apac. mg. atos normativos
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Apac. Mg. Atos NormativosTRANSCRIPT
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Novembro de 2007
ATOSNORMATIVOS
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APRESENTAO
O Projeto Novos Rumos na Execuo Penal do Tribunal de Justia do Estado de
Minas Gerais (TJMG) apresenta mais uma de suas publicaes, intitulada Atos
Normativos, que regulamentam procedimentos referentes a instalao, funcionamen-
to e solidificao das Associaes de Proteo e Assistncia aos Condenados no Estado
de Minas Gerais (Apacs).
Na primeira parte desta cartilha constam normas estaduais que so imperati-
vas e, na segunda parte, portarias baixadas pelo Juzo da Execuo Penal da Comarca
de Itana, que buscam equacionar questes surgidas na execuo da pena, que no
podem ficar sem respostas e que, na maioria das vezes, no esto previstas na Lei de
Execuo Penal.
Como se poder perceber, essas portarias no so definitivas, podendo ser
adaptadas e modificadas de acordo com as particularidades locais e com a evoluo do
mtodo Apac, mas levando sempre em conta, de um lado, os interesses da sociedade
e, do outro, os dos condenados.
Salientamos que as referidas normas podem ser consultadas no portal do
TJMG - www.tjmg.gov.br - nos links 3 Vice Gesto da Inovao/Projeto Novos
Rumos ou Responsabilidade Social.
Dessa forma, o Projeto Novos Rumos vem cumprindo seu objetivo de adotar a
metodologia Apac como poltica pblica de execuo penal no Estado, promovendo a
humanizao do sistema prisional, de forma a contribuir para a construo da paz
social.
Desembargador Joaquim Alves de Andrade Coordenador do Projeto Novos Rumos na Execuo Penal
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NDICE
11 PPaarrttee - NNoorrmmaass EEssttaadduuaaiiss
- Resoluo n 433/04, de 28/04/2004 ...............................................................08
Institui o Projeto Novos Rumos na Execuo Penal do TJMG.
- Lei n 12936, de 08/07/1998............ ...............................................................10
Estabelece diretrizes para o sistema prisional do Estado e d outras providncias.
- Aviso n 42/Gacor/03, de 30/10/2003 ..............................................................13
Estabelece que as Apacs podem ser beneficirias dos bens, produtos ou valoresarrecadados pela justia criminal com aplicao das penas privativas de direitos.
- Lei n 15299/04, de 09/08/2004 ......................................................................15
Acrescenta dispositivos Lei n 11404, de 25/01/1994, que contm normas de execuo penal e dispe sobre a realizao de convnio entre o Estado e as Apacs.
- Portaria-Conjunta n 084/06, de 22/08/2006 ....................................................19
Estabelece normas para a transferncia de presos em cumprimento de pena privativa deliberdade para os Centros de Reintegrao Social - CRS - geridos pelas Apacs.
- Resoluo n 862/07, de 24/05/2007 ...............................................................22
Dispe sobre a prestao de contas de recursos recebidos pelas Apacs conveniadas com a Secretaria de Estado de Defesa Social.
- Lei n 16940 de 16/08/2007...............................................................................33
Reserva 5% do total de vagas existentes na contratao de obras e de servios pela administrao pblica direta e indireta, para os sentenciados.
22 PPaarrttee - AAttooss AAddmmiinniissttrraattiivvooss ddoo JJuuzzoo ddaa EExxeeccuuoo PPeennaall
- Portaria n 34/91, de 29/04/1991 .....................................................................36
Atribui a Apac incumbncias no regime aberto e do patronato.
- Portaria n 01/97, de 01/07/1997 .....................................................................40
Atribui a Apac a funo de rgo da execuo penal, incumbida dos trs regimes
prisionais.
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- Portaria n 01/98, de 30/06/1998 .....................................................................43Estabelece normas para sada a fim de visitar a famlia, para procurar trabalho e de
trabalho interno no Centro de Reitegrao Social.
- Portaria n 01/00, de 19/12/2000......................................................................45
Estabelece normas para a escolta de recuperandos nos regimes semi-aberto eaberto.
- Portaria n 01/2001, de 01/03/2001 .................................................................47
Estabelece normas para o trabalho nos regimes aberto e semi-aberto.
- Portaria n 02/2001, de 01/03/2001..................................................................49
Estabelece normas para a concesso e execuo da sada temporria.
- Portaria n 03/2001, de 28/03/2001 .................................................................53
Atribui ao Patronato Aprendizes da Liberdade incumbncias na execuo das penas res-tritivas de direitos.
- Ofcio n 813, de 10/05/2002 ...........................................................................55
Autoriza os recuperandos dos regimes aberto e semi-aberto autorizados ao trabalho externo a participarem de celebrao eucarstica.
- Ofcio n 922, de 30/04/2003 ...........................................................................56
Autoriza os recuperandos dos regimes aberto e semi-aberto autorizados ao trabalho externo a se ausentarem da Apac para participarem das reunies dos Alcolicos Anni-mos.
- Portaria n 02/03, de 25/09/2003 .....................................................................57
Estabelece normas para a escolta de presos por voluntrios da Apac.
- Portaria n 01/04, de 30/06/2004 .....................................................................61
Estabelece normas para a escolta de presos do regime fechado.
- Portaria n 01/05, de 02/05/2005 .....................................................................65
Estabelece normas para a fiscalizao do cumprimento do livramento condicional pelaApac.
- Portaria n 01/06, de 20/03/2006 .....................................................................67
Estabelece normas para a transferncia de presos em cumprimento de pena privativa deliberdade para o Centro de Reintegrao Social gerido pela Apac.
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1 PARTE
NORMAS ESTADUAIS
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8RESOLUO N 433/04 DE 28/04/2004
A CORTE SUPERIOR DO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS,
no uso das atribuies que lhe confere o art.22, inciso II, da Lei Complementar n 59,
de 18 de janeiro de 2001,
Considerando que a funo essencial da pena a ressocializao do condena-
do;
Considerando que a Lei de Execuo Penal, em seu art. 10, estabelece uma srie
de medidas assistenciais destinadas a recuperar o condenado para devolv-lo sociedade
em plenas condies de com ela conviver harmoniosamente;
Considerando que o art. 4 da Lei de Execuo Penal preceitua que o Estado
dever recorrer cooperao da comunidade nas atividades de execuo da pena e da
medida de segurana;
Considerando a experincia vitoriosa da APAC-Associao de Proteo e
Assistncia aos Condenados instalada na Comarca de Itana h quase vinte anos, bem
como o xito obtido nos projetos coordenados pelos Magistrados designados pela
Portaria Conjunta n 16/2001, publicada no Dirio do Judicirio de 29 de setembro de
2001, e pela Portaria n 1.512/2003, publicada em 16 de outubro de 2003, para asses-
soramento da Presidncia do Tribunal de Justia em Assuntos Penitencirios e de
Execuo Penal no Estado;
Considerando que os trabalhos de assessoramento referidos tiveram como
resultado, dentre outros, a instalao de APACs nas Comarcas de Arcos, Gro Mogol,
Nova Lima, Passos, Patrocnio, Sete Lagoas, Trs Coraes e Perdes, alm de diversas
comarcas em processo de instalao de novas APACs;
Considerando a convenincia de se regulamentar mais efetivamente tais ativi-
dades, a fim de facilitar os trabalhos de humanizao do cumprimento de penas e
recuperao de condenados, em todo o Estado;
Considerando ainda que a execuo das penas privativas de liberdade e das
penas alternativas so fenmenos nitidamente judiciais;
Considerando o que ficou decidido pela prpria Corte Superior, em sesso rea
lizada no dia 28 de abril de 2004,
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9RESOLVE:
Art. 1 Fica institudo o "Projeto Novos Rumos na Execuo Penal" com o obje-
tivo de incentivar a criao das Associaes de Proteo e Assistncia aos Condenados
- APACs, apoiando sua implantao nas comarcas ou municpios do Estado de Minas
Gerais.
1 A APAC entidade civil dotada de personalidade jurdica prpria, apta a
desenvolver mtodo de valorizao humana para oferecer ao condenado melhores
condies de se recuperar, visando a proteger a sociedade e promover a Justia.
2 A criao das APACs dar-se- nos termos da legislao pertinente, sob a
orientao do Projeto Novos Rumos na Execuo Penal.
Art. 2 O Projeto Novos Rumos na Execuo Penal ser coordenado pela
Assessoria da Presidncia para Assuntos Penitencirios e de Execuo Penal no Estado,
instituda pela Portaria n 1.512, de 15 de outubro de 2003, sob a superviso do
Desembargador Joaquim Alves de Andrade.
Art. 3 A Assessoria de Gesto da Inovao- AGIN, prevista nos arts. 35 a 37
da Resoluo n 423, de 27 de agosto de 2003, dever cooperar com a Assessoria da
Presidncia para Assuntos Penitencirios no trabalho de coordenao previsto no art.
2 desta Resoluo.
Art. 4 Os dirigentes das APACs devero encaminhar ao Coordenador do
Projeto Novos Rumos na Execuo Penal, cpia da ata de instalao, bem como de
relatrios semestrais das aes desenvolvidas, para os fins previstos no art. 37,III, VII,
VIII e XI, da Resoluo n 423, de 27 de agosto de 2003.
Art. 5 Esta Resoluo entrar em vigor na data de sua publicao.
Art. 6 Revogam-se as disposies em contrrio.
PUBLIQUE-SE. CUMPRA-SE.
Belo Horizonte, 28 de abril de 2004.
Desembargador MRCIO ANTNIO ABREU CORRA DE MARINS
Presidente
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LEI N 12936, DE 08/07/1998
Estabelece diretrizes para o sistema prisional do Estado e d outras providncias.
O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu,
em seu nome, sanciono a seguinte Lei:
Art. 1 - assegurado ao detento, provisrio ou condenado, tratamento
digno e humanitrio, vedada a discriminao em razo de origem, raa, etnia, sexo,
convico poltica ou religiosa e orientao sexual.
1 - O respeito integridade fsica e moral constitui direito subjetivo do
preso.
2 - direito do preso cumprir pena em estabelecimento penal prximo ao
domiclio de sua famlia.
(Pargrafo vetado pelo Governador do Estado e mantido pela Assemblia
Legislativa em 09/11/1998.)
Art. 2 - dever do Estado garantir ao preso as condies necessrias sua
readaptao vida em sociedade, mantendo, para esse fim, profissional devida-
mente habilitado.
Art. 3 - O Poder Executivo estimular a realizao de cursos, seminrios,
palestras, congressos e debates especialmente voltados para assuntos relacionados
com os direitos humanos, com vistas ao aperfeioamento do sistema prisional.
Pargrafo nico - obrigatria a incluso de matria especfica de direitos
humanos nos cursos da Academia de Polcia da Secretaria de Estado da Segurana
Pblica e da Polcia Militar do Estado de Minas Gerais e nos cursos de formao de
agentes e pessoal penitencirio da Secretaria de Estado da Justia. (Vide Inciso VI dos
arts. 13 e 14 da Lei n 15298, de 6/8/2004.)
Art. 4 - O agente responsvel pelo exerccio da polcia judiciria de carter
tcnico-cientfico e de investigao de infrao penal no poder desenvolver atividade
concernente guarda e vigilncia de preso.
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Art. 5 - O Estado adotar e incentivar a aplicao de pena social alternativa,
nos termos do art. 5, XLVI, "d", da Constituio da Repblica, propiciando os meios
necessrios sua execuo.
Art. 6 - O encarceramento de presos provisrios e condenados dar-se-, pre
ferencialmente, em estabelecimento penal de pequeno porte, destinado a receber
detentos residentes no municpio em que se encontra instalado.
1 - vedada a construo de estabelecimento penal de qualquer natureza
com capacidade para mais de 170 (cento e setenta) detentos.
2 - vedada a instalao de estabelecimento penal com capacidade supe-
rior mdia anual de detentos verificada no municpio.
3 - A instalao de estabelecimento penal ser precedida de parecer emiti-
do pelo Ministrio Pblico, que opinar sobre a sua localizao, capacidade, necessi-
dade e adequao s regras de tratamento prisional, de acordo com as normas em
vigor.
Art. 7 - O Estado estimular a implementao dos Conselhos da Comunidade
previstos no art. 175 da Lei n 11.404, de 25 de janeiro de 1994, com vistas a auxiliar
e fiscalizar a execuo dos procedimentos ditados pela justia criminal.
Pargrafo nico - Os Conselhos a que se refere o "caput" deste artigo, consi-
derados de suma importncia para a reintegrao do preso no convvio social, con-
taro com o apoio do poder pblico.
Art. 8 - Cada estabelecimento penal contar com um colegiado, rgo au-
xiliar da administrao da instituio, destinado a auxiliar, acompanhar e fiscalizar o seu
funcionamento, garantindo-se, em sua composio, a participao de representantes
da comunidade, do Ministrio Pblico, da Defensoria Pblica, de entidades civis de
apoio ao detento e de familiares dos presos.
Art. 9 - O Poder Executivo regulamentar esta Lei no prazo de 190 (cento e
noventa) dias contados da data de sua publicao.
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Art. 10 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.
Art. 11 - Revogam-se as disposies em contrrio.
Dada no Palcio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 8 de julho de 1998.
Eduardo Azeredo - Governador do Estado
Data da ltima atualizao: 30/08/2006.
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AVISO N 42/GACOR/03, DE 30/10/2003
O Desembargador Isalino Lisba, Corregedor-Geral de Justia do Estado de
Minas Gerais, no uso de suas atribuies legais,
Considerando o pleito oriundo da Coordenao do Projeto Novos Rumos na
Execuo das Penas,
Considerando o disposto na legislao de regncia das penas restritivas de
direito, especialmente os artigos 43 a 48 do Cdigo Penal, os artigos 147/148 e
180/181 da Lei n 7.210, de 11/07/84, que Institui a Lei de Execuo Penal, e a Lei
n 9.099, de 26/09/95, que Dispe sobre os Juizados Especiais Cveis e Criminais,
Considerando o disposto no Provimento n 49, de 21/09/01, que Dispe
sobre a destinao do valor arrecadado com aplicao da pena de prestao pecuniria
prevista no inciso I, do art. 43, do Cdigo Penal, com a redao dada pela Lei n 9.714,
de 25.11.1998, e
Considerando os estudos e as concluses resultantes dos autos do Processo
n 15.559/03-DEOAC, que teve curso nesta Corregedoria,
Expede o AVISO seguinte para conhecimento dos MM. Juzes de Direito do
Estado de Minas Gerais.
As Associaes de Proteo e Assistncia aos Condenados APACs, que so
administradas pelas comunidades e/ou por organizaes no governamentais, atravs
de contribuies e servios voluntrios, em parceria com o Poder Judicirio e outros
rgos pblicos, tm carter assistencial e finalidade de relevante cunho social e, por-
tanto, no se enquadram dentre os rgos e entidades elencados no Provimento n
49, de 21/09/01.
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Dessarte, levo ao conhecimento de V. Exa. o posicionamento firmado pela
Corregedoria - Geral de Justia no sentido de que as APACs Associaes de Proteo
e Assistncia aos Condenados, j em funcionamento ou em fase de implantao,
podem ser beneficirias dos bens, produtos ou valores arrecadados pela justia crimi-
nal com a aplicao das penas privativas de direitos, notadamente a pena de prestao
pecuniria, na forma da lei e no mbito da comarca.
Belo Horizonte, 30 de outubro de 2003.
(a)Desembargador Isalino Lisba
Corregedor-Geral de Justia
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LEI N 15299/04, DE 09/08/2004
Acrescenta dispositivos Lei n 11.404, de 25 de janeiro de 1994, que contm normas
de execuo penal, e dispe sobre a realizao de convnio entre o Estado e as
Associaes de Proteo e Assistncia aos Condenados - APACs.
O Governador do Estado de Minas Gerais
O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu,
em seu nome, promulgo a seguinte Lei:
Art. 1 - Fica acrescido ao art. 157 da Lei n 11.404, de 25 de janeiro de 1994,
o seguinte inciso VIII:
Art. 157 - (...)
VIII - as entidades civis de direito privado sem fins lucrativos que tenham fir-
mado convnio com o Estado para a administrao de unidades prisionais destinadas
ao cumprimento de pena privativa de liberdade.
Art. 2 - Fica acrescido ao Ttulo VI - Dos rgos da Execuo Penal - da Lei n
11.404, de 25 de janeiro de 1994, o Captulo IX - Das Entidades Civis de Direito Privado
sem Fins Lucrativos -, composto dos seguintes arts. 176-A e 176-B:
CAPTULO IX
DAS ENTIDADES CIVIS DE DIREITO PRIVADO SEM FINS LUCRATIVOS
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Art. 176-A - Compete s entidades civis de direito privado sem fins lucrativos que te-nham firmado convnio com o Estado para a administrao de unidades prisionais des-tinadas ao cumprimento de pena privativa de liberdade, nos termos do inciso VIII doart. 157:
I - gerenciar os regimes de cumprimento de pena das unidades queadministrarem, nos termos definidos em convnio;
II - responsabilizar-se pelo controle, pela vigilncia e pela conservaodo imvel, dos equipamentos e do mobilirio da unidade;
III - solicitar apoio policial para a segurana externa da unidade, quan-do necessrio
IV - apresentar aos Poderes Executivo e Judicirio relatrios mensaissobre o movimento de condenados e informar-lhes, de imediato, a chegada de novosinternos e a ocorrncia de liberaes;
V - prestar contas mensalmente dos recursos recebidos;VI - acatar a superviso do Poder Executivo, proporcionando-lhe todos
os meios para o acompanhamento e a avaliao da execuo do convnio.
Art. 176-B - Incumbem diretoria da unidade de cumprimento de pena pri-vativa de liberdade administrada por entidade civil de direito privado sem fins lucrativosconveniada com o Estado as atribuies previstas no art. 172 desta lei..
Art. 3 - O Poder Executivo poder firmar convnio com Associaes deProteo e Assistncia aos Condenados - APACs - para a administrao de unidades decumprimento de pena privativa de liberdade no Estado, nos termos do art. 157 da Lein 11.404, de 1994.
Art. 4 - Para firmar convnio com o Poder Executivo, a APAC dever atenders seguintes condies:
I - ser entidade civil de direito privado sem fins lucrativos;II - adotar o trabalho voluntrio nas atividades desenvolvidas com os
recuperandos, utilizando o trabalho remunerado apenas em atividades administrativas,se necessrio;
III - adotar como referncia para seu funcionamento as normas doestatuto da APAC de Itana;
IV - ter suas aes coordenadas pelo Juiz de Execuo Criminal dacomarca, com a colaborao do Ministrio Pblico e do Conselho da Comunidade pre-visto na Lei de Execuo Penal;
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V - ser filiada Fraternidade Brasileira de Assistncia aos Condenados- FBAC.
Art. 5 - Sero definidos no convnio a que se refere o art. 3:
I - os termos de contratao de pessoal;II - as condies para a administrao das unidades de cumprimento
de pena privativa de liberdade no Estado, observadas as peculiaridades de cada uma ea legislao vigente.
Art. 6 - As APACs conveniadas com o Estado devero cumprir o determinadonos arts. 176-A e 176-B da Lei n 11.404, de 1994, acrescidos por esta lei.
Art. 7 - So responsabilidades do Poder Executivo na execuo dos convnioscom entidades civis de direito privado sem fins lucrativos para a administrao deunidades prisionais destinadas ao cumprimento de pena privativa de liberdade noEstado:
I - o repasse de recursos para a administrao da unidade, nos termosdo convnio;
II - a articulao e a integrao com os demais rgos governamen-tais para uma atuao complementar e solidria de apoio ao desenvolvimento doatendimento pactuado;
III - a fiscalizao e o acompanhamento da administrao das APACs.
Art. 8- Os recursos a que se refere o inciso I do art. 7 podero ser destina-dos a despesas com:
I - assistncia ao condenado, prevista na Lei de Execuo Penal;II - reforma e ampliao do imvel da unidade;III - veculos para atendimento s demandas dos condenados previs-
tas na legislao;IV - itens diversos, definidos em convnio.
Art. 9 - Sero objeto de convnio entre o Estado e as APACs as unidades decumprimento de pena privativa de liberdade que se destinem:
I - a condenados em regime fechado, semi-aberto e aberto, com sen-tena transitada em julgado na comarca;
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II - a condenados cujas famlias residam na comarca;III - a condenados que tenham praticado crime no mbito da comarca.
Pargrafo nico - No ser admitido, nas unidades de cumprimento de penaprivativa de liberdade de que trata este artigo, o recebimento de outros condenadosdo Estado, salvo com a expressa concordncia do diretor da unidade e do Juzo daExecuo Criminal, ouvido o Ministrio Pblico.
Art. 10 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.
Palcio da Liberdade, em Belo Horizonte aos 9 de agosto de 2004.
Acio Neves - Governador do Estado
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PORTARIA-CONJUNTA N 862/07,DE 23/05/2005
Estabelece normas para a transferncia de presos em cumprimento de pena privativa
de liberdade para os Centros de Reintegrao Social - CRS geridos pelas Associaes de
Proteo e Assistncia aos Condenados - APACs.
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS E O
CORREGEDOR-GERAL DE JUSTIA, respectivamente, no uso das atribuies que lhes
conferem os arts. 11, I, e 16, XVII e XXII, da Resoluo n 420, de 1 de agosto de
2003, que contm o Regimento Interno do Tribunal.
CONSIDERANDO que o Tribunal de Justia, h mais de quatro anos, atravs do
Projeto Novos Rumos na Execuo Penal, institucionalizou o Mtodo APAC de resso-
cializao de presos como poltica pblica de execuo penal no Estado, com o objeti-
vo imediato de estimular a ampliao das APACs j existentes e a criao de novas
unidades nas comarcas e municpios mineiros e, com o objetivo mediato de, assumin-
do a sua parcela de responsabilidade na rea, contribuir para a humanizao da exe-
cuo das penas privativas de liberdade em Minas Gerais;
CONSIDERANDO que essa tomada de posio se assenta na concluso e na
norma legal de que compete ao Poder Judicirio zelar pelo correto cumprimento da
pena e tomar providncias para o adequado funcionamento dos estabelecimentos
penais (incisos VI e VII do art. 61 da Lei Complementar Estadual n 59/2001), sob
pena de estar contribuindo para a degenerao do sistema;
CONSIDERANDO que, com a ampliao das APACs, que atingem hoje vrias
dezenas de comarcas do Estado, mas continuam a conviver com as cadeias e peniten-
cirias do sistema oficial, a transferncia de presos para o sistema alternativo deve ser
regulamentada, a fim de se ter um norte na questo, com isonomia de tratamento a
casos assemelhados, de se evitar abusos e de se prevenir responsabilidades,
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RESOLVEM:
Art. 1 Esta Portaria-Conjunta estabelece normas a serem cumpridas na trans-
ferncia de presos para os Centros de Reintegrao Social - CRS, geridos pelas
Associaes de Proteo e Assistncia aos Condenados - APACs no Estado.
Art. 2 O preso condenado a pena privativa de liberdade, nos regimes fecha-
do, semi-aberto e aberto, independentemente da durao da reprimenda e do crime
cometido, poder ser transferido para os CRS geridos pelas APACs, atravs de ato moti-
vado do Juiz da Execuo, ouvidos o Ministrio Pblico e a administrao penitenciria,
e satisfeitas as seguintes condies:
I - manifestar, por escrito, interesse em ser transferido e propsito de, aps a
transferncia, ajustar-se s regras do CRS;
II - ter vnculos familiares e sociais na comarca, comprovados no curso do
processo ou atravs de sindicncia realizada pelo servio social judicial ou, se inexis-
tente esse, pelos oficiais de justia do juzo;
1 O requisito previsto no inciso II deste artigo poder ser dispensado em
relao ao preso oriundo de outras regies que tenha sido condenado por crime
cometido na comarca e cuja transferncia para seu local de origem seja invivel.
2 No obstar a transferncia para o CRS a interposio de recurso contra
a condenao em primeiro grau, pela acusao ou pela defesa, hiptese em que dev-
er ser instaurada a execuo provisria.
3 O preso que tenha sido condenado em comarca diversa daquela em que
reside sua famlia poder ser transferido para essa, desde que comprovados os vncu-
los familiares e a residncia nela h pelo menos um ano..
4 O requisito previsto no pargrafo anterior ser exigido tambm no caso
de famlia que residia em comarca no dotada de CRS, quando da condenao de seu
membro, e que posteriormente tenha transferido residncia para comarca em que
exista CRS.
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5 A transferncia, nos casos previsos nos 3 e 4 deste artigo ocorrer,
sempre e inicialmente, para a Cadeia Pblica ou outro estabelecimento do sistema ofi-
cial existente na Comarca, onde o condenado aguardar a sua remoo para o CRS, de
acordo com sua classificao na lista de espera.
Art. 3 A transferncia do condenado para o CRS ser realizada, aps a ma-
nifestao de interesse, rigorosamente de acordo com a ordem cronolgica de conde-
nao, a ser aferida em lista organizada pelo Escrivo Judicial e fiscalizada pelo Juiz e
pelo Promotor de Justia das Execues Penais.
Pargrafo nico - O preso oriundo e transferido de outra comarca ser inseri-
do na lista pela data de sua chegada comarca, e no da condenao.
Art. 4 A disponibilidade de vagas nos diversos regimes ser aferida atravs derelao encaminhada semanalmente pela APAC ao juzo das execues.
Art. 5 A APAC poder solicitar ao juzo da execuo a transferncia, do CRS
para outro estabelecimento prisional, do preso que demonstre, com o seu comporta-
mento, pela reiterao de faltas ou pela gravidade dessas, inadaptao ao mtodo ou
ausncia de propsito de emenda.
Art. 6 O Juiz das Execues Penais ouvir, previamente ao exame do pedido
de transferncia e em ateno ao princpio do contraditrio, o Ministrio Pblico, a
Defesa e a administrao penitenciria, dispensada a diligncia em relao parte
autora do pedido.
Art. 7 Esta Portaria-Conjunta entra em vigor na data de sua publicao.
PUBLIQUE-SE. CUMPRA-SE.
Belo Horizonte, 22 de agosto de 2006.
Desembargador HUGO BENGTSSON JNIOR
Presidente
Desembargador RONEY OLIVEIRA
Corregedor-Geral de Justia
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RESOLUO N 862/07, DE 23/05/2007
Dispe sobre a prestao de contas de recursos recebidos pelas Associaes de
Proteo e Assistncia ao Condenado APACs conveniadas com a Secretaria de
Estado de Defesa Social.
O Secretrio de Estado de Defesa Social, no uso das atribuies que lhe confe-
rem o inciso III, 1, do art. 93 da Constituio Estadual e as Leis Delegadas n
112/2003 e 117/2003,
CONSIDERANDO o disposto na Lei 15.299/04, que regulamenta os requisitos
para o recebimento de recursos estaduais por Associaes de Proteo e Assistncia ao
Condenado APACs;
CONSIDERANDO a necessidade de padronizao e regulamentao das
prestaes de contas referentes s aes dessas entidades;
CONSIDERANDO que o trabalho voluntrio deve ser o pilar fundamental para
a atuao de Associaes de Proteo e Assistncia ao Condenado APACs;
CONSIDERANDO, ainda, o interesse do Estado de Minas Gerais em fomentar a
existncia de tais entidades, tendo em vista a sensvel melhoria das condies de resso-
cializao dos apenados por elas proporcionado;
CONSIDERANDO, por fim, a necessidade de assegurar estrutura administrativa
que viabilize, ao lado do trabalho voluntrio, o desempenho das atividades das
Associaes de Proteo e Assistncia ao Condenado,
RESOLVE:
Art. 1 A Secretaria de Estado de Defesa Social poder firmar convnios com
Associaes de Proteo e Assistncia ao Condenado APACs, para proporcionar
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23
auxlio financeiro e material na administrao de unidades de cumprimento de penas
privativas de liberdade no Estado de Minas Gerais, nos termos do art. 157 da Lei
11.404/94.
1 Para firmar o convnio a que se refere o caput, a APAC deve atender aos
requisitos estabelecidos no art. 4 da Lei 15.299/04.
2 A SEDS ouvir a Fraternidade Brasileira de Assistncia aos Condenados
FBAC antes da assinatura do convnio e sempre que entender necessrio, durante a
execuo do mesmo.
Art. 2 O trabalho nas Associaes de Proteo e Assistncia ao Condenado
APACs dever pautar-se pelo voluntariado, obrigatoriamente, em todas as atividades
com recuperandos, e sempre que possvel, nas atividades administrativas, conforme
disposto no artigo 4, II, da Lei 15.299/04.
Art. 3 Caso seja impossvel a obteno de voluntrios para alguma atividade
administrativa, a Secretaria de Estado de Defesa Social poder aceitar na prestao de
contas a contratao remunerada de empregados feita pela APAC.
1 Para que a contratao seja validamente includa na prestao de contas,
a APAC dever:
I - efetuar uma anlise criteriosa da impossibilidade de obteno de voluntrio
para a funo;
II - avaliar as qualificaes do empregado a ser admitido, considerando sua
aptido para as atividades a serem desempenhadas;
III obedecer aos quantitativos mximos e o limite de remunerao dos esta-
belecidos nos anexos I a IV da presente resoluo, os quais variam conforme o nmero
de recuperandos atendidos.
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2 Os limites estabelecidos nos anexos I a IV da presente resoluo, consi-
derados aceitveis para fins de prestao de contas, no impedem que as APACs, no
desempenho de suas atividades, estabeleam o nmero de empregados ou o montante
de suas remuneraes em parmetros inferiores, em ateno ao princpio do voluntari-
ado que rege a metodologia.
3 A modificao dos valores estabelecidos nos Anexos I a IV somente ser
admitida pela Secretaria, quando da prestao de contas, em virtude de conveno
coletiva de trabalho que assim o determine.
4 A APAC deve sempre observar a legislao trabalhista, sobretudo no que
tange ao piso salarial da categoria, tendo em vista ser de sua exclusiva responsabilidade
a regularidade jurdica das contrataes.
5 As atribuies do pessoal referido nos anexos I a IV da presente resoluo
so as estabelecidas, em carter exemplificativo, no anexo V, sem prejuzo de outras
que lhes sejam internamente determinadas pela direo da APAC.
6 Os casos excepcionais, no contemplados nos anexos da presente re-
soluo, somente podero ser atendidos aps autorizao expressa do Secretrio de
Estado de Defesa Social.
Art. 4 vedada a remunerao de membros da diretoria das APACs, bem
como de todos aqueles que exeram atividades tpicas de direo.
Art. 5 Como forma de privilegiar e estimular a excelncia na gesto das
APACs, bem como a reduo de custos, a Secretaria de Estado de Defesa Social poder
instituir premiao destinada s Associaes de Proteo e Assistncia ao Condenado
que obtiverem desempenho destacado.
Pargrafo nico. Para a premiao de que trata o caput, a Secretaria
de Estado de Defesa Social estabelecer regulamento prprio, considerando,
dentre outros critrios, a obteno do menor ndice de custo por recuperando, o
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menor gasto com pessoal relativamente ao nmero de recuperandos e a implantao
de iniciativas de excelncia no processo de ressocializao.
Art. 6 As APACs j conveniadas com o Estado de Minas Gerais tero o prazo
de 180 (cento e oitenta) dias para adequarem-se ao disposto na presente resoluo.
1 Aps o perodo a que se refere o caput do presente artigo no sero
aceitas prestaes de contas que no estejam em conformidade com o disposto na pre-
sente resoluo.
2 Para o atendimento ao disposto na presente resoluo, as APACs j con-
veniadas com o Estado de Minas Gerais podero utilizar os recursos referentes ao paga-
mento de pessoal para o adimplemento das eventuais verbas rescisrias decorrentes
das rescises que se faam necessrias, ressalvadas as vedaes expressamente esta-
belecidas no Decreto 43.635/03.
3 A despesa global com pessoal das APACs j conveniadas dever ater-se ao
limite estabelecido pelo respectivo convnio, quando este for inferior aos limites esta-
belecidos pelos anexos da presente resoluo.
Art. 7 O enquadramento das APACs em relao aos anexos da presente re-
soluo far-se- atravs da aferio de sua ocupao efetiva.
1 As APACs conveniadas aps a entrada em vigor da presente resoluo
sero enquadradas, inicialmente, no anexo correspondente a sua capacidade de ocu-
pao, tendo o prazo de 4 (quatro) meses para efetiv-la, sob pena de reenquadramen-
to para o anexo correspondente a sua ocupao efetiva.
2 A manuteno de vagas ociosas pelo prazo de 4 (quatro) meses conse-
cutivos importar o obrigatrio reenquadramento da APAC ao anexo respectivo, para
fins de prestao de contas.
3 O aumento da ocupao efetiva da APAC somente autorizar a mudana
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26
de enquadramento em relao aos anexos da presente resoluo se verificada durante
pelo menos 4 (quatro) meses sucessivos.
Art. 8 A Secretaria de Estado de Defesa Social repassar, at o 10 (dcimo)
dia til de cada ms, os recursos financeiros conveniados s APACs que se encontrarem
em situao regular de prestao de contas.
Pargrafo nico. Considera-se irregular a APAC que, alm de outros requisitos
estabelecidos na legislao pertinente, incorra nas seguintes condutas:
I no entrega em tempo hbil da prestao anterior;
II aplicao de valores em desacordo com o estabelecido no convnio, bem
como com seu objeto;
III no realizao de processos anlogos ao de licitao para aquisio de
bens e servios;
IV pagamento de multas e taxa de administrao com recursos do convnio;
V realizao de despesas em momento anterior ao repasse dos recursos
financeiros ou aps o trmino da vigncia do convnio;
VI realizao de pagamentos em espcie;
VII ocorrncia de bloqueio no Sistema Integrado de Administrao Financeira
SIAFI ou de situao irregular perante outros bancos de dados estaduais;
VIII existncia de pendncias de documentao.
Art. 9 Esta resoluo no altera os termos dos convnios firmados pela
Secretaria de Estado de Defesa Social e atualmente vigentes.
Art. 10 Esta resoluo entra em vigor em 1 de junho de 2007.
Belo Horizonte, 24 de maio de 2007.
MAURCIO DE OLIVEIRA CAMPOR JNIORSecretrio de Estado de Defesa Social
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AANNEEXXOO II
Limites mximos para a prestao de contas com despesas de pessoal, com
recursos provenientes de convnio com o Estado de Minas Gerais, em Associaes de
Proteo e Assistncia ao Condenado que abriguem entre 81 e 140 recuperandos.
Os valores constantes do quadro abaixo foram inspirados na remunerao dos
funcionrios da APAC de Itana (conforme Lei 15.299/04) e nos princpios jurdicos
aplicveis Administrao Pblica Estadual.
1- A contratao de cozinheiro ou padeiro deve ser limitada ao perodo de 9
(nove) meses, no intuito de efetivar a implementao dos referidos servios, treinando
recuperandos para que, ao fim do prazo, possam assumir a atividade. Para as APACs j
conveniadas com a SEDS o prazo inicia-se na data de entrada em vigor da presente re-
ANEXOS
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soluo.
2- A remunerao do plantonista noturno acrescida de 20% (vinte por cento),
tendo em vista o adicional noturno previsto na Consolidao das Leis do Trabalho.
3- A remunerao bruta dos funcionrios abrange todos os consectrios legais,
inclusive o adicional de periculosidade do plantonista.
AANNEEXXOO IIII
Limites mximos para a prestao de contas com despesas de pessoal, com
recursos provenientes de convnio com o Estado de Minas Gerais, em Associaes de
Prestao e Assistncia ao Condenado que abriguem entre 40 e 80 recuperandos.
Os valores constantes do quadro abaixo foram inspirados na remunerao dos
funcionrios da APAC de Itana (conforme Lei 15.299/04) e nos princpios jurdicos
aplicveis Administrao Pblica Estadual.
A remunerao constante do presente Anexo, em virtude do menor nmero
de recuperandos e da menor complexidade administrativa, equivale a 80% (oitenta por
cento) da remunerao prevista no Anexo I.
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1- A contratao de cozinheiro ou padeiro deve ser limitada ao perodo
de 9 (nove) meses, no intuito de efetivar a implementao dos referidos servios,
treinando recuperandos para que, ao fim do prazo, possam assumir a atividade. Para
as APACs j conveniadas com a SEDS o prazo inicia-se na data da publicao da pre-
sente resoluo.
2- A remunerao do plantonista noturno acrescida de 20% (vinte por
cento), tendo em vista o adicional noturno previsto na Consolidao das Leis do
Trabalho.
3- A remunerao bruta dos funcionrios abrange todos os consectrios
legais, inclusive o adicional de periculosidade do plantonista.
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AANNEEXXOO IIIIII
Limites mximos para a prestao de contas com despesas de pessoal, com
recursos provenientes de convnio com o Estado de Minas Gerais, em Associaes de
Proteo e Assistncia ao Condenado que abriguem entre 21 e 39 recuperandos.
Os valores constantes do quadro abaixo foram inspirados na remunerao dos
funcionrios da APAC de Itana (conforme Lei 15.299/04) e nos princpios jurdicos
aplicveis Administrao Pblica Estadual.
A remunerao constante do presente Anexo, em virtude do menor nmero
de recuperandos e da menor complexidade administrativa, equivale a 60% (sessenta
por cento) da remunerao prevista no Anexo I.
1- A contratao de cozinheiro ou padeiro deve ser limitada ao perodo de 9
(nove) meses, no intuito de efetivar a implementao dos referidos servios, treinando
recuperandos para que, ao fim do prazo, possam assumir a atividade. Para as APACs j
conveniadas com a SEDS o prazo inicia-se na data da publicao da presente resoluo.
2- A remunerao do plantonista noturno acrescida de 20% (vinte por cento), tendo
em vista o adicional noturno previsto na Consolidao das Leis do Trabalho.
3- A remunerao bruta dos funcionrios abrange todos os consectrios
legais, inclusive o adicional de periculosidade do plantonista.
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AANNEEXXOO IIVV
Limites mximos para a prestao de contas com despesas de pessoal, com
recursos provenientes de convnio com o Estado de Minas Gerais, em Associaes de
Proteo e Assistncia ao Condenado que abriguem at 20 recuperandos.
Os valores constantes do quadro abaixo foram inspirados na remunerao dos
funcionrios da APAC de Itana (conforme Lei 15.299/04) e nos princpios jurdicos
aplicveis Administrao Pblica Estadual.
A remunerao constante do presente Anexo, em virtude do menor nmero
de recuperandos e da menor complexidade administrativa, equivale a 60% (sessenta
por cento) da remunerao prevista no Anexo I.
1- A contratao de cozinheiro ou padeiro deve ser limitada ao perodo de
9 (nove) meses, no intuito de efetivar a implementao dos referidos servios, treinan-
do recuperandos para que, ao fim do prazo, possam assumir a atividade. Para as APACs
j conveniadas com a SEDS o prazo inicia-se na data da publicao da presente re-
soluo.
2- A remunerao do plantonista noturno acrescida de 20% (vinte por cento),
tendo em vista o adicional noturno previsto na Consolidao das Leis do Trabalho.
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32
3- A remunerao bruta dos funcionrios abrange todos os consectrios legais,
inclusive o adicional de periculosidade do plantonista
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33
Reserva 5% do total de vagas existentes na contratao de obras e de servios pela
administrao pblica direta e indireta, para os sentenciados.
D nova redao ao 3 do art. 39 da Lei n
11.404, de 25 de janeiro de 1994, que contm
normas de execuo penal, e acrescenta o 4 ao
mesmo artigo.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS,
O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu,
em seu nome, promulgo a seguinte Lei:
Art. 1 O 3 do art. 39 da Lei n 11.404, de 25 de janeiro de 1994, passa
a vigorar com a seguinte redao, ficando acrescentado ao artigo o seguinte 4:
"Art. 39...........................................
3 Na contratao de obras e de servios pela administrao pblica direta
ou indireta do Estado sero reservados para sentenciados at 5% (cinco por
cento) do total das vagas existentes.
4 Para fins do disposto no 3 deste artigo, ser dada preferncia aos
sentenciados:
I - que cumpram pena na localidade em que se desenvolva a atividade con-tratada;
II - que apresentem melhores indicadores com relao aptido, habi-
litao, experincia, disciplina, responsabilidade e ao grau de periculosidade,
LEI N 1640, DE 16/08/2007
-
34
apurados pelo poder pblico e registrados em cadastro prprio.".
Art. 2 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.
Palcio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 16 de agosto de 2007; 219
da Inconfidncia Mineira e 186 da Independncia do Brasil.
ACIO NEVES - Governador do Estado
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35
2 PARTE
ATOS ADMINISTRATIVOS DO JUZO
DA EXECUO PENAL
-
36
PORTARIA N. 34/91, DE 29/04/1991(*)
Os Drs. Ivo Nogueira e Paulo A. de Carvalho, Juzes de Direito das 1 e 2 Varas
da Comarca de Itana e da Execuo da Pena nos processos de sua respectiva com-
petncia, usando das atribuies que lhes confere o art. 66, da Lei de Execuo Penal,
e
Considerando que todas as naes aceitam que a pena tem funo essencial-
mente ressocializadora e que a reintegrao social do condenado no se faz sem coo-
perao eficaz da Comunidade a que pertence (ONU - Regras Mnimas para o
Tratamento dos Reclusos, in Arquivos do Ministrio da Justia, n 115, pg. 97/137);
Considerando que o legislador ptrio adotou tais princpios, ao enfatizar que
... a pena...(omissis)... deve realizar a proteo dos bens jurdicos e a reincorporao
do autor Comunidade (Item n 14 da Exposio de Motivos de Lei de Execuo
Penal) e ao estabelecer, de forma imperativa, que O Estado dever recorrer coo-
perao da Comunidade nas atividades de execuo da pena e da medida de segu-
rana (art. 4, da Lei de Execuo Penal);
Considerando que A moderna orientao doutrinria assinala a convenincia
de incorporar e incrementar a participao da Comunidade, com o esforo privado id-
neo, na obra de readaptao dos deliqentes (Jlio Fabrini Mirabete, Execuo Penal,
pg. 57/58);
Considerando que, dentre as formas de Participao da Comunidade na
Execuo da Pena, esto a Casa do Albergado, que se destina ao cumprimento da pena
privativa de liberdade, em regime aberto, e da pena de limitao do fim de semana
(art.93 da LEP) e deve conter, alm dos aposentos para acomodao dos presos, local
adequado para cursos e palestras (art.95 da LEP), e se situar em centro urbano, sepa-
rados dos demais estabelecimentos, caracterizando-se pela ausncia de obstculos fsi-
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37
cos contra fugas (ar.94 da LEP) e o Patronato Particular, que tem por objetivo prestar
assistncia aos albergados e egressos, orientar os condenados s penas restritivas de
direitos, fiscalizar o cumprimento das penas de prestao de servios comunidade e
de limitao de fim de semana e colaborar na fiscalizao do cumprimento das
condies da suspenso e do livramento condicional (art. 79 da LEP);
Considerando que embora j tenham passado quase sete anos desde a edio
da Lei de Execuo Penal, o Poder Pblico Estadual no edificou, ao que se sabe, ne-
nhuma Casa do Albergado e nem cuidou de se desincumbir da tarefa legislativa de
estabelecer normas e condies para a criao e funcionamento dos patronatos parti-
culares, razo pela qual no se tem notcia do aparecimento de nenhuma entidade
desse gnero, at hoje;
Considerando que a omisso do poder Pblico no pode e nem deve impedir
a participao comunitria no processo de ressocializao do condenado ante o pre-
ceito ao art. 4 da Lei de Execuo Penal;
Considerando que o Poder Judicirio no tem se omitido sobre a magna
questo, servindo de exemplo a posio adotada, por proposio do eminente Juiz
Joaquim Alves, hoje DD. Presidente do Egrgio Tribunal de Alada do Estado e sempre
um entusiasta da tarefa de ressocializao do preso, no Encontro Nacional dos
Tribunais de Alada de Porto Alegre, quando se firmou que o sentenciado no pode ser
prejudicado pela omisso do Estado, devendo ser mantido em priso domiciliar, e no
em cadeia pblica, se inexistente na comarca a Casa do Albergado;
Considerando que, na comarca, a APAC - ASSOCIAO DE PROTEO E
ASSISTNCIA AOS CONDENADOS, entidade privada legalmente instituda, se credencia
a representar a comunidade na execuo da pena pois, nascida de movimento espon-
tneo, integrada por algumas dezenas de pessoas que sem nenhuma con-
traprestao material, vm prestando relevantes servios nas tarefas de execuo da
pena, sem nenhum deslize que pudesse comprometer o seu trabalho, desenvolvido h
cinco anos;
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38
Considerando que a APAC tem o reconhecimento da comunidade itaunense
para seu trabalho, tanto que foi declarada de utilidade pblica (Lei Estadual n 10.389,
de 12.01.91, e Lei Municipal n 1.955, de 06.10.86), recebeu do poder pblico muni-
cipal, por doao, o terreno onde, com a ajuda comunitria, construiu o centro de rein-
tegrao social, que se acha pronto em sua primeira fase;
Considerando que o referido Centro atende a todos os requisitos legais para
funcionar como casa do albergado;
Considerando que a APAC se credencia a representar a comunidade como
PATRONATO, funo que, em grande parte, vem desempenhando de fato h cinco
anos de sua existncia, e
Considerando, por fim, que os sentenciados de regime aberto e os condena-
dos a penas de limitao de fim de semana e de prestao de servios a comunidade
no podem ser mantidos na cadeia pblica noite e aos fins de semana, seja pela
vedao legal de tal procedimento, seja porque a ociosidade dos presdios agente
estimulador da criminalidade,
RESOLVEM:
1. As penas privativas de liberdade de regime aberto e as de limitao de fins
de semana sero cumpridas na comarca, doravante, no Centro de Reintegrao Social
da APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos Condenados, que funcionar como
Casa do Albergado;
2. A APAC atuar como rgo de execuo da pena suprindo a ausncia do
Patronato, inexistente na Comarca, incumbindo-lhe as tarefas traadas nos arts. 78 e
79, da Lei de Execuo Penal, alm de outras que lhe forem atribudas pelo Juzo da
Execuo da pena;
3. O sentenciado que cumprir pena junto ao Centro de Reintegrao Social
-
39
dever portar carteira de identidade expedida pelo Juzo da Execuo, contendo, den-
tre outros dados, as condies impostas na sentena e cumprir as normas e obrigaes
impostas pela Lei de Execuo Penal e na deciso condenatria, cabendo APAC fis-
calizar o seu cumprimento e manter o Juiz da Execuo informado sobre o comporta-
mento do reeducando;
4. A informao a que se refere o item anterior ser feita imediatamente aps
o fato, em havendo descumprimento de obrigao imposta, ou no ltimo dia til de
cada ms, inexistindo aquele inadimplemento;
5. Os casos omissos sero resolvidos pelo Juzo de Execuo.
6. Cpias da presente portaria devero ser encaminhadas aos Srs. Drs.
Promotores de Justia, delegados de Polcia e Comandantes da CIA de Polcia Militar da
comarca, ao Exmo Sr. Presidente do Egrgio Conselho Penitencirio do Estado, a quem
cabe supervisionar os Patronatos (art. 70, Inc ... IV, da Lei de Execuo Penal), aos Srs.
Presidentes da APAC de Itana e da COBRAPAC - Confederao Brasileira das APACs e
aos Exmos. Srs. Desembargadores Presidente do Egrgio Tribunal de Justia e
Corregedor de Justia do Estado.
Publique-se, registre-se e cumpra-se.
Itana, 29 de abril de 1991.
Ivo Nogueira
Juiz de Direito da 1 Vara
Paulo Antnio de Carvalho
Juiz de Direito da 2 Vara
(*) Os arts. 1 e 2 desta Portaria foram parcialmente revogados e substitudos pela
Portaria n 03/201
-
40
PORTARIA N. 01/97, DE 01/07/1997
JJUUZZOO DDEE DDIIRREEIITTOO DDAA VVAARRAA CCRRIIMMIINNAALL DDAA CCOOMMAARRCCAA DDEE IITTAANNAA-MMGG
PPOORRTTAARRIIAA NN 0011//9977
O Dr. Paulo Antnio de Carvalho, Juiz de Direito da Vara Criminal, de Menores
e Precatrias da Comarca de Itana, no uso das atribuies que lhe conferem os art.
61, Inc. VI e VII, da Lei Complementar Estadual n 38, de 13.02.95, que contm a
Organizao Judiciria do Estado;
Considerando que a APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos
Condenados, entidade civil de fins no lucrativos, foi, atravs da Portaria Conjunta n
34/91, de 29.04.91, dos ento Juzes das Execues, transformada em rgo Auxiliar
da Justia na execuo da pena, quando ento passou a acolher no seu Centro de
Reintegrao Social os condenados s penas privativas de liberdade do regime aberto,
de prestao de servios comunidade e de limitao de fim de semana, incumbindo-
se do encaminhamento da sua execuo e da fiscalizao das respectivas condies,
bem assim da suspenso condicional do processo e do livramento condicional;
Considerando que, a partir de dezembro de 1995, aps a destruio da
Cadeia da Comarca, no final de outubro do mesmo ano, em motim de presos, a APAC
passou a cuidar emergencialmente dos setenta condenados do regime fechado, abri-
gando-os em seu Centro de Reintegrao Social, situao que perdura at hoje, pois
a cadeia no foi reconstruda e no se conseguiram vagas para todos os sentenciados
nem nas penitencirias do Estado, nem nas cadeias da regio;
Considerando que, inobstante a rdua tarefa, a APAC a vem executando com
louvor, sem cometer nenhum deslize na execuo das penas, e, o que mais impor-
tante, granjeando, face a sua atuao, amplo respaldo da comunidade local, que no
tem medido esforos para participar do seu trabalho, atravs dos voluntrios;
Considerando que essa mesma comunidade ergueu no Bairro Parque Jardim
Santanense, em Itana, em terreno de dez mil metros quadrados de rea, de pro-
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41
priedade do Municpio, com o apoio deste e do Estado, o novo Centro de
Reintegrao Social de Itana, de setecentos metros quadrados de rea e com
condies de abrigar todos os condenados da Comarca em condies dignas, propi-
ciando-lhes assistncia moral, material, religiosa e oportunidade de trabalho nos
regimes fechado e semi-aberto;
Considerando que tais circunstncias recomendam a continuidade do trabalho
da APAC, quer porque j testado e aprovado em mais de duas dcadas de experincia
em So Jos dos Campos-SP e em inmeras outras Comarcas do Pas, quer porque o
mtodo da APAC vem merecendo a ateno de estudiosos de outros pases, face sua
eficcia na recuperao do condenado, ou quer, enfim, porque, se abolida essa opor-
tunidade, o novo Centro de Reintegrao Social, concebido como prdio-modelo,
certamente se transformar em mais uma cadeia pblica, onde os presos aguardaro
amontoados, ociosos e sem a necessria assistncia, a hora de serem colocados em
liberdade, situao que no se coaduna com as finalidades da pena privativa de liber-
dade;
Considerando que o Poder Judicirio precisa romper com seu imobilismo,
zelando pelo correto cumprimento da pena e tomando providncias para o adequa-
do funcionamento dos estabelecimentos penais (inc. VI e VII do art. 67 da Lei
Complementar Estadual n 38/95), sob pena de estar contribuindo para que no atin-
ja suas finalidades e, em especial, a da emenda do condenado, que se reintegrar no
convvio social sem estar preparado para faz-lo;
Considerando que continua atual a motivao da Portaria Conjunta n 34/91,
no que toca necessidade de participao da Comunidade na execuo da pena e no
processo de reintegrao social do condenado, recomendada pelo art. 4, da LEP, e
pela Organizao das Naes Unidas, em suas Regras Mnimas para o Tratamento de
Reclusos, e
Considerando, por fim, a concluso a que chegaram os estudiosos do assun-to, em consonncia com os princpios da ONU, consubstanciados nas Regras Mnimaspara o Tratamento de Reclusos, de que a pena privativa de liberdade deve, tantoquanto possvel, ser executada prximo do grupo social e familiar do sentenciado,
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42
como forma de se estimular o seu processo de emenda e de se buscar a sua adequa-da reintegrao social, objetivos que se alcanam mais dificilmente em mega-presdiosonde o sentenciado seja confinado longe da famlia,
RESOLVE:
1. As penas privadas de liberdade de regime fechado e semi-aberto, se cumpri-
das na Comarca, o sero no Centro de Reintegrao Social de Itana, para onde os
condenados sero transferidos, aps o trnsito em julgado da sentena condenatria,
acompanhados da competente guia de execuo, instruda com atestado mdico que
comprove o seu estado de sade fsica e mental;
2. Caber APAC- ASSOCIAO DE PROTEO E ASSISTNCIA AOS CONDE-
NADOS, gerir o Centro de Reintegrao Social, edificado pela Comunidade,
incumbindo-lhe adotar todas as medidas para que as penas sejam executadas con-
soante o comando da sentena e as normas legais e regulamentares, e para que atin-
jam, ao final de sua durao, todas as suas finalidades;
3. A APAC dever, para atingir a finalidade traada nesta Portaria, recorrer ao
apoio e parceria com as Secretarias e rgos Estaduais ligados execuo da pena e
custdia de presos;
4. Os pedidos de transferncia de condenados de outras Comarcas, com vn-
culos sociais e familiares em Itana, ou de sentenciados originrios desta Comarca e
que estejam cumprindo pena em penitencirias do Estado, sero atendidos se houver
vagas no Centro de Reintegrao Social e de acordo com sua ordem de recebimento
no protocolo da Vara Criminal;
5. Continua em vigor a Portaria Conjunta n 34/91, de 29.04.91, que atribui
APAC o encaminhamento e a fiscalizao das penas privativas de liberdade em regime
semi-aberto, de prestao de servios Comunidade e de li-mitao de fim de semana,
bem assim da suspenso condicional do processo e do livramento condicional..
Publique-se, registre-se e cumpra-se.
Itana, 1 de julho de 1997.
Paulo Antnio de CarvalhoJuiz de Direito
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43
PORTARIA N. 01/98, DE 30/06/1998
JJUUZZOO DDEE DDIIRREEIITTOO DDAA VVAARRAA CCRRIIMMIINNAALL DDAA CCOOMMAARRCCAA DDEE IITTAANNAA
PPOORRTTAARRIIAA NN 0011//9988 ((**))
O Dr. Paulo Antnio de Carvalho, Juiz de Direito da Vara Criminal, de Menores
e Precatrias da Comarca de Itana, no uso das atribuies que lhe conferem os art.
61. Inc. VI e VII, da Lei Complementar Estadual n 38, de 13.02.95, que contm a
Organizao Judiciria do Estado,
Considerando que a APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos
Condenados vem gerindo, desde 01.07.97, com auxlio da comunidade, o Centro de
Reintegrao Social de Itana, destinado ao cumprimento das penas privativas de liber-
dade dos regimes fechado, semi-aberto e aberto e das restritivas de direitos;
Considerando que ao Poder Judicirio compete zelar pelo correto cumpri-
mento da pena e tomar providncias para o adequado funcionamento dos estabele-
cimentos penais (inc. VI e VII do art. 67, da Lei Complementar Estadual n 38/95),sob
pena de estar contribuindo para a degenerao do sistema;
Considerando, por um lado, a convenincia de se criarem estmulos ao proces-
so de emenda dos sentenciados e, por outro, a necessidade de ficarem bem definidos
os direitos dos recuperandos, previstos na LEP, seja para se evitar a submisso a julga-
mento de pedidos inteis ou seja para no se tornar mais curto o caminho entre a
priso e a sociedade, e
Considerando por fim, o douto pronunciamento favorvel do DD.
Representante do Ministrio Pblico, manifestado em reunio de que participaram
todos os envolvidos,
RESOLVE:
1. Os sentenciados que cumprem pena no regime semi-aberto, desde que te-
nham cumprido 1/12 da pena nesse regime, com bom comportamento prisional,
-
44
podero ser liberados um domingo por ms, para visita famlia, saindo s 7:00 horas
e retornando s 19:00 horas, ficando a cargo da APAC fixar as datas, fiscalizar o com-
portamento do preso durante a sada e comunicar no processo as licenas concedidas,
para fins de deduo do total de dias a que o sentenciado tem direito durante o ano
(art. 123 e 124 da LEP);
2. Os recuperandos vindos do regime fechado prestaro servios internamente
no Centro de Reintegrao Social por perodo equivalente a 1/12 da pena, antes de
serem liberados para qualquer trabalho externo, enquanto aqueles que iniciarem o
cumprimento da pena no regime semi-aberto devero atender ao pressuposto tempo-
ral do art. 112, da LEP;
3. facultada aos sentenciados de regime aberto, desde que tenham bom
comportamento prisional, a sada para a procura de emprego, em perodo no supe-
rior a trinta dias, trs vezes por semana, no horrio de 13:00 s 17:00 horas, ficando
sob responsabilidade da APAC definir as datas, fiscalizar o comportamento do recu-
perando fora do presdio e comunicar nos autos qualquer irregularidade;
4. Os pedidos de remio de pena, versando sobre os dias trabalhados no
semestre anterior, s podero ser formulados na primeira dezena dos meses de
fevereiro a agosto;
5. A fim de se evitarem as constantes reclamaes dos presos sobre a demora
no exame de seus pedidos, fica estabelecido que todos os incidentes de execuo da
pena, tenham ou no por objeto benefcios de recuperandos, devero estar concludos
em trinta dias, a contar de seu incio, ficando a cargo da Sra. Escriv da Vara Criminal,
fiscalizar o cumprimento de tal prazo, cobrando, se necessrio, a devoluo dos autos
que estejam em poder das partes alm do prazo legal.
Publique-se, registre-se e cumpra-se, encaminhando-se cpia ao Dr. Promotor de
Justia das Execues Penais e APAC.
Itana, 30 de junho de 1998.
Paulo Antnio de Carvalho
Juiz de Direito
(*) Portaria parcialmente revogada pela de n 01/2001 e totalmente revogada pela de n 02/2001.
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45
PORTARIA N 01/00, DE 19/12/2000
JJUUZZOO DDEE DDIIRREEIITTOO DDAA VVAARRAA CCRRIIMMIINNAALL DDAA CCOOMMAARRCCAA DDEE IITTAANNAA
PPOORRTTAARRIIAA NN 0011//0000
O Dr. Paulo A. de Carvalho, Juiz de Direito da Vara Criminal, de Menores e
Precatrias da Comarca de Itana, no uso de suas atribuies legais e na forma da lei,
etc...
Considerando que a APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos
Condenados, gere o Centro de Reintegrao Social de Itana e tem, entre suas incum-
bncias, o encaminhamento de recuperandos ao Frum, a consultrios mdicos e
odontolgicos, a hospitais e outros, para o que depende de escoltas policiais, nem
sempre disponveis com presteza, face s inmeras outras atividades da Polcia Militar;
Considerando que a escolta policial realizada pela prpria APAC vai de encon-
tro proposta de valorizao humana desenvolvida pela entidade,
Considerando que os recuperandos que cumprem pena nos regimes semi-
aberto e aberto, alm de serem os responsveis pelas chaves das portarias do CRS, j
usufruem do benefcio de sadas temporrias desvigiadas, encontrando-se em proces-
so mais avanado de reintegrao social,
RESOLVE:
1. Autorizar a escolta dos recuperandos dos regimes semi-aberto, que tenham
direito sada temporria, e do aberto, nos deslocamentos at o Frum, consultrios
mdicos e odontolgicos, hospitais e outros, mas sempre nos limites territoriais da
Comarca, por voluntrios da APAC;
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2. A APAC dever apresentar relatrios mensais sobre a experincia e comu-
nicar imediatamente qualquer incidente ocorrido durante a realizao de tais escoltas;
3. A presente autorizao concedida por um perodo experimental de qua-
tro meses, ao fim dos quais a questo ser reavaliada.
Publique-se, registre-se e cumpra-se.
Itana, 19 de dezembro de 2000.
Paulo Antnio de Carvalho
Juiz de Direito da Vara Criminal
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PORTARIA N 01/01, DE 01/03/2001
JJUUZZOO DDEE DDIIRREEIITTOO DDAA VVAARRAA CCRRIIMMIINNAALL DDAA CCOOMMAARRCCAA DDEE IITTAANNAA
PPOORRTTAARRIIAA NN 0011//0011
Estabelece normas para o trabalho nos regimes aberto e semi-aberto.
O Dr. Paulo Antnio de Carvalho, Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca
de Itana, no uso das atribuies que lhe conferem os art. 6l, inc. IV, e 67, inc. VI e VII,
da Lei Complementar Estadual n. 38, de 13.02.95, que contm a Organizao
Judiciria do Estado,
Considerando que a APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos
Condenados vem gerindo, desde 1.07.97, com o auxlio da comunidade, o Centro de
Reintegrao Social de Itana, destinado ao cumprimento das penas privativas de liber-
dade dos trs regimes;
Considerando que ao Poder Judicirio compete zelar pelo correto cumpri-
mento da pena e tomar providncias para o adequado funcionamento dos estabele-
cimentos penais ( Inc.VI e VII do art. 67, da Lei Complementar Estadual n. 38/95),
sob pena de estar contribuindo para a degenerao do sistema;
Considerando, por um lado, a convenincia de se criarem estmulos ao proces-
so de emenda dos sentenciados e, por outro, a necessidade de ficarem bem definidos
os direitos dos recuperandos, previstos na LEP, seja para se evitar a submisso a julga-
mento de pedidos inteis ou seja para no se tornar mais curto do que o desejvel o
caminho entre a priso e a sociedade, e
Considerando, por fim, a douta manifestao favorvel da DD. Representante
do Ministrio Pblico, colhida em reunio com os envolvidos,
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R E S O L V E:
Art. 1 - Os recuperandos que cumprem pena no regime semi-aberto, inicial-
mente ou vindos do fechado, prestaro servios internamente no Centro de
Reintegrao Social por perodo equivalente a 1/12 da pena, antes de serem liberados
para qualquer trabalho externo;
Art. 2 - facultada aos sentenciados do regime aberto, assim como aos do
semi-aberto que j tenham cumprido 1/12 da pena, desde que possuidores de bom
comportamento prisional, a sada para a procura de emprego, em perodo no supe-
rior a trinta dias, uma vez por semana, no horrio de 13:00 s 17:00 horas, ficando
sob responsabilidade da APAC definir as datas, fiscalizar o comportamento do recu-
perando fora do presdio e comunicar nos autos qualquer irregularidade;
Art. 3 - Os pedidos de remio de pena, tendo por objeto os dias trabalha-
dos no semestre anterior, s podero ser formulados na primeira dezena dos meses de
fevereiro e agosto;
Art. 4 - A fim de se evitarem as constantes reclamaes dos presos sobre a
demora no exame de seus pedidos, fica estabelecido que todos os incidentes de exe-
cuo de pena, tenham ou no por objeto benefcios de recuperandos, devero, tanto
quanto possvel, estar concludos em trinta dias, a contar de seu incio, ficando a cargo
da Sra. Escriv da Vara Criminal fiscalizar o cumprimento desse prazo, cobrando, se
necessrio, a devoluo dos autos que estejam em poder das partes alm do prazo
legal.
Art. 5 - Fica revogada a Portaria n 01/98, de 30.06.98, na parte em que
tratava da matria disciplinada neste documento de forma diversa.
Publique-se, registre-se e cumpra-se, encaminhando-se cpia ao Dr. Promotor de
Justia das Execues Penais e APAC.
Itana, 01 de maro de 2.001.
Paulo Antnio de Carvalho
Juiz de Direito
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PORTARIA N 02/01, DE 01/03/2001
JJUUZZOO DDEE DDIIRREEIITTOO DDAA VVAARRAA CCRRIIMMIINNAALL DDAA CCOOMMAARRCCAA DDEE IITTAANNAA
PP OO RR TT AA RR II AA NN 0022//0011
Estabelece normas para a concesso e execuo da sada temporria.
O Dr. Paulo Antnio de Carvalho, Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca
de Itana, no uso das atribuies que lhe conferem os art. 6l, inc. IV, e 67, inc. VI e
VII, da Lei Complementar Estadual n 38, de 13.02.95, que contm a Organizao
Judiciria do Estado,
Considerando que a APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos
Condenados vem gerindo, desde 1.07.97, com o auxlio da comunidade, o Centro de
Reintegrao Social de Itana, destinado ao cumprimento das penas privativas de liber-
dade dos trs regimes;
Considerando que ao Poder Judicirio compete zelar pelo correto cumpri-
mento da pena e tomar providncias para o adequado funcionamento dos estabele-
cimentos penais ( Inc.VI e VII do art. 67, da Lei Complementar Estadual n 38/95 ),
sob pena de estar contribuindo para a degenerao do sistema;
Considerando, por um lado, a convenincia de se criarem estmulos ao proces-
so de emenda dos sentenciados, e, por outro, a necessidade de ficarem bem definidos
os direitos dos recuperandos, previstos na L.E.P., seja para se evitar a submisso a jul-
gamento de pedidos inteis ou seja para no se tornar mais curto do que o desejvel
o caminho entre a priso e a sociedade;
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Considerando que, embora a questo da sada temporria j tenha sido disci-
plinada anteriormente, atravs da Portaria n 01/98, de 30.06.98, a matria est a
reclamar nova regulamentao, com vistas a se evitar o tratamento diferenciado a sen-
tenciados do mesmo regime e a criao de duas modalidades de regime semi-aberto,
a saber, um, integrado pelos condenados que iniciam o cumprimento da reprimenda
no regime semi-aberto, que s fazem jus sada aps o cumprimento de 1/6 da pena,
se primrios, e 1/4, se reincidentes, e, outro, pelos que chegam a ele mediante pro-
gresso do fechado, que esto dispensados do cumprimento do requisito temporal, a
teor de ensinamento jurisprudencial do Colendo Superior Tribunal de Justia (RT-
687/355);
Considerando que tal distino no se justifica, por se tratar de incoerncia do
legislador, j que o sentenciado do regime semi-aberto com estgio temporal de 1/6
da pena j ter direito ao regime aberto, em que poder sair, durante o dia, livre e
desvigiado para o trabalho, circunstncia que torna sem objetivo a autorizao para
sada externa;
Considerando, no entanto, a inconvenincia da sada desvigiada logo no incio
do regime semi-aberto, independentemente de ter o sentenciado iniciado nele o
cumprimento da reprimenda ou de ter vindo do fechado, pois da filosofia da Lei de
Execuo Penal que a liberdade seja concedida de forma gradual e medida que o con-
denado demonstrar merecimento e adaptao s regras menos rgidas, o que s pode
ser alcanado com a fixao do requisito temporal, ainda que menor que aquele esta-
belecido na LEP;
Considerando, ainda, que o estgio, no regime semi-aberto, no pode ter a
mesma durao para sentenciado primrio e reincidente, face ao tratamento diferen-
ciado dispensado pelo legislador a um e outro ( Art. 123, Inc. II, da LEP );
Considerando, por outro lado, que, autorizada a sada temporria pela
primeira vez, assim que o sentenciado fizer jus a ela, no se justifica a renovao do
pedido em todas as oportunidades em que for ele usufruir do benefcio, seja porque
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51
tal repetio s serve para aumentar o volume de processos e retardar a prestao juris-
dicional ou seja porque a prtica de qualquer falta que importe em revogao da
benesse deve ser comunicada imediatamente no processo ( Art. 125, da LEP ), e
Considerando, por fim, a douta manifestao favorvel da DD. Representante
do Ministrio Pblico, colhida nos autos n 33800007720-0,
R E S O L V E:
1. Os sentenciados que cumprem pena no regime semi-aberto, inicialmente
ou vindos do fechado, tero direito autorizao para sada temporria do Centro de
Reintegrao Social, sem vigilncia direta, para visita famlia (Art. 122, Inc. I, da LEP),
desde que:
a) tenham cumprido, nesse regime, dois meses da reprimenda, se primrios, ou
trs meses, se reincidentes;
b) tenham comportamento adequado, que pressupe a ausncia de punio
disciplinar recente, o desempenho, com propriedade, das tarefas a eles atribudas e a
demonstrao de senso de responsabilidade e de disciplina irretocvel ( Art. 123, Inc.
II, da LEP ), e
c) haja compatibilidade do benefcio com os objetivos da pena e a sada seja
benfica para o sentenciado e no ponha em risco o seu processo de ressocializao;
2. Concedido o benefcio pela primeira vez, individualmente, fica a APAC
autorizada a permitir as sadas, que no podero ultrapassar a trinta e cinco dias por
ano (Art. 124, da LEP) e de acordo com calendrio previamente elaborado,
incumbindo-lhe, ainda, fiscalizar o comportamento do preso no perodo em que esti-
ver fora do CRS e comunicar no processo as licenas concedidas, para fins de deduo
do total anual;
3. A APAC dever cientificar imediatamente o Juzo da Execuo da prtica,
por parte do recuperando beneficiado com a autorizao, de fato definido como crime
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52
doloso, de falta grave ou de descumprimento das condies impostas para o benef-
cio e no dever permitir nova sada at que haja pronunciamento judicial sobre o fato
( Art. 125, da LEP );
4. Os sentenciados do regime aberto faro jus sada temporria, indepen-
dentemente de requisito temporal e nos mesmos perodos estabelecidos para o semi-
aberto, desde que tenham comportamento adequado e haja compatibilidade do bene-
fcio com os objetivos da pena, ficando sob responsabilidade da APAC fiscalizar o seu
comportamento fora do CRS e comunicar nos autos qualquer irregularidade;
5. Os pedidos individuais de sada temporria s podero ser formulados aps
o sentenciado preencher o requisito objetivo ( Art. 1, letra "a" ) e devero vir acompa-
nhados de documentos que atestem o atendimento dos pressupostos subjetivos ( Art.
1, letras "b" e "c" ).
6. Aos Recuperandos beneficiados anteriormente com a sada temporria e
que no atendam o requisito objetivo estabelecido nesta Portaria, ressalva-se o direito
de continuarem usufruindo do benefcio.
7. Em decorrncia do novo tratamento dado matria, fica revogada a
Portaria n 01/98, de 30.06.98.
Publique-se, registre-se e cumpra-se, encaminhando-se cpia Dra.
Promotora de Justia das Execues Penais e A.P.A.C..
Itana, 01 de maro de 2.001.
Paulo Antnio de Carvalho
Juiz de Direito
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PORTARIA N 03/01, DE 28/03/2001
JJUUZZOO DDEE DDIIRREEIITTOO DDAA VVAARRAA CCRRIIMMIINNAALL DDAA CCOOMMAARRCCAA DDEE IITTAANNAA
PP OO RR TT AA RR II AA NN 0033//0011
Atribui ao Patronato Aprendizes da Liberdade incumbncias na execuo das penas
restritivas de direitos.
O Dr. Paulo Antnio de Carvalho, Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de
Itana, no uso das atribuies que lhe conferem os art. 6l, inc. IV, e 67, inc. VI e VII,
da Lei Complementar Estadual n 38, de 13.02.95, que contm a Organizao
Judiciria do Estado, e 65, 66, Incs. V, letra a, e VI, da Lei n 7.210, de 11/07/84, que
cuida da execuo penal,
Considerando que a moderna orientao doutrinria assinala a convenincia de incor-
porar e incrementar a participao da comunidade na obra de readaptao dos delin-
qentes;
Considerando que as Regras Mnimas das Naes Unidas sobre as Medidas No-
Privativas de Liberdade (Regras de Tquio), que o Brasil, como membro da ONU, com-
prometeu-se a seguir, recomendam que A participao da comunidade deve ser incen-
tivada, pois constitui recurso fundamental e um dos fatores mais importantes para for-
talecer os vnculos entre os delinqentes submetidos a medidas no privativas de liber-
dade e suas famlias e a sociedade. Essa participao complementa a ao da admi-
nistrao da Justia Penal (Regra n17.1) e que A participao da comunidade deve
ser vista como uma oportunidade para que seus membros contribuam para a proteo
de todos (Regra n 17.2);
Considerando que, entre as formas institucionalizadas de participao da comunidade
na execuo da pena, est o Patronato Particular, que tem por objetivo prestar assistn-
-
54
cia aos albergados e egressos, orientar os condenados s penas restritivas de direitos,
fiscalizar o cumprimento das penas de prestao de servios comunidade e de limi-
tao de fim de semana e colaborar na fiscalizao do cumprimento das condies da
suspenso e do livramento condicional (Art.79, da LEP);
Considerando que a APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos Condenados
vinha, autorizada pela Portaria n 34/91, do Juzo da Execuo, representando a comu-
nidade como Patronato, desde 24.04.91, e, apesar de estar se desincumbindo bem da
tarefa, ficou sobrecarregada em sua atuao, eis que vem gerindo o Centro de
Reintegrao Social de Itana, aps a sua inaugurao, e tem sob sua responsabilidade
os recuperandos dos trs regimes, em nmero aproximado de 100 (cem), atualmente;
Considerando, por outro lado, a inconvenincia da execuo das penas restritivas de
direitos e das privativas de liberdade no mesmo local, por fragilizar a segurana do
Centro de Reintegrao Social, e,
Considerando, por fim, que o Patronato Aprendizes da Liberdade, criado em Itana em
21.02.01, e integrado por pessoas da comunidade imbudas do propsito de bem exe-
cutar as penas e de conseguir uma atuao eficaz da Justia Penal, credencia-se a
assumir as tarefas discriminadas no Art. 79, da LEP,
R E S O L V E credenciar o Patronato Aprendizes da Liberdade a atuar doravante como
rgo de execuo da pena, substituindo a APAC nas tarefas elencadas nos Arts. 78 e
79, da Lei de Execuo Penal, alm de outras que lhe forem atribudas pelo Juzo da
Execuo;
Publique-se, registre-se e cumpra-se, encaminhando-se cpia Dra. Promotora de
Justia das Execues Penais, A.P.A.C., ao Patronato e Corregedoria de Justia do
Estado.
Itana, 28 de maro de 2.001.
Paulo Antnio de Carvalho
Juiz de Direito
-
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OFCIO N 813, DE 10/05/2002
JUZO DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ITANA
Of. n 813
Itana, 10 de maio de 2002.
Senhor Presidente,
Comunico a V. Exa. que este Juzo autorizou os recuperandos dos regimes aberto
e semi-aberto autorizados ao trabalho externo, participarem da Celebrao
Eucarstica na Capela de Santa Luzia, aos domingos, s 17:00 horas.
Renovo protestos de estima e considerao.
Paulo Antnio de Carvalho
Juiz de Direito da Vara Criminal
Ilmo. Senhor
Dr. Valdeci Antnio Ferreira
Presidente da Apac
Itana - MG
-
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OFCIO N 922, DE 30/04/2003
JUZO DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ITANA
Of. n 922
Itana, 30 de abril de 2003.
Senhor Presidente,
Comunico a V. Exa. que este Juzo autorizou os recuperandos dos regimes aberto
e semi aberto autorizados ao trabalho externo, com dependncia do alcoolismo,
se ausentarem do Centro de Reintegrao Social, escoltados por voluntrios dessa
entidade, a fim de participarem das reunies dos Alcolicos Annimos, aos sba-
dos, das 19:00 s 21:00 horas, no Ncleo do Bairro Morada Nova.
Renovo protestos de estima e considerao.
Paulo Antnio de Carvalho
Juiz de Direito da Vara Criminal
Ilmo. Sr.
Dr. Valdeci Antnio Ferreira
Presidente da Apac
Itana - MG
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PORTARIA N 02/03, DE 25/09/2003
JJUUZZOO DDEE DDIIRREEIITTOO DDAA VVAARRAA CCRRIIMMIINNAALL DDAA CCOOMMAARRCCAA DDEE IITTAANNAA
PP OO RR TT AA RR II AA NN 0022//0033
Estabelece normas para a escolta de presos por voluntrios da APAC.
O Dr. Paulo A. de Carvalho, Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de
Itana, com atribuies na Execuo Penal e atendendo ao disposto no art. 6l, incs. VI
e VII, da Lei Complementar n59, de 18.01.01, que contm a Organizao Judiciria
do Estado,
Considerando que a APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos
Condenados vem gerindo, desde 1.07.97, como rgo auxiliar da execuo e com o
auxlio da comunidade, o Centro de Reitegrao Social de Itana, destinado ao cumpri-
mento das penas privativas de liberdade dos trs regimes prisionais;
Considerando que ao Poder Judicirio compete zelar pelo correto cumpri-
mento da pena e tomar providncias para o adequado funcionamento dos estabele-
cimentos penais ( Inc.VI e VII do art. 61, da Lei Complementar Estadual n 59/01), sob
pena de estar contribuindo para a degenerao do sistema;
Considerando, por um lado, que a Polcia Militar, que vinha realizando as
escoltas dos recuperandos do regime fechado, est criando empecilhos para continuar
se incumbindo da tarefa, conforme inmeros expedientes arquivados neste Juzo, e,
por outro, que as sadas dos presos so inevitveis em situaes tais como para ida ao
mdico ou a hospitais, em caso de doena, e ao Frum, para audincias, e que as
escoltas constituem medida de segurana necessria;
Considerando que a APAC j vem realizando, atravs de seu corpo de volun-
-
58
trios, a escolta dos presos na fase inicial do regime semi-aberto, com sucesso, que se
evidencia pela circunstncia de no ter ocorrido nenhuma fuga em tais ocasies, e
demonstra que a tarefa vem sendo desempenhada com seriedade e responsabilidade,
como se impe;
Considerando que, a partir de tais resultados, a APAC se credencia a assumir
novas incumbncias, o que vai de encontro sua proposta de recuperar o preso com
base na valorizao humana;
Considerando, por outro lado, que a questo deve ser regulamentada, a fim
de se evitarem abusos, de se dar tratamento igual a casos assemelhados e de se pre-
venirem responsabilidades, e,
Considerando, por fim, a douta manifestao favorvel do DD. Representante
do Ministrio Pblico, colhida em expediente parte, encaminhado a este Juzo pela
APAC,
R E S O L V E:
Art.1 - A APAC fica autorizada a fazer, atravs de seus voluntrios, a escolta
dos recuperandos recolhidos no regime fechado, que atendam a um dos requisitos
seguintes:
I) tenham cumprido, no regime fechado estabelecido inicial ou incidental-
mente, pelo menos 1/12 da pena;
II) estejam aguardando julgamento de pedidos formulados e atinentes a bene-
fcios tais como progresso de regime, livramento condicional, indulto e assemelhados;
III) devam se submeter a tratamento psicolgico ou psiquitrico, autorizado
judicialmente;
-
59
IV) estejam cumprindo estgio probatrio no regime fechado, mas sejam de
regime inicial semi-aberto ou aberto;
V) J tenham obtido autorizao judicial para sada da Comarca, a fim de par-
ticiparem de seminrios, congressos, palestras e testemunhos.
Art.2 - A sada mediante escolta por voluntrios, mencionada no artigo ante-
rior, ser concedida pela Direo do Centro de Reintegrao Social nas seguintes
hipteses:
I) Falecimento ou doena grave de cnjuge, companheira, ascendente, descen-
dente ou irmo, devidamente comprovados ( Art. 120, Inc. I, da LEP );
II) Atendimento ou tratamento mdico ou hospitalar ( Art. 120, Inc. II, da LEP );
III) Comparecimento requisitado a audincias no Frum ou em Delegacias ou
a Cartrio, para registro de filho;
IV) Celebrao matrimonial de descendente ou irmo.
Pargrafo nico - A autorizao de sada com escolta de voluntrios no pre-
vista nos incisos acima s poder ocorrer mediante autorizao judicial.
Art.3 - O recuperando, para fazer jus escolta atravs de voluntrios, dever
atender, alm dos requisitos j mencionados, aos pressupostos de ordem subjetiva
seguintes:
I) Ter participao efetiva nos atos socializadores promovidos pela Entidade;
II) Possuir vnculos familiares na Comarca, que se mostrem efetivos atravs de
visitas contnuas e de sua participao nos atos socializadores realizados pela APAC;
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60
III) Evidenciar mrito na avaliao disciplinar diria e na pontuao mensal,
indicadores de ser o benefcio compatvel com os objetivos da pena e de que no colo-
car em risco o seu processo de ressocializao.
IV) Ter frequncia aos cursos escolares e profissionalizantes.
Pargrafo nico - No ter direito autorizao de sada disciplinada nesta
Portaria o recuperando que tiver, nos ltimos doze meses, empreendido fuga ou pra-
ticado ato ensejador da instaurao de incidente de apurao de falta grave .
Art.4 - A APAC dever, no cumprimento da presente Portaria:
I) dar tratamento individualizado a cada escolta, escolhendo equipe de
escoltantes adequada a cada caso e tomando todas as providncias tendentes a evitar
a fuga;
II) registrar, nos pronturios dos recuperandos e em seus arquivos, as escoltasautorizadas e como elas se desenvolveram;
III) cientificar imediatamente o Juzo da Execuo sobre quaisquer irregulari-dades ou anormalidades ocorridas durante a escolta, tais como aquelas relacionadascom fuga, prtica, por parte do escoltado, de fato anti-social ou descumprimento dascondies impostas para o benefcio;
IV) impedir, em caso de ocorrncia de umas das hipteses da alnea anterior,nova escolta do recuperando por voluntrios, at que haja pronunciamento judicialsobre o fato ( Art. 125, da LEP ).
Publique-se, registre-se e cumpra-se, encaminhando-se cpia ao Dr. Promotor deJustia com atribuies nas Execues Penais e A.P.A.C..
Itana, 25 de setembro de 2.003.
Paulo Antnio de CarvalhoJuiz de Direito
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PORTARIA N 01/04, DE 30/06/2004
JJUUZZOO DDEE DDIIRREEIITTOO DDAA VVAARRAA CCRRIIMMIINNAALL DDAA CCOOMMAARRCCAA DDEE IITTAANNAA
PP OO RR TT AA RR II AA NN 0011//0044
Estabelece normas para a escolta de presos do regime fechado.
O Dr. Paulo A. de Carvalho, Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de
Itana, com atribuies na Execuo Penal e atendendo ao disposto no art. 6l, incs. VI
e VII, da Lei Complementar n 59, de 18.01.01, que contm a Organizao Judiciria
do Estado,
Considerando que a APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos
Condenados vem gerindo, desde 1.07.97, como rgo auxiliar da execuo e com o
auxlio da comunidade, o Centro de Reitegrao Social de Itana, destinado ao cumpri-
mento das penas privativas de liberdade dos trs regimes prisionais;
Considerando que ao Poder Judicirio compete zelar pelo correto cumpri-
mento da pena e tomar providncias para o adequado funcionamento dos estabele-
cimentos penais ( Inc. VI e VII do art. 61, da Lei Complementar Estadual n 59/01),
sob pena de estar contribuindo para a degenerao do sistema;
Considerando, por um lado, que a Polcia Militar, que vinha realizando as
escoltas dos recuperandos do regime fechado, est criando empecilhos para continuar
se incumbindo da tarefa, conforme inmeros expedientes arquivados neste Juzo, situ-
ao que s tem se agravado com o correr do tempo, e, por outro, que as sadas dos
presos so inevitveis em situaes tais como para ida a mdico ou a hospitais, em caso
de doena, e ao Frum, para audincias, e que as escoltas constituem medida de segu-
rana necessria;
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Considerando que a APAC j vem realizando, atravs de seu corpo de volun-
trios, a escolta dos presos na fase inicial do regime semi-aberto, e do regime fecha-
do, que atendam aos requisitos da Portaria n 02/03, deste Juzo, com sucesso, que
se evidencia pela circunstncia de no ter ocorrido nenhuma fuga em tais ocasies, e
demonstra que a tarefa vem sendo desempenhada com seriedade e responsabilidade,
como se impe;
Considerando que, a partir de tais resultados, a APAC se credencia a assumir
novas incumbncias, o que vai de encontro sua proposta de recuperar o preso com
base na valorizao humana;
Considerando, por outro lado, que a questo deve ser regulamentada, a fim
de se evitarem abusos, de se dar tratamento igual a casos assemelhados e de se pre-
venirem responsabilidades, e,
Considerando, por fim, a douta manifestao favorvel do DD. Representante
do Ministrio Pblico, colhido em expediente parte, encaminhado a este Juzo pela
APAC,
R E S O L V E:
Art.1 - A APAC fica autorizada a fazer, atravs de seus voluntrios e com a
colaborao de recuperandos do regime semi-aberto, a escolta, na Comarca e fora
dela, de presos do regime fechado que no se enquadrem na Portaria n 02/03, desde
que algemados e mediante termo de compromisso previamente firmado pelo escolta-
do.
Art.2 - A sada mediante escolta por voluntrios mencionada no artigo ante-
rior ser concedida pela Direo do Centro de Reintegrao Social nas seguintes hipte-
ses:
I) Falecimento ou doena grave de cnjuge, companheira, ascen-
dente, descendente ou irmo, devidamente comprovados ( Art. 120, Inc. I, da LEP );
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II) Atendimento ou tratamento mdico, hospitalar, odontolgico ou
para exames laboratoriais ( Art. 120, Inc. II, da LEP );
III) Comparecimento:
a) ao Frum e a Delegacias, para audincias, mediante requisio;
b) a cartrios, para registro de nascimento de filho e para assinatura de escrituras ou outros documentos pblicos;
c) a agncias bancrias, para recebimento de valores pecunirios;
d) a outras reparties pblicas, para fins de obteno de documentos.
IV) A celebrao matrimonial de descendente ou irmo.
Pargrafo 1 - A autorizao de sada com escolta de voluntrios no prevista
nos incisos acima s poder ocorrer mediante autorizao judicial.
Pargrafo 2- O uso de algemas dever obedecer, falta de norma legal que
o regulamente, disciplina das Regras Mnimas para o Tratamento dos Presos, da
ONU (n 33, letras a a c).
Art.3 - A APAC dever, no cumprimento da presente Portaria:
I) dar tratamento individualizado a cada escolta, escolhendo equipe
de escoltantes adequada ao caso e tomando todas a