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O que sentir quando se percebe que se está vivendo em meio ao caos? Medo? Coragem? Amor? Ou não sentir nada?

Dá medo ver um Estado sem governo, taxas de homicídios assustadoras, tropas militares nas ruas. A sensação é a de que estamos revivendo os violentos anos 1990, que estamos numa cidade em guerra, que nenhuma mudança dos últimos anos se consolidou.

Nosso presidente não foi escolhido por nós (o povo clama por Diretas já!), com índices de rejeição beirando os 90%. Acusado de corrupção (com gravação e confirmação de sua fala por declaração saída de sua própria boca), comprando deputados (cadê as panelas?). Quase todas as famílias com desempregados, reforma trabalhista por conta do alto número de processos por parte dos trabalhadores (uma das desculpas: culpa nossa!). E as tropas militares nas ruas.

Nosso prefeito nunca aparece. Fecha hospitais, corta verbas da cultura, mente, mas não deixa de cuidar de suas viagens pro exterior (com que propósito?). Mas faz tudo na surdina para não alarmar a população (como na enchente do início de junho). Cabral está morto, o outro preso. Quem levará o barco? Quem segurará o leme? As tropas militares nas ruas...

O grande monstro Pé-Grande ficou dodói e foi se cuidar no luxo, enquanto a plebe recebe sua cesta básica, e a universidade mantém suas portas fechadas. Com isso, a falta de educação, o adeus ao conhecimento, o desemprego, a violência, o medo e as tropas militares nas ruas.

O mais chocante é que esse caos não está sendo sentido só pelos adultos. O sentimento é geral, amplo e irrestrito. As crianças começam a pensar que Pandora também deixou escapar o Mal que destrói a esperança, que Stephan Zweig

Agosto 2017

se matou porque disse que o Brasil era o país do futuro e percebeu que cometeu uma falácia.

As crianças estão vendo que os adultos falam do fim da fome, do amor pelas pessoas, da importância da escola e da educação; contudo, percebem os adultos agindo em favor de privilégios e interesses próprios, doa a quem doer. As crianças estão com medo, mas as tropas militares continuam nas ruas pra inglês ver.

Professor Ludwig

O medo de amar e o medo de ser livre

Beto Guedes e Fernando Brant

O medo de amar é o medo de serLivre para o que der e vierLivre para sempre estar onde o justo estiver

O medo de amar é o medo de terDe a todo momento escolherCom acerto e precisão a melhor direção

O sol levantou mais cedo e quisEm nossa casa fechada entrar pra ficar

O medo de amar é não arriscarEsperando que façam por nósO que é nosso dever: recusar o poder

O sol levantou mais cedo e cegouO medo nos olhos de quem foi verTanta luz

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CRÔNICAS DO

METRÔ Hoje tive que ir de metrô ao Centro da cidade, sabe

aquelas tardes frias em que todos estão agasalhados, este era o dia. Bom, ao entrar no trem percebi algo que me chamou atenção, muitas pessoas lendo, livros, não celulares, pensei "que legal”! Achei um lugar confortável, mesmo em pé, e percebi um homem com uma barba espessa castanha, cabelos lisos, com uma franja cobrindo a testa e uma altura considerável, entre os óculos, ele olhava em minha direção, achei que era impressão, mas mesmo assim decidi mudar de lugar, pois me senti um pouco constrangida, por isso mudei e me deparei com uma jovem lendo, branquinha, sem batom, sem nenhuma maquiagem e também aparentemente sem nenhuma vaidade, apenas lendo um livro.

O metrô foi enchendo, jovens estagiários de um canal de televisão chegaram empolgados falando alto e eu esperando minha vez de sair.

Quando de repente o inesperado, o rapaz barbudo tinha chegado ao seu destino e ao sair abordou a jovem leitora e entregou-lhe um marcador de página com o seu nome e telefone, estava do meu lado não tinha como não ver ! Ela imediatamente retribui o sorriso, ele agora, fora do trem, ela olhando sorrindo e fez-lhe um sinal, como quem diz: “vou ligar.” De repente a vi mexendo no celular, não pude ver se era para ele, entretanto ela sorria ao teclar. Inusitadamente percebi que a direção que eu estava anteriormente era a mesma que a dela e ele não estava me olhando e sim para ela. Eu com um pouco de altivez não tinha percebido o novo caso de amor se formando.

Como é bom esse contato, olho no olho, gesto a gesto, sensações de ansiedade, se apaixonar sem perceber. Pena que agora vemos pouco disso, os amores se resumem em teclas e telas de smartphones, mas me desculpe a tecnologia. Nada pode decifrar o olhar daquele casal. Que tudo dê certo para esse casal desconhecido ! O amor está no ar.

Professora Márcia Martins

Não é de hoje que o cigarro é um dos maiores inimigos do ser humano. O fumo é algo comum e, na maioria dos lugares, já é banalizado. Contudo podemos encontrar maneiras de desestimular e desencorajar o uso dessa droga. Sabemos que os jovens são os mais expostos ao cigarro, e também que isso ocorre por conta da falta de maturidade e da exposição de alguns a meios degradantes.

Um dos motivos para a vulnerabilidade e exposição dos adolescentes em relação ao cigarro é a falta de reconhecimento e, algumas vezes, de tenção por parte dos pais. o adolescente que não se reconhece e não se sente confortável em lugar algum, em nenhum grupo, acaba apelando para o uso do cigarro, para o álcool, tendendo ao uso de drogas mais pesadas. Não é apenas a busca de atenção que

está nesse jogo. A má influência de "amigos", o ambiente degradante, sujo, feio, também revelam-se eficazes no acolhimento do jovem junto ao cigarro e às demais drogas. No entanto, é sempre um pedido de ajuda, que muitas vezes acaba sendo ignorado.

Dessa forma, a banalização do fumo pode ser considerada como outro ponto para o uso cada vez mais intenso por parte dos jovens. Some-se a isso, a falta de consciência que a sociedade tem dos malefícios do cigarro. Ou seja, essa banalização, até por conta de ser uma droga lícita, torna o cigarro aceito em rodas familiares e de amigos. Embora cause choque o primeiro cigarro público do jovem, a banalidade dos cigarros seguintes em outros encontros e rodas conhecidas faz todos os questionamentos anteriores evaporem como fumaça. Assim, a saúde vai sendo queimada pouco a pouco, indo embora em pequenos tragos.

Os próprios maços de cigarro alertam para seus muitos malefícios. Contudo não sempre funcionam esses alertas, por tudo o que aqui falamos. No entanto, não podemos desistir dessa luta e temos como outros meios de prevenção palestras em escolas e projetos sociais. Por fim, devemos refletir que cada trago é um problema desnecessário para a nossa juventude e para a nossa sociedade.

Ana Luiza de Medeiros SantosTurma Pré II

APENASUM TRAGO

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Atualmente tenho percebido que, com o passar das gerações, cada vez ficamos mais e mais questionadores. Assim quero falar especificamente sobre adolescência.

Grande parte dos adolescentes é realmente muito bitolada. Vivendo atrás dos celulares e computadores que são, para eles, fonte de todo o conhecimento. Dessa forma muitos adolescentes acabam ficando extremamente mimados e egoístas.

Graças a minha família, eu tive uma criação muito boa. Fui muito mimado, fui muito paparicado, mas, mesmo assim, evoluí. Passei a ter minhas próprias opiniões. Contudo não ignoro que muitas dessas opiniões foram frutos da minha criação e educação familiar, como também frutos da escola. Independentemente de todos os fatos citados, meu assunto não é falar mal dos adolescentes, mas defender a gente (também sou um adolescente).

Enfim... não importa quantos são, se são poucos ou muitos. O que importa é existem adolescentes que não são

tão bitolados quanto parecem. Existem adolescentes que usam a cabeça para pensar, que são pessoas críticas, que tem cultura. Eu, infelizmente, não sou dono das melhores opiniões e muito menos sou a maior fonte de cultura, mas eu realmente acho MUITO chato os muitos adultos que só sabem tratar os adolescentes como pessoas bitoladas, sem capacidade de diferenciar o certo do errado.

Eu realmente fico muito chateado com esse tipo de atitude por parte dos adultos, pois rebaixar o adolescente não é maneiro. A adolescência é a principal fase de desenvolvimento físico e intelectual do ser humano, por isso não é maneiro ficar menosprezando nossa opinião.

Não estou dizendo que os adultos não possam debater com os jovens, muito menos discordar do que dizem, até porque isso faz parte da educação. Errar faz parte e vocês (adultos) estão aí para mostrar para nós o que tá indo pro caminho certo e o que tá indo ladeira abaixo.

Os hoje-adultos passaram por muito mais do que a gente. Eles não tinham espaço para expor suas opiniões, no entanto nós já conseguimos essa liberdade mínima de termos espaços abertos de grande exposição. Contudo não quero tratar a questão como assunto de época, pois eu também já estou farto do famoso "na minha época era assim assado", "na minha época isso era coisa de marginal", "na minha época era expulso de casa"...

Que bom que vocês sabem que tinham coisas muito ruins na época de vocês e que ótimo que muitas delas não estão mais aqui. Já que era outra época, e eram outros costumes.

Acho que era isso que eu queria falar... Agora... tá aberto o espaço para quem quiser

concordar ou discordar. Espero sinceramente uma resposta pra esse texto...

Júlio OlivetoPré II

QUERIA FALARUMAS PARADAS

Quem é ele que habita nossos pensamentose tira a nossa paz?Quem é ele que chega sem pedir permissãoe nos encarcera numa prisão?Quem é ele que nos dominae enfraquece,que não escolhe suas vítimas?Quem é ele?

É o medo.

O medo de falhar, de errarde amar, de sofrer,de perder, de pecar,de envelhecer,de ir, de vir,e de ficar.

É o medo da ignorância,da doença,da discórdia,da solidão,da fraquezae da ilusão.

É o medo da escuridão,da guerra,da fome,da violência,da loucurae da maldade.

Medo de viver e de morrer.Medo de existir e de sumir.Medo de ser.Medo de estar.Medo de ter medo.

Renata TournourPré I

O MEDODO

MEDOTenho medo.Medo da escuridão,de ficar só.Medo.Medo de tudo acabare só eu sobrar...Medo.

Tenho medo.Do desaparecimento.Medo do desaparecimento.Dos meus familiares.Medo do desaparecimentodos meus familiares,de que eles desapareçambem na minha frente.Tenho medo.Medode apenas eu ficar.Medo de ficar.

Tenho medo.De ficar só,tenho medo.Sem ninguém.Sem nada.

Tenho medode ficar só,sem ninguém,sem nadapara me apoiar.Tenho medode cair.

Tenho medode sobrar,de ficar só,de cair.Tenho medo.Medo.

Júlia Ojeda Pré I

TENHOMEDO

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Vivo em um país muito violento. As pessoas saem inseguras de suas casas, com medo de andar na rua e serem assaltadas.

Infelizmente se foi o tempo em que as crianças podiam brincar na rua com tranquilidade. Que podiam ir à praia sem o medo de um arrastão.

Eu mesmo já sofri com isso (a violência, o medo). Um dia estava indo à catequese, quando vi um táxi parando bem na frente do carro dos meus pais. Nisso, um homem saiu do táxi com uma arma na mão, caminhando em direção à janela do nosso carro. Ele já veio apontando a arma para meu pai. Ficamos todos apavorados!

Foi muito ruim passar por isso. Portanto, eu só gostaria que no país onde moro houvesse mais igualdade. E assim, quem sabe, meu país ficasse menos violento, e nós, crianças, pudéssemos voltar a brincar na rua com tranquilidade como na época dos meus avós.

Pedro CostaTurma 71

Nós, os seres humanos, hoje em dia, vivemos com um sentimento: o medo. Ao longo do tempo, esse sentimento só cresce. Cada vez mais. Como sempre ele não cresce sozinho, pois junto dele vem a discórdia, a desunião e, principalmente, a violência.

Para se ter uma ideia, os índices de violência vêm aumentando muito de uns anos pra cá. Diariamente policiais e bandidos entram em confronto, causando a morte de pessoas inocentes, deles próprios, e da própria ideia de cidade maravilhosa.

Atualmente, infelizmente, saímos às ruas e não sabemos se vamos voltar para casa. Temos medo de assalto, de bala perdida, de alguém que gostamos sofrer um tiro de bala perdida, medo de tudo.

E as crianças... como ficam? Apenas vendo e vivendo um mundo, um lugar onde a paz não consegue reinar! Não se pode esquecer que as crianças se espelham nos adultos e podem crescer achando que essa violência herdada e desenfreada seja algo normal, corriqueiro...

Por isso é importante começarmos a pensar um mundo diferente, onde o amor e a vida valham algo mais do que só ter coisas novas e bonitas. O medo é constante e o perigo é real! Pense nisso!

Manuela de Léon R. de SouzaTurma 71

Agosto 2017

VIOLÊNCIAGERAL

O PERIGO

REAL!É

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Todo mundo sente. Cada ser humano, cada ser vivo tem, dentro de si, sentimentos que borbulham. De acordo com a situação, diferentes sensações e sentimentos vêm à tona. Podendo eles serem bons ou ruins, mas, sobretudo, sendo necessários.

A existência de sentimentos é extremamente importante para a sobrevivência e para (literalmente) se viver a vida. A falta deles, muitas vezes, traz diversos problemas; ou seja, dependendo da emoção, o excesso não é recomendado. De maneira que as pessoas lidam e sentem as coisas de forma diferente umas das outras, conforme conseguem interagir consigo mesmas em variadas situações.

O medo, por exemplo, é um sentimento bastante volátil. Já que vários animais, quando ameaçados, ativam mecanismos de proteção e fogem, enquanto outros partem para o ataque. Sendo tudo isso fruto do medo.

Outro exemplo de como os sentimentos alteram nossa vida cotidiana pode ser observado através da alegria e do amor. Pois são sentimentos que geralmente nos unem e fazem com que queiramos estar sempre próximos uns dos outros. Além desses sentimentos nos ajudarem, nos trazerem leveza e clarearem nossas vidas.

Portanto, o incrível ato de sentir determina o futuro, sendo universal. Todo o mundo no mundo todo sente e se influencia pelo que sente. Logo, ser capaz de sentir é ser vivo, humano, capaz. Talvez sejamos complexos porque todos nós sentimos o tempo todo. Porque nós sentimos o tempo. Porque nós sentimos.

Ana Beatriz FernandesTurma Pré II

Os sentimentos são a formas do cérebro humano se comportar em diferentes situações. Todos os sentimentos, ao contrário do que muitos pensam, têm uma função. O medo, por exemplo, serve para alertar uma situação de risco que pode necessitar de alguma ação urgente.

O medo está presente em nossas vidas de diferentes formas e em diferentes situações. Serve como parâmetro o medo dos cariocas, ao andar pelas ruas, de serem assaltados ou sofrerem algum tipo de violência. Mas o medo é democrático e simplório também, como o de uma criança em relação ao escuro. Dessa forma, o medo funciona tanto de maneira simples como de maneira complexa; ou seja, pode ser tanto racional, quanto instintivo.

Assim como outros sentimentos, o medo nem sempre é controlável. Contudo, podemos aprender, com o passar do tempo, que o medo também funciona a nosso favor. Como ocorre no caso das "histórias ou cantorias de ninar", que são usadas por diversos pais, até hoje, com o intuito de fazer com que seus filhos sintam medo de uma situação (que, na história, lhes traz perigo) e acabem adormecendo.

Tendo isso em mente, devemos reconhecer a importância dos nossos sentimentos. E, assim, estudar métodos de usá-los a nosso favor. Também devemos saber em que situações agiremos puramente com os sentimentos e quando se fará necessário usar somente o raciocínio lógico. Agora, o melhor mesmo é fazer o uso concomitante... mas isso é difícillll...

Gabriel R. CunhaTurma Pré II

TODO MUNDOSENTE

UMA FORMACÉREBRO

DO

HUMANO

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Meu nome é Wellington e eu e minha família moramos no Rio de Janeiro. Meu pai João foi trabalhar cedo. Quase nunca o vejo! Isso, por sua vez, é um saco!

Todos os dias minha irmã mais nova, Alice, me acorda pulando na minha barriga. Eu tenho dezesseis anos, sou o filho mais velho. Alice tem quatorze. Meus pais, João e Catarina, tem quarenta cada.

Desci para tomar café, desejando voltar logo para o quarto, a fim de não fazer mais nada, além de dormir. Afinal era sábado! E meu pai trabalhava (Nãããão!!!) aos fins de semana também, então não conseguíamos fazer nenhuma programação de família.

Depois de tomar café da manhã, eu subiria as escadas, quando o celular da minha mãe tocou.

- Filho, pega meu celular, por favor! Bufei e peguei o aparelho. Era meu pai. Após a ligação, minha mãe conversou comigo e

estávamos RICOSSSSSS!!!! Ganhamos a herança de alguma tia de seu lá onde, que eu não sabia que existia. No entanto, ela morreu deixando tudo, mas tudinho mesmo, para a gente. Dessa forma, #partiushopping, ok?

No entanto, eu odiava shopping. Principalmente quando ia com minha mãe. Agora é diferente... pois vou comprar cooooiiiissssaaaassss pra mim!

O shopping foi uma boa pedida. Utilizamos o cartão do papai, que agora estava forrado, e comprei tênis, calça, blusas, tudo. E, quando cheguei em casa, comprei computadores e Iphone 7. E muito mais coisa que nem sei mais!

Enquanto levava a tralha toda para o meu quarto, um carro de som passava anunciando que o orfanato e as pessoas mais pobres estavam precisando de roupas e alimentos. Foi ouvir e olhar para meu quarto para me tocar de que eu não necessitava de tudo aquilo. Além d´eu não conseguir andar por ter tanta coisa!

Pensei bem... resolvi doar tudo que era excesso, ficando apenas com o necessário. Assim, pude fazer algumas pessoas felizes.

Sofia Kimturma:71

O CONSUMISTAO amor é um sentimento difícil de lidar. Ainda mais

quando não é correspondido... Todos nós sonhamos em achar alguém que nos complete e nos faça feliz, mas nem sempre isso acontece.

Às vezes encontramos alguém que nos faz feliz por um tempo, mas, no fundo, não nos ama; e isso é a pior parte de qualquer relacionamento: seja ele a amizade, o namoro ou o casamento. E não me venha com essa de que você vai amar pelos dois, sentir pelos dois, porque isso não existe. O amor em qualquer relacionamento tem que ser sentido pelas duas partes.

O amor não correspondido dói muito; e, cá entre nós, ninguém merece passar por isso. Portanto, só demonstre algo que você sinta de verdade. Não finja qualquer tipo de sentimento, porque isso é uma das piores coisas que existe.

Se você tem um amor que não é correspondido, não implore para que a outra pessoa sinta o mesmo que você. Levante a cabeça e siga em frente, pois existem pessoas que estão esperando exatamente alguém como você para amar.

Não desista por causa de alguma pessoa que não soube te amar como você merece. Bola para frente, porque você é superior e não merece ser tratada como uma qualquer.

Enfim... só ame quem te ama!

Manoela SantiagoPré I

UM PEQUENO

CONSELHO

Amizade é você poder confiar na pessoa, é o carinho para a felicidade, é um mar de emoções, é você amar a pessoa. É também não só contar um segredo. Isso que é amizade verdadeira.

De uma grande amizade pode nascer o amor. Aquele sentimento mais lindo que vem sem aviso, sem a gente esperar. Vem nas garras de um sorriso ou através de um olhar. Não é a toa que amizade rima com felicidade.

Aí a amizade passa a não ser vista sem cor e brilha sem parar como uma estrela.

Letícia Lanzelotte, Letícia Dias, SofiaTurma 42

A AMIZADEAMOR E O

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Letícia Lanzelotte -T.42Manoela Santiago –Pré IManuela de Léon R. de Souza- T.71Pedro Costa- T.71Renata Tournour – Pré ISofia Couto -T.42Sofia Kim T.71

Editor Responsável: Prof. LudwigCoordenação: Prof. Ludwig

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Prof. LudwigProfessora Márcia MartinsProf. Abelardo SoaresDiagramação: Fabio de Carvalho

Colaboradores:Ana Beatriz Fernandes –Pré IIAna Luiza de Medeiros -Pré IIGabriel R. Cunha -Pré IIJúlia Ojeda – Pré IJúlio Oliveto -Pré IILetícia Dias -T.42

Não é de hoje que o medo por conta do aumento da violência gera as mais diversificadas argumentações e sugestões sobre as causas, o início, o aumento da violência em nosso país. Tudo esse debate se intensifica no momento em que tropas militares começam a ocupar as ruas e a sensação de insegurança é quase total e geral. Enfim, alguns acreditam que a ocupação militar dará jeito na violência, enquanto outros acham que tudo não passa de espetáculo para inglês ver...

A história foi assim...

Crianças e criminalidade: não as escolas e sim as casas disciplinares.

Até a industrialização ser acelerada pela altura da Primeira Guerra Mundial, as crianças do meio rural, em geral, ajudavam os pais no cultivo de subsistência, e as crianças do meio urbano juntavam-se as outras crianças pobres a perambularem pelas ruas.

Nos centros urbanos, estas crianças se envolviam, muitas vezes, com a criminalidade, embora umas poucas fossem já utilizadas nas fábricas como mão de obra barata ao lado das mulheres.

Tanto nas cidades como no campo, as famílias pobres e suas crianças viviam em condições sanitárias nada satisfatórias, amontoadas em cortiços, onde proliferavam doenças de todos os tipos, epidemias e fome.

Dentro deste contexto, os imigrantes, que haviam vindo para o Brasil em busca de melhores condições de vida, começaram a exigir acesso à educação.

Para a população, a educação passou a ser encarada como a única maneira de saírem da pobreza.

Enquanto isto, o número de crianças abandonadas e pertencentes a famílias pobres se tornou crescente nos centros urbanos, onde, mesmo depois da intensificação da industrialização, as fabricas não tinham como absorver toda a mão de obra infantil, o que causou um aumento na criminalidade.

A natureza dos crimes cometidos por crianças nas cidades, muitas vezes menores de quatorze anos, envolvia não só pequenos delitos como bater carteira, a vadiagem, ou a embriaguez, como também o furto e o roubo, os defloramentos e até homicídios.

Ao mesmo tempo, no campo, apesar do padrão de vida dos pobres ser até mais sofrido do que nas cidades, o trabalho compulsório e o uso forçado de crianças no trabalho, impedia qualquer índice de criminalidade.

Diante da deterioração das condições sociais e modificações nas formas de relacionamento, os juristas interpretavam estes dados de forma romântica, exaltando as vantagens do trabalho campestre em oposição à vida nas cidades.

Fora da esfera do privado, do circulo de convívio com crianças privilegiadas, as crianças pobres passaram a ser vistas como a semente de um futuro negro e fruto de preocupação por parte do Estado.

Dentro da lógica militar, a infância citadina chegou a ser vista como origem de todos os problemas sociais e o principal entrave a ordem e progresso tão desejado.

Ao invés de investir na educação, procurando sanar esta situação critica que vinha se desenvolvendo desde o Império, a primeira providência da República da Espada foi alterar o Código Penal.

Foi dada maior liberdade a polícia para reprimir as crianças infratoras, isto já no ano imediatamente posterior a proclamação da República.

Agosto 2017

O Código Penal em vigor desde 1831, que ditava que menores de quatorze anos não podiam ser presos nem punidos, foi modificado em 1890.

Pelas alterações, os menores de nove anos não podiam ser considerados criminosos, mas deveriam, caso cometessem alguma infração, ser encerrados em casas de correção mantidas pelo Estado, também chamadas de institutos disciplinares.

Já os maiores de nove anos e menores de quatorze podiam ser considerados criminosos caso ficasse provado terem agido em perfeito juízo.

Enquanto os infratores maiores de quatorze eram considerados criminosos automaticamente e, dependendo da gravidade do crime, eram encarcerados nas casas de correção pelo tempo da pena ou até completarem dezessete anos.

Neste caso, quando então eram transferidos para detenção provisória ou eram enviados direto para cumprirem a pena correspondente.

As casas de correção

As casas de correção inicialmente funcionaram sob a tutela do Estado, vigiadas, controladas e organizadas pela polícia e oficiais e ex-membros do exército.

Teoricamente, a função deste tipo de instituição seria não só disciplinar como também educar, mas a rigor não era isto que acontecia.

As crianças dificilmente recebiam qualquer tipo de ensino além de uma alfabetização sofrível, sendo dada ênfase na educação física como forma de doutrinação.

Isto dentro dos moldes rígidos dos quartéis, levando meninos e meninas a exaustão diária, sem deixar nenhum espaço para o lazer ou brincadeiras de qualquer espécie.

Além disto, castigos físicos brutais eram usados constantemente e a alimentação era tão escassa quanto nos meios de onde as crianças eram oriundas originalmente.

Por este motivo, o número de fugas e tentativas era enorme, sendo grande também o índice de mortalidade dentro dos institutos que disciplinavam na base da pancada e nenhuma educação.

Neste sentido, qualquer semelhança com FEBENS não é mera coincidências, é antes uma herança do inicio da República.

As crianças que eram encarceradas nestes institutos não eram órfãs ou abandonadas, tinham simplesmente sido presas pela polícia.

Para isto bastava estar na rua sem exercer alguma ocupação para ser acusado de vadiagem, mesmo contando com o auxilio dos pais para tentar escapar das garras da justiça. Os pais de crianças consideradas infratoras procuravam provar que os filhos eram loucos ou que não estavam em juízo perfeito para livrarem suas crianças das instituições de correção. O que originava brigas intermináveis na justiça, durante as quais as crianças ficavam sob custódia do Estado.

Em decorrência dos múltiplos casos em que crianças morriam de maus tratos, dentro dos institutos disciplinares, enquanto a apelação de soltura movida por seus pais corria na justiça, o Estado procurou criar um novo modelo de casa de correção diferente.

Uma postura que tentava também sanar as tentativas de fuga e as criticas dos jornais quanto a estas casas não cumprirem o papel disciplinador que deveriam.

Isto principalmente porque, quando os menores cresciam e saíam da instituição, voltavam a reincidir em crimes ainda maiores e mais graves.

IN:http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2011/02/criminalidade-e-educacao-no-inicio-da.html

A HISTÓRIAFOI ASSIM