aplicação de check list para gerenciamento de riscos

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Aplicação de Check Lists para Gerenciamento de Riscos As atividades de Gerenciamento de Riscos envolvem a detecção, identificação e mensuração de todos os riscos que tenham potencial de causar perdas ou danos, pessoais, materiais ou patrimoniais. Após os riscos serem adequadamente dimensionados, deve-se estabelecer planos de ação de possam conduzir a assunção dos mesmos pela empresa, a eliminação desses através de ações específicas, à redução do seu impacto, e ou a transferência desses através de apólices de seguros. Qualquer que seja a forma de tratamento dos riscos há que se buscar a transparência das ações e o emprego de ferramentas de análise de base matemática, onde possam ser hierarquizadas não só as expectativas de perdas como também as ações que podem ser tomadas pelas empresas. Os check lists ou listas de verificação são um instrumento bem simples de emprego nesse tipo de análise. Contudo, somente verificar-se que algo não está certo e providenciar-se o reparo imediato não é o suficiente. Torna-se necessário que se busque as causas dos desvios (não atendimento aos itens normativos), com a finalidade de evitar novas ocorrências. Chama-se a isso de atitudes pró- ativas. Eng. Antonio Fernando Navarro - 2010

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Page 1: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

Aplicação de Check Lists para Gerenciamento de Riscos

As atividades de Gerenciamento de Riscos envolvem a detecção, identificação e mensuração de

todos os riscos que tenham potencial de causar perdas ou danos, pessoais, materiais ou patrimoniais.

Após os riscos serem adequadamente dimensionados, deve-se estabelecer planos de ação de possam

conduzir a assunção dos mesmos pela empresa, a eliminação desses através de ações específicas, à

redução do seu impacto, e ou a transferência desses através de apólices de seguros.

Qualquer que seja a forma de tratamento dos riscos há que se buscar a transparência das ações e o

emprego de ferramentas de análise de base matemática, onde possam ser hierarquizadas não só as

expectativas de perdas como também as ações que podem ser tomadas pelas empresas.

Os check lists ou listas de verificação são um instrumento bem simples de emprego nesse tipo de

análise. Contudo, somente verificar-se que algo não está certo e providenciar-se o reparo imediato

não é o suficiente. Torna-se necessário que se busque as causas dos desvios (não atendimento aos

itens normativos), com a finalidade de evitar novas ocorrências. Chama-se a isso de atitudes pró-

ativas.

Eng. Antonio Fernando Navarro - 2010

Page 2: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

���� Ficha de Avaliação de Riscos

A Ficha de Avaliação de Riscos, para fins de Gerenciamento de Riscos, é um instrumento de

identificação rápida, de riscos que podem afetar determinada instalação empresarial. Trata-se de

uma ferramenta de análise bastante concisa, onde podem ser encontrados os principais aspectos

daquele risco, em especial. Esse instrumento pode ser considerado como uma ficha resumo, onde o

Gerente de Riscos poderá obter de forma rápida algumas informações básicas.

Como toda ficha, as informações nela contida são limitadas, abrangendo exclusivamente o aspecto

de enquadramento tarifário e os principais riscos incidentes.

A ficha deve ser preenchida para cada um dos locais da empresa, que podem vir a ser identificados

por um número de risco e um número de planta. Neste caso, o risco é o local avaliado, que pode vir

a ser enquadrado como um local isolado, para fins de alastramento dos eventos danosos, o qual pode

vir a possuir várias dependências interligadas, denominadas plantas. Um risco pode vir a possuir

somente uma planta ou pode contar com uma série de plantas. Os principais campos do formulário

são:

1. Identificação da empresa e do risco;

2. Características construtivas do risco;

3. Isolamento do risco quanto a outros locais;

4. Enquadramento tarifário de acordo com a Tarifa de Seguro Incêndio;

5. Meios e proteções existentes;

6. Recomendações para se evitar e controlar os eventos danosos.

Page 3: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

Ficha de Avaliação de Riscos Elaborado por: _____________________________________________________________ Em : Acompanhantes: Solicitante:

Page 4: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

Ficha de Avaliação de Riscos Número:

1) Identificação da empresa Empresa: Razão Social: Localização: Sede: Local do Risco: Responsável pelo Local: Telefone/Fax:

2) Características Construtivas do Risco Nota: A classificação deverá estar de acordo com o indicado na Tarifa de Seguros para a

classificação de prédios. Pisos: Cobertura: Lajes: Travejamento: Instalação elétrica: Estrutura: Vãos de escadas: Fechamento lateral: Observações:

Page 5: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

3) Isolamento do Risco quanto a outros locais

Risco nº: Planta nº: Ocupação:

Page 6: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

4) Enquadramento Tarifário

Rubrica: L.O.C.: Taxa de Prédio: Taxa de Conteúdo: Considerações acerca do enquadramento tarifário:

Page 7: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

5) Principais riscos incidentes

Principais Riscos D.M.P. Principais Riscos D.M.P. Incêndio Desabamento Danos Elétricos Desmoronamento Explosão de Aparelhos Destelhamento Explosão de Substâncias Alagamento Queda de Raio Inundação Vendaval/Granizo Impacto de Veículos Queda de Aeronaves Outros (Comentar) Comentários:

Page 8: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

6) Meios e Proteções existentes

Page 9: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

7) Recomendações para os riscos

Page 10: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

� Considerações Gerais acerca do preenchimento do formulário

A Ficha de Avaliação de Riscos destina-se a relacionar os tópicos necessários e suficientes para o

enquadramento da empresa, também dita risco, para fins de contratação de seguros, principalmente

o seguro incêndio.

A característica principal é a de que este modelo pode vir a ser apresentado de uma forma mais

simplificada, como veremos adiante. Outro ponto a se destacar é que a qualidade das informações

não permite uma análise mais apurada dos eventos a que a empresa possa estar exposta.

As perguntas formuladas destacam apenas algumas das caraterísticas dos riscos/eventos

emergenciais e/ou latentes, apresentando um enquadramento tarifário, que pode vir a ser importante

em uma cotação ou contratação de seguros. Dentro de uma linha tradicional, há o seguinte:

• enquadramento da empresa e de seus locais inspecionados;

• descrição das caraterísticas construturais dos prédios;

• informação quanto ao isolamento do local;

• enquadramento tarifário básico;

• descrição dos principais riscos incidentes, e

• descrição dos meios de proteção existentes, contra os riscos emergenciais ou latentes.

O Formulário em sua forma mais simples é a seguinte:

Page 11: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

Ficha de Avaliação de Riscos Número:

1) Identificação da empresa Empresa: Razão Social: Localização: Sede: Local do Risco: Responsável pelo Local: Telefone/Fax: 2) Características Construtivas do Risco Nota: A classificação deverá estar de acordo com o indicado na Tarifa de Seguros Incêndio

do Brasil, do IRB, para a classificação de prédios. Pisos: Cobertura: Lajes: Travejamento: Instalação elétrica: Estrutura: Vãos de escadas: Fechamento lateral: 3) Isolamento do Risco quanto a outros locais Risco nº: Planta nº: Ocupação: 4) Enquadramento Tarifário Rubrica: L.O.C.: Taxa de Prédio: Taxa de Conteúdo: 5) Principais riscos incidentes

Principais Riscos D.M.P. Principais Riscos D.M.P. Incêndio Desabamento Danos Elétricos Desmoronamento Explosão de Aparelhos Destelhamento Explosão de Substâncias Alagamento Queda de Raio Inundação Vendaval/Granizo Impacto de Veículos Queda de Aeronaves Outros (Comentar) 6) Meios e Proteções existentes 7) Recomendações para os riscos

Nota: Para melhor conhecimento do significado de DMP (Dano Máximo Provável) verificar : O Efeito do Dano Máximo Provável sobre o Seguro, Caderno de Seguros, Ano XIII, n° 78, Rio de Janeiro/RJ, mar/abr/1995, de Antonio Fernando Navarro

Page 12: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

���� Ficha de Análise das necessidades básicas quanto a seguros

A Ficha de análise de seguros é uma ferramenta de identificação das necessidades que a empresa

tem, no que diz respeito à contratação de seguros para suas instalações. A ficha é um Check list de

seguros. O modelo foi desenvolvido para que o Gerente de Riscos tenha em mãos um lembrete do

que pode vir a ser necessário para o seu cliente. Para tanto, listamos alguns dos principais ramos de

seguros e suas modalidades. O Gerente de Riscos, ao vistoriar os locais, vai anotando os seguros

necessários, justificando, no campo próprio, o porquê dessa necessidade.

Não se pretendeu listar todos os ramos de seguros existentes, mas sim, aqueles que são mais

lembrados, ou os mais contratados, acobertando o patrimônio físico da empresa. Os seguros

constantes são os seguintes:

� seguro incêndio;

� seguro de riscos diversos;

� seguro de responsabilidade civil geral;

� seguro de garantia;

� seguro de riscos de engenharia;

� seguro de lucros cessantes;

� seguro de roubo;

� seguro de tumultos;

� seguro de vidros.

Page 13: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

Análise das necessidades básicas quanto a seguros Análise nº:

Segurado: CPF/CGC: Endereço: Bairro: Cidade: Estado: Tel./Fax: Atividade principal: � Comércio � Indústria � Prestação de serviços � Residencial

Incêndio Riscos Diversos Resp.Civil Geral

� Cobertura Básica � Alagamento/Inundação � Guarda de Veíc. de Terceiros

� Explosão de Aparelhos � Anúncios Luminosos � Obras Civis

� Explosão de Substâncias � Desmoronam./Desabamento � Obras Civis/Serv. Montagem

� Rateio Parcial � Equipamentos Móveis � Anúncios e Antenas

� Danos Elétricos � Equipamentos Estacionários � Estabelecimentos Comerciais

� Vendaval/Fumaça � Valores � Estabelecimentos Industriais

� Equip. Cinematográficos Equipamentos

Garantia de Obrigações � Deterioração de Mercadorias � Auditórios

� Concorrente � Prestação de Serv. Terceiros

� Executante/Construtor Riscos de Engenharia � Executante/Fornecedor � Obras Civis em Construção Lucros Cessantes � Executante/Prestador de Serviços � Instalação e Montagem � Lucro Líqu. + Desp. Especificad

� Adiantamento de Pagamento � Quebra de Máquinas � Despesas Especificadas

� Retenção de Pagamento � Equipamentos Eletrônicos � Garantia de Qualidade � Danos à Fabricação Roubo � Riscos Operacionais � Cobertura Básica

Tumultos � Riscos Comerciais

� Cobertura Básica Vidros � Todos os Riscos

� � Cobertura Básica � Valores Inter. Estabelecimento

Justificativas para as necessidades apresentadas

Page 14: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

� Considerações Gerais acerca do preenchimento do formulário

Conforme dito anteriormente, a ficha de análise das necessidades de seguros é um Check list

abrangendo exclusivamente as coberturas de seguros necessárias para a proteção da empresa.

Logicamente, as necessidades não se esgotam com somente os ramos e modalidades de seguros

apresentadas. Entretanto, as necessidades mais prementes podem vir a ser supridas com o que está

sendo apresentado.

Caso se deseje ampliar o formulário, poder-se-á incluir outros ramos de seguros patrimoniais, bem

como acrescentar-se os seguros para os funcionários da empresa.

Outro ponto importante é que qualquer indicação de necessidade deve sempre vir a ser justificada,

em campo próprio, com uma descrição sucinta do porque da necessidade, e qual a abrangência da

cobertura proposta.

Deve-se sempre procurar evitar a redundância de coberturas de seguros, que indicarão, certamente,

custos desnecessários.

Recomenda-se que o Inspetor, antes do preenchimento da Ficha, conheça toda a empresa, e tome

nota dos principais riscos que a possam atingir, estimando a magnitude dos mesmos. A seguir, em

contato com os operadores das instalações e dos maquinismos, como também com os funcionários

responsáveis pela área de seguros, possa ir tirando as suas dúvidas e preenchendo adequadamente o

formulário.

Page 15: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

�Relatório de gastos com sinistros

O relatório de gastos com sinistros é um modelo bastante simples de acompanhamento dos gastos

com os sinistros ocorridos na empresa. Esse acompanhamento é muito importante para que a

empresa possa ter uma contabilidade mais correta de todos os custos incorridos com os acidentes

causadores de perdas materiais.

O modelo proposto apresentado por blocos, podendo vir a ser trabalhado, em um banco de dados,

como se segue:

• identificação e ocorrências de sinistros, quando então poder-se-á obter a quantidade de

sinistros, ou a quantidade de sinistros associada por tipo de ocorrência;

• custos diretos, com o levantamento das principais despesas incorridas com o sinistro. A

informação poderá está associada ao tipo de sinistro ocorrido;

• custos indiretos. Todo o sinistro está sempre associado a custos diretos e a custos indiretos. Os

custos indiretos são aqueles incorridos pelas empresas para fazer com que haja o rápido retorno à

normalidade. No banco de dados podem ser inseridos os custos diretos, indiretos, ou outros, para

cada evento ou locais, com fins de dimensionamento das perdas, inclusive das perdas médias,

possibilitando às empresas uma melhor tomada de decisão;

• despesas com o salvamento dos bens. São todas as despesas, ou custos, incorridas para a

proteção ou o salvamento dos bens. Normalmente estão associadas a despesas com o combate ao

fogo. Entretanto, poderão ser agrupadas nos custos indiretos, em coluna própria;

• somatório das despesas incorridas. São todas as despesas que a empresa poderá ter para

retomar às atividades produtivas, cessadas com o surgimento de um sinistro. O campo poderá vir

a ser apresentado em conjunto com a identificação dos sinistros ocorridos.

Page 16: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

Relatório de gastos com sinistros Inspecionado por: ________________________________________________________ Data: _____________________ Acompanharam: __________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ Solicitado por:

Page 17: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

Relatório de gastos com sinistros Relatório nº:

Sinistro nº: Data da ocorrência:

Hora da ocorrência: Duração:

Bem sinistrado: Localização do bem: Local do início do sinistro: Causa do sinistro:

Custos diretos com o sinistro: � componentes ou peças substituídas � componentes ou peças adaptadas � componentes ou peças fabricadas � componentes ou peças reparadas � pintura � remoção de peças ou partes danificadas � instalação de componentes substituídos � Check up � testes � conexão com outros equipamentos � � �

R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Comentários:

Page 18: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

Custos indiretos � Remoção de partes danificadas � transporte de peças/componentes danificadas � transporte de peças/componentes substituídos � mão de obra para remoção de peças/componentes danificados � mão de obra para instalação de componentes substituídos �

R$ R$ R$ R$ R$ R$

Comentários:

Despesas com o salvamento do bem � recarga dos agentes extintores � reposição de equipamentos perdidos ou danificados � mão de obra �

R$ R$ R$ R$

Comentários:

Page 19: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

Total das despesas incorridas � Custos diretos � Custos indiretos � Salvamento dos bens Subtotal 1 � Perda de produção (custo e perda de Lucro) Subtotal 2 � � Total

R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Comentários:

Page 20: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

� Considerações Gerais acerca do preenchimento do formulário

O Relatório de Gastos com Sinistros é uma das ferramentas de trabalho, empregada no

gerenciamento de riscos, com o objetivo de se apurar os gastos incorridos com os sinistros, ou com

os eventos danosos, que atingindo os bens segurados, obrigam as empresas a repará-los ou a

substituí-los.

Quando ocorre um sinistro, tem-se dois tipos de gasto. Enquadram-se no primeiro tipo de custos os

gastos diretos, ou custos diretos. Esses gastos diretos são todos aqueles incorridos pela empresa para

repor as perdas sofridas. Por exemplo, a substituição de um equipamento danificado é um gasto

direto. O custo da mão de obra necessária para repor os equipamentos em operação também é um

gasto direto. Além desses existem também os custos indiretos, alguns perfeitamente mensuráveis,

outros não.

Exemplificando, a perda de produção que a empresa tem pelo fato dos operários do setor terem

parados para conversar acerca do acidente ocorrido, é um gasto indireto. A paralisação das

atividades, mesmo que momentaneamente, não pode ser enquadrada como devido diretamente ao

sinistro ocorrido. A perda de material causada pelo ajuste do equipamento substituído também é um

gasto indireto.

Existem outros gastos, como aqueles provocados pela aquisição de equipamentos mais modernos,

em substituição ao equipamento sinistrado, ou aqueles incorridos com a compra de outros

equipamentos similares, porque o equipamento que foi danificado não é mais produzido. Neste caso,

o seguro, se tiver sido contratado, repõe o bem sinistrado, ou o seu equivalente, até o limite da

importância segurada na apólice. Se o novo bem possuir um valor maior, a diferença de preço será

coberta, com toda a certeza, pelo proprietário do bem.

�Características do sinistro

O primeiro campo do formulário é destinado à identificação do sinistro e do bem sinistrado.

Compõem o módulo, questões como: bem sinistrado, localização do bem sinistrado, local e início

do sinistro, causa do sinistro, e outras informações estatísticas, como a numeração do sinistro, a data

da ocorrência do evento, a hora da ocorrência e a duração da ocorrência. Esses últimos dados

deverão ser obrigatoriamente preenchidos.

Page 21: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

�Custos diretos com o sinistro

Dentre os custos diretos provocados pelo sinistro destacamos os custos com a fabricação, adaptação

ou substituição de peças ou de componentes, se tratar de uma perda que não afete todo o bem, mas

sim a uma parte do mesmo.

Acrescentam-se os gastos com pintura, os incorridos com a remoção de tudo o quanto foi

danificado, os de conexão dos equipamentos, os custos de Check up e testes. Foram deixados em

branco outros espaços a fim de que o Gerente de Riscos possa incluir outros custos diretos.

�Custos indiretos com o sinistro

No campo de gastos indiretos com o sinistro temos:

• remoção de partes danificadas;

• transporte de peças ou de componentes danificados;

• transporte de peças ou de componentes substituídos;

• custo de mão de obra para a substituição ou para o transporte das peças substituídas ou

danificadas.

Não foram incluídos os custos devidos a:

• ajustes de equipamento;

• custo gerado pela perda de produção ocasionada pelo equipamento, até que ele atinja o seu ponto

de produtividade máxima;

• eventuais perdas de produção provocadas pelos operários até a sua completa adaptação ao novo

bem;

• outras despesas ou gastos mais.

Como se observa, inúmeros são os custos que devem ser apropriados para que se possa ter certeza

de quanto é a perda da empresa com um sinistro.

A maioria dos prejuízos é transparente para o seguro, porque a maior preocupação da empresa é de

repassar para uma seguradora o custo referente ao valor do bem, e, eventualmente, a perda causada

com a parada de produção por um determinado período de tempo. Os demais custos quase sempre

são do desconhecimento até mesmo das empresas.

Page 22: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

Sabe-se que um sinistro pode representar uma perda elevada para a empresa. Porém, nem essa

mesma pode precisar exatamente quanto isso representa.

�Despesas com o salvamento dos bens danificados

As despesas com o salvamento dos bens são aquelas incorridas para evitar que esses mesmos bens

viessem a ser atingidos pelo sinistro, acrescidas com as despesas de socorro e de salvamento,

propriamente ditas, como os gastos do combate a incêndio, que incluem:

• mobilização de pessoal para o combate a incêndios;

• gastos com os equipamentos de combate a incêndio e com o seu transporte;

• mobilização do pessoal não envolvido diretamente com o socorro ao sinistro, que necessitam

estar afastados, para evitar que sejam atingidos pelo sinistro, parando completamente ou não as

suas atividades;

• mão de obra para o combate ao sinistro;

• custos com mão de obra e com materiais empregados na proteção do que sobrou dos bens

danificados, que ainda possam representar algum valor (salvados).

�Total das despesas incorridas com o sinistro

O quadro é um resumo dos campos anteriores, onde explicitam-se todos os custos incorridos com

aquele sinistro, especificamente, sejam eles diretos, indiretos ou conseqüentes. Uma despesa

necessária para proteger os bens danificados é uma despesa conseqüente do sinistro.

Page 23: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

� Análise de Ocorrências Registradas

O relatório de Análise de Ocorrências Registradas é um formulário de informações estatísticas onde

são apresentadas algumas informações referentes ao sinistro ocorrido, suas conseqüências e custos

envolvidos.

Trata-se de um modelo simplificado, no qual acrescentamos dados referentes às causas e

conseqüências, associados aos custos envolvidos com esse mesmo evento.

O modelo proposto apresenta, dentre outras, as seguintes informações:

• Causa do sinistro;

• Estimativa inicial dos prejuízos;

• Prejuízo final;

• Tipo de acidente.

Acrescentamos informações relativas ao encaminhamento dos processos de sinistros à Seguradora.

Page 24: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

Análise de ocorrências registradas Inspecionado por: ________________________________________________________ Data: _____________________ Acompanharam: __________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ Solicitado por:

Page 25: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

Análise de Ocorrências Registradas Relatório nº:

Relatório nº: Data do encaminhamento:

Dia da Ocorrência: Hora da ocorrência:

Bens atingidos pelo sinistro: Local da ocorrência:

Causa do sinistro: � Imperícia � Falha do operador � Negligência � Imprudência � Sabotagem � Falha do equipto � Cond. do terreno � Falha material � Cond. de tempo � Def. de Fabricação � Curto Circuito � Faísca � Superaquecimento � Oper. de soldagem � Incêndio � Colisão � Queda de raio � Explosão Aparelhos � Expl. Substâncias � Alagamento � Outras causas � Tipo de acidente: � Abalroamento � Colisão � Tombamento � Atropelamento � Desabamento � Alagamento � Destelhamento � Explosão � Danos Elétricos � Incêndio � Queda de raio � Desmoronamento � Outras causas � Estimativa inicial dos prejuízos: R$ Estimativa final dos prejuízos: R$ Valor indenizado: R$ Existência de cobertura de seguros: � não � sim Processo recebido em: ____/____/ 20XX_ Envio a Seguradora: ____/____/ 20XX_ Comentários:

Page 26: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

� Considerações Gerais acerca do preenchimento do formulário

O Relatório de Análise de Ocorrências Registradas é um modelo de formulário que pode vir a ser

adotado para o acompanhamento de indenizações de sinistros cobertos por apólices de seguros, ou

mesmo para o acompanhamento das causas dos sinistros, com fins de verificar o tipo de freqüência

de ocorrências e o grau de severidade de perdas.

No modelo proposto constam os seguintes quesitos:

�Dados estatísticos do sinistro

Os dados compreendem informações como:

• Número do relatório;

• Data do encaminhamento do relatório ao setor de Gerência de Riscos;

• Dia da ocorrência do sinistro;

• Hora da ocorrência do sinistro.

�Bens atingidos

Dever-se-á relacionar todos os bens atingidos direta ou indiretamente pelo sinistro, os quais tenham

sofrido algum tipo de dano material.

�Local da ocorrência do sinistro

O local da ocorrência pode ser o endereço ou o setor da empresa onde estão os bens atingidos pelo

sinistro. Para a empresa trata-se de mais um dado estatístico, já que, no futuro, poder-se-á listar

todos os sinistros ocorridos em um determinado local, que constituir-se-á em um forte indicador das

condições de segurança ali reinantes.

�Causas do sinistro

As causas dos sinistros são o foco ou a origem do sinistro. São elas as determinantes do evento.

Assim, um sinistro em um equipamento pode ter como origem uma imperícia ou uma imprudência.

Page 27: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

Um operador de ponte rolante pode cometer uma imperícia e deixar cair uma carga transportada por

sobre mercadorias que estejam sob o seu trajeto.

�Tipo de acidente

O tipo de acidente é a descrição da manifestação da ocorrência, geradora de danos materiais.

�Cobertura de seguro

A referência à cobertura do seguro é um indicativo se esse prejuízo será reparado pela Seguradora

ou será custeado com recursos próprios da empresa. Muitas vezes o bem danificado está incluído no

seguro mas a empresa não recebe nenhuma indenização. Isso se dá quando o valor da perda é

inferior ao valor da franquia arbitrada na apólice de seguros. essa informação é uma das que deverão

constar do campo de comentários, ao final do relatório.

�Protocolos de encaminhamento

Denominamos de protocolos de encaminhamento às datas de recebimento do relatório e de envio do

mesmo à seguradora, para as providências necessárias. O ideal é que se tenha uma ficha de

acompanhamento, onde se escreva a data da ocorrência, a data da elaboração do relatório, a data de

encaminhamento do processo ao setor interno da empresa, a data de sua expedição para a companhia

seguradora, e a data em que a seguradora tenha remetido a indenização. Por intermédio desse fluxo,

consegue-se identificar o ponto de estrangulamento, desde a data da ocorrência até a data de

recebimento da indenização.

�Comentários

Como em todo o relatório, deixa-se em branco um campo destinado a comentários. É nesse campo

que o inspetor deverá escrever todas as informações pertinentes ao sinistro, bem como as

providências tomadas, complementando com dados adicionais que venham a auxiliar à análise do

sinistros, de suas causas e de suas conseqüências.

Page 28: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

�Relatório de Ocorrências

O relatório de ocorrências é outro modelo que se presta a analisar as causas e conseqüências dos

sinistros.

O modelo é composto de dois módulos. O primeiro classifica a ocorrência no tocante ao bem

atingido. O segundo identifica a ocorrência descrevendo-a bem como a forma em que foi detectada,

a extensão dos prejuízos, o alastramento do sinistro, etc. O campo de ocorrências é composto dos

seguintes tópicos:

• incêndio;

• veículos;

• equipamentos;

• outros.

O campo de identificação da ocorrência é subdividido nos seguintes tópicos:

• dia;

• local;

• bens atingidos;

• forma de detecção;

• testemunhas;

• vítimas;

• atendimento ao sinistro;

• extensão dos prejuízos;

• estimativa inicial dos prejuízos;

• materiais e produtos envolvidos;

• alastramento do sinistro.

Page 29: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

Relatório de ocorrências Inspecionado por: ________________________________________________________ Data: _____________________ Acompanharam: __________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ Solicitado por:

Page 30: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

Relatório de Ocorrências Área da ocorrência: Relatório nº:

1) Ocorrências envolvendo � Edificações � Equipamentos � Instalações � Mercadorias � Outros 2) Identificação da ocorrência Dia: Hora: Local: Bens atingidos: Forma de detecção: � Visual � Chamas � Fumaça � Sistema de detecção � Sistema de extinção � Outro Existência de testemunhas: � sim � não Existência de vítimas: � sim � não Forma de atendimento: � Brigada de Incêndio � C. de Bombeiros extern. � C. de Bombeiros internos � CIPA � Segurança Patrimonial � Outra Extensão dos prejuízos: Estimativa inicial dos prejuízos: R$ Estimativa final dos prejuízos: R$ Materiais e produtos envolvidos: Alastramento do sinistro: Comentários:

Page 31: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

� Considerações Gerais acerca do preenchimento do formulário

�Ocorrências envolvendo

Deve-se informar que tipo de bem foi afetado pela ocorrência do sinistro. Trata-se da caracterização

do bem atingido.

�Identificação da Ocorrência

A identificação da ocorrência é a descrição de mecanismos de detecção e de mensuração das perdas

sofridas. Em nosso modelo, compõe o campo de identificação da ocorrência:

a) Dia

A indicação do dia da ocorrência é muito importante para a composição do processo de obtenção de

ressarcimento da perda sofrida.

b) Hora

A hora da ocorrência é outra informação solicitada pela Seguradora. Para a empresa, a informação

passa a ser valiosa, na medida em que se pode identificar o período ou o turno de trabalho em que

mais ocorrem acidentes. A partir daí, a empresa poderá tomar as medidas necessárias para reduzir ou

eliminar os acidentes.

c) Local

O local da ocorrência é um dos pontos que deverão ser levantados, para a composição do processo

de sinistro, e para o estudo, a posteriori, das causas do evento.

d) Bens atingidos

A relação dos bens danificados é obrigatória, para obtenção do ressarcimento da perda. Também

presta-se para a estimativa dos prejuízos.

e) Meios de detecção

Page 32: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

Os meios de detecção são os processos que puderam detectar o sinistro, indicando, prematuramente

a sua ocorrência. Muitas vezes detecta-se o sinistro quando ele já se encontra avolumado. Neste caso

é muito importante que sejam instalados mecanismos de detecção mais apropriados

f) Testemunhas

A existência de testemunhas é muito importante para a composição do cenário onde se deu o

sinistro. Por intermédio delas consegue-se identificar a origem do sinistro.

f) Existência de vítimas

A existência de vítimas denota a gravidade do evento. Sabendo-se a quantidade de vítimas e a

extensão de suas lesões consegue-se mensurar o tamanho das perdas sofridas. A que se convir que se

o acidente envolver terceiros poderá ocorrer da empresa vir a ser acionada. Neste caso, fica

prejudicada a avaliação do tamanho da perda.

g) Forma de atendimento ao sinistro

O atendimento ao sinistro poder-se-á dar pela própria equipe da empresa ou por terceiros. Quando se

tratar de equipe própria, se a empresa estiver adequadamente estruturada esse se dará pala brigada

própria de combate a incêndios, pela equipe de manutenção, pela equipe de segurança patrimonial,

pela equipe de segurança contra incêndio, pelos membros da CIPA ou pelos próprios operadores dos

equipamentos ou das instalações.

h) Extensão dos prejuízos

A extensão dos prejuízos é o tamanho das perdas verificadas, incluindo-se não só os bens

diretamente afetados, como também os indiretamente afetados e as paralisações que se verificaram.

i) Estimativa inicial dos prejuízos

É o quanto que se estima, inicialmente, as perdas. Normalmente essa estimativa se dá logo após a

extinção ou o controle das perdas, quando ainda não se fizeram os serviços preliminares de limpeza.

j) Estimativa final dos prejuízos

A estimativa final se dá após o levantamento de tudo o quanto foi perdido ou danificado com o

sinistro. É o valor que deve ser enviado à Seguradora.

k) Materiais e produtos envolvidos

Page 33: Aplicação de check list para gerenciamento de riscos

São todos os bens envolvidos no sinistro.

l) Alastramento do sinistro a outros locais

É uma das informação, com a qual permite-se saber se os bens danificados estavam adequadamente

confinados. A existência de portas e paredes corta-fogo possibilitam uma adequada contenção das

perdas, principalmente se devidas por incêndio.