anuário da carreira de advogado da união 2010

114
2010 DA UNIÃO ANUÁRIO DA CARREIRA DE ADVOGADO

Upload: anauni

Post on 07-Mar-2016

230 views

Category:

Documents


6 download

DESCRIPTION

Primeiro anuário da carreira de Advogado da União. Obra produzida pela Associação Nacional dos Advogados da União.

TRANSCRIPT

Page 1: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 1

2 0 1 0DA UNIÃO

ANUÁRIO DA CARREIRADE ADVOGADO

Page 2: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

2

Page 3: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 3

2 0 1 0DA UNIÃO

ANUÁRIO DA CARREIRADE ADVOGADO

ANUÁRIO DA CARREIRA DE ADVOGADO DA UNIÃO 2010

Jornalista Responsável:Senyr Lemos de Souza

(MTB DF 6937)

Produção: Cinco Comunicação Ltda.www.agenciacinco.com.br

Projeto Gráfico/Editoração/Ilustrações:Cinco Comunicação Ltda.

Tiragem: 3.000 exemplares

Impressão: Gráfica Charbel

Esta é uma publicação editorial da ANAUNI Associação Nacional dos

Advogados da União. Permitido o uso das informações, desde que citada a fonte.

SHS Qd. 06 Conj. A Bl. “C” Sala 504/505Edifício Brasil 21, Brasília - DF. CEP: 70316-109

(61) 3344-4386 - www.anauni.org.br

Page 4: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

4

Sumário

Sobre a ANAUNI8Apresentação9

Atuação da Procuradoria-Geral da União e Consultoria-Geral da União1012 Direito à Moradia13 Unindo forças pela saúde14 Semana de Combate à Corrupção 15 Cassação de políticos16 Praia Limpa17 Direito à Saúde18 Combate ao trabalho escravo19 Liberdade de expressão 20 UNESCO20 Redução de ações judiciais de medicamentos21 Convenção da Haia22 Geração de renda e emprego 23 Compra de remédios 24 Distribuição de medicamentos24 TV Educativa25 Minha Casa, Minha Vida26 Transporte coletivo para idosos27 União estável entre pessoas do mesmo sexo28 Fechamento definitivo de Bingos e Videoloterias

29 Novas imagens de advertência nas embalagens de cigarro30 Serviços auxiliares por terceirização31 Critérios para fornecer medicamentos32 Avaliação do combate à corrupção33 Conflito de competência34 Recursos públicos35 Economia superior a R$ 1 trilhão38 Transporte naval com segurança39 2 milhões de reais recuperados40 Combate à corrupção em Goiás40 O fim da impunidade41 Honorários indevidos42 Milho geneticamente modificado43 Fiscalização do destino de recursos

44 Proteção da infância45 Menos judicialização na saúde pública46 Em nome do Aviador47 Bloqueio de bens por suspeita de corrupção48 Irregularidades em municípios49 Defesa do patrimônio mineral brasileiro50 Economia justa51 Tratamento da Gripe A52 Refugiados estrangeiros no país 53 Programa Café com o Presidente54 Operação Sanguessuga55 Cofres públicos são poupados56 A energia não pode parar 57 Limites do Brasil58 Fiscalizando os gastos59 Desocupação de área da União60 Belo Monte

Page 5: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 5

Galerias110

Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal76

ANAUNI88

Advocacia-Geral da União6264 R$ 500.000.000.000,00 65 Empréstimo compulsório66 Grandes mudanças67 Olimpíadas 2016 68 Acesso à justiça

69 Súmulas promovem distribuição da Justiça 70 Planejamento Estratégico: a Consolidação da AGU71 Ação Direta de Inconstitucionalidade

72 Advocacia solidária73 R$ 250 bilhões75 AGU é essencial para o PAC

78 Acordo Histórico80 Reforma da Advocacia Pública

90 Nova Diretoria da ANAUNI é empossada em Brasília91 Planejamento Estratégico92 Defesa do Estado93 Defesa das atribuições94 Ferramenta de trabalho94 Defesa de prerrogativas95 Em busca da excelência

82 Honorários para todos83 Planejamento Estratégico84 Ofício ao Presidente

85 Debate de candidatos à presidência da OAB/DF 87 Função Essencial à Justiça

96 Pela defesa da competência técnica97 Trabalho contínuo97 Estado fragilizado98 Apoio da ANAUNI à indicação de Toffoli para o STF98 Abuso de poder99 Na Casa do Povo

100 Novos Advogados da União101 Em defesa dos Advogados da União103 Respeito à Constituição104 Na Linha de Frente105 Carta do Consultivo106 Respeito às regras107 Encontro histórico

Presidentes113

Eventos108

Page 6: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

6

Diretoria da ANAUNIBiênio 2009/2011

PresidenteAndré Gustavo Vasconcelos de Alcâ[email protected]

Vice-PresidenteMilton Nunes Toledo [email protected]

Secretaria-GeralTania Patricia de Lara [email protected]

Boni de Moraes [email protected]

Diretoria FinanceiraIsadora M. Belém Rocha Cartaxo de [email protected]

Adriana Sousa de [email protected]

Diretoria AdministrativaPatrícia Lima [email protected]

Juliana Corbacho Neves dos Santosadministrativa. [email protected]

Diretoria de Atividades LegislativasCristiano Soares Barroso [email protected]

José Mauro de Lima O´ de [email protected]

2010an

uár

io

Diretoria JurídicaRodrigo Cunha [email protected]

Lourival May [email protected]

Diretoria de ComunicaçãoFrancisco Alexandre Colares Melo [email protected]

Glaucio de Lima e [email protected]

Diretoria SocialAna Valéria de Andrade Rabê[email protected]

Rodrigo Ferreira [email protected]

Assessoria Especial para CapacitaçãoRommel Madeiro de Macedo Carneiro

Assessoria Parlamentar [email protected]

Assessoria Legislativa [email protected]

Assessoria de [email protected]

Estrutura

Page 7: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 7

2010

anuár

io

Estrutura

Conselho Fiscal Biênio 2009/2011

[email protected]

Titular: Caio Alexandre Wolff (PGU)Titular: Max Casado de Mello (PU/MG)Titular: Luciano Medeiros de Andrade Bicalho (NAJ/MG)Suplente: José Wanderley Kozima (PU/SC)Suplente: Bruno Leonardo Guimarães Godinho (PU/BA)

Conselho de Ética, Disciplina e Prerrogativas Biênio 2009/2011 (Resolução nº 05/2008-JWK/ANAUNI)

[email protected]

Presidente: Milton Nunes Toledo Junior (PGU)Membro: Fernando Ferreira Baltar Neto (NAJ/PB)Membro: Rodrigo de Souza Aguiar (PU/PR)Membro: Sabrina Fontoura da Silva (CONJUR/MEC)Membro: Sérgio Eduardo Freire Miranda (PU/PI)

Delegados Estaduais da ANAUNI - Biênio 2007/2009

ALAGOAS - Marcio Pereira de Andrade / Gerson José Cajueiro Camerino AMAPÁ - Utan Lisboa Galdino AMAZONAS - Cláudio Salvino Braga / Paula Brandão LimaBAHIA - Antonio Waldir dos Santos Conceição / Diana Miranda BarrosCEARÁ - Karla Simões Nogueira Vasconcelos / Isabel Cecilia de Oliveira BezerraDISTRITO FEDERAL - Sabrina Fontoura da Silva / Flavia do Espírito Santo Batista GrataGOIÁS - Nilson Pimenta Naves / Fábio Adriano de Morais AfonsoMARANHÃO - Paulo José Monteiro Santos Lima / Leonardo Albuquerque MarquesMATO GROSSO - Alexandre Vitor Murata Costa / Giovani Soares BorgesMATO GROSSO DO SUL - Claudio André Raposo Costa / Érika Swami FernandesMINAS GERAIS - Pedro Vasques Soares / Cil Farne GuimarãesPARÁ - Fábio Gomes Pina / Leonardo Fadul Pereira PARAÍBA - Fernando Ferreira Baltar Neto / Fábio Leite de Farias BritoPARANÁ - Vitor Pierantoni Campos / Rodrigo de Souza AguiarPERNAMBUCO - Raimundo Menezes Filho / Rogério Antonio Dornelas Câmara Sother PIAUÍ - Sérgio Eduardo Freire Miranda / Marcos Luiz da SilvaRIO GRANDE DO NORTE - Luiz Muniz da Silva Neto / Gustavo Fernandes Bezerra de MelloRIO GRANDE DO SUL - Márcia Bezerra David / Sandra de Cassia Viecelli JardimSÃO PAULO - Marco Antonio Perez de Oliveira / Renato Feitoza Aragão Junior SANTA CATARINA - Dauton Luis de Andrade / Zany Estael Leite JúniorSERGIPE - Andrea Carla Veras Lins / Francisco Sales de ArgoloTOCANTINS - Marlon Mochnacz / André Luis Rodrigues de Souza

Page 8: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

8

Sobre a ANAUNI

A Associação Nacional dos Advogados da União - ANAUNI é a entidade de classe de âmbito na-cional que representa a carreira de Advogado da União. Fundada em 12 de novembro de 1996, congrega mais de mil e duzentos associados na luta, defesa e representação dos seus direitos e

interesses, contribuindo de modo relevante para o fortalecimento da carreira e da Advocacia-Geral da União (AGU).

Sua história começou a ser escrita quando os primeiros Advogados da União, aprovados em concurso público realizado no ano de 1994 e empossados no ano de 1996, perceberam a necessidade de obte-rem representatividade e interlocução em face da administração da Advocacia-Geral da União.

Desde então, o trabalho desempenhado por cada diretoria tem contribuído para a construção de uma carreira forte e reconhecida pelo Estado e pela sociedade em razão do seu invejável desempenho na execução de sua missão institucional, consagrada pela Constituição da República no âmbito das Fun-ções Essenciais à Justiça.

Page 9: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 9

Apresentação

Caríssimo Leitor,

É com imensa satisfação que a Associação Nacional dos Advogados da União - ANAUNI apresenta à sociedade o primeiro Anuário da carreira de Advogado da União.

Fruto do árduo trabalho de vários Advogados da União, a publicação pretende contribuir para a memória dos fatos que marcaram a história da Advocacia-Geral da União em 2009 e primeiro semestre de 2010, apresentando de modo objetivo e sistematizado aos seus prestigiados leitores - autoridades do Poder Executivo, do Poder Legislativo, do Po-der Judiciário e das demais Funções Essenciais à Justiça, profissionais da comunicação e, principalmente, a sociedade - o primoroso trabalho realizado pelos Advogados da União na defesa do Estado Brasileiro.

Ao manusear este exemplar, temos certeza que o leitor se surpreenderá com a qualidade e a eficiência do trabalho realizado pelos Advogados da União nos mais diversos temas, destacando-se, entre outras instituições republicanas, no combate à corrupção, na pro-moção do direito à saúde e à educação, na defesa dos direitos da criança e do adolescen-te e do meio-ambiente e, claro, na defesa do patrimônio público federal, participando decisivamente para que a Advocacia-Geral da União proporcionasse ao Estado brasileiro a economia de mais de R$ 1 trilhão de reais nos últimos dois anos

Representa esta publicação, por fim, o reconhecimento da ANAUNI aos diletos profis-sionais que compõem a carreira de Advogado da União, responsáveis com as demais carreiras da advocacia pública pelo engrandecimento da instituição a que orgulhosamen-te pertencem - a Advocacia-Geral da União, instituição reconhecida por defender com firmeza e independência a Constituição e as leis de nosso país.

Cordialmente,

ANDRÉ GUSTAVO VASCONCELOS DE ALCÂNTARAPresidente da ANAUNI

FRANCISCO ALEXANDRE COLARES MELO CARLOSDiretor de Comunicação

Page 10: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

10

Page 11: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 11

Atuação dos Advogados da União

Page 12: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

12

Em ação reivindicatória cumulada com demolitória, proposta pela Divisão de atuação no Polo Ativo (DIAPA) da Pro-curadoria da União no Rio Grande do Norte, foi proferida decisão judicial em que foi determinada a demolição, às expensas do réu, de obras irregular-mente erigidas em terreno de marinha, consistente em um muro, uma fábrica e uma lavanderia.

Trata-se de área localizada às mar-gens do rio Potengi, na comunidade de “passo da Pátria”, destinada à re-alização de urbanização e regulariza-ção fundiária pelo Município de Natal, dando continuidade à implementação do denominado Projeto Habitar Brasil - HBB/BID, que beneficiará mais de 920 (novecentas e vinte) famílias.

De forma mediata, o aludido projeto beneficiará toda a coletividade, por-que implicará, também, a proteção ao meio ambiente, eis que serão construí-dos equipamentos sanitários, que trarão imensuráveis benefícios

Direito à MoradiaDeterminada demolição de construção irregular em terreno de marinha

Atuação dos Advogados da União

Veículo de publicação:Site AGU

Data:30/10/2009

O Projeto Habitar Brasil beneficiará mais de 920 famílias

Page 13: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 13

Atuação dos Advogados da União

Unindo forças pela saúdeCelebrado acordo interinstitucional de cooperação técnica

para a resolução administrativa de demandas da saúde

Em solenidade realizada na sede da PU/RN, no dia 22 de julho, foi celebrado Acordo de Cooperação Técnica entre a Procuradoria da União no Estado do Rio Grande do Norte - PU/RN, a Defensoria Pública da União no Estado do Rio Gran-de do Norte - DPU/RN, a Procuradoria Geral do Estado do Rio Grande do Norte - PGE/RN, a Procuradoria Geral do Mu-nicípio do Natal - PGMN/RN, a Secreta-ria de Estado da Saúde Pública - SESAP/RN e a Secretaria Municipal de Saúde do Natal - SMS/Natal, visando a solucionar, administrativamente, as demandas en-volvendo questões de saúde ligadas ao Sistema Único de Saúde - SUS.

A proposta de celebração do acordo foi lançada pela PU/RN, a partir de suges-

tão do Advogado da União Thiago Pe-reira Pinheiro, e obteve pronta adesão dos demais órgãos signatários.

A solução administrativa dos conflitos da saúde será viabilizada por meio do Comitê Interinstitucional de Resolução Administrativa de Demandas da Saúde - CIRADS, cuja constituição foi objeto do acordo, o qual analisará os casos con-cretos em que o assistido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não tenha rece-bido o devido atendimento pelo referi-do sistema, a fim de identificar tanto os casos em que o pleito pode ser atendi-do administrativamente, evitando a sua judicialização, quanto aqueles em que se pode conciliar em ações judiciais já em curso, nas hipóteses em que o tra-

tamento de saúde (fornecimento de medicamentos, insumos, materiais

e serviços de saúde) esteja previs-to no âmbito do SUS e

não tenha sido pres-

Veículo de publicação:Site AGU

Data:23/07/2009

tado, bem como naquelas hipóteses em que, por algum motivo, o médico tenha indicado tratamento diverso dos que são oferecidos pelo SUS.

Constitui objetivo do CIRADS, também, a apresentação de propostas, perante as autoridades competentes, tendentes ao aperfeiçoamento do SUS.

Assinaram o documento Niomar de Sousa Nogueira, Advogado da União, Procurador-Chefe da União no Rio Grande do Norte, representando a PU/RN, Wagner Ramos Kriger, representan-do a DPU/RN, Luiz Antônio Marinho da Silva, Procurador-Geral Adjunto do Estado Rio Grande do Norte, represen-tando a PGE/RN, Bruno Macedo Dan-tas, Procurador-Geral do Município do Natal, representando a PGMN/RN, Ge-orge Antunes de Oliveira, Secretário de Estado da Saúde Pública, representando SESAP/RN, e Ana Tânia Lopes Sampaio, Secretária Municipal de Saúde do Na-tal, representando a SMS/Natal.

O Procurador-Chefe da União no Rio Grande do Norte já designou, por meio da Ordem de Serviço nº 15/GAB/PURN/AGU/2009, da mesma data, como re-presentantes da PU/RN no CIRADS, os Advogados da União Thiago Pereira Pinheiro, Francisco Livanildo da Silva e Daniel Coelho Soares, o primeiro como titular e os demais como suplentes.

Page 14: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

14

A Advocacia-Geral da União (AGU) na 5ª Região propôs 303 ações durante a II Semana de Combate à Corrupção. O evento contou com a participação das Procuradorias da União de Alagoas, Ser-gipe, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Foram ajuizados 205 processos para cobrar valores de agen-tes públicos condenados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), 42 de im-probidade administrativa, 34 de ressar-cimento e 15 ações civis públicas. O objetivo é a recuperação de quase R$ 40 milhões para os cofres da União.

A finalidade da Semana de Combate à Corrupção é mostrar à sociedade que instituições como a AGU estão preocu-padas e atentas às manobras que pos-sam prejudicar a União e, conseqüente-mente, a sociedade.

Ainda foram protocoladas cinco ações expropriatórias de uma área de quase três mil hectares em Pe-trolina,

o equivalente a 12% da cidade do Reci-fe. Na área, estava sendo cultivada ma-conha. Por isso, de acordo com a Cons-tituição Federal, ela será desapropriada pela União e os proprietários não terão direitos a nenhum tipo de indenização.

Além das atividades jurídicas, a II Sema-na de Combate à Corrupção foi marca-da por palestras em mais de 10 escolas públicas, atingindo um total de 2.000 jovens, entre 16 e 18 anos. Nos encon-tros, os advogados da União explicaram aos jovens a importância da boa admi-nistração do dinheiro público para a vida de todos.

As Procuradorias da AGU distribuíram aos alunos dos seis estados a cartilha “AGU e o Cidadão Fiscalizador”, ela-borada pela Procuradoria Regional da União na 5ª Região (PRU5).

“Com o evento, além de propor ações, convidamos a população a participar desse movimento, mostrando que todos podem ser fiscalizadores do bem públi-

co”, explicou o advogado da União e coordenador da

Semana, Marce-lo Eugênio

Feitosa Almei-

da.

Segundo o Procurador Regional da União da 5ª Região, José Roberto Ma-chado Farias, a “pequena corrupção gera indignação, e a grande, descrédi-to.” Ele acredita que as palestras tiveram grande importância por mostrar aos jo-vens que a corrupção pode estar pre-sente em todo e qualquer momento do convívio social.

A II Semana de Combate à Corrupção foi dirigida pela Coordenação Regional de Atuação Ativa (CRAA) da PRU5 e teve o apoio da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal.

Convite

A II Semana acabou, mas as ações edu-cativas de combate à corrupção vão continuar. A Secretaria de Educação do Recife convidou a PRU5 para estender o trabalho de conscientização dos jo-vens às demais escolas da rede pública do município.

Para o advogado da União Marcelo Eu-gênio ficou nítido a vontade dos estu-dantes em se manter mais atuantes na sociedade. “Notamos que eles ficaram bem interessados e gostaram de saber de quais formas poderiam contribuir no combate à corrupção. O contato com eles foi muito bom”, concluiu.

Semana de Combate à Corrupção AGU propõe 303 ações durante a Semana de Combate à Corrupção na 5ª Região

Veículo de publicação:Site AGU

Data:02/10/2009

Atuação dos Advogados da União

Page 15: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 15

A Advocacia-Geral da União (AGU) garantiu no Supremo Tribunal Federal (STF) a competência do Tribunal Supe-rior Eleitoral (TSE) para julgar recursos movidos contra a diplomação de gover-nadores, vice-governadores, senadores, deputados federais, estaduais e suplentes.

O julgamento começou na quarta-feira (30/09) e teve continuidade nesta quin-ta (01/10), quando a maioria dos mi-nistros do STF acolheu os argumentos apresentados em sustentação oral pela Secretária-Geral de Contencioso, Grace Maria Fernandez Mendonça. A AGU defendeu que há mais de 40 anos o TSE já julga os Recursos Contra Expedição de Diploma (RCEDs), propostos contra políticos que são eleitos.

Por seis votos contra e quatro a favor, os ministros não referendaram a liminar concedida pelo ministro relator, Eros Grau. Foram votos vencidos, além do relator, os ministros Cezar Peluso, Mar-

Cassação de políticosGarantida no STF competência do TSE para julgar

pedidos de cassação de políticos

co Aurélio e Gilmar Mendes. Dessa for-ma, a decisão que impedia o julgamen-to dos RCEDs pelo TSE está suspensa.A competência do TSE foi questionada pelo Partido Democrático Trabalhista

(PDT), na Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 167. A legenda alegava que a competência para julgar os RCEDs seria dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

Veículo de publicação:Site AGU

Data:01/10/2009

Atuação dos Advogados da União

Por seis votos contra e quatro a favor, os ministros não referendaram a liminar concedida pelo ministro relator

Page 16: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

16

A Procuradoria da União no Estado do Pará (PU/PA) conseguiu, na Justiça, de-cisão que obriga a Prefeitura do municí-pio de Salinópolis a recolher o lixo dia-riamente na praia do Atalaia, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.

Por meio de Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre a União, o Ministério Público Federal (MPF) e o estado do Pará, o município havia se comprometido, na cláusula sexta, “a adotar as providências necessárias ao recolhimento diário dos lixos produzi-dos ao longo da areia da praia por bar-racas e/ou restaurantes, consumidores e banhistas”.

A PU/PA alegou que a coleta de lixo é questão de saneamento básico e, por isso, “não foi à toa que constou expres-samente como uma das obrigações mu-nicipais no TAC”. Afirmou, também, que a praia do Atalaia é uma das mais frequen-tadas no estado, principalmente na época de férias escolares.

A justiça acolheu os argumentos da Pro-curadoria e determinou, além do reco-

lhimento do lixo pelo menos duas vezes ao dia, que o município forneça um planejamento da coleta, com número total de servidores e equipamentos que serão disponibilizados para o serviço.

Caso a prefeitura não cumpra as deter-minações, receberá uma multa diária no valor de R$ 1 mil.

Força TarefaA Procuradoria da União no Pará é uma das 27 instituições que participa da For-ça-Tarefa de Proteção da Zona Costeira nas praias dos municípios de Salinópo-

lis, Bragança, Maracanã e Marapanim. O objetivo é proteger a zona costeira, na época que coincide com o verão no norte do país.

Em 2009, a novidade é o projeto Praia Limpa, que conta com o apoio da Universidade Federal Rural da Amazonônia (UFRA), da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Museu Paraense Emílio Goldi (MPEG) e faz parte da força-tarefa. O projeto ajuda a conscientizar as pessoas sobre como cuidar e, assim, melhorar as condições de vida na região das praias.

Praia LimpaJustiça obriga município a recolher lixo de praia paraense

Veículo de publicação:Site AGU

Data:17/07/2009

Atuação dos Advogados da União

A Procuradoria da União no Pará é uma das 27 instituições que participam da

Força-Tarefa de Proteção da Zona Costeira

Page 17: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 17

A Procuradoria da União no Pará (PU/PA), em conjunto com a Defensoria Pú-blica da União naquele estado, conse-guiu liminar que obriga o município de Belém (PA) a cumprir o Protocolo de Ma-nejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza A do Ministério da Saúde.

A Advocacia-Geral da União (AGU) ar-gumentou que poderia existir um gran-de perigo de contaminação por conta da festa popular do Círio de Nazaré, bem como da inadequação dos serviços de saúde do município e da chegada do inverno. A denúncia foi feita com base em matérias veiculadas na mídia.

O Protocolo de Manejo da Influenza A regula as medidas preventivas e o tra-tamento da gripe Influenza A em todo o país. Entre as ações, está a triagem de pacientes que tenham os sintomas da gripe; a disponibilização de isolamen-tos adequados (para que o vírus não se espalhe) e de equipamentos de pro-teção individual e material preventivo, como álcool em gel, copos descartá-veis, entre outros.

Direito à SaúdeMunicípio de Belém (PA) é obrigado a cumprir o Protocolo

de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica

A Justiça Federal acolheu os argumentos da Procuradoria e obrigou o município a cumprir o protocolo em no máximo 15 dias, sob pena de ser multada dia-riamente em R$ 10 mil. Em caso de descumprimento, também poderão ser multados, em 20% do valor da causa, o prefeito de Belém e o Secretário Muni-cipal de Saúde.

A PU/PA é uma unidade da Procuradoria-Geral da União (PGU), órgão da AGU.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:15/10/2009

Atuação dos Advogados da União

Poderia existir um grande perigo de contaminação por conta da festa

popular do Círio de Nazaré

Page 18: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

18

Combate ao trabalho escravoMadeireira tem nome inscrito em lista suja por manter trabalhadores como escravos

A Advocacia-Geral da União (AGU) garantiu, na Justiça, a manutenção do nome da empresa Reflorestar Comércio Atacadista de Produtos Florestais Ltda na lista dos empregadores que mantém trabalhadores em situação análoga a de escravos. Também foram mantidas as autuações feitas pelos auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A vitória foi obtida pela Procu-radoria da União no Tocantins, unidade da Procuradoria-Geral da União (PGU) da AGU.

Os trabalhadores da Fazenda Ouro Verde - Dois Irmãos do Tocantins - passavam pela seguinte situação: não tinham direito a descanso semanal re-munerado; alguns dormiam em redes nas árvores; outros em alojamentos de lona e madeira; o único banheiro era na fazenda e não podia ser utiliza-do por todos; bebiam água captada em poço próximo à cozinha e no córrego da fazenda; e faziam as refeições no meio do matagal, em troncos de árvores.

As inspeções foram re-alizadas, inicialmente, em 2006. Os donos fo-ram multados e o MTE estabeleceu um prazo para que a empresa fi-zesse as adequações necessárias na fazenda, como construção de alojamento, refeitório e banheiros para todos. Os proprietários sim-

plesmente ignoraram as determinações, como foi constatado na nova fiscaliza-ção em 2007.

Na ação proposta contra a União, a Reflo-restar alegou que, por não terem compe-tência para apuração de trabalho escravo, os auditores aplicaram a penalidade irre-gularmente.

A PU/TO rebateu os argumentos. Susten-tou que o Decreto 4.552/02 atribui aos auditores fiscais do trabalho a competên-cia para “notificar as pessoas sujeitas à inspeção do trabalho para cumprimento de obrigações ou a correção de irregu-laridades e adoção de medidas que eli-minem os riscos para saúde e segurança dos trabalhadores, nas instalações ou método de trabalho”.

Os Advogados da União esclareceram que a Portaria MT 540/2004, que criou o cadastro, diz que o nome da empre-sa permanecerá na lista por dois anos, após a inclusão na mesma. A Justiça aco-lheu os argumentos e negou o pedido da empresa. Destacou, na decisão, que “os elementos do processo indicaram a submissão de trabalhadores a situação degradante”. Assim, foram mantidos os autos de infração e o nome da empresa na lista suja do trabalho escravo.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:07/10/2009

Atuação dos Advogados da União

Page 19: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 19

Liberdade de expressão Manifestação pública em favor da liberação

das drogas não é crime

A Advocacia-Geral da União (AGU) não considera crime as manifestações públicas em defesa da descriminaliza-ção das drogas. O posicionamento está na manifestação apresentada ao Supre-mo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira (24/08), pela Secretaria-Geral de Contencioso (SGCT) da AGU, na Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) nº 4274.

A Adin foi proposta pela Procuradoria-Geral da República (PGR), questionan-do a interpretação do artigo 33, pará-grafo 2º da Lei de Drogas nº 11.343/06, que considera crime o porte, a venda e a apologia de entorpecentes e impõe as penas legais. Segundo a PGR, esse dispositivo tipifica como crime tam-bém as manifestações públicas pela legalização das drogas.

Atualmente, diversas decisões judiciais impedem passeatas pela descriminaliza-ção das drogas, por considerar apologia ao uso, com base na referida lei.

Na defesa, a AGU pondera que im-pedir as manifestações fere as liber-dades constitucionais de expressão e reunião. Considera que as condutas penais de induzir, instigar ou auxiliar pessoas ao uso de entorpecentes só são consideradas crime quando diri-gidas a pessoa ou grupo certo e de-terminado. Caso contrário, isso não caracteriza o delito.

Para a AGU, também não existe o cri-me descrito no artigo 33 da Lei de Dro-gas, quando o objetivo é a discussão de políticas públicas, “razão pela qual a defesa da legalização das drogas, inclu-

sive através de ma-nifestações e even-tos públicos, não pode ser tipificada nesse dispositivo”.

Quanto à liberda-de de expressão ou de pensamento, a AGU ressalta que muitas vezes ela se manifesta através de reuniões pací-ficas, sem armas e com aviso da au-toridade compe-tente. Isso inclui o debate de temas polêmicos, como aconteceu com a questão do aborto de fetos anencefáli-cos, que ainda será julgado pela Supre-ma Corte.

“Há, portanto, uma diferença funda-mental entre pre-tender que alguém faça uso indevido de drogas, induzindo-o, instigando-o ou auxiliando-o - o que é um fato criminoso -, e emitir uma opinião, es-tando essa última compreendida no exercício de crítica que concretiza o postulado da liberdade de expressão”, diz a peça.

A AGU conclui a manifestação desta-cando que as condutas devem ser ana-lisadas caso a caso. O intérprete dos fa-tos e das normas deve verificar se houve crime ou não no ato público.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:26/08/2009

Por fim, pede o não conhecimento da Adin. A AGU considera que o dispo-sitivo impugnado não tipifica como crime as manifestações públicas em favor da legalização das drogas, como pensa a PGR.

Atuação dos Advogados da União

Page 20: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

20

Atuação dos Advogados da União

UNESCOAtuação da Procuradoria assegura imunidade de jurisdição à UNESCO

A Procuradoria da União em Goiás con-seguiu na Justiça do Trabalho sentença favorável à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO, ao lhe reconhecer imunidade de jurisdição. O caso teve início com a Reclamação Trabalhista proposta em face da UNESCO e da Fun-dação Nacional de Saúde (FUNASA), onde o autor pleiteou o pagamento de diferenças salariais e demais direitos tra-balhistas no montante de R$ 96.290,63.

Ao defender a UNESCO a Procuradoria da União em Goiás invocou a Convenção

sobre Privilégios e Imunidades das Na-ções Unidas, também conhecida como Convenção de Londres, incorporada no ordenamento jurídico nacional por meio do Decreto nº 27.784/1950, que estipula as garantias, os privilégios e as imunida-des que devem ser assegurados à ONU pelos países signatários contra qual-quer processo judicial ou administrativo. Acrescentou que as mesmas previsões foram feitas na Convenção sobre Privi-légios e Imunidades das Agências Espe-cializadas das Nações Unidas, caso da UNESCO, promulgada pelo Decreto nº 52.288/1963.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:20/08/2009

De acordo com o Advogado da União que patrocinou a defesa da UNESCO, Dr. François da Silva, “a decisão foi importante pela repercussão que terá, na medida em que, reconhecendo a efetividade própria dos tratados inter-nacionais, as Instituições brasileiras, a um tempo garantem, no plano interno, a continuidade dos diversos programas desenvolvidos pelas agências da ONU, e preservam, no plano das relações ex-teriores, a imagem do Brasil perante a comunidade internacional como um país que cumpre os Acordos e Compro-missos firmados”.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:17/02/2009

Redução de ações judiciais de medicamentos

PSU/SC discute temas relacionados ao grande número de ações judiciais visando o fornecimento de medicamentes

O Procurador Seccional da União em Blumenau/SC, Caio Alexandre Wolff, participou ontem (16/02/09) de reunião promovida pela Vara Federal de Brus-que com todos os Prefeitos e Secretários da Saúde dos municípios abragidos pela Subseção Judicária local.

A iniciativa partiu das Juízas Erika Gio-vanini Reupke e Michele Polippo e teve como objetivo discutir os temas rela-cionados ao grande número de ações judiciais visando o fornecimento de medicamentos e as medidas que even-tualmente podem ser tomadas ainda

em sede administrativa para melhorar o atendimento à população.

As lideranças municipais ressaltaram os esforços efetuados pelos seus sistemas de saúde e louvaram a iniciativa da parceria entre instituições na busca de soluções.

Page 21: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 21

Convenção da HaiaAGU defende no STF constitucionalidade da

Convenção da Haia

A Secretaria-Geral de Conten-cioso (SGCT) da Advocacia-Ge-ral da União (AGU) apresentou, na última terça-feira (23/06), no Supremo Tribunal Federal (STF), manifestação em que defende a constitucionalidade da Conven-ção da Haia sobre os Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças.

O Partido Democratas (DEM) ajuizou a Ação Direta de Incons-titucionalidade (Adin) nº 4.245, contra artigos da Convenção por suposta violação a princípios constitucionais, em especial ao artigo 227 da Constituição Fede-ral, que trata da proteção integral da criança.

Na manifestação, a AGU defende que a Convenção da Haia tornou-se ins-trumento eficaz e amplamente difun-dido no mundo. Ela foi ratificada por 78 países, preocupados em proteger os menores contra os efeitos prejudiciais dos casos de retenção ou transferência ilícita de crianças.

A AGU argumenta que “a pretensão do autor de declarar a inconstitucionali-dade de dispositivos da Convenção ou mesmo de conferir-lhes interpretação conforme, caso atendida, acabará por

enfraquecer, no Estado brasileiro, a apli-cação de compromisso internacional tão importante para a defesa dos direi-tos fundamentais das crianças”.

Também esclarece que o país poderá, inclusive, ser responsabilizado perante os órgãos jurisdicionais internacionais, por violar compromisso assumido inter-nacionalmente.

A SGCT sustenta, ainda, que ao ajuizar ações de busca, apreensão e restituição de menores ou de regulamentação de visitas, a AGU não pretende atender a

interesses particulares de terceiros, como afirma o DEM. Ao contrário, o objetivo é cumprir a Convenção da Haia.

Por fim, a SGCT destacou que “o ajus-te internacional não tem por finalidade decidir sobre direito de guarda da crian-ça. Essa decisão deverá ser proferida pela jurisdição do Estado de residência habitual do menor”.

A SGCT é o órgão da AGU responsável pelo assessoramento do Advogado-Geral da União nas atividades relacionadas à defesa judicial da União perante o STF.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:26/06/2009

Atuação dos Advogados da União

Page 22: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

22

Geração de renda e emprego Reurbanização da Avenida Beira-Mar em Fortaleza

A atuação da Advocacia Geral da União (AGU) nas ações de reurbanização da Avenida Beira-Mar resultou na assi-natura de convênio entre a Prefeitura Municipal de Fortaleza e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). O Termo de Referências será utilizado como base para o Concurso Nacional de Idéias, que vai selecionar o melhor projeto de reestruturação para a área prejudicada.

Desde 2008, a Procuradoria da União no Estado do Ceará vem desenvolven-do trabalhos de coordenação voltados para a reurbanização do trecho com-preendido entre a Avenida Rui Barbosa e o Mercado dos Peixes. Advogados da União relatam que o local é marcado por vários problemas, principalmente no que diz respeito à infra-estrutura viá-ria. Motoristas e turistas são os principais prejudicados. Por isso, 3,5 quilômetros da Beira Mar deverão passar por obras.

O projeto será financiado com recursos do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur), do Mi-nistério do Turismo. Para a conclusão, es-tima-se que serão gastos R$ 30 milhões.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:13/10/2009

A solenidade de assinatura do convênio contou com a participação da Advoga-da da União Isabel Cecília de Oliveira Bezerra, coordenadora do projeto, e do Procurador-Chefe da União no Ceará, José de Arimatéia Neto, além de repre-sentantes da Prefeitura, do IAB e de ou-tros órgãos colaboradores.

Atuação dos Advogados da União

Desde 2008, a Procuradoria da União no Estado do Ceará vem desenvolvendo

trabalhos de coordenação voltados para a reurbanização

Page 23: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 23

Compra de remédios ICMS de medicamentos importados é suspenso

A Consultoria Jurídica junto ao Minis-tério da Saúde, em conjunto com a Secretaria-Geral de Contencioso da Advocacia-Geral da União (AGU), con-seguiu suspender, no Supremo Tribunal Federal, o pagamento de mais de R$ 590 milhões pelo Ministério da Saúde ao Distrito Federal.

A ação discutiu a legalidade de 314 autos de infração lavrados pelo Distrito Federal em desfavor do Ministério da Saúde, por meio dos quais se exigia o recolhimento do Imposto sobre Circu-lação de Mercadorias e Serviços (ICMS devido a desembaraço aduaneiro de medicamentos importados. O valor su-pera o montante de R$ 590 milhões.

A AGU salientou que o Ministério da Saúde é o destinatário final desses medi-camentos, utilizando-os em serviços de saúde, especificamente na execução do programa nacional de prevenção e combate às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e AIDS. Além dis-so, os remédios são utilizados para cum-prir ordens judiciais que, cautelarmente, determinam a aquisição e fornecimento de medicamentos a particulares.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:09/10/2009

Atuação dos Advogados da União

A AGU salientou que o Ministério da Saúde é o destinatário final desses

medicamentos, utilizando-os em serviços de saúde, especificamente na execução do programa nacional de prevenção e

combate às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e AIDS

Page 24: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

24

Distribuição de medicamentosDireito de receber remédios para o tratamento de Alzheimer é garantido

Pacientes da rede pública de saúde da cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte, tiveram garantido o direito de receber remédios para o tratamento de Alzheimer, glaucoma e mal de Parkinson.

Os acordos para oferta dos medicamen-tos foram firmados esta semana na sede da Procuradoria da União do Rio Gran-de do Norte (PU/RN), durante a terceira reunião do Comitê Interinstitucional de Resolução Administrativa de Demandas da Saúde (Cirads).

Além destes primeiros acordos, que beneficiaram três pacientes, vários ou-tros casos, com possibilidade efetiva de conciliação, foram encaminhados para

Veículo de publicação:Site AGU

Data:17/09/2009

Atuação dos Advogados da União

TV EducativaVitória em ACP movida pelo MPF para anulação das

concessões de rádio e TV da Furb

A Justiça Federal julgou improcedente a ação civil pública que o Ministério Pú-blico Federal (MPF) propôs em face da União e Anatel para anular as conces-sões de rádio e TV outorgadas à Funda-ção Universidade Regional de Blume-nau (Furb). O juiz Clenio Jair Schulze, da 2ª Vara Federal do município, aco-

Veículo de publicação:Site AGU

Data:09/10/2009

análise administrativa. A expectativa é de que na próxima reunião do Cirads, marcada para o dia 30 de setembro, no-vos acordos sejam firmados em benefí-cio desses cidadãos.

Coordenado pelo advogado da União Thiago Pereira Pinheiro, o Cirads é fruto de um acordo de cooperação técnica entre a PU/RN, as Procuradorias Ge-rais do estado do Rio Grande do Nor-te (PGE/RN) e do Município do Natal (PGMN/RN), a Defensoria Pública da União (DPU/RN), a Secretaria de Es-tado da Saúde Pública (SESAP/RN) e a Secretaria Municipal de Saúde do Natal (SMS/Natal). O comitê conta ainda com o apóio técnico do Ministério da Saúde.

lheu os argumetnos da AGU no sentido de que não haveria necessidade de a outorga ser precedida de licitação, pois os serviços das emissoras da Furb têm caráter educativo.

O magistrado lembrou ainda que, em-bora o MPF não tenha alegado a ocor-

rência de práticas comerciais, “é fato notório nesta região, que a Furb, insti-tuição universitária que é, tem se limi-tado a transmitir programas educativos nos seus veículos de comunicação, cumprindo, ainda, a obrigação consti-tucional decorrente do trinômio ensino, pesquisa e extensão”.

Além destes primei-ros acordos, que beneficiaram três pacientes, vários outros casos, com

possibilidade efeti-va de conciliação, foram encaminha-dos para análise

administrativa

Page 25: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 25

Minha Casa, Minha VidaConstrução de residências dentro do programa

“Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal

Após a atuação da Procuradoria Regio-nal da União da 2ª Região (PRU2), o juízo da 8ª Vara Federal do Rio de Ja-neiro (RJ) proferiu sentença garantindo a reintegração de posse à União de um terreno no bairro do Santo Cristo, re-gião central do Rio. O imóvel pertencia originalmente à extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e era usado pela em-presa de transportes Evanil.

A antiga Rede Ferroviária e a Evanil ti-nham um acordo que permitia o uso do terreno como garagem para os ônibus da empresa rodoviária. Porém, com a extinção da RFFSA, o terreno passou a ser de propriedade da União.

Em acordo com a Gerência Regional do Patrimônio da União (GRPU), a PRU2 ajuizou ação para reaver a posse do imóvel e conseguiu sentença favorável.

Após ser notificada oficialmente da de-cisão judicial, a empresa Evanil desocu-pou o terreno. A efetiva reintegração da posse do imóvel foi realizada pela GRPU na última segunda-feira, dia 10 de agosto.

A GRPU informou que entrará em con-tato com a Secretaria de Estado de Ha-bitação do Rio para que o terreno seja destinado à construção de residências dentro do programa “Minha Casa, Mi-nha Vida”, do Governo Federal.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:18/08/2009

Atuação dos Advogados da União

Em acordo com a Gerência Regional do Patrimônio da União

(GRPU), a PRU2 ajuizou ação para reaver a posse do imóvel e

conseguiu sentença favorável

Page 26: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

26

Transporte coletivo para idososAGU defende no STF transporte coletivo gratuito para idosos

A Advocacia-Geral da União (AGU) defenderá no Supremo Tribunal Fede-ral (STF) o transporte coletivo públi-co gratuito para idosos maiores de 65 anos. O memorial com os principais pontos da defesa será entregue aos ministros até esta quarta-feira (19/08), data prevista para o julgamento do caso pela Corte.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) nº 3.096, proposta pela Procura-doria-Geral da República (PGR), ques-tiona parte do artigo 39 do estatuto, que assegura a gratuidade do transporte público coletivo, “exceto nos serviços seletivos e especiais, quando prestado paralelamente aos serviços regulares”.

Outro ponto defendido é a aplicação do rito dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no julgamento de pessoas que cometeram crimes previstos no Es-tatuto do Idoso (Lei nº 10.741/03).

Para a PGR, é inconstitucional o artigo 94 da lei, que determina a aplicação do rito simplificado dos Juizados Especiais àqueles que cometeram crimes contra idosos, cuja pena máxima não ultrapasse quatro anos de reclusão.

Defesa

A AGU sustentará que os artigos do Esta-tuto do Idoso não são inconstitucionais. O Supremo, inclusive, considerou cons-titucional o artigo 39 da Lei 10.741/03, no julgamento da Adin nº 3.768, pro-posta pela Associação Nacional das Em-

presas de Transporte Urbano. Na época, o STF concordou com a defesa da AGU de que antes da criação do estatuto, o artigo 230, parágrafo 2º da Constituição Federal, já garantia o direito ao transporte gratuito de idosos. “Sabe-se que um dos efeitos bási-cos da coisa julgada material é impedir a rediscussão de maté-rias já decididas”, diz a peça da Secretaria-Geral de Contencioso (SGCT) da AGU. A AGU rebate, ainda, o argumento da PGR de que o artigo 94 do estatuto protegeria pessoas que cometeram cri-mes contra idosos, como abandono em hospitais ou casas de saúde, apropriar-se ou desviar bens, e exibir e veicular imagens depreciativas.

Explicará que o objetivo da lei é exata-mente o contrário - acelerar o trâmite do processo criminal para punir mais rapidamente o acusado e proteger os idosos, considerando a idade avançada dos mesmos.

O estatuto preserva os princípios re-gentes dos Juizados Especiais Criminais: oralidade, informalidade, economia pro-cessual, celeridade e concentração. Este último faz com que todos os atos pro-cessuais sejam realizados em uma única audiência.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:18/08/2009

Atuação dos Advogados da União

“Sabe-se que um dos efeitos

básicos da coisa julgada material

é impedir a rediscussão de

matérias já decididas”

Page 27: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 27

União estável entre pessoas do mesmo sexo

AGU encaminha ao STF informações presidenciais em defesa da união estável entre pessoas do mesmo sexo

A Consultoria-Geral da União (CGU/AGU) encaminhou ao Supremo Tribu-nal Federal (STF) as informações pre-sidenciais na Ação Direta de Incons-titucionalidade (Adin) nº 4277, onde defende a união estável entre pessoas do mesmo sexo, amparada pelo artigo 1.723 do Código Civil Brasileiro.

A ação foi proposta pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a inter-pretação de que o artigo 1.723 do Có-digo Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/02) proíbe o reconhecimento da união está-vel entre pessoas do mesmo sexo, pois cita apenas a entidade familiar entre homens e mulheres.

Diversas decisões judiciais impedem os homossexuais de receberem direitos entre casais, como benefícios previden-ciários e inclusão do companheiro no plano de saúde.

Nas informações, elaboradas pelo advo-gado da União Rogério Marcos de Jesus Santos, a AGU concordou com a posi-ção da PGR.

As informações presidenciais conside-raram que a Constituição Federal não impede a união estável de pessoas do mesmo sexo, pois não é discriminatória. Pelo contrário, protege a dignidade da pessoa humana, a privacidade, a inti-

midade e proíbe qual-quer discriminação, seja de sexo, raça, e orientação sexual. As-sim, não poderia violar direitos fundamentais expressos em seu tex-to. As discriminações sofridas pelos homos-sexuais não estão de acordo com o princí-pio constitucional da dignidade da pessoa humana e da igualda-de. “Numa interpre-tação sistemática da Constituição da Repú-blica é possível verifi-car que o que se pretende é justamente proteger a liberdade de opção da pes-soa”, ressaltou o advogado da União.

A CGU/AGU destacou, ainda, que a união homoafetiva no país “é uma rea-lidade para qual não se pode fechar os olhos” e que as relações homossexuais existem independentemente de am-paro legal, “embora diversos países do mundo já tenham alterado seu sistema de direito positivo para incluir a possibi-lidade de união estável entre pessoas do mesmo sexo”. Essas mudanças legais fo-ram frutos da luta pela consolidação de direitos civis e também apóiam a causa pessoas com orientação sexual diversa.

Atuação dos Advogados da UniãoVeículo de publicação:Site AGU

Data:17/08/2009

“Numa interpreta-ção sistemática da Constituição da República é possível verificar que o que se pretende é

justamente pro-teger a liberdade

de opção da pessoa”

Page 28: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

28

Fechamento definitivo de Bingos e VideoloteriasMáquinas caça níqueis deverão ser destruídas ao final do processo

A Procuradoria Secional da União em Blu-menau/SC (órgão de execução da AGU) e o Ministério Público Federal (MPF) con-seguiram duas novas sentenças de mérito que confirmam a decisão de fechar todas as casas de bingo que funcionavam na re-gião de Blumenau e Indaial.

Ao tempo que restaram confirmadas liminares anteriores já concedidas, as decisões agora também impedem o eventual desvio das máquinas apreen-didas, uma vez que foi determinada a destruição de todos os “caçaníqueis” ao final da acão.

Para o Advogado da União que atua nos processos, Caio Alexandre Wolff, “trata-se de uma vitória para a comunidade local e que somente reforça o compro-misso de toda a sociedade, sem qual-quer distinção, de respeito à lei e às deci-sões do Poder Judiciário, em especial às oriundas do Supremo Tribunal Federal.”

Veículo de publicação:Site AGU

Data:29/06/2009

Atuação dos Advogados da União

Trata-se de uma vitória para a comunidade local e que somente reforça o compromisso

de toda a sociedade, sem qualquer distinção, de respeito à lei e às decisões do Poder Judiciário, em especial às oriundas do

Supremo Tribunal Federal

Page 29: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 29

Novas imagens de advertência nas embalagens de cigarro

Estratégia para reduzir o número de fumantes jovens e adolescente

A Procuradoria Seccional da União (PSU) em Blumenau assegurou, na Jus-tiça, a veiculação de novas imagens de advertência nas embalagens de cigarro, questionada desta vez pelo Ministério Público Federal (MPF) por meio da Ação Civil Pública 2008.72.05.002189-2.

A Resolução RDC nº 54/08 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvi-sa), determina que indústrias tabagistas imprimam imagens e frases nas caixas do produto, como estratégia para re-duzir o número de fumantes jovens e adolescentes.

Mesmo depois de derrubadas as contes-tações judiciais propostas pelo Sindica-to da Indústria do Fumo (Sinditabaco), o MPF ajuizou ação pretendendo anular os efeitos da nova campanha da Anvisa. Alegou suposta ofensa à dignidade da pessoa humana, pois as imagens seriam “repulsivas”.

A Procuradoria argumentou que a ini-ciativa garante à sociedade o direito igualitário de acesso à ampla informa-ção e saúde. Sustentou, ainda, que a violação à dignidade da pessoa huma-na não é a atitude de forçar as empre-

sas a revelar os reais malefícios do fumo, mas seria a de nada fazer, permitindo que adolescentes atendam ao marketing da in-dústria. Além disso, o artigo 220 da Consti-tuição Federal autori-za a restrição da pro-paganda comercial de cigarros e bebidas e, desde 2001, os fabri-cantes de produtos de tabaco são obrigados, por lei, a inserirem advertências sanitá-rias ilustradas com fotos nas embalagens de cigarros.

O Juiz da 1ª Vara Fe-deral de Blumenau Le-andro Cipriani acolheu os argumentos da PSU e ressaltou que as fotos apenas retratam a realidade das doenças ine-rentes à precária condição humana. A decisão alertou que as imagens “não devem ser escândalo, que fere dignida-de, mas motivo de comiseração, tole-rância, compreensão”.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:29/04/2009

Atuação dos Advogados da União

A violação à dignidade da pessoa humana não é a atitude de forçar as empresas a revelar os reais

malefícios do fumo

Page 30: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

30

Serviços auxiliares por terceirizaçãoA prática não contraria a regra do concurso público e observa o princípio da eficiência

A Procuradoria Secional da União em Blumenau/SC obteve sentença favorá-vel à União em ação civil pública em que o Ministério Público Federal pre-tendia impedir os órgãos públicos fede-rais da região de contratarem serviços terceirizados para as atividades acessó-rias como vigilância, limpeza, reprogra-fia e outras.

O juiz Adamastor Nicolau Turnes, da 2ª Vara Federal de Blumenau, enten-deu que a prática não contraria a regra do concurso público e observa o prin-cípio da eficiência. Segundo o juiz, a terceirização gera “redução de custos com relação à pretensão de criar cargos públicos com atribuições de vigilância armada ou desarmada, de copa e de limpeza e conservação”. O magistrado também ponderou que “a terceirização de serviços (...) cumpre importante pa-pel, prevenindo desnecessário inchaço da máquina pública, burocratização desnecessária de serviços de menor complexidade e que não se dirigem di-retamente ao público”.

O MPF havia alegado que, nos muni-cípios da Subseção Judiciária de Blu-menau, aqueles órgãos - inclusive o próprio MPF e a Justiça Federal - esta-riam descumprindo a lei ao contrata-rem pessoal para executar serviços que seriam atribuições dos cargos efetivos. De acordo com a sentença “Não deve o Judiciário intervir quando a ação da Administração estiver, dentro da publi-cidade, legalidade, moralidade, isono-mia, promovendo atividades de apoio de modo mais eficiente e econômico”, concluiu o juiz.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:26/08/2009

Atuação dos Advogados da União

Page 31: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 31

Critérios para fornecer medicamentos

AGU obtém sentença de improcedência em ação coletiva de medicamentos movida pelo MPF

A 2ª Vara da Justiça Federal de Blume-nau julgou totalmente improcedente a Ação Civil Pública movida pelo MPF com pedido de condenação da União, Estado de Santa Catarina e Município de Blumenau a padronizar, adquirir e fornecer o medicamento “malato de su-nitinibe” a todos usuário do SUS.

O Juiz Clenio Jair Schulze destacou alguns critérios para que, excepcionalmente, pode ser fornecido medicamento por decisão judicial. São eles:

1) essencialidade: o medicamento ou prótese deve ser essencial ao destina-tário e indispensável para a manuten-ção da sua vida, ou seja, o remédio/prótese deve ser necessário e não po-dendo apenas propiciar maior comodi-dade ou conforto ao paciente;

2) o medicamento/prótese não pode estar em fase experimental, ter eficácia duvidosa ou para uso em terapia alter-nativa não comprovada;

3) deve-se optar pelo medicamento/prótese genérico ou correlato, de me-nor valor ou de eficácia semelhante já fornecido pelo SUS;

4) a substância/prótese deve estar dis-ponível no mercado nacional;

5) demonstração da manifesta impossi-bilidade financeira do destinatário para a aquisição do medicamento/prótese.

Como no caso dos autos o autor MPF não logrou êxito em comprovar o aten-dimento aos requisitos supra, a ação foi julgada improcedente.

Atuação dos Advogados da União

Veículo de publicação:Site AGU

Data:14/09/2009

O medicamento ou prótese deve ser essencial ao destinatário e

indispensável para a manutenção da sua vida

Page 32: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

32

Convenção da ONU contra a corrupção terá mecanismo para avaliar países

A 3ª Conferência dos Estados Partes da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção aprovou na última sexta-fei-ra (13/11), em Doha, Catar, o mecanis-mo de avaliação dos países signatários quanto à implementação das medidas de prevenção e de combate à corrup-ção previstas no acordo. A necessidade da instituição de um instrumento que permita avaliar o progresso dos países nessa matéria foi defendida pela dele-gação brasileira que participou do even-to, chefiada pelo Ministro-Chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, e ressaltada no seu discur-so durante a cerimônia de abertura da reunião, no dia 9 deste mês.

A partir de agora, todos os países em que a Convenção da ONU vigorar se-rão avaliados de acordo com os critérios estabelecidos no mecanismo. A revisão será feita em dois ciclos de avaliação, cada um com cinco anos de duração. O processo consistirá na avaliação dos países por outros dois Estados, sendo um deles da mesma região geográfica do Estado avaliado e, se possível, com sistema jurídico similar. A escolha dos países avaliadores será feita por sorteio.A cada ano, um quarto dos países de-verá ser avaliado, mas cada país pode-rá postergar em um ano a data de sua avaliação, desde que devidamente justificado. O processo de revisão será supervisionado pelo Grupo de Revisão da Implementação, com o objetivo de identificar desafios e boas práticas dos Estados, assim como considerar as neces-sidades de assistência técnica que apre-sentem, de maneira que a Convenção possa ser efetivamente implementada.

Segundo o minis-tro Jorge Hage, a aprovação do mecanismo é uma medida de grande importância para garantir a efetivida-de da Convenção da ONU, pois sem ele não é possível mensurar o pro-gresso que os paí-ses estão fazendo, nem as dificulda-des que estão ten-do para implantar as medidas previs-tas. Segundo ele, “não servem para isso as conhecidas pesquisas de percep-ção, que não medem efetivamente os avanços dos governos”.

Apesar de a delegação brasileira ter de-fendido a adoção de um mecanismo mais abrangente, em especial em rela-ção à transparência dos resultados e à participação da sociedade civil, o instru-mento aprovado remete muitas dessas questões ao consentimento do país cuja implementação da Convenção esteja sendo avaliada.

De qualquer forma, o ministro Jorge Hage, conforme a posição defendida durante a Conferência, assegura que o Brasil irá “permitir o amplo acesso às in-formações sobre a sua avaliação, com a publicação de seus relatórios finais de avaliação, bem como a participação da sociedade civil no seu processo de revi-são da implementação”.

Veículo de publicação:Site CGU

Data:17/11/2009

Avaliação do combate à corrupção

Atuação dos Advogados da União

A cada ano, um quarto dos países

deverá ser avaliado, mas cada país

poderá postergar em um ano a data de sua avaliação, desde que devida-mente justificado

Page 33: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 33

Atuação dos Advogados da União

Conflito de competênciaJuízo Federal de 1ª instância é incompetente para decidir

ação ordinária contra ato administrativo de tribunal

A Procuradoria da União em Goiás ob-teve êxito relevante em ação movida pela AMATRA - Associação dos Magis-trados do Trabalho da 18º Região, com pedido de antecipação de tutela, obje-tivando declarar ineficaz decisão profe-rida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, que indeferiu afasta-mento de magistrado das suas funções jurisdicionais para exercício de manda-to de Presidente da referida Associação dos Magistrados do Trabalho.

Intimada a se manifestar sobre o pedi-do de antecipação da tutela, a União sustentou que: a) a Justiça Federal de 1º grau é incompetente para apreciar ação ordinária contra ato administrativo emanado de Tribunal Regional do Tra-balho; b) os autores não demonstraram

os requisitos para antecipação de tutela, estando presente o periculum inverso e havendo compatibilidade no exercício das funções de magistrado e presiden-te de associação de classe; c) tramita no Conselho Nacional de Justiça pro-posta de regulamentação da matéria, vedando o afastamento de magistrado das funções jurisdicionais para presidir entidade de classe com menos de 150 associados; d) há associação de âmbito nacional, a ANAMATRA, com finalidade convergente à da AMATRA XVIII para a defesa de interesses dos associados des-ta; d) o afastamento de magistrado de sua atividade judicante para presidir associação de classe, implicaria colocar o interesse privado acima do público, dado o prejuízo no trâmite de processos e o custo na designação e manutenção

de juiz em substituição daquele afastado.Em conclusão, ao entendimento de que o juízo federal de primeira instân-cia carece de competência para decidir ação ordinária movida para desfazer ato administrativo de tribunal com base em questionamento exclusivamente de direito, o juiz federal da causa determi-nou a remessa dos autos ao ramo do Po-der Judiciário competente para dirimir o presente feito, qual seja, o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região.

Tal decisão estabelece importante pre-cedente a favor dos interesses da União. A manifestação da União sobre o pedi-do de antecipação de tutela foi elabora-da pela Advogada da União Silvia Maria Chemet Kanso, lotada na Procuradoria da União em Goiás.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:15/10/2009

Tal decisão estabelece importante precedente a favor dos interesses

da União

Page 34: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

34

Recursos públicosAcordo pelo combate à corrupção e fiscalização do uso de recursos públicos é firmado em Goiânia

A Advocacia-Geral da União (AGU) participa dos esforços para fortalecer, ampliar e aprimorar o compromisso e a articulação institucionais no comba-te à corrupção e fiscalização do uso de recursos públicos no estado de Goiás. Representantes de vários órgãos públi-cos, incluindo a Procuradoria da União em Goiás (PU/GO), assinaram acordo nesse sentido, durante o I Fórum da Rede de Controle.

Segundo o Procurador-Chefe da União em Goiás, Luís Fernando Teixeira Cane-do, a participação da Procuradoria na Rede de Controle é muito importante, “já que ela dispõe de um Núcleo espe-cializado de Advogados da União cuja atribuição é promover ações que visam à recomposição das verbas públicas da União desviadas no Estado de Goiás”.

O evento também contou com a par-ticipação do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes, que ressaltou a importância da união de

Veículo de publicação:Site AGU

Data:09/09/2009

todos os órgãos incumbidos do contro-le da gestão pública. Para ele, “quanto maior a ação fiscalizatória, melhores os resultados para a sociedade”.

Além da PU/GO, assinaram o acordo o TCU; a Justiça Federal; o Tribunal Re-gional Eleitoral; a Procuradoria da Re-

pública no Estado de Goiás; o Ministério Público do Estado de Goiás; a Secretaria da Fazenda; a Controladoria Regional da União; a Superintendência Regional da Polícia Federal; Delegacia da Receita Federal em Goiânia e Anápolis; a Dire-toria de Gestão de Segurança do Banco do Brasil, entre outros.

Atuação dos Advogados da União

Quanto maior a ação fiscalizatória, melhores os resultados para a sociedade

Page 35: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 35

Atuação dos Advogados da União

Economia superior a R$ 1 trilhão

Caso Chesf: vitória na maior ação judicial da América do Sul entra para a história

A atuação estratégica e compromissada de Advo-gados da União engajados na defesa do patrimônio da União garantiu a vitó-ria da Advocacia-Geral da União (AGU) na ação que cobrava indenização de R$ 1,23 trilhão da Com-panhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). A ação, movida pela Men-des Junior S/A, ainda no final da década de 80, vi-sava o ressarcimento pela construção da Usina Hi-drelétrica (UHE) de Itapa-rica, localizada no estado de Pernambuco. Porém, a obrigação da companhia para com a siderúrgica já havia sido cumprida, me-diante pagamento dos ser-viços, inclusive com juros e correção monetária.

A Mendes Júnior alegava ter direito a ser ressarcida de custos adicionais de-correntes de empréstimos que teria precisado tomar para financiar as obras da UHE de Itaparica. A empreiteira foi contratada em 1981 e concluiu a cons-trução em 1986. Nesse período, a Chesf pagou com atraso algumas faturas, e a construtora alegou ter precisado buscar recursos no mercado financeiro para dar continuidade ao empreendimento.

O ponto central da defesa apresentada pela Procuradoria Regional da União na 5ª Região (PRU5) aos Desembarga-dores do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), que concluíram o

julgamento do caso no último dia 25 de fevereiro, foi que não houve com-provação dos empréstimos que teriam sido feitos para a construção da UHE. A AGU demonstrou que os mais de R$ 1 trilhão, cobrados a título de indeniza-ção, representam um valor exorbitante, pois não há nenhum tipo de compro-vação dos empréstimos e débitos que levassem a essa quantia.

Julgamento

Um documento de 80 páginas com in-formações, que afirmavam não haver provas sobre a relação entre os alega-dos empréstimos contraídos pela Men-

des Júnior e as parcelas em atraso, fun-damentou o voto do Desembargador Federal Francisco Cavalcanti, relator o processo no TRF5. Durante o julga-mento, o magistrado salientou que a quantia requerida representa quase a metade do PIB Brasileiro e seria sufi-ciente para construir outras 18 usinas similares à Hidrelétrica de Itaparica. À unanimidade, os Desembargadores que compõem a Primeira Turma do Tri-bunal concordaram que a indenização é indevida. Com a decisão, a Mendes Júnior fica obrigada a pagar os hono-rários advocatícios de sucubência, no valor de R$ 100 mil. Este valor será destinado à União e à Chesf.

Page 36: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

36

Atuação dos Advogados da União

Os Advogados da Uniâo Flávia Danielle Santiago Lima e Hermes Bezerra Brito Júnior foram os responsáveis pela defe-sa da União, explicou que a efetiva par-ticipação da AGU, por meio da PRU5, com acompanhamento e atuação siste-mática no processo, garantiu a tramita-ção na Justiça Federal e a possibilidade de julgamento no TRF5. “O voto do Desembargador Francisco Cavalcanti foi preciso e amplamente fundamento. É importante lembrar que caso a Mendes Júnior saísse vitoriosa, os cofres públicos iriam arcar com a indenização”.

Hermes Júnior também salientou que a vitória no caso se deu em virtude do trabalho em equipe das Procuradorias Geral e Regional da União e o Ministé-rio de Minas e Energia (MME), represen-tado pelo Advogado da União que atua na Consultoria Jurídica (Conjur), Dario Spegiorim. Ele também acompanhou o processo na íntegra. “É importantíssima a aproximação do Consultivo ao Con-tencioso da AGU nesse tipo de caso”, declarou.

Atuação eficaz

Para a Procuradora-Geral da União,

Helia Maria de Oliveira Bettero, “resul-tados positivos como esse, alcançados pela atuação engajada da Procuradoria Regional da União da 5ª Região, de-monstram o profissionalismo e o com-prometimento dos Advogados da União na defesa do patrimônio público”. O trabalho em equipe contou com parce-ria da Consultoria Jurídica do Ministério das Minas e Energia e do departamento jurídico da Eletrobrás, explicou.

A importância do trabalho em equipe também foi destacada pelo Procurador Regional da União na 5ª região, José Roberto Farias. “O êxito nessa atuação deve-se ao trabalho em equipe, onde a confiança, a liberdade e o compromisso foram fundamentais”. Já o advogado da União Rogério So-ther, lembrou que a vitória não é só da Chesf ou da AGU. “Toda a sociedade sai ganhando, pois a indenização de R$ 1,23 trilhão iria sair dos cofres públicos. Defendemos, assim, os direitos do cida-dão”, ressaltou.

Histórico

Em 1981, a construtora Mendes Júnior S/A foi contratada pela Chesf para rea-

lizar as obras da Hidrelétrica de Itapa-rica, concluídas em 1986. Após o fim dos trabalhos, em 1988, a empreiteira entrou com ação declaratória na 4ª Vara Cível da Comarca de Recife, com obje-tivo de exigir ressarcimento pela Chesf.

Na época o pedido foi acatado, mas não houve quantificação do débito ale-gado. O valor seria apurado em outra ação, de cobrança.

Em setembro de 2009, sentença de 1ª instância julgou parcialmente proce-dente o ressarcimento, mas a Chesf re-correu dessa decisão na 2ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça de Pernambuco que, por unanimidade de votos, anulou o processo.

Insatisfeita, a Mendes Júnior entrou en-tão com Recurso Especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Foi quando União pediu o seu ingresso como assis-tente simples da Chesf, sendo o pedido atendido pela Corte. O STJ não chegou a analisar o Recurso Especial da Men-des Júnior, mas como a União entrou no caso, o Tribunal acabou determinando que o processo fosse examinado pela Justiça Federal.

Os autos foram levados para a 12ª Vara Federal em Pernambuco no ano de 2000. Lá foi proferida sentença parcial-mente favorável à empresa Mendes Jú-nior. No laudo pericial foi reconhecido como devido à companhia o valor de R$ 80.165.962.549,61 na data de 30 de abril de 2002. Esta quantia deveria ser corrigida a juros de mercado de 3,60 ao mês, acrescido e honorários de 20%.

A Advocacia-Geral da União, a Chesf e o Ministério Público Federal apelaram des-sa decisão, destacando que a indenização era indevida. No julgamento pelo TRF5, a sentença da primeira instância da Justi-ça Federal foi reformada, de modo que o pedido da Mendes Júnior foi julgado im-procedente por unanimidade.

Durante a tramitação do processo, advo-gados da PRU5 realizaram várias reu-

Page 37: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 37

Atuação dos Advogados da União

resultados positivos como esse, alcançados pela atuação engajada da Procuradoria Regional da União da 5ª

Região, demonstram o profissio-nalismo e o comprometimento dos Advogados da União na defesa do patrimônio público

Veículo de publicação:Site AGU

Data:05/03/2010

niões com o departamento jurídico da Chesf visando alinhar a linha de defesa. Foram apresentados ao TRF5 memoriais e realizados despachos diretamente com os Desembargadores. A conclu-são a que chegaram a Chesf e a PRU 5ª Região era de que os valores pleiteados não apresentavam nenhuma razoabili-dade, uma vez que tese defendida era de que não existia nenhum débito a ser pago.

Perícias

De acordo com a PRU5, ocorreram duas perícias na tramitação do processo, sendo a primeira perante a justiça comum do esta-do de Pernambuco, que foi anulada por decisão do TJPE e posteriormente confirmada pelo STJ. A se-gunda perícia ocorreu pe-rante a 12ª Vara Federal de Pernambuco, chegando ao valor de mais de R$ 80 bi-lhões. Em março de 2010 estes valores atingiram R$ 2. 672.934.188.969,67, incluindo os ju-ros e correções. A AGU e a Chesf con-testaram os cálculos, e obtiveram a vitória no TRF5.

A Advocacia-Geral da União entende que a questão já esta decidida, uma vez que o relator fundamentou a sua decisão na falta de prova por parte da Mendes Ju-nior a comprovar o seu suposto direito. Se a Mendes Júnior recorrer ao STJ, a União deverá manter sua linha de defesa.

Segundo o Advogado da União Israel Pinheiro Torres Júnior, da Coordenação Geral Jurídica da PRU da 5ª Região, tra-ta-se da “maior causa já julgada no país e na América do Sul.” Ele explicou que, “se fosse mantida a decisão judicial que determinava o pagamento da indeniza-ção somente com base em cálculos ma-temáticos, desconsiderando a compro-vação de que os valores resultaram de empréstimos aplicados na obra, haveria violação de princípios constitucionais

como a razoabilidade e da proporcio-nalidade”.

Indenização seria maior que o valor da Hidrelétrica de Itaparica. Para de-monstrar a impropriedade dos cálculos apresentados após as perícias judiciais, a PRU5 apresentou números e valores comparativos obtidos junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e à Eletrobrás.

A Usina Hidrelétrica de Itaparica tem capacidade instalada de 1.480 MW. Já a Usina Hidrelétrica Santo Antonio, no Rio Madeira, recentemente licitada, terá uma capacidade instalada de 3.150 MW, e está orçada em aproximadamente R$ 9.4 bilhões por megawatt instalado.

“Com esses parâmetros, a Usina de Ita-parica custaria, conforme preços prati-cados nos leilões de energia nova, algo em torno de R$ 4.4 bilhões, de modo que o valor a que pretendeu chegar a Mendes Júnior equivale à construção de seiscentas usinas (880.000 MW) com a mesma potência da UHE Itaparica”, ex-plica Israel. Significa mais que octuplicar a capacidade total de geração hoje ins-talada no país, que é de 103.600 MW.

“Se compararmos com valores cons-tantes do Balanço Consolidado da Eletrobrás, controladora da Chesf, a quantia equivale a mais de 32 o seu

patrimônio líquido registrado no dia 31 de dezembro de 2008 em R$ 81,3 bi-lhões”, salientou.

Na avaliação da PRU5, se a Eletrobrás tivesse que pagar toda a indenização, teria que comprometer, por mais de 86 anos, toda a sua receita comercial anu-al, que é de R$ 30.731.000.000,00.

Considerando dados do Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indenização que a Mendes Júnior não vai receber graças à atuação da AGU, da Chesf e do Ministério Público Federal, ultrapassa um terço do Produto Interno Bruto (PIB) re-gistrado no último ano, que foi de R$ 2.889.718.577.034,63, menos de 3 trilhões de reais.

Repercussão

A vitória judicial da Chesf ga-nhou destaque na imprensa nacional e regional. Veja as principais manchetes:

O Estado de São Paulo (26/02): Ação de R$ 1 trilhão da Mendes Júnior é rejei-tada Diário de Pernambuco (26/02): Justiça nega indenização à construtoraFolha de Pernambuco (26/02): TRF5 derruba ação contra a Chesf Jornal do Commercio (26/02): Mendes Júnior perde ação no TRFFolha de São Paulo (27/02): Justiça anula indenização trilhionária a construtora Consultor Jurídico (27/02): TRF-5 nega indenização à construtora Mendes Júnior Tribuna do Norte (28/02): Construtora perde causa trilhionária

A Procuradoria-Regional da União (PRU5), citada na matéria, é uma uni-dade da Procuradoria-Geral da União (PGU), órgão da AGU.

Page 38: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

38

Transporte naval com segurançaSegurança garantida no transporte naval de passageiros realizado entre dois Municípios de Goiás

A Procuradoria da União em Goiás conseguiu, na Justiça Federal, deci-são para que proprietários de balsas que fazem o transporte de pessoas e veículos no Rio Corrente, entre os municípios de Itajá e Itarumã, se adéquem às normas da Marinha do Brasil. O transporte fluvial começou após a quebra da ponte que ligava as cidades, por conta do rompimento da Barragem da Espora, que fica a 70 km. Porém, os donos das embar-cações não estavam cumprindo as normas de segurança necessárias.

Após inspeção naval, a equipe da Capitania Fluvial do Tietê-Paraná detectou diversas irregularidades nas operações de embarcação. Por isso, determinou aos proprietários das balsas a adoção de medidas de segurança, sob pena de suspensão de suas atividades. Tais inadequa-ções, inclusive, já haviam causado a queda de um caminhão no rio.

Como as medidas não foram integral-mente acatadas, a Marinha lacrou as embarcações impedindo o tráfego até o cumprimento das exigências adminis-trativas. O município de Itajá resolveu propor, então, ação contra a Marinha para a liberação das balsas no juízo esta-dual e obteve decisão liminar favorável. A PU/GO propôs ação cominatória contra os proprietários das balsas junto

a Seção Judiciária Federal de Rio Verde/GO, devido ao risco que tal medida ju-dicial impunha às vidas dos passageiros, e diante do fato de que tanto o juízo de 1º grau como o Tribunal de Justiça de Goiás não acolheram as argumentações.

O juízo federal acolheu integralmente os pedidos da Procuradoria e determi-nou aos proprietários das balsas que no prazo de 30 dias realizem todas as ade-quações determinadas pela Marinha,

sob pena de multa diária R$ 5 mil reais.Segundo o advogado da União que propôs a ação, Nilson Pimenta Naves, afirmou que “a atuação da PU foi im-portante para fomentar a cultura da segurança, que muitas vezes não é encarada seriamente no Brasil. Além de salvar vidas humanas, a adoção de medidas preventivas desonera o contri-buinte, que é quem financia as despe-sas do SUS, INSS, Corpo de Bombeiros, entre outras.”

Veículo de publicação:Site AGU

Data:10/08/2009

Atuação dos Advogados da União

Page 39: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 39

2 milhões de reais recuperados

União ganha ação e será ressarcida em mais de 2 milhões de reais pela Companhia Energética de Goiás - CELG

A União restou vencedora na Ação de Cobrança proposta com o objetivo de ser ressarcida pela Companhia Energética de Goi-ás - CELG quanto aos valores referentes aos “encargos de ca-pacidade emergencial” por esta arrecadados e não repassados à Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial - CBEE (empresa extinta e sucedida pela União).

Os “encargos de capacidade emer-gencial” foram instituídos após a crise energética ocorrida nos anos de 2001/2002. Conforme a Resolução ANEEL nº 249/2002, o referido encargo tarifário objeti-vava subsidiar os custos da CBEE na contratação de capacitação de geração de potência, sendo que os mesmos seriam rateados pelos consumidores finais, exceto os de baixa renda.

No curso da referida Ação de Cobrança ficou comprovado que a CELG, apesar de ter cobrado dos consumidores finais, deixou de repassar à CBEE o montan-te de R$ 2.186.705,78 (dois milhões, cento e oitenta e seis mil, setecentos e cinco reais e setenta e oito centavos) até o mês de maio de 2006.

O Juiz Federal da 9ª Vara Federal de Goiás, além de condenar à CELG a

Veículo de publicação:Site AGU

Data:27/07/2009

indenizar à União o montante de R$ 2.186.705,78, também o fez em re-lação às obrigações vencidas e não repassadas após o mês de maio de

2006, cujos valores serão apurados em liquidação de sentença (processo nº 2006.35.00.006695-4 - 9ª Vara Fede-ral de Goiás).

Atuação dos Advogados da União

No curso da referida Ação de Cobrança ficou comprovado que a CELG, apesar de ter

cobrado dos consumidores finais, deixou de repassar à CBEE o montante de R$ 2.186.705,78

Page 40: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

40

Combate à corrupção em GoiásPU/Goiás compõe Fórum Permanente de Combate à Corrupção no Estado de Goiás

O Procurador-Chefe da União em Goi-ás, Dr. Luís Fernando Teixeira Canedo, assinou nesta quinta-feira, 18 de ju-nho, na sede do Ministério Público Fe-deral em Gozaiás (MPF/GO), Termo de Compromisso de Cooperação Técnica que cria o Fórum Permanente de Com-bate à Corrupção no Estado de Goiás, FOCCO-GO.

Além da PU/GO, os outros órgãos que participaram do ato de criação do Focco-GO foram os seguintes: Ministé-rio Público Federal, Ministério Público do Estado de Goiás, Tribunal de Con-tas da União, Controladoria-Geral da

União, Polícia Federal,, Procuradoria Fe-deral em Goiás, Caixa Econômica Fede-ral, Banco do Brasil, Receita Federal e os Ministérios Públicos do TCE e do TCM.

O objetivo da criação do Focco-GO é propiciar maior integração entre os órgãos Federais e Estaduais partícipes, aumentando a efetividade da fiscaliza-ção e do controle da gestão de recursos públicos. Para tanto, os participantes do Fórum vão realizar esforços concretos e continuados para a criação de uma rede de relacionamentos e parcerias estraté-gicas como, por exemplo, compartilha-mento de banco de dados e informa-

Veículo de publicação:Site AGU

Data:23/06/2009

ções disponíveis nos órgãos envolvidos.O Fórum visa também tornar mais efe-tivas as medidas de recomposição do patrimônio público e dar transparên-cia ao repasse e aplicação dos recur-sos públicos.

“A participação da Advocacia-Geral da União (AGU) no Fórum é importante na medida em que enfatiza sua proati-vidade no combate à corrupção, além de possibilitar a troca de experiência e a adoção de estratégias comuns entre di-versos órgãos e instituições partícipes”, afirmou Luís Fernando Teixeira Canedo, Procurador-Chefe da União em Goiás.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:11/02/2009

O fim da impunidadeAjuizadas ações contra 474 gestores por

improbidade administrativa

A Procuradoria da União no Piauí (PU/PI) entrou na Justiça, em 2008, contra 474 gestores para obrigá-los a devolver recursos públicos que foram mal aplica-dos ou desviados.

A atuação é resultado da força-tarefa da Advocacia-Geral da União (AGU) criada para combater a corrupção e a improbidade, que agora funciona per-manentemente. A meta é recuperar re-

cursos de condenações do Tribunal de Contas da União e de outros casos de improbidade administrativa.

A maioria das irregularidades envolve ex-prefeitos e membros de comissões de licitações das prefeituras no Piauí. Muitos deles, depois que o escânda-lo do desvio de verba pública saiu do foco, voltaram à vida pública e à prática criminosa.

Segundo o Procurador-Chefe da PU, Ricardo Resende, mesmo com a moro-sidade que acontece nos casos de ações civis públicas, que podem durar anos, já é possível perceber resultados.

“O crescente número de ajuizamentos está mudando o sentimento de impu-nidade. A penhora dos bens pessoais é uma importante arma de punição para esses casos”, afirmou.

Atuação dos Advogados da União

Page 41: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 41

Honorários indevidosVerba honorária paga indevidamente volta aos

cofres públicos

A atuação da Procuradoria da União no Paraná assegurou a conversão aos cofres públicos de um montante de, aproxi-madamente, 2 milhões de reais.

Trata-se da devolução de honorários advocatícios na ação de desapropria-ção movida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - IN-CRA, contra a Madeireira Pinho Oeste Ltda, Sociedade Paraguaçu Madeiras Ltda, Bosquiroli, Bertoldo & Cia Ltda, Emil Daud, Joaquim Felipe Laginski e Abrahão Parcival Vial, representadas pelos advogados Luiz Cláudio Roedel Correa e Roberto Wypych Júnior .

Com o objetivo de expropriar, por inte-resse social, para fins de reforma agrária, imóveis rurais localizados na Colônia Pindorama, o INCRA moveu uma ação de desapropriação em 1979 contra as mencionadas partes, que buscaram re-ceber indenizações pela desapropriação.A União entendeu que as partes não poderiam receber pois as terras não lhes pertenciam, por se tratar de terras situadas em faixa de fronteira, de domí-nio federal. A justiça impediu o levan-tamento de qualquer indenização até que fosse comprovada a titularidade do domínio. Não obstante as decisões que impediam o recebimento do dinheiro,

os advogados dos expropriados já ha-viam levantado mais de 2 milhões de reais em verbas honorárias.

Atendendo os argumentos da Procuradoria da União no Paraná, a Juíza Federal Substi-tuta da 2ª Vara Federal de Umuarama, Ga-briela Hardt, deferiu o pedido formulado pela União, determinando a intimação dos referidos advogados para que, no prazo de 72 horas, efetuassem o deposito em conta judicial do valor antecipadamente libera-do, de forma indevida.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:26/08/2009

Atuação dos Advogados da União

Trata-se da devolução de

honorários advocatícios na

ação de desapro-priação movida pelo Instituto Nacional de

Colonização e Reforma Agrária -

INCRA

Page 42: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

42

Milho geneticamente modificadoAGU assegura a continuidade do plantio do milho transgênico

A Procuradoria da União no Paraná garantiu, na justiça, a continuidade do cultivo de variedades de milhos transgê-nicos e da comercialização de sementes geneticamente modificadas, a todos os produtores brasileiros que já realizam esse tipo de cultura.

Trata-se de pedido de ação cautelar in-cidental à Ação Civil Pública, movida pela Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor e a organização Terra de Direitos, con-tra a união e as empresas Bayer S/A, Syngenta Seeds Ltda e Monsanto do Brasil Ltda, pedindo a suspensão da comercialização de sementes transgê-nicas, do cultivo de variedade de mi-lhos transgênicos e de qualquer novas liberações comerciais de variedade de milhos geneticamente modificados, “até que fossem estabelecidas as nor-mas de coexistência adequadas à legis-lação pátria”.

Os requerentes alegavam que, de acor-do com os laudos oficiais da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abasteci-mento do Paraná, houve a ocorrência de contaminação das plantações de milhos não transgênicos por cultivos ge-neticamente modificados, mesmo em situações em que foi aplicado o isola-mento de lavouras determinado pela Comissão Técnica Nacional de Biosse-gurança - CTNBIo, órgão que normatiza a Lei 11.105/2005, que dispõe sobre as normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que desenvol-vam organismos geneticamente modifi-cados e seus derivados.

A defesa da legalidade e da constitu-cionalidade do caso em questão foi preparada pela Procuradoria União do Paraná, através do Advogado da União Rodrigo de Souza Aguiar, que demons-trou a improcedência dos pedidos e ale-gações formulados pela autora da ação, destacando, dentre outros pontos, que os laudos apresentados pela SEAB fo-ram rebatidos pelo Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento, haja vista a inexistência de dados sistemati-zados que permitissem sua análise téc-nica, assim sendo, não se poderia inferir o índice de fertilização por pólen de mi-lho GM na lavoura de milho convencio-nal analisada pela SEAB, dada a ausên-cia de análise quantitativa da presença de milho GM em relação aos grãos da espiga. Não obstante se poderia afirmar a existência de contaminação, não ha-veria como precisar se foi superado o limite de tolerância estabelecido no art. 2º do decreto nº 4680/2003 para a pre-sença de OGM nos gêneros alimentícios que é de 1%, sendo dispensada a rotu-lagem nessas hipóteses.

De posse dessas informações, a Juíza Federal Pepita Durski Tramontini Mazi-ni, da Vara Federal Ambiental do Paraná indeferiu o pedido de liminar.

Na decisão, o Juízo levou em consi-deração os convincentes argumentos de contestação apresentados pela PU/PR, relativos as conclusões da SEAB/PR. Considerou, também, o investimen-to então promovido pelos agricultores para o plantio da safra do milho. Além disso, destacou que as regras técni-cas de coexistência normatizadas pela

CTNBIo, lastreadas por documento da comissão que atesta as bases científicas das normas de coexistência de lavou-ras GM e não GM, continuam valendo, haja vista a inexistência de prova da in-suficiência das normas por ela editadas.

Segundo o a advogado da União, Rodri-go Aguiar “trata-se de tentativa reitera-da de ONGs e Associações de Pequenos Agricultores no sentido de infirmar a le-gitimidade dos procedimentos e normas da CTNBIO. Pela segunda vez, o Poder Judiciário, acatando os argumentos da Procuradoria da União no Paraná, man-teve a possibilidade do cultivo de mi-lhos transgênicos.”

Veículo de publicação:Site AGU

Data:16/10/2009

Atuação dos Advogados da União

Na decisão, o Juízo levou em consideração

os convincentes argumentos de contestação

apresentados pela PU/PR, relativos as

conclusões da SEAB/PR.

Page 43: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 43

contas. Afirmou, na decisão, que basta verificar a íntegra da decisão do TCU, constante dos autos, mais precisamente as razões do voto do relator, para se ver que houve decisão motivada.

Quanto à alegação de o TCU ser o ór-gão responsável pela fiscalização e, tam-bém, incumbido do julgamento não se sustenta, pois a competência para tanto é extraída da Lei Fundamental, ou seja, a Constituição Federal, nos arts. 70 e 71.

Fiscalização do destino de recursosJulgado improcedente pedido de invalidação

de acórdão do TCU

O Juízo da 4ª Vara da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte julgou impro-cedente o pedido do Sr. Ricardo San-tana de Araujo em Ação Ordinária que tinha o escopo de invalidar acórdão do Tribunal de Contas da União.

A Ação contra a União visa à invalida-ção da deliberação do Tribunal de Con-tas da União - TCU nos autos da Toma-da de Contas - TC 600.359/1995 - 1, que, julgando irregulares as contas que o autor prestara no particular da execu-ção dos Convênios 947/92 e 4.039/92, impôs-lhe obrigação de ressarcimento aos cofres públicos.

No pedido inicial, o autor, dentre ou-tras alegações, aduz que é absurda a

posição do TCU no referido caso, vis-to que o condenou em virtude da não comprovação da destinação de recursos recebidos mediante os convênios, os quais tinham por objeto a aquisição de equipamentos escolares e a construção e recuperação de escolas do município. Alega ainda ser o TCU, órgão que fis-caliza, o mesmo que julga, produzindo prova unilateralmente, em inspeções arbitrárias e inconstitucionais.

Acolhendo os argumentos veiculados na contestação, formulada pelo Advogado da União Niomar de Sousa Nogueira, a Justiça Federal entendeu que não hou-ve rejeição, sem fundamentação, das alegações constantes da defesa do autor apresentada no processo de tomada de

Veículo de publicação:Site AGU

Data:24/08/2009

Atuação dos Advogados da União

Page 44: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

44

Proteção da infância100% de aplicação da convenção no estado do Rio Grande do Norte

A União, no Estado do Rio Grande do Norte, fez acordo nas duas ações que tratavam da Convenção da Haia, não só contribuindo para que os menores sofressem o mínimo possível em de-corrência do conflito judicial, mas, tam-bém, possibilitando o seu convívio com o pai e a mãe.

No último processo, discutia-se a busca, apreensão e restituição de uma menina - filha de um alemão com uma brasileira -, em virtude de sua “saída” com a mãe da Alemanha (onde estava domicilia-da) para uma cidade do litoral potiguar, após o fato da genitora ter perdido a guarda dessa filha para o pai.

O Estado Brasileiro, nestas situações, defende, além da integridade psíquica e emocional, o retorno da criança ao país onde possuía residência habitual e no qual se deve discutir-se/revisar-se a guarda, com base no Decreto nº 3413/2000 - que promulgou a referida Convenção - da qual o Brasil é signatá-rio -, sobre os aspectos civis do seques-tro internacional de crianças.

A União, pela Divisão de Atuação Pró-Ativa da PU/RN, na pessoa do Advoga-do Cássio Rêgo de Castro, teve atuação decisiva nesse processo, tornando possí-vel o feliz desfecho do caso, uma vez que garantiu à genitora esforços junto à Autoridade Central Alemã, no sentido de lhe possibilitar o retorno à Alemanha com a família sem o risco de ser privada de sua liberdade de locomoção (arqui-vando-se quaisquer processos contra si no dito Estado), dando-lhe, ainda, a devida assistência, desde sua chegada ao país estrangeiro. Aquele Membro da

AGU destaca “ter sido imprescindível ao sucesso do acordo a participação do Departamento Internacional da PGU, pela Advogada Dra. Natalia C. Mar-tins, fornecendo-lhe constantemente subsídios, assim como lhe orientando em aspectos específicos, inclusive du-rante a audiência (que durou mais de sete horas) via celular”.

Portanto, a mãe brasileira, contando com o apoio e segurança garantidos pela União, percebeu que a melhor solução, inclusive para sua filha, seria o retorno amigável para a Alemanha. O que se dará em dezembro deste ano. O Termo de Audiência foi devidamente assinado e homologado.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:24/07/2009

No antecedente caso, mencionado no primeiro parágrafo, a menor retornou com sua mãe para a Suécia, com a assistência da Autoridade Central Fe-deral (ACAF) e da Autoridade Central estrangeira, que, inclusive, ofereceu-lhe curso específico da língua nativa, a fim de propiciar à brasileira melhores opor-tunidades de emprego naquele lugar.

Atuação dos Advogados da União

Page 45: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 45

Atuação dos Advogados da União

Menos judicialização na saúde pública

Estados da 5ª Região terão comitê para solucionar administrativamente demandas da saúde

Todas as unidades da Advocacia-Geral da União (AGU) nos estados da 5ª Re-gião da Justiça terão o Comitê Interins-titucional de Resolução Administrativa de Demandas da Saúde (Cirads). Até o momento, apenas o Rio Grande do Norte possui o grupo, mas ele já está em fase de implantação em Pernambuco, na Procuradoria Regional da União da 5ª Região (PRU5), em Recife. Além de evitar a abertura de processos, o Comitê visa, ainda, agilizar a conciliação de ca-sos já em andamento na Justiça.

A decisão foi tomada na 7ª Reunião Or-dinária do Cirads, que aconteceu nesta quarta-feira (25/11), na Procuradoria da União do Rio Grande do Norte (PU/RN), em Natal. A Advogada da União Maria Carolina Scheidegger, represen-tante da Coordenação Regional de Atos e Contratos Administrativos, Patrimônio e Residual (CRAC) da PRU5, partici-pou da reunião.

“Esse projeto é muito importante. É uma forma de tentar re-duzir a judicializa-ção de questões relativas à saúde, atuando de for-ma preventiva. Com isso, esta-mos buscando adotar a mesma solução em ou-tros estados, a começar por Per-nambuco, que já está em processo de implantação do proje-to”, declarou.

Desde a implantação no Rio Grande do Norte, em julho de 2009, o projeto já conseguiu solucionar, pela via adminis-trativa, mais da metade dos casos apre-ciados.

Parceria

Fazem parte do projeto instituições pú-blicas que fecharam uma parceria: PU/RN; Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Norte (PGE/RN), Procu-radoria-Geral do Município do Natal/RN (PGMN/RN); Defensoria Pública da União no Rio Grande do Norte (DPU/RN), Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP/RN); e Secretaria Municipal de Saúde do Natal

(SMS/Natal). O Cirads conta ainda com o apóio técnico do Ministério da Saúde e tem como coordenador o Advogado da União Thiago Pereira Pinheiro, lota-do na PU/RN.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:26/11/2009

Page 46: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

46

Em nome do AviadorEmpresa que ocupava região onde será construído Museu da Aviação e Memorial do Aviador é retirada

A Divisão de Atuação no Pólo Ativo (Diapa) da Procuradoria da União no Estado do Rio Grande do Norte (PU/RN) fechou com a empresa Nortemar Navegação Turismo Ltda um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), para desocupação de área da União conhe-cida como Região da Rampa, em Natal.

No local, será instalada a nova sede re-gional da Marinha do Brasil e construí-do pelo estado do Rio Grande do Norte o Museu da Aviação de Natal (Museu da Rampa) e o Memorial do Aviador.

A área tem importância histórica pois já foi base de apoio para hidroaviões que cruzavam o oceano Atlântico e recebeu tropas dos Estados Unidos, que desem-barcavam para missões especiais, duran-te a Segunda Grande Guerra Mundial. Para os norte-americanos, Natal (RN) possuía uma posição estratégica naque-la ocasião.

TAC

O Termo de Ajustamento de Conduta foi proposto pelo Procurador-Chefe, Niomar de Sousa Nogueira, porque a Nortemar Navegação Turismo Ltda es-tava ocupando irregularmente a área, para fazer transporte fluvial de pessoas e veículos por meio de balsas. Mesmo após a paralisação desse serviço, a em-presa continuou a utilizar o local.

“Dentro do prazo e observando as de-mais cláusulas previstas no TAC, foram retirados pela Empresa Compromissá-ria todos os equipamentos e balsas do local. A histórica Rampa é motivo de orgulho do povo potiguar”, observou

o Advogado da União Cássio Rêgo de Castro, do Diapa.

Projetos

O projeto de restauração do prédio da Rampa está sendo elaborado pela Secre-taria de Turismo do Estado. A sociedade e imprensa local estão acompanhando com ansiedade todas as etapas prelimi-nares da execução dessa reforma.

A obra pretende reutilizar todos os edi-fícios antigos como espaços culturais. A área da Rampa é de 23 mil metros qua-drados. A Secretaria do Patrimônio da União vai ceder 11 mil metros quadra-dos ao estado e o restante será entregue à Marinha do Brasil.

Na antiga base de hidroaviões será ins-talado um café, com salão e apoio de bar e cozinha, além de uma loja de ar-tigos relacionados ao local. Os galpões servirão para construção do acervo do Museu da Aviação de Natal.

O Memorial do Aviador terá uma es-trutura em concreto e vidro, assentada sobre o pátio de aeronaves. A área dará acesso ao museu principal e contará com um auditório para 120 pessoas.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:07/05/2009

Atuação dos Advogados da União

Page 47: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 47

Bloqueio de bens por suspeita de corrupção

PU/Piauí pede bloqueio dos bens de 16 gestores públicos

A Procuradoria da União no Piauí pediu, na Justiça, a indisponibilidade dos bens de 16 gestores públicos in-vestigados pela Polícia Federal e pe-los demais órgãos fiscalizadores da União. Todos são acusados de desvios de recursos públicos e enriquecimen-to ilícito, sendo 13 dos investigados ex-prefeitos de cidades do interior do Estado.

O Procurador-Chefe da União no Piauí, Ricardo Resende de Araújo, ob-servou que a atuação da Procuradoria, em razão das 16 ações de improbida-de e ressarcimento ajuizadas entre fe-vereiro e agosto de 2009, com base em auditorias da CGU e DENASUS teve grande repercussão na impren-sa. A soma dos montantes envolvidos nas ações totaliza R$ 946.770,55, fato

destacado na edição de 27/08 do Jor-nal o DIA.

Os dados da PU/PI apontam que 474 gestores públicos estão sendo obriga-dos a devolver recursos públicos que foram mal aplicados ou desviados. A maioria das ações envolve ex-prefei-tos e membros de Comissões de Li-citações das prefeituras. Para garantir a devolução do dinheiro desviado, a Procuradoria fez um levantamento de todos os processos, para que seja realizado a penhora dos bens patri-moniais do devedor, especialmente aqueles que abandonaram a carreira política. Ricardo Resende destacou a PU/PI está participando das prepa-rações promovidas pelo Tribunal de Contas da União, por ocasião da as-sinatura do Termo de Compromisso

Veículo de publicação:Site AGU

Data:28/08/2009

de Cooperação que cria a “Rede de Controle do Estado do Piauí”, no dia 28.08.09. A rede conta com a parti-cipação de diversos órgãos públicos como o próprio TCU, a Advocacia Geral da União, a Controladoria Geral da União, Ministério Público Federal, Ministério Público do Estado, Receita Federal do Brasil, Tribunal de Contas do Estado do Piauí, CEF e Banco do Brasil, entre outros.

Atuação dos Advogados da União

A soma dos montantes

envolvidos nas ações totaliza R$ 946.770,55

Page 48: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

48

Irregularidades em municípiosProcuradoria recebe denúncia da Força-Tarefa Popular de Combate à Corrupção

A Procuradoria da União no Piauí (PU/PI) recebeu denúncias da Força-Tarefa Popular de Combate à Corrupção sobre irregularidades na realização de políti-cas públicas em municípios piauienses. Os responsáveis, empresas ou gestores, serão investigados e a Advocacia-Geral da União (AGU) entrará com ações para reaver os recursos.

“O movimento é importante, pois é uma forma de controle social realizado pelos próprios cidadãos”, disse o Procu-rador-Chefe da PU/PI, Ricardo Resende de Araujo.

A Força-Tarefa Popular de Combate à Corrupção é um movimento atuante no Piauí. Organiza caminhadas, a cada dois anos, para difundir o combate à corrupção. Desta vez, o objetivo da marcha foi verificar in loco a realização ou não de obras cujos recursos foram repassados por convênios entre o muni-cípio e o governo federal. Além de reco-lher dados e imagens que comprovam a não-execução de obras públicas, os integrantes fazem palestras, participam de reuniões nas comunidades visitadas e recebem denúncias da população.

Após receber o material coletado pelo movimento, como documentos e foto-grafias, a PU/PI designou o Advogado da União Sérgio Miranda para fazer uma análise técnica e levantar as infor-mações junto à Controladoria-Geral da União (CGU). “A AGU está surgindo como instituição que pode auxiliar no

combate à corrupção, para que os re-cursos públicos sejam aplicados de for-ma eficiente. Isso demonstra um avan-ço institucional, pois a sociedade passa a ver a Instituição como órgão público que pode auxiliar o cidadão tanto nesse controle como em outras iniciativas”, completou o Procurador-Chefe.

Essa foi a primeira vez que a sociedade civil se reportou diretamente à AGU no Piauí. Entre as denúncias, está a não-pavimentação de ruas em Simplício Mendes. O convênio, firmado entre o município, a Caixa Econômica Federal e o Ministério das Cidades envolve R$ 154,2 mil. Uma praça, na mesma cida- Veículo de publicação:

Site AGU

Data:04/08/2009

de, também, deixou de ser concretiza-da. O recurso repassado pelo Ministério do Turismo foi R$ 150 mil. No local, só existe a placa da obra, conforme pro-vam as fotografias feitas pelo movimen-to popular.

A AGU já participa, no Piauí, do Movi-mento Piauiense Contra a Corrupção, ao lado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público Fe-deral, Polícia Federal, Receita Federal, Tribunal de Contas da União, CGU, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura e Sindicatos dos Médicos.

Atuação dos Advogados da União

Page 49: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 49

Defesa do patrimônio mineral brasileiro

Empresas que usurparam patrimônio público mineral são condenadas

O Núcleo Proativo da Procuradoria da União no Paraná obteve dois provi-mentos judiciais nos quais as empresas Extrabel Extrativa de Areia Betel Ltda e Três Rios Extração e Comércio de Areia e Argila Ltda foram condenadas a reco-lher aos cofres públicos um total de R$ 288.600,00 (R$ 179.900,00 a primeira e R$ 108.700,00 a segunda), em razão de usurpação de patrimônio público mineral.

As ações foram promovidas pela Procu-radoria da União no Paraná em razão de fiscalização promovida pelo Depar-tamento Nacional de Produção Mine-ral - DNPM, que detectou a atividade

ilegal, em virtude de não observância dos rígidos parâmetros presentes na le-gislação, já que as empresas promoviam lavra minerária sem qualquer título au-torizativo e sem licença ambiental ex-pedida pelo órgão competente.

A PU/PR afirmou ter havido infração ao artigo 2º da Lei 8.176/1991 (usurpação mineral) e, ainda, ao artigo 884 do Có-digo Civil Brasileiro, na medida em que as empresas enriqueceram ilicitamente. A União salientou que não poderia ser tolerada a usurpação de um patrimônio da sociedade brasileira, que deveria ser licitamente explorada em favor da bem comum e do desenvolvimento econô-

mico e social do país e não apenas em prol do enriquecimento privado.

Acatando a argumentação da PU/PR, o Juiz Federal Nicolau Konkel Junior jul-gou procedentes os pedidos formulados pela União, tendo ainda determinado que as empresas promovessem o paga-mento de juros moratórios de 1% desde a data do evento danoso, tendo em vis-ta a ilicitude da conduta. Para o Advoga-do da União, Vitor Pierantoni Campos “essas duas decisões representam pode-rosos precedentes no sentido de com-bater nefasta prática ilegal, inibindo a repetição de outros casos de usurpação do patrimônio brasileiro.”

Veículo de publicação:Site AGU

Data:09/02/2009

Atuação dos Advogados da União

Duas empresas foram condenadas a recolher aos cofres públicos um total de R$ 288.600,00

Page 50: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

50

Economia justaAtuação da Procuradoria garante economia de R$ 1,7 milhão aos cofres da União

A Procuradoria da União no Piauí (PU/PI) conseguiu economia de R$ 1,74 milhão aos cofres públicos ao reduzir, na Justiça, o montante a ser pago pela União ao Sindicato dos Servidores Pú-blicos Federais no Piauí (Sinsep). Hou-ve excesso de execução e o valor de R$ 2,37 milhões requerido pelo Sinsep passou para R$ 620,7 mil, após atuação da Procuradoria.

O Sindicato reivindicava o reajuste de 3,17% para auditores fiscais do traba-lho e incluiu no cálculo do pagamento algumas parcelas, como gratificações, que não têm relação com o vencimento básico. Por isso, não poderiam com-por a base de

cálculo como fez a entidade. Além disso, o Sinsep solicitava parcelas já pa-gas administrativamente no valor corre-to.

A Procuradoria demonstrou que o re-ajuste de 3,17% reclamado pelo Sindi-cato é devido somente “até a data de vigência da reorgani-zação ou reestru-turação efetiva-da”, conforme o a r t i g o

10 da Medida provisória 2.225-45/01. A carreira de auditor fiscal do trabalho foi reorganizada em 1999 e regula-mentada pela Lei 10.910/04.

A 5ª Vara Federal do Piauí acatou os ar-gumentos e os cálculos da PU/PI. “Além da economia substancial, é uma vitória importante porque confirma a defesa da União de que o reajuste de 3,17% deve incidir somente sobre o venci-mento básico da carreira e não sobre

gratificações variáveis”, comemorou o Procurador-Chefe da PU/PI, Ri-

cardo Resende de Araújo, que atuou no processo.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:31/03/2009

Atuação dos Advogados da União

Page 51: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 51

Tratamento da Gripe AParaná distribui Tamiflu de acordo com protocolo

A Procuradoria da União no Paraná garantiu na justiça a continuidade do trabalho prestado pelo Sistema Único de Saúde -SUS no combate a Gripe In-fluenza (H1N1).

Em ação civil pública, o Ministério Pú-blico Federal (MPF) pediu que a Justiça obrigasse a União e o estado do Paraná a disponibilizar o medicamento Tamiflu (Oseltamivir) ou outro similar (Relenza), a todos os pacientes que apresentassem os sintomas da Influenza, independente do agravamento do quadro clínico. Na defesa, a PU/PR informou que o pedido do MPF já está sendo executado pelo Ministério da Saúde - MS e pelos ges-tores estaduais e municipais do SUS. Os medicamentos estão sendo liberados nos casos suspeitos, no prazo máximo de 48 horas. As crianças estão usando a solução oral do remédio e todos os 399 municípios do Paraná têm acesso ao produto.

O Procurador-Chefe da União Substitu-to no Paraná, Vitor Pierantoni Campos, ressaltou que todo conhecimento e téc-nica disponíveis estão sendo emprega-dos pelo Ministério da Saúde no trato de crise. “ O governo não está economi-zando recursos nem esforços para tratar da população, tanto é que o número de tratamentos disponibilizados é muitíssi-mo superior ao número de casos cons-tatados da doença”.

Segundo ele, no Estado do Paraná, o MS disponibilizou cerca de 20 tratamentos para cada caso suspeito - uma propor-ção de 20 para um. “As pessoas precisam confiar nas instituições e não desconfiar delas”, ponderou Vitor Pierantoni.

O Juízo da 5ª Vara Federal de Curitiba (PR), considerou que não havia motivos para deferir o pedido do MPF e que eventual decisão nesse sentido apenas geraria na população uma desconfiança com relação às providências que vem sendo regularmente executadas pelos órgãos públicos. “ As medidas adotadas, a partir da última versão do protocolo, parecem ser suficientes e adequadas”, concluiu a decisão.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:20/08/2009

Vitor Pierantoni

Atuação dos Advogados da União

As pessoas precisam confiar nas instituições e não desconfiar

delas

Page 52: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

52

Refugiados estrangeiros no país Comitê Nacional para Refugiado – Conare nega o pedido de refúgio pelo fato do conflito já ter cessado

A decisão foi proferida em ação judicial, promovida por dois irmãos israelenses que ingressaram ao território nacional, em fevereiro de 2006, com visto de tu-rista, e que, posteriormente, por ocasião do conflito entre o Estado de Israel e o grupo Xiita Hesbollah, havido em julho daquele ano, já em situação irregular no Brasil, requereram ao Governo Brasilei-ro lhes fosse reconhecida a condição de Refugiados. Afirmaram que haviam decido não voltar a Israel com medo de eventuais ataques na sua vizinhança e, ainda, em virtude da sua opção religio-sa, já que se declaravam publicamente cristãos e eram hostilizados na região, onde predominam árabes muçulmanos e israelenses judeus.

O pedido de refúgio foi negado pelo Comitê Nacional para Refugiado – Conare, órgão do Ministério da Justiça que analisa a questão, por entender que não estavam presentes os requisi-tos e pelo fato de o conflito já ter ces-sado. No recurso encaminhado ao Mi-nistro da Justiça, o indeferimento foi mantido. Os autores foram notificados pela Polícia Federal para deixarem o país, sob pena de deportação.

Inconformados, os autores ingressaram com ação requerendo fosse o direito de refúgio reconhecido pelo Poder Judi-ciário. Na defesa, a Procuradoria argu-mentou que o ato de refúgio é atinente às relações internacionais do Brasil, tra-tando-se, por consequência, de ques-tão íntima à soberania nacional, motivo pelo qual a concessão da benesse seria privativa ao Poder Executivo. Disse que os autores possuem nacionalidade is-raelense, motivo pelo qual não seriam

perseguidos pelo seu próprio governo. Que os israelenses adentraram o terri-tório nacional em fevereiro de 2006, e que o conflito armado ocorreu apenas em agosto do mesmo ano, já tendo, inclusive, cessado, fato que afastaria a relação de causa-efeito do Refúgio. Afirmou que os autores deturpavam o conceito de Refúgio, confundindo-o com imigração, e que, buscavam, em verdade, a consolidação de uma per-manência irregular no país, utilizando o conflito como mero subterfúgio.

Na sentença, o Juiz Federal Substituto Marcus Holtz, acatou os argumentos da Procuradoria da União no Paraná, e re-conheceu a impossibilidade de o Poder Judiciário sobrepor-se ao Poder Execu-tivo, uma vez que a direção da políti-

ca externa é privativa ao Presidente da República. Ressaltou, ainda que “não se vislumbra hipótese de arbitrarieda-de flagrante a determinar a cassação da decisão do CONARE. E que os autores, muito embora de etnia árabe e inte-grantes da minoria cristã, têm naciona-lidade israelense. Mesmo que o país de origem padeça de distúrbios freqüentes em razão da violência sectária, ela no-toriamente envolve os integrantes das outras religiões.”

Veículo de publicação:Site AGU

Data:12/03/2009

Atuação dos Advogados da União

Page 53: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 53

Programa Café com o Presidente

Advocacia-Geral da União impede suspensão do programa

A Advocacia Geral da União conseguiu evitar a suspensão do programa do Go-verno Federal “Café com o Presidente”.

Movido contra a União, o Presidente da República, o Ministro-Chefe da Secre-taria de Comunicação da Presidência da República e a Empresa Radiobrás, a ação requeria concessão de medida liminar para que fosse determinada a suspensão da veiculação do programa “Café com o Presidente”, alegando o não atendimento aos princípios da im-pessoalidade e da moralidade adminis-trativa, lesão ao patrimônio público e ofensa direta ao artigo 37, parágrafo 1º da Constituição Federal, pela utilização do programa de rádio para promoção pessoal do Presidente. O autor também requeria a concessão de liminar para a suspensão da veicu-lação de novos programas, com funda-mento no parágrafo 4º do artigo 5º da Lei nº 4717/65. Ao final, pedia a conde-nação dos réus ao ressarcimento “de to-dos os valores despendidos com o refe-rido filme publicitário”. O autor popular insurgiu-se especificamente contra uma dos programas transmitidos pela Radio-brás, veiculado no dia 27 de agosto de 2007, que teve por objetivo entrevista referente às obras do Programa de Ace-leração do Crescimento – PAC.

Na sentença, acatando os argumentos apresentados pela AGU/Procurado-ria da União no Paraná, a Juíza Federal Substituta da 8ª Vara Federal Cível de Curitiba, Danielle Perini Artifon, julgou improcedente o pedido formulado pelo autor, nos autos da Ação Popular nº 2007.70.00.026300-7/PR, entendendo que o programa impugnado apresentava apenas a publicidade necessária à divul-gação do ato, considerada de relevante interesse para a coletividade, não con-tendo elementos que sugerissem a pro-

moção pessoal do Presidente da Repúbli-ca, tampouco inobservância aos demais princípios que devem nortear o agir da Administração Pública. Na sua avaliação, a juíza enfatiza que o mesmo programa, com a mesma denominação, poderá vir a ser eventualmente utilizado por outros Chefes do Poder Executivo que sucede-rem o atual, com o objetivo de informar à população sobre as ações de governo, programas, obras e serviços, já que não há vinculação necessária ao nome ou à ima-gem do atual Presidente da República.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:04/03/2009

Atuação dos Advogados da União

Na sua avaliação, a juíza enfatizou que o mesmo programa, com a

mesma denominação, poderá vir a ser eventualmente utilizado por

outros Chefes do Poder Executivo que sucederem o atual, com o obje-tivo de informar à população sobre

as ações de governo

Page 54: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

54

Operação SanguessugaProcuradoria da União no Paraná bloqueia 1 milhão de reais em bens de réus envolvidos

A PU/PR conseguiu na Justiça 20 limina-res autorizando o bloqueio de R$ 1,08 milhão em bens de pessoas e empresas envolvidos na Operação Sanguessuga. Deflagrada em 2006 pela Polícia Fe-deral (PF), a operação desarticulou um esquema de fraudes em licitações na área de saúde para aquisição de ambu-lâncias.

Entre os sanguessugas paranaenses es-tão 26 ex-prefeitos municipais, 76 servi-dores públicos de carreira ou comissio-nados, nove empresas, dois empresários e três ex-deputados federais. Eles são processados em 31 ações civis públicas de improbidade administrativa.

As ações correm em segredo de justiça, portanto não é permitida a divulgação dos nomes dos envolvidos, protegidos por sigilo. Somente quando não couber mais recurso da parte, serão conhecidos os nomes dos envolvidos. “A nossa gran-de conquista será aplicar a sanção de modo a expurgar maus políticos e ser-vidores da vida pública, evitando que a sociedade corra o risco de ter novos prejuízos”, afirmou o Procurador-Chefe Substituto da Procuradoria da União no Paraná, Vitor Pierantoni Campos.

A atuação da PU/PR concretiza um tra-balho que foi iniciado pela PF e a Con-troladoria-Geral da União (CGU), afir-mando o combate à corrupção como política do Estado Brasileiro. “Todo o trabalho de desbaratamento da quadri-lha e do levantamento das fraudes foi iniciado pela PF e pela CGU”, disse Vi-tor Campos. A AGU ingressou na ques-tão após as provas terem sido obtidas por estes órgãos.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:11/03/2009

Atuação dos Advogados da União

A nossa grande conquista será aplicar a sanção de modo a expurgar

maus políticos e servidores da vida pública, evitando que a sociedade corra o risco de ter novos prejuízos

Page 55: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 55

Cofres públicos são poupados

PSU de Umuarama economiza 6,5 milhões aos cofres públicos

Tramitam, na subseção Judiciária de Umuarama/PR, em torno de 424 ações de indenização por suposta desapro-priação indireta dos imóveis localizados do Parque Nacional de Ilha Grande. Desse total, nos meses de abril e maio, a Procuradoria Seccional da União em Umuarama-PR foi intimada em 135 processos, nos quais o Juízo da 1ª Vara Federal proferiu sentença extinguindo o feito sem resolução do mérito, por impossibilidade jurídica do pedido. So-mente nessas 135 ações em que a PSU foi intimada de sentença, a improce-dência do pedido de indenização gerou aos cofres públicos uma economia apro-ximada de 6 milhões e 500 mil reais.

O Juízo acolheu uma das teses apresen-tadas pela União, no sentido de que os imóveis supostamente possuídos pelos autores são bens de domínio público, portanto, insuscetíveis de desapropria-ção, caracterizando apenas mera ocu-pação.

Assim, reconheceu que a ocupação da área pública deu-se de forma irregular, sem que daí decorra o direito a inde-nização da posse e de eventuais ben-feitorias.

Veículo de publicação:Site AGU

Atuação dos Advogados da União

O Juízo acolheu uma das teses apresentadas pela União, no

sentido de que os imóveis suposta-mente possuídos pelos autores são bens de domínio público, portanto, insuscetíveis de desapropriação,

caracterizando apenas mera ocupação

Page 56: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

56

A energia não pode parar Procuradorias da AGU garantem a continuidade da construção da usina hidrelétrica de Mauá

A atuação conjunta da Procura-doria da União no Paraná e das Procuradorias Federais no esta-do e junto à Fundação Nacional do Índio (PF/Funai) garantiu, na Justiça, a continuidade das obras da Usina Hidrelétrica (UHE) de Mauá. A construção faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e está entre as prioridades do Governo Fede-ral para garantir o normal abas-tecimento de energia no estado. A UHE está sendo construída no Rio Tibagi.

Em manifestações e audiência preliminares, as Procuradorias apresentaram esclarecimentos técnicos ao juízo, o que culmi-nou no indeferimento da liminar Consórcio Energético Cruzeiro do Sul (CESC) a não levar as obras de insta-lação da UHE Mauá. A Justiça conside-rou os elementos técnicos levados pela PF/Funai, de que não existe demanda de estudos de identificação e delimita-ção da bacia hidrográfica no Rio Tibagi, com exceção da Terra Indígena Apuca-rana, cujo o pedido de revisão de seus limites não compreende a totalidade da bacia hidrográfica do Rio Tibagi.

A Procuradoria da União alegou, ainda, que a bacia do Rio Tibagi abrange 42 municípios no estado do Paraná, com uma taxa de urbanização de 86%, o que indicia a impossibilidade da junção

das terras indígenas num todo contínuo, em região densamente povoada.

A decisão ressaltou que o procedimento de demarcação é complexo, pois envol-ve estudos não apenas históricos, mas etnológicos e ambientais. Depende de investigação técnica de diversos ramos do saber, como antropologia, arqueolo-gia e sociologia.

Vale registrar que, desde 2003, inúme-ras ações referentes as obras da Usina Hidrelétrica de Mauá encontram-se sob a responsabilidade da PSU de Londrina, cuja atuação vem garantindo a sua con-tinuidade.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:13/05/2009

Atuação dos Advogados da União

A construção faz parte do PAC e está entre as

prioridades do Governo Federal

Page 57: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 57

Limites do BrasilAGU impede pagamento irregular de 15 milhões de reais em

indenizações por terras da união em faixa de fronteira

O trabalho conjunto da Procuradoria da União no Paraná e da Procurado-ria Federal no Paraná, representando o Instituto Nacional de Colonização e reforma Agrária (INCRA), impediu o pagamento de indenização de 15 mi-lhões de reais em ação de desapropria-ção na faixa de fronteira do estado. A faixa compreende 150 quilômetros de largura de terras brasileiras paralelas à fronteira com outro país.

As Procuradorias ajuizaram ação para anular diversos registros imobiliários fundados em títulos de domínio expe-didos pelo Estado do Paraná na faixa de fronteira. Pediram, também, a declara-ção de que os valores devidos na ação de desapropriação pertencem à União.

A 2ª Vara Federal de Subseção Judiciária de Cascavel/PR acolheu os argumentos da PU/PR e PF/PR e proferiu sentença favorável à União e ao INCRA, decla-rando a nulidade de diversas matrículas e transcrições. Reconheceu o domínio da União sobre a área de aproximada-mente 2.249 hectares e determinou o cancelamento de precatórios expedidos e a extinção da execução. Declarou, ainda, que o INCRA não deve indenizar a parte ré.

Essa ação é uma das diversas ações propostas pelo Grupo de trabalho constituído em 2003, composto por Advogados da União e Procuradores Federais, com o objetivo de declarar o

domínio da União sobre terras ilegal-mente tituladas pelo estado do Paraná na faixa de fronteira. O grupo atua para impedir o pagamento de bilhões de reais referentes às indenizações

Veículo de publicação:Site AGU

Data:01/06/2009

irregulares, fixadas em ações de desa-propriação para regularização fundiá-ria. As ações declaratórias já ajuizadas discutem indenizações que somam mais de 2,4 bilhões de reais.

Atuação dos Advogados da União

A Justiça Fderal reconheceu o domínio da União sobre a área de aproximadamente

2.249 hectares e determinou o cancelamento de precatórios e a extinção da execução

Page 58: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

58

Fiscalizando os gastosAGU cria grupo especial para fiscalização de verbas federais

A Advocacia Geral da União (AGU), está criando em todo o país grupos es-pecializados em fiscalizar a aplicação de recursos federais por meio de con-vênios celebrados com municípios, es-tados e ONGs. A iniciativa representa uma nova frente de trabalho na AGU, normalmente circunscrito à defesa dos órgãos públicos federais em ações ju-diciais. Com a mudança, a AGU tam-bém atuará na propositura de ações civis públicas, de improbidade admi-nistrativa e de ressarcimento de danos causados ao erário.

Em Londrina, a Pro-curadoria Seccional da União (PSU), já designou um procu-rador para atuar nas novas atribuições. O trabalho se concen-tra em 50 relatórios de irregularidades produzidos pela Controladoria Geral da União (CGU).

A PSU tem área de atua-ção sobre Londrina e mais 90 municípios das regiões nor-te, norte pioneiro e central do Para-ná. O trabalho da AGU também inclui denúncias de irregularidades repassadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e por cidadãos comuns.

O Procurador-Chefe da AGU em Lon-drina, Arthur Douglas Venegas, expli-cou, que o órgão pretende atuar na prevenção de irregularidades. ‘’Depois do desvio, é muito difícil recuperar os recursos. A nossa atuação pode alcan-

çar medidas cautelares para bloquear os repasses quando há problemas’’, disse.O Advogado da União, Márcio Luis Dutra de Souza, que assumiu a coorde-nação do novo trabalho em Londrina, afirmou que as irregularidades no uso de verbas federais é generalizado, mas nem sempre por má-fé. ‘’Especialmen-te nas cidades menores, muitas vezes não se conhece com profundidade o que diz a legislação. Muitas prefeituras

são desestruturadas nesse sentido’’. Dentre os 50 relatórios que estão sob sua análise, Souza disse que existem irregularidades graves, como desvio de verba e licitações fraudulentas, e pro-blemas formais, como desvio de fun-ção de servidores. ‘’Temos muitos casos relacionados à Operação Sanguessuga, que encontrou fraudes na aquisição de

equipamentos de saúde, e também há pagamento de Bolsa Família a pessoas com renda maior do que a prevista pelo programa.’’

A criação do grupo especializado tam-bém visa estimular a população a apre-sentar denúncias de irregularidades. De acordo com Venegas, há diversas situações que podem ser observadas pelo cidadão comum. ‘’Por exemplo, uma obra que está inacabada; outra

que não está bem construída; ou uma ambulância que o

cidadão ouviu falar que foi comprada, mas

na hora que precisa não está à disposi-ção. Esses podem ser indícios de irregularidades. A AGU está de portas abertas para a popula-

ção; não quere-mos ficar limita-

dos às informações de órgãos federais’’,

completou.

Veículo de publicação:Site AGU

Atuação dos Advogados da União

Page 59: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 59

Desocupação de área da União

AGU garante à União reintegração de área destinada para a base aérea em Belo Horizonte

A Advocacia Geral da União (AGU) con-seguiu na Justiça reintegração de posse de terreno em Belo Horizonte (MG) que pertencia à União. O imóvel, declarado de utilidade pública pelo governo de Minas Gerais para abrigar base aérea, estaria ocupado sem concessão.

Parte do terreno foi vendido aos autores da ação e ocupantes do local pelo pri-meiro dono, mas já pertencia à União, que havia pago indenização referente à desapropriação.

A União Federal ajuizou Ação de Rein-tegração de Posse, objetivando a con-denação dos ocupantes por eventuais perdas e danos devido à posse irregular do imóvel. Alegou que a Admi-nistração Pública Federal já vinha adotando medidas para desocupação da área e que os supostos donos sequer teriam se manifestado.

Na ação, a Procu-radoria da União no Estado de Minas Gerais (PU/MG) argu-mentou que a União seria vítima de es-bulho, uma vez que os autores estariam ocupando ilegalmente área, declarada de utilidade pública pelo Decreto nº 2.666 de 1948.

A Procuradoria defendeu, ainda, que os imóveis pertencentes à União são protegi-dos pelo Decreto-Lei 9.760/46. A lei pre-vê que aqueles que ocupem sem con-sentimento esses imóveis poderão ser despejados, sem direito à indenização.

A 5ª Vara Federal da Seção Judiciária de Minas Gerais acatou os argumentos da PU/MG e reconheceu o prejuízo gerado à União, pela demora em viabilizar o correto destino do imóvel para o Comando da Aeronáutica.

A Justiça con-siderou que o ato praticado pelos autores caracteriza es-bulho na posse do

imóvel, pois o ter-reno foi ocupado de forma ilegítima em evidente lesão à ordem pública. Aco-lheu o pedido de limi-nar de reintegração da posse e expediu manda-do para desocupação, a ser cumprido por força policial, caso seja necessário.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:26/11/2009

Atuação dos Advogados da União

Page 60: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

60

Depois de estender o prazo legal de habilitação dos concorrentes e de mo-bilizar todas as forças possíveis para convencer o setor privado a participar, o governo conseguiu garantir competi-ção mínima no leilão da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). A Agên-cia Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou ontem que dois consórcios depositaram as garantias necessárias e vão disputar o direito de tocar a obra orçada em R$ 19 bilhões e explorar o negócio. A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu derrubar a liminar que suspendia o leilão, confirmado para a próxima terça-feira.

O vencedor será aquele que ofertar o menor lance em reais por Megawatt-hora de energia. O preço-teto estabe-lecido pelo Ministério de Minas e Ener-gia é de R$ 83 por MWh. A usina terá capacidade instalada de 11.233 MW, o bastante para abastecer uma cidade de 26 milhões de pessoas, e deverá entrar em operação em fevereiro de 2015. O empreendimento é uma das vitrines do Programa de Aceleração do Crescimen-to (PAC). Para tirar a super-hidrelétrica do papel, o governo decidiu conceder 75% de desconto no Imposto de Ren-da (IR) por 10 anos para quem vencer o leilão. A compra de bens de capital também será facilitada graças a uma de-cisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), que aprovou uma linha de cré-dito especial de R$ 7 bilhões a juros de 5,5% ao ano para o incremento de usi-nas. O Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social (BNDES) fi-nanciará até 80% do valor da obra com prazo de pagamento estipulado em até 30 anos.

Em nota, o BNDES justificou o apoio classificando o projeto como “funda-

AGU conseguiu derrubar a liminar que suspendia o leilão

mental para garantir o suprimento de energia”. De acordo com o banco, a ajuda está atrelada às condições de governança das empresas que arrema-tarem a usina. “O modelo de financia-mento do BNDES para a hidrelétrica de Belo Monte está baseado nas Políticas Operacionais do Banco para as opera-ções de project finance (modalidade de financiamento baseada no fluxo de caixa de um projeto, que tem como ga-rantia os ativos e recebíveis)”, reforçou o banco público.

Vaivém jurídico

Ontem pela manhã, em obediência a uma liminar concedida pela Vara Fede-ral Única de Altamira (PA), a Aneel che-gou a informar oficialmente a suspensão da disputa. No início da tarde, porém, a AGU conseguiu anular, no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), a decisão provisória de primeira ins-tância. Com isso, a agência reguladora

restabeleceu o edital e manteve de pé os termos e o cronograma da licitação. Apesar do anúncio de que o leilão está confirmado para a próxima semana, outras surpresas podem ocorrer. Poucas horas depois da cassação da liminar, o Ministério Público Federal comunicou que pretende recorrer da decisão do TRF. O procurador Renato Brill de Góes, da Procuradoria Regional da República da 1ª Região, prometeu entrar com um recurso solicitando que o caso envol-vendo Belo Monte seja analisado pela Corte Especial do tribunal.

Dificuldade

No início da semana, a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff criticou as idas e vindas do leilão da usina de Belo Mon-te. Segundo ela, no Brasil, há “dificulda-de de se fazer algumas obras”. Enquanto estava no governo, a agora pré-candi-data petista à Presidência da República foi uma das principais integrantes do

Belo MonteVeículo de publicação:

Site: Correioweb

Data:17/04/2010

Atuação dos Advogados da União

Page 61: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 61

primeiro escalão a apoiar as discussões entre o setor público e a iniciativa priva-da com vistas a facilitar a associação das empresas e a formação dos consórcios.

Polêmica mundial

A polêmica em torno da construção de Belo Monte ganhou proporções inter-nacionais nas últimas semanas. Orga-nizações não governamentais (ONGs) estrangeiras que atuam no Pará aumen-taram o tom das críticas ao projeto, o que chamou a atenção de jornais de todo o mundo. Há poucos dias, o di-retor de cinema James Cameron (de Avatar) e a atriz Sigourney Weaver, que está no mesmo filme, estiveram em Brasília e juntaram-se aos protestos que pregam o cancelamento da obra. Cameron e Sigourney participaram de atos públicos e incorporaram posições semelhantes às manifestadas por enti-dades indígenas ou que representam as minorias que se sentem ameaçadas pela usina. Para os astros hollywoodianos, o governo brasileiro deveria buscar alter-nativas de menor impacto ambiental e social. O diretor chegou a se reunir com a pré-candidata à Presidência da Repú-blica Marina Silva (PV). A ex-ministra do Meio Ambiente faz sérias ressalvas a Belo Monte. Segundo ela, a construção não leva em conta setores da sociedade que serão diretamente atingidos.

No Pará, a usina também é alvo de controvérsias. O setor privado local e as lideranças políticas divergem sobre a viabilidade do negócio e os reflexos (positivos ou negativos) que Belo Monte trará para o estado. A hidrelétrica será a terceira maior do mundo, vai integrar o Sistema Interligado Nacional (SIN) e abrir 18 mil empregos diretos, além de outros 23 mil postos indiretos. (LP)

O número

18 mil empregos diretos serão criados na usina.

Embalagem para presente

Veja as medidas adotadas nos últimos dias para viabilizar uma das obras mais importantes do Programa de Acelera-ção do Crescimento (PAC).Incentivo tributário

Considerado estruturante e de longo prazo, o projeto da hidrelétrica terá 75% de desconto no Imposto de Renda (IR) por 10 anos. A medida alivia o caixa das empresas que vencerem a concorrên-cia. O benefício será concedido graças a uma alteração feita a toque de caixa em uma portaria baixada em 2007 pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).

Empréstimo a perder de vista

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiará até 80% do valor da obra, com prazo de pagamento estipulado em até 30 anos.

Dinheiro a juros baixos

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma linha de crédito de R$ 7 bilhões a juros de 5,5% ao ano para compra de bens de capital voltados a hidrelétricas.

Sem disputa

Contrariado com a desistência de um dos maiores consórcios inscritos para a

Atuação dos Advogados da União

a AGU conseguiu anular, no Tribunal

Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), a decisão provisória de

primeira instância. Com isso, a agência reguladora resta-beleceu o edital e manteve de pé os termos e o crono-

grama da licitação

disputa, Lula chegou a ameaçar fazer o leilão “com ou sem empresas” privadas.

Pressão sobre os fundos

O governo chegou a articular com gran-des fundos de pensão de companhias estatais (Previ, Funcef e Petros) a forma-ção de novos consórcios.

QUEM ESTÁ NO CONFRONTO

Lista de empresas e suas cotas de participações no negócio

Consórcio Norte Energia (nove empresas)Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) (49,98%)Construtora Queiroz Galvão S/A (10,02%)Galvão Engenharia S/A (3,75%)Mendes Junior Trading Engenharia S/A (3,75%)Serveng-Civilsan S/A (3,75%)J Malucelli Construtora de Obras S/A (9,98%)Contern Construções e Comércio Ltda (3,75%)Cetenco Engenharia S/A (5%)Gaia Energia e Participações (10,02%)Consórcio Belo Monte Energia (seis empresas)Andrade Gutierrez Participações S/A (12,75%)Vale S/A (12,75%)Neoenergia S/A (12,75%)Companhia Brasileira de Alumínio (12,75%)Furnas Centrais Elétricas S/A (24,5%)Eletrosul Centrais Elétricas S/A (24,5%)x

Fonte: Aneel

Page 62: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

62

Page 63: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 63

Advocacia-Geral da

União

Page 64: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

64

R$ 500.000.000.000,00 A Advocacia-Geral da União (AGU) economizou, nos últimos dois anos, quase meio trilhão de reais aos cofres públicos

Advocacia-Geral da União (AGU) eco-nomizou, nos últimos dois anos, quase meio trilhão de reais aos cofres públicos. O orçamento de R$ 3,3 bilhões da ins-tituição no mesmo período, representa apenas 0,7% da economia proporciona-da de exatamente R$ 476 bilhões.

De acordo com o relatório de gestão da AGU,em apenas uma vitória, no Supre-mo Tribunal Federal (STF), garantiu-se a economia de R$ 221 bilhões, com a aplicação do crédito-prêmio do Impos-to sobre Produtos Industrializados (IPI) até 1990.

A AGU evitou ainda, na Suprema Corte, um prejuízo de R$ 20 bilhões por ano aos cofres públicos, no julgamento que decidiu que as empresas que utilizam insumos e matérias-primas tributados com alíquota zero ou não-tributados não têm direito a creditar o IPI.

Também impediu o pagamen-to de R$ 100 bilhões pela Previdência Social com a não-retroatividade do aumento das pensões do INSS, além de R$ 20 bi-lhões ao Estado do Para-ná. Neste caso, a Estado pretendia receber supos-tas despesas com a constru-ção do trecho da ferrovia que liga os municípios de Ponta Grossa e Apucarana, mas a AGU demonstrou que a União não devia mais nada.

Com a cobrança dos benefícios de auxílio-

acidente e pensão por morte pagos pelo INSS, devido à negligência de em-presas que não cumpriram normas de segurança do trabalho, o trabalho dos advogados públicos garantiu a restitui-ção de R$ 55 bilhões aos cofres da Pre-vidência. Essas ações, conhecidas como regressivas acidentárias, foram propos-tas em todo país contra empresas, para estimular o cumprimento das regras de segurança e como medida educativa.

O sucesso da atuação da AGU não pára por aí. A Procuradoria-Geral da Fazen-da Nacional (PGFN) arrecadou R$ 27,6 bilhões e apenas em processos adminis-trativos e disciplinares a economia foi de R$ 10 bilhões.

A economia e a arrecadação apuradas são importantes para a execução de obras, programas sociais e outras políti-cas públicas. Por isso, “o melhor inves-timento que o Governo pode fazer é na Advocacia Pública, porque tem retorno garantido”, afirmou o Advogado-Geral da União, ministro José Antonio Dias Toffoli durante o III Seminário sobre Advocacia-Pública Federal, realizado há uma semana.

Advocacia-Geral da União

Veículo de publicação:Site AGU

Data:17/09/2009

Page 65: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 65

Advocacia-Geral da União

aldade diante da insistência de que valo-res abusivos fossem acolhidos pelo juiz.

A decisão destacou, também, que hou-ve prejuízo à União e à Eletrobrás, que “despenderam energias, recursos e va-lores com o fito de evitar que o patrimô-nio público fosse gravemente lesado”. O juiz condenou o autor da ação ao pagamento de uma indenização corres-pondente a 2% da quantia almejada, ou seja, R$ 4,4 milhões. Assim, a União dei-xou de ser devedora de R$ 125 milhões para se tornar credora de R$ 4 milhões. “Trata-se de uma grande vitória para a advocacia de Estado, que teve o reco-nhecimento do trabalho de excelência que exerce através da sua persistência na defesa do patrimônio público”, afir-mou o Advogado da União Allan Carlos Moreira Magalhães, que atuou no caso.

A PU/AM é uma unidade da Procura-doria-Geral da União (PGU), órgão da AGU.

Ref.: Ação Ordinária nº 2003.32.00.006761-6

Procuradoria no Amazonas economiza R$ 125 mi em defesa da Eletrobrás

A Procuradoria da União no Amazonas (PU/AM), atuando como assistente das Centrais Elétricas Brasileiras S/A (Eletro-brás), conseguiu economizar R$ 125 milhões aos cofres públicos, em ação que cobrava o recebimento dos valores nominais de títulos emitidos, 30 anos atrás, pela Eletrobrás em empréstimo compulsório sobre energia elétrica.

A ação iniciou na Justiça Estadual e, com a entrada da União no pólo pas-sivo, passou a tramitar, desde 2003, na Justiça Federal, por expressa determi-nação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A PU/AM e a Eletrobrás rechaçaram,

na Justiça, a pretensão de recebimen-to dos valores executados, apontando a existência de excesso na execução, baseadas no artigo 475-L do Código de Processo Civil (CPC). A Justiça Federal reconheceu o excesso e determinou como devida a quantia indicada pelo contador do juízo, que fixou em R$ 33,3 mil o valor devido pela Eletrobrás.

A decisão judicial afastou a pretensa con-denação dos entes federais em litigância de má-fé e reconheceu que a “União e a Eletrobrás, por seus advogados, atua-ram nos estritos limites do ordenamento jurídico, em defesa da observância da legalidade, visando ao resguardo do patrimônio público”. Por outro lado,

o autor da ação foi condenado a pagar uma multa correspondente a 1% do valor da execução, segun-do manda o CPC, por incorrer em violação ao dever processual de le-

Veículo de publicação:Site AGU

Data:05/03/2010

Empréstimo compulsório

A União deixou de ser devedora de R$ 125 milhões para se tornar

credora de R$ 4 milhões

Page 66: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

66

Advocacia-Geral da União

fissionais. A exceção é apenas em casos erro grosseiro ou má fé. O Consultor-Geral da União e coordenador do colé-gio, Ronaldo Jorge Araujo Vieira, infor-mou que a próxima reunião será no dia 8 de dezembro. Na oportunidade, todo o anteprojeto será debatido.

“O Departamento de Análise de Atos Normativos (Denor) já fez uma análise que vai ser a base para a discussão no Colégio de Consultoria. O objetivo é que, ao final do dia, tenhamos um conjunto de sugestões para encaminhar ao Advogado-Geral, que por sua vez, se concordar, enviará ao MPOG como contribuição da área jurídica do Governo”, afirmou.

Grandes mudançasColégio de Consultores da AGU analisará nova lei orgânica da administração pública

O Colégio de Consultores da Advocacia-Geral da União (AGU) analisará a nova Lei Or-gânica da Administração Pública Federal. No início deste mês, o Advogado-Geral da União, Mi-nistro Luiz Inácio Lucena Adams, participou de reunião no Mi-nistério do Planejamento, Orça-mento e Gestão (MPOG), onde foi divulgado o anteprojeto da lei.

O Colégio de Consultores, for-mado também por Advogados da União, foi criado em 2007 na AGU para discutir temas re-levantes de consultoria e asses-soramento, e uniformizar inter-pretações e procedimentos dos órgãos jurídicos do Poder Execu-tivo Federal.

A elaboração do anteprojeto ficou sob a responsabilidade de um grupo de juristas renomados na área de Adminis-tração Pública. A idéia é redefinir a na-tureza jurídica de várias entidades - au-tarquias, fundações, órgãos autônomos e de classe - além de estabelecer qual será de direito público, de direito privado, o regime jurídico dos servidores, entre outros pontos. Após dois anos de estu-dos para concretizar o projeto inicial, ele agora será analisado pelos órgãos envol-vidos da administração direta e indireta.

Conciliação e liberdade de opinião

Os artigos 44 e 54 do projeto dizem

respeito ao trabalho desenvolvido na AGU. O primeiro trata da possibilidade de “composição de conflitos” das enti-dades estatais com outras congêneres, ou seja, a resolução de problemas entre elas, sem a necessidade da judicializa-ção do caso. Isso já é feito pela institui-ção por meio da Câmara de Conciliação da Administração Federal (CCAF), que soluciona conflitos entre órgãos públi-cos, e os estados brasileiros e a União.

O artigo 54 retira dos advogados públi-cos a responsabilidade por opiniões ju-rídicas em pareceres e ações durante o exercício do cargo. Isso dará maior pro-teção e segurança à atuação destes pro-

Veículo de publicação:Site AGU

Data:25/11/2009

Page 67: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 67

Olimpíadas 2016 Fortalecimento da AGU em virtude dos jogos

olímpicos de 2016

Advocacia-Geral da União

A Ministra-Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou que a vitória da cida-de do Rio de Janeiro para sediar a Olim-píada de 2016 é uma demonstração de que o país está sendo reconhecido internacionalmente e atingiu um novo patamar no cenário mundial.

“O Brasil está hoje em um outro pata-mar. O Brasil conquistou um patamar na América Latina e no ambiente inter-nacional. Acima dos nossos problemas, eles (o mundo) passaram a ver as nossas realizações e nosso potencial”, disse Dilma, que creditou a vitória brasileira à liderança do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à união entre as três esferas de governo.

“Seremos uma grande potência inter-nacional na próxima década”, disse Dilma a jornalistas em entrevista co-letiva após o anúncio da vitória da ci-dade, em votação realizada em Cope-nhague, Dinamarca. “A vitória foi uma goleada”, complementou.

Dilma não largou em nenhum momen-to uma medalhinha com imagem da ci-dade, que beijava a todo momento du-rante a torcida pela vitória do Rio. Após o anúncio, foi carregada no colo pelos demais torcedores.

“Temos que reconhecer também que temos a sorte de ter uma cidade como o Rio de Janeiro. Na hora que ela apa-rece, não há quem não se emocione”, disse a ministra.

Dilma declarou ainda que pretende fortalecer a Advocacia-Geral da União (AGU) para garantir a transparência do uso dos recursos públicos na prepara-ção para os Jogos.

“O governo não vai faltar nos Jogos Olímpicos, vamos usar todos os recur-sos que o país tem....vamos manter es-tudos importantes para que o gasto pú-blico seja mais eficaz”, afirmou.

Ela acenou também com a possibilida-de de criar um PAC Olímpico, mas não deu detalhes.

Veículo de publicação:Site ANAUNI

Data:05/10/2009

A AGU vai garantir a

transparência dos recursos públicos

utilizados na preparação dos jogos olímpicos

de 2016

Page 68: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

68

Acesso à justiça Instituição firma acordo com CNJ para diminuir 2 milhões de ações na Justiça

Advocacia-Geral da União

A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) atuarão em conjunto com outros ór-gãos para agilizar a Justiça brasileira. Acordos nesse sentido foram assi-nados nesta terça-feira (09/06) pelo Advogado-Geral da União, ministro José Antonio Dias Toffoli, e pelo pre-sidente do CNJ e do Supremo Tribu-nal Federal (STF), Gilmar Mendes.

Um dos principais objetivos é garantir a aplicação das 42 súmulas editadas pela AGU em cerca de 2 milhões de ações judiciais, das quais a União faz parte. A meta é finalizar a tramitação, ainda neste ano, de vários processos que estão parados desde 2005.

As súmulas foram criadas para que advogados públicos não sejam obri-gados a recorrer nos casos em que já existe jurisprudência pacificada. Das 42 súmulas, 22 foram editadas pelo atual Advogado-Geral. Além de Toffoli e Mendes, também assinaram o con-vênio os ministros César Asfor Rocha (presidente do Superior Tribunal de Jus-tiça e do Conselho da Justiça Federal) e Milton de Moura França (presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do Con-selho Superior da Justiça do Trabalho).

Durante a cerimônia, Toffoli ressaltou a importância do ato. Segundo ele, “o advogado público fica preocupado em recorrer, já que alguns juízes não reco-nhecem as súmulas”. O ministro desta-

cou que a AGU tem o firme propósito de ajudar o CNJ a reduzir a litigiosidade e a quantidade de processos judiciais.Na oportunidade, Gilmar Mendes enfa-tizou a importância da cooperação com a AGU: “No modelo brasileiro, a União e suas autarquias são grandes responsá-veis pela massa de processos que trami-tam na Justiça.”

“Pro bono”

O segundo convênio permitirá que os cerca de 8 mil advogados públicos fede-rais atuem nos mutirões carcerários co-ordenados pelo CNJ. O pacto permitirá que os advogados atuem “pro bono”

(sem fins lucrativos). Para que isso seja possível, a AGU instituiu a Orientação Normativa nº 27. O acordo foi firma-do entre a AGU, o CNJ e as associações que representam os advogados públicos - Anajur, Anprev, Unafe, APBC, Anauni, Anpaf e Sinprofaz.

WebService

A AGU assinou, também, um acordo com o CNJ de troca de soluções de tecnologia da informação de interesse recíproco, como softwares produzidos pelas respectivas aéreas de TI. Também assinaram o acordo representantes das associações das carreiras jurídicas.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:09/06/2009

Page 69: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 69

nistração Pública como um todo deve acolher essa determinação, por meio da atuação dos advogados da AGU. A íntegra da Súmula nº 45 diz: “Os benefícios inerentes à Política Na-cional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência devem ser estendidos ao portador de visão mo-nocular, que possui direito de con-correr, em concurso público, à vaga reservada aos deficientes”.

Súmulas promovem distribuição da Justiça

Candidatos com visão monocular podem prestar concurso como portadores de deficiência

Advocacia-Geral da União

A Súmula nº 45 publicada no Diá-rio Oficial da União desta terça-feira (15/09) pelo Advogado-Geral da União, ministro José Antonio Dias Toffoli, estabelece que pessoas com visão monocular, ou seja, que enxer-gam apenas com um olho, podem fazer concurso público como porta-dores de deficiência física.

O enunciado foi publicado após proposta elaborada pela Secretaria-Geral de Contencioso da AGU, que se baseou em decisões recorrentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF) em que a defesa da União não foi acolhida. A AGU deixará de recorrer em processos do mesmo tipo e de-sistirá daqueles em andamento. Por exemplo, as pessoas com esse tipo de deficiência que tomaram posse em concursos públicos por meio de liminar terão os casos resolvidos, pois a União não irá mais recorrer.

A súmula orienta todos os membros da Advocacia-Geral no sentido de reconhecer os pedidos administrati-

vos ou judiciais de pessoas com vi-são monocular, para que sejam con-sideradas portadoras de deficiência ao realizar concursos públicos.

No caso dos advogados lotados em órgãos consultivos (Consultorias Ju-rídicas juntos aos ministérios e Pro-curadorias Federais), eles deverão orientar o órgão para aplicação da súmula, quando consultados sobre editais de concurso. Logo, a Admi-

Veículo de publicação:Site AGU

Data:15/09/2009

O enunciado foi publicado após proposta elaborada pela Secretaria-Geral

de Contencioso da AGU

Page 70: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

70

que trazem soluções para os problemas ju-rídicos do país”, salientou.

Toffoli ainda ressaltou o sucesso do modelo do Seminário, que, mais uma vez, se divi-diu entre palestras e oficinas. “Na parte da manhã são realizadas palestras, e à tarde, oficinas. Tudo para que as pessoas possam também participar e opinar de forma ati-va. Desta forma, todos são colaboradores e partícipes”.

No encerramento, estiveram presentes to-dos os dirigentes das associações da AGU.

Planejamento Estratégico: a Consolidação da AGUSeminário consolida planejamento estratégico da AGU e celebra integração das carreiras jurídicas

Advocacia-Geral da União

O Advogado-Geral da União, ministro José Antonio Dias Toffoli, ressaltou no encerramento do III Seminário sobre a Advocacia Pública Federal, que o even-to foi a consolidação da integração de todas as carreiras da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Planejamento Es-tratégico da instituição.

“A unidade da Advocacia-Geral da União é o maior fruto desse trabalho. A instituição será reconhecida como maior instituição jurídica do Estado se todas as carreiras estiverem juntas e se as associações, apesar da diferença que existem entre si, souberem que existe um objetivo comum a todos: a cons-trução dessa instituição nova, que está presente em todos os órgãos de Estado do Brasil”, ressaltou. Segundo ele, o Planejamento Estratégico que está sendo implantando na AGU trouxe metas, ob-jetivos e uma planificação para institui-ção. “Foram levadas em conta as várias áreas de atuação da AGU, a Consultoria, o Contencioso e as áreas temáticas: am-biental, infra-estrutura, agências regula-doras e de controle, ações de probida-de administrativa. Enfim, uma série de ações em que são necessárias a troca de experiência e a discussão entre todos os integrantes e membros da carreira, para uniformização de procedimentos, enten-dimentos e visões”, afirmou.

O ministro observou que os Seminários sobre a Advocacia Pública Federal rea-lizados pela AGU têm propostas e ob-jetivos concretos. “Não estamos criando congressos para os participantes se per-guntarem o que estão fazendo. O even-to tem norte, objetivo e planejamento. A cada ano vai acumulando e agregando os seus frutos, a sua dimensão cultural, teórica, política, de trabalho e eficiência da advocacia pública. As oficinas do pri-meiro congresso já produziram propos-tas legislativas que estão tramitando no Congresso Nacional. Ou seja, iniciativas

Veículo de publicação:Site AGU

Data:11/09/2009

Page 71: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 71

Ação Direta de Inconstitucionalidade

Apresentada ao STF manifestação contra poderes investigatórios do MP

Advocacia-Geral da União

O Advogado-Geral da União, ministro José Antônio Dias Toffoli, por meio da Secretaria-Geral de Contencioso (SGCT), manifestou-se nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 4271, pela parcial procedência do pedido for-mulado pela Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol).

A Adepol questiona a constitucionalida-de dos incisos V e IX do artigo 8º e I e II do artigo 9º, todos da Lei Federal nº 75/93 (Lei Orgânica do Ministério Público da União), além do artigo 80 Lei federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público). As nor-mas autorizam ao MP, respectivamente, “realizar inspeções e diligências investi-gatórias”, “requisitar o auxílio de força policial” e o “livre ingresso em estabe-lecimentos policiais ou prisionais”, além do “acesso a quaisquer documentos relativos à atividade-fim policial”. Tam-bém foi questionada a Resolução nº 20, de 28/05/2007, do Conselho Na-cional do Ministério Público (CNMP), que regulamenta os poderes investiga-tórios do MP.

Inicialmente, a AGU sustentou que a ação não merece ser conhecida no que diz respeito à Resolução, tendo em vis-ta a natureza meramente regulamentar desse ato.

No mérito, defendeu que a Constitui-ção Federal não reservou o poder de in-vestigação criminal ao Ministério Públi-

co e sim à polícia judiciária, nos termos artigo 144, §§ 1º e 4º, da Constituição Federal. Por esse motivo, a Advocacia-Geral da União defendeu a inconstitu-cionalidade do artigo 8º, na parte em que atribui poderes investigatórios ao Ministério Público da União.

No que tange as normas acerca do con-trole externo da atividade policial, pre-vistas nos incisos I e II do artigo 9º da Lei Complementar, a AGU manifestou-se pela sua constitucionalidade, diante do que dispõe o artigo 129, inciso VII, da Constituição Federal.

No mesmo sentido foi a manifesta-

ção relativa ao artigo 80 da Lei nº 8.625/93, que determina a aplicação subsidiária da Lei Orgânica do Minis-tério Público da União aos Ministérios Públicos estaduais. O AGU sustentou que o dispositivo não ofende os arti-gos 18, 22, VII, e 128, § 5º, todos da Constituição Federal. Isto porque não fere a autonomia dos Estados-mem-bros, uma vez que não impede que tais entes disponham sobre a lei orgâ-nica do Ministério Público estadual. A SGCT é o órgão da AGU responsável pelo assessoramento do Advogado-Geral da União nas atividades rela-cionadas à defesa judicial da União perante o STF.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:09/06/2009

Page 72: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

72

Advocacia solidáriaAdvogados públicos poderão ser voluntários nos mutirões carcerários organizados pelo CNJ

Advocacia-Geral da União

A Escola da Advocacia-Geral da União formará, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um Banco de Voluntariado para participação nos mutirões carcerários que vem sendo realizados no país. Com a iniciativa, a chamada “advocacia pro Bono”, pra-ticada em benefício da comunidade, será exercida também na área de exe-cução criminal.

Os mutirões carcerários são destinados a identificar situações e direitos não atendidos. Após a análise dos casos, os advogados produzem manifesta-ções por meio das quais solicitam, por exemplo, a progressão do regime penal ou o cumprimento de direito previsto na Lei de Execuções Penais (LEP). Com a participação dos vários colaborado-res, o CNJ espera alcançar agilidade na resposta da Justiça para várias situações envolvendo réus presos nos diversos estados.

Pessoas presas provisoriamente assim como crianças e adolescentes mantidos sob internação no regime provisório ou definitivo também podem ser beneficia-dos com os mutirões.

Desde maio, já foram realizados aten-dimentos em Vitória (ES), Maceió (AL),

João Pessoa (PB) e Fortaleza (CE). Para o mês de agosto estão programados mu-tirões em Salvador (BA), Goiânia (GO), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS) e Re-cife (PE).

Advogados ligados à AGU que quiserem participar como voluntários poderão se inscrever utilizando o sistema eletrônico da Escola da AGU. Estas inscrições po-derão ser feitas a qualquer tempo, mes-mo durante o andamento dos mutirões. Os nomes serão encaminhados ao CNJ

que fará o contato com os interessados, para o início dos trabalhos.

O exercício da advocacia voluntária por membros da AGU está previsto na Por-taria nº 758, na Orientação Normativa nº 27 e no Termo de Acordo de Coo-peração nº 05, documentos do ano de 2009. Participam da formação do Banco de Voluntariado junto à Escola da AGU, as associações ANAUNI, ANA-JUR, UNAFE, ANPAF, ANPPREV, APA-FERJ, SINPROFAZ e APBC.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:29/07/2009

Page 73: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 73

Adams anuncia à imprensa R$ 250 bilhões economizados em 2009

Advocacia-Geral da União

O Advogado-Geral da União, Ministro Luís Inácio Lucena Adams, anunciou à imprensa na manhã desta sexta-feira (22/01), os valores arrecadados/eco-nomizados pela instituição no ano de 2009, que totalizam R$ 250 bilhões. O ministro reuniu jornalistas de diversos veículos de comunicação, para apre-sentar o balanço das atividades do ano passado.

"Houve um avanço muito grande da im-portância da Advocacia-Geral da União (AGU) dentro do Estado, do Governo, e perante a sociedade. A AGU cumpre um papel cada vez mais fundamental e essencial à Justiça. Algumas ações avan-çaram muito, como a conciliação de conflitos, o aumento da qualidade da defesa judicial junto aos Tribunais Su-periores, e a sua importância junto aos demais órgãos da administração pública federal. O aperfeiçoamento dessa rela-ção institucional se torna cada vez mais significativo e importante para AGU e o Estado", afirmou.

Em 2009, a Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal (CCAF) da AGU solucionou 32 confli-tos entre a União, entes da federação e entre órgãos da administração pú-blica. Os processos envolviam mais de R$ 3 bilhões.

As unidades da AGU em todo país acompanharam ano passado 5,9 mi-lhões de processos. Foram inscritos na dívida ativa 85,6 bilhões para cobrança de créditos da União e ajuizadas quase 2.000 mil ações de execução de acór-

dãos do Tribunal de Contas da União (TCU) para arrecadar cerca R$ 773 milhões de empresas e pessoas con-denadas pela má utilização de verbas públicas. A instituição ainda ajuizou 467 ações para cobrar valores pagos pelo Instituto Nacional do Seguro So-cial em aposentadoria por invalidez ou pensão por morte, de empresas que não cumpriram normas de segurança no trabalho.

Adams destacou que a importância da proximidade da instituição com a im-prensa. "A AGU é um órgão da adminis-

tração, um órgão de Estado, e tem que mostrar aos meios de comunicações suas realizações e o seu papel, de forma que haja também uma compreensão da sociedade em relação a esse trabalho. É positivo e essencial esse tipo de relacio-namento", observou.

TSE

O Advogado-Geral foi questionado so-bre a representação apresentada pelos partidos de oposição DEM, PSDB e PPS no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contra suposta campanha eleitoral an-

R$ 250 bilhões

Page 74: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

74

Advocacia-Geral da União

tecipada do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Casa Civil, Dil-ma Rousseff. Segundo as legendas, Lula e Dilma estariam fazendo campanha antecipada com a inauguração de obras por todo país.

O ministro Adams afirmou que essa representação deve ser arquivada, as-sim como outras apresentadas ante-riormente. Para ele, o presidente e a ministra não estão fazendo campanha antecipada, apenas apresentando obras concluídas durante sua administração para prestar contas à sociedade. "Ele está falando do seu governo e isso não é vedado pela legislação eleitoral. Está cumprindo um papel institucional que a própria sociedade exige", disse. Ele lem-brou ainda que a inauguração de obras também está sendo feita pelos gover-nos estaduais e municipais, muitos da oposição.

Cartilha

Adams informou que a cartilha com in-formações de como os agentes públicos

devem se comportar durante o período eleitoral de 2010 será lançada até o mês de fevereiro. A elaboração conta com a ajuda do Ministério do Planejamento, da Casa Civil e da Controladoria-Geral da União. Dentre os assuntos aborda-dos estão a liberação de recursos nessa época, o uso de órgãos públicos e a par-ticipação nas campanhas pelos adminis-tradores do Estado.

Ascom

Na ocasião, também foi entregue aos jornalistas o balanço das atividades de-senvolvidas pela Assessoria de Comuni-cação (Ascom) da AGU. Em 2009, aten-deu a 500 jornalistas por telefone e 365 por e-mail. Foram marcadas 62 entre-vistas com o Advogado-Geral e com di-rigentes da instituição. No site da AGU, foram publicadas cerca de oito matérias por dia: 1688 no total. As citações na imprensa chegaram a 5.625.

Houve ainda a mudança das retrancas das matérias para aproximação da AGU da sociedade. Antes, elas eram apresen-

tadas com a sigla das unidades. Agora, são utilizados temas como ações afirma-tivas, segurança pública, saúde, reforma agrária, entre outras. No site, também foi criado um espaço para divulgar ma-térias sobre a instituição publicadas em veículos de comunicação, chamado AGU na Mídia.

Outra novidade foi a modernização do layout do site e a inclusão da AGU em reses sociais: a instituição está no Twitter e no Facebook, para divulgar imagens, eventos, notícias e outras informações com a precisão e agilidade que a inter-net exige. No Faceebok, basta procurar por "Advocacia-Geral da União". Já o endereço da Instituição no Twitter é: http://www.twitter.com/advocaciageral.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:22/01/2010

Ministro Luis Inácio Lucena Adams

A AGU é um órgão da administração, um órgão de Estado, e tem que mostrar aos meios

de comunicações suas realizações e o seu papel, de forma que haja também uma

compreensão da sociedade em relação a esse trabalho. É positivo e essencial esse tipo

de relacionamento

Page 75: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 75

Advocacia-Geral da União

AGU é essencial para o PAC Monitoramento diário dos processos judiciais

garantem a manutenção do programa

Para tratar de forma especial as ações do Programa de Aceleração do Cres-cimento (PAC), a AGU criou o Grupo Executivo de Acompanhamento (Ge-pac), que reúne Advogados da União e procuradores federais. Eles monito-ram diariamente os processos judiciais, com o objetivo de manter a execução dos projetos, que vão beneficiar toda sociedade.

Os advogados públicos atuaram em 1.251 ações, sendo 60% propostas pela AGU para desapropriação de terras por interesse social. Os processos dizem respeito, por exemplo, à construção de rodovias, à restauração e duplicação da BR-101, ao leilão da BRs 324 e 116, entre outros. No momento, não há ne-nhuma obra parada no país e 29 obras em rodovias estão em andamento. O Governo já concluiu a restauração de 13 rodovias.

Veículo de publicação:Site AGU

Data:17/09/2009

Os Advogados da União atuaram em 1.251 ações, sendo 60% propostas pela AGU para desapropriação de terras por

interesse social

Page 76: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

76

Page 77: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 77

Fórum Nacional da Advocacia

Pública Federal

Page 78: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

78

O Forum Nacional da Advocacia Pú-blica Federal, integrado pelas entida-des das Carreiras da Advocacia Pública Federal, torna público o acordo histórico firmado por ocasião da reunião realizada na data de hoje, 08 de agosto de 2007, perante o Advogado-Geral da União Substi-tuto, cujo objetivo final é a aprova-ção da nova Lei Orgânica da AGU, sendo decidido:

1) A flexibilização de alguns inte-resses pontuais de cada carreira com o objetivo maior de alcançar o fortalecimento da Advocacia Pú-blica Federal e de não prejudicar a tramitação da nova Lei Orgâni-ca da AGU, o que representa um grande avanço na consecução de garantias e prerrogativas a seus Membros;

2) O apoio à inclusão da Procu-radoria-Geral Federal e da Procu-radoria-Geral do Banco Central como órgãos de direção superior da AGU, bem assim a inclusão das carreiras de Procurador Federal e Procurador do Banco Central entre as demais carreiras da instituição no Projeto da nova Lei Complementar;

3) A definição expressa das atribuições exclusivas de cada uma das carreiras que atualmente compõem e que pas-sarão a compor a Advocacia-Geral da União, quais sejam Advogado da União, Procurador da Fazenda Nacio-nal, Procurador Federal e Procurador do Banco Central.

Nota do Forum Nacional da Advocacia Pública Federal sobre o acordo histórico entre as entidades de classe da Advocacia Pública Federal

Acordo Histórico

Por oportuno, informamos que o Forum Nacional da Advocacia Pública Federal esteve reunido desde a manhã de hoje,

quarta-feira, para buscar o consenso em torno dos interesses de todas as carreiras da Advocacia Pública Federal, compati-bilizando-os com a elevada missão insti-tucional da Advocacia de Estado.

O projeto de Lei Complementar, dis-cutido na parte da tarde com o Advo-gado-Geral da União Substituto, além da definição dos órgãos de direção

superior e das carreiras jurídicas, como acima informado, cuida das definições, princípios e funções institucionais da Ad-

vocacia-Geral da União, incluindo-se a autonomia e independência da instituição, a representação judicial pela AGU dos Poderes da Repúbli-ca e das Funções Essenciais à Jus-tiça, as garantias e prerrogativas de seus Membros, a remuneração por subsídio, respeitada a diferença de até 10% entre as categorias, e a per-cepção de honorários advocatícios.

Em relação à MP dos Honorários Advocatícios, não houve qualquer alteração do cenário atual de difi-culdades perante a Junta Orçamen-tária do Governo (MFAZ, MPOG e Casa Civil).

Finalmente, conforme a nota já divulgada na data de ontem, o Fo-rum também definiu uma série de ações com o intuito de sensibilizar as autoridades envolvidas, median-te audiências, divulgação na mídia e concentração dos Advogados Públicos Federais nos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, a partir das assembléias no DF e nos

Estados, marcadas para amanhã, 09 de agosto de 2007. A Assembléia Conjun-ta no DF será às 18h00, no auditório da OAB/DF (W3 - 516 Norte).

Brasília (DF), 08 de agosto de 2007.

ANAJUR - ANAUNI - ANDPU - ANPAF - ANPPREV - APBC - SINPROFAZ -

UNAFE - APAFERJ

Veículo de publicação:Site Forum

Forum Nacional da Advocacia Pública Federal

Page 79: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 79

Excelentíssimo SenhorEVANDRO COSTA GAMAAdvogado-Geral da União SubstitutoNesta

O Forum Nacional da Advocacia Pública Federal vem à presença de V. Exa. manifestar-se acerca da minuta de anteprojeto da nova Lei Orgânica da Advocacia-

Geral da União, apresentada na reunião ocorrida na última segunda-feira (06/08/2007), fazendo-o nos termos que seguem.

Inicialmente, registrem-se, por oportuno, as condições desfavoráveis a uma substancial contribuição crítica, considerando-se que a apresentação do anteproje-

to, contendo 177 artigos, foi feita sem conhecimento prévio do teor do documento pelas entidades de classe e com estabelecimento de curtíssimo prazo para

manifestações finais (até as 15h00 do dia 08/08/2007), tudo agravado ainda pela apresentação, após a reunião, de sucessivas versões alteradas, de modo que,

correndo o prazo peremptório, pesa também a incerteza quanto a já ter sido disponibilizada a versão definitiva para as críticas finais.

Sem embargos do acima, as entidades integrantes do Forum, com o intuito de contribuir para o aperfeiçoamento do anteprojeto de lei orgânica da Advocacia-

Geral da União, cujos diversos méritos são desde já reconhecidos, a exemplo do estabelecimento de prerrogativas e da definição dos deveres e direitos dos

membros de suas carreiras e a busca de maior integração entre estas e as atividades desenvolvidas, buscaram chegar a um entendimento consensual acerca das

linhas principais do texto.

Assim, o Forum chegou à conclusão unânime de que se faz imprescindível ao atendimento do interesse público e aos princípios constitucionais que o antepro-

jeto acolha a manutenção das atuais atribuições de cada carreira, sob pena de, inexoravelmente, se fomentar uma desarmonia grave e sem precedentes entre os

seus integrantes, em prejuízo da Instituição e da própria tramitação do projeto. Com efeito, é preciso evitar a fragilização da autonomia funcional dos membros

da AGU, com interferências nas atividades técnicas decorrentes das regras intrínsecas de competência de cada carreira, e a contrariedade aos princípios consti-

tucionais da impessoalidade e da eficiência, esta tanto sob a perspectiva do aumento de despesas, com a criação de novos cargos em comissão, como de am-

pliação das instâncias administrativas e conseqüente maior burocratização dos processos decisórios, inclusive desconsiderando a especialização de cada carreira.

Considerada a perspectiva acima, em certa medida recepcionada pelo anteprojeto e inclusive reafirmada recentemente pelo Advogado-Geral da União no

discurso realizado na cerimônia de posse ocorrida em 06/08/2007, no sentido de que cada carreira da AGU tem atualmente seu campo próprio de atuação, o

Fórum, à unanimidade, entende que devem ser incluídas disposições que definam claramente as atribuições de cada carreira, a saber:

Art. 76(...)§ 1º São atribuições exclusivas dos membros da carreira de Procurador da Fazenda Nacional a representação judicial da União na execução da sua dívida ativa

de natureza tributária e nas causas de natureza fiscal, a consultoria jurídica, o assessoramento jurídico e a representação extrajudicial da União em questões de

natureza fiscal, inclusive nas relações internacionais.

§ 2º São atribuições exclusivas dos membros da carreira de Advogado da União a representação judicial e extrajudicial da União, inclusive no contencioso in-

ternacional, a consultoria jurídica e o assessoramento jurídico da administração pública direta do Poder Executivo da União, ressalvadas as atribuições exclusivas

da carreira de Procurador da Fazenda Nacional.§ 3º São atribuições exclusivas dos membros da carreira de Procurador Federal a representação judicial e extrajudicial das autarquias e fundações públicas

federais, bem como sua consultoria jurídica e assessoramento jurídico, inclusive nas relações internacionais, ressalvadas as atribuições da carreira de Procurador

do Banco Central.§ 4º São atribuições exclusivas dos membros da carreira de Procurador do Banco Central a representação judicial e extrajudicial do Banco Central do Brasil, bem

como sua consultoria jurídica e assessoramento jurídico, inclusive nas relações internacionais.

Art. 76-B. Os cargos de Vice-Advogado-Geral da Advocacia da União, de Corregedor-Geral da Advocacia-Geral da União, de Consultor-Geral da União e de

Diretor da Escola Superior da Advocacia-Geral da União, são de provimento exclusivo dos membros das carreiras da Advocacia-Geral da União.

Art. 76-C. É vedada a transferência ou aproveitamento nos cargos da Advocacia-Geral da União, mesmo de um para outro de seus ramos.

Em decorrência da alteração proposta, devem ser revistas e adequadas outras disposições implicadas, notadamente as contidas nos Capítulos I, IV, VI, VII, VIII,

XII e XIII do Título II; Capítulos I do Título III; e Título VI, inclusive disposições alusivas à alteração da nomenclatura da carreira de Advogado da União, à trans-

formação dos cargos da carreira de Procurador do Banco Central e a inclusão da Procuradoria-Geral do Banco Central como órgão de direção superior da AGU.

Esclareça-se, por oportuno, que o consenso acima não suprime a possibilidade de sugestões pontuais envolvendo aspectos outros do anteprojeto, que cada

entidade integrante do Forum deseje apresentar, a bem do aperfeiçoamento do anteprojeto e segundo a visão específica da carreira que representa, partindo-se,

por evidente, do pleno consenso principiológico aqui manifestado.

Registre-se ainda que a aceitação da crítica aqui apresentada, além de contribuir para o aperfeiçoamento institucional, aferirá legitimidade ao mesmo, prestando

homenagem à efetiva participação dos membros das carreiras envolvidas e aos atuais dirigentes da Advocacia-Geral da União, contribuindo, ainda, para minorar

sensivelmente eventuais resistências à proposta de nova lei orgânica da AGU em processo de elaboração, tanto no âmbito interno quanto externo.

Registre-se, por fim, que as entidades signatárias deste documento, na busca da unidade das carreiras, flexibilizaram posições de interesse específico em prol

da Advocacia Pública Federal.Brasília (DF), 08 de agosto de 2007.

Respeitosamente,

NICOLA BARBOSA DE AZEVEDO DA MOTTAANAJUR

JOSÉ WANDERLEY KOZIMAANAUNI

ROBERTO EDUARDO GIFFONIANPAF

DANILO RIBEIRO MIRANDAUNAFE

JOÃO CARLOS SOUTO

SINPROFAZ

MEIRE LÚCIA GOMES MONTEIRO MOTA COELHOANPPREV/SINPPROPREV

JOSÉ MARCIO ALEMANYAPAFERJ

JORGE RODRIGO ARAÚJO MESSIASAPBC

Forum Nacional da Advocacia Pública Federal

Page 80: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

80

Reforma da Advocacia PúblicaCampanha é deflagrada em conjunto com o Forum Nacional da Advocacia Pública Federal, ANAPE e ANPM

Foi realizada no início de janeiro reunião entre os Dirigentes do Forum Nacional da Advocacia Pública Federal, o Presi-dente da Associação Nacional dos Pro-curadores de Estado (ANAPE), Ronald Bicca, e o Vice-Presidente da Associação Nacional dos Procuradores Municipais, Evandro de Castro Bastos.

O encontro serviu para a formaliza-ção da comissão para a campanha do Movimento Nacional pela Reforma da Advocacia Pública, contemplando um rol de proposições legislativas que ins-trumentalizarão a Reforma, a exemplo das PECs 443/09, 452/09, 153/03 e o Projeto de Lei de Honorários. Ficou acordado que a comissão será compos-ta por integrantes do Forum Nacional, da ANAPE e da ANPM.

A PEC 443/09, do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), vincula o sub-sídio das Carreiras da Advocacia-Geral da União (AGU) e das Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal ao subsídio dos Ministros do Supremo Tri-bunal Federal (STF). Segundo a PEC, o subsídio do nível mais alto dessas Car-reiras equivalerá a 90,25% do subsídio mensal dos Ministros.

Ainda de acordo com o texto, os sub-sídios dos demais integrantes dessas carreiras serão fixados em lei e escalo-nados. A diferença salarial entre uma categoria e outra não poderá ser maior que 10% nem menor que 5%.

Atualmente, a Constituição, em seu arti-go 37, inciso XI, já limita o subsídio das carreiras do Poder Judiciário, dos inte-grantes do Ministério Público, dos pro-

curadores e dos defensores públicos a 90,25% do subsídio dos ministros do STF, mas não menciona as carreiras da AGU e das procuradorias estaduais e do DF.

A Proposta de Emenda Constitucional 452 de autoria do Deputado Federal, Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), altera os artigos 131e 132 da Constituição Fe-deral de 1988.

No art. 131, trata sobre a Advocacia-Geral da União, no plano federal, e no art. 132 sobre os Procuradores Estadu-ais, no plano estadual. Os dois princi-pais objetivos da PEC são aperfeiçoar o sistema de Advocacia Pública, inserindo mudanças no desenho da Advocacia-Geral da União, das Procuradorias Es-taduais e Municipais; e equilibrar o

tratamento constitucional entre as de-nominadas Funções Essenciais à Justiça.

De acordo com o Presidente do Forum Nacional, João Carlos Souto, “a reforma da Advocacia Pública é de importância capital para o Estado brasileiro”. “Con-siderando que uma Advocacia Pública forte significa que a sociedade terá uma melhor defesa do seu patrimônio”, disse.

O Presidente Souto ainda destacou que a presença da ANAPE e ANPM será crucial para a campanha de apro-vação dos projetos.

Para o Presidente da ANAPE, Ronald Bicca, a iniciativa e os esforços de cada entidade terá um papel fundamental. “A gente acredita que através de alguns tra-

Veículo de publicação:Site Forum

Data:13/01/2010

Forum Nacional da Advocacia Pública Federal

Page 81: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 81

balhos concretos e através des-sas PEC`s possa desencadear a reforma da Advocacia Pública”, disse.

Já o Vice-Presidente da ANPM, Evandro de Castro Bastos, ex-plica que a iniciativa terá uma interligação muito grande com o Estado brasileiro. “Essa troca de informação irá permitir um melhor funcionamento da coi-sa pública, do Estado brasileiro. Vai permitir ainda uma melhor estruturação das Carreiras e atender melhor a Administra-ção Pública”, explicou.

Na reunião ficou decidido que serão realizados Ciclos de De-bates da Advocacia Pública em todo o Brasil, com a presença de Advogados Públicos Fede-rais, Estaduais e Municipais junto a co-munidade política da região. Também ficou definido a criação de um grupo de discussão na internet para ajudar na comunicação entre os coordenadores da campanha. Um novo encontro está marcado para o início do mês de fe-vereiro para definição das prioridades, estratégias, cronograma de trabalho, apresentação do plano de mídia e capa-citação das equipes que coordenarão, nos Estados e Municípios, as atividades do Movimento. Maiores informações poderão ser obtidas nos sites do Forum Nacional e das entidades de classe par-ticipantes do projeto.

Comissão Especial da PEC 443/2009 realiza primeira audiência pública

Em audiência pública realizada na tar-de desta terça, no Anexo 2 da Câmara dos Deputados, Membros da Advocacia Pública Federal e Parlamentares deba-teram sobre a Emenda a Constituição n. 443-A/2009, de autoria do Deputado Bonifácio de Andrada PSDB/MG. A PEC promove reestruturação remuneratória da Advocacia de Estado, vinculando-a a remuneração de Ministro do Supremo Tribunal Federal.

Participaram da audiência o Presiden-te do Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal, João Carlos Souto,

o Presidente da Associação Nacional dos Procuradores de Estado (ANAPE), Ronald Christian Alves Bicca e o Vice-Presidente da Associação Nacional dos Procuradores Municipais (ANPM), Evandro Castro Bastos. O plenário foi presidido pelo Deputado José Mentor (PT/SP) com a presença do relator, o

Deputado Mauro Benevides (PMDB/CE). “Essa emenda representa um passo a mais para a integração das categorias, além de um mecanismo para a preser-vação do erário e a melhoria de arreca-dação dos entes estatais e municipais”, expôs Evandro de Castro Bastos. “A PEC 443 representa o resgate do tratamento que nos foi negado no tempo da cons-tituinte”, argumentou Ronald Christian.

O Presidente do Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal também res-saltou a importância da Emenda para o cargo. “A PEC 443 é um divisor de águas na realidade da advocacia pública, uma vez que o constituinte não deu o devi-do valor para a carreira”, e completou “Agora temos a oportunidade de termi-nar algo que ficou incompleto com es-sas duas emendas”, lembrou João Carlos Souto da PEC 452 de autoria de Paulo Rubem Santiago (PTB/SP) que dá maior organicidade á Advocacia Pública.

Souto ainda pediu o esforço dos Mem-bros da Advocacia Pública Federal para a aprovação da Emenda nas duas casas. “Precisamos da mobilização da pre-sidência da comissão para que o pro-cesso corra com mais celeridade, isso se faz com o convencimento daqueles que desconhecem a importância desta PEC “, advertiu o Presidente do Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal.

Precisamos da mobilização da presidência da comissão para que o processo corra com mais celeridade, isso se faz com o

convencimento daqueles que desconhecem a importância

desta PEC

Forum Nacional da Advocacia Pública Federal

Page 82: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

82

Honorários para todosDefesa da igualdade no pagamento de honorários para todos os advogados

O Forum Nacional da Advocacia Públi-ca Federal, integrado pelas entidades de classe da área jurídica federal (ANAJUR-ANAUNI-ANPAF-ANPPREV-SINPRO-FAZ-APBC-APAFERJ), e a OAB fizeram hoje (19/08), no plenário do Conselho Federal da OAB, em Brasília, o lança-mento da campanha nacional “Honorá-rios para Todos - Direito de Advogados Públicos e Privados”.

O lançamento da campanha ocorreu durante sessão do Pleno do Conselho Federal da OAB, nesta manhã. Partici-param também o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ce-zar Britto, e o vice-presidente nacional da OAB, Vladimir Rossi Lourenço. Vá-rios conselheiros federais fizeram uso da palavra para elogiar e apoiar a iniciativa do Fórum.

O presidente do Forum, João Carlos Souto, num discurso de improviso, des-tacou a importância do apoio do Con-selho Federal da OAB para assegurar o direito de todos os advogados. “Reto-mamos nesta casa, de todos os advoga-dos brasileiros, e que tanto colaborou para democracia brasileira, retomamos esta bandeira e estamos convictos que, com o apoio da OAB haveremos de sensibilizar o governo para a situação absolutamente irregular, ilegal, incons-titucional da supressão de um direito que é nosso, assegurado por lei e que pertence aos advogados”, disse.

O presidente Souto ainda defendeu a ne-

cessidade de uma legislação fixando que o pagamento dos honorários de sucumbên-cia, nas causas em que o Estado é o vence-dor, seja devido ao advogado público.

O presidente nacional da OAB, Cezar Britto, deixou claro “que o sucesso des-ta campanha tem relação direta com a primeira decisão deste Pleno quando transformou em permanente a Comis-são Nacional da Advocacia Pública ao reconhecer internamente o que é a Ad-vocacia Pública” comentou.

Respeito aos honorários29/08/2009

Os Dirigentes do Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal promoveram na noite desta terça-feira, reunião junto à Frente Parlamentar dos Advogados, na Câmara dos Deputados.

Na pauta de discussões os projetos de interesse da Advocacia Pública, com destaque para os Honorários Advoca-tícios. De acordo com o presidente do Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal, João Carlos Souto, é preci-so trazer esta discussão para os par-lamentares e despertar a atenção do Governo. “A casa dos deputados é a ressonância da sociedade brasileira e os honorários advocatícios são direitos antigos dos advogados, porém, no que diz aos advogados públicos federais o Governo até o presente momento ainda não acordou para a importân-cia dessa questão e para a necessida-

de do pagamento dos honorários”, comentou. O presidente da Frente Parlamentar do Advogado, Marcelo Ortiz, ressaltou a defesa da igualdade entre advogados públicos e privados com relação aos honorários. “A Frente Parlamentar sempre tem o objetivo de fazer o seu trabalho em prol da-queles que os advogados atendem, sejam os advogados públicos, sejam os privados. Nós queremos estabele-cer primordialmente o entendimento entre todos eles e uma compreensão de toda a sociedade de qual é o papel do advogado público e qual é o resul-tado que ele deve obter no trabalho que ele desenvolve”, disse.

Para o presidente do Conselho Fede-ral da OAB, Cezar Britto, é preciso que haja compreensão do que são os honorários advocatícios e destacou o objetivo de conscientização da campa-nha. “Os honorários advocatícios são o fruto do trabalho de um profissional e sendo fruto de um trabalho profissional quem deve aferir a vantagem desse tra-balho é o próprio profissional. A tarefa da campanha é de conscientização para demonstrar que não é recurso público que estamos debatendo, mas o fruto do trabalho de um profissional e esse profissional tem que ser beneficiado”, poderou.

A campanha dos honorários teve início no mês de agosto. É Possível acompa-nhar todas as informações através do site: www.honorariosparatodos.orgb.br

Veículo de publicação:Site Forum

Data:19/08/2009

Forum Nacional da Advocacia Pública Federal

Page 83: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 83

Planejamento EstratégicoForum se reúne para traçar os objetivos e metas

para os próximos dois anos

Os Dirigentes do Forum Nacional da Advocacia Pública Federal, que congre-ga as entidades de classe representativas das carreiras da Advocacia Pública Fe-deral - ANAJUR, ANAUNI, ANPAF, APA-FERJ, ANPPREV, APBC e SINPROFAZ - estão reunidos neste fim de semana (29 e 30), em Brasília, para realização do Planejamento Estratégico do Fórum.

O objetivo é discutir o ambiente de atu-ação do Fórum e traçar os objetivos e metas a serem alcançados para os pró-ximos dois anos. A função do Planeja-mento é dar coerência das ações que serão efetivadas.

A formulação das estratégias a serem implementadas terão como base a aná-lise do ambiente externo, que avalia oportunidades e ameaças, e o interno, que avalia as forças e fraquezas. Entre os componentes encontram-se as con-dições políticas, econômicas, legais, cul-turais e sociais do pais e as condições tecnológicas.

De acordo com o Secretário-Geral do Fórum, Jorge Messias, “o planejamento terá a função essencial da construção de um plano de ação mais eficaz para va-lorização das carreiras de Advogado da União, Procurador da Fazenda Nacio-

nal, Procurador Federal, Procurador do Banco Central e consolidação da AGU como referencia na defesa do Estado e sua ordem jurídica”, disse.

A Secretária-Geral da ANAUNI, Tania Patrícia Vaz, considera que esse esforço concentrado dos dirigentes das entida-des e imprescindível para que o Fórum Nacional da Advocacia Publica Federal defina seu papel na construção da Advo-cacia-Geral da União e na valorização das carreiras de Advogado da União, Procu-rador da Fazenda Nacional, Procurador Federal e Procurador do Banco Central.

Já a presidente da ANPPREV, Meire Motta Coelho, considera o planejamen-to estratégico do FORUM uma ação histórica. “Pela primeira vez , as carrei-ras de Advogado da União , Procurador Federal, Procurador da Fazenda Nacio-nal e Procurador do Banco Central se reúnem para planejar conjuntamente suas estratégias e melhor forma de atu-ação.Com certeza, o planejamento es-tratégico irá não só fortalecer e unir as entidades, como também proporcionar maior eficiencia e eficácia da ação”, co-mentou.

Após esta primeira etapa do Planeja-mento haverá reuniões de acompanha-mento do Plano de Ação adotado em datas definidas.

Veículo de publicação:Site Forum

Data:29/08/2009

O objetivo é discutir o ambiente de atuação do Fórum e traçar os objeti-vos e metas a serem alcançados para os próximos dois anos

Forum Nacional da Advocacia Pública Federal

Page 84: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

84

Veículo de publicação:Site Forum

Data:28/09/2009

Ofício ao Presidente Encaminhado ofício ao Presidente da República com congratulações pela indicação de Toffoli

O Forum Nacional da Advocacia Publi-ca Federal, entidade civil que reúne os dirigentes das entidades das classes re-presentativas das carreiras de Advogado da União, Procurador Federal, Procura-dor da Fazenda Nacional e Procurador do Banco Central (ANAJUR-ANAUNI-ANPAF-ANPPREV/SINPROPREV-SIN-PROFAZ-APBC-APAFERJ) encaminhou ao Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva ofício congratular-se pela indicação ao Senado Federal do nome do Ministro Jose Antonio Dias Toffoli para substituir, no Supremo Tribunal Fe-deral o Ministro Carlos Alberto Menezes Direito.

No documento o Forum lembrou que a Advocacia-Geral da União consolidou-se, ao longo dos últimos dezesseis anos, desde a edição da Lei Complementar n° 73, de 1993, como uma das mais fortes instituições do Estado Brasileiro, repre-sentativa dos interesses de seus Poderes e da Sociedade com a formulação e de-fesa de políticas públicas voltadas para as áreas sociais e de infra-estrutura do desenvolvimento do Pais. O ofício ainda destaca como “integrante das Funções Essenciais a Justiça, ao lado do Ministé-rio Público e da Defensoria Publica, que

tem a liberdade de sugerir os nomes de seus titulares, a Advocacia-Geral da União poderia, fechar o ciclo da mag-nífica gestão do Ministro José Antonio Dias Toffoli com um nome próprio para chefiá-la, dentre aqueles que compõem o seu qualificado quadro de Advogados Públicos Federais, tal como ocorre com as instituições co-irmãs. Isso porque, a unidade de atuação das quatro carreiras existentes no âmbito da AGU, voltadas exclusivamente para a defesa do patri-

mônio e interesse públicos, reunidas neste Forum Nacional sem quaisquer diferenças de categorias, permitiria que uma escolha de Vossa Excelência para a sua chefia fosse recebida de muito bom grado”.

No documento o Forum lembrou que a Advocacia-Geral da União consolidou-se, ao

longo dos últimos dezesseis anos, desde a edição da Lei Complementar n° 73, de 1993, como uma das mais fortes instituições do Estado Brasileiro

Forum Nacional da Advocacia Pública Federal

Page 85: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 85

Debate de candidatos à presidência da OAB/DF

Candidatos discutem idéias e projetos no auditório da ANPREV

O espaço do auditório da Associação Nacional dos Procuradores da Previ-dência Social, a ANPPREV, em Brasí-lia, foi pequeno para a quantidade de pessoas que compareceram no local. A noite desta terça-feira (29/09) marcou o debate entre os candidatos que concor-rem à presidencia do Conselho Seccio-nal da OAB do Distrito Federal.

O evento foi uma iniciativa do Forum Nacional da Advocacia Pública Federal, que congrega as entidades que repre-sentam as carreiras de Advogado da União, Procurador da Fazenda Nacio-nal, Procurador Federal e Procurador do Banco Central, e contou com a pre-sença de três das quatro chapas que dis-putam a presidência da Casa.

Em seu discurso de aber-tura, o presidente do Forum Nacional, João Carlos Souto, agradeceu os candidatos que se dis-puseram a participar do debate. “Quero, antes de mais nada, agrade-cer a presença de todos, agradecer a boa vontade e a postura democrática, corajosa, plural e aberta dos candidatos que aqui estão”, destacou.

As regras do debate fo-ram acertadas antes do início do evento. A or-dem das perguntas e considerações dos can-

didatos foram definidas por meio de sorteio. O presidente do Forum Na-cional foi o mediador do debate. Para ele, a iniciativa superou as expectativas. “Casa cheia, quase 200 pessoas, os ad-vogados públicos, os advogados priva-dos presentes, portanto, uma noite de êxito total e absoluto, num debate de alto nível”, ponderou.

Para os candidatos, o debate cumpriu bem o seu propósito e contribuiu para a exposição democrática de idéias. Para o representante da chapa “Ordem na Casa”, Dr. Esdras Dantas de Souza, “o debate foi democrático e de alto nível. Tenho certeza que foi importante para aqueles que têm tido dúvidas sobre as propostas dos candidatos e aqui ficaram mais esclarecidas. Tenho certeza que foi

uma grande contribuição do Forum Na-cional da Advocacia Pública às eleições do Conselho Seccional da OAB do Dis-trito Federal”.

O representante da chapa “Nova Or-dem”, Dr. Ulisses Borges Resende, disse que “o debate foi uma grande oportu-nidade para que as idéias fossem discu-tidas de uma forma leal, de uma forma tranqüila, mas de uma forma verdadei-ra. Nós não estamos de brincadeira nessa campanha. Nós vamos fazer a dis-cussão do papel da nossa Ordem peran-te a sociedade, perante os advogados”.

Já para o representante da chapa “Ques-tão de Ordem”, Dr. Francisco Queiroz Caputo Neto, “o debate atingiu o seu objetivo. Foi muito enriquecedor por-

Veículo de publicação:Site Forum

Data:29/09/2009

Forum Nacional da Advocacia Pública Federal

Page 86: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

86

que os candidatos se preocuparam em apresentar as suas propostas, trataram de temas espinhosos, trataram de temas de muito interesse da advocacia públi-ca, mas todos no mais alto nível, preo-cupados, unicamente, em expor idéias e não em fazer ataques pessoais. Mas, o importante é que os três candidatos exerceram democraticamente a possibi-lidade de se expressar para uma platéia tão expressiva como essa que tivemos aqui nessa noite”. Após o evento foi ofe-recido um coquetel para os presentes.

Nova presidência da OAB/DF17/11/2009

A chapa “Questão de Ordem”, que teve Francisco Caputo como candidato a presidente, e Emens Pereira como can-didato a vice-presidente, venceu on-tem, dia 16/11, as eleições da OAB/DF, com o apoio das entidades de classe da área jurídica sediadas em Brasília e que compõem o Forum Nacional da Advo-cacia Pública Federal (ANAJUR-ANAU-NI-ANPAF-ANPPREV/SINPROPREV-SINPROFAZ-APBC) . A chapa liderada por Francisco Caputo obteve 4.783 vo-tos, enquanto o candidato Ibaneis Ro-cha, da chapa Unidos pela Ordem, da situação, ficou em segundo lugar, com 4.383 votos. O candidato Esdras Dan-tas ficou em terceiro lugar, com 2.725 votos, e Ulisses Borges ficou em quarto, com 2.054. Foram registrados 300 votos nulos e 382 em branco, para um total de 14.627 votantes.

Com esta importante vitória, uma das vagas para o Conselho Federal da OAB será ocupada pela presidente da ANP-PREV, Meire Lúcia Gomes Monteiro Mota Coelho, que integrou a chapa vencedora por indicação unânime das entidades do Forum Nacional. Além disso, os membros da advocacia pública federal serão representados no Conse-lho Seccional da OAB-DF pelo Procu-rador do Banco Central Fabiano Jan-talia Barbosa (APBC) e pelo Advogado da União Rommel Macedo (ANAUNI), também indicados pelas entidades do Forum.

As eleições iniciaram-se às 9h, no Giná-sio Nilson Nelson, em Brasília, e nos lo-cais de votação das cidades satélites de Brasilia, terminando às 17h. O resultado oficial foi proclamado às 19h30.

Desde o início do processo eleitoral nas seccionais da OAB, o Forum Nacional da Advocacia Pública Federal conclamou Advogados da União, Procuradores da Fazenda Nacional, Procuradores Federais e Procuradores do Banco Central, em to-das as Unidades Federativas, a apoiar as chapas que fossem integradas por mem-bros das carreiras, a fim de fortalecer a advocacia pública federal perante as Sec-cionais e o Conselho Federal da OAB.

Em Brasília, por se tratar da Capital da República, com mais espaço de presen-ça e negociação perante os poderes da União, o Forum Nacional decidiu que as suas entidades de classe deveriam participar diretamente do pleito, com o mesmo espírito de integração perante a OAB. A atuação do Forum foi decisi-va para a vitória significativa da chapa “Questão de Ordem”, liderada pelo advo-gado Francisco Caputo.

Desde o início da campanha, Francis-co Caputo demonstrou sensibilidade, apoio e reconhecimento da importân-

cia da advocacia pública, apoiando grandes ideais de defendidos pelo Fo-rum com vistas a seu fortalecimento e valorização de seus membros. Outros componentes da chapa pertencem ain-da às chamadas carreiras exclusivas de Estado, além da maioria dos advogados privados que atuam no Distrito Federal.

Uma das vagas para o Conselho Federal da OAB

será ocupada pela presidente da

ANPPREV, Meire Lú-cia Gomes Monteiro Mota Coelho, que integrou a chapa vencedora por

indicação unânime das entidades do Forum Nacional

Forum Nacional da Advocacia Pública Federal

Page 87: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 87

Função Essencial à Justiça

Proposta visa fixar o nível máximo do subsídio das carreiras da Advocacia Geral da União

O deputado federal Bonifácio Andra-da (PSDB/MG) apresentou proposta de Emenda Constitucional que fixa o subsídio do grau ou nível máximo das carreiras da Advocacia-Geral da União (AGU).

A proposta altera o artigo 131 da Cons-tituição Federal para que subsídio do grau médio ou nível médio das carreiras de Advogado da União, Procurador da Fazenda Nacional, Procurador Federal e Procurador do Banco Central, das Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal corresponda a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsidio mensal, fixado para os Minis-tros do Supremo Tribunal Federal.

Na justificativa, o deputado considera que ao inserir a Advocacia Pública no Título IV da Constituição Federal, des-tinado ê organização dos Poderes, o legislador constituinte quis conferir aos agentes públicos integrantes das respec-tivas carreiras prerrogativas similares às dos integrantes dos Poderes da União do Distrito Federal e dos Estados. Assim, agiu em razão da relevância das respec-tivas carreiras na organização do Estado Democrático de Direito.

Explica ainda que as atribuições das car-reiras da Advocacia-Geral da União, e

dos procuradores dos Estados e do Dis-trito Federal são, conseqüentemente, por vontade constitucional, considera-das como Funções essenciais ao funcio-namento da Justiça.

A vinculação de suas funções a estes princípios gera, consequentemente, caracterização da necessidade de que seus membros recebam, de maneira explicita na Constituição, o tratamento adequado, de forma que não haja hie-rarquia ente os interesses cometidos a cada uma das funções essenciais à Justi-

ça, conferindo-lhes a adequada impor-tância constitucional. Os Dirigentes do Forum Nacional da Advocacia Pública Federal enviaram mensagem de con-gratulação ao deputado Bonifácio pela reconhecimento do pleito com a apre-sentação da PEC e incluirão a referida proposição no rol das propostas de Re-forma da Advocacia Pública, conferindo tratamento prioritário e envidando to-dos esforços junto ao Congresso Nacio-nal. Tão logo a PEC receba numeração pela Câmara dos Deputados, o Forum informará as suas bases associativas.

Veículo de publicação:Site Forum

Data:19/08/2009

As atribuições das carreiras da AGU são consideradas como Funções Essenciais à

Justiça e devem receber tratamento adequado na Constituição

Forum Nacional da Advocacia Pública Federal

Page 88: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

88

Page 89: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 89

Associação Nacional dos Advogados da

União

Page 90: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

90

Associação Nacional dos Advogados da União

Nova Diretoria da ANAUNI é empossada em Brasília

Participação e fortalecimento da carreira são as pretenções durante a gestão da nova diretoria

Os novos integrantes da diretoria e Con-selho Fiscal da ANAUNI tomaram posse na noite desta segunda-feira (02/03) em cerimônia realizada no Conselho Fede-ral da OAB, em Brasília. Estiveram pre-sentes ao evento o Ministro José Antônio Dias Toffoli, Advogado-Geral da União, e o Ministro do Supremo Tribunal Fede-ral e Vice-presidente do TSE, Joaquim Barbosa, além de autoridades da AGU e de outros órgãos, dentre eles o Substitu-to do Advogado-Geral da União, Evan-dro Costa Gama, o Procurador-Geral da União, Fernando Albuquerque, o Cor-regedor-Geral da Advocacia da União, Aldemario Araújo Castro, o Procurador-Geral Federal, Marcelo de Siqueira Frei-tas e o Presidente da Ordem dos Advo-gados do Brasil, Cézar Britto.

O ex-presidente da ANAUNI, José Wan-derley Kozima, abriu a sessão e empos-sou os novos diretores e conselheiros fiscais. Em seu discurso, demonstrou a satisfação que foi representar os Advo-gados da União em seus dois manda-tos. “Fico muito feliz porque escolhi a profissão de advogado e mais orgulho-so ainda por fazer parte da carreira de Advogado da União. Essa felicidade se tornou ainda maior quando os Advoga-dos da União me deram a honra de re-presentá-los nestes quatro anos”, disse.

Em seu discurso, o presidente em-possado, André Gustavo Vasconcelos de Alcântara, destacou as atuações da ANAUNI e falou sobre a honra de re-presentar os Advogados da União. “Ser Advogado da União, antes de qualquer coisa, é uma honra enorme para mim.

Mais ainda representá-los. Conto com a ajuda, com o reconhecimento e a pa-ciência dos colegas, mas tenho certeza que farei o meu melhor. Nossa associa-ção é extremamente participativa no âmbito do governo e no âmbito do Es-tado Brasileiro. Ao termos uma carreira de estado forte, respeitada, com prer-rogativas, nós estamos fortalecendo o Estado Brasileiro, e essa é a pretensão final da ANAUNI”.

O Advogado-Geral da União, José An-tônio Dias Toffoli, disse que é preciso fazer muito mais pela instituição, mas uma entidade de classe forte tem papel importante na construção da imagem institucional. “É fundamental que as entidades de classe também se preo-cupem com questões essenciais para a instituição e quanto a isso eu percebo que estamos passando por um amadu-

recimento. Uma entidade forte e repre-sentativa como a de vocês é importante para toda instituição”, destacou.

O presidente do Conselho Federal da OAB, Cezar Britto, demonstrou gran-de satisfação na realização da posse da nova diretoria da ANAUNI. “A Ordem é a casa da Advocacia Pública. A OAB se confunde pra nós, cidadania e advo-cacia, como palavras sinônimas. Estou duplamente em casa, como advogado e como cidadão, acolhendo a posse des-ses novos companheiros. Contem co-nosco mais uma vez, estou à disposição de todos”, disse.

Após a solenidade os convidados par-ticiparam de um coquetel servido na cobertura da sede do Conselho Federal da OAB.

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:03/03/2009

Page 91: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 91

Associação Nacional dos Advogados da União

Veículo de publicação:Site AnauniData:02/03/2009

Terminou às 20h deste domingo a pri-meira fase do Planejamento Estratégico para a próxima gestão da Diretoria da ANAUNI. O objetivo é identificar proje-tos e metas, dar maior clareza aos pla-nos e definir estratégias para alcançá-los. Diretores e suplentes da gestão atual e da nova diretoria estiveram reunidos desde a manhã do sábado (28/02), no hotel St. Paul, em Brasília.

De acordo com o atual presidente da ANAUNI, José Wanderley Kozima, a iniciativa agrega novas possibilidades e ferramentas de gestão e auxiliará na condução da ANAUNI. “O Planejamen-to Estratégico é um marco, um passo fundamental para que a ANAUNI ca-minhe em direção a uma gestão mais profissional e de qualidade”, disse.

Para o novo presidente eleito, André Gustavo Vasconcelos de Alcântara, a

associação ganhará eficiência nas atu-ações. “Isso vai dar novos rumos para a associação porque a partir de agora trabalharemos com este planejamen-to para os próximos dois anos. Iremos profissionalizar o trabalho. A tendência hoje das organizações modernas é se planejar, então essa é nossa idéia. O in-vestimento será fundamental para mo-dernizar a gestão da ANAUNI e atender com maior eficiência às demandas dos associados”, ressaltou.

A ANAUNI contratou o especialista em Engenharia de Qualidade, Paulo Lacer-da, para ajudar na coordenação do pro-jeto. Lacerda conduziu a elaboração de planos estratégicos e operacionais em organizações públicas e privadas, den-tre elas o DRCI, onde implantou sistema de gestão, sendo o primeiro departa-mento certificado no modelo Gespúbli-ca no Ministério da Justiça. Atualmen-

te, é professor da área de Qualidade e Gestão Pública na pós-graduação da Universa - Universidade Católica de Brasília e Assessor da Presidência da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI.

Com a conclusão dessa primeira fase, foi elaborado um questionário para par-ticipação de todos os associados, que será encaminhado esta semana. A etapa final acontecerá no dia 21 de março, juntamente com os novos delegados es-taduais da ANAUNI.

Após a conclusão do Planejamento se-rão realizadas reuniões trimestrais para acompanhamento da execução dos trabalhos, sendo que as duas primeiras já estão marcadas - a primeira para o final de maio e a segunda, para o final de agosto.

Concluída a primeira fase do Planejamento Estratégico da ANAUNI

Planejamento Estratégico

O Planejamento Estratégico é um marco, um passo fundamental para que a ANAUNI

caminhe em direção a uma gestão mais profissional e de

qualidade

Page 92: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

92

Associação Nacional dos Advogados da União

ANAUNI obtém vitória no CNJ e garante atribuições da carreira de Advogado da União

Na sessão desta quarta-feira (25/11) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), fo-ram julgados os procedimentos de con-trole administrativo em face do Tribunal Regional do Trabalho 24ª Região, em que é requerente a ANAUNI.

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:19/11/2009

Defesa do Estado

O Conselho, por maioria, julgou par-cialmente procedente o pedido, nos termos do voto do Relator no sentido de excluir a previsão constante da segunda parte do art. 17, §1º, LIV, do Regimento Interno do Tribunal Regional do Traba-lho da 24ª Região, ao invés de excluí-lo integralmente conforme requerido. Destacaram que o Tribunal deverá ob-servar a legislação pertinente em caso de contratação de serviços excepcionais e especializados.

Como a impugnação foi julgada parcial-mente procedente, para fim de excluir a parte final do dispositivo impugnado, restaram preservadas as atribuições da carreira de Advogado da União, já que

a consultoria do Poder Judiciário não é tarefa da AGU.

“Art. 17. Compete ao Tribunal Pleno: § 1º Em matéria administrativa: (...)

LIV – deliberar sobre a contratação de profissional e/ou empresa parti-cular para prestação de serviços téc-nicos especializados para confecção de pareceres, perícias, assessoria ou consultorias técnicas, bem como patrocínio ou defesa de qualquer membro do Tribunal em causas ju-diciais ou administrativas, quando acionado por atos decorrentes do exercício de funções administrativas.

Restaram preservadas as atribuições da carreira de

Advogado da União

Page 93: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 93

Associação Nacional dos Advogados da União

Diretoria da ANAUNI participa de audiência no MPT que tratou da questão da contratação de terceirizados

A Diretoria da ANAUNI esteve presente nesta quinta-feira (12/03) em audiência realizada na Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, em Brasília, para tratar de questão grave, relaciona-da à contratação de terceirizados para prestação de serviços de consultoria e assessoramento jurídico a órgãos da União. A Secretária-Geral da ANAUNI, Tania Patrícia de Lara Vaz, representou a entidade juntamente com o advogado contratado Dr. Antenor Madruga.

As discussões se fazem no âmbito de ação civil pública movida contra a União, havendo já um primeiro acordo judicial - Decisão Judicial n. 810-06, contra a terceirização nos órgãos da União. O que se pretende, agora, é a celebração de um termo aditivo a esse acordo, para abranger também a ve-dação à terceirização de atividades de advocacia.

Representando a União, participaram o Procurador-Geral da União Substituto, Dr. Jair José Perin, o Diretor do Depar-tamento Trabalhista da PGU, Dr. Mario Guerreiro, e o Diretor de Assuntos Ex-trajudiciais da CGU, Dr. Rafaelo Abritta, além de representantes da advocacia pública federal.

O Procurador do Trabalho, Sebastião Vieira Caixeta, deu conhecimento aos presentes do precedente recente do Supremo Tribunal Federal a respeito da matéria.

A ANAUNI defendeu que as atividades de consultoria e assessoramento jurí-dico, além da representação judicial

e extrajudicial, são da competência exclusiva da AGU, nos termos do 131 da Constituição Federal, e que não há dúvida de que devem ser exercidas por membro de carreira, posto que as com-petências da instituição se exercitam por seus membros.

A Secretária-Geral da ANAUNI alertou, ainda, para o risco de fragilização da AGU, em se permitindo que um parecer ou um estudo jurídico sejam desconsi-derados e substituídos por um trabalho realizado por um jurista contratado. Ci-tou como exemplo o estudo do novo marco regulatório do pré-sal, que vem sendo desenvolvido por um grupo in-tegrado por Advogados da União da Consultoria Jurídica do Ministério de Minas e Energia, Procuradores Federais da ANP, Procuradores da Fazenda e Ad-vogados da PETROBRÁS, destacando que há evidente preocupação e foco desse corpo jurídico concursado no in-teresse público. Mencionou, ainda, que a hipótese de contratação de escritório de advocacia ou profissional liberal para realização de atividade de Advogado da União seria equivalente à situação de contratação de um jurista para elaborar sentença, quando determinado Juiz Fe-deral não tivesse a necessária expertise para decidir sobre determinado assun-to.

Na audiência, discutiram-se ainda os termos da Portaria n. 1.830, de 22 de dezembro de 2008, da AGU, que au-toriza a contratação excepcional e ex-traordinária de consultoria advocatícia especializada, por Órgãos ou Entidades da Administração Pública Federal Dire-

ta, Autárquica e Fundacional, ficando decidido que o termo aditivo, que se está a discutir, deve abranger também a referida portaria da AGU. O Procurador do Trabalho chegou a reconhecer que o ato normativo da AGU contém referên-cias expressas à consultoria advocatícia especializada, atividade exclusiva dos membros de carreira da AGU. A Dire-tora da ANAUNI fez defesa enfática da impossibilidade de manutenção do ato normativo, nos moldes atuais, na me-dida em que, diferentemente do que afirmaram os representantes da União, não se trata de contratação de assesso-ria técnica ao membro de carreira, mas de efetiva realização de suas atribuições por prestadores de serviço contratados. Ressaltou-se, ainda, que a contratação é autorizada pela AGU, tão-somente, sendo conduzida pelo órgão interessa-do, o que é ainda mais temerário.

Ficou acordada uma nova audiência em breve, para aprovação do termo aditivo em questão. E também para a celebração de Termo de Ajustamento de Conduta - TAC, para vedar o exercí-cio de cargo comissionado por pessoas estranhas à carreira e também para ve-dar as contratações temporárias, com a mesma finalidade. A ANAUNI sustenta-rá, intrasigivelmente, a exclusividade do exercício das atribuições da carreira de Advogado da União.

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:06/03/2009

Defesa das atribuições

Page 94: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

94

Associação Nacional dos Advogados da União

ANAUNI encaminha ofício ao AGU sobre anuidade da OAB

A Diretoria Jurídica da ANAUNI, por meio de seu Diretor, Ro-drigo Veloso, encaminhou ofício formalizando requerimento ao Advogado-Geral da União, José Antonio Dias Toffoli, soli-citando que a União arque com as anuidades da Ordem dos Advogados do Brasil pagas pelos Advogados da União.

No documento foi exposto que não é razoável que os Advoga-dos da União contribuam pessoalmente à OAB, já que represen-

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:20/03/2009

Ferramenta de trabalho

tam exclusivamente a defesa da União sendo vedado o exercí-cio da advocacia privada fora das atribuições institucionais.

A Diretoria da ANAUNI entrou em contato com o presidente da OAB, Cezar Britto, que manifestou apoio à causa. A OAB informou que deverá procurar a Advocacia-Geral da União para que sejam adotadas as medidas necessárias para a reso-lução do fato.

ANAUNI solicita ao PGU atuação em defesa das prerrogativas de Advogada da União

O presidente da ANAUNI - Associação Nacional dos Advogados da União, Dr. André Gustavo Vasconcelos de Alcânta-ra, entrou em contato com o Procura-dor-Geral da União, Dr. Fernando Luis Albuquerque Faria, opotunidade em que externou sua preocupação com o caso ocorrido na Procuradoria da União do Espírito Santo, em que a Advogada da União, Dra. Leandra Maria Rocha Moulaz sofreu constrangimento pessoal no exercício de sua função, ao ser in-

timada para cumprimento de decisão judicial em 24 horas sob pena de multa diária de R$ 500,00 e prisão em caso de descumprimento de ordem judicial.

Nada obstante a insustentabilidade jurídica da decisão judicial proferida pela magistrada da 3ª Vara Federal da Seção Judiciária do Espírito Santo, a juíza federal substituta Renata Coelho Padilha, causa espanto que, a essa al-tura do amadurecimento institucional

da Advocacia-Geral da União, ainda ocorram casos desse jaez. Nesse sen-tido, a ANAUNI solicitou, no que foi prontamente atendida, a atuação da Advocacia-Geral da União, por meio da PRU-2ª Região, na defesa da livre atuação dos membros da AGU, de modo que será impetretado, pela pró-pria União, Habeas Corpus preventi-vo, visando afastar a ameaça da liber-dade sofrida pela Advogada da União, Dra. Leandra Moulaz.

Defesa de prerrogativas

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:02/04/2009

Page 95: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 95

Associação Nacional dos Advogados da União

Reunião na Escola da AGU trata da capacitação dos Advogados da União

O presidente da ANAUNI, André Gus-tavo Vasconcelos de Alcântara, e o As-sessor Especial para Capacitação, Rom-mel Macedo, estiveram reunidos, nesta quarta-feira (18/03), com o Diretor da Escola da Advocacia Geral da União (EAGU), Mauro Luciano Hauschild, com a Coordenadora-Geral da Escola, Juliana Sahione Mayrink Neiva, e com o Advogado da União, Jefferson Carus Guedes.

Na oportunidade, foram explicitadas as finalidades da Assessoria Especial para Capacitação da ANAUNI, quais sejam: coordenar as atividades de capacitação técnico-científica dos associados, bem como articular, junto a órgãos, entida-des e agentes públicos e privados, o de-senvolvimento de medidas que visem a aprimorar a qualificação dos membros da carreira de Advogado da União.

A reunião teve, igualmente, o objeti-vo de discutir e apresentar propostas para o Curso de Formação a ser mi-nistrado aos Advogados da União que tomarão posse no segundo semestre deste ano. Foi ressaltada a necessida-de de maior duração do curso e de uma abordagem mais prática da atua-

ção da Advocacia-Geral da União.

Outra proposição feita pelo presiden-te da ANAUNI foi a de que, em todos os Seminários Regionais, seja abordado o tema Advocacia Pública e Políticas Públicas, o que foi bem recebido pela EAGU. O Diretor da Escola apresentou

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:20/03/2009

Em busca da excelência

satisfação com a visita. “Para nós, é mui-to bem vista essa interlocução com a ANAUNI”, disse. Ainda de acordo com Mauro Hauschild, a EAGU vai enviar, às entidades associativas, minuta de ato normativo tratando do mencionado curso de formação, a fim de se colhe-rem as sugestões cabíveis.

A Assessoria Especial de Capacitação visa o desenvolvimento de medidas para aprimorar a qualificação dos

Advogados da União

Page 96: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

96

Associação Nacional dos Advogados da União

Reunião na PRU 1ª Região é marcada com abaixo-assinado

O presidente da ANAUNI, André Gus-tavo Vasconcelos de Alcântara, visitou na tarde desta terça-feira (31/03) a Procuradoria Regional da União da 1ª Região, em Brasília. Também estiveram presentes as delegadas da ANAUNI no Distrito Federal, Sabrina Fontoura da Silva e Flavia do Espiríto Santo Batista.

Na reunião, os Advogados da União em exercício na unidade falaram das dificuldades sofridas e das condições precárias da PRU. Também discutiram sobre o quantitativo de Advogados da União, a ausência de infra-estrutura e de servidores.

O presidente comentou sobre a dimen-são que a PRU 1ª Região possui e de sua importância no cenário nacional. Colo-cou a associação à disposição dos Ad-vogados da União para buscar soluções às reivindicações apontadas, mas pediu empenho e unidade entre os colegas.

Processo de Consulta

No encontro foi discutida a informação de que não haveria processo de consul-ta para indicações ao cargo de Procura-dor-Chefe da PRU 1ª Região. A insatis-fação com a notícia entre os presentes era visível.

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:01/04/2009

Pela defesa da competência técnica

André Alcântara comentou que “foi um avanço enorme o processo de consulta. Não haver consulta na PRU 1ª Região será um desprestígio à Procuradoria e aos Advogados da União que atuam na 1ª Região. Será a única unidade em que não haverá processo de consulta”.

Os Advogados da União fizeram um abaixo-assinado que será encaminhado nesta quarta-feira (01/04) para o Advo-gado-Geral da União, José Antônio Dias Toffoli. A associação busca manter con-tato com o ministro que se encontra em missão no exterior.

Foi um avanço enorme o pro-cesso de consulta. Não haver

consulta na PRU 1ª Região será um desprestígio à Procuradoria e aos Advogados da União

que atuam na 1ª Região. Será a única unidade em que não haverá processo de consulta

Page 97: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 97

Associação Nacional dos Advogados da União

Diretoria da ANAUNI estará reunida neste final de semana para Reunião de acompanhamento do Planejamento Estratégico e preparativos iniciais para o ENAU de Guarujá

A Diretoria da ANAUNI estará reunida neste final de semana (21/11), em Brasília, com a participação inclusive dos diretores em exercício nos Estados, para reunião de acompanhamento do Planejamento Es-tratégico da ANAUNI, idealizado entre fe-vereiro e junho deste ano com membros das Diretorias 2007-2009 e 2009-2011, Delegados Estaduais, membros do Conse-lho Fiscal, com participação dos Associa-dos por meio de consulta eletrônica.

O lançamento do Planejamento Es-tratégico foi feito durante o X ENAU, ocorrido em Belém no início de no-vembro. Na apresentação do docu-mento, a Diretoria expôs que o Plano deve ser capaz de orientar e focar as principais atividades da Associação, otimizando e reunindo recursos para o alcance dos resultados esperados, bus-cando o máximo aproveitamento das condições favoráveis.

Trabalho contínuo

A oportunidade servirá também para realização da primeira reunião sobre o XI ENAU, que ocorrerá na cidade do Guarujá, em São Paulo, no se-gundo semestre de 2010. A cidade venceu a disputa contra outras duas fortes candidatas: Palmas (TO) e Gra-mado (RS). Renato Feitoza, Delegado Suplente da ANAUNI em São Paulo, representante da Comissão Organiza-

dora, participará também.

Usurpação de funções da carreira de Advogado da União é discutida em audiência no Ministério Público Federal

A Diretoria da ANAUNI, por seu Presi-dente, André Gustavo Vasconcelos de Alcântara, esteve presente nesta terça-feira (04/08) em audiência realizada na Procuradoria da República no Distri-to Federal, em Brasília, para tratar de questão grave, relacionada ao exercício das atribuições nas Consultorias Jurídi-cas dos Ministérios por pessoas estra-nhas à carreira de Advogado da União. A usurpação da atribuição de consulto-ria e assessoramento ao Poder Executivo Federal, prevista na Lei Complementar 73/93 e no art. 131 da Constituição Federal, geralmente se dá por meio da ocupação de cargos comissionados.

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:06/08/2009

A situação, precária e ilegal, não se

justifica

Estado fragilizado

Na ocasião, a ANAUNI expôs ao Procu-rador da República Paulo Roberto Galvão de Carvalho que as Consultorias Jurídi-cas, órgãos de lotação de Advogados da União, ainda contam com mais de 250 pessoas estranhas à carreira, que exer-cem nossas atribuições de consultoria e assessoramento jurídico ao Poder Execu-tivo Federal. Além disso, noticiou-se ao Representante do MPF que o concurso de ingresso para o cargo de Advogado da União está sendo finalizado, com previ-são de nomeação e posse, em breve, de pelo menos 140 novos Advogados da União, não se justificando a manutenção da situação precária e ilegal.

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:19/11/2009

Page 98: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

98

Associação Nacional dos Advogados da União

Desembargador revoga decisão de prisão contra o Procurador-Regional da União na 4ª Região

Na decisão, o Tribunal Regional Federal da 4a Região reconheceu que embora o Procurador-Regional da União tenha a atribuição de representar judicialmente a União, não possui competência para cumprir decisões judiciais ou poder hie-rárquico para obrigar o cumprimento de decisões.

Atuação da ANAUNI

A ANAUNI teve atuação rápida e efi-ciente na solução do episódio. O Dire-tor Jurídico Adjunto da ANAUNI, Lou-rival May Chula, acompanhou todos os acontecimentos, estando presente in-clusive durante a soltura do PRU, após o acolhimento do pedido liminar pelo TRF da 4ª Região.

O Desembargador Federal Luiz Fer-nando Wowk Penteado, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, defe-riu liminar em sede de Habeas Corpus para revogar a ordem de prisão contra o Procurador-Regional da União na 4ª Região, Dr. Luís Antônio Alcoba de Freitas. O pedido de Habeas Corpus foi subscrito pelo Advogado da União Vanir Fridriczewski.

A juíza federal substituta Ana Inés Al-gorta Latorre, da 6ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul, havia expedido a ordem de prisão em razão de suposto descumprimento de decisão judicial que determinava o for-necimento de medicamento a menor de idade.

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:07/05/2009

Abuso de poder

A Diretoria Jurídica já está preparando outras medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis.

Repetição

Episódio similar ocorreu há pouco mais de um mês, quando a Procuradora-Chefe da União no Estado do Espírito Santo, Dra. Leandra Maria Rocha Mou-laz, sofreu constrangimento ao exercí-cio de suas atribuições com a ameaça de prisão da Juíza Federal substitura Re-nata Coelho Padilha, da 3ª Vara Federal da Seção Judiciária do Espírito Santo.Após atuação da ANAUNI, a magistra-da reconsiderou da decisão, reconhe-cendo que a Procuradora não detém competência para cumprir as decisões impostas à União.

Apoio da ANAUNI à indicação de Toffoli para o STF

Associação divulga nota sobre alegações da imprensa contra a indicação de José Antônio Dias Toffoli ao Supremo

A Associação Nacional dos Advogados da União - ANAUNI, entidade que re-presenta a carreira de Advogado da União, registra que os ataques à pessoa do Advogado-Geral da União, Ministro José Antonio Dias Toffoli, em virtude de sua indicação pelo Presidente Lula

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:23/09/2009

à vaga de Ministro do STF, configuram verdadeira afronta à própria Advocacia-Geral da União e aos seus Membros.

Os requisitos previstos no artigo 101 da Carta Magna para indicação de Ministro do Supremo Tribunal Federal são rigo-

rosamente os mesmos previstos no arti-go 131, para nomeação do Advogado-Geral da União. A atuação do Ministro Toffoli em defesa da União e da cons-titucionalidade das leis e atos normati-vos perante o STF já o credenciam para Corte Suprema.”

Page 99: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 99

Associação Nacional dos Advogados da União

Presidente da ANAUNI participa como debatedor em Audiência Pública na Câmara dos Deputados

Hoje (26/05) o presidente da ANAUNI, André Gustavo Vasconcelos de Alcânta-ra, integrou a composição da mesa de debates na audiência pública da Co-missão Especial sobre o Adicional por Tempo de Serviço no Ministério Público (PEC 210/07) realizada na Câmara dos Deputados.

No ato, o presidente da ANAUNI repre-sentou o Forum Nacional da Advoca-cia Pública Federal. Também estiveram presentes a Dra. Tania Vaz, Secretária-Geral da ANAUNI, o Dr. Cristiano Maia, Diretor Legislativo da ANAUNI, e diri-gentes do Forum Nacional.

A audiência foi a primeira de três já agendadas pela comissão que busca ou-vir as entidades com o fito de propor sugestões ao texto final da proposta. O objetivo é que seja estendido o adicio-nal por tempo de serviço aos Advoga-dos Públicos Federais e às demais car-reiras típicas de Estado.

Em seu discurso, o presidente da ANAU-NI defendeu a aprovação da PEC como forma de reconhecimento dos anos de dedicação dos Advogados de Estado e das demais carreiras típicas. “O que ve-mos hoje é que, praticamente, o subsí-dio tirou dos colegas mais antigos um reconhecimento dos serviços prestados durante anos. Acho que a aprovação da proposta, valorizando o tempo de servi-

ço, vem reconhecer a importância das carreiras típicas de estado e o impor-tante trabalho que os colegas executam visando ao aprimoramento e moderni-zação do Estado Brasileiro”, disse.

Para finalizar, André Alcântara ponde-rou que uma forma de compensação seria o legítimo reconhecimento do anuênio.

A comissão foi presidida pelo Deputado João Dado (PSDB-SP) e teve como re-

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:26/05/2009

Na Casa do Povo

lator o Deputado Laerte Bessa (PMDB-DF). Estiveram presentes representantes da ADPF (Associação dos Delegados da Polícia Federal), ANADEP (Associação Nacional dos Defensores Públicos), FE-BRAFITE (Federação Brasileira de Asso-ciações de Fiscais de Tributos Estaduais), e a ANAPE (Associação Nacional dos Procuradores do Estado).

A comissão deliberou o requerimento para realização da próxima audiência, dia 02 de junho, às 14h30, no plenário da Câmara.

Page 100: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

100

Associação Nacional dos Advogados da União

Aprovados no concurso de 2009 participam de Curso de Formação em Brasília e são recepcionados pela ANAUNI

Os Advogados da União que tomaram posse na última segunda-feira (07.12) estão participando de Curso de For-mação no Auditório da Legião da Boa Vontade - LBV, localizado no SGAS 915 Lotes 75/76 - 1º andar - Brasília/DF. O Curso de Formação, que teve início em 08.12, será ministrado até o dia 18.12, das 8h às 18h, e pode ser assistido por todos os membros e servidores da AGU através da Rede AGU.

Na manhã desta quinta-feira (10/12) o Curso de Formação contou com a par-ticipação de diversos Consultores Jurídi-cos que falaram sobre os trabalhos de-senvolvidos nas Consultorias Jurídicas. Falaram os Consultores Jurídicos André Dantas, do Ministério do Desenvolvi-mento Agrário, Maria Beatriz, do Minis-tério da Cultura, e Francisco Moreira da Cruz Filho, do Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior.

Nas exposições, o Consultor Jurídico do MDIC falou sobre a criação da AGU e a Constituinte. Destacou as discussões do então primeiro ministro da instituição, Saulo Ramos, para que fosse dado o nome ao cargo de Advogado da União.De acordo com Francisco Moreira, Sau-lo Ramos insistiu para que fosse Advo-gado da União e não Procurador da União, porque precisava de advogados, pessoas preparadas e com perfil para fazerem a defesa do Estado (que não tinha defesa, efetivamente), em posição parcial de defesa, como um verdadeiro advogado.

Stand da ANAUNI

A ANAUNI montou um stand e um lounge no local do evento. O espaço

fica montado até o próximo dia 15 de dezembro e conta com a presença de Diretores e Delegadas da ANAUNI no DF, para recepcionarem os novos Advo-gados da União, bem como apresentar o trabalho desenvolvido pela associa-ção em prol da carreira e da instituição AGU. Foram distribuídos exemplares das duas últimas edições da revista Debates em Direito da ANAUNI e a nova edição do jornal informativo ANAUNI Informa.

Festa de Boas Vindas

Na noite desta última segunda-feira (07/12) os novos Advogados da União foram recepcionados pela ANAUNI em grande estilo. Uma festa foi realizada, em Brasília, para que os novos membros pudessem comemorar a grande vitória obtida após serem aprovados no difícil concurso da carreira. O evento que mar-cou história foi organizado pela Diretoria da ANAUNI. De acordo com a Diretora

Administrativa da ANAUNI, Patrícia Sou-sa, o esforço contínuo na organização va-leu à pena. “Serviço impecável e à vonta-de, gente animada, atrações musicais de primeira linha, decoração e estrutura de altíssimo nível. A idéia era realizar uma festa à altura da carreira de Advogado da União”, comentou.

Todos os 150 novos Advogados da União foram chamados, nominalmen-te, ao palco para comemoração. A foto oficial, com toda a certeza, irá compor o álbum de fotografias dos familiares. Além dos empossandos, parentes e amigos puderam comemorar juntos o momento especial.

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:19/11/2009

Novos Advogados da União

Page 101: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 101

Associação Nacional dos Advogados da União

ANAUNI firma parceria com Medina Osório Advogados para defesa das prerrogativas da carreira de Advogado da União

A partir de agora os associados da ANAUNI poderão contar com a con-sultoria e a defesa de um dos maiores Advogados do País, na área do Direito Sancionador, Dr. Fábio Medina Osório, do Medina Osório Advogados.

A proposta vinha sendo debatida há al-gum tempo pela Diretoria da ANAUNI, que identificou a necessidade de contar com um profissional com expertise na área, para defesa das prerrogativas da carreira de Advogado da União.

Na mesma linha, a ANAUNI propôs ao Procurador-Geral da União, recen-temente, a criação de um núcleo de defesa de prerrogativas da carreira, no âmbito da PGU, notadamente em virtu-de das sanções recentes aplicadas arbi-trariamente a Advogados da União, que lamentavelmente vêm se tornando fre-quentes. Outra atribuição que ficará a cargo do Dr. Fábio Medina Osório será a orientação e defesa dos associados da ANAUNI perante a Corte de Contas, diante da tentativa de responsabilização que possa ocorrer, além da defesa téc-nica em procedimentos administrativos outros, que possam comprometer a ne-cessária independência técnico-jurídica dos Membros da Carreira.

O advogado já é conhecido dos associados da ANAUNI. Em 2008, participou como painelista no IX Encontro Nacional dos Advogados da União, em Maceió. Na oca-sião, Fábio Medina palestrou so-bre “Improbidade Administrativa e Advocacia Pública”.

Medina Osório é sócio-titular e fundador do escritório. O currícu-lo do Advogado contratado pela ANAUNI é digno da responsabili-dade que lhe está sendo entregue. É graduado em Direito pela Uni-versidade Federal do Rio Grande do Sul (1991) e Mestre em Direito Público pela Universidade Fede-ral do Rio Grande do Sul (1998). Doutor em Direito Administrativo pela Universidad Complutense de Madrid (2003), foi Membro do Ministério Público do Rio Grande do Sul, tendo se exonerado para exercer a advocacia privada.

Foi Promotor de Justiça na Promotoria Especializada do Meio Ambiente em Porto Alegre e Promotor-Assessor do Pro-curador-Geral de Justiça. Diretor da As-sociação Brasileira do Ministério Público do Meio Ambiente. Secretário-Adjunto

da Justiça e da Segurança/RS. Professor colaborador nos cursos de mestrado e doutorado da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e nos cursos de pós-graduação da Es-cola Superior do Ministério Público-RS.

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:04/06/2009

Em defesa dos Advogados da União

Page 102: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

102

Associação Nacional dos Advogados da União

Comissão irá monitorar requerimentos e publicações de atos de remoção, requisição, cessão, exercícios provisórios e colaborações temporáriasA ANAUNI publicou, na área de acesso restrito, a resolução Nº 07/2009 que de-signa Comissão para monitoramento de requerimentos e publicações de atos de remoção, requisição, cessão, exercícios provisórios e colaborações temporárias.

A Comissão terá a incumbência de iden-tificar situações que possam estar em desacordo com as Leis 11.890/2008 e 8.112/90. É integrada pelos Advogados da União Drs. Gláucio De Lima E Cas-tro, Federico Biagioli, Carlos Luiz Weber E Katia Naomi Narita, sob a presidência do primeiro.

As atividades da Comissão envolverão a consulta periódica ao Diário Oficial da União, Boletim de Serviço da AGU e sistema informatizado AGUDOC. Caso haja identificação de alguma irregulari-dade, os colegas deverão solicitar cópia, por intermédio do Presidente da ANAU-NI, à Advocacia-Geral da União, para encaminhamento ao Conselho de Ética, Disciplina e Prerrogativas da ANAUNI.

A formação dessa Comissão atende ao pleito dos Associados e permite que a ANAUNI receba as informações neces-sárias à adoção das medidas necessá-rias para coibir tais irregularidades, que vêm desvirtuando o sistema objetivo e

impessoal de deslocamento entre os órgãos de lotação da carreira de Ad-vogado da União. A Associação com-preende que o favorecimento de um colega, em detrimento das normas previamente definidas para remoção, cessão, exercícios provisórios e cola-boração temporária prejudica a car-reira e compromete a credibilidade e o prestígio da Advocacia-Geral da União. Além disso, dificulta a situação dos colegas que aguardam a abertu-ra de processo seletivo de remoção,

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:22/06/2009

Pelo cumprimento da lei

em flagrante afronta aos princípios da impessoalidade, da isonomia e da moralidade.

Todas as situações detectadas serão previamente analisadas pelo Conselho de Ética, Disciplina e Prerrogativas da ANAUNI.

A ANAUNI agradece, desde já, aos co-legas que compõem a Comissão, pela disposição em colaborar para o forta-lecimento da carreira.

O estudo levará em conta os debates, as críticas e as sugestões feitas pelos

associados

Page 103: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 103

Associação Nacional dos Advogados da União

Ministério da Justiça apresenta esclarecimentos à ANAUNI a respeito de edital para seleção de instituições públicas pela SAL

O Ministério da Justiça encaminhou Pa-recer e Despacho do Ministro da Justiça, Tarso Genro, em resposta ao Ofício nO. 021/2009, que trata da impugnação ao edital de Convocação no 002/2009, do Projeto Pensando o Direito.

O Ministério instaurou processo de se-leção pública para serem firmadas Car-tas de Acordo com instituições de ensi-no públicas e privadas para realização de estudos em áreas específicas, envol-vendo temas jurídicos.

Na impugnação apresentada, a ANAU-NI expôs que o edital ofendia a regra do art. 131 da Constituição Federal, regulamentado pela Lei Complementar no 73/1993, ao prever a contratação das entidades, no âmbito da SAL - Se-cretaria de Assuntos Legislativos - para desenvolver atividades que estão no

âmbito de competências das Consulto-rias Jurídicas dos Ministérios, nos termos do art. 11, inc. IV da LC, e são atribui-ções da carreira de Advogado da União. Mencionou, ainda, que o Ministro José Antônio Dias Toffoli, Advogado-Geral da União, editou recentemente a Por-taria n. 527 – AGU, de 14 de abril de 2009, prevendo a possibilidade de reali-zação de audiências públicas, em casos tais, para colher manifestações técnicas e jurídicas de entidades privadas, gru-pos de interesse, associações, empresas, cidadãos, universidades públicas etc., e que a portaria poderia ser utilizada, nes-se caso, por intermédio da Conjur-MJ.

No Parecer, o Órgão esclarece que o projeto tem natureza eminentemente acadêmica, o que o afasta das missões legais e constitucionais dadas à AGU. Explica também que o projeto não con-

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:09/09/2009

Respeito à Constituição

substancia atividade de consultoria e assessoramento do Poder Executivo (art. 131 CF), pois não há qualquer função analítico-jurídica orientada a atos ad-ministrativos com efeitos jurídicos, tam-pouco vinculação do produto do proje-to a uma ação administrativa.

Diante dos esclarecimentos, o pedido de impugnação foi recebido pelo Minis-tro, como recomendação, e foi aceito pela SAL e pela Conjur-MJ, que desta-caram a diligência e a legitimidade da ANAUNI na defesa das prerrogativas dos Advogados da União, que repre-senta. O MJ também aceitou a proposta apresentada pela Diretoria da ANAUNI, em reunião realizada no início de agos-to, para que sejam realizadas audiên-cias públicas em conjunto com a Con-jur/MJ, após a conclusão das pesquisas e estudos.

No parecer, o órgão esclarece que o projeto tem natureza eminentemente acadêmica,

o que o afasta das missões legais e constitucionais dadas à AGU

Page 104: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

104

Associação Nacional dos Advogados da União

I Encontro do Consultivo: Consultor-Geral da União destaca atuação pró-ativa do Consultivo na abertura

Tiveram início na manhã desta quinta-feira (24/05) os trabalhos do I Encontro Nacional da ANAUNI para o Consul-tivo. O evento ocorre no auditório do Conselho Federal da OAB, em Brasília.

Na Conferência inaugural, o Consultor-Geral da União, Ronaldo Jorge Araújo Vieira Júnior, destacou a atuação pró-ativa que as Consultorias Jurídicas e NAJs têm implementado. “A advocacia pública de hoje se faz presente e até bem pouco tempo atrás essa atuação era questionada. Participamos cada vez mais de grupos de trabalho e adquiri-mos voz política”, disse.

O presidente da ANAUNI, André Gus-tavo Vasconcelos de Alcântara, ressaltou a importância da realização do evento e do espaço ocupado pelos Advogados da União. “Esse encontro demonstra nossa preocupação com o Consultivo e é um marco para a associação e quem faz a associação somos todos nós. Estou mui-to feliz pelo fato de que cada vez mais integrantes da carreira estejam ocupan-do os cargos nas Consultorias Jurídicas. Isso fortalece a carreira e nossa impor-tância enquanto Advogados da União”, destacou.

Ainda de acordo com o presidente da ANAUNI, “esse encontro terá um deba-te muito rico. Entendemos que os Advo-gados da União que atuam no consulti-vo devem cada vez mais dialogar com os colegas da area contenciosa, e vice-versa. Queremos que todos prestigiem os eventos da ANAUNI”, finalizou.

Na ocasião, o ministro do Superior Tri-bunal de Justiça (STJ), Hamilton Car-

valhido, recebeu uma homenagem da ANAUNI, na figura do presidente da associação, pela conduta firme e reta em questões de extrema valia aos Advo-gados da União, demonstrada em seus inúmeros julgados. “O Ministro sempre primou pelo diálogo aberto, mantendo seu gabinete à disposição dos Advoga-dos da União para audiências e troca de conhecimentos na materia juridical”, comentou.

Para compor a mesa ao lado do presi-dente da ANAUNI o Consultor-Geral da União, Ronaldo Jorge Vieira Araú-jo, que representou o Advogado-Ge-ral da União, ministro José Antonio Dias Toffoli, o Corregedor-Geral da Advocacia da União, Aldemario Araú-jo Castro, o ministro do STJ, Hamilton Carvalhido, e o Secretário-Geral do Forum Nacional da Advocacia Pública Federal, Jorge Messias.

Os trabalhos da manhã tiveram con-tinuidade com o painel “O papel das Consultorias Jurídicas e NAJs na viabi-lização de políticas públicas”, presidido pelo Advogado da União da Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Jan-dyr Maya Faillace Neto. Participaram como expositores o Consultor Jurídico do Ministério de Minas e Energia, Mau-ro Henrique Moreira Sousa, o Consultor Jurídico do Ministério dos Transportes, Rafael Magalhães Furtado, e o Consul-tor Jurídic o do Ministério do Desenvol-vimento Agrário, André Augusto Dantas Motta Amaral.

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:24/09/2009

Na Linha de Frente

Page 105: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 105

Associação Nacional dos Advogados da União

Advogados da União do Consultivo entregam Carta ao Consultor-Geral da União

Um momento que ficará na história da associação. No encerramento do I Encontro Nacional para o Consultivo (realizado nos dias 24 e 25 de setem-bro), a ANAUNI, por seu Presidente, André Gustavo Vasconcelos de Alcânta-ra, em nome dos Advogados da União que atuam nas Consultorias Jurídicas e NAJs, entregou a “Carta dos Advogados da União do Consultivo” ao Consultor-Geral, prestando-lhe homenagem pelos reconhecidos avanços que a Consulto-ria-Geral da União vem conseguindo realizar, visando ao fortalecimento da atuação consultiva da União. O docu-mento foi lido pelo presidente da asso-ciação no ato da entrega.

Na Carta, das diversas medidas que vêm sendo adotadas pela Consultoria-Geral da União, destacaram-se a pro-posição de diversas Orientações Nor-mativas, buscando a atuação consultiva uniforme e consistente; a consolidação do Colégio de Consultoria da AGU; o fortalecimento da Câmara de Conci-liação e Arbitragem da Administração Federal, além do reconhecimento da privatividade do exercício das atribui-ções de consultoria e assessoramento jurídico da União aos membros de car-reira da AGU.

O documento ainda destaca a impor-tância da continuidade do trabalho com foco, dentre outros, na proposi-ção ao Exmo. Sr. Advogado-Geral da União dos Regimentos Internos de to-das as Consultorias Jurídicas e Núcleos de Assessoramento Jurídico; atuação firme na defesa da autonomia dos NAJs nos Estados; desenvolvimento de me-canismos institucionais que permitam um maior controle da aplicação da Orientação Normativa AGU nº 28, de 09 de abril de 2009; maior freqüência das reuniões do Colégio de Consulto-ria, visando a catalisar o processo de integração entre os órgãos consultivos

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:28/09/2009 Carta do Consultivo

da AGU; criação de cargos para a car-reira de Advogado da União; implan-tação efetiva dos NAJs na região norte; aprovação do PL 3.949, com criação dos cargos de chefia para os NAJs, com exercício exclusivo por Advogados da União.

A exclusividade do exercício das atribui-ções de consultoria e assessoramento jurídicos pelos membros da carreira de Advogado da União é uma luta histórica da ANAUNI, cujos fundamentos consti-tucionais foram reconhecidos pelo atual Consultor-Geral da União, em recente parecer da CGU.

A exclusividade do exercício das atribuições de consultoria e assessoramento jurídicos pelos membros da carreira de

Advogado da União é uma luta histórica da ANAUNI, cujos fundamentos constitucionais foram reconhecidos pelo atual

Consultor-Geral da União, em recente parecer da CGU

Page 106: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

106

Associação Nacional dos Advogados da União

ANAUNI ajuíza mandado de segurança coletivo contra exercícios provisórios irregulares na carreira de Advogado da União

A ANAUNI impetrou mandado de se-gurança coletivo contra atos do Advo-gado-Geral da União Substituto, que prorroga exercício provisório de duas Advogadas da União na Procuradoria-Regional da União (PRU) na 2a Região, na cidade do Rio de Janeiro.

A peça narra que, em 28 de dezembro de 2007, o Advogado-Geral da União designou duas Advogadas da União, recém-empossadas no cargo, ambas lotadas na Procuradoria-Seccional da União (PSU) em Campinas (SP), para exercerem as funções provisoriamen-te na PRU 2a Região. No mesmo dia (28/12), designou outro Advogado da União para ter exercício provisório na PSU em Campinas. Ou seja, reconhe-ceu a necessidade de reforço exata-mente na unidade da AGU da qual saí-ram as duas Advogadas da União, para

exercício provisório em outra unidade. Fica evidente, assim, a ausência de in-teresse da Administração nos dois atos.

No documento, a ANAUNI ressalta ainda que, apesar da alegação da ne-cessidade de colaborações provisórias na unidade da PRU 2a Região, não houve qualquer divulgação sobre as vagas a serem preenchidas. Destaca que, em outras ocasiões, a AGU sem-pre deu publicidade a esses atos, e caso houvesse a publicização, vários seriam os interessados, configurando assim, a violação ao princípio da iso-nomia e afetando diretamente o Esta-do de Direito, além de atingir a cre-dibilidade da própria Advocacia-Geral da União.

Além disso, se há carência reconhe-cida na PRU da 2.a Região, o mais

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:21/10/2009

o mais adequado é abrir mais vagas de Advogado da União, para que sejam

providas por concurso amplo de remoção, conferindo-se igualdade de condições

Respeito às regras

adequado é abrir mais vagas de Advo-gado da União, para que sejam provi-das por concurso amplo de remoção, conferindo-se igualdade de condições para todos os membros de carreira in-teressados.

As Advogadas da União continuam em exercício provisório nas unidades mediante sucessivas prorrogações.

A associação pede que seja concedi-da medida liminar para suspender os efeitos das Portarias da AGU no 1.148 e 1.149, publicadas no D.O.U do dia 14 de agosto, e o retorno imediato das Advogadas da União para a lotação de origem.

A petição inicial pode ser consultada na área de acesso restrito do site da ANAUNI.

Page 107: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 107

Associação Nacional dos Advogados da União

X ENAU tem início nesta terça-feira em Belém e terá como tema o Direito Ambiental e o Meio Ambiente

O X Encontro Nacional dos Advogados da União (ENAU) trará como tema o Di-reito Ambiental e Meio Ambiente. Na pauta de discussões, questões de rele-vância para o Estado e sociedade, como a Regularização Fundiária Urbana que incidirá diretamente no programa “Mi-nha Casa Minha Vida”, onde cerca de 40 mil pessoas deverão ser beneficiadas no estado do Pará até o final do ano.

Outro ponto de discussão será a Prote-ção da Zona Costeira na Amazônia e a Regularização Fundiária na Amazônia, que terá um estudo comparado com outros países como Portugal e Espanha. Especialistas no assunto discutirão como a essas questões estão sendo tratadas em outros países e o que poderá ser tra-zido para o Brasil.

O evento ocorrerá durante os dias 03 a 06 de novembro, no hotel Crowne Pla-za, em Belém. O evento conta com a presença de renomados juristas, pales-trantes da área governamental, da ini-ciativa privada, além da participação de estudantes de direito. Estão confirmadas as presenças do ministro do Desenvol-vimento Agrário, Guilherme Cassel, do ministro da Advocacia-Geral da União, Luis Inácio Lucena Adams, do Profes-sor Doutor da Universidade de Sevilla, na Espanha, Álvaro Sànchez Bravo, do Mestre e Doutor em direito pela Wa-rwick University, Edésio Fernandes, e do Mestre em direito pela Universidade de Coimbra, Manuel das Neves Pereira.Neste ano, o encontro completa uma

década de existência e terá a sua dé-cima edição. O tema abordado será Direito Ambiental e Meio Ambiente, com ênfase no desenvolvimento sus-tentado e na Amazônia.

O ENAU funciona como um fórum de debates e decisões dos Advogados da União e realizado, a cada ano, numa cidade diferente do país. É ali que são definidos os principais pontos que in-fluenciarão a carreira, durante o ano,

caracterizando uma forma democrática e participativa de gestão.

No decorrer das edições do Encontro Nacional, buscou-se uma aproximação da carreira com a sociedade e a comu-nidade jurídica. Foi incluído o Seminá-rio Nacional sobre Advocacia do Estado, que este ano terá a sua sexta edição. As-sim, é possível discutir assuntos de inte-resse dos Advogados da União e outros operadores de direito de todo o país.

Veículo de publicação:Site Anauni

Data:03/11/2009 Encontro histórico

Page 108: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

108

O Encontro Nacional dos Advogados da União (ENAU) é um evento promovido anualmente pela ANAUNI – Associa-ção Nacional dos Advogados da União. Além de ser um ponto de encontro de novos e velhos amigos que integram a carreira, o ENAU funciona como um fó-rum de debates e decisões dos Advoga-dos da União, pois durante o encontro são definidos os principais rumos que a diretoria da ANAUNI seguirá durante o ano, caracterizando uma forma demo-crática e participativa de gestão.

No decorrer das edições do Encontro Nacional, buscou-se uma aproximação da carreira com a sociedade e a co-munidade jurídica. Foi incluído o Se-minário Nacional sobre Advocacia do Estado, que este ano terá a sua quinta edição. Assim, é possível discutir as-suntos de interesse dos Advogados da União e outros operadores de direito de todo o país. O evento conta com a presença de renomados juristas, pales-trantes da área governamental, da ini-ciativa privada, além da participação de estudantes de direito.

Com excelente organização a cada edi-ção, no ENAU é possível perceber o amadurecimento da carreira. Inovação e busca pela melhoria, não somente para a carreira de Advogado da União,

Encontro Nacional dos Advogados da União (ENAU)

mas para toda a sociedade brasileira, é mais do que marca registrada. O ENAU tornou-se assim uma tradição da categoria.

Breve Histórico

O ENAU está em sua décima edição, programado para o período de 03 a 06 de novembro de 2009, na cidade de Belém, no Pará.

O primeiro evento realizado foi em Brasília, no ano 2000, onde também está localizada a sede da ANAUNI. O segundo encontro foi sediado na cida-de do Rio de Janeiro, no ano de 2001. A cidade de Salvador, em 2002, foi a

escolhida para o III Encontro. O IV En-contro, em 2003, foi novamente sedia-do em Brasília, e, no ano seguinte, Na-tal foi a escolhida para a realização do V ENAU. Na VI edição, por sua vez, a cidade eleita foi Florianópolis, que en-grandeceu ainda mais este consagrado Encontro. O VII aconteceu em 2006, na cidade de Recife. Foz do Iguaçu foi a escolhida para sediar o VIII, meio às belíssimas Cataratas do Iguaçu. A capi-tal alagoana, Maceió, sediou a IX edi-ção do evento.

Completando uma década realizações, a cidade de Belém realizou o X ENAU. Em 2010, a cidade de Guarujá foi a es-colhida para recepcionar o evento.

Eventos

Page 109: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 109

A Associação Nacional dos Advogados da União – ANAUNI teve uma iniciativa inovadora para a carreira de Advogado da União: a realização do I Encontro da ANAUNI para Integração entre Consul-tivo e Contencioso.

Em 2009 a associação também inovou ao realizar o I Encontro da ANAUNI para o Consultivo. O evento teve ênfa-se na discussão de temas polêmicos e de interesse comum para os Advogados da União que atuam nas Consultorias Jurídicas e Núcleos de Assessoramento Jurídicos.

O seminário deste ano tem por objetivo discutir os temas comuns às atividades de consultoria e contencioso exercidas pelos Advogados da União. Para o pai-nel inaugural “Integração Contencioso e Consultivo: Iniciativas e Desafios” foram

Proposta InovadoraANAUNI realiza evento, em Brasília, para promover a

integração entre Consultivo e Contencioso

Veículo de publicação:Site ANAUNI

Data:19/05/2010

convidados como conferencistas a Pro-curadora-Geral da União, Hélia Maria de Oliveira Bettero, o Consultor-Geral da União, Ronaldo Jorge Araújo Vieira, e a Secretária-Geral de Contencioso, Grace Maria Fernandes Mendonça.

Os assuntos abordados no primeiro dia são Câmara Técnica Rio Grande do Norte e São Paulo (Ações sobre medi-camentos); atuação do consultivo na elaboração das teses utilizadas para as manifestações do contencioso; encami-nhamento pelo contencioso ao consul-tivo de subsídios com orientações aos órgãos públicos e aos gestores sobre a forma correta de proceder, tendo em vista a proliferação de ações sobre o mesmo tema. Delegação a órgãos dos Ministérios para a elaboração das in-formações para defesa,

de forma insuficiente, Portaria AGU no 1.547, de 29/10/2008.

O conteúdo das palestras estarão dis-ponibilizadas em DVD na secretaria da ANAUNI. Os interessados em adquiri-las deverão obter as informações através do email: [email protected]

Eventos

Page 110: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

110

Galerias

I ENAU - Brasília

VI ENAU - Florianópolis

II ENAU - Rio de Janeiro

VII ENAU - Recife

III ENAU - Salvador

VIII ENAU - Foz do Iguaçu

IV ENAU - Brasília

V ENAU - Natal

ENAU

Page 111: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 111

Galerias

IX ENAU - Maceió X ENAU - Belém

X ENAU - Belém II ENAU - Rio de Janeiro

III ENAU - Salvador

VII ENAU - RecifeVIII ENAU - Foz do Iguaçu

VIII ENAU - Foz do Iguaçu

Page 112: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

112

Galerias

VII ENAU - Recife

IX ENAU - Maceió

IX ENAU - Maceió

VIII ENAU - Foz do Iguaçu

IX ENAU - Belém

VIII ENAU - Foz do Iguaçu

VI ENAU - Florianópolis

V ENAU - Natal

Page 113: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

Anuário · 2010 113

GaleriasPresidentes

André Gustavo Vasconcelos de Alcântara2009 / 2011

José Wanderley Kozima 2005 / 2009

Douglas Vitoriano Locateli2003 / 2004

Dílson Porfírio Pinheiro Teles2001 / 2002

João Paulo Sanhudo1996 / 2000

Page 114: Anuário da Carreira de Advogado da União 2010

114

Missão

“Fortalecer a carreira de Advogado da União e garantir o exercício exclu-sivo de suas atribuições; prover benefícios aos Associados; contribuir para o aperfeiçoamento da Advocacia Geral da União e do Estado Brasileiro”.

Visão

“Alcançar o pleno reconhecimento do Advogado da União, pelo Estado e pela Sociedade, como titular de Função Essencial à Justiça, respon-sável pela viabilização das políticas públicas nacionais, defesa dos três Poderes da República, prevenção e combate à corrupção e proteção

do patrimônio público, em benefício do cidadão”.

Valores

Ética; Comprometimento com a carreira; Excelência no exercício da função; Democracia; Otimismo; Coragem e Combatividade.