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APLICAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO

SUSTENTÁVEL AQUA NA

CONSTRUÇÃO CIVIL: UMA ANÁLISE

EXPLORATÓRIA EM EDIFICAÇÕES

COMERCIAIS

Arthur de Queiroz e Silva (UNINOVE )

[email protected]

Felipe Araujo Calarge (UNINOVE )

[email protected]

Jose Carlos Curvelo Santana (UNINOVE )

[email protected]

Silverio Catureba da Silva Filho (UNINOVE )

[email protected]

Thiago Michel de Brito Farias (UNIFESP )

[email protected]

A construção civil é um importante gerador de recursos econômicos

para economia do país, no entanto apresenta impactos ambientais,

dado a seu ao elevado consumo de recursos naturais, geração e

resíduos e impactos sociais. Uma das maneiras de mitigar os impactos

gerais e promover a sustentabilidade na indústria da construção civil

está na adoção de critérios de sustentabilidade em edificações. A

certificação de sustentabilidade AQUA, adaptada a realidade

brasileira, se apresenta como alternativa para a efetivação da

construção sustentável no Brasil. Este trabalho conduz uma análise da

variabilidade dos desempenhos obtidos por múltiplas edificações,

comparando as categorias e sua interação com os stakeholders da

indústria da construção civil. Uma das constatações deste estudo é que

as categorias se dividem em grupos que apresentam comportamentos

distintos em relação ao seu desempenho sustentável. A contribuição da

pesquisa corrobora com o debate sobre aplicação de critérios de

certificação de edificações baseada em uma perspectiva de

sustentabilidade na construção civil.

Palavras-chaves: Certificação sustentável, edificações sustentáveis,

AQUA, sustentabilidade, qualidade de vida

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

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1. Introdução

A indústria da construção civil é um dos maiores usuários finais de recursos ambientais e um

dos maiores poluidores de ambientes artificiais e naturais (DING, 2008), os quais são gerados

para a sustentação dos negócios e economia de uma cidade (BURNETT, 2007). Nesta

perspectiva, a construção civil torna-se a chave para políticas que objetivem a promoção do

desenvolvimento sustentável (LEE, 2013).

Pesquisas têm apontado que o setor da construção civil é responsável pelo consumo de 50%

dos recursos naturais, 30% do consumo energético, 34% do consumo de água, 55% do

consumo de madeira, 90% da massa total de resíduos de construção e demolição e 67% da

massa total de resíduos urbanos (FENNER; RYCE, 2008-a; ULSEN et al., 2010; SILVA;

FERNANDEZ, 2012). Ao contrário dos demais produtos manufaturados, os edifícios

normalmente possuem elevado ciclo de vida, estendendo-se por décadas, contribuindo dessa

forma com impactos ambientais e sociais duradouros ou até permanentes.

Em relação a outros setores econômicos, o setor da construção civil tem apresentado certa

defasagem em relação à implantação de medidas e iniciativas, de modo a atenuar impactos

ambientais causados durante seus processos construtivos, como também, a adoção de sistemas

de gestão ambiental (RODRÍGUEZ; ALEGRE; MARTÍNEZ, 2011). Além disso, como fator

agravante tem-se que os edifícios, independente de sua finalidade, constituem-se em grandes

emissores de gás carbônico e contribuem substancialmente para a mudança climática, uma

vez que estes deixam uma significativa pegada ambiental e social, especialmente quando

considerada sua alta dependência de recursos (REED et al., 2009).

Em busca de uma maior compreensão e consequente redução ou eliminação dos diversos

impactos gerados, temas específicos de ação têm sido propostos, incluindo a reutilização de

edifícios existentes, design visando o mínimo de desperdício, Lean Construction, preservação

e valorização da biodiversidade e respeito com seu entorno (PRESLEY; MEADE, 2010). Tais

ações apresentam-se no escopo de diversos sistemas de avaliação e classificação sustentável

para a construção civil.

O processo Alta Qualidade Ambiental (AQUA), um dos sistemas de avaliação e classificação

de edifícios sustentáveis, foi desenvolvido e adaptado à realidade brasileira com base no

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método certificação HQE (Haute Qualité Environnementale) da França pela Fundação

Vanzolini em 2007. Apesar da estrutura original ser mantida, a adaptação para as condições

brasileiras, ocorreu com a inclusão de normas e leis nacionais, programas governamentais e

aspectos geográficos, tais como condições climáticas.

Durante o estudo destes sistemas, foi identificada uma lacuna quanto à ausência de trabalhos

que analisem os resultados de desempenho dos edifícios certificados pelo processo AQUA.

Os poucos trabalhos encontrados são de caráter exploratório (SALGADO; CHATELET;

FERNANDEZ, 2012), possivelmente devido a recente existência e implantação da

certificação quando comparado aos demais sistemas.

Por meio de uma análise exploratória dos desempenhos de múltiplos empreendimentos, o

artigo busca identificar a variabilidade de desempenho das categorias do certificador de

sustentabilidade de edifícios AQUA. Com base na amostra de dados, pretende-se classificar

as categorias com maiores e menores desempenhos, verificando a aderência de implantação

destas durante a concepção e realização de um edifício sustentável.

O trabalho está dividido em quatro capítulos. Primeiramente, na revisão teórica, serão

apresentados os estudos que vem sendo realizados e um aprofundamento do tema; seguido

pela apresentação da metodologia de pesquisa; apresentação dos resultados e discussão dos

mesmos, e por fim conclusão e considerações finais, com evidência das respectivas limitações

de estudo.

2. Revisão de Literatura

A constante adoção de práticas sustentáveis pelas diversas indústrias resulta na compreensão

destas terem encontrado valor empresarial dentro da sustentabilidade. Embasando-se nos

princípios do triple bottom line (HACKING; GUTHRIE, 2007) para definir a extensão do

conceito de sustentabilidade, é esperado pelas partes interessadas a criação de organizações

resilientes através de sistemas de gestão integrados, os quais abordam fatores econômicos,

sociais e ambientais. (PRESLEY; MEADE, 2010)

Em meio à complexa cadeia produtiva da construção civil, a qual envolve diversos setores da

indústria, tem-se como um dos produtos finais as edificações (MELLO; AMORIM; 2009).

Seguindo as tendências de adoção de práticas sustentáveis na indústria, surge como resultado

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da interação construção civil x sustentabilidade, projetos dos denominados “edifícios

sustentáveis” (DING, 2008).

Diversos autores os descrevem os edifícios sustentáveis como estruturas que

significativamente reduzem ou eliminam impactos negativos no meio ambiente e em seus

ocupantes (ALTOMONTE; SCHIAVON, 2013). Tal redução de impactos é proveniente da

incorporação de medidas e tecnologias desde a fase inicial do empreendimento (FENNER;

RYCE, 2008-a), visando um consumo energético eficiente, conservação de água, elevada

quantidade de materiais recicláveis e duráveis, saúde e bem estar dos usuários, dentre outros

(ALI; AL NSAIRAT, 2009; YU, 2011).

Considerando que a fase de concepção é a chave no ciclo de vida para a integração da

sustentabilidade em projetos de construção (TSAI; CHANG, 2012), surgem como elementos

de incentivo e viabilidade, os sistemas de avaliação e classificação sustentável de edifícios.

Caracterizados pelo investimento e avanço na promoção da sustentabilidade dos edifícios, e

do conforto e bem-estar de seus usuários (ALTOMONTE; SCHIAVON, 2013), estes sistemas

providenciam uma avaliação compreensiva, dos impactos ambientais causados pelos edifícios,

utilizando um conjunto de critérios e metas comuns, verificáveis para stakeholders e

projetistas alcançarem maiores padrões sustentáveis nos edifícios (DALL’O et al., 2012;

DING, 2008).

A elaboração destes sistemas, apresentados como certificadores ou apenas atuando como

procedimentos e práticas com enfoque sustentável, têm como principais objetivos: mitigar os

impactos causados durante o ciclo de vida de um edifício no meio ambiente e em seu entorno;

proporcionar o reconhecimento dos benefícios ambientais implantados no empreendimento;

providenciar um rótulo credível para estes; e estimular a demanda por construções

sustentáveis. (NEAMA, 2012)

Iwaro et al. (2014), na elaboração de um novo sistema de classificação e avaliação de

edifícios sustentáveis para o Trinidad e Tobago, descreve que estes métodos tendem a seguir

uma estrutura hierárquica em comum. Argumento que é reforçado por Ali e Al Nsairat

(2009), os quais dividem a estrutura do escopo dos métodos de certificação em categorias,

indicadores e parâmetros. O maior nível é destinado às categorias principais de avaliação,

como o uso de materiais e recursos, gestão de água, eficiência energética e qualidade

ambiental interna. Cada categoria é resultante de um conjunto específico de indicadores

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qualitativos e quantitativos, por exemplo, uma categoria de qualidade ambiental interna pode

reunir indicadores de conforto térmico, ventilação, conforto acústico, dentre outros. Os

indicadores por sua vez, são compostos por seus respectivos parâmetros, que conforme

atendidos irão refletir o nível de cada indicador.

Os resultados dos sistemas de avaliação de edifícios são usualmente apresentados por meio de

check-lists, agindo como ferramenta para a avaliação do desempenho de edifícios. A

apresentação da estrutura do sistema por meio de check-lists é vantajosa devido à facilidade

de compreensão e utilização, auxiliando engenheiros e projetistas na documentação de

experiências e facilitando a cooperação entre as equipes de trabalho (TSAI; CHANG, 2012).

Conforme apresentado em estudos anteriores (LEE; BURNETT, 2008; LEE, 2013;

ALTOMONTE; SCHIAVON, 2013) os certificadores de sustentabilidade em edifícios que

detêm os maiores índices de aplicação e estudos são: o selo LEED (Leadership in Energy and

Environmental Design) sustentado pelo USGBC (United States Green Building Council) e o

certificador BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method)

desenvolvido pelo Building Research Establishment (BREEAM, 2012).

Dentro do mercado brasileiro de construções sustentáveis, a certificação LEED adequada à

realidade e normas brasileiras, foi absorvida e amplamente adotada segundo o Green Building

Council Brasil. Junto a este sistema de avaliação de edifícios, também se apresenta a

certificação AQUA, aplicada em território nacional conforme dados disponibilizados pela

Fundação Vanzolini.

Pesquisas que foquem a análise de desempenho global dos edifícios proporcionam uma

oportunidade de apontar melhorias aos sistemas de avaliação de edifícios. Isso pode ser

verificado no trabalho de Fenner e Ryce (2008-b), no qual foi concluído que a certificação

LEED falha por desconsiderar categorias como transporte, o uso de materiais e desperdício,

que por sua vez compõem o escopo de avaliação do BREEAM.

3. Método de Pesquisa Proposto

O sistema de avaliação do processo AQUA é conduzido através da combinação de parâmetros

que classificam o respectivo indicador em que estão compreendidos. A consequente

combinação de classificação dos indicadores por sua vez rege a classificação de sua categoria.

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Quanto à classificação apresentada neste sistema de avaliação têm-se como desempenho, uma

divisão em três níveis: Bom (B), que corresponde ao desempenho mínimo aceitável; Superior

(S), correspondendo ao atendimento das boas práticas; Excelente (E), correspondendo as

melhores práticas para um edifício certificado em sustentabilidade.

Os dados coletados para composição da amostra desta pesquisa foram obtidos nos meios de

comunicação (sites, documentos específicos, etc), uma vez que a apresentação do

desempenho sustentável do edifício pode atuar como um marketing positivo para valorização

do empreendimento.

Os dados de desempenho coletados referem-se a edifícios comerciais brasileiros, construídos

a partir de 2009. Todos são certificados em vista dos critérios mínimos de certificação, ou

seja, um mínimo de três categorias em nível excelente (E) e um máximo de sete categorias em

nível bom (B). Como resultado dos dados obtidos foi elaborado a Tabela 1, a qual reúne o

desempenho dos sete empreendimentos, classificados como edifícios “A” a “G”, em função

das 14 categorias do processo de certificação AQUA.

Tabela 1 - Desempenho dos edifícios em estudo conforme as categorias da certificação AQUA

1 Relação do edifício com o seu entorno B B B B S B E

2Escolha integrada de produtos, sistemas

e processos construtivosS B S S S E S

3Canteiro de obras com baixo impacto

ambientalE E E E E S E

4 Gestão de energia E S E E E E S

5 Gestão da água E B B B B E E

6 Resíduos de uso e operação do edifício E E E E E E E

7 Gestão de manutenção S E E E E E E

8 Conforto higrotérmico S B B B S B S

9 Conforto acústico S B B B B B B

10 Conforto visual B B B B S E E

11 Conforto olfativo S E E E E E B

12 Qualidade sanitária dos ambientes B B B B B B B

13 Qualidade sanitária do ar S S S S S E B

14 Qualidade sanitária da água E S S S S E S

Edifício

D

Edifício

E

Edifício

F

Edifício

GCategoriaNº

Edifício

A

Edifício

B

Edifício

C

Fonte: O autor

Objetivando uma perspectiva global, a etapa seguinte constituiu na quantificação de

pontuações obtidas por cada empreendimento, em função de seu desempenho, conforme

Tabela 2.

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Tabela 2 – Desempenho médio amostral dos edifícios comerciais certificados pelo processo AQUA

B -Bom (Comprimento da legislação,

requisitos mínimos)3 7 6 6 3 4 4 5

S - Superior (Boas práticas) 6 3 3 3 6 1 4 4

E - Excelente (Melhores práticas, todos

os indicadores atendidos)5 4 5 5 5 9 6 5

Classificação MédiaEdifício

A

Edifício

B

Edifício

C

Edifício

D

Edifício

E

Edifício

F

Edifício

G

Fonte: O autor

A Tabela 3 pondera as classificações de desempenho B, S e E nos valores 1, 2 e 3,

respectivamente, conforme os princípios de uma escala de Likert (ALEXANDRE et al.,

2013), possibilitando a extração das médias amostrais de desempenhos.

Tabela 3 - Desempenho dos edifícios em estudo conforme as categorias da certificação AQUA

1. Relação do edifício com o seu entorno 1 1 1 1 2 1 3 1,43

2. Escolha integrada de produtos,

sistemas e processos construtivos2 1 2 2 2 3 2 2,00

3. Canteiro de obras com baixo impacto

ambiental3 3 3 3 3 2 3 2,86

4. Gestão de energia 3 2 3 3 3 3 2 2,71

5. Gestão da água 3 1 1 1 1 3 3 1,86

6. Resíduos de uso e operação do

edifício3 3 3 3 3 3 3 3,00

7. Gestão de manutenção 2 3 3 3 3 3 3 2,86

8. Conforto higrotérmico 2 1 1 1 2 1 2 1,43

9. Conforto acústico 2 1 1 1 1 1 1 1,14

10. Conforto visual 1 1 1 1 2 3 3 1,71

11. Conforto olfativo 2 3 3 3 3 3 1 2,57

12. Qualidade sanitária dos ambientes 1 1 1 1 1 1 1 1,00

13. Qualidade sanitária do ar 2 2 2 2 2 3 1 2,00

14. Qualidade sanitária da água 3 2 2 2 2 3 2 2,29

Edifício

A

Edifício

BMédiaCategoria

Edifício

C

Edifício

D

Edifício

E

Edifício

F

Edifício

G

Fonte: O autor

Após a aquisição da média amostral de cada categoria com a classificação numérica e com o

intuito de traduzir visualmente os resultados obtidos, foi elaborado um gráfico do tipo radar,

apresentando os respectivos desempenhos médios de cada categoria do certificador AQUA,

conforme ilustado pela Figura 1 a seguir.

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Figura 2 - Desempenho médio em cada categoria dos empreendimentos pesquisados

Fonte: O autor

Com o tratamento realizado destes dados prosseguiu-se com uma análise detalhada do

referencial técnico para edifícios comerciais (AQUA, 2007), tendo como finalidade relacionar

o desempenho evidenciado com os parâmetros e indicadores dentro de cada categoria da

certificação.

4. Resultados e discussões

A Categoria 1 (Relação do edifício com seu entorno), visa minimizar novos impactos na

comunidade local, otimizar o uso dos meios de transporte, preservar o ecossistema e a

biodiversidade e melhorar a retenção e infiltração de água. Considerações externas como

conforto ambiental, acústico e visual e estudos sobre riscos de poluição também estão

inclusos. Em geral se preza pela melhoria do entorno com a implantação do empreendimento,

assegurando a insolação, luminosidade, vistas, saúde e integridade acústica tanto para os

usuários quanto para os vizinhos. Nesta categoria pode-se verificar que dos sete edifícios

analisados, cinco obtiveram desempenho B. Pode-se verificar que as maiores dificuldades em

relação a esta categoria podem ser em função da abrangência dada aos seus parâmetros,

constituindo em um desafio aos empreendedores e projetistas.

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A Categoria 2 (Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos)

considerando indicadores tais como durabilidade, adaptabilidade, conservação, impactos ao

ambiente e à saúde humana, apresentou grande repetição em desempenhos S, permitindo

creditá-la como uma categoria moderada. A análise do ciclo de vida do edifício torna-se

parâmetro para a escolha dos produtos, sistemas e processos, podendo-se citar como

principais obstáculos para atingir o nível E de desempenho, o conhecimento prévio dos

produtos quanto aos seus impactos de diferentes naturezas, tal como: conformidade por meio

de programas como o PSQ (Programa Setorial de Qualidade); certificações da ABCP; selo

Procel entre outros, os quais configuram condições necessárias para o atendimento da

categoria.

A Categoria 3 (Canteiro de obras com baixo impacto ambiental) valoriza a minimização da

produção de resíduos, a reutilização do mesmo no processo construtivo, a garantia da correta

destinação dos resíduos com rigorosos controles de rastreabilidade e avaliação de

transportadoras. A redução dos incômodos sonoros e visuais, a limitação da poluição e do

consumo de recursos causados pelo canteiro de obras são medidas requisitadas. Seis edifícios

alcançaram o desempenho E, o que levantam indícios de facilidade no cumprimento de seus

parâmetros em relação aos de outras categorias, tal como uma elevada atratividade para

stakeholders no cumprimento desta.

A Categoria 4 (Gestão de energia) visa à redução do consumo de energia do edifício por meio

da concepção arquitetônica, limitando desperdícios e necessidades energéticas como

resfriamento e iluminação artificial. Para sua comprovação são realizados comparativos

baseados em indicadores quantitativos e simulações computacionais. A utilização de energias

renováveis está presente como parâmetro nesta categoria. Com cinco edifícios alcançando o

desempenho E, as mesmas observações dadas a categoria 3 são aplicadas.

A Categoria 5 (Gestão de água) prevê a redução do consumo de água potável e a otimização

da gestão de águas pluviais. Seu primeiro indicador é dividido na limitação das vazões de

utilização no edifício, otimização do consumo de água potável com sistemas economizadores

e uso de água não potável para finalidades que não necessitem de potabilidade. O segundo

indicador reflete a gestão de retenção, para um escoamento controlado, e a gestão de

infiltração, para a percolação de água no solo de modo a preservar seu ciclo. Medidas de

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recuperação e tratamento de águas de escoamento poluídas também são um parâmetro

evidenciado.

Divergindo das demais categorias, a Categoria 5 apresentou resultados de desempenho no

nível B para metade dos edifícios e desempenho E para o restante. Com uma análise

superficial pode-se creditar que a dificuldade resida nos parâmetros para obtenção do nível S

de desempenho. São parâmetros de nível S: a presença de sistemas economizadores;

coeficientes de infiltração (CI) inferiores a 70%; e melhorias superiores a 2% do CI em

relação ao estado existente para empreendimentos em áreas a serem demolidas.

A Categoria 6 (Gestão dos resíduos de uso e operação do edifício) considera todo o

planejamento desde a identificação e classificação dos resíduos até suas respectivas triagens,

condicionamentos e coletas. Disposições arquitetônicas que facilitem a gestão através do

dimensionamento de espaços adequados com salubridade assegurada, tal como a antecipação

de evoluções futuras que os edifícios venham a apresentar quanto à geração de resíduos são

requisitos para a realização desta categoria. Com a obtenção de desempenho E para os sete

edifícios, é possível apontar um determinado grau de facilidade perante as demais categorias

do certificador AQUA.

A Categoria 7 (Gestão de manutentação) prevê garantias no desempenho ambiental

correspondente ao controle total dos sistemas prediais e a facilidade de acesso aos mesmos. A

automação predial é um pré-requisito no controle e medição dos sistemas de aquecimento,

resfriamento, ventilação, iluminação e gestão de água. A setorização da medição dos mesmos

e tecnologias compõem esta categoria. Com o desempenho de nível E para seis dos edifícios,

são mantidas as mesmas observações das categorias 3 e 4.

A Categoria 8 (Conforto higrotérmico) compreende a orientação das aberturas e disposições

arquitetônicas visando um melhor aproveitamento da ventilação natural e cruzada. A

categoria considera a criação de condições mínimas de conforto higrotérmico em todos os

ambientes em qualquer estação climática, com garantias de estabilidade da temperatura.

Dentre os edifícios em estudo, quatro obtiveram desempenho B e três desempenho S. A não

obtenção do nível E pode indicar a presença de indicadores que estejam criando obstáculos

para seu alcance, como o controle de desconfortos por ganhos solares e as taxas de velocidade

do ar e fatores solares.

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A Categoria 9 (Conforto acústico) incorpora os procedimentos para isolamentos de diferentes

áreas sujeita a exposição ou propagação de ruídos. Indicadores quantitativos como a redução

sonora são utilizados para aferição do cumprimento aos parâmetros dessa categoria, tal como

a otimização dos elementos arquitetônicos. Com seis edifícios alcançando o nível B de

desempenho, considerações quanto à dificuldade dos parâmetros solicitados ou a baixa

atratividade do item são tomadas como possibilidades.

A Categoria 10 (Conforto visual) determina para seu atendimento, a garantia de uma

iluminação natural ótima através do acesso à luz do dia em ambientes de permanência

prolongada. Uma iluminação artificial confortável também é objetivada em conjunto com os

esforços para evitar eventuais ofuscamentos. A distribuição balanceada de desempenhos nos

três níveis aponta para um conjunto de parâmetros moderados.

A Categoria 11 (Conforto olfativo) refere-se a uma ventilação eficaz e fontes controladas de

odores desagradáveis. Alguns dos parâmetros presentes são definidos pela implantação de um

sistema de ventilação que assegure taxas higiênicas regulamentadas, renovação de ar prévia a

ocupação dos usuários, disposições arquitetônicas que reduzam os efeitos de fontes de odores

e limitação de emissões químicas e odores de matérias de construção. Similar as

considerações das categorias 3, 4, 6 e 7, uma vez que cinco edifícios apresentam nível E de

desempenho.

A Categoria 12 (Qualidade sanitária dos ambientes) aborda os riscos sanitários que podem

eventualmente ser causados por equipamentos e superfícies, seja por condições de higiene ou

campos eletromagnéticos. Com este objetivo compreende-se a identificação e otimização na

disposição de fontes emissoras de ondas eletromagnéticas no entorno e no empreendimento.

As condições de higiene dispõem de parâmetros como: a escolha de produtos que restrinjam o

crescimento de fungos e bactérias, e a criação dessas condições de higiene nos ambientes de

maior exposição. Com todos os edifícios atingindo desempenho B, esta categoria se

caracteriza como a menor média de pontuações obtidas. Questões quanto à dificuldade e

atratividade para os stakeholders devem ser levadas em conta.

A Categoria 13 (Qualidade sanitária do ar) compreende o uso da ventilação para reduzir a

concentração de poluentes no edifício e o controle sobre as fontes poluidoras no interior do

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mesmo. Apesar da similaridade com a categoria de conforto olfativo, seu desempenho

assemelha-se com a segunda categoria.

A Categoria 14 (Qualidade sanitária da água) prevê as medidas para garantia da potabilidade e

adequações para higiene pessoal. Controle de temperatura da água, identificação das

diferentes redes e tratamentos preventivos contra corrosão e incrustação são alguns exemplos

dos parâmetros presentes. Desempenho similar às categorias 2 e 13, com cinco edifícios

desempenhando o nível S.

5. Conclusões e Considerações Finais

O presente trabalho teve como objetivo principal analisar a variabilidade dos desempenhos

obtidos em cada categoria da certificação brasileira AQUA. Sob uma perspectiva global é

possível afirmar que os empreendimentos certificados têm apresentado um desempenho

balanceado, com pontuações uniformes. Quando a análise foi realizada através de uma

perspectiva pontual, as divergências principais verificadas foram: categorias com tendências

para o desempenho excelente (03, 04, 06 e 07) e categorias com tendências para o

desempenho bom (01, 08, 09 e 12). Em um caráter exploratório é possível assegurar que os

objetivos propostos nesta pesquisa são factíveis de serem implementados, visto a lacuna de

estudos do gênero relacionados a esta certificação. Pesquisas do gênero devem ser

incentivadas e aprofundadas uma vez que a amostra foi restringida a edifícios comerciais, o

que se constituiu em uma limitação da pesquisa. A relação entre o grau de dificuldade e o

nível de percepção ou atratividade de cada categoria deve ser explorada com maior

profundidade em trabalhos futuros.

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