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APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM NA

DRENAGEM DA OBRA DE ALARGAMENTO E RECONSTITUIÇÃO DAS PISTAS DO

AEROPORTO PINTO MARTINS FORTALEZA – CE

Autor: Departamento Técnico - Atividade Bidim

Colaboração: Eng. Paganini Pinto Bandeira Godim

NOVEMBRO 1994 Revisado JANEIRO 2011- Departamento Técnico Mexichem Bidim Ltda.


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ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................................3

2 DADOS DA OBRA...................................................................................................................3

3 PÁTIO DE MANOBRAS...........................................................................................................5

4 APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM....................................................................................10

5 FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM........................................................................................10

6 INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM..................................................................................10

7 VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM ......................................................11

8 AGRADECIMENTOS .............................................................................................................11

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................11

10 DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA ...................................................................................12


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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho relata a aplicação de geotêxtil Bidim (nãotecido agulhado, 100% poliéster, filamentos contínuos) como filtro e elemento de separação das camadas de areia e brita, na construção de drenos em virtude da obra de ampliação e restauração das pistas de pouso, pistas de rolamento e pátios de manobras, tanto da área civil com da área militar, do aeroporto Pinto Martins, Fortaleza – CE. O geotêxtil Bidim foi especificado pela própria INFRAERO não constando no projeto original, projeto elaborado pelo Eng. Julio Cesar R. Borsari através da Prodec Consultoria para decisão Sociedade Civil Ltda. Esta obra se fez necessária pelo aumento de fluxo de aeronaves, uma vez que o governo do estado tem investido no turismo local, aumentando, assim, a freqüência e o numero de vôos, inclusive internacionais.

2 DADOS DA OBRA

Localização Fortaleza, a capital do Estado do Ceará, possui uma área de 336 km² ao Norte com o Oceano Atlântico, ao Sul com municípios de Pacatuba e Itatinga, ao Leste com o município de Aquiraz e o Oceano Atlântico e a Oeste com o Município de Caucaia. Possui três grandes bacias hidrográficas: a bacia da vertente marítima, com uma área de 23,6 km², totalmente inserida na zona urbana de Fortaleza; a bacia do Rio Cocó, principal recurso hídrico de Fortaleza com uma área de 215,9 km² e tendo ramificações, possuindo em média 30 afluentes, 16 açudes e 36 lagoas; e por fim, a bacia do rio Maranquapinho, que nasce na serra do Maranquape e abrange uma área de 96,5 km². O Aeroporto Pinto Martins localiza-se entre os bairros Dias Macedo, Vila União, Serrinha e Aerolândia, e ao seu lado encontramos uma grande lagoa, a Lagoa do Opaia.


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Figura 1 – Vista parcial de Fortaleza (Em negrito, Aeroporto Pinto Martins).

Finalidade da obra Localizado em uma cidade que, por ser litorânea e ter uma excelente infraestrutura, no que diz respeito ao turismo, recebe centenas de turistas todos os meses (uma vez que Fortaleza já não tem o infortúnio da famosa “baixa estação”), o Aeroporto Pinto Martins tem se mostrado muito aquém do que se requer de um aeroporto de grande porte para fazer jus a tamanha solicitação. A área do aeroporto é de 1240000m² de terreno. O comprimento das pistas permanecerá o mesmo, mas haverá alargamento nas mesmas. Com esta ampliação resolver-se-á o problema da demanda do Aeroporto Pinto Martins que é de 32 vôos diários, atualmente.

Contratante Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária – INFRAERO. Estudos/Projetos Ministério da Aeronáutica.

Construtora EIT – Empresa Industrial Técnica S/A.

Descrição da obra A obra se divide em três partes distintas, sendo elas:

- Pátio de manobras; - Pistas de Rolamento e, - Pistas de Pouso.


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Consumo de geotêxtil A quantidade aplicada de geotêxtil Bidim foi de 22.500 m².

3 PÁTIO DE MANOBRAS

Alargamento dos acostamentos e estruturas de concreto do pátio de manobras Alargamento dos acostamentos pavimentados da “Taxiway on Apron” e estruturas das placas de concreto do pátio de manobras. O acostamento original era de 7,50 m de largura e teve um acréscimo de 3m ficando, então, com 10,50 m. Quantitativos:

A) Serviços Preliminares: 1.634 m² - desmatamento, - deslocamento e, - limpeza com bota-fora.

B)Terraplenagem: 302 m³ - escavação do solo

C) Pavimentação: - regularização do subleito: 1.634 m², - base de macadame hidráulico: 479 m³, - imprimação: 1.634 m², - Concreto Betuminoso Usinado à Quente: 57 m³ e, - reparos em placas de concreto cimento:

a) juntas esborcinadas: 24 m, b) trincas longitudinais, transversais e diagonais com abertura menor que 2 mm: 470m, c) trincas longitudinais, transversais e diagonais com abertura maior que 2 mm: 118 m, d) trincas de cantos (normal 40m, perda de suporte: 12 m², e) resselagem de Juntas: 900m, f) demolição e reconstrução de placas de concreto: 404 m³.

D) Drenagem:

- canaleta com grelha C602 em concreto simples: 280 m, - canaleta com grelha C602 em concreto armado: 90 m.


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Pistas de rolamento Reforço e alargamento das pistas de rolamento e construção e alargamento dos acostamentos pavimentados. As diversas pistas de rolamentos “A”, “Bm”, “C”, “D”, “Bc”, “H”, “I”, “J”, “F” e “G”, como são definidas, tiveram alargamentos variados, como vem a seguir:

* Largura Original: - Pistas de Rolamento “A”, “Bm”, “C” e “D” – 23 m - Pistas de Rolamento “Bc” – 30 m - Pistas de Rolamento “F”, “G”, “H”, “I” e “J” – 23 m * Largura com Alargamento: - Pistas de Rolamento “A”, “Bm”, “C” e “D” – 48 m - Pistas de Rolamento “Bc” – 51 m - Pistas de Rolamento “F”, “G”, “H”, “I” e “J” – 44 m

Quantitativos:

A) serviços Preliminares: - Demolição de Pavimento Flexível: 7.419 m² - Desmatamento, destocamento e limpeza: 60.507 m²

B) Terraplenagem:

- Escavação de Solo: 13.417 m³

C) Pavimentação: - Regularização do Subleito: 77.356 m² - Sub-base de solo importado: 3.984 m³ - Base de Macadame Hidráulico: 12.902 m³ - Imprimação: 77.356 m² - Pintura de Ligação: 22.4877 m³ - Binder: 7.200 m³ - Capa: 12.634 m³

D) Drenagem:

- Bueiro ARMCO sob o taxi D: a) Corpo de bueiro:116,3 m b) Concreto ciclópico: 8 m³ c) Dissipador de energia: 1 un.


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- Prolongamento do bueiro da est.81 sob o taxi A: a) Corpo de bueiro: 9 m b) Dem. Da caixa coletora existente: 1 un. c) Caixa coletora projetada: 1 un.

- Contensão de erosão na saída dos bueiros Dissipador de energia: 2 un.

- Saídas em Rápidos: a) Rápidos: 60 m b) Dissipador de energia: 12 un.

- Drenos Longitudinais nas bordas das pistas de rolamento: a) Dreno: 7360 m b) Demolição e reconstrução do pavimento flexível: 3.030m³

- Caixas coletoras de drenos 43 un. - Saída de dreno:

a) Saída: 2.825 m b) Terminal de dreno: 33 un.

Pistas de pouso Reforço do pavimento da pista de pouso 13/31 e alargamento dos seus acostamentos pavimentados. A largura original da pista de pouso com os acostamentos pavimentados era de 45 m e passou para 60 m após o alargamento. Quantitativos:

A) Serviços Preliminares: - Desmatamento, destocamento e limpeza com bota-fora: 58.730 m²

B) Terraplenagem: - Escavação do solo:

a) Esc. Para fins de aterro: 7.705 m³ b) Esc. Para bota-fora: 4.671 m³

- Compactação do solo: 6.421 m³

C) Pavimentação: - Regularização do subleito: 14.974 m² - Base de Macadame Hidráulico: 2.246 m³ - Imprimação: 14.974 m² - Resselagem de juntas: 2.190 m - Pintura de ligação: 248.884 m² - Binder: 11.432 m³ - Capa: 5.502 m³


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D) Drenagem: - Valas revestidas em concreto:

a) Vala’ 1: 485 m b) Vala 2: 185 m c) Vala 3: 39 m

- Canaleta com grelha (cabeceira 31): 173 m - Rápido para deságüe da canaleta C601: 8 m - Drenos long. na borda da pista: 4.270 m - Caixas coletoras de drenos: 37 un. - Saída de dreno:

a) Saída: 1.235 m b) Terminal do dreno: 34 un.

- Contenção de erosão: 3.500 m²

Tubo de plástico corrugadoø = 150 mm

Brita 1

Bordo da pista projetada

Geotêxtil BIDIM RT 16 0,50

0,0

7,5 m

1,5 %

1 m ou 4 m

Var

iáve

l0,

415

- 0,

915

0,20

0,10 CBUQ

Figura 2 – Seção transversal do dreno do pavimento da pista de rolamento (área militar).


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Brita 1

Geotêxtil BIDIM RT 16 0,50

Var

iáve

l0,

30 -

0,8

0

MACADAME HIDRÁULICO

0,04

0,10

Borda da pista de rolamento existente

0,25

0,4

0,10

Figura 3 – Seção transversal do dreno do pavimento da pista de rolamento (área civil).


Brita 1 Geotêxtil BIDIM RT 16

Var

iáve

l0,

415

- 0,

915

0,50

0,15

0,035

2,5 %

Borda do acostamento existente

OBS: Tubo plástico corrugado ou similar D = 0,150 mSaída : Tubo de concreto D = 0,20m S mínimo = 0,3 %

Figura 4 – Seção transversal do dreno do pavimento da pista de pouso 13/31 (área civil).


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4 APLICAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

Após um rigoroso estudo feito no sentido de reduzir os custos e ao mesmo tempo garantir maior vida útil a obra, resolveu-se adotar o geotêxtil Bidim como filtro e elemento de separação nos respectivos drenos. O geotêxtil Bidim se torna mais econômico pelo fato de dispensar a transição granulométrica que apesar de necessitar de um estudo mais detalhado, requer também mão-de-obra especializada e ainda dificulta o transporte, pelo grande volume de material empregado. Já o geotêxtil Bidim não necessita de muita mão-de-obra, é de fácil aplicação e, por ser vendido em bobinas, ocupa pouco espaço e facilita o transporte.

5 FUNÇÕES DO GEOTÊXTIL BIDIM

O geotêxtil Bidim, nesta obra, teve como função principal FILTRAÇÃO, permitindo um escoamento rápido e ao mesmo tempo evitando o carreamento de partículas finas para o interior do dreno, enquanto estabiliza o solo adjacente ao longo da trincheira drenante. Na função SEPARAÇÃO, o geotêxtil Bidim instalado entre dois materiais de granulometrias diferentes, impede que estes se misturem mantendo assim, suas características próprias, ao mesmo tempo que permite a livre passagem de água. O Projetista especificou o geotêxtil Bidim RT-16 como filtro nos drenos, baseado em experiências anteriores nesse tipo de obra e também pelas características do solo, levando-se em consideração, principalmente, as propriedades físicas e propriedades hidráulicas na utilização do geotêxtil Bidim RT-16.

6 INSTALAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

A instalação do geotêxtil Bidim se deu através das seguintes etapas:

1) Levantamento topográfico e locação das trincheiras drenantes. 2) Escavação da vala com largura de 0,50 m e altura variável entre 0,415 m e 0,915 m, com uma retroescavadeira, observando-se que fosse feita de jusante para montante, para o escoamento de águas que por ventura surgissem e de eventuais chuvas. 3) Correção da inclinação da trincheira drenante e remoção de objetos contundentes. 4) Instalação do geotêxtil Bidim RT-16 nas valas, fixando-se as suas bordas provisoriamente com pedras e procedendo-se o enchimento das valas com uma camada de 10 cm de brita.


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5) Assentamento do tubo-dreno sobre a camada drenante (Figura 3) e preenchimento do restante da vala com material drenante (Figura 4). 6) Por fim, as bordas do geotêxtil Bidim foram rebatidas com uma sobreposição de 0,15 m e a parte superior da trincheira foi aterrada.

7 VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO GEOTÊXTIL BIDIM

A utilização do geotêxtil Bidim traz inúmeras vantagens, dentre elas:

- Reduz o volume nominal nas trincheiras drenantes, já que substitui com eficiência as transições granulométricas. - Reduz o tempo de execução, pois é de fácil e rápida aplicação. - Aumenta a vida útil do dreno, pois retém os finos, evitando que sejam carreados para o interior do meio drenante, fazendo com que não haja a colmatação do mesmo, proporcionando, assim, o bom desempenho do sistema por tempo indefinido. - É de fácil transporte por vir em bobinas.

8 AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao Eng. Ricardo Tinoco, da Construtora EIT, em nos fornecer dados e informações pertinentes à obra, bem como a alguns técnicos que trabalhavam na mesma.

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Cases e manuais técnicos da Atividade Bidim. - Relatórios da INFRAERO cedidos à Construtora EIT com descrições da respectiva obra. - Projetos de drenagem da Prodec relativos à obra.


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10 DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

FOTO 1 Estocagem das bobinas de geotêxtil Bidim e da tubulação utilizada nos drenos.

FOTO 2 O geotêxtil Bidim instalado na vala com a 1ª camada de brita

já lançada.


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FOTO 3

Detalhe dos tubos-dreno sobre a brita e a sobreposição do

geotêxtil Bidim. Obs: Pedras segurando o

geotêxtil em toda a extensão.

FOTO 4 Fase de lançamento da brita sobre a tubulação preenchendo a vala.


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FOTO 5 Detalhe ao fundo de um dreno concluído chegando a caixa de inspeção, e do outro lado da caixa, uma vala ainda sem o geotêxtil Bidim aplicado.

FOTO 6 Detalhe da introdução do tubo-

dreno na caixa de inspeção juntamente com o geotêxtil

Bidim.


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FOTO 7

Vista do dreno já fechado e ao fundo algumas

aeronaves.

FOTO 8 Vista geral de um dreno fechado com o geotêxtil Bidim sobreposto e fixado com pedras.


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FOTO 9 Vista geral da obra com os drenos à direita e um carro aplicando asfalto.

FOTO 10 Vista geral da obra com o

detalhe de um operário executando a imprimação da

pista, o geotêxtil Bidim instalado no dreno.

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