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1 Antes da Bíblia Teorias dos povos antigos Mesopotâmicos – Egípcios - Ugaríticos

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Page 1: Antigo-Testamento-Aulas Muito Boa Com Graficos

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Antes da BíbliaTeorias dos povos antigos

Mesopotâmicos – Egípcios - Ugaríticos

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Teorias Mesopotâmicas

Os Sumérios, os Babilônios conheceram a criação do mundo a partir de uma evolução criadora, como por exemplo:

A separação do Céu e da Terra. No entanto, tudo isso envolto de um universo politeísta, onde cada um dos deuses tem sua contribuição na criação (Nanu - mãe que gerou o Céu e a Terra).

Estas explicações podem ser encontradas nas traduções de poemas sumérios da epopéia de Gilgamesh. Entre outras, podemos salientar o poema acádico de Enuma

Elish, onde vemos que o mundo foi criado a partir do conflito entre os deuses Marduk e Tiamat.

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A Epopéia de Atra-Hasis x Bíblia

As 1645 linhas narram o mito das origens, a criação do homem e a história do dilúvio, da qual Atra–Hasis é o herói.

Na epopéia, o homem é criado para livrar os deuses do castigo. Na Bíblia, Deus cria o homem sem interesse e o estabelece como o senhor da criação.

Nos dois casos (Epopéia x Bíblia). O homem é criado da terra e de um elemento divino. Porém, em Babilônia, é com o sangue de um deus decaído e vencido que o homem é marcado em sua natureza. Na Bíblia ele se torna ser vivo quando Deus lhe insufla o hálito de vida.

A epopéia nos mostra que o dilúvio ocorreu porque os homens perturbaram na sua tranqüilidade. Já na Bíblia o dilúvio aconteceu por causa da imoralidade dos homens, respondendo pelo seu próprio destino, e não sujeitos a transformação divina.

A Bíblia nos mostra um pensamento radical novo, onde Israel rompe com todos os sistemas religiosos do Oriente Antigo, prestando culto a um só Deus. Todas as forças cósmicas, cultuadas pelos antigos povos voltam a situação real de criatura e Iahweh,

o Deus que se manifesta aos Patriarcas e a Moisés, torna-se, a partir da saída do Egito, o único Deus digno de receber culto.

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A Epopéia de Atra-Hasis x BíbliaContinuação...

Certamente o rompimento não foi total com as formas semíticas, ex.:

O nome El, era dado aos deuses antigos, demonstrando sua divindade.

Para não se mostrar igual a outros deuses antigos, Deus, utiliza o nome El na Bíblia acompanhado de epítetos, tais como:

Ha’el haggadôl “O grande EL“‘el ‘elim “Deus dos deuses“‘el hashshamayim “EL do céu“‘el ‘eliôn “EL Altíssimo”‘el Ro’l “EL que me vê”

Estas e outras formas mostram a superioridade do Deus de Israel sobre todos os outros deuses.

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Teorias Egípcias

O pensamento egípcio dedicou-se de inúmeras formas a retratar a origem deste mundo através de diversas cosmogonias.

Inúmeros mitos incorporam a criação do mundo dos deuses e a dos homens a um casal primitivo suposto ser o antepassado de todos. A atividade criadora é atribuída

através de uma atividade sexual entre dois deuses carneiro.

O Mito Heliopolitano - Mostra a criação através de um ato solitário do demiurgo se “Autofecundando“, tendo como modelo o deus artesão, ou seja, oleiro como Khnum, metalúrgico como Ptah, o deus que cria dando assim forma ao informe, modelando assim o homem.

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Teorias Ugaríticas

El, o deus supremo do panteão Ugarítico habita “na confluência de dois rios, na própria fonte dos dois abismos”.

El seria, pois, criador em Ugarit, como Iahweh o é em Israel, sabemos, aliais que Iahweh, em sua luta contra a religião Cananéia, assumiu muitas das características do deus El cananeu ao qual se assimilou sem dificuldade.

Outra expressão Ugarítica, diz do deus El, que ele é ab adm, expressão que pode ser traduzida por “pai do homem”, dando ao “homem” sentido coletivo de humanidade.

Então o nome do nosso primeiro pai não é nome próprio, mais nome comum, “homem”.

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A Formação do Homem

Os textos de diversas origens (Sumério, Acádico e Babilônico) são concordantes quanto a este aspecto.

Narra-se os autores que a humanidade foi criada para que os deuses em castigo pudessem aliviar suas culpas, descarregando assim sobre os homens, feito as imagens dos deuses caídos e desta forma os deuses caídos viveriam livres de quaisquer obrigações:

“Para permitir aos deuses morarem em uma habitação que satisfaça o coração do Deus Marduk, formou a humanidade.“

Conforme o modo da criação do homem, são diversas as opiniões:

O Deus Enlil teria introduzido na terra, como semente um protótipo humano. Ou segundo texto súmerios os seres humanos foram “Gerados na união conjugal do céu e da terra”;

O homem é moldado só da argila, em primeiro lugar a deusa Nanwr e suas assistentes que operam e depois a deusa Ninmah e o deus Enki são os que fazem;

A modelagem do homem a partir de uma mistura de barro, de carne e de sangue de um deus condenado á morte;

- A formação do homem a partir do sangue de um ou vários deuses condenados a morte.

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O Dilúvio

Relato da 11ª Tabuinha da Epopéia de Gilgamesh

Gilgamesh, atormentado com a morte de seu amigo Enridu e tendo partido em busca do segredo da imortalidade, chegou a um lugar situado além das águas da morte, onde UTNAPISHTIM, O “NOÉ“ Babilônico, desfrutou da imortalidade, e conta a Gilgamesh como escapou do dilúvio.

Para eles o dilúvio foi desencadeado por causa das más disposições dos deuses que lá estavam.

Relato AcádicoEsse concorda com os outros textos:

Que, por causa das reclamações dos deuses caídos, foi assim lançado pelos deuses superiores diversos flagelos, desde sede, fome até por fim no dilúvio, onde Atra-Hasis equivale a “Noé“, construindo um barco por ordem do deus maior “EA“, escapa da morte.

Relato SumérioEste mais ou menos contemporâneo ao texto de Atra-Hasis e não necessariamente um testemunho de tradição tipicamente Suméria. Segundo as linhas 140-144, a decisão para desencadear o dilúvio se deu por alguns dos deuses, obrigados a associar-se a este feito por meio do juramento. Então houve as instruções de Enki para a construção de um barco, tendo sido aqui o herói “Noé” Ziusdra. O qual passou a obter uma vida sem fim, como assim se define seu nome.

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Conclusão

Teoria do Big-bang

A teoria do big-bang diz que uma minúscula partícula, menor que a cabeça de um alfinete e de massa infinita, vagava pelo vácuo infinito a 4,5 bilhões de anos atrás, quando de repente, por acaso, ela explodiu e formou o universo perfeito.

Observe que nenhuma das teorias antigas, conheceram a criação do mundo a partir do nada, mas conheceram uma evolução criadora.

No entanto, tudo isso envolto de um universo politeísta, onde cada um dos deuses tem sua contribuição na criação.

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O PentateucoVocábulo tomado da septuaginta (LXX), traduzida a

partir de 280 a.C.

A canonização formal do Pentateuco se deu em cerca de 400 a.C.

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A Tríplice Divisão

� Lei - Torah� Profetas - Neviym� Salmos – Kethuvym

Os Judeus chamam essa coletânea de ...

“ E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Queconvinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e

nos profetas e nos Salmos.” Lc 24.44

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AT x Tanach

Livros Proféticos

Profetas Maiores:Isaias, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel.

Profetas Menores:Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

Os Kethuvym:

Estão subdivididos em três partes, representadas pelos seguintes livros:

Os Poéticos: Salmos, Provérbios e Jó;

Os Megilloth: Rute, Cantares, Eclesiastes, Lamentações e Ester;

Os Históricos: Daniel, Esdras-Neemias e Crônicas.

Livros Poéticos

Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão.

Os Neviym: Estão subdivididos em duas partes:

Os Profetas anteriores: Josué, Juízes, Samuel e Reis.

Os Profetas posteriores: Isaías, Jeremias e Ezequiel, mais os dozes profetas menores.

Livros Históricos

Josué, Juizes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.

A Torah:

Corresponde ao nosso Pentateuco, inclusive possui a mesma seqüência de livros.

O Pentateuco:

Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.

O TanachO Antigo Testamento

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Outros Livros Judeus

Talmud – É um tipo de enciclopédia da tradição judaica composta de duas seções (O Mishinah “ensino” / O Gemara “aprendizado”), que possui detalhamento e comentários das discussões rabínicas sobre leis, costumes, lendas, mitos e histórias que foram compiladas por Moisés na Torah.

À medida que a sociedade judaica se desenvolvia, havia necessidade de fornecer diversas regulamentações, com as quais a Torah não lidara o suficiente para estabelecer regras adequadas. Dt 24.1 (Nashim)

Foram desenvolvidos dois Talmudes, um em Israel, por volta de 400 d.C., e outro na Babilônia, entre 500 e 600 d.C.

Cerca de 90% do Talmude da Palestina enfatizam a exegese do Mishinah, enquanto que o babilônico adiciona muitas passagens da Tanach com comentários.

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Os Livros do Pentateuco

� No princípio – Bereshit� Estes são nomes – We’ele ou Shemoth� E ele chamou – Vaicrá� Números – Bamidbar� Estas são as palavras – Devarim

Essa prática de chamar os livros pelas suas primeiras palavras, também foram herdadas dos povos mesopotâmicos.

Pentateuco SamaritanoDesenvolvido pelo reino do norte, o Pentateuco Samaritano difere do Judeu em cerca de 6.000 passagens. (A maioria não muito significativas). Ne 13.28

721

606 536 330

Assírio Babilônico Medo-Persa

Obs.: O reino do sul (Judá) foi tomado pela Babilônia em 586 a.C.

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Tipos de Literaturas

� Narrativas – Essa é a forma mais comum utilizada nos escritos judeus.� Códigos Legais� Poesias� Genealogias

Códigos Legais� Código do pacto (Ex 20.22-23;33)� Código dos anátemas e maldições

(Dt 27.15-26)� Código das bênçãos (Dt 28.3-6)� Código deuterocanônico (Dt 12-

26)� Código de santidade (Lv 17-26)� Código sacerdotal (Ex 25-31; 35-

40; Lv 1-16; Nm 1.1-10)

Além desses códigos existem outros fragmentos.

Seções Poéticas� O Livro das Guerras do Senhor

(Nm 21.14)� O Livro dos justos (Js 10.13)� O Cântico de Lameque (Gn 4.23)

“Período patriarcal 1250 a.C”� O Cântico do Poço (Nm 21.17)� O Cântico de Miriã (Ex 15.21)� A Benção de Jacó (Gn 49.2-27)� Os oráculos atribuídos a Balaão

(Nm 23.7-10,18-24)� A Benção Sacerdotal (Nm 6.24-26)� O Cântico de Moisés (Dt 32.1-43)

Escritas em hebraico de diversos períodos, desde 1200 a.C. até

400 a.C.

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Teorias das Múltiplas Fontes

� J – apresenta Deus como YHWH e evidência o Reino de Judá e seus heróis (850 a.C)

� E – nomeia o Senhor como Elohim, escrita em cerca de 750 a.C. e possui mais interesse no reino do norte.

� D – corresponde ao livro da lei, encontrado no templo de Jerusalém em cerca de 621 a.C. – sendo expandida e combinada com as fontes JE, formando assim a fonte JED.

� P (S) – pela teoria dos liberais, corresponde a última parte a ser escrita, em cerca de 458 a.C. Já a conservadora, afirma ter sido completada na época de Moisés.

É distinguida por sua ênfase sacerdotal e ritualista.

Nessas fontes pode-se encontrar repetições de dados históricosGn 1.1-2,4a (S) / Gn 2.4b-25 (J).

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Autoria

� A Favor de Moisés:

Nm 33. 2 – “E escreveu Moisés as suas saídas...”Dt 31. 9 – “E Moisés escreveu está lei...”Lc 24.44 – “...estava escrito na lei de Moisés...”Jo 5.46-47; 7.19 – “...porque de mim escreveu ele...”

� Contra autoria de Moisés

Dt 17.14-20 – “Escrita na época da monarquia ou é profética”Nm 11.2; 16.36; 21.16 – “Fala na terceira pessoa”Dt 34.5-12 – “Morte de Moisés”

Também são questionáveis os relatos a cerca das histórias antes do nascimento de Moisés.

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Conclusão

O problema é extremamente complexo e vai crescendo, à medida que são apresentados novos argumentos, pelo que as conclusões são meras tentativas.

Mesmo cercado de tanta complexidade, o Pentateuco relata questões baseadas em fatos históricos genuínos. No entanto, não se trata de uma história completa dos

tempos historiados. Mas, enfatiza certos eventos que são importantes para compreendermos a história do povo escolhido.

At 13.17-26; Rm 5.12-20; Gl 3; Jo 1.17

O foco principal da teologia do Pentateuco é demonstrar o ato central de Deus como criador, libertador e dirigente de toda história humana e desta forma pode-se

observar uma rica unidade interior.

Conteúdo Geral� A origem de tudo (Gn 1-11)� Os Patriarcas – Abraão, Isaque e Jacó, até José (Gn 12-50)� O Êxodo (Ex 1-18)� Revelação no Sinai, leis civis e cerimoniais (Ex 19-40)� Legislação Levítica (Lv 1-27)� Peregrinação do Sinai até Cades (Nm 1-19) e de Cades até Moabe (Nm 20-36)� Últimos discursos e morte de Moisés (Dt 1-34)

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JosuéCompreende um período de aproximadamente 24 anos

(1451 – 1427 a.C.)

“Lembrai-vos da palavra que vos mandou Moisés, o servo do Senhor, dizendo: O Senhor vosso Deus vos dá

descanso, e vos dá esta terra.” Js 1.13

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O Livro

“... chama a Josué, e apresentai-vos na tenda da congregação, para que eu lhe dê ordens.”

Dt 31.14

“Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria.” Js 1.6

Caps 1-12: Narram a conquista da Terra Prometida;Caps 13-21: Relatam a divisão da terra entre as doze tribos;Caps 22-24: Registram os atos e discursos finais de Josué.

Possui 24 capítulos e 658 versículos...

Em todo livro de Josué, como também nos demais livros do AT, mostram que as vitórias e a prosperidade de Israel sempre

dependeram da obediência espiritual às exigências da lei divina.

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A Divisão da Terra“Assim Josué tomou toda esta terra, conforme a tudo o que o Senhor tinha

dito a Moisés; e Josué a deu em herança aos filhos de Israel, conforme

as suas divisões, segundo as suas tribos; e a terra descansou da

guerra.” Js 11.23

“Era, porém, Josué já velho, entrado em dias; e disse-lhe o Senhor: Já estás

velho, entrado em dias; e ainda muitíssima terra ficou para possuir.”

Js 13.1; 15.63

Obediência x DesobediênciaA Circuncisão: 5.2-7;O Pecado de Acã: 7.1-12;Negligência na divisão da terra: 18.2-3,9;

“Esforçai-vos, pois, muito para guardardes e para fazerdes tudo

quanto está escrito no livro da lei de Moisés; para que dele não vos

aparteis, nem para direita nem para a esquerda.” Js 23.12-16

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JuízesCompreende um período de aproximadamente

350 anos (1375 – 1025 a.C.)

“...e outra geração após ela se levantou, que não conhecia ao Senhor, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel.”

Jz 2.10b

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O Livro

� Caps 1.1-2.6 – um breve repasse da ocupação de Canaã;� Caps 2.7-16.31 – relatam a história dos juízes;� Caps 17-21 – um apêndice que fala sobre a migração dos danitas e o conflito

interno contra os benjamitas.

Autoria:

� Este livro também está envolvido na teoria das fontes informativas. Alguns advogam que o bloco principal do livro (2.7-16.31) tenha procedido da escola deuteronômicade historiadores, que teriam tido acesso a informes históricos mais antigos, que seriam as fontes informativas J e E.

� Os eruditos que defendem a teoria J. E. D. S. supõem que a introdução do livro de Juízes (1.1-2.5) tenha sido adicionada posteriormente, derivada de material informativo mais antigo, paralelo de certos trechos do livro de Josué, especialmente em seus capítulos 15 a 17.

“...porquanto até àquele dia entre as tribos de Israel não lhe havia caído por sorte sua herança.” Jz 18.1b

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Os Juízes

� Otniel (Jz 3.7-11) – De Judá, livrou a Israel do rei da mesopotâmia;

� Eúde (Jz 3.12-30) – Expulsou os moabitas;� Sangar (Jz 3.31) – Matou 600 filisteus e salvou a Israel;� Débora e Baraque (Jz 4.1-5.30) – Guiam a Naftali e Zebulom à vitória contra os

cananeus;

� Gideão e Abimeleque (Jz 6.1-9.57) – Gideão expulsou os midianitas do território de Israel e Abimeleque foi usurpador;

� Tola (Jz 10.1,2);� Jair (Jz 10.3-5);� Jefté (Jz 10.6-12.7) – Subjugou os amonitas;� Ibzã (Jz 12.8-10);� Elom (Jz 12.11-12);� Abdom (Jz 12.13-15);� Sansão (Jz 13.1-16.31) – Perseguiu os filisteus;

� Eli e Samuel: Esses dois homens foram também considerados como juízes, que promoveram uma forte liderança.

� Eli era sacerdote principal em Siló (1Sm 1.3; 4.13);

� Samuel tinha uma liderança não-hereditária, ele governava de diversos lugares em Israel, em seus circuitos pela nação (1Sm 7.15-17).

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Reis

Compreende um período de aproximadamente

585 anos (1171 – 586 a.C.)

“Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial; não conheciam ao Senhor.” 1Sm 2.12

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Transição - Tribal x Monarquia

� Durante toda história dos hebreus sucedeu o governo teocrático, seja por meio dos sacerdotes ou através dos juízes. A monarquia foi uma concessão de Deus (1Sm 8.7; 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo.

Os reis eram ungidos pelo sumo sacerdote do momento, um gesto que refletia a teocracia (1Sm 10.1; 15.1; 16.12; 1Rs 1.34,39), ao menos simbolicamente.

� Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8.22,23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9.6), equivale à rejeição da teocracia (1Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1Sm 8.7; Is 33.22).

O Parecer de Deus (1Sm 12.13-17)

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O Rei Saul

� Escolhido segundo a vista dos homens, Saul era de grande vitalidade física, embora não-dotado de profunda espiritualidade, foi ungido rei por Samuel (1Sm 10.1,23).

� Escondido entre a bagagem (1Sm 10.22);

� Ofereceu holocausto (1Sm 13.9-14; Nm 3.10,38);� Voto insensato (1Sm 14.24, 45);� Deixou o rei dos amalequitas vivo (1Sm 15.8,11,22);� Ordenou a matança de 85 sacerdotes e de todos os moradores e animais da

cidade de Nobe (1Sm 22.17-19);� Tentou por várias vezes matar a Davi (1Sm 18.11,12);� Consultou uma feiticeira (1Sm 5-7).

E por todos esses erros, Saul foi rejeitado pelo Senhor:

“... O Senhor tem rasgado de ti hoje o reino de Israel, e o tem dado ao teu próximo, melhor do que tu.” (1Sm 15.28)

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� Escolhido por Deus (1Sm 16.7); � Tinha experiência com Deus (1Sm 17.34-37);� Preservou a vida do ungido de Deus (1Sm 24.4; 26.8,9);� Vingou a morte de Saul (2Sm 1.16);� Reinou quarenta anos sobre Hebrom e Israel (2Sm 2.1,10,11; 5.1-5);� Davi intentou edificar uma casa para Deus (2Sm 7.2,12,13);� Era um rei reto e justo (2Sm 8.15);� Era um homem grato (2Sm 9.1,6,7);� Davi chorava a morte dos seus inimigos (2Sm 3.32,38);

� A morte de Uzá (2Sm 6.6,7);� A rebelião de Absalão (2Sm 15.25,26);� A sedição de Seba (2Sm 20.1,2);� Fome pela morte dos gibeonitas (2Sm 21.1,2; Js 9);

Davi tornou-se uma espécie de rei-sacerdote, tendo restaurado, até certo ponto, o ideal mosaico (2Sm 6.12,13). A despeito de seus grandes erros, Davi era

espiritualmente superior aos outros reis (1Sm 13.14; 1Rs 11.4; 14.8). Seu governo foi muito bem sucedido dos ângulos pessoal, militar (2Sm 5.10; 8; 21.15) e espiritual, chegando a ser considerado o monarca ideal. Todavia, houve algumas falhas graves, como a contagem do povo (2Sm 24.10), seu adultério com Bate-

Seba e a morte provocada de Urias (2Sm 11.4,17). Mas, diante da repreensão do profeta Natã (2Sm 12.7), Davi pode se arrepender (Sl 51) e o Senhor perdoou seu

pecado (2Sm 12.13). No entanto, suas conseqüências ele levou sobre si (1Sm 12.12; 2Sm 16.21-23).

O Rei Davi

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� Filho de Davi, foi ungido rei (1Rs 1.39) levando a nação de Israel a seu ponto culminante de poder e prosperidade (1Sm 2.12; 2Cr 1.1), em um período essencialmente pacífico. Foi nesse período que o Templo de Jerusalém foi edificado, o que adicionou uma nova dimensão ao caráter nacional de Israel (1Rs 6). Salomão, homem de extrema sabedoria (1Rs 3.5-15; 1Rs 4.29,30). Mas, em meio ao grande luxo em que vivia, naturalmente envolveu-se em alguns vícios, primeiramente com mulheres (1Rs 3.1), com a idolatria (1Rs 11.1-9) e também impôs um tributo pesado ao povo (1Rs 9.15).

� Salomão encontrou dificuldades onde a maioria dos monarcas orientais escorregava. Um numeroso harém era um dos luxos mais cobiçados da época (2Sm 5.13; 1Rs 11.1; 20.3). Salomão foi o mais luxuoso e sensual deles todos, tendo tido mil esposas e concubinas.

O trecho de Deuteronômio 17.14-20 prediz os maus resultados dos reis de Israel que multiplicariam cavalos, esposas e riquezas materiais.

Foi exatamente devido aos erros de Salomão que Deus intentou dividir a nação. Mas, por amor que tinha a Davi deixou para fazer isso nos dias de Roboão, seu

filho. 1Rs 11.26-40; 12

O Rei Salomão

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Os Escritos

O impacto da lei, da profecia e da história sobre gerações sucessivas teria sido menos forte se Deus não tivesse também

inspirado e preservado as emoções, as instruções, e até as frustrações representadas nos Escritos.

Todas as três partes da Tanach se complementam entre si.

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Introdução

Os pais da igreja cunharam o termo grego hagiographa "escritos sagrados" para descrever a terceira seção do cânon judaico, os Escritos.

“... convinha se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos“. (Lc 24.44)

Desses cinco rolos, dois são utilizados nas festas dos judeus:

- Cânticos dos cânticos de Salomão: oitavo dia da Páscoa; e- Eclesiastes: terceiro dia da Festa dos Tabernáculos.

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Introdução aos EscritosContinuação...

Embora os Escritos não contenham mandamentos específicos de Deus ou oráculos ditados pelos profetas, são essenciais para a edificação do povo de Deus, pois analisam de diferentes ângulos o rico e gratificante tema da vida humana em

relação a Deus:

- A vida é celebrada na sexualidade de Cântico dos Cânticos;- Na gratidão exuberante dos hinos e cânticos de ação de graças de Salmos;- Nos prazeres terrenos defendidos em trechos de Eclesiastes;- No livro de Jó, a vida é apresentada sob ameaça, retratada de uma perspectiva

individual ou talvez nacional como sugere a tradição judaica; e- O livro de Provérbios nos apresenta lições de como viver uma vida plena.

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O Livro de Jó

“Porventura não é a perdição para o perverso, o desastre para os que praticam iniquidade?.“ Jó 31.3

“Por que razão vivem os ímpios, envelhecem, e ainda se robustecem em poder?“ Jó 21.7

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A Época da Escrita

Segundo a tradição judaica, os livros de sabedoria foram escritos em um período após a Torah (O Pentateuco). Talvez, refletindo uma grande crise de fé criada na mente nacional, pelos cativeiros assírio e babilônico. Nesse caso, o livro de Jó não seria

mera peça pessoal, refletindo os conflitos de um individuo isolado acerca do problema do mal, e sim, um tipo de busca dos judeus por uma resposta acerca das

aflições que Israel sofreu como nação.

A maioria dos intérpretes antigos e alguns modernos continuam defendendo a data mais antiga do livro. Na época dos episódios patriarcais, quando ainda a lei mosaica não

havia sido revelada.

Todavia, quase todos os intérpretes modernos, embora acreditem que o homem Jótenha realmente vivido há muito tempo no passado, talvez algum tempo antes de Abraão, acreditam que a narrativa tenha primeiramente circulado sob forma de

tradições orais, até ser escrito por volta do século V ou IV a.C.

Alguns chegaram a acusar uma data mais ainda posterior, no entanto, a descoberta do mar morto elimina cabalmente qualquer data posterior ao I século a.C.

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A Autoria

Quanto a questão da autoria, pelo fato do livro refletir ao ambiente patriarcal, a tradição judaica tem atribuído a Moisés, embora isso, para outros, esteja totalmente

fora da realidade.

Como também o próprio livro não nos fornece nenhuma indicação de que Jó tenha escrito qualquer porção da obra. Isso posto, temos um autor desconhecido que viveu

em um período desconhecido.

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Alguns problemas

Alguns eruditos pensam que editores de uma época posterior, tivessem feito adições que só teriam servido para lançar confusão no livro:

- O capítulo 21, diferentemente dos capítulos 1º ao 19º, retrata um Jó cético, que condenou a si mesmo e, então, foi levado à sabedoria divina no capítulo 28;

- Os capítulos 30 e 31 seriam basicamente, um paralelo aos discursos dos capítulos 3º ao 19º;

- Nos capítulos 32-37 aparece uma reprovação desnecessária por parte de certo Eliú;

- Nos capítulos 38 e 39 o próprio Deus força Jó a retratar-se.

Isso posto, parece haver consideráveis mudanças de atitude no livro. E alguns estudiosos supõem que isso reflita adições feitas posteriormente.

Todavia, o autor Norman Champlin acredita que isso poderia ter sido reflexo apenas de um confuso arranjo e tratamento, por parte do próprio autor sagrado que, ao abordar uma questão espinhosa, não se mostrou muito metódico quanto, talvez,

gostaríamos que ele tivesse sido.

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Alguns problemasContinuação...

Outros estudiosos também supõem que o prólogo (Jó 1 e 2) e o epílogo (Jó 42.7-17) tenham sido adições feitas ao corpo original do livro.

Outros ainda criticam a filosofia que transparece na obra, supondo que as tragédias gregas sejam superiores, pois, nessas tragédias, quando um homem sofre, nunca

mais se recupera. E dizem que isso é mais realista diante da vida.

No entanto, Jó recuperou-se e prosperou mais do que antes. Mediante essa recuperação de Jó diante do sofrimento, o autor sagrado estava dizendo que a

providência divina é capaz de nos surpreender. E isso prova que a resposta simplista para o problema do sofrimento humano, de que este resulta de erros cometidos, nem sempre explica o que de fato está acontecendo aos homens.

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A Síntese das Acusações

Em relação aos conselhos dados pelos homens que são apresentados nos diálogos com Jó, não

poderiam ser diferentes, pois eles somente poderiam perceber aquilo que era comum ao seu

contexto, ou seja, a retribuição divina, devido a mesma ser tão regular e previsível segundo a

antiga doutrina judaica encontrada na Torah.

- Satanás o acusou (Jó 1.9b);- Acusação de Elifaz (Jó 4.7; 15.5; 22.5);- A repreensão de Bildade (Jó 8.3; 18.21);- Jó repreendido por Zofar (Jó 11.5; 20.5,19, 29);- Eliú, o último a repreender (Jó 34.11,23);

“Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento.“Jó 38.2

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Lições Teológica

- Não havia semelhante a ele (Jó 1.1; 1.8; 2.3);- Jó viu-se em profunda tristeza (Jó 3.3; 7.16; 16.13);- Sua mulher não suportou (Jó 2.9);- Jó entendeu que seu sofrimento vinha de Deus (Jó 6.4);- O aflito suspira por misericórdia (Jó 6.14; 16.21);- Jó permanece consciente de sua integridade (Jó 13.15);- Ele levanta a questão da ressurreição (Jó 14.14);- Foi rejeitado por todos (Jó 19.13-15);- Jó clama por resposta de Deus (Jó 30.20; 31.35);

“Na verdade sei que assim é; porque, como se justificaria o homem para com Deus?“ Jó 9.2

“Como, pois, seria justo o homem para com Deus, e como seria puro aquele que nasce de mulher.“ Jó 25.4

“... Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência.“Jó 28.28

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Conclusão

É de se estranhar que um livro que nada exiba de características israelita, onde a lei mosaica nunca é promovida, tenha encontrado lugar seguro no cânon hebraico.

Essa posição do livro de Jó nunca foi seriamente desafiada. Talvez, por possuir uma qualidade estética tão grande que ninguém jamais ousou desafiar seu direito ao rol

dos livros divinamente inspirados.

Alfred, Lord Tennyson, que foi um poeta de grande envergadura, considerava o livro de Jó como:

“o maior poema dos tempos antigos e modernos.”

“Esteticamente falando, Jó é a produção literária suprema do gênio dos hebreus.”

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A Divisão do Reino

Compreende um período de aproximadamente

585 anos (1171 – 586 a.C.)

“Assim disse o Senhor a Salomão: Pois que houve isto em ti, que não guardaste a minha aliança e os meus estatutos que te mandei, certamente rasgarei de ti este reino, e o

darei a teu servo.” 1Rs 11.11

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A Sentença de Deus

� Pelo fato de Salomão ter tolerado a idolatria (1Rs 11.1-8), um julgamento divino desastroso teve início no reinado de Roboão, filho e sucessor de Salomão. O profeta Aías profetizou que Jeroboão, um efraimita muito capaz a quem Salomão destacara para supervisionar os grupos de trabalho provenientes do norte em Jerusalém (1Rs 11.28-31), dominaria sobre as dez tribos do norte. Esse oráculo evidentemente tornou pública a rebelião de Jeroboão, de modo que ele fugiu para o Egito a fim de escapar da ira de Salomão (1Rs 11.40), retornando após a morte dele.

� Roboão ainda tentou dominar sobre todo o Israel (1Rs 12.1-15), mas seguindo conselhos insensatos de amigos ambiciosos, anunciou que sua política seria ainda mais dura que a do pai. Assim, liderados por Jeroboão, os israelitas declararam independência.

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A Divisão

“Vendo, pois, todo o Israel que o rei não lhe dava ouvidos, tornou-lhe o

povo a responder, dizendo: Que parte temos nós com Davi? Não há para

nós herança no filho de Jessé. Às tuas tendas, ó Israel!“ (1Rs 12.16)

Mesmo assim Roboão ainda tencionava recuperar o governo

unificado. No entanto, uma intervenção profética impediu que

suas tropas marchassem para o norte (1Rs 12.24).

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� Os reis de Israel:� Jeroboão – 937 a.C. (1Rs 11.31)� Nadabe – 915 a.C. (1Rs 14.20)� Baasa – 914 a.C. (1Rs 15.16)� Elá – 891 a.C. (1Rs 16.8)� Zinri – 890 a.C. (1Rs 16.15)� Onri – 890 a.C. (1Rs 16.16)� Acabe – 876 a.C. (1Rs 16.29)

� Acazias – 856 a.C. (1Rs 22.40)� Jorão – 854 a.C. (2Rs 1.17)� Jeú – 842 a.C. (1Rs 19.16; 2Rs

10.28,29)

� Jeoacaz – 814 a.C. (2Rs 10.35)� Jeoás – 797 a.C. (2Rs 13.10)� Jeroboão II – 781 a.C. (2Rs 14.23)� Zacarias – 741 a.C. (2Rs 14.29)� Salum – 741 a.C. (2Rs 15.10)� Manaém – 740 a.C. (2Rs 15.14)� Pecaias – 737 a.C. (2Rs 15.23)� Peca – 736 a.C. (2Rs 15.25)� Oséias – 730 a.C. (2Rs 15.30)

� Os reis de Judá:� Roboão – 937 a.C. (1Rs 11.43)� Abias – 920 a.C. (1Rs 14.31)� Asa – 917 a.C. (1Rs 15.8)

� Jeosafá – 878 a.C. (1Rs 15.24; 22.41)

� Jeorão – 851 a.C. (2Rs 8.16; 2Cr 21.1)� Acazias – 843 a.C. (2Rs 8.25)� Atalia – 842 a.C. (2Rs 8.26)� Joás – 836 a.C. (2Rs 11.2; 12.2)

� Amazias – 796 a.C. (2Rs 14.1)

� Azarias/Uzias – 777 a.C. (2Rs 14.21; 15.3)

� Jotão – 750 a.C. (2Rs 15.5,34)

� Acaz – 734 a.C. (2Rs 15.38)� Ezequias – 727 a.C. (2Rs 16.20;

18.3)

� Manassés – 697 a.C. (2Rs 21.1)� Amon – 642 a.C. (2Rs 21.19)� Josias – 640 a.C. (1Rs 13.2; 2Rs

22.2)

� Jeoacaz – 608 a.C. (2Rs 23.30)� Jeoiaquim – 608 a.C. (2Rs 23.30)� Joaquim ou Jeconias – 598 a.C. (2Rs

24.6)� Zedequías ou Matanias – 598 a.C. (2Rs

24.17)

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� Jeroboão proibiu as viagens para o templo de Salomão e estabeleceu santuários alternativos em Dã e em Betel. Então, o povo do norte começou a identificar-se com imagens do culto à fertilidade dos cananeus e passaram a misturar o culto a Yahweh com o culto a Baal. Esse sincretismo explica a censura profética contra o rei Jeroboão e seus santuários (1Rs 13.1-32; 14.14-16).

� O reino do norte nunca estabeleceu uma dinastia real e estável. Nadabe, filho de Jeroboão, governou por apenas dois anos, antes de ser morto por Baasa (1Rs 15.27-30). Elá, filho de Baasa, sofreu o mesmo destino nas mãos de Zinri, um comandante militar (1Rs 16.8-14). Mas Zinri reinou apenas sete dias, antes de outro general, Onri, sitiar sua capital em Tirza. A morte de Zinri dividiu a lealdade do povo entre Onri e Tibni, mas o primeiro acabou prevalecendo.

� A atitude mais nociva ao reino do norte, talvez tenha sido a aliança com a próspera cidade fenícia de Tiro, um pacto selado com o casamento de seu filho, Acabe, com Jezabel, filha do rei de Tiro (1Rs 16.24-33).

� Nesse cenário Deus levantou uma testemunha poderosa para se contra por àquela política e promover a fé verdadeira. Daí em diante os embates entre Elias e Acabe conduzem a trama de 1Rs 17-22. Como tema principal, os conflitos detalham onde Israel errou e descrevem o julgamento divino que virá sobre Israel.

� Após a ascensão de Elias aos céus (2Rs 2.11), toda oposição de Deus contra os reis perversos de Israel continuou através do profeta Eliseu (2Rs 3.14; 9.10,35). Porém, o Senhor ainda continuava usando de sua misericórdia (2Rs 13.23).

� Vindo a morte de Eliseu (2Rs 13.20), outros reis perversos governaram sobre Israel, até que no reinado de Oséias, o Senhor entregou Israel ao cativeiro Assírio (2Rs 17.6), pelos pecados que todos os reis cometeram e ensinaram ao povo a se desviarem das leis, dos estatutos, dos mandamentos e dos juízos de Deus (2Rs 17.7-23).

O Cativeiro Assírio

Onri por fim estabilizou politicamente o reino do norte. E comprou a Samaria fazendo a capital permanente do reino do norte, até que foi destruída pela Assíria (1Rs 16.24).

721 606Assírio

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� No governo de Roboão, a apostasia religiosa que caracterizara o reinado de Salomão tornou-se mais patente. O javismo debatia-se com a religião cananéia e com a prostituição masculina (1Rs 14.23,24). O exército de Judá continuou suas lutas militares contra seu rival do norte, sem que houvesse supremacia de uma das partes (1Rs 14.30; 15.6). Para piorar a situação, o poderoso egípcio Sisaque, invadiu Judá em 926 a.C. (1Rs 14.25-28), levando os escudos de ouro, simbolizando o fim da era de ouro de Judá (1Rs 14.26) devido a sua apostasia.

� Após breve e inexpressivo reinado de Abias (1Rs 15.1-8), é apresentado o longo período do governo de Asa, com sua formula típica para os governantes de Judá(1Rs 15.9-11). Asa é um dos poucos reis de Judá que as narrativas lhe são favorável. Tematicamente, ele representa o primeiro reformador religioso de Judá.

� Outros reis também se levantaram em Judá, e fizeram o que era mau aos olhos do Senhor (2Rs 17.19). Por isso também a Assíria, por meio de Senaqueribe, tomou todas as cidades fortificadas de Judá (2Rs 18.13), exigindo o pagamento de impostos. Mas, ainda não se satisfez e desejou tomar Jerusalém (2Rs 18.17), chegando ao ponto de blasfemar do Deus de Judá (2Rs 19.6). Entretanto, esse desejo do rei da Assíria foi frustrado, porque na época Ezequias, um rei reto, governava sobre Judá, e a mensagem recebida do profeta Isaías era de vitória (2Rs 19.7-8,28,32).

� Ezequias era co-regente de Judá com seu pai, Acaz, desde 729 a.C. Depois governou sozinho de 716 a 687. Ele aprendeu lições importantes com a queda de Israel. Incentivado pelo profeta Isaías, ele perseguiu dois atos louváveis: tentou romper o domínio político da Assíria e purificou a fé de Judá, abolindo o culto aos deuses cananeus e assírios.

O Cativeiro Babilônico

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� O Egito também estava ansioso por romper com a Assíria. Isso fez com que Isaias profetizasse contra toda tentativa de aliança por parte de Judá (Is 30.1-3). Do outro lado, a Babilônia compartilhava com os egípcios a fome de liberdade. Naquele tempo Merodaque-Baladã era o rei de Babilônia e tentou fazer aliança com Judá (2Rs 20.12-19). Ezequias lhes mostrou os tesouros reais, os suprimentos, e a casa de armas. Daí Isaias profetizou que todos esses tesouros, um dia, seriam levados para Babilônia (2Rs 20.17). Um século mais tarde, as palavras de Isaias tornaram-se. Por três vezes o exército babilônio atacou Judá e seus vizinhos. Eles deixaram os muros e o templo de Jerusalém em ruínas e deram um fim amargo ao reinado da linhagem de Ezequias (2Rs 25.1-10).

O Cativeiro Babilônico Continuação...

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Assírio Babilônio Medo-Persa

O reino do sul (Judá) foi tomado pela Babilônia em 586 a.C.

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Os Profetas

“... Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta, e que o Senhor pusesse o Seu Espírito sobre ele!“

Nm 11.29b

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Introdução

A palavra hebraica para “profeta” é nabi, e significa “anunciador”, “declarador”. Os termos hebraicos roeh e hozek também são usados, e significam “aquele que vê”, ou seja, “vidente”. Todas as três palavras aparecem em 1Cr 29.29.

Nabi é termo usado por mais de trezentas vezes no Antigo Testamento. Alguns exemplos são: Gn 20.7; Êx 7.1; Nm 12.6; Dt 13.1; Jz 6.8; 1Sm 3.20; 2Sm 7.2; 1Rs 1.8; 2Rs 3.11; Sl 74.9. Um título comumente aplicado aos profetas era “homem de Deus” (1Rs 13.1). Além disso, a expressão é usada para designar Moisés, Elias, Samuel, Davi e Semaías. Ainda outros títulos dados aos profetas são: Atalaia Jr 6.17; Ez 3.17 (no hebraico, sophin) e Pastor Zc 11.5,16 (no hebraico raah).

Entre os dias de Josué e Eli “as visões não eram freqüentes” (1Sm 3.1), o que significa que o ofício profético estava em declínio. Mas esse ofício ressurgiu no período dos reis com o aparecimento das escolas de profetas, que surgiram nos dias de Samuel (1Sm 19.20; 2Rs 2.3,5; 4.38; 6.1).

“O Senhor teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis; conforme a tudo o que pediste...” Dt 18.15

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Urias (Jr 26.20-23), na época de Jeoiaquim, 609-598 a.C.

Hulda (2Rs 22.14-20), na época de Josias, 641-609 a.C.

Zacarias, filho de Joiada (2Cr 24.20-22), na época de Joás, 835-796 a.C.

Elias (2Cr 21.12-15), na época de Jeorão, 853-841 a.C.

Obede (2Cr 28.9-11), na época de Peca, 752-732 a.C.

Eliezer, filho de Dodava (2Cr 20.37), na época de Josafá, 873-848 a.C.

Eliseu (1Rs 19.16 – 2Rs 13.21), na época dos reis Acazias, 853 a.C., Jeorão (852-841 a.C.), Jeú (841-814 a.C.), Jeoacaz (814-798 a.C), Jeoás (798-782 a.C.

Jaaziel (2Cr 20.14-17), na época de Josafá, 873-848 a.C.

Micaías (1Rs 22.13-28), na época de Acabe, 874-853 a.C.

Jeú, filho de Hanani (2Cr 19.2,3), na época de Josafá, 873-848 a.C.

Elias (1Rs 17.2 – 2Rs 2), na época de Acabe, 874-853 a.C. e de Acazias 853-852 a.C.

Hanani (2Cr 16.7-10), na época de Asa, 911-870 a.C.

Jeú, filho de Hanani (1Rs 16.7-12), na época de Baasa, 909-886 a.C.

Aías, o silonita (1Rs 11.29-40), na época de Salomão, 971-931 a.C.

Azarias, filho de Obede (2Cr 15.1-7), na época de Asa, 911-870 a.C.

Um homem de Deus, vindo de Judá(1Rs 13.1-32), na época de Jeroboão I, 931-910 a.C.

Gade (1Sm 22.5; 2Sm 24.11-19), também na época de Davi.

Semaías (2Cr 11.2-4; 12.5-8), na época de Reoboão, 931 a.C.

Aías, o silonita (1Rs 11.29-39; 14.1-18), na época de Jeroboão I, 931-910 a.C.

Natã (2Sm 7.2-17; 12.1-25), na época de Davi, 1000 a.C.

Em JudáEm IsraelNo Reino Unido

“Assim disse o Senhor a Salomão: Pois que houve

isto em ti, que não guardaste a minha aliança e os meus

estatutos que te mandei, certamente rasgarei de ti

este reino, e o darei a teu servo.”

1Rs 11.11

“Vendo, pois, todo o Israel que o rei não lhe dava ouvidos, tornou-lhe o povo a responder, dizendo: Que parte temos nós com Davi? Não há para nós herança no filho

de Jessé. Às tuas tendas, óIsrael!“

1Rs 12.16

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Os Profetas Pré-Cativeiro Assírio

Síntese: Profeta Jonas “Pomba”:�Profetiza para Ninive, aspecto missionário;

- Era Galileu da cidade Gate-Hefer, Jo 7,52;- Iniciou seu ministério após Elizeu, Contexto histórico 2Rs 14.25-27;- Foi engolido por um grande peixe, Mt 12.39-42;- A nação de Ninive se arrepende, Jn 3.5-10; e- O descontentamento de Jonas, Jn 4.

- (2) Jonas [825-782 a.C.];- (3) Amós [786-746 a.C.]; e- (4) Óseias [782-725 a.C.]

“... Por isso é que me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus compassivo e misericordioso, longânimo e grande em benignidade, e que te arrependes do mal.”

Jn 4.2

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Os Profetas Pré-Cativeiro Assírio

Síntese: Profeta Amós “Levar um fardo”:�Profetiza ao Norte

- Natural de Tecoa, 10 Km ao sul de Belém;- A chamada divina Am 7.14,15;- Contexto histórico 2Cr 26; 2Rs 14.23-29; 15;- Julgamento das nações Am 1; 2- A sentença, cerca de 60-80 anos antes do cativeiro, Am 5.27.- Promessa de restauração, Am 4.11-15

- (2) Jonas [825-782 a.C.];- (3) Amós [786-746 a.C.]; e- (4) Óseias [782-725 a.C.]

“Mas o Senhor me tirou de seguir o rebanho, e o Senhor me disse: Vai, e profetiza ao meu povo Israel.” Am 7.15

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Os Profetas Pré-Cativeiro Assírio

Síntese: Profeta Oséias “Libertador”:�Denúncia o adultério espiritual de Israel;

- Contexto histórico 2Rs 14.23; 15- Nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias (Judá) e Jeroboão II (Israel)- Aproximadamente 60 anos antes do Cativeiro Assírio- Seu casamento com uma prostituta, Os 1.2;- Anúncio do Cativeiro Am 5.27,27

- (2) Jonas [825-782 a.C.];- (3) Amós [786-746 a.C.]; e- (4) Óseias [782-725 a.C.]

“E naquele dia, diz o Senhor, tu me chamarás: Meu marido; e não mais me chamarás: meu Senhor.” Os 2.16

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Conclusão

No reinado de Oséias, o Senhor entregou Israel ao cativeiro Assírio (2Rs 17.6), pelos pecados que todos os reis cometeram e ensinaram ao povo a se desviarem das leis, dos estatutos, dos mandamentos e dos juízos de Deus (2Rs 17.7-23).

Sargão II � (722-705 a.C.) Toma o Reino do Norte 2Rs 15.29; 16.5-7.

O cativeiro Assírio pôs fim (em 721 a.C.) à linhagem dos profetas do reino do norte, Israel, e o povo de Israel continuou através da nação de Judá. E assim as dez tribos de Israel perderam sua identidade.

721 606Assírio

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Pré-cativeiro Babilônico

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- (1) Joel [837-800 a.C.];- (5) Isaias [758-698 a.C.];- (6) Miquéias [740-695 a.C.];- (7) Naum [640-630 a.C.];- (8) Sofonias [640-610 a.C.];- (9) Jeremias [627-586 a.C.]; e- (10) Habacuque [609-598 a.C.]

Síntese: Profeta Joel “O Senhor é Deus”:�Pouco se sabe dele, acredita-se que profetizou no tempo de Joás (2Rs 12)

(1) Joel [837-800 a.C.]

- O campo foi assolado Jl 1.13;- O dia do Senhor Jl 1.15; 2.1,11;- Promessa de abundância Jl 2.23,25, 27;- Promessa do derramamento do Espírito Jl 2.28-29;- O grande e terrível dia Jl 2.31,32; 3.14;- O Juízo sobre as nações Jl 3.2;- Judá será restaurada Jl 3.20;

Os Profetas Pré-Cativeiro Babilônico

“Ai do dia! Porque o dia do Senhor está perto, e virá como

uma assolação do todo-poderoso.” Jl 1.15

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Os Profetas Pré-Cativeiro Babilônico

Síntese: Profeta Isaías “Salvação do Senhor”:

(5) Isaias [758-698 a.C.]

- 1ª Seção: Condenatória Is 1-35;- 2ª Seção: História Is 36-39;- 3ª Seção: Consoladora Is 40-66;

Profecias Messiânicas- O nascimento de Jesus Is 7.14; Is 9.1,6; Mt 4.15; Lc 1.35; Gl 4.4- O reino do Messias Is 11.1-4; 16.5- Preparar o caminho Is 40.3- O Servo do Senhor Is 42.1-9; 61.1

“... Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.”Is 7.14

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Os Profetas Pré-Cativeiro Babilônico

Síntese: Profeta Miquéias “Quem é como o Senhor”:Contemporâneo de Isaías Is 1.1; Mq 1.1Nativo de Moresete: 20 km ao sul de JerusalémContexto: 2Rs 15.23-30

(6) Miquéias [740-695 a.C.]

- Condenação aos líderes Mq 2.1,11; 3.1,5-12- Profecia messiânica Mq 5.2-5- A queda da Assíria Mq 5.6

Síntese: Profeta Naum “Conforto de Deus”120 e vinte anos depois da mensagem de JonasNativo de El-Kosh, uma aldeia da Galiléia

(7) Naum [640-630 a.C.]

- O Senhor é vingador Na 1.2- Nínive lamentará Na 2.7,8- A sentença de Deus Na 3.19

“Porque a sua chaga éincurável, porque chegou atéJudá; estendeu-se até à porta

do meu povo.” Mq 1.9

“Ai da cidade ensanguentada!” Na 3.1

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Os Profetas Pré-Cativeiro Babilônico

Síntese: Profeta Sofonias “Iavé esconde”:

(8) Sofonias [640-610 a.C.]

- O dia do Senhor Sf 1.7, 14, 18; 2.2,3- Profecias contra profetas e sacerdotes Sf 3.4- O Senhor é justo Sf 3.5- A volta dos cativos Sf 3.20

Síntese: Profeta Habacuque “abraço”:

(10) Habacuque [609-598 a.C.]

- A falta de justiça Hb 1.4- Anúncio do cativeiro Hb 1.5,6- Os ais contra os caldeus Hb 2- O cântico de Habacuque Hb 3.17

“O grande dia do Senhor estáperto, sim, está perto, e se

apressa muito; amarga é a voz do dia do Senhor; clamará ali o

poderoso.” Sf 1.14

“Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não

salvarás?” Hb 1.2

“... Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação.”

Hb 3.18

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Os Profetas Pré-Cativeiro Babilônico

Síntese: Profeta Jeremias “Iavé estabelece”:Contemporâneo de Sofonias e HabacuqueContexto: 2Rs 22-25; Jr 26.1

(9) Jeremias [627-586 a.C.]

- O povo deixou ao Senhor Jr 2.1-5,11,17,19,27; 15.4; 17.5,13- Israel & Judá deixam ao Senhor Jr 3.6-10; 5.1- Anúncio do cativeiro Jr 4.7; 5.15-18; 6.21; 10.22; 20.4; 25.11- Falsos líderes Jr 5.31; 7.4; 14.14; Jr 23.1-4,9-11- Desprezaram a palavra do Senhor Jr 6.10; 7.27; 25.4,8; 35.14- Falsa paz Jr 6.14; 8.11- O Senhor recusa oração e holocaustos Jr 7.16,22,23; 11.14; 14.11- A volta a Jerusalém Jr 12.15- O vaso de oleiro Jr 18.1-6, a botija Jr 19.10, os figos Jr 24.5, os grilhões Jr 27-28 e a carta aos cativos 29.4-10- Ameaças contra Jeremias Jr 20.2,6; 26.8-14; 32.2; 37.14; 38.6- A cerca de Cristo e sua época Jr 23.5; 31.15; 33.15- A esperança Jr 29.11; 30.3,8,18; 33.3- Escritos por Baruque Jr 36.4,32; 45.1- Profecias contra várias nações Jr 46-52- As lamentações do profeta Jr 4.31; 6.26; 9.20; 10.19; 13.17; 20.14-18; Lm 1.16; 2.11, 20; 3.1-13,49; 4.10; 5.15

“Deveras o meu povo está louco, jánão me conhece; são filhos néscios, e não entendidos; são sábios para fazer mal, mas não sabem fazer o

bem.” Jr 4.22

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� O Egito também estava ansioso por romper com a Assíria. Isso fez com que Isaias profetizasse contra toda tentativa de aliança por parte de Judá (Is 30.1-3). Do outro lado, a Babilônia compartilhava com os egípcios a fome de liberdade. Naquele tempo Merodaque-Baladã era o rei de Babilônia e tentou fazer aliança com Judá (2Rs 20.12-19). Ezequias lhes mostrou os tesouros reais, os suprimentos, e a casa de armas. Daí Isaias profetizou que todos esses tesouros, um dia, seriam levados para Babilônia (2Rs 20.17). Um século mais tarde, as palavras de Isaias se cumpriram. Por três vezes o exército babilônio atacou Judá e seus vizinhos. Eles deixaram os muros e o templo de Jerusalém em ruínas e deram um fim amargo ao reinado da linhagem de Ezequias (2Rs 25.1-10).

Conclusão

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Assírio Babilônio Medo-Persa

O reino do sul (Judá) foi tomado pela Babilônia em 586 a.C.

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Durante Cativeiro Babilônico

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Síntese: Profeta Daniel “Juiz de Deus”:Contemporâneo de Jeremias, Ezequiel e Esdras;Contexto: Dn 1.1; 2Rs 24.3-4Escrito em Aramaico 2.4b-7.28

- A seleção dos filhos de Israel Dn 1.3,4,17- Uma grande estátua Dn 2.28-49; A grande árvore Dn 4.4-37; - A estátua de ouro e a fornalha de fogo Dn 3.1-30- Belsazar, o filho de Nabucodonosor Dn 5.1 (A escrita na parede)- No reinado de Dário, Daniel na cova dos leões Dn 6- As visões de Daniel: Os 4 animais Dn 7- Os próximos impérios Dn 8; 11- A oração de Daniel Dn 9; A grande visão Dn 10- os últimos tempos Dn 12

- (11) Daniel [606-534 a.C.];- (12) Ezequiel [592-572 a.C.]; e- (13) Obadias [586-583 a.C.]

Os Profetas Durante Cativeiro Babilônico

“Não temas, homem muito amado, paz seja contigo; anima-te, sim, anima-te... ”. Dn 10.19

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Os Profetas Durante Cativeiro Babilônico

Síntese: Profeta Ezequiel “Deus fortalecerá”:

(12) Ezequiel [592-572 a.C.]Contexto: 2Rs 24.11-16 de Josias até Zedequias

- O chamado Ez 2.3-5; 3.5,6; 33- As visões: Os querubins Ez 1.1,28; 10 O rolo 2.9,10; As abominações do santuário 8; justos, ímpios 9; Os chefes Ez 11;12.21-28; 34; As falsas profetizas 13.17; A videira inútil 15.6; 19.10; A prostituição de Jerusalém 16.15; A parábola da panela 24; um vale de ossos 37

- Anúncio do cativeiro Ez 4;5; 12.11; 17- Bênçãos e Maldições Ez 18- As abominações de Israel Ez 20; 22- Profecias contra diversos povos 25-32; 35; 36; 38,39- Há esperança Ez 11.16,17,19; 36.23-35; 40-48

“Filho do homem: Eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da minha boca ouvirás a palavra e avisá-los-ás da minha parte.” Ez 3.17

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Síntese: Profeta Obadias “Servo” ou “Adorador do Senhor” :

- (13) Obadias [586-583 a.C.] O livro de uma visão

- A sentença de Deus sobre Edom v10- O motivo dessa sentença v12-14- A restauração de Israel Ob v17-21

Os Profetas Durante Cativeiro Babilônico

“Mas tu não devias olhar com prazer para o dia de teu irmão, no dia do seu infortúnio; nem alegrar-te sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína... ” Ob v12-14

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Pós-cativeiro Babilônico

“O Senhor Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em

Jerusalém...“ 2Cr 36.23; Jr 29.10

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Síntese: Profeta Ageu “Festivo”:Contemporâneo de Zacarias;Contexto: Na época de Dário I (522-482 a.C.) Ag 1.1Visa encorajar os repatriados a restaurar Jerusalém

- O tempo de edificar o templo Ag 1.2, 4- Todos obedeceram a voz de Deus Ag 1.12; Ed 5.1,2- A glória da segunda casa Ag. 2.9- A repreensão e promessa de benção Ag 2.10-20

- (14) Ageu [520 a.C.];- (15) Zacarias [520-518 a.C.]; e- (16) Malaquias [433-425 a.C.]

Os Profetas pós-cativeiro Babilônico

“A glória desta última casa será maior do que a da primeira...” Ag 2.9

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Profeta Zacarias “O Senhor Lembra”:É o mais escatológico do AT

- As oito visões Zc 1-6- O renovo Zc 6.11,12- As bênçãos prometidas Zc 8.11,12; 10.1,3,8; 12.8-10- O castigo de diversos povos Zc 9; 11.6-17; 12.3- O julgamento final Zc 14

- (14) Ageu [520 a.C.];- (15) Zacarias [520-518 a.C.]; e- (16) Malaquias [433-425 a.C.]

Os Profetas pós-cativeiro Babilônico

“... e olharão para mim, a quem traspassaram ...” Zc 12.10

Profeta Malaquias “Meu mensageiro”:

- A repreensão aos sacerdotes Ml 2.2,7- A infidelidade com a mulher da mocidade Ml 2.14- O anúncio da vinda do Senhor Ml 3.1; 4.2-5- Os dízimos e ofertas Ml 3.10

“O filho honra ao pai, e o servo o seu senhor; se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou Senhor

...” Ml 1.6

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Síntese: Esdras “Ajuda”:Era sacerdote e escribaConsiderado o segundo fundador da nação judaica

- A história dos primeiros judeus após o cativeiro Ed 1-6; 2.62- O reavivamento Ed 7-10- Oposição a construção Ed 4.23,24; 5.7-17- Os profetas ajudam na construção Ed 5.2- O rei Dário permite a construção Ed 6.11; 2Cr 36.22,23- Artaxerxes apóia a reconstrução de Jerusalém Ed 7.13,21; 8.22- Os primeiros a transgredir após o cativeiro babilônico Ed 9.2-6- O verdadeiro arrependimento Ed 10.

A Reconstrução de Jerusalém

- Esdras & Neemias � Reconstroem a cidade de Jerusalém:Originalmente formavam um único livro

“A mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam...”Ed 8.22b

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Síntese: Neemias “Iavé consola”:Era copeiro do Rei Artaxerxes

- Neemias toma ciência da situação de Jerusalém Ne 1.3- Artaxerxes permite a Neemias ir a Jerusalém Ne 2.6- A edificação dos muros Ed 3; 4.6- Os opositores Ed 4.1,7; 6- Os pobres reclamam dos ricos Ed 5.15- A relação dos primeiros a retornar para Jerusalém Ed 7.5- Esdras lê a lei diante do povo Ne 8.4,5,8, 18- O arrependimento e a retrospectiva da história de Israel Ne 9- Selaram a aliança Ne 10- Neemias remove diversos abusos Ne 13.25

A Reconstrução de Jerusalém

“Grande e extensa é a obra, é nós estamos apartados do muro, longe uns dos outros.”Ne 4.19b

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Período Interbíblico

“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.” Gl 4.4

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Introdução

Foi considerado o período de 400 anos, em que não houve revelação divina escrita, onde os fatos históricos formaram o cenário ideal para a manifestação de Jesus o Filho de Deus.

Antes de iniciarmos o estudo do Novo Testamento, é de extrema importância a compreensão dos fatos que ocorreram pós-exílio até o advento de Cristo, iniciando então a Era Cristã.

Contexto HistóricoA nação de Israel apostatou da fé, quebrou a aliança com Deus, e por isso foi extremamente afligido com os cativeiros Assírio (721 a.C.) e Babilônico (606-536).

O Império medo-persa surgiu em 536 a.C., como libertador de Israel das mãos da Babilônia, com a figura de Ciro que permite que cerca de 50.000 exilados retornem para Jerusalém.

Esdras retorna do exílio em 457 a.C., promove diversas reformas civis e espirituais, servindo de restaurador e por isso passou a ser considerado como o segundo fundador da nação Judaica.

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Assírio Babilônico Medo-Persa Grego167

Em Dn 8.3-12 foi profetizado a queda do império babilônico até o levante de Antioco Epifânio (uma tipificação de anti-cristo).

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� Alexandre, filho de Felipe de Macedom, homem de extrema liderança, educado aos pés do famoso Aristóteles, plenamente devotado a cultura grega, penetrou na Pérsia com um contingente bastante inferior aos dos seus adversários. Mas, pela sua coragem e destreza militar com apenas 22 anos de idade estabeleceu seu império.

� No ano de 330 a.C. Alexandre o Grande estabelece o Império Grego, mas com apenas 33 anos de idade perdeu suas forças estando enfermo e também bastante debilitado pelo uso do álcool.

� Embora tenha reinado por um período bastante curto, mas tendo sido muito rápido em suas empreitadas, passou a influenciar o mundo da época como nunca antes havia ocorrido, disseminando a cultura e a língua grega por toda extensão do seu império.

Alexandre o Grande

“... Mas, estando na sua maior força, aquele grande chifre foi quebrado; e no seu lugar subiram outros quatro.” Dn 8.8

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Vindo a morte de Alexandre o império Grego é dividido e entregue a:

� Seleuco – Reinou no norte sobre a Síria, Ásia Menor e a Babilônia;� Ptolomeu – Ficou com o sul reinando sobre o Egito;� Lisímaco – Sobre a Trácia;� Cassandro – Ficou com a Macedônia e a Grécia.

Os Sucessores de Alexandre

Nesse período o império passou de uma mão para outra mão, por várias vezes até 301 a.C., quando o Egito e a Síria mediram forças (Egito: 301-198 / Síria: 198-167).

A Palestina foi dividida nas províncias: JUDÉIA, GALILÉIA, TRACONITES e PERÉIA. E também nesse período surgiram os Fariseus “separados”, Saduceus “justos” e os Essênios que pareciam uma seita oriental com mistura de judaísmo.

Antioco EpifânioEm 175 a.C., subiu ao trono da Síria, Antioco Epifânio (Antioco IV). Ele colocou em seu coração o desejo de exterminar os judeus e em 168 a.C., arrasou Jerusalém, profanou o templo erigindo um altar a Júpiter e sacrificou uma porca sobre o altar dos holocaustos.

Como se não bastasse, também decretou pena de morte para quem praticasse a circuncisão e adorasse a Deus. E também destruiu todas as cópias que encontrou das Escrituras.

“E de um deles saiu um chifre muito pequeno...” Dn 8.9

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A Revolta dos Macabeus

Jerusalém mais uma vez estava arrasada, seu povo revoltado com a situação que se encontravam, até que Matatias, que vivia em Modim (entre Jope e Jerusalém), podemos assim dizer: “deu o grito de independência”.

Com muita bravura venceu diversas batalhas, mas no ano 167 a.C., no mesmo ano da revolta veio a falecer.

Matatias possuía cinco filhos, os quais por um período de aproximadamente 100 anos estabeleceram uma heróica e sangrenta independência.

- Judas (166-161): Rededicou o templo e fez aliança com Roma;- Eleazar: Morreu em combate antes de 161 a.C.;- Jônatas (161-142): Também foi um bravo guerreiro. Exerceu as funções de rei e sacerdote;- João: Morreu antes de Jônatas; e- Simão (142-134): Consolida a vitória e foi feito governador e sumo sacerdote.

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Descendentes dos Macabeus

Depois outros descendentes dos Macabeus também continuaram pelejando para manter a liberdade de Israel:

- João Hircano (134-104): Cercou e destruiu a cidade de Samaria, arrasando o templo dos samaritanos, construído sobre o monte Gerezim, por permissão de Alexandre o Grande. Nesse tempo a divisão política era: JUDÉIA, SAMARIA, GALILÉIA, IDUMÉIA e PERÉIA;

- Aristóbulo I (104-103): Filho de João Hircano;

- Alexandre Janeu (103-76): Era irmão de Aristóbulo I – Em seu tempo houve uma espécie de guerra civil, por causa dos seus desmandos;

- Alexandra (76-67): Havia sido esposa primeiramente de Aristóbulo I e depois de sua morte casou-se com Alexandre Janeu e após sua morte ascendeu ao trono; e

- Aristóbulo II (67-63): Foi o último rei do período independente e era filho de Alexandre Janeu com Alexandra. Esse usurpou o poder de seu irmão mais velho Hircano II, o qual deixou o governo pacificamente.

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Os RomanosNo ano de 63 a.C., a Palestina passa para o Domínio romano através de Pompeu que arrebatou o poder das mãos de Aristóbulo II e entregou a Hircano II.

Os governantes da Palestina até a Era Cristã:

- Hircano II (63-40):- Antígano II (40-37):- Herodes o Grande (37-4 a.C.):

Obs.: A Palestina estava agora dividida em 6 distritos: JUDÉIA, SAMARIA, IDUMÉIA, GALILÉIA, PERÉIA e ITURÉIA.

“E tendo nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes..., eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém, dizendo: onde está aquele que é nascido rei dos judeus?

Porque vimos sua estrela no oriente e vimos a adora-lo. E Herodes, ouvindo isto, perturbou-se, e toda Jerusalém com ele.” Mt 2.1-3

167Os Macabeus

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Romano 476 d.C.Queda do Império Ocidental---1453 d.C.Império OrientalQueda de Constantinopla

Israel independente Jesus nasce na época de Herodes o Grande (37-4 a.C.)

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Diversas ContribuiçõesContribuição Romana

Política: desenvolveram um sentido de unidade da espécie sob uma lei universal. Um reflexo romano em busca da unidade foi garantir a todos a cidadania romana. Isso foi feito para que todos os homens estivessem debaixo de um só sistema jurídico como cidadãos de um só reino.

Militar: Pompeu tinha varrido os piratas do mediterrâneo e os soldados romanos mantinham a paz nas estradas da Ásia, África e Europa. Isso foi uma porta aberta para pregação do evangelho a todos os homens.As estradas principais eram ótimas feitas de concreto e duravam séculos, chegando aos pontos mais distantes do império, algumas delas são usadas até hoje. E Paulo se serviu muito delas em suas viagens missionárias para atingir os centros estratégicos do império romano.

O exército convocava habitantes das províncias para suprir a falta de romanos. Após se converterem alguns ao cristianismo eram designados a outros pontos distantes e assim o evangelho era espalhado.

As conquistas romanas conduziram muitos dos povos à falta de fé em seus deuses, uma vez que não foram capazes de os livrar dos romanos. E nisso se encontravam em um vácuo espiritual que não estavam sendo preenchidos pelas religiões romanas.

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A Língua: O evangelho universal precisava de uma língua universal.

O grego clássico tornou-se a língua que Alexandre, seus soldados e os comerciantes do mundo helenístico, entre 338 e 146 a.C., modificaram, enriqueceram e espalharam pelo mundo mediterrâneo.

A Filosofia: Esta preparou caminho para o cristianismo, pois levaram a destruição às antigas religiões através dos seus questionamentos. Porém falhou na satisfação das necessidades espirituais do homem. Então o homem tornava-se um cético ou procurava as religiões de mistérios.

A filosofia através de Sócrates e Platão ensinava cinco séculos antes de Cristo que o presente mundo temporal dos sentidos é apenas uma sombra do mundo real. Porém apenas buscavam a Deus por meio do intelecto.

Obs: Os gregos aceitavam a imortalidade da alma, mas não criam na ressurreição do corpo.

Diversas ContribuiçõesContribuição Grega

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Monoteísmo – contrastava com a maioria das religiões pagãs;

Esperança messiânica – esperava um messias que estabeleceria a justiça;

Sistema ético – através da lei judaica, o judaísmo ofereceu ao mundo o mais puro sistema ético de então;

A Tanach – os judeus prepararam o caminho para a vinda do cristianismo ao legar a igreja em formação um livro sagrado que foi muito utilizado por Jesus e seus apóstolos;

Filosofia da história – sustentavam uma visão linear da história, na qual Deus soberano que criou a história triunfaria;

A sinagoga – criada na ausência do templo durante o cativeiro babilônico, eram freqüentadas por judeus e muitos gentios, onde os israelitas se reuniam para estudar, copiar e ensinar as Escrituras. Jesus e seus apóstolos utilizavam as sinagogas em suas viagens evangelísticas.

Diversas ContribuiçõesContribuição dos Judeus

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Israel x Palestinos

“Eis que seguramente poderão vir a juntar-se contra ti, mas não será por mim; quem se ajuntar contra ti cairá por

causa de ti.” Is 54.15

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Raízes do Conflito

Em 1897, durante o primeiro encontro sionista, ficou decidido que os Judeus retornariam à Terra Santa, em Jerusalém, de onde foram expulsos pelos romanos a partir dos anos 70 d.C.. Imediatamente teve início a emigração para a Palestina, que era o nome da região no final do século XIX. Nesta época, a área pertencia ao Império Otomano, onde viviam cerca de 500 mil árabes. Em 1903, 25 mil imigrantes judeus jáestavam vivendo entre eles. Em 1914, quando começou a I Guerra Mundial (1914-1918), já eram mais de 60 mil. Em 1948, pouco antes da criação do estado de Israel, os judeus somavam 600 mil.

Os confrontos se tornavam mais violentos à medida que a imigração aumentava. Durante a II Guerra Mundial (1939-1945), o fluxo de imigrantes aumentou drasticamente porque milhões de judeus se dirigiram à Palestina fugindo das perseguições dos nazistas na Europa. Em 1947, a ONU tentou solucionar o problema e propôs a criação de um “estado duplo”: o território seria dividido em dois estados, um árabe e outro judeu, com Jerusalém como “enclave internacional”. Os árabes não aceitam a proposta.

“Quando eu os tornar a trazer de entre os povos, e os houver ajuntado das terras de seus inimigos, e eu for santificado neles aos olhos de muitas nações.” Ez 39.27

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As Guerras

No dia 14 de maio de 1948, Israel declarou independência. Os exércitos do Egito, Jordânia, Síria e Líbano atacaram, mas foram derrotados. Em 1967 aconteceram os confrontos que mudariam o mapa da região, a chamada “Guerra dos Seis Dias”. Israel derrotou o Egíto, Síria e Jordânia e conquistou de uma só vez toda a Cisjordânia, as colinas de Golán e Jerusalém leste. Em 1973, Egíto e Síria lançaram uma ofensiva contra Israel no feriado de Yom Kippur, o Dia do Perdão, mas foram novamente derrotados.

A IntifadaEm 1987 aconteceu a primeira intifada, palavra árabe que significa “sacudida” ou “levante”, quando milhares de jovens saíram às ruas para protestar contra a ocupação considerada ilegal pela ONU. Os israelenses atiraram e mataram crianças que jogavam pedras nos tanques, provocando indignação na comunidade internacional. A segunda intifada teve início em setembro de 2000, após o então primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, ter caminhado nas cercanias da mesquita de Al-Aqsa, considerada sagrada pelos muçulmanos e parte do Monte do Templo, área sagrada também para os judeus.

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A Situação no Século XXI

Israel permanece nos territórios ocupados e se nega a obedecer a resolução 242 da ONU, que obriga o país a se retirar de todas as regiões conquistadas durante a Guerrados Seis Dias. Apesar das negociações, uma campanha de atentados e boicotes de palestinos, que se negam a reconhecer o estado de Israel, e israelenses, que não querem devolver os territórios conquistados, não permite que a paz se concretize na região.

O Cisma PalestinoEm junho de 2007 a Autoridade Nacional Palestina se dividiu, após um ano de confrontos internos violentos entre os partidos Hamas e Fatah, que deixaram centenas de mortos. A Faixa de Gaza passou a ser controlada pelo Hamas, partido sunita do Movimento de Resistência Islâmica, e a Cisjordânia se manteve sob o governo do Fatahdo presidente Mahmoud Abbas.

O Hamas havia vencido as eleições legislativas palestinas um ano antes, mas a Autoridade Palestina havia sido pressionada e não permitiu um governo independente por parte do premiê Israel Hamiya. Abbas declarou estado de emergência e desistiu Hamiya, mas o Hamas manteve o controle de fato da região de Gaza.