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  • Provar que somos do campo tornouum grande desafio nos últimos tempos, o que é um fato surpreendente, pois hoje quase todas as vantagens que encontramos em viver nas cidades também identificamos na zona rural. Será que a energia elétrica, a melhoria das estradas vicinais, o atendimento médico preventivo, o transporte escolar para as crianças e adolescentes, as escolas pólos, o crédito rural facilitado e outros inúmeros benefícios existentes atualmente no campo não são suficientes ou precisamos de mais? É claro que aqui e acolá essas conquistas necessitam serem melhoradas, mas no geral são reais, não devendo atualmente reivindicações neste sentido ocorrerem como de fantigamente.

    Certamente, além desses benefícios, para viver bem no campo precisamos acima de tudo ter aptidão para agropecuária, seja para lidar com pequenas, médias ou grandes plantações e criações ou mesmo para desenvolveobservamos no cotidiano, salvo raríssimas exceções, são propriedades rurais subutilizadas com pouquíssimas atividades diante do potencial produtivo que normalmente apresentam. Contrariando quem em algumpraticando lazer, no tempo presente é dificultoso encontrar unidades familiares com cultivos de milho, arroz, feijão, fruteiras, hortas ou até mesmo pequenas criações de galinhas, o que era o mais elementar no passado. Em geral, os membros dessas famílias, por razões inexplicáveis, preferem comprar tais produtos para satisfazerem suas necessidades alimentares do que produzipara pensar no que fazer para que isto não continue acontecendo, pois do contrário poderemos no futuro ter o morador no campo, mas não o camponês, que além de habitar tem o prazer de viver e produzir neste lugar.

    Pensar no campo como complemento da cidade ou vicesempre foi ao longo de toda história da humanidade. Um ser igual, superior ou inferior ao outro não seria o correto, nem o desejo de ninguém. Portanto, no campo devemos encontrar produtos agropecuários, sejam hortifrutoalimentar às famílias rurais produtoras irão no seu excedente abastecer os centros consumidores nas cidades. Para que isto ocorra torna

    . Que tenhamos o compromisso de não só morar na prnela sua função social, plantando ou criando, e até mesmo desenvolvendo o agronegócio familiar ou empresarial;

    . Que a seleção para assentar famílias em Projetos de Reforma Agrária, bem como o acesso ao Crédito Fundiário seja bastante criterioso, dando oportunidade a quem realmente tem vocação agrícola;

    “Campo e cidade”

    Provar que somos do campo tornou-se um grande desafio nos últimos tempos, o que é um fato surpreendente, pois hoje quase todas as vantagens que

    nas cidades também identificamos na zona rural. Será que a energia elétrica, a melhoria das estradas vicinais, o atendimento médico preventivo, o transporte escolar para as crianças e adolescentes, as escolas pólos, o crédito rural

    eros benefícios existentes atualmente no campo não são suficientes ou precisamos de mais? É claro que aqui e acolá essas conquistas necessitam serem melhoradas, mas no geral são reais, não devendo atualmente reivindicações neste sentido ocorrerem como de forma justificável se verificavam

    Certamente, além desses benefícios, para viver bem no campo precisamos acima de tudo ter aptidão para agropecuária, seja para lidar com pequenas, médias ou grandes plantações e criações ou mesmo para desenvolver práticas agroindustriais, mas o que lamentavelmente observamos no cotidiano, salvo raríssimas exceções, são propriedades rurais subutilizadas com pouquíssimas atividades diante do potencial produtivo que normalmente apresentam. Contrariando quem em algum momento já vivenciou o campo, seja morando, trabalhando ou praticando lazer, no tempo presente é dificultoso encontrar unidades familiares com cultivos de milho, arroz, feijão, fruteiras, hortas ou até mesmo pequenas criações de galinhas, o que

    elementar no passado. Em geral, os membros dessas famílias, por razões inexplicáveis, preferem comprar tais produtos para satisfazerem suas necessidades alimentares do que produzi-los. Talvez seja a hora, se não já estiver passando, de pa rarmos

    ar no que fazer para que isto não continue acontecendo, pois do contrário poderemos no futuro ter o morador no campo, mas não o camponês, que além de habitar tem o prazer de viver e produzir neste lugar.

    Pensar no campo como complemento da cidade ou vice-versa, torna-se o mais racional, como sempre foi ao longo de toda história da humanidade. Um ser igual, superior ou inferior ao outro não seria o correto, nem o desejo de ninguém. Portanto, no campo devemos encontrar produtos agropecuários, sejam hortifrutos, ovos, lácteos, carnes, peixes e outros, que além de alimentar às famílias rurais produtoras irão no seu excedente abastecer os centros consumidores nas cidades. Para que isto ocorra torna-se necessário:

    . Que tenhamos o compromisso de não só morar na propriedade rural, mas de desenvolver nela sua função social, plantando ou criando, e até mesmo desenvolvendo o agronegócio

    . Que a seleção para assentar famílias em Projetos de Reforma Agrária, bem como o acesso ao seja bastante criterioso, dando oportunidade a quem realmente tem vocação

    M.Sc. doutorando em ciências do solo

    orma justificável se verificavam

    Certamente, além desses benefícios, para viver bem no campo precisamos acima de tudo ter aptidão para agropecuária, seja para lidar com pequenas, médias ou grandes plantações e

    r práticas agroindustriais, mas o que lamentavelmente observamos no cotidiano, salvo raríssimas exceções, são propriedades rurais subutilizadas com pouquíssimas atividades diante do potencial produtivo que normalmente apresentam.

    momento já vivenciou o campo, seja morando, trabalhando ou praticando lazer, no tempo presente é dificultoso encontrar unidades familiares com cultivos de milho, arroz, feijão, fruteiras, hortas ou até mesmo pequenas criações de galinhas, o que

    elementar no passado. Em geral, os membros dessas famílias, por razões inexplicáveis, preferem comprar tais produtos para satisfazerem suas necessidades

    los. Talvez seja a hora, se não já estiver passando, de pa rarmos ar no que fazer para que isto não continue acontecendo, pois do contrário poderemos

    no futuro ter o morador no campo, mas não o camponês, que além de habitar tem o prazer de

    se o mais racional, como sempre foi ao longo de toda história da humanidade. Um ser igual, superior ou inferior ao outro não seria o correto, nem o desejo de ninguém. Portanto, no campo devemos encontrar

    s, ovos, lácteos, carnes, peixes e outros, que além de alimentar às famílias rurais produtoras irão no seu excedente abastecer os centros

    opriedade rural, mas de desenvolver nela sua função social, plantando ou criando, e até mesmo desenvolvendo o agronegócio

    . Que a seleção para assentar famílias em Projetos de Reforma Agrária, bem como o acesso ao seja bastante criterioso, dando oportunidade a quem realmente tem vocação

    João Abílio Diniz Engenheiro agrônomo

    doutorando em ciências do solo UFPB/EMATER-RO

  • . Que haja um trabalho contínuo de conscientização e valorização da atividade agropecuária, mostrando a importância que a agricultura familiar e o agronegócio desempenham para a sociedade;

    . Que a Política Agrícola seja motivadora, contemplando tanto o produtor como o consumidor com preços justos, proporcionando a quem está no campo ou na cidade uma vida melhor.

    Com medidas dessa natureza, poderemos ter o campo com a paisagem que normalmente acostumamos ou imaginamos ver, produtiva e diferente da cidade. Isto é, do jeito que deve ser, com camponês comprometido com a preservação ambiental, mas também feliz em estar plantando, criando ou agroindustrializando, justificando a razão de estar no lugar que escolheu para viver.

    AREIA-PB, 22 junho de 2012