antigo regime e iluminismo
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Caracteriza a sociedade do Antigo Regime
O Antigo regime caracterizava-se por uma economia baseada na agricultura e nos tráfegos comerciais, assim como uma sociedade fortemente estratificada
que era dominada pelos grupos privilegiados e poder absoluto do rei.
A maior parte da população vivia da agricultura (as terras estavam sujeitas a um regime senhorial e por isso os camponeses tinham de pagar taxas e tinham
muitas obrigações), usavam ainda técnicas de cultivo rudimentares e era portanto difícil manter a subsistência. A fome e a peste eram frequentes
causando grande mortalidade. No entanto, em muitas cidades havia um intenso dinamismo económico devido à expansão do grande comércio.
Sociedade do Antigo Regime estratificada e hierarquizada: Rei
Clero
Nobreza
Terceiro estado/ povo :-burguesia-camponeses e artesãos-serviçais
As duas primeiras ordens eram privilegiadas:-o clero não pagava impostos, recebia a dízima e dispunha de tribunal próprio;-a nobreza recebia a maior parte dos impostos e tinha acesso aos cargos superiores da corte, do exército e da Igreja;
O terceiro estado era a ordem não privilegiada:-burguesia (comerciantes, homens letrados) que podiam atingir um alto nível de riqueza ou cultura;-artesãos, camponeses;-serviçais
Nesta sociedade havia pouca mobilidade. A sua posição era uma condição herdada por nascimento e que normalmente era mantida até ao final da sua vida. Só alguns burgueses ascendiam à nobreza: constituíam a nobreza de toga (que não era hereditário)
Define absolutismo:
Os monarcas passaram a concentrar em si todos os poderes, afirmando uma autoridade total e absoluta. Por isso se chamou a este regime político absolutismo
régio.
Para o Rei de França Luís XIV, cujo modelo foi imitado por muitos monarcas, esse poder absoluto baseava-se num direito divino: o monarca considerava que recebera o
seu poder de Deus e por isso tinha que prestar contas das suas ações senão ao próprio Deus. Era ele quem decidia, com a sua razão e a sua vontade, qual era o
interesse do Estado.
O rei concentrava por isso, o poder:
As medidas mercantilistas tinham como objetivo defender os interesses económicos nacionais. Segundo o mercantilismo, a riqueza de um país estava na quantidade de
dinheiro (metais preciosos) que nele existisse. A melhor maneira de isto acontecer era através das trocas comerciais com o estrangeiro (se o valor das exportações for maior
do que o valor das importações entraria mais dinheiro no país do que saía). Era necessário conseguir um saldo positivo na balança comercial, o Estado deveria intervir
na economia protegendo o comércio e a indústria do país.
Legislativo;executivo;judicial
Em que consiste a política económica mercantilista:
Indica as medidas de Colbert
Colbert (ministro de Luís XIV) aplicou a política protecionista através das seguintes medidas:
oIsentou de impostos os seus produtos;
oIncentivou manufaturas;
oConcedeu monopólios;
oLimitou as importações de produtos estrangeiros;
oCriou companhias de comércio
A riqueza do país dependia dos tráfegos comerciais. Beneficiado do exclusivo colonial, os mercados portugueses traziam açúcar, tabaco, especiarias e outros
produtos das colónias para a metrópole que depois eram exportados para a Europa. Da metrópole exportava-se sal, azeite, vinho, etc. Era a venda de tudo
isso que permitia o equilíbrio da balança comercial. Portugal importava produtos como trigo, têxteis, etc.
Começou, mais tarde, a haver uma grande concorrência que fez com que se instalasse uma grave crise comercial.
O Conde de Ericeira decidiu promover a industrialização do País, através de medidas protecionistas já aplicadas por Colbert:
oFundação de manufaturas;
oMandou vir do estrangeiro novos equipamentos e técnicos experientes;
oConcedeu monopólios;
oPublicou pragmáticas (que proibiam o uso de tecidos de lã e outros artigos de vestuário de origem estrangeira)
Descreve a dependência de Portugal face ao comércio colonial
Indica as medidas mercantilistas do Conde da Ericeira
Razões para a falência das medidas mercantilistas portuguesas e em que consistia o Tratado de Methuen:
Os comerciantes ingleses, em resposta às proibições impostas pelas pragmáticas passaram a comprar menos vinho aos portugueses. Os grandes viticultores (que pertenciam muitas vezes à nobreza) protestaram contra as medidas do Conde da
Ericeira. A pressão dos interesses da nobreza fundiária (que possuía grandes propriedades) e dos comerciantes britânicos fez com que fosse assinado o
Tratado de Methuen.
O Tratado de Methuen afirmava que Portugal se comprometia a aceitar os lanifícios ingleses, em troca dos ingleses reduzirem as taxas alfandegárias sobre os vinhos portugueses, facilitando a venda no mercado britânico. No entanto, Portugal estava a prejudicar a sua nova indústria. (foi também positivo pois os
viticultores expandiram e melhoraram a produção originando um valioso produto de exportação: vinho do Porto)
O ouro começou a chegar do Brasil (de Minas Gerais) e mais tarde também apareceram minas de diamantes. Com a abundância de metal precioso acabaram
os entraves à importação de produtos estrangeiros. Em Portugal, a abundância da moeda dinamizou o comércio interno e externo. Houve também
consequências negativas: a corrida do ouro provocou uma forte emigração para a região de Minas Gerais, enfraquecendo a produção agrícola brasileira. Outra consequência foi causado pelos governantes que reduziram as preocupações
mercantilistas que deixou o país mais dependente da Inglaterra.
Distingue a nobreza portuguesa do período do Antigo Regime:
A nobreza portuguesa era muito numerosa e abrangia diversos escalões. No topo situava-se a nobreza da corte: restrita e poderosa, de origem fidalga (de sangue) que incluía grandes titulares (duques, marqueses e condes) e à qual
estavam reservados os grandes cargos do reino. Pertencendo também à fidalguia, mas com menos poder, a nobreza de província que vivia nos seus
solares. Por último a nobreza de serviços (nobreza de toga) que tinha enobrecido pela prática de cargos públicos.
A arte barroca apesar de apresentar características renascentistas, distingue-se devido a algumas características:
oGosto pelo movimento;
oEspetacularidade e faustosidade;
oExpressão de sentimento;
oDecoração sumptuosa;
oIlusões de óptica
Caracteriza a arte barroca: arquitetura, pintura e escultura
Pintura:
oPintura em trompe l’oeil, aplicada em paredes e tetos;
oUso de cores quentes;
oRecurso a jogos de luz e sombras para realçar emoções e dar ilusões;
oComposição com numerosas personagens;
oAtitudes movimentadas e irracionais;
Os pintores mais representativos são Rubens; Rembrandt; Vermeer, Velázquez, Caravaggio, Josefa de Óbidos.
Arquitetura:
oForma ondulante das paredes;
oCurvas irracionais;
oRelações livres das dimensões;
oOrdem colossal;
oExagero ornamental;
Os arquitetos mais representativos são Gian Bernini, Francesco Borromini e Piero da Cortona
A arquitetura recorre ao uso de:
oColunas, frisos, frontões, arcos e cúpulas;
oCurvas e contracurvas e nichos nas fachadas;
oBaixo-relevo, pintura, mosaicos, mármores e talha dourada;
oDecoração abundante e relevos supérfluos.
Escultura:
Procura-se explorar o dramatismo das figuras, pretende-se suscitar os sentimentos do observador:
oMovimento;
oExpressão de sentimentos fortes;
oIntenso dramatismo;
oExpressões faciais teatrais;
oDestaque das características individuais;
oVolume: grande exagero das formas
O escultor mais representativo é Gian Bernini
Caracteriza a arte barroca: arquitetura, pintura e escultura
Define despotismo esclarecido:
Despotismo esclarecido era uma conceção política, segundo a qual o monarca deveria exercer um poder absoluto mas orientado ou “esclarecido” pela razão, para o bem do
povo. (defendido por Marquês de Pombal)
Marquês de Pombal para reforçar o aparelho do estado criou organismos que controlavam a administração e as atividades do reino:
oO Erasmo Régio: que superintendia nas finanças públicas;
oA Junta de Comércio: que orientava as atividades económicas;
oA Real Mesa Censória: encarregada de vigiar as publicações;
oO Colégio dos Nobres: destinado à formação dos quadros da nobreza que iriam servir o estado;
oLimitou o poder da Inquisição: transformando-o num tribunal público.
O Marquês de Pombal tentou fortalecer os setores tradicionais da economia, formando grandes companhias monopolista. Fundou companhias de comércio para o
Brasil. Para controlar a produção e comércio do vinho do Porto instituiu a poderosa Companhia das Vinhas do Alto Douro.
Quando se deu a quebra de produção de ouro brasileiro o Marquês teve de adotar um intenso programa de industrialização: através da concessão de monopólios, de
subsídios e de isenções de impostos, reorganizou a produção existente e promoveu a criação de manufaturas.
As medidas para reforçar o aparelho de Estado propostas por Sebastião José Carvalho e Melo:
Que medidas económicas implementou o Marquês de Pombal?
Associa a cada cientista a respetiva ciência/ descoberta
Descartes…….álgebra e geometria analítica
Galileu…… leis do movimento e astronomia
Newton….. Teoria da gravitação universal
Pascal e Torricelli…..estudar a pressão atmosférica
Harvey….existência da grande circulação do sangue e vasos capilares
Lavoisier.... Bases da química
Diderot (filósofo) e D’Alembert (matemático) : promoveram a publicação da Enciclopédia (onde se procurava fazer a síntese dos conhecimentos humanos, de
acordo com os ideias iluministas: a enciclopédia defendia que tinha chegado altura do progresso se estender à política, através da afirmação da liberdade
individual);
Voltaire: defendeu a tolerância religiosa e criticou o clero católico, a quem acusava de ser responsável pela ignorância das populações.
Montesquieu (filósofo): na sua obra “O Espírito das Leis” inspirado pelas ideias do inglês Lock e pelo parlamentarismo britânico defendeu a doutrina da
separação dos poderes, com a consequente limitação do poder régio. O poder legislativo (isto é, o poder de fazer as leis) devia ser atribuído a um Parlamento
em que os deputados são eleitos por cidadãos; o rei e os ministros têm apenas o poder executivo (poder de aplicar leis); o poder judicial (poder de julgar quem
não cumpre as leis) pertence a juízes.
Rosseau (filósofo): defensor da liberdade e da igualdade de direitos de todos os cidadãos, defende também no seu livro “O Contrato Social”, o ponto de vista de
que a soberania (poder de dirigir a sociedade) cabia ao povo (soberania popular). O povo, por sua vez delegava esse poder nos seus governantes.
Todas estas ideias constituem o liberalismo político.
Refere os ideais iluministas que procuram criar rutura com a época: