anuário da educação brasileira 2012

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2012 Anuário Brasileiro da Educação Básica

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Anuário da educação brasileira do ano de 2012

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  • 2012Anurio Brasileiro

    da Educao BsicaE ste Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 uma importante ferramenta de consulta para jornalistas, pesquisadores, gestores de polticas pblicas e todos os que desejam compreender melhor o universo do ensino pblico e privado no Brasil. A partir de estatsticas oficiais, a publicao rene e analisa os principais indicadores da Educao Bsica no Pas, com artigos de especialistas nas diversas modalidades de ensino. Tambm explica as formas de financiamento pblico e as leis vigentes, dando um amplo panorama sobre a situao educacional brasileira. uma obra de referncia para contribuir com as discusses em prol da melhoria da qualidade da Educao.

    Anu

    rio

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    12

    Anu rio CAPA 1.indd 1 13/Apr/12 1:47 PM

  • Anurio Brasileiro da Educao Bsica

    2012

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 1 11/Apr/12 9:53 AM

  • Apresentao ......................................... 4

    Guia de Consulta .................................... 5

    A Educao Brasileira em 2011 . 7

    Desafios 2012 .......................................... 11

    Em foco ..................................................... 12

    Os nmeros.da Educao Brasileira . 19

    Dados gerais ........................................... 20

    wPopulao20wMudanadeperfil21wHoradeirparaaescola21wAlfabetizao22wAnalfabetismoealfabetismofuncional23

    wAtendimento24wEducaoBsicaobrigatriaegratuita24

    wEscolaridade25wEducaoEspecial26

    Escolas ...................................................... 28wUnidades28wInfraestrutura29wMatrculas30wOdesafiodaqualidadenaEducaoInfantil31

    SUMrIO Educao Superior ................................. 33

    Alunos ....................................................... 34

    wEscolarizao34

    wAssriesiniciaisdoEnsinoFundamentaleodireitodeaprender35

    wFluxo36

    wDesafiosdosanosfinaisdoEnsinoFundamental37

    Avaliao e qualidade .......................... 40

    wEnem:almdaavaliao41wImportnciadaProvaABC41udeolhonaqualidade42

    upisaprogramainternacionaldeavaliaodeestudantes44

    Ensino Mdio ......................................... 46

    wDesafiosdoEnsinoMdioBrasileiro47

    Educao Profissional.............................48

    wEmfrancocrescimento51

    EJA Educao de Jovens e Adultos... .52

    wEducaodeJovenseAdultos54

    Educao no Campo............................... .55

    Educao Indgena................................. .56

    wEducaoIndgena:direitoEducaoprpria57

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 2 11/Apr/12 9:53 AM

  • Educao em reas de quilombos..... .58

    wEducaoemreasdequilombos59

    Professores............................................... .60

    wFormao62

    wLicenciatura62

    Nmeros por Estado 65

    Acre .......................................................... 66

    Alagoas ................................................... 68

    Amap ...................................................... 70

    Amazonas ................................................ 72

    Bahia ........................................................ 74

    Cear ......................................................... 76

    Esprito Santo ......................................... 78

    Gois ......................................................... 80

    Maranho................................................. 82

    Mato Grosso ............................................ 84

    Mato Grosso do Sul ............................... 86

    Minas Gerais ........................................... 88

    Par .......................................................... 90

    Paraba .................................................... 92

    Paran ..................................................... 94

    Pernambuco ........................................... 96

    Piau ......................................................... 98

    Rio de Janeiro ...................................... 100

    Rio Grande do Norte ........................... 102

    Rio Grande do Sul ................................ 104

    Rondnia ................................................ 106

    Roraima ................................................. 108

    Santa Catarina ..................................... 110

    So Paulo ............................................... 112

    Sergipe ................................................... 114

    Tocantins ............................................... 116

    Distrito Federal .................................... 118

    Legislao, Estrutura e Financiamento 121

    A Legislao ........................................... 122

    ulinhadotempo122

    uocaminhodeumprojeto128

    Estrutura ................................................ 130

    wArranjosdeDesenvolvimentodaEducao:umcaminho131

    uministriodaeducao-MEC132

    Financiamento ....................................... 134

    wComparaointernacional136ufinanciamentodaeducaopblica138

    Glossrio . 141

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 3 11/Apr/12 9:53 AM

  • com um misto de expectativa e satisfao que lanamos este primeiro Anurio Brasileiro da Educao Bsica.

    O Anurio apresenta um cenrio em que Educao de qualidade ainda est muito longe de ser, efetivamente, um direito garantido a todos. Da vem a expectativa. Diante dos enormes desafios que temos, este Anurio foi pensado e produzido para ser uma ferramenta til para todos os que querem entender melhor a situao da Educao brasileira e, assim, contribuir para os debates sobre a melhoria da qualidade do ensino.

    A satisfao vem do resultado obtido, um panorama amplo, com os dados oficiais mais recentes disponveis, organizados de forma clara.

    Esta publicao fruto da parceria da Editora Moderna, reconhecida por seus mais de 40 anos de compromisso com o trabalho das escolas e dos professores, com o movimento Todos Pela Educao, que congrega sociedade civil organizada, educadores e gestores pblicos em torno do direito de todas as crianas e jovens Educao Bsica de qualidade. Entre as muitas caractersticas que unem a Moderna e o Todos Pela Educao, uma em especial influenciou esta publicao: o foco no aluno. Essa a preocupao primordial da atuao da Moderna e o princpio norteador das 5 Metas do Todos Pela Educao.

    Desejamos uma boa leitura e que este Anurio passe a fazer parte de seu dia a dia.

    Organizao:.Priscila.Cruz.e.Luciano.MonteiroPesquisaeEdiodetexto:.Fernando.Leal.e.Paulo.de.CamargoConsultoriaeEstatstica:.Ernesto.Martins.Faria.e.Renato.Jdice.de.AndradeCoordenaodedesigneprojetosvisuais:.Sandra.Botelho.de.Carvalho.HommaProjetogrficoeCapa:.Marta.Cerqueira.LeiteCoordenaodeproduogrfica:.Andr.Monteiro,.Maria.de.Lourdes.RodriguesEdiodearte:.APIS.design.integradoEditoraoeletrnica:.APIS.design.integradoEdiodeinfografias:.William.Hiroshi.Taciro.(coordenao),.Fernanda.Fencz,.Paula.PaschoalickIlustraes:.Mario.KannoCartografia:.Anderson.de.Andrade.PimentelCoordenaodereviso:.Elaine.C..del.Neroreviso:.Nair.Kayo,.Denise.de.Almeida,.Paula.Bosi,.Todos.Pela.EducaoPesquisaiconogrfica:.Luciano.Baneza.Gabarron,.Evelyn.Torrecilla,.Maria.MagalhesAs.imagens.identificadas.com.a.sigla.CID.foram.fornecidas.pelo.Centro.de.Informao.e.Documentao.da.Editora.Moderna.Coordenaodebureau:.Amrico.JesusTratamentodeimagens:.Fbio.N..Precendo,.Bureau.So.PauloPr-impresso:.Alexandre.Petreca,.Everton.L..de.Oliveira.Silva,.Helio.P..de.Souza.Filho,..Marcio.H..KamotoCoordenaodeproduoindustrial:.Wilson.Aparecido.TroqueImpressoeacabamento:

    EDITORA MODERNA LTDA.Rua.Padre.Adelino,.758.-.BelenzinhoSo.Paulo.-.SP.-.Brasil.-.CEP.03303-904Vendas.e.Atendimento:.Tel..(0_._11).2602-5510Fax.(0_._11).2790-1501www.moderna.com.br2012Impresso.no.Brasil

    ExPEDIENTE

    APrESEnTAO

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 4 11/Apr/12 9:53 AM

  • Guia de ConsultaO Anurio Brasileiro da Educao Bsica est organizado de forma a facilitar a consulta e a compreenso das informaes aqui reunidas. Est dividido em cinco blocos. O primeiro traz uma anlise do ano que passou e dos desafios frente.Em seguida, so apresentados os principais nmeros da Educao brasileira. O terceiro bloco dedicado aos 26 estados e ao Distrito Federal. Na sequncia, noes sobre legislao, estrutura e financiamento dos sistemas de ensino e, por fim, o Glossrio.

    Especialistas de diversas origens e linhas de pensamento comentam o quadro e os desafios das etapas de ensino, de Infantil ao Mdio, da Educao Profissional Indgena.

    Conceitos, definies, programas governamentais e outros verbetes que ajudam na compreenso dos dados apresentados no Anurio esto reunidos no Glossrio.

    Em todos os estados e no Distrito Federal so reunidos os mesmos tipos de dados, de forma a permitir a comparao. Alm disso, nas informaes de desempenho, comparam-se os resultados do estado com o de sua regio e do pas.

    Grficos e tabelas mostram de forma clara o que h de mais

    relevante nos dados oficiais, de fontes como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio

    Teixeira (Inep).

    Os 26 estados e o Distrito Federal esto retratados neste bloco.

    Cada um com um raio X de sua rede de ensino, com

    destaque para as informaes de desempenho dos alunos.

    Na seo Em Foco, um problema especfico da Educao

    brasileira tratado com mais detalhe. Nesta edio, o tema

    abordado o das desigualdades.

    46 OS NMEROS DA EDUCAO BRASILEIRA

    Ensino MdioDados da edio de 2009 da Pesquisa Nacional por Amos-

    tra de Domiclios (Pnad) do IBGE revelam um quadro nada animador do Ensino Mdio no pas: cerca de um tero (31,9%) dos estudantes que deviam estar no Ensino Mdio no conse-guiu concluir a etapa anterior, o Ensino Fundamental. Pouco mais da metade (50,9%) dos jovens de 15 a 17 anos est na etapa de ensino apropriada para sua faixa etria.

    Taxa de Escolarizao do Ensino Mdio (15 a 17 anos), em porcentagem

    Fonte: Pnad/IBGE.

    BrutaLquida

    2009200820052003

    81,1

    43,1

    80,7

    45,3

    85,5

    50,4

    83,0

    50,9

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    Por regio, em porcentagem

    Fonte: Pnad 2009 - tabulao Iets.

    39,1

    39,2

    60,5

    57,4

    54,7

    Norte

    Nordeste

    Sudeste

    Sul

    Centro-Oeste

    0 10 20 30 40 50 60 70 80

    Etapa de ensino Nmero de alunos de 15 a 17 anos %

    Ensino Fundamental 3.315.658 31,9%

    Ensino Mdio 5.295.192 50,9%

    Alfabetizao de jovens e adultos 21.883 0,2%

    Educao de jovens e adultos - Fundamental 124.216 1,2%

    Educao de jovens e adultos - Mdio 23.137 0,2%

    Ensino Superior 62.361 0,5%

    Pr-vestibular 17.127 0,2%

    No estudam 1.539.811 14,8%

    Fonte: Pnad/IBGE.

    Onde esto os jovens de 15 a 17 anos

    Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 47

    Os resultados da Pnad de 2009 mostram que o problema est longe de ser equacionado. Dos 3,3 milhes que ingressaram em 2008 no 1o ano do Ensino Mdio, apenas 1,8 milho concluram o 3o ano em 2010.

    DESAFIOS DO ENSINO MDIO BRASILEIRO

    Wanda Engel

    Superintendente executiva do Instituto Unibanco.

    Em um pas que se alinha s principais economias emergentes do mundo, os problemas sociais s se explicam pelos ainda altos nveis de desigualdade. Nenhum outro fator influencia tanto essa questo quanto a escolaridade. Ela guarda relao direta com as condies de emprego e renda, o que por sua vez implica oportunidades educacio-nais de mais baixa qualidade para as novas geraes, alimentando um processo de reproduo da pobreza e da desigualdade.

    Nenhum pas tem possibilidades de competio no mundo globa-lizado sem que sua escolaridade mdia seja no mnimo de 11 anos. Infelizmente, nossa mdia nacional ainda de apenas 7,2 anos de estudo e, mesmo entre jovens de 20 a 24 anos, ela alcana somente 9,6 anos. Ou seja, nossa juventude vem conseguindo apenas termi-nar o Ensino Fundamental.

    Os resultados da Pnad de 2009 mostram que o problema est longe de ser equacionado. Dos 3,3 milhes que ingressaram em 2008 no 1 ano do Ensino Mdio, apenas 1,8 milho de alunos con-cluram o 3 ano em 2010. Podemos identificar causas internas e externas para esta sangria.

    Nosso Ensino Mdio tem um currculo enciclopdico (13 compo-nentes curriculares obrigatrios e mais 7 temas transversais), sem nenhuma flexibilidade e divorciado do mundo do trabalho.

    Praticamente no existem alternativas de trabalho e renda asso-ciadas escola, como projetos de monitoria (trabalho na escola), estgios remunerados ou programas ligados Lei de Aprendiza-gem, que possibilitem o estabelecimento de nexos entre educao e trabalho e promovam a permanncia na escola.

    Felizmente podemos observar que nos ltimos anos a preocupa-o com o Ensino Mdio comea a entrar na agenda pblica. Como exemplos temos a Emenda Constitucional n 59/2009, que amplia a obrigatoriedade de escolarizao entre 4 e 17 anos de idade, e a recente Resoluo n 2 do Conselho Nacional de Educao de 30/01/2012, que estabelece as novas Diretrizes Curriculares Nacio-nais para o Ensino Mdio (DCNEM).

    As novas diretrizes no enfrentam o problema do excesso de componentes curriculares obrigatrios, mas propem alternativas de flexibilizao, mediante a oferta de diferentes formas de orga-nizao curricular no mbito da escola. Outro avano das diretrizes foi a proposta de um exame universal e obrigatrio ao final do En-sino Mdio, hoje inexistente.

    H muitos desafios a serem superados, mas conhecer a realidade que se quer transformar o primeiro passo para que seja possvel adequar o atendimento, planejar e estruturar estratgias de con-teno do abandono, avaliar e promover melhorias significativas e eficazes.

    Taxa de frequncia creche - 2009 (%)

    Fonte: Pnad (IBGE), 2009.

    Pretas/pardas

    Brancas

    Rural

    Urbana

    Norte

    Sul

    20% + pobres

    20% + ricos 36,3

    24,2

    0 20 40 6010 30 50 70 80 90 100

    Fonte: Pnad (IBGE), 2009.

    76,4

    Pretas/pardas

    Brancas

    Rural

    Urbana

    Sul

    Nordeste

    20% + pobres

    20% + ricos

    73,6

    77,4

    63,5

    81,4

    59,5

    92,0

    67,8

    0 20 40 6010 30 50 70 80 90 100

    Crianas de 0 a 3 anos

    Taxa de frequncia pr-escola - 2009 (%) Crianas de 4 e 5 anos

    16,7

    20,2

    8,9

    20,5

    8,3

    12,2

    As marcas da desigualdade no sistema educacional bra-sileiro podem ser vistas desde os primeiros anos da criana. O atendimento das crianas de 0 a 3 anos, nas creches, e de 4 e 5 anos, na pr-escola, mostra que a oferta de ensino no se d com equidade no pas.

    IGUAIS, MAS DIFERENTES, DESDE A EDUCAO INFANTIL

    EM FOCO

    Variao da taxa de frequncia escola, segundo diversos critrios

    milho de crianas de 4 e 5 anos ainda esto fora da escola

    1,15

    12,2%das crianas de 0 a 3 anos mais pobres esto em creches

    12 A EDUCAO BRASILEIRA EM 2011 Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 145

    CreChe Etapa da Educao Infantil que presta atendimento a crianas de at 3 anos de idade.

    DepenDnCia aDministrativa Instncia administrativa qual a escola est subordinada, na esfera federal, estadual, municipal ou privada. O agrupamento das escolas de uma mesma esfera denomina-se rede. O agrupamento das de-pendncias administrativas das esferas federais, estaduais e muni-cipais denomina-se rede pblica.

    Distoro iDaDe-srie Condio do aluno que cursa determinada srie com idade superior recomendada. Considera-se que o aluno est atrasado se ele tem dois anos a mais que a idade adequada para a srie. O mesmo que defasagem idade-srie.

    DoCentes Com formao superior (%) Indicador que expressa o percentual de docentes em exerccio com escolaridade em nvel superior.

    eaD eDuCao a DistnCiaEducao a distncia o processo de ensino-aprendizagem, me-diado por tecnologias, por meio do qual formadores e alunos, fisi-camente separados, desenvolvem atividades educativas. Entre as tecnologias mais frequentemente utilizadas esto, atualmente, a internet e a televiso. Contudo, a EAD tem uma longa histria, da qual fazem parte o correio, o rdio e outras tecnologias.

    eDuCao BsiCa Primeiro nvel da Educao escolar regular que compreende a Educao Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Mdio, e tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formao comum indispensvel para o exerccio da cidadania e fornecer- -lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. A Educao Bsica pode organizar-se em sries anuais, perodos se-mestrais, ciclos, alternncia regular de perodos de estudos, grupos no seriados, tendo por base a idade, a competncia e outros cri-trios, ou de forma diversa, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.

    eDuCao espeCialModalidade de educao escolar oferecida para educandos portado-res de necessidades especiais, na rede regular de ensino ou em clas-ses, escolas ou servios especializados, sempre que, em funo das condies especficas dos alunos, no for possvel a sua integrao nas classes comuns de ensino regular (LDB, art. 58, 1o e 2o).

    eDuCao inClusivaAtendimento das pessoas com deficincia no sistema educacional regular, a partir do reconhecimento das diferenas e da reestrutu-

    A maioria dos professores da Educao Bsica (69%) possui nvel de escolaridade superior. Pouco mais de um quarto tem nvel mdio de escolaridade. Segundo estimativa do Ministrio da Educao, atualmente mais de 350 mil professores em todo o pas esto matriculados em instituies de ensino superior (veja pgs. 60 e 61).

    formao Dos professores

    88NMEROS POR ESTADO

    MINAS GERAIS

    Localizado na regio Sudeste, Minas Gerais tem cerca de 586 mil km2 e 853 municpios. Sua capital Belo Horizonte.

    46,5

    Bruta - Pr-escola

    Lquida - Pr-escola

    Bruta - EF

    Lquida - EF

    Bruta - EM

    Lquida - EM

    55,2

    93,4

    105,6

    54,4

    84,6

    Taxa de distoro idade-srie - 2010 (%)

    EF anos finais

    Ensino Mdio

    4,4

    EF anos finais

    Ensino Mdio

    95,0

    0,6

    13,2

    83,1

    3,7

    13,4

    77,8

    8,8

    Taxa de aprovaoTaxa de reprovaoTaxa de abandono

    0 20 40 60 80 100 120

    12,0

    28,0

    31,3

    0 20 40 60 80 100

    Taxa de matrcula - 2009 (%)

    Fonte: Pnad (IBGE).

    Fonte: MEC/Inep/Deed.

    Fonte: MEC/Inep/Deed.

    EF anos iniciais

    Taxa de rendimento - 2010 (%)

    EF anos iniciais

    0 20 30 40 50 6010

    M I N A S

    G E R A I S

    ESPRITO SANTO

    RIO DE JANEIRO

    SOPAULO

    DF

    BAHIA

    GOIS

    Tefilo Otoni

    Manga

    Monte Azul

    BuritisJanuria

    Rio Pardo de Minas

    Una

    So Francisco

    Braslia de MinasSalinas

    Montes ClarosCorao de Jesus

    Almenara

    JequitinhonhaItaobim

    Paracatu Pirapora

    ArauaNovo Cruzeiro

    Diamantina Malacacheta

    Nanuque

    ItuiutabaPatrocnioUberlndia

    AraguariMonteCarmelo

    Patos de Minas Curvelo Guanhes

    GovernadorValadares

    UberabaArax Sete Lagoas Itabira Ipatinga

    CoronelFabriciano

    DivinpolisBELO HORIZONTE

    ManhuauPassos FormigaPonte Nova

    Carangola

    Guaxup LavrasVarginha

    So Joo del Rei

    Barbacena

    Ub MuriaCataguases

    Poos deCaldas

    Pouso Alegre

    Juiz De Fora

    ItajubLeopoldina

    DF

    MangaMangaMangaManga

    Monte Azul

    BuritisJanuria

    So Francisco

    Fonte: FERREIRA, Graa M. L. Moderno atlas geogrfico. 5a ed. So Paulo: Moderna, 2011.

    Igreja de So Francisco de Assis, em Ouro Preto

    Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 89

    RAIO X DA EDUCAO EM MINAS GERAIS

    Populao 19.597.330

    Populao em idade escolar 4.427.128

    PIB (R$ mil) R$ 282.522.319,00

    Renda mdia R$ 723,86

    Taxa de analfabetismo 8,3%(pessoas com 15 anos ou mais)

    Escolaridade mdia em anos de estudo 6,9(pessoas de 25 anos ou mais)

    Atendimento 91,8% (crianas e jovens de 4 a 17 anos que esto na escola)

    Matrculas da Educao Bsica 4.985.864

    Atraso escolar em crianas de 10 a 14 anos 9,5%(com mais de dois anos de atraso escolar)

    ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica (Ideb)

    EF anos iniciais: 5,6

    EF anos finais: 4,3

    Ensino Mdio: 3,9

    Docentes com curso superior

    Creche: 44,2%

    Pr-escola: 61,3%

    EF anos iniciais: 76,4%

    EF anos finais: 87,6%

    Ensino Mdio: 92,8%

    11,0

    15,2

    45,7

    34,2

    4/5 EF - PORT

    4/5 EF - MAT

    8/9 EF - PORT

    8/9 EF - MAT

    3 EM - PORT

    3 EM - MAT

    49,6

    45,8

    32,6

    51,5

    32,4

    26,3

    35,2

    18,8

    14,8

    23,8

    32,8

    28,9

    32,0

    13,7 Minas GeraisRegio SudesteBrasil

    Percentual de alunos com aprendizado adequado em Lngua Portuguesa e Matemtica em cada srie/ano

    Desempenho - 2009 (%)

    0 10 20 30 40 50

    Fonte: Todos Pela Educao.

    67,9% o percentual de jovens de 16 anos que concluram o Ensino Fundamental

    48,5% o percentual de jovens de 19 anos que concluram o Ensino Mdio

    Fonte: IBGE/MEC/Inep. PIB (2008); Escolaridade mdia, atraso escolar e Ideb (2009), demais dados (2010).

    Nota: A renda mdia expressa o rendimento nominal mdio mensal das pessoas de 10 anos ou mais.

    Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 5 11/Apr/12 9:53 AM

  • 6A EDuCAO BRASILEIRA EM 2011

    Aprender uma aventura criadora, algo, por isso mesmo, muito mais rico do que meramente repetir a lio de casa dada. Aprender para ns construir, reconstruir, constatar para mudar, o que no se faz sem abertura ao risco e aventura do esprito.

    Paulo Freire, educador

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 6 11/Apr/12 9:53 AM

  • AEDUCAOBrASILEIrAEM2011Acesso, fluxo, aprendizagem, formao de professores... por qualquer ponto de vista, a construo de um siste-ma educacional democrtico, justo, equitativo apresenta-se como uma tarefa gigantesca.

    Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 7

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 7 11/Apr/12 9:53 AM

  • Diante da complexidade da realidade da Educao brasileira, qualquer anlise sobre os nmeros da Educao Bsica representa necessariamente um recorte, um conjunto de escolhas.

    Cada etapa especfica da Educao tem um conjunto de questes que se referem s mltiplas dimenses que afe-tam a oferta de servios educacionais de qualidade um direito fundamental de todas as nossas crianas e adoles-centes.

    Acesso, fluxo, aprendizagem, formao de professores (inicial e continuada), carreira docente, projeto pedaggi-co, avaliaes, definio das expectativas de aprendizagem, financiamento, ordenamento legal... Com tantos temas, a construo de um sistema educacional democrtico, justo, equitativo apresenta-se como uma tarefa gigantesca para toda a sociedade, por vrias geraes.

    Aula na Unidade Municipal de Educao Infantil Mangueiras,

    em Belo Horizonte (MG)

    8A EDuCAO BRASILEIRA EM 2011

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 8 11/Apr/12 9:53 AM

  • Talvez este seja, portanto, o ponto de partida para a an-lise das informaes aqui reunidas: o quadro de desigualda-des educacionais pede que a sociedade como um todo tome conscincia do tamanho desse desafio e indica que as polti-cas pblicas devem necessariamente estar imbudas de um sentido de urgncia.

    Sob qualquer ponto de vista, seja o da conjuntura global, na qual o conhecimento se tornou o principal ativo, seja pela diminuio das diferenas sociais que se colocam no cami-nho de um desenvolvimento justo, a melhoria da Educao requer deciso, persistncia e coragem do pas.

    verdade que existem muitos avanos, e as sries histri-cas mostram que estamos caminhando na construo de um sistema mais justo e de melhor qualidade. Como apontam as estatsticas oficiais, as mdias esto melhorando na maior parte dos indicadores, seja nos que se referem ao atendimen-to, como nos de fluxo e rendimento escolar.

    Mas o Brasil uma nao em que as mdias dizem pou-co, pois no so capazes de traduzir o real sentido das dife-renas, que ainda so profundas e persistentes.

    Diante de um pas de grandes dimenses e desigualda-des ainda muito acentuadas, as fraes estatsticas so re-presentativas e merecem a ateno dos governos. Quando dizemos que o atendimento est em processo de universali-zao, na Educao Bsica, precisamos lembrar que o Censo Escolar de 2010 indicou a existncia de 3,8 milhes de crian-as e adolescentes de 4 a 17 anos fora da escola, o equivalen-te populao do Uruguai.

    A desigualdade que existe entre regies, contextos so-ciais, raa ou cor, renda torna necessria uma anlise mais focada na realidade dos grupos social e economicamente mais vulnerveis, inclusive com polticas especficas.

    Do ponto de vista da aprendizagem, a Avaliao Brasi-leira do Ciclo de Alfabetizao (Prova ABC) divulgada em 2011 mostrou que 51 em cada 100 crianas da rede pbli-ca no aprenderam o adequado em relao leitura para o 3o ano do Ensino Fundamental, no Brasil.

    3,8de crianas de 4 a 17 anos ainda esto fora da escola

    milhes

    Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 9

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 9 11/Apr/12 9:53 AM

  • 1/3dos alunos que deveriam estar no Ensino Mdio esto no Ensino Fundamental

    No decorrer da Educao Bsica, cai a porcentagem de crianas que aprendem o que esperado em cada srie. Isso ocorre, em parte, porque o aprendizado nas primeiras s-ries estruturante e tem impacto ao longo da escolaridade. Alm disso, verifica-se que um tero dos alunos que deve-riam estar no Ensino Mdio permanecem no Fundamental.

    Existe, hoje, um razovel consenso sobre os caminhos que devem ser tomados para a melhoria da qualidade da Edu-cao. Um deles, sem dvida, a valorizao do professor. Nesse sentido, a aprovao do Piso Nacional do Magistrio uma contribuio importante. A dificuldade em sua im-plementao em muitos lugares, porm, aponta para a ne-cessidade de outras medidas que assegurem o cumprimento da legislao pelos estados e municpios.

    , portanto, um tempo de urgncias, que demanda mobi-lizao social e respostas no Executivo, no Legislativo e no Sistema de Justia altura do desafio.

    Em 2011, a construo democrtica de um Plano Nacio-nal de Educao (PNE) projetou novamente a expectativa de mudana. Embora ainda no tenha sido votado at a pu-blicao desta primeira edio do Anurio Brasileiro da Educa-o Bsica, ele ter obrigatoriamente que tomar um de dois caminhos da histria: o das letras mortas, ou o do compro-misso nacional, refletido em aes bem implementadas, por uma Educao de qualidade para todos.

    Brasil um pas em que as mdias dizem pouco e no

    traduzem a real dimenso dos desafios a serem superados

    10A EDuCAO BRASILEIRA EM 2011

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 10 11/Apr/12 9:54 AM

  • Embora os desafios principais da Educao brasileira se man-tenham, algumas questes se projetam mais fortemente no contexto brasileiro para 2012.Entre elas, est a aprovao do Plano Nacional de Educao

    (PNE), que traz metas e estratgias muito importantes, como a do financiamento educacional.Existe um consenso de que ainda h uma grande defasagem

    no investimento por aluno na escola pblica, quando compa-rado a indicadores internacionais, como o dos pases da OCDE.H a necessidade de ampliarmos o investimento em Edu-

    cao para darmos conta da plena implementao do PNE. Trata-se de um desafio principalmente da Unio, o maior ente arrecadador de impostos, que tem o dever constitucional de suplementar os recursos dos estados e municpios.A troca de comando no Ministrio da Educao (MEC) repre-

    senta, em si, uma nova expectativa de quais sero as orienta-es das polticas federais, as prioridades e as propostas para a Educao Bsica. A alfabetizao at os 8 anos como um direito das crianas surge como uma das principais direes apontadas.No plano dos municpios, chega como uma novidade impor-

    tante a norma do Conselho Nacional de Educao referente aos Arranjos de Desenvolvimento da Educao, homologada pelo Ministrio da Educao em fins de 2011, que confere con-tornos mais concretos ao regime de colaborao e permite tratar de dificuldades conhecidas do processo de municipali-zao, como a falta de estrutura e de recursos tcnicos e es-truturais, principalmente das pequenas cidades.

    Desafios 2012

    Ministro da Educao, Aloizio Mercadante, durante seu discurso de posse, no Palcio do Planalto, no incio de 2012

    Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 11

    51,4%das crianas das escolas pblicas, que concluram a 2a srie (3o ano) do Ensino Fundamental no obtiveram os conhecimentos esperados para essa etapa, na avaliao de leitura, na Prova ABC

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 11 11/Apr/12 9:54 AM

  • Taxa de frequncia creche - 2009 (%)

    Fonte: Pnad (IBGE), 2009.

    Pretas/pardas

    Brancas

    Rural

    Urbana

    Norte

    Sul

    20% + pobres

    20% + ricos 36,3

    24,2

    0 20 40 6010 30 50 70 80 90 100

    Fonte: Pnad (IBGE), 2009.

    76,4

    Pretas/pardas

    Brancas

    Rural

    Urbana

    Sul

    Nordeste

    20% + pobres

    20% + ricos

    73,6

    77,4

    63,5

    81,4

    59,5

    92,0

    67,8

    0 20 40 6010 30 50 70 80 90 100

    Crianas de 0 a 3 anos

    Taxa de frequncia pr-escola - 2009 (%) Crianas de 4 e 5 anos

    16,7

    20,2

    8,9

    20,5

    8,3

    12,2

    As marcas da desigualdade no sistema educacional bra-sileiro podem ser vistas desde os primeiros anos da criana. O atendimento das crianas de 0 a 3 anos, nas creches, e de 4 e 5 anos, na pr-escola, mostra que a oferta de ensino no se d com equidade no pas.

    iGUAis, mAs diFeRenTes, desde A edUCAo inFAnTiL

    EMFOCO

    Variao da taxa de frequncia escola, segundo diversos critrios

    milho de crianas de 4 e 5 anos ainda esto fora da escola

    1,15

    12,2%das crianas de 0 a 3 anos mais pobres esto em creches

    12A EDuCAO BRASILEIRA EM 2011

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 12 11/Apr/12 9:54 AM

  • Fonte: Pnad (IBGE), 2009.

    74,8Total

    Urbana

    Rural

    Nordeste

    Sudeste

    Homens

    Mulheres

    Branca

    Preta ou parda

    20% mais pobres

    20% mais ricos

    62,8

    77,4

    67,5

    63,5

    44,7

    0 20 40 6010 30 50 70 80 90 100

    Taxa bruta de frequncia escola das crianas de 4 e 5 anos de idade, por situao de domiclio, sexo, cor e quintis de renda familiar per capita - Brasil - 2005 e 2009 (%)

    81,4

    70,9

    79,4

    67,3

    74,5

    62,6

    75,2

    63,1

    76,4

    65,3

    73,6

    60,7

    67,8

    52,8

    92,0

    87,1

    20092005

    Desigualdade. Talvez nenhuma outra palavra reflita com tanta preciso a caracterstica, infelizmente, mais marcante da Educao Bsica brasileira.

    So diferenas que se acumulam e se superpem, produ-zindo um funil que expulsa do sistema milhes de crianas e jovens, privando-os do pleno direito de aprender.

    Em um pas enorme, as disparidades so igualmente grandes. Os nmeros revelam a convivncia de muitos bra-sis, tamanhas as distncias que separam os indicadores quer se analise pelos critrios da renda familiar, cor, raa ou regies.

    63,5%das crianas de 4 e 5 anos da zona rural tm acesso escola

    Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 13

    Conforme tabulao do relatrio As desigualdades na Escolarizao no Brasil - Relatrio de observao nmero 4. Conselho de Desenvolvimento Econmico e Social, 2a edio.

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 13 11/Apr/12 9:54 AM

  • O Ensino Fundamental concentra alguns dos principais desafios da Educao brasileira para os prximos anos. A reduo das desigualdades sociais passa pela alfabetiza-o de todas as crianas at os 8 anos, bem como pela for-mao de uma base slida de aprendizagem em Matemtica e Cincias, entre outras reas.

    ensino FUndAmenTAL

    Brasil: 15,2%

    35% 5 %

    RR AP

    AM

    AC 26,1%

    28,3%

    22,2%22,2%22,2%22,2%23%

    32,2% PA

    34% MA

    10,9%MT

    11%RO

    17,2%17,2%17,2%TO

    GO 9%GO

    6,8%DF

    28,7% PI

    23%BA

    6,7%MG

    8,8%MS

    7,6%SP

    4,9%4,9%4,9%PR

    6,7%RS

    10%ES

    9,3%RJ

    5,1%SC

    18,7%18,7%18,7%18,7%18,7%CE

    26,9%RN

    22,4%PB

    23,9%PE

    35%AL

    23,8%SE

    Taxa de crianas no alfabetizadas com 8 anos de idade

    Fonte: Censo Demogrfico 2010/IBGE. (Dados declaratrios).Ensino Fundamental

    *O conceito de nvel adequado foi proposto pelo movimento Todos Pela Educao, veja pgs. 42 e 43.

    4a/5o EF - Port.4a/5o EF - Mat.

    8a/9o EF - Port.8a/9o EF - Mat.

    Percentual de crianas que atingiram o nvel adequado* em Matemtica e Portugus na escala Saeb em 2009 - Ensino Fundamental

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    Centro-OesteSulSudesteNordesteNorte

    25,4

    20,1

    20,3

    8,3

    23,8

    20,0

    19,2

    10,2

    45,7

    45,8

    32,4

    18,8

    41,5

    41,1

    31,4

    19,1

    40,2

    36,2

    27,8

    15,5

    15,2% o percentual de crianas no Brasil no alfabetizadas com 8 anos de idade, segundo o IBGE. Esses dados so declaratrios e, por isso, muito inferiores aos levantados pela Prova ABC, que realizou um teste na escala SAEB, para os alunos dessa faixa etria.

    14A EDuCAO BRASILEIRA EM 2011

    Mais informaes em www.todospelaeducacao.org.br

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 14 11/Apr/12 9:54 AM

  • FUNIL DA EDUCAO MDIA

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    1998(4 Srie Fundamental)

    36,8

    30,2

    22,618,4

    23,918,3

    12,7

    5,7

    28,123,4

    17,3

    8,4

    38,035,4

    26,7 26,3

    2002(8 Srie Fundamental)

    2005(3 Srie Mdio)

    2007(Ensino Superior)

    1,8 milho concluem

    Dos 10,6 milhes de jovens de 15 a 17 anos

    8,2 milhes de esto na escola

    4 milhes no Ensino Mdio

    2007Quase todas as mulheres brancas que concluram o Ensino Mdio sem nenhuma repetncia estavam em um curso superior dois anos depois, mas pouco menos da metade dos estudantes negros pde realizar esta passagem.

    1998Aos 10 e 11 anos, apenas um tero dessa gerao estava na 4 srie. 12% das crianas negras ainda estavam na 1 srie, assim como 4% das brancas.

    2005Alm dos repetentes e dos que abandonaram a escola regular, h os estudantes que, aos 17-18 anos, esto no Ensino Superior cerca de 7% dos brancos e 1,7% dos negros.

    Erros que se repetem

    Quem nasceu entre 1987 e 1988 deveria ter feito a 4a srie em 1998, a 8a srie em 2002 e assim por diante. Acompanhando a trajetria dessa gerao de estudantes por uma dcada, o Instituto de Pesquisas Econmicas Aplicadas (Ipea) mostrou como as desigualdades entre brancos e negros se acumulam ao longo da trajetria educacional. O estudo foi realizado antes da implantao do Ensino Fundamental de 9 anos. Por isso, utiliza-se a nomenclatura sries.

    Porcentagem da gerao nascida em 1987-1988 que frequentava determinada srie/nvel de ensino nos anos assinalados

    NEG

    ROS

    BRANCOS

    Fonte: Ipea.

    Homens Mulheres

    Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 15

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 15 11/Apr/12 9:54 AM

  • ensino mdio

    As diferenas se estendem em todas as etapas escolares e vo se acumulando at desembocarem no Ensino Mdio, que apresenta altas taxas de evaso e repetncia, com baixos ndices de aprendizagem.

    Concluda a Educao Bsica, menos de 30% dos estu-dantes dominam o contedo esperado em Lngua Portugue-sa. Em Matemtica, esse percentual de apenas 11%.

    Desestimulados com a falta de perspectiva ps-Mdio, acumulando lacunas de aprendizagem que dificultam o aproveitamento escolar, saturados por um currculo incha-do e pouco ligado s suas problemticas reais, parte dos jo-vens deixa a escola precocemente.

    um quadro que se mostra muito grave em todo o pas, e ainda pior no Norte e no Nordeste brasileiro. Mais uma vez, tambm as desigualdades dos contextos socioeconmicos regionais influenciam os resultados negativos.

    Colgio Estadual de Ensino Mdio Baro do Rio Branco,

    na capital do Acre

    16A EDuCAO BRASILEIRA EM 2011

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 16 11/Apr/12 9:54 AM

  • 50,2% dos jovens de 19 anos concluram o Ensino Mdio, em 2009, ndice que cai para 36,6% quando se consideram apenas os Estados da regio Norte.

    Concluso do ensino mdio aos 19 anos

    Jovens de 15 a 17 anos no ensino mdio

    Norte

    Nordeste

    Centro-Oeste

    Sudeste

    Sul

    Fonte: Pnad (IBGE), 2009.

    36,6

    37,1

    49,5

    59,7

    60,5

    0 30 40 5010 20 60 70 80

    Percentual de jovens de 19 anos que concluram o Ensino Mdio (%)

    Fonte: Pnad (IBGE), 2009.

    60,3

    Pretas/pardas

    Brancas

    Rural

    Urbana

    Sudeste

    Norte e Nordeste

    20% + pobres

    20% + ricos

    43,5

    54,4

    35,7

    39,2

    60,5

    77,9

    32

    Homens

    Mulheres 56,7

    45,3

    0 20 40 6010 30 50 70 80

    Proporo de jovens de 15 a 17 anos cursando o Ensino Mdio (%) 3,3 MILHESingressaram no Ensino Mdio em 2008, mas apenas 1,8 milho de alunos concluram esta etapa em 2010

    Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 17

    Conforme tabulao do relatrio As desigualdades na Escolarizao no Brasil - Relatrio de observao nmero 4. Conselho de Desenvolvimento Econmico e Social, 2a edio.

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 17 11/Apr/12 9:54 AM

  • No a terra que constitui a riqueza das naes, e ningum se convence de que a Educao no tem preo.

    Rui Barbosa, jurista e poltico

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 18 11/Apr/12 9:54 AM

  • 19Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 19

    OSnMErOSDAEDUCAOBrASILEIrAD esde meados da dcada de 1990, o Brasil produz mais e melhores nmeros sobre os sistemas de ensino p-blicos e privados. Por meio desses dados, possvel retratar a situao da Educao no pas e, dessa forma, agir adequa-damente para a melhoria da qualidade oferecida aos alunos brasileiros.

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 19 11/Apr/12 9:54 AM

  • 20OS NMEROS DA EDuCAO BRASILEIRA

    Dados geraisPases com populao mais jovem enfrentam maior

    demanda por Educao Bsica, ou seja, precisam oferecer mais vagas proporcionalmente em creches e escolas. A po-pulao brasileira est envelhecendo, e isso tem impacto sobre as matrculas no Ensino Fundamental, por exemplo.

    Populao por faixa etria (percentual)

    9,64

    9,74

    10,22

    10,57

    9,51

    8,16

    7,67

    7,22

    6,21

    5,14

    4,16

    3,21

    2,71

    2,11

    1,62

    1,05

    0,61

    0,32

    0,11

    0,03

    0,01

    7,17

    7,79

    9

    8,99

    9

    8,82

    8,09

    7,19

    6,8

    6,23

    5,35

    4,4

    3,49

    2,61

    2,04

    1,41

    0,92

    0,45

    0,18

    0,05

    0,01

    0 a 4

    ANOS2000 2010

    5 a 9

    10 a 14

    15 a 19

    20 a 24

    25 a 29

    30 a 34

    35 a 39

    40 a 44

    45 a 49

    50 a 54

    55 a 59

    60 a 64

    65 a 69

    70 a 74

    75 a 79

    80 a 84

    85 a 89

    90 a 94

    95 a 99

    100 ou + Fonte: IBGE, Censo Demogrfico.

    0

    Populao

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 20 11/Apr/12 9:54 AM

  • Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 21

    TOTAL:

    Populao residente, segundo os grupos de idade Brasil - 2010 - Total em %

    Populao em idade escolar

    10.925.8920 a 3 anos

    4 a 5 anos

    6 a 10 anos

    11 a 14 anos

    15 a 17 anos

    4 a 17 anos

    18 a 22 anos

    5.802.254

    15.542.603

    13.661.545

    10.357.874

    45.364.276

    16.954.960

    Fonte: IBGE, Censo Demogrfico 2010.

    5,7%

    3,0%

    8,1%

    7,2%

    5,4%

    23,8%

    8,9%

    190.755.799

    5 10 15 20 250

    Hora de ir para a escola

    O Brasil tem uma populao escolar expressiva de mais de 45 milhes de crianas e jovens entre 4 e 17 anos. Vale observar tambm que o total significativo de jovens entre 18 e 22 anos gera demanda por vagas nas instituies de Ensino Superior.

    mudana de perfil

    Em 2040, a populao deve chegar a 219 milhes, e, em 2050, esse nmero cair e devemos ser 215 milhes de bra-sileiros. O processo de envelhecimento veio com a queda na taxa de fecundidade (1,94 filho por mulher hoje), que ga-nhou fora a partir da dcada de 1980. Assim, em 30 anos, a populao deve parar de crescer, segundo o IBGE.

    30 anos o prazo para que a populao pare de crescer

    o que o bnus demogrficoUm pas vive uma situao de bnus demogrfico quando a

    Populao Economicamente Ativa (PEA) supera com boa mar-gem a de dependentes. O aproveitamento dessa janela demo-grfica pode gerar crescimento econmico, caso a PEA esteja preparada em termos educacionais e de qualificao profissio-nal para atuar no mercado de trabalho atual.

    Fonte: IBGE 2008 Projeo da Populao do Brasil por Sexo e Idade 1980 2050 Reviso 2008.

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 21 11/Apr/12 9:54 AM

  • 22OS NMEROS DA EDuCAO BRASILEIRA

    Pessoas com 15 anos ou mais de idade (%)

    Taxa de analfabetismo - Evoluo Histrica

    Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (Pnad) / IBGE (Dados declaratrios).

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    1992 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009

    Norte Nordeste

    Centro-Oeste Sudeste

    BRASILSul

    REGIES

    32,8

    17,218,7

    9,7

    14,210,910,2

    14,5

    8,05,75,5

    10,6

    Embora a taxa de analfabetismo do pas tenha cado de 10% para 9,7% das pessoas com 15 anos ou mais de idade, entre 2008 e 2009 (a quinta queda consecutiva na Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios Pnad), esse percentual ainda representa 14,1 milhes de pessoas.

    Alfabetizao

    o analfabetismo na PnadPara entender o que significam os nmeros de analfabetismo

    na Pnad, importante conhecer como essa pergunta aparece no questionrio da pesquisa. Para os moradores de um domiclio, per-gunta-se se sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples, alm de outros itens relativos Educao. Ou seja, a alfabetizao entendida em um sentido restrito e declaratria: o entrevista-do fala de si prprio e das demais pessoas que ocupam a casa.

    Pessoas com 15 anos ou mais de idade - 2009 (%)

    Taxa de analfabetismo

    Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (Pnad) / IBGE (Dados declaratrios).

    5 10 15 200

    9,7

    10,6

    18,7

    8,0

    5,7

    5,5

    BRASIL

    Norte

    Nordeste

    Centro-Oeste

    Sudeste

    Sul

    14,1 o total de analfabetos no pas

    milhes

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 22 11/Apr/12 9:54 AM

  • Analfabetismo e alfabetismo funcional

    O Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (Inaf) produzido pelo Instituto Paulo Montenegro, ligado ao Ibo-pe, a partir de um teste aplicado na amostra pesquisada. Seu objetivo medir as habilidades e prticas de leitura, escrita e matemtica dos brasileiros entre 15 e 64 anos de idade.

    So consideradas analfabetas funcionais as pessoas analfa-betas e aquelas que, mesmo sabendo ler e escrever frases sim-ples, no possuem as habilidades necessrias para satisfazer s demandas do seu dia a dia e se desenvolver pessoal e profis-sionalmente. Isso inclui, por exemplo, entender um bilhete ou uma notcia de jornal. Veja mais informaes sobre a metodo-logia no site www.ipm.org.br.

    Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 23

    analfabetismo funcional

    15 - 24anos

    25 - 34anos

    35 - 49anos

    50 - 64anos

    Analfabeto 2 3 7 20

    Rudimentar 13 15 25 32

    Bsico 52 50 45 18

    Pleno 33 32 23 10

    analfabetos Funcionais* 15 18 31 52

    alfabetizados Funcionalmente** 85 82 69 48

    nenhuma 1a 4a srie

    5a 8a srie

    Ensino mdio

    Ensino superior

    Analfabeto 66 10 0 0 0

    Rudimentar 29 44 24 6 1

    Bsico 4 41 61 56 31

    Pleno 1 6 15 38 68

    analfabetos Funcionais* 95 54 24 6 1

    alfabetizados Funcionalmente** 5 46 76 94 99

    Fonte: Instituto Paulo Montenegro.

    Fonte: Instituto Paulo Montenegro.

    * So considerados analfabetos funcionais aqueles classificados nos nveis analfabeto e rudimentar.** So considerados alfabetizados funcionalmente aqueles classificados nos nveis bsico e pleno.

    nvel de alfabetismo, segundo a escolaridadePopulao de 15 a 64 anos (%) - 2009

    nvel de alfabetizao, segundo a faixa etria (%) - 2009

    Segundo os dados do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), quase um tero da populao entre 35 e 49 anos de analfabetos funcionais. Na faixa etria imediatamente anterior, entre 25 e 34 anos, que teve mais acesso Educao, esse percentual menor: 18%. No entanto, entre os 82% alfabetizados funcionalmente, 50% esto no nvel bsico.

    Dos adultos com idade entre 35 e 49 anos

    31%so considerados analfabetos funcionais

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 23 11/Apr/12 9:54 AM

  • 24OS NMEROS DA EDuCAO BRASILEIRA

    educao Bsica obrigatria e gratuita

    At pouco tempo, o Brasil utilizava principalmente a taxa de atendimento de 7 a 14 anos, que equivalia ao Ensino Fun-damental de oito anos. O elevado percentual de crianas e jovens nessa faixa etria na escola imprimiu a ideia de que o pas teria universalizado o Ensino Fundamental.

    De l para c, porm, ocorreram duas mudanas impor-tantes: o Ensino Fundamental passou a ter nove anos (vai dos 6 aos 14 anos) e a Pr-Escola e o Ensino Mdio tornaram-se obrigatrios. O texto constitucional aprovado em 2009 ins-titui a obrigatoriedade da Educao Bsica gratuita para todos com idade de 4 a 17 anos, com implementao pelas

    Atendimento

    Os dados mais recentes mostram que 3,8 milhes de crianas e jovens entre 4 e 17 anos ainda esto fora da es-cola, o que representa 8,5% da populao nessa faixa etria. A maior defasagem se concentra na pr-escola, que atende as crianas de 4 e 5 anos: 19,9% dessa populao ainda no est matriculada no sistema de ensino. Tambm elevado o percentual de jovens entre 15 e 17 anos fora da escola: 16,7%.

    8,5%das crianas e jovens de 4 a 17 anos esto fora da escola

    89,9

    90,4

    91,4

    91,9

    91,5

    Atendimento de 4 a 17 anos, por regio

    Fonte: Dados de 2006-2009, Pnad/IBGE. Dados de 2010, resultados preliminares da amostra do Censo Demogrfico 2010 - IBGE.

    2007200820092010

    2006

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    Centro-OesteSulSudesteNordesteNorte Brasil

    86,3

    87,6

    89,1

    89,7

    87,8 89,9

    90,8

    91,9

    92,3

    92,2

    91,8

    92,0

    92,7

    93,5

    92,7

    88,0

    88,4

    89,5

    89,5

    90,2

    88,8

    88,4

    89,6

    90,1

    90,3

    Nota: Pnad e Censo Demogrfico possuem metodologias distintas.

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 24 11/Apr/12 9:54 AM

  • Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 25

    A maioria da populao ocupada do pas possui 11 ou mais anos de estudo, o que significa ter completado a Educao Bsica (no Ensino Fundamental de oito anos).

    escolaridade

    BRASIL: 7,2

    6,7

    Pessoas com 25 anos ou mais - 2009 (%)

    Escolaridade mdia em anos de estudo

    7,2

    6,7

    5,8

    7,5

    7,9

    7,6

    BRASIL

    Norte

    Nordeste

    Centro-Oeste

    Sudeste

    Sul

    1 2 3 4 5 6 7 80

    Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (Pnad).

    Faixa etria - 2009 (%)

    Escolaridade mdia em anos de estudo

    25 a 64 anos

    25 a 34 anos

    35 a 44 anos

    45 a 54 anos

    55 a 64 anos

    Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (Pnad).

    7,71

    8,99

    7,98

    7,01

    5,67

    2 4 6 8 100

    redes prevista at 2016. Assim, faz sentido considerar essa faixa etria na hora de avaliar a taxa de atendimento na Edu-cao brasileira.

    60,7%tm ao menos 11 anos de estudo

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 25 11/Apr/12 9:54 AM

  • 26OS NMEROS DA EDuCAO BRASILEIRA

    Fonte: MEC/Inep/Deed. Fonte: MEC/Inep/Deed.

    0 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 600.000 700.000

    694.350

    22.695

    8.127 Classes Especiais

    Classes Comuns

    Escolas Exclusivas

    Tipos de Atendimento

    Professores na Educao Especial - Brasil - 2010

    484.332

    218.271

    Educao Especial - Matrculas - Brasil - 2010

    Classes Especiais + Escolas Exclusivas

    0 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000

    Classes Comuns

    o que diz a leiA Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional define como

    educao especial a modalidade oferecida aos alunos com ne-cessidades educacionais especiais e estabelece que isso deve ocorrer preferencialmente na rede regular de ensino. Tam-bm determina que haver, quando necessrio, servios de apoio especializado, na escola regular, para esses alunos e que o atendimento ser feito em classes, escolas ou servios especiali-zados quando no for possvel a integrao nas classes comuns.

    esto matriculados na rede pblica

    O Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficincia o Viver sem Limite, lanado pela presidente Dilma Rousseff em novembro de 2011, tem como um de seus objetivos matricular 378 mil crianas e adolescentes portadores de deficincia na escola.

    378 a meta de matrculas do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficincia

    miL

    As estatsticas mostram que 77% dos alunos brasileiros com algum tipo de deficincia esto matriculados na rede pblica. Minas Gerais o estado em que as redes pblica e privada esto mais prximas no que diz respeito ao percentual de alunos nessa modalidade de ensino: so 56% na rede pblica e 44% na privada. Em Roraima, a situao bem diferente: cerca de 99% desses estudantes so atendidos pela rede pblica de ensino.

    77%

    educao especial

    A capacidade demonstrada pelo pas de melhorar seus indicadores educacionais nos permite afirmar que poss-vel sim universalizar o direito de aprender para todas e cada uma das crianas e adolescentes no Brasil. A constatao da representao do Fundo das Naes Unidas para a Infn-cia (Unicef) no Brasil. O rgo da ONU estima que, das 700 mil crianas e adolescentes entre 7 e 14 anos fora da escola, um tero possui alguma deficincia.

    Nota: Os professores podem atuar em mais de uma Unidade Federativa (UF) e em mais de um tipo de atendimento.

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 26 11/Apr/12 9:54 AM

  • Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 27

    No Brasil, a legislao garante o acesso de todos Educao, estabelecendo que o atendimento especializado deve acontecer preferencialmente na escola regular. Se no plano legal a incluso encontra respaldo, este ainda um tema que tem desafiado a Educao, pois se relaciona capacidade dos sistemas de ensino, das escolas e dos professores de trabalhar com a diversidade, o que requer estrutura fsica e humana, mas tambm novas postu-ras e prticas pedaggicas. Para Rodrigo Mendes, especialista em incluso, a presena de estudantes com deficincia na sala de aula regular traz tona uma srie de insuficincias e anacronismos do modelo de ensino pautado pela homogeneidade. Como resulta-do, os educadores precisam criar projetos pedaggicos mais cria-tivos e contemporneos, beneficiando a todos os alunos, diz.

    EDUCAOESPECIAL

    No Brasil, a legislao garante o acesso de todos Educao, estabelecendo que o atendimento especializado deve acontecer preferencialmente na escola regular.

    0

    10.000

    20.000

    30.000

    40.000

    50.000

    60.000

    70.000

    Fonte: MEC/Inep/Deed.

    2007 2008 2009 2010

    Modalidade especial Alunos includos

    Nmero de matrculas de Educao Especial na Educao InfantilBrasil - 2007-2010

    64.501

    24.634 27.603 27.031

    65.694

    47.748

    35.397

    34.044

    0

    3.750

    7.500

    11.250

    15.000

    18.750

    22.500

    26.250

    30.000

    Fonte: MEC/Inep/Deed.

    2007 2008 2009 2010

    Alunos includos

    Nmero de matrculas de Educao Especial no Ensino MdioBrasil - 2007-2010

    13.306

    2.806 2.768 1.263

    17.344

    21.465

    27.695

    972Modalidade especial

    0

    50.000

    100.000

    150.000

    200.000

    250.000

    300.000

    350.000

    400.000

    Fonte: MEC/Inep/Deed.

    2007 2008 2009 2010

    Modalidade especialAlunos includos

    Nmero de matrculas de Educao Especial no Ensino FundamentalBrasil - 2007-2010

    239.506

    224.350202.126

    162.644 142.866

    297.986 303.383

    380.112

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 27 11/Apr/12 9:54 AM

  • 28OS NMEROS DA EDuCAO BRASILEIRA

    EscolasO Brasil contava em 2010 com quase 195 mil escolas, se-

    gundo os dados disponibilizados pelo Ministrio da Edu-cao. As unidades de ensino municipais predominam no Ensino Fundamental, enquanto a maioria dos estabeleci-mentos que oferecem Ensino Mdio estadual.

    Unidades

    Nmero de Estabelecimentos de Educao Bsica por Dependncia Administrativa - 2010

    Educao Bsica

    Federal Estadual

    Municipal Privada

    TOTAL BRASIL: 194.939DEPENDNCIA ADMINISTRATIVA

    Fonte: Censo da Educao Bsica 2010.

    344 32.160 126.146 36.289

    Nmero de Estabelecimentos de Educao Infantil por Dependncia Administrativa - 2010

    Educao Infantil

    Federal Estadual

    Municipal Privada

    TOTAL BRASIL: 114.216

    Fonte: Censo da Educao Bsica 2010.

    22 1.277 84.492 28.425

    DEPENDNCIA ADMINISTRATIVA

    Nmero de Estabelecimentos de Ensino Fundamental por Dependncia Administrativa - 2010

    Ensino Fundamental

    TOTAL BRASIL: 148.982

    Fonte: Censo da Educao Bsica 2010.

    45 26.902 101.221 20.814

    Federal Estadual

    Municipal Privada

    DEPENDNCIA ADMINISTRATIVA

    Nmero de Estabelecimentos de Ensino Mdio por Dependncia Administrativa - 2010

    Ensino Mdio

    TOTAL BRASIL: 26.497

    Fonte: Censo da Educao Bsica 2010.

    249 18.150 485 7.613

    Federal Estadual

    Municipal Privada

    DEPENDNCIA ADMINISTRATIVA

    Nota: O mesmo estabelecimento pode oferecer mais de uma etapa/modalidade de ensino.

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 28 11/Apr/12 9:54 AM

  • Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 29

    Estimativa do Ministrio da Educao indica que 22% das escolas pblicas brasileiras ofereciam educao integral no final de 2011. O perodo integral uma proposta de ensino em que o aluno permanece na escola durante dois turnos (no mnimo 7 horas por dia), cumprindo atividades curriculares, esportivas e ldicas.

    infraestrutura

    Infraestrutura

    EnsIno FundamEntal REgulaR

    anos Iniciais anos Finais

    Escolas matrculas%

    Escolas atendidas

    % matrculas atendidas

    Escolas matrculas%

    Escolas atendidas

    % matrculas atendidas

    Quadra de Esporte 36.557 8.461.854 27,1 50,5 34.597 10.160.311 55,3 71,3

    Biblioteca 42.029 8.385.213 31,2 50,0 36.417 9.198.575 58,2 64,6

    Laboratrio de Cincias 10.585 2.237.862 7,9 13,4 14.781 4.638.376 23,6 32,6

    Laboratrio de Informtica 44.766 10.127.515 33,2 60,4 41.981 11.831.835 67,1 83,0

    Acesso Internet 53.881 11.999.091 40,0 71,6 43.459 12.236.951 69,5 85,9

    Dependncias e vias adequadas 16.829 3.947.111 12,5 23,6 14.542 4.208.004 23,2 29,5

    Fonte: MEC/Inep/Deed.

    nmero de Escolas, matrculas e Percentual de matrculas e Escolas atendidas segundo a Infraestrutura das Escolas - Ensino Fundamental RegularBrasil - 2010

    22%

    Infraestrutura

    EnsIno mdIo REgulaR

    Escolas matrculas%

    Escolas atendidas

    % matrculas atendidas

    Quadra de Esporte 19.618 6.677.681 74,0 79,9

    Biblioteca 19.175 6.121.164 72,4 73,2

    Laboratrio de Cincias 12.785 4.726.535 48,3 56,6

    Laboratrio de Informtica 23.153 7.810.299 87,4 93,5

    Acesso Internet 24.452 7.926.871 92,3 94,8

    Dependncias e vias adequadas 8.067 2.851.427 30,4 34,1

    Fonte: MEC/Inep/Deed.

    nmero de Escolas, matrculas e Percentual de matrculas e Escolas atendidas segundo a Infraestrutura das Escolas - Ensino mdio Regular Brasil - 2010

    das escolas com Educao Integral

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 29 11/Apr/12 9:54 AM

  • 30OS NMEROS DA EDuCAO BRASILEIRA

    Nmero de Matrculas na Educao Bsica por Dependncia Administrativa - 2010

    Educao Bsica

    TOTAL BRASIL: 51.549.889

    Fonte: Censo da Educao Bsica 2010.

    235.108 20.031.988 23.722.411 7.560.382

    Federal Estadual

    Municipal Privada

    DEPENDNCIA ADMINISTRATIVA

    Nmero de Matrculas na Educao Infantil por Dependncia Administrativa - 2010

    Educao Infantil

    TOTAL BRASIL: 6.756.698

    Fonte: Censo da Educao Bsica 2010.

    2.437 71.302 4.853.761 1.829.198

    Federal Estadual

    Municipal Privada

    DEPENDNCIA ADMINISTRATIVA

    Nmero de Matrculas no Ensino Fundamental por Dependncia Administrativa - 2010

    Ensino Fundamental

    TOTAL BRASIL: 31.005.341

    Fonte: Censo da Educao Bsica 2010.

    25.425 10.116.856 16.921.822 3.941.238

    Federal Estadual

    Municipal Privada

    DEPENDNCIA ADMINISTRATIVA

    matrculas

    Nmero de Matrculas na Educao Infantil por etapa de ensino - 2010

    Educao Infantil

    TOTAL: 6.756.698

    Fonte: Censo da Educao Bsica 2010.

    2.064.653 4.692.045

    Creche Pr-Escola

    ETAPA

    Nmero de Matrculas no Ensino Fundamental por etapa de ensino - 2010

    Ensino Fundamental

    TOTAL: 31.005.341

    Fonte: Censo da Educao Bsica 2010.

    16.755.708 14.249.633

    Anos Iniciais Anos Finais

    ETAPA

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 30 11/Apr/12 9:54 AM

  • Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 31

    A legislao delegou aos municpios a principal responsabilidade pela Educao Infantil: so eles que respondem por quase 70% das matrculas e pela fiscalizao das instituies privadas. Essa atribuio representa um dos maiores desafios para a equidade da oferta e para a qualidade desse atendimento.

    Hoje, 24 anos depois da Constituinte e 16 anos depois da LDB, possvel constatar que j superamos muitos desafios na primeira etapa da Educao Bsica. O primeiro era tornar realidade a inclu-so da Educao da criana pequena no sistema educacional. Essa incluso, ainda incompleta, processou-se em diversos sentidos: acolhendo a creche; recrutando professores formados e no mais leigos; garantindo fontes de financiamento; elaborando diretrizes curriculares e indicadores de qualidade; incluindo a Educao In-fantil nos programas de merenda, transporte e material pedaggi-co; ampliando matrculas.

    A legislao delegou aos municpios a principal responsabilidade pela Educao Infantil: so eles que respondem por quase 70% das matrculas e pela fiscalizao das instituies privadas. Essa atribui-o representa um dos maiores desafios para a equidade da oferta e para a qualidade desse atendimento, pois notria a diversidade e a desigualdade que existe entre os municpios brasileiros.

    O Censo Escolar registra mais de 20 tipos de estabelecimentos que incluem a Educao Infantil: somente Creche, somente Pr, Creche e Pr, Ensino Fundamental e Pr etc. Esse dado importan-te para se levar em conta na implantao da obrigatoriedade da Educao a partir dos 4 anos, pois essas crianas podem estar ma-triculadas em unidades com as mais diversas configuraes.

    Tambm caracterstica desse atendimento a heterogeneidade de condies de funcionamento dos estabelecimentos: as crian-as so atendidas em perodo parcial ou integral; em instituies municipais, conveniadas ou particulares; a qualidade da infraestru-tura, da alimentao, dos cuidados de sade muito diversa, assim como as condies de trabalho, remunerao e formao conti-nuada dos profissionais. Os diretores so escolhidos por indicao poltica com maior frequncia do que no Ensino Fundamental e os convnios com entidades so muitas vezes objeto de clientelismo.

    Outra questo que desafia os sistemas a antecipao da ida-de de ingresso no Ensino Fundamental: ainda hoje turmas de 1o ano no se encontram nas escolas de Ensino Fundamental, mas, nominalmente, em pr-escolas; crianas cada vez mais novas so empurradas para a 1a srie que consta como o 2o ano de escolas de Ensino Fundamental, as quais no se prepararam para receber alunos mais novos, com currculos que no foram adaptados e pro-fessores que no receberam formao para essas mudanas.

    Tudo isso aponta para o maior desafio que resta: ganhar qua-lidade nas prticas cotidianas com crianas pequenas em creches e pr-escolas o que supe, principalmente, focalizar a formao dos profissionais e o currculo.

    ODESAFIODAqUALIDADEnAEDUCAOInFAnTIL

    Maria Malta Campos

    Pesquisadora da Fundao Carlos Chagas e presiden-te da diretoria colegiada da ONG Ao Educativa.

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 31 11/Apr/12 9:54 AM

  • 32OS NMEROS DA EDuCAO BRASILEIRA

    Nmero de Matrculas no Ensino Mdio, Normal/Magistrio e Integrado por Dependncia Administrativa - 2010

    Ensino Mdio, Normal/Magistrio e Integrado

    TOTAL BRASIL: 8.357.675

    Fonte: Censo da Educao Bsica 2010 (Inep).

    101.715 7.177.019 91.103 987.838

    Federal Estadual

    Municipal Privada

    DEPENDNCIA ADMINISTRATIVA

    Nmero de Matrculas no Ensino Mdio por etapa de ensino - 2010

    Ensino Mdio

    TOTAL ENSINO MDIO: 8.357.675

    Fonte: Censo da Educao Bsica 2010 (Inep).

    7.959.478 182.479 215.718 924.670

    Ensino MdioEnsino Mdio Normal/MagistrioEnsino Mdio IntegradoEd. Profissional (TOTAL)

    ETAPAS

    Do total de matrculas na Educao Bsica, pouco mais de 39% se concentram na regio Sudeste. Em seguida, aparece o Nordeste, com cerca de 30%. A regio Norte responde por 10% das matrculas.

    NorteNordesteSudesteSulCentro-Oeste

    REGIESTOTAL BRASIL: 51.549.889

    Fonte: Censo da Educao Bsica 2010 (Inep)

    5.134.960 15.709.861 20.334.290 6.700.104 3.670.674

    Centro-OesteSulSudesteNordesteNorte

    536.07

    1 2.016.464

    9.56

    4.00

    9

    Por regies e etapas de ensino

    Matrculas de Educao BsicaEducao InfantilEnsino FundamentalEnsino MdioEd. Profissional

    ETAPAS

    2.42

    4.79

    3

    99.843

    2.90

    1.929

    11.847

    .131

    3.43

    1.290

    566.36

    4

    861.7

    16

    4.04

    9.22

    8

    1.139

    .111

    177.155

    440.518

    2.26

    1.125

    623.55

    9

    40.735

    3.28

    3.84

    8

    0

    2.000.000

    4.000.000

    6.000.000

    40.573

    39%das matrculas no Sudeste

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 32 11/Apr/12 9:54 AM

  • Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 33

    25

    35

    8

    0

    200.000

    400.000

    600.000

    800.000

    1.000.000

    1.200.000

    Bolsas Prouni - Quantidade Acumulada

    2005

    95.608204.626

    310.197434.806

    596.163748.869

    912.204

    1.100.000

    2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012Fonte: Sesu/MEC.

    25

    35

    8

    100

    Ingressantes em cursos de graduao (%)

    2003

    99,1

    0,9

    98,5

    1,5

    93,0

    7,0

    89,2

    10,8

    84,6

    15,4

    80,2

    19,8

    83,9

    16,1

    70,3

    29,7

    2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Fonte: Inep/MEC. a distncia presencial

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    Educao Superior

    As matrculas no Ensino Superior no Brasil cresceram 110% entre 2001 e 2010, segundo os dados do Censo da Educao Superior do Ministrio da Educao (MEC). Dessa forma, o total de alunos matriculados chegou a 6,4 milhes de pessoas. As vagas ainda se concentram nas instituies privadas: 74,2% do total.

    No Brasil, 12% dos adultos entre 35 e 44 anos completaram o Ensino Superior segundo dados da publicao Education at a Glance 2010, da OCDE. No Chile, esse percentual de 24%, e nos Estados Unidos chega a 43%.

    O Ensino Superior a ltima etapa da Educao. O n-mero de jovens que conseguem chegar a esse ponto de sua formao e daqueles que concluem seu curso de graduao so indicadores importantes das oportunidades educacionais oferecidas populao de um pas.

    Matrculas em Cursos de Graduao Presenciais (2010)

    TOTAL BRASIL: 5.449.120

    Fonte: Censo da Educao Superior 2010 (Inep).

    833.934 524.698 103.064 3.987.424

    Federal Estadual

    Municipal Privada

    Matrculas em Cursos de Graduao a Distncia (2010)

    TOTAL BRASIL: 930.179

    Fonte: Censo da Educao Superior 2010 (Inep).

    104.722 76.414 466 748.577

    Federal Estadual

    Municipal Privada

    DEPENDNCIA ADMINISTRATIVA

    DEPENDNCIA ADMINISTRATIVA

    12%tm Ensino Superior

    110%de crescimento nas matrculas

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 33 11/Apr/12 9:54 AM

  • 34OS NMEROS DA EDuCAO BRASILEIRA

    Alunos O aluno a razo de ser da Educao. Deve estar no cen-

    tro das anlises, debates e polticas pblicas de ensino. O pas conta com dados importantes sobre o aluno, que per-mitem saber qual o percentual que est matriculado no nvel de ensino adequado, quantos so aprovados, reprovados ou abandonam a escola todos os anos, e qual a parcela que est atrasada na trajetria escolar.

    escolarizao

    A taxa bruta de matrcula considera todas as pessoas que frequentam um determinado nvel de ensino sobre a po-pulao total na faixa etria adequada a este nvel e pode superar os 100%. Portanto, capta os alunos atrasados que, por exemplo, deveriam estar no Ensino Mdio mas esto no Fundamental. J a taxa de matrcula lquida no Ensino Fundamental, por exemplo, considera as pessoas de 6 a 14 anos frequentando essa etapa de ensino sobre a populao de 6 a 14 anos (veja tambm o Glossrio). Ou seja, quanto mais a escolarizao lquida se aproximar de 100%, melhor. Nas regies Norte e Nordeste esse indicador ainda est abaixo de 40%, segundo dados de 2009.

    Os nmeros acima, de matrcula lquida total, conside-ram as pessoas de 7 a 22 anos frequentando o Ensino Fun-damental, Mdio ou Superior sobre a populao de 7 a 22 anos. Embora esteja crescendo, esse indicador ainda est aqum do desejvel.

    Populao de 7 a 22 anos - Brasil (percentual)

    Taxa de escolarizao lquida

    Fonte: Pnad (IBGE).

    1992 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009

    60

    70

    75

    6562,4

    67,2

    70,0

    73,4 73,3 73,8 73,474,2

    75,2

    Brasil - 2009 (%)

    Taxa de Escolarizao

    Fonte: Pnad (IBGE).

    Pr-Escola62,2

    50,6

    120,5

    95,3

    Ensino Fundamental

    89,7

    51,1

    Ensino Mdio

    Bruta Lquida

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    90

    60

    30

    0

    0

    20

    40

    60

    80

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 34 11/Apr/12 9:54 AM

  • Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 35

    Na estrutura da Educao Bsica, os anos iniciais do Ensino Fun-damental se constituem na pedra angular. Especialmente durante os trs primeiros anos, que correspondem ao ciclo de alfabetiza-o, o Ensino Fundamental adquire uma funo estruturante em relao toda escolaridade posterior.

    Para que esta pedra angular seja de fato slida e possa alicerar a construo, preciso que ela tenha efetiva qualidade e a temos um problema que precisamos resolver como nao.

    Os indicadores, como os dados do IBGE e a Prova ABC, mostram que o resultado pedaggico do ciclo de alfabetizao generali-zadamente precrio. Os alunos ainda no atingem a proficincia esperada para esta etapa da escolaridade.

    Precisamos ter todas as crianas, sem exceo, alfabetizadas at os 8 anos de idade, e o primeiro passo para isso enunciar, com todas as letras, o direito de aprendizagem. Isso significa assumir que toda criana, em qualquer parte do pas, tem como direito assegurado desenvolver a base de conhecimentos adequada para sua faixa etria.

    Temos de garantir que os sistemas de ensino, bem como as esco-las e professores, passem a elaborar seus projetos polticos peda-ggicos a partir dos direitos de aprendizagem das crianas. No se trata de adotar polticas prescritivas, j que as respostas educati-vas a esse princpio sero encontradas por cada um, em seus con-textos e respeitando a diversidade. Mas deve prevalecer a noo de direito aprendizagem.

    A elevao da qualidade na escola tambm passa pelas condi-es em que o magistrio exercido. Todo programa de melhoria de qualidade na Educao depende visceralmente da qualificao dos professores e, em primeiro lugar, dos alfabetizadores.

    No teremos o tempo histrico para formar novos quadros de professores. S avanaremos se tratarmos com respeito e dilign-cia os atuais professores.

    Isso passa por iniciativas como o piso salarial, pela valorizao do alfabetizador e por melhorias das condies gerais, como os mate-riais pedaggicos, o uso das tecnologias, e, sem dvida, pelo forta-lecimento dos programas de formao continuada, que devem ser cada vez mais intensivos e completos.

    Por fim, precisamos mudar fora da escola tambm. urgente uma intensa mobilizao nacional para que as famlias se envol-vam. Os pais devem perceber que as crianas tm tambm resulta-dos a alcanar e no podem admitir a falta sem justificativa. Hoje temos um absentesmo industrial no pas.

    A sociedade como um todo precisa estar consciente de que no basta ir escola e encontrar vagas. As crianas esto l para alcanar objetivos de aprendizagem, entre eles, o da plena alfabetizao.

    Precisamos ter todas as crianas, sem exceo, alfabetizadas at os 8 anos de idade, e o primeiro passo para isso enunciar, com todas as letras, o direito de aprendizagem.

    ASSrIESInICIAISDOEnSInOFUnDAMEnTALEODIrEITODEAPrEnDEr

    Cesar Callegari

    Secretrio de Educao Bsica do MEC.

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 35 11/Apr/12 9:54 AM

  • 36OS NMEROS DA EDuCAO BRASILEIRA

    1 EF 2 EF 3 EF

    Nmero de Matrculas e Taxa de Rendimento por srie - 2010 (Brasil)

    Fonte: MEC/ Inep/ Deed.

    Aprovao Reprovao Abandono

    95,8

    2,6

    1,6

    88,9

    9,21,9

    86,2

    12,1

    1,7

    4 EF 5 EF 6 EF

    90,0

    8,21,8

    89,8

    8,22,0

    79,715,2

    5,1

    7 EF 8 EF 9 EF

    82,4

    13,1

    4,5

    84,36

    10,8

    4,6

    85,0

    10,4

    4,6

    1 EM 2 EM 3 EM

    2.883.191 3.216.170 3.589.029

    3.489.360 3.577.958 4.150.365

    3.675.161 3.333.061 3.091.046

    3.471.986 2.578.949 2.197.657

    70,317,2

    12,5

    79,311,1

    9,6

    85,37,1

    7,6

    Fluxo

    Observe os grficos acima. Representam as taxas de apro-vao, reprovao e abandono no Ensino Fundamental e no Ensino Mdio. Veja que a taxa de aprovao, que deveria ser o mais prxima possvel dos 100%, vai caindo, enquanto au-mentam os percentuais dos alunos reprovados ou que aban-donam a escola, com impacto direto sobre as matrculas (sobre abandono e evaso, veja o Glossrio).

    17,2%dos alunos do 1o ano do Ensino Mdio foram reprovados em 2010

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 36 11/Apr/12 9:54 AM

  • Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 37

    O Ensino Fundamental, assim denominado pela Lei n 9.394, de 1996, foi, em grande medida, concebido em 1971, mediante a Lei n 5.692 e com a denominao de 1 Grau, como uma etapa obri-gatria da escolarizao que articulava o antigo ensino primrio, de quatro sries, com o ciclo ginasial, tambm de quatro sries, do ensino secundrio, rompendo com a barreira do exame de admis-so, considerado um obstculo para a democratizao da escola. Sua perspectiva era a da construo de um tipo de escolarizao de base, alargando os horizontes da escola de primeiras letras em contato com conhecimentos mais aprofundados e sem perder de vista as necessidades de atendimento a amplos contingentes.

    Contudo, estamos ainda diante de muitos desafios no sentido de sua plena democratizao e at mesmo da construo de uma identidade para a etapa como um todo. Um deles reside no proces-so de formao de seus professores, ancorada numa concepo de ensino quase que exclusivamente associada repartio do conhe-cimento escolar em oito disciplinas acadmicas.

    Potencialmente em conexo com esse perfil do professorado, chama a ateno as taxas de rendimento do conjunto de suas s-ries, pois, embora a taxa de abandono tenha cado de 14%, em 1999, para 5%, em 2010, o patamar de aprovao oscilou, neste perodo, de 77% para 81%, com a consequente elevao da reprovao de 9% para 14%, dando a entender que os alunos ficam na escola sem a contrapartida da aprendizagem.

    Isso se reflete nos patamares de desempenho de seus concluin-tes, expressos nos resultados do Sistema de Avaliao da Educao Bsica (Saeb), com pequena elevao das proficincias a partir de 2005. Esse quadro, combinado com as taxas de aprovao, influen-ciaram no crescimento modesto do ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica (Ideb).

    A concentrao das matrculas nas redes pblicas transforma o enfrentamento das tarefas para a melhoria da qualidade dos anos finais do Ensino Fundamental numa tarefa concernente ao chama-do regime de colaborao entre os entes federados, haja vista que assistimos de 1999 at hoje a uma reduo da participao das re-des estaduais.

    No bastando dificuldades na garantia de edificaes e outros insumos, isso, adicionalmente, coloca o problema de organizao dos mecanismos de seleo e de carreiras para os professores, para se evitar a precarizao dos vnculos empregatcios.

    Assim, os quase 14 milhes de alunos matriculados nos anos fi-nais exigem um pronto equacionamento pelo direito que tm a uma escolarizao de qualidade.

    A concentrao das matrculas nas redes pblicas transforma o enfrentamento das tarefas para a melhoria da qualidade dos anos finais do Ensino Fundamental numa tarefa concernente ao chamado regime de colaborao entre os entes federados.

    DESAFIOSDOSAnOSFInAISDOEnSInOFUnDAMEnTAL

    Ocimar Munhoz Alavarse

    Doutor em Educao pela Universidade de So Paulo. Atualmente professor da Faculdade de Educao da USP.

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 37 11/Apr/12 9:54 AM

  • 38OS NMEROS DA EDuCAO BRASILEIRA

    6,7

    Porcentagem de crianas entre 10 e 14 anos de idade que possuem mais de 2 anos de atraso escolar, por regio

    Distoro Idade-Srie - 2010

    Fonte: MEC/Inep/Deed.

    0 5 10 15 20 25

    13,0

    19,7

    20,7

    9,3

    8,3

    6,1

    Total Brasil

    Norte

    Nordeste

    Centro-Oeste

    Sudeste

    Sul

    Ingresso tardio, repetncia e abandono so causas funda-mentais do atraso escolar, um problema da Educao brasileira com consequncias sobre geraes de estudantes. Como se ob-serva nos grficos desta pgina e na seguinte, o pas apresenta taxas muito elevadas de distoro idade-srie.

    o percentual de jovens de 16 anos que concluram o Ensino Fundamental, em 2009

    63,4%

    o percentual de jovens de 19 anos que concluram o Ensino Mdio, em 2009

    50,2%

    Taxa de Distoro Idade-Srie, por srie (%)

    Distoro Idade-Srie - Ensino Fundamental - 2010

    Fonte: MEC/Inep/Deed.

    0 5 10 15 20 25 30 35

    23,6

    18,5

    29,6

    5,4

    14,5

    21,4

    24,0

    24,4

    32,5

    30,7

    28,3

    25,7

    Total Brasil

    Ano Inicial 4 Srie

    5 8 Srie

    Ano Inicial

    1 Srie

    2 Srie

    3 Srie

    4 Srie

    5 Srie

    6 Srie

    7 Srie

    8 Srie

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 38 11/Apr/12 9:54 AM

  • Alunos caminham por rua do Centro histrico de Ouro Preto (MG)

    Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 39

    o Impacto do atrasoO professor Tufi Machado Soares, da Universidade Federal de

    Juiz de Fora (UFJF), afirma no estudo Correo do atraso esco- lar fundamental, presente no relatrio De Olho nas Metas 2011, que a taxa de concluso do Ensino Fundamental, com at um ano de atraso, deve ser de 76,9%, em 2022. J a do Ensino Mdio, tambm prevendo um ano de atraso para os alunos, ten-de a ser de 65,1% no mesmo ano. Esses percentuais apontados esto bastante aqum da Meta 4 do Todos Pela Educao, que estabelece que, at 2022, 95% ou mais dos jovens brasileiros de 16 anos tenham completado o Ensino Fundamental, e 90% ou mais dos de 19 anos tenham completado o Ensino Mdio.

    6,7

    Taxa de Distoro Idade-Srie, por Srie (%)

    Distoro Idade-Srie - Ensino Mdio - 2010

    Fonte: MEC/Inep/Deed.

    34,5

    37,8

    32,6

    31,3

    Total Brasil

    1 Srie

    2 Srie

    3 Srie

    0 10 20 30 40 50

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 39 11/Apr/12 9:54 AM

  • 40OS NMEROS DA EDuCAO BRASILEIRA

    Avaliao e qualidadeCada vez mais, o brasileiro se habitua a acompanhar os

    resultados das avaliaes educacionais, como a Prova Bra-sil e o Exame Nacional do Ensino Mdio (Enem). Isso sem contar a ampla divulgao do ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica (Ideb), que oferece populao uma sn-tese do desempenho das escolas pblicas de Ensino Funda-mental, redes estaduais, municipais e do Brasil e regies.

    o que o IdebO ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica (Ideb) um

    indicador da qualidade da Educao desenvolvido pelo Minist-rio da Educao. Seus valores variam de 0 a 10. O objetivo do MEC que o Brasil alcance o Ideb 6, no Ensino Fundamental I, at 2021.O indicador calculado com base no desempenho do estu-

    dante nas avaliaes realizadas pelo pas e nas taxas de apro-vao. Assim, segundo a prpria definio do Inep, para que o Ideb de uma escola ou rede cresa preciso que o aluno apren-da, no repita o ano e frequente a sala de aula.O Ideb pode ser calculado por escola, para as escolas pbli-

    cas de Ensino Fundamental. Tambm existe o ndice para todas as redes de Ensino Fundamental e Mdio, federais, estaduais e municipais, pblicas e privadas.

    Ensino Fundamental - anos iniciais

    Ensino Fundamental - anos finais

    Ensino mdio

    BRasIl 4,6 4,0 3,6

    Norte 3,8 3,6 3,3

    Nordeste 3,8 3,4 3,3

    Sudeste 5,3 4,3 3,8

    Sul 5,1 4,3 4,1

    Centro-Oeste 4,9 4,1 3,5

    Fonte: MEC/Inep.

    ndice de desenvolvimento da Educao Bsica (Ideb)Brasil e Regies 2009

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 40 11/Apr/12 9:54 AM

  • Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 41

    enem: alm da avaliao

    Em 2011, cerca de 5,4 milhes de jovens se inscreveram para fazer o Exame Nacional do Ensino Mdio (Enem). O exame sempre atraiu grande nmero de estudantes. Primeiro, por conta da utilizao das notas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni). E, mais recentemente, quando o Enem passou a constituir a base do Sistema de Seleo Unificada (Sisu), que seleciona os mais bem classificados para vagas em universidades pblicas.

    Inscritos no Enem - Brasil (milhes)

    Fonte: MEC/Inep.

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

    0,2 0,4 0,4

    1,6 1,8 1,9 1,6

    3,03,7 3,6

    4,0 4,24,6

    5,4

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6,7

    Percentual de alunos que aprenderam o esperado para o 3 ano em Leitura

    Fonte: Prova ABC.

    56,1

    43,6

    42,5

    62,8

    64,6

    64,1

    Total Brasil

    Norte

    Nordeste

    Sudeste

    Sul

    Centro-Oeste

    0 10 20 30 40 50 60 70

    importncia da Prova ABC

    Em 2011, pela primeira vez, a Prova ABC (Avaliao Bra-sileira do Ciclo de Alfabetizao), avaliou a qualidade da al-fabetizao das crianas que concluram o 3o ano (2a srie). A avaliao foi feita a partir de uma parceria do Todos Pela Educao com o Instituto Paulo Montenegro/Ibope, a Funda-o Cesgranrio e o Inep. As provas foram aplicadas no primeiro semestre de 2011 a cerca de 6 mil alunos de escolas municipais, estaduais e particulares de todas as capitais do pas.

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 41 11/Apr/12 9:54 AM

  • 42OS NMEROS DA EDuCAO BRASILEIRA

    de oLHo nA QUALidAde

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    Meta 2009200920072005200320011999

    27,6

    14,4

    18,6

    13,211,9

    34,2

    32,5

    26,2

    28,9

    14,7

    11,0

    36,6

    29,1

    17,9

    24,726,3

    14,3

    Lngua Portuguesa

    Matemtica

    5 ano (Fundamental)

    Lngua Portuguesa

    Matemtica

    9 ano (Fundamental)

    Lngua Portuguesa

    Matemtica

    3a srie (Mdio)

    Se os avanos da Educao brasileira no campo do aten-dimento foram grandes nos ltimos anos, h muito o que fazer quando se trata de qualidade. Para acompanhar a aprendizagem dos alunos, so realizadas avaliaes educa-cionais em larga escala, como a Prova Brasil. A partir delas possvel estabelecer metas de longo prazo e perseguir resul-tados mais expressivos.

    Evoluo de desempenhoAlunos brasileiros com nvel de profi cincia esperado ou acima, por disciplina e srie, em %

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    Meta 2009200920072005200320011999

    27,6

    14,4

    18,6

    13,211,9

    34,2

    32,5

    26,2

    28,9

    14,7

    11,0

    36,6

    29,1

    17,9

    24,726,3

    14,3

    Lngua Portuguesa

    Matemtica

    5 ano (Fundamental)

    Lngua Portuguesa

    Matemtica

    9 ano (Fundamental)

    Lngua Portuguesa

    Matemtica

    3a srie (Mdio)

    As difi culdades de desempenho aumentam a cada ciclo de ensino, especialmente em

    Matemtica.

    O ano de 2005 marca o incio de um movimento mais homogneo

    de melhora, no acompanhado por Matemtica no Ensino Mdio.

    A Meta 3 do Todos Pela Educao prev que, at 2022, 70% ou mais dos alunos tenham aprendido o que adequado para sua srie. Para isso, h metas intermedirias a serem cumpridas.

    A evoluo em Matemtica tem ritmo superior de Lngua Portuguesa a partir de 2007

    Para que a Educao do Brasil atinja o patamar dos pases desenvolvidos at 2022, o Todos Pela Educao calcula que as porcentagens de alunos em dia com seu

    aprendizado deveriam ser essas em 2009.

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 42 11/Apr/12 9:54 AM

  • Anurio Brasileiro da Educao Bsica 2012 43

    Fonte: Prova Brasil e Saeb (MEC/Inep). Elaborao Inep /Todos Pela Educao.

    PblicasTotalMeta 2009

    LNGUA PORTUGUESA MATEMTICA

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    Centro-Oeste Sul Sudeste Nordeste Norte Brasil

    30,5

    20,3

    15,8

    40,8

    37,434,6

    40,2

    29,132,5

    16

    20,1

    12,9

    20

    41

    45,8

    37,3

    41,1

    30,9

    36,2

    41,5

    45,7

    23,825,4

    34,2

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    Centro-Oeste Sul Sudeste Nordeste Norte Brasil

    5 anodo Ensino Fundamental

    Na mdia Brasil, as escolas pblicas

    alcanam as metas de Matemtica, mas

    quase todas as regies ficam abaixo

    das metas em Portugus.

    Pblicas Total Alcanou a meta Abaixo da metaMeta 2009

    Pblicas Total Alcanou a meta Abaixo da metaMeta 2009

    Pblicas Total Superou a meta Abaixo da meta Dentro do intervalo estatstico de confiana, o que significa que, desse ponto de vista, a meta foi cumprida.

    Meta 2009

    Portugus Matemtica

    0

    8

    16

    24

    32

    40

    Norte

    0

    8

    16

    24

    32

    409 anodo Ensino Fundamental

    O desempenho pblico piora nas duas disciplinas.

    Brasil Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

    Portugus Matemtica

    0

    8

    16

    24

    32

    40

    0

    8

    16

    24

    32

    403 ano do Ensino Mdio

    O percentual de alunos que alcanam

    desempenho adequado em

    Matemtica chega ao menor nvel.

    Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil Nordeste Sudeste Centro-Oeste Sul Norte

    Portugus Matemtica

    22,2

    23,3

    28,9

    18,8

    22,1

    17,2

    22,1

    26,3

    32,7 32,4

    38,6

    21,8

    29,5

    5,8

    11

    2,64,9

    3,2

    6,87,7

    13,7

    10,3

    16,5

    3,3

    10,4

    26,2

    17,1

    20,3

    13,1

    19,2

    32,4

    27,2

    31,4

    22,5

    27,827,3

    10,4

    14,7

    6,1

    8,3

    4,8

    10,213,5

    18,8

    14,5

    19,1

    9,8

    15,5

    avaliao por ciclos de ensinoA Prova Brasil aplicada a todos os alunos de 5o e 9o anos da rede pblica, em um processo no qual se retira uma amostra para o Saeb. Alm disso, o Saeb avalia de maneira amostral a rede particular no Ensino Fundamental e no Ensino Mdio, e a pblica, no Ensino Mdio.

    Santillana_Anuario_Educacao_prova06.indd 43 11/Apr/12 9:54 AM

  • 44OS NMEROS DA EDuCAO BRASILEIRA

    PisA - PRoGRAmA inTeRnACionALde AVALiAo de esTUdAnTes

    100

    80

    60

    40

    20

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    Itlia

    Sucia

    Mxico

    Chile

    ustria

    Israel

    Luxembu

    rgo

    Turquia

    Rep

    blica Tche

    ca

    Eslovqu

    ia

    Grcia

    Eslovnia

    Frana

    Espanh

    a

    Alem

    anha

    Reino Unido

    Blgica

    Portug

    al

    Estado

    s Unido

    s

    Hun

    gria

    Irlanda

    Islnd

    ia

    Sua

    Dinam

    arca

    Polnia

    Noruega

    Nova Ze

    lnd

    ia

    Holanda

    Austrlia

    Japo

    Estnia

    Can

    ad

    Finlndia

    Coreia do Su

    l

    %

    100

    80

    60

    40

    20

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    %

    Quirguisto

    Azerbaijo

    Panam

    Catar

    Cazaqu

    isto

    Albnia

    Indo

    nsia

    Argentina

    Tunsia

    Brasil

    Mon

    tenegro

    Jordnia

    Colmbia

    Trinidad e Tob

    ago

    Tailnd

    ia

    Urugu

    ai

    Bulgria

    Romnia

    Srvia

    Dub

    ai (E

    AU)

    Rssia

    Litunia

    Cro

    cia

    Letnia

    Liechtenstein

    Taip Ch

    ins

    Macau (C

    hina)

    Cing

    apura

    Hon

    g Ko

    ng (C

    hina)

    Xan

    gai

    Peru

    !?

    !?

    !?

    Fonte: OCDE.

    !?

    65 pasese economiasparticiparam

    470 milestudantes

    foram avaliados

    a pesquisaPromovido pela Organizao para Cooperao e Desenvolvimento Econmicos (OCDE), o Pisa uma pesquisa trienal aplicada a estudantes de 15 anos.

    XangaiA valorizao dos professores, por meio dos salrios, mas tambm do respeito da sociedade e dos estudantes, um aspecto comum aos pases de mais alto desempenho (Finlndia e Coreia do Sul), assim como na provncia chinesa de Xangai, que lidera o ranking do Pisa.

    CanadO Canad apontado como exemplo no que diz respeito a um dos principais fatores de sucesso no exame: reduzir o impacto da desigualdade, apostando que todas as crianas podem aprender, independentemente do contexto social.

    Estados unidosA Sua e os Estados Unidos, que investem anualmente cerca de US$ 15 mil por aluno, tiveram resultados similares a de pases que gastam um tero deste valor, como a Hungria (cerca de US$ 5 mil por aluno).

    PIsa 2009 - Classi cao dos estudantes em nveis de leitura, segundo a pro cincia em leitura, em %

    o que avaliadoAs habilidades de Leitura, Matemtica e Cincias, para que cada pas avalie suas polticas educacionais e compare-as internacionalmente.

    FocosCada edio foca uma rea. O Pisa 2000 mirou a profi cincia em Leitura. A Matemtica foi o foco principal em 2003 e as Cincias em 2006. Em 2009 esse ciclo recomeou com a Leitura.

    Santillana_Anuario_Ed