apoio comunidades indígenas

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CONVÊNIO DNER/IME Projeto de Ampliação da Capacidade Rodoviária das Ligações com os Países do MERCOSUL BR-101 Florianópolis (SC) - Osório (RS) PROJETO BÁSICO AMBIENTAL – PBA PROGRAMA DE APOIO ÀS COMUNIDADES INDÍGENAS Julho/2001 COMANDO DO EXÉRCITO MINISTÉRIO DA DEFESA INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM DIRETORIA DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA

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CONVÊNIO DNER/IME

Projeto de Ampliação da Capacidade Rodoviária das Ligações com os Países do MERCOSUL

BR-101 Florianópolis (SC) - Osório (RS)

PROJETO BÁSICO AMBIENTAL – PBA

PROGRAMA DE APOIO ÀS COMUNIDADES INDÍGENAS

Julho/2001

COMANDO DO EXÉRCITOMINISTÉRIO DA DEFESA

INST I TUTO MIL I TAR DE ENGENHARIA

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTESDEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM

DIRETORIA DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

ÍNDICE

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1

2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 5

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA ELABORAÇÃO DO PROGRAMA .........................................................................................................

6

3.1. Projeto Preliminar .......................................................................................... 6

3.2. Trabalho de Campo ........................................................................................ 7

3.2.1. Gravação de Depoimentos e Reuniões .................................................... 7

3.2.2. Registro Escrito de Observações e Testemunhos Etnográficos ............. 7

3.2.3. Registro Fotográfico das locaLidades e Seus Habitantes ...................... 8

3.3. Pesquisa Documental ......................................................................................... 8

3.4. Pesquisa Bibliográfica ........................................................................................ 8

3.5. Análise dos Dados .............................................................................................. 8

3.6. Sistematização e Elaboração do Texto Final ..................................................... 9

4. ATIVIDADES/AÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

4.1. Contexto Contemporâneo das Comunidades Indígenas e a Sua Relação Com a BR-101 ............................................................................................................

10

4.1.1. Comunidades Indígenas de Santa Catarina .......................................... 10

4.1.2. Comunidades Indígenas do Rio Grande do Sul ..................................... 14

4.2. Medidas Imprescindíveis nas Fases Anterior, Concomitante e/ou Posterior à Execução das Obras ..........................................................................................

18

4.2.1. Medidas Específicas por Terra Indígenas .............................................. 18

4.3. Efetivação das Medidas Mitigadoras Gerais Propostas no EIA Complementar ...................................................................................................

28

5. ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL ....................................................................... 29

6. MONITORAMENTO ............................................................................................... 30

7. ORÇAMENTO E FONTE DE RECURSOS ............................................................ 31

7.1. TIs Inseridas no Trecho Considerado na LP 093/2001 .................................... 31

7.2. Medidas Gerais .................................................................................................. 40

7.3. Síntese dos Custos ............................................................................................. 41

8. CRONOGRAMA ...................................................................................................... 42

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E DOCUMENTAIS .................................... 44

10. ANEXOS ................................................................................................................... 45

Anexo I - Equipe Técnica Antropológica

Anexo II - Fotografias

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Anexo III - Ponderações Quanto a Algumas Medidas Mitigadoras Apontadas no Programa

Anexo IV - Mapas: a) Localização da TI Morro dos Cavalos em relação ao

Parque Estadual da Serra do Tabuleiro b) Planta da Delimitação Proposta para a Terra Indígena

de Morro dos Cavalos c) Planta da Delimitação da Área Indígena Varzinha d) Planta da Delimitação da Área Indígena Barra do Ouro

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1. INTRODUÇÃO

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1. INTRODUÇÃO

Atendendo à exigência do IBAMA para a emissão da Licença Prévia (LP) do Projeto de Duplicação da Rodovia BR-101, trecho Palhoça/SC – Osório/RS, foi desenvolvido um Estudo Complementar do Componente Indígena, o que permitiu identificar os impactos que incidirão sobre as comunidades indígenas situadas na área de influência deste empreendimento.

Esse Estudo Complementar intitulado “Estudo de Impacto: As populações indígenas e a duplicação da BR-101, trecho Palhoça/SC – Osório/RS” foi desenvolvido nos meses de setembro e outubro/2000 pela Equipe Técnica Antropológica constituída pela Antropóloga Maria Dorothea Post Darella, pelo Etno-historiador Ivori José Garlet e pela Antropóloga Valéria Soares de Assis. Posteriormente esta mesma Equipe Técnica desenvolveu o trabalho denominado “Programa Básico Sócioambiental: As Populações Indígenas e a duplicação da BR-101, trecho Palhoça/SC – Osório/RS”, finalizado em janeiro de 2001. Este último trabalho forneceu subsídios para a elaboração deste Programa, integra o documento Base de Dados do PBA, que está disponível no Convênio DNER/IME (no Rio de Janeiro) e na UGP/DNER (em Brasília).

Na área de influência do projeto considerado, verifica-se a presença de quatro etnias:os Xokleng, os Kaingang, os Xiripa e os Mbyá-Guarani, igualmente presentes na Região Sul do país. Estes dois últimos (somado a um terceiro, os Kaiová) compõem, no Brasil, o macro-grupo cultural Guarani.

No total foram levantadas oito localidades atualmente ocupadas, cinco em Santa Catarina e três no Rio Grande do Sul. O quadro a seguir mostra o número de pessoas presentes em cada localidade e suas vinculações étnicas, bem como a localização das áreas.

Além disso, em bairros dos municípios de São José, Palhoça e Florianópolis (SC) encontram-se grupos das etnias Xokleng, Guarani e Kaingang na situação categorizada por “índios urbanos”, totalizando 150 indivíduos organizados em 35 famílias.

Denominação da Área Localização Etnias População (nº de

indivíduos)

Cambirela Palhoça/SC Kaingang e Guarani 15

Praia de Fora Palhoça/SC Xiripa 07

Morro dos Cavalos Palhoça/SC Mbyá e Xiripa 103

Massiambu Palhoça/SC Mbyá e Xiripa 57

Teko’a Marangatu

(Cachoeira dos Inácios) Imaruí/SC Mbyá 68

Campo Bonito Torres/RS Mbyá 32

Barra do Ouro Maquiné, Santo Antônio da Patrulha

e Riozinho/RS Mbyá 83

Varzinha Caraá e Maquiné/RS Mbyá 46

Total de Pessoas: 411

Setembro - Outubro/ 2000

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Como é possível constatar no quadro anterior, a maior parte da população indígena alvo do estudo é da etnia Mbyá. Por esta razão o estudo deu-lhe maior atenção, detalhando aspectos culturais que, interrelacionados, permitem perceber o grau de impacto que o empreendimento acarretará sobre ela.

A sociedade Mbyá, carente de espaços adequados à sua manutenção sócio-cultural, desenvolveu uma série de estratégias para se manter um grupo étnico distinto e relativamente autônomo da sociedade nacional, embora em constante e intenso contato com a mesma, sendo a rodovia BR-101 uma dessas vias de contato.

A principal estratégia da etnia Mbyá-Guarani está em se organizar em diferentes núcleos populacionais num amplo espaço geográfico, e o trecho a ser afetado pela duplicação da rodovia corresponde a uma parte deste espaço. Nos vários núcleos, vivem comunidades organizadas, em grande parte, por uma família extensa, chefiada por uma ou duas lideranças (política e/ou religiosa).

Observa-se que a maioria das comunidades não possui uma regulamentação dos espaços que ocupam e essa situação tem contribuído para o agravamento das suas condições fundiárias. As comunidades vivem em constante tensão diante de diversos tipos de pressão que a sociedade envolvente exerce sobre elas. A duplicação da rodovia constitui mais um fator de pressão; desta forma, as solicitações feitas pelas comunidades no âmbito fundiário, e as ações e medidas apresentadas neste Programa de Apoio às Comunidades Indígenas, visam amenizar essa condição nas TIs de uma forma global, e equacionar a questão naquelas áreas que serão diretamente afetadas pelo empreendimento, como é o caso de Campo Bonito/RS e Morro dos Cavalos/SC.

Outra estratégia das comunidades Mbyá está no âmbito econômico e corresponde à comercialização de artesanato, praticada como alternativa principal, na impossibilidade de exercer plenamente a sua agricultura.

A BR-101 tem sido uma das principais vias para que as diferentes comunidades possam levar a sua produção aos centros de comercialização (nas capitais Florianópolis e Porto Alegre e nos principais municípios que são balneários e recebem um número significativo de turistas), bem como estabeleceram pontos ao longo desta rodovia para a comercialização direta aos viajantes e turistas que por ali transitam. O empreendimento de duplicação afetará significativamente esta atividade econômica em todas as comunidades próximas ao trecho e as medidas mitigadoras indicadas e detalhadas nos itens 4, 6 e 7 procuram minimizar este impacto.

A organização social dos Mbyá-Guarani com relação à sua rede de parentesco sobrepõe-se parcialmente à sua organização espacial. Assim, as diferentes comunidades distribuídas nas várias aldeias possuem alguma ligação de parentesco entre si. Essa rede se mantém tanto pelos novos casamentos entre indivíduos que vivem em comunidades distintas, quanto por meio das visitas realizadas de tempos em tempos aos parentes, por razões diversas. Atualmente, esta circulação de pessoas, que sustenta a organização social e a rede de parentesco, possui como uma das vias de trânsito, a rodovia a ser duplicada.

No caso específico das sociedades indígenas a serem atingidas, direta ou indiretamente pela duplicação da BR-101, o impacto sobre sua economia afetará igualmente sua rede de parentesco, sua permanência no local onde se encontra etc. O conjunto de medidas indicadas neste Programa visam mitigar e/ou amenizar tais impactos. Essas medidas, de um modo geral,

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correspondem a solicitações que já foram previamente negociadas tanto nas comunidades, como pelo próprio grupo indígena e suas lideranças, não só com a Equipe Antropológica, mas também com os Técnicos da FUNAI envolvidos no processo de estruturação deste Programa.

Na seqüência deste documento são apresentados: os objetivos; os procedimentos metodológicos para a elaboração do Programa; as atividades/ações para implantação do Programa; a articulação institucional; o monitoramento; o orçamento e fontes de recursos; o cronograma; as recomendações específicas; as referências bibliográficas e documentais e, por fim, os anexos.

No quadro a seguir estão organizadas as siglas utilizadas ao longo do texto:

Siglas Utilizadas

ABA Associação Brasileira de Antropologia

CASAN Companhia de Água e Saneamento

CELESC Centrais Elétricas de Santa Catarina

CEPI Conselho Estadual dos Povos Indígenas

CIMI-Sul Conselho Indigenista Missionário - Regional Sul

COMIN Conselho de Missão entre Índios

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

CTI Centro de Trabalho Indigenista

DAF Diretoria de Assuntos Fundiários (FUNAI)

DEID Departamento de Identificação e Delimitação (DAF/FUNAI)

DNER/IME Convênio Departamento Nacional de Estradas de Rodagem/Instituto Militar de Engenharia

EIA Estudo de Impacto Ambiental

EPAGRI Empresa de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural de Santa Catarina S.A.

FATMA Fundação do Meio Ambiente / SC

FUNAI Fundação Nacional do Índio

FUNASA Fundação Nacional da Saúde

GT Grupo Técnico ou Grupo de Trabalho

IPHAN Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

LAP Levantamento Antropológico Preliminar

LI Licença Instalação

LO Licença Operação

LP Licença Prévia

MPF Ministério Público Federal

NUER Núcleo de Estudos sobre Identidade e Relações Interétnicas

PBA Projeto Básico Ambiental

PUC-RS Pontifícia Universidade Católica – RS

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(continuação)

Siglas Utilizadas

PUC-SP Pontifícia Universidade Católica - SP

RIMA Relatório de Impacto do Meio Ambiente

RS Rio Grande do Sul

SC Santa Catarina

TI Terra Indígena

UCDB Universidade Católica Dom Bosco

UEM Universidade Estadual de Maringá

UFES Universidade Federal do Espírito Santo

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

UFSC Universidade Federal de Santa Catarina

UNISUL Universidade do Sul de Santa Catarina

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2. OBJETIVOS

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2. OBJETIVOS

O Programa de Apoio às Comunidades Indígenas tem como objetivo básico orientar a implementação de procedimentos que atendam às necessidades e solicitações das comunidades indígenas que sofrerão os impactos decorrentes do empreendimento de duplicação da BR-101.

Visa ainda atender aos procedimentos jurídico-administrativos, presentes na legislação ambiental definida pelo CONAMA, no que se refere à obtenção da Licença de Instalação (LI) do empreendimento.

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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA ELABORAÇÃO DO PROGRAMA

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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA ELABORAÇÃO DO PROGRAMA

O desenvolvimento deste Programa de Apoio às Comunidades Indígenas, se deu a partir do trabalho intitulado “Programa Básico Socioambiental: As Populações Indígenas e a duplicação da BR-101, trecho Palhoça/SC - Osório/RS”, já mencionado, tendo por base ainda as discussões com os técnicos da FUNAI em diversas reuniões e os termos do documento Minuta da Proposta da FUNAI para as Medidas do Programa de Apoio das Comunidades Indígenas nas Obras de Duplicação da BR-101. Subsídios ao Convênio FUNAI – DNER”, encaminhado pela FUNAI ao DNER em junho/2001. (arquivado na Base de Dados do PBA).

A FUNAI, após a análise do Estudo Complementar, realizou reuniões com as comunidades indígenas afetadas direta ou indiretamente pelo empreendimento e, além de tratar os assuntos próprios da obra nos aspectos que interferem com os índios, levantou suas expectativas quanto a medidas mitigadoras. Em seguida os técnicos da FUNAI compararam as sugestões/solicitações obtidas nessas reuniões, com as propostas contidas no relatório “Programa Básico Sócioambiental”, o que resultou no documento enviado ao DNER para subsidiar o futuro convênio.

Ressalta-se que o Estudo Complementar foi desenvolvido para atender à exigência estabelecida pelo IBAMA em agosto/2000, como parte do processo de concessão da Licença Prévia do Projeto de Duplicação da BR-101, após a análise do EIA entregue pelo DNER ao Departamento de Registro e Licenciamento daquele órgão em dezembro de 1999.

Também no mês de dezembro/99 e, portanto, antes da solicitação dos estudos complementares, representantes do DNER discutiram com técnicos da FUNAI lotados no DEPIMA, em Brasília, e nas Administrações Regionais (AER) de Curitiba/PR e de Passo Fundo/RS, as medidas que poderiam ser implementadas como parte do Programa de Apoio às Comunidades Indígenas. Naquela ocasião, as AERs da FUNAI encaminharam ao Convênio DNER/IME suas propostas e recomendações de medidas/ações para o atendimento às comunidades então consideradas. Esses documentos estão incluídos na Base de Dados do PBA.

Na formulação das propostas do Programa Básico Sócioambiental Equipe Antropológica utilizou os mesmos dados e procedimentos metodológicos dos Estudos Complementares, compreendendo: projeto preliminar, seguido de trabalho de campo articulado com pesquisa documental e bibliográfica. Posteriormente procedeu-se a uma análise dos dados de diferentes fontes, a sistematização dos mesmos e composição conclusiva do estudo em forma de texto, tabelas, genealogias, fotos e mapas. O detalhamento desta metodologia está explicitado a seguir.

3.1. Projeto Preliminar

O primeiro procedimento para efetivar o estudo antropológico que fundamentou o desenvolvimento dos Estudos Complementares, consistiu na proposição de um projeto preliminar indicando as atividades a serem executadas e seu cronograma, de modo a se obter uma análise adequada das várias realidades e dos possíveis impactos do empreendimento sobre

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as populações indígenas que se encontram no referido trecho. O cronograma proposto considerou a realização do trabalho em 02 meses e 10 dias, avaliado como o tempo mínimo para sua execução. Entretanto, os trâmites burocráticos adiaram o início da pesquisa, obrigando a uma redefinição dos prazos e das atividades propostas, tendo a conclusão da primeira fase do trabalho se concretizado em 03/11/2000, totalizando 01 mês e 20 dias.

3.2. Trabalho de Campo

No trabalho de campo a Equipe Antropológica esteve em todas as comunidades indígenas indicadas neste Programa. Esteve igualmente nos locais desocupados, bem como observou o trecho em questão na eventualidade de encontrar novas ocupações.

No período entre a entrega do relatório dos Estudos Complementares e a finalização do Programa Básico Sócioambiental, a equipe retornou a algumas aldeias para: entregar e expor o relatório Fase I (Estudos Complementares), mostrar e entregar fotografias, efetivar e participar de reuniões para esclarecer questões e obter novos posicionamentos, além de aprofundar dados quanto às medidas mitigadoras.

Na pesquisa de campo com as populações indígenas afetadas pelo referido empreendimento utilizaram-se as técnicas de coleta de dados indicadas a seguir:

3.2.1. Gravação de Depoimentos e Reuniões

Registro em fitas cassete de depoimentos de lideranças e de pessoas de significativa importância para seu grupo social. Os depoimentos e discursos referenciaram aspectos territoriais, econômicos, sociais, políticos e de relação interétnica, permitindo a compreensão sobre sua forma de organização social, sua cultura no âmbito geral e a relação destas pessoas com a BR-101. Nas reuniões promovidas especificamente para se debater a correlação entre litoral, território tradicional, duplicação da BR-101 e os impactos decorrentes deste empreendimento, também foram registrados depoimentos das lideranças das comunidades.

Também se solicitaram informações às lideranças Guarani na aldeia de Mbiguaçu (Biguaçu/SC) sobre as ocupações pretéritas no litoral centro-sul catarinense.

A equipe analisou ainda gravações e depoimentos realizados em anos anteriores em várias aldeias da região, oportunizando reforçar a história de ocupação atual e pretérita.

3.2.2. Registro Escrito de Observações e Testemunhos Etnográficos

Outra importante técnica nos estudos etnográficos consiste em descrever aquilo que não é dito pelas pessoas das comunidades, mas que é observado pelo antropólogo, permitindo desta forma uma análise mais completa. Assim, nos momentos em que a equipe esteve em cada comunidade foram registradas observações sobre as relações sociais e de parentesco, a economia do grupo, o ambiente natural, a sua organização espacial, as relações com indivíduos e instituições da sociedade envolvente e a maneira como a BR-101 influencia no seu cotidiano.

Registraram-se igualmente testemunhos de outras pessoas da comunidade, especialmente mulheres e pessoas que falam somente a língua nativa, ou seja, o Guarani. Nestas anotações

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priorizou-se registrar os aspectos relacionados à sua organização social. Por esta técnica foram coletados os dados referentes à genealogia e parentesco.

3.2.3. Registro Fotográfico das Localidades e Seus Habitantes

Concomitantemente às formas de coleta de dados já descritas, efetuou-se o registro fotográfico do ambiente e de pessoas de todas as comunidades pesquisadas, a fim de complementar e ilustrar com dados visuais os aspectos levantados e descritos anteriormente. O uso desta técnica também possibilitou demonstrar visualmente como a rodovia encontra-se próxima de muitas das comunidades indígenas (tanto de áreas ocupadas como daquelas desocupadas).

3.3. Pesquisa Documental

A pesquisa documental consistiu no levantamento, análise e sistematização de documentos relativos à legislação indígena, ambiental e de laudos e textos semelhantes relacionados a impactos socioambientais com populações indígenas.

3.4. Pesquisa Bibliográfica

Na pesquisa bibliográfica buscou-se levantar, analisar, articular e sistematizar informações históricas e antropológicas a respeito das etnias indígenas alvo do estudo. Estes dados foram importantes para compreender e aprofundar as análises dos dados etnográficos obtidos na pesquisa de campo, num exercício de contínuo entrelaçamento e enriquecimento.

A pesquisa bibliográfica visou ainda obter informações de teoria antropológica atualizada a respeito de análises de laudos, perícias e estudos antropológicos de populações indígenas afetadas por grandes empreendimentos de caráter desenvolvimentista, o que contribuiu para balizar os conceitos e análises utilizados na elaboração dos Estudos Complementares.

Os dados obtidos acerca da história da construção da BR-101 e sua relação com as populações indígenas foram importantes para a compreensão e avaliação da presença indígena nessa região nos tempos antes da implantação do leito original da rodovia, durante sua construção e após sua operação até a atualidade, dimensionando sua intervenção no cotidiano destas populações. Isto contribuiu para a análise e formulação de hipóteses consistentes quanto aos impactos de sua duplicação sobre tais populações.

3.5. Análise dos Dados

A análise compreendeu a confrontação dos dados etnográficos de diferentes naturezas entre si. Por exemplo, confrontaram-se os dados de natureza econômica coletados através das diferentes técnicas – gravação, fotografia, observação, seguindo-se a sua sistematização. Procedeu-se da mesma maneira com os outros dados. A seguir efetuou-se a comparação dos dados etnográficos com os dados históricos e antropológicos, obtidos nas fontes bibliográficas.

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3.6. Sistematização e Elaboração do Texto Final

A sistematização dos dados após a análise consistiu na sua organização em textos, mapas, imagens, tabelas/quadros, genealogias e croquis, de modo a contemplar o Termo de Referência do DEPIMA/FUNAI, enviado pela FUNAI ao IBAMA para orientar a solicitação dos Estudos Complementares. O texto final desse Estudo possui nove capítulos, além dos anexos. Cada capítulo apresenta os dados descritivos em forma de texto, os numéricos organizados em tabelas/quadros e os de imagem em mapas, croquis e fotografias. Nos anexos foram incluídos os dados de natureza complementar que auxiliam no entendimento do Estudo, mas que não são essenciais para sua compreensão, quais sejam: os depoimentos de diversos índios (as transcrições das fitas cassete em sua íntegra, com exceção daquelas relativas às reuniões), artigos jornalísticos da imprensa escrita de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, atas das reuniões realizadas em aldeias de ambos os estados, o Termo de Referência, entre outras informações.

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4. ATIVIDADES/AÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

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4. ATIVIDADES/AÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

4.1. Contexto Contemporâneo das Comunidades Indígenas e a sua Relação com a BR-101

Foram identificadas uma série de características das comunidades indígenas próximas à BR-101 que indicam como o projeto de sua duplicação poderá interferir na rotina das mesmas. A seguir estão apresentados, sinteticamente, elementos que explicitam os diferentes níveis de impacto sobre cada comunidade.

As proposições deste Programa evidenciam a indicação de um conjunto de medidas mitigadoras para aquelas comunidades que serão diretamente afetadas pelo empreendimento, e um outro conjunto de ações direcionadas para o atendimento às outras comunidades indígena, que estarão sujeitas aos efeitos indiretos da duplicação da rodovia.

4.1.1. Comunidades Indígenas de Santa Catarina

A Licença Prévia do empreendimento, expedida pelo IBAMA em 25/04/2001 (LP nº 093/2001), excluiu todo o lote 22/SC, o qual compreende as terras indígenas situadas no Município de Palhoça: Cambirela, Praia de Fora, Morro dos Cavalos e Massiambu (itens 4.1.1.1 a 4.1.1.4. a seguir).

Essa exclusão ocorreu em função de aspetos jurídicos levantados pelo Ministério Público Federal/SC, referentes ao uso e ocupação do subsolo em terras indígenas, que ainda dependem de Legislação Complementar para sua regulamentação.

No momento, as Consultorias Jurídicas dos Ministérios da Justiça, do Meio Ambiente e dos Transportes, as Procuradorias Jurídicas da FUNAI, do IBAMA e do DNER, estão analisando essa questão e preparando um parecer para consubstanciar um posicionamento final da Advocacia Geral da União (AGU).

O DNER para fins de orçamento do PBA, etapa para obtenção da Licença de Instalação (LI), assumiu no desenvolvimento deste Programa de Apoio às Comunidades Indígenas, a alternativa de traçado indicada no EIA para a transposição do Morro dos Cavalos, qual seja, a construção de um túnel sob a área indígena. Por esse motivo é apresentada na seqüência também à descrição das TIs situadas no lote 22/SC.

4.1.1.1. Cambirela – Município de Palhoça

A comunidade de Cambirela, está localizada ao lado da rodovia BR-101, em uma propriedade privada. Vivem atualmente ali duas famílias nucleares, somando 15 pessoas. O espaço é exíguo, ocupado pelas casas, roças, taquaral, árvores frutíferas, caminhos, pequena criação de aves. A família de Etelvina Fontoura e Benedito Aparecido de Souza vive da comercialização de sucata, realização de serviços eventuais, pequena roça e comercialização de artesanato, efetuada prioritariamente às margens da rodovia, pois são turistas e viajantes os maiores

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compradores de cestaria e colares de sementes. A família de Dalvanir Fátima Marcelino e Jair de Lima têm sua renda doméstica baseada em serviços temporários e roças de pequena monta.

O projeto de duplicação está previsto para o lado oposto da localização das moradias, sendo a principal apreensão desta comunidade a regularização da área na qual vive. Há igualmente preocupação com o período de construção do empreendimento, quando o movimento de caminhões e trabalhadores aumentará sobremaneira, tendo em vista inclusive a construção de nova ponte sobre o rio Cachoeira do Cambirela, localizado no lado norte da diminuta área.

Os elementos solicitados pelas famílias diante dos impactos anteriormente indicados e do empreendimento em questão, correspondem à construção de casas de madeira, com instalação elétrica, hidráulica e de saneamento.

4.1.1.2. Praia de Fora – Município de Palhoça

Nessa localidade vive a família de Rosalina Moreira, nascida em Morro dos Cavalos e sua moradora até dezembro de 1994; seus pais, índios Guarani, são ocupantes de Morro dos Cavalos desde a década de 30.

O lote e a casa onde moram pertencem à Prefeitura Municipal de Palhoça, tendo sido cedidos temporariamente. Atualmente vivem na área sete pessoas, e o sustento da família advém dos salários que recebem. Os moradores cuidam de pequena plantação de ervas medicinais e hortaliças, encontrando-se bananeiras em seu quintal. No momento não produz cestaria para comercialização.

O anseio dessa família diante do histórico e do empreendimento consiste na construção de uma casa de alvenaria, com instalação elétrica, hidráulica e de saneamento.

4.1.1.3. Morro dos Cavalos - Município de Palhoça

A aldeia de Morro dos Cavalos situa-se ao lado da BR-101, no interior do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, criado em 1975, posteriormente à ocupação Guarani (Anexo V, mapa a). No litoral de SC essa localidade consiste há décadas na referência mais marcante para as demais aldeias Guarani existentes entre o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul, inclusive para aquelas situadas no interior dos estados e as do Paraguai, Argentina (Misiones) e Uruguai. Esta área foi habitada por inúmeras famílias Guarani no período anterior, durante e posterior à construção do leito original da rodovia, em diversas localizações à sua direita e à sua esquerda.

O relatório de identificação da FUNAI datado de 1995 dimensionou essa TI com 121,8 hectares (Anexo V, mapa b), tamanho questionado e refutado pela comunidade, em cinco oportunidades distintas, à Presidência e ao Departamento de Identificação e Delimitação da FUNAI, durante o ano de 2000, nas quais solicitou a ampliação da área, em perfeita coadunação ao artigo 231 da Constituição Federal.

O quadro populacional referente a Morro dos Cavalos em outubro de 2000, indicou a existência de 21 famílias nucleares com relação de parentesco com famílias residentes em Massiambu, Teko'a Marangatu, Praia de Fora, Mbiguaçu, em SC, e Barra do Ouro, Varzinha, Cacique Doble, no RS; Teko'a Tarumã, Pindoty (Araquari/SC), Aguapeú (Mongaguá/SP), aldeias situadas em Misiones (Argentina), entre outras. Os moradoree de Morro dos Cavalos somam 103 pessoas, sendo as lideranças Darci Lino Gimenes, Artur Benite

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e Manuel da Silva Werá, integrante do Conselho Estadual dos Povos Indígenas/SC. Esta aldeia, juntamente com a de Massiambu e Teko'a Marangatu possui uma ONG denominada Associação Indígena Mbyá-Guarani, declarada de Utilidade Pública Municipal em 18/08/99.

O espaço ocupado é irregular, com acentuada declividade e exíguo para todas as atividades que envolvem a economia da comunidade. Nele encontram-se as casas, a casa cerimonial, roças, frutíferas, plantas medicinais, escola, construções para posto de saúde, local de reuniões e casa da cultura, caminhos, estrada, criação de aves, casa de venda de artesanato.. A vegetação da maior parte da área configura remanescente de Mata Atlântica ainda bem preservada. As famílias obtêm seu sustento de diversas fontes citando-se, entre outros: comercialização de artesanato (cestaria, bichos esculpidos em madeira, arcos e flechas, colares, pulseiras etc.), realização de serviços eventuais, pequenas roças, pesca artesanal, coleta, salários, aposentadorias, cestas básicas distribuídas assistematicamente pela FUNAI e doações vindas de instituições ou de particulares.

A escola de ensino fundamental, denominada Itaty e sob responsabilidade da Secretaria de Estado da Educação e do Desporto - Núcleo de Educação Indígena, oferece educação bilíngüe (Guarani e Português) desde sua criação em 1996. A merenda escolar provém da Prefeitura Municipal de Palhoça e a FUNAI/AER Curitiba, havendo ainda efetivo acompanhamento educacional. Em outubro contava com 20 alunos.

A FUNASA, por meio de convênio com a Associação dos Ex-Rondonistas, realiza atendimento à saúde nessa aldeia.

A relação com os regionais e a sociedade envolvente é intensa, o que está estreitamente vinculado com a proximidade da BR-101, a existência da casa de venda de artesanato, além da pequena distância dos centros urbanos de Palhoça, São José e Florianópolis. Há atividades de variadas entidades leigas ou religiosas, órgãos governamentais ou não-governamentais, o que inclui trabalhos, visitações, ofertas, solicitações diversas. Os índios, por sua vez, são solicitados a participar de diferentes eventos; participam de reuniões, integram comissões, são chamados a ensinar a confecção de cestaria em escolas1, assim como alguns vendem artesanato nos centros urbanos, esta uma atividade masculina até a alguns anos é, atualmente essencialmente feminina.

A comunidade está vivamente preocupada com o projeto de duplicação da BR-101 há no mínimo três anos, especialmente pelas incertezas quanto aos mananciais e abastecimento de água para a comunidade; pelo desconhecimento dos rumos da obra; pela necessidade de articulação das questões envolvendo seu pleito para a ampliação da TI, da implantação do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e a duplicação da BR-101; dos prazos referentes ao processo de licenciamento etc. As lideranças têm organizado discussões internas a respeito desses temas, têm participado e convocado reuniões para debate e tentativas de definição com as outras aldeias e com setores da sociedade envolvente.

Tendo em vista que esta comunidade estará sendo diretamente afetada pela construção do túnel, oportunamente serão detalhadas as medidas mitigadoras que deverão ser implementadas para o seu adequado atendimento.

1 A Escola Autonomia (Florianópolis/SC), por exemplo, possui um trabalho efetivo há alguns anos com a comunidade.

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Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

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4.1.1.4. Massiambu – Município de Palhoça

A aldeia de Massiambu, com 4,5 hectares, localiza-se na Baixada do Massiambu, no entorno do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. O processo de regularização fundiária encontra-se em análise no DEID/DAF, da FUNAI de Brasília, com encaminhamento previsto ao setor jurídico do órgão. Entretanto, os índios requerem a ampliação da terra, o que já foi declarado em cartas à Presidência da FUNAI em 2000.

O histórico de ocupação Mbyá nesta área, data de janeiro de 1994, quando a família extensa de Augusto da Silva e Maria Guimarães adentrou na área a partir de Terra Fraca, igualmente localizada em Palhoça. A área foi seqüestrada judicialmente em 1993, e o Fórum de Palhoça, com o aval da Prefeitura Municipal, destinou a propriedade para finalidade de ocupação indígena, sendo a FUNAI sua depositária fiel desde dezembro daquele ano.

Augusto da Silva e Maria Guimarães permaneceram em Massiambu até abril de 2000; a partir de 1999 a configuração social e política desta aldeia modificaram-se substancialmente em função, principalmente, da formação da nova área de Teko'a Marangatu (Município de Imaruí/SC) e da chegada de famílias da aldeia Limeira, provenientes da TI Xapecó.. O quadro populacional em outubro de 2000 perfazia 57 pessoas, organizadas em 9 famílias e alguns indivíduos solteiros, sendo as lideranças: Luiz Mariano - cacique, Afonso Jerônimo da Silva - vice-cacique e Adão Antunes - professor (irmão de João Antunes, professor da escola de Morro dos Cavalos).

No que se refere à economia do grupo ali aldeado, observa-se que as famílias obtêm seu sustento de diversas fontes: a comercialização de artesanato (cestaria, bichos esculpidos em madeira, arcos e flechas, colares, pulseiras etc.), que é realizada na casa de artesanato de Morro dos Cavalos ou nos centros urbanos mais próximos; a realização de serviços eventuais; pequenas roças; pesca artesanal; coleta; salários; cestas básicas distribuídas assistematicamente pela FUNAI e doações de instituições ou de particulares.

A escola fundamental, denominada Ka'akupe, está sob a responsabilidade da Secretaria de Estado da Educação e do Desporto - Núcleo de Educação Indígena, oferecendo educação bilíngüe (Guarani e Português) desde a sua criação em 1995. A merenda escolar provém da Prefeitura Municipal de Palhoça e a FUNAI - AER Curitiba realiza acompanhamento educacional, e em outubro/2000 contava com 14 alunos.

A FUNASA, através de convênio com a Associação dos Ex-Rondonistas, realiza o atendimento à saúde nessa aldeia. Essa instituição também solucionou o problema anteriormente existente relacionado à captação de água com a construção de um reservatório para usufruto exclusivo das famílias ali residentes que, entretanto, está localizado fora da área. A distribuição da água se efetiva via uma caixa de água instalada nas proximidades das casas que abastece os "pontos" de água domésticos e de uso coletivo (banheiros, tanques) através de canalização.

A relação com os moradores regionais e com a sociedade envolvente é intensa, o que está estreitamente relacionado com a proximidade dos centros urbanos da microrregião de Florianópolis, assim como ocorre nas outras aldeias da região.

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Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

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No Estudo Complementar foi destacada a existência de duas torres de alta tensão nos limites da área, e recomendado que seus efeitos sejam devidamente investigados.

4.1.1.5. Teko'a Marangatu (Cachoeira dos Inácios) – Município de Imaruí

A TI Cachoeira dos Inácios, denominada pelos Mbyá de Teko'a Marangatu (“aldeia bem-aventurada”), é resultado de medida mitigadora implementada por ocasião da implantação do Gasoduto Bolívia-Brasil (GASBOL), tendo essa área sido indicada por Grupo Técnico instituído em 1999. A TI possui a área aproximada de 78 hectares, e está em processo de demarcação física.

A composição dessa aldeia, na qual viviam 68 pessoas (15 famílias) em outubro de 2000, resulta da organização social e política procedente da liderança do casal Augusto da Silva e Maria Guimarães, que permaneceram em Massiambu até abril, mudando-se então para o novo lugar juntamente com alguns filhos casados. A partir dessa época famílias de parentes provenientes de outras aldeias passaram a morar na aldeia, somando-se às já residentes desde final de 1999 e início de 2000.

As famílias estão vivendo das roças, pesca artesanal, confecção e venda de artesanato, coleta, pequena criação de aves e doações, incluindo as cestas básicas distribuídas pela FUNAI. Poucas destas famílias possuem algum membro que receba salário e algumas contam com aposentadorias.

A FUNASA, pelo convênio com a Associação dos Ex-Rondonistas, faz o atendimento à saúde nessa aldeia. Está prevista a construção de um posto de saúde na aldeia em 2001. O abastecimento de água se dá no rio Cachoeira dos Inácios.

4.1.2. Comunidades Indígenas do Rio Grande do Sul

4.1.2.1. Campo Bonito – Município de Torres

A comunidade de Campo Bonito encontra-se localizada na faixa de domínio da BR-101, na margem direita rodovia, sentido Palhoça/SC – Osório/RS. Vivem atualmente ali 32 pessoas. O exíguo espaço, limita sobremaneira as possibilidades de atividades econômicas da comunidade. Assim, a sua economia concentra-se em grande parte na produção e comercialização de artesanato. Esta comercialização se dá prioritariamente às margens da rodovia, pois são turistas e viajantes os maiores compradores. Pela comercialização do artesanato, a comunidade viabiliza a aquisição de alimentos e utensílios, fundamentais para sua manutenção.

A comunidade é atendida, especialmente durante o inverno, por uma série de entidades e instituições, sendo este atendimento principalmente convertido em alimentos, vestimentas e medicamentos.

A principal apreensão desta comunidade quanto ao empreendimento está no fato de perceber que esta obra incidirá sobre seu atual local de moradia e, portanto, esperam que lhes seja oferecida uma outra área para moradia definitiva, que possua características ambientais e geográficas adequadas às suas práticas culturais.

A comunidade avalia também que esta mudança em suas vidas implicará a quebra de uma série de relações com a sociedade envolvente, em especial com entidades e instituições que as

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Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

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atendem no inverno, período em que a agricultura não lhes fornece recursos alimentícios suficientes. Soma-se a isto o entendimento que as obras na rodovia contribuirão para dificultar a comercialização de artesanato, o que afetará sua economia.

As solicitações desse grupo indígena consistem na implantação de pomar, casas, casa de artesanato, além da aquisição de uma área para estabelecerem suas moradias e os demais itens listados na tabela do item 7 deste Programa.

4.1.2.2. Barra do Ouro – Municípios de Maquiné, Riozinho e Santo Antônio da Patrulha

A comunidade Mbyá-Guarani de Barra do Ouro encontra-se a aproximadamente 9 km da BR-101. Esta distância pode dar uma falsa impressão de que não há interferência da BR sobre esta comunidade. Entretanto, a relação que a comunidade mantém com esta rodovia influencia fortemente sua economia e organização social.

A TI Barra do Ouro está com seu processo de regularização fundiária em fase de finalização. A terra é de posse permanente dos índios, homologada pelo Presidente da República, e já foi realizada a demarcação física. O último passo restante é o seu registro na Secretaria Serviço de Patrimônio da União (SPU).

O ambiente da área é bastante florestado, com espécies nativas exploradas pela comunidade como a erva-mate e o pinhão. Há bons recursos hídricos, próprios para o consumo humano, embora com pouca possibilidade para a atividade de pesca. O solo é propício à agricultura nativa, entretanto a altitude, a umidade e o clima frio, limitam as possibilidades desta atividade.

A população de Barra do Ouro possui uma economia diversificada, baseada em atividades que são articuladas e complementares para que a comunidade possa viver adequadamente. Em pequena escala, exercem atividades de pesca, caça e coleta, que não chegam a ser significativas para a economia do grupo. A extração sazonal de erva-mate e pinhão já chegou a ser importante, mas por significativa diminuição de compradores da sociedade nacional destes produtos, estas atividades estão em declínio.

A agricultura também não possui a importância econômica que poderia ter, em razão do clima desfavorável. A região é muito fria (inclusive nas noites de verão), inviabilizando totalmente qualquer tipo de plantio nos períodos frios do ano, os quais vão além do inverno. A população obtém recursos alimentícios no inverno pelas cestas básicas entregues pela FUNAI, com a prestação de serviços a terceiros e com a produção e comercialização de artesanato

Desta forma, a atividade agrícola de pouca expressividade, somada às outras atividades descritas, contribui para que nesta comunidade, a produção de artesanato também seja a atividade econômica de maior importância. A produção é comercializada tanto nas cidades litorâneas próximas, quanto em Porto Alegre, e a BR-101 constitui-se em uma via de acesso a estes centros urbanos, utilizada de forma sistemática. Concomitantemente, em períodos sazonais – no verão, a comunidade constrói acampamentos na faixa de domínio da rodovia para comercializar seus produtos artesanais.

Na TI Barra do Ouro encontram-se atualmente 71 pessoas. Sua organização social é constituída por quatro famílias extensas, tendo Avelino Gimenez como a liderança política da comunidade. As pessoas do local possuem relações de parentesco com pessoas que vivem em outras comunidades. Por exemplo, Avelino Gimenez é irmão Darci Gimenez, liderança política

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Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

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que vive em Morro dos Cavalos (SC). Essas relações de parentesco são um dos fatores que levam as pessoas dessas comunidades a circularem entre estes locais, com a finalidade de visitá-los e atualizar as informações sobre sua família extensa.

Portanto, o trânsito de índios Mbyá pela rodovia é freqüente, pois a mesma constitui uma das principais vias para se promover tais visitas.

Assim, as solicitações feitas pela comunidade quanto à infra-estrutura (compreendendo a construção de casas, de uma casa comunitária – galpão, instalação de rede elétrica, saneamento básico e melhoria das condições da estrada de acesso à TI) devem ser entendidas como uma alternativa para que haja melhores condições de vida no local e que se evite, desta forma, que as pessoas necessitem sair com a freqüência habitual, tanto para ajudar, quanto para receber ajuda de seus parentes nos aspectos econômicos e sociais.

As medidas mitigadoras de caráter econômico (instalação de pomar, aquisição de animais domésticos, construção de um açude e de casa de artesanato na margem da rodovia), visam minimizar o impacto que o empreendimento provocará na economia da comunidade. O investimento na aldeia nos aspectos relacionados à agricultura e criação de animais refletirá na diminuição da necessidade de comercializar artesanato para manter a comunidade.

4.1.2.3. Varzinha – Municípios de Caraá e Maquiné

A situação fundiária da TI Varzinha apresenta-se em processo de regularização. Essa terra indígena encontra-se atualmente sob posse permanente dos índios, declarada pelo Ministro da Justiça, faltando ainda sua demarcação e homologação. No local vivem atualmente 46 pessoas constituindo duas famílias extensas. A liderança política e religiosa é Mário Acosta, mais conhecido como Perumi.

Esta TI possui seus limites próximos aos da TI Barra do Ouro. O ambiente é igualmente bastante florestado, com um número significativo de cursos d’água apropriados para o consumo humano. Entretanto, diferentemente de Barra do Ouro, o solo deste local é bastante inadequado para a agricultura e a comunidade vem se ressentindo, ano após ano, com os fracassos nas tentativas de promover sua agricultura com espécies nativas da etnia.

A economia é semelhante à já descrita para outras comunidades. A especificidade está na exploração sazonal de folhas de samambaia extraídas na mata e destinadas à comercialização em floriculturas. As poucas possibilidades agrícolas, por um lado, e a boa oferta de matéria-prima para a produção de artesanato, por outro, são alguns dos fatores para que a sua comercialização seja a principal atividade econômica desta comunidade.

Apesar de estar relativamente afastada da rodovia (mas não mais que a TI Barra do Ouro), o principal acesso ao local é pela BR-101. A relação da comunidade com a rodovia é a mesma já descrita para a de Barra do Ouro. Desta forma, a principal relação se dá no âmbito econômico, através do seu significado na comercialização do artesanato. Como já descrito para outras comunidades, os moradores da Varzinha também fazem acampamentos sazonais nas margens da BR-101 para comercializarem seu artesanato a turistas e viajantes.

Igualmente, as solicitações feitas pela comunidade no âmbito da infra-estrutura (construção de casas, de casa comunitária – galpão, instalação de luz elétrica e de saneamento básico) constituem medidas para que esta comunidade possa ter elementos no seu ambiente de moradia

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Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

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que diminuam a sua necessidade de circular na região com a freqüência atual, tanto no período de implantação do empreendimento quanto após o término da obra.

As solicitações no âmbito econômico (melhoria das condições do solo para a agricultura, instalação de pomar, instalação de estruturas para criação de animais, aquisição de animais domésticos e construção de casa de artesanato na margem da rodovia) minimizarão o impacto do empreendimento na economia deste grupo, que se dará especialmente na atividade de comercialização do artesanato. A comunidade poderá revitalizar sua agricultura, dependendo menos do artesanato. Após o término das obras, a comunidade espera poder recuperar a atividade de comercialização de artesanato com a presença de uma casa de artesanato – obedecendo aos critérios arquitetônicos da etnia – às margens da BR e próximo ao acesso de entrada da TI.

Verificou-se que para a implantação do novo traçado, um dos projetos para o Lote 03/RS, apresenta uma obra-de-arte que consiste no viaduto da interseção norte com a atual BR-101 (Espraiado)2. Esta obra-de-arte incidirá nas proximidades (a menos de 1 km) do local de acesso a TI Varzinha. Esta proximidade requer que se efetuem as seguintes medidas:

a) Garantia de manutenção de acesso adequado às famílias que residem no local. O acesso deverá estar livre de maquinários, materiais de obra e de acampamentos de trabalhadores da obra;

b) Os trabalhadores da obra deverão ser orientados para um comportamento adequado e para um possível relacionamento com a população indígena, podendo-se adotar para tal a realização de palestras e a distribuição de cartilhas para os trabalhadores, conforme indicado no item “4.3. Medidas Gerais”.

c) Colocação de placa de sinalização na via de acesso à TI, informando a proibição de entrada de pessoas estranhas e demais dados de acordo com art. 231, § 2 da Constituição Federal.

1. 2 Confira detalhamento no Estudo de Impacto: As populações indígenas e a duplicação da BR-101, trecho Palhoça/SC – Osório/RS, páginas 188 e 189.

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4.2. Medidas e Ações Propostas

4.2.1. Medidas Específicas por Terra Indígena

4.2.1.a) TIs inseridas no trecho considerado na LP 093/2001

Área Indígena e Situação Frente ao Empreendimento

Atividades e Subatividades Esclarecimentos Adicionais e/ou

Especificações Forma de Execução Observações / Recomendações

1- Disponibilização de área para assentar permanentemente essa comunidade.

- Indenização do proprietário Convênio entre DNER e FUNAI

1.a- Formação de GT p/ FUNAI - Verba p/ passagens diárias, combustível e materiais diversos

1.b- Transferência da comunidade e seus pertences p/ nova área

2- Disponibilização de área para Casa de Artesanato

- hum hectare junto à rodovia, p/ imóvel de 50 m²

Convênio entre DNER e FUNAI O GT definirá a localização da área p/ a Casa de Artesanato.

1. Campo Bonito (Torres/RS)

Impacto direto

3- Construção de estruturas arquitetônicas

3.a- 12 casas - casas de 66,7 m²

Convênio entre DNER e FUNAI

3.b- 01 casa comunitária c/ 03 quartos

- casa comunitária de 120 m²

3.c- 01 galpão - galpão de 150 m² 3.d- 01 escola - área de 114 m² 3.e- 01 posto médico - área de 66,7 m² 3.f- 01 Casa de Artesanato - prédio com 208,67 m²

- paisagismo

Os prédios serão de alvenaria ou de madeira, conforme seja decidido

pelas comunidades.

Os projetos de arquitetura serão elaborados pelo especialista da

FUNAI, após visita técnica à área.

Os custos finais serão definidos após a visita técnica e a elaboração

dos projetos arquitetônicos.

4- Implantação de pomar .

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(continuação)

Área Indígena e Situação Frente ao Empreendimento

Atividades e Subatividades Esclarecimentos Adicionais e/ou

Especificações Forma de Execução Observações / Recomendações

4.a- aquisição de mudas - mudas discriminadas no item 7 Mudas adquiridas c/ recursos financeiros do Convênio

DNER/FUNAI

4.b- apoio técnico para o transplante de mudas e desenvolvimento de projetos de agricultura sustentável

- Projetos de agricultura sustentável enfocando: Melhoria geral das condições do solo; Insumos; e Adensamento de quintais

Projetos a cargo da FUNAI com apoio/parceria com RS-Rural e

EMATER

5- Instalação de apiário

5.a- desenvolvimento de projeto específico

5.b- apoio técnico para instalação e operação do apiário

- O apiário será projetado considerando no mínimo: a) relação padrão da flora e tamanho da área, p/ definir número de colméias; b) relação produção e consumo/ família; c) possibilidades de comercialização; d) treinamentos sistemáticos p/ instalação e viabilização das atividades no ciclo anual

Para esta atividade a FUNAI buscará o apoio técnico/parceria

com RS-Rural e EMATER.

O trabalho com apiários não é próprio da cultura Guarani, por

isso a implementação da atividade requer apoio técnico e orientações

específicas.

2. Varzinha

(Caraá e Maquiné/RS)

Impacto indireto

1- Construção de estruturas arquitetônicas

1.a- 12 casas - casas de 66,7 m²

Convênio entre DNER e FUNAI

1.b- 01 casa comunitária c/ 03 quartos

- casa comunitária de 120 m²

1.c- 01 Casa de Artesanato - prédio c/ 208,67 m²

- paisagismo

Os prédios serão de alvenaria ou de madeira, conforme seja decidido

pelas comunidades.

Os projetos de arquitetura serão elaborados pelo especialista da

FUNAI, após visita técnica à área.

Os custos finais serão definidos após a visita técnica e a elaboração

dos projetos arquitetônicos.

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(continuação)

Área Indígena e Situação Frente ao Empreendimento

Atividades e Subatividades Esclarecimentos Adicionais e/ou

Especificações Forma de Execução Observações / Recomendações

2- Disponibilização de área para Casa de Artesanato

- 0,5 ha junto à rodovia, p/ imóvel de 300 m²

Convênio entre DNER e FUNAI O GT definirá a localização da área p/ a Casa de Artesanato

3- Implantação e aquisição de benfeitorias

3.a- curral c/mourões de concreto, e cercado c/ arame

- curral de 30 m²

3.b- potreiro - potreiro c/10 hectares

3.c- 02 juntas de bois

3.d- 01 carroção

3.e- 01 arado de ferro

Convênio DNER / FUNAI

3.f- 06 vacas leiteiras

3.g- 01 touro

4- Implantação de pomar

4.a- aquisição de mudas - mudas discriminadas no item 7 Mudas adquiridas c/ recursos financeiros do Convênio

DNER/FUNAI.

4.b- apoio técnico para o transplante de mudas e desenvolvimento de projetos de agricultura sustentável

- Projetos de agricultura sustentável enfocando: Melhoria geral das condições do solo; Insumos; e Adensamento de quintais

Projetos a cargo da FUNAI com apoio/parceria com RS-Rural e

EMATER.

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(continuação)

Área Indígena e Situação Frente ao Empreendimento

Atividades e Subatividades Esclarecimentos Adicionais e/ou

Especificações Forma de Execução Observações / Recomendações

1- Construção de estruturas arquitetônicas

1.a- 25 casas - casas de 66,7 m²

1.b- 01 casa comunitária c/ 03 quartos

- casa comunitária de 120 m²

1.c- 01 Casa de Artesanato - prédio c/ cerca de 208,67 m²

- paisagismo

1.d- 01 posto médico - galpão c/ 66,7 m²

1.e- 03 galpões c/ tela p/ aviário - cada galpão c/ 32 m²

1.f- 02 tanques p/ peixes - área de 150 m² (10x15)

Convênio entre DNER e FUNAI Os prédios serão de alvenaria ou de madeira, conforme seja decidido

pelas comunidades.

Os projetos de arquitetura serão elaborados pelo especialista da

FUNAI, após visita técnica à área.

Os custos finais serão definidos após a visita técnica e a elaboração

dos projetos arquitetônicos.

3. Barra do Ouro

(Maquiné, S. Antônio da Patrulha e Riozinho/RS)

Impacto indireto

2- Disponibilização de área para Casa de Artesanato, junto à rodovia

- 0,5 hectares junto à rodovia para imóvel de 300 m²

Convênio entre DNER e FUNAI O GT definirá a localização da área p/ a Casa de Artesanato

3- Melhoria da estrada de acesso à TI

- trecho c/ extensão de 09 km

3.a- Manutenção periódica - período de obras

Convênio entre DNER e FUNAI

4- Implantação e aquisição de benfeitorias

4.a- curral c/mourões de concreto, e cercado c/ arame

- curral de 40 m²

4.b- potreiro - potreiro c/10 hectares

4.c- 05 cavalos

Convênio DNER / FUNAI

4.d- 02 éguas

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Área Indígena e Situação Frente ao Empreendimento

Atividades e Subatividades Esclarecimentos Adicionais e/ou

Especificações Forma de Execução Observações / Recomendações

4.e- 01 carroça

4.f- 20 vacas leiteiras

4.g- 01 touro

4.h- alevinos - número de alevinos a ser definido em projeto

5- Implantação de pomar .

5.a- aquisição de mudas - mudas discriminadas no item 7 Mudas adquiridas c/ recursos financeiros do Convênio

DNER/FUNAI.

5.b- apoio técnico para o transplante de mudas e desenvolvimento de projetos de agricultura sustentável

- Projetos de agricultura sustentável enfocando: Melhoria geral das condições do solo; Insumos; e Adensamento de quintais

Projetos a cargo da FUNAI com apoio/parceria com RS-Rural e

EMATER

1- Construção de estruturas arquitetônicas

1.a- 20 casas - casas de 48 m²

1.b- 02 galpões c/ tela p/ aviário - cada galpão c/ 32 m²

Convênio entre DNER e FUNAI 4. Teko’a Marangatu – Cachoeira dos Inácios

(Imaruí/SC)

Impacto indireto

1.c- 03 açudes p/ peixes - área a ser definida

Os prédios serão de alvenaria ou de madeira, conforme seja decidido

pelas comunidades.

Os projetos de arquitetura serão elaborados pelo especialista da

FUNAI, após visita técnica à área.

Os custos finais serão definidos após a visita técnica e a elaboração

dos projetos arquitetônicos.

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(continuação)

Área Indígena e Situação Frente ao Empreendimento

Atividades e Subatividades Esclarecimentos Adicionais e/ou

Especificações Forma de Execução Observações / Recomendações

2- Implantação e aquisição de benfeitorias

2.a- alevinos - número de alevinos de acordo com as dimensões dos açudes

2.b- 02 juntas de bois

Convênio entre DNER e FUNAI

2.c- 02 vacas leiteiras

O GT definirá a localização da área p/ a Casa de Artesanato

2.d- 01 curral - curral de 40 m2

3- Aquisição de veículo tracionado (trator 65HP)

- deve contar c/ carreta, roçadeira, arado, rotativa e colhedeira

Convênio DNER e FUNAI – aquisição do equipamento.

A FUNAI buscará apoio aos órgãos regionais de extensão rural e desenvolvimento agrícola p/

capacitação dos condutores e p/ a manutenção do trator.

Igualmente ficará a cargo da FUNAI o pagamento de taxas e

despesas, o que poderá ser feito por meio de termos de compromisso c/

instituições diversas.

4- Implantação de pomar

4.a- aquisição de mudas - mudas discriminadas no item 7 Mudas adquiridas c/ recursos financeiros do Convênio

DNER/FUNAI.

4.b- apoio técnico para o transplante de mudas e desenvolvimento de projetos de agricultura sustentável

- Projetos de agricultura sustentável enfocando: Melhoria geral das condições do solo; Insumos; e Adensamento de quintais

Projetos a cargo da FUNAI com apoio/parceria com o Centro de

Ciências Agrárias da UFSC e c/a EPAGRI.

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Área Indígena e Situação Frente ao Empreendimento

Atividades e Subatividades Esclarecimentos Adicionais e/ou

Especificações Forma de Execução Observações / Recomendações

6- Instalação de apiário

6.a- desenvolvimento de projeto específico

- O apiário será projetado considerando no mínimo: a) relação padrão da flora e tamanho da área, p/ definir número de colméias; b) relação produção e consumo/ família; c) possibilidades de comercialização; d) treinamentos sistemáticos p/ instalação e viabilização das atividades no ciclo anual

Para esta atividade a FUNAI buscará o apoio técnico/parceria

com o Centro de Ciências Agrária da UFSC e c/a EPAGRI.

O trabalho com apiários não é próprio da cultura Guarani, por

isso a implementação da atividade requer apoio técnico e orientações

específicas.

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SC

– Osório/

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Prog

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Page 33: Apoio Comunidades Indígenas

25

4.2.1.b) TIs situadas no Município de Palhoça (lote 22/S – Excluído na LP 093/01)

NOTA: Muito embora estas TIs estejam localizadas no lote 22/SC, excluído na LP 093, de 25/04/2001, o DNER optou por incluir as propostas de ações relativas à elas visando o orçamento global do Programa, enquanto aguarda o parecer final dos aspectos jurídicos ora em análise.

Área Indígena e Situação Frente ao Empreendimento

Atividades e Subatividades Esclarecimentos Adicionais e/ou

Especificações Forma de Execução Observações / Recomendações

1- Regularização fundiária da TI Morro dos Cavalos, após a delimitação pela FUNAI (300 ha)

- Indenização do proprietário 5. Morro dos Cavalos (Palhoça/SC)

Impacto direto 1.a- Formação de GT p/ FUNAI - Verba p/ passagens diárias,

combustível e material de consumo

Convênio entre DNER e FUNAI A localização e as dimensões da nova área serão definidas mediante

discussão c/ a comunidade.

2- Disponibilização de área para Casa de Artesanato, se for o caso

- junto à rodovia; prédio c/ cerca de 50 m²

Convênio entre DNER e FUNAI O GT definirá a localização da área

p/ a Casa de Artesanato

3- Construção de estruturas arquitetônicas, na nova área

3.a- 21 casas - casas de 66,7 m²

3.b- 01 galpão c/ tela p/ aviário - galpão de 32 m²

3.c- 01 escola - área de 114 m²

Convênio entre DNER e FUNAI

3.d- 01 posto médico - área de 66,7 m2

- paisagismo

Os prédios serão de alvenaria ou de madeira, conforme seja decidido

pelas comunidades.

Os projetos de arquitetura serão elaborados pelo especialista da

FUNAI, após visita técnica à área.

Os custos finais serão definidos após a visita técnica e a elaboração

dos projetos arquitetônicos.

3.f- 02 Casas de Artesanato - prédios com 208, 67 m2

- paisagismo

4- Implantação de pomar, na nova área

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Page 34: Apoio Comunidades Indígenas

26

(continuação)

Área Indígena e Situação Frente ao Empreendimento

Atividades e Subatividades Esclarecimentos Adicionais e/ou

Especificações Forma de Execução Observações / Recomendações

4.a- aquisição de mudas - a quantidade de mudas discriminadas no item 7 poderá ser alterada em função das características da área identificcada pelo GT

Mudas adquiridas c/ recursos financeiros do Convênio

DNER/FUNAI.

4.b- apoio técnico para o transplante de mudas e desenvolvimento de projetos de agricultura sustentável

- Projetos de agricultura sustentável enfocando: Melhoria geral das condições do solo; Insumos; e Adensamento de quintais

Projetos a cargo da FUNAI com apoio/parceria com RS-Rural e

EMATER.

5- Instalação de apiário

5.a- desenvolvimento de projeto específico

- O apiário será projetado considerando no mínimo: a) relação padrão da flora e tamanho da área, p/ definir número de colméias; b) relação produção e consumo/ família; c) possibilidades de comercialização; d) treinamentos sistemáticos p/ instalação e viabilização das atividades no ciclo anual

Para esta atividade a FUNAI buscará o apoio técnico/parceria

com RS-Rural e EMATER.

O trabalho com apiários não é próprio da cultura Guarani, por

isso a implementação da atividade requer apoio técnico e orientações

específicas.

5.b- apoio técnico para instalação de apiário

Du

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Page 35: Apoio Comunidades Indígenas

27

Área Indígena e Situação Frente ao Empreendimento

Atividades e Subatividades Esclarecimentos Adicionais e/ou

Especificações Forma de Execução Observações / Recomendações

6. Cambirela (Palhoça/SC)

Impacto indireto

1- Implantação de infra-estrutura produtiva (hortifrutigranjeiros)

Convênio entre DNER e FUNAI

7. Praia de Fora (Palhoça/SC)

Impacto indireto

1- Implantação de infra-estrutura produtiva (hortifrutigranjeiros)

Convênio entre DNER e FUNAI

8. Massiambu (Palhoça/SC)

Impacto indireto

1- Implantação de infra-estrutura produtiva (hortifrutigranjeiros)

Convênio entre DNER e FUNAI

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Page 36: Apoio Comunidades Indígenas

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

28

4.3. Medidas Gerais

a) Elaboração de cartilha que apresente conteúdo básico de informações antropológicas dos grupos étnicos afetados, direcionadas aos profissionais que estarão trabalhando nas obras e que servirão de orientação para adoção de procedimentos e comportamentos adequados a serem seguidos em eventual contato e relacionamento com os grupos indígenas presentes ao longo da rodovia. Isso envolve o constante no Estatuto do Índio (Lei nº 6.001/73) que no seu artigo 58 proíbe: escarnecer de cerimônia, rito, uso, costume ou tradição cultural indígena, vilipendiar ou perturbar a sua prática - § 1 -; utilizar o índio como objeto de propaganda turística ou de exibição para fins lucrativos - § 2 -; vender, fornecer ou disseminar bebidas alcoólicas aos índios - § 3.

b) Realização de palestras e encontros com todos os profissionais que trabalharão na duplicação, objetivando explicitação e debate dos conteúdos abordados na cartilha.

c) Respeito aos limites e entorno das áreas indígenas quanto ao trânsito, estacionamento de máquinas e veículos.

d) Construção de canteiros de obras e acampamentos a uma certa distância das terras indígenas, sugerindo-se, sempre que possível, um mínimo de 4 km. Esta medida se faz necessária tendo em vista a preocupação das lideranças quanto à segurança de suas mulheres, filhas e netas, entre outras. Casos excepcionais deverão ser discutidos e redefinidos entre o empreendedor, a empresa contratada para a realização das obras, a FUNAI e as respectivas comunidades. Nestas situações é importante que se estabeleça um acompanhamento antropológico a fim de evitar problemas entre a comunidade indígena e as pessoas envolvidas com as obras.

e) Instalação de placas de sinalização, nos dois sentidos da rodovia, nas proximidades das áreas indígenas (a exemplo do que atualmente existe no Morro dos Cavalos e Mbiguaçu) e das casas de artesanato.

f) Instalação de placas indicativas das áreas indígenas, nas quais deverá constar a proibição da entrada de pessoas estranhas, com a indicação de que cabe aos índios “o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes” (CF, art. 231, § 2).

Page 37: Apoio Comunidades Indígenas

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

5. ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL

Page 38: Apoio Comunidades Indígenas

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

29

5. ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL

A implementação deste Programa se efetivará essencialmente por meio de um convênio entre o DNER e a FUNAI, sendo as responsabilidades divididas de acordo com os termos estabelecidos no referido convênio, tendo por base as indicações deste Programa de Apoio às Comunidades Indígenas. O convênio deverá ser firmado obedecendo à legislação em vigor e observando as indicações do documento preliminar elaborado pela FUNAI, o qual integra a Base de Dados do PBA.

Durante todo o processo, desde o início do estabelecimento do convênio, durante a realização do que dispõe este Programa e posteriormente para sua avaliação conclusiva, serão necessárias reuniões periódicas entre as instituições responsáveis.

Caberá à FUNAI analisar e coordenar as ações e medidas propostas neste Programa, assim como estabelecer as parcerias necessárias à execução das diversas ações . No item 7 deste Programa estão indicadas uma série de parcerias com diferentes entidades e instituições, de modo a contemplar as ações a serem efetivadas nos diferentes âmbitos da vida das comunidades indígenas a serem afetadas, direta ou indiretamente, pelas obras de duplicação da BR-101.

No âmbito das atividades econômicas, sugere-se parcerias, no Rio Grande do Sul, com o Governo do Estado, mais especificamente com a Secretaria da Agricultura. Através do Programa RS - Rural, esta secretaria dispõe de recursos humanos e projetos especializados no tratamento com comunidades indígenas. Em Santa Catarina, sugere-se a parceria com o Centro de Ciências Agrárias da UFSC (Fazenda Ressacada) e com a EPAGRI.

Quanto à construção de casas e lojas de artesanato, reco menda-se o envolvimento de arquitetos da própria FUNAI, que vêm desenvolvendo estudos de arquitetura compatibilizados com os hábitos das comunidades. Estes profissionais possuem conhecimento específico das sociedades indígenas, inclusive as do sul do Brasil, e podem elaborar projetos arquitetônicos adequados à cultura destas populações.

Page 39: Apoio Comunidades Indígenas

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

6. MONITORAMENTO

Page 40: Apoio Comunidades Indígenas

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

30

6. MONITORAMENTO

Com o objetivo de analisar e fiscalizar a implementação das ações e propostas indicadas no Programa de Apoio às Comunidades Indígenas, o Convênio DNER/FUNAI deverá viabilizar a criação e manutenção de uma equipe fiscalizadora. Esta equipe deverá ser formada antes do início dos trabalhos das obras, devendo acompanhar e fiscalizar tudo o que se refere às comunidades indígenas por um período que deve corresponder ao do cronograma de execução deste Programa e estender-se até um ano após a conclusão do empreendimento em cada trecho específico.

A FUNAI indicará profissionais de seu quadro funcional, de Brasília e das administrações Regionais de Curitiba, Palhoça e Passo Fundo. O DNER, por sua vez, contará com a participação da equipe da Empresa Gestora de todos os Programas Ambientais, que gerenciará tanto a efetiva execução das atividades acordadas como o acompanhamento da liberação dos recursos financeiros para a FUNAI e respectiva prestação de contas.

Page 41: Apoio Comunidades Indígenas

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

7. ORÇAMENTO E FONTE DE RECURSOS

Page 42: Apoio Comunidades Indígenas

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

31

7. ORÇAMENTO E FONTE DE RECURSOS

São apresentados neste item os quadros que relacionam as atividades e medidas propostas aos custos estimados, aos responsáveis pela execução da tarefa, além dos possíveis parceiros.

7.1. TIs Inseridas no Trecho Considerado na LP 093/2001

Campo Bonito (Torres/RS)

ATIVIDADES E SUBATIVIDADES

DESCRIÇÃO DETALHAMENTO CUSTO ESTIMADO

RESPONSÁVEL E PARCEIROS

1- Disponibilização de área para assentar permanentemente essa comunidade (150 ha ).

- Indenização do proprietário FUNAI/DNER

1.a- Formação de GT p/ FUNAI

- Verba p/ passagens diárias, combustível e materiais diversos

R$ 200.000,00

R$ 35.000,00

1.b- Transferência da comunidade e seus pertences p/ nova área

R$ 1.500,00

TOTAL PARCIAL R$ 236.500,00

2- Disponibilização de área para Casa de Artesanato

0,5 hectare junto à rodovia, p/ imóvel de 300 m² e área de estacionamento

R$ 2.000,00 FUNAI/DNER

3- Construção de estruturas arquitetônicas

FUNAI/DNER

3.a- 12 casas - casas de 66,7 m² (madeira/alvenaria)

R$ 239.760,00

3.b- 01 casa comunitária c/ 03 quartos

- casa comunitária de 120 m² (madeira/alvenaria)

R$ 36.000,00

3.c- 01 galpão - galpão de 150 m² R$ 30.000,00

3.d- 01 escola - área de 114 m² R$ 34.200,00

3.e- 01 posto médico - área de 66,7 m² R$ 26.640,00

3.f- 01 Casa de Artesanato - prédio com 208,67 m²

- paisagismo

R$ 83.600,00

R$ 17.000,00

TOTAL PARCIAL R$ 467.200,00

4- Implantação de pomar

4.a- aquisição de mudas - 50 mudas de laranjeiras

- 50 mudas de bergamoteiras

- 30 mudas de pereiras

- 200 mudas de bananeiras

- 20 mudas de guabiju

- 20 mudas de guavirova

- 10 mudas de goiabeiras

- 20 mudas de jabuticabeiras

- 10 mudas de caquizeiros

- 10 mudas de abacateiros

R$ 200,00

R$ 200,00

R$ 120,00

R$ 800,00

R$ 80,00

R$ 80,00

R$ 40,00

R$ 80,00

R$ 40,00

R$ 40,00

FUNAI/RS-RURAL/EMATER

Page 43: Apoio Comunidades Indígenas

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

32

(continuação)

ATIVIDADES E SUBATIVIDADES

DESCRIÇÃO DETALHAMENTO CUSTO ESTIMADO

RESPONSÁVEL E PARCEIROS

- 10 mudas de pessegueiros R$ 40,00

TOTAL PARCIAL R$ 1.720,00

4.b- apoio técnico para o transplante de mudas e desenvolvimento de projetos de agricultura sustentável

- Projetos de agricultura sustentável enfocando: Melhoria geral das condições do solo; Insumos; e Adensamento de quintais

R$ 3.200,00

TOTAL PARCIAL R$ 4.920,00

5- Instalação de apiário

5.a- desenvolvimento de projeto específico

5.b- apoio técnico para instalação e operação do apiário

- Compra e instalação de apiário:

• 10 caixas completas

• 01 fumigador

• 01 roupa de proteção (macacão c/ máscara e luva)

• 10 enxames

R$ 600,00

R$ 50,00

R$ 100,00

R$ 500,00

R$ 3.200

FUNAI/RS-RURAL/

EMATER

TOTAL PARCIAL R$ 4.450,00

TOTAL PARCIAL CAMPO BONITO R$ 715.070,00

Varzinha (Caraá e Maquiné/RS)

ATIVIDADES E SUBATIVIDADES

DESCRIÇÃO DETALHAMENTO CUSTO ESTIMADO

RESPONSÁVEL E PARCEIROS

1- Construção de estruturas arquitetônicas

1.a- 12 casas - casas de 66,7 m² R$ 239.760,00

1.b- 01 casa comunitária c/ 03 quartos

- casa comunitária de 120 m² (madeira/alvenaria)

R$ 36.000,00

FUNAI/DNER

1.c- 01 Casa de Artesanato - prédio c/ 208,67 m²

- paisagismo

R$ 83.600,00

R$ 17.000,00

TOTAL PARCIAL R$ 376.360,00

2- Disponibilização de área para Casa de Artesanato

- 0,5 hectares junto à rodovia p/imóvel de 300 m²

R$ 2.000,00 DNER/FUNAI

3- Implantação e aquisição de benfeitorias

3.a- curral c/mourões de concreto, e cercado c/ arame

- curral de 30m2 R$ 300,00

3.b- potreiro

3.c- 02 juntas de bois

- potreiro c/ 10 hectares R$ 952,00

FUNAI/RS-RURAL/

EMATER

Page 44: Apoio Comunidades Indígenas

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

33

(continuação)

ATIVIDADES E SUBATIVIDADES

DESCRIÇÃO DETALHAMENTO CUSTO ESTIMADO

RESPONSÁVEL E PARCEIROS

3.d- 01 carroção R$ 500,00

3.e- 01 arado de ferro R$ 157,00

3.f- 06 vacas leiteiras R$ 2.866,00

3.g- 01 touro R$ 1.387,00

TOTAL PARCIAL R$ 6.162,00

4- Implantação de pomar

4.a- aquisição de mudas

- 150 mudas de laranjeiras

- 150 mudas de bergamoteiras

- 150 mudas de pereiras

- 300 mudas de bananeiras

- 120 mudas de guabiju

- 120 mudas de guavirova

- 110 mudas de goiabeiras

- 100 mudas de jabuticabeiras

- 100 mudas de caquizeiros

- 50 mudas de abacateiros

- 50 mudas de pessegueiros

R$ 600,00

R$ 600,00

R$ 600,00

R$ 1.200,00

R$ 480,00

R$ 480,00

R$ 440,00

R$ 400,00

R$ 400,00

R$ 200,00

R$ 200,00

FUNAI/RS-RURAL/

EMATER

Total Parcial R$ 5.600,00

4.b- apoio técnico para o transplante de mudas e desenvolvimento de projetos de agricultura sustentável

- Projetos de agricultura sustentável enfocando: Melhoria geral das condições do solo; Insumos; e Adensamento de quintais

R$ 3.200,00

TOTAL PARCIAL R$ 8.800,00

TOTAL PARCIAL VARZINHA R$ 393.322,00

Page 45: Apoio Comunidades Indígenas

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

34

Barra do Ouro (Maquiné, S. Antônio da Patrulha e Riozinho/RS)

ATIVIDADES E SUBATIVIDADES

DESCRIÇÃO DETALHAMENTO CUSTO ESTIMADO

RESPONSÁVEL E PARCEIROS

1- Construção de estruturas arquitetônicas

1.a- 25 casas - casas de 66,7 m² (madeira/alvenaria)

R$ 499.500,00

1.b- 01 casa comunitária c/ 03 quartos

- casa comunitária de 120 m² (madeira/alvenaria)

R$ 36.000,00

1.c- 01 Casa de Artesanato - prédio 208,67 m²

- paisagismo

R$ 83.600,00

R$ 17.000,00

FUNAI/DNER

1.d- 01 posto médico - área de 66,7 m² R$ 26.640,00

1.e- 03 galpões c/ tela p/ aviário

- cada galpão c/ 32 m² (alvenaria/madeira)

R$ 20.000,00

1.f- 02 tanques p/ peixes - área de 150 m2 (10x15) R$ 1.200,00

TOTAL PARCIAL R$ 683.940,00

2- Disponibilização de área para Casa de Artesanato, junto à rodovia

- 0,5 hectares junto à rodovia p/ imóvel de 300 m2 R$ 2.000,00

DNER/FUNAI

3- Melhoria da estrada de acesso à TI

- trecho c/ extensão de 09 km R$ 50.000,00

3.a- Manutenção periódica - período de obras R$ 15.000,00

DNER/FUNAI

4- Implantação e aquisição de benfeitorias

4.a- curral c/mourões de concreto, e cercado c/ arame

- curral de 40 m² R$ 400,00

4.b- potreiro - potreiro c/10 hectares

4.c- 05 cavalos R$ 2.160,00

FUNAI/RS-RURAL/

EMATER

4.d- 02 éguas R$ 855,00

4.e- 01 carroça R$ 500,00

4.f- 20 vacas leiteiras R$ 9.554,00

4.g- 01 touro R$ 1.387,00

4.h- alevinos - número de alevinos a ser definido em projeto

R$ 2.000,00

TOTAL PARCIAL R$ 16.856,00

5- Implantação de pomar

5.a- aquisição de mudas - 150 mudas de laranjeiras

- 150 mudas de bergamoteiras

- 150 mudas de pereiras

- 120 mudas de guabiju

- 110 mudas de goiabeiras

- 100 mudas de jabuticabeiras

- 100 mudas de caquizeiros

- 50 mudas de abacateiros

- 50 mudas de pessegueiros

R$ 600,00

R$ 600,00

R$ 600,00

R$ 480,00

R$ 440,00

R$ 400,00

R$ 400,00

R$ 200,00

R$ 200,00

FUNAI/RS-RURAL/

EMATER

Total Parcial R$ 3.920,00

Page 46: Apoio Comunidades Indígenas

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

35

(continuação)

ATIVIDADES E SUBATIVIDADES

DESCRIÇÃO DETALHAMENTO CUSTO ESTIMADO

RESPONSÁVEL E PARCEIROS

5.b- apoio técnico para o transplante de mudas e desenvolvimento de projetos de agricultura sustentável

- Projetos de agricultura sustentável enfocando: Melhoria geral das condições do solo; Insumos; e Adensamento de quintais

R$ 3.200,00

TOTAL PARCIAL R$ 7.120,00

TOTAL PARCIAL BARRA DO OURO R$ 774.916,00

Teko’a Marangatu – Cachoeira dos Inácios (Imaruí/SC)

ATIVIDADES E SUBATIVIDADES

DESCRIÇÃO DETALHAMENTO CUSTO ESTIMADO

RESPONSÁVEL E PARCEIROS

1- Construção de estruturas arquitetônicas

FUNAI/DNER

1.a- 20 casas - casas de 48 m² - madeira massaranduba e telhas cerâmicas

R$ 399.600,00

1.b- 02 galpões c/ tela p/ aviário

- cada galpão c/ 32 m² - alvenaria

R$ 12.800,00

1.c- 03 açudes p/ peixes - área a ser definida R$ 1.800,00

TOTAL PARCIAL R$ 414.200,00

2- Implantação e aquisição de benfeitorias

DNER/FUNAI

2.a- alevinos - número de alevinos de acordo com as dimensões dos açudes

R$ 2.000,00

2.b- 02 juntas de bois R$ 952,00

2.c- 02 vacas leiteiras R$ 955,00

2.d- 01 curral - área 40m2 R$ 400,00

TOTAL PARCIAL R$ 4.307,00

3- Aquisição de veículo tracionado (trator 65HP)

- período de 3 anos deve contar c/ carreta, roçadeira, arado, rotativa e colhedeira

R$ 15.000,00 FUNAI/DNER

Page 47: Apoio Comunidades Indígenas

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

36

(continuação) ATIVIDADES E SUBATIVIDADES

DESCRIÇÃO DETALHAMENTO CUSTO ESTIMADO

RESPONSÁVEL E PARCEIROS

4- Implantação de pomar

4.a- aquisição de mudas - 50 mudas de laranjeiras

- 50 mudas de bergamoteiras

- 20 mudas de limoeiros

- 20 mudas de nêspera

- 20 mudas de ingazeiros

- 60 mudas de parreiras (niágara, rosa e francesa/raiz nua)

- 20 mudas de coqueiros da Bahia

- 10 mudas de nogueiras (pecã)

- 30 mudas de pitangueiras

- 30 mudas de pereiras

- 20 mudas de araçazeiros

- 20 mudas de amoreiras

- 20 mudas de aceroleiras

- 20 mudas de “cabeludinhas”

- 20 mudas de cambucás

- 20 mudas de cambucis

- 10 mudas de camu-camus

- 20 mudas de arueiras

- 200 mudas de bananeiras

- 30 mudas de guavirovas

- 20 mudas de goiabeiras (goiaba vermelha)

- 20 mudas de goiabeiras (goiaba branca)

- 20 mudas de jabuticabeiras

- 10 mudas de caquizeiros

- 10 mudas de abacateiros

- 10 mudas de pessegueiros

R$ 125,00

R$ 125,00

R$ 50,00

R$ 100,00

R$ 40,00

R$ 150,00

R$ 180,00

R$ 150,00

R$ 60,00

R$ 60,00

R$ 80,00

R$ 80,00

R$ 40,00

R$ 40,00

R$ 240,00

R$ 60,00

R$ 160,00

R$ 60,00

R$ 400,00

R$ 60,00

R$ 240,00

R$ 240,00

R$ 240,00

R$ 40,00

R$ 300,00

R$ 100,00

FUNAI/DNER – EPAGRI Regional

Florianópolis, Prefeitura

Municipal de Imaruí

Total Parcial 3.420,00

4.b- apoio técnico para o transplante de mudas e desenvolvimento de projetos de agricultura sustentável

- Projetos de agricultura sustentável enfocando: Melhoria geral das condições do solo; Insumos; e Adensamento de quintais

R$ 3.200,00

TOTAL PARCIAL R$ 6.620,00

Page 48: Apoio Comunidades Indígenas

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

37

(continuação)

ATIVIDADES E SUBATIVIDADES

DESCRIÇÃO DETALHAMENTO CUSTO ESTIMADO

RESPONSÁVEL E PARCEIROS

5- Instalação de apiário

5.a- desenvolvimento de projeto específico

5.b- apoio técnico para instalação do apiário

Compra e instalação de apiário:

- 10 colméias (caixas completas)

- 02 fumigadores

- 02 roupas de proteção (macacão, luva, máscara, bota)

- 10 enxames prontos

- materiais diversos (balde, cera, espanador, garfo, pegador, peneira etc.)

800,00

62,00

380,00

500,00

500,00

3.200,00

FUNAI/DNER – EPAGRI,

CCA/UFSC

TOTAL PARCIAL 5.442,00

TOTAL PARCIAL TEKO’A MARANGATU 445.569,00

TIs Situadas no Município de Palhoça

NOTA: Muito embora estas TIs estejam localizadas no lote 22/SC, excluído na LP 093/2001, o DNER optou por incluí-las nas propostas de ações, visando o orçamento global do Programa, enquanto aguarda o parecer final dos aspectos jurídicos ora em análise.

Morro dos Cavalos ( Palhoça/SC)

ATIVIDADES E SUBATIVIDADES

DESCRIÇÃO DETALHAMENTO

CUSTO ESTIMADO

RESPONSÁVEL E PARCEIROS

1- Regularização fundiária da TI Morro dos Cavalos, após a delimitação final pela FUNAI (300 ha).

- Indenização do proprietário

R$ 500.000,00

FUNAI/DNER

1.a- Formação de GT p/ FUNAI

- Verba p/ passagens diárias, combustível e material de consumo

R$ 35.000,00

2- Disponibilização de área para Casa de Artesanato, se for o caso

- junto à rodovia; prédio c/ cerca de 50 m² R$ 4.000,00

FUNAI/DNER

3- Construção de estruturas arquitetônicas, na nova área

3.a- 21 casas - casas de 66,7 m² (alvenaria/madeira)

R$ 262.500,00

3.b- 01 galpão c/ tela p/ aviário - cada galpão com 32m² (alvenaria/madeira)

R$ 6.400,00

FUNAI/DNER – IPHAN/RS

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

38

(continuação)

ATIVIDADES E SUBATIVIDADES

DESCRIÇÃO DETALHAMENTO CUSTO ESTIMADO

RESPONSÁVEL E PARCEIROS

3.c- 01 escola - área de 114 m2 R$ 34.200,00

3.d- 01 posto médico - área de 66,7 m2 R$ 26.640,00

3.f- 02 Casas de Artesanato - 2 prédios com 208,67 m2 (cada)

- paisagismo

R$ 167.200,00

R$ 34.000,00

TOTAL PARCIAL R$ 530.940,00

4- Implantação de pomar, na nova área

4.a- aquisição de mudas

Obs: a quantidade de mudas discriminadas poderá ser alterada em função das características da área identificadas pelo GT

- 50 mudas de laranjeiras

- 50 mudas de bergamoteiras

- 20 mudas de limoeiros

- 20 mudas de nêspera

- 20 mudas de ingazeiros (macaco e feijão)

- 60 mudas de parreira (niágara, rosa e francesa/raiz nua)

- 20 mudas de coqueiros da Bahia

- 10 mudas de nogueiras (pecã)

- 30 mudas de pitangueiras

- 30 mudas de pereiras

- 20 mudas de araçazeiros

- 20 mudas de amoreiras

- 20 mudas de aceroleiras

- 20 mudas de “cabeludinhas”

- 20 mudas de cambucás

- 20 mudas de cambucis

- 10 mudas de camu-camus

- 20 mudas de arueiras

- 200 mudas de bananeiras

- 30 mudas de guavirovas

R$ 125,00

R$ 125,00

R$ 50,00

R$ 100,00

R$ 40,00

R$ 150,00

R$ 180,00

R$ 150,00

R$ 60,00

R$ 60,00

R$ 80,00

R$ 80,00

R$ 40,00

R$ 40,00

R$ 240,00

R$ 60,00

R$ 160,00

R$ 60,00

R$ 400,00

R$ 60,00

FUNAI/DNER – EPAGRI Regional

Florianópolis, Pref. Municipal

de Palhoça, CCA/UFSC –

Fazenda Ressacada

- 20 mudas de goiabeiras (goiaba vermelha)

- 20 mudas de goiabeiras (goiaba branca)

- 20 mudas de jabuticabeiras

- 10 mudas de caquizeiros

- 10 mudas de abacateiros

- 10 mudas de pessegueiros

R$ 240,00

R$ 240,00

R$ 240,00

R$ 40,00

R$ 300,00

R$ 100,00

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

39

(continuação)

ATIVIDADES E SUBATIVIDADES

DESCRIÇÃO DETALHAMENTO CUSTO ESTIMADO

RESPONSÁVEL E PARCEIROS

Total Parcial R$ 3.420,00

4.b- apoio técnico para o transplante de mudas e desenvolvimento de projetos de agricultura sustentável

- Projetos de agricultura sustentável enfocando: Melhoria geral das condições do solo; Insumos; e Adensamento de quintais

R$ 3.200,00

TOTAL PARCIAL R$ 6.620,00

5- Instalação de apiário - Considerar a descrição feita no item 4.2.1.a

5.a- desenvolvimento de projeto específico

Compra de equipamentos e instalação de apiário:

- 15 colméias (caixas comletas)

- 02 fumigadores

- 02 roupas de proteção (macacão, luva, máscara, bota)

- 01 centrifugador

- materiais diversos (balde, cera, espanador, garfo, pegador, peneira, etc.)

R$ 1.200,00

R$ 62,00

R$ 380,00

R$ 1.020,00

R$ 500,00

Total Parcial R$ 3.162,00

5.b- apoio técnico para instalação do apiário

R$ 3.200,00

TOTAL PARCIAL R$ 6.362,00

TOTAL PARCIAL MORRO DOS CAVALOS 1.082.922,00

Cambirela (Palhoça/SC)

ATIVIDADES E SUBATIVIDADES

DESCRIÇÃO DETALHAMENTO CUSTO ESTIMADO

RESPONSÁVEL E PARCEIROS

1- Implantação de infra-estrutura produtiva (hortifrutigranjeiros)

R$ 20.000,00

FUNAI/DNER

TOTAL PARCIAL CAMBIRELA R$ 20.000,00

Praia de Fora (Palhoça/SC)

ATIVIDADES E SUBATIVIDADES

DESCRIÇÃO DETALHAMENTO CUSTO ESTIMADO

RESPONSÁVEL E PARCEIROS

1- Implantação de infra-estrutura produtiva (hortifrutigranjeiros)

R$ 10.000,00

FUNAI/DNER

TOTAL PARCIAL PRAIA DE FORA R$ 10.000,00

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

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Massiambu (Palhoça/SC)

ATIVIDADES E SUBATIVIDADES

DESCRIÇÃO DETALHAMENTO CUSTO ESTIMADO

RESPONSÁVEL E PARCEIROS

1- Implantação de infra-estrutura produtiva (hortifrutigranjeiros)

R$ 40.000,00

FUNAI/DNER

TOTAL PARCIAL MASSIAMBU R$ 40.000,00

7.2. Medidas Gerais

ATIVIDADES E SUBATIVIDADES

DESCRIÇÃO DETALHAMENTO CUSTO ESTIMADO

RESPONSÁVEL E PARCEIROS

1 - Elaboração de Material de informaçào/divulgação

Esta atividade será desenvolvida no âmbito do Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social estará a cargo da empresa responsável pela Gestão Ambiental

- DNER / Gestora Ambiental

2 - Realização de palestras e encontros sobre os temas da cartilha para os trabalhadores da obra

Será conduzido pelo Programa de Educação Ambiental

- DNER / Gestora Ambiental

3 - Instalação de placas de sinalização

Considerada no Projeto de Engenharia

- Convênio DNER / FUNAI-

4 - Instalação de placas educativas das áreas indígenas

Considerada no Projeto de Engenharia

- Convênio DNER / FUNAI

5 - Equipagem do posto da FUNAI em Barra do Ouro para servir como ponto de apoio ao monitoramento do Programa durante as obras

Equipamentos de informática e de escritório

R$ 16.000,00 DNER/FUNAI

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

41

7.3. Síntese dos Custos

TERRA INDÍGENA CUSTO ESTIMADO

(R$)

1 – Campo Bonito/RS 715.070,00

2 – Varzinha/RS 393.322,00

3 – Barra do Ouro/RS 774.916,00

4 – Teko’a Marangatu/SC 445.569,00

5 – Morro dos Cavalos/SC 1.082.922,00

6 – Cambirela/SC 20.000,00

7 – Praia de Fora/SC 10.000,00

8 – Massiambu/SC 40.000,00

Medidas Gerais 16.000,00

TOTAL 3.497.799,00

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

8. CRONOGRAMA

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

42

8. CRONOGRAMA

O cronograma a seguir abrange desde o período anterior ao início das obras, previsto para maio/2002, visto que algumas medidas e ações devem ser implementadas ainda na fase de pré-implantação das obras. Este é o caso, por exemplo, das Terras Indígenas que estarão sujeitas ao impacto direto do empreendimento.

Para os demais itens e Terras Indígenas foi prevista a execução das medidas propostas após a contratação da Empresa Gestora pelo DNER ou concomitantemente ao início das obras.

O detalhamento da implantação das atividades e ações propostas para cada Terra Indígena contemplada por este Programa de Apoio às Comunidades Indígenas, e indicadas no item 4.2, será feita no Plano de Trabalho que integrará o Convênio a ser firmado entre o DNER e a FUNAI.

Page 55: Apoio Comunidades Indígenas

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E DOCUMENTAIS

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E DOCUMENTAIS

Decreto 1775/96.

Portaria MJ14/96.

Resolução CONAMA 01/86

Resolução CONAMA 09/87

Resolução CONAMA 09/90

Resolução CONAMA 0/90

Resolução CONAMA 237/97

BRASIL. Constituição Federal. Brasília: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Sociedades indígenas e a ação do governo. Brasília: Presidência da República: Ministério das Relações Exteriores: Ministério da Justiça, Fundação Nacional do Índio, 1996.

DARELLA, Maria Dorothea P., GARLET, Ivori J. & ASSIS, Valéria S. Estudo de Impacto: As populações indígenas e a duplicação da BR-101, Trecho Palhoça/SC – Osório/RS. Florianópolis/São Leopoldo. 2000.

GALLOIS, Dominique Tilkin. Sociedades Indígenas e Desenvolvimento. Discursos e práticas, para pensar a tolerância. Texto, novembro/1997.

HELM, Cecília M. V. Povos indígenas da Bacia do Rio Tibagi, Usinas Hidrelétricas e Impactos. Palestra apresentada na mesa redonda "Projetos de Desenvolvimento e suas conseqüências sociais", UFSC, 1999. 26 p.

IPARJ (Instituto de Pesquisas Antropológicas do Rio de Janeiro). Diretrizes para o relacionamento do setor elétrico com os povos indígenas do Brasil. Estudos, fundamentos, normas e avaliações. Relatório Final. Rio de Janeiro, 1989.

LADEIRA, Maria Inês. Comunidades Guarani da Barragem e do Krukutu e a linha de transmissão de 750 kv Itaberá - Tijuco Preto III. Laudo antropológico. São Paulo, 2000.

LEME MACHADO, Paulo Affonso. Regulamentação do Estudo de Impacto Ambiental. In: SANTOS, Leinad A. O. & ANDRADE, Lúcia M. M. de (org.) As hidrelétricas do Xingu e os povos indígenas. São Paulo: Comissão Pró-Índio, 1988. P. 77-81.

LORENZI, Harri. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Plantarum, 1998. Vol. 1 e 2.

Page 58: Apoio Comunidades Indígenas

Duplicação da BR-101, trecho Florianópolis/SC – Osório/RS

Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

10. ANEXOS

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas

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10. ANEXOS

Anexo I - Equipe Técnica Antropológica

Anexo II - Fotografias

Anexo III - Ponderações Quanto a Algumas Medidas Mitigadoras Apontadas no Programa

Anexo IV - Mapas:

a) Localização da TI Morro dos Cavalos em relação ao Parque Estadual da Serra do Tabuleiro

b) Planta da Delimitação Proposta para a Terra Indígena de Morro dos Cavalos

c) Planta da Delimitação da área Indígena Varzinha

d) Planta da Delimitação da área Indígena Barra do Ouro

Page 60: Apoio Comunidades Indígenas

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas Anexo I – Equipe Técnica Antropológica

ANEXO I:

EQUIPE TÉCNICA ANTROPOLÓGICA RESPONSÁVEL PELO DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

QUE SUBSIDIOU ESTE PROGRAMA

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas Anexo I – Equipe Técnica Antropológica

1

ANEXO I - EQUIPE TÉCNICA ANTROPOLÓGICA RESPONSÁVEL PELO DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO QUE SUBSIDIOU ESTE PROGRAMA

Maria Dorothea Post Darella (Florianópolis - SC) - UFSC - Doutoranda em Ciências Sociais (área de concentração em Antropologia) da PUC - SP

Ivori José Garlet (São Leopoldo - RS) - Mestre em História Iberoamericana pela PUC-RS

Valéria Soares de Assis (São Leopoldo - RS) - UEM - Doutoranda em Antropologia Social pela UFRGS

Colaboradoras:

Flávia Cristina de Mello (Florianópolis - SC) - Mestranda em Antropologia Social pela UFSC

Melissa Dietrich (São Leopoldo - RS) – estudante

Produtos e Período de Trabalho:

Fase I - Relatório Complementar Estudo de Impacto: As populações indígenas e a duplicação da BR-101, trecho Palhoça/SC - Osório/RS, iniciado em 14 de setembro e enviado ao Convênio DNER/IME - RJ em data de 03/11/00.

Fase II - Programa Básico Sócioambiental: As Populações Indígenas e a duplicação da BR-101, trecho Palhoça/SC - Osório/RS, finalizado em janeiro de 2001 e entregue à Coordenação do Convênio DNER/IME em 12/01/01.

Page 62: Apoio Comunidades Indígenas

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas Anexo II – Fotografias

ANEXO II:

FOTOGRAFIAS

Page 63: Apoio Comunidades Indígenas

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas Anexo II – Fotografias

1

ANEXO II - FOTOGRAFIAS

Torres de alta tensão vistas da estrada da Baixada do Massiambu. Ao fundo Morro dos Cavalos. 11/00

Torre de alta tensão na aldeia de Massiambu. 11/00

Encontro no Itacorubi/Florianópolis – 04/10/00

Reunião em Massiambu – 25/09/00 – 14/10/00

Page 64: Apoio Comunidades Indígenas

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas Anexo II – Fotografias

2

Reunião em Massiambu – 14/10/00 Reunião no DNER/Florianópolis – 16/10/00

Morro dos Cavalos – Darci Gimenes e o chefe do DEID/DAF da FUNAI de Brasília. 11/00

Cambirela – Apresentação do Estudo de Impacto e escolha das fotografias. 11/00

Page 65: Apoio Comunidades Indígenas

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas Anexo III – Ponderações Quanto a Medidas Mitigadoras

ANEXO III:

PONDERAÇÕES QUANTO A ALGUMAS MEDIDAS MITIGADORAS APONTADAS NO PROGRAMA

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas Anexo III – Ponderações Quanto a Medidas Mitigadoras

1

ANEXO III - PONDERAÇÕES QUANTO A ALGUMAS MEDIDAS MITIGADORAS APONTADAS NO PROGRAMA

Aviários

As aldeias de Morro dos Cavalos, Massiambu, Teko'a Marangatu, Campo Bonito e Barra do Ouro indicaram a importância de construção de aviários, tendo sido sugeridos galpões com tamanhos diferenciados. A criação de aves por parte das famílias Guarani é comum, não o sendo, entretanto, em forma de aviário. A exceção refere-se ao Mbyá Artur Benite, residente na aldeia de Morro dos Cavalos e que poderia repassar conhecimentos adquiridos a respeito.

Dados específicos indicam haver os aviários manuais, semi-automáticos e automáticos, que possuem diferenciações, por exemplo, nos tipos de bebedouros e comedouros, o que acarreta diferenciação de preços. A equipe apresenta nos quadros relativos a algumas aldeias orçamentos relativos a aviários manuais (bebedouro pendular e comedouro tubular), não estando inclusos os preços de terraplanagem, visto que os locais de construção e instalação ainda serão definidos.

Apiários

As aldeias de Morro dos Cavalos, Massiambu, Teko'a Marangatu e Campo Bonito apontaram seu interesse em formação de apiários quando das reuniões com a equipe técnica. O trabalho com apiários, entretanto, não é próprio da cultura Guarani, pois esses índios coletam o mel e a cera na mata, tendo esses produtos grande importância e sendo utilizados inclusive em rituais religiosos. O tratamento das abelhas de diferentes espécies também requer cuidados específicos. Desta forma, esta equipe entende como fundamental a elaboração de um projeto de trabalho quanto à criação de apiários para as aldeias que considere: a) exame minucioso da relação padrão da flora e tamanho das áreas para apontamento do número das colméias; b) relação produção e consumo/família; c) possibilidade de comercialização na casa de venda de artesanato e d) desenvolvimento de treinamentos sistemáticos para instalação dos apiários e viabilização das atividades no ciclo anual.

Esses aspectos oferecem uma conotação mais ampla de atividades que merece a devida reflexão e aprofundamento com as comunidades, sob o risco do trabalho não promover a autosustentabilidade desejada. Ainda assim, a equipe realizou levantamento de preços a partir do número de colméias/enxames solicitados, orçamento que, diante do exposto é relativo e absolutamente insuficiente, reforçando-se novamente a necessidade de trabalhos de especialistas nas mais diferentes áreas de trabalho em conjunto com as comunidades indígenas.

Implantação de Pomares

A proposição das diversas comunidades indígenas quanto à implantação de pomares é positiva e resulta de experiências concretizadas em outras aldeias ou mesmo nas próprias. Considera-se importante o plantio de mudas frutíferas e nativas.

Page 67: Apoio Comunidades Indígenas

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas Anexo III – Ponderações Quanto a Medidas Mitigadoras

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Na Grande Florianópolis a equipe sentiu dificuldades em encontrar locais (empresas particulares ou públicas) com grande quantidade de mudas disponíveis para aquisição.

O projeto do antropólogo Aldo Litaiff (Museu Universitário/UFSC) intitulado "Sem Tekoa não há Teko", "sem terra não há cultura": estudo e desenvolvimento auto-sustentável de comunidades indígenas mbya-guarani do litoral do Estado de Santa Catarina, objetiva, dentre outros, a construção de açudes, análise e correção de solo, cultivo de árvores frutíferas, reflorestamento etc. na aldeia Teko'a Marangatu (Imaruí/SC).

Implantação de Telefone Comunitário

Alguma comunidades manifestaram interesse em contar com telefones comunitários. Para a consecução de orçamento inicial é necessário um levantamento preliminar para cálculo da distância entre a área de cobertura e o ponto de instalação do aparelho. O telefone público fora da área de cobertura da TELESC TELECOM (quando se tratar de SC) é identificado pela sigla FATB. Todo o serviço de ampliação da rede é custeado pelo requerente.

Veículo Tracionado

A aquisição de um veículo tracionado para utilização das aldeias de Morro dos Cavalos, Massiambu e Teko'a Marangatu foi levantada à equipe por seus representantes na reunião de 14.10.00, ocorrida em Massiambu, a partir dos debates ocorridos nessas comunidades anteriormente. Em 1999 a FUNAI - AER Curitiba havia sugerido a aquisição de uma viatura em documento enviado ao Convênio DNER/IME, como aspecto a ser abordado pelo Convênio DNER/FUNAI. Ainda que seja uma aquisição importante para as comunidades quanto a aspectos como transporte de cargas diversas, locomoção, agilidade, tempo, a equipe sublinha as considerações já efetivadas anteriormente, afinadas com: a formação de condutores, a manutenção do veículo, o combustível, impostos, licenciamentos anuais, multas, seguro obrigatório e, por fim, a segurança dos índios nos trajetos e rodovias.

A opção apontada neste programa é o aluguel de veículo para atender as práticas agrícolas durante a vigência do Convênio DNER/FUNAI.

Page 68: Apoio Comunidades Indígenas

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas Anexo IV – Mapas

ANEXO IV - MAPAS:

A) LOCALIZAÇÃO DA TI MORRO DO CAVALOS EM RELAÇÃO AO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO TABULEIRO

B) PLANTA DA DELIMITAÇÃO PROPOSTA PARA A TERRA INDÍGENA DE MORRO DOS CAVALOS

C) PLANTA DA DELIMITAÇÃO DA ÁREA INDÍGENA VARZINHA

D) PLANTA DA DELIMITAÇÃO DA ÁREA INDÍGENA BARRA DO OURO

Page 69: Apoio Comunidades Indígenas

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas Anexo IV – Mapas

1

ANEXO IV - MAPAS

A). LOCALIZAÇÃO DA TI MORRO DO CAVALOS EM RELAÇÃO AO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO TABULEIRO

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas Anexo IV – Mapas

2

B). PLANTA DA DELIMITAÇÃO PROPOSTA PARA A TERRA INDÍGENA DE MORRO DOS CAVALOS

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas Anexo IV – Mapas

3

C). PLANTA DA DELIMITAÇÃO DA ÁREA INDÍGENA VARZINHA

Page 72: Apoio Comunidades Indígenas

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Programa de Apoio às Comunidades Indígenas Anexo IV – Mapas

4

D). PLANTA DA DELIMITAÇÃO DA ÁREA INDÍGENA BARRA DO OURO