apac. mg. atos normativos

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Novembro de 2007 ATOS NORMATIVOS

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Apac. Mg. Atos Normativos

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  • Novembro de 2007

    ATOSNORMATIVOS

  • APRESENTAO

    O Projeto Novos Rumos na Execuo Penal do Tribunal de Justia do Estado de

    Minas Gerais (TJMG) apresenta mais uma de suas publicaes, intitulada Atos

    Normativos, que regulamentam procedimentos referentes a instalao, funcionamen-

    to e solidificao das Associaes de Proteo e Assistncia aos Condenados no Estado

    de Minas Gerais (Apacs).

    Na primeira parte desta cartilha constam normas estaduais que so imperati-

    vas e, na segunda parte, portarias baixadas pelo Juzo da Execuo Penal da Comarca

    de Itana, que buscam equacionar questes surgidas na execuo da pena, que no

    podem ficar sem respostas e que, na maioria das vezes, no esto previstas na Lei de

    Execuo Penal.

    Como se poder perceber, essas portarias no so definitivas, podendo ser

    adaptadas e modificadas de acordo com as particularidades locais e com a evoluo do

    mtodo Apac, mas levando sempre em conta, de um lado, os interesses da sociedade

    e, do outro, os dos condenados.

    Salientamos que as referidas normas podem ser consultadas no portal do

    TJMG - www.tjmg.gov.br - nos links 3 Vice Gesto da Inovao/Projeto Novos

    Rumos ou Responsabilidade Social.

    Dessa forma, o Projeto Novos Rumos vem cumprindo seu objetivo de adotar a

    metodologia Apac como poltica pblica de execuo penal no Estado, promovendo a

    humanizao do sistema prisional, de forma a contribuir para a construo da paz

    social.

    Desembargador Joaquim Alves de Andrade Coordenador do Projeto Novos Rumos na Execuo Penal

  • NDICE

    11 PPaarrttee - NNoorrmmaass EEssttaadduuaaiiss

    - Resoluo n 433/04, de 28/04/2004 ...............................................................08

    Institui o Projeto Novos Rumos na Execuo Penal do TJMG.

    - Lei n 12936, de 08/07/1998............ ...............................................................10

    Estabelece diretrizes para o sistema prisional do Estado e d outras providncias.

    - Aviso n 42/Gacor/03, de 30/10/2003 ..............................................................13

    Estabelece que as Apacs podem ser beneficirias dos bens, produtos ou valoresarrecadados pela justia criminal com aplicao das penas privativas de direitos.

    - Lei n 15299/04, de 09/08/2004 ......................................................................15

    Acrescenta dispositivos Lei n 11404, de 25/01/1994, que contm normas de execuo penal e dispe sobre a realizao de convnio entre o Estado e as Apacs.

    - Portaria-Conjunta n 084/06, de 22/08/2006 ....................................................19

    Estabelece normas para a transferncia de presos em cumprimento de pena privativa deliberdade para os Centros de Reintegrao Social - CRS - geridos pelas Apacs.

    - Resoluo n 862/07, de 24/05/2007 ...............................................................22

    Dispe sobre a prestao de contas de recursos recebidos pelas Apacs conveniadas com a Secretaria de Estado de Defesa Social.

    - Lei n 16940 de 16/08/2007...............................................................................33

    Reserva 5% do total de vagas existentes na contratao de obras e de servios pela administrao pblica direta e indireta, para os sentenciados.

    22 PPaarrttee - AAttooss AAddmmiinniissttrraattiivvooss ddoo JJuuzzoo ddaa EExxeeccuuoo PPeennaall

    - Portaria n 34/91, de 29/04/1991 .....................................................................36

    Atribui a Apac incumbncias no regime aberto e do patronato.

    - Portaria n 01/97, de 01/07/1997 .....................................................................40

    Atribui a Apac a funo de rgo da execuo penal, incumbida dos trs regimes

    prisionais.

  • - Portaria n 01/98, de 30/06/1998 .....................................................................43Estabelece normas para sada a fim de visitar a famlia, para procurar trabalho e de

    trabalho interno no Centro de Reitegrao Social.

    - Portaria n 01/00, de 19/12/2000......................................................................45

    Estabelece normas para a escolta de recuperandos nos regimes semi-aberto eaberto.

    - Portaria n 01/2001, de 01/03/2001 .................................................................47

    Estabelece normas para o trabalho nos regimes aberto e semi-aberto.

    - Portaria n 02/2001, de 01/03/2001..................................................................49

    Estabelece normas para a concesso e execuo da sada temporria.

    - Portaria n 03/2001, de 28/03/2001 .................................................................53

    Atribui ao Patronato Aprendizes da Liberdade incumbncias na execuo das penas res-tritivas de direitos.

    - Ofcio n 813, de 10/05/2002 ...........................................................................55

    Autoriza os recuperandos dos regimes aberto e semi-aberto autorizados ao trabalho externo a participarem de celebrao eucarstica.

    - Ofcio n 922, de 30/04/2003 ...........................................................................56

    Autoriza os recuperandos dos regimes aberto e semi-aberto autorizados ao trabalho externo a se ausentarem da Apac para participarem das reunies dos Alcolicos Anni-mos.

    - Portaria n 02/03, de 25/09/2003 .....................................................................57

    Estabelece normas para a escolta de presos por voluntrios da Apac.

    - Portaria n 01/04, de 30/06/2004 .....................................................................61

    Estabelece normas para a escolta de presos do regime fechado.

    - Portaria n 01/05, de 02/05/2005 .....................................................................65

    Estabelece normas para a fiscalizao do cumprimento do livramento condicional pelaApac.

    - Portaria n 01/06, de 20/03/2006 .....................................................................67

    Estabelece normas para a transferncia de presos em cumprimento de pena privativa deliberdade para o Centro de Reintegrao Social gerido pela Apac.

  • 1 PARTE

    NORMAS ESTADUAIS

  • 8RESOLUO N 433/04 DE 28/04/2004

    A CORTE SUPERIOR DO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS,

    no uso das atribuies que lhe confere o art.22, inciso II, da Lei Complementar n 59,

    de 18 de janeiro de 2001,

    Considerando que a funo essencial da pena a ressocializao do condena-

    do;

    Considerando que a Lei de Execuo Penal, em seu art. 10, estabelece uma srie

    de medidas assistenciais destinadas a recuperar o condenado para devolv-lo sociedade

    em plenas condies de com ela conviver harmoniosamente;

    Considerando que o art. 4 da Lei de Execuo Penal preceitua que o Estado

    dever recorrer cooperao da comunidade nas atividades de execuo da pena e da

    medida de segurana;

    Considerando a experincia vitoriosa da APAC-Associao de Proteo e

    Assistncia aos Condenados instalada na Comarca de Itana h quase vinte anos, bem

    como o xito obtido nos projetos coordenados pelos Magistrados designados pela

    Portaria Conjunta n 16/2001, publicada no Dirio do Judicirio de 29 de setembro de

    2001, e pela Portaria n 1.512/2003, publicada em 16 de outubro de 2003, para asses-

    soramento da Presidncia do Tribunal de Justia em Assuntos Penitencirios e de

    Execuo Penal no Estado;

    Considerando que os trabalhos de assessoramento referidos tiveram como

    resultado, dentre outros, a instalao de APACs nas Comarcas de Arcos, Gro Mogol,

    Nova Lima, Passos, Patrocnio, Sete Lagoas, Trs Coraes e Perdes, alm de diversas

    comarcas em processo de instalao de novas APACs;

    Considerando a convenincia de se regulamentar mais efetivamente tais ativi-

    dades, a fim de facilitar os trabalhos de humanizao do cumprimento de penas e

    recuperao de condenados, em todo o Estado;

    Considerando ainda que a execuo das penas privativas de liberdade e das

    penas alternativas so fenmenos nitidamente judiciais;

    Considerando o que ficou decidido pela prpria Corte Superior, em sesso rea

    lizada no dia 28 de abril de 2004,

  • 9RESOLVE:

    Art. 1 Fica institudo o "Projeto Novos Rumos na Execuo Penal" com o obje-

    tivo de incentivar a criao das Associaes de Proteo e Assistncia aos Condenados

    - APACs, apoiando sua implantao nas comarcas ou municpios do Estado de Minas

    Gerais.

    1 A APAC entidade civil dotada de personalidade jurdica prpria, apta a

    desenvolver mtodo de valorizao humana para oferecer ao condenado melhores

    condies de se recuperar, visando a proteger a sociedade e promover a Justia.

    2 A criao das APACs dar-se- nos termos da legislao pertinente, sob a

    orientao do Projeto Novos Rumos na Execuo Penal.

    Art. 2 O Projeto Novos Rumos na Execuo Penal ser coordenado pela

    Assessoria da Presidncia para Assuntos Penitencirios e de Execuo Penal no Estado,

    instituda pela Portaria n 1.512, de 15 de outubro de 2003, sob a superviso do

    Desembargador Joaquim Alves de Andrade.

    Art. 3 A Assessoria de Gesto da Inovao- AGIN, prevista nos arts. 35 a 37

    da Resoluo n 423, de 27 de agosto de 2003, dever cooperar com a Assessoria da

    Presidncia para Assuntos Penitencirios no trabalho de coordenao previsto no art.

    2 desta Resoluo.

    Art. 4 Os dirigentes das APACs devero encaminhar ao Coordenador do

    Projeto Novos Rumos na Execuo Penal, cpia da ata de instalao, bem como de

    relatrios semestrais das aes desenvolvidas, para os fins previstos no art. 37,III, VII,

    VIII e XI, da Resoluo n 423, de 27 de agosto de 2003.

    Art. 5 Esta Resoluo entrar em vigor na data de sua publicao.

    Art. 6 Revogam-se as disposies em contrrio.

    PUBLIQUE-SE. CUMPRA-SE.

    Belo Horizonte, 28 de abril de 2004.

    Desembargador MRCIO ANTNIO ABREU CORRA DE MARINS

    Presidente

  • 10

    LEI N 12936, DE 08/07/1998

    Estabelece diretrizes para o sistema prisional do Estado e d outras providncias.

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu,

    em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 - assegurado ao detento, provisrio ou condenado, tratamento

    digno e humanitrio, vedada a discriminao em razo de origem, raa, etnia, sexo,

    convico poltica ou religiosa e orientao sexual.

    1 - O respeito integridade fsica e moral constitui direito subjetivo do

    preso.

    2 - direito do preso cumprir pena em estabelecimento penal prximo ao

    domiclio de sua famlia.

    (Pargrafo vetado pelo Governador do Estado e mantido pela Assemblia

    Legislativa em 09/11/1998.)

    Art. 2 - dever do Estado garantir ao preso as condies necessrias sua

    readaptao vida em sociedade, mantendo, para esse fim, profissional devida-

    mente habilitado.

    Art. 3 - O Poder Executivo estimular a realizao de cursos, seminrios,

    palestras, congressos e debates especialmente voltados para assuntos relacionados

    com os direitos humanos, com vistas ao aperfeioamento do sistema prisional.

    Pargrafo nico - obrigatria a incluso de matria especfica de direitos

    humanos nos cursos da Academia de Polcia da Secretaria de Estado da Segurana

    Pblica e da Polcia Militar do Estado de Minas Gerais e nos cursos de formao de

    agentes e pessoal penitencirio da Secretaria de Estado da Justia. (Vide Inciso VI dos

    arts. 13 e 14 da Lei n 15298, de 6/8/2004.)

    Art. 4 - O agente responsvel pelo exerccio da polcia judiciria de carter

    tcnico-cientfico e de investigao de infrao penal no poder desenvolver atividade

    concernente guarda e vigilncia de preso.

  • 11

    Art. 5 - O Estado adotar e incentivar a aplicao de pena social alternativa,

    nos termos do art. 5, XLVI, "d", da Constituio da Repblica, propiciando os meios

    necessrios sua execuo.

    Art. 6 - O encarceramento de presos provisrios e condenados dar-se-, pre

    ferencialmente, em estabelecimento penal de pequeno porte, destinado a receber

    detentos residentes no municpio em que se encontra instalado.

    1 - vedada a construo de estabelecimento penal de qualquer natureza

    com capacidade para mais de 170 (cento e setenta) detentos.

    2 - vedada a instalao de estabelecimento penal com capacidade supe-

    rior mdia anual de detentos verificada no municpio.

    3 - A instalao de estabelecimento penal ser precedida de parecer emiti-

    do pelo Ministrio Pblico, que opinar sobre a sua localizao, capacidade, necessi-

    dade e adequao s regras de tratamento prisional, de acordo com as normas em

    vigor.

    Art. 7 - O Estado estimular a implementao dos Conselhos da Comunidade

    previstos no art. 175 da Lei n 11.404, de 25 de janeiro de 1994, com vistas a auxiliar

    e fiscalizar a execuo dos procedimentos ditados pela justia criminal.

    Pargrafo nico - Os Conselhos a que se refere o "caput" deste artigo, consi-

    derados de suma importncia para a reintegrao do preso no convvio social, con-

    taro com o apoio do poder pblico.

    Art. 8 - Cada estabelecimento penal contar com um colegiado, rgo au-

    xiliar da administrao da instituio, destinado a auxiliar, acompanhar e fiscalizar o seu

    funcionamento, garantindo-se, em sua composio, a participao de representantes

    da comunidade, do Ministrio Pblico, da Defensoria Pblica, de entidades civis de

    apoio ao detento e de familiares dos presos.

    Art. 9 - O Poder Executivo regulamentar esta Lei no prazo de 190 (cento e

    noventa) dias contados da data de sua publicao.

  • 12

    Art. 10 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 11 - Revogam-se as disposies em contrrio.

    Dada no Palcio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 8 de julho de 1998.

    Eduardo Azeredo - Governador do Estado

    Data da ltima atualizao: 30/08/2006.

  • 13

    AVISO N 42/GACOR/03, DE 30/10/2003

    O Desembargador Isalino Lisba, Corregedor-Geral de Justia do Estado de

    Minas Gerais, no uso de suas atribuies legais,

    Considerando o pleito oriundo da Coordenao do Projeto Novos Rumos na

    Execuo das Penas,

    Considerando o disposto na legislao de regncia das penas restritivas de

    direito, especialmente os artigos 43 a 48 do Cdigo Penal, os artigos 147/148 e

    180/181 da Lei n 7.210, de 11/07/84, que Institui a Lei de Execuo Penal, e a Lei

    n 9.099, de 26/09/95, que Dispe sobre os Juizados Especiais Cveis e Criminais,

    Considerando o disposto no Provimento n 49, de 21/09/01, que Dispe

    sobre a destinao do valor arrecadado com aplicao da pena de prestao pecuniria

    prevista no inciso I, do art. 43, do Cdigo Penal, com a redao dada pela Lei n 9.714,

    de 25.11.1998, e

    Considerando os estudos e as concluses resultantes dos autos do Processo

    n 15.559/03-DEOAC, que teve curso nesta Corregedoria,

    Expede o AVISO seguinte para conhecimento dos MM. Juzes de Direito do

    Estado de Minas Gerais.

    As Associaes de Proteo e Assistncia aos Condenados APACs, que so

    administradas pelas comunidades e/ou por organizaes no governamentais, atravs

    de contribuies e servios voluntrios, em parceria com o Poder Judicirio e outros

    rgos pblicos, tm carter assistencial e finalidade de relevante cunho social e, por-

    tanto, no se enquadram dentre os rgos e entidades elencados no Provimento n

    49, de 21/09/01.

  • 14

    Dessarte, levo ao conhecimento de V. Exa. o posicionamento firmado pela

    Corregedoria - Geral de Justia no sentido de que as APACs Associaes de Proteo

    e Assistncia aos Condenados, j em funcionamento ou em fase de implantao,

    podem ser beneficirias dos bens, produtos ou valores arrecadados pela justia crimi-

    nal com a aplicao das penas privativas de direitos, notadamente a pena de prestao

    pecuniria, na forma da lei e no mbito da comarca.

    Belo Horizonte, 30 de outubro de 2003.

    (a)Desembargador Isalino Lisba

    Corregedor-Geral de Justia

  • 15

    LEI N 15299/04, DE 09/08/2004

    Acrescenta dispositivos Lei n 11.404, de 25 de janeiro de 1994, que contm normas

    de execuo penal, e dispe sobre a realizao de convnio entre o Estado e as

    Associaes de Proteo e Assistncia aos Condenados - APACs.

    O Governador do Estado de Minas Gerais

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu,

    em seu nome, promulgo a seguinte Lei:

    Art. 1 - Fica acrescido ao art. 157 da Lei n 11.404, de 25 de janeiro de 1994,

    o seguinte inciso VIII:

    Art. 157 - (...)

    VIII - as entidades civis de direito privado sem fins lucrativos que tenham fir-

    mado convnio com o Estado para a administrao de unidades prisionais destinadas

    ao cumprimento de pena privativa de liberdade.

    Art. 2 - Fica acrescido ao Ttulo VI - Dos rgos da Execuo Penal - da Lei n

    11.404, de 25 de janeiro de 1994, o Captulo IX - Das Entidades Civis de Direito Privado

    sem Fins Lucrativos -, composto dos seguintes arts. 176-A e 176-B:

    CAPTULO IX

    DAS ENTIDADES CIVIS DE DIREITO PRIVADO SEM FINS LUCRATIVOS

  • 16

    Art. 176-A - Compete s entidades civis de direito privado sem fins lucrativos que te-nham firmado convnio com o Estado para a administrao de unidades prisionais des-tinadas ao cumprimento de pena privativa de liberdade, nos termos do inciso VIII doart. 157:

    I - gerenciar os regimes de cumprimento de pena das unidades queadministrarem, nos termos definidos em convnio;

    II - responsabilizar-se pelo controle, pela vigilncia e pela conservaodo imvel, dos equipamentos e do mobilirio da unidade;

    III - solicitar apoio policial para a segurana externa da unidade, quan-do necessrio

    IV - apresentar aos Poderes Executivo e Judicirio relatrios mensaissobre o movimento de condenados e informar-lhes, de imediato, a chegada de novosinternos e a ocorrncia de liberaes;

    V - prestar contas mensalmente dos recursos recebidos;VI - acatar a superviso do Poder Executivo, proporcionando-lhe todos

    os meios para o acompanhamento e a avaliao da execuo do convnio.

    Art. 176-B - Incumbem diretoria da unidade de cumprimento de pena pri-vativa de liberdade administrada por entidade civil de direito privado sem fins lucrativosconveniada com o Estado as atribuies previstas no art. 172 desta lei..

    Art. 3 - O Poder Executivo poder firmar convnio com Associaes deProteo e Assistncia aos Condenados - APACs - para a administrao de unidades decumprimento de pena privativa de liberdade no Estado, nos termos do art. 157 da Lein 11.404, de 1994.

    Art. 4 - Para firmar convnio com o Poder Executivo, a APAC dever atenders seguintes condies:

    I - ser entidade civil de direito privado sem fins lucrativos;II - adotar o trabalho voluntrio nas atividades desenvolvidas com os

    recuperandos, utilizando o trabalho remunerado apenas em atividades administrativas,se necessrio;

    III - adotar como referncia para seu funcionamento as normas doestatuto da APAC de Itana;

    IV - ter suas aes coordenadas pelo Juiz de Execuo Criminal dacomarca, com a colaborao do Ministrio Pblico e do Conselho da Comunidade pre-visto na Lei de Execuo Penal;

  • 17

    V - ser filiada Fraternidade Brasileira de Assistncia aos Condenados- FBAC.

    Art. 5 - Sero definidos no convnio a que se refere o art. 3:

    I - os termos de contratao de pessoal;II - as condies para a administrao das unidades de cumprimento

    de pena privativa de liberdade no Estado, observadas as peculiaridades de cada uma ea legislao vigente.

    Art. 6 - As APACs conveniadas com o Estado devero cumprir o determinadonos arts. 176-A e 176-B da Lei n 11.404, de 1994, acrescidos por esta lei.

    Art. 7 - So responsabilidades do Poder Executivo na execuo dos convnioscom entidades civis de direito privado sem fins lucrativos para a administrao deunidades prisionais destinadas ao cumprimento de pena privativa de liberdade noEstado:

    I - o repasse de recursos para a administrao da unidade, nos termosdo convnio;

    II - a articulao e a integrao com os demais rgos governamen-tais para uma atuao complementar e solidria de apoio ao desenvolvimento doatendimento pactuado;

    III - a fiscalizao e o acompanhamento da administrao das APACs.

    Art. 8- Os recursos a que se refere o inciso I do art. 7 podero ser destina-dos a despesas com:

    I - assistncia ao condenado, prevista na Lei de Execuo Penal;II - reforma e ampliao do imvel da unidade;III - veculos para atendimento s demandas dos condenados previs-

    tas na legislao;IV - itens diversos, definidos em convnio.

    Art. 9 - Sero objeto de convnio entre o Estado e as APACs as unidades decumprimento de pena privativa de liberdade que se destinem:

    I - a condenados em regime fechado, semi-aberto e aberto, com sen-tena transitada em julgado na comarca;

  • 18

    II - a condenados cujas famlias residam na comarca;III - a condenados que tenham praticado crime no mbito da comarca.

    Pargrafo nico - No ser admitido, nas unidades de cumprimento de penaprivativa de liberdade de que trata este artigo, o recebimento de outros condenadosdo Estado, salvo com a expressa concordncia do diretor da unidade e do Juzo daExecuo Criminal, ouvido o Ministrio Pblico.

    Art. 10 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Palcio da Liberdade, em Belo Horizonte aos 9 de agosto de 2004.

    Acio Neves - Governador do Estado

  • 19

    PORTARIA-CONJUNTA N 862/07,DE 23/05/2005

    Estabelece normas para a transferncia de presos em cumprimento de pena privativa

    de liberdade para os Centros de Reintegrao Social - CRS geridos pelas Associaes de

    Proteo e Assistncia aos Condenados - APACs.

    O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS E O

    CORREGEDOR-GERAL DE JUSTIA, respectivamente, no uso das atribuies que lhes

    conferem os arts. 11, I, e 16, XVII e XXII, da Resoluo n 420, de 1 de agosto de

    2003, que contm o Regimento Interno do Tribunal.

    CONSIDERANDO que o Tribunal de Justia, h mais de quatro anos, atravs do

    Projeto Novos Rumos na Execuo Penal, institucionalizou o Mtodo APAC de resso-

    cializao de presos como poltica pblica de execuo penal no Estado, com o objeti-

    vo imediato de estimular a ampliao das APACs j existentes e a criao de novas

    unidades nas comarcas e municpios mineiros e, com o objetivo mediato de, assumin-

    do a sua parcela de responsabilidade na rea, contribuir para a humanizao da exe-

    cuo das penas privativas de liberdade em Minas Gerais;

    CONSIDERANDO que essa tomada de posio se assenta na concluso e na

    norma legal de que compete ao Poder Judicirio zelar pelo correto cumprimento da

    pena e tomar providncias para o adequado funcionamento dos estabelecimentos

    penais (incisos VI e VII do art. 61 da Lei Complementar Estadual n 59/2001), sob

    pena de estar contribuindo para a degenerao do sistema;

    CONSIDERANDO que, com a ampliao das APACs, que atingem hoje vrias

    dezenas de comarcas do Estado, mas continuam a conviver com as cadeias e peniten-

    cirias do sistema oficial, a transferncia de presos para o sistema alternativo deve ser

    regulamentada, a fim de se ter um norte na questo, com isonomia de tratamento a

    casos assemelhados, de se evitar abusos e de se prevenir responsabilidades,

  • 20

    RESOLVEM:

    Art. 1 Esta Portaria-Conjunta estabelece normas a serem cumpridas na trans-

    ferncia de presos para os Centros de Reintegrao Social - CRS, geridos pelas

    Associaes de Proteo e Assistncia aos Condenados - APACs no Estado.

    Art. 2 O preso condenado a pena privativa de liberdade, nos regimes fecha-

    do, semi-aberto e aberto, independentemente da durao da reprimenda e do crime

    cometido, poder ser transferido para os CRS geridos pelas APACs, atravs de ato moti-

    vado do Juiz da Execuo, ouvidos o Ministrio Pblico e a administrao penitenciria,

    e satisfeitas as seguintes condies:

    I - manifestar, por escrito, interesse em ser transferido e propsito de, aps a

    transferncia, ajustar-se s regras do CRS;

    II - ter vnculos familiares e sociais na comarca, comprovados no curso do

    processo ou atravs de sindicncia realizada pelo servio social judicial ou, se inexis-

    tente esse, pelos oficiais de justia do juzo;

    1 O requisito previsto no inciso II deste artigo poder ser dispensado em

    relao ao preso oriundo de outras regies que tenha sido condenado por crime

    cometido na comarca e cuja transferncia para seu local de origem seja invivel.

    2 No obstar a transferncia para o CRS a interposio de recurso contra

    a condenao em primeiro grau, pela acusao ou pela defesa, hiptese em que dev-

    er ser instaurada a execuo provisria.

    3 O preso que tenha sido condenado em comarca diversa daquela em que

    reside sua famlia poder ser transferido para essa, desde que comprovados os vncu-

    los familiares e a residncia nela h pelo menos um ano..

    4 O requisito previsto no pargrafo anterior ser exigido tambm no caso

    de famlia que residia em comarca no dotada de CRS, quando da condenao de seu

    membro, e que posteriormente tenha transferido residncia para comarca em que

    exista CRS.

  • 21

    5 A transferncia, nos casos previsos nos 3 e 4 deste artigo ocorrer,

    sempre e inicialmente, para a Cadeia Pblica ou outro estabelecimento do sistema ofi-

    cial existente na Comarca, onde o condenado aguardar a sua remoo para o CRS, de

    acordo com sua classificao na lista de espera.

    Art. 3 A transferncia do condenado para o CRS ser realizada, aps a ma-

    nifestao de interesse, rigorosamente de acordo com a ordem cronolgica de conde-

    nao, a ser aferida em lista organizada pelo Escrivo Judicial e fiscalizada pelo Juiz e

    pelo Promotor de Justia das Execues Penais.

    Pargrafo nico - O preso oriundo e transferido de outra comarca ser inseri-

    do na lista pela data de sua chegada comarca, e no da condenao.

    Art. 4 A disponibilidade de vagas nos diversos regimes ser aferida atravs derelao encaminhada semanalmente pela APAC ao juzo das execues.

    Art. 5 A APAC poder solicitar ao juzo da execuo a transferncia, do CRS

    para outro estabelecimento prisional, do preso que demonstre, com o seu comporta-

    mento, pela reiterao de faltas ou pela gravidade dessas, inadaptao ao mtodo ou

    ausncia de propsito de emenda.

    Art. 6 O Juiz das Execues Penais ouvir, previamente ao exame do pedido

    de transferncia e em ateno ao princpio do contraditrio, o Ministrio Pblico, a

    Defesa e a administrao penitenciria, dispensada a diligncia em relao parte

    autora do pedido.

    Art. 7 Esta Portaria-Conjunta entra em vigor na data de sua publicao.

    PUBLIQUE-SE. CUMPRA-SE.

    Belo Horizonte, 22 de agosto de 2006.

    Desembargador HUGO BENGTSSON JNIOR

    Presidente

    Desembargador RONEY OLIVEIRA

    Corregedor-Geral de Justia

  • 22

    RESOLUO N 862/07, DE 23/05/2007

    Dispe sobre a prestao de contas de recursos recebidos pelas Associaes de

    Proteo e Assistncia ao Condenado APACs conveniadas com a Secretaria de

    Estado de Defesa Social.

    O Secretrio de Estado de Defesa Social, no uso das atribuies que lhe confe-

    rem o inciso III, 1, do art. 93 da Constituio Estadual e as Leis Delegadas n

    112/2003 e 117/2003,

    CONSIDERANDO o disposto na Lei 15.299/04, que regulamenta os requisitos

    para o recebimento de recursos estaduais por Associaes de Proteo e Assistncia ao

    Condenado APACs;

    CONSIDERANDO a necessidade de padronizao e regulamentao das

    prestaes de contas referentes s aes dessas entidades;

    CONSIDERANDO que o trabalho voluntrio deve ser o pilar fundamental para

    a atuao de Associaes de Proteo e Assistncia ao Condenado APACs;

    CONSIDERANDO, ainda, o interesse do Estado de Minas Gerais em fomentar a

    existncia de tais entidades, tendo em vista a sensvel melhoria das condies de resso-

    cializao dos apenados por elas proporcionado;

    CONSIDERANDO, por fim, a necessidade de assegurar estrutura administrativa

    que viabilize, ao lado do trabalho voluntrio, o desempenho das atividades das

    Associaes de Proteo e Assistncia ao Condenado,

    RESOLVE:

    Art. 1 A Secretaria de Estado de Defesa Social poder firmar convnios com

    Associaes de Proteo e Assistncia ao Condenado APACs, para proporcionar

  • 23

    auxlio financeiro e material na administrao de unidades de cumprimento de penas

    privativas de liberdade no Estado de Minas Gerais, nos termos do art. 157 da Lei

    11.404/94.

    1 Para firmar o convnio a que se refere o caput, a APAC deve atender aos

    requisitos estabelecidos no art. 4 da Lei 15.299/04.

    2 A SEDS ouvir a Fraternidade Brasileira de Assistncia aos Condenados

    FBAC antes da assinatura do convnio e sempre que entender necessrio, durante a

    execuo do mesmo.

    Art. 2 O trabalho nas Associaes de Proteo e Assistncia ao Condenado

    APACs dever pautar-se pelo voluntariado, obrigatoriamente, em todas as atividades

    com recuperandos, e sempre que possvel, nas atividades administrativas, conforme

    disposto no artigo 4, II, da Lei 15.299/04.

    Art. 3 Caso seja impossvel a obteno de voluntrios para alguma atividade

    administrativa, a Secretaria de Estado de Defesa Social poder aceitar na prestao de

    contas a contratao remunerada de empregados feita pela APAC.

    1 Para que a contratao seja validamente includa na prestao de contas,

    a APAC dever:

    I - efetuar uma anlise criteriosa da impossibilidade de obteno de voluntrio

    para a funo;

    II - avaliar as qualificaes do empregado a ser admitido, considerando sua

    aptido para as atividades a serem desempenhadas;

    III obedecer aos quantitativos mximos e o limite de remunerao dos esta-

    belecidos nos anexos I a IV da presente resoluo, os quais variam conforme o nmero

    de recuperandos atendidos.

  • 24

    2 Os limites estabelecidos nos anexos I a IV da presente resoluo, consi-

    derados aceitveis para fins de prestao de contas, no impedem que as APACs, no

    desempenho de suas atividades, estabeleam o nmero de empregados ou o montante

    de suas remuneraes em parmetros inferiores, em ateno ao princpio do voluntari-

    ado que rege a metodologia.

    3 A modificao dos valores estabelecidos nos Anexos I a IV somente ser

    admitida pela Secretaria, quando da prestao de contas, em virtude de conveno

    coletiva de trabalho que assim o determine.

    4 A APAC deve sempre observar a legislao trabalhista, sobretudo no que

    tange ao piso salarial da categoria, tendo em vista ser de sua exclusiva responsabilidade

    a regularidade jurdica das contrataes.

    5 As atribuies do pessoal referido nos anexos I a IV da presente resoluo

    so as estabelecidas, em carter exemplificativo, no anexo V, sem prejuzo de outras

    que lhes sejam internamente determinadas pela direo da APAC.

    6 Os casos excepcionais, no contemplados nos anexos da presente re-

    soluo, somente podero ser atendidos aps autorizao expressa do Secretrio de

    Estado de Defesa Social.

    Art. 4 vedada a remunerao de membros da diretoria das APACs, bem

    como de todos aqueles que exeram atividades tpicas de direo.

    Art. 5 Como forma de privilegiar e estimular a excelncia na gesto das

    APACs, bem como a reduo de custos, a Secretaria de Estado de Defesa Social poder

    instituir premiao destinada s Associaes de Proteo e Assistncia ao Condenado

    que obtiverem desempenho destacado.

    Pargrafo nico. Para a premiao de que trata o caput, a Secretaria

    de Estado de Defesa Social estabelecer regulamento prprio, considerando,

    dentre outros critrios, a obteno do menor ndice de custo por recuperando, o

  • 25

    menor gasto com pessoal relativamente ao nmero de recuperandos e a implantao

    de iniciativas de excelncia no processo de ressocializao.

    Art. 6 As APACs j conveniadas com o Estado de Minas Gerais tero o prazo

    de 180 (cento e oitenta) dias para adequarem-se ao disposto na presente resoluo.

    1 Aps o perodo a que se refere o caput do presente artigo no sero

    aceitas prestaes de contas que no estejam em conformidade com o disposto na pre-

    sente resoluo.

    2 Para o atendimento ao disposto na presente resoluo, as APACs j con-

    veniadas com o Estado de Minas Gerais podero utilizar os recursos referentes ao paga-

    mento de pessoal para o adimplemento das eventuais verbas rescisrias decorrentes

    das rescises que se faam necessrias, ressalvadas as vedaes expressamente esta-

    belecidas no Decreto 43.635/03.

    3 A despesa global com pessoal das APACs j conveniadas dever ater-se ao

    limite estabelecido pelo respectivo convnio, quando este for inferior aos limites esta-

    belecidos pelos anexos da presente resoluo.

    Art. 7 O enquadramento das APACs em relao aos anexos da presente re-

    soluo far-se- atravs da aferio de sua ocupao efetiva.

    1 As APACs conveniadas aps a entrada em vigor da presente resoluo

    sero enquadradas, inicialmente, no anexo correspondente a sua capacidade de ocu-

    pao, tendo o prazo de 4 (quatro) meses para efetiv-la, sob pena de reenquadramen-

    to para o anexo correspondente a sua ocupao efetiva.

    2 A manuteno de vagas ociosas pelo prazo de 4 (quatro) meses conse-

    cutivos importar o obrigatrio reenquadramento da APAC ao anexo respectivo, para

    fins de prestao de contas.

    3 O aumento da ocupao efetiva da APAC somente autorizar a mudana

  • 26

    de enquadramento em relao aos anexos da presente resoluo se verificada durante

    pelo menos 4 (quatro) meses sucessivos.

    Art. 8 A Secretaria de Estado de Defesa Social repassar, at o 10 (dcimo)

    dia til de cada ms, os recursos financeiros conveniados s APACs que se encontrarem

    em situao regular de prestao de contas.

    Pargrafo nico. Considera-se irregular a APAC que, alm de outros requisitos

    estabelecidos na legislao pertinente, incorra nas seguintes condutas:

    I no entrega em tempo hbil da prestao anterior;

    II aplicao de valores em desacordo com o estabelecido no convnio, bem

    como com seu objeto;

    III no realizao de processos anlogos ao de licitao para aquisio de

    bens e servios;

    IV pagamento de multas e taxa de administrao com recursos do convnio;

    V realizao de despesas em momento anterior ao repasse dos recursos

    financeiros ou aps o trmino da vigncia do convnio;

    VI realizao de pagamentos em espcie;

    VII ocorrncia de bloqueio no Sistema Integrado de Administrao Financeira

    SIAFI ou de situao irregular perante outros bancos de dados estaduais;

    VIII existncia de pendncias de documentao.

    Art. 9 Esta resoluo no altera os termos dos convnios firmados pela

    Secretaria de Estado de Defesa Social e atualmente vigentes.

    Art. 10 Esta resoluo entra em vigor em 1 de junho de 2007.

    Belo Horizonte, 24 de maio de 2007.

    MAURCIO DE OLIVEIRA CAMPOR JNIORSecretrio de Estado de Defesa Social

  • 27

    AANNEEXXOO II

    Limites mximos para a prestao de contas com despesas de pessoal, com

    recursos provenientes de convnio com o Estado de Minas Gerais, em Associaes de

    Proteo e Assistncia ao Condenado que abriguem entre 81 e 140 recuperandos.

    Os valores constantes do quadro abaixo foram inspirados na remunerao dos

    funcionrios da APAC de Itana (conforme Lei 15.299/04) e nos princpios jurdicos

    aplicveis Administrao Pblica Estadual.

    1- A contratao de cozinheiro ou padeiro deve ser limitada ao perodo de 9

    (nove) meses, no intuito de efetivar a implementao dos referidos servios, treinando

    recuperandos para que, ao fim do prazo, possam assumir a atividade. Para as APACs j

    conveniadas com a SEDS o prazo inicia-se na data de entrada em vigor da presente re-

    ANEXOS

  • 28

    soluo.

    2- A remunerao do plantonista noturno acrescida de 20% (vinte por cento),

    tendo em vista o adicional noturno previsto na Consolidao das Leis do Trabalho.

    3- A remunerao bruta dos funcionrios abrange todos os consectrios legais,

    inclusive o adicional de periculosidade do plantonista.

    AANNEEXXOO IIII

    Limites mximos para a prestao de contas com despesas de pessoal, com

    recursos provenientes de convnio com o Estado de Minas Gerais, em Associaes de

    Prestao e Assistncia ao Condenado que abriguem entre 40 e 80 recuperandos.

    Os valores constantes do quadro abaixo foram inspirados na remunerao dos

    funcionrios da APAC de Itana (conforme Lei 15.299/04) e nos princpios jurdicos

    aplicveis Administrao Pblica Estadual.

    A remunerao constante do presente Anexo, em virtude do menor nmero

    de recuperandos e da menor complexidade administrativa, equivale a 80% (oitenta por

    cento) da remunerao prevista no Anexo I.

  • 29

    1- A contratao de cozinheiro ou padeiro deve ser limitada ao perodo

    de 9 (nove) meses, no intuito de efetivar a implementao dos referidos servios,

    treinando recuperandos para que, ao fim do prazo, possam assumir a atividade. Para

    as APACs j conveniadas com a SEDS o prazo inicia-se na data da publicao da pre-

    sente resoluo.

    2- A remunerao do plantonista noturno acrescida de 20% (vinte por

    cento), tendo em vista o adicional noturno previsto na Consolidao das Leis do

    Trabalho.

    3- A remunerao bruta dos funcionrios abrange todos os consectrios

    legais, inclusive o adicional de periculosidade do plantonista.

  • 30

    AANNEEXXOO IIIIII

    Limites mximos para a prestao de contas com despesas de pessoal, com

    recursos provenientes de convnio com o Estado de Minas Gerais, em Associaes de

    Proteo e Assistncia ao Condenado que abriguem entre 21 e 39 recuperandos.

    Os valores constantes do quadro abaixo foram inspirados na remunerao dos

    funcionrios da APAC de Itana (conforme Lei 15.299/04) e nos princpios jurdicos

    aplicveis Administrao Pblica Estadual.

    A remunerao constante do presente Anexo, em virtude do menor nmero

    de recuperandos e da menor complexidade administrativa, equivale a 60% (sessenta

    por cento) da remunerao prevista no Anexo I.

    1- A contratao de cozinheiro ou padeiro deve ser limitada ao perodo de 9

    (nove) meses, no intuito de efetivar a implementao dos referidos servios, treinando

    recuperandos para que, ao fim do prazo, possam assumir a atividade. Para as APACs j

    conveniadas com a SEDS o prazo inicia-se na data da publicao da presente resoluo.

    2- A remunerao do plantonista noturno acrescida de 20% (vinte por cento), tendo

    em vista o adicional noturno previsto na Consolidao das Leis do Trabalho.

    3- A remunerao bruta dos funcionrios abrange todos os consectrios

    legais, inclusive o adicional de periculosidade do plantonista.

  • 31

    AANNEEXXOO IIVV

    Limites mximos para a prestao de contas com despesas de pessoal, com

    recursos provenientes de convnio com o Estado de Minas Gerais, em Associaes de

    Proteo e Assistncia ao Condenado que abriguem at 20 recuperandos.

    Os valores constantes do quadro abaixo foram inspirados na remunerao dos

    funcionrios da APAC de Itana (conforme Lei 15.299/04) e nos princpios jurdicos

    aplicveis Administrao Pblica Estadual.

    A remunerao constante do presente Anexo, em virtude do menor nmero

    de recuperandos e da menor complexidade administrativa, equivale a 60% (sessenta

    por cento) da remunerao prevista no Anexo I.

    1- A contratao de cozinheiro ou padeiro deve ser limitada ao perodo de

    9 (nove) meses, no intuito de efetivar a implementao dos referidos servios, treinan-

    do recuperandos para que, ao fim do prazo, possam assumir a atividade. Para as APACs

    j conveniadas com a SEDS o prazo inicia-se na data da publicao da presente re-

    soluo.

    2- A remunerao do plantonista noturno acrescida de 20% (vinte por cento),

    tendo em vista o adicional noturno previsto na Consolidao das Leis do Trabalho.

  • 32

    3- A remunerao bruta dos funcionrios abrange todos os consectrios legais,

    inclusive o adicional de periculosidade do plantonista

  • 33

    Reserva 5% do total de vagas existentes na contratao de obras e de servios pela

    administrao pblica direta e indireta, para os sentenciados.

    D nova redao ao 3 do art. 39 da Lei n

    11.404, de 25 de janeiro de 1994, que contm

    normas de execuo penal, e acrescenta o 4 ao

    mesmo artigo.

    O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS,

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou, e eu,

    em seu nome, promulgo a seguinte Lei:

    Art. 1 O 3 do art. 39 da Lei n 11.404, de 25 de janeiro de 1994, passa

    a vigorar com a seguinte redao, ficando acrescentado ao artigo o seguinte 4:

    "Art. 39...........................................

    3 Na contratao de obras e de servios pela administrao pblica direta

    ou indireta do Estado sero reservados para sentenciados at 5% (cinco por

    cento) do total das vagas existentes.

    4 Para fins do disposto no 3 deste artigo, ser dada preferncia aos

    sentenciados:

    I - que cumpram pena na localidade em que se desenvolva a atividade con-tratada;

    II - que apresentem melhores indicadores com relao aptido, habi-

    litao, experincia, disciplina, responsabilidade e ao grau de periculosidade,

    LEI N 1640, DE 16/08/2007

  • 34

    apurados pelo poder pblico e registrados em cadastro prprio.".

    Art. 2 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Palcio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 16 de agosto de 2007; 219

    da Inconfidncia Mineira e 186 da Independncia do Brasil.

    ACIO NEVES - Governador do Estado

  • 35

    2 PARTE

    ATOS ADMINISTRATIVOS DO JUZO

    DA EXECUO PENAL

  • 36

    PORTARIA N. 34/91, DE 29/04/1991(*)

    Os Drs. Ivo Nogueira e Paulo A. de Carvalho, Juzes de Direito das 1 e 2 Varas

    da Comarca de Itana e da Execuo da Pena nos processos de sua respectiva com-

    petncia, usando das atribuies que lhes confere o art. 66, da Lei de Execuo Penal,

    e

    Considerando que todas as naes aceitam que a pena tem funo essencial-

    mente ressocializadora e que a reintegrao social do condenado no se faz sem coo-

    perao eficaz da Comunidade a que pertence (ONU - Regras Mnimas para o

    Tratamento dos Reclusos, in Arquivos do Ministrio da Justia, n 115, pg. 97/137);

    Considerando que o legislador ptrio adotou tais princpios, ao enfatizar que

    ... a pena...(omissis)... deve realizar a proteo dos bens jurdicos e a reincorporao

    do autor Comunidade (Item n 14 da Exposio de Motivos de Lei de Execuo

    Penal) e ao estabelecer, de forma imperativa, que O Estado dever recorrer coo-

    perao da Comunidade nas atividades de execuo da pena e da medida de segu-

    rana (art. 4, da Lei de Execuo Penal);

    Considerando que A moderna orientao doutrinria assinala a convenincia

    de incorporar e incrementar a participao da Comunidade, com o esforo privado id-

    neo, na obra de readaptao dos deliqentes (Jlio Fabrini Mirabete, Execuo Penal,

    pg. 57/58);

    Considerando que, dentre as formas de Participao da Comunidade na

    Execuo da Pena, esto a Casa do Albergado, que se destina ao cumprimento da pena

    privativa de liberdade, em regime aberto, e da pena de limitao do fim de semana

    (art.93 da LEP) e deve conter, alm dos aposentos para acomodao dos presos, local

    adequado para cursos e palestras (art.95 da LEP), e se situar em centro urbano, sepa-

    rados dos demais estabelecimentos, caracterizando-se pela ausncia de obstculos fsi-

  • 37

    cos contra fugas (ar.94 da LEP) e o Patronato Particular, que tem por objetivo prestar

    assistncia aos albergados e egressos, orientar os condenados s penas restritivas de

    direitos, fiscalizar o cumprimento das penas de prestao de servios comunidade e

    de limitao de fim de semana e colaborar na fiscalizao do cumprimento das

    condies da suspenso e do livramento condicional (art. 79 da LEP);

    Considerando que embora j tenham passado quase sete anos desde a edio

    da Lei de Execuo Penal, o Poder Pblico Estadual no edificou, ao que se sabe, ne-

    nhuma Casa do Albergado e nem cuidou de se desincumbir da tarefa legislativa de

    estabelecer normas e condies para a criao e funcionamento dos patronatos parti-

    culares, razo pela qual no se tem notcia do aparecimento de nenhuma entidade

    desse gnero, at hoje;

    Considerando que a omisso do poder Pblico no pode e nem deve impedir

    a participao comunitria no processo de ressocializao do condenado ante o pre-

    ceito ao art. 4 da Lei de Execuo Penal;

    Considerando que o Poder Judicirio no tem se omitido sobre a magna

    questo, servindo de exemplo a posio adotada, por proposio do eminente Juiz

    Joaquim Alves, hoje DD. Presidente do Egrgio Tribunal de Alada do Estado e sempre

    um entusiasta da tarefa de ressocializao do preso, no Encontro Nacional dos

    Tribunais de Alada de Porto Alegre, quando se firmou que o sentenciado no pode ser

    prejudicado pela omisso do Estado, devendo ser mantido em priso domiciliar, e no

    em cadeia pblica, se inexistente na comarca a Casa do Albergado;

    Considerando que, na comarca, a APAC - ASSOCIAO DE PROTEO E

    ASSISTNCIA AOS CONDENADOS, entidade privada legalmente instituda, se credencia

    a representar a comunidade na execuo da pena pois, nascida de movimento espon-

    tneo, integrada por algumas dezenas de pessoas que sem nenhuma con-

    traprestao material, vm prestando relevantes servios nas tarefas de execuo da

    pena, sem nenhum deslize que pudesse comprometer o seu trabalho, desenvolvido h

    cinco anos;

  • 38

    Considerando que a APAC tem o reconhecimento da comunidade itaunense

    para seu trabalho, tanto que foi declarada de utilidade pblica (Lei Estadual n 10.389,

    de 12.01.91, e Lei Municipal n 1.955, de 06.10.86), recebeu do poder pblico muni-

    cipal, por doao, o terreno onde, com a ajuda comunitria, construiu o centro de rein-

    tegrao social, que se acha pronto em sua primeira fase;

    Considerando que o referido Centro atende a todos os requisitos legais para

    funcionar como casa do albergado;

    Considerando que a APAC se credencia a representar a comunidade como

    PATRONATO, funo que, em grande parte, vem desempenhando de fato h cinco

    anos de sua existncia, e

    Considerando, por fim, que os sentenciados de regime aberto e os condena-

    dos a penas de limitao de fim de semana e de prestao de servios a comunidade

    no podem ser mantidos na cadeia pblica noite e aos fins de semana, seja pela

    vedao legal de tal procedimento, seja porque a ociosidade dos presdios agente

    estimulador da criminalidade,

    RESOLVEM:

    1. As penas privativas de liberdade de regime aberto e as de limitao de fins

    de semana sero cumpridas na comarca, doravante, no Centro de Reintegrao Social

    da APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos Condenados, que funcionar como

    Casa do Albergado;

    2. A APAC atuar como rgo de execuo da pena suprindo a ausncia do

    Patronato, inexistente na Comarca, incumbindo-lhe as tarefas traadas nos arts. 78 e

    79, da Lei de Execuo Penal, alm de outras que lhe forem atribudas pelo Juzo da

    Execuo da pena;

    3. O sentenciado que cumprir pena junto ao Centro de Reintegrao Social

  • 39

    dever portar carteira de identidade expedida pelo Juzo da Execuo, contendo, den-

    tre outros dados, as condies impostas na sentena e cumprir as normas e obrigaes

    impostas pela Lei de Execuo Penal e na deciso condenatria, cabendo APAC fis-

    calizar o seu cumprimento e manter o Juiz da Execuo informado sobre o comporta-

    mento do reeducando;

    4. A informao a que se refere o item anterior ser feita imediatamente aps

    o fato, em havendo descumprimento de obrigao imposta, ou no ltimo dia til de

    cada ms, inexistindo aquele inadimplemento;

    5. Os casos omissos sero resolvidos pelo Juzo de Execuo.

    6. Cpias da presente portaria devero ser encaminhadas aos Srs. Drs.

    Promotores de Justia, delegados de Polcia e Comandantes da CIA de Polcia Militar da

    comarca, ao Exmo Sr. Presidente do Egrgio Conselho Penitencirio do Estado, a quem

    cabe supervisionar os Patronatos (art. 70, Inc ... IV, da Lei de Execuo Penal), aos Srs.

    Presidentes da APAC de Itana e da COBRAPAC - Confederao Brasileira das APACs e

    aos Exmos. Srs. Desembargadores Presidente do Egrgio Tribunal de Justia e

    Corregedor de Justia do Estado.

    Publique-se, registre-se e cumpra-se.

    Itana, 29 de abril de 1991.

    Ivo Nogueira

    Juiz de Direito da 1 Vara

    Paulo Antnio de Carvalho

    Juiz de Direito da 2 Vara

    (*) Os arts. 1 e 2 desta Portaria foram parcialmente revogados e substitudos pela

    Portaria n 03/201

  • 40

    PORTARIA N. 01/97, DE 01/07/1997

    JJUUZZOO DDEE DDIIRREEIITTOO DDAA VVAARRAA CCRRIIMMIINNAALL DDAA CCOOMMAARRCCAA DDEE IITTAANNAA-MMGG

    PPOORRTTAARRIIAA NN 0011//9977

    O Dr. Paulo Antnio de Carvalho, Juiz de Direito da Vara Criminal, de Menores

    e Precatrias da Comarca de Itana, no uso das atribuies que lhe conferem os art.

    61, Inc. VI e VII, da Lei Complementar Estadual n 38, de 13.02.95, que contm a

    Organizao Judiciria do Estado;

    Considerando que a APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos

    Condenados, entidade civil de fins no lucrativos, foi, atravs da Portaria Conjunta n

    34/91, de 29.04.91, dos ento Juzes das Execues, transformada em rgo Auxiliar

    da Justia na execuo da pena, quando ento passou a acolher no seu Centro de

    Reintegrao Social os condenados s penas privativas de liberdade do regime aberto,

    de prestao de servios comunidade e de limitao de fim de semana, incumbindo-

    se do encaminhamento da sua execuo e da fiscalizao das respectivas condies,

    bem assim da suspenso condicional do processo e do livramento condicional;

    Considerando que, a partir de dezembro de 1995, aps a destruio da

    Cadeia da Comarca, no final de outubro do mesmo ano, em motim de presos, a APAC

    passou a cuidar emergencialmente dos setenta condenados do regime fechado, abri-

    gando-os em seu Centro de Reintegrao Social, situao que perdura at hoje, pois

    a cadeia no foi reconstruda e no se conseguiram vagas para todos os sentenciados

    nem nas penitencirias do Estado, nem nas cadeias da regio;

    Considerando que, inobstante a rdua tarefa, a APAC a vem executando com

    louvor, sem cometer nenhum deslize na execuo das penas, e, o que mais impor-

    tante, granjeando, face a sua atuao, amplo respaldo da comunidade local, que no

    tem medido esforos para participar do seu trabalho, atravs dos voluntrios;

    Considerando que essa mesma comunidade ergueu no Bairro Parque Jardim

    Santanense, em Itana, em terreno de dez mil metros quadrados de rea, de pro-

  • 41

    priedade do Municpio, com o apoio deste e do Estado, o novo Centro de

    Reintegrao Social de Itana, de setecentos metros quadrados de rea e com

    condies de abrigar todos os condenados da Comarca em condies dignas, propi-

    ciando-lhes assistncia moral, material, religiosa e oportunidade de trabalho nos

    regimes fechado e semi-aberto;

    Considerando que tais circunstncias recomendam a continuidade do trabalho

    da APAC, quer porque j testado e aprovado em mais de duas dcadas de experincia

    em So Jos dos Campos-SP e em inmeras outras Comarcas do Pas, quer porque o

    mtodo da APAC vem merecendo a ateno de estudiosos de outros pases, face sua

    eficcia na recuperao do condenado, ou quer, enfim, porque, se abolida essa opor-

    tunidade, o novo Centro de Reintegrao Social, concebido como prdio-modelo,

    certamente se transformar em mais uma cadeia pblica, onde os presos aguardaro

    amontoados, ociosos e sem a necessria assistncia, a hora de serem colocados em

    liberdade, situao que no se coaduna com as finalidades da pena privativa de liber-

    dade;

    Considerando que o Poder Judicirio precisa romper com seu imobilismo,

    zelando pelo correto cumprimento da pena e tomando providncias para o adequa-

    do funcionamento dos estabelecimentos penais (inc. VI e VII do art. 67 da Lei

    Complementar Estadual n 38/95), sob pena de estar contribuindo para que no atin-

    ja suas finalidades e, em especial, a da emenda do condenado, que se reintegrar no

    convvio social sem estar preparado para faz-lo;

    Considerando que continua atual a motivao da Portaria Conjunta n 34/91,

    no que toca necessidade de participao da Comunidade na execuo da pena e no

    processo de reintegrao social do condenado, recomendada pelo art. 4, da LEP, e

    pela Organizao das Naes Unidas, em suas Regras Mnimas para o Tratamento de

    Reclusos, e

    Considerando, por fim, a concluso a que chegaram os estudiosos do assun-to, em consonncia com os princpios da ONU, consubstanciados nas Regras Mnimaspara o Tratamento de Reclusos, de que a pena privativa de liberdade deve, tantoquanto possvel, ser executada prximo do grupo social e familiar do sentenciado,

  • 42

    como forma de se estimular o seu processo de emenda e de se buscar a sua adequa-da reintegrao social, objetivos que se alcanam mais dificilmente em mega-presdiosonde o sentenciado seja confinado longe da famlia,

    RESOLVE:

    1. As penas privadas de liberdade de regime fechado e semi-aberto, se cumpri-

    das na Comarca, o sero no Centro de Reintegrao Social de Itana, para onde os

    condenados sero transferidos, aps o trnsito em julgado da sentena condenatria,

    acompanhados da competente guia de execuo, instruda com atestado mdico que

    comprove o seu estado de sade fsica e mental;

    2. Caber APAC- ASSOCIAO DE PROTEO E ASSISTNCIA AOS CONDE-

    NADOS, gerir o Centro de Reintegrao Social, edificado pela Comunidade,

    incumbindo-lhe adotar todas as medidas para que as penas sejam executadas con-

    soante o comando da sentena e as normas legais e regulamentares, e para que atin-

    jam, ao final de sua durao, todas as suas finalidades;

    3. A APAC dever, para atingir a finalidade traada nesta Portaria, recorrer ao

    apoio e parceria com as Secretarias e rgos Estaduais ligados execuo da pena e

    custdia de presos;

    4. Os pedidos de transferncia de condenados de outras Comarcas, com vn-

    culos sociais e familiares em Itana, ou de sentenciados originrios desta Comarca e

    que estejam cumprindo pena em penitencirias do Estado, sero atendidos se houver

    vagas no Centro de Reintegrao Social e de acordo com sua ordem de recebimento

    no protocolo da Vara Criminal;

    5. Continua em vigor a Portaria Conjunta n 34/91, de 29.04.91, que atribui

    APAC o encaminhamento e a fiscalizao das penas privativas de liberdade em regime

    semi-aberto, de prestao de servios Comunidade e de li-mitao de fim de semana,

    bem assim da suspenso condicional do processo e do livramento condicional..

    Publique-se, registre-se e cumpra-se.

    Itana, 1 de julho de 1997.

    Paulo Antnio de CarvalhoJuiz de Direito

  • 43

    PORTARIA N. 01/98, DE 30/06/1998

    JJUUZZOO DDEE DDIIRREEIITTOO DDAA VVAARRAA CCRRIIMMIINNAALL DDAA CCOOMMAARRCCAA DDEE IITTAANNAA

    PPOORRTTAARRIIAA NN 0011//9988 ((**))

    O Dr. Paulo Antnio de Carvalho, Juiz de Direito da Vara Criminal, de Menores

    e Precatrias da Comarca de Itana, no uso das atribuies que lhe conferem os art.

    61. Inc. VI e VII, da Lei Complementar Estadual n 38, de 13.02.95, que contm a

    Organizao Judiciria do Estado,

    Considerando que a APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos

    Condenados vem gerindo, desde 01.07.97, com auxlio da comunidade, o Centro de

    Reintegrao Social de Itana, destinado ao cumprimento das penas privativas de liber-

    dade dos regimes fechado, semi-aberto e aberto e das restritivas de direitos;

    Considerando que ao Poder Judicirio compete zelar pelo correto cumpri-

    mento da pena e tomar providncias para o adequado funcionamento dos estabele-

    cimentos penais (inc. VI e VII do art. 67, da Lei Complementar Estadual n 38/95),sob

    pena de estar contribuindo para a degenerao do sistema;

    Considerando, por um lado, a convenincia de se criarem estmulos ao proces-

    so de emenda dos sentenciados e, por outro, a necessidade de ficarem bem definidos

    os direitos dos recuperandos, previstos na LEP, seja para se evitar a submisso a julga-

    mento de pedidos inteis ou seja para no se tornar mais curto o caminho entre a

    priso e a sociedade, e

    Considerando por fim, o douto pronunciamento favorvel do DD.

    Representante do Ministrio Pblico, manifestado em reunio de que participaram

    todos os envolvidos,

    RESOLVE:

    1. Os sentenciados que cumprem pena no regime semi-aberto, desde que te-

    nham cumprido 1/12 da pena nesse regime, com bom comportamento prisional,

  • 44

    podero ser liberados um domingo por ms, para visita famlia, saindo s 7:00 horas

    e retornando s 19:00 horas, ficando a cargo da APAC fixar as datas, fiscalizar o com-

    portamento do preso durante a sada e comunicar no processo as licenas concedidas,

    para fins de deduo do total de dias a que o sentenciado tem direito durante o ano

    (art. 123 e 124 da LEP);

    2. Os recuperandos vindos do regime fechado prestaro servios internamente

    no Centro de Reintegrao Social por perodo equivalente a 1/12 da pena, antes de

    serem liberados para qualquer trabalho externo, enquanto aqueles que iniciarem o

    cumprimento da pena no regime semi-aberto devero atender ao pressuposto tempo-

    ral do art. 112, da LEP;

    3. facultada aos sentenciados de regime aberto, desde que tenham bom

    comportamento prisional, a sada para a procura de emprego, em perodo no supe-

    rior a trinta dias, trs vezes por semana, no horrio de 13:00 s 17:00 horas, ficando

    sob responsabilidade da APAC definir as datas, fiscalizar o comportamento do recu-

    perando fora do presdio e comunicar nos autos qualquer irregularidade;

    4. Os pedidos de remio de pena, versando sobre os dias trabalhados no

    semestre anterior, s podero ser formulados na primeira dezena dos meses de

    fevereiro a agosto;

    5. A fim de se evitarem as constantes reclamaes dos presos sobre a demora

    no exame de seus pedidos, fica estabelecido que todos os incidentes de execuo da

    pena, tenham ou no por objeto benefcios de recuperandos, devero estar concludos

    em trinta dias, a contar de seu incio, ficando a cargo da Sra. Escriv da Vara Criminal,

    fiscalizar o cumprimento de tal prazo, cobrando, se necessrio, a devoluo dos autos

    que estejam em poder das partes alm do prazo legal.

    Publique-se, registre-se e cumpra-se, encaminhando-se cpia ao Dr. Promotor de

    Justia das Execues Penais e APAC.

    Itana, 30 de junho de 1998.

    Paulo Antnio de Carvalho

    Juiz de Direito

    (*) Portaria parcialmente revogada pela de n 01/2001 e totalmente revogada pela de n 02/2001.

  • 45

    PORTARIA N 01/00, DE 19/12/2000

    JJUUZZOO DDEE DDIIRREEIITTOO DDAA VVAARRAA CCRRIIMMIINNAALL DDAA CCOOMMAARRCCAA DDEE IITTAANNAA

    PPOORRTTAARRIIAA NN 0011//0000

    O Dr. Paulo A. de Carvalho, Juiz de Direito da Vara Criminal, de Menores e

    Precatrias da Comarca de Itana, no uso de suas atribuies legais e na forma da lei,

    etc...

    Considerando que a APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos

    Condenados, gere o Centro de Reintegrao Social de Itana e tem, entre suas incum-

    bncias, o encaminhamento de recuperandos ao Frum, a consultrios mdicos e

    odontolgicos, a hospitais e outros, para o que depende de escoltas policiais, nem

    sempre disponveis com presteza, face s inmeras outras atividades da Polcia Militar;

    Considerando que a escolta policial realizada pela prpria APAC vai de encon-

    tro proposta de valorizao humana desenvolvida pela entidade,

    Considerando que os recuperandos que cumprem pena nos regimes semi-

    aberto e aberto, alm de serem os responsveis pelas chaves das portarias do CRS, j

    usufruem do benefcio de sadas temporrias desvigiadas, encontrando-se em proces-

    so mais avanado de reintegrao social,

    RESOLVE:

    1. Autorizar a escolta dos recuperandos dos regimes semi-aberto, que tenham

    direito sada temporria, e do aberto, nos deslocamentos at o Frum, consultrios

    mdicos e odontolgicos, hospitais e outros, mas sempre nos limites territoriais da

    Comarca, por voluntrios da APAC;

  • 46

    2. A APAC dever apresentar relatrios mensais sobre a experincia e comu-

    nicar imediatamente qualquer incidente ocorrido durante a realizao de tais escoltas;

    3. A presente autorizao concedida por um perodo experimental de qua-

    tro meses, ao fim dos quais a questo ser reavaliada.

    Publique-se, registre-se e cumpra-se.

    Itana, 19 de dezembro de 2000.

    Paulo Antnio de Carvalho

    Juiz de Direito da Vara Criminal

  • 47

    PORTARIA N 01/01, DE 01/03/2001

    JJUUZZOO DDEE DDIIRREEIITTOO DDAA VVAARRAA CCRRIIMMIINNAALL DDAA CCOOMMAARRCCAA DDEE IITTAANNAA

    PPOORRTTAARRIIAA NN 0011//0011

    Estabelece normas para o trabalho nos regimes aberto e semi-aberto.

    O Dr. Paulo Antnio de Carvalho, Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca

    de Itana, no uso das atribuies que lhe conferem os art. 6l, inc. IV, e 67, inc. VI e VII,

    da Lei Complementar Estadual n. 38, de 13.02.95, que contm a Organizao

    Judiciria do Estado,

    Considerando que a APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos

    Condenados vem gerindo, desde 1.07.97, com o auxlio da comunidade, o Centro de

    Reintegrao Social de Itana, destinado ao cumprimento das penas privativas de liber-

    dade dos trs regimes;

    Considerando que ao Poder Judicirio compete zelar pelo correto cumpri-

    mento da pena e tomar providncias para o adequado funcionamento dos estabele-

    cimentos penais ( Inc.VI e VII do art. 67, da Lei Complementar Estadual n. 38/95),

    sob pena de estar contribuindo para a degenerao do sistema;

    Considerando, por um lado, a convenincia de se criarem estmulos ao proces-

    so de emenda dos sentenciados e, por outro, a necessidade de ficarem bem definidos

    os direitos dos recuperandos, previstos na LEP, seja para se evitar a submisso a julga-

    mento de pedidos inteis ou seja para no se tornar mais curto do que o desejvel o

    caminho entre a priso e a sociedade, e

    Considerando, por fim, a douta manifestao favorvel da DD. Representante

    do Ministrio Pblico, colhida em reunio com os envolvidos,

  • 48

    R E S O L V E:

    Art. 1 - Os recuperandos que cumprem pena no regime semi-aberto, inicial-

    mente ou vindos do fechado, prestaro servios internamente no Centro de

    Reintegrao Social por perodo equivalente a 1/12 da pena, antes de serem liberados

    para qualquer trabalho externo;

    Art. 2 - facultada aos sentenciados do regime aberto, assim como aos do

    semi-aberto que j tenham cumprido 1/12 da pena, desde que possuidores de bom

    comportamento prisional, a sada para a procura de emprego, em perodo no supe-

    rior a trinta dias, uma vez por semana, no horrio de 13:00 s 17:00 horas, ficando

    sob responsabilidade da APAC definir as datas, fiscalizar o comportamento do recu-

    perando fora do presdio e comunicar nos autos qualquer irregularidade;

    Art. 3 - Os pedidos de remio de pena, tendo por objeto os dias trabalha-

    dos no semestre anterior, s podero ser formulados na primeira dezena dos meses de

    fevereiro e agosto;

    Art. 4 - A fim de se evitarem as constantes reclamaes dos presos sobre a

    demora no exame de seus pedidos, fica estabelecido que todos os incidentes de exe-

    cuo de pena, tenham ou no por objeto benefcios de recuperandos, devero, tanto

    quanto possvel, estar concludos em trinta dias, a contar de seu incio, ficando a cargo

    da Sra. Escriv da Vara Criminal fiscalizar o cumprimento desse prazo, cobrando, se

    necessrio, a devoluo dos autos que estejam em poder das partes alm do prazo

    legal.

    Art. 5 - Fica revogada a Portaria n 01/98, de 30.06.98, na parte em que

    tratava da matria disciplinada neste documento de forma diversa.

    Publique-se, registre-se e cumpra-se, encaminhando-se cpia ao Dr. Promotor de

    Justia das Execues Penais e APAC.

    Itana, 01 de maro de 2.001.

    Paulo Antnio de Carvalho

    Juiz de Direito

  • 49

    PORTARIA N 02/01, DE 01/03/2001

    JJUUZZOO DDEE DDIIRREEIITTOO DDAA VVAARRAA CCRRIIMMIINNAALL DDAA CCOOMMAARRCCAA DDEE IITTAANNAA

    PP OO RR TT AA RR II AA NN 0022//0011

    Estabelece normas para a concesso e execuo da sada temporria.

    O Dr. Paulo Antnio de Carvalho, Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca

    de Itana, no uso das atribuies que lhe conferem os art. 6l, inc. IV, e 67, inc. VI e

    VII, da Lei Complementar Estadual n 38, de 13.02.95, que contm a Organizao

    Judiciria do Estado,

    Considerando que a APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos

    Condenados vem gerindo, desde 1.07.97, com o auxlio da comunidade, o Centro de

    Reintegrao Social de Itana, destinado ao cumprimento das penas privativas de liber-

    dade dos trs regimes;

    Considerando que ao Poder Judicirio compete zelar pelo correto cumpri-

    mento da pena e tomar providncias para o adequado funcionamento dos estabele-

    cimentos penais ( Inc.VI e VII do art. 67, da Lei Complementar Estadual n 38/95 ),

    sob pena de estar contribuindo para a degenerao do sistema;

    Considerando, por um lado, a convenincia de se criarem estmulos ao proces-

    so de emenda dos sentenciados, e, por outro, a necessidade de ficarem bem definidos

    os direitos dos recuperandos, previstos na L.E.P., seja para se evitar a submisso a jul-

    gamento de pedidos inteis ou seja para no se tornar mais curto do que o desejvel

    o caminho entre a priso e a sociedade;

  • 50

    Considerando que, embora a questo da sada temporria j tenha sido disci-

    plinada anteriormente, atravs da Portaria n 01/98, de 30.06.98, a matria est a

    reclamar nova regulamentao, com vistas a se evitar o tratamento diferenciado a sen-

    tenciados do mesmo regime e a criao de duas modalidades de regime semi-aberto,

    a saber, um, integrado pelos condenados que iniciam o cumprimento da reprimenda

    no regime semi-aberto, que s fazem jus sada aps o cumprimento de 1/6 da pena,

    se primrios, e 1/4, se reincidentes, e, outro, pelos que chegam a ele mediante pro-

    gresso do fechado, que esto dispensados do cumprimento do requisito temporal, a

    teor de ensinamento jurisprudencial do Colendo Superior Tribunal de Justia (RT-

    687/355);

    Considerando que tal distino no se justifica, por se tratar de incoerncia do

    legislador, j que o sentenciado do regime semi-aberto com estgio temporal de 1/6

    da pena j ter direito ao regime aberto, em que poder sair, durante o dia, livre e

    desvigiado para o trabalho, circunstncia que torna sem objetivo a autorizao para

    sada externa;

    Considerando, no entanto, a inconvenincia da sada desvigiada logo no incio

    do regime semi-aberto, independentemente de ter o sentenciado iniciado nele o

    cumprimento da reprimenda ou de ter vindo do fechado, pois da filosofia da Lei de

    Execuo Penal que a liberdade seja concedida de forma gradual e medida que o con-

    denado demonstrar merecimento e adaptao s regras menos rgidas, o que s pode

    ser alcanado com a fixao do requisito temporal, ainda que menor que aquele esta-

    belecido na LEP;

    Considerando, ainda, que o estgio, no regime semi-aberto, no pode ter a

    mesma durao para sentenciado primrio e reincidente, face ao tratamento diferen-

    ciado dispensado pelo legislador a um e outro ( Art. 123, Inc. II, da LEP );

    Considerando, por outro lado, que, autorizada a sada temporria pela

    primeira vez, assim que o sentenciado fizer jus a ela, no se justifica a renovao do

    pedido em todas as oportunidades em que for ele usufruir do benefcio, seja porque

  • 51

    tal repetio s serve para aumentar o volume de processos e retardar a prestao juris-

    dicional ou seja porque a prtica de qualquer falta que importe em revogao da

    benesse deve ser comunicada imediatamente no processo ( Art. 125, da LEP ), e

    Considerando, por fim, a douta manifestao favorvel da DD. Representante

    do Ministrio Pblico, colhida nos autos n 33800007720-0,

    R E S O L V E:

    1. Os sentenciados que cumprem pena no regime semi-aberto, inicialmente

    ou vindos do fechado, tero direito autorizao para sada temporria do Centro de

    Reintegrao Social, sem vigilncia direta, para visita famlia (Art. 122, Inc. I, da LEP),

    desde que:

    a) tenham cumprido, nesse regime, dois meses da reprimenda, se primrios, ou

    trs meses, se reincidentes;

    b) tenham comportamento adequado, que pressupe a ausncia de punio

    disciplinar recente, o desempenho, com propriedade, das tarefas a eles atribudas e a

    demonstrao de senso de responsabilidade e de disciplina irretocvel ( Art. 123, Inc.

    II, da LEP ), e

    c) haja compatibilidade do benefcio com os objetivos da pena e a sada seja

    benfica para o sentenciado e no ponha em risco o seu processo de ressocializao;

    2. Concedido o benefcio pela primeira vez, individualmente, fica a APAC

    autorizada a permitir as sadas, que no podero ultrapassar a trinta e cinco dias por

    ano (Art. 124, da LEP) e de acordo com calendrio previamente elaborado,

    incumbindo-lhe, ainda, fiscalizar o comportamento do preso no perodo em que esti-

    ver fora do CRS e comunicar no processo as licenas concedidas, para fins de deduo

    do total anual;

    3. A APAC dever cientificar imediatamente o Juzo da Execuo da prtica,

    por parte do recuperando beneficiado com a autorizao, de fato definido como crime

  • 52

    doloso, de falta grave ou de descumprimento das condies impostas para o benef-

    cio e no dever permitir nova sada at que haja pronunciamento judicial sobre o fato

    ( Art. 125, da LEP );

    4. Os sentenciados do regime aberto faro jus sada temporria, indepen-

    dentemente de requisito temporal e nos mesmos perodos estabelecidos para o semi-

    aberto, desde que tenham comportamento adequado e haja compatibilidade do bene-

    fcio com os objetivos da pena, ficando sob responsabilidade da APAC fiscalizar o seu

    comportamento fora do CRS e comunicar nos autos qualquer irregularidade;

    5. Os pedidos individuais de sada temporria s podero ser formulados aps

    o sentenciado preencher o requisito objetivo ( Art. 1, letra "a" ) e devero vir acompa-

    nhados de documentos que atestem o atendimento dos pressupostos subjetivos ( Art.

    1, letras "b" e "c" ).

    6. Aos Recuperandos beneficiados anteriormente com a sada temporria e

    que no atendam o requisito objetivo estabelecido nesta Portaria, ressalva-se o direito

    de continuarem usufruindo do benefcio.

    7. Em decorrncia do novo tratamento dado matria, fica revogada a

    Portaria n 01/98, de 30.06.98.

    Publique-se, registre-se e cumpra-se, encaminhando-se cpia Dra.

    Promotora de Justia das Execues Penais e A.P.A.C..

    Itana, 01 de maro de 2.001.

    Paulo Antnio de Carvalho

    Juiz de Direito

  • 53

    PORTARIA N 03/01, DE 28/03/2001

    JJUUZZOO DDEE DDIIRREEIITTOO DDAA VVAARRAA CCRRIIMMIINNAALL DDAA CCOOMMAARRCCAA DDEE IITTAANNAA

    PP OO RR TT AA RR II AA NN 0033//0011

    Atribui ao Patronato Aprendizes da Liberdade incumbncias na execuo das penas

    restritivas de direitos.

    O Dr. Paulo Antnio de Carvalho, Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de

    Itana, no uso das atribuies que lhe conferem os art. 6l, inc. IV, e 67, inc. VI e VII,

    da Lei Complementar Estadual n 38, de 13.02.95, que contm a Organizao

    Judiciria do Estado, e 65, 66, Incs. V, letra a, e VI, da Lei n 7.210, de 11/07/84, que

    cuida da execuo penal,

    Considerando que a moderna orientao doutrinria assinala a convenincia de incor-

    porar e incrementar a participao da comunidade na obra de readaptao dos delin-

    qentes;

    Considerando que as Regras Mnimas das Naes Unidas sobre as Medidas No-

    Privativas de Liberdade (Regras de Tquio), que o Brasil, como membro da ONU, com-

    prometeu-se a seguir, recomendam que A participao da comunidade deve ser incen-

    tivada, pois constitui recurso fundamental e um dos fatores mais importantes para for-

    talecer os vnculos entre os delinqentes submetidos a medidas no privativas de liber-

    dade e suas famlias e a sociedade. Essa participao complementa a ao da admi-

    nistrao da Justia Penal (Regra n17.1) e que A participao da comunidade deve

    ser vista como uma oportunidade para que seus membros contribuam para a proteo

    de todos (Regra n 17.2);

    Considerando que, entre as formas institucionalizadas de participao da comunidade

    na execuo da pena, est o Patronato Particular, que tem por objetivo prestar assistn-

  • 54

    cia aos albergados e egressos, orientar os condenados s penas restritivas de direitos,

    fiscalizar o cumprimento das penas de prestao de servios comunidade e de limi-

    tao de fim de semana e colaborar na fiscalizao do cumprimento das condies da

    suspenso e do livramento condicional (Art.79, da LEP);

    Considerando que a APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos Condenados

    vinha, autorizada pela Portaria n 34/91, do Juzo da Execuo, representando a comu-

    nidade como Patronato, desde 24.04.91, e, apesar de estar se desincumbindo bem da

    tarefa, ficou sobrecarregada em sua atuao, eis que vem gerindo o Centro de

    Reintegrao Social de Itana, aps a sua inaugurao, e tem sob sua responsabilidade

    os recuperandos dos trs regimes, em nmero aproximado de 100 (cem), atualmente;

    Considerando, por outro lado, a inconvenincia da execuo das penas restritivas de

    direitos e das privativas de liberdade no mesmo local, por fragilizar a segurana do

    Centro de Reintegrao Social, e,

    Considerando, por fim, que o Patronato Aprendizes da Liberdade, criado em Itana em

    21.02.01, e integrado por pessoas da comunidade imbudas do propsito de bem exe-

    cutar as penas e de conseguir uma atuao eficaz da Justia Penal, credencia-se a

    assumir as tarefas discriminadas no Art. 79, da LEP,

    R E S O L V E credenciar o Patronato Aprendizes da Liberdade a atuar doravante como

    rgo de execuo da pena, substituindo a APAC nas tarefas elencadas nos Arts. 78 e

    79, da Lei de Execuo Penal, alm de outras que lhe forem atribudas pelo Juzo da

    Execuo;

    Publique-se, registre-se e cumpra-se, encaminhando-se cpia Dra. Promotora de

    Justia das Execues Penais, A.P.A.C., ao Patronato e Corregedoria de Justia do

    Estado.

    Itana, 28 de maro de 2.001.

    Paulo Antnio de Carvalho

    Juiz de Direito

  • 55

    OFCIO N 813, DE 10/05/2002

    JUZO DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ITANA

    Of. n 813

    Itana, 10 de maio de 2002.

    Senhor Presidente,

    Comunico a V. Exa. que este Juzo autorizou os recuperandos dos regimes aberto

    e semi-aberto autorizados ao trabalho externo, participarem da Celebrao

    Eucarstica na Capela de Santa Luzia, aos domingos, s 17:00 horas.

    Renovo protestos de estima e considerao.

    Paulo Antnio de Carvalho

    Juiz de Direito da Vara Criminal

    Ilmo. Senhor

    Dr. Valdeci Antnio Ferreira

    Presidente da Apac

    Itana - MG

  • 56

    OFCIO N 922, DE 30/04/2003

    JUZO DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ITANA

    Of. n 922

    Itana, 30 de abril de 2003.

    Senhor Presidente,

    Comunico a V. Exa. que este Juzo autorizou os recuperandos dos regimes aberto

    e semi aberto autorizados ao trabalho externo, com dependncia do alcoolismo,

    se ausentarem do Centro de Reintegrao Social, escoltados por voluntrios dessa

    entidade, a fim de participarem das reunies dos Alcolicos Annimos, aos sba-

    dos, das 19:00 s 21:00 horas, no Ncleo do Bairro Morada Nova.

    Renovo protestos de estima e considerao.

    Paulo Antnio de Carvalho

    Juiz de Direito da Vara Criminal

    Ilmo. Sr.

    Dr. Valdeci Antnio Ferreira

    Presidente da Apac

    Itana - MG

  • 57

    PORTARIA N 02/03, DE 25/09/2003

    JJUUZZOO DDEE DDIIRREEIITTOO DDAA VVAARRAA CCRRIIMMIINNAALL DDAA CCOOMMAARRCCAA DDEE IITTAANNAA

    PP OO RR TT AA RR II AA NN 0022//0033

    Estabelece normas para a escolta de presos por voluntrios da APAC.

    O Dr. Paulo A. de Carvalho, Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de

    Itana, com atribuies na Execuo Penal e atendendo ao disposto no art. 6l, incs. VI

    e VII, da Lei Complementar n59, de 18.01.01, que contm a Organizao Judiciria

    do Estado,

    Considerando que a APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos

    Condenados vem gerindo, desde 1.07.97, como rgo auxiliar da execuo e com o

    auxlio da comunidade, o Centro de Reitegrao Social de Itana, destinado ao cumpri-

    mento das penas privativas de liberdade dos trs regimes prisionais;

    Considerando que ao Poder Judicirio compete zelar pelo correto cumpri-

    mento da pena e tomar providncias para o adequado funcionamento dos estabele-

    cimentos penais ( Inc.VI e VII do art. 61, da Lei Complementar Estadual n 59/01), sob

    pena de estar contribuindo para a degenerao do sistema;

    Considerando, por um lado, que a Polcia Militar, que vinha realizando as

    escoltas dos recuperandos do regime fechado, est criando empecilhos para continuar

    se incumbindo da tarefa, conforme inmeros expedientes arquivados neste Juzo, e,

    por outro, que as sadas dos presos so inevitveis em situaes tais como para ida ao

    mdico ou a hospitais, em caso de doena, e ao Frum, para audincias, e que as

    escoltas constituem medida de segurana necessria;

    Considerando que a APAC j vem realizando, atravs de seu corpo de volun-

  • 58

    trios, a escolta dos presos na fase inicial do regime semi-aberto, com sucesso, que se

    evidencia pela circunstncia de no ter ocorrido nenhuma fuga em tais ocasies, e

    demonstra que a tarefa vem sendo desempenhada com seriedade e responsabilidade,

    como se impe;

    Considerando que, a partir de tais resultados, a APAC se credencia a assumir

    novas incumbncias, o que vai de encontro sua proposta de recuperar o preso com

    base na valorizao humana;

    Considerando, por outro lado, que a questo deve ser regulamentada, a fim

    de se evitarem abusos, de se dar tratamento igual a casos assemelhados e de se pre-

    venirem responsabilidades, e,

    Considerando, por fim, a douta manifestao favorvel do DD. Representante

    do Ministrio Pblico, colhida em expediente parte, encaminhado a este Juzo pela

    APAC,

    R E S O L V E:

    Art.1 - A APAC fica autorizada a fazer, atravs de seus voluntrios, a escolta

    dos recuperandos recolhidos no regime fechado, que atendam a um dos requisitos

    seguintes:

    I) tenham cumprido, no regime fechado estabelecido inicial ou incidental-

    mente, pelo menos 1/12 da pena;

    II) estejam aguardando julgamento de pedidos formulados e atinentes a bene-

    fcios tais como progresso de regime, livramento condicional, indulto e assemelhados;

    III) devam se submeter a tratamento psicolgico ou psiquitrico, autorizado

    judicialmente;

  • 59

    IV) estejam cumprindo estgio probatrio no regime fechado, mas sejam de

    regime inicial semi-aberto ou aberto;

    V) J tenham obtido autorizao judicial para sada da Comarca, a fim de par-

    ticiparem de seminrios, congressos, palestras e testemunhos.

    Art.2 - A sada mediante escolta por voluntrios, mencionada no artigo ante-

    rior, ser concedida pela Direo do Centro de Reintegrao Social nas seguintes

    hipteses:

    I) Falecimento ou doena grave de cnjuge, companheira, ascendente, descen-

    dente ou irmo, devidamente comprovados ( Art. 120, Inc. I, da LEP );

    II) Atendimento ou tratamento mdico ou hospitalar ( Art. 120, Inc. II, da LEP );

    III) Comparecimento requisitado a audincias no Frum ou em Delegacias ou

    a Cartrio, para registro de filho;

    IV) Celebrao matrimonial de descendente ou irmo.

    Pargrafo nico - A autorizao de sada com escolta de voluntrios no pre-

    vista nos incisos acima s poder ocorrer mediante autorizao judicial.

    Art.3 - O recuperando, para fazer jus escolta atravs de voluntrios, dever

    atender, alm dos requisitos j mencionados, aos pressupostos de ordem subjetiva

    seguintes:

    I) Ter participao efetiva nos atos socializadores promovidos pela Entidade;

    II) Possuir vnculos familiares na Comarca, que se mostrem efetivos atravs de

    visitas contnuas e de sua participao nos atos socializadores realizados pela APAC;

  • 60

    III) Evidenciar mrito na avaliao disciplinar diria e na pontuao mensal,

    indicadores de ser o benefcio compatvel com os objetivos da pena e de que no colo-

    car em risco o seu processo de ressocializao.

    IV) Ter frequncia aos cursos escolares e profissionalizantes.

    Pargrafo nico - No ter direito autorizao de sada disciplinada nesta

    Portaria o recuperando que tiver, nos ltimos doze meses, empreendido fuga ou pra-

    ticado ato ensejador da instaurao de incidente de apurao de falta grave .

    Art.4 - A APAC dever, no cumprimento da presente Portaria:

    I) dar tratamento individualizado a cada escolta, escolhendo equipe de

    escoltantes adequada a cada caso e tomando todas as providncias tendentes a evitar

    a fuga;

    II) registrar, nos pronturios dos recuperandos e em seus arquivos, as escoltasautorizadas e como elas se desenvolveram;

    III) cientificar imediatamente o Juzo da Execuo sobre quaisquer irregulari-dades ou anormalidades ocorridas durante a escolta, tais como aquelas relacionadascom fuga, prtica, por parte do escoltado, de fato anti-social ou descumprimento dascondies impostas para o benefcio;

    IV) impedir, em caso de ocorrncia de umas das hipteses da alnea anterior,nova escolta do recuperando por voluntrios, at que haja pronunciamento judicialsobre o fato ( Art. 125, da LEP ).

    Publique-se, registre-se e cumpra-se, encaminhando-se cpia ao Dr. Promotor deJustia com atribuies nas Execues Penais e A.P.A.C..

    Itana, 25 de setembro de 2.003.

    Paulo Antnio de CarvalhoJuiz de Direito

  • 61

    PORTARIA N 01/04, DE 30/06/2004

    JJUUZZOO DDEE DDIIRREEIITTOO DDAA VVAARRAA CCRRIIMMIINNAALL DDAA CCOOMMAARRCCAA DDEE IITTAANNAA

    PP OO RR TT AA RR II AA NN 0011//0044

    Estabelece normas para a escolta de presos do regime fechado.

    O Dr. Paulo A. de Carvalho, Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de

    Itana, com atribuies na Execuo Penal e atendendo ao disposto no art. 6l, incs. VI

    e VII, da Lei Complementar n 59, de 18.01.01, que contm a Organizao Judiciria

    do Estado,

    Considerando que a APAC - Associao de Proteo e Assistncia aos

    Condenados vem gerindo, desde 1.07.97, como rgo auxiliar da execuo e com o

    auxlio da comunidade, o Centro de Reitegrao Social de Itana, destinado ao cumpri-

    mento das penas privativas de liberdade dos trs regimes prisionais;

    Considerando que ao Poder Judicirio compete zelar pelo correto cumpri-

    mento da pena e tomar providncias para o adequado funcionamento dos estabele-

    cimentos penais ( Inc. VI e VII do art. 61, da Lei Complementar Estadual n 59/01),

    sob pena de estar contribuindo para a degenerao do sistema;

    Considerando, por um lado, que a Polcia Militar, que vinha realizando as

    escoltas dos recuperandos do regime fechado, est criando empecilhos para continuar

    se incumbindo da tarefa, conforme inmeros expedientes arquivados neste Juzo, situ-

    ao que s tem se agravado com o correr do tempo, e, por outro, que as sadas dos

    presos so inevitveis em situaes tais como para ida a mdico ou a hospitais, em caso

    de doena, e ao Frum, para audincias, e que as escoltas constituem medida de segu-

    rana necessria;

  • 62

    Considerando que a APAC j vem realizando, atravs de seu corpo de volun-

    trios, a escolta dos presos na fase inicial do regime semi-aberto, e do regime fecha-

    do, que atendam aos requisitos da Portaria n 02/03, deste Juzo, com sucesso, que

    se evidencia pela circunstncia de no ter ocorrido nenhuma fuga em tais ocasies, e

    demonstra que a tarefa vem sendo desempenhada com seriedade e responsabilidade,

    como se impe;

    Considerando que, a partir de tais resultados, a APAC se credencia a assumir

    novas incumbncias, o que vai de encontro sua proposta de recuperar o preso com

    base na valorizao humana;

    Considerando, por outro lado, que a questo deve ser regulamentada, a fim

    de se evitarem abusos, de se dar tratamento igual a casos assemelhados e de se pre-

    venirem responsabilidades, e,

    Considerando, por fim, a douta manifestao favorvel do DD. Representante

    do Ministrio Pblico, colhido em expediente parte, encaminhado a este Juzo pela

    APAC,

    R E S O L V E:

    Art.1 - A APAC fica autorizada a fazer, atravs de seus voluntrios e com a

    colaborao de recuperandos do regime semi-aberto, a escolta, na Comarca e fora

    dela, de presos do regime fechado que no se enquadrem na Portaria n 02/03, desde

    que algemados e mediante termo de compromisso previamente firmado pelo escolta-

    do.

    Art.2 - A sada mediante escolta por voluntrios mencionada no artigo ante-

    rior ser concedida pela Direo do Centro de Reintegrao Social nas seguintes hipte-

    ses:

    I) Falecimento ou doena grave de cnjuge, companheira, ascen-

    dente, descendente ou irmo, devidamente comprovados ( Art. 120, Inc. I, da LEP );

  • 63

    II) Atendimento ou tratamento mdico, hospitalar, odontolgico ou

    para exames laboratoriais ( Art. 120, Inc. II, da LEP );

    III) Comparecimento:

    a) ao Frum e a Delegacias, para audincias, mediante requisio;

    b) a cartrios, para registro de nascimento de filho e para assinatura de escrituras ou outros documentos pblicos;

    c) a agncias bancrias, para recebimento de valores pecunirios;

    d) a outras reparties pblicas, para fins de obteno de documentos.

    IV) A celebrao matrimonial de descendente ou irmo.

    Pargrafo 1 - A autorizao de sada com escolta de voluntrios no prevista

    nos incisos acima s poder ocorrer mediante autorizao judicial.

    Pargrafo 2- O uso de algemas dever obedecer, falta de norma legal que

    o regulamente, disciplina das Regras Mnimas para o Tratamento dos Presos, da

    ONU (n 33, letras a a c).

    Art.3 - A APAC dever, no cumprimento da presente Portaria:

    I) dar tratamento individualizado a cada escolta, escolhendo equipe

    de escoltantes adequada ao caso e tomando todas a