antigo egito

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Antigo egito

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Antigo Egito

Prof. Victor Creti BruzadelliAntigo Egito

Crescente FrtilConceito:Criado pelo arquelogo James Henry Breasted;

Regio que se estende do norte da frica ao Golfo Prsico (500 km);

Banhado pelos rios Tigre, Eufrates, Jordo e Nilo;

Propcia agricultura e sedentarizao: agricultura e criao de animais.

Crescente Frtil

Primeiras cidades e civilizaes que se tem notcia: Egito e a Mesopotmia;Apesar das grandes diferenas entre todos esses povos, alguns elementos so comuns, como o sistema produtivo e o regime poltico.

Vista da cidade mesopotmica Uruk

Formao do EgitoLocalizao: Nordeste da frica;

Construda em torno do Rio Nilo;

Formao dos Nomos: pequenas comunidades baseadas na propriedade coletiva da terra e lideradas por um nomarca.

Os 42 nomos egpcios no perodo ptlomaico

Formao do Egito

Desenvolvimento dos nomos:Expanso agrcola;Obras de irrigao e drenagem;Fuso de diversos nomos.

Formao do Alto e Baixo Egito (cerca de 3500 a.C.).

Formao do EgitoUnificao dos reinos (cerca de 3200 a.C.):Mens (ou Narmer), rei do Alto Egito submete o Baixo Egito.

Os relevos representam a unificao do Egito. E o primeiro fara unificador. Aos ps do fara, do lado direito, h um homem agarrado pelos cabelos que simbolizaria o inimigo, as regies conquistadas. Acima, tambm ao lado direito do fara, est o deus falco Hrus. As cabeas de vaca simbolizavam a deusa Hathor.Paleta de Narmer, encontrada 1998 por James Quibell. Criada entre 3100-3200 a.C. (63 cm).

Formao do Egito

As coroas do EgitoAlto EgitoBaixo EgitoEgito Unificado

Aspectos PolticosTeocracia: o sistema de governo em que as aes polticas, jurdicas e policiais so submetidas s normas de alguma religio;

Fara: lder poltico com poderes ilimitados, considerado um deus encarnado entre os homens.

Laos de pessoalidade: A importncia poltico-social de um indivduo era relativa proximidade desta figura do fara.

Fara Amenfis IV, a sua esposa faraona Nefertite e um dos seus filhos. Todos sob a gide dos raios Aton, o crculo solar.

Aspectos Polticos Foram a religio e, sobretudo o dogma da divindade do Fara, que contriburam, desde o incio, para modelar a estrutura da civilizao egpcia. A fundao do estado unificado a uma cosmogonia. O Fara, deus-encarnado, instaurou um mundo novo, uma civilizao infinitamente mais complexa, e superior s das aldeias neolticas. O essencial era assegurar o modelo divino; em outras palavras, evitar as crises suscetveis de abalar os alicerces do novo mundo. A divindade do fara constitua a melhor garantia. Uma vez que o fara era imortal, a sua morte significava somente sua transladao ao Cu. A continuidde de um deus-encarnado para um outro deus-encarnado e, consequentemente, a continuidade da ordem csmica e social, estava assegurada. [...] o Fara constitui o modelo exemplar para todos os seus sditos. A obra do fara assegura a estabilidade do Cosmo e do Estado e, por conseguinte, a continuidade da vida.(ELIADE, Mircea. Histria das crenas e das ideias religiosas. 1978)

Aspectos SociaisSociedade altamente estratificada, burocratizada e estamental.Decide-te pela escrita, e estars protegido do trabalho rduo de qualquer tipo; poders ser um magistrado de elevada reputao. O escriba est livre dos trabalhos manuais ele quem d ordens. No tens na mo a palheta do escriba? ela que estabelece a diferena entre o que s e o homem que segura o remo.(Conselhos de uma pai. In: KOSHIBA, Luiz. Histria origens, estrutura e processos)

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Aspectos Econmicos

Sistema de regadio: dependncia das cheias e vazantes do Rio Nilo;

Terra: propriedade do Fara (Estado), mas de uso coletivo;

Trabalho: Servido Coletiva;

Produtos: Cereais, animais e etc.;

Construes: canais de irrigao, depsitos de armazenagem, templos e monumentos funerrios, todos construdos na poca de cheia do Nilo.

Representao egpcia sobre o trabalho de aragem agrcola.Um dos traos mais visveis da economia egpcia antiga era, sem dvida, o estatismo faranico: a quase totalidade da vida econmica passava pelo fara e seus funcionrios, ou pelos templos. As atividades produtivas e comerciais, mesmo quando no integravam os numerosos monoplios estatais, eram estritamente controladas, regulamentadas e taxadas pela burocracia governamental.(CARDOSO, Ciro F. O Egito Antigo)O Egito um presente do Nilo(Herdoto)

Aspectos Econmicos Louvado sejas, Nilo! Tu que sais da terra e vens at ns para dar alimento ao Egito. Tu que irrigas nossos campos e fostes criado para nutrir nossos rebanhos. Tu que molhas o deserto, que est to longe da gua. Tu que fazes crescer a cevada e o trigo. Tu que enches os celeiros e abres as portas dos paiis. Tu que d aos pobres. para ti que tocamos a harpa e cantamos.

GOMBRICH, Ernest. Breve Histria do mundo.

As palavras acima constituem hino a Hapi, o deus do Nilo. Fala das inmeras ddivas feitas pelo deus humanidade. Deve ter sido muito popular, pois existem diversos exemplares. Na sua maioria, foram escritos por crianas. Por vezes encontram-se erros de ortografia (MILLARD, Anne. The Egyptians.)

Periodizao

No Egito, houveram 31 dinastias que se sucederam no poder, mas podemos agrup-las em grandes perodos:

Antigo Imprio (3150-2400 a.C.);

Mdio Imprio (2040-1580 a.C.);

Novo Imprio (1580-1085 a.C.).

Hathor, esposa de Hrus, divindade que pode ser representada por uma vaca ou uma mulher com cabea de vaca.

PeriodizaoEscavaes arqueolgicas de MnfisAntigo Imprio:

Tambm chamado de Menfita;

Unificao dos reinos do Alto e Baixo Egito;

Poder centralizado em Mnfis (atual Cairo);

Crise: ao dos nomarcas.

PeriodizaoMdio Imprio:

Transferncia da capital para Tebas;

Fortalecimento da unidade entre Sul e Norte;

Expanso territorial;

Domnio dos Hiscsos: utilizao do metal;

Crise: reconquista de Tebas.

Templo de Abu Simbel, prximo a Tebas

Periodizao

Novo Imprio:

Marcado pela expulso dos Hicsos e grande prosperidade;

Relativa fragmentao poltico-religiosa: Amenfis IV e a monolatria a Aton;

Diversas invases de povos estrangeiros;

Crise: domnio romano.

Ramss II, no Templo de Luxor

ReligioCaractersticas:

Politesta: Idolatram vrios deuses, devido a diversidade de divindades dos nomos reunidos no Imprio;

Deuses Antropozoomrficos: As representaes dos deuses misturam elementos humanos e animais;

Ressureio: Crena na vida aps a morte e no retorno da alma ao corpo;

Os principais preceitos religiosos eram descritos no Livro dos Mortos.

Toth, deus egpcio da escrita, da msica e do conhecimento. Possui cabea da ave bis e corpo humano.

ReligioPrincipais deuses egpcios

ReligioMorte:

Momento mais esperado pelos homens egpcios.

Segundo as crenas egpcias, aps a morte, alma e corpo seguiam caminhos distintos;

Todos os caminhos do corpo e da alma esto descritos no Livro dos Mortos.

Representao encontrada no Livro dos Mortos da alma na presena de Osris

Religio

Alma: Retorno verdadeira vida, onde seria guiado por Anbis;

Tribunal de Osris:Julgamento da alma na presena de mais 42 deuses;

Balana: um corao e uma pena de avestruz (smbolo de Maat, deusa da verdade);

Caso a pena fosse mais pesada, o morto estaria livre para sua ressureio;

Caso contrrio, a alma seria devorada por Sobek (deus Jacar).Representao do tribunal de Osris

ReligioCorpo: MumificaoMotivo: Ressureio da alma no mesmo corpo;Procedimentos:Executado em templos de Anbis por sacerdotes mascarados;Retirada do crebros com auxlio de vinho de tmara, que amolecia-o, e um instrumento curvo;Retirada dos rgos internos pelo abdmem, exceto o corao que eram depositados em vasos de canopo;

Vasos de canopo. Cada rgo era depositado em um vaso independente: da esquerda para a direita, Amset para o estmago e os intestinos; Duatmufed para os pulmes; Kebehsenuf para o fgado e Hapi para os rgos menores.

Religio

Corpo: MumificaoMotivo: Ressureio da alma no mesmo corpo;Procedimentos:Salgamento do corpo por 72 dias;Enxerto de perfumes e resinas no corpo;O corpo era finalmente enfaixado em linho;Colocado no sarcfago e depois nas tumbas.

Pintura mural de uma tumba em Tebas mostra o deus Anbis tocando o corao do fara Sennedjem (1300 1200 a. C.)

ArteCaractersticas:A arte egpcia estava vinculada religio;

Lei da Frontalidade: cabea, pernas, peito, ventre e braos de perfil; olhos, ombros, umbigo e baixo-ventre de frente. Essa lei era uma regra de que deveria ser seguida, j que estava em consonncia com as determinaes religiosas;

Os principais personagens eram representados de em tamanho maior que os demais;

Mesclava representaes e escrita;

A arte era bastante detalhista e narrativa.

Afresco egpcio

ArteTutankhamon e sua esposa (1330 a.C.)

Arte Mscara morturia de Tutancmon (1324 a.C.)

ArteArquitetura:

A arquitetura est vinculada agricultura (canais de irrigao) e religio (mastabas, hipogeus e pirmides).

As mastabas:

Cmaras funerrias em formato de tronco de pirmide;

Feitas de tijolos de barro cozido ou pedras;

Com uma cmara funerria subterrnea.

Mastaba do fara Shepseskaf, chamada Mastaba el Faraun (2510 a.C.)

ArteArquitetura:

A Pirmide escalonada de Zozer (Djoser):

Localizada na regio de Sacara;

Arquitetada por Inhotep;

Cinco mastabas sobrepostas;

Desenvolvimento intermedirio entre as mastabas e as pirmides.

ArteArquitetura:As pirmides:

So tmulos dos principais faras, no qual, alm das mmias, guardavam-se tambm os bens do morto;

Construdas em pedra;

Lacradas para que ningum mais pudesse acess-las.

A esfinge com Queps atrs, considerada a maior das pirmidesNos anos 2.500 a.C., um fara chamado Quops ordenou a todos os seus sditos que trabalhassem na construo de seu tmulo. Ele queria que o edifcio fosse do tamanho de uma montanha e isso aconteceu. Dentro dela caberia qualquer igreja enorme. Escalar uma de suas pedras como escalar uma montanha. E, no entanto, foram homens que transportaram aqueles blocos enormes, que os colocaram um sobre o outro, sem mquinas complicadas, usando no mximo polias e alavancas. Puxar e empurrar foram tarefas feitas pela fora braal de homens. Imagine esse trabalho debaixo do sol ardente da frica. Durante trinta anos, mais de 100.000 homens e mulheres trabalharam para o fara como servos e escravos.(GOMBRICH, Ernest. H. Breve Histria do Mundo)

ArteArquitetura:

Os hipogeus:

Etimologia:

Hypo: abaixo;

Gaya: terra;

Tmulos subterrneos;

Tinham o objetivo de proteger as mmias de profanadores.

Templo de Abu Simbel

EscritaOs egpcios foram um dos primeiros povos a desenvolverem a escrita. So trs as formas de escrita:

Escrita Hieroglfica:Surgida por volta de 3000 a.C.;Considerada sagrada;

Utilizada com finalidade religiosa: monumentos e templos de pedra;

Formada por caracteres pictogrficos (desenhos).

Exemplo de Hierglifos

EscritaEscrita Hiertica:

Simplificao dos Hierglifos;

Utilizada em textos jurdicos, literrios e administrativos;

Podia ser grafada em papiro.

Exemplo de escrita hiertica

EscritaEscrita Demtica:

Escrita mais simples e popular;

Utilizada na escritura de cartas e documentos comerciais;

Grafada em papiro, com tinta feita base de fuligem.

Exemplo de escrita demtica

Escrita

Desenvolvimento e simplificao da escrita egpcia ao longo do tempo. (Adaptao de Encyclopaedia Britannica, vol. 29, 1993)