antónio rodrigues - radiestesia classica e cabalistica

274

Upload: timothy-richards

Post on 09-Aug-2015

266 views

Category:

Documents


59 download

TRANSCRIPT

Copyright2000 Fbrica das Letras Editora Ltda. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida sem a permisso por escrito dos editores. Editor Responsvel: Antnio Rodrigues

Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Rodrigues, Antnio Radiestesia clssica e cabalstica / Antnio Rodrigues. So Paulo : Fbrica das Letras, 2000. Bibliografia. ISBN n. 85-88029-01-4 1. Radiestesia Histria I. Ttulo. 00-3591 ndices para catlogo sistemtico: 1. Radiestesia : Parapsicologia 133.323 2. Radiestesia CDD-133.323

Rua Joaquim Tvora, 1078 - Vila Mariana - So Paulo - SP CEP 04015-012 - Fone/fax: 5081-4221 www.fdl.com.br - e-mail: [email protected]

Antnio Rodrigues

Radiestesia Clssica e Cabalstica

fbrica das letras

AgradecimentosQuero expressar meus agradecimentos aqueles que com seu amor e apoio contriburam para a realizao deste trabalho: Minha colega Maria Aparecida Guerreiro (Cida), Joo Cafarelli e minha esposa Maria de Ftima Mora. A David V. Tansley, cuja obra mudou minha vida.

Os captulos Radiestesia hidromineral e Geobiologia, so frutos em sua maioria da preciosa colaborao do gelogo Marcos Alves de Almeida. Marcos, um exemplo notvel, da eficincia da radiestesia, quando praticada por algum com entusiasmo e conhecimento. Atualmente dedica-se pesquisa hdrica, assinalando para grandes indstrias no pas, poos de gua a profundidades variveis de 100 a 200 metros.

Sumrio

Capa Orelha - Contracapa As origens ........................................................................................... 9

A radiestesia no incio do sculo XX......................................................... 23 A energia ................................................................................................ 29 Definies................................................................................................ 37 Teorias radiestsicas ................................................................................ 43 As teorias clssicas .................................................................................. 45 Instrumentos radiestsicos ........................................................................ 51 A prtica com vrios instrumentos radiestsicos ......................................... 75 A atitude mental e a prtica radiestsica.................................................... 81 Os testemunhos ....................................................................................... 89 Prospeco hidromineral.......................................................................... 93 Radiestesia e ondas de forma ................................................................... 131 Os grficos .............................................................................................. 157 Radiestesia na rea de sade .................................................................... 175 O espectro diferenciado........................................................................... 191 Radiestesia cabalstica.............................................................................. 207 Geobiologia ............................................................................................. 217 Bibliografia .............................................................................................. 265

As origens

A

radiestesia parece ser to antiga quanto a necessidade do homem em descobrir aquilo que est oculto. Tanto ele que ele criou tcnicas oraculares baseadas nos mais diferentes princpios para tornar explcitas, visveis, tangveis as respostas a seus diversos questionamentos. A rabdomancia foi at o incio do sculo XX considerada como mais uma forma de adivinhao. Exploradores descobriram, grosseiramente esculpidas em cavernas dos Pireneus, provas de uma prtica que permitia aos caadores da poca pr-histrica paralisar, a caa para poder em seguida captur-la mais facilmente. Para alcanar esse fim, eles desenhavam sobre as paredes de suas habitaes subterrneas a forma do animal previamente avistado em uma de suas caadas e uma mo estilizada, colocada normalmente sobre o flanco do animal, o que marcava a vontade e a fora do homem sobre sua presa. Depois, durante sees de magia, traavam feridas sobre estes desenhos, matando assim o animal em efgie, para se assegurarem de que, no dia da caa, o animal previamente encantado seria capturado de fato. O homem pr-histrico j tinha percebido a possibilidade de captar e transmitir energias a distncia por

meio de prticas simples. Sabemos que todos os corpos vivos vibram e emitem ondas; estas radiaes infinitamente pequenas esto mesmo na origem do princpio da vida. Tanto a radiestesia como algumas outras tcnicas se baseiam na capacidade humana de captar ondas, vibraes e, em certas circunstncias sustent-las e at emiti-las a distncia. Para sintonizar o animal, os caadores pr-histricos usavam um instrumento conhecido como "vara de comando". Essa vara era simplesmente um pndulo com a particularidade de ter gravadas sobre suas laterais desenhos de animais. Geralmente construdo em madeira ou osso de rena, a vara de comando era um detector-testemunho perfeito para a caa do animal. De forma reta ou curva, furada na parte superior, para passagem de um suporte cilndrico em madeira ou osso (vareta que o homem segurava horizontalmente por cada uma das extremidades), a vara-pndulo girava volta desse suporte pela lei das ondas sustentadas, usando a mo do outro brao como uma antena, captando a radiao-rena, vara de comando e isto a qualquer distncia que se encontrasse o animal. Para sintonizar outro animal, bastava ao caador eliminar de seu crebro todos os animais gravados sobre a vara, para se fixar sobre aquele que seria objeto de seu desejo; o que se chama de seleo mental. O desenvolvimento da capacidade de uma boa seleo mental conduzir voc, leitor interessado na prtica da radiestesia, condio final de "radiestesista". Os chineses j usavam a rabdomancia dois mil anos antes de nossa era. Um baixo-relevo de madeira de 147 a.C representa o imperador chins Ta-Yu da dinastia Hsia, em 2205 a.C, que tinha a reputao de ser um dos maiores, prospectores de gua da Antigidade, segurando um instrumento parecido com um diapaso. A legenda que acompanha a figura nos diz o seguinte: "Yu, da dinastia Hsia, foi clebre por seus conhecimentos sobre as correntes subterrneas e fontes de gua; conhecia igualmente o princpio Yin e, se necessrio, construa barragens".10

Baixo-relevo representando o imperador Yu

Antigamente, os chineses acreditavam que a gua corria sob a terra nas "veias do drago". As veias de gua ocultas serviam, assim como o sangue nos animais, para desembaraar de impurezas o corpo da terra, considerado11

no como um amontoado de rochas, mas como um ser vivo. O sistema circulatrio da Terra era tambm servido por uma rede de correntes perptuas na atmosfera. A noo de uma ligao maior entre a terra e as criaturas que nela vivem, devido aos campos de energia que lhes so comuns, era melhor aceita e compreendida na Antigidade tanto nas culturas ocidentais quanto nas orientais. Hoje podemos constatar uma retomada do interesse por tais questes. Todos esses antigos conceitos foram praticamente banidos da cultura chinesa pela Revoluo Cultural perpetrada por Mao Tse-Tung, mas curiosamente, a partir dos anos 90, foram redescobertas no ocidente e imediatamente aceitas tanto por sua qualidade quanto por esquisitice esotrica. D-lhes Feng Shui! No Egito foram descobertos objetos que apresentam uma notvel semelhana com os pndulos utilizados nos dias de hoje; inclusive um deles deu origem ao que conhecido hoje como Pndulo Egpcio. No primeiro livro de autoria de Chaumery e Blizal, os autores desenvolvem toda uma teoria sobre o uso da radiestesia pelos egpcios, a qual ser objeto de uma explanao mais detalhada num captulo deste livro. Os romanos usaram uma vara em forma de cajado chamada lituus, como instrumento de adivinhao. E a vareta em forma de forquilha, obtida de um galho de rvore, chamada de vrgula divina era comumente utilizada para a prtica da rabdomancia. Durante as invases romanas, as legies eram precedidas por portadores de varetas cuja misso era encontrar as guas subterrneas necessrias para o consumo das tropas. Foi desta forma que os romanos deixaram espalhadas pela Europa fontes termais encontradas quando da busca de gua potvel.

Pndulos egpcios

12

Do final do imprio romano at o incio da Idade Mdia, no se encontram referncias quanto prtica da radiestesia. Em 1518, Lutero condena o uso da vareta radiestsica por achar que ela serve de intermediria para uma relao ilcita com o diabo. Num livro de receitas mgicas francs intitulado O Drago Vermelho de 1521 encontramos a primeira receita para preparar uma vareta radiestsica: "No momento em que o Sol se eleva no horizonte, tomai com a mo esquerda uma vareta virgem de nogueira silvestre e com a direita a cortareis com trs golpes, enquanto pronunciareis a seguinte evocao: Te recomendo, grande Adonai, Elohim, Ariel e Jehovah, de dar a esta vara a fora e a virtude da vara de Jacob, da de Moiss e do grande Josu... ". Hoje em dia a coisa bem mais fcil. Basta ir numa loja e comprar uma vareta; ufa, que alvio!! Em 1521, o suposto monge beneditino Basile Valentin, na obra O Carro Triunfal do Antimnio, enumera sete qualidades de varetas que os mineiros austracos utilizavam para descobrir as jazidas de carvo ou de minerais. Segundo Valentin, a vareta era para eles um instrumento to precioso que era mantida constantemente presa no cinto ou no chapu. O livro De Re Metalica, do alemo Georgius Agrcola, publicado em 1556, faz o inventrio do uso das varas radiestsicas para a

Gravura em madeira do livro De Re Metallica de Agrcola

13

prospeco: a veleira para a prata, freixo para o cobre, pinheiro negro para o chumbo e o estanho e, ainda, a vara de ferro para a pesquisa de ouro e prata.

A histria do casal BeausoleilNascida com o nome de Martine de Bertereau, a futura esposa de Jean de Chastelet, Baro de Beausoleil e Auffenbach, antes dos 20 anos j falava correntemente trs lnguas. Aps o casamento e por fora dos interesses profissionais do esposo especialista em mineralogia e minas, se torna uma das mais brilhantes radiestesistas que se tem notcia. No ano seguinte ao casamento, o Baro de Beausoleil foi convidado por Pierre de Beringhen, primeiro escudeiro do rei de Frana, Henrique VI, para o qual desempenhava tambm a atividade de controlador geral das minas, para conhecer as concesses de minas que Beringhen havia adquirido no sul da Frana graas a suas relaes na corte. Uma vez este trabalho realizado, o Baro e sua jovem esposa empreendem, como conselheiros de minas, uma viagem Alemanha, Silsia, Morvia, Polnia, Sua, Itlia, Espanha. Esccia e Inglaterra. O Baro foi tambm comissrio geral de minas no Tirol e em Trento para o arquiduque austraco Leopoldo e conselheiro de minas para a Santa S nos estados pontifcais. Em 1626 foi de novo chamado para a Frana, desta feita por Antoine de Ruz. marqus d'Effiat, superintendente das minas e das jazidas metalferas no reinado de Lus XIII. e encarregado de explorar o reino de norte a sul na pesquisa de minrios. Neste empreendimento, tanto o Baro quanto sua esposa se valiam da radiestesia no levantamento das jazidas, utilizando para isso um complicado instrumental composto de balanas, astrolbios e varetas radiestsicas. frente de uma equipe de sessenta mineiros recrutados na Alemanha e Hungria, o casal passou um ano nas regies do Languedoc e Provence, onde encontraram mais de quarenta minas, ao esmo tempo em que escrevem um estranho tratado: Explicao da Verdadeira Filosofia Relacionada com a Matria Prima dos Minerais, uma mistura de alquimia, receitas astrolgicas e prospeco de jazidas metalferas. Esse tratado descreve os instrumentos ento usados nas pesquisas, alm de curiosidades como bssola de sete ngulos, astrolbio mineral etc.14

Encontramos tambm referncias a varetas rabdomantes, cada uma portadora de um smbolo astrolgico relacionado com o metal pesquisado: vareta com smbolo de Marte para procurar ferro, com smbolo de Vnus para o cobre etc. O casal parte para o ducado da Bretagne, onde pela primeira vez seu trabalho encontra um forte oposio. No momento em que partem para examinar uma mina na floresta Buisson-Rochemares, seus bens pessoais so vasculhados por funcionrios da provncia que, sob o pretexto de que o casal utilizava magia negra em seu trabalho, lhes surrupiaram 100 mil escudos de prata, pedras preciosas e uma importante coleo de amostras minerais, relatrios e mapas detalhados das minas que eles haviam prospectado Embora tenham conseguido convencer as autoridades de que a misso oficial de que a coroa de Frana os havia encarregado no continha de forma alguma um pacto com o diabo, no conseguiram nunca que os funcionrios desonestos fossem punidos e seus bens restitudos. Apesar do sucesso absoluto de seu trabalho e dos gastos imensos mantidos s prprias espensas, at ento a coroa no os havia recompensado de nenhuma maneira. A Baronesa enviou ento um memorando ao superintendente de minas, relacionando todo o trabalho cumprido. O pedido de recompensa foi imediatamente respondido com a atribuio de uma nova misso por parte do sucessor do marqus de d'Effiat, acompanhado pelo reconhecimento do trabalho que o casal tinha efetuado com "tanto afeto e diligncia". Belas palavras infelizmente no acompanhadas pela mnima soma de dinheiro para o reembolso da astronmica quantia de 600 mil escudos dispensada pelo casal, nem sequer pela promessa de um salrio. Ainda por cima a esperana do casal Beausoleil de poder explorar suas prprias concesses de minrios se desvanece quando um conselheiro do rei que havia redigido os documentos para validar a autorizao se demite repentinamente de suas funes. Em desespero, a Baronesa prepara um longo relatrio denominado A Restituio de Pluto que relaciona em detalhe todas as descobertas feitas pelo casal entre os anos 1602 e 1640. Desta vez a missiva era endereada ao primeiro-ministro "O Eminentssimo Cardeal, Duque de Richelieu", um homem impiedoso e de uma astcia doentia. Nesse documento, Martine de Beausoleil, afirma que no tinham vindo para a Frana para aprender a trabalhar ou por mera necessidade pecuniria e15

que, durante nove longos anos, tinham viajado para fornecer corte da Frana provas irrefutveis de seus tesouros subterrneos, se referindo a mais de 150 minas descobertas em toda a Frana. Afirmava tambm que elas tinham sido descobertas graas ao uso da forquilha de madeira ou de metal, e que esta era j utilizada com xito bem antes do sculo XVII. "Os antigos, para encontrar fontes, poos ou nascentes, se serviam do primeiro rebento bifurcado de aveleira, o qual, por uma virtude oculta, se inclina e abaixa sobre os locais onde se encontram as fontes de gua e os metais que esto na terra". A splica da Baronesa foi respondida por Richelieu ordenando sua priso junto com uma de suas filhas, no castelo de Vincennes, ento usado como priso. O Baro de Beausoleil, encarcerado no mesmo dia foi transferido para a Bastilha, utilizada pela primeira vez no para condenados comuns mas para pessoas tidas como perigosas para a segurana do Estado ou do rei. Quando um de seus filhos tentou lhe fazer uma visita, foi igualmente encarcerado. O casal, separado, passou o resto de seus dias atrs das grades. Cerca de 150 anos aps a histria dos Beausoleil, uma srie curiosa de fatos vieram preencher o folclore da prtica radiestsica. Um negociante e sua esposa foram assassinados a golpes de faco de aougueiro em sua cave de vinhos, na cidade de Lyon. As autoridades se deparam com um cofre forte arrombado, no qual faltavam 130 escudos e 8 luses de ouro e um cinto de prata; compreendem que o roubo foi a origem do crime, mas no conseguem encontrar o menor trao dos ladres. A populao, temerosa de que os assassinos em liberdade pudessem agir de novo, pressiona as autoridades, que, no sabendo o que fazer, aceitam a sugesto de pedir ajuda a um rico campons que poderia encontrar os culpados graas a um poder misterioso. O procurador do rei faz ento vir Jacques Aymar Vernay de sua aldeia natal at Lyon. Uma sesso tem incio no local da chacina; para surpresa geral, o homem extrai do bolso da jaqueta uma forquilha de madeira, a empunha e comea a caminhar pela cave transpirando e tremendo bastante; a forquilha se movimenta em suas mos sobre dois locais, aqueles onde jaziam as vtimas mortas. Sempre de vareta em riste, Jacques Aymar parte pelas ruas de Lyon levando atrs de si um grupo de curiosos, quase trotando; ele pra finalmente frente a uma das portas da cidade que dava acesso a uma ponte sobre o Rhne, fechada em virtude da hora tardia.16

Na manh seguinte, acompanhado de trs oficiais de polcia, Aymar atravessa a ponte e caminha ao longo do rio sempre guiado pelas indicaes da forquilha. Passando frente casa de um horticultor, Aymar hesita um instante para logo em seguida entrar pela porta; vendo uma garrafa de vinho vazia sobre a mesa, pega nela e coloca-a sob o p direito. A vareta radiestsica mergulha subitamente em direo garrafa e tem a mesma reao quando ele a passa sobre a mesa e as trs cadeiras que a rodeiam. Aymar conclui que os fugitivos eram trs e que tinham parado ali para tomar um litro de vinho. Uma vez interrogados, os dois filhos do horticultor confessaram que trs homem tinham surgido no dia anterior, haviam esvaziado a garrafa de vinho para logo em seguida desaparecerem rapidamente na direo do rio. Retomando a pista, so levados at a pequena cidade de Beaucaire; sempre guiados pela vareta chegam at a porta da priso local. So ento apresentados a eles treze homens recentemente presos; a vareta se manifesta na frente de um corcunda preso uma hora antes por um pequeno roubo. Aymar declara que o suspeito participou do crime, se bem que no tenha sido um dos principais implicados. O corcunda levado para Lyon, onde afirma nunca ter estado. Mas, reconstituindo o trajeto at a casa do crime, foi sendo reconhecido pelas pessoas e, finalmente confessa ter sido pago pelos assassinos para os ajudar a transportar os bens roubados. Esta confisso estimula o procurador a dar ordem a Aymar para continuar suas buscas, desta feita assistido por um grupo de arqueiros. O grupo armado chega ento at Toulon, onde Aymar descobre que os fugitivos jantaram num albergue para, no dia seguinte, embarcarem para Gnova na Itlia. Como o grupo no tinha autorizao para passar a fronteira, a perseguio acabou a. Em Lyon, o corcunda foi condenado por um jri composto de 32 juizes ao suplcio da roda e a sentena foi lida publicamente na cave onde as vtimas tinham sido assassinadas. Aymar repetiu suas habilidades em outros locais e vrios criminosos foram feitos prisioneiros. O clero francs comeou, ento, a expressar sua inquietao, temeroso de que a rabdomancia praticada em grande escala para decidir a culpabilidade ou a inocncia poderia dar lugar a injustias.17

Uma certa celeuma, entretanto, se levantou entre os meios intelectuais a respeito das razes que faziam a vareta divinatria se manifestar. Quando se tratava da pesquisa de gua ou metais, acreditavam que o movimento da vareta se devia influncia dos misteriosos corpsculos invisveis emitidos por essas substncias segundo, a teoria de Ren Descartes. Mas, quando a questo era definir os limites de um terreno ou procurar um criminoso, no se tratava mais de casos imutveis ou desinteressantes e, se a vareta era eficiente em tais casos, era porque as causas deveriam ser ento inteligentes, morais e sobrenaturais. E, como no seria de esperar que Deus se preocupasse com as pequenas questes humanas, tais causas eram sem dvida obras das foras infernais. Da se afirmar, em conseqncia, que a vareta rabdomante no deveria ser utilizada para procurar objetos materiais nem para decidir sobre questes morais. Em 1693, Pierre le Lorrain, abade de Vallemont, publica uma corajosa defesa da arte da rabdomancia intitulada A Fsica Oculta, com o subttulo Tratado da Vareta Divinatria e sua Utilizao para a Descoberta de Fonte de gua, Jazidas de Metais etc. Contrrio teoria dos corpsculos, ele propunha: j que certas pessoas so dotadas de uma acuidade visual ou auditiva excepcional, por que no seria possvel que os rgos dos sentidos ligados ao fenmeno da rabdomancia pudessem ter uma sensibilidade varivel? Qualquer que fosse a explicao que a cincia pudesse dar sobre a matria, Vallemont estava convencido de que a rabdomancia s poderia ser benfica para a humanidade. No dia 26 de outubro de 1701, a obra de Vallemont foi colocada no Index Librorum Prohibitorum pela Inquisio. Assim mesmo ela foi reeditada em 1702 e em 1722, tal o interesse que a arte da rabdomancia despertava. No sculo XVIII, no entanto, um nmero crescente de padres e abades estudaram o fenmeno tendo eles mesmos praticado intensamente. Poderamos nos estender bem mais sobre um amontoado de dados histricos reportando todas as espcies de hipteses e todos os fatos a elas relacionados, mas preferimos abreviar e pular de vez para a segunda metade do sculo XVIII. Uma nova febre percorria os meios cientficos e populares tambm na Europa: as pesquisas sobre a eletricidade e o magnetismo. Em 1798, Antoine Gerboin, professor da Faculdade de Medicina de Estrasburgo, aps contemplar o filho de um amigo brincar com uma esfera de madeira suspensa por um fio, teve a idia de amarrar a ponta do fio no dedo do menino, constatando que, aps algumas18

Pgina de ttulo de A Fsica Oculta do Abade de Vallemont

19

Ilustraes de A Fsica Oculta do Abade de Vallemont

oscilaes, a esfera voltava sempre posio inicial. Isto o fez recordar o trabalho do fsico ingls Gray, que tinha constatado que certos materiais suspensos por um fio mantido por um operador eram atrados por massas eletrizadas, e as pesquisa de Wheler, que havia percebido que o desejo de produzir um determinado movimento era a causa principal das reaes do pndulo. Gerboin levou a cabo numerosas experincias com corpos suspensos por fios, que resultaram em complexas teorias sobre "uma fora particular que existe no homem". O resultado de suas investigaes foi publicado em 1808, sob o ttulo de "Investigaes Experimentais sobre um Novo Modo de ao eltrica". O pndulo, como principal instrumento para a prtica do que viria a ser definido como radiestesia, acabara de nascer. Em 1812, o clebre qumico Chevreul repetiu as experincias de Gerboin. Durante suas experincias, Chevreul apoiou o brao sobre um bloco de madeira a diferentes distncias entre o ombro e a mo; viu assim as oscilaes do pndulo decrescerem medida que os dedos que seguravam o pndulo se aproximavam do bloco.

Michel Eugne Chevreul

20

Quando os dedos estavam completamente apoiados sobre o bloco, de forma que era impossvel moviment-los por vontade expressa, o pndulo parava de se movimentar. Resumo da teoria de Chevreul sobre o enigma da radiestesia de 1850. O movimento da vareta do rabdomante pode explicar-se seja como fazendo parte de um mundo moral e tendo uma causa espiritual oriunda: de Deus ou da hierarquia dos anjos; do Diabo ou de seus adeptos; do esprito do rabdomante; seja fazendo parte do mundo material e tendo uma causa fsica oriunda das faculdades ocultas associadas matria, que: os peripatticos aristotlicos chamam simpatia e antipatia; os cartesianos, corpsculos, vapores e matria sutil; e os contemporneos (de Chevreul), eletricidade, eletromagnetismo ou eletro-organismo (galvanismo). O movimento da vareta poderia ser amplificado quando o rabdomante segurava tambm na mo um material idntico ao do objeto da pesquisa; um material diferente do objeto da pesquisa. Dado que os dois mtodos so diametralmente opostos, uma causa mental e no fsica que poderia explicar o fenmeno. Os adeptos da vareta radiestsica, sejam eles tericos ou exclusivamente prticos, reconhecem a influncia do pensamento, seja ele voluntrio, desejo ou inteno daquele que o tem. O pensamento podeExperincia de Chevreul

21

neutralizar a ao do corpo material, de tal forma que o metal que se cr influente sobre a vareta no tem mais ao quando se procura gua. A princpio as concluses de Chevreul foram a favor do pndulo, at o dia em que teve a idia de vendar os olhos e o resultado dos testes passou a ser incoerente. A concluiu precipitadamente que o conhecimento visual contribua para a ao involuntria muscular do radiestesista, quando este sabia o que tinha que descobrir. E durante quase um sculo as investigaes cientficas foram retardadas por causa da divulgao dos conceitos de Chevreul, que havia-se tornado um adversrio contumaz da radiestesia.

22

A radiestesia no incio do sculo XXo sculo XX, a radiestesia emergiu como uma nova cincia para desagrado de alguns, e comeou a ser usada nos mais diferentes campos. Em 1919, o abade Alexis Bouly, em colaborao com o tambm abade Bayard, trocando idias sobre diferentes etimologias chegaram a juno de duas palavras, uma de origem latina, radius-rdio, radiao, e outra grega, aisthesis-sensibilidade. O termo radiestesia acabava de nascer, estronando as expresses, usadas at ento, zaori e rabdomancia. Em 1926 aconteceu em Paris o Terceiro Congresso Internacional de Psicologia Experimental; vrias sesses foram dedicadas radiestesia e seus praticantes. A partir de ento os congressos se sucederam: 1926, 1929 (criao da Associao Francesa e Internacional dos Amigos da Radiestesia),1932 (Congresso de Avignon com a representao de onze pases), 1933, 1935 e finalmente em 1956, o Congresso Internacional de Locarno decide a criao da Unio Mundial dos Radiestesistas.

N

Alexis Bouly

Alexis Bouly Natural de Boulogne, o abade Alexis Bouly (1865-1958) foi o primeiro superior de um colgio nessa cidade at 1910 tendo sido ento nomeado proco na pequena estao balneria de Hardelot-Plage. Foi a que, num dia, passeando com um amigo praticante de radiestesia, uma pequena vareta de madeira apanhada por acaso se ps a vibrar perto de uma fonte de gua. Intrigado com o acontecimento, Bouly repetiu a experincia e no parou mais com a atividade que o tornaria famoso mais tarde. Alexis Bouly era dotado de uma extraordinria sensibilidade para a radiestesia, sobretudo na manipulao da vareta. Durante sua vida localizou um grande nmero de fontes de gua, conseguindo definir com exatido sua profundidade, qualidade e tamanho. Vinham de todos os lugares para consult-lo. Seu talento ultrapassou as fronteiras da,24

Frana: foi chamado a exercer suas habilidades em Portugal, Espanha, Polnia, Romnia e Canrias. No final da guerra de 1914-1918, um general, desejoso de testar as habilidades do abade, pediu-lhe para identificar a origem de fabricao de obuses no-detonados ainda enfiados no solo. Tarefa desempenhada com brilhantismo, j que Bouly no se enganou uma nica vez. Mais tarde Bouly funda a Sociedade dos Amigos da Radiestesia, utilizando, ento, a nova expresso por ele criada. Visto que se tratava mais de um homem de cincia que de um charlato, os mdicos o ajudaram voluntariamente a realizar suas experincias. Era bem recebido em hospitais, onde identificava, sem equivocar-se, os cultivos de micrbios que lhe apresentavam em tubos de ensaio. No obstante ter criado um mtodo complexo de pesquisa, o "pai da radiestesia" tinha sobre sua arte uma concepo bem simples: "Ns vivemos em um oceano de radiaes, das quais no nos apercebemos, eflvios invisveis emanam de todas as coisas, e no se trata mais do que descobrir sua existncia, constitudo-nos em verdadeiros detetores vivos. Uma frgil antena permite captar mais facilmente as radiaes escondidas: a famosa varinha do zaori. Hoje no sou mais que um pesquisador de vibraes, s isso..." Em 1950, o governo da Repblica concedeu a esse modesto "pesquisador das vibraes" a Cruz de Cavaleiro da Legio de Honra. Alexis Mermet Nascido no seio de uma famlia de praticantes da radiestesia, originrio da Saboya, Alexis Mermet (1866-1937), (iniciou-se muito cedo na arte da radiestesia. A extenso de seus conhecimentos e a importncia de seus sucessos no campo da radiestesia lhe valeram o ttulo de "prncipe dos radiestesistas". Durante sua vida descobriu numerosas fontes de gua mineral, jazidas de metais, pessoas desaparecidas etc. Em 1919 comeou a praticar a radiestesia a distncia (vinte anos mais tarde mile Christophe fez preceder a palavra radiestesia do prefixo tele: "telerradiestesia", que significa radiestesia a distncia), influenciado pela prtica de outros padres que descobriam fontes de gua pesquisando sobre mapas; s que Mermet estendeu esta tcnica para todas as reas de sua atividade. Em 1928 publica Le Pendule Rvlateur, mais dois livros em 1938; mas foi em 1934 que a Maison de la Radiesthsie edita o famoso Comment J'Opere "Como eu opero para descobrir de perto ou25

Alexis Mermet

longe: fontes, metais, corpos escondidos, doenas" -considerado a bblia da radiestesia, no qual Mermet declara: "Eu inventei o mtodo de diagnstico pelo pndulo". Traduzido para o ingls, o livro difundiu os mtodos do clebre abade para l das fronteiras da Europa. A primeira metade do sculo XX foi agraciada com o surgimento dos mais importantes nomes da radiestesia: os j referidos Alexis Bouly e Mermet e, ainda, Louis Turenne, Henry de France, autor da primeira revista (1930) mensal de radiestesia, mile Christophe, grande terico, Gabriel Lesourd, Alfred Lambert, fundador da Maison de La Radiesthsie, Antoine Luzy, Jean Jurion, Joseph Treive, Lon Chaumery, Andr de Blizal, s para citar alguns dos mais conhecidos. Assim como na Frana, tambm no Brasil a radiestesia teve entre os padres seus melhores e mais qualificados praticantes. Desde o incio do sculo padres de origem francesa, em misso no interior do pas diagnosticavam, prescreviam remdios e localizavam gua ao redor de26

Jean-Louis Bourdoux

suas dioceses. O padre francs Jean-Louis Bourdoux passou dezesseis anos numa misso em Pocon, no Mato Grosso. Graas aos remdios dos ndios, produtos da flora local, o padre se curou da tuberculose e anemia que o afligiam. A partir de sua cura, Bourdoux se dedicou ao estudo das propriedades teraputicas de nossa flora. De volta Frana, levou os extratos das plantas estudadas e os distribuiu a alguns mdicos homeopatas. Tais remdios, chamados de Poconeols em homenagem misso de Pocon, se mostraram eficazes e ainda hoje so usados na Europa. A difuso dos resultados de Mermet o convenceram que a radiestesia poderia ser um bom mtodo para escolha de remdios. Mais tarde ele escreve: "Se o abade Mermet pode faz-lo, porque eu no seria tambm capaz? Ah, se eu conhecesse este mtodo quando estava no Brasil!". Depois de anos de estudos e prtica e uma outra estadia na " Amrica do Sul em 1932, Bourdoux publicou o livro, hoje um clssico, Notions Pratiques de Radiesthsie pour les Missionaires, editado no Brasil27

em 1952. No prefcio, ele diz: "Se voc tiver a pacincia de ler as pginas seguintes, ver como, graas nova cincia chamada radiestesia, sem ser mdico e quase sem custos, poder ajudar os fiis e os pagos tambm". Entre os padres que aprenderam radiestesia com Bourdoux destacou-se Franois-Marie Herail, que durante sua permanncia no Mato Grosso localizou centenas de poos de gua, assim como veios de gua que continham ouro em seu leito. Seu mtodo era: andando de norte para o sul detectava os veios de gua comuns; caminhando de nascente a poente encontrava os veios aurferos. (Na conveno mental de Herail a forquilha, quando inclinava para cima, indicava o sim). A pedido de Alfredo Becker, famoso radiestesista paulista, o proco da Igreja Nossa Senhora de Ftima no Sumar, em So Paulo, frei Incio, criou um neutralizador de energias nocivas do subsolo. Aps alguns meses de pesquisa, frei Incio desenvolveu o Radiom, que durante muitos anos foi vendido na mesma igreja. Este dispositivo simples um dos mais eficientes neutralizadores j criados. Seu raio de alcance de 20 metros na horizontal.

28

A energiande quer que vamos hoje em dia, ouvimos todo o mundo falar de energia aquele lugar tem uma energia fantstica, aquela pessoa tem uma energia muito ruim, vamos energizar os chakras etc. Curiosamente todos falam de uma energia abstrata, algo (meio) inexplicvel, quando questionados falam de magnetismo, de eletricidade, ou de algo divino (no-explicvel). O termo energia tem origem no grego "energes" (ativo), que, por sua vez, provm de "ergon" (obra). A etimologia indica que a palavra energia implica sempre atividade. A Fsica define energia como "todo agente capaz de produzir trabalho". Cada tipo de energia possui caractersticas prprias, como intensidade, potncia, densidade, polaridade e outras. A energia nunca criada nem destruda, mas, apenas, transformada de um tipo em outro(s). As energias conhecidas pela Fsica tm entropia positiva, isto , se propagam do local de maior potencial para o de menor potencial energtico. Isto j no acontece com algumas das chamadas energias sutis, que ainda no so do domnio da cincia. O orgnio descoberto por Wilhelm Reich tem entropia negativa, isto , se propaga do menor potencial para o maior. Tal caracterstica permitiu a construo do seu famoso acumulador

O

orgnico. Esse acumulador composto por camadas alternadas de material orgnico e inorgnico, formando uma caixa em cujo interior o paciente colocado. Normalmente o acumulador orgnico de Reich feito de chapas de madeira (externamente) e ferro zincado (internamente), tendo entre elas uma camada de l de carneiro e outra de l de ao. Como o material orgnico atrai o orgnio e o inorgnico o repele, forma-se um fluxo de orgnio de fora para dentro da caixa. O corpo humano tem maior potencial de orgnio que o ambiente que o cerca e, por isso, o orgnio flui do exterior para o interior do corpo. No interior do acumulador orgnico h uma concentrao de orgnio que mantm o fluxo do exterior para o interior da caixa e desta para o interior do corpo do paciente. A energia magntica do nosso globo banha todos os seres vivos que nele habitam. O campo magntico terrestre tem a potncia de 0,5 gauss e detectado pelos seres vivos por meio de clulas contendo magnetita, a pedra-m natural. O campo magntico terrestre distorcido pelo ferro existente no concreto armado de nossas residncias, o que acarreta uma freqente carncia de magnetismo para nossos organismos. Este fato, aliado poluio eletromagntica provocada pela rede eltrica e os aparelhos ligados a ela, uma importante causa de distrbios de sade. Atualmente rgos oficiais de alguns pases reconhecem como causadoras de patologias degenerativas as perturbaes eletromagnticas produzidas por torres de transmisso de alta tenso, nos moradores das redondezas. A energia eletromagntica ou radiante possui um largo espectro (< 3xl03 a > 3x119 hz) e se propaga a uma velocidade da mesma ordem que a da luz. A teoria eletromagntica do Prof. Ren Louis Valle afirma: "Se num determinado espao a energia atinge uma densidade suficiente, ocorre a materializao de um fton. Mas, se a energia de densidade inferior, ela s pode existir em forma de onda". Estendendo este conceito, nos diz Jean Pagot (engenheiro e radiestesista francs): "Numa densidade ainda menor, a energia tambm deixa de ser ondulatria e passa a existir de modo difuso, determinando uma

perturbao desse espao (ocasionada por certas formas geomtricas ou no): ocorrer ento uma emisso de energia (energia de forma). A aplicao da energia de forma gerada por formas geomtricas simtricas benfica para os seres vivos". Thomas Bearden, fsico, terico e engenheiro nuclear, o autor da chamada teoria eletromagntica escalar. Um dos conceitos fundamentais desta teoria que o zero aparente ou o nada (vazio) constitudo por um nmero infinito de subestruturas de soma nula. O nada aparente est, na realidade, repleto de potencial de soma zero e, por ser estvel, nos transmite iluses de que este meio vazio e neutro. Esse estado virtual da energia constitui o potencial eletrosttico escalar e Bearden o denomina "anenergia". As alteraes desta anenergia, pelo seu potencial implcito, que provocam todo e qualquer fenmeno observvel em nosso universo fsico exteriormente perceptvel. A energia de Bearden concebida como uma verdadeira "tenso espao-temporal". Bearden explica que a massa, a carga, o spin, as partculas subatmicas, os campos eltricos, os campos magnticos, a velocidade da luz, a gravitao e todas as foras elementares e os fenmenos do nosso mundo fsico tm relao direta com as variaes e os padres do estado virtual do qual procedem. A teoria E.M. escalar nos permite compreender melhor a energia de forma e as energias sutis manipuladas em radiestesia e radinica. Sua semelhana com os milenares conceitos orientais notria e ser melhor entendida a seguir.

A energia e a mstica orientalNa filosofia chinesa, a orientao mstica do Taosmo nos permite compar-lo aos conceitos da Fsica moderna, sobretudo teoria eletromagntica escalar. Os sbios chineses denominaram Tao a unidade oculta sob a oposio dos plos arquetpicos Yin e Yang. A energia primordial Chi se condensa e se dispersa ritmicamente, gerando todas as formas que eventualmente se dissolvem no vcuo (potencial eletrosttico escalar) e31

se manifesta atravs da interao dinmica entre os opostos polares. Os opostos polares (negativo/positivo, homem/mulher, quente/frio, prton/eltron, cheio/vazio etc.) constituem uma unidade, pois so na verdade aspectos diferentes de uma mesma realidade. O hindusmo, o budismo e o taoismo afirmam a existncia de uma energia primordial que formadora do universo fsico e provm da Realidade nica (o Deus ocidental).

As energias sutisAs chamadas energias sutis ainda so vistas com desconfiana pela cincia oficial. Essas energias transcendem a matria e seus fenmenos e, infelizmente, ainda so mais do domnio do mstico que do cientista. Os msticos sempre afirmam que toda matria advm do aither (ter) e por ele interpenetrada, sendo o aither o meio condutor de todas as energias e da prpria luz. A energia primordial manifesta-se por condensaes infinitas at a formao da matria. Esta energia tambm conhecida como fluido csmico universal (no ocidente), mulaprakriti (no hindusmo), qa-llama (no antigo Egito) e inmeros outros nomes. Uma dessas condensaes que constitui o fluido ou fora vital (o prana, dos hindus) e responsvel pela vida vegetal, animal e hominal. Os seres vivos possuem bioeletricidade e biomagnetismo, que interagem criando um campo bioeletromagntico. Este campo o bioplasma (terminologia dos cientistas russos) e constitui o chamado corpo bioplasmtico. Este corpo sutil conhecido pelos msticos como corpo etrico, corpo vital, duplo etrico, bah, linga-sharira etc. O corpo bioplasmtico que absorve a energia vital atravs dos seus centros de fora (chakras). Esse prana (uma das condensaes do Chi) flui atravs de canais bioplasmticos (nadis, dos iogues) e vai vitalizar o sistema nervoso, as glndulas e, finalmente, o sangue. O prana (fluido vital) um princpio vital organizador que, atravs dos chakras do corpo etrico, exerce uma profunda ao sobre o corpo fsico.

32

Interao mente-energia-matriaSabe-se que o binmio matria-energia constitui um todo e seus opostos polares interagem dinamicamente entre si; sabe-se ainda que a mente transmissor-receptor de energias de baixa freqncia e tambm de energias sutis. Tais fatos supem a possibilidade da interao tripla entre mente, energia e matria, possibilidade esta comprovada pelos processos radinicos e pelos fenmenos psicocinticos. Os fenmenos psicoenergticos se dividem em Psi-gama e Psikapa. Os fenmenos Psi-gama so de natureza subjetiva: clarividncia, clariaudincia, precognio, psicometria etc. J os Psikapa so fenmenos objetivos (atuam na matria): levitao, Psicocinesia, materializao etc... O pesquisador brasileiro Eng. Hernani Guimares Andrade admite a hiptese de um campo Psi e de uma matria Psi, que propiciariam o aparecimento dos fenmenos Psi atravs da interao com as psicoenergias. O campo bioplasmtico de natureza eletromagntica e constitui o biocampo responsvel pela vida ao nvel fsico. As energias provindas do corpo astral s podem atuar no biolgico (corpo fsico) atravs do corpo bioplasmtico (corpo etrico). As psicoenergias atuam diretamente no campo bioplasmtico influindo e controlando, de modo inconsciente, os processos vitais. De modo quase sempre inconsciente, o esprito, atravs da psicoenergia, pode tambm gerar efeitos fsicos e biolgicos numa matria no pertencente ao seu prprio corpo fsico. Considerando-se que mente, energia e matria so apenas diferentes aspectos de uma nica realidade, fcil entender que a interao dinmica entre esses trs elementos no s possvel como tambm pode ocorrer em diversos nveis de intensidade e em diversas direes. Para melhor entender o processo radinico podemos descrev-lo nos seguintes componentes: a) um dispositivo radinico simples (certas representaes grficas) ou complexo (mquina), utilizando-o como emissor de energias sutis. b) o alvo do processo (homem, animal ou planta) funcionando como receptor dessas energias atravs de seus corpos sutis.

33

c) um meio sutil (aither) transmissor da informao energtica e que independe do tempo e do espao fsico ordinrios. d) um testemunho (foto, cabelo, folha, plo etc.) do alvo a tratar funcionando como sintonizador entre a fonte emissora e o receptor. e) o psiquismo, a inteno e a vontade do operador constituindo um modulador-ampliffcador das energias veiculadas. f) uma onda de forma (verde negativo ou outra), que a onda portadora das vibraes (padres energticos) dos testemunhos (do receptor, do remdio e da inteno) atravs do aither. A radinica, como se ver neste trabalho, permite a interao da mente (psicoenergia) com as energias sutis, gerando um efeito fsico na matria viva (vegetal, animal ou homem) e mesmo na matria no-viva (gua, solos, metais etc).

A energia csmicaA radiao csmica uma ultra-radiao extraordinariamente rica em energia. A radiao csmica primria procede do espao exterior e a secundria, da atmosfera terrestre. A radiao primria formada por ncleos leves e semipesados e, principalmente, por prtons. Das reaes das partculas primrias com as partculas da atmosfera resulta a radiao secundria. A interao das partculas primrias e secundrias d-se atravs de processos nucleares mltiplos produzindo prtons, hperons, msons, eltrons, psitrons e neutrinos. As partculas csmicas com sua inimaginvel energia penetram em nossos corpos produzindo violentos choques em certos tomos; portanto, todos os nossos processos vitais interagem com essa energia. Nosso equilbrio fisiolgico deve-se tambm interao de nossas clulas com as partculas csmicas. A radiao csmica aumenta com a altitude e, provavelmente por isso, os fenmenos paranormais nos locais de grande altitude como o Tibete e o planalto andino devem ocorrer por ao dos raios csmicos sobre clulas cerebrais sensveis. A radiao csmica pode ser atrada mentalmente por meio da prece. Foi o que constatou o Dr. Baraduc em 1900 na Gruta de Lourdes (Frana). Este clebre pesquisador registrou em chapas fotogrficas34

especiais uma espcie de chuva de luz junto multido de fiis. Registrou ainda uma espcie de faixa fulgurante no momento da passagem do Santssimo Sacramento. Tais fenmenos ocorrem em funo de o poderoso impulso mental dos fiis ter atrado magneticamente os corpsculos curativos da radiao csmica. Os famosos milagres de Lourdes podem ento ser explicados pela interao do campo de ftons (radiao csmica) com o biocampo dos fiis. Os ftons so dotados de spin (rotao de um eltron em torno de eixo prprio) e, portanto, so magnticos; da poderem interagir com o campo biomagntico.

A energia dos cristaisOs cristais emitem, como todo material slido, energia que se propaga em sentido horrio. Como toda e qualquer energia, a do cristal tambm se propaga em vrtices helicoidais e no em linha reta. A energia intrnseca dos cristais de quartzo pode ser transformada em eletricidade se os submetermos a uma determinada presso. Tal fenmeno chamado de piezoeletricidade. A eletrnica moderna aplica determinados potenciais eltricos em cristais especialmente preparados para produzir outros potenciais eltricos. Os potenciais assim obtidos tm forma pulsante, freqncia estvel e grande preciso. Os geradores cristalinos de radiofreqncia, os relgios digitais e muitos outros instrumentos eletrnicos obedecem a esse mesmo princpio. O efeito (qualidades, caractersticas) de um elemento ou mineral, portanto o do cristal, pode ser transmitido ao organismo atravs dos campos magnticos e eletrostticos da Terra, utilizados como onda portadora. Tal fato foi comprovado pelos trabalhos cientficos do alemo Dr. Wolfgang Ludwig e os do seu colega canadense Bigu del Blanco, que evidenciaram as relaes entre as oscilaes do chamado plasma eletrnico (vibraes ou ondas de energia de nvel subatmico) e os campos terrestres magntico e eletrosttico. A energia dos cristais e das pedras preciosas pode ser utilizada diretamente no paciente ou distncia por emisso radinica. Estudos35

feitos com a programao psquica de cristais e seu uso teraputico mostram que eles interagem facilmente com as energias sutis. O cristal funciona como emissor-receptor dessas energias, atuando nos seres vivos e no meio ambiente por ressonncia vibratria.

Ressonncia mrficaEm 1981 Rupert Sheldrake, no livro A New Science of Life, sugere que os sistemas auto-organizadores, em todos os nveis de complexidade incluindo molculas, cristais, clulas, tecidos, organismos e sociedades de organismos, so organizados por "campos mrficos". Em laboratrio, quando se tenta pela primeira vez obter determinada cristalizao, esta ocorre num espao de tempo razoavelmente longo (por no existir uma ressonncia mrfica anterior); medida que se repete a experincia, o tempo para se realizar a cristalizao vai diminuindo, como se a soluo aprendesse a realizar a cristalizao (pela existncia de uma ressonncia mrfica cumulativa). Um tradicional exemplo de ressonncia mrfica a experincia com os macacos: uma famlia de macacos, habitando uma ilha, era alimentada pelos cientistas que controlavam a experincia. Um dos macacos foi ensinado a lavar as batatas que lhe eram fornecidas como alimentao, antes de com-las. Algum tempo depois, todos os indivduos do mesmo grupo lavavam tambm as batatas antes de se alimentarem. Ao mesmo tempo, um outro grupo de macacos, em uma outra ilha prxima e sem nenhum contato com a primeira ilha, comeou a apresentar o mesmo comportamento. O fenmeno da influncia do semelhante sobre o semelhante atravs do espao e do tempo chamado de ressonncia mrfica. Este fenmeno no diminui com a distncia, como tambm no envolve transferncia de energia, mas de informao. luz desta teoria podemos entender que a repetio de certos eventos na natureza no est relacionada com leis eternas, imateriais, e sim com a ressonncia mrfica. A teoria da transferncia de energia nos esclarece como a energia dos testemunhos em radiestesia se transmite a distncia e se faz presente em qualquer lugar onde desejemos detect-la.

36

Definies

om o aumento de interesse por todo o tipo de estudos das chamadas cincias esotricas, temos visto serem cometidos os mais variados erros no que se refere s denominaes do estudo de todos os fenmenos que se abrigam sob o nome de radiestesia. Por isso achamos indispensvel iniciar este trabalho esclarecendo esses primeiros tpicos. 1. A prtica da radiestesia no necessita de nenhum tipo especial de meditao, mentalizao, evocao ou invocao. Temores em relao a posturas, atitudes, orientao, so absolutamente infundados. Determinadas prticas, como por exemplo acender incenso, lavar as mos, usar sal grosso, o uso de determinados smbolos sobre as mesas ou pendurados nas paredes tm mais a ver com superstio ou com algum tipo de ressurgncia atvica. Qualquer pessoa pode praticar a radiestesia, no so necessrios atributos especiais para tanto. Mas, a exemplo de todas as demais atividades humanas, uns vo ser melhores radiestesistas do que os outros. A principal regra para se obterem bons resultados : praticar, praticar, praticar. 2. As denominaes: achamos prudente comear esta etapa do trabalho dando uma definio das denominaes para melhor compreenso do leitor durante o decorrer do trabalho.

C

a. RABDOMANCIA - palavra de origem grega (rhabdos, vara, e manteia, adivinhao), ou seja, adivinhao por meio da vara. Esta era a antiga denominao da hoje chamada radiestesia. A rabdomancia era usada na procura de fontes de gua e jazidas metalferas, at que em 1688 Jacques Aymar se tornou famoso por suas peripcias na busca de criminosos. b. ZAORI - aquele que praticava a rabdomancia. Palavra de origem rabe significando claro ou esclarecido. Este nome era atribudo a uma comunidade espanhola do sculo XVI cujos membros eram capazes de "ver as coisas ocultas nas entranhas da terra, veios de gua ou cadveres fechados em sarcfagos". c. RADIESTESIA - palavra criada pelo abade Alexis Bouly em colaborao com o tambm abade Bayard. Durante anos os dois abades trocaram correspondncia sobre a pesquisa de diferentes etimologias para achar um termo que fosse ao mesmo tempo cientfico e popular. Por fim decidiram unir duas palavras, uma latina, radius, rdio, e outra grega, asthesis, sensibilidade. A expresso "radiestesia" tinha nascido. d. RADIESTESIA DE ONDAS DE FORMA, EMISSES DE FORMA, EMISSES DEVIDAS S FORMAS - estudo de todos os fenmenos inerentes s formas bidimensionais ou tridimensionais. (Mais adiante faremos um estudo aprofundado do tema.)

Aparelho radinico

e. RADINICA - disciplina baseada nas pesquisas do mdico americano Albert Abrams (originalmente chamada de Reaes Eletrnicas de Abrams); o termo "radinica" foi cunhado durante um congresso dos praticantes desta tcnica nos anos 40. Esta expresso designava inicialmente a prtica do diagnstico e da terapia com os38

instrumentos eltricos/eletrnicos, mas, nos anos 50/60, comeou a surgir nos trabalhos dos irmos, Servranx, famosos radiestesistas belgas, e finalmente, em 1965, aparece no livro Fsica Micro- Vibratria e Foras Invisveis, de Andr de Blizal, expressando o conceito de emisso a distncia, s que aplicada radiestesia de ondas de forma.

Aparelhos psicotrnicos

f. PSICOTRNICA - palavra formada por dois termos gregos: psych, respirao, esprito, e tron, instrumento. Esta disciplina se iniciou no final dos anos 60 e conta como expoente mximo o pesquisador tcheco Robert Pavlita, famoso por criar instrumentos simples que, uma vez carregados com a energia psquica do operador, produzem variados tipos de trabalho. Esta expresso tambm usada por alguns pesquisadores americanos para designar aparelhos do tipo radinico, mas cujas caractersticas fogem ao limite imposto pelo conceito de radinica. Muitas vezes este termo tambm usado com intuito comercial, visando expressar uma qualidade aliada aos poderes da mente que, no caso, a mquina no possui. g. PSINICA - fundamentalmente uma tcnica radiestsica aplicada medicina. A medicina psinica se originou nos trabalhos dos abades franceses e do mdico ingls Georges Laurence. Em suas pesquisas39

Laurence descobriu a realidade da teoria patolgica unitria de McDonagh, que diz: "Todas as enfermidades so apenas aspectos, sob diversas formas, do desequilbrio das protenas do corpo".

Grfico de Wood

A psinica requer uma instrumentao bem simples: um grfico de Wood, ou alguma variao do mesmo, um pndulo, ndices de Turenne, testemunho do paciente e remdios homeopticos. Assim como no caso da psicotrnica este termo tambm usado nos Estados Unidos com fins puramente comerciais.

40

Pndulo para radiestesia cabalstica

h) RADIESTESIA CABALSTICA - um tipo particular de radiestesia, que usa pndulos cilndricos, encamisados com palavras escritas em hebraico, ou alguma outra lngua que contenha as mesmas qualidades. Descoberta pelo francs Jean Gaston Bardet em colaborao com Jean de La Foye. (Faremos um estudo aprofundado mais adiante.)

Pndulo para radiestesia icnica

i) RADIESTESIA ICNICA - termo criado em 1994 pelo radiestesista Antnio Rodrigues, designa um tipo de radiestesia similar cabalstica, na qual so usados smbolos no lugar de palavras. j) EIFs - (Emergncias, Influncias e Formas, e o "s" de plural) -expresso cunhada pela Fundao Ark' AII, instituio francesa que congrega alguns dos mais renomados pesquisadores franceses, inclusive de reas ortodoxas. A proposta inicial deste grupo era criar um novo tipo de lgica, no-cartesiana e no-aristotlica. A deteco dos fenmenos estudados feita atravs de tcnicas radiestsicas. Este termo se aplica s manifestaes anteriormente chamadas de ondas de forma.

41

Teorias radiestsicasara a maioria dos radiestesistas apaixonados pela rea, uma questo fundamental se punha no incio do sculo: Efetivamente como e por que funcionava a radiestesia? A primeira das hipteses era que o radiestesista percebia "ondas", emanaes, vibraes vindas do solo pesquisado. No entanto, esta proposta era de difcil sustentao quando se comeou a praticar a radiestesia a distncia sobre mapas. A segunda hiptese, de autoria de Sir William Barrett, autor do livro A Vareta Divinatria, propunha: "...afirmamos que a radiestesia um problema puramente psquico, que todos os fenmenos tm origem no esprito do radiestesista, que nenhuma teoria fsica resiste a um exame atento e que os movimentos da vareta e do radiestesista s tm relao com o resultado da pesquisa para dar uma expresso fsica a um conhecimento mental e abstrato." Nos anos 30, Mermet elaborou uma complexa teoria radiestsica baseada em onze fatores fsicos passveis de influenciar o radiestesista, no deixando, no entanto, de afirmar que "o radiestesista deveria estar em perfeita harmonia com o objeto de suas pesquisas". A teoria radiestsica unicamente baseada em causas fsicas foi completamente abandonada em 1934 pelo engenheiro francs mile Christophe,

P

baseado no pressuposto de que, se todos os corpos subterrneos emitem radiaes fsicas, o radiestesista que no estivesse unicamente concentrado em um s corpo deveria reagir a todas essas informaes de uma s vez. A esta concentrao sobre um nico objetivo mile Christophe deu o nome de "orientao mental", e definiu como "conveno mental" a tcnica segundo a qual o radiestesista estabelece um dilogo interno com seu inconsciente, por meio do qual so definidas as regras de giro positivo ou horrio do pndulo, para resposta "sim", giro negativo ou anti-horrio para resposta "no". A "orientao mental" o estado de interrogao necessrio para se alcanar a resposta desejada, funcionando como um ato de "se sintonizar com...";e a "conveno mental", alm de filtro para que as respostas sejam somente sim ou no, promove tambm o correto dilogo entre o crebro e o corpo, para que a reao, e processando atravs de uma reao neuromuscular, venha a dar ao radiestesista a resposta desejada. Na dcada de 1960, Yves Rocard, professor da Faculdade de Cincias de Paris, descobriu que o corpo humano possui sensores magnticos capazes de detectar variaes de 5 gamma, ou seja,10 mil vezes menos que o potencial do campo magntico terrestre (0,5 Gauss). Em 1983, Yves Rocard publicou Le Pendule Explorateur, com o resultado de suas pesquisas, defendendo a teoria de que os sensores magnticos humanos so os responsveis pela capacidade de leitura das alteraes ambientais. Infelizmente esta teoria no se aplica no caso da telerradiestesia, levando-se em conta a distncia dos sensores do sujeito da pesquisa. Nos ltimos anos, conceitos energticos invadiram nosso cotidiano: chakras, corpos sutis, aura etc. Hoje sabemos que nosso campo energtico no s um arquivo de emoes, padres patolgicos, memrias do passado como tambm um eficaz instrumento de recepo de todos os fenmenos energticos nossa volta. Essa leitura ns a fazemos o tempo todo de uma forma inconsciente e involuntria, e armazenarmos as informaes colhidas no inconsciente. O conjunto de tcnicas radiestsicas estabelecem a ponte inconsciente-consciente e percebemos a resposta quando nossa mo faz o pndulo girar ou a vareta se inclinar.

44

As teorias clssicaso longo dos ltimos sculos muitas teorias foram elaboradas na tentativa de explicar o fenmeno radiestsico. Hoje em dia quase divertido ler tais teorias repletas de conceitos estranhos. Em razo da grande influncia da Igreja na sociedade medieval e renascentista, chegou-se a acreditar que o fenmeno acontecia sob influncias sobrenaturais e at diablicas. S em 1939, graas ao uso da filmagem em cmara lenta, foi possvel constatar que o radiestesista promove o movimento pendular por meio de uma ao inconsciente, de origem neuromuscular. Existem duas tendncias na prtica da radiestesia: a fsica e a mentalista. A tendncia fsica se baseia nos conceitos formulados sobretudo pelos abades franceses Bouly e Mermet. Esses conceitos so: raios, ondas e "cores" emitidos pelos objetos e seres e orientados em funo dos pontos cardeais e do campo geomagntico. Os radiestesistas da tendncia mentalista criticam os da fsica, porque muitas vezes o comprimento de onda, a "cor" e o raio fundamental caractersticos de um objeto diferem segundo o operador. A tendncia mentalista considera que a conveno mental que precede a pesquisa o que atua

A

no inconsciente do operador, causando as reaes responsveis pelo movimento do pndulo ou da vareta. Os radiestesistas que praticam a chamada "radiestesia de ondas de forma" aliam as duas tendncias, sendo chamados de fisicomentalistas. A fama do abade Mermet imps seu mtodo clssico de radiestesia fsica. Segundo ele todos os corpos emitem ondas e radiaes cujo campo de atuao (campo radiestsico) produz no corpo humano determinadas reaes nervosas que geram uma espcie de corrente que se desloca pelas mos. O fluxo invisvel o que movimenta o instrumento radiestsico. Os conceitos estabelecidos por Mermet foram: 1. SUPERFCIES E LINHAS MAGNTICAS; pode-se ainda chamar de: CAMPO OU ZONA DE INFLUNCIA - todos os corpos so envolvidos por um nmero de camadas magnticas igual ao seu nmero de srie. E desta forma que encontramos, por exemplo, sete linhas paralelas s margens de um rio, pois este o nmero de srie da gua e as sete camadas envolvem a gua do rio por cima, por baixo e nas suas laterais. Quando o corpo pequeno, estas linhas assumem a forma de crculos concntricos. Estas faixas tm uma largura de 5 a 30 cm e a distncia entre elas aumenta medida que se distanciam do leito do rio. 2. RAIO FUNDAMENTAL - todo corpo emite um raio cuja direo forma um ngulo invarivel com a direo norte-sul, mantendo um ngulo constante em relao horizontal. mensurvel em graus. Seu comprimento de onda proporcional massa do corpo. Ele permite ao radiestesista distinguir dois corpos que tenham o mesmo nmero de srie. Por exemplo, uma moeda de prata com um peso de 10 gramas emite um raio fundamental de 10 centmetros de comprimento. Quando o pndulo apresenta giro negativo sobre um objeto, a deteco do raio fundamental produz igualmente giros negativos. 3. RAIO CAPITAL OU MENTAL - o raio que vai do objeto ao crebro do operador. atravs dele que o radiestesista detecta a presena do objeto procurado assim como sua natureza, direo, distncia e profundidade. 4. RAIO SOLAR - o mesmo raio descoberto por Bouly; detectado quando se passa um pndulo entre o objeto pesquisado e o Sol ou outra fonte luminosa. Ele o reflexo da fonte luminosa sobre o objeto e seu comprimento proporcional massa que recebe o raio solar direto. E detectvel mesmo em dias encobertos ou com o Sol abaixo do46

horizonte. Mesmo quando o Sol est oculto por nuvens ou abaixo do horizonte, a emisso deste raio continua presente. 5. RAIO TESTEMUNHO - ou raio de unio. Todo o corpo emite um raio de unio para outro corpo da mesma espcie. Este raio permite a deteco a distncia, fazendo uso de testemunhos. 6. RAIO VERTICAL - este raio emitido na vertical por todos os corpos. As anomalias geomagnticas podem alterar sua emisso. Por exemplo, com este raio que trabalhamos ao pendular sobre grficos de radiestesia. 7. IMAGENS RADIESTSICAS - so radiaes reflexas que circundam o corpo. Poderamos dizer que so algo parecido com as imagens fantasmas dos aparelhos de TV. So mais intensas em dias tempestuosos ou com sol forte e diminuem de intensidade noite e em dias nublados. As imagens radiestsicas tendem a produzir erros na pesquisa radiestsica. A tcnica mais prtica para elimin-las pelo efeito das pontas, bastando para isso segurar, com a mo livre, um lpis com a ponta virada para cima, ou manter sobre a mesa de trabalho uma agulha fincada em algum objeto macio, perto do testemunho. Sua intensidade decresce com a distncia enquanto a intensidade do objeto da pesquisa constante. 8. SRIES E ROTAES - cada corpo produz no pndulo um certo nmero de, oscilaes seguido do mesmo nmero de rotaes. Quando dois corpos tm o mesmo nmero de srie, eles podem ser distinguidos pelo seu raio fundamental. Existem diferentes resultados entre os nmeros de srie dos vrios radiestesistas clssicos. Quer facilitar a vida? Use a tabela do abade Mermet!

Sries e rotaes

47

CORPOS Ao Alumnio Prata gua Ouro Platina etc.

N DE SRIE

4 5 6 7 11 22

9. ESPIRAIS - sobre o raio fundamental o pndulo realiza um certo nmero de espirais, ou seja, giros que parecem espirais um tanto ovaladas. Isto acontece em "patamares", manifestando certo nmero de giros num patamar, no patamar acima certo nmero de oscilaes, repetindo-se o processo certo nmero de vezes. 10. DESENHOS PENDULARES - a mo de um radiestesista muito experimentado o pndulo parece desenhar a figura sobre a qual est suspenso. Exemplo: sobre uma tesoura far dois crculos e uma reta. 11. VARIAES DE PESO - sobre alguns corpos o pndulo d a sensao de ficar mais leve ou mais pesado. Segundo relata Saevarius, o petrleo lquido d uma impresso de peso, j o gs de petrleo parece tornar o pndulo mais leve. 12. FADING - muito parecido com o que acontece com a recepo de rdio em ondas curtas, nos dias de tempestades, em radiestesia existe fading quando as radiaes se desvanecem e o pndulo entra em inrcia. O fading ocorre em funo de alteraes geomagnticas, distrbios radioeltricos, alteraes atmosfricas, influncias csmicas e planetrias, correntes telricas, sismos etc. A causa do fading tambm pode estar no radiestesista e ser devida a doenas, alteraes psicolgicas ou fadiga. Quando isto acontece, a pesquisa deve ser suspensa e s reiniciada mais tarde ou em outro dia. Os radiestesistas da linha mentalista manifestam sua descrena nesses conceitos, respaldados no fato de que tanto os nmeros de srie como a angulao do raio fundamental variam bastante de um radiestesista para outro. O que os leva a crer que esses princpios no so mais do que convenes mentais variadas, pertinentes a cada radiestesista. Os mentalistas conseguem, da mesma forma que os fsicos,48

encontrar o corpo procurado sem que para isso faam uso de qualquer sistema de raios, ondas ou outros, lhes bastando usar a orientao cardeal. REMANNCIA - denominao dada ao resultado da impregnao da energia de um determinado corpo sobre o local onde este permaneceu por algum tempo. A durao da remanncia varia de acordo com a natureza do corpo e com o tempo em que este esteve presente no local. A remanncia pode atingir o terreno, objetos, plantas assim como o prprio radiestesista e seu pndulo; neste caso especfico ela leva a designao de impregnao. A remanncia mais forte a dos metais, depois a das matrias orgnicas e das rochas. A matria trabalhada produz uma maior remanncia que a matria bruta. Acredita-se que a remanncia dura um tempo igual quele em que o objeto que a criou permaneceu no local. Para se saber se uma determinada radiao real ou remanente usa-se a tcnica de Ren Lacroix l'Henry. Coloca-se uma folha de papel branco entre o pndulo e a fonte radiante; se o pndulo fica imvel, a radiao remanente; se girar, provm de algo presente no local. Os pndulos de cristal so particularmente suscetveis impregnao; podemos atribuir este fato faculdade de programao to conhecida dos cristais. Os diversos mtodos para eliminar a remanncia no so totalmente eficazes e variam conforme o objeto atingido. Eis alguns: lavar vrias vezes o local; e se for um terreno, revolv-lo; usar um basto de enxofre como aspirador de emanaes nocivas d bons resultados em locais afetados, assim como a aplicao de um m forte que embaralha a onda presente. IMPREGNAO - Podemos chamar tambm de contaminao energtica; ela pode ocorrer entre os mais diversos objetos, instrumentos e situaes prprias prtica radiestsica. Os pndulos podem se impregnar da energia das pessoas e dos testemunhos utilizados; os testemunhos empilhados a esmo sobre uma mesa permutaram energias entre si, como cartas de tar, cristais, vidros de remdios e outros objetos. Mtodo de trabalho e organizao, por parte do radiestesista, impediro boa parte deste tipo de ocorrncias. DESIMPREGNAO - Se por qualquer motivo acontecer uma impregnao, use as tcnicas relativas prtica do magnetismo: fortes sacudimentos, contato com o solo; isto vlido para o radiestesista e49

para os instrumentos. Esfregar energicamente as mos. Sobre a mesa de trabalho, se for o caso, passar saquinho de pano com enxofre. Quer um conselho? No complique, no faa prticas mgicas, no se deixe possuir pela neurose da contaminao. Chaumery e Blizal recomendavam a tcnica do sopro forte sobre os instrumentos.

50

Instrumentos radiestsicosAgrande maioria dos trabalhos radiestsicos pode ser realizada com o uso do pndulo ou da vareta, dependendo da situao de uso e da sensibilidade do operador. Existem, no entanto, tipos de pesquisa que demandam o uso de instrumentos especficos. Para melhor compreenso dividimos os instrumentos radiestsicos em famlias: tcnicos Pndulos para uso geral Na famlia dos pndulos tcnicos encaixam-se todos aqueles utilizados para fins especficos; exemplo: pndulo egpcio, cromtico, testemunho etc. Todos os demais pndulos, independente de sua forma, cor, formato, material etc, so classificados como para uso geral. Varetas: nesta categoria inclumos todos os instrumentos construdos a partir de uma ou mais varetas, com ou sem molas, retas ou curvadas, com ou sem empunhadura; exemplo: dual-rod, aurameter etc. Outros instrumentos: rguas para anlise, ponteiros, bssola, botica de remdios etc.

A definio de pndulo : uma massa suspensa por um fio (flexvel). Assim sendo, qualquer objeto de qualquer material suspenso por um fio pode ser usado como pndulo em radiestesia. Para trabalhos externos d-se preferncia a pndulos mais pesados, j que o vento e as irregularidades do terreno atrapalham sua oscilao normal. O pndulo deve ser simtrico e sua cor deve ser a do prprio material; no caso de ser pintado, a cor deve ser neutra, j que as cores influenciam a pesquisa radiestsica. O fio de suspenso pode ser de algodo, linho ou de fibras sintticas, sempre em cores neutras, ou ainda uma fina corrente metlica. O pndulo prumo, pontiagudo, metlico o mais recomendado, pois pode ser usado na maioria dos trabalhos, especialmente sobre mapas, plantas ou grficos, pois ser mais fcil a correta identificao do ponto por ele indicado. A seguir, damos uma lista dos principais pndulos e suas finalidades de aplicao.

Pndulo testemunho

a. Pndulo testemunho: confeccionado em qualquer material, madeira, plstico, metal, possui uma cavidade interior (fechada com tampa rosqueada) onde se pode colocar um testemunho, facilitando a pesquisa. O mais conhecido pndulo testemunho o do abade Mermet, em formato de pra. A insero do testemunho no interior do pndulo facilita a sintonia do operador com o objeto da pesquisa. Esta prtica particularmente til na busca de minrios sobre mapas, a distncia.52

Alguns radiestesistas, em funo de suas caractersticas pessoais, acabam criando uma metodologia de trabalho que lhes particular; por esta razo, para alguns deles indispensvel o uso de pndulo testemunho em suas pesquisas. b. Escriptopndulo (de Jean Auscher): um pndulo de lato com a forma de uma pra achatada, cuja ponta rosqueada permite a colocao de um pincel fino que, embebido com tinta, permite registrar sobre um papel seus movimentos. til na confeco de desenhos teleinfluentes ou ainda no registro de coordenadas de direo sobre mapas. (S venda na Frana.) c. Pndulo egpcio: cpia de um pndulo em grs (cermica vitrificada na massa) encontrado em uma cmara funerria no Vale dos Reis. Para se obter uma equivalncia densidade do grs, este pndulo torneado em pau-ferro reforado em seu interior por um pequeno peso de chumbo, o que lhe permite atingir o peso de 22 gramas do original. E extremamente sensvel e, por isso, muito til em biometria e radiestesia mental. E neutro, pois nenhuma emisso pode impregn-lo. Quando girado intencionalmente no sentido horrio, emite a onda desejada. Sua qualidade superior aos demais advm do fato de se sintonizar com duas harmnicas da onda pesquisada. Isto acontece em virtude de sua forma; por esta razo, para que um pndulo egpcio tenha estas qualidades indispensvel que seu desenho seja excelente. No irradia a onda do chumbo: Contrariamente ao que se poderia supor, o pndulo egpcio no emite a onda do chumbo; a irradiao prpria de sua forma anula as ondas do metal. (No caso, foi usado o chumbo como lastro, pela sua disponibilidade como "chumbo para caa".) Este pndulo requer um certo domnio da radiestesia para seu manejo adequado. A altura inadequada do fio de suspenso pode levar a

Pndulo egpcio em madeira

53

erros. Recomendo um modelo exatamente igual ao da foto (parecido no igual !!); no leve em considerao o nome que o fabricante d a cada modelo. (Difcil de encontrar de boa qualidade, at na Europa.)

Pndulo universal

d. Pndulo universal Chaumery-Blizal: detecta as ondas de forma do espectro diferenciado e emissor. sem dvida o instrumento radiestsico para deteco mais complexo e difcil de manusear. Ele data de 1936, fruto da criatividade genial de L. Chaumery. Apresenta-se como uma esfera de madeira rigorosamente equilibrada, dimetro de 60 mm e peso de 125 gramas. Finamente ranhurados dois meridianos: um eltrico, o outro magntico, e um equador sensvel s vibraes eletromagnticas. Um ala de lato liga os dois plos, sua mobilidade permite a explorao de todos os pontos da esfera. Sobre esta ala fixado o fio de suspenso, que possui uma regulagem micromtrica para a altura. Duas pequenas massas metlicas, fixadas na altura do equador, em conjunto com uma pilha radiestsica de quatro elementos, reforam as polaridades e impedem sua inverso quando sob a ao de uma onda de forma potente. (Difcil de encontrar de boa, qualidade, ate' na Europa.) E possvel encontrar atualmente o PU com dimetro de 5 cm e com menor peso.54

Para regular o PU, gire a ala de suspenso at que esta se encontre sobre o meridiano eltrico, deslize o fio at que este fique sobre o equador: o ponto de cruzamento do Vermelho. Segure o fio do pndulo entre o indicador e o polegar, ficando as respectivas unhas viradas para baixo; mantenha assim o pndulo suspenso sobre uma superfcie vermelha, por exemplo, um pedao de cartolina; o fio que sobra deve ficar no interior da mo. Deixe o fio deslizar lentamente at que o pndulo entre em giro franco para a direita. Faa uma marca neste ponto do fio: esta a posio de trabalho para o meridiano eltrico ou fase eltrica. Segure o fio logo aps a primeira marca e repita a operao anterior; o novo local o ponto de suspenso para o equador eletromagntico, ou fase indiferenciada. O ponto de suspenso para o meridiano magntico ou fase magntica encontra-se com facilidade; basta fazer uma marca a meio caminho entre os dois pontos detectados anteriormente. Assim como os demais instrumentos criados por Chaumery-Blizal, o PU dividido em grados, ou seja, de 0 a 400. Sobre o meridiano eltrico, assim como no magntico, encontramos as marcas correspondentes s doze cores do espectro: V-; P; IV; Ver; L; A; V+; Az; I; Vi; UV; B. Sobre o equador eletromagntico, as 24 cores assim repartidas: V-; Alfa; Beta; Teta: Chi; Nu; Dzeta; P; IV; Ver; L; A; V+; Az; I; Vi; UV; B; psilon; Kapa; Lambda; Psi; R; mega.33,5 30 25 20 15 10 5 0-400 395 390 385 380 375 370 366,5 grados " " " " " " " " " " " " " " P N X a V

B

Preto Dzeta Nu Chi Teta Beta Alfa Verde negativo mega R Psi Lambda Kapa psilon Branco

Csio 137 - Radioatividade artificial Raios X Estrncio 90 Ondas telricas - Correntes de gua Ondas telricas - Falhas no subsolo Emisses de rdio Radiao nociva de linhas de alta tenso Eletricidade atmosfrica

* Respeitamos aqui as maisculas e minsculas conforme o original de Chaumery Blizal

55

Operar o PU no requer nenhuma interveno mental, j que o instrumento entra em sintonia imediatamente com a energia a detectar. Na posio de descanso fortemente recomendvel colocar a ala de suspenso e o respectivo fio sobre a posio V+ eletromagntico, ou seja, V+ do equador. Antes de qualquer operao, o radiestesista deve inspecionar sua taxa de V+ e, caso necessrio fazer a autodoao. Para a boa utilizao do PU faz-se necessria uma grande prtica com a radiestesia; os nefitos amargaram com os contnuos insucessos. e. Pndulo de cone virtual (Chaumery-Blizal): Blizal nutria um carinho especial por este instrumento. Este pequeno pndulo de laboratrio dos mais preciosos e, pessoalmente, s nos servimos dele para todos os diagnsticos sobre prancha anatmica." Este instrumento composto de uma tira de madeira arredondada; um lado achatado tem impressas as doze vibraes do "equador Chaumery-Blizal" e as duas extremidades acabam em forma de cone. Um disco de maiores dimenses, calculado em relao, desliza na tira das vibraes-cor, estabelecendo deste modo um cone fictcio, mais curto ou mais longo. Trs regulagens no fio de suspenso lhe permitem detectar ondas vitais (biometria), tambm onda astral, ondas de forma e ondas das cores. possvel a utilizao sem regulagem, mas, uma vez esta feita, consegue-se uma operao mais fcil em qualquer dos nveis utilizados. A calibragem deste pndulo deu origem a tentativas errneas as mais variadas para faz-lo. O mtodo que passo a seguir o que acompanhava o instrumento quando este era produzido e vendido pela Livraria Desforges, de Paris,

Pndulo de cone virtual

56

quando esta detinha os direitos literrios e da comercializao dos produtos Chaumery-Blizal. Coloque o disco em V+, suspenda o pndulo pelo fio, segurando entre o polegar e o indicador com os dedos na vertical virados para baixo, a uns dois centmetros do cone superior; mantenha o pndulo nesta posio sobre a palma da mo livre; esta uma operao bastante delicada, que deve ser feita em absoluta tranqilidade e repetida tantas vezes at a total certeza do resultado obtido. Se o pndulo no girar, deixe escorregar um pouquinho de fio, lentamente; v repetindo esta operao tantas vezes at que o pndulo gire. Assim que obtiver um giro franco para a direita, faa neste ponto de suspenso um n solto. Como j disse, repita esta operao tantas vezes at ter a certeza absoluta da localizao exata do n; agora pode apertar o n. Qualquer ser humano no-portador de doena grave, degenerativa emite naturalmente V+. Bom, voc acabou de fazer o primeiro n, o n de biometria. Vamos agora encontrar o local do segundo n, aquele para ondas de forma. Pegue uma rplica da grande pirmide e alinhe um de seus lados pelo eixo norte-sul. Do pice para fora, a pirmide emite V+, s colocar o pndulo de cone virtual sobre o pice e repetir a operao anterior, segurando o fio acima do primeiro n. Quando o pndulo entrar em giro, faa o n no ponto de suspenso encontrado; repita toda a operao tantas vezes quanto julgar necessrio. O terceiro n destina-se sintonia de ondas cor do espectro visvel. Mais uma vez vamos repetir o mtodo usado nas duas vezes anteriores, colocando o pndulo desta vez sobre uma amostra fsica de verde, por exemplo feltro verde de um quadro de avisos, ou sobre um pedao de cartolina tipo "verde-garrafa". Suspendendo o pndulo pelo n do meio e com o disco no V-inferior, ele entra em ressonncia com as correntes de gua telricas nocivas. O V-superior detecta a nocividade de cavidades ou falhas subterrneas. (Fcil de encontrar, no entanto alguns modelos apresentam o dimetro do disco fora da relao.) f. Detector IV-UV (de Chaumery-Blizal): semelhante ao pndulo de cone virtual, este pndulo detecta o setor radioativo do espectro. Do infravermelho ao ultravioleta (passando pelo branco, verde negativo e preto) permite a deteco de um total de 240 pontos vibratrios. (S e se encontra na Frana, usado e sem manual.)57

Pndulo equatorial unidade

g. Pndulo equatorial-unidade (de Jean de La Foye): baseado na palavra hebraica unidade, este pndulo esfrico com 60 mm de dimetro permite detectar as duas fases do espectro das ondas de forma, magntica e eltrica.

1+8+4=13 No requer nenhum tipo de ajuste para uso imediato. Mais fcil de usar que o pndulo universal. No emissor. (Um membro da Fundao Ark' all na Frana fabrica este modelo com preciso.) Este pndulo s pode ser usado com eficincia por aqueles que dominam a deteco de telurismo e das polaridades (positiva, negativa, alternativa e neutra) com o pndulo comum. um excelente instrumento para dirimir dvidas ou ampliar o leque da pesquisa. Suspendendo o pndulo pelo lado dos furos, detecta-se a fase magntica benfica e do lado oposto fase eltrica prejudicial. O cursor altura do equador permite fazer a seleo da cor a detectar.58

Cor Magntico Eltrico V+ 180 0o Deteco Fronteira entre o magntico e o eltrico, produz um movimento alternado. A corrente V+ benfica. E detectvel volta dos megalitos, das igrejas e capelas antigas. Normalmente presente.

Cor Magntico Eltrico Az 195 15 Deteco Muito benfico, possibilita neutralizar os desequilbrios e determinar os pontos de neutralizao. O V+ e o Az unidos neutralizam ondas telricas eltricas. Um m, uma champanhe colocados sobre um ponto Az reequilibram um local e eliminam o V-. As ligaes terra devem ser feitas nesse ponto. Algumas terras raras emitem o Az. Raramente surge em fase eltrica (3o crculo volta dos menires.)

Cor Magntico Eltrico I 210 30 Deteco Detectvel em magntico em alguns produtos com ao sobre o estado geral. Raramente surge em fase eltrica.

Cor Magntico Eltrico Vi 225 45 Deteco O violeta caracteriza o estado de equilbrio dos produtos sos. Em eltrico entre 45 e 55 indica o equilbrio da sade. O estresse e as doenas diminuem nossa energia, nos remetendo para o V- e o P E.

Cor Magntico Eltrico UV 240 60 Deteco Detectvel em magntico (detectvel sobre certos produtos para plantas). uma das maiores fontes de poluio que perturbam nosso ambiente. Transportada pelas correntes telricas que se carregam nas ligaes terra, nos postes de luz e sob as linhas eltricas de alta tenso. O UV induz ao59

estresse e agressividade. Produtos estocados em reas de UV E se saturam e se alteram, sobretudo produtos energticos; exemplo: a homeopatia. Da mesma forma desaconselhvel guardar raes animais nestas zonas. Cor Magntico Eltrico Br 255 75 Deteco E a onda de Chartres. Detectvel no eixo de todas as igrejas antigas, nos menires e dolmens. Na pesquisa de gua serve como indcio de sua presena e sobre a mesma indica sua qualidade, Um bom exemplo a fonte de Lourdes. O Br E indica uma poluio da corrente de gua pela eletricidade e pode-se confundir com o UV E.

Cor Magntico Eltrico V270 90 Deteco Sobretudo detectvel em fase eltrica. Vibrao ultracurta com grande capacidade de penetrao; por vezes fissuras em concreto demonstram sua presena. Seguramente a mais lesiva de todas do espectro de ondas de forma. Tubos de raios catdicos e alguns aparelhos eletroeletrnicos emitem V-, assim como certos arranjos de formas o fazem. Facilmente detectvel sobre seres vivos portadores de doenas degenerativas. Raramente se manifesta em fase magntica.

Cor Magntico Eltrico P 285 105 Deteco Vibrao muito prxima do V-, relacionada com as foras ocultas, memria das paredes e graves desequilbrios. Quando em fase magntica uma energia de vitalidade e estimulao. Sintonizvel em dois crculos, em fase M volta de menires bem localizados.

Cor Magntico Eltrico IV 300 120 Deteco O IV refora a resistncia aos vrus. O vinagre de ma emite esta vibrao. Sobre algumas linhas telricas se encontra o IV em fase eltrica. Provoca estresse e agressividade.

60

Cor Magntico Eltrico Ver 315 135 Deteco Detectvel sobre produtos antiinfecciosos (beladona, da homeopatia). Tubos de raios catdicos projetam Ver E; tambm pode ocorrer na trajetria de dois aparelhos em ressonncia.

Cor Magntico Eltrico O 330 150 Deteco Presente em certos produtos antiinfecciosos (mercurius, da homeopatia). Difcil de encontrar em fase E.

Cor Magntico Eltrico A 345 165 Deteco Detectvel na forma de espiral sobre antigas igrejas. Vibrao repousante, bebidas vibradas com ela so benficas, quando em fase M. O ponto Az encontra-se com freqncia sobre uma zona maior A. Difcil de encontrar em fase E.

h) Pndulo cromtico Mindtron - criao de Antonio Rodrigues, permite a deteco das doze cores do espectro de ondas. Diferencia-se dos demais pndulos Cromticos por sua simplicidade de execuo, boa distribuio de peso e facilidade de manuseio. Pode ser utilizado em substituio ao pndulo de cone virtual.

Pndulo cromtico Mindtron

61

h) Pndulo cilndrico - criao de Jean de La Foye, indicado para uso geral; duas ranhuras paralelas e eqidistantes do furo central asseguram a despolarizao do material com que foi confeccionado o pndulo. Quando usado em radiestesia cabalstica ou cnica, na deteco das chamadas emisses dinmicas e das ondas do campo vital, este pndulo deve ser completado com uma "camisa" confeccionada em papel branco, presa volta do pndulo por meio de um elstico ou colada; a "camisa" portar a palavra, o smbolo etc. objeto da pesquisa; neste caso o furo do fio de sustentao passante, permitindo assim segurar o pndulo por qualquer um dos dois lados. i) Pndulo de Turenne - delicado instrumento constitudo por duas agulhas magnticas fixadas sobre uma esfera de madeira; a orientao destas agulhas determinar o tipo de onda captada. (S se encontra na Frana, assim mesmo tem alguns modelos no-conformes com o original.) Hoje em dia encontramos varetas radiestsicas confeccionadas em ao, bem flexvel, dobrveis, em fibra de vidro, balanceadas com molas, ou ainda em plstico, para que o esforo do operador seja reduzido a um mnimo, j que a vareta parte de um estado de tenso controlado at que o momento de sintonia do radiestesista a faa pular, motivado por uma contrao muscular do mesmo. Dois movimentos devem ser considerados na manipulao da vareta: para cima (positivo) e para baixo (negativo); a imobilidade significa ausncia de resposta. Existem varetas especiais para detectar a malha geomagntica:

62

Pndulo Universal Louis Turenne (com agulhas imantadas)Agulhas horizontais semelhantes (para pesquisa de ondas horizontais lei dos semelhantes, pesquisas comuns)

Agulhas horizontais invertidas (para a pesquisa de ondas horizontais E. O. e para lei dos simtricos)

Agulhas verticais positivas (pesquisa de ondas verticais positivas)

Agulhas verticais negativas (pesquisa de ondas verticais negativas, sobretudo nocivas)

Pndulo de Turenne Agulhas verticais invertidas (pesquisa de ondas verticais E. O.)

Infra-ondas (encontram sobretudo emitindo de um ponto especial radioativo e em todas as direes divergentes entre S. e O.) Nota: 1. Para pesquisa de gua em terreno, dobrar o comprimento do fio do pndulo agulhas verticais positivas) 2 Em repouso deixar o pndulo na posio agulhas horizontais invertidas 3. Os pndulos Turenne apresentam uma certa fragilidade na manipulao das agulhas, para mudar de posio, girar a arruela que sustenta a agulha.

Ultra-ondas (elas emitem de um ponto especial radioativo entre as direes N. e E.)

63

a) Lobo-antena de Hartmann - foi inventada pelo Dr. Ernst Hartmann e serve exclusivamente para detectar a rede geomagntica por ele descoberta e que leva seu nome. Seu desenho est baseado em uma harmnica desta rede. (S se encontra na Europa.)

Lobo-antena de Hartmann

b) Antena Romani - foi criada pelo fsico Lucien Romani e serve para a deteco da rede geomagntica padro Romani. (S se encontra na Europa.) c) USD (Ultra Sensitive Detector) - detecta as redes de Hartmann e de Curry, ondas nocivas, taxas de vitalidade e ondas de forma. (S se encontra na Europa.) d) Antena de Lecher criada pelo fsico alemo Ernst Lecher. permite anlises biolgicas detalhadas e de emisses do subsolo. Possibilita substituir a vareta tradicional e o lobo-antena Hartmann. (S se encontra na Europa.)

Antena de Lecher

64

Lista de marcaes para rgos e afeces do corpo humano1,85 2,00 2,10 2,50 2,70 2,75 3,20 3,25 3,30 3,35 3,50 3,60 3,70 3,75 3,80 3,90 4,00 4,10 4,15 4,20 4,30 4,40 4,45 4,48 4,50 4,65 4,70 4,90 6,95 7,20 9,10 9,60 Difise Morte fsica Doenas crnicas - sistema linftico - fadiga Taxa vibratria - clulas em boa sade Artrose - varizes Minerais vivos - esqueleto - ossos - deteco de parasitas no corpo Intestino grosso Mucosas - narinas - pulmes Prstata Ovrios Maxilares - sinus - hipfise Olhos - pele - cabelos Orelhas - bao Sistema neurovegetativo e hemoglobina - sistema imunolgico Fgado Matriz - tero Vescula biliar Inflamao do sistema nervoso - dores Sistema nervoso central - inflamaes dolorosas mal de Parkinson (plo + do im em direo da antena) esclerose em placas (plo - do im em em direo da antena) Estmago Clulas cancerosas (plo + para a antena) - pncreas - diabete (plo - para a antena) - metabolismo Corao - coronrias - ventrculos Rins Intestino delgado Duodeno Bexiga Supra-renais Tireide Processo de evoluo da AIDS Lgrimas - linfa Parasitas Artritismo - reumatismo

65

Lista de marcao para geobiologia1,35 1,618 1,80 1,90 2,00 2,50 2,75 3,00 3,33 3,50 4,20 5,00 5,10 5,30 5,50 5,70 6,10 6,60 6,90 7,20 7,30 7,40 7,60 7,80 8,00 8,20 8,60 9,10 9,20 12,00 12,20 12,50 14,00 15,30 guas estagnadas Estruturas em sintonia com o nmero do ouro Prata Cano com vazamento de gua Poluio - fossa sptica - gua poluda Cobre Pedra - mundo animal Urnio Vampirismo - feitio Radioatividade natural Pesquisa de entidades - petrleo - animal Energia trmica - gua Afloramento de cristal lquido - chumbo Mercrio Ferro - tubulao de ferro D o Norte magntico - fenda seca, telrica Pontos cardeais Energia nociva Pequena rede diagonal - rede Curry - cor vermelha Seiva - encanamento de gua Sul magntico Onda do centro de um volume (3 planos) cor verde Grande rede global- cor branca Energia eltrica - energia em movimento - gua corrente riacho subterrneo - cor azulada (eletricidade: cabos, feixes hertziano, radares, TV) Energia da terra - energia telrica Grande rede diagonal - cor laranja Fenda - buracos - cavidade seca - adega - volumes fechados subterrneos - cavidades fechadas - depresso - cores preta e marrom eletrosttica Energia Cisterna de diesel Energia csmica Pequena rede global (Hartmann) Rede cosmo telrica Ouro Centro de troca cosmo-telrica

66

Lista de marcao para bioenergia2,10 2,50 3,75 3,80 4,15 5,70 6,30 6,90 7,20 7,40 7,60 7,80 8,00 8,20 8,60 9,00 9,10 12,00 12,20 13,00 15,30 17,60 Centro vital - eliminao vibratria Eixo trmico - harmonia vital - pesquisa de corpos sutis grande forma Sistema imunolgico Mundo vegetal biolgico - cultivo das plantas Sistema nervoso central Campo magntico (polaridade YIN, energia telrica religada aos rgos profundos) Cor preta Cor vermelha gua vital Cor verde - do centro de um volume Cor branca Campo eltrico (polaridade YANG), religada aos rgos de superfcie - cor azulada - traos de exposio s hiperfreqncias Energia da terra (o canal telrico) Cor laranja Cor preta e marrom Cor rosa - leo essencial Eletricidade esttica residual proveniente de agresses geobiolgicas - campo cromtico humano Energia csmica (o canal csmico) Cor amarela O fenomenal Equilbrio cosmo-telrico Sintonia vibratria global

67

Magnetismo e terapia espiritual1,10 4,40 6,60 7,00 7,50 8,00 9,00 0 sagrado Problema crmico Energia negativa Alquimia - metais alqumicos Acordo espiritual entre dois seres Primeiro chacra - a Me csmica, Maria - a Terra Mundo vegetal superior Energia csmica superior Este - Rafael Oeste - Gabriel Norte - Ariel Vertical - o princpio Uno Stimo chacra Magia branca - energia religadas a Terra - a Virgem Maria - SIS (Virgem Negra) Lua Alquimia Energia interdimensional Equilbrio cosmo-telrico Sol Energia espiritual, energia divina

12,00

13,00 13,90 14,00 14,70 15,30 16,30 17,60

Forma correta de segurar a antena

Antena com fio e colmia para teste de substncias

68

Qualquer condutor metlico no espao funciona como uma antena e, portanto, capta e emite pelo menos uma parte do que capta. No caso da antena Lecher, a posio do cursor determina o comprimento de onda com o qual a antena estabelecer sintonia naquele momento: 1/4 de onda = circuito ressonante paralelo ou aberto. 1/2 onda = circuito ressonante em srie ou em curto-circuito. Com um gerador de gigahertz, emitindo em ondas centimtricas, facilmente comprovvel a leitura sobre a antena Lecher. A lista indica 5,7 cm para o norte magntico: deslize o cursor da antena at esta medida, segure a antena com as palmas das mos viradas para cima e em uma posio que lhe seja confortvel. Concentre-se mentalmente na direo em que se encontra o norte magntico enquanto gira lentamente sobre si mesmo em sentido horrio. Em determinado momento, a antena comear a ficar pesada e inclinar-se- para baixo. Confira com uma bssola se efetivamente voc conseguiu detectar o norte magntico. A forma de utilizar a antena a mesma para qualquer outra questo. V treinando com os ndices da tabela.

Dual rod retrtil

e) Dual rod - consta de duas varetas em forma de "L" que, seguras pela perna menor do "L" e mantidas paralelas e na horizontal,