1023510484fWM

    63

    0M

    yypl

    Rdypl .

    .

    ,,, =

    =

    =

    { } 40104010509445

    0215132944550

    A

    bt2A50a f ..,.min

    .

    ...,.min,.min ==

    =

    =

    )(.)..(

    ).(. ,,, EdyRdyN MkNm8765

    4010501

    5370174113M >=

    =

    n a: MN,z,Rd=Mpl,z,Rd

    n>a: MN,z,Rd=Mpl,z,Rd

    2

    a1

    an1

    n=0.537 e a=0.401 n>a

    kNm782201

    10235109596fWM

    63

    0M

    yzpl

    Rdzpl ...,

    ,, =

    =

    =

    )(.

    .

    ..,,,,, Edz

    2

    RdzplRdzN MkNm6121

    40101

    401053701MM >=

    =

    Finalmente, tem-se

    1M

    M

    M

    M

    RdzN

    Edz

    RdyN

    Edy

    +

    ,,

    ,

    ,,

    , 1627047701506121

    416

    8765

    225 68522

    =++=++=++ .....

    .

    .

    .

    .,,

    ,

    ,,

    ,

    ,

    A segurana da seco no seria verificada (o critrio linear muito conservativo)

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    37

    3.3.1.1SECES DE CLASSE 4

    A VS das seces de Classe 4 requer, no caso mais geral, o conhecimento dos valores

    das seguintes caractersticas geomtricas:

    (i) rea EfectivaAeff

    (ii) Excentricidades eNye eNz(afastamento em relao ao eixo nova posio de G)

    (iii) Mdulo de flexo efectiva Weff,y,min(fibra com tenso mxima)

    (iv) Mdulo de flexo efectiva Weff,z,min(fibra com tenso mxima)

    Os valores deAeff, eNye eNzso determinados numa seco efectiva obtida admitindo

    que na seco bruta actua apenas Nc,Ed(esforo nomal de compresso)

    O valor de Weff,y,min determinado numa seco efectiva obtida admitindo que na seco

    bruta actua apenas My,Ed.

    O valor de Weff,z,min determinado numa seco efectiva obtida admitindo que na seco

    bruta actua apenas Mz,Ed.

    Deste modo, constata-se que, no caso mais eral, existem trs seces efectivas diferentes.A figura 3.9 ilustra as seces efectivas de uma seco em I com banzos iguais.

    Figura 3.9 Tipos de seces efectivas numa seco em I

    Em seces bissimtricas e monossimtricas tem-se eNy=eNz=0e eNy=0ou eNz=0.

  • 8/10/2019 Apontamentos de Estruturas Metlicas

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    38

    3.3.1.1.1DETERMINAO DE UMA SECO EFECTIVA

    Passos

    (i) Determinar os valores de (os quais definem o diagrama das tenses actuantes) noselementos (paredes) comprimidos paralelos ao eixo de flexo, com base nos valores dos

    esforos actuantes e nas propriedades da seco bruta.

    (ii) Determinar os valores e a localizao das larguras efectivas nos elementos comprimidos

    paralelos ao eixo de flexo, atravs do seguinte procedimento:

    (a) A partir do valor de , determinar o coeficiente de encurvadura k, atravs das

    tabelas 4.1 e 4.2 do EC3-1-5.

    (b) A partir do valore de k, determinar a esbelteza normalizadas de placa p ,

    atravs da expresso

    k428

    tbf

    cr

    y

    p.

    /== . (3.12)

    (c) A partir dos valores de p e ,determinar o factor de reduo , atravs de expresses

    que dependem de o elemento ser interno ou saliente:

    - Elementos Internos

    =1.0 para 6730p .

    2

    p

    p 30550

    )(. += 1.0 para 6730p .> [com 03 + )( )]

    - Elementos Salientes

    =1.0 para 7480p .

    2

    p

    p 1880

    .= 1.0 para 7480p .>

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    40

    (d) Uma vez conhecido o valor de,determinar os valores das larguras efectivas (bc,eff) dos

    elementos comprimidos atravs das tabelas 4.1 e 4.2 do EC3-1-5 a partir dos

    valores de bc,eff, imediato obter as respectivas reas efectivas (Ac,eff).

    (e) Se for necessrio (i.e., se a largura efectiva no for contnua), determinar, a partir

    de bc,eff, as parcelas que constituem a largura efectiva do elemento comprimido

    (be1e be2), tambm atravs das tabelas 4.1 e 4.2 do EC3-1-5.

    (iii) Determinar os valores de nos elementos (paredes) comprimidos perpendiculares ao

    eixo de flexo, com base nos valores dos esforos actuantes e nas propriedades de uma

    seco fictcia, constituda pelas respectivas reas brutas e pelas reas efectivas

    dos elementos paralelos ao eixo de flexo (j determinadas em (ii)).

    (iv) Determinar os valores e a localizao das larguras efectivas nos elementos comprimidos

    perpendiculaes ao eixo de flexo, atravs do procedimento descrito em (ii).

    (v) Determinar a(s) propriedade(s) efectiva(s) relevante(s).

    NOTA: No caso de uma seco submetida a compresso pura, tem-se sempre =1.

    3.3.1.1.2VERIFICAO DA SEGURANA

    Flexo desviada composta com traco

    0M

    y

    yd

    zeff

    Edz

    yeff

    EdyEd f

    fW

    M

    W

    M

    A

    N

    =++

    min,,

    ,

    min,,

    , . (3.13)

    Flexo desviada composta com compresso

    0M

    y

    yd

    zeff

    NzEdEdz

    yeff

    NyEdEdy

    eff

    Ed f

    f

    W

    eNM

    W

    eNM

    A

    N

    =+

    ++

    +min,,

    ,

    min,,

    , . (3.14)

    OBSERVAES

    (i) A aplicao das equaes de interaco faz-se para a fibra mais solicitada pertencente

    reunio de todas (no mximo trs) seces efectivas. Os valores de Weff,y,mine

    Weff,z,mindizem respeito a essa fibra.

  • 8/10/2019 Apontamentos de Estruturas Metlicas

    43/207

    Estruturas Metlicas (de Ao)

    41

    (ii) No caso de a fibra mais solicitada no pertencer a alguma das seces efectivas, o

    valor da parcela associada ao esforo correspondente ser nulo.

    (iii) Os sinais das parcelas dependem da combinao de compresses e traces, a qual

    varia de caso para caso. No podem somar-se compresses e traces e

    conveniente adoptar a conveno de atribuir sinal positivo tenso dominante

    (compresso ou traco).

    EXEMPLO ILUSTRATIVO

    Verificar a segurana da seco

    10

    400

    6

    10

    800

    300

    y

    zG

    (mm)z

    zG=444.32mm(medido a partir da base)

    formada por trs chapas de ao S355 (fy=355MPa) soldadas entre si (cordes de soldadura de

    largura a=6mm), sujeita aos esforosNEd=390kN(compresso ou traco) eMy,Ed=630 kNm

    (momento flector positivo)

    RESOLUO

    - 8140355

    235

    f

    235

    y

    .===

    - rea: 2mm11800680010300400A =++= )(

    - Cordes de soldadura: a=6mm mm49826a .==

    a

    a

    6 mm

  • 8/10/2019 Apontamentos de Estruturas Metlicas

    44/207

    Estruturas Metlicas (de Ao)

    42

    (I) Determinao deAeffe eNy(NEd)

    Seco Efectiva do Banzo Superior

    mm51188249826400c ./).( ==

    =1.0(banzo uniformemente comprimido) k=0.43

    k=0.43 748024414308140428

    1051188

    K428

    tc fp ..

    ...

    )/.(

    .

    />=

    ==

    68201880

    2

    p

    p ..

    =

    =

    mm56128511886820cb effc ..., ===

    mm128049826561282a2tb2b weffcbanzoe ...)( ,sup. =++=++=

    Seco Efectiva do Banzo Inferior

    mm51138249826300c ./).( ==

    =1.0(banzo uniformemente comprimido) k=0.43

    k=0.43 ( )

    748091404308140428

    1051138

    K428

    tc fp ..

    ...

    )/.(

    .

    />=

    ==

    86901880

    2

    p

    p ..

    =

    =

    mm37120511388690cb effc ..., ===

    mm7226349826371202b banzoe ...)( inf. =++=

    Seco Efectiva da Alma

    mm027834982800b .).( ==

    =1.0(alma uniformemente comprimida) k=4.0

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    45/207

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    43

    k=4.0 ( )

    6730823248140428

    602783

    K428

    tb wp ..

    ..

    )/.(

    .

    />=

    ==

    32708232

    130550823230550

    22p

    p ..

    )(..)(.=

    +=

    +=

    mm05256027833270bb effc ..., ===

    mm03128b50bb effc2e1e .. , ===

    mm5213649803128b almae ...)( =+= (junto de cada banzo)

    A figura abaixo mostra a seco efectiva determinadas.

    136.52

    136.52

    263.72

    Clculo da rea efectiva (Aeff) e da excentricidade (eNy)

    2

    eff mm447076652136210722631280A .).()..( =++=

    mm37419447076

    67474152136267852136105722638151280z effG ..

    )....()..()( =

    +++=

    mm95243741932444eNy ... == ()

    (II) Determinao de Weff,y,min(My,Ed)

    Seco Efectiva do Banzo Superior

    mm128049826561282b be ...)( sup. =++= (idntico ao caso anterior)

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    46/207

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    44

    Seco Efectiva da Alma

    - Clculo de na alma

    280.1

    1

    = 2 1 2mm106016800103001280A =++= ).(

    mm4040210601

    41068001053008151280zG .

    ).(=

    ++=

    962040402498810

    4981040402.

    ..

    )..(=

    =

    - Clculo dena alma

    9620.= 9122789296817k 2

    .... =+= (Tabela 4.1 do EC3-1-5)

    9122k .= ( )

    6730179191228140428

    602783

    K428

    tb wp ..

    ...

    )/.(

    .

    />=

    ==

    76801791

    96203055017913055022

    p

    p ..

    ).(..)(.=

    =

    +=

    - Clculo de bc e das parcelas be1e be2

    mm0939996201

    02783

    1

    bbc ..

    .=

    +=

    =

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    45

    mm50306093997680bb ceff ... ===

    mm61225030640b40b eff1e .... ===

    mm91835030660b60b eff2e .... ===

    mm091314986122abb 1ealmae ...)( sup, =+=+=

    mm3257649809399027839183abbb t2ealmae ..)..(.)( inf, =++=++=

    A figura abaixo mostra a seco efectiva determinada.

    280.1

    131.09

    576.32

    300

    Clculo do Mdulo de Flexo Efectivo (Weff,y,min)

    )basedapartiramedido(.

    )(

    mm67389

    6131.09)(576.3210280.1)(300

    65.55)-(8106131.06298.166576.3210815)280.15(300z effG

    =

    =+++

    +++=

    4

    22

    22

    3333

    effy

    mm1175472955

    6738955658106091311629867389632576

    6738981510128038410300

    12

    091316

    12

    325766

    12

    101280

    12

    10300I

    =

    =++

    +++

    +

    +

    +

    +

    =

    )..(.)..(.

    ).(.

    ...)(

    3effy

    yeff mm72273156167389820

    IW .

    ).(

    )()( supmin,, =

    =

    3effy

    yeff mm714301658567389

    IW .

    ).(

    )()( infmin,, ==

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    48/207

    Estruturas Metlicas (de Ao)

    46

    (III) Verificao da Segurana

    MPa35501

    355ff

    0M

    y

    yd === .

    NEd=390kN (Compresso)

    - Fibras superiores

    01815066001550

    355722731561

    95241039010630

    355447076

    10390

    fW

    eNM

    fA

    N 363

    ydyeff

    NyEdEdy

    ydeff

    Ed

    ....

    .

    .

    .)( supmin,,

    ,

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    47

    L=2.60m

    p

    b/2 b/2bc c

    a

    t

    a = 150.0mm b = 60.5mm h = 54.0 mmc = 14.5mm t = 1.0mm

    h

    H

    Seco Transversal

    Beto

    H = 120mm

    y yGZ

    Figura 3.10 Geometria, dimenses e aces da chapa de pavimento misto

  • 8/10/2019 Apontamentos de Estruturas Metlicas

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    48

    RESOLUO

    (I) Dados

    - Chapa de pavimento: HI Bond 55 comfy=320MPa

    8570320

    235.==

    - Valor do momento actuante mximo

    mmkN4382250925010898312p 3 //.)...( =+= (carga uniformemente distribuda)

    Chapa Beto

    Coeficiente de majorao

    mkNm0938

    62438251M

    2

    Edy /...

    ., =

    = (momento mximo meio vo)

    (II) Caractersticas Geomtricas da Seco Bruta

    - rea

    ..

    031554

    514arctg == mm91.55

    03.15cos54

    = (comprimento das paredes inclinadas)

    2

    mm83232019155256025302A ..)...( =+= (clula com 150mmde largura)

    mmm21552m150

    83232A

    2/.)(.

    .== (rea por metrode largura)

    - Centro de gravidade

    zG=27mm(a partir da linha mdia)

    - Momento de inrcia:

    Ia=Ib cos2+ Ic sen

    2 aa

    bc

    c

  • 8/10/2019 Apontamentos de Estruturas Metlicas

    51/207

    Estruturas Metlicas (de Ao)

    49

    [ ] )clulapor(....

    ).(..

    ).(cos..

    ....

    4

    23

    23

    23

    y

    mm291153893130791358420888219

    0315sen12

    019155

    031512

    01915522701560

    12

    015602I

    =++=

    =

    +

    +

    +

    +

    =

    mmm9769261150

    29115389I

    4

    y /..

    .==

    (II) Determinao de Weff,y,min(My,Ed)

    Seco Efectiva do Banzo Superior

    mm559502560c ... ==

    =1.0(banzo uniformemente comprimido) k=4.0

    k=4.0 67302221048570428

    01559

    K428

    tc fp ..

    ...

    )./.(

    .

    />=

    ==

    67102221

    13055017913055022

    p

    p ..

    )(..)(.=

    +=

    +=

    mm92395596710cb effc ..., ===

    mm9619923950b50bb effc2e1e .... , ====

    be1

    be2e1b = = 19.96mm

    e1b

    Seco Efectiva das Almas

    - Clculo de nas almas

    [ ] )clulapor(..)..(.. 2mm24213010192399155225302A =+++=

    )secodabasedapartiramedido(..

    .)..(......

    mm0225

    24213

    5540192395270191552500125302zG

    =

    =+++

    =

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    50

    800022454

    0224

    1

    2 .).(

    .=

    ==

    - Clculo de bce das parcelas be1e be2

    8290.= 1219789296817k 2 .... =+= (Tabela 4.1 do EC3-1-5)

    mm91545029155b ... ==

    7519k .= ( )

    6730516012198570428

    019154

    K428

    tb wp ..

    ...

    )./.(

    .

    /

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    53/207

    Estruturas Metlicas (de Ao)

    51

    O valor de clculo do esforo transverso VEddeve satisfazer a condio

    01V

    V

    Rdc

    Ed .,

    , (3.15)

    onde Vc,Rd o valor de clculo da resistncia da seco ao esforo transverso. No

    caso do dimensionamento plstico, Vc,Rd igual a Vpl,Rd(valor de clculo da resistncia

    plstica), dado por

    0M

    yv

    RdplRdc

    3fAVV

    )/(,, == , (3.16)

    ondeAv a rea de corte da seco, a qual depende da sua geometria e do sentido de

    actuao esforo transverso.

    O dimensionamento elstico conservativo e, por esse motivo, s se adopta quando tal

    indispensvel, nomeadamente na verificao da segurana de seces de Classe 3 ou 4

    submetidas a combinaes de esforo transverso, momento flector e/ou momento torsor.

    O valor de Vc,Rd=Vel,Rdobtm-se a partir da condio

    0,1)3(f 0MyEd

    , (3.17)

    onde Ed determinado atravs de expresso (j conhecida da Resistncia de Materiais)

    tI

    SVEdEd= . (3.18)

    Em seces em I ou H em que a relao entreAf(rea de um banzo)Aw(rea da alma)

    satisfaz a condio 60AA wf ./ , a tenso tangencial na alma (provocada por um esforotransverso paralelo a ela) pode ser determinada, aproximadamente, atravs da expresso

    w

    EdEd A

    V= . (3.20)

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    52

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    53

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    54

    3.3.3TENSES NORMAIS (NEd + My,Ed + VY,Ed) +TENSES TANGENCIAIS (VZ,Ed + VY,Ed)

    O EC3 estipula que, no caso de se ter RdplEd V50V .. (o esforo transverso actuante no

    excede 50%da resistncia plstica da seco ao corte), a influncia do esforo transverso

    pode ser desprezada e a resistncia da seco condicionada unicamente pelas tenses

    normais (situao j abordada na seco 3.3.1).

    Se RdzplEdz V50V ,,, .> e/ou RdyplEdy V50V ,,, .> o EC3 preconiza que a influncia do esforo

    transverso (i) tem que ser considerada e (ii) pode ser traduzida por uma reduo da tenso

    de cedncia do ao na(s) respectiva(s) rea(s) de corte Av,ze/ouAv,y. Essa reduo da

    tenso de cedncia definida por:

    Av,z: fy(1-z)fy com

    2

    Rdzpl

    Edz

    z 1V

    V2

    =,,

    , (3.21)

    Av,y: fy(1-y)fy com

    2

    Rdypl

    Edy

    y 1V

    V2

    =

    ,,

    , . (3.22)

    Verifica-se ento a resistncia s tenses normais de uma seco transversal enfraquecida

    (pela reduo da tenso de cedncia) em uma ou em ambas as reas de corte.

    Observe-se que a reduo da tenso de cedncia pode fazer baixar a classe da seco.

    Para alm disso, nas seces de Classe 4 (sem e com reduo defy), a presena de esforo

    transverso superior a 50%da resistncia plstica da seco influencia as propriedades

    efectivas (aproxima-as das propriedades brutas).

    No caso de seces de Classe 3 ou 4, as quais apenas podem atingir uma resistncia

    elstica, pode adoptar-se um procedimento alternativo: verificar a resistncia da seco

    atravs do bem conhecido critrio de von-Mises, cuja expesso

    0M

    y

    yd

    2

    Ed

    2

    EdEdcomp

    ff3

    =+=, . (3.23)

    No caso das seces de Classe 4, o valor de Ed nula nas zonas no efectivas da seco.

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    56

    EXEMPLO ILUSTRATIVO (SECO DE CLASSE 1)

    Verificar a segurana da seco de um perfil IPE270 de ao Ao S235 (fy=fyd=235MPa)cujas caracteristicas geomtricas so

    A=45.95cm2 hw=249.6mm tw=6.6mm Wpl,y=484cm

    3 Av,z=22.14cm3,

    a qual se encontra submetida combinao de esforos My,Ed=105 kNm e

    Vz,Ed=210kN, a qual ocorre tipicamente em apoios intermdios de vigas contnuas.

    RESOLUO

    )(..

    )/.(.)/(,

    ,,, Edz

    0M

    yzv

    Rdzpl VkN430001

    352314223fAV >=

    ==

    kN2150V50kN210V RdzplEdz .. ,,, =>=

    necessrio considerar a interaco entre tenses normais e tangenciais

    No caso das seces em I com banzos iguais submetidas a flexo em torno do eixo de

    maior inrcia, o EC3-1-1 preconiza explicitamente a utilizao da expresso

    0M

    w

    2

    wzypl

    RdVy t4

    AW

    M

    =

    ,

    ,, comAw=hwtw(rea da alma) em geral, tem-seAw

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    57

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    58

    159014300

    21021

    V

    V2 22

    Rdzpl

    Edz

    z ..,,

    , =

    =

    =

    ).(... ,2

    zv

    22

    w cm1422Acm471610666249A ==

    necessrio considerar a interaco entre tenses normais e tangenciais

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    59

    3923018983

    80021

    V

    V2 2

    2

    Rdzpl

    Edz

    z ..,,

    , =

    =

    =

    wydyzwy fMPa7215355392301f1f ,, .).()( === 04417215

    235w .. ==

    fydyfy fMPa355ff ,, == 8140355

    235f .==

    (I) Determinao deAeffe eNy(NEd)

    Seco Efectiva do Banzo Superior

    mm51188249826400c ./).( ==

    =1.0(banzo uniformemente comprimido) k=0.43

    k=0.43 748024414308140428

    1051188

    K428

    tc

    f

    f

    p .....

    )/.(

    .

    />=

    ==

    68201880

    2

    p

    p ..

    =

    =

    mm56128511886820cb effc ..., ===

    mm128049826561282a2tb2b weffcbanzoe ...)( ,sup. =++=++=

    Seco Efectiva do Banzo Inferior

    mm51138249826300c ./).( ==

    =1.0(banzo uniformemente comprimido) k=0.43

    k=0.43 748091404308140428

    1051138

    K428

    tc

    f

    f

    p .....

    )/.(

    .

    />=

    ==

    86901880

    2

    p

    p ..

    =

    =

    mm37120511388690cb effc ..., ===

    mm7226349826371202b banzoe ...)( inf. =++=

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    60

    Seco Efectiva da Alma

    mm027834982800b .).( ==

    =1.0(alma uniformemente comprimida) k=4.0

    k=4.0 ( )

    6730200240441428

    602783

    K428

    tb

    w

    wp ..

    ..

    )/.(

    .

    />=

    ==

    40902002

    13055020023055022

    p

    p ..

    )(..)(.=

    +=

    +=

    mm26320027834090bb effc ..., ===

    mm13160b50bb effc2e1e .. , ===

    mm6216849813160b almae ...)( =+= (junto de cada banzo)

    A figura abaixo mostra a seco efectiva determinada.

    263.72

    168.62

    168.62

    Clculo de Aeffe eNy

    2

    eff mm647461662168210722631280A .).()..( =++=

    mm89418647461

    66972562168319462168105722638151280z effG ..

    )....()..()( =

    +++=

    mm43258941832444eNy ... == ()

  • 8/10/2019 Apontamentos de Estruturas Metlicas

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    61

    (II) Determinao de Weff,y,min(My,Ed)

    Seco Efectiva do Banzo Superior

    mm128049826561282b be ...)( sup. =++= (idntico ao caso anterior)

    Seco Efectiva da Alma

    - Clculo de na alma

    280.1

    1

    = 2 1 2

    mm106016800103001280A =++= ).(

    mm4040210601

    41068001053008151280zG .

    ).(=

    ++=

    962040402498810

    4981040402.

    ..

    )..(=

    =

    962.0= 9122789296817k 2 .... =+= (Tabela 4.1 do EC3-1-5)

    9122k .= ( )

    673092009196091220441428

    602783

    K428

    tb

    w

    wp ...

    ...

    )/.(

    .

    />=

    ==

    95409200

    962030550920030550

    22p

    p

    ..

    ).(..)(.

    =

    =

    +

    =

  • 8/10/2019 Apontamentos de Estruturas Metlicas

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    62

    - Clculo de bce das parcelas be1e be2

    mm0939996201

    02783

    1

    bbc ..

    .=

    +=

    =

    mm73380093999540bb ceff ... ===

    mm291527338040b40b eff1e .... ===

    mm442287338060b60b eff2e .... ===

    mm7816049829152abb 1ealmae ...)( sup, =+=+=

    mm866204989338344228abbb t2ealmae ....)( inf, =++=++=

    A figura abaixo mostra a seco efectiva determinada.

    280.1

    300

    160.78

    620.86

    Clculo do Mdulo de Flexo Efectivo (Weff,y,min)

    )basedapartiramedido(.

    )(

    mm90399

    6160.78)(620.8610280.1)(300

    80.39)-(8106160.78320.436620.8610815)280.15(300z effG

    =

    =+++

    +++=

  • 8/10/2019 Apontamentos de Estruturas Metlicas

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    63

    42

    22

    23333

    effy

    mm120065504093993980810678160

    4332093996866209399815101280

    593991030012

    781606

    12

    866206

    12

    101280

    12

    10300I

    =+

    +++

    ++

    +

    +

    +

    =

    )..(.

    )..(.).(.

    ).(...

    )(

    3effy

    fyeff mm99528580219399820

    IW .

    ).(

    )()( sup,min,, =

    = (fibras superiores do banzo comprimido)

    3effy

    almawyeff mm8512927712109399820

    IW .

    ).(

    )()( ,min,, =

    = (fibras superiores da alma)

    (III)Verificao da Segurana

    Fibras Superiores do Banzo Comprimido

    1778063101470

    3559952858021

    43251039010630

    355647461

    10390

    fW

    eNM

    fA

    N 363

    fydfyeff

    NyEdEdy

    fydeff

    Ed

    =+==

    +

    +

    =

    +

    +...

    ..

    .

    ..)( ,sup,min,,

    ,

    ,

    A segurana da secco no verificada(nas fibras superiores da alma)

    Em alternativa, poder-se-ia ter utilizado o critrio de von Mises, o que envolveria os

    seguintes procedimentos:

    (i) Determinar as tenses normais devidas aNEd+ My,Sd, o que obrigaria a calcular

    as propriedades efectivas da seco (tal como foi feito anteriormente).

    (ii) Determinar as tenses tangenciais devidas a Vz,Ed, com base na seco bruta.

    (iii) Determinar o ponto da seco onde o valor da tenso de comparao comp,Ed

    mximo e comparar esse valor comfyd como bvio, admite-se que a tenso normal

    Ed nula nas zonas no efectivas da seco.

  • 8/10/2019 Apontamentos de Estruturas Metlicas

    66/207

    Estruturas Metlicas (de Ao)

    64

    (iv) Neste caso particular, a mxima tenso de comparao ocorreria na vizinhana do

    n alma-banzo superior (i) nas fibras superiores do banzo comprimido (ponto 1

    mxima tenso normal) ou (ii) nas fibras superiores da alma (ponto 2tenso

    normal um pouco inferior ao valor mximo, mas tenso tangencial cerca do dobro daanterior ponto 2). Para os valores considerados, a mxima tenso de comparao

    ocorre no ponto 2, o qual condiciona portanto a resistncia da seco.

    2

    1

    3.3.4TORO

    Uma barra com seco de parede fina aberta submetida a um momento torsor Texibe

    (i) rotao das suas seces transversais em torno do eixo da barra e (ii) deslocamentos

    axiais de empenamento u(a seco deixa de estar contida num plano).

    u

    u

    x

    y

    T

    T

    Figura 3.11 Barra submetida a momento torsor T empenamento ue rotao

    Se as seces puderem empenar livremente, isto , se (i) os apoios da barra no impedirem

    o empenamento e (ii) o momento torsor for constante, diz-se que a barra est submetida aToro Uniforme (ou Toro de Saint-Venant) ver a figura 3.12.

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    67/207

    Estruturas Metlicas (de Ao)

    65

    Figura 3.12 Barra submetida a toro uniforme

    Se (i) o empenamento for restringido (impedido) em alguma seco (e.g., num apoio) ou

    (ii) o momento torsor for varivel, diz-se que a barra est submetida a Toro No-

    Uniforme ver a figura 3.13 (o empenamento est impedido no encastramento).

    Figura 3.13 Barra submetida a toro no uniforme

    No caso da toro uniforme, as seces exibem deslocamentos axiais de empenamento que,

    por serem iguas em todas as seces, no introduzem tenses normais. O momento torsor

    Tsv equilibrado unicamente por tenses tangenciais sv, cuja determinao foi

    estudada na disciplina de Resistncia de Materiais.

  • 8/10/2019 Apontamentos de Estruturas Metlicas

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    66

    No caso da toro no uniforme, para alm das tenses tangenciais sv, desenvolvem-se

    tambm (i) tenses normais w(devidas restrio ao empenamento), cuja resultante se

    designa por bimomento (Bw) e (ii) tenses tangenciais w(tambm devidas restrio ao

    empenamento) que equilibram as tenses normais w. Deste modo, o momento torsorresistente (TR) constitudo por duas parcelas (ver a figura 3.13)

    wsvR TTT +=

    onde (i) Tsv=GJ(toro uniforme) e (ii) Tw=EIw(toro no uniforme)

    o ngulo de rotao da seco em torno do eixo da barra. Conforme mostra a figura 3.13,

    os valores relativos de Tsve Twvariam ao longo do comprimento da barra.

    Tw

    Tsv

    T

    T=TR=Tsv+Tw

    Figura 3.13 Parcelas Tsve Twdo momento torsor resistente

    Para caracterizar o comportamento de toro de uma seco necessrio conhecer duas

    propriedades geomtricas: (i) a constante de toro de Saint-Venant (J), cuja

    determinao se estudou na disiplina de Resistncia de Materiais, e (ii) a constante de

    empenamento (Iw). Existem tabelas com expresses analticas e/ou valores de JeIwpara diversos tipos de seces.

    O EC3 estipula que o momento torsor devido ao empenamento (Tw,Ed) pode ser desprezado

    nas seces de parede fina fechada (por exemplo, seces RHS seces tubulares

    rectangulares). Em seces circulares tubulares circulares, Tw,Ed mesmo nulo (devido

    simetria radial da seco).

    Resultante

    de svResultante

    de w

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    69/207

    Estruturas Metlicas (de Ao)

    67

    O EC3 estipula tambm que o momento torsor de Saint-Venant (Tt,Ed) pode ser desprezado

    nas seces de parede fina aberta (por exemplo, em I ou H). Neste tipo de seces a

    resistncia toro devida, quase unicamente, resistncia das seces ao empenamento.

    Como o comportamento das seces de parede fina aberta bastante complexo (devido

    ao empenamento), aborda-se aqui apenas a toro das seces de parede fina fechada.

    Sabe-se, da Resistncia dos Materiais, que a tenso tangencial elstica devido toro de

    Saint-Venant, em seces tubulares circulares (CHS) e rectangulares (RHS), dada por

    rI

    T

    p

    tt= )(

    4

    i

    4

    ep RR2

    I =

    tA2

    T

    m

    tt= ))(( thtbAm =

    3.3.4.1 VERIFICAO DA SEGURANA

    Em seces de Classe 1, 2, 3 ou 4 (a classificao das seces no envolve a resistncia s

    tenses tangenciais, inclusive as devidas toro), tem-se

    01T

    T

    Rd

    Ed .

    Dimensionamento Plstico

    - Seces circulares

    ( )3

    fRR

    3

    2drrr2

    3

    fT

    yd3

    i

    3

    e

    R

    R

    yd

    Rdpl

    e

    i

    ==

    )(,

    - Seces rectangulares

    3

    ftA2T

    yd

    mRdpl )(, =

    RiRe

    r

    3

    fyd

    3fyd

    r

    th

    b

    Am

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    68

    Dimensionamento Elstico

    - Seces circulares

    =

    =

    3fRR

    R23f

    RIT yd4i

    4e

    e

    yd

    e

    pRdel )(,

    Observe-se que, para um dado valor deRe, quanto maior for o valor deRi(isto , menor

    o valor de t=(ReRi)), mais pequena a diferena entre os valores de Tel,Rde Tpl,Rd.

    - Seces rectangulares

    Como a tenso tangencial se admite uniforme na espessura em regime elstico, os valores

    das resistncias elstica e plstica so idnticos: (TRd

    )el=(T

    Rd)

    pl.

    3.3.4.1.1ESFORO TRANSVERSO (VEd) +MOMENTO TORSOR (TEd)

    Numa combinao VEd+TEd, a verificao da segurana toma a forma

    01V

    V

    RdTpl

    Ed ...

    onde Vpl.T.Rd o esforo transverso resistente (plstico) da seco reduzido pela presena das

    tenses tangenciais de toro (t,Edtenses elsticas). Nas seces tubulares, tem-se

    ==

    0M

    y

    Edt

    RdplRdTpl3f

    1VV

    )/(,

    ...

    3.3.4.1.2MOMENTOFLECTOR (MEd) +ESFOROTRANSVERSO (VEd) +MOMENTOTORSOR (TEd)

    Numa combinaoMEd+VEd+TEdem que o nvel de esforo transverso seja elevado em

    relao ao esforo transverso reduzido pelas tenses tangenciais de toro (VEd>0.5Vpl.T.Rd),

    o factor de reduo da tenso de cedncia do ao na rea de corte () +e dado por

    2

    RdTpl

    Ed 1V

    V2

    =

    ..

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    69

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    Estruturas Metlicas (de Ao)

    70

    Alternativamente, pode sempre recorrer-se ao critrio de von-Mises, que neste caso toma

    a forma

    01f3f

    2

    0My

    Ed

    2

    0My

    Ed

    .//

    +

    Como se trata de um critrio de resistncia elstica, a sua utilizao (i) rigorosa, nas

    seces de Classe 3 ou 4, e (ii) conservativa, nas seces de Classe 1 ou 2.

    EXEMPLO ILUSTRATIVO (SECO CIRCULAR)

    Determine o momento torsor resistente de dimensionamento (i) plstico e (ii)

    elstico de um perfil de seco CHS 12710 de ao S235, cujas geometria definida

    por (i) um dimetro exterior igual a 127.0mme uma espessura de 10.0mm.

    RESOLUO

    mm5632

    127Re .== mm55310563tRR ei .. ===

    ( ) ( ) Nmm102529013

    235553563

    3

    2

    3

    fRR

    3

    2T

    633yd3

    i

    3

    eRdpl =

    == ..

    ..,

    ( ) ( ) Nmm100727013

    235553563

    56323

    fRR

    R2T

    644yd4

    i

    4

    e

    e

    Rdel =

    == ..

    ...,

    EXEMPLO ILUSTRATIVO (SECO RECTANGULAR DE CLASSE 1)

    Verifique a resistncia da seco RHS 40020010 representada, de ao S235 e

    submetida aos esforosMy,Ed=220kNm, Vz,Ed=435kNe TEd=100kNm.

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    73/207

    Estruturas Metlicas (de Ao)

    71

    RESOLUO

    1) Esforo Transverso Resistente Vpl.T.Rd

    = 0My

    Edt

    RdzplRdTpl 3f1VV

    /)/(,

    ,,,,

    0M

    yzv

    Rdzpl3

    fAV

    = ,,,

    22

    zv mm7600210380mm37733400200

    40011600

    hb

    hAA ==

    +

    =

    +

    = .,

    kN21049013

    23537733V Rdzpl .

    .

    .,, =

    =

    26

    m

    EdEdt mmN567

    101903902

    Nmm10100

    tA2

    T/.

    )(

    )(, =

    ==

    kN6527013235

    567121049V RdTpl .

    ./)/(

    ..,, =

    = (reduo de cerca de 50%)

    2) Interaco entre VEdeMpl,y,Rd

    kN3263V50kN435V RdTplEdz .. ,,, =>= necessrio considerar a interaco

    3) Factor de Reduo da Tenso de Cedncia emAv,z

    424017526

    43521

    V

    V2 22

    RdTpl

    Ed ..,,

    =

    =

    =

    MPa613523542401f1 y .).()( ==

    alma

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    74/207

    Estruturas Metlicas (de Ao)

    72

    4) Verificao da Segurana

    01

    613549510190

    01

    235219510200M RdVy .

    .)(

    .)(,, +=

    kNm220MkNm2281M EdyRdVy =>= ,,, . A resistncia da seco est verificada

    BanzosWpl,y AlmasWpl,y

  • 8/10/2019 Apontamentos de Estruturas Metlicas

    75/207

    Estruturas Metlicas (de Ao)

    73

    3.4 RESISTNCIA A FENMENOS DE INSTABILIDADE (ENCURVADURA)GLOBAL

    Conforme se disse atrs, define-se Classe de uma Barra como a maior das classes das

    suas seces transversais.

    O EC3-1-1 trata separadamente a resistncia instabilidade de barras de classes

    1+2, 3 e 4.

    Os fenmenos de instabilidade global de uma barra que se consideram aqui so:

    (I) INSTABILIDADEPORFLEXO(varejamento), quando na barra actua um esforo normal

    de compresso COLUNAS

    L

    NEd

    Ed

    N

    No caso de as condies de apoio serem idnticas nos vrios planos de flexo

    possveis, a instabilidade ocorre por flexo em torno do eixo de menor inrcia.

    NOTA: para que possa ocorrer instabilidade por flexo (e no por flexo-toro),

    necessrio que a seco transversal da barra possua pelo menos um eixo de simetria.

    No caso de existir dupla simetria ou simetria em relao a um ponto (e.g., seco em

    Z), a coluna possui trs modos de instabilidade puros, todos desacoplados: (i) dois

    modos de instabilidade por flexo (em torno da maior e da menor inrcia) e (ii) um

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    74

    modo de instabilidade por toro na maior parte dos casos, a carga de bifurcao

    associada ao modo de instbilidade por toro bastante superior s duas restantes

    (uma excepo so as colunas com seco cruciforme, em que a carga de bifurcao

    por toro pode ser crtica). No caso de existir simetria simples (um eixo), a colunapossui (i) um modo de instabilidade por flexo (no plano de simetria) os dois

    restantes modos de instabilidade so por flexo-toro, na medida em combinam

    flexo (no plano perpendicular ao plano de simetria) e toro. Nesta disciplina

    no se abordam as instabilidades de colunas por toro ou por flexo-toro, as

    quais so tratadas sobretudo na Parte 1-3 do EC3 (perfis enformados a frio).

    (II) INSTABILIDADELATERALPORFLEXO-TORO(bambeamento), quando na barra

    existe flexo em torno do eixo de maior inrcia VIGAS

    O valor do momento para o qual ocorre instabilidade (momento crtico Mcr)

    depende (i) do diagrama de momentos flectores actuanteMy,Ede (ii) das condies

    de fronteira da barra (viga) fora do plano (flexo e/ou toro).

    NOTA: enquanto a instabilidade por flexo est associada a um comportamento plano,

    a instabilidade lateral envolve um comportamento espacial.

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    Como os critrios de VS de barras envolvem pelo menos um destes dois fenmenos

    de instabilidade, tratam-se inicialmente os casos de (i) barras submetidas a compresso

    pura (colunas) e (ii) barras submetidas a flexo pura em torno do eixo de maior inrcia(vigas). Em seguida, abordam-se os casos de barras submetidas simultaneamente a

    compresso e flexo em torno do eixo de maior inrcia (vigas-coluna ou colunas-viga).

    Para alm do conhecimento da combinao de esforos actuantes e das condies de

    apoio nas extremidades de uma barra, tambm necessrio conhecer as condies

    de travamento da barra (isto , qual a localizao das seces intermdias que no se

    podem deslocar/rodar livremente e qual a natureza da restrio), as quais permitem

    definir os comprimentos livres da barra ou dos troos de barra aqueles nos quais podem

    ocorrer os fenmenos de instabilidade global.

    Podem distinguir-se trs tipos de travamento numa barra:

    (I) INEXISTENTE. Todas as seces intermdias da barra se podem deslocar ou rodar

    livremente Llivre=L.

    (II) CONTNUO. Todas as seces intermdias esto impedidas de se deslocar ou rodar

    Llivre=0(no ocorrem fenmenos de instabilidade).

    (III) DISCRETO(ou PONTUAL). Existem uma ou mais seces intermdias impedidas

    de se deslocarem ou rodarem (os fenmenos de instabilidade podem ocorrer em

    troos de barra Llivre

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    3.4.1 INSTABILIDADE POR FLEXO (COLUNAS)

    A segurana da coluna est assegurada se se tiver

    01N

    N

    Rdb

    Ed .,

    ondeNb,Rd a resistncia da barra instabilidade por flexo, e dada por

    1M

    y

    Rdb

    AfN

    =, para colunas de Classes 1, 2, 3

    1M

    yeffRdb

    fAN

    =, para colunas de Classe 4

    onde

    (i) 011M .= (coeficiente parcial de segurana para ELU de encurvadura/instabilidade)

    (ii) 011

    22.

    +=

    (iii) ]).([. 220150 ++=

    (iv) a esbelteza normalizada de coluna, dada por

    cr

    y

    N

    Af= para colunas de Classes 1, 2, 3

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    cr

    yeff

    N

    fA= para colunas de Classe 4

    sendoNcro valor crtico do carregamento axial (carga crtica), sempre calculado

    com base nas propriedades da seco bruta (mesmo em barras de Classe 4).

    (v) um factor de imperfeio que est associado seleco de uma das cinco curvas

    de dimensionamento includas no EC3-1-1 (curvas a0, a, b, ce d, representadas

    na figura abaixo. O valor de obtido a partir da tabela 6.1 do EC3-1-1.

    Factores de imperfeio associados s curvas de dimensionamento

    Curva de Encurvadura a0 a b c d

    Factor de imperfeio 0.13 0.21 0.34 0.49 0.76

    Refira-se que:

    (v1) O factor de imperfeio aumenta da curva a0para a curva d.

    (v2) A escolha da curva de dimensionamento feita com base no Quadro 6.2 do

    EC3-1-1 e depende (i) da configurao da seco, (ii) do eixo em torno do

    qual ocorre a encurvadura, (iii) da classe do ao, (iv) do processo de

    fabrico e (v) de algumas relaes entre as dimenses da seco.

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    Pode dispensar-se a verificao da segurana em relao ao ELU associados encurvadura

    por flexo (apenas necessrio verificar a resistncia das seces) quando se tem

    120 = . (coluna muito compacta) ou 040N

    N

    cr

    Ed . (esforo axial diminuto)

    OBSERVAES

    (i) No caso de uma barra de seco constante e submetida a esforo axial uniforme, tem-se

    2

    cr

    2

    crL

    EIN

    =

    ondeLcr o comprimento de encurvadura, grandeza que contabiliza a influncia

    das condies de apoio da coluna no valor deNcr note-se que os comprimentos de

    encurvadura associados a cada plano de flexo podem ser diferentes.

    (ii) Barras de Classe 4. No caso de o plano de flexo da barra no ser um plano de simetria

    necessrio contabilizar o momento adicional devido excentricidade do esforo

    axial (MEd=NEdeN) i.e., a barra passa a ser uma viga-coluna.

    (iii) No caso de barras com seco varivel, a VS envolve obrigatoriamente a realizao

    de uma anlise de 2 ordem (contablizando a presena de imperfeies iniciais).

    (iv) A esbelteza normalizada de coluna pode ser expressa da forma alternativa

    1

    cr

    cr

    y 1

    i

    L

    N

    Af

    == para colunas de Classes 1, 2, 3

    1

    eff

    cr

    cr

    yeff A

    A

    i

    L

    N

    fA

    == para colunas de Classe 4

    onde

    A

    Ii= , 393

    f

    E

    y

    1 .== , )/( 2y mmNf235

    = , E=210GPa

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    (v) No caso da encurvadura de colunas por toro ou flexo-toro, a esbelteza normalizada

    de coluna dada por

    cr

    y

    T N

    Af

    = para colunas de Classes 1, 2, 3

    cr

    yeff

    TN

    fA= para colunas de Classe 4

    onde Tcrcr NN .= (instabilidadeportoro)e FTcrcr NN .= (instabilidade por flexo-

    toro) no se aborda aqui o clculo destes valores crticos do esforo axial. O

    EC3 estipula ainda que os valores de TouFTdevem ser obtidos a partir das

    curvas associadas flexo em torno do eixo de menor inrcia (eixoz)

    EXEMPLO ILUSTRATIVO

    Avaliar a resistncia encurvadura por flexo da coluna representada na figura abaixo, a

    qual (i) simplesmente apoiada e (ii) formada por um perfil HEA 140 de ao S235.

    5.0m

    EdN =200 kN

    t =8.5

    h=133

    z

    y

    (mm)

    f

    Perfil HEA 140 de Ao S235

    A=31.42 cm2

    Iy=1033 cm4 iy=5.73 cm

    Iz=389.3 cm4 iz= 3.52 cm

    RESOLUO

    Classificao da barra

    HEA 140

    seco de Classe 1 ( compresso) coluna de Classe 1

    Ao S235

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    Factor de ReduoyFlexo em Torno de y

    m05L ycr ., = kN4856105000

    10103310210

    L

    EIN

    3

    2

    432

    2

    ycr

    y

    2

    ycr .,

    , =

    ==

    ).(..

    ,

    209290856

    10235104231

    N

    fA 32

    ycr

    y

    y >=

    =

    =

    Procedimento alternativo

    fy=235 MPa =1 1=93.9

    ).(...,

    209290993

    1

    357

    50001

    i

    L

    1y

    ycr

    y >===

    21140

    133

    b

    h.

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    Caso 1:Resistncia encurvadura por flexo em torno de y, a qual relevante no

    caso de a coluna se encontrar contraventada segundoy(flexo em torno dez)

    kN4741001

    2351042316420AfN

    32

    1M

    yy

    yRdb =

    ==

    .

    ..,,

    ParaNEd

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    1M

    y

    yLTRdb

    fWM

    =,

    onde

    (i) 011M .= (ii) LT o factor de reduo para a instabilidade lateral

    (iii) Wy=Wpl,y para vigas de Classes 1, 2

    Wy=Wel,y para vigas de Classe 3

    Wy=Weff,y para vigas de Classe 4

    Relativamente determinao deLT, o EC3-1-1 preconiza dois procedimentos:

    (I) Procedimento 1 Caso geral, aplicvel a vigas com qualquer seco transversal.

    (II) Procedimento 2 Aplicvel apenas a vigas constitudas por perfis laminados a quente

    ou por perfis soldados equivalentes (isto , com seces transversais semelhantes

    s dos perfis laminados a quente). Este procedimento supostamente mais rigoroso

    e econmico (na realidade, pode no ser bem assim).

    Procedimento 1

    O factor de reduo para a instabilidade lateral dado por

    011

    2

    LT

    2

    LTLT

    LT .)(

    +

    =

    onde

    (i) ]0.2)([1. 2LTLTLT ++= 50LT

    (ii) LT a esbelteza normalizada de viga, dada por

    cr

    yy

    LTM

    fW

    = com

    (iii)Mcr o valor crtico do diagrama de momentos flectores actuante (momento crtico),

    associado ocorrncia de instabilidade lateral por flexo-toro da viga, sempre

    calculado com base nas propriedades da seco bruta (mesmo em barras de Classe 4).

    Wy=Wpl,y Classe 1, 2

    Wy=Wel,y Classe 3Wy=Weff,y Classe 4

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    (iv) LT um factor de imperfeio. So propostos quatro valores, os quais correspondem

    a quatro das cinco curvas de dimensionamento (estabilidade) de colunas, como mostra

    a Tabela 6.3 do EC3-1-1. A escolha da curva de dimensinamento feita na Tabela

    6.4 do EC3-1-1 e depende da geometria da seco e do processo de fabrico do perfil.

    Tal como sucedia nas colunas, pode dispensar-se a verificao da segurana em relao ao

    ELU associados encurvadura lateral (apenas necessrio verificar a resistncia das

    seces) quando se tem

    120 LTLT = . (viga muito compacta) ou 040M

    M

    cr

    Ed . (momento diminuto)

    NOTA1: A metodologia de dimensionamento de vigas adoptada pelo EC3-1-1 baseia-se nas

    curvas de dimensionamento de colunas. No caso das colunas, esta metodologia semi-

    emprica, pois as curvas correspondem soluo exacta de um modelo estrutural e so,

    posteriormente, calibradas por comparao com um grande nmero de resultados

    experimentais e/ou numricos). No caso das vigas, esta metodologia um pouco mais

    emprica, pois calibram-se as curvas desenvolvidas para colunas, as quais no correspondem

    exactamente soluo de um modelo estrutural (de viga), por comparao com resultados

    numricos e/ou experimentais relativos a vigas (em menor nmero que os de colunas). A grande

    vantagem reside no facto de se utilizarem as mesmas curvas para dimensionar colunas e vigas.

    NOTA2: Relativamente ao EC3 (ENV), existe agora uma escolha mais refinada da

    curva de dimensionamento (antes era a curvaapara perfis laminados e a curvacpara

    perfis soldados), o que reflecte a actividade de investigao neste domnio levado a cabo nos

    ltimos anos. De qualquer modo, a escolha da curva de dimensionamento ainda bem

    menos refinada que no caso das colunas.

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    Procedimento 2

    O factor de reduo para a instabilidade lateral dado por

    += )( 2LT2

    LTLT

    LT

    1

    onde

    (i) ])([1. 2LT,LTLT ++= 0LTLT 50

    (ii) Os valores dos parmetros 0LT, eso estipulados nos Anexos Nacionais dos

    vrios pases. Os valores recomendados (considerados nesta disciplina) so:

    )mximovalor(., 400LT =

    =0.75(valor mnimo)

    Diferenas em relao ao Procedimento 1:

    (i) A escolha do parmetro de imperfeio agora efectuada na tabela 6.5 do EC3-1-1.

    No caso dos perfis laminados, essa escolha agora mais conservativa, o que de

    algum modo atenua o efeito do valor mais alto de 0LT, (0.4em vez de 0.2).

    (ii) As condies para ser dispensvel efectuar a verificao da segurana em relao ao

    ELU associados encurvadura lateral (apenas necessrio verificar a resistncia

    das seces) passam a ser

    140 LTLT = . (como no EC3 (ENV)) e )aigual(. ,2

    0LT

    cr

    Ed 160M

    M

    (iii) A alterao das expresses que fornecem LT e LT assegura que existe continuidade

    para 0LTLT . = (eliminando o absurdo das curvas do EC3 (ENV)).

    1.02

    LT1 /

    0.2 0.4

    Curva b

    Curva a

    1

    LT

    LT

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    NOTA: A existncia dos dois procedimentos alternativos resulta de uma disputa entre as

    comunidades cientficas francfona (Frana + Blgica) e germnica (Alemanha + ustria), a

    qual levou mesmo a Blgica a votar contra a aprovao do EC3-1-1.

    Curva a

    Curva c

    0.2 0.4

    1

    LT

    LT

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    A tabela abaixo mostra uma comparao, para perfis dos tipos HEB e IPE, entre os

    valores deLTpreconizados pelo EC3(ENV) (PR0) e pelos Procedimento 1 (PR1) e

    Pr