apf- auxiliary police federation · o uso progressivo da força. É impossível falar em segurança...

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Apoio: 08/11/2015 São Paulo - Brasil - Edição 01 Diretor Geral e Jornalista - MTB:0069530/SP Fábio Lacerda - Consult. de Inteligência. Filiado a IFPO / IAIJ Colunista: Edição e Diagramação: James Makino (A direção não se responsabiliza por artigos assinados que não retratem a linha do APF NEWS) Ano –1 n° 01 APF- AUXILIARY POLICE FEDERATION APF NEWS Designed and produced by FÁBIO LACERDA AND JAMES MAKINO

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Apoio:

08/11/2015 São Paulo - Brasil - Edição 01

Diretor Geral e Jornalista - MTB:0069530/SP

Fábio Lacerda - Consult. de Inteligência. Filiado a IFPO / IAIJ Colunista:

Edição e Diagramação:

James Makino

(A direção não se responsabiliza por artigos assinados que não retratem a linha do APF NEWS)

Ano –1 n° 01

APF- AUXILIARY POLICE FEDERATION

APF NEWS Designed and produced by FÁBIO LACERDA AND JAMES MAKINO

Página 2 APF NEWS

APF - International Auxiliary Police Association

Mission:Improve the security of society, voluntarily. . General Information: International Federat ion of Auxi l iary Police - APF Description: Organizations formed an alliance that extends beyond labor relations, but for stable and lasting friendship, which has developed since then. We believe that what is at the heart of each of the auxiliary service server is to do something for the safety of voluntarily society. Information General: The current goal of the APF (International Federation of Auxiliary Police) is to pro-mote close cooperation between the auxiliary police forces around the world. "We not only have the aim of establishing exchange programs, but also to create job opportunities in network based on mu-tual interests and sympathy.

The current goal of APF / Auxiliary Police Federation / is to foster strong cooperation among Auxiliary Police forces worldwide. We not only aim at establishing exchange programs but also at creating possi-bilities for networking based on mutual interest and sympathy. Let us inform one another about our day-to-day lives! We are convinced that what lies at the heart of each and every auxiliary service is to do something for the safety of society voluntarily.

International President: Kiss Csaba

History of APF Founded in 2015, Budapest Hungary

Página 3 APF NEWS Management and Honorary Members

Página 4 APF NEWS

News from APF Section Brazil

Página 5 APF NEWS

The Inspector Officer Fábio Lacerda and Deputy Inspector Officer James Makino APF-

Auxiliary Police Federation Section Brazil, were honored by the president of IPA-International

Police Association, Section Brazil, Jarim Lopes Roseira, by the initiative of creation and production of the

compilation album IPA-NEWS editions 1 to 5 in CD.

The IPA-International Police Association, President, Section Brazil, Jarim Lopes Roseira , was presented

by the inspector officer Fábio Lacerda, with a porcelain mug APF-Section Brazil.

Página 6 APF NEWS

Inspector Officer APF-BRAZIL, Fábio Lacerda and Deputy Inspector James Makino,

attended the opening party of the second IPA House, International Police Association, the

event was held in the city of São Paulo. Attended the event, the inauguration, the President of IPA-

International Police Association section Brazil, members, friends and guests.

Página 7 APF NEWS

Página 8 APF NEWS

News from APF Section CYPRUS President of IPA-International Police Association, Brazil Section, Jarim Lopes Roseira, meets Christos

Zambakkides. Inspector officer of Cyprus, the APF. Auxiliary Police Federation, In the Twenty-first

IPA WORLD CONGRESS 2015 in Limassol, Cyprus.

News from APF Section Romania Preventive action and information on lower drug use among youth and adolescents in several high schools in Pitesti, with a special guest - Sheriff in Ohio - USA, Marius R. Stoika, in partnership with the APF, Auxiliary Police Federation and International Federation Roumania

Página 9 APF NEWS

Página 10 APF NEWS

Journalist: Fábio Lacerda Creation and Graphic Art: James Makino

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Welcome to The New Inspector Officer APF Turkey

Mr. ISMAIL YETIMOGLU

O Uso Progressivo da Força Em uma entrevista informal com um Agente das Operações Especiais do Governo do Estado de São Paulo, o Especialista em Combate Urbano A.S.Ferreira descobri um termo que me aguçou a curiosidade e que foi tema de uma longa e interessante conversa. Pedi ao Sr. A.S.Ferreira que em momento opor tuno discorresse em um breve texto sobre o assunto e em minha caixa de e-mail recebi este brilhante artigo que divido com vocês a seguir.

Martha Grillo – Jornalista - TRT-0070220-SP

Member: International Association Of Independent Journalists Inc.

( foto: A.S.Ferreira )

Página 12 APF NEWS

O Uso Progressivo da Força.

É impossível falar em Segurança sem abordar o tema “Uso da Força”, ademais, é preciso definir o Uso da Força.

O termo FORÇA remete inevitavelmente à VIOLÊNCIA, entretanto, este é um preconceito perigoso, haja vista ser este um dos fatores influenciadores de textos legais que visam o controle da violência. Ademais, insta salientar, que a própria expressão “VIOLÊNCIA” é mal aplicada neste caso, sendo a FORÇA ferramenta indispensável para o controle pleno e eficaz, legitimadamente direito exclusivo do Estado, ou seja, só o Estado possui a legitimidade do USO da FORÇA, sendo assim, portanto, rotular FORÇA tal qual sinônimo de VIOLÊNCIA é improcedente mesmo diante da AGRESSIVIDADE necessária à sua aplicação.

Mesmo dirimidas as ‘questões semânticas’, por assim dizer, independente do conceito gerado pela palavra aplicada, a verdade esta fundamentada na expressão monopólio da violência e refere-se à definição de Estado exposta por Max Weber na conferência proferida na Universidade de Munique em 1918, e publicada 1919 intitulada “A política como vocação”. Neste ensaio, Weber fundamenta a definição de Estado que se tornou clássica para o pensamento político ocidental, atribuindo-lhe o monopólio do uso legítimo da força física dentro de um determinado “território da coerção”. E eis que surge o tema a ser abordado pelo prisma dos Profissionais de Alto Rendimento, o “Território da Coerção”.

O Uso da Força principia-se muito antes do controle de contato ou combate corpo a corpo, o Estado por sua presença impõe naturalmente a coerção emanada da Letra da Lei da qual é detentor Mor. O Agente representante legal do Estado, imbuído de suas funções legítimas sob Regime Especial de Trabalho Policial, deve expressar o Estado através de sua presença, sendo este o primeiro degrau da “Pirâmide do Uso da Força”, ou, o primeiro “Território de Coerção”.

O Segundo Território de Coerção abrange a Verbalização ou Comunicação Gestual. Toda e qualquer declaração falada pelo Agente deve estar embasada no texto legal, sendo este, a única fonte de todo o teor de suas declarações sob a Égide dos princípios elencados pela sigla “LIMPE” – Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência, este último discutível, haja vista ser ÉTICA um ‘E’ mais urgente que Eficiência, mas sejamos éticos por natureza e eficientes por força da Lei. No segundo degrau da Pirâmide encontram-se o Poder de Persuasão, a Dialética, o Discurso, o Gestual, a Postura, entre outros fatores diversos que influenciam diretamente os Interlocutores na esfera comportamental. O resultado objetivado é sempre a solução do conflito sem a necessidade de avançar a outros Territórios de Coerção. Deve-se estudar nas minúcias as técnicas e apurá-las antes de aplicá-las “IN-LOCO”, não há melhor academia que o empirismo, entretanto, o mau uso do discurso pode desencadear o efeito inverso tornando-se fator desestabilizador e gerador de conflito.

O Terceiro Território de Coerção abrange Técnicas de Controle de Contato e Imobilização, Combate Corpo a Corpo e Contenção de Movimentos por Algemamento e outros Meios Ortodoxos Disponíveis. Neste degrau a Aplicação da Força demanda de meios físicos, com o objetivo de dirimir o ímpeto agressivo do Indivíduo Desestabilizador. É notório que todo e qualquer combate é passível de lesões decorrentes, sendo contrassensual por ser o Estado guardião natural do Direito de todos indistintamente, cidadãos e tutelados, no que tange a integridade física, moral

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e psíquica. Exatamente por ser contraponto que este degrau deve ser evitado e somente acessado depois de esgotadas todas as possibilidades de negociação. A partir do terceiro degrau já não existe espaço para amadorismo, somente especialistas altamente treinados devem atuar nesta esfera. Lançar mãos de técnicas e ferramentas, sejam quais forem, no intuito de imobilizar outro indivíduo pode ocasionar lesão permanente e morte. Deve-se observar se as técnicas treinadas encontram embasamento no texto legal, devem ser reconhecidas e chanceladas pela respectiva Escola ou Academia e transmitidas em Curso Oficial através de Docentes Capacitados e Cadastrados. A Especialização por sua vez é inversamente negativa ao Operador que em hipótese extrema não terá a seu favor as possibilidades de excludente por serem incabíveis a um Especialista as condutas de Negligência, Imprudência e Imperícia. . Aos Operadores, o único caminho para a aplicação eficiente de todo e qualquer protocolo de “USO da FORÇA” é a busca da excelência através de aperfeiçoamento contínuo, treinamento constante, estudos e pesquisas específicas, laboratório e aplicação prática. Tarefas árduas que demandam extrema dedicação e disciplina, aos mais extremos aproxima-se de um sacerdócio, eis a essência das “Operações Especiais”... mas, este é tema de texto futuro, voltemos ao tema, o “USO PROGRESSIVO DA FORÇA”. . Neste momento já se pode compreender os fundamentos que levam ao conceito do tema central, o “USO PROGRESSIVO DA FORÇA”, que assim é por progredir escalonadamente de forma crescente da PRESENÇA à COMUNICAÇÃO VERBAL e/ou GESTUAL. Da COMUNICAÇÃO ao CONTROLE DE CONTATO, e dessa forma segue o próximo degrau. O Quarto Território de Coerção trata-se da linha limítrofe que separa a Preservação da Vida da Aplicação de Protocolos Extremos de Neutralização de Ameaça, que são passíveis de lesão corporal grave e morte. Com a finalidade de evitar o uso de Meio Letal foram desenvolvidas diversas tecnologias denominadas a princípio como “Não Letais”, e após evoluções e adequações passaram a ser denominadas TECNOLOGIAS MENOS QUE LETAIS. . A Aplicação de Técnicas e Tecnologias Menos que Letais abrange ações com aplicação de munições de contaminação química de ambientes, elastômero e variantes, explosivos de efeito moral, bastões PR-24 (tonfa), entre outras inúmeras ferramentas de aplicação com o fim de retomada de ordem.

Aprofundar-se nos pormenores deste tema, bem como discorrer sobre demais Territórios de Coerção cabe apenas aos Profissionais Agentes de Segurança e Policiais cujo escopo das funções engloba as tarefas descritas bem como os demais degraus da Pirâmide. Cabe informar que, mesmo os Territórios de Coerção sobre os quais discorro em tela são abordados de maneira superficial apenas com o fim de ilustrar a complexidade intrínseca ao trabalho do Profissional de Alto Rendimento. Aos demais profissionais e entusiastas deixo a recomendação de que mergulhem no assunto e surpreendam-se com as infinitas possibilidades técnicas que podem potencializar as Ações de Segurança através de Estratégias e Diretrizes Lógicas e acima de tudo À LUZ DA LETRA DA LEI.

Por: Martha Grillo