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julho de 2015 António Carlos Martins Carneiro UMinho|2015 António Carlos Martins Carneiro Universidade do Minho Instituto de Educação A Formação em Alternância no Contexto da Formação Profissional: Análise de Ações de Formação e de (Per)Cursos Profissionais A Formação em Alternância no Contexto da Formação Profissional: Análise de Ações de Formação e de (Per)Cursos Profissionais

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julho de 2015

António Carlos Martins Carneiro

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A Formação em Alternância no Contexto da Formação Profissional: Análise de Ações de Formação e de (Per)Cursos Profissionais

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Relatório de estágio Mestrado em Educação Área de Especialização em Formação, Trabalhoe Recursos Humanos

Trabalho realizado sob a orientação do

Doutor Fernando Ilídio Ferreira

Universidade do MinhoInstituto de Educação

julho de 2015

António Carlos Martins Carneiro

A Formação em Alternância no Contexto da Formação Profissional: Análise de Ações de Formação e de (Per)Cursos Profissionais

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DECLARAÇÃO

Nome: António Carlos Martins Carneiro

Endereço eletrónico: [email protected]

Telefone: 253535321/914653264

Número do Cartão de Cidadão: 02732328

Relatório de Estágio

A Formação em Alternância no Contexto da Formação Profissional: Análise de Ações de Formação

e de (Per)Cursos Profissionais

Orientador: Professor Doutor Fernando Ilídio Ferreira

Ano de conclusão: 2015

Mestrado em Educação – Área de Especialização – Formação, Trabalho e Recursos Humanos

É autorizada a reprodução parcial deste relatório apenas para efeitos de investigação, mediante

declaração escrita do interessado, que a tal se compromete.

Universidade do Minho, ___/___/______

Assinatura: _____________________________________________

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AGRADECIMENTOS

Nesta já longa “caminhada” do meu percurso profissional e académico foram muitos as

mulheres e os homens que direta ou indiretamente, consciente ou inconscientemente,

contribuíram para a concretização deste “sonho” que termina com esta intervenção/investigação.

Neste meu percurso de vida verificaram-se momentos menos bons e com muitas

alterações de humor. Contudo, a motivação e o empenhamento foram determinantes para concluir

este percurso.

Quero agradecer ao meu orientador, o Professor Doutor Fernando Ilídio o apoio e a

orientação para a realização deste trabalho.

Quero também agradecer aos responsáveis pela entidade formadora e em especial à Dr.ª

Marta, toda a sua gentileza e simpatia com que me acolheu e tratou, bem como a todos os seus

técnicos, e em particular aos do núcleo do desenvolvimento social.

Quero ainda agradecer a disponibilidade de todos os que colaboraram nesta investigação

através de inquéritos e entrevistas, dado que sem a sua colaboração a mesma não era possível.

Aos meus colegas e amigos, pelo permanente apoio e pelas palavras simpáticas com que

me granjearam durante todo o meu percurso.

Por fim, mas não menos importante, antes pelo contrário aos meus familiares diretos,

sem os quais não teria sido possível realizar este “sonho”, nomeadamente à Emília pela sua

tolerância e compreensão, ao Tó Miguel pela sua permanente irrequietude e ao Carlos Manuel

pela sua generosidade única.

Obrigado a todos!

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A Formação em Alternância no Contexto da Formação Profissional: Análise de Ações de Formação e de (Per)Cursos Profissionais

António Carlos Martins Carneiro

Relatório de Estágio

Mestrado em Educação – Formação Trabalho e Recursos Humanos

Universidade do Minho

2015

Resumo

Num contexto laboral particularmente desfavorável e altamente imprevisível, a formação

profissional de jovens representa uma mais-valia indiscutível no sistema de ensino e uma interface

privilegiada com o mercado. No entanto, o desencontro da oferta formativa com as necessidades

efetivas das empresas exige um diagnóstico isento e uma avaliação integrada que permita resolver

o subaproveitamento desta modalidade de formação e maximizar o seu valor.

No âmbito do estágio profissionalizante inserido no Mestrado em Educação, na área de

especialização em Formação, Trabalho e Recursos Humanos, foi realizada uma investigação com

o objetivo de estudar a formação profissional de jovens, no âmbito dos programas do Ministério

da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, que visam atenuar o abandono escolar e

possibilitar a certificação escolar e profissional dos jovens.

Foi utilizada uma metodologia qualitativa e no formato de estudo de caso, com o propósito

de analisar em profundidade a dinâmica dos cursos de aprendizagem em alternância

desenvolvidos numa entidade externa de formação, enquadrando esta realidade específica no

contexto nacional.

A informação recolhida permitiu enquadrar a evolução da formação profissional em

Portugal; identificar algumas questões-chave que exigem particular reflexão; e formular ainda

algumas sugestões para a entidade formadora.

A análise efetuada demonstra ainda a necessidade de integrar a perspetiva dos vários

intervenientes e promover a participação e responsabilização ativa das entidades empregadoras,

nomeadamente na definição das áreas de formação, com o intuito de valorizar os cursos de

aprendizagem enquanto ferramenta essencial na preparação efetiva para a inserção no mercado

de trabalho de recursos humanos qualificados e com as competências necessárias para lidar com

a flexibilização e polivalência que a economia atual e a sua globalização exigem.

Estudos adicionais, direcionados para vertentes específicas desta problemática, como a

identificação de boas práticas de formação, permitirão não só corroborar os dados aqui obtidos,

mas também fornecer informação adicional que permita consolidar a importância da formação

profissional no contexto nacional.

Palavras-chave: Jovens, Educação, Formação, Formação em contexto de trabalho, Qualificação profissional.

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Alternance Training Schemes in the Context of Vocational Training: Analysis of Training Actions and Professional Courses

António Carlos Martins Carneiro

Professional Practice Report

Master in Education – Training, Work and Human Resources

University of Minho

2015

Abstract

Over recent years a range of developments in the economic, political, and social spheres

have significantly altered the composition of the labour market. In this challenging and fragile global

environment, youth professional training is of undeniable value and represents a privileged

interface with the labour market. Nonetheless, the discrepancy between the training supply and

the types of labour required by contemporary firms require an objective diagnosis and an inclusive

assessment to overcome the underuse of this training modality and maximise its value.

Within the scope of the internship in a professional context included in the Master’s in

Education – Specialisation in Training, Work and Human Resources, we conducted a research

work with the aim of studying the youth professional training programs under the initiatives of the

Ministry of Solidarity, Employment, and Social Security to address scholar abandonment, and

promote professional and academic certification.

A qualitative and case-study methodology was applied to analyse the dynamics of the

training courses developed by an extern training institution, and this specific reality was then

transposed to the national context.

The data collected provided a detailed overview of the professional training evolution in

Portugal; the identification of critical topics which demand additional attention; and the formulation

of some recommendations for the institution.

Furthermore, our analysis highlighted the necessity of integrating numerous perspectives

from different stakeholders, and stressed the need to promote an active contribution from

companies to define priority training areas. This comprehensive approach will increase the impact

of these courses as essential tools to provide qualified human resources, with a flexible and

compliant skillset, and adaptable to the current global economy.

Additional studies, focusing on specific aspects of this issue, such as the identification of

good training practices, will not only confirm these findings but shall also provide further data to

reinforce the importance of professional training in the national context.

Keywords: Youth, Education, Training, Training in a professional context, Professional qualification.

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 1

2. ENQUADRAMENTO CONTEXTUAL DO ESTÁGIO...................................................................... 3

2.1. CARATERIZAÇÃO DA ENTIDADE ..................................................................................................................... 3

2.2. DIAGNÓSTICO DE NECESSIDADES E INTERESSES .............................................................................................. 5

2.3. OBJETIVOS DA INTERVENÇÃO ....................................................................................................................... 6

3. PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO/INTERVENÇÃO ...................................................................... 7

3.1. ATIVIDADES REALIZADAS ............................................................................................................................. 7

3.2. RECURSOS .............................................................................................................................................. 9

3.3. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO .............................................................................................................................. 9

3.4. MODELO DE ANÁLISE ............................................................................................................................... 10

4. ENQUADRAMENTO TEÓRICO/LEGAL ................................................................................... 13

4.1. O MODELO DE ALTERNÂNCIA NO CONTEXTO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL ......................................................... 13

4.1.1. Conceitos ................................................................................................................................... 13

4.1.2. Formação Profissional ................................................................................................................ 15

4.1.3. A Formação Profissional na atualidade ....................................................................................... 26

4.1.4. Formação em alternância ........................................................................................................... 28

4.1.5. Perspetiva comparada da formação na Alemanha, França e Portugal .......................................... 29

5. APRESENTAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA METODOLOGIA ................................................... 35

5.1. A OPÇÃO PELA INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA ................................................................................................... 35

5.2. O ESTUDO DE CASO ................................................................................................................................ 36

5.3. TÉCNICAS DE RECOLHA E ANÁLISE DE DADOS ................................................................................................ 37

5.4. PROCEDIMENTOS DE TRATAMENTO E ANÁLISE DE DADOS ................................................................................. 39

5.5. INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO .................................................................................................................. 40

5.6. ENTREVISTA .......................................................................................................................................... 41

5.7. OBSERVAÇÃO DIRETA, PARTICIPANTE E NÃO PARTICIPANTE ............................................................................... 42

5.8. ANÁLISE DE CONTEÚDO ........................................................................................................................... 45

6. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DO PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO ...................................... 47

6.1. A PERSPETIVA DOS FORMANDOS ................................................................................................................ 47

6.1.1. Curso de Técnico/a de Instalações Elétricas ............................................................................... 48

6.1.2. Curso de Vitrinismo .................................................................................................................... 52

6.1.3. Curso de Técnico/a de Vendas – 2012/2014 ............................................................................ 58

6.1.4. Curso de Técnico/a de Vendas – 2013/2015 (3º Ano) ............................................................... 59

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6.1.5. Curso de Técnico/a de Vendas – 2014/2017 (1º Ano) ............................................................... 62

6.2. A PERSPETIVA DOS FORMADORES ............................................................................................................... 66

6.3. A PERSPETIVA DOS TUTORES E EMPRESAS .................................................................................................... 68

6.4. A PERSPETIVA DA TÉCNICA DE INFORMAÇÃO E ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL ......................................................... 68

6.5. A PERSPETIVA DOS GESTORES E TÉCNICOS DA SOL DO AVE .............................................................................. 69

6.6. A PERSPETIVA DOS TÉCNICOS DO IEFP ........................................................................................................ 70

7. PERSPETIVAS CRUZADAS DOS ATORES ............................................................................... 73

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................... 85

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................... 93

ANEXOS ...................................................................................................................................... 119

ORGANIGRAMA SOL DO AVE ................................................................................................................................ 121

AUTORIZAÇÃO DA ENTIDADE DE ESTÁGIO PARA REFERÊNCIA À SUA IDENTIDADE ............................................................... 125

EXCERTO DE NOTÍCIA DO JORNAL DE NOTICIAS DE 28.06.2015 ................................................................................ 129

DIVULGAÇÃO DE NOVOS CURSOS A INICIAR EM SETEMBRO DE 2015 ............................................................................ 133

APÊNDICES................................................................................................................................. 137

GUIÕES 139

MODELO DE CARTA ENVIADA AOS FORMANDOS ........................................................................................................ 165

ANÁLISE DAS ENTREVISTAS AOS FORMANDOS .......................................................................................................... 169

GRÁFICOS ....................................................................................................................................................... 229

ANÁLISE DAS ENTREVISTAS AOS FORMADORES ......................................................................................................... 235

ANÁLISE DAS ENTREVISTAS AOS TUTORES/EMPRESÁRIOS ........................................................................................... 247

ANÁLISE DA ENTREVISTA À TÉCNICA DE INFORMAÇÃO E ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL ....................................................... 253

ANÁLISE DAS ENTREVISTAS AOS GESTORES E TÉCNICOS DA SOL DO AVE ....................................................................... 259

ANÁLISE DAS ENTREVISTAS AOS TÉCNICOS DO IEFP ................................................................................................. 277

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ÍNDICE DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1: NÚMERO DE FORMANDOS EM PORTUGAL DURANTE O ANO DE 2014. FONTE: IEFP. ..................................... 34

GRÁFICO 2: AVALIAÇÃO GLOBAL DA FORMAÇÃO. ..................................................................................................... 51

GRÁFICO 3: AVALIAÇÃO GLOBAL DA FORMAÇÃO PARA O CURSO DE VITRINISMO. ............................................................ 56

GRÁFICO 4: AVALIAÇÃO GLOBAL DA FORMAÇÃO DO CURSO TÉCNICO DE VENDAS 2013/2015 (3º ANO). .......................... 62

GRÁFICO 5: AVALIAÇÃO GLOBAL DA FORMAÇÃO DO CURSO DE TÉCNICO DE VENDAS 2014/2017. .................................. 65

ÍNDICE DE QUADROS

QUADRO 1: CARACTERIZAÇÃO SOCIAL, PERCURSO ESCOLAR E PROFISSIONAL DOS FORMANDOS DO CURSO DE TÉCNICO DE

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS. .................................................................................................................................. 49

QUADRO 2: PERCURSO DOS FORMANDOS DURANTE A FORMAÇÃO, ATIVIDADES PARALELAS E EXPECTATIVAS QUANTO AO FUTURO

PROFISSIONAL. ................................................................................................................................................ 50

QUADRO 3: RESULTADOS DA FORMAÇÃO E EXPECTATIVAS QUANTO AO EMPREGO. ......................................................... 52

QUADRO 4: CARACTERIZAÇÃO SOCIAL, PERCURSO ESCOLAR E PROFISSIONAL DOS FORMANDOS DO CURSO DE VITRINISMO. ... 53

QUADRO 5: PERCURSO DOS FORMANDOS DURANTE A FORMAÇÃO, ATIVIDADES PARALELAS E EXPECTATIVAS QUANTO AO FUTURO

PROFISSIONAL. ................................................................................................................................................ 54

QUADRO 6: RESULTADOS DA FORMAÇÃO E EXPECTATIVAS QUANTO AO EMPREGO. ......................................................... 57

QUADRO 7: CARACTERIZAÇÃO DO PERCURSO DOS FORMANDOS DO CURSO DE TÉCNICO DE VENDAS 2012/2014. ............ 58

QUADRO 8: CARACTERIZAÇÃO SOCIAL, PERCURSO ESCOLAR E PROFISSIONAL DOS FORMANDOS DO CURSO DE TÉCNICO DE

VENDAS 2013/2015. ..................................................................................................................................... 60

QUADRO 9: CARACTERIZAÇÃO SOCIAL, PERCURSO ESCOLAR E PROFISSIONAL DOS FORMANDOS DO CURSO DE TÉCNICO DE

VENDAS 2014/2017. ..................................................................................................................................... 63

QUADRO 10: PERCURSO DOS FORMANDOS DURANTE A FORMAÇÃO, ATIVIDADES PARALELAS E EXPECTATIVAS QUANTO AO

FUTURO PROFISSIONAL. ..................................................................................................................................... 64

QUADRO 11: A PERSPETIVA DOS INTERVENIENTES QUANTO À OPÇÃO POR ESTES CURSOS PROFISSIONAIS. ......................... 73

QUADRO 12: A PERSPETIVA DOS INTERVENIENTES QUANTO AO RECURSO A ENTIDADES EXTERNAS. ................................... 75

QUADRO 13: A PERSPETIVA DOS INTERVENIENTES QUANTO À OFERTA FORMATIVA ......................................................... 76

QUADRO 14: A PERSPETIVA DOS INTERVENIENTES QUANTO ÀS ÁREAS PRIORITÁRIAS DE FORMAÇÃO. .................................. 77

QUADRO 15: A PERSPETIVA DOS INTERVENIENTES QUANTO AOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS. ....................................... 78

QUADRO 16: A PERSPETIVA DOS INTERVENIENTES QUANTO À QUALIDADE/QUANTIDADE DE FORMAÇÃO. ............................ 80

QUADRO 17: A PERSPETIVA DOS INTERVENIENTES QUANTO A CERTIFICAÇÃO ESCOLAR/PROFISSIONAL. .............................. 82

QUADRO 18: A PERSPETIVA DOS INTERVENIENTES QUANTO AO PROSSEGUIMENTO DE ESTUDOS. ...................................... 83

QUADRO 19: A PERSPETIVA DOS INTERVENIENTES QUANTO À INTEGRAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO. ............................ 84

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ÍNDICE DE TABELAS

TABELA 1: CRONOGRAMA DE ATIVIDADES. ............................................................................................................... 7

TABELA 2: ENTREVISTAS REALIZADAS AOS FORMANDOS. .......................................................................................... 47

TABELA 3: ANÁLISE SWOT DA ENTIDADE EXTERNA DE FORMAÇÃO, SOL DO AVE. .......................................................... 90

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANQ - Agência Nacional para a Qualificação

ANQEP - Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional

CEDEFOP - Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Profissional

CEE - Comunidade Económica Europeia

CEF - Cursos de Educação e Formação

CENFIM - Centro de Formação Profissional da Industria Metalúrgica e Metalomecânica

CFP - Centro de Formação Profissional

CGD - Centro de Formação Profissional de Gestão Direta

CGP - Centro de Formação Profissional de Gestão Participada

CNQ - Catálogo Nacional de Qualificações

DLBC - Desenvolvimento Local de Base Comunitária/Rural

EE - Entidade Empregadora

EF - Entidade Formadora

F - Formador

FCT - Formação em Contexto de Trabalho

FSE - Fundo Social Europeu

IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional

IFPA - Instituto de Formação Profissional Acelerada

INOFOR - Instituto para a Inovação na Formação

IOP - Informação e Orientação Profissional

LBSE- Lei de Bases do Sistema Educativo

ME - Ministério da Educação

NUT - Nomenclatura das Unidades de Nível Territorial para fins estatísticos

PAF - Prova de Avaliação Final

POPH - Programa Operacional do Potencial Humano

PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural do Continente

QCA - Quadro Comunitário de Apoio

QEQ - Quadro Europeu de Qualificações

QNQ - Quadro Nacional de Qualificações

QREN - Quadro de Referência Nacional

EU - União Europeia

SNE - Serviço Nacional de Emprego

SWOT - Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças

UFCD - Unidade Formação de Curta Duração

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António Carlos Carneiro | pg25640 1

1. INTRODUÇÃO

A formação profissional constitui uma área estruturante do sistema educativo em Portugal

e uma interface essencial com o mercado de trabalho. Considerando a sua importância e a

controvérsia que frequentemente desperta, decidimos abordar os cursos de formação profissional

inicial, no contexto do “Sistema de Aprendizagem”, também conhecido pela Formação em

Alternância, no âmbito do estágio curricular de natureza profissionalizante inserido no Mestrado

em Educação, na área de especialização em Formação, Trabalho e Recursos Humanos.

Foi necessário encontrar uma entidade de formação profissional que nos possibilitasse a

aquisição de novos conhecimentos, mas também que manifestasse interesse e pudesse beneficiar

com o estudo desta modalidade de formação profissional, considerando novas referências e

informações tendentes à inserção de novos procedimentos no desenvolvimento dos cursos de

aprendizagem/formação em alternância. Encontrada esta entidade foi fundamental definir um

plano de trabalho, que consistiu em quatro vertentes.

1 - Análise dos Planos de Formação

2 - Análise das Políticas de Formação

3 - Análise dos Resultados da Formação

4 - Deteção dos Efeitos da Formação percebidos pelos formandos

A formação profissional é na atualidade considerada uma ferramenta indispensável para

a inserção dos jovens na vida ativa, pelo que se torna essencial perceber se esta modalidade de

formação corresponde aos objetivos nacionais, enquanto política pública de formação, mas

sobretudo avaliar a sua importância real para a integração dos jovens em contexto laboral e a

adequação à realidade de um mercado de trabalho cada vez mais exigente, competitivo e global.

A concretização do estágio permitiu não só culminar e consolidar todo o processo de

aquisição de conhecimentos e competências no decorrer do percurso académico, mas também

tirar partido de toda a experiência acumulada nesta área ao longo da atividade profissional para

dar especial ênfase à investigação desenvolvida, criando valor para a entidade.

Para atingir os objetivos pretendidos, o presente relatório foi dividido em seis capítulos. O

primeiro inclui o enquadramento contextual, caracterizando a entidade acolhedora do estágio. No

segundo capítulo são definidos os objetivos da investigação, enquanto no terceiro é apresentado

o processo de investigação/intervenção, incluindo as opções metodológicas e os instrumentos de

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Introdução

António Carlos Carneiro | pg25640 2

recolha de dados. No quarto capítulo, procedemos ao enquadramento teórico da formação

profissional e em particular dos cursos de aprendizagem. No quinto capítulo explicitamos o modo

como os dados foram tratados e analisados, e no capítulo sexto apresentamos e discutimos o

processo de investigação/intervenção.

Por fim, elaboramos uma síntese interpretativa dos resultados do estudo e apresentamos

ainda algumas reflexões e considerações finais sobre o estudo realizado, discutindo em que

medida os objetivos propostos para este trabalho foram alcançados.

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2. ENQUADRAMENTO CONTEXTUAL DO ESTÁGIO

2.1. Caraterização da entidade

Os primeiros contactos foram estabelecidos com o Departamento de Qualificação,

Formação e Desenvolvimento Social da Associação Sol do Ave, com a interlocução da pessoa que

foi posteriormente nomeada acompanhante de estágio.

A Sol do Ave – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Vale do Ave – tem estatuto

jurídico de uma associação de direito privado sem fins lucrativos. Foi criada em julho de 1993 e

resulta de uma iniciativa conjunta de jovens à procura do primeiro emprego em parceria com a

AMAVE – Associação de Municípios do Vale do Ave, tendo como área geográfica de intervenção a

globalidade da NUT III – Ave.

Os seus órgãos sociais são compostos por uma Assembleia Geral, Direção e Conselho

Fiscal. A sua estrutura organizacional, conforme organigrama funcional (anexo n.º1), é composta

pela Administradora que gere esta associação, através dos vários departamentos: de qualificação,

formação e desenvolvimento social, desenvolvimento rural e financeiro, bem como pelos serviços

administrativos de apoio aos dirigentes e aos departamentos.

O Departamento de Qualificação, Formação e Desenvolvimento Social é dirigido por uma

Diretora que gere as duas áreas de ação do departamento, a área de desenvolvimento social e a

área da qualificação/formação, sendo também responsável pelas relações externas e a

cooperação interterritorial e transnacional.

É no âmbito deste departamento que se enquadra a qualificação/formação de jovens, que

inclui os cursos de aprendizagem, que pretendemos estudar.

O público-alvo da entidade é constituído por toda a comunidade territorial da NUT III –

Ave, dada a diversidade das suas intervenções quer na área rural, quer na área social, económica

e cultural, dedicando-se particularmente aos públicos mais desfavorecidos, quer na sua

(re)qualificação profissional, através das várias modalidades de formação profissional, quer no

apoio ao empreendedorismo, nomeadamente através da criação do próprio emprego e na

recuperação/renovação de espaços destinados ao turismo de habitação e de (re)inserção social

de grupos mais desfavorecidos.

O objetivo da entidade é contribuir para a promoção do desenvolvimento integrado do Vale

do Ave e intervir no domínio do desenvolvimento regional, promovendo as mais diversas atividades

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Enquadramento Contextual do Estágio

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e tendo como principais áreas de atuação a formação profissional e o desenvolvimento social e

rural. Desenvolve e participa na prestação dos mais diversos serviços, tais como:

- Promoção e realização de formação profissional;

- Elaboração de estudos;

- Realização de campanhas, seminários, conferências e colóquios;

- Implementação de programas e projetos de âmbito económico, social e cultural;

- Implementação de equipamentos sociais e serviços;

- Promoção de melhoria das condições de habitação;

- Cooperação inter-regional e internacional;

- Promoção de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres;

- Consultoria, orientação e assistência operacional às empresas ou organismos

públicos, em matéria de planeamento, organização, controlo, informação e gestão;

- Reorganização de empresas, gestão financeira e outros serviços administrativos.

No âmbito do desenvolvimento social a Sol do Ave tem em execução os seguintes projetos:

- Projeto InOut-E5G, que visa promover a inclusão social de crianças e jovens

provenientes de contextos socioeconómicos mais vulneráveis das famílias residentes

no Bairro da Cumieira, no concelho de Fafe;

- O projeto IN_RUAS insere-se no âmbito do Programa de Respostas Integradas (PRI),

do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) e tem como destinatários

indivíduos toxicodependentes, com graves problemas de saúde para além da

dependência e que, pela sua situação de exclusão social, apresentam muitas

resistências e/ou não recorrem aos serviços sociais e de saúde existentes;

- O projeto Social Angels, promovido pela Sol do Ave em parceria com o município da

Póvoa de Lanhoso, que se enquadra no Programa Cidadania Ativa e tem como

objetivo o apoio à empregabilidade e inclusão dos jovens;

- Um Gabinete de Inserção Profissional (GIP), enquanto estrutura de intervenção social

de apoio ao emprego e/ou formação/qualificação profissional e de criação do próprio

emprego que intervém junto da população de diversas freguesias do concelho de

Guimarães.

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Enquadramento Contextual do Estágio

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No âmbito da formação profissional, continua a desenvolver ações de formação que têm

como destinatários os jovens e os desempregados, e formação contínua para os indivíduos ativos,

consoante as modalidades mais ajustadas aos respetivos públicos, desde formação não financiada

aos cursos de aprendizagem.

Inserido na Quadro Portugal 2020, a entidade tem uma candidatura no âmbito do

Desenvolvimento Local de Base Comunitária/Rural (DLBC), para continuar a dinamizar as zonas

rurais nos territórios da sua intervenção que anteriormente estavam inseridas no Programa de

Desenvolvimento Rural do Continente (PRODER).

Acresce que na área do desenvolvimento social foram efetuadas várias publicações, entre

as quais se destaca: “Entre Terras e Gentes - percursos de um projeto Social em Rede” e o

Levantamento “Formar Quem, Como e Porquê?”.

2.2. Diagnóstico de necessidades e interesses

Embora estivesse já delineado o fio condutor do trabalho a realizar durante o estágio, na

visita guiada que efetuamos às instalações da entidade formadora para conhecermos os seus

recursos humanos, bem como os procedimentos utilizados no desenvolvimento diário da sua

atividade, verificamos que nem tudo poderia ser executado de acordo com o planeado, pelo que

foi necessário dialogar e adaptar algumas ideias por forma a ajustar os objetivos do trabalho à

realidade diária da entidade.

Nesse sentido, foi então necessário identificar, analisar, problematizar e sugerir dinâmicas

e estratégias que permitissem enquadrar as questões que pretendíamos estudar como as

relacionadas com os formandos, os formadores, a entidade formadora e as empresas que

acolhiam os formandos para a formação em contexto de trabalho, por forma a garantir o

desenvolvimento e concretização da nossa intervenção/investigação.

Tendo em atenção as preocupações da entidade para compreender o desenvolvimento

destes cursos, nomeadamente aspetos relacionados com os formandos durante a formação em

sala, propuseram que analisássemos se os comportamentos dos formandos resultavam de

insuficiências de aprendizagem, da sua situação sociofamiliar, ou dos métodos utilizados pelos

formadores no processo formativo.

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Enquadramento Contextual do Estágio

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2.3. Objetivos da intervenção

A definição e estruturação dos objetivos do estudo são cruciais para o sucesso do mesmo,

constituindo estes os “princípios de orientação que norteiam os esforços dos membros da equipa

desenvolvidos no sentido de contribuírem para alcançar o alvo do projeto” (Randolph & Posner,

1992:29).

Tendo em atenção o contexto socioeconómico que atravessamos e considerando as

necessidades, interesses e expectativas da entidade, pretendemos no decorrer do estágio

compreender as dinâmicas que orientam os cursos de aprendizagem, de modo a permitir uma

reflexão abrangente e aprofundada sobre a importância atribuída aos mesmos.

Como objetivos específicos deste trabalho, “formulados em termos operacionais,

quantitativos ou qualitativos, de forma a tornar possível analisar a sua concretização, sendo

frequentemente considerados como metas” (Guerra, 2006:164), estabelecemos a necessidade

de captar a congruência/não congruência entre os cursos de aprendizagem/formação em

alternância e as políticas de formação profissional, enquanto instrumento para a inserção em

contexto laboral de forma qualificada dos jovens no mercado de trabalho.

Pretendemos ainda compreender se a formação desenvolvida em alguns cursos de

aprendizagem/formação em alternância correspondeu ou não às expectativas dos jovens e das

entidades empregadoras.

A análise e avaliação dos cursos de aprendizagem desenvolvidos por esta entidade

formadora, através da identificação das dinâmicas, da estratégia e da metodologia utilizadas no

desenvolvimento da formação, da observação em sala, do contacto com os formandos, os

formadores, os tutores, os empresários e os técnicos da entidade, permitirá contribuir para a

melhoria destes cursos, possibilitando assim possíveis correções e o incremento da qualidade da

organização, nomeadamente nos cursos de aprendizagem, bem como aprofundar o nosso

interesse crescente em refletir sobre esta temática.

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3. PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO/INTERVENÇÃO

3.1. Atividades realizadas

Para atingir estes objetivos foi elaborado um plano de trabalho, conforme cronograma

apresentado na tabela 1, que consistiu em reuniões com a coordenadora da formação, com a

técnica responsável pelo acompanhamento destes cursos, contacto com os formandos e

formadores, assistência a aulas da componente sociocultural, científica e tecnológica, assistência

às provas de avaliação final (PAF) e consulta de literatura.

Tabela 1: Cronograma de atividades.

Atividades

2014 2015

out nov dez jan fev mar abr mai jun jul

Reuniões com membros da entidade

Definição das atividades a desenvolver

Pesquisa, planeamento e análise documental

Identificação dos intervenientes dos cursos de formação

Contactos com os intervenientes

Reuniões com o orientador científico

Revisão da literatura

Preparação dos guiões de entrevista e outros instrumentos

Realização de entrevistas

Análise de conteúdo das entrevistas

Tratamento e análise dos dados

Preparação do relatório

Recomendações e Conclusão do relatório

Entrega do relatório/tese

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Processo de Investigação/Intervenção

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As atividades previstas corresponderam aos objetivos da investigação, e o

desenvolvimento e finalização foram condicionados às circunstâncias efetivamente

proporcionadas, quer pela entidade acolhedora do estágio, quer pelos seus técnicos e pelos

tutores, representantes e dirigentes das empresas que possibilitaram a formação em posto de

trabalho, bem como pelos ex-formandos, formandos e formadores.

Naturalmente, realizamos várias reuniões de trabalho com o orientador da Universidade

do Minho, com a acompanhante na entidade formadora, bem como procedemos à revisão da

literatura, à elaboração dos instrumentos de recolha de informação – inquérito, plano e guião de

entrevistas e às grelhas de observação, observando todos os cuidados que as ciências sociais, e

particularmente a ciência da educação, sugerem.

Para recolher as diferentes perspetivas, consideramos a metodologia qualitativa a mais

adequada para a nossa investigação, pois “a organização de uma investigação em torno das

hipóteses de trabalho constitui a melhor forma de a conduzir com ordem e rigor” (Quivy &

Campenhoudt, 2008:119). Procuramos que as nossas características e reflexões pessoais

consolidadas ao longo do nosso percurso profissional não interferissem na definição dos objetivos

deste estudo, sendo o principal interesse a relevância do tema.

Procedemos à análise documental, à realização das entrevistas individuais e/ou de grupo,

à aplicação do pré-teste e à aplicação dos inquéritos por questionário, à observação direta, e

efetuamos ainda visitas a algumas empresas onde decorreu a formação em contexto de trabalho.

Além do tratamento e análise dos dados, existiu uma colaboração estreita nas atividades

da entidade formadora, nomeadamente no núcleo de desenvolvimento social e qualificação.

Contribuímos para a preparação de uma candidatura ao IEFP para que a entidade seja

considerada uma entidade de apoio técnico (EAT), no apoio ao acompanhamento de projetos de

empreendedorismo e de criação de emprego, através da colaboração num inquérito sobre as

necessidades de formação profissional às entidades e aos trabalhadores de entidades de apoio

social (IPSS), bem como o apoio pontual aos técnicos do referido setor.

Desta forma, foi possível conhecer melhor a respetiva organização e seu funcionamento,

assim como proceder à redação deste relatório.

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Processo de Investigação/Intervenção

António Carlos Carneiro | pg25640 9

3.2. Recursos

Para desenvolver esta investigação, contamos com a colaboração e disponibilidade da Sol

do Ave, através da cooperação da acompanhante do estágio, da coordenadora da formação e dos

seus técnicos, bem como o acesso a todos os intervenientes nos cursos de aprendizagem. Houve

ainda a cedência do espaço físico (secretária, cadeira), assim como, em situações pontuais,

fotocópias e documentação sobre os cursos de formação desenvolvidos, sendo os recursos

disponibilizados à medida da sua necessidade.

Acresce que foi fundamental para esta investigação o apoio bibliográfico e a orientação

científica do orientador do estágio, docente do Instituto da Educação da Universidade do Minho,

bem como a disponibilidade dos formandos e dos formadores e dos recursos imateriais como a

autonomia, transparência, prestabilidade, tempo e dedicação.

3.3. Critérios de seleção

O público-alvo da nossa intervenção foi o contingente de jovens que frequentou e/ou

frequenta os cursos de formação profissional no âmbito do sistema de aprendizagem, englobando

jovens dos 15 aos 24 anos de idade.

Na sequência dos contactos estabelecidos com as representantes da Sol do Ave, e tendo

em conta que o objetivo desta investigação é a análise dos cursos de Aprendizagem/Formação

em Alternância, no âmbito do protocolo estabelecido com o IEFP, acordamos com a entidade

proceder à análise de dois cursos, um de Técnico/a de Vendas e outro de Vitrinismo.

No entanto, confrontados com a existência de um curso de Técnico de Instalações

elétricas, já no 3.ºano e que se aproximava do fim, decidimos incluir este curso no estudo, tendo

em conta que tratava uma área de formação diferente. Posteriormente, perante a constatação de

que a edição do curso de Técnico/a de Vendas considerada para o estudo já tinha terminado em

fevereiro de 2014, decidimos que relativamente a este curso, para além da análise documental e

do contacto com os formandos para análise da fase do pós-curso, seria incluída uma outra edição

do mesmo que a entidade formadora tinha a decorrer, já no 3.ºano e com o fim previsto para maio

de 2015, estando previsto o início de uma terceira edição ainda em 2014.

Neste contexto, reajustamos o nosso acordo por forma a incluir estes dois cursos na nossa

investigação, nomeadamente para analisar a componente motivacional dos formandos e a

componente formativa de mais estes dois cursos.

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Processo de Investigação/Intervenção

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3.4. Modelo de análise

Para compreender e interpretar os resultados e os efeitos dos cursos de formação

profissional, optámos pela conceção de um modelo de análise composto por conceitos e hipóteses

que, articulados entre si, pudessem formar um quadro de análise que se pretende crítica, reflexiva

e coerente com uma hipótese central e outra complementar. Será um processo de investigação

que, através de uma lógica de natureza indutiva, através da observação participante com uma

maior orientação para a descoberta do que para a prova, possa responder aos objetivos

delineados.

Analisar os cursos de aprendizagem pressupõe compreender a forma como se processa

a sua articulação com as especificidades dos percursos pessoais e profissionais.

Na sequência do pensamento de Quivy & Campenhoudt (2008:119), que diz que a

“hipótese traduz, por definição, este espírito de descoberta que caracteriza qualquer trabalho

científico” (…) e que uma verdadeira investigação necessita de ter pelo menos uma ou várias

hipóteses, formulamos uma hipótese exploratória geral:

- Os cursos de aprendizagem são ações de formação adequadas ao modelo de ensino

tradicional, constituindo alternativas viáveis à inserção dos jovens no mercado de trabalho.

Como a centralidade desta investigação é analisar o impacto dos cursos de aprendizagem,

enquanto sistema de formação em alternância, na motivação e possibilidade dos jovens se

inserirem no mercado de trabalho, formulamos hipóteses mais específicas que são consideradas,

neste trabalho, questões geradoras da pesquisa:

Questão 1 – Os cursos de aprendizagem melhoram a motivação e a possibilidade dos

jovens para a sua inserção no mercado de trabalho?

Questão 2 – De que modo os cursos de aprendizagem favorecem o crescimento pessoal

e social dos jovens que os frequentam?

Questão 3 – Em que medida os cursos de aprendizagem correspondem às necessidades

do mercado de trabalho?

Questão 4 – Quais as possibilidades de inserção dos jovens que frequentaram os cursos

de aprendizagem?

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Processo de Investigação/Intervenção

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Para responder a estas questões, efetuamos pesquisa e consulta de informação

bibliográfica e procedemos à realização de entrevistas a formandos, formadores, tutores de posto

de trabalho e a representantes de empresas de apoio à alternância, relativamente a ações de

formação já concluídas.

A apresentação destas questões assenta na necessidade de estabelecer um conjunto de

relações conceptuais compreensivas que são a via organizada de interpretar e orientar os termos

e os intuitos da investigação.

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4. ENQUADRAMENTO TEÓRICO/LEGAL

4.1. O Modelo de Alternância no contexto da Formação Profissional

Com a globalização e os seus efeitos nas mais diversas esferas da vida social – a

economia, a cultura, o trabalho, o lazer, a educação, etc. – e, especialmente, a multiplicidade de

fontes disponíveis para o acesso ao conhecimento e à informação, após a década de 1980,

generalizou-se a ideia de que o sucesso de uma organização depende dos indivíduos que nela

trabalham, pelo que o seu desenvolvimento tornou-se imprescindível, nomeadamente através da

educação, mas particularmente através de uma aprendizagem e atualização constantes, pois os

novos modos de produção assentam na especificidade de funções, com o recurso à capacidade

de inovação, sobretudo tecnológica e à responsabilização.

Neste contexto, surgem novas formas de conceber a educação e a formação, estendendo

o tempo de desenvolvimento e aquisição de saberes e competências ao longo de todo o percurso

profissional. Como refere Delors (2001:89) “hoje em dia, ninguém pode pensar em adquirir, na

juventude, uma bagagem inicial de conhecimentos que que lhe baste para toda a vida, porque a

evolução rápida do mundo exige um atualização contínua”. Na sequência desta alteração de

paradigma, a Comissão Europeia adota a designação de “aprendizagem ao longo da vida”

(Comissão Europeia, 2006 e 2013).

Destaca-se a formação profissional de jovens, em especial dos que frequentam o ensino

profissional, através de um modelo de alternância entre o espaço de formação teórica e o espaço

de formação em contexto de trabalho, que atinge uma importância estratégica determinante, já

que, com a escassez atual de empregos, a sociedade exige dos jovens profissionais muito maior

capacidade competitiva no emprego.

4.1.1. Conceitos

Para o IEFP, enquanto entidade gestora dos cursos de aprendizagem, a formação

profissional inicial é toda a formação destinada a conferir aos indivíduos uma qualificação

certificada, ao mesmo tempo que fornece uma preparação para a vida adulta e profissional.

Podemos definir este conceito num sentido abrangente, como “conjunto de atividades que

visam a aquisição de conhecimentos, capacidades, atitudes e formas de comportamento exigidos

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Enquadramento Teórico/Legal

António Carlos Carneiro | pg25640 14

para o exercício das funções próprias de uma profissão ou grupo de profissões em qualquer ramo

de atividade económica” (Oliveira, Pais & Cabrito, 1999, citado por Bernarda 2013:5).

Noutro sentido, a formação é considerada como “um processo de diferenciação e de

ativação energética, exercendo-se em todos os níveis de vida e do pensamento cuja experiência

não consiste em suportá-la, mas ter nela uma participação ativa” (Honoré, 1977, citado por

Canário, 1999:34). Por outro lado, a formação tende a desenvolver no formando aptidões mais

específicas com vista a um papel particular que pressupõe um conjunto definido de tecnologias e

de funções.

Assistimos nos anos 1990 à transição da conceção da “Educação Permanente” (Canário,

2003; Lima, 2007) para uma conceção da “Aprendizagem ao Longo da Vida” (Ferreira 2012;

Lima, 2012). Segundo Canário (2003:195), tal representa “uma rutura e não uma continuidade,

em que a mudança fundamental reside na passagem do modelo da ‘qualificação’ para o modelo

da ‘competência’ na formação”.

O uso do termo qualificação remete-nos para a obtenção de títulos académicos, diplomas,

graus, certificados, que constituem uma garantia de prévia aquisição dos saberes requeridos por

situações de trabalho específicos, ou seja, nesta perspetiva “as qualificações adquirem-se por um

processo cumulativo enquanto as competências só podem ser produzidas em contexto, a partir

da experiência” (Canário, 2001:37-38). A qualificação não é um garante da competência. A

competência é produzida “em ato” (Canário, 2001).

Nesta ótica, a formação nos tempos atuais requer que não se abandonem as qualificações

e competências que permitam aos indivíduos enfrentar a imprevisibilidade e a intervenção nos

contextos reais de trabalho e que o formando seja considerado como um sujeito ator e autor da

sua própria formação.

Já Zarifian (2001) estabelece uma diferença entre competência (no singular) e as

competências (no plural), estando o conceito de competência centrado na iniciativa e

responsabilidade tanto de indivíduo como de grupo ante uma situação profissional onde a ação

individual revela-se insuficiente frente à complexidade dos problemas enfrentados na produção.

A competência pode ser demonstrada através dos conhecimentos que são mobilizados

mesmo quando são “designados” como capacidades, dado que possuir um conjunto de saberes

e capacidades, por si só, não é condição suficiente para ser considerado competente, mas é

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Enquadramento Teórico/Legal

António Carlos Carneiro | pg25640 15

sobretudo a capacidade de saber como proceder para agir/reagir, isto é, saber mobilizar os seus

recursos com pertinência no momento certo (Boterf, 2003:44).

Numa perspetiva crítica, podemos considerar que a formação tende a exercer uma tirania

sobre o indivíduo, na medida em que se torna a via indispensável para ser excelente (Vaz,

2003:15). Em suma, a deriva da noção de qualificação para a noção de competência está

relacionada com a crescente precarização do trabalho, que faz com que o indivíduo se sinta

constantemente em “défice” de competências e de competência, ao ser confrontado a todo o

momento com o discurso do sucesso, da qualidade e da excelência.

4.1.2. Formação Profissional

A formação profissional tem o seu início na sequência da revolução industrial mas em

Portugal é sobretudo no século XIX que se dão os primeiros passos. Em 1852 foi instituído o

ensino técnico industrial em Portugal, por decreto aprovado e publicado em 30 de dezembro por

Fontes Pereira de Melo, com a criação do Instituto Industrial de Lisboa e a Escola Industrial do

Porto, criada a Associação Industrial Portuense, sendo que o ensino era vocacionado para uma

formação tecnológica profissionalizante, constituindo uma relação mais próxima entre as

necessidades da indústria e os currículos escolares numa perspetiva de diferenciação.

Em 1869, o ensino comercial é inserido no Instituto Industrial, este passa a designar-se

Instituto Industrial e Comercial de Lisboa. Segundo Carvalho (2008) “a legislação sobre Escolas

Técnicas (industriais, agrícolas e comerciais) é a contribuição mais notável de Fontes Pereira de

Melo para o progresso do nosso ensino”. A partir de 1880, nasceu em Portugal uma rede escolar

de ensino técnico, que chegou a ultrapassar os 3.000 alunos. Nesta década, criaram-se, ainda,

as Escolas Práticas em diferentes regiões do país. Nesse momento, contavam-se doze Escolas

Industriais e dezasseis Escolas de Desenho Industrial (Carvalho, 2008).

Com a instauração da República em 1910, reestruturou-se o ensino técnico e secundário,

fomentando e fortalecendo o ensino técnico profissional com novas perspetivas pedagógicas que

pretendiam reformar a mentalidade portuguesa por diversas vias, nomeadamente pela via da

educação. A 1.ª República (1910-1926) marcou de forma importante o crescimento da formação

profissional, com a defesa de novas perspetivas pedagógicas para a educação e o fortalecimento

do ensino técnico profissional. Em 1911, o Decreto (sem número) de 23 de maio (Diário do

Governo n.º121 de 25 de maio) determina a separação Instituto Industrial e Comercial de Lisboa

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Enquadramento Teórico/Legal

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em duas escolas autónomas: o Instituto Superior Técnico e o Instituto Superior do Comércio

(Carvalho, 2008).

Segundo Carvalho (2008), o governo de Sidónio Pais procurou reorganizar o ensino

técnico industrial e comercial, por meio do Decreto n.º 5029 aprovado em 1 de dezembro de

1918, (Diário do Governo n.º263, de 5 dezembro), através da criação de Escolas de Artes, e para

maior especialização, existiriam as Escolas Industriais. Durante a 1.ª República, a população

escolar nas modalidades de ensino profissional duplicou, sendo de 14.714 alunos à data de 1926.

O golpe militar de 28 de maio pôs termo à 1.ª República.

A formação profissional propriamente dita surgiu nos anos 30. Tratava-se de um ensino

orientado para uma camada etária jovem com vista ao mercado de trabalho operário. A partir dos

anos 40, o público-alvo passou a ser mais abrangente. Todavia, durante o Estado Novo assistiu-se

a um distanciamento em relação às políticas educativas da 1.ª República, visto que o principal

objetivo da escola era a promoção da “virtude ”, estando esta acima dos conhecimentos adquiridos

ou da formação profissional. Podemos considerar que o Estado Novo incentivou o pendor elitista

do ensino (Carvalho, 2008).

Em 1947, procedeu-se a nova alteração com a instituição de dois graus, um com a

duração de dois anos e outro com a duração máxima de quatro anos. Nesta década, criaram-se

ainda as Escolas Práticas em diferentes regiões do país. Nesse momento, contavam-se doze

Escolas Industriais e dezasseis Escolas de Desenho Industrial. Em 1948, o “Estatuto do Ensino

Profissional ” veio definir a composição estrutural e os currículos do ensino técnico profissional,

com os Decretos-Lei n.º 37028 e 37029 de 25 de agosto. De acordo com Grácio (1986), a

reestruturação do ensino técnico, que ocorreu nesse ano, baseou-se em dois princípios que

residiam na adaptação das escolas às exigências do tecido económico, desenvolvendo a

qualificação de mão-de-obra, assim como o seu enquadramento e a confirmação da procura de

ensino e do desejo de promoção social.

Na década de 1960, a necessidade de maior procura de mão-de-obra para a indústria, o

aumento do êxodo rural e a emigração para os países europeus, principalmente, evidenciaram as

fragilidades da formação profissional existente, tendo sido adotadas algumas medidas. Entre elas,

em 1962, a criação do Fundo de Desenvolvimento de Mão de Obra (FDMO)1 que estabelece os

1 - Decreto-Lei n.º44506 de 10/8/62 e o Decreto-Lei n.º47254, de 10/10/62.

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Enquadramento Teórico/Legal

António Carlos Carneiro | pg25640 17

princípios da reorganização industrial e o Instituto de Formação Profissional Acelerada (IFPA)2,

com o objetivo de aumentar o nível de qualificação e a reconversão dos trabalhadores portugueses.

Em 1964, e na dependência do IFPA, é criada a Divisão de Formação Profissional. Em 1965 o

Centro Nacional de Formação de Monitores (CNFM),3 para desenvolver a formação de monitores

para a rede dos centros estatais de formação profissional acelerada, e o Serviço Nacional de

Emprego (SNE)4, para organizar os serviços públicos de colocação (emprego) e de orientação

profissional dos jovens e adultos. Em 1968 foi criado o Serviço de Formação Profissional (SFP)5

que agregou todos os serviços relativos à formação profissional (CNFM, IFPA e a Divisão de

Formação Profissional). Estes organismos recorriam à “formação profissional acelerada” (FPA)6,

por analogia às formações desenvolvidas em França.

Em 1970, com Veiga Simão, deu-se a primeira grande transformação do ensino comercial

e industrial. Foram então criados os cursos gerais do ensino secundário técnico (agricultura,

mecânica, eletricidade, administração e comércio, entre outros), com o objetivo de corrigir o início

prematuro da formação profissional sem apoio numa cultura geral mínima (Carvalho 2008). Estes

cursos tinham a duração de dois anos e possibilitavam o acesso ao ensino superior.

Com a alteração do regime político em 1974, e o processo revolucionário que se lhe

seguiu, a educação em Portugal viveu um dos períodos mais conturbados, com a reforma do

ensino técnico e a aproximação dos seus conteúdos ao ensino geral. Só a partir de 1976, com a

institucionalização da democracia no país, se deram os primeiros passos para estabilizar o sistema

de ensino.

Em 1979 é criado o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), pelo Decreto-

Lei n.º 519-A2/79 de 29 de dezembro, tutelado pelo Ministério do Trabalho, embora a formação

profissional continue a ser tutelada por mais do que um ministério. A partir desse momento,

verificou-se uma alteração estrutural profunda, pois com este instituto pretendia-se encontrar uma

solução integrada para a gestão e execução das políticas de emprego e formação profissional

(Alcoforado, 2000), e a quem, entre outras competências, é atribuído o desenvolvimento da

formação profissional através dos centros de gestão direta (CGD), cuja administração e gestão são

da exclusiva responsabilidade do IEFP (Estado).

2 - Decreto-Lei n.º44538, de 23/8/62. 3 - Decreto-Lei n.º46173, de 13/1/65 e Portaria n.º21060 de 23/1/65. 4 - Decreto-Lei n.º46731, de 9/12/65 5 - Decreto-Lei n.º48275, de 14/3/68 e o Decreto-Lei n.º49409, de 22/11/69. 6 - A FPA estava associada a uma formação “apressada” e sem qualidade.

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Enquadramento Teórico/Legal

António Carlos Carneiro | pg25640 18

Contudo, só em 1980 surge a primeira iniciativa de restabelecimento do ensino

profissionalizante com a criação do 12.º ano do ensino secundário e com a oferta de cursos de

formação pré-profissional7 (CEDEFOP,1999:45). Em 1983, verifica-se uma nova tentativa com o

projeto “ensino técnico-profissional ” cujos cursos exigiam a aprovação no 9.º ano de escolaridade

como requisito para o ingresso.

Em 1983, assistiu-se então em Portugal à introdução do ensino técnico-profissional nas

escolas secundárias, mas é no final desta década que as Escolas Profissionais surgem, no âmbito

da Reforma do Sistema Educativo, sob proposta e orientação de Roberto Carneiro, na qualidade

de Ministro da Educação, com o objetivo de preparar e aproximar os jovens do mercado de

trabalho. Tais escolas seriam o resultado de iniciativas autónomas, locais ou de caráter associativo,

no sentido de intervir na qualificação dos recursos humanos (autarquias, cooperativas,

associações empresariais, entre outros).

Apesar das múltiplas iniciativas, a formação profissional em Portugal teve uma expressão

reduzida de 1974 a 1986 (Azevedo,1988). Já para Caetano (2012), entre 1976 e 1986, Portugal

assistiu a uma crescente estabilização, o que possibilitou o desenvolvimento de algumas atividades

experimentais, que permitiram reorientar o sistema educativo e da formação profissional.

Mesmo com a reforma iniciada em 1983 e reforçada em 1989, é incontornável o

desinteresse dos jovens pelos cursos técnicos, com altas taxas de retenção e baixo nível de

conclusão do ciclo de estudos (Alves, 1999).

Considerando ainda o escasso reconhecimento e valorização pelos empregadores, dado

o desajustamento entre a oferta e a procura das qualificações, confirma-se que não basta decretar

a valorização e a equivalência escolar para que ela, efetivamente, aconteça.

Posteriormente, como reação às reivindicações das entidades empregadoras, são também

criados os centros de gestão participada (CGP) com o envolvimento dos parceiros sociais, ou seja,

verifica-se a criação de estruturas de formação que cobriam diferentes áreas profissionais,

especializadas, de forma a colmatar a falta de mão de obra qualificada, através da publicação do

Decreto-Lei n.º165/85, de 16 de maio, que permite a celebração de acordos e protocolos com

outras entidades.

7 - Portaria n.º420/80 de 19 de julho

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Enquadramento Teórico/Legal

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Nos anos 1980, peritos internacionais identificavam como principal lacuna na política de

formação dos nossos jovens a ausência de um ensino técnico e profissional. Internamente,

segundo Azevedo (1988), houve também fatores de pressão relevantes, tais como o desemprego

juvenil e o enorme afluxo de jovens ao mundo do trabalho – cerca de 500.000 no grupo etário dos

15-19 anos – sem qualquer qualificação profissional. O autor salienta que os empregadores

acusavam sistematicamente o sistema de ensino de ineficácia e de incapacidade de preparação

para o exercício de uma atividade profissional, quadro que resultou do chamado “12.º ano – via

profissionalizante”.

Assim, através do Despacho Normativo 194-A/83 de 19 de outubro, o ensino técnico

voltou a fazer parte do ensino regular. Este despacho criou dois tipos de cursos, que se

designariam por cursos técnico-profissionais e por cursos profissionais. Tinham como pré-requisito

o 9.º ano de escolaridade, uma duração de três anos e o seu objetivo era a qualificação de

profissionais de nível intermédio. Conferiam um diploma académico, com equivalência ao 12.º

ano, um diploma de formação profissional e possibilitavam o acesso ao ensino superior. Deste

modo, oferecia-se mais cedo aos alunos outras saídas profissionais que não incluíssem a formação

universitária e marcavam-se as linhas orientadoras que aspiravam a que o ensino profissional

fosse conduzido para as profissões mais técnicas, devendo ser apoiado “numa base cultural e

humanista”. Por outro lado, criaram-se os cursos profissionais, com a duração de um ano, que se

completavam com um estágio profissional de seis meses.

Em 1984, é criado pelo Decreto-Lei n.º102/84, de 29 de março, o sistema de “Formação

profissional em regime de Alternância” ou “Sistema de Aprendizagem ”8 . Este sistema incluía

uma tripla componente de formação: escolar, profissional e em empresa, visando, para além da

qualificação profissional, a certificação escolar.

Estes cursos surgem como um “imperativo democrático de alargar as oportunidades de

formação e de realização pessoal, social e profissional (…)” de “uma população desafeiçoada ou

excluída de um currículo único de natureza académica” (Alves,1999:15), e também como resposta

à necessidade de qualificar e certificar profissionalmente os jovens que abandonavam o sistema

regular de ensino, com ou sem a escolaridade obrigatória, e que representavam uma elevada taxa

de desemprego e de precariedade (Torres & Araújo, 2010:1221).

8 - Formação inicial para jovens (cursos de aprendizagem).

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Enquadramento Teórico/Legal

António Carlos Carneiro | pg25640 20

A adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1986,

possibilitou o acesso ao financiamento do país a atividades de formação profissional através do

Fundo Social Europeu (FSE), permitindo aumentar significativamente as atividades de formação

inicial e contínua, particularmente as desenvolvidas por iniciativa privada que passaram a ser

apoiadas por financiamento público. No entanto, as ações, inicialmente muito orientadas para

jovens, tiveram consequências benéficas na redução do desemprego juvenil, muito forte na década

anterior. Contribuíram, ainda, para tornar mais notória a necessidade de desenvolvimento dos

recursos humanos e para estimular a crescente intervenção na formação profissional de novas

entidades com a convocação no apoio às empresas: as associações empresariais (Silva, 2000).

Em 1986, é aprovada a lei n.º 46/86, de 14 de outubro - Lei de Bases do Sistema

Educativo (LBSE)9 que estabelece uma nova estrutura do Sistema Educativo e apresenta uma

escolaridade obrigatória de 9 anos, a que se sucede o ensino secundário constituído por três anos

e que oferece três tipos de cursos: predominantemente orientados para o prosseguimento de

estudos, ou Cursos Gerais, predominantemente orientados para a vida ativa, ou Cursos

Tecnológicos, e ainda outro grupo direcionado para o Ensino Artístico.

Os dois primeiros Cursos (Gerais e Tecnológicos) são ministrados exclusivamente em

escolas com ensino secundário, públicas ou privadas. Os Cursos de Ensino Artístico podem ainda

ser ministrados em escolas especializadas em ensino artístico e, mais tarde, em escolas

profissionais. Esta Lei determina no seu artigo 19.º que a formação profissional para além de

complementar a preparação para a vida ativa iniciada no sistema básico, visa uma integração

dinâmica no mundo do trabalho pela aquisição de conhecimentos e de competências profissionais,

por forma a responder às necessidades nacionais de desenvolvimento e à evolução tecnológica.

Azevedo (1988) considera que a LBSE criou um novo quadro global para o sistema

educativo português e “um novo ensino secundário e novas modalidades de educação escolar ”.

A escola passou a ter um papel decisivo para aumentar as competências e a qualidade da mão-

de-obra, tendo como fundamento a ideia de que o ensino, ao conferir conhecimentos e

competências técnicas, contribuiria para a produtividade económica, sendo que os Estados

investiram claramente na educação, com vista à formação de recursos humanos qualificados que

potenciassem o progresso económico. A formação profissional passou a assumir um papel mais

9 - A Lei n.º 46/86 de 14/10, alterada pela Lei n.º115/97.

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Enquadramento Teórico/Legal

António Carlos Carneiro | pg25640 21

relevante, registando um boom significativo, fundamentalmente através das atividades financiadas

pelo Fundo Social Europeu (FSE). Ainda de acordo com Azevedo (1988), houve dois fatores que

contribuíram para esse boom: o alargamento do número máximo de alunos por turma, que passou

de 15 para 26, e o aumento significativo da oferta de cursos.

Criado em 1988, o Gabinete para o Ensino Tecnológico, Artístico e Profissional (GETAP)

veio ter uma ação decisiva na génese das Escolas Profissionais. Foi a LBSE que veio possibilitar a

existência de Escolas Profissionais, em 1989, com a publicação do Decreto-Lei n.º 26/89 de 21

de janeiro (posteriormente revogado pelo Decreto-Lei n.º 70/93, de 10 de março). O seu objetivo

era criar um ensino secundário técnico nas diferentes regiões do país.

Em 1989, a formação profissional foi incluída no sistema educativo, promovida pelo

Ministério da Educação e operacionalizada pelo Ministério de Trabalho e da Solidariedade, bem

como por outras entidades responsáveis pela criação deste tipo de escolas.

Em 1989, o Ministro da Educação (Roberto Carneiro), instala uma rede de Escolas

Profissionais, como subsistema de formação não regular de ensino, com base em partenariados

com agentes locais e disseminadas ao longo do território nacional, regulamentadas pelo Decreto-

Lei n.º 26/89, de 21 de janeiro, viabilizadas e financiadas pelo Programa de Desenvolvimento

Educativo para Portugal (PRODEP). Os cursos desenvolvidos nas escolas profissionais constituem

uma modalidade especial de educação escolar alternativa à oferta do sistema regular. O objetivo

prioritário destas escolas é a oferta de ensino profissionalizante orientado para as necessidades

locais e regionais, objetivo continuado através de uma oferta diversificada de cursos que conferem

um certificado de qualificação profissional (nível III), para além do acesso ao ensino superior.

Em 1992, com a Portaria n.º 423/92 de 22 de maio, definiu-se o regime de avaliação nas

Escolas Profissionais e o Decreto-Lei n.º 70/93 de 10 de março introduziu algumas alterações ao

regime de criação e funcionamento das Escolas Profissionais (que foi revogado pelo Decreto-Lei

n.º 4/98 de 8 de janeiro). Os cursos profissionais funcionavam exclusivamente nas Escolas

Profissionais. O Despacho Normativo n.º 338/1993 veio trazer a reforma curricular do ensino

secundário e a criação dos cursos tecnológicos deste nível de ensino.

Em 1991, foi criada a Direção Geral do Emprego e Formação Profissional (DGEFP) tendo

como objetivo conceber politicas e prestar apoio técnico e normativo nos domínios do emprego e

da formação profissional. É também em 1991 que a formação profissional é legalmente

enquadrada pela Lei de Base do Sistema Educativo (LBSE), através dos Decretos-Leis n.º 401/91

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Enquadramento Teórico/Legal

António Carlos Carneiro | pg25640 22

e 405/91, de 16 de outubro, sendo feita a distinção entre a formação profissional inserida no

mercado de trabalho, tutelada pelo Ministério do Emprego e Segurança Social, e a formação

profissional inserida no sistema educativo, sob a tutela do Ministério da Educação. Caminhava-se,

portanto, no sentido de formar uma mão-de-obra qualificada, promovendo-se a elevação dos níveis

educativos e profissionais e esperando que estas políticas facilitassem a empregabilidade, a

circulação dos trabalhadores, a adaptação a diferentes contextos e a valorização da formação ao

longo da vida, dando resposta às qualificações requeridas pelo mercado de trabalho.

A qualificação dos recursos humanos era fortemente enfatizada como o contributo da

educação para a modernização e o desenvolvimento do país. O investimento em educação surge

associado à globalização, como condição indispensável ao processo de modernização, de forma

a garantir a adesão a novos padrões de vida e organização social. Por outro lado, defendia-se uma

aliança entre o sistema educativo e o sistema produtivo no sentido de uma maior adequação

primeiro ao segundo e uma maior intervenção e influência dos empresários, técnicos e gestores

na orientação e definição dos conteúdos da educação.

Segundo Marques (1991), um dos objetivos da criação de escolas profissionais é a

formação de técnicos intermédios altamente qualificados de forma concertada com as prioridades

e estratégias do desenvolvimento local e regional. Trata-se, antes de mais, no entender de Antunes

(1998), de construir um projeto educativo com um corpo de formadores orientado para novas

práticas educativas, capaz de redefinir e aplicar objetivos pedagógicos, fomentar a ligação aos

contextos de trabalho e preparar as condições para uma inserção socioprofissional bem-sucedida.

De acordo com Antunes (1998 e 2004), o ensino profissional na escola pública constituiu

o foco de sucessivas medidas de política educativa, tendo sido objeto privilegiado de atenção e de

avultados investimentos por parte dos responsáveis políticos pela educação ao longo dos anos 80.

Teve um consenso notável entre forças políticas e sociais no que respeita quer à sua validade quer

à sua premente necessidade. Na sua defesa estava implícita a ideia de um “novo”

instrumentalismo ou um “novo ” economicismo na tutela do Estado face à relação entre sistema

educativo e o mercado de trabalho.

Este modelo de escola é, pois, defendido como resposta à necessidade de adequação de

identidades, aspirações e percursos às oportunidades realmente oferecidas pelo sistema

educativo, económico e social, assim como às pressões internas (necessidade das empresas de

qualificações e profissionais específicos e desemprego maciço de jovens) e pressões externas (de

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Enquadramento Teórico/Legal

António Carlos Carneiro | pg25640 23

organizações internacionais, tais como a OCDE e o Banco Mundial). A ênfase é colocada na

qualificação, na valorização da existência de projetos locais autónomos, na concertação com

outros parceiros sociais e corresponde também a uma maior prestação de contas à comunidade

envolvente e a uma maior racionalização de recursos humanos e imateriais.

Marques (1991) acrescenta que se visava um novo equilíbrio apontando para modalidades

mais explícitas de colaboração e cooperação entre o sistema educativo e o sistema económico e

social, numa perspetiva de interação. Esta colaboração é associada à participação dos atores e à

defesa de interesses cooperantes e negociáveis. Ainda, segundo Azevedo (1991), as escolas

profissionais adquiriram um papel de destaque porque são uma ocasião de realização pessoal e

de inclusão social para muitos adolescentes e jovens, constituindo uma oportunidade de

qualificação profissional, qualificação esta que representa um verdadeiro passaporte para o

emprego. Por outro lado, é possível juntar vontades de instituições locais, públicas e privadas, e

estabelecer parcerias ativas e duradouras, mobilizando recursos e energias em prol de uma

formação ao serviço de dinâmicas sociais locais de desenvolvimento.

No ano de 2003, ocorreu uma revisão curricular nos cursos profissionais, cuja matriz

incluía uma componente de formação sociocultural, igual para todos os cursos, uma componente

de formação científica e uma componente de formação técnica. A Formação em Contexto de

Trabalho (FCT) passou a ser uma disciplina autónoma, divisão que subsiste até aos dias de hoje.

Em 2004 e 2005 foram implementadas medidas que pareciam apontar para grandes

alterações ao nível do ensino tecnológico e profissional. Assistiu-se a uma revisão curricular,

segundo o Documento Orientador da Revisão Curricular do Ensino Profissional (construção de um

perfil de formação e de referenciais de formação). Agruparam-se os cursos por famílias

profissionais, através da Portaria n.º 550-C/2004 de 21 de maio, e do Despacho n.º14758/2004,

de 23 de julho, que definiram a introdução dos cursos profissionais nas escolas secundárias

extinguindo-se cursos mais especializados.

Neste contexto, era crucial o desenvolvimento de parcerias entre as escolas e o mercado

de trabalho, de forma a criar estratégias que melhorassem a qualidade da formação e do próprio

ensino técnico profissional. Segundo Azevedo & Fonseca (2007), citado por Pereira (2009:51),

“ganham-se etapas e acelera-se o processo de integração e socialização antecipada dos jovens

estudantes se existirem parcerias ativas e interessadas entre a escola e o mundo empresarial,

sinergias estas potencializadoras de aprendizagens e vivências consistentes, ricas e variadas”.

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Enquadramento Teórico/Legal

António Carlos Carneiro | pg25640 24

Em novembro de 2007, introduziram-se alterações significativas no sistema de formação

profissional português com a publicação da Resolução do Conselho de Ministros (RCM)

n.º173/2007, com o objetivo de elevar de forma rápida os níveis de qualificação da população

jovem e adulta, as quais posteriormente são regulamentadas, nomeadamente com a publicação

do Decreto-Lei n.º 396/2007, de 31 de dezembro, em que é estabelecido o regime jurídico do

Sistema Nacional de Qualificações que define as estruturas que asseguram o seu funcionamento,

podendo destacar-se a alínea j) do artigo 3.º na qual se refere que formação inicial é “a atividade

de educação e formação certificada que visa a aquisição de saberes e competências com vista ao

exercício de uma ou mais atividades profissionais ”.

Este enquadramento jurídico revela-se muito redutor quando compara “educação e

formação ” e “formação profissional” e quando considera a “formação inicial ” (subentende-se de

jovens) como uma atividade de educação e formação que visa, unicamente, a preparação para o

bom exercício de uma ou mais atividades profissionais. Assim se limita a conceção sobre o que

se deve entender por educação, dado que o conceito de educação deve estar orientado para o

aprender e a formação para o saber (Torres & Araújo, 2010).

Este sistema apresenta-se também como alternativo aos jovens que abandonam o sistema

educativo e se encontram em situação de potencial risco de desemprego ou de exclusão. Importa

voltar a referir que este sistema de formação profissional pretende articular os sistemas de

educação e formação e as estruturas económicas, através do princípio da alternância, mas

também do pressuposto de preparar os jovens com as capacidades necessárias de inserção no

mercado de trabalho (Saboga, 2008).

A generalização dos cursos profissionais no ensino regular é também alvo de alerta por

Azevedo (2010:28), ao referir que há muitas escolas secundárias a aproveitar para ampliar as

suas ofertas educativas, mas uma grande parte está a criar “caixotes do lixo ” (aspas do autor)

para onde empurra os alunos com dificuldades de aproveitamento escolar, e por Rodrigues

(2010:104) ao referir: “O principal desafio colocado pela generalização e alargamento dos cursos

profissionais, sobretudo tendo em atenção a rapidez com que esta mudança foi introduzida nas

escolas públicas, é a garantia da sua qualidade e sustentabilidade”.

Ao longo dos tempos, começou-se a atribuir mais importância às necessidades de

reconhecimento, validação e certificação de competências, o que corresponde a uma resposta

mais adequada face às qualificações escolares e profissionais da população, no seu todo. Através

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Enquadramento Teórico/Legal

António Carlos Carneiro | pg25640 25

da criação da Agência Nacional para a Qualificação (ANQ) - agora designada por Agência Nacional

para a Qualificação e o Ensino Profissional, I.P. (ANQEP) - pretendeu-se coordenar a execução das

políticas de educação e formação profissional de jovens e adultos, promovendo-se a transparência

e a comparabilidade de qualificações ao nível nacional e internacional. Aquando da declaração de

Bolonha, surgiu o Quadro Europeu de Qualificações (QEQ), comum ao ensino superior e à

formação profissional, com o objetivo de reforçar a mobilidade dos estudantes e trabalhadores no

espaço europeu. Este permitiu uma melhor adequação dos sistemas educativos e formativos às

necessidades do mercado de trabalho.

Com o QEQ, surgiram conceitos como a qualificação, aptidão e competência, que

desenvolveremos posteriormente. A Recomendação entrou formalmente em vigor em abril de

2008 e fixou o ano de 2010 como data recomendada que os países referenciassem os respetivos

sistemas nacionais de qualificação e o QEQ, devendo assegurar que em 2012 os certificados de

qualificações individuais contivessem uma referência ao nível correspondente do QEQ.

É igualmente importante salientar que todos estes sistemas derivam de um quadro

institucional – QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional). A estruturação operacional do

QREN é sistematizada através da criação de Programas Operacionais Temáticos e de Programas

Operacionais Regionais para as regiões do Continente e para as duas Regiões Autónomas. São

também instituídos Programas Operacionais de Assistência Técnica ao QREN.

Dentro da Agenda do Potencial Humano, no que diz respeito ao POPH (Programa

Operacional para o Potencial Humano), destacam-se as seguintes prioridades:

- Superar o défice estrutural de qualificações da população portuguesa;

- Promover o conhecimento científico, a inovação e a modernização do tecido produtivo;

- Estimular a criação e a qualidade do emprego;

- Promover a igualdade de oportunidades.

Essencialmente, a atividade do POPH estrutura-se em torno de dez eixos prioritários,

sendo que no Eixo 1: qualificação inicial de jovens, se enquadram os cursos de aprendizagem.

Na sequência da reforma da formação profissional de 2007, são criados os Centros Novas

Oportunidades (CNO) em maio de 2008 pela Portaria n.º370/2008, com o objetivo de dinamizar

e avaliar cursos de natureza vocacional, de dupla certificação, com a finalidade de elevar a

qualificação escolar e profissional de adultos com idade igual ou superior a 18 anos em

qualificação ou com uma qualificação desajustada ou insuficiente face às necessidades e às do

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Enquadramento Teórico/Legal

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mercado de trabalho. Tenta-se desta forma colmatar a necessidade de qualificar e reconverter os

jovens e os adultos para que o processo de modernização do país fosse realizado e correspondesse

às necessidades da globalização em curso.

4.1.3. A Formação Profissional na atualidade

Face ao novo (atual) quadro comunitário de apoio, e conforme a Portaria n.º135-A/2013,

de 28 de março, foram criados os Centros para a Qualificação e Ensino Profissional (CQEP) como

polos dinamizadores das políticas para a qualificação e o emprego em Portugal no período de

2014 a 2020. Importa destacar que face ao novo quadro comunitário de apoio, Portugal submete

à Comissão Europeia um novo Acordo de Parceria, designado por Portugal 2020, que visa alterar

as razões estruturais e conjunturais que justificaram a trajetória de ajustamento estrutural,

promovendo a alteração dos paradigmas das políticas públicas de desenvolvimento, privilegiando:

- A mobilização dos parceiros económicos, sociais e territoriais – evidenciando não apenas

que as escolhas efetuadas e os recursos mobilizados resultam de um processo de

decisão alargado e participado, mas também que a monitorização das realizações e

resultados e a subsequente correção ou alteração de trajetórias são realizadas com

significativa participação dos parceiros;

- A criação de riqueza e de emprego pelas empresas e pelo investimento produtivo

assumindo o fim do ciclo baseado no investimento público;

- A concretização do princípio da subsidiariedade – assumindo que as instituições, os

agentes e as intervenções mais próximas dos problemas a superar e das oportunidades

a realizar são os mais eficientes e eficazes protagonistas e responsáveis;

- A focalização nos resultados – assumindo que a sua implementação constitui a

fundamentação exclusiva das decisões de financiamento, o que exige uma definição de

prioridades de intervenção e de estrutura de incentivos (critérios e condicionalidades)

devidamente alinhada com a superação de constrangimentos estruturais ao

desenvolvimento português, estando condicionada a decisão de aprovação de

financiamentos pelas entidades gestoras à prévia caracterização e aceitação dos

resultados a atingir;

- A concentração num número limitado de domínios de prioridade – criando os requisitos

necessários para que a focalização nos resultados seja efetiva, bem como para que a

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mobilização de recursos (organizativos, de competências e de qualificações, financeiros)

seja consequente;

- A atenção, o apoio e o estímulo aos empreendedores e aos promotores de investimentos

– assumindo o termo das atitudes e dos comportamentos focalizados nas entidades

públicas e nos procedimentos administrativos;

- O incentivo e o estímulo à cooperação e à integração entre atores e entidades –

assumindo a penalização de iniciativas e de investimentos atomizados e individualizados;

- A coordenação e integração de intervenções e de financiamentos – necessária para

maximizar ganhos de eficiência, para concretizar sinergias e para alavancar recursos

públicos através da mobilização de financiamentos privados, com destaque para a

implementação de mecanismos de coordenação e de articulação entre a aplicação dos

fundos europeus estruturais e de investimento e as atividades e os financiamentos de

outras políticas comunitárias (Programa Horizonte 2020 ou Europa Criativa);

- A otimização da utilização, dos efeitos e dos impactos dos recursos financeiros públicos

– assumindo o primado da racionalidade económica na atribuição de recursos e na

gestão operacional (aplicação de mecanismos reforçados de aferição ex-ante da

viabilidade económica e financeira das operações submetidas a financiamento) e

consagrando a obrigatoriedade da contratualização dos financiamentos, bem como a

adoção generalizada das modalidades de financiamento reembolsável, em especial com

a mobilização de recursos financeiros privados;

- A articulação acrescida entre fontes de financiamento nacionais e comunitárias –

assegurando-se uma conjugação mais eficiente destas fontes de financiamento e um

claro alinhamento entre a programação plurianual dos fundos comunitários e a

programação orçamental plurianual definida no documento de estratégia orçamental,

facilitando a monitorização conjunta e a ponderação de encargos futuros para os

orçamentos públicos;

- A simplificação de procedimentos – que, associada à redução dos custos administrativos

suportados pelos beneficiários contribui para a equidade das oportunidades no acesso

aos financiamentos estruturais (salvaguardando a regularidade procedimental e a

segurança dos sistemas de gestão e controlo).

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Todos estes fatores se conjugam com um novo modelo de sociedade em que a afirmação

de valores como a produtividade, a eficiência e a eficácia são o expoente máximo de uma

sociedade em que os valores económicos e financeiros predominam sobre valores culturais,

sociais e morais e, consequentemente, impõem um conjunto de competências, que popularmente

se designa por necessidades de formação, como estratégia de recurso para responder aos desafios

da contemporaneidade, ou seja, “a formação impôs-se como uma espécie de resposta a todas as

interrogações, a todas as perturbações, a todas as angústias dos indivíduos e dos grupos…”

(Canário, 2003:122). Assim, a formação profissional tornou-se “um apelo à qualificação, à

atualização e aquisição de competências tendo em vista a empregabilidade e a capacidade de

competir num mercado de oportunidades” (Antunes, 2008:76),“…um verdadeiro investimento (…)

uma filosofia de gestão” (Estêvão,1999:186) em que o importante é o sucesso das organizações.

4.1.4. Formação em alternância

É de referir que em vários países europeus a formação em alternância10,

independentemente da flutuação da sua terminologia, já estava consignada, nomeadamente na

Alemanha, com o seu sistema dual, desde 1969 (Imaginário 1999:104). Só que em Portugal quer

o modelo de desenvolvimento do país, quer a cultura empresarial dominante convencionavam o

recurso a trabalho intensivo e com baixo estímulo à qualificação (Cardim, 2005:84-85).

Em sintonia com o poder político, também a cultura empresarial da época (anos 60/70)

era marcada por uma visão de curto prazo que atrofiava igualmente o crescimento da escolaridade

e da formação profissional, impedindo o surgimento de ações de formação em alternância, ou

seja, a preparação para o exercício qualificado de uma atividade profissional (Imaginário,

1999:115), pelo que a inovação pedagógica confrontou-se com uma elevada resistência por parte

do universo do ensino geral e do ensino profissional em vários países europeus: Noruega,

República Checa, Suécia, Alemanha, Áustria, Finlândia e Portugal (CEDEFOP, 2002:52).

Os saberes a desenvolver são: o saber-fazer, o saber-ser, e o saber-estar (Cabrito,

1994:43). Com o desenvolvimento do saber-fazer pretende-se que o formando identifique e resolva

problemas inerente à profissão, aplique os conhecimentos em novos contextos, organize e

planifique diversas tarefas, utilize os instrumentos de trabalho e analise e implemente a informação

que adquirir. Entende-se que o formando desenvolve o saber-ser quando revela capacidades de

10 - A formação em alternância é composta pela formação em sala (teórica) e a formação em contexto de trabalho (prática).

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organização pessoal e de trabalho, consegue adaptar-se à mudança, demonstra responsabilidade

e aprende a aprender. Por fim, as capacidades relacionadas com o saber-estar são manifestadas

por capacidades de iniciativa, de comunicação, de relacionamento interpessoal, de trabalho em

equipa, respeito pelas normas, assiduidade, pontualidade e hierarquia (Cabrito, 1994:62-72).

A propósito do ensino profissional (sistema de aprendizagem) “dual”, Azevedo (2014)

citado por Castro (2014:70) destaca algumas recomendações de um conjunto de especialistas

que em maio de 2014 se pronunciaram sobre esta problemática: “o ensino profissional deveria

ser política e escolarmente considerado como primeira escolha. Mais, o ensino profissional só será

efetivamente valorizado se tiver condições de concorrer com o ensino geral para a produção de

elites intermédias”. Alves, citado por Castro (ibid.), alerta ainda para a necessidade da manutenção

da qualidade nas escolas profissionais, nomeadamente que não menospreze as componentes de

formação socio cultural e científica.

4.1.5. Perspetiva comparada da formação na Alemanha, França e Portugal

Na Alemanha

A principal modalidade de formação profissional na Alemanha é designada por “sistema

dual” e consiste numa alternância interativa entre a formação teórica ministrada nos centros

escolares e a formação prática adquirida nas empresas, sob a orientação de um tutor. Os cursos

deste sistema têm uma duração aproximada de 3 anos e aos tutores é dada não só informação e

formação rigorosa mas também confiada a responsabilidade de transmitir os conhecimentos aos

formandos, enquanto estão nas empresas. A presença da alternância é muito forte, na prática os

formandos passam cerca de dois dias da semana nos centros e três nas empresas (Inofor, 2004).

O “sistema dual” alemão é referido como uma das experiências mais bem-sucedidas em

todo o espaço comunitário. Este sucesso verifica-se porque foram as empresas que iniciaram esta

modalidade formativa e não o Estado, e por abranger um elevado número de profissões e de

atividades. É, sem dúvida, o forte envolvimento das empresas que contribui em grande parte para

o sucesso desta modalidade de formação. As empresas estão motivadas porque, por um lado,

encontram na formação profissional “um investimento” que levará ao seu desenvolvimento, e por

outro lado, a própria produção gerada pelos aprendizes é também um atrativo (Ferreira, 1991).

As empresas estão perfeitamente envolvidas no processo formativo e consideram-no um “requisito

à sua competitividade” (Ferreira, 1991 e Inofor, 2004).

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Enquadramento Teórico/Legal

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A formação profissional nas empresas alemãs pode realizar-se em três locais distintos: no

posto de trabalho, em locais específicos da empresa e em ateliês de formação. Os jovens vão

passando por estes três locais, de acordo com as possibilidades da empresa. Os ateliês funcionam

como simulações do posto de trabalho real e são utilizados para que a formação não perturbe o

normal funcionamento da produção e podem ser interempresas, ou seja, o mesmo espaço

formativo é partilhado por várias empresas (idem, Ferreira, 1991).

O Estado alemão dá grande liberdade às empresas ao nível da organização da formação,

o que provoca grandes diferenças ao nível da qualidade. No entanto, essa diferenciação funciona

como um fator de competitividade (ibid, Ferreira, 1991).

A empresa onde os jovens realizam a componente prática da sua formação – um potencial

empregador – está envolvida no processo de formação desde o primeiro momento. As próprias

empresas são responsáveis por selecionar os jovens para a formação. Os jovens inscrevem-se

diretamente nas empresas (IEFP – Dirigir & Formar, 2013).

Na França

Na França os jovens podem aceder a três tipos distintos de formação profissional:

a) Aprendizagem: esta modalidade de formação é composta por uma componente teórico-

tecnológica e por uma componente prática. Esta formação destina-se a jovens com idades

compreendidas entre os 16 e os 20 anos. A Aprendizagem tem uma duração que pode variar de

1 a 3 anos, consoante “as exigências de cada profissão” (Ferreira, 1991: 13). É celebrado um

contrato escrito, entre o formando e a empresa onde se realiza a formação prática. A formação

teórico-tecnológica realiza-se nos Centros de Formação de Aprendizagem, que podem ser públicos

ou privados, mas que são sempre controlados pelo Ministério da Educação. Grande parte destes

centros pertence a associações patronais, como por exemplo, a Câmara do Comércio e da

Indústria, que fazem a articulação dos cursos com as necessidades das empresas;

b) Formação em Alternância: é uma variante da Aprendizagem e caracteriza-se pela

formação alternada entre as empresas e a escola, mas não tem “grande tradição histórica na

sociedade francesa” (Ferreira, 1991:13). Esta modalidade surgiu como uma medida de combate

ao desemprego juvenil e é, normalmente, uma segunda escolha relativamente à Aprendizagem,

destinando-se a jovens com idades entre os 16 e os 18 anos. Tem uma duração de entre 6 meses

a 2 anos e também aqui existe um contrato entre o formando e a empresa;

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Enquadramento Teórico/Legal

António Carlos Carneiro | pg25640 31

c) “Contratos de emprego-formação” : esta modalidade oferece uma formação específica

e de curta duração a jovens que têm à partida um posto de trabalho garantido. Este tipo de

formação é bastante flexível e diversificado, podendo ser adaptado a várias situações, tais como:

ações de adaptação a novas tecnologias e ações complementares da formação previamente

adquirida. Esta modalidade destina-se a jovens com idades entre os 18 e os 26 anos e tem uma

duração variável, podendo ir de 120 a 1200 horas (Inofor, 2004).

Um das características relevantes da formação profissional em França é a construção de

um quadro de diálogo social, por parte do Estado e dos Parceiros Sociais, que visa responsabilizá-

los ao nível da formação, nomeadamente, no que respeita ao desenvolvimento de formação

contínua por parte das empresas (Inofor, 2004).

Em Portugal (Cursos de Aprendizagem)

A crescente visibilidade social que a formação tem vindo a adquirir é, talvez, um dos

aspetos mais característicos da época em que vivemos, podendo considerar-se que ela ocorre em

todos os domínios da vida social, dado que favorece a promoção dos níveis de qualificação dos

indivíduos, mas também permite uma maior socialização e o progresso profissional. Para além

disso, não só estes podem beneficiar com a formação, assim como as empresas e a comunidade

de uma forma geral, se esta se orientar pelos princípios de preparar os indivíduos para a vida e

para uma cidadania ativa (Bernardes, 2008).

O sistema de aprendizagem ou sistema de formação em alternância (cursos de

aprendizagem) constituiu um programa dirigido aos jovens com o 6.º ou o 9.º ano de escolaridade,

surgindo como resposta à premência de qualificar e certificar os jovens que se desinteressavam

pelo sistema regular de ensino.

Este programa foi criado em 1984, conforme Decreto-Lei n.º102/84, de 29 de março,

possibilitando cursos com uma duração normal de três anos, que assentam na alternância entre

um espaço de formação (centro de formação, onde decorrem componentes de formação

sociocultural, científico-tecnológica e prática simulada) e uma empresa (onde se realiza a formação

prática no posto de trabalho), visando qualificar candidatos ao primeiro emprego por forma a

facilitar a sua integração na vida ativa (IEFP, 2004).

A presença em empresa é formalizada por contrato de formação específico, celebrado

entre o formando e a empresa hospedeira.

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Enquadramento Teórico/Legal

António Carlos Carneiro | pg25640 32

Foram também criados cursos de “pré-aprendizagem” para jovens com menos de 6 anos

de escolaridade, cursos que conferiram uma qualificação profissional de nível I.

A aprendizagem, enquanto sistema de formação, realiza-se através das estruturas

formativas do IEFP e de entidades externas, detendo os Centros de Emprego um papel importante

na organização da formação, mas sendo de destacar o facto de o sistema de aprendizagem ser

tutelado por uma comissão tripartida, a Comissão Nacional de Aprendizagem (CNA) que integra

representantes das confederações patronais e sindicais, do Ministério da Educação, do Ministério

do Trabalho e Segurança Social e de outros organismos do Estado. Posteriormente, sofre

alterações legislativas, regulamentadas pelo Decreto-Lei n.º 205/96, de 25 de outubro.

Os cursos de aprendizagem têm quatro componentes de formação diferentes:

1. Formação Sócio Cultural: contém as matérias relacionadas com o desenvolvimento

das competências sociais, pessoais, atitudes e comportamentos;

2. Formação Científico-Tecnológica: integra os conhecimentos técnicos necessários à

realização das atividades profissionais do curso;

3. Formação Prática em Contexto de Formação: consiste em simulações práticas, mas

realizadas em contexto de formação;

4. Formação Prática em Contexto de Trabalho (Posto de Trabalho): formação ministrada

pelas empresas, sob orientação de um tutor, de acordo com os conhecimentos

adquiridos na formação em sala. Esta formação pretende facilitar uma futura inserção

profissional dos jovens (IEFP, 2004).

É precisamente esta formação em posto de trabalho a principal característica destes

itinerários de formação. Na prática, como já referimos, a formação decorre, alternadamente, nos

centros de formação profissional e nas empresas, em contexto real de trabalho. Nos centros de

formação profissional, os formandos têm sessões teóricas e prática simulada, enquanto nas

empresas consolidam os conhecimentos e competências adquiridos anteriormente. Assim, é

possível constatar que as empresas têm um papel fundamental no sucesso do processo formativo.

Por um lado, são elas que realizam uma parte significativa da formação dos jovens, logo há que

garantir um bom nível de qualidade dessa mesma formação, por outro lado, são os possíveis

empregadores dos jovens.

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Enquadramento Teórico/Legal

António Carlos Carneiro | pg25640 33

Em 2008, a legislação sofre nova alteração com a publicação da Portaria n.º1497/2008,

de 19 de dezembro, que dá lugar ao atual Regulamento Específico de 2009 (IEFP), alterando

algumas condições de acesso, como por exemplo os jovens com idade inferior a 25 anos, têm que

ter concluído com aproveitamento o 3.º ciclo do ensino básico ou equivalente e não deter uma

habilitação escolar de nível secundário ou equivalente. A estrutura curricular sofre pequenas

alterações mas mantém as mesmas componentes de formação: Sociocultural, Formação

Científica, Formação Tecnológica e Formação Prática em Contexto de Trabalho com um limite de

3700 horas. Os formandos são submetidos a avaliação sumativa intermédia e final, sendo-lhes

atribuído o IV nível de qualificação, face à nova estrutura do QNQ-Quadro Nacional de Qualificações

(Portaria n.º 782/2009, de 23/7).

Os cursos obedecem aos referenciais de competências e de formação associados

conforme estabelece o Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ). As entidades formadoras são

selecionadas, após candidatura, pelo IEFP, quando não são os centros de formação da rede do

IEFP que os realizam. Os formandos beneficiam de apoios sociais, regulados pelo Despacho

Normativo n.º 4-A/2008, de 24 de janeiro e o enquadramento jurídico é estabelecido pelo Decreto-

Lei n.º 242/88, de 7 de julho. Este sistema de formação pode ser considerado como uma

modalidade de formação inicial que face à interseção entre a formação em sala e a formação em

contexto real de trabalho constitui um alternativa importante, dado que ultrapassa a simples

aplicação prática de conhecimentos, e até influencia o perfil profissional, por oposição ao perfil

escolar de formação, ou seja, não é “mais do mesmo” (Torres & Araújo, 2010:1226).

Os cursos de aprendizagem em alternância constituem-se como “um dispositivo de

combate ao desemprego juvenil”, que prepare os jovens para desempenharem uma profissão

(Neves et al, 1993). Mas Lima (2003) refere que a formação em contexto de trabalho não

proporcionou situações ao desenvolvimento de competências pessoais e sociais, ou seja, pouco

contribui para o desenvolvimento da capacidade de comunicar, do trabalho em equipa, da

autonomia e da iniciativa própria, da prática reflexiva e da criatividade. Já Canário (1999:44) refere

que “a articulação estreita das práticas formativas com os contextos de trabalho tem o seu

fundamento no reconhecimento do valor formativo do ambiente de trabalho”.

Efetivamente, estes cursos em alternância articulam o espaço de formação – centro de

formação, com o espaço de formação em posto de trabalho – empresa, com o objetivo de melhorar

a empregabilidade destes jovens (possivelmente haverá situações em que esta interação não é a

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Enquadramento Teórico/Legal

António Carlos Carneiro | pg25640 34

melhor). Adicionalmente, contribui para a elevação dos níveis de qualificação profissional e,

simultaneamente, permite às empresas o acesso a profissionais mais qualificados e assim atenuar

as dificuldades de modernização da economia (Pedroso,1993), também para a valorização da

empresa como local de formação e dos profissionais qualificados como formadores no local de

trabalho. Para Torres & Araújo (2010:1222) a grande diferença entre estes cursos e outras

modalidades de formação (cursos profissionais, coordenados pelo Ministério da Educação) “reside

no papel central que as organizações de trabalho desempenham e no peso da componente de

formação em contexto de trabalho ”.

Deve ainda ser tido em conta que as empresas que oferecem formação profissional aos

seus trabalhadores têm em média um acréscimo de produtividade superior a 8%, sendo que

apesar de poder implicar uma maior rotação de trabalhadores, há um aumento da estabilidade

dos vínculos contratuais e da mobilidade profissional e geográfica (GEP-MTSS 2007:83).

Em Portugal, o número de formandos a frequentar esta modalidade de formação é muito

superior em entidades externas de formação, relativamente aos centros de formação profissional

do Estado, conforme gráfico n.º1.

Acresce que em Portugal a Câmara de Comércio e Industria Luso-alemã, desde a década

de 1980 estabeleceu um protocolo com o IEFP, enquanto entidade gestora dos cursos de

aprendizagem em Portugal, verificando-se no entanto uma diferença substancial na organização

dos cursos. Enquanto nos cursos geridos sob a gestão do IEFP a componente prática é realizada

em bloco no final de cada período de formação, nos cursos ministrados pela CCILA/DUAL a

formação prática em contexto de trabalho decorre em alternância contínua com a formação teórica

(IEFP – Dirigir & Formar, 2013).

Gráfico 1: Número de formandos em Portugal durante o ano de 2014. Fonte: IEFP.

2274

4

1513

2

E N T I D A D E S E X T E R N A S G E S T Ã O D I R E T A

Número de formandos em Portugal em 2014

Formandos

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António Carlos Carneiro | pg25640 35

5. APRESENTAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA METODOLOGIA

5.1. A opção pela investigação qualitativa

A investigação em educação, mas também no domínio da formação profissional,

apresenta-se geralmente de forma complexa, pelo que para melhor compreensão dos significados

atribuídos às ações de formação que foram realizadas num determinado contexto, neste caso os

cursos de aprendizagem, consideramos pertinente seguir uma metodologia, que segundo Silvestre

(2012), fundamenta-se em processos indutivos, o que significa que explora, descreve e tenta

compreender e explicar com maior profundidade fenómenos sociais complexos que de outra forma

dificilmente seriam percebidos. Esta perspetiva metodológica baseia-se no pressuposto de é a

mais adequada para compreender a realidade tal como é vivida pelos grupos, a partir do que

pensam e como agem (valores, opiniões, atitudes, hábitos) (Bogdan & Biklen, 1994:70 e Haguette,

1987:17). Facilita ainda o estabelecimento de uma “íntima relação entre o investigador e o que é

estudado” (Amado, 2013:40), “procurando atingir a sua ‘compreensão’ através de processos

inferenciais e indutivos” (Ibid. 41).

Considerando que nem sempre é fácil efetuar a distinção entre investigação qualitativa e

quantitativa, sendo que “a distinção não está diretamente relacionada com a diferença entre os

dados (…) mas sim com a diferença entre procurar causas versus procurar acontecimentos”

(Stake, 2009:53), a nossa opção pelo método de análise intensivo foi motivada também pelo facto

de este método ser mais apropriado para o estudo de pequenos grupos, devido ao seu grau de

profundidade, flexibilidade e amplitude (Grenwood,1967:331).

Simultaneamente, permite grande envolvimento do investigador, privilegiando a

abordagem direta das pessoas nos seus próprios contextos de interação e, ao mesmo tempo,

grande espontaneidade dos entrevistados, recorrendo a todas as técnicas disponíveis, tendo como

objetivo a compreensão do fenómeno em análise, sendo que a “preocupação central não é a de

se os resultados são suscetíveis de generalização, mas sim a de que outros contextos e sujeitos a

eles podem ser generalizados” (Bogdan & Biklen, 1994:66). O investigador “deverá possuir uma

ideia clara das questões principais que orientam a sua investigação ” (Lessard-Hébert, 2008:86).

Em suma, faremos um estudo de caso enquanto investigação de profundidade. Através

da observação detalhada procuraremos respostas para o “como? ” e o “porquê? ” (Yin, 2005:19),

que nos permitam conhecer os factos, os contextos e os fatores (“interação de fatores e

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Apresentação e Fundamentação da Metodologia

António Carlos Carneiro | pg25640 36

acontecimentos”) em que se desenvolveram as ações de formação, dos cursos de

aprendizagem/formação em alternância, com base nas diversas fontes e nos dados diretos e

indiretos que nos forem facultados.

5.2. O Estudo de Caso

Para esta investigação, optamos pelo método de estudo de caso por consideramos o mais

adequado para “(…) retratar a realidade de forma completa e profunda” (Bogdan & Biklen,

1994:89). A melhor técnica de recolha de dados consiste na observação participante e o foco do

estudo centra-se na formação em alternância desenvolvida numa entidade externa de formação,

ou seja, um caso singular. Como referem Bogdan & Biklen (1994:91-92), “na escolha de um

ambiente ou grupo como foco de um estudo de caso de observação, recorde-se de quanto menor

for o número de indivíduos maior a probabilidade de que o comportamento destes seja alterado

pela sua presença”.

Por outro lado, a utilização de diversas fontes de informação corresponde a uma das

especificidades do estudo de caso: “os bons estudos de caso beneficiam com o uso de múltiplas

fontes de evidência” (Yin, 2005:33). Habitualmente, as fontes usadas são a observação, análise

documental e entrevistas, e podem incluir a recolha e análise de dados quantitativos.

Tendo em conta que no decorrer do estágio, observávamos os processos, interações e

funcionamento da entidade formadora, podemos considerar que praticamos uma observação

participante pois, simultaneamente, intervínhamos como membro da entidade.

O grande objetivo do estudo de caso, e por isso a nossa opção, foi a realização de um

estudo intrínseco, dado que o nosso interesse é a particularização e não a generalização e “quando

queremos estudar algo singular” como referem Lüdke & André (1986:17), pega-se num caso

particular e fica-se a conhecê-lo bem, não por aquilo em que difere dos outros, mas pelo que é,

pelo que faz, pela sua especificidade. Segundo Stake:

O estudo de caso é o estudo da particularidade e complexidade de um único caso, conseguindo compreender a sua atividade no âmbito de circunstâncias importantes […]. Os casos de interesse em Educação (…) são as pessoas e os programas. Cada caso é, em muitos aspetos, semelhante de muitas formas a outras pessoas e programas de muitas maneiras e único em muitos aspetos (2009:11-17).

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Apresentação e Fundamentação da Metodologia

António Carlos Carneiro | pg25640 37

Com o objetivo de desenvolver um estudo em profundidade e conscientes das

potencialidades e limitações deste método, mas considerando que pretendíamos estudar um

fenómeno contemporâneo, consideramos que este método é especialmente adequado quando

procuramos compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos complexos (Yin,

2005:32) e o que pretendemos não é saber “o quê e o quanto, mas o como e o porquê” (ibid,

19), dos procedimentos e dos acontecimentos que observamos e recolhemos in loco, para

procedermos a uma análise reflexiva destes cursos profissionais.

5.3. Técnicas de recolha e análise de dados

Considerando que o nosso objetivo é aprofundar o conhecimento sobre a importância dos

cursos de aprendizagem, quer no seu crescimento individual, quer na sua inserção no mercado

de trabalho e dado que as investigações qualitativas podem ser apoiadas por várias técnicas de

recolha de dados, sendo este “um instrumento de trabalho que viabiliza a realização de uma

pesquisa” (Pardal & Correia 1995:48), permitindo confrontar o corpo de hipóteses com a

informação colhida na amostra, ou seja, através da verificação empírica, embora elegendo como

técnica metodológica a entrevista, foi necessário recorrer a outras técnicas, tais como o inquérito

por questionário mas sempre numa perspetiva de análise qualitativa e à observação participante

e não participante.

A opção pela entrevista semidiretiva decorre de esta não ser inteiramente aberta nem

encaminhada por um grande número de perguntas precisas e nos permitir retirar “informações e

elementos de reflexão muito ricos e matizados” (Quivy & Campenhoudt, 2008: 192), sendo

“adequada para aprofundar um determinado domínio conhecido” (Ghiglione & Matalon,1993:97).

“A grande vantagem da entrevista é a sua adaptabilidade” (Bell,2004:137) e o facto de se

“estabelecer previamente uma estrutura simplificando assim grandemente a análise subsequente”

(idem:122). É importante na utilização desta técnica que o investigador deixe claro qual é o seu

interesse essencial e que seja capaz de manter um clima de confiança (Flick, 2005:89).

As entrevistas semidiretivas foram realizadas aos formadores, aos tutores, a empresas, a

técnicos da entidade formadora e a outros intervenientes nos cursos de aprendizagem. Para a

realização das entrevistas foram construídos os vários guiões (apêndice 1), que permitiram abordar

todos os temas necessários à análise do fenómeno em estudo.

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Apresentação e Fundamentação da Metodologia

António Carlos Carneiro | pg25640 38

Procedemos à análise documental, consultando e selecionando documentos oficiais

(escritos ou não escritos), documentos internos da entidade acolhedora, documentos particulares

e dados estatísticos, com o objetivo de extrair informação diversificada e relevante para a

investigação que desenvolvemos. Pode acontecer que no final da investigação se verifique a

possibilidade de acréscimo de informação importante para estudos futuros.

Relativamente à análise de dados, trata-se de um “processo de busca e de organização

sistemático” de forma a facilitar a tarefa de interpretar e tornar compreensíveis os elementos

recolhidos (Bogdan & Biklen, 1994:205). Para que a interpretação dos dados recolhidos possa ser

cotejada com as hipóteses/questões de pesquisa que formulámos, é desejável definir critérios

coerentes de análise, o que será feito em termos de elaboração de “categorias de análise ”.

Quanto à análise de conteúdo, pela sua natureza sistemática, objetiva, homogénea,

exaustiva e exclusiva, podemos considerar que “não existe o pronto-a-vestir (…) mas algumas

regras” (…) adequadas aos objetivos em estudo e encarar esta técnica, não só como “um

instrumento, mas de um leque de apetrechos”, e “um conjunto de técnicas de análise das

comunicações” (…) “marcado por uma grande disparidade de formas e adaptável a um campo de

aplicação muito vasto” (Bardin, 1977:31).

A análise de conteúdo consiste em tratar a informação assente em três fases: a pré-

análise, na qual se escolhe os documentos, se formula hipóteses e objetivos para a pesquisa, a

exploração do material, na qual se aplicam as técnicas específicas segundo os objetivos e no

tratamento dos resultados e interpretações (Bardin, 1977:95-102).

A opção por esta técnica fundamentou-se na necessidade de analisarmos profundamente

a recolha da informação que pretendíamos obter, quer nos contributos das entrevistas que

realizamos, quer na interação com os diversos intervenientes dos cursos de formação de

aprendizagem em alternância, em função das grelhas que preparamos e nas categorias de

significação que nos permitam compreender o conteúdo manifesto ou latente das comunicações

e na objetividade que esta técnica impõe ao investigador, quer relativamente às suas opiniões

pessoais, quer às possíveis interpretações espontâneas (Quivy & Champenhoudt, 2008:230).

A técnica de análise de conteúdo, como técnica de interpretação objetiva e enquanto

função heurística, permite-nos confirmar ou infirmar as causas do objeto em estudo, face à

diversidade de formas e de adaptação ao campo em estudo e a análise dos seus significados

(Bardin, 1977:137).

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Apresentação e Fundamentação da Metodologia

António Carlos Carneiro | pg25640 39

É uma investigação essencialmente descritiva que confere à investigação um caráter

único, onde não interessam apenas as palavras, mas também os gestos, atitudes,

comportamentos e expressões, entre outros aspetos, existindo uma interrogação permanente

sobre tudo, não havendo nada que seja considerado como um dado adquirido, já que se procura

o motivo e o significado que está por trás de determinado acontecimento, situação, ação, atitude

ou comportamento.

A investigação qualitativa proporciona aos investigadores a possibilidade de trabalhar

aspetos cognitivos e mecanismos/processos de pensamento, isto porque existe a perspetiva de

que o comportamento humano é influenciado pelo contexto em que ocorre e, por essa razão, o

investigador deve privilegiar a observação in loco.

5.4. Procedimentos de tratamento e análise de dados

Para que se possa realizar uma investigação esta não pode ser realizada sem que “de

uma maneira ou de outra” (…) “sem documentos” tal como refere Albarello et al (1997:15), existe

também a pesquisa e análise documentais, muito úteis para a compreensão e interpretação de

qualquer fenómeno ou facto, e que Albarello et al defende como sendo “… um método de recolha

e de verificação de dados: visa o acesso às fontes pertinentes, escritas ou não, e, a esse título, faz

parte integrante da heurística da investigação ” (idem,1997:30).

É um processo que envolve a leitura, a seleção, o tratamento e a interpretação da

informação existente em documentos, quer sejam escritos ou não escritos (áudio ou vídeo) que se

constituem como uma boa fonte de informação, visto serem a base do trabalho de investigação,

pois têm “uma relação direta com pessoas, situações ou acontecimentos que são estudados ”

(Burgess,1997:136).

Também aqui, o investigador recolhe a informação de trabalhos anteriores, acrescenta

informação nova e relevante e divulga-a, para que outros tenham acesso a ela e possam fazer o

mesmo no futuro (Carmo & Ferreira, 1998).

A técnica da análise documental adequa-se aos diversos paradigmas de investigação:

qualitativo, quantitativo e misto, sendo que a análise de documentos é particularmente essencial

na análise de fenómenos macro sociais, demográficos e socioeconómicos, mudanças sociais e do

desenvolvimento histórico, mudanças a nível organizacional, e ideologias, sistemas de valores e

da cultura (Quivy & Campenhoudt, 2008:201-203).

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António Carlos Carneiro | pg25640 40

Durante a permanência na entidade formadora, procedemos à análise de documentação

que nos foi disponibilizada para consulta sobre as suas atividades (estatutos, relatórios brochuras,

Manual Ave Social; Entre Terras e Gentes, Relatório Aprendizagem 2014), para conhecermos o

seu historial no que respeita ao campo de intervenção, e assim recolher informação essencial ao

desenvolvimento do trabalho.

Nesta investigação recorremos à análise dos dossiês técnicos de cada um dos cursos

referidos no nosso estudo, a fim de nos permitir obter informações pertinentes e detalhadas sobre

cada um dos cursos do sistema de aprendizagem.

Esta técnica pode ajudar o investigador a recolher dados importantes e fidedignos sobre

o seu objeto empírico. Para Bogdan & Biklin (1994:180) a análise dos documentos oficiais

expressam a “perspetiva oficial” dos sujeitos que as produzem e possibilitam a compreensão de

um “verdadeiro retrato” das organizações estudadas. Por essa razão, escolhemos os documentos

oficiais produzidos pela entidade formadora, tais como:

a) Dossiê técnico pedagógico

b) Plano curricular

c) Relatório descritivo da avaliação

d) Avaliação dos formandos pelos formadores

e) Relatórios dos formadores sobre os conteúdos programáticos

f) Regulamento dos cursos

g) Relatório anual 2014

5.5. Inquérito por questionário

No âmbito deste estudo desenvolvemos vários questionários aos formandos dos diversos

cursos em análise, sem que o objetivo principal fosse o de proceder a uma análise quantitativa,

mas sim recolher informação, sendo a forma mais eficiente para a sua obtenção o inquérito por

questionário, que segundo Quivy & Campenhoudt (2008:188), “consiste em colocar a um conjunto

de inquiridos, geralmente representativo de uma população, uma série de perguntas relativas à

sua situação social, profissional ou familiar”. Já Ghiglione & Matalon (1993:2) defendem que

“realizar um inquérito é interrogar um determinado número de indivíduos tendo em vista uma

generalização”, ou seja, “o inquérito pode ser definido como uma interrogação particular acerca

de uma situação englobando indivíduos, com o objetivo de generalizar ” (ibid. 8).

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Apresentação e Fundamentação da Metodologia

António Carlos Carneiro | pg25640 41

O tipo de inquérito por questionário que se utilizou foi de administração direta, ou seja,

foi o próprio inquirido a preenchê-lo, seguindo uma matriz que nos permitiu recolher o máximo de

dados possíveis e ao mesmo tempo fazer com que o mesmo não se tornasse maçador no seu

preenchimento (Hill & Hill, 2002:163). Porém, a recolha que efetuamos não tinha como objetivo

a generalização, mas sim apenas o de recolha de informação que conjugada com outras técnicas

de investigação de carácter qualitativo, como as entrevistas e a observação, nos possibilitasse

conhecer a opinião dos formandos sobre o desenvolvimento destes cursos.

5.6. Entrevista

A entrevista é um instrumento precioso para o investigador e tem uma grande vantagem

que é a adaptabilidade, ou seja, podemos lidar e reagir às respostas dadas, tentando obter novas

informações. Segundo Quivy & Campenhoudt (2008:191) as entrevistas caracterizam-se “pela

aplicação dos processos fundamentais de comunicação e interação humana”, pelo que para

recolher diretamente a opinião de vários intervenientes nestes cursos de formação profissional, e

mesmo considerando que a entrevista exige um grande trabalho preparatório e requer uma

sensibilidade apurada, como referem Bogdan & Biklen (1994:136), “as boas entrevistas produzem

uma riqueza de dados, recheados de palavras que revelam as perspetivas dos respondentes. As

transcrições estão repletas de detalhes e de exemplos”.

Por comparação com o questionário, a entrevista inova no facto de se estar frente a frente

com a pessoa entrevistada, “a forma como determinada resposta é dada (o tom de voz, a

expressão facial, a hesitação, etc.) pode fornecer informações que uma resposta escrita nunca

revelaria” (Bell, 2004:137), verificando-se aqui uma grande interação social entre as pessoas,

entrevistador e entrevistado. Pode ainda ser definida como “um processo de interação entre duas

pessoas em que uma delas, o entrevistador, tem por objetivo a obtenção de informações por parte

do outro, o entrevistado ” (Haguette, 1987:86).

No nosso caso, optamos por realizar entrevistas semiestruturadas por serem as mais

adequadas para os nossos objetivos.

Para que uma entrevista decorra de forma adequada e produza resultados concretos e

satisfatórios é importante que se estabeleça uma relação de confiança entre entrevistado e

entrevistador, para que o entrevistado se sinta à vontade no seu papel. Porém, para que tal

aconteça, a entrevista deve obedecer a quatro momentos chave:

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Apresentação e Fundamentação da Metodologia

António Carlos Carneiro | pg25640 42

1. Preliminares: o entrevistado deve sentir-se o mais à vontade possível, deve saber o

assunto e os objetivos propostos, o entrevistador deverá assegurar a confidencialidade;

2. Início da entrevista: deve ser selecionada uma questão introdutória que clarifique o

tema central do assunto;

3. Corpo da entrevista: progressão do pensamento do entrevistado através de um guia de

perguntas que leva a que este expresse as suas ideias sobre o assunto mas sem nunca

opinar nem emitir juízos de valor;

4. Fim da entrevista: momento em que se fazem as últimas declarações, perguntando ao

entrevistado se não ficou nada omitido, como se sentiu no decorrer da conversa.

Desta forma, a entrevista tende a “recolher dados descritivos na linguagem do próprio

sujeito, permitindo ao investigador desenvolver intuitivamente uma ideia sobre a maneira como os

sujeitos interpretam aspetos do mundo” (Bogdan & Biklen 1994:134). Acresce que os

entrevistados foram sempre informados sobre os objetivos da entrevista, bem como de que as

informações fornecidas seriam “utilizadas exclusivamente para fins de pesquisa” (Lüdke & André,

1986:37).

5.7. Observação direta, participante e não participante

Consideramos que como forma de completar a nossa investigação seria importante

observar in loco o comportamento dos formandos e dos formadores, pelo que decidimos observar

de forma cuidada e sistemática algumas aulas de formação sociocultural, científica e tecnológica,

o que nos possibilitou entender e interpretar a realidade. Contudo, o observador/investigador tem

que ter ou treinar a capacidade de se distanciar do objeto de observação, podendo esta ser

participante ou não participante, embora segundo Haguette (1987:69), a observação participante

“não tem gozado de uma definição clara nas ciências sociais”, com alguns autores a defenderam

que não passa de uma importante recolha de dados, cujo sucesso depende de requisitos que a

distinguem de técnicas convencionais como o questionário e a entrevista, defendendo ainda outros

que, para além dessa recolha de dados, ela é também um instrumento que modifica o contexto

investigado, logo, são operadas mudanças sociais. Há no entanto quem tenha uma posição

distinta, quando defende que na observação participante existe interação “entre teoria e métodos

dirigidos pelo pesquisador na sua busca do conhecimento não só da perspetiva humana como da

própria sociedade” (Bruyn, 1966, citado por Haguette,1987:69).

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Pode então afirmar-se que na observação participante é o próprio investigador o

instrumento principal de observação, ou seja, há a “inserção do observador no grupo observado,

o que permite uma análise global e intensiva do objeto de estudo” (Almeida & Pinto, 1995:105).

Ele é parte integrante do meio a investigar, veste o papel de ator social podendo assim ter acesso

às perspetivas de outros seres humanos ao viver os mesmos problemas e situações.

É uma técnica de investigação qualitativa adequada ao investigador que pretende

compreender, num meio social, um fenómeno que lhe é exterior e que lhe vai permitir integrar-se

nas atividades/vivências das pessoas que nele vivem, pois, “pode ser particularmente útil

descobrir se as pessoas fazem o que dizem fazer ou se se comportam da forma como afirmam

comportar-se” (Bell, 2004:162).

O contacto direto do investigador com o seu objeto de estudo permite uma visão

privilegiada dos significados e dos porquês das coisas, tendo por isso a vantagem de facilitar “a

colheita de dados (…) ricos e pormenorizados, baseados na observação de contextos naturais”

(Burgess,1997:86), como por exemplo “relatos de situações na própria linguagem dos

participantes” (ibid), dando ao observador o acesso a conceitos usados no dia a dia destes.

Contudo, a observação participante pode também ela levantar alguns problemas, isto

porque o facto de o investigador fazer parte do contexto que está a ser observado pode levar a que

este tanto influencie e modifique o contexto de atuação, como possa ser influenciado por ele

(Burgess,1997:87). A este propósito Bogdan & Biklen referem que:

Os investigadores qualitativos tentam interagir com os seus sujeitos de forma natural, não intrusiva e não ameaçadora. Como os investigadores estão interessados no modo como as pessoas normalmente se comportam e pensam nos seus ambientes naturais, tentam agir de modo que as atividades que ocorrem na sua presença não difiram significativamente daquilo que se passa na sua ausência (1994:68).

Na observação não-participante, o investigador não interage com o objeto do estudo no

momento em que realiza a observação, não há “intervenção do observador nos grupos, nas

situações, nos processos sociais em análise” (Almeida & Pinto, 1995:108), logo não poderá ser

considerado participante, há observação e acompanhamento direto do comportamento dos

grupos, mas do exterior, sem interferência na sua ação, captando “os comportamentos no

momento em que eles se produzem e em si mesmos, sem a mediação de um documento ou de

um testemunho” (Quivy & Campenhoudt, 2008:196-198). Este tipo de técnica reduz

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António Carlos Carneiro | pg25640 44

substancialmente a interferência do observador no observado, permitindo o uso de ferramentas

de registo sem influenciar o objeto do estudo ou grupo-alvo de investigação.

Para Santos (1987:57) o conhecimento científico “tenta, pois, dialogar com outras formas

de conhecimento deixando-se penetrar por elas”. Mediante tais afirmações, podemos aferir que o

conhecimento não é unicamente científico, mas resulta da soma deste com aquilo que são as

experiências e sabedoria de vida, coisas que muitas vezes não podem ser quantificáveis. Neste

sentido, as entrevistas e as observações são fundamentais para um processo de investigação que

se pretende que seja o mais correto, abrangente e completo possível.

Para que o processo de observação seja bem-sucedido é necessário ter em atenção

algumas variáveis importantes ao longo deste processo. A parcialidade da pessoa que observa

pode resultar em erros de avaliação de situações observadas (efeito de Halo). Este enviesamento

pode comprometer a validade de toda a investigação. É, por isso, uma metodologia que exige

tempo, e que deve ser aplicada em amostras pequenas, sistematicamente. As variáveis (categorias

de observação) que se pretendem observar devem ser definidas à partida e o investigador tem que

decidir claramente que comportamentos estão ou não relacionados com o que pretende estudar.

A observação realizada consistiu na assistência a algumas aulas dos cursos de

aprendizagem que decorriam na entidade formadora.

Esta observação foi particularmente útil para confirmar ou infirmar as hipóteses da nossa

investigação, pois como refere Quivy & Campenhoudt (2008:196) os métodos de observação

direta são “os únicos métodos de investigação social que captam os comportamentos no momento

em que eles se produzem e em si mesmos, sem a mediação de um documento ou de um

testemunho”.

De entre as observações efetuadas, destacamos, a título de exemplo, alguns casos de falta

de pontualidade e assiduidade, como na aula de mercado e análise de mercado, do 1.º ano do

curso de Técnico/a de Vendas do dia 6 de fevereiro de 2015, com início previsto para as 14 horas

e em que os formandos foram chegando dois a dois, três a três, até que pelas 14,30 horas estavam

14 dos 20 formandos que compunham esta turma naquela data. Finalmente, o formador presta

um pequeno esclarecimento sobre como vai decorrer a aula e esta tem o seu início com a

apresentação de trabalhos de grupo, e novamente a postura dos formandos foi genericamente

desadequada. Na segunda parte da aula, o formador transmitiu novos conhecimentos, perante os

quais os formandos não apresentaram dúvidas, colocando pouco tempo depois uma série de

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António Carlos Carneiro | pg25640 45

questões de forma extemporânea e inconveniente. O formador, mesmo com uma postura

adequada e assertiva, sentia alguma dificuldade em controlar a turma, dada a postura insolente

generalizada.

No dia 13 de fevereiro, na aula de direito, a situação repetiu-se e pudemos constatar a

falta de educação de alguns formandos.

Por contraste, do dia 25 de fevereiro, a observação da aula do 3.º ano do curso de

Técnico/a de Vendas sobre empreendedorismo foi bastante positiva, com uma participação muito

interessante dos formandos presentes. Dado que esta aula foi extra curricular, a participação dos

formandos foi voluntária, o que também contribuiu para o bom ambiente verificado.

No dia 3 de março, na aula de matemática com início às 9 horas, também do 3.º ano do

curso de Técnico/a de Vendas a situação repetiu-se relativamente ao atraso significativo dos

formandos, embora nesta turma não se sinta a falta de educação verificada na turma do 1.º ano.

Por forma a obter uma perspetiva mais abrangente bem como um termo de comparação

com os cursos em estudo, procedemos ainda à observação, no dia 30 de março, da aula de

Observação da Imagem/Vídeo do curso de Multimédia, apesar de não fazer parte do nosso estudo.

Pudemos confirmar a existência generalizada de uma conduta menos adequada por parte dos

formandos, verificando de facto um comportamento de enorme falta de cumprimento das suas

obrigações cívicas.

No dia 16 de junho, voltamos a assistir a uma aula do curso de Multimédia, na UFCD de

Geometria, com a preocupação de confirmar a recorrência das observações feitas no 30 de março.

Apesar de se tratar de uma aula teórica, foi sobretudo uma aula teórico-prática, em que os

formandos demonstraram os mesmos comportamentos de indisciplina anteriormente verificados.

5.8. Análise de Conteúdo

A análise de conteúdo é importante para este estudo, “nomeadamente porque oferece a

possibilidade de tratar de forma metódica informações e testemunhos que apresentam um certo

grau de profundidade e de complexidade” (Quivy & Campenhoudt, 2008:227), para analisar a

informação recolhida através dos inquéritos e das entrevistas na análise das questões colocadas

aos formandos e aos formadores, aos tutores/empresários da formação em posto de trabalho, a

elementos da entidade formadora e do IEFP para uma avaliação cuidada desta modalidade de

formação.

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Estávamos cientes de que a análise de conteúdo evolui lentamente e é plena de avanços

e recuos, requerendo “alguma paciência, imensa organização, muita perseverança e um pouco

de tolerância à ambiguidade” (Terrasêca, 1996:120). Trata-se sempre de um trabalho “ingrato,

longo, paciente, que requer, simultaneamente, um trabalho minucioso de análise e uma passagem

delicada à síntese” (Poirier, Clapier-Valladon & Raybaut, 1999:107).

Optámos por esta técnica para proceder à análise da informação recolhida nas entrevistas,

procurando que os guiões fossem orientados para os objetivos do nosso estudo, o que nos facilitou

a organização do nosso trabalho. Após a organização das recolhas efetuadas e definição das

classes de análise, construímos a nossa grelha de análise com base nas categorias resultantes

das recolhas e da problemática, a fim de facilitar o nosso trabalho de análise.

Adotámos um procedimento que possibilitasse a adequação das categorias à medida que

a investigação avançava, estruturando todas as categorias em torno de seis regras definidas, a da

exaustividade, exclusividade, homogeneidade, pertinência, objetividade e produtividade (Amado,

2013:335-336), que concorreram para a criação de um quadro teórico de análise da realidade,

criado a partir do conteúdo das entrevistas, o que nos permite afirmar que procedemos a uma

“descrição analítica” da realidade (Maroy, 1997:119-120).

Procedemos à leitura de todas as entrevistas, destacando as passagens mais importantes

com o intuito de aperfeiçoar os conceitos e de fazer inferências de “conhecimentos sobre o emissor

da mensagem ou sobre o seu meio” (Bardin, 1977:39), ou seja, aquilo que vai permitir ao

investigador passar da etapa da descrição para a etapa da interpretação, através de unidades de

registo e de contexto, com a preocupação de fazer com que o estudo fosse exaustivo,

representativo, homogéneo e adequado (Amado, 2013:311), possibilitando que a apresentação

de dados não perdesse o carácter qualitativo da investigação.

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6. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DO PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO

6.1. A perspetiva dos Formandos

Foi fundamental conhecer a opinião dos formandos nos momentos principais dos seus

percursos formativos, o que implicou a elaboração de três inquéritos para uma análise mais

exaustiva mas também mais próxima das vivências dos formandos. A informação obtida foi

analisada com o intuito de identificar questões chave para este estudo, procurando tendências de

convergência ou divergência no que respeita às várias perspetivas, embora não se pretenda fazer

um tratamento estatístico dos seus resultados, mas sim evidenciar a sua importância do ponto de

vista qualitativo.

O número total de inquéritos foi de 116, no conjunto dos cinco cursos de formação

profissional em análise, apesar de com este estudo não se pretender efetuar uma análise

quantitativa. Dos inquéritos realizados, 41 formandos responderam aos inquéritos iniciais

enquanto aos inquéritos à formação responderam 46 e aos inquéritos realizados no período pós

formação responderam 29. A variação de inquiridos resulta do facto de dois cursos estarem ainda

decorrer e nos inquéritos iniciais um dos cursos de Técnico de Vendas já ter terminado no início

de 2014, ou seja, antes de iniciarmos este estudo.

A tabela 2 resume a distribuição, por género, dos formandos pelos diferentes cursos de

formação considerados neste trabalho, permitindo concluir que embora existam assimetrias

dentro de cada curso, no 31 dos formandos são do sexo feminino e 28 do sexo masculino.

A análise que desenvolvemos foi realizada curso a curso uma vez que, apesar de poder

revelar um caracter exaustivo, com uma “descrição densa” (Geertz, 1973), permite ter em conta

as idiossincrasias de cada grupo de formandos. A informação apresentada neste capítulo de forma

resumida, resultante dos inquéritos realizados, pode ser consultada em detalhe nos quadros

apresentados nos apêndices 3.

Tabela 2: Entrevistas realizadas aos Formandos.

Curso Formandos (x) Inquérito inicial Inquérito à formação

Inquérito final

H M H M H M H M

Vitrinismo 8 8 8 8

Técnico de Instalações Elétricas 11 10 10 10

Técnico de Vendas 2012/2014 8 3 8 3

Técnico de Vendas 2013/2015 5 7 1 5 4 7

Técnico de Vendas 2014/2017 4 13 4 13 4 13

TOTAIS 28 31 15 26 18 28 18 11 (x) – Número de formandos quando iniciamos este estudo académico.

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Esta análise não dispensa uma síntese transversal, apresentada na secção seguinte com

o cotejo dos resultados dos diferentes cursos, tendo em conta o quadro teórico elaborado.

6.1.1. Curso de Técnico/a de Instalações Elétricas

Inquérito inicial

O curso de Técnico/a de Instalações Elétricas teve início em maio de 2012 com vinte

formandos e terminou em novembro de 2014 com onze formandos que concluíram com

aproveitamento este curso, sendo que dez se disponibilizaram para responder aos inquéritos.

Para compreender o grupo de formandos, desenvolvemos três inquéritos, o primeiro

designado como inicial para conhecermos os motivos que levaram à frequência deste curso, o

segundo para conhecer a opinião dos formandos sobre a formação e o terceiro para perceber as

expectativas para o futuro.

Considerando a caracterização social dos formandos, apresentada no quadro 1,

verificamos que no início do curso os formandos estavam situados no grupo etário entre os 16 e

os 22 anos de idade, genericamente sem responsabilidades sociais diretas, inseridos em contextos

familiares diversos e cuja situação face ao emprego dos familiares é significativamente positiva

(mesmo tendo em consideração que oito dos formandos não responderam a esta questão).

Relativamente ao percurso escolar dos formandos durante o ensino oficial (tradicional),

verifica-se que quatro dos formandos que responderam a este inquérito, não pretendiam ter um

percurso escolar diferente, pois desejavam obter um emprego e/ou frequentar um curso de

formação profissional. Por outro lado, importa destacar que seis dos formandos gostariam de ter

tido um percurso profissional diferente, o que é revelador das situações sociais e culturais que

implicam estes percursos escolares.

O quadro 1 indica-nos também que só três dos formandos não tinham exercido uma

atividade profissional antes de iniciarem este curso de formação profissional, tendo um deles

iniciado uma atividade com 12 anos de idade e desenvolvido cinco “profissões” diferentes, o que

é demonstrativo do abandono escolar mas também da imaturidade para o exercício de uma

atividade profissional, que por sua vez evidencia a dificuldade e a legalidade em “manter” uma

profissão sem o mínimo de habilitações escolares e/ou profissionais. Sobre a aprendizagem de

uma profissão referiram que a mesma decorria da observação e da execução (aprendendo com

os erros), mesmo nos casos em que exerciam atividades a contragosto.

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António Carlos Carneiro | pg25640 49

Tal como apresentado no quadro 2, constata-se que 40% dos formandos já tinham

frequentado ações de formação antes de iniciarem este curso. Já a inserção neste curso resulta

de uma procura pessoal em 80% dos formandos. É de referir que 50% dos formandos foram

influenciados pela família nesta opção, e em 60% resultou também da intervenção dos serviços de

emprego (Centro de Emprego) e da vontade em aprender uma profissão.

Relativamente aos apoios financeiros previstos no regulamento do programa, apenas 30%

dos formandos beneficiam destes, mas consideram que estes são reduzidos e limitados no acesso.

Apesar de não terem recorrido a outras entidades públicas e/ou privadas a solicitar apoios

financeiros ou outros, constatam-se dificuldades em alguns formandos, que não quiseram, no

entanto, indicar como as ultrapassam.

Sobre as atividades de lazer, constata-se que 30% dos formandos desenvolvem uma

atividade desportiva. Já ações de voluntariado nenhum formando exerce.

Referiram que a frequência deste curso possibilita o aumento de amizades, mas a maioria

(80% dos formandos) considera que tal se verifica especialmente entre os formandos.

Relativamente às expectativas iniciais sobre o futuro profissional, os formandos

manifestaram preocupação e indefinição sobre o seu futuro profissional, como passamos a indicar:

um formando foi inconclusivo, o que representa 10%; dois formandos, isto é, 20% dos formandos

não se pronunciaram; sendo que 50% dos formandos indicaram que pretendem obter um emprego

em áreas de atividade diferentes das do curso que frequentaram e apenas dois formandos, ou

seja, 20% dos inquiridos pretende obter emprego na área da formação obtida.

Quadro 1: Caracterização social, percurso escolar e profissional dos formandos do Curso de Técnico de Instalações Elétricas.

Faixa etária: 16-22

Agregados familiares com

2 a 5 elementos, maioritariamente empregados

60% dos formandos não pretendiam ter um percurso

escolar diferente.

.

50% abandonaram os estudos para procurar emprego e/ou

frequentar um curso profissional.

30% não especificaram a razão do abandono.

Todos os formandos gostariam de ter tido um percurso profissional diferente.

60% já tinham exercido uma atividade profissional antes do

início do curso

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Resumindo, os formandos não foram suficientemente claros na manifestação dos motivos

que determinaram a sua opção pela frequência deste curso profissional, e sobre as expectativas

sobre o futuro profissional manifestaram preocupação e indefinição.

Inquérito sobre a avaliação da formação

Relativamente aos objetivos do curso, dois formandos manifestaram discordância sobre a

informação obtida inicialmente e um dos formandos não manifestou opinião sobre se no final da

ação os objetivos propostos foram atingidos.

Já sobre o desempenho dos formadores, um dos formandos não indicou a sua opinião

sobre nenhum dos itens indicados e outro formando refere que os formadores não demonstraram

recetividade a diferentes opiniões.

O gráfico 2 evidencia uma opinião favorável acerca dos conteúdos programáticos, embora

dois formandos não tenham indicado a sua opinião e um tenha manifestado discordância. Os

formandos manifestaram também uma opinião muito positiva quanto às estratégias pedagógicas

dos formadores e sobre o processo de avaliação.

Quanto aos suportes de apoio à formação, dois formandos não manifestaram opinião. Já

sobre os documentos que a entidade disponibilizou a apreciação transmitida é muito positiva,

apesar de sobre um dos itens um dos formandos não ter manifestado opinião.

Quadro 2: Percurso dos formandos durante a formação, atividades paralelas e expectativas quanto ao futuro profissional.

40% dos formandos já tinham frequentado ações de formação, antes de iniciarem este curso.

80% dos formandos teve conhecimento do curso através de

uma procura pessoal.

60% refere a intervenção dos serviços de emprego e 50% a influência da família na opção.

Apenas 30% dos formandos beneficiam apoios financeiros previstos no regulamento do

programa

30% dos formandos desenvolvem uma atividade desportiva.

50% dos formandos pretendem obter um emprego em áreas de atividade diferentes das do curso

que frequentaram e apenas 20% na área da formação obtida.

80% dos formandos consideram que este curso facilita o aumento de

amizades.

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Sobre o apoio logístico prestado, um dos formandos manifestou opinião desfavorável sobre

a informação relativa às inscrições, datas e horários do curso e outro formando não referiu a sua

opinião sobre ajustamentos de matérias no decorrer do curso.

A avaliação realizada pelos formandos relativamente à organização geral do curso, apesar

de maioritariamente positiva, com o mínimo favorável de 60%, tem também 20% dos formandos

a expressarem uma opinião desfavorável. Já relativamente aos espaços e às instalações utilizadas

a opinião dos formandos é muito favorável.

No que respeita à avaliação global da formação, destacamos que num dos itens (o

conteúdo da formação foi bem doseado entre a teoria e prática) 20% dos formandos manifestaram

discordância, 10% não têm opinião e pelo contrário 20% concordaram bastante, o que significa

grande diversidade de opiniões sobre esta questão. Já nos restantes itens a avaliação global é

realizada de forma muito positiva pelos formandos que concluíram a formação.

Inquérito final

Este inquérito foi realizado após a conclusão do curso, com a perspetiva de analisarmos

a integração no mercado de trabalho de jovens com uma qualificação específica, em que parte da

formação já foi desenvolvida em posto de trabalho, contemplando também indicadores

socioeconómicos dos respetivos agregados familiares.

Gráfico 2: Avaliação global da formação.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

O formador teve um bom desempenho

Desenvolvi muitas competências

Adquiri muitas competências

O conteúdo da formação foi bem doseado entre teoria eprática

Os temas foram apresentados de forma coerente eestruturada

Avaliação global da formação

Sem opinião Concordo totalmente Concordo Bastante Concordo Discordo Discordo totalmente

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Mesmo considerando que o tempo decorrido entre o fim da formação e o momento em

que decorre esta análise ainda é reduzido (quatro meses), os dados que recolhemos indicam-nos

que dos cinco formandos já inseridos no mercado de trabalho, só um está a desenvolver atividade

na área de formação, e porque criou a sua própria empresa. No entanto, importa destacar que

54,5% dos formandos ainda não conseguiu integração no mercado de trabalho, tal como referido

no quadro 3.

Relativamente às expectativas que os formandos no final do curso manifestaram, podemos

referir que as mesmas estão em conformidade com a situação constante no quadro anterior, dado

que cinco dos onze formandos pretendem obter um emprego em profissões diferentes da área do

curso que frequentaram com aproveitamento e um dos formandos não respondeu ao inquérito.

6.1.2. Curso de Vitrinismo

Inquérito inicial

O curso de Vitrinismo teve início em maio de 2012 com quinze formandos de ambos os

sexos e terminou em outubro de 2014 com oito formandos do sexo feminino, ou seja, apenas

53,3% concluíram com aproveitamento este curso, mas também importa referir que o número

inicial de formandos ficou aquém do desejável (vinte) nos regulamentos.

Quadro 3: Resultados da formação e expectativas quanto ao emprego.

Para compreender o grupo de formandas, desenvolvemos três inquéritos, o primeiro

designado como inicial para conhecermos os motivos que levaram à frequência deste curso, o

18% dos formandos pretende trabalhar por conta prória.

54,5% dos formandos que concluiram o curso não consegiram integração no mercado de trabalho

45,5% dos formandos obtiveram emprego

45,5% dos formandos pretendem obter emprego em área diferente do

curso de formação profissional.

Todos os formandos consideram que este curso foi bom porque

possibiltou adquirir novas competências

Todos os formandos já empregados têm um vinculo laboral de contrato

de trabalho a termo.

Só 55% dos formandos que iniciaram o curso o concluiram.

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António Carlos Carneiro | pg25640 53

segundo para conhecer a opinião das formandas sobre a formação e o terceiro para perceber as

expectativas para o futuro.

Pela caracterização social das formandas, verificamos que no início do curso estavam

situadas no grupo etário entre os 16 e os 22 anos de idade, encontravam-se inseridas em contextos

familiares diversos com agregados familiares com situações face ao emprego estáveis e só 10%

não responderam a esta questão, sendo que uma das formandas já tem responsabilidades

familiares.

Relativamente ao percurso escolar das formandas durante o ensino oficial (tradicional),

verifica-se que quatro das formandas que responderam a este inquérito, 50%, não pretendiam ter

um percurso escolar diferente, desejavam obter um emprego e/ou frequentar um curso de

formação profissional. Por outro lado, importa destacar que as restantes formandas gostariam de

ter tido um percurso profissional diferente, o que é um indicador significativo das situações sociais

e culturais que condicionam estes percursos escolares.

Tal como apresentado no quadro 4, o inquérito realizado indica-nos que só duas das

formandas não tinham exercido uma atividade profissional antes de iniciarem este curso de

formação profissional, o que representa um forte indicador de abandono escolar, indiciando

também a dificuldade na obtenção de emprego sem o mínimo de habilitações escolares e/ou

profissionais. Sobre a aprendizagem de uma profissão, referiram que a mesma era realizada

através da observação e da execução (aprendendo com os erros), mesmo nos casos em que

exerciam atividades a contragosto.

Quadro 4: Caracterização social, percurso escolar e profissional dos formandos do Curso de Vitrinismo.

Grupo etário: 16-22Agregados familiares com 2-5elementos, maioritariamente

empregados.

50% dos formandos não pretendiam ter cum percurso

profissional diferente.

Todos abandonaram os estudos para procurar emprego e/ou

frequentar um curso profissional.

75% já tinham exercido uma atividade profissional antes do

início do curso.

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Conforme descrito no quadro 5 constata-se que 62,5% das formandas já tinham

frequentado ações de formação, antes de iniciarem este curso. Já a inserção no mesmo resulta

de uma procura pessoal em 75% das formandas. É de referir que apenas 20% das formandas

foram influenciados pela família na opção por este curso de formação profissional. Assim como a

inserção neste curso em 62,5% dos casos resultou da intervenção dos serviços de emprego (Centro

de Emprego) e em 50% das formandas decorreu do objetivo de obter o 12.º ano.

Relativamente aos apoios financeiros previstos no regulamento do programa, apenas

37,5% das formandas beneficiam destes, mas consideram que os mesmos são reduzidos e

limitados no acesso. Apesar de não terem recorrido a outras entidades públicas e/ou privadas a

solicitar apoios financeiros ou outros apoios, constata-se em alguns formandos dificuldades que

não quiseram indicar como as ultrapassam.

Sobre as atividades de lazer, constata-se que 75% das formandas desenvolvem uma

atividade desportiva. Já ações de voluntariado são exercidas por 50% das formandas.

Relativamente às relações de amizade que a frequência deste curso possibilita,

genericamente todas as formandas consideraram que este curso facilita o aumento de amizades,

mas a maioria, isto é, 87,5% das formandas, considera que o crescimento da amizade ocorre

especialmente com outros jovens.

Quadro 5: Percurso dos formandos durante a formação, atividades paralelas e expectativas quanto ao futuro profissional.

62,5% das formandas já tinham frequentado ações de formação,

antes de iniciarem este curso

75% das formandas teve conhecimento do curso através de

uma procura pessoal.

62,5% refere a intervenção dos serviços de emprego e 20% a influência da família na opção.

Apenas 37,5% das formandos beneficiam apoios financeiros previstos no regulamento do

programa

75% das formandas desenvolvem uma atividade desportiva.

50% das formandas fazem voluntariado

Todos as formandas consideram que este curso facilita o aumento de

amizades

62,5% das formandas pretendem obter um emprego em áreas de atividade diferentes das do curso

que frequentaram e apenas 20% na área da formação obtida.

30% dos formandas pretendem continuar estudos

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Apresentação e Discussão do Processo de Investigação

António Carlos Carneiro | pg25640 55

Relativamente às expectativas sobre o futuro profissional, as formandas manifestaram

preocupação e indefinição sobre o seu percurso. Duas formandas, isto é, 25% das formandas não

se pronunciaram, sendo que 25% das formandas indicaram que pretendem criar uma empresa,

enquanto 50% das formandas gostariam de obter um emprego por conta de outrem. Existem neste

caso algumas incoerências nas respostas, como por exemplo no que respeita a uma formanda

que pretende criar uma empresa e obter um emprego por conta de outrem em área de atividade

diferente das do curso. Três formandas, isto é, 30% pretendem continuar os estudos e 62,5%

pretendem obter um emprego em áreas de atividade diferentes da do curso que frequentaram, ou

seja, apenas 20% das inquiridas pretende obter emprego na área da formação obtida.

Em conclusão, as formandas que estavam já no final do curso de formação profissional

manifestaram alguma indefinição sobre as suas opções relativamente ao futuro profissional.

Inquérito de avaliação da formação

Em outubro de 2014, aplicamos o questionário para recolher informação sobre a

formação e já só frequentavam este curso oito formandas.

Relativamente à avaliação da formação, as formandas inquiridas sobre os objetivos

propostos responderam da seguinte forma: uma das formandas não manifestou opinião e outra

formanda manifestou discordância, o que representa 25% das inquiridas. Por outro lado, uma

formanda referiu estar totalmente de acordo e outra indicou estar bastante de acordo, enquanto

50% das formandas manifestaram a sua concordância com a questão colocada. Sobre se os

objetivos propostos foram atingidos, também uma formanda não manifestou opinião e outra

formanda referiu a sua discordância, ou seja, 25%, enquanto 62,5% manifestaram a sua

concordância, conforme demonstra o gráfico 3.

Já sobre o desempenho dos formadores, uma das formandas não manifestou a sua

opinião em nenhum dos itens, outra manifestou a sua discordância em sete dos itens e uma outra

também referiu a sua discordância em quatro deles. Estes dados indicam que 37,5% das

formandas revelam algum desconforto sobre os formadores.

Os dados relativos aos conteúdos programáticos evidenciam uma opinião favorável,

embora em alguns itens uma das formandas tenha referido a sua discordância e outra formanda

num dos itens não tenha indicado a sua opinião.

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Apresentação e Discussão do Processo de Investigação

António Carlos Carneiro | pg25640 56

As estratégias pedagógicas utilizadas pelos formadores recolhem uma opinião muito

positiva, apesar de duas formandas não terem manifestado opinião num dos itens.

Sobre o processo de avaliação, as formandas avaliaram positivamente a formação

desenvolvida, mesmo considerando que em alguns itens as formandas não manifestaram opinião.

Já sobre os documentos que a entidade disponibilizou a apreciação transmitida foi muito favorável.

No que respeita aos suportes de apoio à formação, três formandas não manifestaram

opinião, mas a opinião das formandas que se pronunciaram é francamente favorável.

Relativamente ao apoio logístico prestado, uma das formandas não manifestou opinião e outra

formanda manifestou discordância sobre a informação nas inscrições, datas e horários do curso.

A opinião dos formandos sobre os espaços e as instalações utilizadas é muito favorável.

Igualmente, a avaliação realizada pelas formandas relativamente à organização geral do curso é

significativamente positiva, com apenas uma formanda a manifestar discordância num dos itens.

Quanto à avaliação global da formação, destacamos que num dos itens (o conteúdo da

formação foi bem doseado entre a teoria e prática) 25% das formandas manifestaram discordância

e 12,5% manifestaram-se sem opinião, o que significa grande diversidade de opiniões sobre esta

questão. Nos restantes itens a avaliação global é realizada de forma muito positiva pelas

formandas que concluíram a formação.

Gráfico 3: Avaliação global da formação para o curso de Vitrinismo.

0 1 2 3 4 5 6 7 8

O formador teve bom desempenho

desenvolvi muitas competências

Adquiri muitas competências

O Conteudo da formação foi bem doseado entre teoria eprática

Os temas foram apresentados de forma coerente eestruturada

Avaliação global da formação

Sem opinião Concordo totalmente Concordo bastante Concordo discordo discordo totalmente

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Apresentação e Discussão do Processo de Investigação

António Carlos Carneiro | pg25640 57

Inquérito final

Este inquérito foi realizado após a conclusão do curso e com a perspetiva de analisarmos

as dificuldades de integração no mercado de trabalho de jovens com uma qualificação específica,

em que parte da formação foi desenvolvida em contexto de trabalho.

Face aos elementos disponíveis e tendo em atenção que dos quinze formandos que

iniciaram o curso, apenas oito concluíram, e todos do sexo feminino, poderá ser indicador de uma

tendência para que o exercício desta atividade profissional seja preferencialmente assumido por

mulheres.

Os dados apresentados no quadro 6 transmitem grande preocupação sobre a inserção

destes jovens no mercado de emprego, dada a especificidade deste curso profissional e as reais

competências das formandas para o exercício de uma profissão que requer imensa capacidade

de iniciativa, e acarreta sobretudo grande dificuldade de exercer a tempo inteiro esta profissão.

Relativamente às expectativas das formandas em obter emprego na atividade em que

obtiveram aproveitamento, apenas duas formandas, ou seja, 25% consideram a hipótese de criar

uma empresa e 37,5% têm a expectativa de continuar os seus estudos. Todas manifestaram que

a inserção no mercado de trabalho será concretizada em áreas de atividade diferentes das suas

expectativas quando iniciaram este curso.

Quadro 6: Resultados da formação e expectativas quanto ao emprego.

37,5% das formandas espera continuar os estudos.

Todas as formandas que concluiram o curso ainda não

consegiram integração no mercado de trabalho.

Nenhuma formanda obteve emprego.

Todas as formandas esperam encontrar emprego em áreas de actividade diferente do curso de

formação profissional.

Todas as formandas consideram que este curso foi bom porque

possibiltou adquirir novas competências.

25% das formandas consideram a hipótese de criar a sua própria

empresa.

Só 53,3% dos formandos que iniciarm o curso o concluiram.

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António Carlos Carneiro | pg25640 58

6.1.3. Curso de Técnico/a de Vendas – 2012/2014

Inquérito final

Este curso terminou em fevereiro de 2014, pelo que quando iniciamos o estágio em

outubro de 2014, já não foi possível nem observar a formação em sala, nem contactar diretamente

os formandos. Os dados obtidos resultam da análise documental, dos contactos efetuados via

email e telefónicos. Esta circunstância implicou a realização de apenas um inquérito destinado a

conhecer a situação relativa à sua inserção no mercado de trabalho, sendo também de salientar

que o curso iniciou com vinte formandos, mas só onze concluíram e que destes 27,3% são

indivíduos do sexo feminino, conforme descrito no quadro 7.

Dos onze formandos que concluíram este curso de formação profissional, nove encontram-

se empregados, ou seja, 81,8%, embora só três possam ser considerados integrados na sua área

de formação, ou seja, 27,2%. Um dos formandos emigrou e trabalha na área da restauração, e

sobre o outro não conseguimos obter informação precisa sobre a sua situação profissional.

Em resumo, podemos inferir que o primeiro objetivo dos formandos foi adquirir a

certificação escolar a qual foi obtida por 55% dos formandos que iniciaram este curso de formação.

Mas também devemos questionar sobre as causas que possam ter contribuído para que 45% dos

formandos que iniciaram a formação não tenham conseguido concluir o curso.

Quadro 7: Caracterização do percurso dos formandos do Curso de Técnico de Vendas 2012/2014.

27,3% dos formandos que concluiram a formação são do sexo

feminino e 72,7% são do sexo masculino.

81,8% dos formandos que concluiram já estão integrados no

mercado de trabalho.

27,2% dos formandos conseguiram integração na área de

formação deste curso.

73% dos formandos trabalham por conta de outrém.

64% dos formandos com contrato de trabalho a termo certo.

Só 55% dos formandos iniciais concluiram o curso.

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António Carlos Carneiro | pg25640 59

6.1.4. Curso de Técnico/a de Vendas – 2013/2015 (3º Ano)

Inquérito inicial

Este curso teve início em janeiro de 2013, com vinte formandos e terminou em maio de

2015. À data deste inquérito (novembro de 2014) era frequentado por doze formandos, sendo

que apesar das várias tentativas realizadas só foi possível inquirir seis formandos, devido à

ausência das aulas pelos restantes formandos. Também neste curso se verifica uma diminuição

de 40% dos formandos, representando um número significativo de desistências e/ou de abandono,

tal como se pode observar no quadro 8.

Através da análise documental que efetuamos verificamos que 41,7% são do sexo

masculino e 58,3% do sexo feminino. Dado o número reduzido de inquiridos, optamos por não

proceder à análise da estrutura familiar dos formandos.

Consideramos importante que o estudo da diminuição de formandos ao longo do curso

seja efetuado, a fim se ser compreendido e permitir, idealmente, que os vários intervenientes neste

programa de formação profissional desenvolvam as diligências necessárias para evitar a

diminuição do número de formandos até ao final do curso que se prolonga quase por três anos.

O quadro 8 apresenta igualmente dados relativos ao percurso escolar dos formandos

inquiridos, verificando-se que a grande maioria manifestou não ”gostar” das aulas, assim como

50% dos inquiridos indicaram que não pretendiam ter tido um percurso escolar diferente e não

responsabilizam a família, nem os professores pelo abandono escolar.

Dos inquiridos, só 33,3% não tinham desenvolvido uma atividade profissional antes de

iniciarem este curso. Sobre o exercício das atividades profissionais que desenvolveram antes de

ingressar neste curso, os formandos não responderam às questões colocadas, com a exceção da

primeira questão e apenas um dos formandos referiu que as suas tarefas eram realizadas através

da observação e da execução (aprendendo com os erros) e exercidas mesmo que a contragosto.

Dos inquiridos só 33,3% não tinham participado em ações de formação profissional antes

de iniciarem este curso. Um dos formandos obteve a certificação escolar do 9.º ano através dos

cursos de aprendizagem, sendo que na generalidade indicam que foi através das diligências

pessoais que desenvolveram interesse por este curso profissional, quer para melhorar a sua

formação pessoal, quer para aprender uma profissão.

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António Carlos Carneiro | pg25640 60

Relativamente aos apoios financeiros previstos no regulamento do programa, só um dos

formandos inquiridos não usufrui destes. Apesar de não terem recorrido a outras entidades a

solicitar apoios financeiros, constata-se em alguns formandos dificuldades que não quiseram

indicar como ultrapassam.

Só um dos inquiridos desenvolve atividade de lazer. Já ações de voluntariado nenhum

formando exerce. Relativamente às relações de amizade que a frequência deste curso possibilita,

genericamente todos os formandos consideram que este curso proporciona o aumento de

amizades, principalmente entre os jovens.

Relativamente às expectativas sobre o futuro profissional, 50% dos inquiridos não se

pronunciaram e revelaram algumas contradições, como por exemplo, pretender criar uma

empresa e trabalhar por conta de outrem. Dos inquiridos 83,3% desejam obter um emprego,

independentemente do segmento económico e um dos formandos pretende continuar os seus

estudos.

Inquérito de avaliação da formação

Este inquérito foi realizado no mês de março de 2015, com o objetivo de recolher a opinião

dos formandos sobre o período de formação entre janeiro de 2013 e março de 2015, sendo que

este curso aproximava-se do fim, dado que teve início em janeiro de 2013 com vinte formandos e

terminou no final do mês de maio de 2015 com doze formandos, ou seja, só 60% dos que iniciaram

concluíram com aproveitamento este curso.

Quadro 8: Caracterização social, percurso escolar e profissional dos formandos do curso de Técnico de Vendas 2013/2015.

40% dos formandos que iniciaram o curso desistiram.

41,7% dos formandos são do sexo masculino

58,3% dos formandos são do sexo feminino.

Só 50% dos formandos responderam ao nosso inquérito.

66,7% já tinham exercido uma atividade profissional antes do

início do curso.

50% abandonaram os estudos para procurar emprego e/ou

frequentar um curso profissional.

30% não especificaram a razão do abandono escolar.

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Apresentação e Discussão do Processo de Investigação

António Carlos Carneiro | pg25640 61

Dos doze formandos que frequentavam o curso, onze disponibilizaram-se para responder

ao inquérito sobre a formação desenvolvida, tendo manifestado na generalidade uma opinião

significativamente positiva, mesmo considerando que um dos formandos num dos itens não

manifestou opinião. Sobre o desempenho dos formadores a opinião dos formandos foi muito

positiva de uma forma geral, salvo no item “desenvolveram metodologias pedagógicas adequadas

ao público-alvo do curso”, em que dois formandos discordaram e no item “forneceram

comentários ao desempenho dos formandos”, em que um dos formandos discordou, o que deve

merecer reflexão.

O quadro seguinte do questionário evidencia uma opinião favorável sobre os conteúdos

programáticos, embora um dos formandos num dos itens não tenha indicado a sua opinião e outro

formando no item “tinham aplicabilidade na prática profissional” tenha manifestado a sua

discordância, tal como dois outros formandos no item “despertaram interesse”.

Quanto às estratégias pedagógicas dos formadores num dos itens temos uma

discordância, apesar de maioritariamente as opiniões serem muito positivas.

Sobre o processo de avaliação, dois dos formandos manifestaram a sua discordância

sobre o “grau de dificuldade” e um formando sobre a ”metodologia de avaliação”, mas em

contrapartida temos doze referências de concordância total. Sobre os suportes de apoio à

formação, apenas um formando considera que os suportes não foram suficientes.

Relativamente aos documentos de apoio que foram disponibilizados quatro dos formandos

indicaram discordância sobre os materiais de apoio fornecidos aos formandos. Quanto ao apoio

logístico prestado pela entidade, este foi considerado muito bom pelos formandos.

Sobre a organização geral do curso apenas um dos formandos e relativamente ao horário

do curso manifestou discordância.

Sobre os espaços e instalações utilizados verifica-se que seis formandos manifestaram

uma opinião de desconforto sobre os espaços e instalações, sendo que no item “eu gostei das

instalações e elas eram confortáveis” um dos formandos expressou discordância total e outro

referiu a sua discordância.

A avaliação global é muito favorável, tal como se pode verificar no gráfico 4, apesar de

dois formandos manifestarem discordância relativamente ao desempenho de alguns formadores

e sobre as aprendizagens adquiridas.

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António Carlos Carneiro | pg25640 62

6.1.5. Curso de Técnico/a de Vendas – 2014/2017 (1º Ano)

Inquérito inicial

Este curso teve início em setembro de 2014, com 20 formandos e em fevereiro de 2015

já só era frequentado por 17 formandos. Há uma evidência nestes cursos profissionais que se

verifica principalmente no decorrer do 1.º ano dos cursos, e diz respeito ao número significativo

de desistências, que no caso presente, dado que está ainda nessa fase, poderia ser estudado, a

fim de ser compreendido e se possível, desenvolvidas as diligências necessárias para evitar a

diminuição do número de formandos até ao final do curso que se prolonga quase por três anos.

Este inquérito foi desenvolvido em novembro de 2014 e relativamente à caracterização

dos formandos deste curso, tal como indica o quadro 9, os formandos do sexo feminino

representam 76,5% do total de formandos. Do conjunto dos elementos dos agregados familiares

e face aos dados disponibilizados, 47,5% tem familiares não ativos e na sua estrutura familiar

88,3% dos formandos encontram-se na situação de solteiro, em agregados familiares compostos

em média por três elementos.

Gráfico 4: Avaliação global da formação do curso Técnico de Vendas 2013/2015 (3º ano).

0 1 2 3 4 5 6 7

O formador teve bom desempenho

Desenvolvi muitas competências

Adquiri muito conhecimentos

O conteudo da formação foi bem doseado entre teoria eprática

Os temas foram apresentados de forma coerente eestruturada

Avaliação global da formação

Sem opinião Concordo totalmente Concordo bastante Concordo Discordo bastante Discordo totalmente

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Apresentação e Discussão do Processo de Investigação

António Carlos Carneiro | pg25640 63

Relativamente ao percurso escolar dos formandos, verifica-se que a grande maioria, isto

é, 58,9%, abandonou o ensino oficial com idade superior à adequada, entre os 17 e os 19 anos e

65% dos formandos gostaria de ter tido um percurso escolar diferente. Em contrapartida, um

formando abandonou o ensino oficial apenas com 12 anos de idade e curiosamente, este

formando foi um dos quatro que afirmou que não queria ter tido um percurso escolar diferente.

Outro dos formandos já possuía o 11.º ano de escolaridade.

O quadro 9 indica-nos que quatro dos formandos já tinham exercido uma atividade

profissional antes de iniciarem este curso de formação profissional, tendo um deles iniciado a sua

atividade com 14 anos, e desenvolvido três “profissões” diferentes, o que é demonstrativo da

imaturidade para o exercício de uma atividade profissional, mas também da dificuldade em

“manter” uma profissão sem possuir habilitações escolares e/ou profissionais mínimas.

Constata-se que 35,3% dos formandos frequentaram ações de formação, antes de

iniciarem este curso no âmbito do sistema de aprendizagem em alternância. Já a inserção neste

curso resultou de uma procura pessoal para 70,5% dos formandos, da influência da família para

41,2%, da intervenção dos serviços de emprego (Centro de Emprego) para 35,3%, e para 88,2%

da vontade em aprender uma profissão.

Relativamente aos apoios financeiros previstos no regulamento do programa, apenas

41,2% dos formandos beneficiam destes, mas consideram que são limitados. Apesar de não terem

recorrido a outras entidades a solicitar apoios financeiros.

Adicionalmente, verifica-se que 88% dos formandos pretendem aprender uma profissão

e 35% dos formandos pretendem continuar os estudos.

Quadro 9: Caracterização social, percurso escolar e profissional dos formandos do curso de Técnico de Vendas 2014/2017.

15% de desistências em 3 meses de curso.

76,5% dos formandos são do sexo feminino.

58,9% dos formandos abandonaram o ensino oficial, para

procurar emprego ou formação profissional.

65% dos formandos gostariam de ter tido um percurso escolar

diferente.

88,2% dos formandos pretendem aprender uma profissão.

17,7% dos formandos pretendem continuar os estudos.

Apenas 30% dos formandos beneficiam apoios financeiros previstos no regulamento do

programa

35,3% dos formandos já tinham exercido uma atividade profissional

antes do início do curso.

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Apresentação e Discussão do Processo de Investigação

António Carlos Carneiro | pg25640 64

Sobre as atividades de lazer, constata-se que 47,1% dos formandos desenvolvem uma

atividade, no presente caso, desportiva. Já ações de voluntariado nenhum formando exerce.

No que concerne às relações de amizade que a frequência deste curso possibilita,

genericamente todos os formandos consideram que este curso facilita o aumento de amizades,

mas a maioria, isto é 88%, considera que o crescimento da amizade é apenas com os jovens.

Relativamente às expectativas sobre o futuro profissional, 41,1% dos formandos não se

pronunciaram, 29,4% gostariam de trabalhar por conta própria, sendo que 70,6% pretende

trabalhar por conta de outrem, mesmo que seja em área de atividade diferente do curso de

formação. A informação apresentada no quadro 10 indica ainda que 29,4% dos formandos estão

disponíveis para qualquer emprego.

Avaliação da formação

Em abril de 2015 aplicamos este questionário com o objetivo de recolher informação sobre

o período de formação já decorrido, ou seja, entre setembro de 2014 e março de 2015, sendo

que dois dos formandos que responderam ao inquérito inicial não se disponibilizaram para

responder a este inquérito.

Sobre os objetivos do curso os formandos inquiridos manifestaram uma opinião

significativamente positiva, mesmo considerando que dois formandos num dos itens não

manifestaram opinião.

Sobre o desempenho dos formadores a opinião dos formandos é muito positiva de uma

forma geral, salvo em alguns itens, como por exemplo no item “Os formadores incentivaram a

participação dos formandos”, em que cinco formandos discordaram, bem como no item

“Conseguiram encorajar e motivar os formandos”, em que três dos formandos discordaram, o que

deve merecer reflexão.

Quadro 10: Percurso dos formandos durante a formação, atividades paralelas e expectativas quanto ao futuro profissional.

47,1% dos formandos desenvolvem atividades se lazer.

88% dos formandos consideram que a frequência dos cursos

aumenta a amizade entre os jovens.

41,1% dos formandos não tem ainda um ideia sobre o seu futuro

profissional.

29,4% dos formandos pretendem trabalhar por conta própria.

70,6% dos formandos pretendem trabalhar por conta de outrém.

29,4% dos formandos estão disponíveis para qualquer emprego.

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Os dados recolhidos indicam também uma opinião muito favorável sobre os conteúdos

programáticos, apesar das discordâncias referenciadas em três dos quatro itens. Quanto às

estratégias pedagógicas dos formadores, há a assinalar quatro discordâncias num dos itens,

apesar das opiniões serem maioritariamente positivas.

Já sobre o processo de avaliação os formandos manifestaram uma opinião generalizada

muito favorável, apesar de uma opinião desfavorável em dois dos itens. Os formandos avaliaram

os suportes de apoio à formação como bons, apesar das discordâncias apresentadas.

Sobre os documentos de apoio disponibilizados, é satisfatória a opinião dos formandos,

apesar de num dos itens, um formando não ter emitido opinião e três formandos terem emitido

opinião desfavorável, o que equivale a 26,7% dos formandos. Quanto ao apoio logístico foi

considerado muito bom pelos formandos. Já sobre a organização geral do curso há varias opiniões

desfavoráveis, nomeadamente sobre o horário do mesmo.

As opiniões sobre os espaços e as instalações, nomeadamente sobre o item: “eu gostei

das instalações e elas eram confortáveis”, foi significativamente desfavorável com 13,3% dos

formandos a discordar totalmente e com 20% a discordar, o que representa 33,3%, devendo por

isso merecer alguma reflexão.

Na avaliação global da formação (Gráfico 5), ainda que só referente ao período de

setembro de 2014 a março de 2015, verifica-se que 5,3% dos formandos tem opinião desfavorável,

enquanto 44% manifesta opiniões muito favoráveis.

Gráfico 5: Avaliação global da formação do curso de Técnico de Vendas 2014/2017.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

O formador teve um bom desempenho

Desenvolvi mutas competências

Adquiri muitos conhecimentos

O conteúdo da formação foi bem doseado entre teoria eprática

Os temas foram apresentador de forma coerente eestruturada

Avaliação global da formação

Sem opinião Concordo totalmente Concordo bastante Concordo Discordo Discordo totalmente

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6.2. A perspetiva dos formadores

Após a descrição e análise detalhada de cada curso, apresentamos nesta secção a

perspetiva dos formadores sobre os vários cursos em análise, tendo respondido às nossas

entrevistas aproximadamente 50% dos formadores que intervêm neste processo formativo.

Procedemos à sua caracterização social e dos oito formadores entrevistados, só dois são

do sexo feminino, o que representa 25% dos entrevistados, apesar de 55% dos que efetivamente

participam nestes cursos de formação serem do sexo feminino. Por outro lado, os formadores

entrevistados são também formadores de outras modalidades de formação profissional e possuem

uma situação profissional estabilizada.

Os percursos profissionais dos formadores entrevistados são diversificados, com

trajetórias de vida diferentes que demonstram heterogeneidade dos seus conhecimentos, tendo

alguns inclusive experiências ligadas ao mundo do trabalho, o que é um bom indicador da

maturidade dos formadores, sendo esta um fator relevante para formar jovens com percursos de

vida complexos, como são os casos de muitos jovens que frequentam este sistema de educação

e de formação profissional.

Importa destacar que todos os entrevistados referiram a necessidade de os formadores

destes cursos profissionais para além da componente técnica específica, possuírem a capacidade

de compreender cada grupo em questão, criando as dinâmicas necessárias que despertem nos

formandos interesse e motivação pelas aprendizagens.

Todos os formadores consideraram esta modalidade de formação profissional importante

para possibilitar o acesso a uma profissão, apesar de considerarem que alguns formandos na fase

inicial demonstram pouco interesse nas aprendizagens, o que origina um esforço pedagógico

maior para conseguir conduzir com sucesso as aulas na fase inicial destes cursos.

Os formadores consideram que a entidade formadora proporciona as condições

necessárias para o desempenho das suas funções, que desenvolvem trabalho de equipa e reúnem

com frequência, embora a periodicidade destas reuniões seja diferente de curso para curso.

Relativamente aos formandos, considerando que o perfil sociocultural de um número

significativo dos que iniciam os cursos de aprendizagem requer um cuidado especial para uma

boa integração na formação, alguns entrevistados referem de forma subtil que a seleção dos

formandos devia obedecer a outros critérios que não uma certa forma de imposição indireta, quer

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Apresentação e Discussão do Processo de Investigação

António Carlos Carneiro | pg25640 67

seja através de organismos públicos, quer de entidades de intervenção social. Os exemplos

seguintes evidenciam esta realidade:

Não diria obrigados, mas sim pressionados. Uns pelos pais, outros por parte de entidades que os estão a acompanhar (…) (entrevista n.º1/EF).

Na maioria dos casos vão porque são “pressionados” ou atraídos pela bolsa. Alguns ganham gosto pelo curso, mas só depois de o iniciarem (entrevista n.º1/F)

Estas indicações resultam do facto de alguns formandos se encontrarem completamente

desinteressados dos cursos de formação, pelo que por forma a atenuar estas circunstâncias a

condução das aulas deve ser feita de forma flexível mas firme, especialmente na sua fase inicial,

tal como se verifica em alguns excertos das entrevistas:

Existe muito pouca assiduidade e pontualidade dos formandos. Sentem não haver “sanções” para tais comportamentos (entrevista n.º6/F).

Fazendo os formandos perceber desde da primeira aula até onde podem ir, ou seja, qual o limite tolerado dentro de uma sala de aula (entrevista n.º4/F).

Neste contexto, fazem também referência à necessidade de os conflitos que surgem entre

os formandos deverem ser resolvidos dentro da sala de aula, nomeadamente com o

estabelecimento rigoroso das regras de conduta, desde o primeiro dia de aula, assim como de

praticar uma modalidade adequada e exequível que seja respeitada pelos formandos relativamente

à pontualidade e assiduidade às aulas.

Já sobre a relação dos formandos com as entidades enquadradoras da formação em posto

de trabalho, a mesma não apresenta grande preocupação dos formadores entrevistados. Os

formadores entrevistados indicam que a relação com os formandos foi muito boa, subentendendo-

se que esta situação verifica-se nomeadamente após a estabilização dos grupos de formandos, ou

seja, no decorrer do segundo e terceiro ano dos cursos.

Foi referido por um dos entrevistados que o diagnóstico das necessidades de formação e

a avaliação da formação deviam ser realizados por entidades independentes que não exercessem

atividades de formação e que as exigências que atualmente são impostas superiormente não

fossem tanto para a quantificação dos resultados, mas para a qualidade dos mesmos.

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Apresentação e Discussão do Processo de Investigação

António Carlos Carneiro | pg25640 68

6.3. A perspetiva dos tutores e empresas

Na sequência do estudo que desenvolvemos, solicitamos a colaboração de tutores e

empresários dos cursos de aprendizagem em análise, sendo que responderam às nossas

entrevistas formais nove indivíduos representativos dos vários cursos e outros seis responderam

informalmente às nossas questões. Temos representantes de micro, pequenas e médias empresas

e ainda de uma grande empresa, entre as que participam neste processo formativo, sendo de

salientar que 58,3% dos seus recursos humanos são compostos por trabalhadores com mais de

45 anos de idade e 47,3% têm habilitação académica até ao 6.º ano de escolaridade.

As entrevistas realizadas são apresentadas no apêndice 6 deste trabalho.

Sobre a caracterização social dos nove entrevistados, três são do sexo masculino, o que

pode ser um indicador representativo das empresas que colaboraram nestes cursos, dado que

maioritariamente são micro empresas do segmento económico do comércio a retalho, em que na

maior parte dos casos a gestão e/ou a propriedade é de indivíduos do sexo feminino.

Uma interação mais próxima entre os tutores da formação em contexto de trabalho (nas

empresas) e a entidade formadora permitirá otimizar esta modalidade de formação, quer na sua

componente científica, tecnológica e sociocultural, quer sobretudo na conjugação destas com a

formação em contexto de trabalho, a fim de proporcionar melhores resultados na formação

desenvolvida, mas também a inserção dos formandos nas respetivas empresas, o que não se

verificou nestes cursos, pelo menos, na fase pós-formação.

Este facto pode dever-se apenas ao contexto atual das condições económicas e financeiras

das empresas, mas também a insuficiências da formação, de menor qualidade dos formandos ou

ainda de um “aproveitamento, embora que temporário da mão de obra disponibilizada” às

empresas durante o período de formação em contexto de trabalho.

6.4. A perspetiva da Técnica de Informação e Orientação Profissional

No âmbito do nosso estudo, solicitamos o contributo da técnica de orientação profissional

que colabora com a entidade formadora nos cursos de aprendizagem, para uma melhor

compreensão da seleção e do acompanhamento dos formandos, mas também a organização, a

gestão e a avaliação dos referidos cursos profissionais.

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Apresentação e Discussão do Processo de Investigação

António Carlos Carneiro | pg25640 69

A preocupação com esta entrevista foi colher informação sobre o processo de seleção, do

perfil psicológico e das situações sociofamiliares dos formandos, do acompanhamento que é

realizado durante os cursos aos formandos.

Da entrevista realizada, apresentada no apêndice 7, resulta a constatação de que da parte

da entidade formadora são realizados todos os esforços para que o processo formativo decorra

nas condições necessárias para o sucesso da formação, mas existem efetivamente dificuldades

na seleção dos formandos, perante a diminuição do número de jovens e a diversidade da

concorrência da oferta formativa, mas principalmente com a manutenção dos formandos ao longo

dos cursos, nomeadamente evitando desistências, as quais, por vezes sucedem por falta de

preparação escolar de alguns formandos e pelo desenquadramento das suas expectativas sobre

estes cursos profissionais, mas especialmente devido às complexidades que atravessam os vários

agregados familiares ao nível socioeconómico e cultural, agravados pelo momento de crise social

que o país atravessa.

6.5. A perspetiva dos gestores e técnicos da Sol do Ave

No âmbito do estudo que desenvolvemos, solicitamos a colaboração de dirigentes e de

técnicos da Sol do Ave afetos aos cursos de aprendizagem, para uma melhor compreensão da

organização, gestão e avaliação dos referidos cursos profissionais.

Dos cinco entrevistados, todos do sexo feminino, com formações académicas diferentes,

mas com experiência profissional acumulada nas áreas de intervenção desta associação, com um

vínculo laboral sólido e consequentemente, conhecedoras de toda a dinâmica dos 22 anos da sua

atividade. As entrevistas realizadas são apresentadas no apêndice 8.

Abordamos algumas questões de caráter geral sobre a formação profissional, mas

também importantes para o desenvolvimento dos cursos de aprendizagem, quer o Catálogo

Nacional de Qualificações, quer os referenciais de formação, bem como a seleção dos cursos, a

seleção dos formadores e o papel dos mesmos na organização dos cursos.

Questionamos alguns aspetos da organização, nomeadamente sobre os cursos de

aprendizagem, especialmente sobre o papel da entidade, da seleção e do papel dos formadores,

do recrutamento e da seleção e das desistências dos formandos, mas também sobre a importância

das entidades de formação em posto de trabalho, do financiamento, da qualidade da formação e

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António Carlos Carneiro | pg25640 70

das avaliações, quer sobre estes cursos, quer sobre as outras modalidades de formação

profissional que a entidade desenvolve.

A entidade preocupa-se bastante com esta modalidade de formação profissional e perante

o conhecimento que possui sobre a sociedade em que está inserida, procura criar as condições

necessárias para o êxito destes cursos profissionais, estando no entanto ciente das dificuldades

decorrentes quer da diminuição do número de jovens interessados nestes cursos, quer da

concorrência entre os vários sistemas de cursos profissionais, quer ainda da obrigatoriedade em

cumprir os conteúdos superiormente definidos para cada unidade de formação de curta duração

(UFCD) e da necessidade de recrutar formadores “capazes” para esta modalidade formativa.

A conjugação destes fatores compromete o sucesso completo destes cursos, dado que

existem obstáculos cuja resolução ultrapassa o âmbito da própria entidade.

Os exemplos seguintes ilustram o que foi referido:

Muitas vezes não é possível da resposta adequada, perante alguns condicionalismo burocrático e/ou grupos com problemáticas muito complicadas (entrevista n.5/EF).

Por vezes os condicionalismos das regras limitam a nossa capacidade de resposta, para fazer um melhor acompanhamento de apoio social (entrevista n.º5/EF).

6.6. A perspetiva dos técnicos do IEFP

Por forma a incluir nesta investigação a perspetiva dos técnicos do IEFP, procurámos ouvir

diferentes quadros deste instituto, com experiência e conhecimento no desenvolvimento dos

cursos de aprendizagem. Obtivemos a colaboração de dois quadros técnicos e um dirigente,

estando as entrevistas realizadas apresentadas no apêndice 9.

Os cursos de aprendizagem sempre foram muito acarinhados por toda a organização,

sendo uma modalidade de formação profissional que nasceu no seu seio e que inicialmente era

desenvolvida apenas nos seus centros de formação.

Posteriormente, foi alargado aos Centros de Gestão Participada com o envolvimento dos

parceiros sociais, nomeadamente das entidades empregadoras. Mais tarde, ao proporcionar estes

cursos a um maior de número de interessados, estendendo a oferta a nível nacional, foi necessário

alargar a rede de intervenientes e daí o recurso a entidades externas de formação com larga

experiência na formação profissional.

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Apresentação e Discussão do Processo de Investigação

António Carlos Carneiro | pg25640 71

Com a criação dos cursos vocacionais e profissionais, coordenados pelo Ministério da

Educação e que surgiram para atenuar as situações de abandono e de insucesso escolar, passa

a existir uma certa concorrência, agravada pela diminuição da população jovem.

A diminuição da população jovem e a existência de uma outra perspetiva sobre a educação no ensino oficial, nomeadamente o aumento da escolaridade obrigatória, mas também de alguma concorrência entre as diversas ofertas de formação para os jovens (entrevista n.º3/IEFP).

Perante esta realidade, os técnicos do IEFP apontam para a necessidade de uma definição

qualitativa de áreas que não colidam com os cursos profissionais e tecnológicos. Salientam

igualmente a importância de investir na reconstrução de uma imagem positiva junto do mercado

de trabalho, de modo a reforçar o reconhecimento destes cursos, nomeadamente com o

envolvimento maior das empresas neste sistema de qualificação profissional.

O Programa já sofreu várias alterações ao longo dos anos e há a necessidade de analisar

continuamente as dificuldades que vão surgindo, quer ao nível dos conteúdos programáticos, quer

ao nível da articulação entre a formação em sala e em contexto de trabalho, assim como

compreender as problemáticas sociais que se colocam hoje aos jovens e às suas famílias.

Por contraste com as situações frequentes de desmotivação e desinteresse por parte dos

jovens perante estes cursos, os técnicos destacam o número significativo de formandos que

frequenta esta modalidade com bom aproveitamento e que são integrados nas empresas no fim

do curso, como por exemplo nas áreas de metalomecânica.

É incontornável a importância destes cursos para a qualificação de técnicos indispensáveis

ao país, particularmente numa fase em que a economia exige permanentemente pessoas

qualificadas. No entanto, alguns aspetos poderão ser otimizados, ajustando o acompanhamento

efetuado pelo IEFP nesta modalidade formativa, e procurando atribuir a responsabilidade pelo

desenvolvimento destes cursos a entidades devidamente habilitadas.

É uma modalidade com provas de eficácia dadas, que deverá continuar a ser desenvolvida, contudo apenas pelas entidades que detenham conhecimento e experiência para as mesmas (entrevista n.º 1/IEFP).

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7. PERSPETIVAS CRUZADAS DOS ATORES

Aqui chegados, importa proceder a uma síntese já não apenas com teor descritivo, mas

essencialmente de análise e interpretação dos dados. Por forma a confrontar e integrar a

perspetiva dos diferentes stakeholders no âmbito da oferta formativa, reunimos a opinião de

diversos intervenientes (unidades de contexto) relativamente a um conjunto de unidades de registo,

que passamos a apresentar nos esquemas seguintes (quadros 11-18).

Quadro 11: A perspetiva dos intervenientes quanto à opção por estes cursos profissionais.

Opção por estes cursos profissionais

IEFP

O sistema de apendizagem continua a ser muito importante e distingue-se de outras

modalidade de formação coordenadas

pelo Ministério da Educação

Entidade Formadora

As opções por estes cursos resultavam da

procura dos empregadores, mas atualmente é o IEFP

quem define os cursos a desenvolver.

Entidades Empregadoras |

Tutores

Estes cursos profissionais fornecem jovens preparados para iniciarem uma atividade

profissional

Formadores

Ser formador nestes cursos profissionais

exige boa capacidade de organização,

dinamismo e facilidade de comunicação e de

interação.

Formandos

Mais de 50% dos formandos abandonaram

o ensino oficial.

Mais de 50% são pressionados a

integrarem estes cursos

Mais de 60% pretendem aprender uma profissão

Unidades de Contexto Unidade de Registo

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Apresentação e Discussão do Processo de Investigação

António Carlos Carneiro | pg25640 74

Após análise dos quadros comparativos, podemos inferir que esta modalidade de

formação profissional continua a ser muito valorizada pelas estruturas do IEFP, reforçando a

importância destes cursos como meio de qualificar os jovens e de os preparar para a inserção no

mercado de trabalho, reconhecendo que para atingir estes objetivos tem necessidade de recorrer

a entidades externas de formação, quer para abranger um maior número de jovens, quer para

promover o sucesso da resposta a nível local, tal como nos foi referido numa das entrevistas.

O recurso a entidades externas de formação só se verifica quando a capacidade instalada do IEFP não é suficiente para responder à procura, como por exemplo na área do automóvel (entrevista n.º3/IEFP/2015).

No entanto, foi também referenciado que o IEFP não faz o acompanhamento dos cursos

de aprendizagem, quando estes são desenvolvidos por entidades externas de formação.

O processo deveria continuar a ser supervisionado pelos CFP do IEFP (entrevista n.º2/IEFP).

O IEFP reconhece a existência de “concorrência” entre estes cursos e os que são

coordenados pelo Ministério da Educação.

Não há jovens interessados nesta modalidade. A maioria vai para as escolas secundárias (entrevista n.º1/IEFP).

Os cursos de aprendizagem são uma oferta de formação que concorre com outras formações que existem. Nomeadamente os que são coordenados pelo Ministério da Educação (entrevista n.º3/IEFP).

Os jovens com maiores dificuldades de aprendizagem ou problemas de comportamento (…) são direcionados para o programa Aprendizagem (…) para descredibilização (…) devido a diversos interesses (…) (entrevista n.º1/IEFP).

A entidade formadora compreende a perspetiva do IEFP, mas considera que deveria ser

feita a distinção entre os cursos coordenados pelo Ministério da Educação, isto é, entre os cursos

vocacionais e os cursos profissionais que também têm formação prática, bem como com os cursos

que as Escolas Profissionais desenvolvem, mas sem ambiguidades, ou seja, com as mesmas

condições de apoios financeiros e/ou com a definição não concorrencial dos cursos a desenvolver.

Os apoios financeiros são claramente insuficientes (entrevista n.º5/EF).

Deviam proporcionar às entidades externas de formação, as mesmas condições (protocoladas), nomeadamente nos cursos de aprendizagem, que são proporcionadas às Escolas Profissionais para o desenvolvimento dos cursos profissionais (entrevista n.º4/EF).

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Apresentação e Discussão do Processo de Investigação

António Carlos Carneiro | pg25640 75

Acresce que os cursos de aprendizagem não “devem” ser vistos pela sociedade como um

recurso menor, mas como uma possibilidade igual às restantes, contribuindo para que os jovens

(atualmente em menor quantidade devido à diminuição do número de nascimentos) que se

inscrevem nestes cursos, não sejam apenas os que “abandonam o sistema regular de ensino”

e/ou os jovens com situações sociofamiliares complexas e pouco motivados para a formação

profissional. Para tal, seria importante a definição da tipologia de cursos que deve ficar no âmbito

direto do Ministério da Educação, e/ou no espaço das Escolas Profissionais e qual a tipologia de

cursos profissionais que devem ficar afetos ao IEFP, incluindo aqui os CGD, os CGP e as entidades

externas de formação, bem como a sua avaliação externa (Ferreira, 2005).

Quadro 12: A perspetiva dos intervenientes quanto ao recurso a entidades externas.

Recurso a entidades externas

IEFP

Há um crescimento do número de jovens,

bem como novas áreas de formação e maior envolvimento

das empresas.

Entidade Formadora

Permite a descentralização dos cursos e a resposta a necessidades locais.

Entidades Empregadoras |

Tutores

Não é relevante, o importante é que os jovens sejam bem

formados.

Formadores

As entidades externas completam as

lacunas existentes nas estruturas oficiais

e respondem a necessidades locais.

Formandos

A proximidade da entidade formadora é decisiva para a opção

dos formandos.

Unidades de Contexto Unidade de Registo

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Por outro lado subsiste na sociedade a opinião que estes cursos perderam qualidade com

este processo de massificação, como é referido.

Há mais jovens a serem inseridos no sistema, mas qualitativamente já não se pode afirmar com alguma certeza que a sua formação se assemelha à praticada há alguns anos atrás (entrevista n.º 2/IEFP).

Contudo, contínua a permanecer a ideia de que não há uma verdadeira política pública de

formação profissional, e que esta vai funcionando consoante o poder político de cada momento, e

que os diagnósticos (que devem existir) devem ser realizados por entidades independentes e que

não desenvolvam formação profissional, conforme indicam vários entrevistados.

Quadro 13: A perspetiva dos intervenientes quanto à oferta formativa

Oferta formativa

IEFP

É a ANQUEP quem define as áreas de

formação

Entidade Formadora

Necessária maior participação das empresas e entidades formadoras.

Clarificação sobre a concorrência entre estes

cursos e os da responsabilidade do

Ministério da Educação.

Entidades Empregadoras | Tutores

Empresas deveriam ser inseridas no processo das

opções pela oferta formativa.

Cursos deveriam ter menor duração e maior

componente de formação em contexto de posto de

trabalho.

Formadores

Justifica-se maior articulação entre os vários

agentes, para a definição da oferta formtiva e da

concorrência entre as várias modalidades de formação.

Formandos

Os formandos tiveram dificuldade em se

pronunciarem sobre esta questão.

Unidades de Contexto Unidade de Registo

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Apresentação e Discussão do Processo de Investigação

António Carlos Carneiro | pg25640 77

O levantamento das necessidades de formação da região deveria ser feita por empresas independentes, que não tivessem qualquer tipo de atividade de formação (entrevista n.º1/F).

Enquanto não existir uma política pública de formação concertada com todos os agentes intervenientes, a formação profissional vai funcionando ao sabor de cada governo. (entrevista n.º4/EF).

Relativamente aos referenciais de formação, por um lado são considerados como

adequados, por outro, como demasiado rígidos em algumas Unidades de Formação de Curta

Duração (UFCD) e ainda como não suficientemente adaptados às necessidades das entidades

empresariais, daí a sugestão para uma menor rigidez para os métodos a aplicar durante as aulas,

bem como da necessidade de diminuir o número de formandos por turma, o que possibilitará

aumentar os níveis de exigência e o sucesso destes cursos.

Quadro 14: A perspetiva dos intervenientes quanto às áreas prioritárias de formação.

Áreas prioritárias

de formação

IEFP

As áreas prioritárias estão clramente

definidas.

Entidade Formadora

A articulação entre os parceiros envolvidos

nestes cursos é fundamental para a

definição de prioridades.

Entidades Empregadoras |

Tutores

A necessidade de uma maior participação ativa

das empresas na definição local das

prioridades de formação.

Formadores

É necessário uma maior articulação entre os

vários agentes, para a definição da oferta

formativa.

Formandos

Os formandos têm uma natural apetência por

áreas de formação com maior uso de

tecnologias, mas sem a perceção das

possibilidades de emprego.

Unidades de Contexto Unidade de Registo

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Apresentação e Discussão do Processo de Investigação

António Carlos Carneiro | pg25640 78

Concordo com o “desenho” que se fez para os cursos de aprendizagem e os conteúdos programáticos são, regra geral, completos e ambiciosos (entrevista n.º6/F).

Os conteúdos programáticos e a articulação “escola-empresa” são muito importantes e compensadores quando aproveitados pelos formandos (entrevista n.º6/F).

Ao nível dos referenciais estes são muito extensos, por vezes com conteúdos muito semelhantes de UFCD para UFCD e, também, por vezes demasiado teóricos (entrevista n.º 4/EF/).

Muito úteis, uma vez que são cursos em alternância, o que faz com que os formandos estejam inseridos no mercado de trabalho (formação em contexto real de trabalho) desde o início do curso (entrevistas n.ºs 3 e 5/F).

Os referenciais precisavam de ser melhorados. Há conteúdos repetidos, outros pouco abordados (entrevista n.º2 EF).

Quadro 15: A perspetiva dos intervenientes quanto aos conteúdos programáticos.

Conteúdos programáticos

IEFP

Os conteudos progrmáticos estão em conformidade com o

SNQ

Entidade Formadora

Precisam de ser melhorados e menos

teóricos.

CNQ deveria possibilitar a experimentação em

função de públicos específicos.

Entidades Empregadoras |

Tutores

Menos teóricos e mais práticos.

Formadores

Há necessidade de rever conteúdos de algumas UFCD, bem como de menor regidez na sua

aplicação.

Formandos

Os formandos consideram que por

vezes as matérias são muito semelhantes e

estes grupos de formandos tem muita pouca apetência pelas aulas ditas teóricas.

Unidades de Contexto Unidade de Registo

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Apresentação e Discussão do Processo de Investigação

António Carlos Carneiro | pg25640 79

Tem alguns pormenores que poderiam ser melhorados, mas por vezes não há autonomia para tal (entrevista n.º6/F).

Ajustar os módulos com a carga horária - módulos extensos para a carga horária prevista (…) desfasada com a necessidade dos diferentes módulos de formação (entrevista n.º7/F).

Diminuir o número de formandos por turma, possibilitaria motivar melhor os formandos e a possibilidade de aumentar os níveis de exigência, para um maior êxito destes cursos (entrevista n.º 8/F).

Por outro lado, as empresas e os tutores consideram de grande importância os cursos de

aprendizagem, destacando a necessidade de uma maior participação das empresas na definição

das áreas de formação mas também de uma melhor articulação entre a formação teórica e a

formação em contexto de trabalho, devendo ser desenvolvida de forma mais constante e não

apenas em certos períodos de formação. Como refere Melo (2006:65.) “muitos tutores gostariam

mesmo de participar na organização da formação profissional”.

Existem empresas muito recetivas em colaborar com o processo de aprendizagem dos formandos (entrevista n.º 2/F). Talvez uma vertente ainda mais prática, com mais visitas (entrevista n.º2/F).

A relação é boa, tem que haver sempre um acompanhamento do formando durante o seu estágio (entrevista n.º 4/F). Há entidades que enquadram o formando numa ótica de mão de obra barata e outras que se preocupam com a integração do formando na equipa e rotinas habituais de trabalho (entrevista n.º 8/EE). Normalmente é muito difícil colocar formandos nas empresas uma vez que a mentalidade é de “perda de tempo”. Os que aceitam formandos como estagiários é pela mão-de-obra barata, o que lhes possibilita rentabilizar melhor as empresas. Só que se perde um dos objetivos do estágio que é a colocação no mercado de emprego, pois há muita rotatividade de estagiários nessas empresas (entrevista n.º2/F). Por vezes é complicado ajustar as tarefas que podem ser desenvolvidas nas empresas com as que são pedidas nos referenciais da formação (entrevista n.º6/F).

Os formadores destes cursos profissionais devem possuir para além dos conhecimentos

e competências técnicas específicas, também a capacidade suficiente para compreender bem

cada um dos grupos com que são confrontados.

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Domínio do tema lecionado e capacidade para motivar e de gerir grupos (entrevista n.º4/F). Organização, flexibilidade, dinamismo e assertividade (entrevista nº.5/F).

Paciência e flexibilidade nos métodos para passar as aprendizagens para os formandos (entrevista n.º8/F). Dinamismo, criatividade e orientação para a realidade empresarial (entrevista n.º3/F).

O formador ensina mas também aprende com os formandos. Deverá essencialmente ter um imenso prazer nas atividades que desenvolve aliado ao conhecimento técnico e pedagógico necessário para o efeito (entrevista n.º 7/F).

Quadro 16: A perspetiva dos intervenientes quanto à qualidade/quantidade de formação.

Qualidade / quantidade da

formação

IEFP

As empresas reconhecem a qualidade deste cursos,apesar do aumento do número de

formandos.

Entidade Formadora

A formação desenvolvida

corresponde às necessidades do

mercado de trabalho.

Entidades Empregadoras |

Tutores

A componente teórica deve ser transmitida em

consonância com os momentos de formação em posto de trabalho

Formadores

Para um aumento da qualidade é necessário reduzir a quantidade de formandos e aumentar a formação em contexto

de trabalho.

Formandos

Há formandos muito interessados e

empenhados em adquirir bons

conhecimentos, mas outros desenvolvem o

menor esforço possível.

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António Carlos Carneiro | pg25640 81

Porém, os formandos consideram pouca a diversidade de cursos, por vezes sentem-se

“obrigados” a frequentarem estes cursos, mas embora pouco motivados, continuam a frequentar

os cursos porque estão interessados na certificação escolar.

Falta de preparação escolar de alguns formandos, das expectativas “facilitistas” dos formandos sobre estes cursos profissionais, mas especialmente devido às complexidades que atravessam os vários agregados familiares ao nível socioeconómico e cultural (entrevista n.º1/IOP).

Normalmente são grupos extremamente heterogéneos, logo o formador tem de ser muito flexível quer ao nível de lecionação dos conteúdos, quer ao nível da disciplina na sala de aula (entrevista n.º7/F).

Mas deveria haver mais rigor na aplicação de regras. Deveria ser mais importante querer obter “bons profissionais” e não “mais profissionais” (entrevista n.º6/F).

Por outro lado, os formadores devem tornar claro os limites toleráveis dentro de uma sala

de aula, como é referido.

Formandos que não estão motivados porque consideram que estão na formação de uma forma imposta pelo “sistema” (entrevista n.º6/F).

Existe muita pressão para manter os formandos na formação mesmo aqueles que não demonstram qualquer empenho e dedicação (entrevista n.º6/F).

A preocupação é generalizada sobre a melhor forma de ultrapassar estas dificuldades que

podem colocar em causa todo o processo formativo destes cursos.

Elevado índice de abandono durante a formação, abandono, desistências, exclusões por faltas, falta de aproveitamento, entre outros (entrevista n.º 2/IEFP).

Outras desistências ficam a dever-se a falta de verdadeira motivação para a formação/área de formação e também devido à ausência de projetos de vida sólidos (entrevista n.º1/EF).

Na maior parte dos casos esta postura dos formandos é fruto da sua formação pessoal (educação?). Penso que, em alguns casos, o que favorece a desistência são mesmo questões relacionadas com a educação que os formandos foram recebendo (querem tudo fácil, conseguido sem grande esforço...) São jovens que não têm como prioritário aproveitar a oportunidade que lhes é dada com a frequência da formação (entrevista n.º1/EF).

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Falta de motivação para a formação. Os formandos verdadeiramente motivados não faltam nem chegam atrasados à formação (entrevista n.º1/EF).

Alguns formandos desistiram da formação porque começam a trabalhar (entrevista n.º4/F).

Complementar a formação com uma componente de apoio social (psicológico e social). Tentamos intervir, mas a legislação não permite (entrevista n.º5/EF).

A Sol do Ave deverá ter uma maior preocupação ao nível do acompanhamento social dos formandos (entrevista n.º3/EF).

Quadro 17: A perspetiva dos intervenientes quanto a certificação escolar/profissional.

Certificação escolar /

profissional

IEFP

Estes cursos dão equivalência escolar, e

são reconhecidos profissionalmente.

Entidade Formadora

É adequado que estes cursos sejam certificados nas duas componentes.

Entidades Empregadoras |

Tutores

A certificação escolar e profissional é

fundamental nestes cursos.

Formadores

Os conteúdosdas UFCD estão em sintonia com os conteúdos do ensino

oficial.

Formandos

A certificação escolar é uma das principais

razões que motivam o interesse dos formandos.

A certificação profissional surge (em

parte) como um complemento.

Unidades de Contexto Unidade de Registo

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Apresentação e Discussão do Processo de Investigação

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Estas afirmações estão em sintonia com o estudo desenvolvido por Alhandra (2009:52-

54), sobre o abandono e insucesso no sistema de aprendizagem verificados num centro de

formação do IEFP na área metropolitana de Lisboa, coincidentes com situações anteriores

registadas com os mesmos formandos em situações de abandono do sistema regular de ensino,

tal como descrito previamente por outros autores, como Ferrão (2000:22), o que nos permite

afirmar que parte do público-alvo destes cursos requere um cuidado específico. Verifica-se

igualmente que não se trata de uma dificuldade local ou regional, estendendo-se a todo o território

nacional (CEDEFOP,2001:8).

Quadro 18: A perspetiva dos intervenientes quanto ao prosseguimento de estudos.

Prosseguimento de estudos de nível superior

IEFP

Estes cursos possibilitam o acesso ao ensino

superior, embora em algumas áreas a

componente científica não seja a ideal.

Entidade Formadora

Cerca de 10% dos formandos, quando

inicam estes cursos, têm a expetativa de

prosseguir os estudos.

Entidades Empregadoras |

Tutores

A frequência destes cursos, sintonizados com

a integração nas empresas e posterior prosseguimento de estudos deve ser acarinhada pelas

empresas.

Formadores

Face à sintonia curricular entre esta modalide de formação e o ensino

oficial é desejável que a possibilidade de

prosseguimento de estudos continue.

Formandos

Inicialmente em alguns cursos o interesse em proseguir estudos é

evidente, mas à medida que vão finalizando esse

interesse é diluído, principalemnte por

questões económicas.

Unidades de Contexto Unidade de Registo

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Apresentação e Discussão do Processo de Investigação

António Carlos Carneiro | pg25640 84

Apesar da Sol do Ave ser muito flexível e ter sabido adaptar-se a todas as alterações que

têm ocorrido no domínio da formação profissional e tendo como objetivo principal reforçar a ligação

entre a formação profissional que desenvolve e o tecido empresarial local e regional, de maneira

a conseguir responder de forma mais efetiva às necessidades das empresas e, desta forma,

aumentar os níveis de empregabilidade destes cursos, necessita esta entidade (e outras entidades

similares) que seja desenvolvida um política concertada de formação profissional, face ao número

de formandos inseridos nestes cursos (gráfico n.º 6 do apêndice 4).

Quadro 19: A perspetiva dos intervenientes quanto à integração no mercado de trabalho.

Integração no mercado de

trabalho

IEFP

A integração no mercado de trabalho é

significativa. Atualmente é mais gradual devido à

crise económica.

Entidade Formadora

A integração está a ser mais lenta e por vezes em áreas diferentes,

mas a integração resulta normalmente da frequência destes

cursos.

Entidades Empregadoras |

Tutores

Nos últimos dois anos não tem sido fácil

acolher novos profissionais.

Formadores

Na maioria das situações os formandos integram

com normalidade o mercado de trabalho, embora no momento

presente esta integração esteja a ser mais

gradual.

Formandos

Perante as condições sóciofamiliares dos

formandos a integração é realizada em função das

oportunidades de trabalho que vão surgindo, sem a

preocupação de a conciliar com a formação

adquirida.

Unidades de Contexto Unidade de Registo

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na sequência do estágio que realizamos com uma componente mais desenvolvida da

nossa investigação estamos em condições de apresentar um feedback mais completo sobre os

cursos de aprendizagem em alternância.

Começamos por destacar a contínua insegurança na área da educação e do ensino, que

acrescida da diminuição da população jovem em Portugal, tem sido fator de instabilidade na

preparação, organização e funcionamento das escolas, refletindo o atual contexto socioeconómico

desfavorável, que se faz sentir também na formação profissional.

A situação é, de facto, bastante complexa, particularmente em torno da formação

profissional destinada aos jovens, com a “concorrência” menos salutar face às diferentes

condições de acesso, mas sobretudo pela semelhança dos cursos e pela falta de uma definição

clara do tipo de cursos que devem ser desenvolvidos por cada um dos agentes que podem intervir

neste segmento da educação e formação: as escolas do ensino regular, com os cursos vocacionais

e profissionais, as escolas profissionais, com os cursos profissionais, os centros de formação do

IEFP (de CGD e CGP) e as entidades externas de formação, com os cursos de aprendizagem.

Como os destinatários destas três tipologias de formação têm várias semelhanças, quer

os jovens, quer as suas famílias devem ser informados de uma forma imparcial sobre as vantagens

e desvantagens de cada curso e não serem orientados com base no fracasso. Enquanto assim for,

o ensino profissional será maioritariamente constituído por alunos com um percurso de fraco

aproveitamento escolar e até de indisciplina.

Relativamente aos constrangimentos e custos decorrentes da frequência da formação, os

formandos referiram que os apoios sociais são diminutos e a formação é muito teórica, enquanto

os formadores apontam a dificuldade em gerir grupos muito heterogéneos e com diferentes

interesses, pessoais e profissionais, criando-se, por isso, situações de desconforto que dão origem

a um comportamento desadequado dos formandos, nomeadamente na formação teórica (em sala

de aula), a falta de pontualidade e assiduidade.

Se por um lado é necessário um quadro de funcionamento devidamente estruturado ao

longo do ensino regular, incluindo a educação para a cidadania (sem desresponsabilizar as

famílias), por outro lado, é necessário simultaneamente cuidar bem das situações de abandono

e/ou de insucesso escolar através do acompanhamento precoce destes jovens, preparando-os

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(bem como os respetivos agregados familiares) para soluções alternativas, mais precisas e

concretas, evitando o prolongamento no sistema escolar, apenas porque está definido na lei.

Independentemente da clarificação da concorrência entre as várias modalidades, o

importante é que o primeiro objetivo que deve ser o de educar e qualificar os jovens, seja bem

definido, com a participação ativa e a coresponsabilização de todos os agentes envolvidos na área

da educação e da formação, nomeadamente dos parceiros sociais e em particular das entidades

empregadoras locais e regionais. O seu envolvimento deve incluir o diagnóstico prospetivo das

necessidades de formação, prevenindo a falta de profissionais qualificados, frequentemente

noticiada na comunicação social, como se verifica a título de exemplo pelo excerto do Jornal de

Noticias de 28.06.2015 – anexo 3).

Simultaneamente, esta abordagem deve ter como objetivo antecipar e ultrapassar os

fatores que levam ao abandono escolar, independentemente de estes poderem ser resultantes de

causas múltiplas, conjugando-se fatores de natureza individual, de origem familiar e social e outros

relacionados com o meio envolvente. Há a referir que já existem protocolos com as EPIS

(Empresários pela inclusão social) no combate ao abandono e ao insucesso escolares através de

um conjunto de metodologias inovadoras e de comprovada eficácia (Atlas da Educação, 2014).

Acresce a necessidade de uma colaboração e intervenção frutífera entre todos os agentes

de educação e de formação e do próprio gestor (IEFP) que possibilite a escolha adequada,

incluindo a participação em processos transparentes de informação e orientação profissional,

permitindo que cada opção de qualificação seja a mais consistente para cada aluno/formando.

Após estas etapas e introduzidas ou não alterações no sistema, é fundamental para o

sucesso destes cursos (independentemente do seu financiamento) que as entidades de formação

após a realização da seleção dos formandos, desenvolvam desde o primeiro dia de formação, um

acompanhamento sociofamiliar cuidado e individualizado, através de um “tutor/mediador” e que

em função de cada formando, seja diligenciado o apoio considerado necessário, em função das

suas limitações, desde a adequada postura cívica ao apoio em cada UFCD.

Por outro lado, se um número significativo de formandos provém de contextos

sociofamiliares complexos, nomeadamente com dificuldades de aprendizagem, poderá considerar-

se a redução do número mínimo de formandos por turma (previsto no regulamento), para

possibilitar um maior e melhor acompanhamento pelos formadores.

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Neste contexto justifica-se uma maior preocupação na seleção dos formadores, atendendo

a que sendo importante um bom conhecimento técnico das temáticas a desenvolver, é

fundamental associar à competência técnica uma excelente capacidade pedagógica para lidar com

estes públicos, pouco motivados, por vezes até obrigados a frequentar estes cursos (face à

necessidade de cumprimentos legais do agregado familiar). Sobretudo, têm muita dificuldade em

estar em sala de aula, são por natureza desestabilizadores ao ponto de influenciarem

negativamente todo o grupo, mas os formadores devem ter a capacidade e a disponibilidade

suficiente para saber motivar e cativar estes jovens para o processo de formação profissional.

É igualmente importante ajustar alguns dos conteúdos programáticos e dar-lhe um

carácter menos escolar (teórico), fazer com que as “atividades formativas escapem ao modelo

tradicional ” (Ferreira, 1998:62), dado que genericamente estes jovens são hostis à sala de aula.

Mas também é preciso refletir sobre a necessidade de reduzir o tempo total de cada curso,

aumentar a carga horária para a formação em contexto de trabalho e esta ser melhor articulada

com as entidades empregadoras, bem como uma definição mais partilhada e se possível local,

dos cursos a desenvolver em cada ciclo formativo.

No entanto, também as entidades de formação devem sempre que possível melhorar os

espaços físicos de formação e ser mais rigorosas com o cumprimento da assiduidade e

pontualidade dos formandos. Por outro lado, o subsídio de profissionalização deve ser melhorado,

não para se tornar num salário mas para permitir resistir à pressão (muitas vezes familiar) para

obter um emprego (por norma sem necessidade de qualificação e potencialmente precário).

A revisão do processo de avaliação destes cursos seria benéfica, pois será mais adequado

que a avaliação seja realizada por entidades externas, mas que não desenvolvam formação

profissional. Os resultados deste processo devem ser efetivamente integrados e contemplados por

todos os intervenientes nestes cursos, nomeadamente pelos responsáveis pela sua gestão, a fim

de reforçar a credibilidade destes cursos, mas também contribuir para atenuar o ingresso de

formandos sem grande motivação.

Na maioria dos casos, os formandos têm como único interesse a obtenção da equivalência

ao 12.ºano de escolaridade. Sem prejuízo da importância deste objetivo, é fundamental qualificar

para o exercício de uma profissão que permita a sua integração no mercado de trabalho em

consonância com os seus objetivos de vida.

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É também de salientar que a motivação dos formandos é diferente consoante os cursos

são desenvolvidos por entidades externas de formação, centros de gestão direta do IEFP e centros

de gestão participada, relativamente aos cursos promovidos por entidades bancárias e/ou por

entidades empregadoras de grande prestígio nacional e internacional.

Considerando todas estas questões, seria extremamente importante promover

devidamente estes cursos de aprendizagem a nível nacional, através de uma estratégia de

informação, comunicação e sensibilização junto de entidades e agentes interessados, e da

sociedade em geral, que evidenciasse a qualidade diferenciadora destes cursos profissionais,

apresentando casos de sucesso, como por exemplo os cursos realizados no CENFIM, em que não

há formandos desempregados. Existiria certamente maior interesse e motivação para a frequência

destes cursos como uma alternativa válida e apelativa para a inserção no mercado de emprego,

podendo mesmo contribuir para a atenuar a atual precariedade laboral.

A introdução destas alterações contribuiria ainda para a diminuição da taxa de abandono

verificada nestes cursos e, consequentemente, para uma redução dos custos associados.

Considerando a questão principal desta investigação sobre a importância dos cursos de

aprendizagem, podemos afirmar que os cursos que analisamos são de facto uma alternativa ao

ensino tradicional para estes grupos de jovens, face à importância que a formação profissional

inicial de jovens tem para o desenvolvimento dos recursos humanos, enquanto recurso

indispensável e necessário para que qualquer outro aspeto da sociedade possa ser desenvolvido

(Dias, 1997:34). No entanto, tendo em conta a forma global com que atualmente se movimentam

os povos, a formação não deve ter como objetivo transformar os indivíduos para os moldar ao

contexto de trabalho nem deve ser entendida numa lógica de acumulação de saberes técnicos e

instrumentais, mas de estratégia transversal e comum que faça frente aos desafios do futuro.

Relativamente ao impacto destes cursos de aprendizagem na motivação dos jovens para

a inserção no mercado de trabalho, verifica-se que estes cursos possibilitam uma mais-valia

inegável que resulta da socialização que proporcionam através do contacto com outros jovens,

formadores, técnicos da entidade e, sobretudo, o contacto direto com o funcionamento dos postos

de trabalho e a realidade das vivências profissionais do mercado de trabalho, o que permite

perceber a importância destes cursos para a sua valorização pessoal, profissional e social.

A análise da correspondência entre os cursos desenvolvidos e as necessidades do

mercado de trabalho é fortemente condicionada pela retração económica verificada nos últimos

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Considerações Finais

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anos que impõe diversos constrangimentos ao mercado laboral. Com a informação recolhida,

podemos considerar que no espaço de 6 a 15 meses os jovens conseguem a sua integração,

embora não obrigatoriamente na área da formação obtida, mas tendo esta sido determinante para

a obtenção do emprego.

Em alguns cursos, como o de Técnico/a de Vendas, embora exista a necessidade de

profissionais com esta qualificação, verifica-se alguma dificuldade na absorção dos formandos

pelas empresas. Noutros casos, como os cursos de Técnico de Instalações Elétricas ou Vitrinismo,

existe maior distância para o tecido empresarial. Apesar de existir a necessidade de jovens

qualificados nestas áreas, o mercado favorece a subcontratação de serviços bem como o exercício

profissional independente.

Esta será sempre uma análise dinâmica e em permanente evolução, sendo essencial a

participação ativa das empresas em todo o processo formativo, desde o diagnóstico das

necessidades de formação à coresponsabilização na integração no mercado de trabalho. Esta

proximidade permitirá estabelecer uma ligação mais efetiva entre as necessidades empresariais e

a oferta formativa, privilegiando assim vínculos laborais mais sólidos.

A problemática abordada neste estudo não se esgota certamente na análise efetuada. De

acordo com Santos Guerra (2003, 19), “o não observável não é equivalente ao não existente, nem

ao não relevante, nem, supostamente, ao não avaliável”, daí que muito poderá ter ficado por dizer.

Estudos adicionais, mais aprofundados e com outras preocupações poderão contribuir

para o conhecimento mais completo da formação profissional inicial de jovens. Concretamente,

seria importante considerar:

Uma linha de estudo que permita identificar boas práticas de formação e que ao serem

divulgadas possam ter um efeito multiplicador para outras entidades que intervêm nos

mesmos domínios, servindo como guias e contribuindo assim para a sua melhoria.

A criação de uma dinâmica formativa interna em modalidades como círculos de

estudos ou oficinas de formação que contribua para uma maior integração e recursos

das valências e serviços da entidade.

A realização de estudos sobre cidadania e empreendedorismo, por iniciativa da Sol do

Ave, fortemente ancorados no trabalho em rede, à escala regional, nacional e

internacional.

A realização de uma análise documental e legislativa sobre estes cursos profissionais.

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As conclusões que apresentamos não devem ser generalizadas, quer por se tratar de um

estudo de caso, quer também pelo facto de esta investigação não possibilitar tal interpretação. No

entanto é evidente a necessidade da realização genérica de um verdadeiro diagnóstico das áreas

de atividade necessárias para a realização destes cursos, bem como da sua avaliação externa,

mas realizadas por entidades autónomas e não inseridas no âmbito da formação profissional e

cujos resultados sejam seriamente assumidos por todos os intervenientes no processo formativo.

Ao contrário do que é habitual em trabalhos de avaliação de processos e impactos da

formação, em que a realização de uma análise SWOT é utilizada numa fase inicial de diagnóstico,

optamos por elaborar uma análise (Tabela 3) numa ótica prospetiva, com uma dimensão formativa

e de apoio à tomada de decisão pelos responsáveis desta entidade e de outras entidades que

mesmo que não estando ligados entre si, poderão beneficiar desta abordagem.

A partir da investigação desenvolvida e perante as dificuldades que atravessam as

entidades de formação profissional com os sucessivos atrasos na implementação do novo quadro

comunitário 2014/2020, nomeadamente com as candidaturas à formação profissional,

pretendemos contribuir para o processo de reflexão e adaptação em curso nesta entidade, com o

intuito de potenciar a sua atuação, com recursos e respostas efetivas e adequadas às

necessidades dos formandos e do mercado de trabalho.

Tabela 3: Análise SWOT da entidade externa de formação, Sol do Ave.

Forças Fraquezas Experiência e maturidade dos seus responsáveis. Conhecimento concreto do contexto cultural, social e económico do território do Ave. Conhecimento da área geográfica da sua intervenção. Grande diversidade das suas intervenções. Experiência profissional considerável dos seus quadros. Capacidade para o trabalho em Rede. Autonomia técnica e organizacional

Dependência externa para a formação financiada. Pouca flexibilidade e polivalência da parte dos recursos humanos. Instalações reduzidas

Oportunidades Ameaças Rever a organização e a planificação dos recursos humanos. Desenvolver formação não financiada. Intervir nas áreas do empreendedorismo e da criação de emprego. Prestar apoio técnico à gestão de micro e pequenas empresas. Prestar apoio técnico ao desenvolvimento e planeamento de formação profissional nas empresas/instituições sociais e autarquias locais.

Natureza aberta e flexível (exposição a um ambiente legislativo em constante mutação) Diminuição crescente dos apoios à formação financiada. Desvalorização das entidades não públicas de formação profissional. Desvalorização de saberes dos recursos humanos. Indefinição dos decisores responsáveis pelo novo quadro comunitário (Portugal 2020). Prazos curtos para apresentação de candidaturas, inibindo a participação dos vários agentes.

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A análise SWOT efetuada reforça a importância de proceder a uma (re)organização interna,

tornando os seus recursos humanos mais polivalentes e flexíveis, bem como reavaliar as suas

intervenções, nomeadamente na área da formação profissional, junto das empresas/instituições

sociais/autarquias locais (apesar da concorrência existente nestes segmentos de mercado, em

especial para a formação não financiada). A diversificação das suas intervenções no espaço social

e económico, nomeadamente com o fomento do empreendedorismo, da criação de emprego, e

no apoio técnico à gestão de micro e pequenas empresas, contribuirá para aumentar a expressão

e penetração nos territórios da sua área de influência.

Por fim, importa realçar a colaboração, abertura e disponibilidade permanentes da

entidade formadora, cruciais para a realização deste estágio e desta investigação, permitindo não

só a concretização dos objetivos estabelecidos e expectativas criadas, mas sobretudo uma

valorização mútua decorrente do acompanhamento in loco do processo formativo dos cursos de

aprendizagem em alternância. Além do resultado final alcançado, reveste-se de enorme

importância todo o processo de dimensão relacional, enquanto aprendizagem coletiva.

Assim, consideramos com esta investigação ter conseguido dar um contributo muito

positivo para o conhecimento desta área de especialização académica, potenciando a valorização

desta modalidade profissional, e contribuindo para o desenvolvimento dos recursos humanos,

particularmente nos territórios mais rurais do Vale do Ave.

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Decreto-Lei n.º 46731/65, de 9 de dezembro. Diário do Governo nº.278/1965 - I Série. Lisboa. Ministérios do Ultramar e das Corporações e Previdência Social. Cria o Serviço Nacional de Emprego (SNE).

Decreto-Lei n.º 47254/66, de 10 de outubro. Diário do Governo n.º235/1966 - I Série. Lisboa. Ministério das Corporações e Previdência Social. Atribui autonomia administrativa e financeira ao Dundo de Desenvolvimento da Mão de Obra.

Decreto-Lei n.º 48275/68, de 14 de março. Diário do Governo n.º 63/1968 - I Série. Lisboa Ministério das Corporações e Previdência Social. Cria o Serviço de Formação Profissional (SFP).

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Referências Bibliográficas

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Após 1974

Lei n.º 46/86, de 14 de outubro. Diário da República nº.237/1986 - I Série. Lisboa. Assembleia da República. Aprova a Lei de Bases do Sistema Educativo.

Lei n.º 115/97, de 30 de agosto. Diário da República nº.216/1997 - I Série A. Lisboa. Assembleia da Republica, segunda alteração à LBSE.

Decreto-Lei n.º 519-A2/79, de 29 de dezembro. Diário da República nº.299/1979 - I Série – 8.º Suplemento. Lisboa. Ministério do Trabalho. Cria o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Decreto-Lei n.º 102/84, de 29 de março. Diário da República nº.75/1984 - I Série. Lisboa. Ministérios da Educação e do Trabalho e Segurança Social. Cria o Sistema de Formação Profissional em Regime de Alternância (Sistema de Aprendizagem) e estabelece o seu regime jurídico.

Decreto-Lei n.º 165/85, de 16 de maio. Diário da República n.º112/1985 - I Série. Lisboa. Ministério do Trabalho e Segurança Social. Define o regime jurídico dos apoios técnico-financeiros por parte do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) à formação profissional em cooperação com outras entidades.

Decreto-Lei n.º 242/88, de 7 de julho. Diário da República nº.155/1988 - I Série. Lisboa. Ministério do Emprego e da Segurança Social. Define o estatuto do formando.

Decreto-Lei n.º 26/89, de 21 de janeiro. Diário da República nº.18/1989 - I Série. Lisboa. Ministério da Educação. Aprovação das Escolas Profissionais.

Decreto-Lei n.º 401/91, de 16 de outubro. Diário da República nº.238/1991 - I Série A. Lisboa. Ministério do Emprego e da Segurança Social. Aprova o enquadramento legal da formação profissional.

Decreto-Lei n.º 405/91, de 16 de outubro. Diário da República nº.238/1991 - I Série A. Lisboa. Ministério do Emprego e da Segurança Social. Aprova o enquadramento legal da formação profissional.

Decreto-Lei n.º 70/93, de 10 de março. Diário da República n.º70/1993 - I Série. Lisboa. Ministério da Educação. Estabelece o regime de criação, organização e funcionamento das escolas profissionais, no âmbito do ensino não profissional.

Decreto-Lei nº. 205/96, de 25 de outubro. Diário da República nº.248/1996 - I Série A. Lisboa. Ministério para a Qualificação e o Emprego. Revê o regime jurídico da Formação em Alternância (sistema de aprendizagem).

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Referências Bibliográficas

António Carlos Carneiro | pg25640 110

Decreto-Lei n.º 4/98, de 8 de janeiro. Diário da República n.º 6/1998 - I Série A - Lisboa. Ministério da Educação. Regime de criação, organização e funcionamento das escolas e Cursos Profissionais do Ensino Não Regular.

Decreto-Lei n.º 396/2007, de 31 de dezembro. Diário da República nº.251/2007 - I Série. Lisboa. Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Aprova o SNQ - Sistema Nacional de Qualificações.

Resolução do Conselho de Ministros n.º 173/2007, de 7 de novembro. Diário da República n.º 214/2007 - I Série. Lisboa. Presidência do Conselho de Ministros. Aprova um conjunto de medidas de reforma da formação profissional.

Portaria n.º 423/92, de 22 de maio. Diário da República n.º118/1992 - I Série B. Lisboa. Ministérios da Educação e do Emprego e da Segurança Social. Define o regime de avaliação das escolas profissionais.

Portaria n.º 550-C/2004, de 21 de maio. Diário da República nº.119/2004 - I Série B – (1º. Suplemento). Lisboa. Ministério da Educação. Aprova o regime de criação, organização e gestão do currículo, bem como a avaliação e certificação das aprendizagens dos cursos profissionais de nível secundário.

Portaria n.º 370/2008, de 21 maio. Diário da República n.º98/2008 - I Série. Lisboa. Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social e da Educação. Regula a criação e o funcionamento dos Centros Novas Oportunidades.

Portaria n.º 1497/2008, de 19 de dezembro. Diário da República nº.245/2008 - I Série. Lisboa. Ministérios do Trabalho e da Segurança Social e da Educação. Regula as condições de acesso aos cursos do sistema de aprendizagem.

Portaria n.º 782/2009, de 23 de julho. Diário da República nº.141/2009 - I Série. Lisboa. Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Regula o Quadro Nacional de Qualificações.

Portaria n.º 135-A/2013, de 28 de março. Diário da República nº.62/2013 - I Série - Suplemento. Lisboa. Ministérios da Economia e do Emprego, da Educação e Ciência e da Solidariedade e da Segurança Social. Aprova os CQEP – Centros Qualificação Ensino Profissional.

Despacho Normativo n.º 194-A/83, de 19 de outubro. Diário da República n.º243/1983 - I Série - Suplemento. Ministério da Educação. Cria cursos técnico-profissionais e cursos profissionais a ministrar após o 9.º ano de escolaridade e estabelece as normas de estruturação e funcionamento dos respetivos cursos.

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Referências Bibliográficas

António Carlos Carneiro | pg25640 111

Despacho Normativo n.º 338/1993, de 29 de setembro. Diário da República n.º 247/1993 - I Série B. Lisboa. Ministério da Educação. Aprovação do regime de avaliação dos alunos do ensino secundário.

Despacho Normativo n.º 4-A/2008, de 24 de janeiro. Diário da República n.º 17/2008 - II Série - Suplemento. Lisboa. Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, da Agricultura, do Desenvolvimento Regional e das Pescas e do Trabalho e da Solidariedade Social. Fixa os limites máximos dos custos elegíveis para o FSE.

Despacho n.º 14758/2004, de 23 de julho. Diário da República n.º 172/2004 - II Série. Lisboa. Ministério da Educação. Define as condições essenciais de gestão pedagógica e organizacional a observar pelas escolas públicas que se proponham ministrar os cursos profissionais do nível secundário de educação.

Outra Legislação Consultada

Anteriores a 1974

Decreto n.º 42811, de 20 de janeiro de 1960. Diário do Governo n.º 15/1960 - I Série. Lisboa. Ministério da Educação Nacional. Regula algumas situações relativas ao pessoal dos quadros do ensino técnico profissional.

Decreto n.º 43231, de 14 de outubro de 1960. Diário do Governo n.º239/1960 - I Série. Lisboa. Ministério da Educação Nacional. Introduz alterações ao Estatuto do Ensino Profissional Industrial e Comercial.

Decreto-Lei n.º 47587/67, de 10 de março. Diário do Governo n.º 59/1967 - I Série. Lisboa. Ministério de Educação Nacional. Autoriza a realização de experiências pedagógicas em estabelecimentos de ensino público.

Decreto-Lei n.º 48807/68, de 28 de dezembro. Diário do Governo n.º305/1968 - I Série. Lisboa. Ministério da Educação Nacional. Revisão dos quadros das escolas técnicas e a tomar providências suscetíveis de obstarem ao estabelecimento de injustificáveis desequilíbrios na situação dos professores do ensino liceal e, ainda, às condições de prestação do serviço docente nos dois ramos do ensino secundário.

Após 1974

Lei constitucional de 10 de abril. Diário da República n.º 68/1976 - I Série. Lisboa. Presidência da República. Aprovação da Constituição da República Portuguesa.

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Referências Bibliográficas

António Carlos Carneiro | pg25640 112

Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro. Diário da República n.º 41-Suplemento - I Série. Lisboa. Assembleia da República. Estabelece os regimes de vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas.

Lei n.º 51/2012, de 5 de setembro. Diário da República n.º172/2012 - I Série. Lisboa. Assembleia da República. Aprova o Estatuto do Aluno e Ética Escolar.

Decreto-Lei n.º 437/78, de 28 de dezembro. Diário da República n.º 297/1978 - I Série. Lisboa. Ministério do Trabalho. Estabelece normas relativas à atribuição de financiamentos públicos.

Decreto-Lei n.º193/82, de 20 de maio. Diário da República n.º114/1982 - I Série. Lisboa. Ministério do Trabalho. Regulamenta o Instituto do Emprego e Formação Profissional.

Decreto-Lei n.º 338/85, de 21 de agosto. Diário da República n.º 191/1985 - I Série. Lisboa. Ministério do Trabalho e da Segurança Social. Revê o regime jurídico do Sistema de Aprendizagem.

Decreto-Lei n.º 436/88, de 23 de novembro. Diário da República n.º 271/1988 - I Série. Lisboa. Ministério do Emprego e Segurança Social. Revê o regime jurídico da Formação em Alternância (Sistema de Aprendizagem).

Decreto-Lei n.º 383/91, de 9 de outubro. Diário da República n.º 232/1991 - I Série A. Lisboa. Ministério do Emprego e Segurança Social. Define o regime dos cursos de aprendizagem (Sistema de Aprendizagem).

Decreto-Lei n.º 95/92, de 23 de maio. Diário da República n.º 119/1992 - I Série A. Lisboa. Ministério do Emprego e Segurança Social. Estabelece o regime jurídico da certificação profissional.

Decreto-Lei n.º 115/97, de 12 de maio. Diário da República n.º 109/1997 - I Série A. Lisboa. Ministério para a Qualificação e o Emprego. Cria o Instituto para a Inovação na Formação (INOFOR).

Decreto-Lei n.º 296-A/98, de 25 de setembro. Diário da República n.º 222/1998 - I Série A - Suplemento. Lisboa. Ministério da Educação. Regula o regime de acesso e ingresso no ensino superior.

Decreto-Lei n.º 7/2001, de 18 de janeiro. Diário da República n.º15/2001 - I Série A. Lisboa. Ministério da Educação. Estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão curricular dos cursos gerais e dos cursos tecnológicos do ensino secundário regular.

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Referências Bibliográficas

António Carlos Carneiro | pg25640 113

Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de março. Diário da República n.º73/2004 - I Série A. Lisboa. Ministério da Educação. Estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão curricular, bem como da avaliação das aprendizagens, no nível secundário de educação.

Decreto-Lei n.º 397/2007, de 31 de dezembro. Diário da República n.º 251/2007 - I Série. Lisboa. Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Aprova o QNQ - Quadro Nacional de Qualificações.

Decreto-Lei n.º 92/2011, de 27 de julho. Diário da República n.º 143/2011 - I Série. Lisboa. Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Aprova o SRAP - Sistema de Regulação de Acesso a Profissões.

Decreto-Lei n.º 150/2012, de 12 de julho. Diário da República n.º 134/2012 - I Série. Lisboa. Ministério da Economia e do Emprego. Procede à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º4/98, de 8 de janeiro, que estabelece o regime de criação, organização e funcionamento de escolas e cursos profissionais no âmbito do ensino não superior.

Decreto-Lei n.º 43/2014, de 18 de março. Diário da República n.º54/2014 - I Série. Lisboa. Ministério da Educação e Ciência. Cria os cursos técnicos superiores profissionais, como formação superior de curta duração não conferente de grau.

Decreto-Lei n.º 92/2014, de 20 de junho. Diário da República n.º117 - I Série. Lisboa. Ministério da Educação e Ciência. Estabelece o regime jurídico das escolas profissionais privadas e públicas, no âmbito do ensino não superior, regulando a sua criação, organização e funcionamento, bem como a tutela e fiscalização do Estado sobre as mesmas.

Decreto-Lei n.º 137/2014, de 12 de setembro. Diário da República n.º176/2014 - I Série. Lisboa. Presidência do Conselho de Ministros. Aprova o modelo de governação dos fundos europeus estruturais e de investimento.

Decreto-Regulamentar n.º 15/94, de 6 de julho. Diário da República n.º154/1994 - I Série B. Lisboa. Ministério do Emprego e Segurança Social. Regula os apoios ao emprego e formação profissional no âmbito do FSE, QCA II.

Decreto Regulamentar n.º 66/94, de 18 de novembro. Diário da República n.º 267/1994 - I Série B. Lisboa. Ministério do Emprego e Segurança Social. Regulamenta o exercício da atividade do formador Regulamenta o exercício da atividade do formador.

Decreto-Regulamentar n.º 84-A/2007, de 10 de dezembro. Diário da República n.º 237 - Suplemento, I Série. Lisboa. Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Estabelece o regime jurídico de gestão, acesso e financiamento do FSE.

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Referências Bibliográficas

António Carlos Carneiro | pg25640 114

Decreto-Regulamentar n.º 13/2008 de 18 de junho. Diário da República n.º 116/2008 - I Série. Lisboa. Ministério do Trabalho e da Solidariedade. Procede a alterações no regime jurídico de gestão, acesso e financiamento do FSE.

Decreto-Regulamentar n.º 4/2010, de 15 de outubro. Diário da República n.º 20/2010 - I Série. Lisboa. Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Procede a alterações no regime jurídico de gestão, acesso e financiamento do FSE.

Portaria n.º 420/80, de 19 de julho. Diário da República n.º165/1980 - I Série. Lisboa. Ministério da Educação e Ciência. Estabelece normas sobre a via de ensino do 12.º ano de escolaridade.

Portaria n.º 297/97, de 6 de maio. Diário da República n.º104/1997 - I Série B. Lisboa. Ministério para a Qualificação e o Emprego. Aprova a estrutura orgânica dos serviços centrais do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), fixando as suas atribuições e os princípios gerais de organização e funcionamento.

Portaria n.º782/97, de 29 de agosto. Diário da República n.º199/1997 - I Série B. Lisboa. Presidência do Conselho de Ministros e Ministérios do Equipamento, do Planeamento e da Administração do Território, da Economia; Agricultura Desenvolvimento Rural e Pescas; da Educação; da Saúde; para a Qualificação e o Emprego e da Solidariedade e Segurança Social. Cria o processo de acreditação referente às entidades que recorrem ao FSE.

Portaria n.º 797/2006, de 10 de agosto. Diário da República n.º 154/2006 - I Série. Lisboa. Ministério da Educação. Altera a Portaria 550-C/2004, de 21 de Maio, que aprova o regime de criação, organização e gestão do currículo, bem como a avaliação e certificação das aprendizagens dos cursos profissionais de nível secundário.

Portaria n.º 289/2009, de 20 de março. Diário da República n.º 56/2009 - I Série. Lisboa. Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social e da Educação. Regula as condições de acesso aos cursos do sistema de aprendizagem.

Portaria n.º 781/2009, de 23 de julho. Diário da República n.º 141/2009 - I Série. Lisboa. Ministério do Trabalho e da Segurança Social. Estabelece a estrutura e organização do Catálogo Nacional de Qualificações.

Portaria n.º 1370/2009, de 27 de outubro. Diário da República n.º 208/2009 - I Série. Lisboa. Ministério da Cultura; Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Regulamento de conservação arquivística do IEFP.

Portaria n.º 73/2010, de 4 de fevereiro. Diário da República n.º 24/2010 - I Série. Lisboa. Ministério da Educação; Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Cria Comissão de Acompanhamento da Iniciativa Novas Oportunidades e do Sistema Nacional de Qualificações.

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Referências Bibliográficas

António Carlos Carneiro | pg25640 115

Portaria n.º 851/2010, de 6 de setembro. Diário da República n.º173/2010 - I Série. Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social e da Educação. Aprova a Certificação das Entidades Formadoras e o Quadro Europeu de Qualificação.

Portaria n.º 199/2011, de 19 de maio. Diário da República n.º 97/2011 - I Série. Lisboa. Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social e da Educação. Aprova os modelos e de certificados que conferem uma qualificação de nível não superior no SNQ.

Portaria n.º 214/2011, de 30 de maio. Diário da República n.º104/2011 - I Série. Lisboa. Ministérios das Finanças e da Administração Pública, da Administração Interna e das Obras Públicas, Transportes e Comunicações. Regime de formação e certificação de competências pedagógicas dos formadores no SNQ.

Portaria n.º 272/2012, de 4 de setembro. Diário da República n.º172/2012 - I Série. Lisboa. Ministério da Solidariedade e da Segurança Social. Criação do Programa Integrado de Educação e Formação, designado por Programa AQPIEF.

Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro. Diário da República n.º33/2013 - I Série. Lisboa. Ministérios da Economia e do Emprego e da Educação e Ciência. Estabelece as normas de organização, funcionamento, avaliação e certificação dos cursos profissionais ministrados em estabelecimentos de ensino público, particular e cooperativo, que ofereçam o nível secundário de educação, e em escolas profissionais.

Portaria n.º 59-C/2014, de 7 de março. Diário da República n.º 47/2014 - I Série 47 - Suplemento. Lisboa. Ministérios da Educação e Ciência e da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Procede à primeira alteração da Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, que estabelece as normas de organização, funcionamento, avaliação e certificação dos cursos profissionais ministrados em estabelecimentos de ensino público, particular e cooperativo, que ofereçam o nível secundário de educação, e em escolas profissionais.

Despacho Normativo n.º 3/86, de 7 de janeiro. Diário da Republica n.º 5/1986 - I Série. Lisboa. Ministério da Educação. Estabelece normas relativas aos Cursos de Formação Profissional e Técnico-Profissional.

Despacho Normativo n.º 41/88, de 1 de junho. Diário da República n.º 127/1988 - I Série. Lisboa. Ministério do Emprego e Segurança Social. Determina a credenciação para ações de formação profissional.

Despacho Normativo n.º 87/89, de 12 de setembro. Diário da República n.º210/1989 - I Série. Lisboa. Ministério do Emprego e Segurança Social. Define prioridades para os apoios à formação profissional.

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Referências Bibliográficas

António Carlos Carneiro | pg25640 116

Despacho Normativo n.º 67/91, de 25 de fevereiro. Diário da República n.º70/1991 - I Série B. Lisboa. Ministério do Emprego e da Segurança Social. Define prioridades para os apoios à formação profissional.

Despacho Normativo n.º 68/91, de 25 de fevereiro. Diário da República n.º70/1991 - I Série B. Lisboa. Ministério do Emprego e da Segurança Social. Define o regime jurídico dos apoios à formação profissional.

Despacho Normativo n.º 12/2009, de 17 de março. Dário da República n.º53/2009 - II Série. Lisboa. Ministérios do Ambiente, do Desenvolvimento do Território e do Desenvolvimento Regional, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Trabalho e da Solidariedade Social. Alterações aos limites máximos dos custos elegíveis pelo FSE).

Despacho Normativo n.º 12/2010, de 21 de maio. Diário da República n.º 99/2010 - II Série. Lisboa. Ministérios da Economia, das Inovação e do Desenvolvimento, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Trabalho e da Solidariedade. Alteração aos valores elegíveis dos custos à formação.

Despacho Normativo n.º 2/2011, de 11 de fevereiro. Diário da República n.º30/2011 - II Série. Lisboa. Ministérios da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Trabalho e da Solidariedade Social. Alteração aos valores elegíveis dos custos sobre formação profissional.

Despacho Normativo n.º 12/2012, de 21 de maio. Diário da República n.º98/2012 - II Série. Lisboa. Ministérios da Economia e do Emprego, da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território e da Solidariedade e da Segurança Social, Lisboa. Alteração aos valores elegíveis dos custos sobre formação profissional.

Despacho Normativo n.º 16/2012, de 2 de agosto. Diário da República n.º149/2012 - II Série. Lisboa. Ministérios da Economia e do Emprego, da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território e da Solidariedade Social. Alterações aos apoios sociais nas ações de formação para os setores da Pesca e da Agricultura.

Despacho Normativo n.º 6/2013, de 24 de maio. Diário da República n.º100/2013 - II Série. Lisboa. Ministérios da Economia e do Emprego, da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território e da Solidariedade Social. Alterações aos encargos com formandos.

Despacho n.º 88/ME/83, de 11de outubro. Diário da República n.º 234/1983 - II Série. Lisboa. Ministério da Educação. Cria os cursos técnico-profissionais e profissionais.

Despacho n.º 978/2011, de 12 de janeiro. Diário da República n.º8/2011 - II Série. Lisboa. Ministério da Educação; Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Aprova a caracterização dos níveis de qualificação do QNQ - Quadro Nacional de Qualificações.

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Referências Bibliográficas

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Despacho n.º 3435/2011, de 21 de fevereiro. Diário da República n.º36/2011 - II Série. Lisboa. Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Alterações ao regulamento de 2008, sobre o sistema de aprendizagem.

Despacho n.º 10739/2012, de 8 de agosto. Diário da República nº.153/2012 - II Série. Lisboa. Ministérios da Economia e do Emprego. Alterações das comparticipações.

Despacho n.º 3213/2014, de 26 de fevereiro. Diário da República n.º 40/2014 - II Série. Lisboa. Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Alteração ao regulamento de acesso aos apoios do FSE.

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ANEXOS

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ANEXO 1

Organigrama Sol do Ave

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Anexo 1 – Organigrama Sol do Ave

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ANEXO 2

Autorização da entidade de estágio para referência à sua identidade

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Anexo 2 - Autorização da entidade de estágio para referência à sua identidade

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ANEXO 3

Excerto de notícia do Jornal de Noticias de 28.06.2015

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Anexo 3 – Excerto de notícia do Jornal de Noticias de 28.06.2015

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ANEXO 4

Divulgação de novos cursos a iniciar em setembro de 2015

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Anexo 4 - Divulgação de novos cursos a iniciar em setembro de 2015

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Anexo 4 - Divulgação de novos cursos a iniciar em setembro de 2015

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APÊNDICES

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APÊNDICE 1

Guiões

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Apêndice 1 - Guiões

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Guião para a avaliação da formação pelo formando

No final deste curso de formação profissional, é importante conhecer a sua opinião sobre

a forma como este decorreu em termos de prestação dos formadores, conteúdos e funcionamento

no sentido de contribuir para o aperfeiçoamento de ações futuras.

(Este questionário é confidencial, não escreva o seu nome nem outra referência pessoal)

De acordo com a sua opinião e apoiando-se na seguinte escala, responda assinalando

com uma cruz no quadrado respetivo:

1 - Discordo totalmente

2 - Discordo

3 - Concordo

4 - Concordo bastante

5 - Concordo totalmente

6 - Sem opinião

I – De acordo com a sua opinião, classifique os objetivos do curso de formação:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

No inico da ação de formação os objetivos foram claramente definidos.

Os objetivos revelaram-se adequados.

No final da ação de formação, os objetivos propostos foram atingidos.

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 142

II – Classifique o desempenho dos formadores:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Utilizaram uma linguagem clara.

Tinham bons conhecimentos técnicos.

Transmitiram bem os seus conhecimentos técnicos.

Desenvolveram metodologias pedagógicas adequadas ao público-alvo do curso.

Forneceram informação adicional, clarificando e explicando.

Forneceram comentários ao desempenho dos formandos.

Os formadores incentivaram a participação dos formandos.

Relacionaram-se de forma adequada com o grupo de formandos.

Mostraram-se recetivos a novas e diferentes ideias/opiniões.

Conseguiram encorajar e motivar os formandos.

III – Dê-nos a sua opinião em relação aos conteúdos programáticos:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Despertaram interesse.

Eram adequados.

Estavam bem organizados.

Tinham aplicabilidade na prática profissional.

Eram completos.

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 143

IV – Segundo a sua opinião, como classifica as estratégias pedagógicas utilizadas pelos formadores:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Foram adequadas ao grupo de formandos

Facilitaram a minha aprendizagem

Tornaram as sessões de formação mais dinâmicas e motivadoras

V – Em relação ao processo de avaliação revele-nos a sua opinião:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

A metodologia de avaliação foi adequada.

A avaliação foi realizada em tempo oportuno.

O grau de dificuldade foi adequado.

A avaliação foi adequada aos objetivos propostos.

As questões foram adequadas aos conteúdos programáticos lecionadas.

VI – Classifique os suportes de apoio à formação:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Estavam em bom estado.

Foram os suficientes.

Estavam adequados às atividades que foram feitas.

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 144

VII – Classifique os documentos de apoio disponibilizados:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Foram fornecidos materiais de apoio suficientes.

Os materiais como os manuais tinham qualidade e rigor científico.

Os manuais estavam bem apresentados e organizados.

Os materiais utilizados nas atividades práticas facilitaram a minha aprendizagem.

VIII – Classifique o apoio logístico prestado:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Foi-nos dada toda a informação relativa à parte administrativa da ação de formação (inscrições, datas, horários).

Existiu sempre algum profissional para me orientar em questões logísticas.

Questões logísticas que decorrem durante a formação (por exemplo ajustamento de material) foram rapidamente ultrapassadas.

IX – Classifique a organização geral do curso de formação:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

A duração do curso foi suficiente.

O horário do curso foi adequado.

O tempo atribuído aos temas foi adequado.

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 145

X – Em relação aos espaços e instalações utilizados para a ação de formação:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

As instalações estavam limpas e arrumadas.

As instalações facilitaram a minha deslocação.

Eu gostei das instalações e elas eram confortáveis.

As instalações estavam protegidas contra incêndios.

Avaliação global

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Os temas foram apresentados de forma coerente e estruturada.

O conteúdo da formação foi bem doseado entre teoria e prática.

Adquiri muitos conhecimentos.

Desenvolvi muitas competências.

O formador teve um bom desempenho.

Terminou o preenchimento deste questionário. Muito obrigado pela sua

disponibilidade e colaboração.

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 146

Guião para o questionário inicial sobre os cursos de formação em análise

QUESTIONÁRIO N.º_____

No âmbito do mestrado que estou a frequentar em Educação com especialização em

Formação, Trabalho e Recursos Humanos na Universidade do Minho, estou a efetuar uma

investigação sobre formação profissional, particularmente os cursos de aprendizagem/formação

em alternância.

Este questionário tem como objetivo conhecer a sua opinião sobre os cursos de formação

profissional de aprendizagem/formação em alternância

Todas as suas respostas são anónimas e confidenciais. Coloque um “x” no respetivo

quadrado salvo outra indicação. A sua participação é importante. Obrigado pela sua colaboração!

==============================================================

I Parte - Percurso escolar

1. Com que idade terminou os seus estudos no ensino oficial (tradicional)? anos

2. O que o levou a não prosseguir os estudos no ensino oficial (tradicional)? ______________________________________________________________________________________________________________________________________

3. A sua família teve influência? Sim Não

4. Qual a sua relação com a escola, com os colegas e com os professores? ______________________________________________________________________________________________________________________________________

5. O que menos gostava na escola? ___________________________________________________________________

6. Gostaria de ter tido um percurso escolar diferente? Sim Não Porquê? ____________________________________________________________ ___________________________________________________________________

II Parte - Percurso profissional

7. Já trabalhou? Sim Não

(Se nunca trabalhou passe para a pergunta número 16)

8. Se já trabalhou, com que idade começou a trabalhar? anos

9. Que profissões já exerceu? _______________________________________________ ___________________________________________________________________

10. Já esteve desempregado? Sim Não Se sim, quantas vezes? ______

11. Trabalhou por conta de outrem? Sim Não

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 147

12. Trabalhou a tempo inteiro? Sim Não A tempo parcial? Sim Não Outra situação? Qual? _________________________

13. Gostava do que fazia? Sim Não

14. Como aprendeu? _____________________________________________________

15. Se não gostava, porquê? ________________________________________________

III Parte – Percurso durante a Formação Profissional

16. Antes de ingressar neste curso de aprendizagem/formação em alternância, frequentou outros cursos? Sim Não Se sim, indique qual (quais)? _____________________________________________

17. Como teve conhecimento deste curso?

Resultou de uma procura pessoal Por influência familiar Através da entidade (Sol do Ave) Através de amigo/a Através de algum formador Através do Centro de Emprego Outra fonte Qual? ___________

18. A sua opção por este curso foi motivada por:

Aprender uma profissão Por gostar da atividade económica Por tradição familiar Para melhorar a formação pessoal Outro motivo Qual? ____________

IV Parte - Apoios institucionais

19. Beneficiou (recebeu) de apoios do Estado? Sim Não Se sim, quais? Se não, porquê? ____________________________________________

20. Considera que os apoios existentes são suficientes? Sim Não Se não, porquê? _______________________________________________________

21. Alguma instituição pública o tem ajudado? Sim Não Se sim, qual? _________________________________________________________ Se não, porquê? _______________________________________________________

22. Já teve que recorrer à ajuda de outra entidade? Sim Não Se sim, qual? _________________________________________________________

23. A frequência deste curso implica dificuldades económicas familiares? Sim Não

V Parte - Atividades de lazer

24. Desenvolve atividades de lazer? Sim Não Se sim, quais? ________________________________________________________ Se não, porquê? _______________________________________________________

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 148

25. Realiza alguma atividade social (voluntariado)? Sim Não Se sim, qual? _________________________________________________________ Se não, porquê? _______________________________________________________

VI Parte - Relações de amizade

26. A frequência deste curso proporcionou o aumento de amigos? Sim Não

27. A nível pessoal, que vantagens ou inconvenientes decorrem da frequência do contacto com outras pessoas, entre as quais (pode indicar uma ou mais hipóteses):

com outros jovens

com formadores

com as empresas

Justifique_______________________________________________________________________________________________________________________________

VII Parte - Qual é a sua situação atual (a nível profissional)?

28. Acumula a frequência do curso de formação profissional com alguma atividade profissional? A tempo inteiro? A tempo parcial? Em que profissão? ____________________________ ___________________________________________________________________

(Se não trabalha passe para a pergunta número 34)

29. A profissão que exerce está em sintonia com o curso que frequenta? Sim Não Se não, porquê?_______________________________________________________

30. As funções que exerce correspondem ao que apreendeu no curso de formação? Sim Não

31. Dos conhecimentos adquiridos e competências desenvolvidas, ao longo do curso, quais considera terem sido as mais relevantes para a sua reintegração no mercado de trabalho? ______________________________________________________________________________________________________________________________________

32. Como avalia o trabalho desenvolvido pela Sol do Ave (formadores, coordenadores e outros técnicos)? ___________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________

33. Que sugestões gostaria de transmitir aos formandos que atualmente frequentam os cursos do sistema de aprendizagem/formação em alternância? __________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

VIII Parte – Expectativas para o seu futuro profissional

34. O curso está previsto terminar em?_______________

35. Pretender criar uma empresa? Sim Não

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 149

36. Associar-se com outro colega da formação? Sim Não

37. Trabalhar por conta própria? Sim Não

38. Trabalhar por conta de outrem? Sim Não

39. Emigrar, mas já com conhecimentos de uma profissão? Sim Não

40. Continuar os estudos? Sim Não

41. Obter um emprego, mas em área de atividade diferente do curso? Sim Não E em caso afirmativo, qual? _________________________________________

IX Parte - Caracterização social

42. Sexo: Masculino Feminino

43. Idade anos

44. Nível de escolaridade completo ________________

45. Concelho de residência______________________

46. Estado civil: solteiro(a) casado(a) união de facto separado(a) outra situação

47. Quantas pessoas compõem o seu agregado familiar? ________

48. Qual a situação face ao emprego dos outros membros do seu agregado familiar? Quantos estão empregados? _____ Quantos estão desempregados? _____ Quantos estudam? _____

Outra situação? ________

Terminou o preenchimento deste questionário. Muito obrigado pela sua

disponibilidade e colaboração.

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 150

Guião para o questionário final sobre os cursos de formação em análise

QUESTIONÁRIO N.º_____

No âmbito do mestrado que estou a frequentar em Educação com especialização em

Formação, Trabalho e Recursos Humanos na Universidade do Minho, estou a efetuar uma

investigação sobre formação profissional, particularmente os cursos de aprendizagem/formação

em alternância.

Este questionário tem como objetivo conhecer a sua situação profissional na presente data

na sequência da frequência do curso de formação profissional ______________________, no

âmbito do sistema de aprendizagem /formação em alternância que frequentou na Sol do Ave.

Todas as suas respostas são anónimas e confidenciais. Coloque um “x” no respetivo

quadrado salvo outra indicação. A sua participação é muito importante. Obrigado pela sua

colaboração!

==============================================================

I Parte – Situação Profissional

1. Desde que terminou o curso de _________________, já trabalhou? Sim Não Se não trabalhou passe para a pergunta número 7

2. Se sim, qual a profissão (ou profissões) que já exerceu? _________________________ ______________________________________________________________________

3. A(s) profissão(ões) que exerceu está(estão) inserida(s) na área do curso que frequentou? Sim Não Se não, porquê?_________________________________________

4. No exercício dessa(s) atividade(s) profissional(is), quais foram os vínculos laborais?

contrato a prazo contrato a tempo parcial contrato sem termo

5. A(s) atividade(s) que executa(ou executou) é (ou foi) exercida(s) de que forma?

Por conta de outrem Por conta própria Outra situação Qual? ___________

A tempo parcial A tempo completo?

6. Outra situação? Qual? _________________________

II Parte – Expectativas para o seu futuro Profissional

7. Se ainda não exerce qualquer atividade profissional, como espera ultrapassar esta situação?

Criar uma empresa Associar-se com outro colega da formação Trabalhar por conta própria (profissional liberal) Trabalhar por conta de outrem Emigrar, para exercer uma profissão diferente da sua área de formação Continuar os estudos Obter um emprego em área de atividade diferente do curso. Qual? _________

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 151

III Parte - Caracterização social

8. Sexo: Masculino Feminino

9. Idade anos

10. Concelho de residência__________________

11. Nível de escolaridade ___________________

12. Estado civil: solteiro(a) casado(a) união de facto separado(a) outra situação

13. Quantas pessoas compõem o seu agregado familiar? _________

14. Qual a situação face ao emprego dos outros membros do seu agregado familiar? Quantos estão empregados? _____ Quantos estão desempregados? _____ Quantos estudam? _____

Outra situação? ________

Terminou o preenchimento deste questionário. Muito obrigado pela sua

disponibilidade e colaboração.

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 152

Guião de entrevista aos formadores

A presente entrevista tem como objetivo a recolha de informação sobre o trabalho dos

formadores no âmbito dos cursos de aprendizagem. O presente estudo enquadra-se na realização

de um mestrado que estou a frequentar em Educação com especialização em Formação, Trabalho

e Recursos Humanos na Universidade do Minho.

Esta Entrevista tem como objetivo conhecer a sua opinião sobre os cursos de formação

profissional de aprendizagem/formação em alternância.

Assegura-se a todos os entrevistados o anonimato e a confidencialidade sobre a

informação facultada. Muito obrigado pela disponibilidade e colaboração.

1. O/A entrevistada/o:

Nome

Idade;

Sexo;

Situação familiar (casado, solteiro, viúvo; filhos);

Habilitações literárias;

Situação profissional atual;

É formador apenas nos cursos de aprendizagem?

2. Percurso Profissional

2.1. Descreva a sua trajetória profissional desde que começou a trabalhar?

Primeiro emprego (antes, durante, após a conclusão da formação): qual, em que circunstâncias, que fatores influenciaram, que funções e responsabilidades desempenhou, como aprecia essa experiência?

2.2. Outros empregos e experiências profissionais anteriores ao atual (circunstâncias, fatores e motivações). Que significados tiveram, como os aprecia hoje?

2.3. Aprendeu com essas experiências profissionais? Porquê? Se sim, o que aprendeu? Na sua perspetiva, o que mais contribuiu para o que aprendeu no desempenho desse trabalho (pessoas, acontecimentos, situações, tarefas…)? Exemplos)

2.4. Exerce(eu) atividade docente no ensino oficial? Qual o vínculo laboral?

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 153

2.5. Exerce outra atividade profissional em simultâneo com a de formador? Se sim, qual?

2.6. O seu inicio como formador dá-se em que ano? Como?

2.7.Para si que competência “específica” deve ter um formador?

2.8.Exerce outra atividade profissional para além de formador? Se sim, qual?

2.9.Considera que para ser formador dos cursos de aprendizagem, é necessário possuir alguns requisitos especiais? 2.10 Face à especificidade dos cursos de Aprendizagem, considera importante esta modalidade de formação profissional? Se sim, e se lhe pedissem opinião, que melhorias propunha?

2.11 Na sua opinião considera os formandos motivados para este tipo de cursos?

2.12. Considera que a entidade proporciona as condições necessárias para o desempenho das

suas funções?

2.13. Se pudesse optar, que modalidade de formação escolheria para exercer a sua atividade de formador?

2.14. Que dificuldades existem no desenvolvimento destes cursos?

2.15. No espaço de formação surgem conflitos? Se sim, que tipo de conflitos? Como os resolvem?

2.16. Ao nível dos formadores existe trabalho de equipa?

2.17. Fazem reuniões de formadores? Com que frequência?

2.18. Na sua perspetiva a relação com as empresas (caso exista), que acolhem os trabalhadores para a formação em posto de trabalho é boa? Não existe? Que dificuldades?

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 154

2.19. Considera que a organização e a gestão da formação profissional é a mais adequada?

2.20. Qual é a sua opinião sobre a forma como esta modalidade de formação está organizada?

2.21. Como é a sua relação com os formandos dos cursos de aprendizagem, nomeadamente com os do curso de técnicas de vendas e de vitrinismo?

2.22. Como é feita a avaliação dos formandos?

2.23. Que tipo de avaliação é realizado?

2.24. Considera que estes cursos são uteis para a inserção no mercado de trabalho?

2.25. Considera que a organização e a gestão dos cursos é a mais adequada?

2.26. Identifica-se com a forma como a entidade perspetiva a formação?

2.27. A sua relação de trabalho com a entidade formadora, como é? Sente-se como um trabalhador da entidade?

2.28. Se lhe surgir uma outra oportunidade de emprego abandona a atividade de formador?

2.29. Na sua perspetiva a relação com as empresas (caso exista), que acolhem os trabalhadores para a formação em posto de trabalho é boa? Não existe? Que dificuldades?

2.30. Sente reconhecimento pelo seu trabalho?

2.31. Sente-se realizado enquanto formador?

2.32. Há situações/fases/momentos/marcos que destaque no seu percurso profissional? Se sim, quais? Obrigado pela sua colaboração e disponibilidade

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 155

Guião da Entrevista aos Empresários

No âmbito do mestrado que estou a frequentar em Educação com especialização em

Formação, Trabalho e Recursos Humanos na Universidade do Minho, estou a efetuar uma

investigação sobre formação profissional, particularmente os cursos de aprendizagem/formação

em alternância.

Esta entrevista tem como objetivo conhecer a sua opinião sobre os cursos de formação

profissional de aprendizagem/formação em alternância. Assegura-se a todos os entrevistados o

anonimato e a confidencialidade sobre a informação facultada.

Desde já agradeço a sua colaboração para a concretização dos objetivos desta

investigação.

A sua participação é importante. Obrigado pela sua colaboração!

1- Caracterização

1.1 - Nome

1.2 - Idade

1.3 - Sexo

1.5 - Estado civil

1.6 - Profissão

1.7 - Função que desempenha

1.8 - Habilitações escolares

1.9 - Outras formações

2 - Atividade económica da empresa

2.1 - Ano de abertura

2.2 - Nº. de trabalhadores da empresa

2.3 - Habilitações escolares dos trabalhadores

2.4 - Idade dos trabalhadores

Até 25 anos Dos 26 aos 35 anos Dos 36 aos 45 anos Dos 46 aos 55 anos Dos 56 aos 65 anos

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 156

3 - Situação atual da sua empresa (resposta facultativa e só para os empresários)

3.1 - Prevê recrutar trabalhadores?

3.2 - Quais as áreas/profissões?

3.3 - Prevê despedir trabalhadores?

3.4 - Quais as áreas/profissões?

3.5 - Quais as idades?

4 – Tutor (Orientador de estágio)

4.1 - É a 1.ª vez que desempenha esta tarefa?

4.1 - No âmbito da formação que tarefas lhe foram atribuídas?

4.2 - Fez sugestões à entidade? Os seus contributos são tidos em conta?

4.3 – Como é feita a articulação prática da formação (conhecimentos a transmitir) com a Sol do

Ave?

4.4- Para uma melhor eficácia deste tipo de formação, na sua opinião o que seria necessário

mudar?

4.5 - Já contratou formandos (no fim dos cursos de aprendizagem), ou de outras modalidades de

formação? Se não, porquê?

5 – A vossa empresa tem preocupações sociais?

Obrigado pela sua colaboração e disponibilidade

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 157

Guião de entrevista à Técnica de Informação e Orientação Profissional

A presente entrevista tem como objetivo a recolha de informação sobre o trabalho dos

formadores no âmbito dos cursos de aprendizagem. O presente estudo enquadra-se na realização

de um mestrado que estou a frequentar em Educação com especialização em Formação, Trabalho

e Recursos Humanos na Universidade do Minho.

Esta Entrevista tem como objetivo conhecer a sua opinião sobre os cursos de formação

profissional de aprendizagem/formação em alternância.

Assegura-se a todos os entrevistados o anonimato e a confidencialidade sobre a

informação facultada. Muito obrigado pela disponibilidade e colaboração.

1. O/A entrevistada/o:

Nome

Idade;

Sexo;

Habilitações literárias;

Situação profissional atual;

2. Percurso Profissional

2.1. Face à especificidade dos cursos de Aprendizagem, Considera importante esta modalidade de formação profissional? Se sim, e se lhe pedissem opinião, que melhorias propunha?

2.2. Na sua opinião verifica-se ou não massificação dos cursos de aprendizagem?

2.3. Considera que há dificuldades no recrutamento de jovens para estes cursos?

2.4. Face às características muito específicas de parte do público-alvo (condições sociais, familiares, dificuldades de inserção no ensino oficial) dos candidatos a formandos, considera que os requisitos de recrutamento e seleção dos formandos devem “sofrer” alterações?

2.5. Considera que os formandos ao longo do curso deviam ter acompanhamento especializado permanente para as questões sociais?

2.6. A que atribui o número significativo de desistências ao longo do curso?

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 158

2.7. Considera que os apoios sociais que podem ser concedidos aos formandos são os adequados?

2.8. Considera que para ser formador dos cursos de aprendizagem, é necessário possuir algum requisito especial?

Obrigado pela sua colaboração e disponibilidade

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 159

Guião de entrevista - Dirigentes do IEFP

No âmbito do mestrado que estou a frequentar em Educação com especialização em

Formação, Trabalho e Recursos Humanos na Universidade do Minho, estou a efetuar uma

investigação sobre formação profissional, particularmente os cursos de aprendizagem/formação

em alternância.

Desde já agradeço a sua colaboração, sendo de extrema importância para este estudo,

uma vez que todas as informações por si prestadas nos ajudarão a compreender o tema em

estudo. Esta entrevista é confidencial. Todos os dados aqui recolhidos serão mantidos em

anonimato. Esta tem uma duração prevista de 45 minutos e será gravada, para que o seu conteúdo

possa corresponder o mais fielmente possível à informação que nos transmite.

Desde já agradeço a sua colaboração para a concretização dos objetivos desta

investigação.

Objetivo da entrevista: Recolher perspetivas institucionais e técnicas de quem tem

experiência de gestão de políticas públicas de formação profissional, nomeadamente no âmbito

do sistema de aprendizagem em alternância.

______________________________________________________________________ 1. Nome 1.1. Função 1.2. Há quanto tempo exerce este cargo? 1.3. Qual é a sua formação académica? 1.4. Qual a sua experiência profissional? 2. Gostamos de conhecer a vossa opinião sobre a modalidade de formação profissional – aprendizagem em alternância - entrou em funcionamento em que ano? Foi sempre uma modalidade muito acarinhada pelo IEFP, enquanto entidade gestora?

2.1.Este “carinho” mantêm-se? Ou está disseminado no conjunto das diversas modalidades de formação que o IEFP desenvolve?

2.2. Sendo uma modalidade de formação muito específica, dada a sua componente dual, o recurso às entidades externas para o desenvolvimento destes cursos, resultou das dificuldades internas dos Centros de Formação do IEFP e/ou das dificuldades dos Centros de Gestão Participada? Ou da necessidade de alargar os intervenientes no processo da formação profissional com o objetivo de possibilitar uma maior abrangência de utentes e de entidades?

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 160

2.3. Quem define e quais são os critérios que possibilitam a decisão de optar pelo curso “A” e não pelo curso “B”?

2.4. Qual a intervenção das unidades locais do IEFP, nas opções do curso “A” ou do curso B”?

2.5. A identificação das saídas profissionais é divulgada pelo IEFP anualmente? Considera que é suficientemente divulgada?

2.6. Qual o papel dos parceiros sociais, nomeadamente as associações empresariais?

2.7. Qual a responsabilidade do Centro de Formação e/ou do Serviço de Emprego Local do IEFP na divulgação dos cursos e na seleção dos formandos?

2.8. Qual a responsabilidade dos Centros de Formação, na seleção dos formadores, quando as ações são desenvolvidas por entidades externas?

2.9. Considera que as componentes de formação sociocultural e tecnológica, seguindo os referenciais de formação/catálogo nacional de qualificações, sem a possibilidade de adaptação a cada curso em concreto, bem como ao perfil dos formandos está sintonizada com as necessidades que o mercado de trabalho necessita?

2.10. Como vê a necessidade de os formadores “seguirem à risca” as matérias a lecionar? Ou seja a possibilidade ou não de ajustarem as atividades práticas aos estilos e ritmos de “aquisição” dos formandos?

2.11. No espaço público houve-se com alguma frequência que o principal interesse destes cursos são apenas possibilitar a obtenção do 12.º ano, a jovens que por uma razão ou por outra, têm muita dificuldade em concluir o ensino secundário?

2.12. Pode-se considerar que há uma certa concorrência entre os cursos técnicos desenvolvidos no âmbito do sistema oficial (tradicional) de ensino e os cursos técnicos desenvolvidos na Escolas Profissionais, e o sistema de formação profissional dual – sistema de aprendizagem do IEFP/ e as Entidades Externas de formação?

2.13. Na sua opinião que dificuldades, caso existam, têm sentido no recrutamento e seleção dos jovens, para as ações de formação desenvolvidas no âmbito do sistema de aprendizagem?

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 161

2.14. O interesse dos jovens é diferente em função da entidade que desenvolve a ação, como por exemplo, as ações de formação desenvolvidas pelas empresas protocoladas, como exemplo a Toyota, os Centros de Formação de Gestão Participada e/ou os Centros de Formação do IEFP e pelas entidades externas?

2.15. É fácil encontrar jovens interessados nestes cursos? Os jovens que aderem a estes cursos são jovens provenientes de situações sociais mais desestruturadas?

2.16. Como vê o facto de os cursos iniciarem com 20 formandos e terminarem com um redução que chega aos 50%.

2.17. Que estratégias tem sido utilizadas para reduzir o nível de abandono e de absentismo dos formandos 2.18. Qual é a v/perceção sobre o número de jovens que após concluírem estes cursos, ingressam no ensino superior?

2.19. O que pensa sobre o valor da bolsa de profissionalização?

2.20. Atualmente face às dificuldades económicas e financeiras que o país atravessa, considera que esta modalidade dual de formação é a mais adequada para que a inserção dos jovens no mercado de trabalho?

2.21. Como acompanham o desenvolvimento dos cursos, nomeadamente quando são desenvolvidos por entidades externas? E a inserção dos formandos no mercado de trabalho?

2.22. A obrigatoriedade de existirem 2 períodos fixos (março/abril e setembro/outubro) em cada ano civil para o início dos cursos?

2.23. Há avaliação externa destes cursos?

2.24. Há alguma questão que gostaria de referir sobre esta modalidade de formação profissional?

Obrigado pela sua colaboração e disponibilidade

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 162

Guião de entrevista à Diretora do Departamento de Qualificação, Formação e Desenvolvimento Social

No âmbito do mestrado que estou a frequentar em Educação com especialização em

Formação, Trabalho e Recursos Humanos na Universidade do Minho, estou a efetuar uma

investigação sobre formação profissional, particularmente os cursos de aprendizagem/formação

em alternância.

Esta entrevista tem como objetivo conhecer a sua opinião sobre os cursos de formação

profissional de aprendizagem/formação em alternância.

Esta entrevista é confidencial. Todos os dados aqui recolhidos serão mantidos em

anonimato. Esta tem uma duração prevista de 45 minutos e será gravada, para que o seu conteúdo

possa corresponder o mais fielmente possível à informação que nos transmite.

Desde já agradeço a sua colaboração para a concretização dos objetivos desta

investigação.

A sua participação é importante. Obrigado pela sua colaboração!

1.1. Nome

1.2.Qual a sua formação académica?

1.3.Qual é exatamente a sua função na estrutura da Sol do Ave?

1.4.Há quanto tempo exerce este cargo?

1.5.Já exerceu outras funções na Sol do Ave?

1.6.Qual a sua experiência na área formativa?

1.7.Já exerceu outra atividade profissional?

2 Face à diversidade das atividades que a Sol do Ave desenvolve, há necessidade de realizar parcerias? Ou não? Com que entidades? Como gerem estas situações? Que parcerias ainda não se concretizaram e que seriam importantes para a v/organização?

2.1. Sendo a formação profissional o vosso foco principal? Como vê estas constantes alterações legislativas sobre esta matéria?

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 163

2.2. Para si, qual é o papel da Sol do Ave enquanto entidade promotora de formação profissional no contexto local?

2.3. Tendo a Sol do Ave como estratégia principal a formação, existe uma opção/preferência por alguma modalidade de formação?

2.4. Ao nível da formação profissional, como tem evoluído a vossa organização? A Sol do Ave tem “polos” nos vários territórios da v/intervenção?

2.5. Quais são os vossos objetivos estratégicos para o futuro?

2.6. Parece existir a “ideia” que a Sol do Ave está associada prioritariamente a públicos muito específicos (desfavorecidos), nomeadamente com necessidades de apoios sociais, ou esta ideia que passa, está errada?

2.7. Interessa à Sol do Ave atingir outros públicos? E que públicos? Que instrumentos técnicos pretendem implementar para o efeito?

2.8. Considera que as Entidades Externas de Formação, como a v/entidade, deviam ter mais autonomia na gestão destes cursos?

2.9. Quais os aspetos organizacionais que gostaria de ver melhorados no apoio prestado à formação?

2.10. Como vê a vossa relação com o mercado de trabalho, nomeadamente com as empresas que acolhem os formandos para a formação em posto de trabalho?

2.11. Como gostaria de ver a inserção da Sol do Ave no contexto social e económico dos territórios em que intervêm?

2.12. É realizada a avaliação da formação? Com que instrumentos? São os mais adequados na presente situação? E para os cursos de aprendizagem que são tão prolongados?

2.13. Para si quais são os pontos fortes da v/organização? E os pontos mais frágeis?

2.14. Como vê a vossa relação com o IEFP? Com os municípios da v/área de intervenção.

2.15. Relativamente ao atual quadro Portugal 2020, quais são as v/apostas?

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Apêndice 1 - Guiões

António Carlos Carneiro | pg25640 164

2.16. Sobre o desenvolvimento social que projetos têm?

2.17. Sobre o desenvolvimento rural, o que pensam fazer?

2.18. Relativamente à implementação de equipamentos sociais, qual é a v/intervenção?

2.19. A que recursos recorrem para definir as linhas estratégicas para o desenvolvimento da vossa atividade?

2.20. Em que atividades a Sol do Ave apoia os organismos públicos (autarquias), nas áreas de planeamento, organização, controlo, informação, gestão, formação?

2.21. Na área da inovação e do empreendedorismo, concretamente que apoio dão à reorganização de micro e pequenas empresas, ou de apoio à gestão financeira e outros serviços administrativos?

2.22. Há alguma questão que gostaria de referir?

2.23. Intervém em atividades sociais na comunidade?

2.24. Desenvolve atividades lúdicas, como forma de contrapor ao “stress” do dia a dia? Agradeço a sua disponibilidade e colaboração

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António Carlos Carneiro | pg25640 165

APÊNDICE 2

Modelo de carta enviada aos formandos

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António Carlos Carneiro | pg25640 166

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Apêndice 2 – Modelo de carta enviada aos formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 167

Nome do aluno Morada Localidade Guimarães, 11 de fevereiro de 2015 Nome do formando Morada Localidade

Assunto: Inquérito sobre curso de ___________

Com a presente carta venho solicitar o favor da sua colaboração no estudo académico que estou a desenvolver no âmbito do mestrado em educação com especialização em formação, trabalho e recursos humanos que estou a frequentar na Universidade do Minho.

Como é do seu conhecimento trata-se de um estudo que estou a desenvolver em parceria com a Sol do Ave, relativamente aos cursos de formação profissional no âmbito do sistema de aprendizagem, no caso presente o curso de Vitrinismo que V.Exª. frequentou até outubro de 2014.

A vossa colaboração é muito importante para a minha investigação, bem como para a Sol do Ave, enquanto entidade de formação profissional.

Junto remeto um breve inquérito para os quais peço o favor da v/colaboração, apelando ao preenchimento com toda a sinceridade. Dado o anonimato da mesmo, peço o favor de não rubricar nem assinar o respetivo documento. Apelo ainda para que nos devolva o inquérito até ao próximo dia 25 de março de 2015, para o efeito segue um envelope já endereçado e sem custos para si.

Antecipadamente grato pelo favor da vossa colaboração, desde já apresento os meus melhores cumprimentos.

António Carlos Email:[email protected] T 914653264

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Apêndice 2 – Modelo de carta enviada aos formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 168

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António Carlos Carneiro | pg25640 169

APÊNDICE 3

Análise das entrevistas aos formandos

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António Carlos Carneiro | pg25640 170

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 171

CURSO DE TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

INQUÉRITO INICIAL

Quadro A1 - Caracterização social dos entrevistados

Entrevista Sexo Idade Nível de escolaridade

Concelho de residência

Estado civil Quantas pessoas compõem o agregado familiar?

Situação face ao emprego dos outros membros do agregado familiar?

1 M 21 9.º ano Guimarães Solteiro 4 Empregados

2 M 21 9.º ano Famalicão Outra situação 4 ------------

3 M 16 9.º ano Guimarães Solteiro 3 Empregados

4 M 18 9.º ano Guimarães Solteiro 3 Empregado e reformado

5 M 21 9.º ano Guimarães Solteiro 2 ------------

6 M 18 9.º ano Guimarães Solteiro 3 ------------

7 M 19 9.º ano Guimarães Solteiro 4 Empregados

8 M 18 9.º ano Guimarães Solteiro 5 ------------

9 M 22 9.º ano Guimarães Solteiro 4 Desempregado; Reformada; Estudante

10 M 17 9.º ano Guimarães Solteiro 5 Empregados e reformados

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 172

Quadro A2 - Percurso escolar dos entrevistados

Entrevista Com que idade terminou os estudos no ensino oficial?

O que o levou a não prosseguir os estudos?

A sua família teve influência?

Qual a sua relação com a escola, com os colegas e com os professores?

O que menos gostava na escola?

Gostaria de ter tido um percurso escolar diferente?

1 16 anos ------------ Sim Boa Trabalhos para casa Sim. Deveria ter continuado

2 17 anos Trabalho Não Boa ------------ Sim

3 17 anos Não conseguia obter as notas pretendidas

Sim Boa e estável As aulas Sim

4 16 anos A oportunidade de frequentar um curso profissional

Não Boa Aulas teóricas Não

5 17 anos Frequentar um curso de informática

Não Boa Os intervalos eram curtos

Não. Opção pelo curso profissional.

6 17 anos ------------ Não Boa ------------ Sim

7 15 anos Opção pelo curso de formação profissional

Não Boa ------------ Não

8 16 anos ------------ Não Boa ------------ Não

9 15 anos Queria trabalhar ou um curso de formação

Sim Positiva Da inutilidade dos conteúdos e do tempo perdido

Sim. Se tivesse terminado o 12.º ano, hoje poderia estar a acabar um curso universitário.

10 18 anos Por opção errada no curso do ensino secundário

Não Positiva Estudar matéria que no fim de nada nos serve

Sim. O meu objetivo era terminar o secundário e talvez e talvez depois pensar em tirar um curso superior. A frequência deste curso não me impede de o fazer, mas o tempo o dirá.

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 173

Quadro A3 - Percurso profissional dos entrevistados (antes do curso de aprendizagem)

Entrevista Já trabalhou?

Com que idade começou a trabalhar?

Quantas profissões/ atividades já exerceu?

Já esteve desempregado? Quantas vezes?

Trabalhou por conta de outrem?

Trabalhou a tempo inteiro?

Trabalhou a tempo parcial?

Gostava do que fazia?

Como aprendeu essa atividade?

Se não gostava da atividade que exercia, qual o motivo?

1 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ Sozinho ------------

2 Sim 18 anos Várias Não Sim Sim Não ------------ ------------

3 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

4 Sim 18 anos Uma Não Sim Sim ------------ Sim ----------- ------------

5 Sim 12 anos Cinco Sim. Uma vez Sim Sim ------------ Sim Aprendi a fazer o trabalho

------------

6 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ---------- ------------

7 Sim 15 anos Três Não Sim ------------ Sim Sim Com alguma prática e esforço

------------

8 Sim 17 anos Duas Sim. Uma vez Sim Sim ------------ Sim

Já tinha trabalhado mais cedo, mas foi com o meu pai que eu aprendi

------------

9 Sim 16 anos Quatro Sim. Uma vez Sim Sim ------------ Sim Com a prática e algum estudo quando aplicável

------------

10 Sim 16 anos Duas Não Sim ------------ Sim Não

Como em qualquer profissão ninguém nas ensinado, e aprende-se com o tempo e os erros cometidos.

Porque eram áreas que nunca quis exercer mas a necessidade levou-me para esse caminho.

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 174

Quadro A4 – Percurso durante a formação profissional

Entrevista

Antes de ingressar neste curso de aprendizagem, já tinha frequentado outros cursos de formação? Se sim, qual (quais)?

Como teve conhecimento deste curso de aprendizagem?

Procura pessoal

Influência da família

Através da entidade (Sol do Ave)

Através de um amigo

Através de um formador

Foi alguma instituição, por exemplo o Centro de Emprego?

Outra Instituição? Qual?

1 Não Sim Sim Não ------------ ------------ Sim ------------

2 Não Sim Não Não ------------ Não Sim ------------

3 Sim. Apoio familiar e à comunidade; jardinagem

Não Sim Não ------------ ------------ ------------ Sim, mas não identificou

4 Sim. Eletricidade de instalações Não Não Sim ------------ Sim ------------ ------------

5 Sim. Técnico de informática Sim Não Não ------------ ------------ Sim ------------

6 Sim Não Não Sim Sim Não ------------ ------------

7 Sim. Mecânica Automóvel Sim Não Não ------------ Não Sim ------------

8 Não Sim Sim Não ------------ ------------ Sim ------------

9 Sim. Técnico de Frio; Cozinheiro Sim Não Não ------------ Não Sim ------------

10 Sim. Ciências e tecnologias ------------ Não Não Sim Não Não ------------

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 175

Quadro A4 - Percurso durante a formação profissional

Entrevista A opção por este curso foi motivada por

Aprender uma profissão

Gostar da atividade económica

Tradição familiar

Melhorar a formação pessoal

Outra razão. Qual?

1 Sim ------------ Não Sim ------------

2 Sim Sim Sim Sim ------------

3 Sim Sim Sim Sim ------------

4 Sim Não Não Sim ------------

5 Sim Não Sim Sim ------------

6 ------------ Não ------------ Sim ------------

7 ------------ ------------ ------------ ------------ Para completar o 12.º e ficar com conhecimentos acerca da área e talvez no futuro exercer a área.

8 Sim Sim Sim Sim ------------

9 Sim ------------ ------------ ------------ Primeiramente por falta de trabalho, secundariamente por precisar do 12.ºano e de aprender uma profissão

10 Não Não Não Sim Concluir o 12.º ano

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 176

Quadro A5 - Apoios institucionais

Entrevista Beneficiou de apoios do Estado?

Considera que os apoios existentes são suficientes?

Alguma instituição pública o tem ajudado?

Se não, porquê? Já teve que recorrer à ajuda de outra entidade?

A frequência deste curso implica dificuldades económicas familiares?

1 Não Não Sim ------------ Sim Não

2 Não Não Não ------------ Sim Sim

3 Sim ------------ Segurança Social ------------ Não Não

4 Não Não ------------ ------------ Não Sim

5 Não Sim Não ------------ Não Não

6 ------------ Sim Não ------------ Não Não

7 Não ------------ Não ------------ Não Não

8 ------------ Sim Sim ------------ Não Não

9 Sim Não (O apoio não chega para pagar uma caneta no fim das contas

Não Não pedi ajuda Sim Sim

10 Sim Sim Não Não acho necessário Não Não

Quadro A6 - Atividades de lazer

Entrevista Desenvolve atividades de lazer? Realiza alguma atividade social (voluntariado)? Se sim, qual?

1 Não Não

2 Não Não

3 Não Não

4 Não Não

5 Não Não

6 ------------ ------------

7 Ciclismo/Futebol Não

8 ------------ ------------

9 Desporto; Computador Não

10 Futsal Não

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 177

Quadro A7 – Relações de amizade

Entrevista A frequência deste curso proporcionou o aumento de amigos?

Com outros jovens?

Com outros formadores?

Com as empresas?

Justifique?

1 Sim Sim Sim Sim ------------

2 Sim Sim ------------ ------------ ------------

3 Sim Sim ------------ ------------ ------------

4 Sim ------------ ------------ ------------ ------------

5 Sim Sim Sim ------------ ------------

6 Sim ------------ ------------ ------------ ------------

7 Sim Sim ------------ ------------ ------------

8 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

9 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

10 Sim Sim Sim Sim Foi uma vantagem pessoal relacionar-me com jovens e outras pessoas de outros meios ao qual não estava habituado

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 178

Quadro A8 – Expectativas para o seu futuro profissional

Entrevista

Já decidiu o que vai fazer no fim do curso?

Criar uma empresa

Associar-se com outro colega da formação

Trabalhar por conta própria

Trabalhar por conta de outrem

Emigrar, para exercer uma profissão na área de formação

Continuar os estudos

Obter um emprego, mas em área de atividade diferente do curso de formação (qual?)

1 Sim Não Sim Sim Não Não Não

2 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ Sim. Elétrica

3 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ Sim. Policia Municipal

4 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ Sim. Eletricidade

5 Não Não Não Sim Sim Não Sim. Restauração

6 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

7 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ Sim. Mecânica ou outro

8 Sim ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ Sim. Calçado

9 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

10 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ Sim. Desporto ou Informática

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 179

CURSO DE TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

INQUÉRITO SOBRE A AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO

Quadro B1 – Classificação dos objetivos do curso de formação

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

No inico da ação de formação os objetivos foram claramente definidos.

2 3 4 1

Os objetivos revelaram-se adequados.

6 2 2

No final da ação de formação, os objetivos propostos foram atingidos.

4 4 1 1

Quadro B2 – Classificação do desempenho dos formadores

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Utilizaram uma linguagem clara. 4 5 1

Tinham bons conhecimentos técnicos.

4 5 1

Transmitiram bem os seus conhecimentos técnicos.

5 3 1 1

Desenvolveram metodologias pedagógicas adequadas ao público-alvo do curso.

7 1 1 1

Forneceram informação adicional, clarificando e explicando.

6 2 1 1

Forneceram comentários ao desempenho dos formandos.

6 2 1 1

Os formadores incentivaram a participação dos formandos.

3 4 2 1

Relacionaram-se de forma adequada com o grupo de formandos.

6 2 2 1

Mostraram-se recetivos a novas e diferentes ideias/opiniões.

1 4 3 1 1

Conseguiram encorajar e motivar os formandos.

6 2 1 1

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 180

Quadro B3 – Opinião em relação aos conteúdos programáticos:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Despertaram interesse. 9 1

Eram adequados. 6 2 1 1

Estavam bem organizados. 7 3

Tinham aplicabilidade na prática profissional.

6 4

Eram completos. 1 4 4 1

Quadro B4 – Classificação das estratégias pedagógicas utilizadas pelos formadores:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Foram adequadas ao grupo de formandos

7 2 1

Facilitaram a minha aprendizagem

6 4

Tornaram as sessões de formação mais dinâmicas e motivadoras

9 1

Quadro B5 – Processo de avaliação:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

A metodologia de avaliação foi adequada.

8 1 1

A avaliação foi realizada em tempo oportuno.

8 1 1

O grau de dificuldade foi adequado.

8 2

A avaliação foi adequada aos objetivos propostos.

8 1 1

As questões foram adequadas aos conteúdos programáticos lecionadas.

9 1

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 181

Quadro B6 – Suportes de apoio à formação:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Estavam em bom estado. 7 3

Foram os suficientes. 7 2 1

Estavam adequados às atividades que foram feitas.

5 4 1

Quadro B7 – Documentos de apoio disponibilizados:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Foram fornecidos materiais de apoio suficientes.

10

Os materiais como os manuais tinham qualidade e rigor científico.

8 1 1

Os manuais estavam bem apresentados e organizados.

9 1

Os materiais utilizados nas atividades práticas facilitaram a minha aprendizagem.

8 1 1

Quadro B8 – Apoio logístico prestado:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Foi-nos dada toda a informação relativa à parte administrativa da ação de formação (inscrições, datas, horários).

1 5 2 2

Existiu sempre algum profissional para me orientar em questões logísticas.

7 2 1

Questões logísticas que decorrem durante a formação (por exemplo ajustamento de material) foram rapidamente ultrapassadas.

6 2 1 1

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 182

Quadro B9 – Organização geral do curso de formação:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

A duração do curso foi suficiente. 2 7 1

O horário do curso foi adequado. 8 1 1

O tempo atribuído aos temas foi adequado.

2 6 2

Quadro B10 – Espaços e instalações utilizados para a ação de formação:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

As instalações estavam limpas e arrumadas.

6 1 3

As instalações facilitaram a minha deslocação.

5 3 2

Eu gostei das instalações e elas eram confortáveis.

6 2 2

As instalações estavam protegidas contra incêndios.

6 2 2

Quadro B11- Avaliação global

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Os temas foram apresentados de forma coerente e estruturada.

7 2 1

O conteúdo da formação foi bem doseado entre teoria e prática.

2 5 2 1

Adquiri muitos conhecimentos. 9 1

Desenvolvi muitas competências. 9 1

O formador teve um bom desempenho.

5 3 2

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 183

CURSO DE TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

INQUÉRITO FINAL

Quadro C1 - Caracterização social dos entrevistados

Entrevista Sexo Idade Concelho de residência

Nível de escolaridade

Estado civil Quantas pessoas compõem o agregado familiar?

Situação face ao emprego dos outros membros do agregado familiar?

1 M 24 Guimarães 9.º ano Solteiro 4 Empregados

2 M 24 Famalicão 9.º ano Outra situação 4 ------------

3 M 19 Guimarães 9.º ano Solteiro 3 Empregados

4 M 21 Guimarães 9.º ano Solteiro 3 Empregado e reformado

5 M 24 Guimarães 9.º ano Solteiro 2 ------------

6 M 21 Guimarães 9.º ano Solteiro 3 ------------

7 M 22 Guimarães 9.º ano Solteiro 4 Empregados

8 M 21 Guimarães 9.º ano Solteiro 5 ------------

9 M 25 Guimarães 9.º ano Solteiro 4 Desempregado; Reformada; Estudante

10 M 20 Guimarães 9.º ano Solteiro 5 Empregados e reformados

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 184

Quadro C2 - Situação Profissional

Entrevista Desde que terminou o curso, já trabalhou?

Qual a profissão (profissões) que já exerceu?

No exercício dessa(s) atividade(s) profissional(is), quais foram os vínculos laborais?

A(s) atividade(s) que executa(ou) é ou (foi) exercida(s) por conta própria ou de outrem? A prazo Tempo parcial Sem termo

1 Sim Montador/Indústria de Calçado Sim ------------ ------------ Por conta de outrem

2 Não Empregado Sim ------------ ------------ Por conta de outrem

3 ------------ Desempregado ------------ ------------ ------------ ------------

4 ------------ Desempregado ------------ ------------ ------------ ------------

5 Não Desempregado ------------ ------------ ------------ ------------

6 Sim Empresário ------------ ------------ ------------ Por conta própria

7 Sim Empregado de mesa/Restauração Sim ------------ ------------ Por conta de outrem

8 Não Desempregado ------------ ------------ ------------ ------------

9 Não Desempregado ------------ ------------ ------------ ------------

10 Sim Tecelagem/Indústria Têxtil Sim ------------ ------------ Por conta de outrem

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 185

Quadro C3 - Expectativas para o seu futuro profissional

Entrevista

Se ainda não exerceu qualquer atividade profissional, como espera ultrapassar esta situação?

Criar uma empresa

Associar-se com outro colega da formação

Trabalhar por conta própria

Trabalhar por conta de outrem

Emigrar, para exercer uma profissão na área de formação

Emigrar para exercer uma profissão diferente da área de formação

Continuar os estudos

Obter um emprego, mas em área de atividade diferente do curso de formação (qual?)

1 Sim Não Sim ------------ ------------ ------------ Não Não

2 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ Sim. Elétrica

3 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ Sim. Policia Municipal

4 ------------ ------------ ------------ Sim Sim ------------ ------------ Sim. Eletricidade

5 Não Não Sim ------------ ------------ ------------ Não Sim. Restauração

6 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

7 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ Sim. Mecânica ou outro

8 Sim ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ Sim. Calçado

9 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ -----------

10 ------------ ------------ ------------ ------------ Não ------------ ------------ Sim. Desporto ou Informática

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 186

CURSO DE VITRINISMO

INQUÉRITO INICIAL

Quadro D1 - Caracterização social dos entrevistados

Entrevista Sexo Idade Concelho de residência

Nível de escolaridade

Estado civil Quantas pessoas compõem o agregado familiar?

Situação face ao emprego dos outros membros do agregado familiar?

1 F 22 Guimarães 9.º ano Casada Dois Empregado/Madeireiro

2 F 17 Guimarães 9.º ano Solteira Três Empregado sector do calçado

3 F 18 Guimarães 9.º ano Solteira Quatro ------------

4 F 22 Guimarães 9.º ano Solteira Três Mãe empregada/Pai desempregado

5 F 16 Guimarães 9.º ano Solteira Dois Empregado

6 F 19 Guimarães 9.º ano Solteira Quatro Empregados

7 F 20 Guimarães 9.º ano Solteira Três Empregados

8 F 20 Guimarães 9.º ano Solteira Quatro Mãe empregada, Avó reformada e 2 irmãos a estudar

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 187

Quadro D2 - Percurso escolar dos entrevistados

Entrevista Com que idade terminou os estudos no ensino oficial?

O que o levou a não prosseguir os estudos?

A sua família teve influência?

Qual a sua relação com a escola, com os colegas e com os professores?

O que menos gostava na escola?

Gostaria de ter tido um percurso escolar diferente?

1 16 anos Dificuldades financeiras Não Boa ------------ Sim, porque gostaria de ter acabado os estudos mais cedo

2 16 anos Dificuldades financeiras e de aprendizagem.

Não Boa ------------ Não, porque não tenho capacidades

3 18 anos Obtenção de um emprego Não Boa ------------ Não

4 20 anos Não acabar o curso (e. secundário)

Não Boa ------------ Não

5 17 anos Não gostar de estudar Não Boa ------------ Não. A minha opção foi por um curso profissional.

6 19 anos Queria trabalhar e não estava a conseguir conciliar

Não Boa ------------ Sim. Se fosse hoje não teria desistido de nada.

7 18 anos Falta de apoio financeiro Sim Tolerável ------------ Sim. Gostaria de ter prosseguido os estudos até ao ensino superior.

8 18 anos A dificuldade em conciliar trabalho com os estudos

Não Razoável ------------ Sim, se soubesse o que sei hoje não tinha deixado a oportunidade de seguir estudos no ensino normal.

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 188

Quadro D3 - Percurso profissional dos entrevistados (antes do curso de aprendizagem)

Entrevista Já trabalhou?

Com que idade começou a trabalhar?

Que profissões/ atividades já exerceu?

Já esteve desempregado? Quantas vezes?

Trabalhou por conta de outrem?

Qual o tipo de vínculo laboral? (tempo inteiro, parcial…)

Gostava do que fazia?

Como aprendeu essa atividade?

Se não gostava da atividade que exercia, qual o motivo?

1 Sim ------------ Jardineiro ------------ ------------ ------------ Sim Frequência de um curso profissional

------------

2 Sim ------------ Emp.de café ------------ ------------ ------------ Sim

Executando as indicações do patrão. Frequência de um curso de serviço de bar.

------------

3 Sim ------------ Ajudante cabeleireiro

------------ ------------ ------------ Sim Tirando um curso EFA ------------

4 Não ------------ ------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

5 Não ------------ ------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

6 Sim ------------ Restauração ------------ ------------ Sem contrato Sim Aprendi, fazendo ------------

7 Sim ------------ Assistente Comercial

------------ ------------ Sem contrato Sim Observava e praticava ------------

8 Sim ------------ Restauração ------------ ------------ Contrato a termo Não Aprendi, observando quem me ensinou

Quando não gostamos do que fazemos!

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 189

Quadro D4 - Percurso durante a formação profissional?

Entrevista

Antes de ingressar neste curso de aprendizagem, já tinha frequentado outros cursos de formação? Se sim, qual (quais)?

Como teve conhecimento deste curso de aprendizagem?

Procura pessoal

Influência da família

Através da entidade (Sol do Ave)

Através de um amigo

Através de um formador

Foi alguma instituição, por exemplo o Centro de Emprego?

Outra Instituição? Qual?

1 Jardinagem e espaços verdes Sim Não Sim Não Não Não Publicidade

2 Serviço de Bar Sim Não Não ------------ Não Sim ------------

3 Cabeleireiro Sim Não Não ------------ Não Sim Não

4 ------------ Não Sim Não ------------ Não ------------ Junta Freguesia S. Cristóvão Selho

5 ------------ Sim Não Não ------------ Não Sim ------------

6 ------------ Sim Não Sim ------------ Não ------------ ------------

7 Cabeleireiro Não Sim Sim ------------ Não Sim ------------

8 Desenvolvimento Infantil. Assistente Administrativo

Sim Não Não ------------ Não Sim ------------

Quadro D4 - Percurso durante a formação profissional? (continuação)

Entrevista A opção por este curso foi motivada por

Aprender uma profissão Gostar da atividade económica Tradição familiar Melhorar a formação pessoal Outra razão. Qual?

1 Sim Não Não Sim Iniciativa própria

2 Não Não Não Sim Iniciativa própria

3 Sim Sim Não Sim ------------

4 Não Não Não Sim Finalizar o 12º.ano

5 Não Não Não Sim Obter o 12.ºano pela forma mais simples

6 Sim Não Não Sim Querer terminar o 12º. ano

7 Sim Não Não Sim Interesse pela área

8 Não Sim Não Sim Acabar o 12.º ano”

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 190

Quadro D5 - Apoios institucionais

Entrevista Beneficiou de apoios do Estado?

Considera que os apoios existentes são suficientes?

Alguma instituição pública o tem ajudado?

Se não, porquê? Já teve que recorrer à ajuda de outra entidade?

A frequência deste curso implica dificuldades económicas familiares?

1 Não Não Não Não tenho rendimentos Para receber apoios

Sim Sim

2 Sim. Abono Família Sim Não ------------ Não Não

3 Sim. Abono Família Não Não ------------ Não Não

4 Não ------------ Não ------------ Não Não

5 Não ------------ Não ------------ Não Não

6 Não ------------ Não ------------ Não Não

7 Sim. Abono Família Sim ------------ ------------ Sim Não

8 Não Não Não “perde-se em alguma coisa” Não ------------

Quadro D6 - Atividades de lazer

Entrevista Desenvolve atividades de lazer? Realiza alguma atividade social (voluntariado)? Se sim, qual?

1 Não tenho tempo Não

2 Sim Escuteira

3 Sim Bombeiros

4 Sim Escuteiro e Grupo Animação?

5 Sim (Ginásio) Campanhas alimentares

6 Sim (Ginásio) Não

7 Não ------------

8 Sim (Ginásio) e Natação Não. Gostaria de ser voluntária da UNICEF

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 191

Quadro D7 – Relações de amizade

Entrevista A frequência deste curso proporcionou o aumento de amigos?

Realiza alguma atividade social (voluntariado)?

Com outros jovens?

Com outros formadores?

Com as empresas?

1 Sim ------------ ------------ Sim Sim

2 Sim ------------ Sim ------------ ------------

3 Sim ------------ ------------ ------------ ------------

4 Sim ------------ ------------ ------------ ------------

5 Sim ------------ Sim Sim ------------

6 Sim ------------ ------------ ------------ ------------

7 Não ------------ ------------ ------------ ------------

8 Sim ------------ Sim ------------ ------------

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 192

Quadro D8 – Expectativas para o seu futuro profissional?

Entrevista Já decidiu o que vai fazer no fim do curso?

Pretende criar uma empresa?

Associar-se com um outro colega da formação?

Trabalhar por conta própria?

Trabalhar por conta de outrem?

Emigrar, mas já com conhecimentos de uma profissão?

Continuar os estudos?

Obter um emprego? Mas em área diferente do curso?

1 Sim Não Não Não Sim Sim Não Sim. Jardinagem

2 Não Não Não Não Sim Não Não ------------

3 Sim Não Não Não Sim Não Não Sim. Cabeleireiro

4 Não Sim Não Sim Não Não Não ------------

5 Sim Sim Não Sim Não Não Não Sim.

6 Sim Não Não Não Sim Não Sim Sim? O que aparecer?

7 Sim Não Não Não Não Não Sim ------------

8 Sim Sim Não Sim Sim (se tiver de ser) Não (só em último recurso)

Sim Direito

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 193

CURSO DE VITRINISMO

INQUÉRITO DE AVALIAÇAO DA FORMAÇÃO

Avaliação da formação

Quadro E1 – Classifique os objetivos do curso de formação

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

No inico da ação de formação os objetivos foram claramente definidos.

1 4 1 1 1

Os objetivos revelaram-se adequados.

6 1 1

No final da ação de formação, os objetivos propostos foram atingidos.

1 5 1 1

Quadro E2 – Classifique o desempenho dos formadores:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Utilizaram uma linguagem clara. 1 4 1 1 1

Tinham bons conhecimentos técnicos.

5 1 1 1

Transmitiram bem os seus conhecimentos técnicos.

1 3 2 1 1

Desenvolveram metodologias pedagógicas adequadas ao público-alvo do curso.

2 3 2 1

Forneceram informação adicional, clarificando e explicando.

1 6 1

Forneceram comentários ao desempenho dos formandos.

7 1

Os formadores incentivaram a participação dos formandos.

2 4 1 1

Relacionaram-se de forma adequada com o grupo de formandos.

7 1

Mostraram-se recetivos a novas e diferentes ideias/opiniões.

2 4 1 1

Conseguiram encorajar e motivar os formandos.

1 5 1 1

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 194

Quadro E3 – Dê-nos a sua opinião em relação aos conteúdos programáticos:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Despertaram interesse. 5 2 1

Eram adequados. 6 2

Estavam bem organizados. 1 5 2

Tinham aplicabilidade na prática profissional.

1 4 2 1

Eram completos. 1 4 2 1

Quadro E4 – Segundo a sua opinião, como classifica as estratégias pedagógicas utilizadas pelos formadores:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Foram adequadas ao grupo de formandos

4 1 1 2

Facilitaram a minha aprendizagem

5 1 1 1

Tornaram as sessões de formação mais dinâmicas e motivadoras

6 1 1

Quadro E5 – Em relação ao processo de avaliação revele-nos a sua opinião:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

A metodologia de avaliação foi adequada.

6 1 1

A avaliação foi realizada em tempo oportuno.

5 1 1 1

O grau de dificuldade foi adequado.

6 2

A avaliação foi adequada aos objetivos propostos.

5 1 2

As questões foram adequadas aos conteúdos programáticos lecionadas.

5 1 2

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 195

Quadro E6 – Classifique os suportes de apoio à formação:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Estavam em bom estado. 6 2

Foram os suficientes. 6 2

Estavam adequados às atividades que foram feitas.

6 1 1

Quadro E7 – Classifique os documentos de apoio disponibilizados:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Foram fornecidos materiais de apoio suficientes.

5 1 2

Os materiais como os manuais tinham qualidade e rigor científico.

5 3

Os manuais estavam bem apresentados e organizados.

6 1 1

Os materiais utilizados nas atividades práticas facilitaram a minha aprendizagem.

8

Quadro E8 – Classifique o apoio logístico prestado:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Foi-nos dada toda a informação relativa à parte administrativa da ação de formação (inscrições, datas, horários).

1 5 1 1

Existiu sempre algum profissional para me orientar em questões logísticas.

1 5 1 1

Questões logísticas que decorrem durante a formação (por exemplo ajustamento de material) foram rapidamente ultrapassadas.

1 4 2 1

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 196

Quadro E9 – Classifique a organização geral do curso de formação:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

A duração do curso foi suficiente. 6 1 1

O horário do curso foi adequado. 6 1 1

O tempo atribuído aos temas foi adequado.

1 5 1 1

Quadro E10 – Em relação aos espaços e instalações utilizados para a ação de formação:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

As instalações estavam limpas e arrumadas.

6 1 1

As instalações facilitaram a minha deslocação.

6 1 1

Eu gostei das instalações e elas eram confortáveis.

5 2 1

As instalações estavam protegidas contra incêndios.

7 1

Quadro E11 – Avaliação global

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Os temas foram apresentados de forma coerente e estruturada.

5 1 2

O conteúdo da formação foi bem doseado entre teoria e prática.

2 5 1

Adquiri muitos conhecimentos. 7 1

Desenvolvi muitas competências. 7 1

O formador teve um bom desempenho.

5 1 1 1

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 197

CURSO DE VITRINISMO

INQUÉRITO FINAL

Quadro F1 - Caracterização social dos entrevistados

Entrevista Sexo Idade Concelho de residência

Nível de escolaridade

Estado civil Quantas pessoas compõem o agregado familiar?

Situação face ao emprego dos outros membros do agregado familiar?

1 F 25 Guimarães 9º.ano Casada Dois Empregado/Madeireiro

2 F 20 Guimarães 9º.ano Solteira Três Empregado sector do calçado

3 F 21 Guimarães 9º.ano Solteira Quatro ------------

4 F 25 Guimarães 9º.ano Solteira Três Mãe empregada/Pai

5 F 19 Guimarães 9º.ano Solteira Dois Empregado

6 F 22 Guimarães 9º.ano Solteira Quatro Empregados

7 F 23 Guimarães 9º.ano Solteira Três Empregados

8 F 23 Guimarães 9º.ano Solteira Quatro Mãe empregada. Avó reformada e 2 irmãos a estudar

Quadro F2 - Situação Profissional

Entrevista Desde que terminou o curso, já trabalhou?

Qual a profissão (profissões) que já exerceu?

No exercício dessa(s) atividade(s) profissional(is), quais foram os vínculos laborais?

A(s) atividade(s) que executa(ou) é ou (foi) exercida(s) por conta própria ou de outrem? A termo Tempo parcial Sem termo

1 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

2 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

3 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

4 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

5 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

6 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

7 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

8 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 198

Quadro F3 - Expectativas para o seu futuro profissional?

Entrevista

Se ainda não exerceu qualquer atividade profissional, como espera ultrapassar esta situação?

Criar uma empresa

Associar-se com outro colega da formação

Trabalhar por conta própria

Trabalhar por conta de outrem

Emigrar, para exercer uma profissão na área de formação

Emigrar para exercer uma profissão diferente da área de formação

Continuar os estudos

Obter um emprego, mas em área de atividade diferente do curso de formação (qual?)

1 Não Não Não Sim Sim Sim Não Jardinagem/Calçado/Têxtil

2 Não Não Não Sim Não ------------ Não Comércio/restauração

3 Não Não Não Sim Não ------------ Não Cabeleireiro/Estética

4 Sim Não Sim Não Não ------------ Não Comércio pronto-a-vestir

5 Sim Não Sim Não Não ------------ Não Comércio/Restauração

6 Não Não Não Sim Não ------------ Sim Sim, o que aparecer

7 Não Não Não Não Não ------------ Sim Comércio

8 Sim Não Sim Sim (se tiver de ser) Não (só em último recurso) ------------ Sim Direito

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 199

CURSO TÉCNICO DE VENDAS 2013/2015 (3º ANO)

INQUÉRITO INICIAL

Quadro G1 - Caracterização social dos entrevistados

Entrevista Sexo Idade Nível de escolaridade

Concelho de residência

Estado civil Quantas pessoas compõem o agregado familiar?

Situação face ao emprego dos outros membros do agregado familiar?

1 F 25 9º. Ano Guimarães Solteira Três Pai desempregado/Mãe trabalha

2 M 23 9º. Ano Guimarães Solteiro Três Empregados

3 F 20 9º. Ano Guimarães Solteira Cinco ------------

4 F 19 9º. Ano Guimarães Solteira Três Mãe desempregada, Irmão estudante

5 F 18 9º. Ano Guimarães Solteira Três Empregados

6 F 18 9º. Ano Guimarães Solteira Quatro Pais empregados, Irmão a estudar

Quadro G2 - Percurso escolar dos entrevistados

Entrevista

Com que idade terminou os estudos no ensino oficial?

O que o levou a não prosseguir os estudos?

A sua família teve influência?

Qual a sua relação com a escola, com os colegas e com os professores?

O que menos gostava na escola?

Gostaria de ter tido um percurso escolar diferente?

1 16 anos Por influência do meu namorado Não Boa Das aulas Não. Mas refere “porque agora que cresci vi o quanto nos falta termos escolaridade para sermos alguém na vida”

2 18 anos Muitos dos adolescentes nessa fase, só pensam em trabalhar

Não Boa Das aulas Sim. Se fosse hoje aproveitava melhor as minhas oportunidades

3 17 anos Não Ótima Estudar e estar nas aulas

Não

4 17 anos Opção por curso profissional, mas desisti

Não Boa A estruturação das aulas

Sim. Por isso é que mudei de curso

5 16 anos O curso que frequentei desiludiu as minhas expectativas

Não Boa O ambiente Sim. Gostaria de ter feito o curso de Humanidades

6 16 anos Não gostava da escola em si, da turma e do curso

Não Boa As disciplinas do curso

Não. Não gosto de escolas secundárias.

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 200

Quadro G3 - Percurso profissional dos entrevistados (antes do curso de aprendizagem)

Entrevista Já trabalhou?

Com que idade começou a trabalhar?

Quantas profissões/ atividades já exerceu?

Já esteve desempregado? Quantas vezes?

Trabalhou por conta de outrem?

Trabalhou a tempo inteiro?

Trabalhou a tempo parcial?

Gostava do que fazia?

Como aprendeu essa atividade?

Se não gostava da atividade que exercia, qual o motivo?

1 Sim 18 2 Sim Sim _____ Sim Não Aprendendo com a prática

Porque ganhava pouco e tinha muitas funções a exercer e a motivação era pouca.

2 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

3 Sim ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

4 Sim ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

5 Sim ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

6 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

Quadro G4 - Percurso durante a formação profissional

Entrevista

Antes de ingressar neste curso de aprendizagem, já tinha frequentado outros cursos de formação? Se sim, qual (quais)?

Como teve conhecimento deste curso de aprendizagem?

Procura pessoal

Influência da família

Através da entidade (Sol do Ave)

Através de um amigo

Através de um formador

Foi alguma instituição, por exemplo o Centro de Emprego?

Outra Instituição? Qual?

1 Sim. Curso de aprendizagem/cabeleireiro-9-º ano

Sim Não Não Não Não Sim Não

2 Não ------------ ------------ ------------ Sim ------------ ------------ ------------

3 Sim Não Sim Sim Não Não Não Não

4 Não Sim Sim Não Sim Não Não ------------

5 Sim. Design de Moda e Humanidades? Sim Não Não Não Não Não Não

6 Sim. Num curso CEF (8º. e 9.ºano) e curso de serviço de bar

Sim Não Não Não Não Não Não

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 201

Quadro G4 - Percurso durante a formação profissional? (continuação)

Entrevista A opção por este curso foi motivada por

Aprender uma profissão Gostar da atividade económica Tradição familiar Melhorar a formação pessoal Outra razão. Qual?

1 Sim Não Não Sim ------------

2 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

3 Sim Sim Não Sim ------------

4 Não Não Não Não Não ser tão puxado

5 Não Sim Não Sim Descontentamento com o outro curso

6 Sim Não Não Sim Sair da escola secundária

Quadro G5 - Apoios institucionais

Entrevista Beneficiou de apoios do Estado?

Considera que os apoios existentes são suficientes?

Alguma instituição pública o tem ajudado?

Se não, porquê?

Já teve que recorrer à ajuda de outra entidade?

A frequência deste curso implica dificuldades económicas familiares?

1 Bolsa de material e alimentação

Sim Não ------------ Não Não

2 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

3 Sim Sim Não ------------ Não Não

4 Bolsa de material e alimentação

Sim Não ------------ Não Não

5 Bolsa de material e pensão de alimentos

Sim Não ------------ Não Não

6 Bolsa de material e alimentação

Sim Não Não Não Não

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 202

Quadro G6 - Atividades de lazer

Entrevista Desenvolve atividades de lazer? Realiza alguma atividade social (voluntariado)? Se sim, qual?

1 Não Não

2 Sim, futebol Não

3 Não Não

4 Não Não

5 Não Não

6 Não Não

Quadro G7 – Relações de amizade

Entrevista A frequência deste curso proporcionou o aumento de amigos?

Com outros jovens? Com outros formadores?

Com as empresas?

Justifique?

1 Sim Sim ------------ ------------ ------------

2 Sim Sim Sim ------------ ------------

3 Não ------------ ------------ ------------ ------------

4 Sim Sim Sim Sim ------------

5 Sim Sim Sim ------------ A relação com os formadores é muito boa e próxima

6 Sim Sim ------------ Não ------------

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 203

Quadro G8 – Expectativas para o seu futuro profissional

Entrevista

Já decidiu o que vai fazer no fim do curso?

Criar uma empresa

Associar-se com outro colega da formação

Trabalhar por conta própria

Trabalhar por conta de outrem

Emigrar, para exercer uma profissão na área de formação

Continuar os estudos

Obter um emprego, mas em área de atividade diferente do curso de formação (qual?)

1 Não Não Não Sim Não Não Qualquer emprego, desde que consiga um trabalho

2 Sim Não Não Sim Não Não Trabalhar em stand de automóveis

3 Não Não Não Não ------------ Não ------------

4 Sim Não Não Não Sim Não O que aparecer

5 Sim Não Não Sim Não Sim Jornalismo

6 Não Não Não Sim Não ------------ Sim. Caso não arranje nesta área, vou para o que aparecer.

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 204

CURSO DE TÉCNICO DE VENDAS – 2012/2014

INQUÉRITO FINAL

Quadro H1 - Caracterização social dos entrevistados

Entrevista Sexo Idade Concelho de residência

Nível de escolaridade

Estado civil Quantas pessoas compõem o agregado familiar?

Situação face ao emprego dos outros membros do agregado familiar?

1 M 22 Famalicão 12.º ano Solteiro ------------ ------------

2 F 20 Guimarães 12.º ano Solteira ------------ ------------

3 M 22 Guimarães 12.º ano Solteiro ------------ ------------

4 M 22 Guimarães 12.º ano Solteiro ------------ ------------

5 M 23 Guimarães 12.º ano Solteiro ------------ ------------

6 M 22 Guimarães 12.º ano Solteiro ------------ ------------

7 M 20 Guimarães 12.º ano Solteiro ------------ ------------

8 M 23 Guimarães 12.º ano Solteiro ------------ ------------

9 F 20 Guimarães 12.º ano Solteira ------------ ------------

10 F 21 Guimarães 12.º ano Solteira ------------ ------------

11 M 24 Guimarães 12.º ano Solteiro ------------ ------------

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 205

Quadro H2 - Situação Profissional

Entrevista Desde que terminou o curso, já trabalhou?

Qual a profissão (profissões) que já exerceu?

No exercício dessa(s) atividade(s) profissional(is), quais foram os vínculos laborais?

A(s) atividade(s) que executa(ou) é ou (foi) exercida(s) por conta própria ou de outrem? A prazo Tempo parcial Sem termo

1 Sim Call center 6 meses ------------ ------------ Por conta de outrem

2 Sim Restauração e Industria Têxtil 6 meses ------------ ------------ Por conta de outrem

3 Sim Industria Têxtil 6 meses ------------ ------------ Por conta de outrem

4 Sim Área de manutenção 6 meses ------------ ------------ Por conta de outrem

5 Sim Restauração/em França ------- ------------ ------------ ------------

6 Sim Armazém Estágio Profissional ------------ ------------ ------------

7 Sim Empregado de aquários 6 meses ------------ ------------ Por conta de outrem

8 Sim Empregado metalúrgico 6 meses ------------ ------------ Por conta de outrem

9 Sim Empregado indústria calçado ------------ ------------ Sim Por conta de outrem

10 Sim Empregado comercial (Vestuário) 6 meses ------------ ------------ Por conta de outrem

11 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

Quadro H3 - Expectativas para o seu futuro profissional

Entrevista Emigrar, para exercer uma profissão na sua área de formação?

Emigrar para exercer uma profissão diferente da sua área de formação?

Continuar os seus estudos

Obter um emprego, mas em área de atividade diferente do curso de formação? Em caso afirmativo? Qual?

1 ------------ ------------ ------------ ------------

2 ------------ ------------ ------------ ------------

3 ------------ ------------ ------------ ------------

4 ------------ ------------ ------------ ------------

5 ------------ Restauração/França ------------ ------------

6 ------------ ------------ ------------ ------------

7 ------------ ------------ ------------ ------------

8 ------------ ------------ ------------ ------------

9 ------------ ------------ ------------ ------------

10 ------------ ------------ ------------ ------------

11 ------------ ------------ ------------ ------------

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 206

CURSO TÉCNICO DE VENDAS 2013/2015 (3º ANO)

INQUÉRITO INICIAL

Quadro I1 - Caracterização social dos entrevistados

Entrevista Sexo Idade Nível de escolaridade

Concelho de residência

Estado civil Quantas pessoas compõem o agregado familiar?

Situação face ao emprego dos outros membros do agregado familiar?

1 F 25 9º. Ano Guimarães Solteira Três Pai desempregado/Mãe trabalha

2 M 23 9º. Ano Guimarães Solteiro Três Empregados

3 F 20 9º. Ano Guimarães Solteira Cinco ------------

4 F 19 9º. Ano Guimarães Solteira Três Mãe desempregada, Irmão estudante

5 F 18 9º. Ano Guimarães Solteira Três Empregados

6 F 18 9º. Ano Guimarães Solteira Quatro Pais empregados, Irmão a estudar

Quadro I2 - Percurso escolar dos entrevistados

Entrevista

Com que idade terminou os estudos no ensino oficial?

O que o levou a não prosseguir os estudos?

A sua família teve influência?

Qual a sua relação com a escola, com os colegas e com os professores?

O que menos gostava na escola?

Gostaria de ter tido um percurso escolar diferente?

1 16 anos Por influência do meu namorado Não Boa Das aulas Não. Mas refere “porque agora que cresci vi o quanto nos falta termos escolaridade para sermos alguém na vida”

2 18 anos Muitos dos adolescentes nessa fase, só pensam em trabalhar

Não Boa Das aulas Sim. Se fosse hoje aproveitava melhor as minhas oportunidades

3 17 anos ------------ Não Ótima Estudar e estar nas aulas

Não

4 17 anos Opção por curso profissional, mas desisti

Não Boa A estruturação das aulas

Sim. Por isso é que mudei de curso

5 16 anos O curso que frequentei desiludiu as minhas expectativas

Não Boa O ambiente Sim. Gostaria de ter feito o curso de Humanidades

6 16 anos Não gostava da escola em si, da turma e do curso

Não Boa As disciplinas do curso

Não. Não gosto de escolas secundárias.

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 207

Quadro I3 - Percurso profissional dos entrevistados (antes do curso de aprendizagem)

Entrevista Já trabalhou?

Com que idade começou a trabalhar?

Quantas profissões/ atividades já exerceu?

Já esteve desempregado? Quantas vezes?

Trabalhou por conta de outrem?

Trabalhou a tempo inteiro?

Trabalhou a tempo parcial?

Gostava do que fazia?

Como aprendeu essa atividade?

Se não gostava da atividade que exercia, qual o motivo?

1 Sim 18 2 Sim Sim _____ Sim Não Aprendendo com a prática

Porque ganhava pouco e tinha muitas funções a exercer e a motivação era pouca.

2 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

3 Sim ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

4 Sim ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

5 Sim ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

6 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

Quadro I4 - Percurso durante a formação profissional

Entrevista

Antes de ingressar neste curso de aprendizagem, já tinha frequentado outros cursos de formação? Se sim, qual (quais)?

Como teve conhecimento deste curso de aprendizagem?

Procura pessoal

Influência da família

Através da entidade (Sol do Ave)

Através de um amigo

Através de um formador

Foi alguma instituição, por exemplo o Centro de Emprego?

Outra Instituição? Qual?

1 Sim. Curso de aprendizagem/cabeleireiro-9-º ano

Sim Não Não Não Não Sim Não

2 Não ------------ ------------ ------------ Sim ------------ ------------ ------------

3 Sim Não Sim Sim Não Não Não Não

4 Não Sim Sim Não Sim Não Não -----

5 Sim. Design de Moda e Humanidades? Sim Não Não Não Não Não Não

6 Sim. Num curso CEF (8º. e 9.ºano) e curso de serviço de bar

Sim Não Não Não Não Não Não

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 208

Quadro I4 - Percurso durante a formação profissional? (continuação)

Entrevista A opção por este curso foi motivada por

Aprender uma profissão

Gostar da atividade económica

Tradição familiar

Melhorar a formação pessoal

Outra razão. Qual?

1 Sim Não Não Sim ------------

2 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

3 Sim Sim Não Sim ------------

4 Não Não Não Não Não ser tão puxado

5 Não Sim Não Sim Descontentamento com o outro curso

6 Sim Não Não Sim Sair da escola secundária

Quadro I5 - Apoios institucionais

Entrevista Beneficiou de apoios do Estado?

Considera que os apoios existentes são suficientes?

Alguma instituição pública o tem ajudado?

Se não, porquê? Já teve que recorrer à ajuda de outra entidade?

A frequência deste curso implica dificuldades económicas familiares?

1 Bolsa de material e alimentação

Sim Não ------------ Não Não

2 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

3 Sim Sim Não ------------ Não Não

4 Bolsa de material e alimentação

Sim Não ------------ Não Não

5 Bolsa de material e pensão de alimentos

Sim Não ------------ Não Não

6 Bolsa de material e alimentação

Sim Não Não Não Não

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 209

Quadro I6 - Atividades de lazer

Entrevista Desenvolve atividades de lazer? Realiza alguma atividade social (voluntariado)? Se sim, qual?

1 Não Não

2 Sim, futebol Não

3 Não Não

4 Não Não

5 Não Não

6 Não Não

Quadro I7 – Relações de amizade

Entrevista A frequência deste curso proporcionou o aumento de amigos?

Com outros jovens?

Com outros formadores?

Com as empresas? Justifique?

1 Sim Sim ------------ ------------ ------------

2 Sim Sim Sim ------------ ------------

3 Não ------------ ------------ ------------ ------------

4 Sim Sim Sim Sim ------------

5 Sim Sim Sim ------- A relação com os formadores é muito boa e próxima

6 Sim Sim ------------ Não ------------

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 210

Quadro I8 – Expectativas para o seu futuro profissional

Entrevista

Já decidiu o que vai fazer no fim do curso?

Criar uma empresa

Associar-se com outro colega da formação

Trabalhar por conta própria

Trabalhar por conta de outrem

Emigrar, para exercer uma profissão na área de formação

Continuar os estudos

Obter um emprego, mas em área de atividade diferente do curso de formação (qual?)

1 Não Não Não Sim Não Não Qualquer emprego, desde que consiga um trabalho

2 Sim Não Não Sim Não Não Trabalhar em stand de automóveis

3 Não Não Não Não ------------ Não ------------

4 Sim Não Não Não Sim Não O que aparecer

5 Sim Não Não Sim Não Sim Jornalismo

6 Não Não Não Sim Não ------------ Sim. Caso não arranje nesta área, vou para o que aparecer.

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 211

CURSO TÉCNICO DE VENDAS 2013/2015 (3.º ANO)

INQUÉRITO DE AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO

Quadro J1 – Classifique os objetivos do curso de formação

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

No inico da ação de formação os objetivos foram claramente definidos.

5 4 2

Os objetivos revelaram-se adequados.

6 2 3

No final da ação de formação, os objetivos propostos foram atingidos.

5 3 2 1

Quadro J2 – Classifique o desempenho dos formadores:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Utilizaram uma linguagem clara. 4 4 3

Tinham bons conhecimentos técnicos. 6 3 2

Transmitiram bem os seus conhecimentos técnicos. 5 2 4

Desenvolveram metodologias pedagógicas adequadas ao público-alvo do curso.

2 5 1 3

Forneceram informação adicional, clarificando e explicando.

8 1 3

Forneceram comentários ao desempenho dos formandos. 1 4 3 3

Os formadores incentivaram a participação dos formandos. 6 1 4

Relacionaram-se de forma adequada com o grupo de formandos.

6 3 2

Mostraram-se recetivos a novas e diferentes ideias/opiniões. 7 2 2

Conseguiram encorajar e motivar os formandos. 6 2 3

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 212

Quadro J3 – Dê-nos a sua opinião em relação aos conteúdos programáticos:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Despertaram interesse. 2 5 2 2

Eram adequados. 7 3 1

Estavam bem organizados. 6 2 3

Tinham aplicabilidade na prática profissional.

1 5 2 3

Eram completos. 6 4 1

Quadro J4 – Segundo a sua opinião, como classifica as estratégias pedagógicas utilizadas pelos formadores:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Foram adequadas ao grupo de formandos

6 3 2

Facilitaram a minha aprendizagem

6 2 3

Tornaram as sessões de formação mais dinâmicas e motivadoras

1 6 1 3

Quadro J5 – Em relação ao processo de avaliação revele-nos a sua opinião:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

A metodologia de avaliação foi adequada.

1 7 1 2

A avaliação foi realizada em tempo oportuno.

7 2 2

O grau de dificuldade foi adequado.

2 4 3 2

A avaliação foi adequada aos objetivos propostos.

7 1 3

As questões foram adequadas aos conteúdos programáticos lecionadas.

6 2 3

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 213

Quadro J6 – Classifique os suportes de apoio à formação:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Estavam em bom estado. 6 3 2

Foram os suficientes. 1 6 2 2

Estavam adequados às atividades que foram feitas.

6 3 2

Quadro J7 – Classifique os documentos de apoio disponibilizados:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Foram fornecidos materiais de apoio suficientes.

2 5 4

Os materiais como os manuais tinham qualidade e rigor científico.

1 6 1 3

Os manuais estavam bem apresentados e organizados.

6 2 3

Os materiais utilizados nas atividades práticas facilitaram a minha aprendizagem.

1 6 2 2

Quadro J8 – Classifique o apoio logístico prestado:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Foi-nos dada toda a informação relativa à parte administrativa da ação de formação (inscrições, datas, horários).

6 1 4

Existiu sempre algum profissional para me orientar em questões logísticas.

6 2 3

Questões logísticas que decorrem durante a formação (por exemplo ajustamento de material) foram rapidamente ultrapassadas.

5 4 2

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 214

Quadro J9 – Classifique a organização geral do curso de formação:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

A duração do curso foi suficiente. 4 2 5

O horário do curso foi adequado. 1 5 3 2

O tempo atribuído aos temas foi adequado.

6 2 3

Quadro J10 – Em relação aos espaços e instalações utilizados para a ação de formação:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

As instalações estavam limpas e arrumadas.

6 3 2

As instalações facilitaram a minha deslocação.

2 5 2 2

Eu gostei das instalações e elas eram confortáveis.

1 1 6 1 2

As instalações estavam protegidas contra incêndios.

2 7 2

Quadro J10 – Avaliação global

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Os temas foram apresentados de forma coerente e estruturada.

6 2 3

O conteúdo da formação foi bem doseado entre teoria e prática.

6 3 2

Adquiri muitos conhecimentos. 6 1 4

Desenvolvi muitas competências. 1 5 1 4

O formador teve um bom desempenho.

1 4 2 4

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 215

CURSO TÉCNICO DE VENDAS (1º ANO) - 2014/2017

INQUÉRITO INICIAL

Quadro K1 - Caracterização social dos entrevistados

Entrevista Sexo Idade Nível de escolaridade

Concelho de residência

Estado civil Quantas pessoas compõem o agregado familiar?

Situação face ao emprego dos outros membros do agregado familiar?

1 F 17 9.º ano Guimarães Solteiro Cinco 2 Empregados, 2 desempregados

2 F 18 9.º ano Guimarães Solteiro Três Pai empregado e a mãe reformado

3 F 17 9.º ano Guimarães Solteiro Quatro Mãe trabalha

4 F 17 9.º ano Guimarães Solteiro Cinco Empregados

5 F 18 9.º ano Guimarães Solteiro Dois Reformado

6 F 18 11.º ano Guimarães Solteiro Dois Empregado

7 F 17 9.º ano Guimarães Solteiro Quatro Um desempregado

8 F 16 9.º ano Guimarães Solteiro Cinco ------------

9 M 19 9.º ano Guimarães Outra Situação Três Empregados

10 M 19 9.º ano Guimarães Solteiro Três Pai empregado, Mãe desempregada

11 F 18 9.º ano Guimarães Solteiro Cinco ------------

12 F 16 9.º ano Guimarães Solteiro Cinco ------------

13 F 15 9.º ano Guimarães Solteiro Três A mãe trabalha e o irmão estuda

14 F 16 9.º ano Guimarães Solteiro Três Desempregados

15 M 20 9.º ano Guimarães Solteiro Quatro ------------

16 M 19 9.º ano Guimarães Solteiro Um Empregado

17 F 22 9.º ano Guimarães Outra Situação Quatro Pai desemprego e Mãe pelo seguro.

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 216

Quadro K2 - Percurso escolar dos entrevistados

Entrevista

Com que idade terminou os estudos no ensino oficial?

O que o levou a não prosseguir os estudos?

A sua família teve influência?

Qual a sua relação com a escola, com os colegas e com os professores?

O que menos gostava na escola?

Gostaria de ter tido um percurso escolar diferente?

1 15 anos ------------ ------------

Boa ------------ Sim. Tinha continuado a estudar, para ter mais possibilidades de

emprego

2 16 anos ------------

Não Boa ------------ Sim. Gostaria de ter tido melhor aproveitamento e não ter

chumbado tantas vezes

3 17 anos A falta de paciência Sim Boa ------------ Sim. Gostaria de ser boa aluna e ter mais interesse pela escola

4 12 anos Porque um curso profissional tem mais especialidades

Sim Má, principalmente com os professores

------------ Não. O melhor é estar em cursos

5 17 anos

As notas não eram as melhores para o curso que estava a tirar e os outros cursos eram mais difíceis

------------ Boa, apesar da minha timidez

------------ Sim. Gostava de ter um outro percurso como a maioria dos meus colegas e amigos ao longo do meu percurso escolar

6 18 anos Ter reprovado no exame final de matemática (12.ºano)

Sim Boa ------------

Sim. Ter terminado o 12º.ano.

7 17 anos Não gostava do meu curso e decidi mudar o ensino

Sim Boa ------------

Sim

8 18 anos Apenas porque preferi um curso profissional

Não Boa. A resposta parece mais uma resposta à situação atual

------------ Não. Porque acho que tenho tido um bom percurso e era isto que tinha previsto fazer.

9 18 anos Falta de motivação Não Boa. A resposta parece mais uma resposta à situação atual)

------------ Sim. Deveria ter optado por uma outra área quando ingressei no secundário.

10 18 anos A falta de interesse e os módulos que deixei para trás

Não Boa. A resposta parece mais uma resposta à situação atual.

------------ Sim. Senão fosse tão preguiçoso teria escolhido

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 217

Quadro K2 - Percurso escolar dos entrevistados (continuação)

11 17 anos ------------ Não Boa ------------ Não

12 16 anos ------------ Não Muito boa ------------ Não

13 15 anos ------------ Bastante boa ------------ Não. Porque estou a ter um percurso normal e bom.

14 16 anos ------------ Não Boa ------------ Não. Acho que não iria conseguir continuar os estudos sem ser num curso.

15 19 anos Tinha bastantes módulos em atraso e bastantes faltas

Sim Boa ------------ Sim. Gostava de ter continuado no ensino regular e seguir para a universidade. Visto que não foi possível vim para o curso de técnico de vendas, pois interessa-me esta área.

16 18 anos

Porque me interessava o curso de vendas e o curso que frequentava não me motivava

Não Boa ------------ Sim. Gostaria de já estar na universidade.

17 15 anos A situação financeira da minha família

Sim Normal ------------ Sim. Gostaria de estar numa área ligada ao teatro.

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 218

Quadro K3 - Percurso profissional dos entrevistados (antes do curso de aprendizagem)

Entrevista Já trabalhou?

Com que idade começou a trabalhar?

Quantas profissões/ atividades já exerceu?

Já esteve desempregado? Quantas vezes?

Trabalhou por conta de outrem?

Trabalhou a tempo inteiro?

Trabalhou a tempo parcial?

Gostava do que fazia?

Como aprendeu essa atividade?

Se não gostava da atividade que exercia, qual o motivo?

1 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ Sim Frequentei curso de formação de logística e de armazenagem

------------

2 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

3 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

4 Sim 14 anos

Empregado de café, restaurante, empregado comercial

Não Sim ------------ Sim ------------ ------------ ------------

5 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

6 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

7 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

8 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

9 Sim 18 anos Duas profissões Sim. Uma vez Sim Sim ---------- Não Aprendi, praticando Devido à área e ao ambiente de trabalho

10 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

11 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

12 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

13 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

14 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

15 Sim 19 anos Uma profissão Sim. Uma vez Sim ------------ ------------

Não Tive uma formação na empresa

Horários

16 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

17 Sim 16 anos 3 (Empregado de mesa; Pingo Doce e Mc Donald’s

Sim. Duas vezes Sim ------------ ------------ Sim Com a família ------------

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 219

Quadro K4 - Percurso durante a formação profissional

Entrevista Antes de ingressar neste curso de aprendizagem, já tinha frequentado outros cursos de formação? Se sim, qual (quais)?

Como teve conhecimento deste curso de aprendizagem?

Procura pessoal

Influência da família

Através da entidade (Sol do Ave)

Através de um amigo

Através de um formador

Foi alguma instituição, por exemplo o Centro de Emprego?

Outra Instituição? Qual?

1 Sim. Design de Moda ------------ Sim ------------ Sim Não ------------ ------------

2 Sim. Técnico de calçado e Máquinas Industriais Sim Não Não ------------ Não Não ------------

3 Não Sim Sim Sim Sim Não ------------ ------------

4 Sim. Logística e Armazenagem Sim Sim Não Sim Não ------------ ------------

5 Não ------------ Não Não Sim Não ------------ ------------

6 Não Sim Sim ------------ Sim ------------ Sim ------------

7 Não Sim Não Sim Sim Não ------------ ------------

8 Não Sim Não Não Não Não Sim ------------

9 Não Sim Não Não ------------ Não Não ------------

10 Sim. Eletrónica Sim Sim Sim ------------ Não Sim ------------

11 Não Não Não Não Sim Não Não ------------

12 Não Sim Não Sim Sim Não Não ------------

13 Não Não Sim Não Sim Não Não ------------

14 Não Não Não Sim ------------ Não Não ------------

15 Não Sim Sim Não ------------ Não Sim ------------

16 Sim. Informática Sim Não Não ------------ Não Sim ------------

17 Sim. Teatro-Artes de interpretação e espetáculo Sim Não Não Sim Não Sim ------------

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 220

Quadro K4 - Percurso durante a formação profissional (continuação)

Entrevista A opção por este curso foi motivada por

Aprender uma profissão

Gostar da atividade económica

Tradição familiar

Melhorar a formação pessoal

Outra razão (qual?) / comentários adicionais

1 Sim Sim Não Sim Por ser um curso de vendas e na minha opinião ser um curso interessante

2 Sim Não Não Sim Pela procura e oferta de trabalho

3 Sim Não Não Sim ------------

4 Sim Sim Não Sim Para conseguir ter o 12º ano, só que no ensino regular as coisas estavam difíceis.

5 Sim ------------ Não Sim Necessitar do 12.º ano e de uma experiência profissional para enfrentar o mercado de trabalho

6 ------------ Sim Não Sim ------------

7 Sim Não Não Sim Para completar o 12º. Ano e ter uma formação.

8 Sim Não Não Sim Interesse na área e desenvolvimento pessoal

9 Sim Sim Não Sim Foi só mesmo para ter o 12º ano

10 Sim Sim Não Sim Gostei muito de me integrar com outro tipo de pessoas.

11 Sim Sim Não Sim Gosto muito de interagir com as pessoas.

12 Sim Sim Não Sim Foi motivada por ser sobre a área de vendas.

13 Sim Sim Não Sim A minha opção foi motivada pelo psicólogo da escola (9ºano).

14 Sim Sim Não Sim Interesse na aula.

15 Sim Não Não Sim Sim A área de vendas ser interessante.

16 Sim Sim Não Sim Para completar o 12.º ano

17 Não Sim Não Não Por ser um curso de vendas e na minha opinião ser um curso interessante

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 221

Quadro K5 - Apoios institucionais

Entrevista Beneficiou de apoios do Estado?

Considera que os apoios existentes são suficientes?

Alguma instituição pública o tem ajudado?

Se não, porquê?

Já teve que recorrer à ajuda de outra entidade?

A frequência deste curso implica dificuldades económicas familiares?

1 Não ------------ ------------ ------------ Não Não

2 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

3 Sim Não ------------ ------------ Não Não

4 Sim Não ------------ ------------ Não Não

5 Sim Sim Não ------------ Não Não

6 Sim Sim Não ------------ Não Não

7 Não Não Não ------------ Não Não

8 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

9 Não Sim Não ------------ Não Não

10 Não ------------ Não ------------ Não Não

11 Não Não Não ------------ Não Não

12 Não ------------ Não ------------ Não Não

13 Sim Não Não ------------ Não Não

14 Sim Não Não ------------ Sim Não

15 Não Não Não ------------ Não Não

16 Sim Não Sim ------------ Sim Não

17 Não Não Não ------------ Não Não

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 222

Quadro K6 - Atividades de lazer

Entrevista Desenvolve atividades de lazer? Realiza alguma atividade social (voluntariado)? Se sim, qual?

1 Não Não

2 Não Não

3 Não Não

4 Sim Não

5 Não Não

6 Sim Não

7 Não Não

8 ------------ ------------

9 Sim Não

10 Sim Não

11 Sim Não

12 Não Não

13 Não Não

14 Não Não

15 Sim. Boxe ------------

16 Sim. Futebol Não

17 Sim Sim. Sociedade Protetora dos Animais

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 223

Quadro K7 – Relações de amizade

Entrevista A frequência deste curso proporcionou o aumento de amigos?

Realiza alguma atividade social (voluntariado)?

Com outros jovens?

Com outros formadores?

Com as empresas?

Justifique?

1 Não ------------ ------------ ------------ Sim Porque se fizer um bom estágio, posso receber uma proposta de trabalho

2 Sim ------------ Sim ------------ ------------ ------------

3 Sim ------------ Sim Sim Sim Temos contacto com mais colegas e formadores e nos estágios vemos ter contacto com empresas

4 Sim ------------ Sim Sim Sim Tudo num curso é bom

5 Sim ------------ Sim ------------ ------------ Para me socializar mais

6 Não ------------ Sim ------------ ------------ ------------

7 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

8 Sim ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

9 Sim ------------ Sim Sim Sim Novas experiências e contacto com outras pessoal é muito importante para o desenvolvimento pessoal e profissional

10 Sim ------------ Sim ------------ ------------ -------

11 Sim ------------ Sim ------------ ------------ Porque é sempre bom conhecer pessoas novas, por vezes até são amigos que ficam para a vida.

12 Sim ------------ Sim ------------ ------------ ------------

13 Sim ------------ Sim ------------ ------------ ------------

14 Sim ------------ Sim ------------ ------------ ------------

15 Sim ------------ Sim Sim ------------ ------------

16 Sim ------------ Sim ------------ ------------ Acho que é bom conviver e ter novos companheiros (as).

17 Sim ------------ Sim ------------ ------------ Novos contactos e criação de relações interpessoais.

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 224

Quadro K8 – Expectativas para o seu futuro profissional?

Entrevista Já decidiu o que vai fazer no fim do curso?

Pretende criar uma empresa?

Associar-se com outro colega de formação?

Trabalhar por conta própria?

Trabalhar por conta de outrem?

Emigrar? Continuar os estudos?

Obter um emprego em área diferente do curso?

1 Não Não Não Sim Não Não Sim Não

2 Sim Não Não Não Sim Não Não Não

3 Sim Não Não Não Sim Não Não Não

4 Sim Não Não Não Sim Não Não Sim

5 Sim Não Não Não Sim Não Sim Não

6 Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

7 Não Não Não Não Sim Sim Sim Sim

8 Não ------------ ------------ ------------ ------------ ------------ Não ------------

9 Sim Não Não Sim Não Não Não Não

10 Não Não Não Não Sim Não Não Não

11 Sim Não Não Não Sim Não Não Não

12 Não Não Não Não Sim Não Não Não

13 Sim Não Não Não Sim Sim Não Sim

14 Sim Sim Não Sim Sim Não Não Não

15 Não Não Não Sim Não Não Sim Sim. Desporto

16 Sim Não Não Não Não Sim Sim Não

17 Não Sim Não Sim Não Sim Sim Sim. Teatro. Dramaturgo/Escritor

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 225

CURSO TÉCNICO DE VENDAS (1º ANO) - 2014/2017

AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO

Quadro L1 – Classifique os objetivos do curso de formação

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

No inico da ação de formação os objetivos foram claramente definidos.

7 3 5

Os objetivos revelaram-se adequados.

8 3 4

No final da ação de formação, os objetivos propostos foram atingidos.

11 2 2

Quadro L2 – Classifique o desempenho dos formadores:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Utilizaram uma linguagem clara. 2 8 3 2

Tinham bons conhecimentos técnicos.

11 3 1

Transmitiram bem os seus conhecimentos técnicos.

9 4 1 1

Desenvolveram metodologias pedagógicas adequadas ao público-alvo do curso.

1 10 3 1

Forneceram informação adicional, clarificando e explicando.

1 7 4 2 1

Forneceram comentários ao desempenho dos formandos.

7 3 5

Os formadores incentivaram a participação dos formandos.

5 3 3 3 1

Relacionaram-se de forma adequada com o grupo de formandos.

2 6 3 3 1

Mostraram-se recetivos a novas e diferentes ideias/opiniões.

1 7 5 2

Conseguiram encorajar e motivar os formandos.

3 7 3 2

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 226

Quadro L3 – Dê-nos a sua opinião em relação aos conteúdos programáticos:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Despertaram interesse. 1 12 1 1

Eram adequados. 11 3 1

Estavam bem organizados. 1 7 5 2

Tinham aplicabilidade na prática profissional.

7 5 3

Eram completos. 2 9 3 1

Quadro L4 – Segundo a sua opinião, como classifica as estratégias pedagógicas utilizadas pelos formadores:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Foram adequadas ao grupo de formandos

2 10 2 1

Facilitaram a minha aprendizagem

2 10 3

Tornaram as sessões de formação mais dinâmicas e motivadoras

4 8 3

Quadro L5 – Em relação ao processo de avaliação revele-nos a sua opinião:

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

A metodologia de avaliação foi adequada.

1 13 1

A avaliação foi realizada em tempo oportuno.

10 2 3

O grau de dificuldade foi adequado.

12 1 2

A avaliação foi adequada aos objetivos propostos.

13 2

As questões foram adequadas aos conteúdos programáticos lecionadas.

1 13 1

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 227

Quadro L6 – Classifique os suportes de apoio à formação:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Estavam em bom estado. 2 6 5 2

Foram os suficientes. 2 6 4 3

Estavam adequados às atividades que foram feitas.

1 8 5 1

Quadro L7 – Classifique os documentos de apoio disponibilizados:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Foram fornecidos materiais de apoio suficientes.

1 8 4 2

Os materiais como os manuais tinham qualidade e rigor científico.

2 8 3 1 1

Os manuais estavam bem apresentados e organizados.

3 7 2 2 1

Os materiais utilizados nas atividades práticas facilitaram a minha aprendizagem.

1 7 5 1 1

Quadro L8 – Classifique o apoio logístico prestado:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Foi-nos dada toda a informação relativa à parte administrativa da ação de formação (inscrições, datas, horários).

8 1 6

Existiu sempre algum profissional para me orientar em questões logísticas.

7 3 5

Questões logísticas que decorrem durante a formação (por exemplo ajustamento de material) foram rapidamente ultrapassadas.

7 5 3

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Apêndice 3 – Análise das Entrevistas aos Formandos

António Carlos Carneiro | pg25640 228

Quadro L9 – Classifique a organização geral do curso de formação:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

A duração do curso foi suficiente. 1 9 3 1 1

O horário do curso foi adequado. 5 6 4

O tempo atribuído aos temas foi adequado.

4 6 3 2

Quadro L10 – Em relação aos espaços e instalações utilizados para a ação de formação:

Discordo totalmente

Discordo Concordo Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

As instalações estavam limpas e arrumadas.

1 8 4 2

As instalações facilitaram a minha deslocação.

3 8 3 1

Eu gostei das instalações e elas eram confortáveis.

2 3 5 3 2

As instalações estavam protegidas contra incêndios.

6 2 6 1

Quadro L11 – Avaliação global

Discordo

totalmente Discordo Concordo

Concordo bastante

Concordo totalmente

Sem opinião

Os temas foram apresentados de forma coerente e estruturada.

9 3 3

O conteúdo da formação foi bem doseado entre teoria e prática.

1 9 2 3

Adquiri muitos conhecimentos. 1 5 3 5 1

Desenvolvi muitas competências. 1 5 5 3 1

O formador teve um bom desempenho.

1 7 3 3 1

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António Carlos Carneiro | pg25640 229

APÊNDICE 4

Gráficos

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António Carlos Carneiro | pg25640 230

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Apêndice 4 – Gráficos

António Carlos Carneiro | pg25640 231

Gráfico 6: Total de formandos no concelho de Guimarães durante o ano de 2014. Fonte: IEFP.

Gráfico 7: Total de formandos por sexo no concelho de Guimarães. Fonte: IEFP.

452

42

Distribuição dos formandos

Ent. Externas G.Direta

164

288

Número total de formandos em Guimarães

Feminino Masculino

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Apêndice 4 – Gráficos

António Carlos Carneiro | pg25640 232

Gráfico 8: Número de formandos por habilitações académicas no concelho de Guimarães. Fonte IEFP.

Gráfico 9: Número de formandos por grupos etários no concelho de Guimarães. Fonte IEFP.

1

412

633

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

até 6 anos De 6/9 anos 10/11º.anos 12º.ano

de

fo

rma

nd

os

Habilitações académicas

Habi l i tações Académicas

274

194

26

0

50

100

150

200

250

300

Menos de 20 anos De 20 a 24 anos De 25 a 34 anos

de

fo

rma

nd

os

Faixa etária

Faixas Etár ias

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Apêndice 4 – Gráficos

António Carlos Carneiro | pg25640 233

Gráfico 10 - Número de formandos perante o emprego no concelho de Guimarães. Fonte: IEFP.

Gráfico 11 - Número de formandos por grupos etários no concelho de Guimarães. Fonte: IEFP.

112

335

5

Situação perante o emprego

1º. Emprego Novo Emprego Empregados

274

194

26

0

50

100

150

200

250

300

Menos de 20 anos De 20 a 24 anos De 25 a 34 anos

Número de Formandos por Grupo Etár io

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António Carlos Carneiro | pg25640 234

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António Carlos Carneiro | pg25640 235

APÊNDICE 5

Análise das entrevistas aos formadores

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António Carlos Carneiro | pg25640 236

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Apêndice 5 - Análise das Entrevistas aos Formadores

António Carlos Carneiro | pg25640 237

ENTREVISTAS AOS FORMADORES

Quadro M1 - Caracterização social dos Formadores

Entrevista Sexo Idade Situação Familiar Nível de escolaridade Situação profissional atual É formador apenas nos cursos de aprendizagem?

1 M 27 Solteiro Licenciado Empregado Não

2 M 45 Casado Licenciado Empregado Não

3 F 36 Solteira Licenciada Empregada Não

4 M 45 União de facto Licenciado Empresário Não

5 M 36 Casado Bacharel Formador Não

6 M 38 Casado Ensino Secundário Formador Não

7 M 37 Divorciado Licenciado Formador/Professor contratado Não

8 F 37 Casada Licenciada Desempregada Não

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Apêndice 5 - Análise das Entrevistas aos Formadores

António Carlos Carneiro | pg25640 238

Quadro M2 - Percurso Profissional

Entrevista Descreva a sua trajetória profissional desde que começou a trabalhar?

Outros empregos e experiências profissionais anteriores ao atual (circunstâncias, fatores e motivações)

Aprendeu com essas experiências profissionais? Porquê?

Exerce ou exerceu atividade docente no ensino oficial? Qual o vínculo laboral?

1 Técnico de tratamento de dados (2009) ------------ Técnico Oficial de contas e formador, desde 2010 Não

2 Formador desde 2000 e Empresário de Pronto a vestir para criança

------------ ------------ Não

3 Explicadora, professora das AEC, formadora na Iniciativa Novas Oportunidades, cursos EFA, cursos CEF e Aprendizagem

------------ ------------ Não

4 Eletricista, Diretor de manutenção na indústria têxtil e técnico projetista de eletricidade

------------ ------------ Não

5 Técnico de informática ------------ ------------ Professor contratado 2004/2005

6 Técnico de manutenção na indústria Cablagens para automóveis

Fui formador na indústria de cablagens para automóveis. Fui responsável por administrativo de uma empresa grossista de importação e exportação de comércio de bens alimentares

Tudo o que vivi a nível profissional e pessoal me ajudou a construir o que sou hoje. Nas multinacionais assimilei o sentido de responsabilidade e organização, nas empresas mais pequenas aprendi o sentido de cooperação pessoal.

Não

7 ------------ ------------

Aprendi muito. Aprendi a gerir uma empresa, a lidar com o capital humano, a prever e definir planos de marketing e publicidade, a redesenhar objetivos de curto, médio e longo prazo. Aprendi com todos os meus colaboradores e penso que estes também aprenderam alguma coisa comigo. Foi na partilha de experiências diferenciadas que cada um tinha que contribuiu para o sucesso do projeto. O surgimento de constantes desafios permitiu aprender e adaptar-me a estes sempre com base no diálogo e ouvindo toda a gente envolvida no projeto.

Professor contratado

8

Professora do ensino básico e secundário (ensino oficial), explicadora, formadora, no centro novas oportunidades, em formação modelar, em cursos EFA e cursos CEF

------------ ------------ Não

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Apêndice 5 - Análise das Entrevistas aos Formadores

António Carlos Carneiro | pg25640 239

Quadro M2 – Percurso Profissional

Entrevista Exerce outra atividade profissional em simultâneo com a de formador?

O seu inicio como formador dá-se em que ano? Como?

Para si que competência “específica” deve ter um formador?

Exerce outra atividade profissional para além de formador?

1 Não 2010-Cursos de aprendizagem Domínio do tema a lecionar e capacidade de gerir grupos Técnico oficial de contas

2 Sim Formador desde o ano 2000 Dinamismo, criatividade e orientação para a realidade empresarial

Gestor de um Hostel

3 Não 2008, na iniciativa Novas Oportunidades

Dinamismo Não

4 Sim 2003 Habilitação específica Sim. Engenheiro eletrotécnico

5 Sim 2003 Prazer em ensinar ou formar competências Consultor de serviços informáticos de hardware e software

6 Não 2000, como formador interno Deve ser capaz de se moldar ao grupo de formandos Não

7 Sim 2003, colaborando com o CFPBraga e a Sol do Ave.

Além do conhecimento técnico, deverá ter um grande gosto por partilhar experiências, por contribuir para que o outro, o formando, possa crescer enquanto pessoa e profissional. O formador ensina mas também aprende com os formandos.

Não

8 Não 2008, no Centro Novas Oportunidades

Flexibilidade Não

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Apêndice 5 - Análise das Entrevistas aos Formadores

António Carlos Carneiro | pg25640 240

Quadro M2 – Percurso Profissional

Entrevista Considera que para ser formador dos cursos de aprendizagem é necessário possuir alguns requisitos especiais?

Face à especificidade dos cursos de Aprendizagem, considera importante esta modalidade de formação profissional?

Na sua opinião que dificuldades existem no desenvolvimento destes cursos?

Na sua opinião considera os formandos para este tipo de cursos?

1 Sim. Capacidade para motivar Sim Motivar os formandos. Alguns formandos desistem porque começam a trabalhar

------------

2 Sim. Muita psicologia para conseguir que os formandos aprendam alguma coisa

Considero que é uma forma específica para o mundo do trabalho. As melhorias que propunha são poucas, talvez uma vertente ainda mais prática, com mais visitas.

------------

Na maioria dos casos não, vão porque são “pressionados” ou atraídos pela bolsa. Alguns ganham, gosto pelo curso, mas depois de o iniciarem.

3 Sim. Uma boa capacidade de organização, dinamismo, facilidade de comunicação e de interação.

Sim A motivação dos formandos Não

4 Não É importante, porque se está a formar jovens para uma determinada vocação

Não é propriamente da minha responsabilidade o desenvolvimento dos cursos

Depende do tipo de cursos

5 Paciência e flexibilidade nos métodos para passar as aprendizagens para os formandos.

Reduzir o número de alunos por turma e atribuir maior exigência e responsabilidade ao público-alvo deste tipo de cursos.

O grande nível de heterogeneidade entre as capacidades de aprendizagens e de participação dos formandos.

Já tive turmas em que a maioria da mesma se encontrava motivada, ou pelo menos participativa e integrada. Parece que em cada ano que passa, as turmas se encontram cada vez mais desmotivadas e sem vontade em desenvolverem quaisquer saber ou competência

6 Não, é apenas mais uma tipologia de formação

Sim. Concordo com o “desenho” que se fez para os cursos de aprendizagem e os conteúdos programáticos são, regra geral, completos e ambiciosos. Mas deveria haver mais rigor na aplicação de regras. Deveria ser mais importante querer obter “bons profissionais” e não “mais profissionais”.

Existe a dificuldade de “separar” os bons dos menos bons formandos. Não existe rigor na avaliação, nem na aplicação de regras. Existe muita pressão para manter os formandos na formação mesmo aqueles que não demonstram qualquer empenho e dedicação.

Não, existe um grande número de formandos que não está motivado porque consideram que estão na formação de uma forma imposta pelo “sistema”.

7 Não Acho muito importante. Ajustar os módulos com a carga horária (módulos extensos para a carga horária prevista)

Na minha disciplina passa essencialmente por cargas horárias desfasadas com a necessidade dos diferentes módulos.

Na generalidade, sim.

8 Organização, flexibilidade, dinamismo e assertividade

Sim. Na minha opinião estes cursos estão bem estruturados, pelo facto de promoverem o contacto do formando com o mercado de trabalho.

A falta de motivação dos formandos. Não.

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Apêndice 5 - Análise das Entrevistas aos Formadores

António Carlos Carneiro | pg25640 241

Quadro M2 - Percurso Profissional

Entrevista

Considera que a entidade proporciona as condições necessárias para o desempenho das suas funções?

Se pudesse optar, que modalidade de formação escolheria para exercer a sua atividade de formador?

Que dificuldades existem no desenvolvimento destes cursos?

No espaço de formação surgem conflitos? Se sim, que tipo de conflitos? Como se resolvem?

1 Sim Não tenho preferência por um tipo de público específico

______ Existem conflitos que se resolvem com o reconhecimento dos formandos na autoridade da equipa pedagógica.

2 Sim Opção pelos cursos EFA Alguma desmotivação pois são pressionados pelo Centro de Emprego a frequentar os cursos

------------

3 Sim Aprendizagem e cursos EFA A motivação dos formandos Sim, entre os formandos, que são resolvidos através da assertividade.

4 Sim Não tenho uma preferência específica Não é propriamente daminha responsabilidade o desenvolvimento dos cursos

Por vezes acontece. São resolvidos com serenidade.

5 Sempre Com adultos, ativos preferencialmente ------------ Desde faltas de respeito até a agressões físicas. Tento impor o respeito entre participantes e pelo local de trabalho e caso necessário, intervenho para separar possíveis agressões.

6 Sim, a Sol do Ave proporciona boas condições e o apoio administrativo é muito bom.

Modalidades de formação em que os formandos estão na formação por querer aprender mais e sem contrapartidas monetárias. Formação em que o único objetivo dos formandos fosse o conhecimento.

Existe muito pouca assiduidade e pontualidade dos formandos. Sentem não haver “sanções” para tais comportamentos.

Não tenho tido situações dignas de registo

7 Sem dúvida nenhuma Gosto de trabalhar com diferentes modalidades e não tenho preferências por nenhuma delas.

Normalmente são grupos extremamente heterogéneos, logo o formador tem de ser muito flexível quer ao nível de lecionação dos conteúdos, quer ao nível da disciplina na sala de aula

Sim, são conflitos normais quando se está com grupos tão diferenciados e que por vezes têm pouca paciência e tolerância uns com os outros. Como se resolvem? Fazendo os formandos perceber desde da primeira aula, até onde podem ir, ou seja qual o limite tolerado dentro de uma dala de aula. Eles melhor do que ninguém sabe até onde podem ir. Havendo rigor, disciplina e respeito desde do primeiro instante acaba por ser simples resolver qualquer atrito que possa surgir durante as sessões. Cada um sabe exatamente qual o seu lugar.

8 Sim Cursos EFA e cursos de formação para a inclusão A motivação Sim, entre os formandos e, por vezes, entre estes e o formador que são resolvidos através de um diálogo assertivo.

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Apêndice 5 - Análise das Entrevistas aos Formadores

António Carlos Carneiro | pg25640 242

Quadro M2 – Percurso Profissional

Entrevista Ao nível dos formadores existe trabalho de equipa?

Fazem reuniões de formadores? Com que frequência?

Na sua perspetiva a relação com as empresas (caso exista), que acolhem os formandos para a formação em posto de trabalho é boa? Não existe?

Considera que a organização e a gestão da formação profissional são as mais adequadas?

1 Sim Sim. Trimestral Não tenho conhecimento Está bem organizada

2 Sim Sim.

Normalmente é muito difícil colocar formandos nas empresas uma vez que a mentalidade dos empresários é que é ”uma perda de tempo”. Os que aceitam os formandos com estágios é pela mão-de-obra barata, o que lhes possibilita rentabilizar as empresas. Só que se perde um dos objetivos do curso que é a colocação no mercado de emprego, pois há muita rotatividade de estágios nessas empresas.

Não. Acho que o levantamento das necessidades de formação da região deveria ser feita por empresas independentes, que não tivessem qualquer tipo de atividade de formação. Quanto à gestão das instituições que as ministram, nada a apontar.

3 Sim Sim, de dois em dois meses

No geral é boa. Existem empresas muito recetivas em colaborar com o processo de aprendizagem dos formandos.

Sim

4 Sempre Sim, conforme a organização da gestão da formação.

A relação é boa, tem que haver sempre um acompanhamento do formando durante o seu estágio

Sim

5 Sim Sim, pelo menos uma vez por mês

Há de tudo. Há entidade que enquadram o formando numa ótica de mão-de-obra barata e outra que se preocupam pela integração do formando na equipa e rotinas habituais de trabalho.

Sim

6

Sim, na área em que me insiro tenho um bom relacionamento e cooperação com os outros formadores.

Sim, são feitas reuniões. Depende da tipologia e duração dos cursos, mas varia entre mensal a trimestral.

Sim, na área de energias mantemos uma boa relação com um grupo de empresas com quem trabalhamos há uns anos. Por vezes é complicado ajustar as tarefas que podem ser desenvolvidas nas empresas com as que são pedidas nos referenciais da formação. Temos uma boa relação com as empresas acolhedores e sou bem recebido enquanto acompanhante de “estágios”.

Tem alguns pormenores que poderiam ser melhorados, mas por vezes não há autonomia para tal. Um dos “assuntos” que mais me preocupa é a “impunidade” perante faltas e atrasos sistemáticos.

7 Sim Sim. Normalmente mensalmente

Sim. Penso que na sua generalidade os nossos formandos são bem acolhidos.

Penso que sim

8 Sim Sim, de dois em dois meses

Na minha opinião é boa Sim

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Apêndice 5 - Análise das Entrevistas aos Formadores

António Carlos Carneiro | pg25640 243

Quadro M2 – Percurso Profissional

Entrevista Qual é a sua opinião sobre a forma como esta modalidade de formação está organizada?

Como é a sua relação com os formandos dos cursos de aprendizagem?

Como é feita a avaliação dos formandos?

Que tipo de avaliação é realizada?

1 ______ Muito boa Teste individual e trabalhos Quantitativa

2 Muito boa organização e gestão

Muito boa. Para conseguirmos chegar a eles temos que falar um pouco a linguagem deles, só assim nos compreendem e fazem o que nós queremos.

Avaliação contínua, realização de trabalhos de grupo e avaliação sumativa.

------------

3 Considero que pelo facto de serem cursos em alternância estes são mais benéficos para a inserção do formando no mercado de trabalho

Considero que é bastante boa Testes, fichas de trabalho e trabalhos Formativa e sumativa (quantitativa)

4 ------------ No curso de vitrinismo, estive com elas, um módulo. Em que mostraram muito interesse.

Por avaliação de trabalho, testes e avaliação contínua em sala de formação

------------

Concordo com a alternância entre a formação presencial e a formação em contexto real de trabalho. Contudo, acho que as entidades não deviam ser tão pressionadas a apresentar números em detrimento de uma boa e exigente avaliação de desempenho dos formandos.

Boa, apesar de passar mais tempo com os de informática. Acho que no cômputo geral, salvo as normais exceções, sempre tive uma relação agradável e de respeito com os meus grupos.

Atribuo maior peso aos testes e trabalhos práticos realizados nas sessões, mas claro que tenho em conta aspetos como a participação, a vontade em se valorizar profissionalmente, o empenho e a assiduidade e pontualidade.

Diagnóstica, formativa e sumativa

6 Os conteúdos programáticos e a articulação “escola-empresa” são muito importantes e compensadores quando aproveitados pelos formandos.

Não sou formador de nenhum desses grupos, atuo na área de Energias e Eletricidade.

Por forma de observação das sessões, por fichas, testes e trabalhos práticos.

É realizada uma avaliação quantitativa dos conhecimentos dos formandos.

7 Na sua generalidade está bem organizada, não obstante não concordar com as cargas horárias dos módulos de matemática

Excelente

Participação nas aulas, assiduidade, pontualidade e o comportamento, 30% e instrumentos de avaliação (fichas e testes) com 70%.

------------

8 Considero que estes cursos estão bem organizados, pois permite ao formando uma experiência em contexto real de trabalho.

Considero que é uma relação adequada baseada no respeito mútuo.

Testes, fichas de trabalho e trabalhos. Formativa e sumativa (quantitativa).

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Apêndice 5 - Análise das Entrevistas aos Formadores

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Quadro M2 - Percurso Profissional

Entrevista Considera que estes cursos são uteis para a inserção no mercado de trabalho?

Considera que a organização e a gestão dos cursos é a mais adequada?

Identifica-se como a forma como a entidade perspetiva a formação?

A sua relação de trabalho com a entidade formadora, como é? Sente-se como um trabalhador da entidade?

1 Sim ____ Sim Sim

2 Muito úteis, uma vez que se preparam os formandos para ter uma profissão específica

Sim Sim Sim, totalmente

3

Muito úteis, uma vez que são cursos em alternância, o que faz com que os formandos estejam inseridos no mercado de trabalho (formação em contexto real de trabalho) desde o início do curso.

Sim Sim Sim. Considero-me como trabalhadora da entidade.

4 Sem dúvida Sim Sim Sendo um profissional liberal, não faço parte da equipa, no entanto, no campo pessoal, sinto-me parte da equipa.

5 Bastante, mas no contexto atual, cada vez mais o formando tem que se superar constantemente, se quiser ter oportunidade para integrar o dito mercado.

Sim Claro. Dai a longevidade desta relação

Apesar de não ter as mesmas regalias socias, sinto que faço parte de uma equipa que procura constantemente melhorar as suas capacidades para dinamizar e formar a comunidade envolvente.

6

Sim, muito úteis, infelizmente um número considerável de formandos não aproveita a oportunidade e além disso passam para a comunidade uma imagem um pouco abonatória da formação.

Não a nível de responsabilização dos formandos pelos seus atos.

Sim, identifico. ------------

7

Sim. São cursos com uma componente muito prática que podem permitir uma maior facilidade de entrada no mercado de trabalho.

Penso que sim, não obstante o que referi em relação às cargas horárias.

Claramente

A relação é boa. Na minha opinião não me sinto como trabalhador da entidade, uma vez que um formador a recibos verdes nunca se sente realmente como parte integrante de entidade nenhuma.

8 Muito úteis, uma vez que os formandos são inseridos no mercado de trabalho/formação em contexto de trabalho) desde o início do curso.

Sim

Sim

Considero que a relação é adequada e, por isso, sinto-me como trabalhadora da entidade

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Apêndice 5 - Análise das Entrevistas aos Formadores

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Quadro M2 - Percurso Profissional

Entrevista Se lhe surgir um outra oportunidade de emprego abandona a atividade de formador?

Sente reconhecimento pelo seu trabalho?

Sente-se realizado enquanto formador?

Há situações/fases/momentos/marcos que destaque no seu percurso profissional? Se sim, quais?

1 Não Sim Sim Não

2 Depende da oportunidade e do que ela alberga Nem sempre Sim. Sou porque gosto, me dá prazer ------------

3 Não, o ideal seria conciliar. Sim Sim ------------

4 Gosto de dar formação, se tivesse de optar por outro emprego, seria por questões económicas, mas tentaria conciliar as duas coisas.

Por vezes, sim. Sim Ver determinados percursos profissionais de ex-formandos.

5 Tentaria sempre conciliar ambas

Especialmente quando os grupos são humildes e na sua globalidade, revelam interesse para a valorização pessoal ou profissional.

Poderia dizer que sim, se um formador estivesse protegido pelos mesmos regimes fiscais e de segurança social de um trabalhador por conta de outrem. Também o valor/hora atual de cada sessão, não se coaduna com o volume existente atualmente.

Cada nova turma é sempre um marco importante e ainda existe aquela pequena tensão de querer causar um bom impacto, logo a partir da primeira sessão.

6 Será uma “coisa” a ponderar. Depende de muitos fatores pessoais, sociais e económicos.

Sim, sinto. Sim, sinto.

Gostei muito da minha passagem pela multinacional na qual foi Técnico de Manutenção Industrial e Responsável pela Formação Interna da empresa. Permitiu-me um grande crescimento pessoal e profissional, de realçar a organização, clareza de objetivos e forma transparente de avaliação de desempenho. Outro momento marcante, pela novidade e responsabilidade, foi o acompanhamento do meu primeiro grupo de formandos na PAF de Eletricidade de Instalações na qual estava em “jogo” a obtenção de uma Carteira Profissional passada pela DGE. Foi uma sensação de “dever cumprido” e reconhecimento da importância da minha “prestação” para com o grupo de formandos.

7 Não Sem dúvida Claramente Penso que tem sido um percurso natural, com experiências muito interessantes, não achando no entanto que alguma mereça destaque.

8 Não. Tentaria conciliar ambas as atividades Sim Sim ------------

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APÊNDICE 6

Análise das entrevistas aos tutores/empresários

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Apêndice 6 - Análise das Entrevistas aos Tutores/Empresários

António Carlos Carneiro | pg25640 249

ENTREVISTAS AOS TUTORES/EMPRESÁRIOS

Quadro N1 - Caracterização social dos Tutores/Empresários

Entrevista Sexo Idade Estado

civil Nível de escolaridade Profissão

Função que desempenha na empresa?

Outras funções/formações

1 M 24 Solteiro Mestrado Técnico Superior Recursos Humanos Coordenador os Recursos Humanos ------------

2 F 31 Casada Licenciatura Assistente Social Coordenadora Técnica do SAP ------------

3 F 30 Casada Secundário Gerente Gerente ------------

4 F 32 Casada Secundário Gerente Gerente ------------

5 F 40 Casada 9º.ano Empregada Comercial Gerente ------------

6 F 35 Casada Secundário Gerente Responsável de loja ------------

7 F 40 Casada 9.ºano Gerente Responsável de loja ------------

8 M 47 Casado Licenciado/Pós-graduado Gestor de Recursos Humanos Gestor de Recursos Humanos ------------

9 M 33 Casado Secundário Empregado Comercial Encarregado ------------

Quadro N2 – Caracterização das entidades empregadoras

Ano de abertura Número de trabalhadores

Distribuição por idade dos trabalhadores Distribuição por habilitações escolares dos trabalhadores

Até 25 26-35 36-45 + 45 Até ao 6.º ano 7 ao 9.º ano 10/11.º ano Secundário Superior

2010 54 6 16 20 12 22 13 5 10 4

2011 25 4 10 8 3 6 4 2 9 4

2008 10 1 3 4 2 ------------ 2 2 6 ------------

2009 2 ------------ 2 ------------ ------------ ------------ 2 ------------ ------------ ------------

2006 3 ------------ 2 1 ------------ ------------ 3 ------------ ------------ ------------

2005 2 ------------ 1 1 ------------ ------------ 2 ------------ ------------ ------------

2007 2 ------------ 1 1 ------------ ------------ 1 1 ------------ ------------

1948 680 ------------ 54 176 437 340 184 ------------ 111 32

1990 13 1 3 5 4 1 6 1 4 1

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Apêndice 6 - Análise das Entrevistas aos Tutores/Empresários

António Carlos Carneiro | pg25640 250

Quadro N3 – Informação do Tutor (Orientador de estágio)

Entrevista É a 1ª.vez que desempenha esta tarefa?

No âmbito orientação/formação que tarefas lhe foram atribuídas?

Fez sugestões à entidade/empresa? Os seus contributos são tidos em conta?

Como articula com a entidade formadora?

Para uma melhor eficácia deste tipo de formação, na sua opinião o que seria necessário mudar?

1 Sim Acompanhar o formando e o preenchimento de documentação

Sim Por telefone e mail ------------

2 Não Acompanhar e verificar se os objetivos definidos estavam a ser cumpridos

Não Através da orientadora de estágio da formanda

------------

3 Sim Acompanhar a estagiária e orientar a formação prática

Sim (ao nível dos dossiers) Através de telefone e mail ------------

4 Não Orientar a estagiária Sim, necessidade de maior acompanhamento

Contato telefónico e pessoal ------------

5 Sim Orientar a formanda, a saber estar num estabelecimento comercial

Sim, necessidade de maior acompanhamento

Contato telefónico e mail Maior participação das empresas

6 Sim Orientar a formanda para o atendimento adequado na atividade comercial.

Não Contato telefónico e mail As empesas deviam ser ouvidas antes da formação ter inicio

7 Sim

Acompanhar a formanda e apoiá-la na aquisição de conhecimentos adequados para atender os clientes.

Não Contato telefónico e mail A formação está adequada a esta atividade comercial

8 Não Acompanhar o formando e apoiar as suas tarefas operacionais

Sim Através de mail e telefónico

Melhor articulação com as empresas e uma menor carga teórica e mais formação em posto de trabalho e a componente teórica ser transmitida em consonância com os momentos de formação em posto de trabalho.

9 Não Acompanhar o formando nas suas tarefas ocupacionais

Não

Através de mail e telefone

O período de formação em posto de trabalho ser mais concentrado no tempo.

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Apêndice 6 - Análise das Entrevistas aos Tutores/Empresários

António Carlos Carneiro | pg25640 251

Quadro N4 – Outras informações

Entrevista Já contratou formandos, se não, porquê? A empresa tem preocupações sociais?

1 Não Colaboração em iniciativa de âmbito social

2 Não Promover um envelhecimento ativo

3 Não ------------

4 ------------ ------------

5 ------------ ------------

6 ------------ ------------

7 ------------ ------------

8 Sim, mas noutras áreas. Apoiamos muitas iniciativas locais, com carácter social.

9 Não. Os formandos tinham outra opção. Atualmente não temos vagas disponíveis.

------------

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APÊNDICE 7

Análise da entrevista à Técnica de Informação e Orientação Profissional

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Apêndice 7 - Análise da Entrevista à Técnica de Informação e Orientação Profissional

António Carlos Carneiro | pg25640 255

ENTREVISTA À TÉCNICA DE INFORMAÇÃO E ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

Quadro O1 - Caracterização social

Entrevista Sexo Qual a sua formação académica?

Qual a sua profissão? Qual o cargo que exerce?

Há quanto tempo desempenha estas funções?

Já exerceu outra atividade profissional? Se sim, qual? Onde?

1 F Mestre em Psicologia Clinica e da Saúde

Psicóloga Técnica de Informação e Orientação Profissional

3 anos Psicologia Clínica

Quadro O2 - Informação sobre os cursos de aprendizagem

Entrevista Qual a sua experiência na seleção de formandos?

As suas tarefas só estão relacionadas com os cursos de Aprendizagem?

Como define a importância da sua função na Sol do Ave?

Quais são os aspetos gratificantes do seu trabalho?

Para si, qual é o papel da Sol do Ave enquanto entidade promotora de formação profissional?

1 Nos cursos de aprendizagem, durante 3 anos.

Na formação profissional, sim. A minha função é do acompanhamento dos formandos

Contribuir para que os jovens que frequentem estes cursos, consigam projetar o seu futuro.

Esta Entidade desempenha um papel muito importante na formação profissional na região do Ave.

Quadro O2 - Informação sobre os cursos de formação profissional (continuação)

Entrevista Face à especificidade dos cursos de Aprendizagem, considera importante esta modalidade de formação profissional? Se sim, e se pedissem opinião, que melhorias propunha?´

Na sua opinião verifica-se ou não massificação dos cursos de aprendizagem?

Considera que há dificuldades no recrutamento de jovens para estes cursos?

1

Considero sim que esta modalidade de formação é deveras importante para o futuro profissional dos nossos jovens, sendo uma boa alternativa aos percursos regulares do ensino secundário. Tendo em conta a especificidade de cada jovem, das suas perspetivas e interesses profissionais. Muitos dos nossos jovens não têm interesse em dar continuidade à sua formação ao nível do ensino superior, pelo que a dupla certificação se revela uma mais-valia e um sinal de credibilidade profissional na procura de emprego e realização profissional. Os cursos do sistema de aprendizagem permitem em simultâneo os conhecimentos teóricos associados à escolaridade, os quais ser-lhe-ão úteis ao nível do saber ser, mas também permite a cada jovem uma aprendizagem contínua e sustentada aliada a um primeiro contacto com a prática profissional, enriquecendo cada jovem enquanto pessoa e consecutivamente o seu futuro profissional.

Não considero que haja uma massificação dos cursos de aprendizagem, visto que os considero uma mais-valia a apostar no futuro, como alternativa ao regime atual preferencial. Considero que deve sim continuar-se a desmistificar estes cursos e a combater estereótipos ainda existentes entre certas faixas etárias mais velhas, que não consideram este cursos, cursos de primeiro linha vendo-os, erroneamente, como uma alternativa.

Sim, dificuldades ao nível do recrutamento de jovens tem-se feito sentir, penso que devido a duas questões: 1- O estigma e a falta de conhecimento sobre o funcionamento destes cursos como sendo um percurso válido para o futuro do jovem, devendo-se procurar que estes cursos tenham o reconhecimento devido enquanto opção válida para os jovens; 2 – o facto de cada vez mais as escolas do ensino regular terem cursos profissionais dificultando o contacto dos “seus” jovens a alternativas externas.

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Apêndice 7 - Análise da Entrevista à Técnica de Informação e Orientação Profissional

António Carlos Carneiro | pg25640 256

Quadro O3 - Informação sobre cursos de aprendizagem

Entrevista

Face às características muito específicas de parte do público-alvo (condições sociais, familiares, dificuldades de inserção no ensino oficial) dos candidatos a formandos, considera que os requisitos de recrutamento e seleção dos formandos devem “sofrer” alterações?

Considera que os formandos ao longo do curso deviam ter acompanhamento especializado permanente para as questões sociais?

A que atribui o número significativo de desistências ao longo do curso?

Considera que os apoios sociais que podem ser concedidos aos formandos são os adequados?

1

O facto de os cursos do sistema de aprendizagem ter como público-alvo jovens de idades diferentes é um aspeto positivo na medida em que permite abarcar mais jovens e combater o estigma de que estes cursos são apenas para jovens mais velhos ou com dificuldades no ensino regular; mas também permite grupos heterogéneos, que por vezes acarretam problemas de comportamento e interação entre si. De facto, as turmas do sistema de aprendizagem são sui generis, pelo que devemos estar preparados para as várias realidades sociais e familiares dos formandos, que provêm de meios diversificados, com vivências e realidades muito heterogéneas. Os cursos do sistema de aprendizagem devem deixar de ser uma alternativa para passar a ser cada vez mais uma opção. Daí que considero a seleção como sendo um ponto de partida para a afirmação desta modalidade e do seu sucesso. Daí que uma correta avaliação da motivação do jovem para a área de formação a que se candidata, bem como a avaliação dos seus interesses profissionais é fundamental para a sua aceitação e percurso profissional, aumentando de imediato a probabilidade de o jovem concluir a formação com sucesso. Um formando que tenha uma motivação intrínseca para a área é um formando empenhado e com sucesso inerente. Considero que os requisitos de recrutamento atualmente em vigor na “Sol do Ave” encontram-se devidamente fundamentados, sendo que todas as entrevistas de seleção envolvem a aplicação de provas que avaliação não só capacidades cognitivas bem como interesses e preferências profissionais, considerando-se ainda o domínio pessoal e social do candidato.

Sim, considero fundamental o acompanhamento especializado para as questões de foro pessoal e social. Considerando o público com quem trabalho, posso referir que é indispensável, pois as questões sociais estão sempre presentes e interferem diretamente no desempenho e postura do jovem. É fundamental um técnico especializado que compreenda a realidade pessoal e social do formando, o ajude, apoie e oriente. Nenhum formando se abstrai da sua realidade social pois esta está implícita em si mesmo, nas suas atitudes e nos seus comportamentos, daí que, se queremos ajudar o formando, quer a curto como a longo prazo, inevitavelmente, tem de haver algum técnico que saiba intervir nas questões da realidade dos jovens.

De facto, apesar dos esforços realizados junta da nossa população verificam-se ainda desistências dos cursos do sistema de aprendizagem. Enquanto entidade, a Sol do Ave, procura compreender a realidade subjacente a essas desistências, no sentido de compreender quais as variáveis externas ou internas envolvidas nessa tomada de decisão. Posso referir que nos casos em que têm ocorrido desistências, a principal causa é externa à associação, sendo sim de ordem económica. Concretamente, a realidade económica das famílias, é um dos fatores que mais se tem repetido ao nível das desistências. Vários são os formandos que confirmam a necessidade imediata de trabalhar para sustentarem-se a si ou para ajudarem ao sustento do agregado. Relembro que parte da população é carenciada, sendo que os aspetos de natureza socioeconómicos são aspetos delicados e a considerar. Posso salientar, que na minha experiência profissional, nunca tive formandos que tenham referido como causa para uma desistência, aspetos relativos ao funcionamento da associação, nem relativos aos cursos e sua estruturação.

Quanto aos apoios sociais concedidos aos formandos considero que não sendo os desejados, são pelo menos transversais à maioria dos formandos. Analisando cada formando de forma individual, visto as necessidades socioeconómicas apresentadas, eventualmente, beneficiaria o jovem a existência de outros apoios. No entanto, para tal questão, dever-se-ia analisar concretamente cada situação de forma isolada para poder tirar conclusões mais claras.

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Apêndice 7 - Análise da Entrevista à Técnica de Informação e Orientação Profissional

António Carlos Carneiro | pg25640 257

Quadro O3 - Informação sobre os cursos de aprendizagem (continuação)

Entrevista

Como são selecionados os formandos?

Na sua opinião há formandos “obrigados” a participar na formação?

Dado que há vários anos exerce a sua atividade profissional especialmente nesta modalidade de formação, na sua opinião quais os motivos porque se verificam tantas desistências de formandos?

1

Através de entrevistas cuidadas sobre as suas competências, potencialidades e motivações pela área de formação.

É possível, mas a seleção obedece apenas aos critérios definidos para uma seleção adequada dos formandos.

O motivo principal é a necessidade de uma remuneração, dado que se trata de jovens com idade em que as responsabilidades sociais dificultam a continuidade nos cursos.

Quadro O3 - Informação sobre os cursos de aprendizagem (continuação)

Entrevista

O que é que deve ser feito para melhorar a captação e seleção dos formandos? Para si, que aspetos da organização e/ou gestão seriam importantes alterar para conseguir que a relação entre o número inicial e o número final de formandos fosse mais equilibrado?

Considera que para ser formador dos cursos de aprendizagem, é necessário possuir algum requisito especial?

1

A entidade desenvolve diariamente todas as preocupações para ultrapassar as dificuldades que surgem no dia a dia. Não é da responsabilidade da entidade as problemáticas das desistências, nem da captação dos formandos. Há necessidades educacionais e socioculturais que ultrapassam os esforços que são exercidos para atenuar esta questão.

Qualquer formador em qualquer sistema de formação deve ter logicamente o requisito do profissionalismo e o domínio do conhecimento. Tornar as sessões dinâmicas e aproximadas, sempre que possível, à realidade do jovem facilita a sua interação e empenho. A empatia é desde logo fundamental para a interação e o diálogo com estes formandos. Conhecê-los e aproximarmo-nos desses jovens demonstra a nossa disponibilidade não só para lhes transmitir conhecimentos, mas também a nossa disponibilidade para qualquer solicitação. O trabalho com os jovens do sistema da aprendizagem requer não só conhecimento teóricos sobre uma determinada área de formação, mas sim o conhecimento da realidade social de cada jovem, conhecer as motivações e os interesses dos formandos. O formador deve portanto ser empenhado, não desistindo perante frustrações que possam surgir, dinâmico e dedicado à área de formação e ao jovem, à sua realidade enquanto formando e enquanto pessoa.

Quadro O3 - Informação sobre os cursos de aprendizagem (formação profissional) (continuação)

Entrevista Se são motivos sociais e culturais, o que poderia ser feito, para alterar esta situação?

Na sua opinião porque é que a pontualidade não é “cumprida” pelos formandos? E a assiduidade?

1 A desestruturação atual da sociedade, quer na componente económica e social.

É a dificuldade em motivar jovens, que em muitos casos, abandonaram o sistema de ensino regular, ou que entendem que com maior ou menor dificuldade vão concluir estes cursos, que lhes dará equivalência escolar.

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António Carlos Carneiro | pg25640 259

APÊNDICE 8

Análise das entrevistas aos gestores e técnicos da Sol do Ave

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António Carlos Carneiro | pg25640 260

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Apêndice 8 - Análise das Entrevistas aos Gestores e Técnicos da Sol do Ave

António Carlos Carneiro | pg25640 261

ENTREVISTAS AOS GESTORES E TÉCNICOS DA SOL DO AVE

Quadro P1 - Caracterização social dos gestores e técnicos da Sol do Ave

Entrevista Sexo Qual a sua formação académica?

Qual a sua profissão? Qual o cargo que exerce? Há quanto tempo desempenha estas funções?

Já exerceu outra atividade profissional? Se sim, qual? Onde?

1 M Licenciatura em Sociologia Técnica de Formação Coordenadora Pedagógica 16 anos Não

2 M Licenciatura em Engenharia de sistemas e Informática

Engenheira

Coordenadora da área da Qualificação/Formação

6 anos Analista de Sistemas e Programadora

3 M Licenciada em Gestão Diretora do Departamento Financeiro

Responsável pela gestão económica e financeira da Sol do Ave

20 anos Professora. Foi consultora financeira em várias empresas.

4 M Licenciatura em Relações Internacionais

Diretora do Departamento de Qualificação, Formação e Desenvolvimento Social.

Responsável pela execução das atividades previstas por cada uma das áreas que compõem o departamento.

3 anos

Fui Técnica Superior na área da Cooperação e Relações Internacionais, Coordenadora de projetos, Coordenadora de CNO e do Departamento de Formação e Desenvolvimento Social (Sol do Ave). Já fui professora no ensino público e Secretária de Administração.

5 M Licenciada em Sociologia Administradora

Responsável pela gestão de toda a atividade da Sol do Ave, em articulação com a Direção e acumulo com a Coordenação da área do Desenvolvimento Rural.

2 anos Coordenadora do Departamento do Desenvolvimento Rural e do Programa Leader.

Quadro P1 - Caracterização social dos gestores e técnicos da Sol do Ave

Entrevista Qual a sua experiência formativa?

As suas tarefas só estão relacionadas com os cursos de Aprendizagem?

Como define a importância da sua função na Sol do Ave?

Quais são os aspetos gratificantes do seu trabalho?

1 Coordenação pedagógica dos cursos de aprendizagem e de Educação e formação de jovens

Não. Sou também coordenadora pedagógica de cursos de Formação Pedagógica de Formadores.

------------- Contribuição para a formação pessoal de alguns jovens.

2 Formadora e Coordenadora durante 15 anos

------------ Na orientação dos Técnicos de Formação para uma melhor organização da formação.

------------

3 ------------ ------------ ------------ ------------

4 Fui formadora, mas é sobretudo ao nível da coordenação de formação

------------ A importância da minha função é especialmente a de garantir a execução das várias atividades do Departamento.

------------

5 ------------ ------------ ------------ Gosto muito do meu trabalho

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Apêndice 8 - Análise das Entrevistas aos Gestores e Técnicos da Sol do Ave

António Carlos Carneiro | pg25640 262

Quadro P2 – Informação sobre a formação profissional

Entrevista Para si, qual é o papel da Sol do Ave enquanto entidade promotora de formação profissional?

O que pensa sobre o Catálogo Nacional de Qualificações?

O que pensa dos referenciais de formação?

1 ------------ ------------ ------------

2 A Sol do Ave face à sua experiencia tem uma intervenção muito importante no contexto social da área geográfica em que intervém.

Precisavam de ser melhorados. Precisavam de ser melhorados. Há conteúdos repetidos, outros pouco abordados. Vão-se contornando, conforme os formadores.

3 ------------ ------------ ------------

4

O papel da Sol do Ave é de extrema importância, uma vez que conhece bem o contexto local e é capaz de articular os seus projetos formativos, com as necessidades locais e com outros projetos que desenvolve ao nível social e rural. A participação em diversas redes e grupos de trabalho dedicados às questões de formação e do emprego, o que permite um conhecimento permanentemente atualizado das necessidades locais.

O CNQ deveria possibilitar a experimentação em função das necessidades dos públicos específicos. Assim com nos cursos de Aprendizagem, por vezes os níveis dos referenciais são muito extensos e por vezes com conteúdos semelhantes de UFCD para UFCD e por vezes demasiado teóricos. Seria desejável sem alterar os conteúdos, ter a possibilidade de adotar metodologias ativas para transmissão das matérias.

------------

5 O foco principal da Sol do Ave é a formação, mas é na sua atividade integrada, desenvolvimento social, rural e no empreendedorismo que ressalta a mais-valia da Sol.

------------ ------------

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Apêndice 8 - Análise das Entrevistas aos Gestores e Técnicos da Sol do Ave

António Carlos Carneiro | pg25640 263

Quadro P2 – Informação sobre formação profissional

Entrevista A diversidade das vossas ações de formação, resultam da necessidade do mercado de trabalho?

Considera que a formação profissional disponível para desempregados é suficiente?

Ao nível da formação profissional, como tem evoluído a vossa organização?

1 ------------ ------------ ------------

2 Tem-se baseado em estudos/diagnósticos locais e supramunicipais, mas também em orientações do IEFP e da ANQ/ANQEP.

No QREN, sim Ao nível da formação financiada tem evoluído bem. Precisa de se expandir para a formação autofinanciada e para a formação do “mundo” empresarial.

3 ------------ ------------ ------------

4

Da nossa parte há um esforço que responder às necessidades do mercado de trabalho, mas a verdade é que nem sempre as empresas participam ativamente nos diagnósticos que se vão realizando, o que por vezes, origina algum desfasamento entre a formação desenvolvida e as necessidades dos empregadores.

Enquanto não existir uma política pública de formação concertada com todos os agentes intervenientes, a formação profissional vai funcionando ao sabor de cada governo, o que impede a existência de um plano integrado que corresponda à necessidade de responder a todos os desempregados, nomeadamente nas regiões onde o desemprego é elevado.

Somos uma entidade muito flexível que tem sabido adaptar-se a todas as alterações que têm ocorrido nesta área. A experiência que fomos adquirindo ao longo de 20 anos de intervenção permitiram-nos aperfeiçoar práticas, instrumentos e metodologias de trabalho. Temos que continuar a melhorar ao nível do acompanhamento dos formandos no pós-formação.

5

O nosso plano resulta de várias fatores, entre os quais, os próprios regulamentos, dado que as nossas ações são preponderantemente ações cofinanciadas, mas também da recolha que fazemos dos vários grupos de trabalho em que estamos inseridos nos vários territórios do Ave.

A formação que desenvolvemos pra desempregados não é suficiente para responder às solicitações dos desempregados, nem do mercado de trabalho, mas não tem sido possível desenvolver mais ações, face aos condicionalismos existentes.

A evolução da nossa instituição tem sido feita em sintonia com os vários documentos oficiais que determinam as regras da formação, reconhecendo que em algumas modalidades de formação, temos que melhorar ao nível do acompanhamento dos formandos na pós-formação.

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Apêndice 8 - Análise das Entrevistas aos Gestores e Técnicos da Sol do Ave

António Carlos Carneiro | pg25640 264

Quadro P3 – Informação sobre cursos de aprendizagem

Entrevista Qual o papel desempenhado pela Sol do Ave na seleção dos cursos de aprendizagem?

Qual o papel dos formadores na planificação das ações de formação?

Como são selecionados os formadores?

Desde que ano a Sol do Ave desenvolve cursos de formação profissional no âmbito do sistema de aprendizagem?

1 ------------

A intervenção dos formadores no âmbito da planificação situa-se ao nível da planificação de cada UFCD e planificação de atividades pedagógicas que possamos vir a desenvolver.

Recurso a uma bolsa de formadores, análise curricular e entrevista de seleção.

De 1997 a 2006 e desde 2009, somos uma entidade protocolada com o IEFP.

2

Nos cursos EFA, CEF, FMC a entidade financiadora é que escolhia dentro do leque das áreas candidatas. No sistema de aprendizagem era a Sol do Ave que escolhia. A partir de 2015 são os serviços regionais do IEFP.

------------ ------------ ------------

3 ------------ ------------ ------------ ------------

4 No sistema de aprendizagem até 2014 eramos nós que escolhíamos as áreas de formação. A partir são os serviços regionais do IEFP.

------------ ------------ ------------

5 ------------ ------------ ------------ ------------

Quadro P3 - Informação sobre os cursos de aprendizagem

Entrevista Como são selecionados os formandos?

Na sua opinião há formandos “obrigados” a participar na formação?

Dado que há vários anos exerce a sua atividade profissional especialmente nesta modalidade de formação, na sua opinião quais os motivos porque se verificam tantas desistências de formandos?

1 Verificar se cumprem os requisitos e entrevista de pré-seleção.

Obrigados, não, mas sim pressionados. Uns pelos pais, outros por entidades que fazem o seu acompanhamento social.

Dificuldades económicas, que os obrigam a ir trabalhar; falta de verdadeira motivação para a formação; falta de hábitos/rotinas de estudo.

2 ------------ ------------ ------------

3 ------------ ------------ ------------

4 ------------ ------------ ------------

5 ------------ ------------ ------------

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Apêndice 8 - Análise das Entrevistas aos Gestores e Técnicos da Sol do Ave

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Quadro P3 - Informação sobre os cursos de aprendizagem

Entrevista

O que é que deve ser feito para melhorar a captação e seleção dos formandos? Para si, que aspetos da organização e/ou gestão seriam importantes alterar para conseguir que a relação entre o número inicial e o número final de formandos fosse mais equilibrado?

Se for necessário “expulsar” um formando, considera que os procedimentos burocráticos previstos no regulamento são adequados?

Considera que as desistências dos formandos ao longo dos cursos resultam apenas das dificuldades económicas?

A Sol do Ave tem algum indicador fiável sobre a empregabilidade destes formandos?

1 Não atribuo a diferença entre o número inicial e o número final de formandos relacionados com a gestão ou a organização das ações.

Sim. Tivemos recentemente um caso de expulsão com a abertura de processo disciplinar e não me pareceu um processo desadequado.

Não. Essa situação verifica-se em alguns casos mas outras desistências ficam a dever-se a falta de verdadeira motivação para a formação/área de formação e também devido à ausência de projetos de vida sólidos.

Sim, mantemos contacto regular via facebook e contacto telefónico

2 Estamos a estudar esta questão, não propriamente ao nível da gestão dos cursos, mas da forma de inserção dos jovens nos cursos.

------------ ------------

Temos indicadores que consideramos fiáveis, mas que resultam sempre da informação que nos é transmitida pelos ex-formandos.

3 ------------ ------------ ------------ ------------

4 Estamos a estudar qual a melhor forma de organização interna que possa responder a esta questão muito complexa.

------------ ------------ ------------

5

Criar uma nova forma de organização interna. Há um nível de exigência acrescido. As dificuldades resultam dos componentes administrativos destes cursos. Há um processo muito burocrático. Há necessidade de simplificar mecanismos. Estamos a melhorar os procedimentos, mas é difícil, dada a burocracia. A menor burocratização do sistema facilitaria muito o trabalho que desenvolvemos.

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Apêndice 8 - Análise das Entrevistas aos Gestores e Técnicos da Sol do Ave

António Carlos Carneiro | pg25640 266

Quadro P3 - Informação sobre os cursos de aprendizagem

Entrevista

Como vê o papel das empresas de apoio à alternância (formação em posto de trabalho)?

Considera que o financiamento dos cursos de aprendizagem é o mais adequado?

É realizada a avaliação da formação? Com que instrumentos? Na sua opinião são os adequados? Para estes cursos de formação que são tão prolongados?

1 Considero-o adequado à modalidade de formação

Considero-o muito reduzido, o que pode limitar a dinamização dos cursos.

É realizada a avaliação da formação em conformidade com as regras estabelecidas no Programa.

2 O papel das empresas é fundamental para o sucesso desta modalidade de formação.

Relativamente ao regime de custos unitários, não, dado que é muito difícil trabalhar com jovens que exigem muita atenção e muito apoio técnico.

É realizada a avaliação da formação, naturalmente que os instrumentos de avaliação são sempre discutíveis, mas é necessário que quem os aplica primeiro os aplique no momento adequado e segundo que acredite neles, para os fazer valer. Seria importante dar mais valor aos seus resultados e, eles seriam muito importantes, sim. Ainda credito que com as alterações pensadas no processo de Certificação que terminámos recentemente possam ser implementadas.

3 ------------

Os prazos previstos para o financiamento das candidaturas aprovadas são cumpridos. A dificuldade são “os tempos de espera”, que são muito preocupantes nas fases de transição entre quadros comunitários.

------------

4

O papel das entidades empregadoras é fundamental para esta modalidade de formação. No entanto, considero que precisamos de melhor a articulação e o acompanhamento dos formandos.

------------

É realizada uma avaliação ex-ante, on-going e ex-post, com base nos documentos estratégicos concelhios e regionais, assim como as áreas e saídas profissionais definidas anualmente pelo IEFP, acrescido do conhecimento que detemos do território. E nos cursos de Aprendizagem as áreas de formação são protocoladas com o IEFP. A avaliação on-going acompanha a realização da formação e tem por objetivo avaliar todo o processo formativo, o que permite a introdução de melhorias/correções ao processo formativo, com a utilização de instrumentos que nos permitem, ao longo dos cursos, avaliar os seguintes aspetos, como aferição das expectativas iniciais dos formandos; processo de avaliação das aprendizagens e avaliação da satisfação de formandos e formadores. A avaliação ex-post ocorre quando uma ação já foi concluída e incide numa análise dos resultados alcançados, ou seja, do impacto da formação nos formandos. É prática da Sol do Ave questionar os ex-formandos telefonicamente (ou, mais recentemente, via Redes Sociais) após 6 meses da ação ter terminado sobre a sua situação face ao emprego ou possível ingresso no ensino superior.

5 Considero que precisamos de otimizar a articulação e o acompanhamento dos formandos.

Claramente insuficientes. Considero importante que internamente se proceda a uma reflexão sobre a possibilidade de melhorar os instrumentos de avaliação desta modalidade de formação.

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Apêndice 8 - Análise das Entrevistas aos Gestores e Técnicos da Sol do Ave

António Carlos Carneiro | pg25640 267

Quadro P3 - Informação sobre os cursos de aprendizagem (formação profissional)

Entrevista

Se são motivos sociais e culturais, o que poderia ser feito, para alterar esta situação? Na sua opinião porque é que a pontualidade não é “cumprida” pelos formandos? E a assiduidade?

Na sua opinião o que deve ser feito para melhorar a captação e seleção dos formandos?

1

Infelizmente não me parece que se possa fazer grande coisa. Na maior parte dos casos esta postura dos formandos é fruto da sua formação pessoal (educação?). Penso que, em alguns casos, o que favorece a desistência são mesmo questões relacionadas com a educação que os formandos foram recebendo (querem todo fácil, conseguido sem grande esforço,….) São jovens que não tem como prioritário aproveitar a oportunidade que lhes é dada com a frequência da formação.

Falta de motivação para a formação. Os formandos verdadeiramente motivados não faltam nem chegam atrasados à formação.

Tentar uma melhor articulação com as escolas e um maior investimento na divulgação destes cursos, não só por parte das entidades formadoras mas também do próprio IEFP

2 A seleção dos formandos é um dos fatores decisivos para o bom funcionamento dos cursos, pelo que estamos a proceder a uma análise das questões menos positivas, para que as possamos ultrapassar nos próximos cursos.

Estas questões são as que nos têm preocupado e é sobre elas que estamos a estudar novas estratégias para os cursos que prevemos arrancar este ano.

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3 ------------ ------------ ------------

4 ------------ ------------ ------------

5 ------------ ------------ ------------

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Apêndice 8 - Análise das Entrevistas aos Gestores e Técnicos da Sol do Ave

António Carlos Carneiro | pg25640 268

Quadro P3 – Informação sobre os cursos de aprendizagem (formação profissional)

Entrevista Considera que a Sol do Ave tem uma estrutura adequada para responder às necessidades das exigências que as várias entidades públicas exigem?

Como vê a relação da Sol do Ave com o mercado de trabalho, nomeadamente com as empresas que acolhem os formandos para a formação em posto de trabalho?

Como vê a relação (procura) entre os cursos desenvolvidos e a procura das entidades empregadoras?

1 ------------ Temos tido um bom relacionamento

Principalmente nos cursos terminados em 2014, verificamos um nível de empregabilidade dos formandos muito bom. No caso do curso de Técnico/a de Vendas, por exemplo, dos 11 formandos que terminaram o curso, 10 estão a trabalhar.

2 Sim, a nossa estrutura responde bem às exigências que nos são colocadas na área da formação profissional.

A relação com as empresas que acolhem formação em posto de trabalho está em conformidade com as regras desta modalidade.

------------

3

A Sol do Ave sem alterar o seu ADN, deve refletir sobre a forma como abranger outros públicos, nomeadamente as empresas, especificamente na formação de ativos, até pela exigências de formação previstas na legislação laboral, mas também ao nível da formação de pequenos empresários com formação autofinanciada. Apesar das inúmeras intervenções da Sol do Ave, julgo que é desejável ajustar melhor o planeamento e a organização das diferentes estruturas internas.

------------

4

A nossa estrutura atual responde às exigências, mas é desejável uma melhor otimização dos recursos humanos existentes.

Tem sido uma relação positiva, com algumas empresas uma relação de vários anos. Temos tido a sorte de, em temos globais, contarmos com um leque de empresas que são bastante colaborativas e que têm abertura suficiente para acolher formandos para a FCRT. Temos, aliás, alguns casos em que os formandos terminam a sua formação e são integrados na empresa em que fizeram a FCRT. Acho que o facto da Sol do Ave ser uma entidade formadora com largos anos de experiência, e bem integrada no território em que atua, é uma grande ajuda a esta relação.

Atualmente, devido à situação financeira e económica do país, sobretudo nos primeiros seis meses tem sido difícil a inserção profissional. Habitualmente no espaço de 9 a 15 meses, a maioria dos formandos consegue obter emprego na área do curso que frequentaram.

5 Temos uma estrutura adequada às nossas intervenções, mas devemos refletir sobre a necessidade de evoluímos para respondermos ainda melhor.

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Apêndice 8 - Análise das Entrevistas aos Gestores e Técnicos da Sol do Ave

António Carlos Carneiro | pg25640 269

Quadro P4 – Informação sobre a entidade, relativamente à sua organização

Entrevista Considera que as Entidades Externas de Formação, como a vossa entidade, deviam ter mais autonomia na gestão destes cursos?

Quais os aspetos organizacionais que gostaria de ver melhorados no apoio prestado à formação?

Quais são os pontos fortes da vossa organização? E os pontos fracos?

1 Não me parece necessário. ------------ ------------

2 Se calhar não…

Fundamentalmente não há aspetos organizacionais significativos a melhorar, o que é necessário é encontrar a fórmula mais adequada para que os formandos se mantenham interessados e motivados durante todo o percurso formativo.

A experiência e o conhecimento do território é o nosso ponto forte.

3

Sem pretender abordar questões que não são da minha responsabilidade, seria desejável alguma autonomia, para que em cada curso podermos adaptar à realidade das competência que o grupo de formandos possui.

Seria desejável, especialmente nas fases iniciais dos Programas, uma maior articulação e circulação da informação, para que possibilitasse às entidades como a nossa, desde o início estruturar os seus dossiers em conformidade com os objetivos dos programas.

A experiência que temos quer dos vários territórios que compõem a área geográfica de intervenção, quer do contato com os organismos com responsabilidades na região, quer com as representações das entidades empregadoras e com o público-alvo das n/intervenções. Temos algumas debilidades no planeamento, embora algumas sejam próprias das medidas, por vezes demasiado micro, em que estamos envolvidos.

4

Especificamente no que toca ao Sistema de Aprendizagem, apesar de concordar com os benefícios da formação em alternância, ao nível dos referenciais estes são muito extensos, por vezes com conteúdos muito semelhantes de UFCD para UFCD e, também, por vezes demasiado teóricos. No entanto, a este respeito, apesar de não podermos adaptar os conteúdos ao público-alvo, o q seria desejável, temos sempre a liberdade de adotar metodologias de formação ativas para transmissão dos mesmos, contornando assim parte do constrangimento.

------------ ------------

5

Penso que sim, sobretudo nos cursos de aprendizagem, dado que estamos a trabalhar com públicos muito complicados. Muitas vezes não é possível dar a resposta adequada, face aos condicionalismo burocráticos, nomeadamente com estes grupos com problemáticas muito complexas, que muitas vezes os condicionalismos das regras, limitam a nossa capacidade de resposta, nomeadamente fazer um melhor acompanhamento de apoio social, de forma a possibilitar complementar a formação com uma componente psicossocial.

Criar uma nova forma de organização interna. Há um nível de exigência acrescido. Há dificuldades, dado a componentes administrativos destes cursos- Há um processo muito burocrático. Necessidade de simplificar os mecanismos Estamos a melhorar os procedimentos, dada a burocracia. A menor burocratização do sistema facilitaria muito o trabalho que desenvolvemos. Estamos a preparar candidatura para a Certificação da Sol do Ave, como entidade formadora.

A experiência adquirida ao longo destes anos, permite-nos conhecer quer o público-alvo, quer nos acompanhamentos que fazemos, quer nas tomadas de decisão. A necessidade de proximidade de acompanhamento social diferente, e que pode ser fundamental para o sucesso do percurso formativo. Os condicionalismo são muitos, em termos regulamentares, quer os financeiros, quer os burocráticos, que é fundamental para o sucesso destes cursos. Mas as limitações são muitas. Estas questões acabam por tornar difícil a nossa intervenção.

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Apêndice 8 - Análise das Entrevistas aos Gestores e Técnicos da Sol do Ave

António Carlos Carneiro | pg25640 270

Quadro P4 – Informação sobre a entidade, relativamente à sua organização

Entrevista Como é a vossa relação com o IEFP? Que potencialidades vê no atual quadro Portugal 2020, para o desenvolvimento de ações de formação profissional.

1

Parece-me que seria mais funcional se a articulação fosse feita com os centros de formação. Acredito que fosse possível estabelecer um relacionamento de maior proximidade.

Estou apreensiva, dado que relativamente à formação profissional não existir ainda nada de concreto, mas também com a questão dos resultados e da febre da empregabilidade.

2 ------------ Estou apreensiva por nada relativo à FP ter iniciado e também com a questão dos resultados e da febre da empregabilidade.

3 Relativamente às questões financeiras a relação com o IEFP é muito positiva.

Sem pretender referir-me às áreas que não são minha responsabilidade, e dado que se trata de um público muito específico, deveria ter uma maior preocupação ao nível social dos formandos. É um pouco cedo para emitir uma opinião concreta sobre esta matéria, mas a experiência que a Sol do Ave possui poderia ser melhor aproveitada pelos vários parceiros, nomeadamente as autarquias locais, bem como os serviços oficiais.

4

É uma relação muito positiva. Especificamente com o IEFP é uma relação mais distante, mais formal, mas que tem sido bastante positiva para ambas as partes. Somos uma entidade respeitada e valorizada pelo IEFP. Quanto aos municípios a nossa relação é também muito positiva que tem-se intensificado e aprofundados nos últimos anos.

É muito difícil responder a esta pergunta numa altura em que não sabemos exatamente aquilo a que nos poderemos candidatar, mas diria que esperamos poder voltar a poder desenvolver cursos EFA de dupla certificação na qual julgo que temos bastantes competências. Apostaremos, igualmente, na formação dirigida às empresas e aos ativos empregados. Esperamos, igualmente, que o Portugal 2020 nos permita desenvolver respostas formativas inovadoras e adaptadas às especificidades de determinados públicos, como por exemplo, pessoas em risco de exclusão social.

5 ------------

Estamos em fase de preparação para apresentar as candidaturas. Desde abril de 2014 que estamos a preparar em conjunto com os diferentes atores da região para perceber as expectativas. Ouvindo os agentes económicos dos diferentes setores de atividade e as entidades com responsabilidades na região. Ouvindo os agentes socioeconómicos, para onde devemos ir, conjunto de colaboração com os agentes no terreno, quer os agentes quer as entidades com responsabilidades e a estratégia da CIM do Ave e dos municípios locais.

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Apêndice 8 - Análise das Entrevistas aos Gestores e Técnicos da Sol do Ave

António Carlos Carneiro | pg25640 271

Quadro P4 – Informação sobre a entidade, relativamente à sua organização

Entrevista Qual a importância das parcerias para a Sol do Ave?

Como vê estas constantes alterações legislativas sobre a formação profissional?

Considera que a Sol do Ave tem uma estrutura adequada para responder às necessidades das exigências que as várias entidades públicas exigem?

1 ------------ Com preocupação. A nossa estrutura responde às exigências.

2 As parcerias são fundamentais para a atividade da Sol do Ave

------------ ------------

3 ------------ ------------

A nossa estrutura atual responde às exigências, mas é desejável que possa existir um maior aproveitamento dos recursos humanos existentes. A Sol do Ave sem alterar o seu ADN, deve refletir sobre a forma como abranger outros públicos, nomeadamente as empresas, especificamente na formação de ativos, até pela exigência de formação prevista na legislação laboral, mas também ao nível da formação de pequenos empresários com formação autofinanciada. Apesar das inúmeras intervenções da Sol do Ave, julgo que é desejável ajustar melhor o planeamento e a organização das diferentes estruturas internas.

4

A Sol do Ave desde o seu início funcionou sempre em parceria com as mais diversas entidades existentes no território geográfico em que intervimos. Mas também já desenvolvemos vários projetos internacionais com vários países da União Europeia. Seria importante implementar uma parceria com o IEFP mas até à presente data não foi possível, bem como estabelecer parcerias com mais empresas que possibilitassem um desenvolvimento da formação de ativos mais integrado e correspondente às necessidades do mercado de emprego.

Em Portugal não existe um política pública de formação profissional séria e persistente no tempo e que tenha verdadeiro impacto na qualificação da população ativa. Não existem verdadeiros diagnósticos de necessidades formativas, estudos prospetivos sobre esta matéria, nem nacionais, nem locais, nem sectoriais. A formação profissional anda sempre “ao sabor do vento” de cada governo. Por outro lado, os nossos empregadores, embora digam o contrário, inclusive os da região em que intervimos são pouco recetivos a participarem em estudos, bem como em desenvolverem processos formativos aos seus trabalhadores. Existe ainda uma cultura de desvalorização da formação, quer por partes das empresas, mas também dos trabalhadores e estas constantes alterações legislativas não contribuem em nada para que esta cultura seja alterada.

A Sol do Ave possui uma estrutura que corresponde bem às necessidades das nossas intervenções. Que pode ser melhorada se as exigências assim o determinarem.

5

A própria Sol do Ave, em si mesmo é uma parceria que resulta da participação das várias entidades que compõem a Sol do Ave. O trabalho em rede é fundamental na nossa estratégia. Sempre trabalhamos em parceria, seja com entidades nacionais e/ou internacionais.

Estamos dependentes dos Programas Operacionais. Continuamos a ter um nível muito baixo de formação. Temos um desafio acrescido que é um novo modelo económico. Temos que pensar, se a formação que temos que qualificar estas populações noutras áreas, obrigando-nos a alterar os objetivos estratégicos, face à dependência dos fundos de financiamento. Níveis de educação e formação muito baixos na região. Os problemas da industrialização na região).

A Sol do Ave é muito flexível e tem sabido adaptar-se a todas as alterações que têm ocorrido neste campo. Como disse anteriormente, deverão ser muito poucas as modalidades de formação que nós nunca desenvolvemos, pois temos uma capacidade de adaptação à mudança muito grande. Têm sido capazes de acompanhar sem grandes constrangimentos as constantes alterações que ocorrem na formação profissional. Os 20 anos de intervenção que temos, deram-nos maturidade, mas também nos permitiram aperfeiçoas práticas, instrumentos e metodologias de trabalho, que são muito importantes para fazer face aos constantes desafios com que nos deparamos.

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Apêndice 8 - Análise das Entrevistas aos Gestores e Técnicos da Sol do Ave

António Carlos Carneiro | pg25640 272

Quadro P4 – Informação sobre a entidade, sobre a sua organização

Entrevista Quais são os vossos objetivos estratégicos?

Parece existir a “ideia” que a Sol do Ave está associada prioritariamente a públicos muito específicos (desfavorecidos), nomeadamente com necessidade de apoios sociais, ou esta ideia que passa, está errada.

Interessa à Sol do Ave atingir outros públicos?

Como gostaria de ver a inserção da Sol do Ave no contexto social e económico dos territórios em que intervém?

Em que atividades a Sol do Ave apoia os organismos públicos

1 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

2 ------------ ------------ Sim. As empresas na formação de ativos.

------------ ------------

3 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

4

É afirmar a Sol do Ave como uma entidade formadora de referência a nível regional e nacional. Reforçar a ligação entre a formação profissional que desenvolvemos e o tecido empresarial local e regional. Criar sustentabilidade na nossa atividade formativa, através de um mecanismo de financiamento público permanente da nossa atividade formativa, à semelhança do que acontece com as Escolas Profissionais, ou em alternativa o desenvolvimento de uma estratégia de formação autofinanciada em que os formandos pagariam a sua formação.

A Sol do Ave nasceu numa altura em que os setores têxtil, vestuário e calçado libertaram para o desemprego muita mão-de-obra e que era necessário requalificar. A Sol do Ave acreditou sempre que o desenvolvimento de um território só é possível se houver coesão social, pelo que apostou claramente no trabalho com os públicos mais desfavorecidos. A Sol do Ave não trabalha só para estes públicos, também tem desenvolvido formação profissional para funcionários das autarquias locais, para trabalhadores do setor agrícola, para jovens licenciados e para profissionais do terceiro setor.

A Sol do Ave já atinge outros públicos, mas precisamos de apostar também na formação dirigida às empresas e às organizações do terceiro setor, apesar da concorrência existente nestes segmentos económicos. Temos que desenvolver um marketing mais ousado sobre o que fazemos bem e ainda sobre o que podemos fazer.

A Sol do Ave está bem inserida no contexto social e económico em que atua, tem sido reconhecida ao nível local e regional, bem como ao nível de entidades com responsabilidade em matéria de formação, como o IEP, de desenvolvimento social, como o ISS, e do desenvolvimento rural, como o IFAP. No entanto, ainda não foi reconhecida à Sol do Ave o papel que pode desempenhar, porque tem competências para tal, ao nível da elaboração de estudos estratégicos, de planos de desenvolvimento, da prestação de serviços de consultadoria.

A Sol do Ave participa ativamente nas Redes Sociais de alguns concelhos do Vale do Ave, pelo que participa, juntamente com outros atores, na elaboração dos seus Planos de Desenvolvimento Social. Por outro lado, participamos também na elaboração dos diversos Planos de Desenvolvimento Estratégico do Ave, desde 1993. Neste momento participamos ativamente na elaboração do Plano Regional para a Empregabilidade do Vale do Ave no âmbito do qual se está a construir o seu plano de ação até 2020. Ao nível da formação, desde 1996, que a Sol do Ave presta serviços como entidade formadora à AMAVE e, mais recentemente, à CIM do AVE, na formação de funcionários das autarquias locais, sendo que a montante da execução da formação também colaboramos na elaboração do diagnóstico de necessidades e na conceção dos cursos de formação. Desde 2009 que a Sol do Ave prestas serviços de consultadoria a algumas escolas públicas na gestão física e financeira dos seus projetos POPH nas tipologias CEF, Cursos Profissionais, TEIP.

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Apêndice 8 - Análise das Entrevistas aos Gestores e Técnicos da Sol do Ave

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Quadro P4 – Informação sobre a entidade, sobre a sua organização (continuação)

5

A estratégia é (está subordinada) definida, embora seja um processo dinâmico, em cada quadro comunitário de apoio. É a Direção que define os objetivos estratégicos e existe uma certa limitação subordinada aos diversos Quadros Comunitários de Apoio. Há princípios que seguimos, a Sol do Ave tem um determinado ADN.

Esta situação resulta do facto de o início da atividade da Sol do Ave corresponder ao período da crise do sector têxtil no Vale do Ave nos anos de 1990 e seguintes.

------------

Pretendemos desenvolver mais ações de formação mais específicas, sobretudo no desenvolvimento rural, na área do turismo, restauração, atividades turísticas em meio rural.

A nossa intervenção é diversificada dado que a mesma é realizada em função das especificidades próprias de cada concelho, mas também dos seus dos mecânicos de intervenção comunitária.

Quadro P4 – Informação sobre a entidade, sobre a sua organização

Entrevista Relativamente ao atual quadro Portugal 2020, quais são as vossas apostas?

Sobre o desenvolvimento social que projetos têm?

Sobre o desenvolvimento rural, o que pensam fazer?

Relativamente à implementação de equipamentos sociais, qual é a v/intervenção?

A que recursos técnicos recorrem para definir as linhas estratégicas para o desenvolvimento da vossa atividade?

1 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

2 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

3 ------------ ------------ ------------ ------------ ------------

4

Estamos ainda aguardar a clarificação das suas regras, mas contamos voltar a desenvolver cursos EFA de dupla certificação, face às nossas competências. Apostaremos, igualmente na formação dirigida às empresas e aos ativos empregados. Esperamos, igualmente, que o Portugal 2020 nos permita desenvolver respostas formativas inovadoras e adaptadas às especificidades de determinados públicos, como por exemplo, pessoas em risco de exclusão social.

Temos em desenvolvimento o projeto InRuas, de minimização de riscos e redução de damos, na área da toxicodependência; o projeto InOut, em Fafe, destinado às crianças e jovens do Bairro Social da Cumieira; e, o Projeto Social Angels, na Póvoa de Lanhoso, destinado à promoção da empregabilidade juvenil.

Nesta área depositamos muitas expetativas, uma vez que nos candidatamos ao DLBC – Desenvolvimento Local de Base Comunitária, vertente Rural, de modo a podermos continuar a ser a entidade gestora deste programa. Este programa, ao contrário do PRODER, terá financiamento plurifundo, ou seja, terá financiamento FADER, FEDER e FSE, pelo que nos permitirá desenvolver uma estratégia de atuação mais abrangente. Por isso, a nossa expectativa é de crescimento no que toca à promoção do desenvolvimento rural.

O nosso papel tem sido mais ao nível do apoio financeiro por via do PRODER.

Os estudos que nos servem de guião são os Planos de Desenvolvimento Social dos diferentes concelhos do Ave, o PEDI do Ave (Plano Estratégico de Desenvolvimento Integrado), o Plano Regional para a Empregabilidade do Ave, os diversos diagnósticos de necessidades formativas concelhios. O contato diário que mantemos com as pessoas e com as instituições, permitem-nos identificar algumas necessidades de intervenção importantes. O facto de integrarmos as Redes Sociais concelhias, assim como os Núcleos Locais de Inserção do RSI de Guimarães e de Fafe. Ainda a Estratégia de Desenvolvimento Local elaborada pela própria Sol do Ave e que serve de base ao PRODER e, atualmente ao DLBC Rural e Urbano, que define as linhas estratégicas de intervenção prioritárias no território.

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Apêndice 8 - Análise das Entrevistas aos Gestores e Técnicos da Sol do Ave

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Quadro P4 – Informação sobre a entidade, sobre a sua organização (continuação)

5

Temos um grande desafio. Temos claramente a noção que há muito trabalho a fazer. Apesar dos 20 anos de experiência que acumulamos. Há que ter em conta os fatores externos, a crise económica agravou a vida nestes territórios (mais desfavorecidos). Dificuldades acrescidas. O grande desafio é promover o emprego e a inclusão. A inclusão da população destes territórios. Temos apoios ao investimento através da criação de emprego. Uma intervenção muito concreta para combater a desertificação destes territórios, através da criação de emprego. Os próximos anos temos que ter uma intervenção muito específica, dinamizando a qualidade de vida das populações. Apesar de ser uma região dinâmica, mas verifica-se perca de população mesmo nos concelhos mais desenvolvidos, nomeadamente nas freguesias de cariz mais rural.

Temos em desenvolvimento o projeto InRuas, de minimização de riscos e redução de damos, na área da toxicodependência; o projeto InOut, em Fafe, destinado às crianças e jovens do Bairro Social da Cumieira; e, o Projeto Social Angels, na Póvoa de Lanhoso, destinado à promoção da empregabilidade juvenil.

Estão a terminar os projetos em desenvolvimento do Programa Leader nos territórios mais rurais. Aguardamos a aprovação das nossas candidaturas do programa DLBC rural.

Trabalhamos em várias parcerias, nomeadamente com a CIM do Ave, no apoio aos empreendedores, no projeto INAVE, nomeadamente com a autarquia de Guimarães, na divisão de desenvolvimento económico no apoio aos investidores.

Os estudos que nos servem de guião são os Planos de Desenvolvimento Social dos diferentes concelhos do Ave, o PEDI do Ave (Plano Estratégico de Desenvolvimento Integrado), o Plano Regional para a Empregabilidade do Ave, os diversos diagnósticos de necessidades formativas concelhios.

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Apêndice 8 - Análise das Entrevistas aos Gestores e Técnicos da Sol do Ave

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Quadro P4 – Informação sobre a entidade, sobre a sua organização

Entrevista Na área da inovação e do empreendedorismo, concretamente que apoio dão à reorganização de micro e pequenas empresas, ou de apoio à gestão financeira e outros serviços administrativos?

Como vê a vossa relação com os agentes locais nos territórios da vossa área de intervenção?

1 --------- ---------

2 --------- ---------

3 --------- ---------

4

Na área do empreendedorismo, o nosso papel é mais ao nível do apoio técnico aos potenciais empreendedores, informando-os dos apoios existentes, ajudando-os a desenvolver a sua ideia de negócio e a elaborar o seu plano de negócios. Temos tido um papel importante na elaboração de candidaturas a diversos sistemas de incentivos à criação do próprio emprego. Temos um protocolo com a Associação Nacional de Direito ao Crédito, para o sistema Micro crédito, e, sem protocolo tratamos muitos projetos de apoio ao auto emprego do IEFP. Apoio a projeto do programa Fenícia da Câmara Municipal de Guimarães. Seria desejável criar outras parcerias e ser uma EAT (entidade de apoio técnico). Dinamizar uma incubadora de empresas. Estamos a apoiar os gabinetes locais de algumas autarquias, tais como Fafe, Póvoa de Lanhoso e V.N. Famalicão.

A nossa relação é muito boa com todos os agentes locais que intervém na área da formação e do empreendedorismo social.

5 Temos um protocolo com a Associação Nacional de Direito ao Crédito, para o sistema Microcrédito, e, sem protocolo tratamos muitos projetos de apoio ao auto emprego do IEFP. Apoio a projeto do programa Fenícia da Câmara Municipal de Guimarães. Seria desejável criar outras parcerias e ser uma EAT (entidade de apoio técnico.

Os agentes locais são nossos parceiros por natureza, dada a diversidade da nossa intervenção. A forma como trabalhamos são indispensáveis as parcerias com entidades locais nos diferentes municípios do Ave. Dada a nossa intervenção regional. Os parceiros locais são fundamentais para a dinamização dos projetos nos diferentes municípios do Ave.

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APÊNDICE 9

Análise das entrevistas aos técnicos do IEFP

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Apêndice 9 - Análise das Entrevistas aos Técnicos do IEFP

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ENTREVISTAS AOS TÉCNICOS DO IEFP

Quadro Q1 - Caracterização social

Entrevista Sexo Qual a sua formação académica?

Qual a sua profissão? Qual o cargo que exerce? Há quanto tempo desempenha estas funções?

Já exerceu outra atividade profissional? Se sim, qual? Onde?

1

F

Licenciatura Psicologia Clínica

Conselheira O. Profissional Conselheira O. Profissional 17 anos Psicóloga clínica em serviços de saúde (públicos e privados), formadora

2 F Licenciatura em Psicologia Conselheira O. Profissional Conselheira O. Profissional 16 anos ---------

3 F Licenciatura em Literaturas Modernas

Técnico Superior Diretora do Departamento Formação Profissional

3 anos ---------

Quadro Q2 - A importância do sistema de aprendizagem

Entrevista Considera importante esta modalidade de formação profissional

O Sistema de aprendizagem foi sempre acarinhado pelo IEFP?

Este “carinho” mantem-se? Dificuldades no desenvolvimento destes cursos

1 Este sistema de formação é muito importante.

Sim, a perceção que tenho ao longo dos anos é que sempre se tratou de um programa que se reveste de importância para o IEFP.

Creio que o carinho mantem-se, contudo o foco central passou de “fazer bem” para “fazer muito”. A tendência foi a de massificar o programa, sem acautelar as condições que permitiriam manter a qualidade do programa.

O alargamento destes cursos a estruturas que não estavam preparadas para os receberem, colocou em causa a sua qualidade, passando a ser frequente o facilitismo.

2 O sistema é importante, mas devia ser melhor acompanhado pelo IEFP, quando os cursos não são da sua responsabilidade.

Sim, nos primeiros anos foi uma modalidade muito acarinhada.

O “carinho” atualmente está disseminado. A concorrência entre as várias entidades origina dificuldades na seleção de jovens.

3

Esta modalidade de formação profissional nasceu no seio do IEFP é dirigida aos jovens e a sua gestão ainda hoje se mantem no IEFP. Continua a ser muito importante e distingue-se de outras formações, nomeadamente as Coordenadas pelo Ministério da Educação.

Sim, só que a realidade social mudou muito desde 1986 até aos nossos dias.

O ”carinho” contínua, mas de forma diferente. A importância destes cursos não pode ser tratada senão com todo o empenho, mas também à lua da realidade dos nossos dias.

A diminuição da população jovem e a existência de uma outra perspetiva sobre a educação no ensino oficial, nomeadamente o aumento da escolaridade obrigatória, mas também de alguma concorrência entre as diversas ofertas de formação para os jovens.

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Apêndice 9 - Análise das Entrevistas aos Técnicos do IEFP

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Quadro Q2 - A importância do sistema de aprendizagem

Entrevista

Considera que aumentou o número de jovens que frequentam esta modalidade de formação profissional?

O objetivo desta modalidade de formação não era formar profissionais qualificados?

Sendo uma modalidade de formação muito específica, dada a sua componente dual, o recurso às entidades externas para o desenvolvimento destes cursos, resultou das dificuldades internas dos Centros de Formação do IEFP e/ou das dificuldades dos Centros de Gestão Participada? Ou da necessidade de alargar os intervenientes no processo da formação profissional com o objetivo de possibilitar uma maior abrangência de utentes e de entidades?

1

Estatisticamente a frequência desta modalidade de formação profissional cresceu, e até se verifica uma maior disseminação da oferta formativa, contudo a avaliação dos resultados finais deixa muito a desejar. Com a massificação não foi preservada a qualidade anterior da formação.

Para além das situações atípicas do mercado de trabalho esta modalidade de formação profissional tinha como objetivo formar profissionais qualificados, que respondesse às necessidades do referido mercado, mas que também fossem reconhecidos como válidos e portanto a consequente absolvição dos jovens, isto é, havia equilíbrio entre a oferta formativa, a procura do mercado de trabalho e a qualidade técnica.

Resultou da massificação desta modalidade de formação profissional, o que implicou o recurso a entidades externas, o que até pode ser o mais adequado, mas apenas para certas áreas geográficas de maior dificuldade para a deslocação dos formandos, e para certas áreas de formação consideras com interesse nessas áreas geográficas, e se as entidades externas possuírem know-how com qualidade suficiente para se manter à qualidade da formação e/ou nas situações de maior especificidade técnica, dirigida especialmente a um determinado segmento económico local.

2

Há um crescimento de jovens, face ao alargamento das entidades envolvidas, mas justifica-se uma avaliação externa a estes cursos.

Sim, estes cursos possibilitavam a formação de bons profissionais, mas como já referi, com o crescimento de cursos, parece-nos que os jovens saem menos bem preparados.

A necessidade de alargar a rede desta modalidade de formação profissional.

3

Há um aumento do número de jovens envolvidos, resultante da pretensão de se responder localmente às necessidades sentidas pelas empresas.

O crescimento do número de formandos, não penalizou a qualidade da formação, nomeadamente dos centros de formação do IEFP.

A necessidade de responder a um maior número de jovens e de descentralizar os locais de acesso à formação bem como acolher novas áreas de formação consideradas de interesse nessas áreas geográficas. No entanto o recurso a entidades externas de formação só é efetuado com base em dois objetivos e que são: promover a formação em áreas onde o IEFP não tem capacidade de todo ou não tem capacidade suficiente, como por exemplo nos cursos para o setor automóvel, onde o IEFP tem capacidade, mas não capacidade suficiente para o número de jovens que frequentam estes cursos específicos, dai o recurso a entidades como a Toyota e a Mercedes.

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Apêndice 9 - Análise das Entrevistas aos Técnicos do IEFP

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Quadro Q3 - Qual o papel do IEFP?

Entrevista Quem define e quais são os critérios que possibilitam a decisão de optar pelo curso “A” e não pelo curso “B”?

Qual a intervenção das unidades locais do IEFP, nas opções do curso “A” ou do curso B”?

Qual o papel dos parceiros sociais, nomeadamente as associações empresariais?

Qual a responsabilidade do Centro de Formação e/ou do Serviço de Emprego Local do IEFP na divulgação dos cursos e na seleção dos formandos?

1

É definido superiormente e periodicamente uma séria de áreas prioritárias em termos de formação profissional, as quais são classificadas por grau de importância supostamente tendo por base as necessidades do mercado de trabalho. Dessas áreas, são escolhidos os cursos e submetidos a aprovação.

Antes do alargar indiscriminado da oferta formativa a outras entidades, as unidades locais do IEFP, na sua grande maioria, articulavam anualmente e localmente com os CFP uma proposta de plano de formação que se adequasse às necessidades locais do mercado de trabalho, às solicitações dos utentes e à capacidade instalada para executar essas ações. Após o alargar da oferta formativa a outras entidades, as unidades locais deixaram de ter intervenção neste processo. Há cerca de 3/4 anos, os serviços locais do IEFP recebem uma lista de área de formação prioritárias para as quais lhes é pedido que sinalizem as que são mais relevantes para o mercado de trabalho local e que não colidam com a oferta atualmente existente nos CFP, sendo que à partida serão essas as ações disponibilizadas para as entidades externas.

Durante algum tempo chegaram a ser consultados. Atualmente desconheço se continuam a ser solicitadas as suas contribuições, uma vez que as unidades orgânicas locais deixaram de ter intervenção direta.

Nos cursos sob a responsabilidade direta do CFP, a divulgação, mas também a seleção dos formandos é realizada técnicos locais. Nos cursos sob a responsabilidade das entidades externas, quando nos são comunicados procedemos à sua divulgação. Nas situações em que desconhecemos a sua realização, podemos ser chamados a intervir administrativamente para registo informático. A intervenção dos Centros de Formação e ou dos serviços locais do IEFP, passou a ser meramente informativa. Mas já que existe o recurso a entidades externas, todo o processo formativo deveria ser supervisionado pelos CFP, embora reconheça a imensa dificuldade em conseguir introduzir este princípio face à escassez de recursos humanos, mas também ao volume de formação.

2

Os critérios devem ter em conta vários aspetos, tais como a motivação e o conhecimento que o candidato tem da área o perfil, as disciplinas com as quais o candidato se identifica mais, algumas características da personalidade do candidato, etc…. Isto não linear e é o próprio candidato que depois de compilar todas as informações necessárias de si próprio, e do meio envolvente deve responsabilizar-se pela escolha que fizer.

Apenas na perspetiva do potencial formando, as unidades locais do IEFP podem dar apoio ao candidato na definição do seu projeto profissional.

---------

Se os cursos são desenvolvidos nos CFP do IEFP a responsabilidade da divulgação, seleção é dos serviços do IEFP. Se a responsabilidade é de uma entidade externa, os serviços de emprego só procedem à divulgação dos cursos, quando têm conhecimento.

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Apêndice 9 - Análise das Entrevistas aos Técnicos do IEFP

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Quadro Q3 - Qual o papel do IEFP? (continuação)

3

Há uma comissão nacional composta por representantes de várias entidades que anualmente definem as áreas de formação que devem ser desenvolvidas. A responsabilidade atual nesta matéria é da ANQEP. Esta informação é disponibilizada no sítio do IEFP.

As unidades locais do IEFP são apenas convocadas para internamente manifestarem as necessidades dos mercados de emprego locais.

O envolvimento das empresas tem sido difícil de concretizar, apesar de no sistema de aprendizagem estar envolvidas aproximadamente cerca de 5000 empresas. Há ainda muito a fazer para que o envolvimento efetivo das empresas seja uma realidade.

Sempre que os cursos não são da responsabilidade direta dos Centros de Formação do IEFP, as suas unidades locais limitam-se a informar e a encaminharem os potenciais interessados para as entidades gestora do curso.

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Apêndice 9 - Análise das Entrevistas aos Técnicos do IEFP

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Quadro Q4 – Sobre a concorrência entre sistemas de educação e formação

Entrevista

Pode-se considerar que há uma certa concorrência entre os cursos técnicos desenvolvidos no âmbito do sistema oficial (tradicional) de ensino e os cursos técnicos desenvolvidos na Escolas Profissionais, e o sistema de formação profissional dual – sistema de aprendizagem do IEFP?

Na sua opinião que dificuldades, caso existam, têm sentido no recrutamento e seleção dos jovens, para as ações de formação desenvolvidas no âmbito do sistema de aprendizagem?

O interesse dos jovens é diferente em função da entidade que desenvolve a ação, como por exemplo, as ações de formação desenvolvidas pelas empresas protocoladas, como exemplo a Toyota, os Centros de Formação de Gestão Participada e/ou os Centros de Formação do IEFP e pelas entidades externas?

1

Com o aumento elevado de oferta formativa nas escolas do ensino regular (oficial); nas escolas profissionais e o sistema de aprendizagem nos centros de formação do IEFP, de gestão direta e gestão participada, alargada a entidades externas de formação, a oferta formativa tornou-se excessiva, muito centrada em áreas apelativas aos jovens mas com difícil integração no mercado de trabalho, e há um acentuado desequilíbrio face às necessidades do mercado de trabalho. Ao massificar-se a oferta formativa, perdeu-se em parte no processo a qualidade (as ações deveriam ser atribuídas às entidades em função da sua experiência e da capacidade instalada). Assistiu-se ao fenómeno da generalização (todos, querem fazer tudo), independentemente de haver próximo que é “especialista na matéria” e faz melhor. Sem esquecer a necessidade de uma distinção clara entre os curso de aprendizagem, cursos tecnológicos e escolas profissionais.

Estes cursos passaram a ser encarados como uma via mais fácil para a conclusão da escolaridade e mais adequada em muitas situações para os alunos a que o sistema de ensino regular não consegue dar resposta (já com índices de retenções elevados ou problemas comportamentais). Há cada vez menos jovens interessados (pois há muita oferta formativa). Há um aumento da procura por parte de jovens que tem um percurso escolar de muitos problemas de retenções e de mau comportamento. Se anteriormente, a existência destes casos era uma exceção, agora é muito frequente. Há pouca disponibilidade dos jovens em acederem a áreas técnicas com elevada empregabilidade, uma vez que pretendem tarefas menos ligadas ao trabalho manual, ou têm conhecimentos deficitários de base que lhes permitam dar continuidade àquela formação (por exemplo, na matemática e físico-química); Há muitos jovens que também já passaram mais do que uma vez pelo sistema de aprendizagem e desistiram, e voltam a tentar reingressar no sistema. Existe também a situação em que o mesmo jovem está inscrito simultaneamente em 2 ou 3 cursos de aprendizagem diferentes (em entidades distintas), não havendo esse cruzamento de informação.

Sim, há entidades que assumem uma posição de relevo no mercado, face à experiência anteriormente demonstrada e à qualidade das ações desenvolvidas.

2 Na minha opinião, sim. Não há jovens interessados nesta modalidade. A maioria vai para as escolas secundárias.

Não me parece. Acho que tem mais a ver com a credibilidade da própria entidade e às vezes, com o relacionamento que a entidade tem com os diretores de turma do 9º.ano e do 10.º ano.

3

Há concorrência e certamente que hoje é mais sentida dada a diminuição da população jovem. E possivelmente em breve ainda será mais complexa, dado que o objetivo é que os jovens até aos 18 anos de idade continuem a frequentar a escola oficial, seja nos seus percursos tradicionais, seja nos cursos vocacionais e/ou nos cursos técnicos.

Estamos conscientes desta redução de jovens disponíveis para a oferta disponível, quer no IEFP, quer nas Escolas Profissionais e para os cursos do Ministério da Educação. Estamos a estudar a forma de minorar esta situação.

É naturalmente que em certas regiões do país o interesse dos jovens, possa ser influenciado pelo impacto social da entidade formadora. O que é importante analisar é a necessidade de termos jovens qualificados que respondam às necessidades do mercado de trabalho.

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Apêndice 9 - Análise das Entrevistas aos Técnicos do IEFP

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Quadro Q5 – Sobre o acesso e o interesse dos jovens nestes cursos

Entrevista É fácil encontrar jovens interessados nestes cursos?

No espaço público houve-se com alguma frequência que o principal interesse destes cursos são apenas possibilitar a obtenção do 12.º ano, a jovens que por uma razão ou por outra, têm muita dificuldade em concluir o ensino secundário?

Qual é a v/perceção sobre o número de jovens que após concluírem estes cursos, ingressam no ensino superior?

1

A dificuldade é encontrar jovens motivados e empenhados nestes cursos. É cada vez mais difícil e depende das áreas. Pelas razões já expostas.

Esta modalidade de formação passou a ser encarado como uma via mais fácil de conclusão da escolaridade, mas mesmo assim, os jovens encaminhados para estes cursos, são muitas vezes jovens que os outros sistemas “rejeitaram” e que depois originam situações de abandono destes cursos, seja por falta de aproveitamento, excesso de faltasse comportamento menos adequados, nomeadamente porque estamos confrontados com uma geração de jovens que, na sua maioria, não tem um cultura criada de respeito pelo trabalho e pelo esforço, sendo que há toda uma componente associada aos cursos de aprendizagem que precisava de ser trabalhada e na maioria dos casos não se trata de conhecimentos técnicos associados à profissão, mas sim de posturas cívicas indispensáveis para o bom desempenho dos mesmos, o que exige um esforço adicional por partes das entidades que desenvolvem estes cursos. Se este esforço não é realizado estas questões básicas para a transmissão e incorporação de cultura de base associada à formação. Naturalmente que o insucesso surge. Trata-se de uma opinião que se acentuou e generalizou mais nos últimos anos face à massificação do sistema e à existência de cursos profissionais e tecnológicos e com a qual os técnicos do IEFP lutam constantemente (instalada na mentalidade dos jovens, pais e até agentes escolar).

Não tenho dados que suportem uma perceção clara sobre se tem havido um maior ingresso ou não de jovens oriundos do sistema de aprendizagem no ensino superior.

2

Na atualidade não, porque a maioria dos jovens que finaliza o 9.º ano, é retida ou empurrada para as escolas secundárias, para fazer um curso profissional. Muitas vezes os jovens com maiores dificuldades de aprendizagem ou problemas de comportamento é que são direcionados para o programa Aprendizagem, o que não é correto.

Penso que estes cursos não estão dirigidos para jovens com dificuldades mas que tem havido uma descredibilização/manipulação, devido a diversos interesses, para que na realidade sejam, os jovens com maiores dificuldades os que vão fazer estes cursos.

Muito poucos.

3

Com o aumento da obrigatoriedade da escolaridade obrigatória e o menor número de nascimento e a concorrência entre as várias ofertas formativas, tem-se verificado maior dificuldade em motivar os jovens por cursos de formação tão longos. Hoje verificam-se novas dificuldades provenientes das diversas situações familiares dos jovens, nomeadamente a circunstância de alguns já terem responsabilidades sociais.

É possível que alguns formandos que frequentam os cursos de aprendizagem o façam na convicção que através desta modalidade de formação conseguem, com maior ou menor dificuldade obter a equivalência ao 12.º ano. Mas o objetivo fundamental destes cursos é a qualificação dos jovens para a sua integração no mercado de trabalho.

Não é fácil existirem números concretos, dado que em muitas das situações em que se verifica o acesso ao ensino superior, uma parte significativa das situações não se verificam após o fim da formação.

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Apêndice 9 - Análise das Entrevistas aos Técnicos do IEFP

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Quadro Q6 – Sobre a formação e o seu acompanhamento

Entrevista Considera que as componentes de formação sociocultural e tecnológica são as adequadas às necessidades que o mercado de trabalho necessita?

Atualmente face às dificuldades económicas e financeiras que o país atravessa, considera que esta modalidade dual de formação é a mais adequada para que a inserção dos jovens no mercado de trabalho?

Como acompanham o desenvolvimento dos cursos, nomeadamente quando são desenvolvidos por entidades externas? E a inserção dos formandos no mercado de trabalho?

1

Depende dos cursos. Há algumas áreas em que há claramente um desfasamento face aos conteúdos atualmente praticados no mercado de trabalho, mas também tem havido um algum esforço de reformulação dos mesmos, com a revisão da legislação. Provavelmente o ritmo destes procedimentos não tem acompanhado as necessidades do mercado de trabalho. Nas áreas informáticas, com as alterações tão frequentes, é necessário haver alguma flexibilidade dos formadores para adequarem o programa às evoluções tecnológicas.

Considero que se feita por entidades idóneas, com o know how adquirido, se trata de um excelente sistema de formação. A massificação do mesmo levou à perda de qualidade. Contudo, o sistema em si mesmo continua a ter um excelente princípio e conceção.

Como Serviço de Emprego, normalmente não acompanhamos quando se tratam de entidades externas, uma vez que não somos chamados a intervir nesse processo. Só circunstancialmente é que vamos tendo alguma informação através de contactos informais com as entidades quando as mesmas recorrem a nós para esclarecimento de dúvidas. Quando se tratam de ações de gestão direta da responsabilidade dos CFP, pontualmente, mas este é efetuado sobretudo pelos técnicos do CFP.

2 Sim Sim, desde que em áreas que o mercado precisa O Serviço de Emprego não faz nenhum tipo de acompanhamento.

3

As componentes de formação estão em conformidade com os normativos em vigor, nomeadamente o Sistema Nacional de Qualificações e que vão sendo ajustados em conformidade com a evolução da situação, embora reconhecemos que nem sempre é fácil acompanhar o ritmo de desenvolvimento de algumas atividades profissionais.

O sistema de aprendizagem aproxima-se bastante do sistema dual de formação e a sua componente de formação em contexto de trabalho é já muito significativa e com um número de horas muito mais elevado do que outras modalidades de formação concorrentes.

Há acompanhamento constante destes cursos.

Quadro Q7 – Sobre o papel do IEFP

Entrevista Qual a responsabilidade dos Centros de Formação, na seleção dos formadores, quando as ações são desenvolvidas por entidades externas?

Há alguma questão que gostaria de referir sobre esta modalidade de formação profissional?

1 Os Centros de Formação não participam na seleção dos formadores das entidades externas.

É uma modalidade com provas de eficácia dadas, que deverá continuar a ser desenvolvida, contudo apenas pelas entidades que detenham conhecimento e experiência para as mesmas. Deverá tentar investir-se na definição qualitativa de áreas que não colidam com os cursos profissionais e tecnológicos. Sou de opinião que se deverá fazer menos (em termos de quantidade) e melhor, bem como procurar investir na reconstrução de uma imagem positiva junto do mercado de trabalho.

2 Os Centros de Formação não participam na seleção dos formadores das entidades externas.

Sim, na minha opinião ou se fazem cursos profissionais nas escolas secundárias, ou se faz aprendizagem. As duas alternativas não fazem sentido. Para ambas alternativas, deveria sempre existir um processo de orientação vocacional/profissional. É uma pena que esta modalidade que em tempos foi tão importante, tenha sido desacreditada desta forma.

3 Os Centros de Formação não participam na seleção dos formadores das entidades externas.

Trata-se de uma modalidade de formação com reconhecimento no meio empresarial e que é importante reforçar, nomeadamente com o envolvimento maior das empresas neste sistema de qualificação profissional.

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