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Aos Trabalhadores Não Docentes da Rede Pública do Ministério da Educação Mais “garantias” e mais “promessas” para adiar o que já deveria ter sido feito. A Federação e os Sindicatos reuniram com a Secretária de Estado Adjunta e da Educação – SEAE, no passado dia 6 de Junho de 2017, onde foram reiteradas as reivindicações dos Trabalhadores não Docentes, exigindo respostas concretas e a acção imediata para a resolução dos problemas que afectam os trabalhadores. Questões abordadas na Reunião Prorrogação dos contratos a prazo A Secretária de Estado Adjunta e da Educação informou que os cerca de 3000 trabalhadores com horário completo contratados a termo certo, vão ver os seus contratos prorrogados por mais um ano e que, para o efeito, vai ser publicado um despacho do Ministério das Finanças. Claro está que esta medida visa garantir o mínimo de perturbação na abertura do próximo ano letivo. Mas, inaceitavelmente porque é injusto, o Ministério deixa fora do processo de prorrogação os contratos dos cerca de 3000 trabalhadores que durante este ano passaram pelas Escolas a tempo parcial e que também exerceram à hora funções com carácter permanente. A Federação considerou que também estes trabalhadores deveriam ver os seus contratos prorrogados e a tempo completo, porque se assim não for, esta decisão por parte do Ministério da Educação lesa os direitos dos trabalhadores ao emprego, assim como o bom funcionamento das Escolas. Contudo, deixámos bem claro que rejeitaremos novo recurso a contratos a termo certo, sejam a tempo completo ou parcial, para o exercício de funções de carácter permanente e que a regularização destes trabalhadores já devia estar consumada através de uma medida legislativa especial. Sublinhe-se que a SEAE já devia ter tomado as medidas necessárias para a integração de todos os trabalhadores precários nos mapas de pessoal, como se comprometeu com esta Federação quando iniciou as suas funções, e porque estes trabalhadores estão a exercer funções de carácter permanente. É igualmente inaceitável que os Técnicos Especializados das Escolas não vejam os seus contratos prorrogados até à conclusão do PREVPAP, tal como a Federação defende, e tenham que concorrer novamente para ficar, na maioria dos casos, na mesma escola a exercer as mesmas funções dos últimos 3, 5, 10 e mais anos.

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Aos Trabalhadores Não Docentes da Rede Pública do Ministério da Educação

Mais “garantias” e mais “promessas” para adiar o que já

deveria ter sido feito. A Federação e os Sindicatos reuniram com a Secretária de Estado Adjunta e da Educação – SEAE, no passado dia 6 de Junho de 2017, onde foram reiteradas as reivindicações dos Trabalhadores não Docentes, exigindo respostas concretas e a acção imediata para a resolução dos problemas que afectam os trabalhadores.

Questões abordadas na Reunião

Prorrogação dos contratos a prazo A Secretária de Estado Adjunta e da Educação informou que os cerca de 3000 trabalhadores com horário completo contratados a termo certo, vão ver os seus contratos prorrogados por mais um ano e que, para o efeito, vai ser publicado um despacho do Ministério das Finanças. Claro está que esta medida visa garantir o mínimo de perturbação na abertura do próximo ano letivo.

Mas, inaceitavelmente porque é injusto, o Ministério deixa fora do processo de prorrogação os contratos dos cerca de 3000 trabalhadores que durante este ano passaram pelas Escolas a tempo parcial e que também exerceram à hora funções com carácter permanente.

A Federação considerou que também estes trabalhadores deveriam ver os seus contratos prorrogados e a tempo completo, porque se assim não for, esta decisão por parte do Ministério da Educação lesa os direitos dos trabalhadores ao emprego, assim como o bom funcionamento das Escolas.

Contudo, deixámos bem claro que rejeitaremos novo recurso a contratos a termo certo, sejam a tempo completo ou parcial, para o exercício de funções de carácter permanente e que a regularização destes trabalhadores já devia estar consumada através de uma medida legislativa especial.

Sublinhe-se que a SEAE já devia ter tomado as medidas necessárias para a integração de todos os trabalhadores precários nos mapas de pessoal, como se comprometeu com esta Federação quando iniciou as suas funções, e porque estes trabalhadores estão a exercer funções de carácter permanente.

É igualmente inaceitável que os Técnicos Especializados das Escolas não vejam os seus contratos prorrogados até à conclusão do PREVPAP, tal como a Federação defende, e tenham que concorrer novamente para ficar, na maioria dos casos, na mesma escola a exercer as mesmas funções dos últimos 3, 5, 10 e mais anos.

Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte

Rua Vasco de Lobeira, 47/51 4249-009 Porto

tel 225574060 fax 225507257 email [email protected] site www.stfpsn.pt

Carreira Especial para os Trabalhadores não Docentes A SEAE, inaceitavelmente, quer fazer depender a criação da Carreira Especial dos Trabalhadores não Docentes do que vier a acontecer, quanto à criação de Carreiras Especiais, noutros Ministérios. Esta posição, é uma desculpa de quem não quer assumir as suas responsabilidades.

A verdade, é que a Lei de Bases do Sistema Educativo prevê a existência de Carreiras Especiais para os Trabalhadores não Docentes; e por isso, continuaremos a insistir através dos contactos institucionais, e consideraremos futuras ações de luta.

O Ministério da Educação e o Governo podem contar com a luta dos trabalhadores, organizada pela Federação, pelo seu direito a uma Carreira Especial com conteúdos funcionais devidamente dignificados e valorizados em termos salariais.

Portaria de Rácios Consta do OE 2017 que a actual portaria de rácios tem que ser revista. A SEAME reconheceu o atraso, e informou que enviará o projecto da nova Portaria e que a mesma entrará em vigor no próximo ano lectivo, mas a verdade é que desconhecemos qualquer projecto...

Formação Profissional: Referiu que, no início do ano lectivo, será dada prioridade à formação para os Trabalhadores não Docentes que lidam directamente com os alunos com Necessidades Educativas Especiais.

Garantiu que irá providenciar, de modo a que seja dada orientação às Direcções das Escolas, que o Pessoal não Docente dos Jardins de Infância e do 1º CEB não fiquem sozinhos com a guarda das crianças.

Registámos, mais uma vez, esta informação e exigimos que sejam medidas efectivas e imediatas.

Municipalização dos Serviços Públicos e das Escolas O Governo prepara-se para avançar com o processo de Municipalização em muitos Serviços, sendo as Escolas mais um exemplo. Como temos dito e reiterado; é um processo de desresponsabilização da Administração Central do Estado que abre caminhos para a privatização dos Serviços.

A Federação vai continuar a lutar contra este processo, relembrando que ainda não é Lei e como tal deve ser combatido das mais diversas formas. A municipalização, a concretizar-se, trará consequências graves para as Escolas, bem como para as Autarquias, que não vão ter capacidade de gerir trabalhadores e serviços.

A Federação não aceita que o ME adie o que devia ter cumprido e que continue a anunciar novas promessas.

Exigimos que cumpra o que promete.

A FNSTFPS 14.07.2017