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Versos desnudos

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Versos desnudos Poesias & Textos

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Copyright 2016 (1ª Edição) Todos os direitos desta edição reservados ao autor.

Impresso no Brasil Printed in Brazil.

Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme decreto n 1.825, de 20/12/1907.

Projeto editorial e diagramação: Antônio Ramos da Silva

Capa:

UQC – comunicação Visual Ltda

Revisão técnica e ortográfica: Jose Alfredo Evangelista

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)

ISBN –

PERMISSÃO DOS AUTORES PARA CITAÇÃO

É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive

quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais

constitui crime (Código Penal, art. 184 e Parágrafos, e Lei nº 6.895, de 17/12/1980)

sujeitando-se à busca e apreensão e indenizações diversas (Lei nº 9.610/98).

EV92v Versos desnudos / Jose Alfredo Evangelista [et al.]. – 1. ed. – [S.l.]:

Bookess, 2016. 130 p.

Obra publicada na coletânea “Platinum”

ISBN: 978-85-448-

1. Poesia brasileira. 2. Literatura brasileira – Miscelânea.

I. Evangelista, Jose Alfredo. Título.

CDD: 869.98

Elaborada por: Andréa Blaskovski CRB 14/999

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Jose Alfredo Evangelista

Versos desnudos Poesias & Textos

1ª Edição

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Apresentação

Não viva no passado, não sonhe com o

futuro, concentre a mente no momento

presente. (Sakyamuni).

Essa obra é uma cortesia da Editora PRIMA

OBRA pelas participações nos projetos:

Premium e Platinum, onde reunir escritores

em uma única obra foi e é possível retratar a

poesia na mais pura essência.

Antônio Ramos da Silva

Editor

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Jose Alfredo Evangelista

Nasceu no dia 25 de Fevereiro de 1946, na cidade de São Roque (SP). Ingressou nas fileiras do Exército Brasileiro e passou para a reserva, após trinta anos de efetivo serviço, tendo fixado residência na cidade de Lorena onde formou sua família. Estudou Teologia na Universidade Salesiana de Lorena e Jornalismo em Mogi das Cruzes. É um dos fundadores da Associação dos Militares Inativos e Pensionistas de Lorena – AMIPEL. Possui o título de Comendador outorgado pelo Poder Executivo de Lorena com a “Comenda Bernardo José de Lorena” por relevantes serviços prestados à comunidade. É Acadêmico na ALLARTE – Academia Lorenense de Letras e Artes, ocupando a cadeira nº 11 e tem como seu Patrono, o Marechal Cândido da Silva Rondon, Patrono das Comunicações. É autor dos livros: “TENENTE CLÁUDIO PEREIRA – Tributo e Memórias”; “CASOS E CAUSOS DA CASERNA – Relatos de um militar inativo”; “DIVAGAÇÕES POÉTICAS - Um olhar aos meandros da vida”, “CONTOS & CRÔNICAS – Uma resenha da vida” e “POEMAS DA ALMA”, todos na suas 1ª Edições. Participou da antologia “Platinum III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XIV, XV, XVI” - (poesias, 2016) - Bookess Editora.

Contato:

[email protected] Página e Blog:

https://www.facebook.com/josealfredoevangelista.evangelista/about www.http:/alfredo-literario.blogspot.com

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DÓ, RÉ, MI do Amor DO sonho à realidade, REvivi na eternidade, MInhas esperanças FAlando com Deus... SOLicitei o amor seu! LAncei-me nos seus braços... SIngrei a nau no céu!

DO seu enlaço REtornei ao regaço.

MItiguei o seu abraço! FAlei-Lhe ao ouvido: “SOL do meu existir”! LA bebo o meu elixir!

SIrvo-me da ceia santa! DOres tive na vida... REminiscências do passado... MIniaturas de pecados... FAtos que já passaram... SOL a sol labutei! LA no horizonte, SInais do amor encontrei!

DO passado ficaram as cinzas; REcalques humanos...

MInha vida agora, FAz sentido, porque

SOLto as azas da imaginação! LAnço-me na salvação

SInto-me acolhido pelo amor! DÓ, RÉ, MI, FA, SOL Notas de amor Na música divinal; Acordes em louvor Da realidade espiritual!

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Ousadia

Ousar é enfrentar o objetivo a conquistar!

Ousar é ser destemido... Na coragem mirar o perigo

com consciência e sabedoria... Buscar as soluções escorado

sempre nas convicções! Ousadia:

Expressa o sentimento de coragem, nas dificuldades...

Não se acovarda nem se esconde! Faz-se presente e ousado!

Ousar na vida, ao sucesso convida!

Arma dos fortes! Espada da coragem! Armadura do astuto! Ousadia de arguto!

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Militar

Cidadão afeito ao cumprimento de missões Aprimora-se nas técnicas de tiro e táticas de Combates...

Está sempre preparado para os embates! O preparo físico é sua sina...

A caserna sua oficina!

Na hierarquia baliza sua altivez... Não conhece o “talvez”

Determinado a comandar e obedecer... Do amanhecer ao alvorecer está sempre alerta

As suas atividades são sempre uma oferta De obstáculos a vencer e a conquistar Como escola de vida, a pátria a amar,

Ele aprende e exercita em tudo cooperar!

Na camaradagem e com espírito de corpo Enaltece sua segunda família

E tem a Bandeira como sua segunda pele E no Hino sua constante oração!

Militar, soldado, chefe ou comandante... É o cidadão por excelência...

Sua ciência é a obediência aos princípios e a honra De envergar seu uniforme e na continência

Externar sua convicção e leniência!

Devoto ao serviço da pátria amada O militar põe seu denodo no respeito

E responsabilidade nas lides armadas; Moldado em preceitos e conceitos É a plenitude do cidadão fardado

Jamais permite ser ultrajado! Seu lema é: BRASIL ACIMA DE TUDO!

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A busca

A vida é uma constante busca. Na itinerância de nossa caminhada,

há uma constante percepção de que estamos buscando algo

que satisfaça o ego do coração... Na rotina diária, uma imperceptível busca;

Nosso ego está sempre desejoso por algo... A vontade se expressa no ter e no ser! Busca por bens materiais e morais...

Busca frenética pelo poder... Busca desejosa pelo ter...

Busca orgulhosa pelo ser... Buscamos como animais sedentos! Buscamos como feras com fome!

Buscamos muitas vezes incapacitados... Buscamos por vezes idolatrados!

Há um tempo de buscas que assolam as esperanças por conquistas...

Há um tempo de cobiças... Há um tempo de paciência... Há um tempo de indolência...

O ser humano é por excelência, um eterno sonhador, que da vida é um lutador!

Busca no amor ou na dor!

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Liderança

Carência atual e sentida na busca de líderes

à comunidade dividida!

Dos estadistas antigos, aos políticos da atualidade,

olhos voltados para umbigos, filosofias de ambiguidades!

Sociedade sem lideranças;

de estruturas obscuras; instituições sem esperanças;

ausência de conjecturas!

Políticas sociais ineficientes e sem recursos adequados,

de um Estado leniente... sem liderança e atrasado!

Lideranças mascaradas...

De interesses conchavos... Com ideologias perpetradas no arrocho ao povo escravo!

A nação carente de líderes, não vê solução emergente; sociedade quais títeres...

Sem comando nem governante!

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Alta tensão

A vida passa num fio de eletricidade na busca da paz ou sem ela no coração...

Indivíduos armados na imoralidade carregam como eletricidade

fluindo num cabo de alta tensão! Espíritos armados e encouraçados, promovem nefastamente a ilusão

em faíscas de maldade na intensão... Corrente alternada de ódio e violência

desprezam a bem querência!

Num fio passa a vida em tensão... Sem paz nem alegria nessa porfia, segue seu caminho de perdição; e não dá lugar e vez à alegria!

Mau humor e rancor ofendem sem temor!

Não há mais confiança na amizade sem fiança!

Relações intempestivas

de orgulho e indiferenças... Sem razão e emotivas,

eletrocutam o amor com desavenças!

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Demônio

Demônios dos umbrais se desarmem e desistam!

Vitórias suas jamais; ainda que persistam,

não se iludam; a luz mais forte

dissipa as trevas e não rege a sorte...

Essa força de suporte emana dos píncaros do céu,

e a todo mal ao léu, sucumbe na força do amor!

Demônios dos umbrais:

derramem sobre os currais toda a ira e potestade...

Pois o limite de sua maldade dobra-se ao poder supremo!

Apresento armas contra ti!

Pois minha armadura tem uma cruz

que não te seduz!

Teu ódio será afogado no sangue do crucificado!

Teu poder destruidor anula-se ante o Salvador!

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Acordes e ritmos do amor

Na suavidade da “valsa” o amor desliza no coração

bailando com emoção!

Olhos fitos nos olhos... Na coreografia ereta

o amor se revela no “tango”!

Acordes com frenesi o amor vibra no “samba”!

Na dança é o bamba!

No balanço da “salsa” amor que requebra... Ao ritmo esquebra!

Amor latino do ”mambo”

calor da paixão que aquece o salão!

No compasso do sensualismo o amor se entrega à “rumba”

aos passos de lirismo!

O amor é ritmo e dança; passos de música

que acalenta... O cupido lança!

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Voo do condor

Nas alturas do silêncio soberbo a observar,

voa o grande pássaro a tudo espreitar!

Domina os ares

com seus olhares!

Na segurança das alturas ele paira na sua bravura!

A nobre ave ensina a paciência de cima;

com tolerância e observação busca seu alimento no chão!

Seu companheiro é o céu;

ela plaina ao léu... Sua paciência é sua ciência!

Nos altos ares, sua eficiência!

Na solidão das nuvens vive o condor nos domínios celestes!

Impoluta ave que emoldura com sua bravura os montes agrestes!

Altos voos em segurança;

ave forte e resoluta; de visão aguçada

na sua sobrevida labuta!

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Proselitismo

O proselitismo político está travado na própria intenção de confundir a opinião pública com palavras que vão à exaustão e recheadas de desculpas... Falam de milhões, doações, boas intenções!

Fulano recebeu recursos para isto e aquilo... Ciclano diz não ter recebido nada...

Na verdade, transparece o caixa dois! Tentam explicar para se defenderem depois!

Discurso que promovem no acinte à compreensão da enganação! Dos milhões às doações, ou no abuso das lavações!

No peso das acusações, as tentativas de oporem-se

aos tentáculos da justiça, como corvos atrás da carniça!

No empurra-empurra ninguém sabe, ninguém viu... Se, sumiu ou se pariu... Foram pra ponte que partiu!

Recursos públicos, repassados... De cofres embaçados...

Ou dos bolsos dos roubados! Dinheiro do povo enganado; emprestado ao corrupto mascarado de honrado...

Milhões em reais ou dólares, são sempre suas cifras;

que infestam as falcatruas, e que ninguém decifra!

Um bando de santos imaculados, e de caráter ilibado! Estão sempre acima da lei...

No proselitismo da imoralidade, estão sempre com a razão;

não toleram a delação, se o dim-dim caem-lhes às mãos!

Na base do quanto pior melhor, a confusão lhes é oportuna; nos entraves da lei se encobrem, enchendo os bolsos com a fortuna!

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Amor vespertino

Vésper aparece no céu estrelado anunciando o anoitecer. A luz do sol se esconde num lindo poente... A lua como grua

Vai caminhando na abóboda prateada ao som dos grilos, Banhando o mundo dos vivos em romanesca lua!

A sinfonia orquestrada da passarada agita os galhos das arvores.

A fresca brisa sopra discreta regendo o bailar das folhas. Noite bela como uma dama de negro sob o brilho das estrelas,

Rompendo o silencio bucólico, um momento de reflexão.

A noite chega; E com ela pinceladas de arte romântica; Lembranças de doces amores selados em beijos frenesis;

Na sua escuridão, fagulhas e centelhas explodem com torpor, em cenas de profunda paixão e amor!

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Carta de alforria

Na plenitude da existência, somos seres libertos. Caminhamos pelos caminhos do livre arbítrio...

À luz viemos e nela permanecemos libertos! Recebemos do Criador, “Carta de Alforria”,

Para na liberdade, sermos donos das atitudes!

Na liberdade de ser, alforria para viver... Livre consciência como atributo arbítrio!

Fora-nos outorgada uma carta:

“Ide, dominai toda a Terra”! Senhores da vida a viver e dominar...

As contas um dia, teremos que prestar! Alforria que nos compromete,

como filhos pródigos, a consolidar alforria concedida como premio para amar!

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Avesso

Estar no “osseva”, é contra mão da vida;

Repudiar a verdade; Se imiscuir na mentira...

Abolir o amor E nutrir o ódio...

Não permitir a paz É produzir a guerra...

Estar no “osseva” É contrariar a razão É ser insensato... Da honra ao desatino; Da moral ao libertino...

“AVESSO”: um ser travesso... Sem fim nem começo! Da vida um tropeço...

Sem nexo... Da virtude, um anexo!

“OSSEVA” ou “AVESSO” Do real, o contrário; Da verdade a mentira; Do caminho a contra mão; Da luz a escuridão!

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Bom dia Deus Vejo o lindo dia de sol alto e céu azul Numa manha radiante de felicidade Como faço com as pessoas: “Bom dia Deus”! Num cumprimento exultante pela Sua bondade... Agradeço a tanta beleza que a natureza Oferece a cada raiar das manhas!

“Bom dia Deus”!... Sejas bem-vindo na sua onipresença! Sejas exaltado na sua onipotência! Meu ser exulta nas suas maravilhas! Minha alma Te engrandece; Minha vida a Ti enobrece!

“Bom dia Deus”!... Ficai conosco eternamente! Agasalha-nos de misericórdia! Dia a dia, do nascer ao por do sol, quero estar na graça plenamente!

“Bom dia Deus”!... Quero desejar-Te... Pois sou um filho teu... Devo-lhe educação e amor neste dia lindo que me dás!

Sinto fazer parte de tão belo quadro: O esplendor do céu azul! O fulgor do astro rei! A sinfonia da passarada em festa! As caricias da fresca brisa matinal! E eu aqui, no lugar que me pusestes... No palanque da existência, como a receber de Ti tanta opulência!

Meu coração Te exalta, nesta linda manha... Meu espirito exulta de tanta felicidade... Sim, Senhor!... Obrigado pelo presente! Não tenho nada para te oferecer... Apenas e de coração, digo-Te: “BOM DIA DEUS”!

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Consciência e vontade

Numa luta sem clemencia Entre a vontade e consciência!

Muito se faz no limite da decência

No limiar da inteligência!

A consciência acusa e A vontade recusa!

Entre o bem e o mal, eis a consequência: Somos controlados pela consciência... E escravizados pela vontade! Nos limites da consciência, o equilíbrio... Além da vontade, o desequilíbrio... Da racionalidade somos dependentes; Razão e vontade são os entes! Da consciência somos prementes...

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Coração guerreiro Bate inflamado no peito Um coração desejoso De ardor insuspeito Com amor majestoso! Seu pulsar e o caminhar Pelos combates da vida. Os desafios a enfrentar Ao bom combate convida!

Coração guerreiro e intrépido Avança destemido e corajoso

Qual leão em corrida lépida A Buscar sua preza desejoso!

Coração que ausculta... Que bate forte e ama...

Faz no peito sua guerra O amor proclama!

Coração de leão Tem aquele que É um pouco “Ricardo” Vencendo o combate Plenifica-se felizardo Coração forte e robusto Persegue seu premio augusto No crepitar desejoso Conquista amor ardoroso!

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Cortinas

Vida escondida e subtraída Nunca autêntica e excêntrica

Máscara atrás de uma cortina.

Existência retraída na janela da vida Como cortina que jamais se abre...

Não mostra a realidade que consagre!

Na fogueira das paixões, Cortinas de fumaça

A esconder os corações!

Cortinas de ferro robotizado! Cérebros cortinados!

Mentes e pensamentos atrofiados!

Vidas mascaradas... Emoções descortinadas... Cortinas que escondem

O hoje do ontem!

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Designer da vida

Criando cada qual seu modus vivendi modelando como designer, a vida... Todos somos artistas da existência

a pintar cada qual o seu quadro: Uns alegremente coloridos...

Outros nem tanto... Concebemos nossos modelos viventes...

a cada um conveniente... Dia a dia, concepções diferentes...

O designer da vida tem suas preferências: Com praticidades e facilidades,

Busca sempre a felicidade! Como obra de arte nas pinceladas

Produzem obras acabadas... A vida é um design de amor;

De variados padrões Modelos são criados!

Cada designer com os seus... Mas segundo os desígnios de Deus!

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Cada coisa no seu lugar

Na mistura das ideias, há confusão. No devido tempo cada coisa no seu lugar. A razão pede a cada coisa a sua noção!

Na profusão dos conceitos,

A coordenação de preceitos. Na busca do entendimento,

A inteligência e o discernimento.

Dar-se tempo ao tempo... Cada passo conforme a perna...

E a dinâmica do viver Parâmetro do entender.

Há tempo para pensar...

Ha tempo para agir... A paciência e a tolerância São as virtudes a convir.

No raciocínio da vida, um mais um são dois!

Na matemática da existência Cada coisa no seu lugar!

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CAIXA PRETA – Uma nave chamada Brasil

Depois de voar em altas esferas A nave petista começa a cair... Sem piloto nem comandante

A queda será estridente! Demandará pesquisas

Na sua caixa preta! O desastre aponta muita mutreta...

Voando em céu de brigadeiro A nave conduzia nefasto picadeiro!

De combustível adulterado Não venceu as turbulências

E a queda vai ser estrondosa; A caixa preta vai ser desnudada!

Os misteriosos motivos Virão à tona a explicar

As causas da derrocada Numa aterrissagem desvairada!

Outra nave chamada Brasil

Vai alçar voo num céu varonil! Que sua caixa preta

Não tenha mais mutreta! Que voe em céu de brigadeiro!

Que não conduza nenhum picadeiro! Que tenha comandante E novos passageiros!

A nação mergulhou nas vergonhas Dos discursos enfadonhos... Acalentou por muito tempo

Segredos despóticos De um império neurótico

Balizado por espúria ideologia! Em queda vertiginosa

Espatifou-se clamorosa!

A caixa preta transformou-se Na urna funerária a encerrar Toda a sujeira a sete palmos Abaixo da “Terra Brasilis”!

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Vida sem tempo

Neste presente que não mente na realidade do hoje e do agora...

Sem passado nem futuro vivo, neste tempo que me esquivo... O chão parou sob meus pés! Meu caminho não segue... Um mundo sem movimento na inércia que me persegue!

Rotina é o nome de minha vida Parei numa estação sem trem

E sem expectativa Não sei o que me convém!

O tempo não passa! Não há horas, minutos, nem segundos...

É como janela fechada... Não há vislumbre da fachada...

A vida está parada!

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Virgindade

Dom de preservar, Para o mal evitar.

Virgindade sexual, Intocável moral!

Virgem por opção... Vida de razão. Na luz da sabedoria, Leveza de coração!

Virgindade e castidade... Virgem intocado! Casto na hombridade, Equilíbrio honrado!

Virgem na honra, Casto no comportamento, Longe da desonra, Íntegro no pensamento!

Vida virgem e casta. Atributos de moral. Que jamais se afasta, De uma vida integral!

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Uma silhueta de mulher No âmago das divagações, Um casebre, ao longe, solta Branca fumaça na leve brisa Emoldurando a verde colina No doce silêncio da neblina... O aroma do saboroso café Estimula a alegria de um encontro Sob a cumeeira de sapé!

O galope acelera na relva Quebrando o silêncio bucólico... À distância uma silhueta de mulher! O coração bate mais forte Na espera do beijo apaixonado... No retorno tão esperado... O abraço mais que apertado, De amor selado!

Tu és

Se tu foste minha bússola, Eu iria em tua direção.

Se tu foste minha vertente, Beberia da tua água.

Se tu foste minha sombra, Deleitava-me no seu regaço.

Tu és a essência do meu ser... Do meu inteiro é a metade!

De uma grande mulher, Tu és minha esposa e companheira!

No trono de minha vida tu és a rainha! No doce néctar tu és minha flor!

Na maior das paixões, Tu és meu grande amor!

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Trovas ricas e pobres

No barato sai caro, O pobre se engana; Do bolso do otário, Lá se vai a grana!

O rico fecha as portas, Pra não ter problemas. Não abre as comportas,

E não quer dilemas!

Dinheiro de pobre é um ”REAR”! Se não tem pendura...

Pra no mês seguinte pagar, E começar nova aventura!

O rico não passa a régua Na sua conta bancária. Ele sempre lava a égua E manda pras Canárias!

Casa de pobre é barraco. Ele não mora, esconde!

No seu balacobaco, Não vê o horizonte.

Rico vai ao teatro.

Pobre vai ao boteco. Rico é de fino trato,

Pobre bebe no caneco.

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Torre de Babel

Uma torre de papel? Não!... Uma como Babel!

Nela muitas línguas, Incontáveis culturas,

Complexas estruturas, Demarcadas fronteiras,

Umas ordeiras, Outras conflitivas!

Em guerras permissivas, Na torre, a convivência,

Pela sobrevivência! Em nações unidas, Na paz, reunidas, E nas diferenças,

Buscam nas crenças, Políticas pacíficas,

Em posições honoríficas, Da não agressão!

Com discurso de dissuasão, A bomba na hora H,

Fica pronta a detonar Na Torre de Babel!

O poder é como mel! Que domina pelo fel! Não se entendem...

Nem se compreendem!

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Teoria de gênero

No gênero de dois Cada um é um, pois! Indivíduos definidos; Sujeitos construídos

De personalidade nascida Pelo homem, não inventada, Mas na alma, engendrada!

Na teoria do armário De gênero enrustido,

Ele ou ela confuso Na personalidade do imaginário... Despudoradamente conduzido,

Sem da vontade, saber, Se, quero, ou não ser!

Na teoria sem prática,

A cultura imposta no preconceito nojento, Qual lixo peçonhento

Na víbora social de veneno literário Na biblioteca de armário...

Literatura infantil Do Ministério vil...

No estímulo homossexual, Adoece a mentalidade Na precocidade infantil, Impondo-lhe decisão vil!

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Tempero de vida

A vida é como um prato de comida; Sem tempero não tem gosto!

É impossível digeri-la... Seu paladar fica insosso!

Vida sem eira nem beira... Sem bússola nem norte...

À beira da ribanceira, Sempre convida a morte!

Com o tempero do amor,

No gosto da alegria, Buscando a paz como sabor,

A vida anuncia!

Com o jeito da humildade, Uma pitada de tolerância, Caminhando na caridade, O tempero dá a fragrância!

Vida com temperança,

Tem o sabor do sucesso! Tempero de esperança... Sucesso sempre alcança!

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Tenho vergonha

Tenho vergonha de Deus, porque desrespeitamos o paraíso como ateus...

Tenho vergonha de Deus, porque cultivamos tanto ódio

e somos indignos filhos seus... Tenho vergonha de Deus,

porque nos manda chuvas de bênçãos e atiramos pedras no seu amor...

Tenho vergonha de Deus, porque nos trata como amigos

e nos conduzimos como seus inimigos... Tenho vergonha de Deus que sempre nos deu vida quando muitos a tiram...

Tenho vergonha de Deus, porque abre portas e as fechamos

em caminhos de linhas tortas... Tenho vergonha de Deus pelo Seu infinito amor,

mas o mundo grassa no terror... Tenho vergonha de Deus,

porque Ele é família na Trindade enquanto a família humana,

caminha por vias desumanas... Tenho vergonha de Deus

que enviou Seu Filho Unigênito como Salvador da humanidade decaída,

quando preferimos o pecado como recaída... Tenho vergonha de Deus, que habita dentro de mim;

Mas escondo-me no meu fim! Tenho vergonha de Deus,

mas, sei que posso ser o Filho Pródigo... Ele vai estar à minha espera!

A minha fraqueza ELE supera!

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Vida on-line Ao acordar acessei a Internet. Abriu-se a área de trabalho e comecei mais um dia de minha existência. Havia deletado na noite anterior, todas as informações salvas, mas sem interesse e que apenas estariam sobrecarregando a minha memória RAM. Aberta a nova janela, cliquei o acesso à Internet e mergulhei navegando pelo mundo virtual. Na navegação, aportei em vários portos os quais me forneciam diferentes visualizações... Algumas de interesse, outras nem tanto... mas o NAVEGADOR não para e leva-me à infinitas viagens. Mas as mais interessantes são aquelas que, aproximam-me de meus filhos, todos longe e até em outro país. Pelo SKYPE sinto-me como se estivesse pessoalmente conversando com eles... mas, fecho o programa e vou para o correio eletrônico dos meus E-MAILS. Ali, tomo conhecimento das correspondências de uma grande parcela de amigos e conhecidos que se comunicam comigo, matando saudades e trocando figurinhas! Algumas vezes, minhas curiosidades e necessidades de pesquisar as coisas, levam-me ao GOOGLE onde posso me orientar e captar recursos literários para a edição dos meus livros bem como a aquisição de outros conhecimentos. A fotografia na minha opinião, é um grande patrimônio cultural que as mantenho nos arquivos das “minhas imagens”... Muitas das quais compartilho com amigos e familiares, utilizando os recursos do FACEBOOK que, além disso, nos proporciona interagir com uma gama muito grande de pessoas conhecidas e postar comentários sobre diversos assuntos. A vida ON-LINE não está restrita apenas à navegação pela INTERNET... Sou compelido por vezes, DIGITAR meus textos jornalísticos, poesias, crônicas e livros, usando a FERRAMENTA para isso destinada: O MICROSOFT WORD permite-me a criação digitada e salva em “MEUS DOCUMENTOS” que permanecem no arquivo à minha disposição. No TECLADO que é o mesmo das antigas e obsoletas máquinas de datilografia, posso digitar para a INTERNET com a transmissão imediata e ou mandar para as PASTAS de arquivos específicos. Assim como na vida real onde precisamos tomar cuidados e precauções com os perigos que atentam contra a nossa integridade física, também na ON-LINE somos obrigados a nos proteger contra os inimigos do COMPUTADOR que são os VÍRUS. São dispositivos que contaminam a saúde do COMPUTADOR levando perigos até de destruição do DISCO RÍGIDO onde ficam armazenados os programas necessários ao seu pleno funcionamento. Por fim, passa pelas mãos da vida real uma ferramenta que permite a inclusão digital com movimentos imperceptíveis de manuseio... É o MAUSER, o ratinho navegador, sem o qual jamais mergulhamos da vida real para dentro da vida ON-LINE!

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Tempo sem tempo Nestes dias de hoje, caminhamos numa estrada com muitas encruzilhadas. A cada momento, nos deparamos com estranhas bifurcações que não indicam destinos! O tempo urge e rouba-nos o tempo de pensarmos com calma quais serão os próximos passos? O torvelinho da vida urbana limita nossa rotina, agora, mais reclusa entre nossos lares e o trabalho. Já quase não temos mais tempo para observar a natureza... Sentir o perfume das flores... Ouvir a sinfonia dos pássaros... A brisa fresca do campo... A corredeira dos riachos... A caminhada na mata... Talvez até, ouvir o silêncio! Nem quase percebemos a beleza singela das crianças, nos convidando à pureza de seu comportamento imaculado e inocente! Não temos tempo para sentarmos nas tardes fagueiras e batermos um papo, na calçada da vida, porque a rua se transformou em pista de corrida do trânsito desvairado! O relógio, para muitos, é o mecanismo de subtração do tempo e até o nosso sonho, interrompe! Há tempo para dormir, acordar, comer, sair, trabalhar, pagar as contas, honrar com os compromissos, tomar banho, assistir a novela na televisão. Onde foi parar o tempo para meditarmos, orarmos, falarmos com Deus? Ouvir uma boa música, conversarmos a quatro paredes com entes queridos? Lermos um livro, assoviarmos uma canção, brincarmos com nosso cão, nosso neto, nossa esposa, nosso amigo? O tempo está sem tempo para dar tempo ao tempo? Ou será que fabricamos um tempo conveniente aos nossos interesses? Somos donos do tempo? Será que estamos no nosso tempo para perder tempo e não aproveitarmos o tempo? O nosso tempo, se esvai na unidade que o próprio homem criou no lapso do segundo... Na rapidez do minuto e na inevitável passar das horas! E assim, num piscar de olhos, lá se foram os meses e os anos, que sem tempo, consumiram nosso tempo... Nessa falta do tempo, sobrou-nos uma esperança... Sem a inclemência do relógio, o lapso dos segundos, a imposição dos minutos, a fatalidade dos meses e a impaciência dos anos, dispomos de um tesouro que não está limitado à falta de tempo... “TEMOS A ETERNIDADE DA ALMA”... Somos livres para vivermos, sem a chatice do relógio, a implacável marcação do calendário e as rotinas temporais de cada dia, cada noite, cada almoço, cada jantar, cada banho, cada fim de mês, cada inverno e a cada verão... Tempo que não dá tempo para termos um tempo, SÓ NOSSO! Exclusividade que só a eternidade vai dar-nos com plena liberdade! Sim, liberdade que ganhamos quando escapamos da prisão do tempo da vida...

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Despertar

Despertar é acordar dentro de um sonho. Abrindo os olhos vendo um paraíso

onde tudo é dourado e brilhante. É sentir-se num jardim esfuziante!

Despertar é transpor os limites

do possível ao impossível. Atravessar a luz da verdade

na busca da eternidade!

Despertar é crer em pleno êxtase do ser!

É abraçar a Deus como filhos seus!

Despertar é acordar onde tudo é novo,

translúcido e sereno. Da glória o enredo!

Despertar é sair das trevas;

vencer as névoas; ganhar as luzes;

passar pelas cruzes!

Despertar é sonhar a realidade

da eternidade!

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Êxtase Um raio de luz Atinge o coração; O amor que reluz, É sedução...

Luz que aquece; Do amor emana; O ódio emudece; Um beijo clama!

Um raio do olhar, Um romance a sonhar. Um silêncio eclode; A paixão explode!

Estremece a sensação! Vibra a alma em sofreguidão! No beijo da paixão O êxtase atinge a sedução!

Luz de um olhar... Calor de um abraço... Vozes a calar... Corpos no regaço...

Paixão que extasia... Bocas ardentes... Do amor a franquia, Nos beijos calientes!

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Um lugar ao sol O sol nasce para todos. Com calor e luz a todos abraça. Da aurora ao vésper, a humanidade congraça.

Insigne sinal amoroso do Criador, Nos deu sua igualdade e semelhança!

Na vida deu também oportunidades, que, conquistamos com esperança!

Mas no âmbito humano, em competição desumana, um lugar ao sol preconceito emana!

Grita e clama o pequeno por sua oportunidade!

Toma do forte o veneno e sofre com a improbidade!

Na sociedade competitiva, um lugar ao sol, é oportunidade impositiva da lei restritiva!

À sombra da competição esconde lugar ao sol...

Na penumbra da oportunidade, o mais fraco enfrenta adversidades!

Um lugar ao sol , é princípio de cidadania... Oportunidade é oferta à uma vida de harmonia!

Um lugar ao sol sem preconceitos,

nem preceitos... De oportunidades

sem veleidades! Ao cidadão filho da pátria, o direito de trabalhar com dignidade e honestidade!

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Vozes

Vida de muitas vozes soa aos meus ouvidos... Entre mentiras e verdades tentam persuadirem-me!

Vozes afinadas com a minha realidade! Outras nem tanto, mas em desarmonia, dissuadem-me!

Vozes que ora atraem-me e ora repelem-me... Busco conhecer suas origens qual ovelha desgarrada!

Quando as conheço sinto-me seguro no redil... Vozes suaves de um pastor de vida consagrada,

Quando me chama, percebo o seu perfil! A quais vozes, na realidade, ouvimos?

A quais vozes somos atraídos? A quais vozes reconhecemos?

A quais vozes somos persuadidos? Vozes da mídia que nos impõem comportamentos... Vozes das ideologias que modelam nossas ideias...

Vozes do consumismo que atraem para o “ter”... Vozes da prepotência que nos levam para o “ser”...

Vozes, enfim, que amordaçam ao sofrimento! Vozes que clamam no deserto; Vozes que gritam no silêncio;

Vozes em caminhos perversos, Vozes de sons diversos!

Na persuasão, voz que convence! No grito clamante, voz que chora!

No caminho do bem, voz que constrói! Nas ruínas do mal, voz que destrói!

Pelos caminhos da vida, Vozes afinadas e melódicas...

Vozes com ruídos e atrevidas... Somos sempre atraídos... Reconhecê-las é preciso!

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Estrada de Emaús

Os caminhos da vida São como estrada de Emaús!

Andamos lado a lado, Mas de olhos vendados!

Na indiferença, não reconhecemos

A graça que passa! O amor que não queremos...

A luz que transpassa!

De coração duro não vemos a partilha... No orgulho não caminhamos ombro a ombro.

Seguimos como lobos em matilha, Por estradas em assombros!

Na caminhada de Emaús, Sementes são plantadas;

Sem máscaras vemos Jesus! Como andarilhos, seguimos suas pegadas!

Abramos os olhos nas caminhadas.

Junto de nós Ele parte o pão, E nos conduz por suas estradas!

Na partilha Ele alimenta o coração!

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“Não foste capaz”?...

Quantas vezes eu necessitei... E não foste capaz de orar comigo?

Preferiste na tua fraqueza, Ressonar ao invés de orar!

Quantas vezes a oração te fugiu... Dando lugar às tribulações?

Deixando a paz escapar? E não te puseste a orar?

Quantas vezes o teu coração Se encheu de incertezas...

Com dúvidas e dores atrozes Estiveste cercado por algozes

E desprezaste o poder da oração?

Enquanto eu orava tu dormias... Nas minhas dores

Não compreendia e nada sabias... Mas foi por ti que orei E clamei a meu Pai:

“Se possível afastasse de mim Aquele terrível cálice”

Que tomei por amor a ti!

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Ainda bem que faço poesias!

Na secura da vida há trovoadas E tempestades que assolam a nossa paz...

Ainda bem que faço poesias! Há desamor, ódio e intrigas... Ainda bem que faço poesias!

Há dúvidas e incertezas... Ainda bem que faço poesias!

Busco equilíbrio na corda bamba...

Ainda bem que faço poesias! Tenho nadado contra a maré... Ainda bem que faço poesias!

Tento apagar o fogo com gotas de água... Ainda bem que faço poesias!

Quantas vezes vi o túnel sem luz... Ainda bem que faço poesias!

Na caminhada me deparo com encruzilhadas...

Ainda bem que faço poesias! Tenho a bússola nas mãos, mas não a direção...

Ainda bem que faço poesias! Tem dia que parece o inferno... Ainda bem que faço poesias! A paz tão almejada me foge... Ainda bem que faço poesias!

Quando elas aparecem e batem nas portas Do coração, a alma sente a vibração

De uma nova renovação No impulso do teclado

Dou vasão à minha imaginação... “Ainda bem que faço poesias”!

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Devaneios

Para além da imaginação, Numa fronteira intransponível Só permitido ao pensamento,

Transpassam limites da divagação.

Corrida frenética e sem freios, Invadem territórios imaginários...

Em aventuras de devaneios, Buscam indefinidos corolários.

Entre a realidade e fantasia, Linha tênue de um sonho,

Num alimento que extasia e Na divagação se esvazia!

Pensamentos errantes

Divagam-se em utopias! Em sensações alienantes, Passam como ventanias...

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Lágrimas

Gotas de lágrimas tanto caem até que furam as tristezas;

desiludem certezas; jorram como torrentes

de desesperanças!

Águas da emoção que rolam pela face;

regam o solo do amor: nova esperança que abrace!

Gotas como pérolas

translúcidas e brilhantes brotam de rios da alma;

entristecem os semblantes!

Riachos correntes de águas límpidas; lágrimas candentes de olhos ardentes...

Pingos de lágrimas emoções vertem;

respingam paixões. Lembranças aos bordões!

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Trabalho: Excelência da vida

Digno é aquele que trabalha Seu suor é a seiva das conquistas Com esforço e denodo agasalha Honra e amizades bem quistas

O trabalho edifica a cidadania

Capacita para o progresso Solidifica a Pátria sua soberania!

Trabalhar é exercitar a honestidade

Para construir e edificar a família Cooperar com a sociedade E manter a nação na trilha.

Trabalho é o atalho

Para a honra e honestidade Neste “Dia do Trabalho”

Ao trabalhador muita prosperidade!

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Grandeza de um gesto

Não se mede a grandeza; na pequenez de um gesto se encerra sua singeleza...

Seu valor é modesto!

A grandeza é humilde! Tem o tamanho pequeno de um coração sereno.

Gesto altruísta de amor total.

Sempre conquista íntegra moral.

É na grandeza

que se revela o bem! Por excelência,

é a bem-querência.

É nobre a “grandeza” de muita beleza.

Da moral é a nobreza!

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Efemeridade

Como uma fagulha que rabisca o céu, assim passa ao léu o amor efêmero... Do gostar, apenas

paixão de mecenas!

De patrocínio interesseiro... Amor passageiro...

Paixão efêmera: Sentimento do gostar

esvaziado para o “amar”!

Amor eletrônico expresso por um toque à distância e on-line!

Amor de contrato;

no abstrato, ele engana no tempo

que se esvai... Do “gostar”, ele

se inflama na paixão de cama!

Uma certa dimensão

Entre “amar” e “gostar”: Amar é eterno!

Gostar é efêmero! Amar é doação!

Gostar é enganação!

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Chuva de verão

Chove a cântaros! As gotas batem na vidraça

e as lembranças estilhaçam...

A chuva melódica ecoa na memória, tênue dança de ritmo molhado e dos passos céleres no salão

numa valsa de verão!

Chove a cântaros! Lá fora não demora a visão distorcida

de paixão esquecida...

Pingos de tristeza Molham minha avareza!

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Adeus doce vida!

O que está acontecendo? Com o gênero humano

que não serve para viver... Seu caminho está padecendo

subvertendo seu ser!

Perdeu o rumo da paz; vive sobressaltado,

nas suas ações é fugaz, seus passos são apressados!

Seu bom humor está perdendo; sua face mascarada e sombria

ao ódio vai cedendo apagando sua alegria.

Não serve para viver!

Mas serve para morrer! Edifica sua vida

no caminho do padecer!

Adeus vida de dons! Vida não vivida!

Sonhos de bombons. Adeus doce vida!

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Água de amor Água pura, transparente e cristalina... Água, que, lava, cura e renova. Água amiga que a sede sacia. Água indispensável à vida. Água que ao frescor convida. Água no preparo dos alimentos. Água que inunda na chuvarada. Água no fabrico das bebidas. Água, que nos navios, trepida! Água santa do Batismo! Água que não falta ao turismo...

Água que corre no ribeirão e que agasalha os peixes! Água que equilibra o meio ambiente e dá sustento aos pescadores! Líquido divino aos pecadores que sacia os sedentos e cai dos céus e dos ventos! Água que viceja as plantas e renova os pássaros da floresta. A energia das feras suplanta!

Água, que, do lado jorrou, das chagas do Salvador! Água do Jordão que o Batizou! Do Criador ELA foi dada como produto de amor!

Água que mata a sede de justiça. Água que renova as esperanças. Água que faz brotar as sementes. E que dá à vida, temperanças.

Bendito dom que gera a vida! Bendita seiva divina! Tua bondade é cristalina!

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Andarilho

O andarilho da vida segue sem destino e sem direção ela vagueia pelos atalhos.

Errante ele faz da vida um desatino. Seu caminho segue em frangalhos.

Objetivos perdidos ao longo da caminhada ele não acha o destino da sua estrada!

Por meandros estranhos e desconhecidos, o andarilho da vida anda desprotegido!

Desorientado pisa em chão pedregoso.

Envereda-se por terrenos minados. Faz de sua vida um combate horroroso!

A cada lanço, um movimento eivado!

Sem objetivos nem esperanças, o andarilho da vida busca andanças!

Por entre as mentiras do mundo, não vê luzes no túnel fundo!

Caminha ao lado da verdade,

mas não a enxerga! Anda ombro a ombro com o amor,

mas não o sente! A felicidade ele deixa passar como leve brisa a o acariciar!

O andarilho da vida não consente, da vida, a alegria e a paz!

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As cidades da minha vida

Em São Roque vim à luz. Vida lúdica na infância de Sorocaba. Em Itu a experiência da vida militar. Família e profissional em Lorena.

Seis cidades e um emblema, numa vida sempre dedicada, nas trilhas do meu caminhar!

São Roque da minha infância. de meus avós a lembrança. Herança da gente italiana,

do vinho e da charrete, minha vida numa maquete!

Sorocaba de minha juventude! Da escola onde aprendi a ler e escrever! Com os colegas na alegria em plenitude!

No futebol e matinês de domingo, tínhamos nosso lazer.

O tempo passou implacável! O dever do serviço militar nos chamou.

Para trás a infância ficou! Em Itu, o Regimento Deodoro de marca indelével,

um novo Soldado adotou!

Na carreira militar ingressei. Nesta Lorena que por aqui fiquei.

Com minha família e meu trabalho, finquei minha bandeira,

por entre veredas e atalhos!

Nova experiência experimentei! Na fria Mogi das Cruzes,

o Tiro de Guerra enfrentei! Na faculdade ingressei. Foram seis anos felizes!

Finalmente no Comando de Aviação, na grande e pujante Taubaté,

encerrei minha vida ativa. Passei para a reserva,

com a missão cumprida!

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Bodas de rubi

Como uma pedra preciosa, incrustada no nosso amor, celebramos esta graciosa

Bodas de Rubi com louvor!

Quarenta e cinco anos de uma feliz convivência! De uma árvore são ramos

plenos de graças e bem querência!

Família preciosa e dadivosa sob as bênçãos do Criador! Com uma esposa amorosa

e filhos queridos de muito amor!

Somos uma pequena igreja, plena de muita fé e esperança, que vive sob a graça benfazeja,

e nas promessas da divina aliança!

Kellen, Dani e Marcos: frutos e presentes do Criador!

Rosely e Alfredo, somos marcos de uma aliança de amor!

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Borboleta de amor

De flor em flor tal qual borboleta o amor é colorido e voraz.

Ele pousa sem pedir licença e sempre leva à crença

a certeza do amar.

Ele não escolhe onde pousar. Sua volúpia é envolvente.

Seu desejo é ardente. Seu pouso é lépido de ação intrépida.

O amor é cupido.

Por vezes dolorido. É flechada que traspassa.

Toque que devassa. É borboleta de flor em flor.

É sensação de torpor.

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Ainda bem que faço poesias!

Na secura da vida há trovoadas e tempestades que assolam a nossa paz.

Ainda bem que faço poesias! Há desamor, ódio e intrigas. Ainda bem que faço poesias!

Há dúvidas e incertezas. Ainda bem que faço poesias!

Busco equilíbrio na corda bamba.

Ainda bem que faço poesias! Tenho nadado contra a maré. Ainda bem que faço poesias!

Tento apagar o fogo com gotas de água. Ainda bem que faço poesias!

Quantas vezes vi o túnel sem luz. Ainda bem que faço poesias!

Na caminhada me deparo com encruzilhadas.

Ainda bem que faço poesias! Tenho a bússola nas mãos, mas não a direção.

Ainda bem que faço poesias! Tem dia que parece o inferno. Ainda bem que faço poesias! A paz tão almejada me foge. Ainda bem que faço poesias!

Quando elas aparecem e batem nas portas do coração,

a alma sente a vibração de uma nova renovação. No impulso do teclado dou vasão à minha imaginação.

“AINDA BEM QUE FAÇO POESIAS”!

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Sabe quem sou? Queres conhecer o meu eu? Dissecar quem sou? Escancarar o meu íntimo? Desnudar o meu espírito? Transmutar minha alma?

Então me dê tua amizade Compartilhes comigo O meu viver Seja o meu ser Venha me ver

Tete à tete e Olho no olho No mesmo suspiro No mesmo compasso Vamos dançar até O dia raiar na Manhã fresca e ditosa De uma vida majestosa

Queres me conhecer? Sinta o meu beijo... Sinta meu aconchego... Entre no meu abraço, e num lanço eu te laço, muito feliz te faço!

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Amigo silêncio

Oh silêncio amigo! Em ti me recolho! Me sinto seguro!

Longe do ruído obscuro reciclo meus pensamentos que passam como ventos

de tempestade ruidosa! Tu me banhas com tua

brisa leve e sedosa! Tuas carícias me consolam!

Aninho-me no teu colo! Acalma-me o teu solo

de mansa valsa a me embalar a alma!

Oh meu amigo silêncio! Dócil parceiro nas horas amargas; Tu ordenas na minha alma a desordem das cargas e o meu desalento acalmas! Oh meu amigo silêncio! És bálsamo benfazejo! Sensação de liberdade! De paz que almejo! Repouso em ti silêncio bendito! Retempero minhas energias e em teu regaço medito; Meu coração em ti silencia!

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Tormentas diárias Cibila alto a sirene da polícia; A veloz ambulância clama; Buzinas no trânsito atormentam; As batidas intermitentes britam; As motos roncam desvairadas; Turbinas troam sobre todos; Veículos pesados pedem passagem...

O dia a dia é uma tirania. O silêncio agoniza. O ruído segue sua sina! À noite é uma criança E todos gatos são pardos! Passos sem confiança; Destinos que são tardos...

Gritos e disparos, ao longe se deparam com o perigo do Atrevido inimigo! Entrincheirado nessa guerra dos combates urbanos, páira o medo da morte, de uma vida sem norte!

A paz tenta desfraldar sua bandeira branca: Em clemência bradar! O amor implantar!

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Cai o fruto O fruto que não caiu da árvore do pecado porque ainda estava impróprio e verde, do orgulho e da desobediência não era amado. O fruto que caiu em terreno pedregoso qual semente jogada à beira do caminho, fora excluído da graça porque era pretencioso... Eis que do madeiro no calvário cai o fruto maduro da salvação; Como penhor da vida é donatário! De Adão a Cristo ressuscitado; De Eva à Maria a imaculada; Eis o fruto do madeiro derramado!

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Pedra angular No passado fora rejeitado pelos construtores, a pedra angular erigida para amar!

Na geometria do amor a misericórdia angular, fora a pedra de clamor à humanidade salvar!

Da construção humana, fora a primeira colocada; E sobre ela edificada a Igreja de Jesus, modelada pela Cruz!

É o padrão do viver... Modelo no conceber...

Ângulo primeiro; Por ele se cria; Na mão do pedreiro, luz irradia!

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Versos desnudos

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Astrolábio

Onde estou? Para onde vou? De onde sou?

Estou aqui ou ali? Vou ou venho?

Sou eis a questão! Na imensidão

Apenas um minúsculo ponto Numa pequena luz desponto...

No mar revolto, Barca sem timão... Vida sem direção,

Sem azimute Que me escute

Na terra do nada Numa estrada abandonada...

Abrasa-me a paixão De uma chegada, No acolhimento

De um sentimento... Na areia o fim de minhas pegadas!

Acordo de meu sonho, Caído e desfalecido... Torturado e perdido...

Onde estou? Para onde vou? De onde sou?

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Versos desnudos

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E foi-se o poeta... Como o alto voo do Condor flutua sobre as florestas, assim é a alma do poeta que nos deixa para escrever a céu aberto... Nas páginas celestes seus poemas transparentes de luzes reluzentes! Sussurrando aos anjos no esplendor de seus versos, a harmonia em arranjos diversos!

O poeta nos deixou... Para o infinito rumou! Ele declama agora, céu afora! E sua voz ecoa como poesias de eternidade, na suavidade de poeta eterno!

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NO LIMITE

A razão de mãos dadas com a paciência, são sempre parceiras da benevolência.

No trâmite social do direito o meu vai até no início do outro.

Respeito e discernimento fortalecem os ditames sociais

na interação dos procedimentos.

Limites são regras gerais; À saúde da sociedade

o modelo democrático em tese, pressupõem direitos e deveres;

Paradigmas da cidadania... Virtudes de epifania!

A vida pede limites; O tempo limita-se; Da verdade o limite é a mentira; Alegria limita-se com a tristeza; A honra faz limites com a safadeza; Honra e devassidão são limítrofes; Corrupção e depravação se dão as mãos; Nos limites lavo as mãos nas águas da justiça e honestidade! Limites são marcos da sabedoria! Com inteligência e sagacidade respeito os limites da civilidade!

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ANIVERSÁRIO DE PLATINUM

“PLATINUM” faz seu primeiro aniversario! A produção literária é seu corolário; Uma plêiade de escritores e poetas sobrepujam nos livros suas pérolas!

Em cada poesia uma chuva de pétalas na bela florada de um jardim poético divagando pelos versos da vida! Singra pelos mares de sonhos e alça voos aos céus dos devaneios!

“PLATINUM” é uma marca de grife! Que conquistou pelo trabalho insigne de autores, escritores e poetas! E hoje sobe ao pódio da vitória! Ostenta com galhardia seu troféu da gloria!

“PLATINUM”, nome belo e formoso! Tu avanças com formosura no teu estilo charmoso e enfrentas desafios com bravura!

No jardim florido de nossa vida, sois a rainha das flores a declamar seus poemas nos perfumes das alfazemas!

Em cada poema teu, há sempre um suspiro de felicidade, numa trama de clamor, que clama por amor!

Belo Projeto de seus componentes! Poetas e escritores de sensibilidade! São a nata que promulga da nossa gente, talentos que elevam nossa brasilidade!

Na pureza de suas poesias reside o caráter desse “Projeto”! Com seriedade e sem utopias, “PLATINUM” é o nosso precioso objeto!

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ACRÓSTICO PARA PLATINUM

P rêmio às poesias

L iberdade na expressão

A mor às letras

T angível sensação

I ncríveis talentos

N otáveis poetas

U nção e inspiração

M aravilhas literárias

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A ciranda dos anos

Ano vai, ano vem... Na ciranda dos anos,

Nem tudo vai bem, Como esperamos...

Esperanças e decepções! Surpresas e realizações! Expectativas otimistas!

Prenúncios pessimistas!

Ano velho de missão cumprida... Ano novo de novas esperanças...

Etapas sofridas! Mas de um tempo de bonanças!

Na ciranda dos anos, repensamos;

E refletimos os sucessos e as decepções; Tudo o que conquistamos,

Com fortes emoções!

Detalhes de nossa vida passageira... Passado e futuro se nivelam!

Numa ciranda ligeira, Tristeza e alegria nos esperam

É a vida que passa numa rotina,

Pontilhada de tropeços... Mas na vontade se descortina, Sempre há novos recomeços!

Emoções que ficam no passado... Sensações que miram o futuro...

Ano velho e cansado, Ano novo, já num tempo maduro!

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BEM-TE-VI

“Bem te vi”... “Bem te vi”... Às essas notas musicais, O vô Marcos se animava...

E com pequenos silvos labiais, Ele respondia aos seus amigos

Com natural alegria!

Os pássaros cantantes, Conversavam com vô Marcos!

Pousados nas antenas “Ele” de dentro de casa,

Os ouvia e os reverenciava... Eras assim que o vô gostava!

Agora, sem “ele”, ouço O canto triste e lembro

De meu saudoso pai Naquelas notas tristes

Que o chamam na saudade! E os bancos vazios são a realidade...

A saudade invade com esperança!

Na música dos bem-te-vis, Traz a presença dele à lembrança,

E vejo suas imagens sutis Nos bancos, sentado a meditar!

Sua vida aos poucos passar!

Oh! Belo e divino pássaro! Cantes agora ao vô Marcos!

Alegre sua alma imortal! Leve seu consolo musical! Encontre-o pelos campos

Do paraíso onde “ele” repousa!

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A volta

Por caminhos desconhecidos e tortuosos se aventurou o filho desobediente e presunçoso.

Abandona sua família e leva a sua herança. E deposita na sua aventura toda sua esperança.

Numa vida desenfreada esbanjou seus recursos.

Quando tinha gasto tudo o que possuía, a necessidade bateu-lhe às portas,

e, sua vida enveredou-se por linhas tortas...

Sem comida nem sustento o filho estava à deriva... Lembrou-se dos tempos de fartura junto à família!

Tinha o pão de cada dia e nada lhe faltava! Com comida de porcos a fome saciava!

A “volta” então era iminente;

Pois sua consciência acusava: “Pequei contra Deus e contra ti”!

Razão pela qual caí!

Pela compaixão do pai e pela Sua misericórdia...

Como filho pródigo, O perdão do Pai era seu código!

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Borboleta de amor De flor em flor tal qual borboleta O amor é colorido e voraz... Ele Pousa sem pedir licença E sempre leva à crença A certeza do amar Ele não escolhe onde pousar Sua volúpia é envolvente Seu desejo é ardente Seu pouso é lépido De ação intrépida O amor é cupido Por vezes dolorido É flechada que traspassa Toque que devassa É borboleta de flor em flor É sensação de torpor.

Bodas de Rubi

Como uma pedra preciosa, Incrustada no nosso amor, Celebramos esta graciosa

Bodas de Rubi com louvor!

Quarenta e cinco anos De uma feliz convivência! De uma árvore são ramos

Plenos de graças e bem querência!

Família preciosa e dadivosa Sob as bênçãos do Criador! Com uma esposa amorosa

E filhos queridos de muito amor!

Somos uma pequena igreja, Plena de muita fé e esperança,

Que vive sob a graça benfazeja, E nas promessas da divina aliança!

Kellen, Dani e Marcos:

Frutos e presentes do Criador! Rosely e Alfredo, somos marcos

De uma aliança de amor!

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Andarilho

O andarilho da vida segue sem destino... E sem direção ele vagueia pelos atalhos.

Errante ele faz da vida um desatino. Seu caminho segue em frangalhos...

Objetivos perdidos ao longo da caminhada Ele não acha o destino da sua estrada!

Por meandros estranhos e desconhecidos, O andarilho da vida anda desprotegido!

Desorientado pisa em chão pedregoso.

Envereda-se por terrenos minados. Faz de sua vida um combate horroroso!

A cada lanço, um movimento eivado! Sem objetivos nem esperanças, O andarilho da vida busca andanças! Por entre as mentiras do mundo, Não vê luzes no túnel fundo! Caminha ao lado da verdade, Mas não a enxerga! Anda ombro a ombro com o amor, Mas não o sente! A felicidade ele deixa passar Como leve brisa a o acariciar! O andarilho da vida não consente, Da vida, a alegria e a paz!

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Versos desnudos

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Alegrai-vos

Uma marca gravada o Criador deixou

na criação por Ele amada!

Entre todas as virtudes, uma delas é primordial;

A maior das solicitudes!

A “alegria” que debela a tristeza! Por ela somos animados...

Pelo Criador somos plenos de beleza! A alegria é a luz da alma. É a esperança de se viver. É a felicidade conceber. Alegrai-vos na bondade! Alegrai-vos na caridade! Alegrai-vos com piedade! Tenhamos bom dia com alegria! Sejamos acolhedores com alegria! Exercitemos a amizade com alegria! Ser alegre é ser autêntico... Ser alegre é irradiar felicidade... Ser alegre é repudiar a maldade... Do nascer ao por do sol, espalhemos raios de alegria aos semelhantes com sinergia!

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Versos desnudos

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Como?...

Como mergulhar a fundo?... Em águas profundas...

Se não sei nadar? Como alçar voos ao infinito?...

Se não sei voar? Como mentir?...

Se só conheço a verdade? Como me alegrar?... Se só tenho tristeza?

Como amar? Se odeio?

E sem rodeio, o amor está no fundo

das águas profundas... Não sei nadar!

Está nas alturas!... Não sei voar!

Não sei mentir! Não sei me alegrar!

Como?... Se não sei amar?

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Avião

Misto de apreensão e de profunda sensação de liberdade... Na debutância do primeiro voo...

O deslumbre no desafio da novidade! O pássaro de aço vai me provocar enjoo!

O frio na barriga é a sensação da decolagem!

Olhos fitos na janela... Observo o distanciamento da paisagem...

Lá nas alturas meu sangue gela!

A excitação e a adrenalina aumentam... A audição parece ensurdecer...

Luzes vermelhas e sinais sonoros informam, Rotina de segurança a se manter.

A aeronave inicia voo de brigadeiro.

Na voz do Comandante somos informados, Que o comportamento dos passageiros, Podem seus cintos ser desafivelados!

A fome começa a se manifestar!

Os Comissários vão se organizando... Com as refeições a nos alimentar,

Um a um, eles vão passando...

Hora do sono, luzes apagadas... No desconforto dos assentos,

Cabeças reclinadas, Dormida de alguns momentos!

De repente um forte apelo à nossa consciência:

Todos devem se afivelar! Vamos enfrentar períodos de turbulência... Os solavancos começam a nos incomodar!

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Versos desnudos

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O cansaço vai travando as pernas encolhidas. Uma corrida até o banheiro é a solução.

Entre as poltronas espremidas, Tento pequenos movimentos de descontração!

Horas a fio e intermináveis levam à exaustão! Fones de ouvido e filmes no encosto frontal,

Colaboram para melhorar a situação, Cujo desconforto vai abatendo o moral!

No ronco das turbinas,

Voando mais rápido que o som, Ouço e vejo através das cortinas, Um espetáculo de muito frisson!

O Comandante anuncia que se prepara para o pouso...

Sensação análoga da decolagem! Todo afivelado, mexer não ouso!

Um grande estrondo... O pássaro toca na banda de rodagem!

Turbinas que começam a silenciar, Suspiros de alívio e conforto... A aeronave começar a parar...

Saudade, vou sentir do aeroporto!

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A TOSSE

Eles chegam sempre em pequenos grupos... Na tenra idade e ainda imberbes...

Escolhem sempre os lugares mais escuros... Nos bancos da praça iniciam o ritual de imaturos!

Alguns sussurros e mãos que rapidamente manipulam algo! Mais um pouco, vê-se um pequeno fogo!

Prazerosos, aspiram a fedorenta fumaça... Aos pulmões levam ameaça!

De repente uma tosse! Entre uma tragada e outra...

Outro acesso de tosse, Na roda do “pacal” tomam posse!

Mais alguns sussurros e mais tosse... Candidatos a tuberculosos...

Seus pulmões viciados, Sustentam o vicio de condenados!

O grupo interage, com tosses coletivas! Todos tossem num ritual doentio!

Satisfazem seus egos vazios, A fumaça os leva ao desvario!

A tosse continua... No dia seguinte o ritual se repete. Pulmões enegrecidos, mentes poluídas!

Jovens na flor da idade, Suas identidades destruídas!

Vidas marcadas a um final precoce! No prazer das tragadas,

Prenúncio mortal da tosse, No vício, existências estragadas!

A tosse aumenta seu implacável domínio. Corpo sem resistência orgânica,

Coração que bate descompassado, A vida já pertence ao passado!

Rotina da implacável tosse! Morte que se avizinha...

Destino que toma posse... No maldito vício, existência que definha!

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Algo estranho no ar

O ódio transpira e se derrama como aço derretido!

A violência, como chuva ácida que despensa do céu! O ser humano, com o amor não está mais comprometido! Cidadãos bandidos ostentam armas pesadas como troféu!

Isoladas e cercadas como gado marcado, famílias perecem... Na insegurança institucionalizada, o Estado se mostra impotente!

Sob o fardo imoral da corrupção, autoridades desmerecem... A confiança de uma nação clemente!

Honestos e corruptos disputam espaços, no dia a dia! Trabalho mal remunerado ao honesto dinheiro fácil, ao ladrão! De sol a sol, batalha o cidadão com suas obrigações em dia!

Classes A, B, C e D... Na sociedade, são padrão!

Serviços públicos de péssima qualidade Abuso e acinte ao cidadão honrado

Que paga seus impostos com honestidade Nas urnas, seu interesse fora abandonado!

Idosos que na vida pública são desrespeitados

Caixas a eles destinadas, ocupadas todo momento Aguentam-se, em pé nas longas filas, não são notados

Nos ônibus são xingados ao pedirem um assento!

Carros, motos e ciclistas, numa desordenada confusão Pedestres ameaçados, nos espaços a eles destinados

No ar, um clima de total desrespeito e sem noção Uma explosiva mistura de ódio e desvairados obstinados.

À noite, a cidade vira terra de ninguém!

Sozinho, o indivíduo do bem está ameaçado... Na espreita, sempre há alguém...

Das sombras, o mal surge armado!

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Versos desnudos

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Dividir espaços, nos bancos da praça é hábito ultrapassado...

O sossego e a paz na beleza natural das árvores e flores, Perderam espaços à presença inóspita dos viciados...

Que afugenta, dos casais, o romantismo de seus beijos e amores!

Há algo estranho no ar da vida a nos envenenar! Respiramos a sanha da maldade... Ostentamos orgulhos...

Vida na prisão de um capricho a convidar, encher o coração de entulhos!

Pessoas humildes calçam as sandálias do orgulho... Hipocrisia, que se sustenta com utopias...

A saúde do silêncio invadida pelo câncer do barulho, Processo que apodrece o tecido social todos os dias!

Direitos são cobrados a custa de violência!

Deveres negligenciados e ignorados! Cidadania, virtude sem influência, Gerando cidadãos despudorados!

Algo estranho envenena o ar da vida!

No combate, a maldade impera irreverente! O amor insiste na oxigenação e convida,

Ao homem, criado para o amor consequente!

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Versos desnudos

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Caserna

É no embrião que se forja a alma de Soldado.

Nas lides da caserna nasce o combatente! No dia a dia seu espírito é forjado A noção da pátria amada é latente.

Na disciplina tudo se realiza

É no combate que o infante é forte! Sua moral e coragem é a sua baliza

Nos seus caminhos sempre busca o norte.

Com têmpera de aço ele luta. Jamais esmorece e prevalece sua coragem.

Quando o inimigo, pela morte, pede permuta, Ele, com seu fuzil, o leva à abordagem!

Na caserna, o soldado vive e serve sua Nação!

Na instrução, se aprimora e se prepara. Na guerra, se atira com devoção,

E na luta, jamais com a fraqueza se depara!

Caserna, sacrário de guerreiros! Gestação de brasilidade,

Refúgio de companheiros, Templo de civilidade.

Ó Pátria amada e impoluta!

Cobri com teu manto sagrado! Este soldado que por ti luta!

E jamais, na guerra seja derrotado!

Civismo, instrução e disciplina, Camaradagem, ordem e determinação.

É na caserna que se ensina, A tudo fazer com amor e dedicação!

Minha segunda casa, Meu lar alternativo,

Como um anjo e sob sua asa, Sou soldado em definitivo!

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Discípulos de Lobato

Lançar um olhar À cultura e à arte

No prazer de caminhar, É objetivo da ALLARTE.

Vivendo com arte A nossa cultura.

Expressa no Estandarte, ALLARTE na moldura.

Acadêmico da ALLARTE:

Desfraldar a sua Bandeira, É ser o baluarte

Da cultura altaneira!

Seu Patrono Monteiro Lobato! Nobre poeta e escritor!

De talento nato, Sou seu seguidor!

(ALLARTE: Academia Lorenense de Letras e Artes)

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Espelho da vida

Espelho meu, esse sou eu?

Não estou dentro de ti! Minha realidade é aqui...

Mas o que vejo é teu!

Vida invertida, Expressão refletida...

Meu caminho na contra mão, Aponta-me outra direção!

No espelho da vida, dois lados confundem:

O inverso das minhas verdades, Com as mentiras que me iludem!

Espelho meu, tenhas comigo, sinceridades!

Minha vida... Deste lado de cá... No espelho da vida... O lado de lá!

Reflexos que se encontram... Ilusões e realidades nos enganam!

Se vou, estou voltando...! Voltando, estou indo...!

Ilusão iludindo meu caminho, Dúvida atroz... Mas estou caminhando...!

Creio ou duvido?

O espelho, do lado de cá, vida verdadeira! Se, dou- lhe ouvidos,

Meu olhar vê sua brincadeira...

Olhando para o espelho Vejo quem sou... Ou não sou...?

Visão invertida..., Das faces da vida!

Andar para trás...

Tua imagem é distorcida... No espelho da vida,

Tu não és capaz!

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Versos desnudos

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Sentimento que busca no abstrato, alento para o concreto. Esperança que nutre a certeza da realização.

Expectativas benévolas de uma sensação, Brota das profundezas de um coração discreto!

Dom que inspira a alma e fortalece o corpo!

Fé, esperança e caridade, virtudes teologais! Pontilham uma vida cultivada num grande horto,

Onde sementes de luz e amor desabrocham como trigais!

Crença escondida e latente! Certeza inabalável e esperança do crente!

Fortaleza que a certeza, divaga entre o presente e o futuro. Força que embala e direciona o caminhar “no escuro”.

Quer na luz ou nas trevas, a fé sempre baliza,

Como combustível espiritual. Da vida ela é o ritual,

Que pela esperança, conquista e realiza!

Ela fortalece o desencorajado, Robustece a alma decadente,

Farol que oferece caminho forjado, À nova vida resplandecente!

De graça ganhamos como dom, de Deus, oriundo!

A salvação por ela é alcançada... “Tua fé te salvou”, disse Ele ao moribundo!

“FÉ”, com a qual nossa caminhada é traçada!

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Gestação e dores de parto

Tempos de incertezas e de lutas abrasam o útero da Terra. Em gestação de risco a humanidade vive dores de parto.

Na guerra o homem quer conquistar o que não lhe pertence, Com arroubos de prepotência e soberba o forte submete o fraco! Na luta fratricida, a desigualdade faz crescer o ventre doente... Um monstro vem à luz e está a caminho num futuro temente...

Sociedade enfraquecida e impotente, da felicidade é simulacro!

Mulher de muitas dores, a humanidade geme em gestação. Útero fecundado na violência do estupro da maldade.

Envolvido na placenta do orgulho e ignorância, o feto cresce... Esperando o momento de explodir na apoteose horrenda, Entre monstros impessoais a destruição como oferenda,

A razão humana calada e submissa emudece!

Seres biônicos... Mentes eletrônicas com corpos de ferro... Insensíveis ao amor e gestados por controle remoto,

Num parto de lata vazam sua placenta de óleo! E como robôs teleguiados são dirigidos pelo petróleo,

Alimentados pelas bolsas de valores com lastros de dólares! Avançam sobre o mundo como falanges ávidas

A comerem as gestações grávidas!

O mundo está em gestação; No seu ventre um monstro; Agasalha na placenta a destruição da humanidade...

As dores do parto são terríveis e satânicas! A invasão robótica de seres irracionais é iminente! Como numa profecia, aproxima-se o apocalipse...

A consciência do homem entrou em eclipse... O robô do desamor caminha insolente!

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Mundo virtual

Vida virtual que flui entre os cabos... Carregando pensamentos configurados...

Sentimentos deletados... Ideias cibernéticas concebidas on-line... Tratados e culturas que do teclado são inspirados...

Momentos no lapso de tempo, o “modelo” cria o Web Designer...

Toques, que viajam pelo universo levando mensagem! Contatos distantes se fazem presentes na tela...

Nas imagens do micro interagem, Em conversas na janela!

Redes sociais dominam e articulam suas ações.

Correio eletrônico entregam cartas com a velocidade da luz. Universo de notícias do mundo inteiro,

Bate-papos, comércios e amizades, a tudo conduz!

Lembranças e saudades no vídeo trazem à realidade! Amizades curtidas e arquivadas nas pastas da memória!

Experiências que as distâncias mexem com a sensibilidade, Do internauta que no teclado escreve sua história!

Casos e causos do dia a dia, entre textos e fotos,

Acervo de cultura e troca de conhecimentos... Nas pastas ficam arquivados os focos, Das imagens e dos acontecimentos. Universo real que caminha ligeiro.

Realidade e virtualidade que se misturam! Nas informações que ligam o mundo inteiro,

Em imagens e sons que capturam!

No Google se pesquisa sobre tudo! As amizades se nutrem pelo Skype!

Os golpes e vírus, contudo... Derrubam a todos num strike!

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O gladiador

Na arena da vida o gladiador Tem que matar um leão por dia! Sua odisseia é de sobrevivência!

No império da competição, Só os mais fortes é que vencem!

A lei do cão é impositiva...

Não há sobrevida aos fracos. Nesse combate os vencedores

Massacram os vencidos, Para continuarem vivos.

Numa luta sem heróis,

Essa guerra não tem regras. O mais esperto leva vantagem!

A luta é desigual e épica! O resultado é sempre imoral...

No estopim da pobreza,

O simulacro do ódio Acende a competição

De uma contenda torpe Na morte de mais um leão!

Nessa luta de vida ou morte

Não há mão de justiça. Apenas um grande circo

Deleita-se na morte do leão, E dá glórias ao gladiador!

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Ouro, incenso e mirra

Oh vida preciosa!...Tempo dourado de tantos dons... Quisera poder ofertar-Te, meu Criador, merecidos presentes!

Sois o Rei dos Reis e sou honradamente teu súdito! Não pelos meus, mas, teus méritos, oh Senhor!

Elevo a Ti minhas oferendas como penhor, Desta vida reclusa e sob Teu amor,

Aqui me criastes, aqui é meu recôndito!

Não sou Rei. Neste mundo que é Teu, sou súdito! Mas na riqueza dos dons que me cumulastes,

Ofereço-Te o meu presente à Tua realeza! Ponho no Teu trono, o meu ouro,

Guardo-o no Teu coração como meu tesouro, Não permita Senhor que na minha avareza,

Venha a perder toda a riqueza que me destinastes...

Com o ouro que de Ti recebi, Te louvo e bendigo-Te! No perfume do incenso quero ser elevado ao Teu reino...

Na mirra, Tu me lavas e purifica-me! Dos Magos quero ser um a ofertar-Te presentes...

De mãos postas em oração silente, Suplico-Te... Plenifica meu coração e Santifica-me!

Enquanto na Tua paz vivo sereno!

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Poema dos setenta

Parece que foi ontem... Contemplei a luz no mundo dos viventes.

Num lapso de tempo gozei as delícias lúdicas de uma infância de sonhos!

Trilhei meus caminhos de flores e de espinhos...

Conquistas busquei! Derrotas sempre neguei! Da vida conquistei. Objetivos alcancei!

Graças e bênçãos recebi do Altíssimo como dádivas!

Família constitui. Com suor a conduzi. Missões cumpridas, de uma vida definida!

Parece que foi ontem! À inatividade passei.

A vida ainda não aparenta, mas cheguei aos setenta!

Na melhor idade, conto com a experiência... Tenho a felicidade ao lembrar da mocidade!

Vida de aposentado é caminhar em caminhos de paz...

Militar reformado, levo a vida que me apraz!

Descobri as poesias! Nelas divago nos meus sonhos! Minha alma é poeta! Meus poemas são alegres ou tristonhos!

De aposentado virei escritor na edificação da cultura!

Nos meus livros mergulho. Não temo as alturas...

Nas profundezas dos versos e da altura dos meus setenta, arrojo-me pelos caminhos diversos, minha tribulação apascenta !

Num piscar de olhos, para trás vejo um longo caminho percorrido!

Vim à luz que minha vida baliza! Aos setenta sinto a leve brisa no frescor da existência! Ainda a vejo com fulgor como dom maior do Criador!

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Versos desnudos

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Lágrimas

Gotas de lágrimas tanto caem até que furam as tristezas;

Desiludem certezas; Jorram como torrentes

de desesperanças!

Águas da emoção que rolam pela face;

Regam o solo do amor: Nova esperança que abrace!

Gotas como pérolas

translúcidas e brilhantes brotam de rios da alma;

Entristecem os semblantes!

Riachos correntes de águas límpidas;

Lágrimas candentes de olhos ardentes...

Pingos de lágrimas emoções vertem;

Respingam paixões... Lembranças aos bordões!

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Oxalá

Oxalá estivesse na prisão todo o mal! Encarcerado e recluso... Sem direitos

E numa célula escura e infernal, encerrado na sua infâmia cabal.

Oxalá o bem fosse produto de consumo

adquirido na gratuidade, e na conta da bondade!

Oxalá o ódio fosse banido da Terra... Pulverizado no cosmos...

Desintegrado no universo que o encerra!

Oxalá a paz hasteasse sua branca bandeira a tremular sob os ventos da concórdia...

E num passe de mágica, a guerra parasse com sua ira trágica!

Oxalá a caridade e a compreensão,

invadissem com sentimentos fraternos, os redutos do orgulho e da vaidade,

acolhendo o amor na eternidade!

Oxalá a alegria de um sorriso pudesse sempre impingir na face da tristeza,

o belo gesto de sorrir!

Oxalá... A felicidade acampe nos campos da primavera alegrando os jardins em flores,

no viver sem dores, sem ódios, sem tragédias... Sem lutas nem comédias...

Mas no palco da vida, as cortinas jamais desçam, para que sejam eternamente degustados os atos do BEM!

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Vida numa folha de papel

A caneta da vida rabisca

o dia a dia da existência... Cada dia registra seu tempo

na escrita da vida! A caneta do trabalho labuta

com alegria, letras coloridas... Nas linhas tortas a tristeza incontida.

Folha após folha a expectativa de dias melhores... A caneta escreve...

Na folha rabiscos grifados. Registros em “destaque”;

Assuntos tratados De tal importância a vida de inconstância!

Vida numa folha de papel: Infindos assuntos a granel.

Folhas perdidas e extraviadas nas gavetas;

Momentos relapsos de vida em descompassos!

Vida escrita em folha de papel, com tinta guache a cores vivas

coloridas e cheias de vida... Belos registros no álbum

de letras artísticas e belas! Vida feliz e plena de alegrias!

Liberdades de alforrias nas folhas escritas com amor e

ser feliz sem temor!

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Crer sem jamais ter visto!

Os dois discípulos correram ao túmulo Ficaram surpresos, pois, estava vazio! Apenas os panos dobrados ao lado...

Um vazio do nada, o corpo fora retirado!

Mas creram sem terem visto o corpo Correram aos demais e levaram a notícia

Estupefatos vacilaram os outros a crer Não eram testemunhas a ver

Apenas os dois que entraram no túmulo

E nada viram... Nada havia lá... Somente os panos dobrados e arrumados

Eram indícios do roubo do corpo! Mas creram e levaram a notícia

A “Ressurreição do Senhor”

é vista à luz da fé; Suas Palavras bastaram aos dois discípulos

que creram sem ter visto!

Os panos de linho dobrados e arrumados, denotam, que, a Ressurreição “põe em ordem”

a vida... Arruma os caminhos; Assenta o que está desarrumado e confuso,

direciona a vida à graça; Traz luzes aos pensamentos obtusos!

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Incertezas!

Um coração no escuro, Amor perdido, desiludido...

Noite sem luz ao som de grilos; Apenas ruídos das trevas,

a esperança enleva No silêncio mortal, Vida carnal e brutal

Trevas sem olhos Para que não veja O mal que viceja

Escuridão sem bússola;

Direção sem norte; Prenúncio de morte!

Amor no escuro...

Desiludido, perdido... Amor ressentido...

Nau que singra sem farol!

Veículo que desce sem freio! Passos no terreno minado...

Caminhando no medo...

De luzes apagadas Na lua oculta,

vida de charadas...

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Ele está no meio de nós!

Queres ver Deus face a face? Tua alma tem sede de Deus?

Anseias estar olhando para Ele? Desejas sentir a sua presença?

Queres conversar com Ele? Dele receber graças infinitas?

Mas num momento achas impossível...

Tu te achas indigno desse sonho... Teus pecados o tornam indigno... Tua vida não está em santidade!

Mesmo assim tua alma glorifica-O,

E teu espírito exulta Nele!

Mas ELE te disse um dia: “QUEM ME VÊ, VÊ O PAI”!...

Então, veja-O! ... Ame-O! Adore-O!... E ELE disse-te ainda:

“NINGUEM VAI AO PAI SENÃO POR MIM”! Veja que tua estrada ELE te indica!

Por fim disse-te: “EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA”!

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Perguntas e respostas

No universo da razão as dúvidas pairam... Perguntas pedem e clamam por respostas...

Razão e imparcialidade juntas caminham nas conclusões que são postas!

Onde está a fé? A minha vai até

o limite da crença, ainda que não me convença!

Onde está a paz?

A minha é como uma flor: Encerrada numa redoma,

logo perde o aroma...

Onde está a alegria? Que no sorrir contagia!

A tristeza se retira com ares de mentira!

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Desafios

Meus desafios são Em mares bravios!

Remo em ondas revoltas! Meu barco navega à deriva

sob o vento que açoita. Protejo-me na moita da noite escura sob o véu negro da tempestade que me deixa ao leú! Eu e minha coragem

a sós na busca da ancoragem , são os meus desafios!

Fito cara a cara o perigo! Olho no olho do desafio!

Mato ou morro! Prefiro enfrentar o desafio algoz,

sem a dúvida atroz... A minha certeza,

tem a leveza da correnteza,

a levar de roldão todo o sentimento

que ronda meu coração!

Onde está a esperança? Se perdi a expectativa!

E sem temperança, não tenho vida altiva?...

Onde estão meus sonhos? Se não os alimento mais?

Sonhos descoloridos! De males doloridos!

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Caminhos da felicidade

Assim caminha a felicidade: Por entre canteiros floridos,

cercada de anjos cantantes... Perene no arco íris colorido!

Paz que se descortina silenciosa

na fresca brisa envolvente. Noite que chega dadivosa,

alegria no coração clemente!

Felicidade que vem ao encontro... Sentida saudade plenifica

a certeza de um amor pronto. Num fecundo abraço edifica!

Concerto de harpas e violinos

na orquestração celeste! Enche a alma de êxtase...

Felicidade inconteste!

Caminhos de arco-íris da vida; Sorrisos emanados do coração; Caminhar na paz ela convida;

A felicidade é o tônico do coração!

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Essa gente estranha!

Coisas escusas dessa gente... Estranhos conceitos criam... Politicamente corretos ela Traveste-se de salvadora

De uma pátria vilipendiada Por uma ideologia ultrapassada.

Uma cartilha que arremeda

Num borrão democrático Invasões de terras ela tinge

De vermelho nosso Símbolo... Estranha gente preconceituosa,

Que caminha numa sina tortuosa, E infesta com sanha violenta

Tal qual serpente peçonhenta!

Estranha gente essa no avesso da cultura, Que regride na contramão dos valores

Legados pelos heróis lutadores, E acalenta o esquecimento da historia...

No governo e no povo, é a escória,

Com bandeira vermelha ostenta lutas; Empunha armas do ódio e da violência...

Do caráter e da honra são inimigos! Gente estranha essa de tanta insolência!

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Jeitinho brasileiro

Por que fazer hoje o que posso fazer amanhã? Deixa pra lá que depois dou um jeito!

Por que tenho que fazer se ninguém faz? - “Seu guarda, não dá pra quebrar o galho”?

Situações que se assemelham às cartas fora do baralho... Em todos os “jeitos” sempre tem um trejeito...

De todo o jeito, o do brasileiro é contumaz.

Trabalho de segunda a sexta que se encerra mais cedo... Porque sexta é o dia internacional da cerveja!

Se tiver feriado na quinta o jeitinho se completa! Praia à vista e felicidade repleta!

Se o feriado é na segunda, do bolo quero a cereja! Começo o jeitinho na quinta emendando...

Tudo o que eu tenho direito pra não ficar resmungando!

Na guerra do trânsito prevalece a lei do cão. Cada um na sua, mas sem barbeiragem...

No jeitinho dou minhas costuradas, Com velocidade sempre quero chegar à frente!

A imprudência com certeza me surpreende, Mas não me incomodo com as “barbeiradas”!

De dedo em riste mostro a minha sacanagem...

Não sou muito afeito nessa tal de cultura política... Em dia de eleição cumpro com minha obrigação!

Para mim quem ganhar está legal! Pagando meu salário e sempre com aumento,

No fim do mês contento-me com meu pagamento! Estou estressado com esse negócio de corrupção,

Mas com jeitinho, tudo isso é normal!

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Gosto de uma fofoquinha quando não é comigo! Tenho sempre um jeito pra difamar e julgar.

Espalhar boatos é igual jogar penas no ventilador... Quanto mais ferver o caldeirão é melhor assim...

O “disse que me disse” se espalha como notícia ruim, Nos diversos “jeitinhos” travestido estou de traidor!

Sempre disposto, a primeira pedra atirar!

Meu jeitinho brasileiro é ser folgado. Não cumpro leis porque são muitas!

Trabalhar menos porque meu salário é pouco! Não pago aluguel em dia, porque é meu direito... Se quiserem ferrar-me, saio pelo portão estreito!

Arrumo outra casa e dou uma de louco... Afinal, vou às passeatas e grito até ficar rouco...

Com jeitinho, tenho o futebol, cerveja e samba no pé... Tenho feriado que encurta a semana de trabalho...

Cerveja pra refrescar a cuca, praia pra me bronzear... Futebol para xingar o juiz e zoar com a torcida rival...

Dinheiro que é bom tenho que arrumar na moral! Mas pra tudo tem um jeito que só brasileiro sabe descolar!

Sem jeitinho, não há jeito... É carta fora do baralho!

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A NOVA CARTILHA DAS ESQUERDAS - “CRÔNICA”

Lembram-se dos inimigos do governo militar de 64 que balizavam suas ações, seguindo a famosa CARTILHA Marxista-leninista? E lembram-se também da propalada expressão: “Inocentes úteis” que serviam aos propósitos das esquerdas revolucionárias de 64? Pois é, passaram-se mais de cinquenta anos e quase nada evoluiu nos conceitos de democracia neste País! Temos hoje como base de toda essa articulação esdrúxula que aprisiona o Estado brasileiro, nos moldes ideológicos de 64, uma nova e mais moderna CARTILHA, segundo atualização “GRAMCISTA”: - Conhecemo-la como “FORUM DE SÃO PAULO”! Daí saem todas as iniciativas orquestradas pelo Partido do Governo, que conhecemos como PT, de cujos seguidores têm as mesmas características “debilóides” dos idos de 64, conhecidos como “INOCENTES ÚTEIS”! A CARTILHA PETISTA, mais moderna e sem a mão de ferro do governo militar, está livre e solta na orientação dos futuros APARELHOS que vão se formando e se agrupando nos porões do governo ditatorial petista-comunista-socialista, com seus cofres abarrotados para o financiamento do golpe final. Nesse contexto, tudo continua como dantes no quartel de Abrantes. As velhas técnicas Marxistas de implantação do comunismo buscam no enfraquecimento das Instituições brasileiras a desmoralização social e o “emburrecimento“ do povo, que dá mostras de uma letargia que impede a sua cultura política em detrimento de um grande curral eleitoral que o leva às eleições de cartas marcadas para a consolidação do poder. Os conteúdos da CARTILHA DO FORUM DE SÃO PAULO são enriquecidos com as ingerências ideológicas dos esquerdopatas Venezuelanos, Bolivianos, Uruguaios, Argentinos, Chilenos, Cubanos e toda a cúpula do movimento pseudodemocrático do xenófobo MERCOSUL, que já travestido com o manto do FORUM, objetivam transformar toda a América Latina na nova CORTINA COMUNISTA abaixo do equador!

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O Foro de São Paulo, composto por partidos e movimentos de esquerda da América Latina e Caribe, como o PT, desperta o medo e a desinformação. Ele foi fundado em 1990, pelo PT do ex-presidente Lula e pelo Partido Comunista Cubano de Fidel Castro, entre outros. Ele se autodeclara como sendo de esquerda, anti-imperialista, socialista e democrático. É um fórum de debates que discute as alternativas à visão neoliberal da economia e da política. Esses grupos e partidos de esquerda trocam experiências e conhecimento a respeito de como construir políticas sociais. No final dos anos 80, com a queda da União Soviética, parecia que a esquerda estava destinada a acabar. Alguns até sugeriam que a visão neoliberal da sociedade – baseada na utopia de que o livre mercado seria capaz de promover crescimento econômico para todos – era o “fim da história”. O Foro surgiu justamente para oferecer um contraponto a essa visão. O “Foro de São Paulo” é a mais vasta organização política que já existiu na América Latina e, sem dúvida, uma das maiores do mundo. Dele participam todos os governantes esquerdistas do continente. Mas não é uma organização de esquerda como outra qualquer. Ele reúne mais de uma centena de partidos legais e várias organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e à indústria dos sequestros, como as Farc e o MIR chileno, todas empenhadas numa articulação estratégica comum e na busca de vantagens mútuas. Nunca se viu, no mundo, em escala tão gigantesca, uma convivência tão íntima, tão persistente, tão organizada e tão duradoura entre a política e o crime.

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“APARELHAMENTO”: Especialidade petista – “CRÔNICA” No tempo da ditadura era comum na mídia, a divulgação das explosões de “novos aparelhos do terrorismo”... Os ardis da esquerda terrorista especializavam-se na organização de “aparelhos” espalhando-os por todas as grandes capitais brasileiras e desfechando atos atentatórios contra diversos alvos para desestabilizar o governo militar da época. De aeroportos aos postos de sentinelas militares, a esquerda utilizava-se de varias formas de atentados que além do enfrentamento aos militares, atingiam indiscriminadamente a população civil fazendo vítimas inocentes. Seguindo nessa mesma linha, na atualidade podemos perceber a estratégia do governo petista, na “aparelhagem” de todo o Estado Brasileiro. Sorrateiramente a cúpula petista, livre dos militares, e assegurada pela falsa democracia travestida de “democratura”, objetiva sua perpetuação no poder que lhe tem assegurado inúmeros privilégios tanto no aspecto ideológico quanto no financeiro e eleitoreiro! Portanto, podemos afirmar, sem medo de errar, a “especialidade petista” quanto se trata da APARELHAGEM em qualquer instância. De início, trataram de atar as mãos da mais alta esfera governamental – o “Supremo Tribunal Federal” que devidamente aparelhado está sob o comando dos “delegados petistas” que ao arrepio das leis e do que consagra a democracia legislam e defendem suas próprias causas. Outra aparelhagem característica trata do uso forjado das urnas eletrônicas, sob o pretexto de sua segurança e tecnologia nas apurações! O descaso às Forças Armadas no sentido de enfraquecê-las por se tratarem de um dos mais firmes pilares de manutenção da soberania nacional, portanto, já se percebe a presença dos Ministros Civis de Defesa neutralizando o assessoramento de um antigo Estado Maior (EMFA) para assuntos de defesa nacional e políticas de guerra. A sanha continua com a “substituição de bustos e estátuas consagradas” a brasileiros ilustres do tempo dos governos militares e pretende trocar o nome da Ponte Rio-Niterói um dos ícones da engenharia militar.

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Com isso e no afã da aparelhagem subversiva e sistemática da nossa história buscam engessar os conhecimentos de nossos estudantes na inversão do processo histórico massificando junto aos mais jovens, os valores ideológicos de um petismo-comunismo execrando toda a classe militar brasileira depositária de tantas conquistas e legitimação democrática de nossa gente! Talvez, ao que se possa depreender, de tanta sujeira, falcatruas e corrupção, os cofres petistas tenham surrupiado do erário público a grande fortuna que os assegura tanto poder sobre um povo anestesiado com os “contos da sereia petista”! A classe média brasileira passa a ser o grande inimigo pensante que começa a incomodar o sossego da classe dominante! E os aposentados, já tidos como vagabundos e ombreando aos professores, tentam sobreviver com salários de fome! Grandes negociatas acontecem envolvendo somas astronômicas de recursos, como a intrigante compra de uma refinaria sucateada americana! O gigante e até então, “imaculada” Petrobras fora inoculada pelo vírus petista pelas escusas sanhas financeiras da cirandinha do poder! Quer dizer então, que o aparelhamento petista, é inescrupuloso, imoral, corrupto quando ocupa espaços desde o seu reduto mais frenético no Congresso Nacional, lançando raízes pelas demais instâncias de poder em todos os Estados brasileiros, contaminando os mais caros princípios democráticos consagrados na nossa Constituição! Por fim, sua ira ideológica de esquerda doentia e ultrapassada, deita seus tentáculos e inicia seu namoro com seus pares do cone sul, levando o Brasil a fazer parte no grande APARELHO COMUNISTA-SOCIALISTA LATINO-AMERICANO. Quem diria que durante o Governo Militar tínhamos uma dura luta contra o

“aparelhamento terrorista contra o Estado brasileiro” e na atualidade é o

próprio governo petista encastelado que aprisiona o Estado, e impõe sua

ditadura terrorista, descaradamente?

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CAIU A FICHA - “CRÔNICA” A opinião pública brasileira tem dado mostras, ultimamente, na aceitação às Forças Armadas. Parece que caiu a ficha no entendimento de que jamais os militares brasileiros “foram ditadores”! Na comparação dos governos militares após 64 com os governos civis que os sucederam, as diferenças são incomparáveis! O progresso econômico e social conquistado por aqueles períodos revolucionários legaram ao país, avanços de prosperidade que já deixam saudades. As redes sociais mostram a enxurrada de opiniões pró Forças Armadas em detrimento da grande insatisfação nos governantes da atualidade, cuja debilidade do Estado, se faz sentir em todos os setores da vida pública nacional. Os clamores da sociedade fazem ecos, exigindo “intervenção constitucional” ante a desmoralização total dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que transformaram o Congresso Nacional numa fachada hipócrita de corruptos afrontando o erário público, a moralidade social e a integridade institucional! A máscara ideológica encalacrada desde 1964 está caindo. A percepção civil da sociedade começa a questionar com veemência os descaminhos e desgovernos de uma casta desmoralizada. O lastro histórico de 64, do qual os militares são fiéis depositários já por mais de cinquenta anos estão aflorando nos sentimentos cívicos e nacionalistas de uma nação pródiga nos valores legados pela própria história! É chegado o momento em que mudanças drásticas haverão de ocorrer, pois o limite de tal situação está a exigir providências. A ficha finalmente começa a cair. O povo já percebeu o universo de antibrasileiros que está por trás de tudo isso. A mídia, como porta voz da opinião e dos anseios sociais, já, desnuda diariamente as falcatruas que denigrem o Brasil enfraquecendo suas Instituições à revelia de cofres abarrotados com recursos financeiros do povo. “Os militares não foram ditadores”... A Revolução de 64 finalmente já não é vista mais como um golpe, mas, necessariamente, à época, uma INTERVENÇÃO CONSTITUCIONAL. As fichas caem e mostram a urgência tão decantada pela opinião pública brasileira!

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BATE BOCA ENTRE DOIS BURROS – “CONTO” Certa vez, um homem conduzia sua carroça puxada por um asno, ou burro, talvez!... O sol a pino queimava e fritava mamona no asfalto. Era quase meio dia e a carroça cheia de móveis fazia o pobre animal suar pela boca que pingava até quase a exaustão. O carroceiro condutor nem ligava para o pobre animal que custava a dar os passos de tanto peso e derrubado pelo cansaço. Num dado momento, o carroceiro, vendo que o animal quase não podia andar deu-lhe uma violenta chicotada nos lombos fazendo o animal berrar de dor. Ao mesmo tempo, que, após a chicotada o condutor bradou em alta voz: -“Vê se anda seu burro”. Para surpresa do carroceiro, o animal deu um pinote empacou e disse ao seu truculento chefe: -“Burro é você seu idiota e imbecil que fica sentado ai em cima e na moleza só quer me esfolar”! O carroceiro estupefato, disse ao animal: -“Quem disse que burro fala”? E o animal espumando pela boca, rebateu: -“Burro fala sim pra outro burro entender”! O carroceiro tomado pela ira deu-lhe outra chicotada nos lombos do animal que relinchou de dores e mandou um violento coice na bunda do homem que foi ao chão assustado. Ao virem a cena, os transeuntes foram socorrer o homem que se esborrachava ao chão depois daquele coice certeiro na sua traseira. Perguntaram-lhe se estava tudo bem e abominavam a violência daquele animal, quando lhe perguntaram: -“Puxa que animal feroz o senhor tem... Se ele fez isso com o senhor imaginem com estranhos”! De repente, o burro que estava quieto preso à carroça relinchou possantemente e disse: -“O burro aqui não sou eu, mas, esse imbecil que vive me chicoteando achando que eu não estou entendendo suas ordens... Dei o troco nele”! Todos ficaram estarrecidos com aquela cena e se puseram a correr gritando: -“Vejam, tem aqui um burro que fala”!... E o burro respondia: - “Aqui tem dois burros: Um que fala e outro que dá chicotada”! O homem levantou-se, tomando as rédeas às mãos, subiu na carroça e disse ao burro: - “Vamos agora seu imbecil”! E o burro mais calmo obedeceu respondendo ao seu chefe: - “Agora sim, você está sendo educado comigo, seu FDP”! E foram embora um resmungando com o outro, mas, sem chicotadas nem coices!

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CONTO DA SEXTA-FEIRA - “CONTO” Dois rapazes caminhavam juntos, por volta das 23hs. O papo rolava animado, pois conversavam sobre a expectativa do programa por eles desejado. Iriam à balada com muita cerveja e garotas! Quando passavam, em frente ao cemitério, um fantasma os abordou, dando-lhes um grande susto! A figura fantasmagórica, perguntou-lhes: - “Vocês não temem passar por aqui, numa sexta-feira a essa hora”? Ao que os rapazes, ainda sem fôlego e estáticos com aquela abordagem, tremendo, responderam: - “Quem é você e o que faz aqui”? O fantasma da sexta-feira, logo lhes respondeu: - “Sou uma alma penada e desejo me divertir assustando as pessoas que passam por aqui”! Um dos rapazes, mais calmo e equilibrado com a inusitada cena, disse: - “Espera meu irmão! Vamos fazer um acordo. Você pare de nos assustar e venha conosco participar do nosso programa. Hoje é sexta-feira, e no mundo dos vivos, é o dia da cerveja e da balada”! O fantasma, então, pensou um pouco e respondeu-lhe: - “É isso aí garoto. Acho que vou divertir-me mais com vocês, no mundo dos vivos, mas não vai adiantar nada eu tomar cerveja, porque não consigo embriagar-me e não sei se vou ficar alegre como vocês ficam”! Os rapazes foram para a balada na companhia daquele fantasma disfarçado de humano. A festa rolava, com muita música, bebida e garotas! Lá pelas tantas, o fantasma enrustido, subiu no palco e fez uma zoeira com a Banda que tocava. Começou a tocar todos os instrumentos de um só vez sob os olhares curiosos dos “baladeiros”! Após sua “apresentação” ele identificou-se ao público, dizendo em alta voz e no microfone da Banda: - “Pô! Estou divertindo-me muito mais aqui que lá no cemitério, donde eu sai com dois rapazes”! E deu uma fantasmagórica gargalhada! Foi um pega pra capá! Todo mundo saiu correndo e gritando... E um dos “bebuns” chegou a gritar: - “Pô! Eu estou na balada ou num cemitério”?

E acabou a festa por conta do fantasma intruso. Os dois rapazes, arrependidos, sumiram e até hoje nunca mais foram vistos na balada das

sextas-feiras!

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A ceia

De repente, num repente, Uma surpresa sobre a mesa:

Elevou-se Uma prece que carece!

Agradece o alimento, e num momento

Ele levanta o cálice E parte o pão

E partilha Com seu irmão

Estendendo sua mão! Plenitude e Solicitude

De graça e bênção!

Na grande mesa a ceia reunida em família A partilha semeia!

Ele se doa... Seu amor perdoa!

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Vem para fora!

Uma voz forte e incisiva Clama: “Vem para fora”! O amor divino que aflora

E tira as faixas, que da morte Envolvem o corpo e a alma,

Da fria e escura lápide inerte!

O Mestre de Nazaré que Chama-te à vida e

Por amor te convida: “Vem para fora”! “Vem para a vida”!

Sai desse túmulo e viva... Sai da prisão do pecado,

E vem à liberdade de amado... Sejas um Lázaro que sepultado, Ouve o chamado do seu Senhor; Chamado a viver no seu amor!

Ouve o chamado do Mestre “Vem para fora”... Volte à vida!

Sai para a luz e deixes a escuridão

E as amarras que te prenderão! Confie Nele que te liberta e abre

As portas do teu túmulo ordenando-te: “VEM PARA FORA”!

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Números sagrados

Na filosofia da antiguidade, o “três” remete à divindade; “Quatro” é universo material

expresso no quadrado; E “cinco” é a ponte

do corpo ao espírito. “Doze” eram os Apóstolos...

Os dons do Paráclito são “sete”! “Três” são os lados do triângulo

na geometria da Trindade. “Cinco” são os degraus da

escada da eternidade; Nas mãos “cinco” dedos;

E “cinco” nos pés que transportam a vida

pelos caminhos da existência!

“Três” são as virtudes teologais: Fé, esperança e caridade.

“Quatro” são os pontos cardeais; “Sete” são os dias da semana

e “sete” são as luzes do Tabernáculo. No Gênesis são “sete” dias para

a criação do mundo!

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Versos desnudos

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Levanta!... Toma a tua maca...

Levanta!... Toma tua maca e anda! Liberte-se de tua escravidão

Não te acostumes com tua maca Três ordens e uma só atitude

Que as Santas Palavras ecoam Pelas paredes da nossa existência.

Levanta e ponha-te em pé

Apresente tua maca a Deus E, em Suas mãos anda! Não faças da tua vida a Redoma de uma cama

Entregue à fraqueza humana.

Levanta!... Toma a tua maca e anda! Refutes toda forma de inércia! Tua maca é a tua cruz; porém,

Ela deve ser carregada e conduzida... E andando o teu fardo leve ficará...

Nessa atitude, tua vida resplandecerá!

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Versos desnudos

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Mistérios

Meus pensamentos vagueiam pela antiguidade na busca a decifrar as chaves dos conhecimentos, num frenesi que possa desnudar tantos mistérios,

a construção misteriosa das humanidades...

Do ínfimo universo atômico ao infinito espaço sideral, vejo num lapso de tempo o alfa e o ômega... Princípio dos princípios a nortear a harmonia

da existência misteriosa numa perfeita sinergia!

No princípio era o nada e o nada se fez! “Faça-se”, e tudo foi feito, criado e elaborado: De Sião, o priorado, do Templo de Salomão,

os Templários, dos Hebreus a cabala, dos cristãos o graal, dos Egípcios, os hieróglifos...

De Moisés, a arca da aliança, da Índia, os brâmanes. Eras após eras, mitos, figuras e símbolos... O retinir de címbalos e o dobrar dos sinos...

Religiões, seitas e filosofias, pensantes,

dispersas entre a razão humana e a exatidão das ciências: Na precisão matemática, os lados da geometria e seus

triângulos maçônicos circunscritos em quadrados, tudo pelo conhecimento agregados!

Mistérios da antiguidade! Conhecimentos de longevidade!

“Sou aquele que sou”, o alfa e o ômega! O princípio e o fim da humanidade!

Zodíaco, horóscopo, cabala, doutrinas secretas... Redoma de conhecimentos circunscritos às ciências ocultas,

vedados ao ignorante, iletrado, humilde e pequenino... “Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste

estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos”! Eis o verdadeiro mistério: O DA FÉ!

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Versos desnudos

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Plantio

A cada dia Uma porfia.

Não me canso de navegar no remanso

na nau da esperança em tempo de bonança! Terreno de plantio

sem desvario, vou colher lá na frente e

seguindo em frente com as sementes de hoje,

ceifadas em caminho de paciência... E na alma, a ciência

da sabedoria e do amor, com fé e ardor!

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O deserto e dois caminhos

Na proposta da vida há um deserto e dois caminhos; O livre arbítrio concede amplamente suas escolhas.

As travessias se opõem entre o bem e o mal. Um caminho armadilhado pelas tentações, Outro, aparado pela fortaleza de vencê-las!

Um caminho repleto de tentativos apelos...

Com mentiras e seduções, ele tenta convencer, com poderes mundanos, à fraqueza humana, o incauto à perdição e a perda da liberdade!

Outro caminho oferece a armadura,

Que protege contra a maldição, e fortalece o homem para o Projeto de Deus

No seguimento em busca da perfeição!

É no deserto que encontramos as condições ideais para o exercício da caminhada na fé, ou dos tropeços das tentações diabólicas!

Deserto de vida pede jejum na busca do equilíbrio,

fortalecimento no espírito, controle nos instintos, e plenitude da graça!

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Redoma

Gostaria que o globo terrestre fosse uma redoma, onde tudo fosse felicidade, paz, alegria e beleza...

Contudo, isso é impossível, dada a incapacidade vil da humanidade que prefere o picadeiro senil!

Todavia, uma parcela de humanos vive na sua

redoma particular, recolhidos nos seus recônditos... Exilados, vacinados e protegidos dos vômitos que afetam e emporcalham a redoma exterior

em gritante contraste com a vida de dor!

Então, vivendo neste mundo e não sendo dele, Prefiro o viver na redoma onde tenho a paz

De respirar ar puro, a felicidade sem agruras... A pureza de um sorriso escancarado...

E tudo isso emoldurado pela beleza de um quadro

Pintado dentro de um paraíso na soleira do seu adro Redoma que encerra toda a pureza do corpo e da alma Na síntese dos propósitos para os quais fomos criados:

No gênese da criação era o mundo a redoma... Do orgulho e desobediência no pecado original

Estourou a redoma qual bolha indefesa... Cada qual, então, crie a sua redoma

Para uma vida sem surpresa!

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Alma orante

Dorme meu corpo no silêncio repousante. Divaga meus sonhos na realidade adormecida. Tudo não passa de um momento insignificante,

Minha alma vagueia estremecida!

Entre luz e trevas, Minh’alma procura guarida

Se Tu me levas... Ó Deus, curai minha ferida!

Se no sono dos justos adormeço, Certeza tenho, de um dia abençoado

Se injusto, adormeço, De Deus, sua graça, não mereço!

Tenho consciência dos meus caminhos impuros. Minha humanidade é imperfeita.

Meus atos e pensamentos imaturos... O perdão de Deus ela rejeita!

Na oração ela sempre busca O que lhe falta na vida terrena.

O mundo, o céu ofusca! Seu caminho ela segue serena!

Na fé que jamais se abala, Nas promessas do Redentor

Minh’alma resoluta, Busca sempre o amor!

Nossa alma reza, É assim, sua natureza...

Seu pecado pesa, Mas em Deus ela não terá fraqueza!

Em breve vai amanhecer, Ela vai acordar.

Quando a luz do sol aparecer Ela e meu corpo, a Deus irão louvar!

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Arco-íris

Na guerra das cores, o vermelho se irritou, Com o verde que ostentava muita esperança... Quando o amarelo com toda a riqueza ficou,

E o azul, no céu acenava com a bonança!

Mas depois da irritação do vermelho, O branco, que a tudo assistia, mostrou a paz! Que aliado ao verde, ofereceu seu conselho:

Na briga de cores, vence quem é capaz!

Na briga do vermelho com o verde: o empate! Eis que surge a cor de rosa!

De mãos dadas, e com muita paz, depois do embate, Ficou tudo azul, com muita proza!

O vermelho de bom humor, amarelou!

Sem perder a esperança, o verde aceitou! O branco pediu paz e amor...

No arco-íris, as cores combinam-se sem temor!

Cores reunidas em clima de bonança... O vermelho agora é a cor do coração...

De mãos dadas com o verde, pulsa por esperança! Enfim a guerra acabou e o azul, a todos apertou a mão!

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A fé vence os obstáculos

A caminhada da vida é como terreno minado: Em cada passo um obstáculo a ser vencido,

Uma etapa no meio das tempestades, Não raro um oásis de felicidades!

Na história da fé, diversos simbolismos, Que falam da barca, ventania e ondas ameaçadoras! O mar e as tempestades, eloquente símbolos do mal,

Representam as forças adversárias da vida! Jesus dormindo na barca sob a tempestade,

Revela sua confiança no Pai e o medo Dos discípulos revelam a falta de fé no senhorio

De seu Mestre a quem os ventos obedecem! O sono tranquilo de Jesus, na barca a afundar,

Contrasta com o medo dos discípulos! No simbolismo, a barca agitada pelas ondas,

É a Igreja que enfrenta as tempestades, Que jamais afundará porque está arraigada

Em Jesus, na travessia da vida em mar revolto! Sob a ventania e ondas agitadas,

A fé vence os obstáculos da caminhada!

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A poesia que fascinou-me

Como a chuva rega o chão árido... E a luz que afugenta as trevas...

O sol que aquece o frio... E o alimento que sacia a fome;

“Assim foi a poesia que me consome”! Ela chegou e desafiou-me.

Cercou-me com sua sedução, Tal qual o mel convida a abelha,

E a faísca atrai a centelha... Abusou da minha imaginação!

Invadiu sem permissão As fronteiras emotivas!

Fez-me arrebatar às letras... Com grande ímpeto abriu Meus anseios e definiu!

Um a uma elas foram chegando... Nos meandros da vida fui mergulhando E nadando pelas águas da existência.

Elas foram tomando conta, Como imenso oceano de ondas Desnudando a vida atrevida... Avançando os limites infinitos De minha imaginação poética,

Levando-me às estrofes épicas... Descobrindo os mistérios dos versos...

Revelando-me grandezas desse universo! A poesia fascinou-me! Na estrofe viciou-me!

Com versos rimados Vagueando espalhados... Se intrometendo astutos Em divagações poéticas

Como construções geométricas, Desnudando realidades...

Mostrando vaidades!

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Semáforo da vida

“PARE”... e dê-se um tempo para pensar... Recicle-se do torvelinho de ideias

Que passam velozmente pela mente, E muitas vezes excluem a paz clemente!

“OLHE” com os olhos da alma, O que teu coração deseja ver. Perceba com teus sentidos,

Aquilo que desejas crer! “SIGA” com coragem e vontade Teus caminhos no teu destino!

Na esperança que de tua bondade Alcances os frutos de tua humanidade!

Na rotina da tua vida, Sempre te deparas

Com um grande semáforo: Ele é o farol que te guia;

Pede-te a parar na prudência; Sinaliza-te a olhar com sapiência;

Ordena-te a seguir com clemência. PARE, OLHE e SIGA!

No trânsito da tua rotina, A norma é que prossiga...

O objetivo a atingir É a tua vida a construir!

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Alquimia

Nem ouro nem prata valem mais que a vida! No seu transcurso há uma misteriosa alquimia: Seus reagentes combinam entre amor e ódio...

Novas substâncias são criadas a cada dia... A cada etapa um novo procedimento reagente...

O homem como agente detém sua alquimia! No torpor de sua paixão, misturas explosivas! Deixam um rastilho de pólvora armadilhado.

E nos critérios dessa química, reações intempestivas, Torna sua vida num campo minado!

Na misteriosa alquimia algumas surpresas: Mistura do amor com a alegria e paz,

Vem como reação na vida, as belezas, Que na sua vida o torna capaz!

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Asilo

O tempo passou inclemente. Corpos envelhecidos, olhares distantes.

Vidas que brotaram da semente. Alguns sadios outros doentes!

Vivendo de lembranças passadas, Suas existências exauridas! Suas vidas transpassadas! Nas suas chagas e feridas. A cada um, uma história!

De suas vidas, vitórias e tristezas, Nos seus caminhos a glória,

E as incertezas! Rostos e semblantes sofridos. Olhos parados na divagação.

Momentos corroídos, Já não há mais satisfação!

Asilo por morada, Silêncio por opção.

A vida, pelo tempo, encurvada, Sentimentos que preenchem o coração!

Uns ao lado dos outros, Sentados, contemplam o que resta da vida! Contando os minutos ainda duradouros...

Numa viagem que só tem ida! Minh’alma, ficou plena de alegria. Meu coração se encheu de amor,

Pelo velhinho que me sorria, Vivendo sua vida, ainda com muito ardor!

A vida passa tão depressa, As coisas acontecem, no passado e no presente!

O tempo é efêmero, e no passado ingressa, No caminho da vida, ele jamais mente!

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Corrida da vida

Do amor em êxtase surge a vida; Um sopro divino inicia a corrida Para a vida, numa competição,

Que na vitória alcança a concepção! Entre milhões de competidores,

Apenas um leva o troféu Numa incursão épica!

À chegada recebe seu laurel! Assim é a primeira conquista da vida;

Somos todos iguais nas chances Oferecidas nessa grande corrida

Na busca frenética percorrida! Qual sopro divino na magia

Da partida e no êxtase da chegada, Um ente que se agasalha

No aconchego de uma redoma! À espera pela luz definitiva,

No tempo que lhe é profundo, O ente de futura pessoa

Amadurece fecundo. Magia divina sopra a vida...

Luz contida e esperada Na alegria de uma chegada,

Êxtase da vitória conquistada!

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Carnaval fantasia da vida

Na fantasia da vida, O folião extravasa! Na alegria altiva,

Seu drama ameniza. Seus dias de carnaval,

Tristeza dá lugar à euforia; Angústias e baixo astral, Troca pelas alegorias!

Seguindo a bateria, o folião samba... Seu coração sorria,

Sua alma irradia! No enredo de sua vida,

A escola canta sua história... O carnaval convida, a curtir sua memória.

Quatro dias sem memória! Vibração entorpecida!

Deixa para trás a história, Da vida adormecida...

Em cada ala uma cena da vida: No samba que fala...

Novo amor que convida... Fantasias do presente, Máscaras do passado. No filme de sua mente, Um folião traspassado. No salão se traveste, Escondido se reveste, De alegria esfuziante, Em arlequim delirante!

Por quatro dias Ele vibrou e dançou.

Fim das orgias... Sua fantasia acabou!

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É nóis mano!

Ô mano é nóis na fita! Nóis leva o baguio e com muito orguio

Nóis guarda na palafita Tipo os ome num chega... Meu...

Nóis é poderoso! Co treis oitão, nóis fica espaçoso!

Ô meu, se liga, senão a coisa quebra! Nóis num qué sonso, tipo Frango véio no puleiro!

Que só pensa no puteiro... Nóis se liga nos ome, Senão a faísca come!

De azeitona nóis tá cheio Do balacobaco nóis acerta em cheio!

É nóis na fita mano! Quem entra pelo cano,

É azeitona de malandro... Os ome rasteja igual calandro!

Caiu no horto tá morto... Tipo se correr o bicho pega,

Se ficar o bicho come! Nóis não há quem enrole! Ihhhh mano...

Os ome chegarum!!! Corre que vem chumbo quente! No morro eles num tentarum... Tipo agora eles que aguente!

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Gotas de brilhantes

O amor tanto goteja, Como gotas de brilhante;

Fecunda a alma que almeja Estar sempre radiante!

No olhar esfuziante; No beijo que seduz; Carícias amantes, Paixão que reluz! Sorriso de paz.

Abraço que acalenta. Gesto que apraz,

O amor que sustenta! Gotas límpidas e transparentes

Como pedra de diamante; São os olhos do amor,

Que reluzem brilhantes! Mãos puras que acariciam

Como afagos apaixonantes! Gotas de amor principiam, Em paixão de brilhantes!

Gotas de brilhantes... Paixões vibrantes...

Amores deslumbrantes... De vidas apaixonantes!

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Poeta

Nas estrofes, ele deixa a sua marca... A inspiração registrada em cada verso!

Palavras surgidas das profundezas de seus devaneios, Poesia que retrata sua abstração e desnuda seus anseios.

Poeta, homem que brinca com as palavras...

Joga com as emoções... Escancara a verdade oculta. Explora o encanto e a tragédia da realidade.

No jogo dos versos e estrofes, aflora sua sensibilidade.

Expressa em versos, a vida nos seus caminhos; Trilhas de existência, que não deixam pegadas.

Na audácia de seus pensamentos em torvelinhos, O poeta divaga entre verdades e charadas!

Alma de homem sensível e pensador...

Espírito iluminado; mostra a vida por dois lados. Do ódio, suas letras levam ao amor,

Á realidade e ao coração, dão sentidos com afagos!

Poeta, homem de muitas vidas; Vidas que vão por muitos caminhos;

Suas trilhas repletas de surpresas atrevidas, Suaves são as palavras que rimam com carinho!

Nos mistérios de suas estrofes,

À reflexão sempre convida. Oculta nos seus versos,

A essência da vida.

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