apelo falacioso à ignorância

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FILOSOFIA 11.º ano F ILOSOFIA 11.º ano Luís Rodrigues Apelo falacioso à ignorância

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FILOSOFIA 11.º ano

FILOSOFIA 11.º anoLuís Rodrigues

Apelo falacioso à ignorância

FILOSOFIA 11.º ano

Falácia do apelo à ignorância(apelo falacioso à ignorância)

Transforma-se em prova a ausência de prova. Senão provarmos a falsidade de uma afirmação, entãoela é verdadeira; se não provarmos a verdade deuma afirmação, então ela é falsa.Ex.: 1. Ninguém provou que os fantasmas nãoexistem. Logo, existem.

2. Nunca se observaram extraterrestres. Logo, nãoexistem.

Apelo falacioso à ignorância

FILOSOFIA 11.º ano

O apelo falacioso à ignorância ocorre quando se usa como prova afavor de algo a ausência de prova contra e como prova contra algo aausência de prova a favor.Assume, portanto, duas modalidades:

1. Argumenta-se que uma proposição é verdadeira porque não foiprovado que é falsa.Ex.: Ninguém provou que Deus não existe. Logo, é verdadeira aproposição «Deus existe».

2. Argumenta-se que uma proposição é falsa porque não foi provadoque é verdadeira.Ex.: Ninguém provou que Deus existe. Logo, é falsa a proposição «Deusexiste».

Apelo falacioso à ignorância

FILOSOFIA 11.º ano

FORMA LÓGICA DO APELO FALACIOSO À

IGNORÂNCIA

1. Não se provou a

verdade de A.

Logo, A é falso.

2. Não se provou a falsidadede A.

Logo, A é verdadeiro.

Apelo falacioso à ignorância

Exemplo de apelo falacioso à ignorância

Dado que os médicos não conseguiram explicar como Ernesto saiu doestado de coma ao fim de seis meses, esse acontecimento é um milagre.

A conclusão não é aceitável porque transformamos a ausência de provaem justificação. Seguir este raciocínio é julgar que o que não tem provacientífica conhecida é por isso mesmo um milagre. Ora, falta provar queseja um milagre.

FILOSOFIA 11.º ano

Apelo falacioso à ignorância