anuário do regimento de sapadores bombeiros de lisboa 2011

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ANUÁRIO RSB Lisboa l 2011

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Documento de referência na disponibilização de informação estatística de toda a atividade do RSB em 2011. Está organizada em 15 subcapítulos agrupados em três grandes capítulos: A Instituição, A atividade Operacional e os Indicadores de Atividade

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  • ANURIO RSB Lisboa l 2011

  • 1 2

    NDICE

    Nota introdutria

    1 Enquadramento

    1.1 Breve caracterizao da cidade

    1.2 Sustentao da Resposta Operacional

    1.3 Estratgia de Atuao

    2 O RSB em Lisboa

    2.1 Resenha Histrica

    2.2 Competncias

    2.3 Estrutura Orgnica

    2.4 Recursos Humanos e Materiais

    Capitulo I A Instituio ..5

    Capitulo II Atividade Operacional ...19

    1 Coordenao e socorro

    2 Preveno

    3 Formao

    4 reas complementares

    Capitulo III Indicadores de Atividade.31

    1 Socorro

    2 Preveno

    3 Formao

    4 Cooperao Nacional e Internacional

  • 3

    Nota introdutria

    A nova Lei de Bases de Proteo Civil (Lei n. 27/2006, de 3 de Julho) vem clarificar o enquadramento da

    poltica e das operaes de proteo civil, que encontra representao nos diversos nveis ou escales

    territoriais (Nacional, Distrital e Municipal) e define, ao nvel deste novo enquadramento, os rgos de

    direo, coordenao e execuo. Esta prev, para qualquer tipologia de interveno, a constituio de

    uma plataforma estratgica capaz de responder com eficcia s necessidades dos cidados, onde se defi-

    ne a estrutura de Direo, Comando e Controlo e regula a forma como assegurada a coordenao insti-

    tucional, a articulao e a interveno das organizaes integrantes do Sistema Integrado de Operaes

    de Proteo e Socorro (SIOPS), envolvidas ou a envolver nas operaes de Proteo e Socorro, asseguran-

    do-se que todos os agentes atuam, no plano operacional, articuladamente, sob um comando nico mas

    sem prejuzo da respetiva dependncia hierrquica e funcional.

    Esta nova cultura, onde os Agentes de Proteo Civil (APC), que se afiguram diferenciadas, interagem

    numa lgica empresa rede, de forma coordenada e consistente em nome de um objetivo comum, defini-

    do na prpria essncia da sua atividade de proteo civil, no pode deixar de se refletir nas estruturas

    municipais de proteo civil.

    Partindo desta viso integrada e integradora, foi j possvel na cidade de Lisboa implementar um novo

    modelo de pensar o socorro, que passou, entre outras medidas, pela criao de uma Sala de Operaes

    Conjunta (SALOC) da Cmara Municipal de Lisboa (CML), que congrega os meios de comando e controle

    das Foras de Segurana, Proteo e Socorro da cidade num nico espao, suportadas por um sistema

    nico de comunicaes de acionamento de meios das respetivas estruturas, passando a garantir, assim,

    uma resposta operacional mais clere e coordenada em prol da salvaguarda da vida e dos bens dos cida-

    dos de Lisboa, entre outras medidas que vo desde as infraestruturas de socorro, ao reequipamento e

    formao.

    O Anurio do RSB para 2011, que nos propomos pela primeira vez apresentar, pretende transportar esta

    nova viso paradigmtica da Nova Segurana, sistemicamente modelizada e suportada num conjunto

    de estratgias de interveno no plano individual, local e Municipal, com vista a melhorar os mecanismos

    de preveno e resposta emergncia quotidiana e s suscetibilidades, riscos ou catstrofes expectveis

    na cidade de Lisboa. Esta publicao, que constitui documento de referncia na disponibilizao de infor-

    mao estatstica de toda a atividade do RSB, foi organizada em 15 subcaptulos agrupados em trs gran-

    des captulos: A Instituio, A Atividade Operacional e os Indicadores de Atividade.

    O Comandante do RSB

    Joaquim de Sousa Pereira Leito

    Coronel de Infantaria

  • Captulo 1

    A Instituio

    O RSB a maior e mais antiga corporao de

    bombeiros do pas e tem como misso principal

    garantir a segurana de pessoas e bens

  • 6

    A lei de bases de proteo civil descreve, em termos gerais e de uma forma orientadora, a proteo civil como a atividade desenvolvida pelo Estado, Regies Autnomas e Autarquias Locais, pelos cidados e por todas as entidades pblicas e privadas com a finalidade de prevenir riscos coletivos inerentes a situa-es de acidente grave ou catstrofe e de atenuar os seus efeitos e proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo.

    1 - Enquadramento

    Cabe aos agentes de proteo civil integrados no Sistema Nacional de Proteo Civil, cum-prindo com o princpio da subsi-diariedade, serem os primeiros a garantir aes de preveno/mitigao, de preparao, de resposta/interveno e de recu-perao/reabilitao, ou seja todos os componentes do ciclo dos acidentes e catstrofes.

    A proteo da vida e integridade fsica das pessoas e bens, um dos princpios consagrados na Lei de Bases da Proteo Civil Lei n. 27/2006 de 3 de Julho, art. 5).

  • As particularidades de cada cidade so fatores pre-ponderantes para a existncia e caractersticas dos vrios agentes de proteo civil e particularmente determinam a estrutura, as competncias e as aes desenvolvidas. A cidade de Lisboa o concelho central da rea Metropolitana de Lisboa (AML), abrangendo na sua totalidade uma rea de 84 km2. Este territrio est dividido em 53 divises administrativas que consti-tuem atualmente as freguesias de Lisboa. Em termos geogrficos encontra-se delimitada a Sul e Nascente pelo rio Tejo, esta regio, sofre a influncia de um clima de tipo mediterrneo. As caractersticas ambientais, geolgicas, demogrficas e sociais, so fatores originadores de vulnerabilida-des e riscos.

    1.1 Breve Caracterizao da Cidade de Lisboa

    Factores de vulnerabilidade

    7

    Clima

    Lisboa por vezes influenciada por condies cli-matricas imprevisveis, que conduzem a situaes excecionais, dependentes de fatores geogrficos regionais, como a latitude e a proximidade do Oceano Atlntico, ocasionando valores extremos de temperatura onde se chegam a atingir valores de -3oC e valores superiores a 34oC, bem como valores elevados de pluviosidade em perodos cur-tos de tempo. Dois outros fatores que condicio-nam o clima de Lisboa so a sua topografia aciden-tada e posio beira Tejo (PDM, 2010).

    Fisiografia

    As caractersticas altimtricas da cidade de Lisboa esto diretamente associadas aos vales concorren-tes direcionados ao rio Tejo, sua faixa ribeirinha, serra de Monsanto e zona planltica . Fatores de predominante importncia no que se refere ocorrncia de cheias, relacionadas com fenmenos meteorolgicos extremos e a efeitos de mar diretos, so as zonas ribeirinhas da cida-de, constitudas em grande parte sobre reas con-quistadas ao rio, e que devido existncia de uma orla ao longo de toda a extenso ribeirinha da cidade, de cotas iguais ou inferiores a 10m so cer-tamente tambm zonas de elevado risco na even-tualidade da ocorrncia de um tsunami.

    Demografia:

    Em termos de populao e da sua residncia tem-se a seguinte relao, segundo os resultados cen-sos de 2011 do Instituto Nacional de Estatstica: Populao Residente - 545.245 habitantes Populao Presente - 1.200.000 habitantes (valor estimado entre as 09h00-18h00)

    Densidade populacional - 6.463 hab/km2

  • 8

    A caracterizao de um determinado territrio em

    termos de ocupao do solo deve ser analisada

    tendo em conta o modelo de organizao espacial

    de desenvolvimento nele implementado.

    No caso da cidade de Lisboa, todo o territrio do

    municpio de Lisboa considerado espao urbano,

    em que uso do solo apresenta uma qualificao

    equilibrada dos espaos consolidados e a consoli-

    dar, denotando-se contudo uma grande concentra-

    o do edificado nas reas centrais, com especial

    incidncia no eixo noroeste-sudeste, e em todo o

    arco ribeirinho.

    Estrutura etria da populao

    Lisboa uma cidade de grande heterogeneidade

    no parque edificado, caracterizado por uma malha

    urbana maioritariamente organizada em quartei-

    res, apoiando-se os edifcios uns nos outros, em

    frentes edificadas com acentuadas descontinuida-

    des em altura e planta, com nmero de andares

    muito varivel.

    Esta heterogeneidade acentuada ainda por uma

    ocupao com utilizaes muito diferenciadas,

    encontrando-se neste parque edificado um signifi-

    cativo nmero de edifcios em acentuado estado

    de degradao.

    Ocupao do solo

    Caraterizao do edificado

    Lisboa apresenta um envelhecimento demogrfico

    acentuado com uma taxa de jovens (at aos 24

    anos) de apenas 24,3%, uma percentagem bastante

    baixa e quase idntica dos idosos (23,6%).

    Este envelhecimento da populao induz problemas

    de dependncia econmica e social, acompanhada

    por uma mudana na estrutura familiar, com reper-

    cusses sociais negativas que potenciam situaes

    de risco, manifestadas com particular incidncia

    neste ano de 2011.

  • Indicadores de risco

    Existem na cidade de Lisboa 56.178 edifcios com

    idades e tipologias muito diferentes com destaque

    para trs principais perodos:

    pr- pombalina (anterior a 1755)

    pombalina (1755 1880)

    beto armado (posterior a 1960)

    Este conjunto de edifcios apresentam um estado

    de conservao muito diversificado, dos quais 1/5

    est abandonado ou em ms condies de conser-

    vao.

    Lisboa tal como qualquer capital do mundo,

    encontra-se sujeita a vrias vulnerabilidades,

    que potenciam riscos naturais e tecnolgicos.

    Neste mbito as suas caractersticas geogrfi-

    cas assim como o seu tecido urbano, compos-

    to por uma malha apertada de bairros caracte-

    rizada por um edificado envelhecido, com uma

    elevada concentrao de pessoas, de infra-

    estruturas e meios de produo e servios, so

    fatores preponderantes e indicadores poten-

    ciadores para a ocorrncia de situaes de ris-

    co.

    - Situaes Meteorolgicas extremas/adversas;

    - Inundaes;

    - Incndio Urbano;

    - Incndio Florestal;

    - Movimentos de massa em vertentes.

    - Transporte e Armazenamento de Matrias

    Perigosas;

    - Acidente Ferrovirio, Rodovirio, Areo e/ou

    Fluvial;

    - Danos graves em estruturas;

    - Danos graves em tneis, pontes e outras infraes-

    truturas;

    - Situaes Atos de sabotagem / Aes Terroristas /

    Desacatos e distrbios de ordem pblica;

    - Epidmicas e / ou Pandemias;

    - Sismo /Tsunamis.

    9

    Estado de conservao do edificado

    Situaes de risco em Lisboa

  • Geograficamente, a localizao destes quartis e

    dos meios materiais e humanos neles existentes, est estra-

    tegicamente implementada na cidade de Lisboa, dividindo-a em 5 sectores ope-

    racionais. Cada sector constitui uma rea operacional adstrita a cada companhia de interveno compos-

    ta por dois quarteis, sede e estao.

    Com esta distribuio pretende-se assegurar que toda a rea da cidade possa ser facilmente alcanvel

    pelos meios do RSB, conseguindo-se, desta forma, garantir uma rpida e eficaz interveno dos meios de

    socorro e o consequente cumprimento da misso atribuda a esta secular instituio.

    1.2 Sustentao da Resposta Operacional

    Cioso da herana do seu passado, que os 617 anos de Histria lhe legaram, o RSB a maior e mais antiga

    corporao de bombeiros, herdeiro das anteriores corporaes de bombeiros que existiram na cidade de

    Lisboa, desde a mais antiga cuja gnese recua ao ano de 1395.

    Um dos momentos marcantes para a Unidade, e para a prpria cidade de Lisboa, foi a passagem de Bata-

    lho de Sapadores Bombeiros a Regimento de Sapadores Bombeiros, em 1987, para que a sua estrutura

    orgnica melhor se adequasse s necessidades de preveno e segurana de Lisboa face evoluo da

    cidade em termos geogrficos, populacionais e urbansticos. Este facto, foi revelador do pioneirismo da

    edilidade lisboeta que antecipou o modelo que a lei acabaria por consagrar anos mais tarde.

    A sua rea de atuao encontra-se circunscrita ao concelho de Lisboa, onde conta para sua prossecuo,

    com a colaborao das corporaes de bombeiros voluntrios da Ajuda, Beato e Olivais, Cabo Ruivo, Cam-

    po de Ourique, Lisboa, e Lisbonense, podendo contudo tambm prestar apoio a outros concelhos quando

    solicitado.

    Para desenvolver os servios que presta, o RSB

    com sede no Quartel da 1 Companhia, dis-

    pe de 10 quartis estrategicamente

    localizados na cidade e de

    um Destacamento no Aero-

    porto de Lisboa.

    10

  • Na vertente operacional, o RSB est organizado em dois Batalhes, cinco Companhias operacionais, uma Companhia de Comando e Servios (CCS), um Destacamento e dispe ainda de algumas equipas especiais de interveno de que so exemplos, a Unidade de Controlo Ambiental, o Destacamento de Interveno em Catstrofes, o Grupo de Mergulhadores e a Unidade Cinotcnica de Resgate.

    Organizao operacional

    O Quartel estao chefia-do por um Chefe de Quar-tel. A criao dos Quartis estao teve como filosofia localizarem-se, embora dentro da mesma rea de operao, em zonas de menor importncia habita-cional. Hoje com o alarga-mento do parque habita-cional da cidade este con-ceito j no aplicvel.

    11

    Cada Companhia constituda por um Quartel sede e um Quar-tel estao, inseridos geografica-mente num sector operacional que constitui a sua rea prefe-rencial de operao. O Quartel sede, normalmente de maior dimenso e com um maior nmero de elementos e veculos, o local onde se encontra sedia-do o Comandante de Companhia e onde feita a gesto da mes-ma.

  • Orientaes estratgicas

    Para o ano de 2011, a Diretiva do Comando, fruto de uma estratgia que iniciou em Junho de 2008, prev

    a execuo de um projeto para o RSB atravs de um planeamento consolidado e integrado, alicerado em

    oito eixos de atuao e no contributo rigoroso, na dedicao, na devoo, no saber e na experincia de

    muitos profissionais, com e sem farda, ao servio desta grande casa.

    Tendo por base as misses legalmente atribudas ao RSB, sintetizam-se os seguintes eixos de atuao deli-

    neadores dos projetos a iniciar/em curso no Regimento:

    12

    No mbito deste conjunto alargado de medidas, que constituem as linhas orientadoras deste projeto,

    relevam-se, entre outras, a integrao do RSB no Sistema Nacional de Proteo e Socorro, a implementa-

    o de novos procedimentos de funcionamento interno, o projeto de reorganizao territorial e de aquisi-

    o de novas viaturas operacionais e equipamento especfico, a criao de novas estruturas fundamentais

    para o funcionamento do RSB e a celebrao de protocolos de formao e cooperao com diversas enti-

    dades, entre muitas outras medidas j concludas, ou ainda em curso.

    1.3 Estratgia de Atuao

    No ano de 2011, que se revelou estratgico para o futuro do RSB, foi inteno do comandante do RSB

    acelerar, com o contributo de todos, esta dinmica de mudana j iniciada, permitindo assim consolidar

    a estrutura interna, mas tambm, a aprovao de uma nova macroestrutura orgnica para o RSB, ao nvel

    do planeamento/assessoria tcnico-administrativa e ao nvel operacional, aumentar e diversificar a instru-

    o e a formao, reforar e otimizar a capacidade de interveno operacional, melhorar a imagem insti-

    tucional e fomentar o esprito de corpo na procura das melhores solues ao nvel da Sensibilizao, Pre-

    veno, Proteo e Socorro na cidade de Lisboa.

    Objetivos a atingir

  • 13

    2 - O RSB

    2. 1 Resenha Histrica

    O Regimento de Sapadores Bombeiros de

    Lisboa sem dvida uma referncia

    na histria dos bombeiros em Portugal,

    j que o corpo de bombeiros mais

    antigo do pas, com 617 anos de existncia.

    Para se melhor compreender a histria

    deste corpo de bombeiros e a sua impor-

    tncia em toda a estrutura de socorro, far-

    se- de seguida uma breve apresentao dos

    pontos mais importantes do RSB e uma retrospeti-

    va da sua evoluo histrica desde a sua constitui-

    o at aos dias de hoje.

    As origens do RSB remontam ao ano de 1395, pri-

    meiro documento que se conhece, em que D. Joo

    I confirma por carta rgia de 25 de Agosto, uma

    ordenao com medidas concretas para a preven-

    o e combate a incndios em Lisboa. Criao do

    Servio de Incndios de Lisboa.

    Em 1683, publicado o primeiro regulamento do

    Servio de Incndios, com preceitos organizacio-

    nais e disciplinares rgidos para em 1734, aps vin-

    te anos da repartio da cidade de Lisboa em trs

    zonas, ser adotada e regulamentada uma nova

    estrutura que atribuiu, pela primeira vez, o termo

    bombeiro aos trabalhadores dos servios de incn-

    dio.

    Em 1794, o Senado da Cmara cria o lugar de ins-

    petor-geral dos incndios que passa a ter tambm

    jurisdio sobre a inspeo dos chafarizes, deter-

    minando ainda que as matrias deste servio

    municipal passem a ser da competncia de um ni-

    co vereador. Remonta a 12 de Novembro de 1821

    a nomeao do primeiro-oficial do Exrcito da

    arma de Engenharia para o cargo de Inspetor-geral

    dos Incndios e Chafarizes de Lisboa.

    O sculo XIX foi de grande preponderncia para o

    desenvolvimento institucional, comeando em

    1834 por se legislar no sentido de ser criada uma

    Companhia de Bombeiros, seguindo-se em 1836,

    uma publicao da tabela dos sinais de incndio,

    com o nmero de badaladas tocadas nos sinos das

    igrejas e a freguesia a que correspondiam, essen-

    cial para se localizar com maior preciso o local do

    sinistro. Em 1840, foi criado o pelouro dos incn-

    dios na estrutura da Cmara Municipal de Lisboa,

    culminando este sculo com a reestrutu-

    rao do servio de incndio de Lis-

    boa sendo em 1852, criado o Corpo

    de Bombeiros Municipais de Lisboa,

    semelhana do Batalho de Sapadores

    Bombeiros de Paris, com uma estrutura

    disciplinar militarizada e com quartis de

    bombeiros distribudos pela cidade.

    No inicio do sculo XX, pelo facto de ter uma

    organizao de cariz militar, o Corpo de Bombeiros

    Municipais transita para a dependncia do Estado,

    sob o Ministrio do Reino, para regressar em 1913,

    a estar sob alada camarria. Em 1930 o Corpo de

    Bombeiros Municipais de Lisboa passa a designar-

    se Batalho de Sapadores Bombeiros de Lisboa

    resultado da reestruturao do Corpo Municipal de

    Salvao Pblica como uma unidade da Engenharia

    Militar ao servio do Muncipe.

    Em 1988, d-se a elevao do Batalho categoria

    de Regimento, passando a designar-se de Regi-

    mento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, em con-

    formidade com a legislao em vigor, designao

    que mantem ainda. Em 1992, estabelecido o

    novo regime jurdico com a desmilitarizao da

    Unidade.

    O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa

    pela sua riqueza factual tem vindo ao longo dos

    anos a impor-se como um corpo de bombeiros de

    referncia nacional em vrias matrias como o

    sejam a organizao estrutural interna, o esprito

    de corpo, o princpio rgido de hierarquia, a for-

    mao interna, a criao de doutrina que alis foi

    esta a impulsionadora da formao dos corpos de

    bombeiros a nvel nacional para todo o tipo de

    bombeiros. Se, por um lado a sua dimenso em

    termos de infraestruturas operacionais, de capaci-

    dade humana e material e do nmero de ocorrn-

    cias so por si significativos por outro, a forte cul-

    tura organizacional, aliada rgida disciplina e

    organizao castrense, imposta desde a sua cria-

    o por comandos militares at atualidade, so

    fatores mpares que fazem do Regimento de

    Sapadores Bombeiros de Lisboa a estrutura mais

    importante ao nvel dos bombeiros nacionais e

    internacionais.

  • 2. 2 Competncias

    O RSB garante a segurana de pessoas e bens na

    cidade de Lisboa, atravs de aes de socorro e

    preveno e colabora na atividade de proteo

    civil, no mbito do exerccio das funes especfi-

    cas que lhe forem atribudas.

    Cabe aos municpios, enquanto primeiro nvel do Sistema Nacional de Proteo Civil, cumprindo com o

    princpio da subsidiariedade, garantir todas as aes de preveno/mitigao, de preparao, de respos-

    ta/interveno e de recuperao/reabilitao, enquanto componentes do ciclo dos acidentes e catstro-

    fes.

    O RSB de Lisboa, constituiu-se como um Agente de Proteo Civil, dependendo organicamente do seu Pre-

    sidente, e desenvolve a sua misso diretamente, com meios prprios, na rea do municpio de Lisboa.

    A sua interveno fora da rea do municpio de Lisboa ocorre mediante solicitao e depende de autoriza-

    o do Presidente da CML, sendo que nos casos previstos no nmero anterior, os elementos do RSB

    atuam sob o comando dos seus superiores naturais, cumprindo a chefia destes as instrues da autorida-

    de que, no lugar, tenha a direo das tarefas para o restabelecimento da normalidade, sem prejuzo do

    mesmo poder formular as observaes tcnicas orientadas melhor utilizao e com o menor risco poss-

    vel, do pessoal e do material.

    Misso

    14

    Em termos funcionais o RSB uma estrutura

    municipal que desenvolve a sua misso no mbito

    da proteo e socorro apoiado num corpo de pro-

    fissionais com o estatuto de Corpo Especial de

    Funcionrios Especializado de Proteo Civil, de

    acordo com o Decreto-Lei n. 106/02, de 13 de

    Abril, que estabelece o estatuto de pessoal dos

    bombeiros profissionais da administrao local.

    So atribuies do RSB, nos termos da lei:

    A preveno e o combate a incndios;

    O socorro s populaes, em caso de incndios, inundaes, desabamentos e, de um modo geral, em

    todos os acidentes;

    O socorro a nufragos e buscas subaquticas;

    O socorro e transporte de acidentados e doentes, incluindo a urgncia pr-hospitalar, no mbito do

    sistema integrado de emergncia mdica;

    A emisso, nos termos da lei, de pareceres tcnicos em matria de preveno e segurana contra ris-

    cos de incndio e outros sinistros;

    A participao em outras atividades de proteo civil, no mbito do exerccio das funes especficas

    que lhes forem cometidas;

    O exerccio de atividades de formao e sensibilizao, com especial incidncia para a preveno do

    risco de incndio e acidentes junto das populaes;

    A participao em outras aes e o exerccio de outras atividades, para as quais estejam tecnicamente

    preparados e se enquadrem nos seus fins especficos e nos fins das respetivas entidades detentoras;

    A prestao de outros servios previstos nos regulamentos internos e demais legislao aplicvel.

    Base legal do RSB

  • 2. 3 Estrutura Orgnica

    Em termos de estrutura orgnica, o RSB foi assinalando mudanas organizacionais motivadas pela prpria

    conjuntura, em que a macroestrutura, inicialmente aprovada em 1987 manteve-se dinmica mas reajusta-

    da medida das necessidades. Atento ao cabal exerccio das suas competncias o Regimento conta com

    uma estrutura de apoio com seces e servios aptos a garantir o bom funcionamento da instituio.

    A corporao rege-se assim por uma estrutura hierrquica de Comando constitudo por Comandante, 2

    Comandante e Adjunto Tcnico, apoiado pelas seguintes trs estruturas organizativas principais:

    rgos de Estado-maior constitudo por Seces com competncias nas reas de Pessoal, Operaes,

    Logstica e Preveno e um servio Oficinal.

    rgos de execuo composto por 4 companhias de interveno, pela Companhia de Interveno Espe-

    cial, pela Companhia de Comando e Servios, pelo Destacamento do Aeroporto de Lisboa que tm como

    misso apoiar a estrutura de comando, bem como desenvolver todas as atividades de caracter operacio-

    nal.

    rgos de Apoio Geral composto por inmeros servios de carcter tcnico-administrativo de apoio tais

    como so a Secretaria-geral, Gabinete do Comando, Gabinete de Apoio ao Comando, Gabinete de Rela-

    es Pblicas, Gabinete Administrativo e Financeiro, Gabinete Tcnico de Segurana Contra Incndios

    em Edifcios, Gabinete de Assessoria Histrica e Cultural, Ncleo de Gesto dos Sistemas Informticos e

    Telecomunicaes, Ncleo de Proteo Ambiental, Ncleo de Apoio Formao, Ncleo de Desporto e o

    Servio de Obras .

    O RSB conta ainda com a Escola do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, vocacionada para a

    formao dos seus quadros bombeiros e ainda com estruturas na rea socioculturais dignas de referncia

    como o Museu do Bombeiro e a Banda de Msica.

    15

    ORGOS ESTADO MAIOR

    ORGOS EXECUO

    ORGOS APOIO GERAL

    COMANDO

  • 2. 4 Recursos

    O RSB vem-se assumindo como uma referncia nacional e internacional nos domnios da Proteo e Socorro alicerado numa estrutura de recursos humanos, com e sem farda, de uma grande qualificao, saber e experincia que se tm revelado fatores mobilizadores da sua capacidade de interveno. Numa conjuntura de mudana, tambm o investimento em recursos humanos foi imprescindvel para aumentar a capacidade e a eficcia de interveno da corporao. Em 2011 houve o aumento do nmero de efetivos com o ingresso de 157 novos efetivos na carreira de bombeiro sapador.

    O RSB, possui ainda uma estrutura de pessoal no

    bombeiro, com 113 colaboradores, integrados num

    conjunto de vrias categorias profissionais, abrangendo

    diversas reas especializadas que contribuem para

    assegurar a gesto corrente da instituio nessas reas.

    Classe Elementos

    Chefe Principal 5

    Chefe de 1 Classe 6

    Chefe de 2 Classe 20

    Subchefe Principal 34

    Subchefe de 1 Classe 60

    Subchefe de 2 Classe 200

    Bombeiro Sapador 572

    Humanos

    O RSB dispe de um quadro composto por

    sete categorias hierrquicas que atualmente

    integra um efetivo de 897 elementos que

    esto operacionais 24 horas por dia, 365 dias

    por ano, em regime de servio permanente,

    distribudo por 4 turnos.

    16

    Categorias Elementos

    Coordenadores Tcnicos 2

    Tcnicos Superiores 31

    Tcnicos Informticos 2

    Assistentes Tcnicos 34

    Assistentes Operacionais 44

  • Materiais

    Em 2011 o RSB teve em permanncia para servio de socorro na cidade de Lisboa um dispositivo composto por 83 viaturas, distribudas estrategicamente pelos 10 Quartis. Estas viaturas dispuseram ainda do apoio de 17 atrelados de equipamento especfico, a deslocar para os locais de ocorrncia sempre que necessrio.

    Viatura Designao N

    AA Auto Administrativo 1

    AAI Atrelado Apoio Interveno 17

    ABSC Ambulncia de Socorro 2

    ABTM Ambulncia de Transporte Mltiplos 1

    AC Auto Comando 1

    BRTP Bote Reconhecimento 1

    BSRS Bote de Socorro e Resgate Semi-Rgido 1

    VAME Veculo de Apoio a Mergulhadores 1

    VCOC Veculo de Comando e Comunicaes 1

    VCOT Veculo de Comando Ttico 1

    VE25 Veculo com Escada Giratria 2

    VE30 Veculo com Escada Giratria 6

    VECI Veiculo Especial Combate a Incndios 6

    VETA Veculo Com Equipamento Tcnico Apoio 4

    VFCI Veculo Florestal de Combata a Incndios 2

    VLCI Veculo Ligeiro de Combate a Incndios 8

    VOPE Veculo Para Operaes Especficas 15

    VP Veculo Com Plataforma Giratria 2

    VPME Veculo de Proteo Multi-riscos Especial 1

    VSAE Veculo de Socorro e Assistncia Especial 1

    VSAT Veculo de Socorro e Assistncia Ttico 2

    VTTU Veculo Tanque Ttico Urbano 9

    VUCI Veculo Urbano de Combate a Incndios 15

    17

    Para cada tipologia de servio, est determinado a sada de um conjunto de viaturas para a primeira interveno, que no conjunto das suas valncias se completam na prestao do socorro. Sempre em situa-es que os meios se mostrem insuficientes, necessrio avanarem os veculos de reforo. Aps reforo, sempre que tal for necessrio, podem avanar tambm atrelados de apoio interveno com material de apoio ou reforo.

    Tipologia 1 Interveno Reforo

    Incndio urbano VLCI VUCI VE ABSC VUCI VE VTTU VSAE

    Acidente VLCI VUCI VSAT ABSC VOPE Reboque VOPE Grua

    NRBQ VLCI VPME VECI VOPE

    Colapso de estruturas VLCI VUCI ABSC VSAE DIC-USAR

    Salvamento martimo VLCI VAME ABSC

  • Misso

    O RSB garante a segurana de pessoas e bens na

    cidade de Lisboa, atravs de aes de socorro e pre-

    veno e colabora na atividade de proteo civil, no

    mbito do exerccio das funes especficas que lhe

    forem atribudas.

    Captulo 2

    Atividade Operacional

  • Numa cidade histrica com caractersticas pr-prias, a especificidade e variedade do seu edificado e os riscos que representam, a exiguidade das vias e dos acessos aos bairros antigos, a que se somam as enormes dificuldades de deslocao impostas por um trnsito cada vez mais intenso, tornou-se imperioso que os profissionais do RSB adotassem um elevadssimo grau de prontido, em que a res-posta solicitao para socorro fosse imediata e incondicional, com a sada dos meios ao minuto.

    Tal rapidez de interveno provem de uma exigen-te coordenao e gesto e de um abnegado espri-to de misso de todos os seus profissionais, que tem permitido reduzir substancialmente os casos de consequncias mais trgicas ou mais gravosas,

    pese embora o elevado nmero de ocorrncias a que so chamados a intervir diariamente. As principais atividades do RSB englobam trs grandes reas operacionais:

    Principais reas operacionais

    1 Coordenao e Socorro

    Sala de Operaes Conjunta

    As grandes catstrofes a que assistimos nos lti-mos anos e as suas consequncias, levam-nos a considerar a necessidade de uma relao interde-

    pendente e mais fluida entre as estruturas de Pro-teo Civil, Foras de Segurana e Foras Armadas, organizaes nacionais e internacionais, impondo-

    20

    rea Principais atividades

    Combate a incndios

    Interveno em acidentes

    Colapso de estruturas

    Salvamentos

    Acidentes NrBQ

    Anlise de projetos

    Vistorias

    Guardas de preveno

    Apoio populao a nivel nacional e internacional

    Incndios florestais

    Formao

    Exerccios

    Estudos

    Outros

    SOCORRO

    PREVENO

    PROTEO

    CIVIL

  • se, por isso, conceptualizar o conceito de Seguran-a no sentido de promover a articulao perma-nente, dialtica e recursiva entre todas estas foras e servios na conceo, planificao e organizao operacional. Partindo desta viso integrada e integradora, inau-gurou-se, a 1 de Julho de 2010, na cidade de Lisboa a Sala de Operaes Conjunta (SALOC) da Cmara Municipal de Lisboa (CML), que rene num mesmo espao os meios de comando e controle do Regi-mento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB), da Polcia Municipal (PM) e do Departamento de proteo Civil (DPC), suportadas por um sistema nico de comunicaes de acionamento de meios das respetivas estruturas. A integrao do sistema de comunicaes de emergncia do Municpio de Lisboa no Sistema Integrado das Redes de Emergncia e Segurana de

    Portugal (SIRESP), para alm de aspetos relaciona-dos com a utilizao do espectro reservado para aquele sistema, constitui uma transio imprescin-dvel para assegurar a intercomunicao e a intero-perabilidade entre as diversas foras e servios responsveis pela segurana pblica e de emergn-cia que atuam no concelho e, da mesma forma, a integrao num sistema nico nacional, fatores especialmente relevantes em caso de acidente ou catstrofe, seja de carcter local, seja metropolita-no, seja nacional. Deste modo, a resposta opera-cional ser mais clere e coordenada em prol da salvaguarda da vida e dos bens dos cidados de Lisboa, cumprindo-se ao mesmo tempo o disposto na legislao em vigor (n. 5 do Art. 13, da Lei 65/2007), que atribui ao Comandante do RSB a responsabilidade de Comandante Operacional Municipal (COM).

    Por outro lado, havendo a conscincia de que a gesto da informao um dos fatores essenciais para o sucesso de uma organizao, permitindo melhorar tempos de resposta, otimizar recursos e dimensionar custos, de forma a potenciar uma ges-to proativa que d respostas s constantes

    mudanas a que a organizao est sujeita, foi desenvolvida pelo Regimento de Sapadores Bom-beiros (RSB) uma aplicao de Gesto de Ocorrn-cias (GESOCO) com o objetivo de agilizar e simpli-ficar todo o processo de criao e registo das ocor-rncias.

    Aplicao da gesto de ocorrncias

    21

  • Esta aplicao vem permitir integrar toda a infor-mao associada a cada ocorrncia, a utilizao do Sistema de Informao Geogrfica da CML, arti-cular com os sistemas de comunicaes existentes (voz, SMS, e-mail e fax), permitir a fiabilidade dos dados (responsabilidade afeta aos diversos interve-nientes na aplicao), assim como a segurana dos mesmos (cada utilizador com o seu perfil de aces-so) e extino da duplicao de registos e de infor-mao (em livros que serviam de backup Base de Dados e noutras aplicaes ou sistemas), para alm do tratamento estatstico. Encontra-se ainda em desenvolvimento a integrao do Servio Lx Alerta da CML. Desenvolvida para ambiente WEB, funciona em rede conectada com outras aplicaes do RSB,

    nomeadamente, gesto de viaturas, gesto de movimentos, e gesto de pessoal permitindo a sua interligao tornando-as numa s e encontrando-se ainda ligada a outros sistemas existentes na CML mas externos ao RSB. So disso exemplo os Meios e Recursos, que disponibiliza todos os dados referentes aos Recursos Humanos da CML e o Sistema de Informao Geogrfica, atravs da aplicao Lisboa Interativa, que localiza a ocorrn-cia em mapa de acordo com o atual roteiro de moradas, bem como toda a informao disponvel na CML referente ao local em causa (fotografias, peas desenhadas, processos, entre outros dados). O projeto est a ser desenvolvido no sentido de permitir, em breve, a integrao das restantes estruturas que integram a SALOC.

    Principais Tipologias de Ocorrncias

    22

    No mbito das atividades desenvolvidas pelo RSB a prestao do socorro cidade de Lisboa assume o papel principal traduzindo-se todos os anos num elevado nmero de ocorrncias que tm vindo a ser registadas segundo uma tipologia de ocorrn-cia particular definida pelo RSB. Neste mbito de ressaltar o esforo efetuado para a uniformizao da tipologia das ocorrncias, assim como da tipolo-gia dos veculos, tendo o RSB adotado este ano as tipologias nacionais definidas pela Autoridade Nacional de Proteo Civil.

    O RSB presta tambm, muitos outros servios de socorro ligeiro populao que serve, que embora no se enquadrem numa tipologia de ocorrncias de emergncia grave, configuram um quadro de pequenos socorros e ajuda em situaes embara-osas, que uma populao, cada vez mais envelhe-cida e a residir em edifcios degradados, tanta vez carece.

    Paralelamente s aes de socorro, o RSB desen-volve, no dia-a-dia, vrias aes de preveno e sensibilizao, colaborando com todas as entida-des que o solicitem na elaborao, execuo e acompanhamento de simulacros de incndio, exer-ccios de evacuao, etc., contribuindo, desta for-ma, para uma identificao e substancial reduo das situaes potenciadoras de risco na cidade de Lisboa. No ano 2011, no mbito da prestao do socorro cidade de Lisboa, realizaram-se um total de 18972 intervenes distribudas percentualmente pelas seguintes principais tipologias:

    Ocorrncias

    Incndios 8,8%

    Acidentes 4,9%

    Infraestruturas e vias de comunicao 17,1%

    Pr-hospitalar 1,8%

    Conflitos legais 0,3%

    Tecnolgicos / Industriais 4,6%

    Servios* 59,0%

    Atividades** 3,5%

    Total 100%

    * Incluem-se nesta rubrica, entre outros: Limpeza de via, abertura de porta com e sem socorro, fecho de gua. ** Incluem-se nesta rbrica, entre outros: Busca e resgate de animais, simulacros.

  • Em 2011, Portugal despertou para uma nova realidade, o envelhecimento da populao e o isolamento dos cidados sem acompanhamento familiar ou institucional. Este facto fez com que a rede social se organizasse e trabalhasse em conjunto pela necessidade de prevenir situa-es de risco e dar resposta ao abandono social a que os cida-

    dos isolados (em especial ido-sos) esto sujeitos nas grandes metrpoles. Este facto trouxe um incremento na dinmica do Ncleo de Inter-veno Social e de Apoio ao Cidado (NISAC), criado em 2009 para prestao de apoio social a cidados isolados por aes de socorro, chegando s 538 inter-venes.

    2 Preveno

    23

    Ainda no Plano Municipal, o RSB tem vindo a relevar estratgias fundamentais numa nova viso da segurana da cidade desenvolvidas pelo municpio, concretizadas com a criao do Gabinete Tcnico de Segurana Contra Incndios em Edifcios (GTSCIE), que conjuntamente com a Seco de Preveno daque-la estrutura operacional, constituem unidade de apoio na rea de preveno contra o risco de incndio relativamente cidade de Lisboa e para o muncipe.

    A Seco constituda por bom-beiros sapadores e por pessoal administrativo. O Gabinete constitudo por tc-nicos superiores e por pessoal administrativo. Trabalham ambos em estreita colaborao e para o mesmo fim, que reside em garantir o cumprimento da legis-lao em vigor, em matria de segurana contra incndio (SCIE), para que, os edifcios, recintos e demais espaos, estejam dotados de meios e adequados para

    aes de socorro e para guardas de preveno em casas de espe-tculos e outros equipamentos, designadamente desportivos, por parte do RSB. Para o efeito, so emitidos pare-ceres sobre estudos e projetos, quer municipais quer particulares e realizadas vistorias das condi-es de SCIE, na rea administra-tiva de Lisboa. Em 2011 foram realizadas 398 vistorias e emitidos 851 parece-res.

    Complementarmente a Seco de Preveno, d ainda apoio a outros servios do RSB, em parti-cular Brigada de Cadastro que tem por funo reparar os hidrantes da cidade e da atuali-zao permanente do seu cadas-tro e registo. Neste mbito foram realizadas 1039 interven-es em hidrantes (bocas de incndio e marcos de gua).

    Ainda na rea da preveno o RSB desenvolve uma particular atividade operacional de preven-o em espaos pblicos tendo realizado 3091 servios de pre-veno a casas de espetculos.

  • Desde 1992 que o RSB tem investido na formao de todos os seus profissionais, com especial inci-dncia nos seus profissionais bombeiros, com a constituio de um Centro de Formao e Aperfei-oamento que veio implementar a lgica da forma-o contnua, atravs dos cursos de Aperfeioa-mento e Reciclagem, que at hoje se mantm. Em 1993 surge o Batalho de Instruo e em 1994 inaugurada a Escola de Sapadores Bombeiros de Lisboa (ESBL) passando em 2005 a ser designada como Escola do Regimento de Sapadores Bombei-ros de Lisboa (ERSBL). Referncia nacional na for-mao para bombeiros, com competncias delega-das pelo Centro de Estudos e Formao Autrquica (CEFA) para ministrar os cursos de progresso na carreira dos Bombeiros Sapadores e Municipais do

    Pas e reconhecida legalmente como entidade autorizada para ministrar formao aos funcion-rios dos Servios Municipais de Proteo Civil. A ERSBL tem por misso, assegurar a formao inicial necessria ao ingresso na carreira de Bombeiro Sapador e a formao contnua obrigatoria para progresso na carreira. Realiza trabalhos de investigao, constituindo doutrina e produzindo documentao sobre a temtica dos bombeiros, nomeadamente, sobre novas tcnicas e mtodos de trabalho, sobre novos equipamentos e materiais adquiridos. Tambm ministra formao ao abrigo dos protocolos existentes em que o RSB parceiro institucional bem como, para servios municipais da CML e entidades externas, quando solicitado.

    3 Formao

    Escola do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa

    24

    Cursos ministrados na Escola do RSB em 2011

    Mdulos de formao interna Mdulos ministrados a entidades

    externas

    TAT - Tripulante de Ambulncia de Transporte Meios de 1 Interveno

    TAT - Recertificao/Reciclagem Busca e Salvamento em Espaos Confinados

    Curso Salvamento e Desencarceramento Combate a incndios e Busca e Salvamento em Espaos Confinados

    Formao e Aperfeioamento para Subchefes de 2 TAT - Tripulante de Ambulncia de Transporte

    Curso de Qualificao Inicial de Bombeiro Sapador

  • O Gabinete de Relaes Pblicas por excelncia o intermedirio entre a instituio e o exterior. Tem por misso coordenar a comunicao institucional do RSB com os diferentes pblicos alvo, fomentar e consoli-dar o relacionamento com os mdia e assegurar a visibilidade externa. O Gabinete elabora o Relatrio de Atividades mensal /trimestral /anual de toda a atividade desenvolvida no RSB. No mbito das relaes com o exterior, agenda e gere as visitas efetuadas s instalaes dos Quartis, com maior relevncia para as visitas escolares. Na rea protocolar, organiza, promove e acom-panha os eventos e cerimnias realizados no RSB, assegurando todos os servios logsticos e de carcter protocolar. O Gabinete de RP tem a cargo o acervo fotogrfico e a sua constante atualizao e organizao. Est dis-ponvel para esclarecer todos os pedidos de informao dos utilizadores do site e da intranet como de todos os pblicos que nos contactem , quer atravs do envio de email quer por contacto telefnico.

    Para alm da formao ministrada na ERSBL os profissionais do RSB tm recebido formao quer externa, promovida pela CML quer ao abrigo de protocolos, com entidades e instituies acadmi-cas. Ao longo dos anos a ERSBL desenvolveu distintas formas de cooperao e parcerias. So exemplos os protocolos celebrados entre o RSB e a Marinha de Guerra Portuguesa, designadamente: Departamento de Limitao de Avarias (DLA);

    Instituto Superior Tcnico; Centro de Estudos e Formao Autrquica (CEFA); Polcia de Segurana Pblica (PSP); Guarda Nacional Republicana (GNR); Lisboa Gs; Escola Nacional de Bombeiros; Instituto Nacional de Emergncia Mdica (INEM); Instituto Geogrfico de Exrcito; Instituto Superior Lnguas e Administrao (ISLA): Santa Casa da Mesiricrdia(SCML); Instituto Portugus de Oncologia (IPO) e Instituto Tecnologico Nuclear (ITN).

    Publicaes e multimdia

    No cumprimento da misso que lhe est atribuda, a ERSBL aposta fortemente na investigao e

    desenvolvimento de doutrina, que referncia a nvel nacional, e na produo de documentao prpria

    e dos auxiliares pedaggicos da formao. So exemplos recentemente publicados, o Manual de Tcnicas

    de Salvamento em Edifcios, DVD sobre Ns, DVD sobre Tcnicas de Remoo e Imobilizao de Vitmas e

    DVD sobre Aparelho de Medio de Gases (PHD-LITH).

    4 reas Complementares

    Protocolos

    25

    No ano de 2011 foram desenvolvidas 64 aes de formao, abrangendo um total de 976 formandos com particular destaque para a formao de uma nova recruta com 157 elementos que frequentaram o Curso de Qualificao Inicial de Bombeiro.

    Gabinete de Relaes Pblicas

  • As visitas escolares inserem-se na formao cvica e sensibilizao para o problema dos incndios e auto-

    proteo. Destinam-se s camadas estudantis mais jovens. Responde ainda a problemticas mais especfi-

    cas pedidas pelo ensino politcnico e universitrio no mbito da sua formao, nomeadamente nas reas

    de primeiros socorros, desencarceramento e matrias perigosas.

    Visitas escolares

    Visitas efetuadas N visitas N visitantes

    Escolas bsicas e secundrias 30 1537

    Ensino superior e politcnico 4 60

    Bombeiros externos ao RSB 6 -

    Museu do Bombeiro 106 3307

    26

    O site do RSB tornou-se tambm uma referncia internacional, tendo sido visitado em 2011 por 71 pases, com mais de 44 500 visitantes e tendo recebido cerca de 103 mil visitas com 408 500 visualizaes de pginas. Como reflexo disso, tm aumentado os pedidos de esclarecimento sobre formao e os pedidos de visitas de bombeiros, tanto formais como infor-mais. Estas visitas provm principalmente da Euro-pa e do Brasil. Entrou em reestruturao para melhor informar e servir o cidado, podendo em 2012 visualizar-se os novos contedos.

    Site do RSB

    Dentro das suas competncias, destacam-se o dever de executar a poltica de comunicao atra-vs da gesto do site e da intranet, pela introduo constante de contedos noticiosos e atualizao das diferentes reas de destaque e de interesse. O site do RSB ficou disponvel em 2007, apresen-tando contedos de carcter formal e tcnico. Em quatro anos, tornou-se uma referncia nacional. A disponibilizao online da Ferramenta Matrias Perigosas e as Ocorrncias Ativas na cidade de Lis-boa, bem como a adeso modernizao adminis-trativa, foram para isso um grande contributo. Em 2011, o Site tornou-se tambm uma ferramenta de trabalho interno.

  • Passaporte Escolar

    N escolas N alunos

    Quartis 2 48

    Museu 9 255

    27

    A tomada de conscincia para a proteo do ambiente preconiza-da pela atual estrutura de coman-do levou criao em 2008 do Ncleo de Proteo Ambiental do

    Regimento de Sapadores Bombei-ros de Lisboa com a misso de constituir o RSB uma referncia na defesa de uma relao susten-tvel com o Ambiente.

    A atuao do NPA, incide em duas reas de interveno prioritrias e que consistem, no controlo ambien-

    tal resultante das atividades desenvolvidas em todos os seus servios e, complementarmente, na preven-

    o com vista minimizao do impacto ambiental dos mesmos.

    reas de interveno

    Controlo ambiental

    No mbito do controlo ambiental o NPA tem vindo a implementar uma adequada politica de gesto de

    resduos, com particular incidncia na eliminao de resduos perigosos sujeitos a fluxos de adequados e

    certificados e no registo nacional da produo deste tipo de resduos.

    Festa da criana - visita externa

    O Projeto Passaporte Escolar uma iniciativa de educao formal da CMLisboa que visa promover uma oferta educativa dirigida a todas as crianas que frequentam o 1. ciclo do ensino bsico pblico na cidade de Lisboa, assente em 4 reas de conheci-mento: desporto, cincia e ambiente, cultura e cvi-ca. O RSB parceiro interno na vertente da educao

    cvica, contribuindo para a formao de cidados

    conscientes e informados atravs da dinamizao

    de atividades no mbito das suas atribuies, desig-

    nadamente, atravs de visitas ao Museu do Bom-

    beiro, visitas externas a escolas e visitas a quartis.

    As crianas adoram fazer visitas nossa Instituio, tanto aos Quartis como ao Museu.

    Ncleo de Proteo Ambiental

  • Uma das atividades mais significativas em 2011, na interveno do NPA em politica de eliminao de res-duos consistiu no acompanhamento e anlise dos autos de abate de modo assegurar uma estratgia de eliminao adequada dos bens abatidos, prioritariamente com recurso reciclagem sempre que possvel em beneficio de projetos de reciclagem de entidades de solidariedade social autorizadas para o efeito. Este objetivo tem vindo a concretizar-se com a eliminao dos resduos eltricos e eletrnicos fora de uso promovida pela entidade de solidariedade social Banco de Bens Doados em articulao com um operador certificado. Neste ano concretizou-se o estabelecimento de um novo fluxo com a determinao prioritria, pela quantidade e perigosidade, para a eliminao de extintores abatidos e de p qumico, por um opera-dor certificado.

    28

    Preveno e sensibilizao

    Em matria de sensibilizao e informao destaque para a par-ticipao do NPA no IV Congres-so Nacional das Cidades Educa-doras integrado no Painel Tem-tico Estratgia Energtico-Ambiental das Cidades com a apresentao do projeto NPA sob o tema Pensar Global, Agir Local. O objetivo desta participao foi a divulgao das atividades desenvolvidas e projetadas pelo NPA para o RSB no mbito da proteo e preservao do ambiente integrada na estrat-gia ambiental preconizada pela CML.

    Quanto aos resduos perigosos

    encontram-se implementadas as

    seguintes recolhas para recicla-

    gem :

    leos minerais pela adeso

    ao Sistema Integrado de

    Gesto de leos Usados

    resduos hospitalares atra-

    vs de uma entidade certi-

    ficada

    baterias promovida pela

    recolha do vendedor.

    No mbito da gesto de resduos encontram-se j implementadas as recolhas seletivas de resduos urba-

    nos e de resduos orgnicos, procurando-se durante o ano de 2011 implementar a recolha de leos ali-

    mentares em todos os refeitrios do RSB pela adeso a um Sistema Integrado de Gesto de leos Alimen-

    tares.

    Gesto de resduos

  • Esta base de dados de matrias perigosas, iniciada em 1999 deu origem criao de um CD de fichas de interveno em matrias perigosas que se imps pelo seu contedo tcnico como uma referncia nacional em termos de suporte informativo/normativo em matria de proteo e socorro destinada s equipas de interveno especializadas em intervenes com produtos NrBQ.

    29

    Aplicao de matrias perigosas

    Base de dados de matrias perigosas

    Ainda no mbito do controlo ambiental direcionado para o controlo de matrias perigosas foi concludo o projeto de desenvolvimento de uma aplicao para ambiente WEB, em base de dados ORACLE que permite a consulta online da Base de Dados de Gesto da Matrias Perigosas no site do RSB a partir do endereo http://www.rsblisboa.com.pt/ Esta ferramenta reveste-se de fundamental importncia para estes operacionais pelo fcil acesso a consulta de informao constante na base de dados das mat-rias perigosas de modo a permitir uma rpida avaliao e indicaes de procedi-mentos de atuao para uma resposta com rapidez, eficcia e segurana.

    Ambiente e controlo de matrias perigosas

  • Captulo 3

    Indicadores de Atividade

    24 horas por dia

    365 dias por ano

    Esta a nossa realidade

  • 32

    Ocorrncias N

    Incndios 1.670

    Acidentes 928

    Infra-estruturas e vias de comunicao 3.242

    Pr-hospitalar 349

    Conflitos legais 57

    Tecnolgicos / Industriais 872

    Servios 11.199

    Atividades 655

    Total 18.972

    A informao estatstica apresentada, baseia-se em valores registados na base de dados de gesto de ocorrncias da Sala de Operaes Conjunta (SALOC). Na cidade de Lisboa, no ano de 2011, foram registadas no total 18 972 ocorrncias.

    1 - Indicadores de socorro

    Indicadores de atividade

    Segue-se uma exposio estatstica detalhada dos indicadores gerais de socorro apresentados pelas diversas famlias de ocorrncias adotadas no registo da aplicao de gesto de ocorrncias, de acordo com a classificao nacional.

  • Indicadores por tipologia

    Em Lisboa registaram-se as seguintes ocorrncias distribudas pelas seguintes tipologias de incndio.

    Tipologia N

    Habitao 395

    Inculto / povoamento florestal / agrcola 561

    Equipamentos / contentores do lixo 318

    Produtos / detritos 248

    Transportes / rodovirios / areo / ferrovirio 148

    Total 1670

    33

    Incndios

    A tipologia dos ocorrncias encontra-se subdividida num conjunto de categorias especficas de acordo com determinada natureza das ocorrncias.

  • Tipologia N

    Traumatismo / queda 101

    Doena sbita 247

    Parto 1

    Total 349

    Tipologia N

    Explosivos / ameaa 4

    Agresso / violao 1

    Apoio autoridade 42

    Suicdio / homicdio / ameaa 14

    Total 61

    Pr-Hospitalar

    Tipologia N

    Rodovirios c/ encarcerados 119

    Rodovirios 323

    Rodovirio / atropelamento 7

    Ferrovirio / aquatico / areo / queda ao rio 17

    Equipamentos / elevadores / escadas rolantes 462

    Total 928

    Conflitos Legais

    34

    Acidentes

    Em Lisboa registaram-se as seguintes ocorrncias distribudas pelas seguintes tipologias de aciden-tes.

  • Tipologia N

    Acidentes matrias perigosas / qumicos / biolgicos 8

    Situaes suspeitas / verificar fumos 260

    Situaes suspeitas / verificar cheiros 218

    Situaes suspeitas / verificar sadi / alarme 133

    Fuga de gs / canalizao / conduta / garrafa 252

    Total 871

    Tecnolgico / industriais

    Infraestruturas e vias de comunicao

    Tipologia N

    Queda de rvore 476

    Desabamento / queda revestimento / deslizamento 907

    Queda cabos electricos / curto-circuito 276

    Inundaes / desentupimento / tamponamento 1283

    Queda de estruturas 300

    Total 3242

    35

  • Tipologia N

    Limpeza da via / conservao / sinalizar buraco 730

    Limpeza da via / conservao / leo no pavimento 825

    Abertura de porta c/ socorro 1511

    Abertura de porta s/ socorro 4517

    Servios / abastecimento de gua 42

    Fechos de gua 2999

    Resgate / recolha de animais 258

    Prevenes 74

    Patrulhamento / vigilncia 7

    Reboque / desempanagem 10

    Transporte de doentes 226

    Total 11199

    Servios

    36

  • 37

    Um dos servios que mais se destacaram em 2011 foram as aberturas de porta com socorro com a seguinte distribuio em termos de situao envolvi-da e sua distribuio mensal.

    Distribuio georreferenciada das ocorrncias de abertura de porta com socorro em Lisboa

  • Tipologia N

    Actividades / busca / resgate / terrestre / aquatico 17

    Actividades / operaes nacionais / socorro 3

    Acividades / exerccios / simulacros 36

    Actividades / assistncia / apoio social 599

    Total 655

    2 - Indicadores de Preveno

    Servios e atividades

    N

    Vistorias 398

    Pareceres e informaes 851

    Interveno em hidrantes 1039

    Prevenes a casas de espetculos 3091

    Prevenes a espetculos - recintos 24

    Prevenes - desporto 28

    Prevenes - queimadas 4

    Patrulhamento e vigilncia 7

    Pr posicionamento de meios 18

    Simulacros 118

    Total 5460

    As aes de preveno desenvolvidas no mbito da segurana contra incndios so muito diversas e transversais s vrias operaes de socorro. Incluem-se nestas aes vrios tipos de prevenes com destaque para as prevenes a casas de espet-culos num total de 3091. De destacar tambm as atividades de vistorias e pareceres elaboradas pela Seco de Preveno em conjunto com o Gabinete Tcnico de Segurana Con-tra Incndios em Edifcios perfazendo um total de 1249 intervenes. Ainda sob a coordenao da Sec-o de Preveno de destacar a interveno em hidrantes, atividade da Brigada de Cadastro com a responsabilidade de manuteno de marcos de gua e bocas de incndio, que contabilizaram 1039 inter-venes.

    Outras Atividades

    38

    Dos 118 simulacros realizados, 36 envolveram interveno de meios, sendo os restantes, apenas participa-o como observadores.

  • 3 - Indicadores de Formao

    A formao tem um papel essencial no desempenho das pessoas que trabalham e prestam um servio pblico, seja na prestao do socorro ou na retaguarda, como o caso do Regimento de Sapadores Bom-beiros de Lisboa. Tem como objetivo dotar os trabalhadores das competncias necessrias para desempe-nharem o seu servio eficazmente. A reestruturao de servios implica a aprendizagem de novos mtodos de trabalho, conhecimento de novos sistemas e novas tecnologias. Neste mbito foi adquirida formao de carcter formal e informal atravs de diversas entidades internas da CML e externas, bem como atravs de protocolos de formao estabelecidos para o efeito.

    39

    Formao na ERSBL

    Em 2011 foram ministrados pela ERSBL um conjunto de cursos e aes de formao na rea do socorro de cariz interno e de outros cursos direcionados a entidades externas.

    Formao Interna na Escola do Regimento de Sapadores Bombeiros

    Curso Horas/curso Aes N Participantes Horas de formao

    TAT Tripulante de Ambulncia de Transporte 35 11 109 385

    Curso TAT- Recertificao/Reciclagem 14 2 20 28

    Curso Salvamento e Desencarceramento 50 1 11 50

    Curso de Formao e Aperfeioamento para Subchefes de 2 Classe

    120 3 35 360

    Formao inicial de bombeiro sapador 910 33 mdulos +

    estgio 157 910

    Total 332 1733

    Formao usufruda pelos trabalhadores a exercerem funes no RSB

    Formao | Entidades Cursos Horas Participantes

    bombeiros n/ bombeiros Total

    Formao Interna do Plano de Formao da CML 11 324 14 17 31

    Formao Interna promovida por Outros Servios Municipais

    7 43 6 5 11

    Formao promovida pelo STML Sindicato dos Tra-balhadores do Municpio de Lisboa

    12 420 7 8 15

    Formao Especfica para o RSB 3 83 10 19 29

    Formao externa promovida por outras entidades 12 151 9 10 19

    RVCC - Centro de Novas Oportunidades Nivel bsico - 9 ano 1

    Nivel secundrio - 12 ano 9

    Total 115

  • Formao Externa na Escola do Regimento de Sapadores Bombeiros

    Curso Carga

    horria Aes

    N Participan-tes

    Horas de formao

    TAT Tripulante de Ambulncia de Transporte 35 horas 4 76 140

    Meios de 1 Interveno 14 horas 26 363 364

    Busca e Salvamento em Espaos Confinados 12 3 54 36

    Combate a incndios e Busca e Salvamento em Espaos Confinados

    8 8 188 64

    Total 681 604

    Protocolos e CML

    Formao recebida atravs de protocolos estabelecidos

    Entidade Curso / Formao Carga horria Participantes

    INEM - Instituto Nacional de Emergn-cia Mdica

    TAS nvel II Recertificao para Tripulantes de Ambulncia de Socorro

    35 horas 13

    Laboratrio de formao nvel III (Curso de for-mador de TAS)

    24 horas 5

    Formao de Desfibrilhao Automtica Externa 6 horas 3

    GNR - Guarda Nacional Republicana Curso de conduo defensiva 29 horas 18

    ANA - Aeroportos de Portugal Curso "Ab Initio" de Operaes de Socorro em Aeronaves

    330 horas 15

    Total 424 54

    40

  • 4 - Indicadores de Cooperao Nacional e Internacional

    Cooperao Nacional

    Participao em Provas de percia e destreza

    Challenge Lisboa Este evento teve como principais objetivos, desen-volver e melhorar os conhecimentos tcnicos dos bombeiros na sua atividade de desencarceramen-to e melhorar a prestao de cuidados de emer-gncia s vtimas, bem como o reforo da segu-rana global durante as operaes de desencarce-ramento.

    As provas inter-bombeiros servem para desenvol-ver o espirito de grupo, apurar destreza fsica e so por excelncia uma troca de conhecimento e convvio inter corporaes de todo o pas.

    Prova Super Bombeiro Subida torre - Esta prova exigiu dos concorren-

    tes, bombeiros, a maior resistncia, fora, destre-

    za e concentrao, durante a subida de um edif-

    cio por caixa de escadas, onde tiveram que enver-

    gar o equipamento de proteo individual [EPI]

    completo com Botas-de-Fogo, alimentados de ar

    por aparelho respiratrio isolante de circuito

    aberto [ARICA], no menor tempo possvel.

    Manobra da bomba A prova da manobra da bomba, desenvolve o espirito de equipa em provas de destreza tcnica e fsica. Visou proporcionar o convvio entre bombeiros e motivar os mais jovens atravs da ligao entre o desporto e as tarefas inerentes s funes da ati-vidade diria dos bombeiros.

    Provas Nacionais inter-bombeiros

    24 de Maro Prova Super Bombeiro

    28 e 29 de Maio Manobra da Bomba

    17 a 19 Novembro Challenge Lisboa 2011

    41

  • O ano em anlise foi palco de vrias iniciativas de cariz internacional, em que elementos do RSB participa-

    ram. Estas enquadraram-se no mbito das vrias reas de atuao deste corpo de bombeiros, destacando

    -se as seguintes:

    Participaes em encontros Internacionais

    16 a 18 Fev Encuentro de Rescate en Accidentes de Trfico (observadores)

    Mrida - Espanha

    11 a 13 Mar I Jornadas Internacionais de Busca e Salvamento Loul

    26 a 29 Abr VII Encuentro Nacional de Rescate en Accidentes de Trfico (observadores)

    Cullera - Espanha

    16 a 20 Mai Encontro internacional de formadores de Flashover ERSBL - Lisboa

    11 a 13 Mar I Jornadas Internacionais de Busca e Salvamento Loul

    Cooperao Internacional

    Encuentro de Resgate en Accidentes de Trfico Mrida - Espanha Neste evento onde o RSB foi representado por quatro operacionais teve como objetivo adquirir conhecimentos sobre tcnicas alternativas de desencarceramento, bem como, informao acer-ca de novos equipamentos. Paralelamente a este evento ocorreram as provas de salvamento e desencarceramento dos corpos de bombeiros do Consrcio Provincial de Extincin de Incndios de Badajoz, a que os elementos do RSB puderam assistir.

    VII Encuentro Nacional de Rescate en Acidentes de Trfico - Cullera - Espanha A participao neste encontro, organizado pela APRAT (Asociacin Profesional de Rescate en Accidentes de Trfico), de dois Formadores da rea de Salvamento e Desencarceramento, como observadores permi-tiu avaliar a possvel implementao de Novas Tcnicas de Salvamento e Desencarceramento na formao efetuada na ERSBL. Com esta participao foram adquiridos conhecimentos que se demonstraram funda-mentais para o desenvolvimento do Rescue Challenge 2011.

    Encontro Internacional de Formadores Flashover Lisboa - Portugal Realizado na ERSBL, em colaborao com o Grou-pement International de Formateurs Flashover (Tantad) teve como objetivo a certificao anual de formadores nesta rea. Nele participaram forma-dores oriundos de diversos pases (Frana, Itlia, Blgica, Espanha, Brasil e Peru) que durante uma semana, tiveram a possibilidade de efetuar diver-sos exerccios nos contentores de ataque ao fogo e de observar, assim como assistir a vrias palestras onde foram abordadas temticas relacionadas com o comportamento extremo do fogo.

    42

  • Exerccio MODTTX - Modules Table Top Exercise Tuhelj - Crocia e Olimje - Eslovnia No mbito do Mecanismo Comunitrio de Proteo Civil, onde estiveram dois elementos do RSB, este exerccio teve como objetivo exercitar as estruturas de coordenao dos mdulos de proteo civil euro-peus. Neste exerccio CPX (exerccio de simulao em sala), estiveram representados vrios pases (Alemanha, Crocia, Eslovnia, Frana, Holanda Hungria, Itlia, Letnia, Litunia, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Unido e Republica Checa) e diversos tipos de Mdulos (Bombagem de elevada capacida-de, Operao de busca e salvamento em meio urbano em mdia e em grande escala, Posto mdico avan-ado com cirurgia, Deteo e amostragem qumicas, biolgicas, radiolgicas e nucleares).

    Participao em encontros no mbito dos mdulos europeus de Proteo Civil

    Data Evento Local N participantes

    22 a 26 Jan MODTTX - Modules Table Top Exercise Tuhelj - Crocia e Olimje - Eslovnia

    2

    07 a 08 Fev Reunio final de Planeamento do Exerccio Internacional de 2011 Weeze - Alemanha 1

    28 a 31 Mar EU ACR5 - EU ADDITIONAL CAPACITY REINFORCEMENT 5 Aix En Provence - Frana

    2

    30 e 31 Mar Reunio inicial de Planeamento do Exerccio Internacional de 2012 Bruxelas - Blgica 1

    7 a 11 Abr MODEX.EU - Exerccio livex para os mdulos de proteo civil Weeze - Alemanha 28

    Execcio Internacional MODEX.EU 11 Weeze - Alemanha Destinou-se aos mdulos de proteo civil euro-peus, inserido nas aes de formao e treino desenvolvidas pelo Mecanismo Europeu de Prote-o Civil e teve como principal objetivo a melhoria da eficcia da resposta dos mdulos de proteo civil a situaes de catstrofe, simulando o mais fielmente possvel as condies encontradas no teatro de operaes. Em representao de Portu-gal, participou neste exerccio o Mdulo Mdio de Busca e Salvamento em estruturas Colapsadas PTMUSAR01, constitudo por meios humanos e materiais da Cmara Municipal de Lisboa (28 ele-mentos do RSB e 3 Diviso de Segurana, Higiene e Sade) e da Polcia de Segurana Pblica (4 bin-mios da Equipa Cinotcnica de resgate da Unidade Especial de Polcia). Estiveram ainda envolvidos

    nesta ao de treino um mdulo MUSAR da Bulg-ria e outro da ustria, uma equipa de peritos do Mecanismo, oriundos de diversos pases europeus, uma equipa de Fuzileiros holandeses, e uma orga-nizao no governamental alem.

    EU ACR5 Eropean Union Additional Capacity Reinforcement 5 Aix-En-Provence - Frana Foi um projeto desenvolvido no mbito do Mecanismo Comunitrio de Proteo Civil, no qual estiveram

    integrados Blgica, Frana, Grcia, Espanha e Portugal. Na base do trabalho desenvolvido estiveram os

    mdulos europeus existentes para fazer face a um desastre, envolvendo produtos Nucleares, Radiolgi-

    cos, Biolgicos ou Qumicos (NRBQ) e sobre os quais incidiram as propostas avanadas pela organizao,

    tendo em conta uma eventual alterao e melhorias na regulamentao e metodologias operacionais em

    prtica. Portugal esteve representado neste projeto por vrios elementos oriundos de organizaes liga-

    das proteo civil, sendo dois pertencentes ao RSB.

    43

  • Ficha Tcnica:

    RSB Anurio do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa ano 2011 Diretor: Coronel Joaquim Pereira Leito, Comandante do RSB Coordenao Editorial e Executiva: Maria Alexandra Henriques Textos: NPA, GRP, GAC Indicadores de Atividade: Graa Henriques Conceo Grfica e Ilustrao: Paula Cruz Fotografia: RSB arquivo GRP, Profissionais do RSB Edio: CML, Regimento de Sapadores Bombeiros Impresso: Imprensa Municipal Tiragem: 200 exemplares ISSN: 2182-6358 Depsito Legal: Edio Digital em: http://www.rsblisboa.com.pt/ www.rsblisboa.com.pt, e-mail: [email protected], tel: 218 171 476 Regimento de Sapadores Bombeiros | 2012