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APLICAÇÃO DE MODELO ADAPTADO PARA ANÁLISE DE MODO DE FALHAS EM UMA CONSTRUTORA NORTE-RIO- GRANDENSE Daniel de Oliveira Souza (UFERSA ) [email protected] As grandes transformações políticas, sociais e econômicas, e cada vez mais aceleradas, constituem o grande desafio a ser vencido pelas organizações atuais e representam sérias ameaças à sua sobrevivência, exigindo, assim, constantes adaptaçções por parte destas. Paladini (2010) afirma que a busca pela melhoria do que se é fornecido pelas empresas, e a Gestão da Qualidade em si, no Brasil, há pouco tempo era um exercício restritamente teórico e a prática limitava-se a descrever experiências conhecidas de outros países, que refletiam outras realidades e espelhavam outros momentos históricos. Nesse contexto, o presente artigo trata-se de uma adaptação de um relatório de estágio em uma empresa de pequeno porte norte rio- grandense de construção civil, cujo objetivo geral seria identificar as principais falhas, possíveis causas e propor soluções, ocorridas em apartamentos edificados por esta, após a entrega das chaves aos proprietários, baseando-se nos registros de solicitação de assistência técnica da construtora em estudo e através da execução de um modelo híbrido de análise de falha adaptado ao caso, na tentativa de tornar o sistema de qualidade da empresa mais robusto e eficaz. A implantação do modelo possibilitou acuidade às medidas tomadas pelo corpo gerencial da organização e incrementou ao Sistema de Gestão da Qualidade uma ferramenta eficaz de controle do processo: a planilha de Análise dos Modos de Falhas, Efeitos e Criticidade (FMECA). Palavras-chaves: Qualidade, Manutenção, Modos de Falha XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos Salvador, BA, Brasil, 08 a 11 de outubro de 2013.

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APLICAÇÃO DE MODELO ADAPTADO

PARA ANÁLISE DE MODO DE FALHAS

EM UMA CONSTRUTORA NORTE-RIO-

GRANDENSE

Daniel de Oliveira Souza (UFERSA )

[email protected]

As grandes transformações políticas, sociais e econômicas, e cada vez

mais aceleradas, constituem o grande desafio a ser vencido pelas

organizações atuais e representam sérias ameaças à sua

sobrevivência, exigindo, assim, constantes adaptaçções por parte

destas. Paladini (2010) afirma que a busca pela melhoria do que se é

fornecido pelas empresas, e a Gestão da Qualidade em si, no Brasil, há

pouco tempo era um exercício restritamente teórico e a prática

limitava-se a descrever experiências conhecidas de outros países, que

refletiam outras realidades e espelhavam outros momentos históricos.

Nesse contexto, o presente artigo trata-se de uma adaptação de um

relatório de estágio em uma empresa de pequeno porte norte rio-

grandense de construção civil, cujo objetivo geral seria identificar as

principais falhas, possíveis causas e propor soluções, ocorridas em

apartamentos edificados por esta, após a entrega das chaves aos

proprietários, baseando-se nos registros de solicitação de assistência

técnica da construtora em estudo e através da execução de um modelo

híbrido de análise de falha adaptado ao caso, na tentativa de tornar o

sistema de qualidade da empresa mais robusto e eficaz. A implantação

do modelo possibilitou acuidade às medidas tomadas pelo corpo

gerencial da organização e incrementou ao Sistema de Gestão da

Qualidade uma ferramenta eficaz de controle do processo: a planilha

de Análise dos Modos de Falhas, Efeitos e Criticidade (FMECA).

Palavras-chaves: Qualidade, Manutenção, Modos de Falha

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1. Introdução

1.1. Contextualização

As grandes transformações políticas, sociais e econômicas, e cada vez mais aceleradas,

constituem o grande desafio a ser vencido pelas organizações atuais e representam sérias

ameaças à sua sobrevivência, exigindo, assim, constantes adaptações por parte destas.

Atrelados a essas mudanças, seguem os fatos da concorrência mais acirrada e o crescimento

da competitividade entre as empresas, visando o atendimento das necessidades dos clientes

que se tornam cada vez mais exigentes quanto à qualidade dos produtos e serviços que lhes

são fornecidos.

Paladini (2010) afirma que essa busca pela melhoria do que se é fornecido pelas empresas, e a

Gestão da Qualidade em si, no Brasil, há pouco tempo era um exercício restritamente teórico

e a prática limitava-se a descrever experiências conhecidas de outros países, que refletiam

outras realidades e espelhavam outros momentos históricos. Sabia-se o porquê de se fazer

com qualidade, e não como, mas que com o tempo, os conceitos adaptaram-se e foram

construindo um pensamento mais gerenciador desta característica, impulsionado, sobretudo,

por essas mudanças de comportamento de todo o mercado, e, consequentemente, dos gestores

que nelas viram uma oportunidade de também mudar seus métodos gerenciais.

Integrado ao pensamento da melhoria contínua, um dos pilares do programa de

Gerenciamento da Qualidade Total (GQT), atrelado às pressões de redução de custos, perdas e

prazos de entrega, este cenário, em que se inserem as construtoras e demais participantes da

cadeia produtiva da construção civil, estimulou o lançamento do Programa Brasileiro de

Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) pelo Governo Federal, cujo principal

objetivo é o de estabelecer um ambiente de competitividade que propicie soluções mais

baratas e de melhor qualidade na área de habitação.

Nesse contexto, o presente artigo trata-se de uma adaptação de um relatório de estágio em

uma empresa de pequeno porte norte rio-grandense de construção civil, cujo objetivo geral

seria identificar as principais falhas, possíveis causas e propor soluções, ocorridas em

apartamentos edificados por esta, após a entrega das chaves aos proprietários, baseando-se

nos registros de solicitação de assistência técnica da construtora em estudo e através da

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execução de um modelo híbrido de análise de falha adaptado ao caso. Como objetivo mais

amplo, o estudo busca fornecer informações ao sistema de qualidade da empresa que foi

recentemente implantado, na tentativa de promover a melhoria contínua de seus processos e

produtos fornecidos.

1.2. Justificativa

Segundo Cavalcante (2009) as empresas certificadas no PBQP-H desfrutaram de maior

aprovação em financiamentos, ganhos de competitividade e garantia de serviços e produtos de

maior qualidade para o consumidor final. Em decorrência disto, a criação do manual da

qualidade torna-se um ponto importante na implantação de um Sistema de Gestão da

Qualidade na empresa.

Segundo o Manual da Qualidade da Capital Negócios Imobiliários LTDA (2012), que acabara

de ser iniciada a implantação, seu objetivo é especificado como um documento normativo de

requisitos e ações que evidenciam a busca, por parte da empresa, pelo (a):

a) Demonstração de sua capacidade de fornecimento, de forma consistente, de

produtos que atendam aos requisitos dos clientes e requisitos regulamentares

aplicáveis, e;

b) Aumento da satisfação do cliente por meio da efetiva aplicação do sistema,

incluindo processos para melhoria contínua do sistema e a garantia da

conformidade com requisitos do cliente e requisitos regulamentares aplicáveis e

legais.

É nítida a visão de melhoria contínua que o sistema objetiva alcançar com sua

implantação, e é nesta questão em que o Objetivo Geral deste trabalho se baseia, assim

como todas as atividades que foram realizadas durante o estágio supervisionado, a

identificação de falhas nos produtos acabados e a busca por suas soluções servem de

geradores de conhecimento na tentativa de evitar, ou ao menos, amenizar problemas

semelhantes e futuros nos apartamentos que ainda serão construídos e entregues.

A relevância da continuidade de melhorias em um sistema de gestão da qualidade,

conquistada através, principalmente, de um sistema de manutenção, detecção e

amenização de falhas válido, é, portanto, notória, ainda mais se tratando de uma pequena

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empresa de construção civil em busca de conquistar um mercado carente de qualidade e,

sobretudo, competitivo.

2. Referencial Teórico

2.1. PBQP-H

Lançado pelo Governo Federal em 1990, o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade

foi concebido em virtude de um levantamento realizado pelo mesmo a cerca da situação

habitacional brasileira. Demonstrando deficiência no setor, a pesquisa apresentou resultados

que denunciavam a necessidade da elaboração de medidas que objetivassem a melhoria das

práticas e métodos do mesmo. Com finalidade de englobar, além da construção habitacional,

áreas de saneamento, infraestrutura e transporte urbano, o escopo do programa foi ampliado

em julho de 2000, passando de “Habitação” para “Habitat”.

Com o principal objetivo de estimular a modernidade e promover a qualidade e produtividade,

Rodrigues (2009) define que o programa busca o crescimento da competitividade dos bens e

serviços produzidos pelo setor da construção.

A qualificação do programa é considerada de caráter evolutivo, uma vez que se divide em

quatro níveis de certificação (D, C, B, A) que apresentam exigências diferenciadas para

obtenção da certificação e que cada nível regulamenta uma parcela de processos a serem

controlados.

2.2. Modos de Falhas Potenciais

Cerqueira (S/D) sugere que um produto seja qualquer resultado ou saída de uma atividade,

dando ensejo à observação de que toda atividade gera produtos intencionais, mas também

gera outros resultados não pretendidos que acabam impactando outras partes. Estas outras

partes impactadas por produtos não pretendidos podem, portanto, ser considerados como

clientes, pois acabam recebendo algo que provém do processo, apesar de não o desejarem.

Este é o caso, por exemplo, dos rejeitos e resíduos de toda sorte que saem dos processos

produtivos e que impactam o meio ambiente e, por conseguinte, causam problemas nas

comunidades internas e externas à organização. Este também é o caso dos problemas com a

segurança que podem afetar a saúde dos trabalhadores envolvidos com as atividades da

organização. Por consequência, o mesmo autor afirma que todo produto não pretendido

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gerado representa perda de energia e, portanto, corresponde a um desperdício, a uma falha ou

a um resultado indesejável. Estes ainda podem ser agrupados nas seguintes categorias

(CERQUEIRA, S/D):

a) Falhas que comprometem à qualidade do que se faz, isto é, o atendimento aos

requisitos do cliente e aos requisitos regulamentares relativos ao produto;

b) Falhas que impactam adversamente o meio ambiente ou que não atendem aos

requisitos legais e outros requisitos das partes interessadas;

c) Falhas de segurança que comprometem a saúde das pessoas envolvidas direta ou

indiretamente no processo.

A Figura 1 ilustra esta categorização abordada pelo autor.

Figura

1. Categorização dos modos de falha potenciais. Fonte: Adaptado de Cerqueira (S/D).

Essas falhas representam ao processo produtivo, portanto, um fator negativo que compromete

seu balanço de transformação de insumos em produtos acabados, ou seja, sua eficiência e

eficácia, e que estão presentes nas diversas etapas do ciclo de vida do que é oferecido, do

atendimento dos pedidos dos clientes, passando pela concepção e desenvolvimento, durante o

uso dos produtos e até o pós-uso.

O manual de referência da Chrysler, Ford e General Motors (1997), e que trata dos requisitos

de certificação QS-9000 para fornecedores destas três montadoras, define o Modo de Falha

Potencial como a maneira pela qual um componente, subsistema ou sistema potencialmente

falharia ao cumprir o objetivo de um projeto. O modo de falha potencial pode ser também a

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causa de uma falha potencial em um sistema ou subsistema de um nível superior, ou ser o

efeito de um componente em um nível inferior.

2.2.1. FMEA (Análise dos Modos e Efeitos de Falhas)

Sakurada (2001) define o FMEA como um método qualitativo que estuda os possíveis modos

de falha dos componentes, sistemas, projetos e processos e os respectivos efeitos gerados por

esses modos de falha. Este, por ser um registro, pode evitar que problemas passados venham a

ocorrer novamente buscando a melhoria contínua, sendo um documento vivo, atualizado e

representa as últimas mudanças realizadas do produto.

O conhecimento dos modos de falha dos itens, em qualquer fase do ciclo de vida do produto,

permite tomar as providências aos técnicos, na fase do ciclo de vida que se está analisando,

para evitar a manifestação daquele modo de falha. Assim, portanto auxilia nos aspectos da

mantenabilidade e da confiabilidade. O material gerado pode também servir em programas de

capacitação, proporcionando um melhor entendimento dos componentes e do sistema

(SAKURADA, 2001).

2.2.2. FMECA (Análise dos Modos de Falhas, Efeitos e Criticidade)

Mohr (1994 apud Sakurada, 2001) tratou de esclarecer a diferença deste método com o

FMEA quando se agregou o conceito de criticalidade às falhas, que envolve diretamente os

índices de ocorrência e severidade nas chances (probabilidade de ocorrência) e impactos dos

efeitos das falhas, respectivamente.

Segundo Sakurada (2001), é no FMECA em que o Número de Prioridade de Risco (NPR) é

calculado, o qual relaciona os índices de ocorrência, severidade e detecção, que é um valor

que mostra a eficiência dos controles de detecção da falha, através da Equação 1.

(Eq. 1)

Os índices são determinados após atribuição de uma classificação para cada um deles. Silva,

Fonseca e Brito (2006), por exemplo, indicam que normalmente é usada uma escala de 1 a 10

para a taxa de severidade ao efeito de falha, ou seja, a gravidade, em que a classificação de 1

corresponde a uma gravidade nula ou imperceptível e a classificação de 10 reflete a pior

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possibilidade ao nível de consequências, em que a segurança do consumidor ou utilizador

pode estar em risco.

Ainda segundo os autores, a escala de gravidade deve ser gerada de acordo com a indústria e

as necessidades da empresa, e, seguindo esta informação, o Quadro 1 foi elaborado, em

adaptação ao modelo de Bem-Daya e Raouf (1996 apud Sakurada, 2001), para representação

da escala a ser utilizada no trabalho, a qual atuaria de forma genérica na tentativa de abranger

os modos de falhas detectados nos apartamentos assistidos durante o período do estágio,

relacionando, também, a satisfação do cliente.

Quadro 1. Severidade dos efeitos.

Fonte: Adaptado de Bem-Daya e Raouf (1996) apud Sakurada (2001).

A variável ocorrência designa a frequência ou probabilidade de aparecimento de cada modo

de falha. Para sua determinação é necessário o levantamento quantitativo e o estudo

probabilístico da amostragem de análise, que no caso do estudo em questão, trata-se de toda a

população de apartamentos que apresentaram algum tipo de problema desde a implantação do

sistema de Solicitação de Assistência Técnica (ANEXO 1) com relação ao total de

apartamentos existentes. O Quadro 2 mostra a distribuição da escala adotada.

Quadro 2. Probabilidade de ocorrência.

Fonte: Adaptado de Bem-Daya e Raouf (1996) apud Sakurada (2001).

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Para o índice de detecção de falhas que, segundo Silva, Fonseca e Brito (2006), é a medida da

probabilidade do procedimento de controle não detectar o modo de falha, antes de chegar ao

cliente, foi utilizada a distribuição apresentada no Quadro 3. Notifica-se que este número está

classificado de ordem inversa aos demais índices, ou seja, quanto mais elevado é o número de

detecção, menos provável é a detecção.

Quadro 3. Índice de detecção de falhas.

Fonte: Adaptado de Bem-Daya e Raouf (1996) apud Sakurada (2001).

Complementando, o autor afirma que a opção de se aplicar um FMECA ao invés de FMEA está

centrada em controlar a severidade e a probabilidade de ocorrência. Esta necessidade está mais

fortemente presente nos itens reparáveis e em sistemas de produção contínua ou que envolvam

riscos de acidentes. Em itens não reparáveis, nos casos em que é desejável e suficiente ter a

confiabilidade e a mantenabilidade como referências, o FMEA é recomendável.

2.2.3. FTA (Análise da Árvore de Falhas)

O FTA, tratado como ferramenta de auxílio na análise, permite mostrar o encadeamento de

diferentes eventos associados a uma determinada falha ou “evento de topo”, o qual, segundo

Helman e Andery (1995 apud Lima, Franz e Amaral, 2006), consiste em um estado do

sistema considerado anormal. Este é desdobrado em uma arvore lógica, mostrando as causas

de eventos subsequentes através do uso de portas lógicas e “ramificações”, resultando na

árvore de falhas.

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Scapin (1999) apud Lima, Franz e Amaral (2006) afirma que algumas dessas causas e eventos

somente conseguem ser identificadas através do FTA. Com a análise da árvore é possível

identificar os itens que necessitam ter um alto nível de confiabilidade e as causas possíveis de

falhas antes mesmo que elas ocorram, conseguindo assim atuar de forma preventiva. No

Quadro 4, Helman e Andery (1995 apud Lima, Franz e Amaral, 2006) relacionam os três

conceitos quanto às características de execução.

Quadro 4. Comparativo entre os métodos.

Fonte: Helman e Andery (1995 apud Lima, Franz e Amaral, 2006).

3. Metodologia

O artigo foi desenvolvido respaldado pela análise in loco das práticas da empresa e descrição

dos resultados alcançados através das intervenções, baseadas em conhecimento científico,

realizadas no ambiente organizacional, tendo, assim características de uma investigação de

cunho particular, que objetiva descobrir as peculiaridades da situação estudada.

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Segundo Fontana & Paviani (2007), do ponto de vista textual-discursivo, enquanto gênero

textual, o relatório de estágio inscreve-se na categoria relato e situa-se dentro da esfera do

relatório técnico-científico, podendo ser considerado uma subdivisão deste.

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, então, o artigo apresenta uma pesquisa-ação,

que, de acordo com Thiollent (1997 apud KRAFTA, 2007, p. 43) é um tipo de pesquisa social

com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com

a resolução de um problema coletivo e na qual os pesquisadores e os participantes

representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou

participativo.

O trabalho obedeceu aos seguintes passos cronológicos de execução:

- Apresentação do diagnóstico da empresa e descrição da atividade-chave executada no

estágio em questão;

- Levantamento histórico das falhas ocorridas em apartamentos já entregues aos

proprietários através das solicitações de assistência técnica encaminhadas à equipe de

engenharia da construtora;

- Contabilização e estratificação dos tipos de falhas encontradas nos registros de

assistência técnica a fim de calcular os índices de gravidade, ocorrência e

probabilidade de detecção para cada um;

- Determinação do Número de Risco de Prioridade (NRP) para cada um dos modos de

falha potenciais no sentido de indicar a prioridade de estudo e tomadas de decisões

com relação ao nível de criticidade de cada tipo de falha;

- Elaboração da Árvore de Falhas para o modo de falha selecionado baseando-se nas

premissas de causas e efeitos relacionados ao mesmo.

4. Resultados e Discussão

4.1. Informações sobre a Empresa

A empresa em estudo trata-se de uma construtora, mais especificamente a Capital Negócios

Imobiliários Ltda., filial situada na cidade de Mossoró – RN. A empresa é considerada como

sendo de médio porte, contando, atualmente, com um corpo de 55 colaboradores, no qual 40

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fazem parte do operacional (profissionais e serventes) e 15 compõem o corpo técnico e

administrativo.

O tipo de construção em que o estudo foi realizado, e que ainda encontra-se em andamento, é

um condomínio de edifícios residenciais, nomeado Portal da Resistência e com 176 (cento e

setenta e seis) apartamentos, dispostos em 11 (onze) blocos de 04 (quatro) pavimentos cada.

4.2. Atividade de Atendimento às Solicitações de Assistência Técnica

Item de extrema importância para a manutenção do sistema de gestão da qualidade da

empresa, a assistência técnica se desenvolvia sob orientação do encarregado da obra e

execução por parte da equipe de estagiários, técnicos e sub-equipes especialistas (elétrica,

hidráulica, estrutural, etc) que se revezava em turnos. O fluxograma a seguir explica sua

realização.

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Figura 2. Fluxograma da atividade de assistência técnica. Fonte: Autor (2013).

A Figura 2 ilustra o passo a passo da atividade que era iniciada a partir do momento em que o

cliente solicitava a assistência técnica ao preencher um formulário disponível no escritório da

empresa. Neste, o morador se identificaria e descreveria o problema ocorrido com o máximo

de detalhes, informando, também, a disponibilidade para realização da visita de procedência

da falha por parte da equipe, que nos casos positivos, realizaria o reparo. Caso não

procedesse, o encarregado da obra explicaria o ocorrido ao proprietário. O formulário era

então preenchido completamente pelo responsável pela verificação, o qual descreveria as

observações e procedimentos realizados no reparo. Esse, por fim, solicitaria que o cliente

avaliasse todo o serviço prestado através do formulário de avaliação de serviços de assistência

técnica (ANEXO 2).

4.3. Execução de Modelo Híbrido de Análise de Falhas

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Baseando-se no histórico de 50 (cinquenta) solicitações de assistência técnica desde a

implantação do formulário de solicitação, o trabalho teve princípio na quantificação e

classificação das falhas descritas nos reparos realizados em quatro categorias: elétrica,

hidráulica, estrutural e de gás.

A partir disto, um formulário para o método FMECA de análise de falhas pôde ser elaborado,

no qual seriam registrados os modos potenciais de falhas, frequência de cada um, locais de

ocorrência, efeitos potenciais das falhas, causas potenciais e os controles já realizados por

parte da empresa com relação a cada modo. Simultaneamente, as escalas e índices de

severidade, ocorrência e detecção referentes às falhas foram determinados de forma

colaborativa entre todos os membros da equipe de assistência técnica.

Realizados os cálculos, os Números de Prioridade de Risco (NRP’s) foram determinados e,

assim, encontrados os modos de falhas com níveis de criticidade mais altos, que no caso,

foram os vazamentos nos canos de descargas, ralos e de água fria nos BWC’s sociais e das

suítes. A Figura 3 ilustra um detalhe da planilha criada que representa o formulário FMECA e

os valores encontrados a partir deste.

Encontrado o modo de falha mais crítico de todos os ocorridos nos apartamentos, foi possível

a utilização da ferramenta da árvore de falhas (FTA) para desmembramento das causas gerais

e de níveis relacionadas ao evento de topo (vazamentos nos canos de descargas, ralos e de

água). Com visão crítica e compartilhada, a Figura 4 foi montada pelos membros da equipe e

nela foram destacadas as principais prováveis causas do modo de falha em questão.

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Figura 3. Detalhe do formulário FMECA com NRP criado. Fonte: Autor (2013)

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Figura 4. Árvore de falha elaborada. Fonte: Autor (2013).

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A literatura sugere que as Causas Gerais baseiem-se nos chamados “6 M’s”, os quais

relacionam meio ambiente, máquina, matéria-prima, mão de obra, medição e método. Os

quatro últimos itens foram classificados como de maior influência no problema em questão,

dos quais se podiam desdobrar causas secundárias, mais detalhadas, e que foram chamadas de

Causas Nivel 1.

Destacam-se amareladas três causas consideradas evidentes: armazenagem de matéria-prima,

que se desdobrou em uma Causa de Nível 2 quando não havia um controle do material

estocado no canteiro de obras; a inspeção dos processos (ou a falta deste), a qual não provia

de um registro desta atividade durante a execução dos apartamentos em análise; a falta de

informação com relação aos métodos praticados, que foi enaltecido a partir do momento em

que não havia uma boa utilização, por parte do cliente, e uma boa divulgação, por parte da

empresa, do manual de uso e manutenção dos apartamentos que auxiliaria na prevenção das

quebras dos canos em instalações no apartamento.

Em vermelho, distingue-se a causa considerada crítica ao modo de falha em estudo. O aspecto

Instrução, decorrente da causa geral Método, é relacionado com a falta de treinamentos

ministrados aos colaboradores da empresa. As contratações de operários na composição do

corpo de funcionários da construtora seguem o sistema de análise de currículo e indicação de

trabalhos anteriores, porém o oferecimento de capacitações, externas ou não, e de

treinamentos aos procedimentos operacionais padrões estabelecidos pelo manual da qualidade

recentemente implantado, não eram, ou pouco eram, realizados aos novos contratados,

colaborando assim, na defasagem dos métodos de instalação por parte das sub-equipes

especializadas.

5. Considerações Finais

A implantação de um sistema para análise de falhas na empresa, mesmo considerado uma

ferramenta simples, mostrou-se um meio eficaz para tomada de decisão quanto aos passos

iniciais a serem seguidos pelos gestores, na busca pela eliminação dos defeitos em seus

produtos e uma alternativa viável para nortear e transformar o seu sistema de manutenção,

inicialmente, de características apenas corretivas, para uma gestão mais preventiva e que se

antecipe aos erros.

Com a utilização do modelo híbrido entre os métodos de análise de modos de falhas, efeitos e

criticidade (FMECA) e o de análise de árvore de falhas (FTA), pode-se constatar que o tipo de

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problema mais crítico encontrado nos apartamentos é o hidráulico, o qual apresentou o maior

valor médio dos NRP’s dentre os modos de falha registrados no histórico de assistência

técnica da empresa. Essa detecção possibilitou à equipe gerencial da construtora tomar

decisões mais centradas e objetivas sobre o modo de falha prioritário e sua eliminação.

Com a árvore de falhas, ações pontuais puderam ser executadas com base, principalmente, nas

Causas de Nível 2. As planilhas de controle de material estocado no almoxarifado foram

atualizadas, assim como os formulários de inspeção de processos passaram a ser fielmente

preenchidos. Por motivo de sigilo empresarial, estes dois documentos não puderam ser

divulgados no trabalho. Foram definidas medidas intensificadoras para a divulgação do

manual do uso e manutenção dos apartamentos aos clientes. E com relação ao não

fornecimento de instruções específicas aos Procedimentos Operacionais Padrões (POP’s),

novos ciclos de treinamentos foram agendados aos colaboradores, sejam experientes ou novos

na empresa.

Finalizando, a implantação de um modelo mixado de métodos analíticos para falhas

possibilitou acuidade às medidas tomadas pelo corpo gerencial da organização e incrementou

ao Sistema de Gestão da Qualidade uma ferramenta eficaz de controle do processo, a planilha

FMECA de NRP’s para os modos de falha detectados, a qual se transformou em um

documento vivo na organização, ou seja, necessitado de atualizações programadas e

constantes para que se mantenha eficiente naquilo que se predispõe a resolver: auxiliar na

redução de falhas.

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ANEXOS

Anexo 1. Formulário de solicitação de assistência técnica.

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Anexo 2. Avaliação dos serviços de assistência técnica.