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Antes escrava, depois livre, ainda doméstica
O presente trabalho é resultado de uma pesquisa realizada no Grupo de
Estudo ÁFRICA – GEÁFRICA
Orientado pela professora Me Lucineia Chrispim Pinho Micaela e da
aluna/orientanda Samara Cristina Constâncio
Resumo
A presente pesquisa tem o intuito de acompanhar as experiências de
mulheres empregadas no trabalho doméstico, desde a abolição até os dias
atuais. Foram pesquisados processos criminais arquivados no Centro
Cultural Martha Watts na cidade de Piracicaba, para que através deles
fosse feito um resgate dos costumes, comportamentos e interpretação de
leis. Esses dados foram combinados com as opiniões e discursos atuais a
respeito da profissão, retirados de redes sociais, blogs e periódicos on-line.
Nessa pesquisa foi resgatada também a história do trabalho livre no Brasil,
a população que compunha a camada de trabalhadores urbanos e seus
ofícios, assim como os discursos a respeito do trabalho. Com relação às
mulheres pobres, como o próprio estado concedia a tutela de órfãs para a
exploração nas casas de família, os abusos sexuais à que eram submetidas e
até à reclusão doméstica. Condições não muito diferentes das que eram
expostas as mucamas do período escravagista. Contar suas histórias
possibilitou vislumbrar como elas sustentavam suas famílias, como era suas
relações com o trabalho doméstico, a vida dentro das casas de família.
SUMÁRIO
Introdução..................................................................................................................................9
A História do trabalho livre no Brasil.............................................................13
1.1 – Trabalho doméstico no Brasil..........................................................................................19
1.2 – “Trabalho de mulher”.......................................................................................................23
Dentro das casas: trabalho infantil, tutela do estado.....................................27
2.1 – Reclusão doméstica..........................................................................................................31
2.2 – Violência sexual...............................................................................................................34
Capítulo 3 – Cozinheiras e babás...........................................................................................42
Considerações finais................................................................................................................49
Referências...............................................................................................................................50
Ilustrações................................................................................................................................54
Introdução
Chegado o período de finalização do curso de pós-graduação em História e Cultura
Afro Brasileira, a decisão pela monografia estava ainda problemática. A temática já estava um
pouco encaminhada, mas faltava a pergunta, aquela que motiva a elaboração do trabalho. Os
conteúdos sobre a história do trabalho sempre foram os que mais me chamavam a atenção,
mas a abordagem ainda não estava por mim definida.
Ano de 2013, aprovação da PEC das domésticas (Proposta de Emenda à Constituição
nº66, de 2012, tem por finalidade estender à empregada doméstica os mesmos direitos
assegurados pelo artigo 7° aos demais trabalhadores urbanos e rurais) 1. De repente várias
perguntas me vieram à mente: porque só agora? Trabalhadores domésticos considerados
trabalhadores de segunda classe, mas ainda? Anos depois da abolição, anos depois da CLT?
Mas quem são esses trabalhadores? Que rosto eles têm? Encontrei as perguntas que eu
gostaria de tentar responder.
Segundo os dados da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas existem hoje
no país cerca de 9,1 milhões de trabalhadores domésticos, cerca de 80% deles são negros e
94% mulheres, além de dados preocupantes, como 410 mil crianças e 1,8 milhões de
trabalhadores ganhando de zero a meio salário mínimo por mês2.
Esse rosto se mostra negro e feminino, o mesmo desde 1888. Ainda vivendo em
muitos casos sem direitos e nem futuro assegurado. Analisar essas questões motivou esse
trabalho, repensar a questão do mercado de trabalho para o negro no período pós-abolição e
perceber que de lá pra cá pouca coisa mudou, não em relação aos direitos agora bem
assegurados, mas muito em relação às posturas e visões sociais a respeito dessa trabalhadora.
Para tentar responder a esses questionamentos foi necessário fazer uma análise do
campo de atuação do negro no mercado de trabalho como mão de obra livre, e retomar esse
caminho mostra como chegamos até aqui com o trabalho doméstico ainda nos mesmos
moldes de séculos atrás.
1 Relatório da Proposta de Emenda Constitucional nº66, pg.1. 2 Minuta da Proposta de Emenda Constitucional de nº66, pg.5.
Em relação à metodologia decidi me utilizar de algo além das bibliografias. Inspirada
no trabalho de autores como: Boris Fausto: Crime e Cotidiano3 e em especial Sidney
Chalhoub, na obra: Trabalho, Lar e Botequim4, o autor se utiliza de processos criminais como
fonte de recuperação de discursos de uma sociedade marginalizada e que não tinha sua
história contada. Chalhoub, brilhantemente destaca que o fundamental em cada história
investigada não é descobrir o que realmente aconteceu, mas compreender e explicar as
diferentes versões que os agentes sociais envolvidos apresentam, em seus depoimentos, no
que falam ou até no que deixam de contar estariam indícios que servem para tentar
compreender a época e os comportamentos. Com isso em mente procurei por mulheres
esquecidas pelo tempo, com histórias presas entre tantas outras histórias.
Com tal intento pesquisei no Centro Cultural Martha Watts, na cidade de Piracicaba, e
nos processos crimes encontrei mulheres jovens, algumas quase crianças, com perfis
parecidos, vivendo em casas de famílias ou em pensões baratas, na maioria das vezes órfãs.
Feitas criadas aprendiam desde cedo qual o seu lugar na ordem vigente imposta pela elite e
que perdura em certa medida até os dias de hoje.
Além dos processos do início do século XX, procurei discursos atuais expostos em
blogs, redes sociais, programas de TV, para produzir uma comparação de discursos e tentar
provar que o caminho para desvinculação do trabalho doméstico com o passado escravista
ainda se mostra longo.
O primeiro capítulo tem por objetivo retomar a história do trabalho livre no Brasil,
inicialmente dialogando a respeito de produções da História Social do Trabalho que se
pautavam no final do século XIX e início do XX como início do trabalho livre, excluindo o
trabalhador escravo dela mesmo. É importante fazer essa reflexão, pois esse “período de
transição” realizava uma passagem direita do mundo do trabalho escravo para o do trabalho
livre, sendo agente do trabalho livre o branco imigrante.
Essas grandes interpretações não consideravam o grande grupo de recém-libertos e
nacionais pobres que encontraram em ofícios de “negros” sua alternativa de sobrevivência.
3 FAUSTO, Boris. Crime e Cotidiano: a criminalidade em São Paulo, 1880-1924. 1ª ed. São Paulo: EdUsp, 1984. 293p. 4 CHALHOUB, Sidney. Trabalho, Lar e botequim: O cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da belle époque. 3ª Ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2001. 367p.
Apenas nas últimas décadas (a partir de 1980) é que surgem estudos que realmente abordam
questões raciais e a presença negra no trabalho livre.
Em relação ao trabalhador negro recém-liberto e o mestiço nacional retomar o que
representava o trabalho no discurso republicano se faz necessário, e para isso o trabalho de
Sidney Chalhoub é bastante esclarecedor.
Nesse discurso o trabalho seria o meio para a civilidade do povo brasileiro e com essa
premissa era preciso criminalizar quem se entregava ao ócio. O trabalho era ligado à
moralidade e vadiagem era sinal de degeneração. Segundo Raquel Rolnik5 (1999), a elite se
apoiava na crença da preguiça inabalável do trabalhador nacional, conclusões amparadas
pelos determinismos raciais que diziam que negros e mestiços eram em geral vadios, bêbados
e degenerados e que não trabalhariam a menos que forçados.
O que se aplicava então era a ação policial, na repressão à vadiagem que tinha como
alvo predileto os negros “desocupados” que vagavam pelas ruas.
Os ex-escravos e nacionais livres eram preteridos em favor dos imigrantes no mercado
de trabalho, numa tentativa de branquear e “civilizar” a população. Os que não tinham
colocações acabavam perseguidos e condenados por vadiagem.
A alternativa encontrada para sobrevivência desses homens e mulheres foram os
trabalhos de “segunda linha”: carregadores, lavadores de casa, carroceiros, quitandas e
serviços domésticos, esse até então envolto na névoa do trabalho escravo. A respeito desse
ofício é importante observar que mesmo tendo participação masculina, a maioria é mão de
obra feminina. Tratado como obrigação de mulher, o trabalho doméstico é cercado de
desvalorização e preconceitos, naturalizados como funções femininas limpar a casa, cuidar de
criança e cozinhar é considerado menos importante do que trabalhar fora.
O segundo capítulo pretende analisar o tratamento recebido pelas mulheres nos ofícios
domésticos dentro dos lares alheios. Num primeiro momento a discussão a respeito do
trabalho infantil, largamente utilizado antes de leis trabalhistas mais eficientes, e como o
próprio estado acabou colaborando para facilitação da exploração da mão de obra de menores
órfãos.
5 ROLNIK, Raquel. A cidade e a lei: legislação, política urbana e território na cidade de São Paulo. 2ª edição. São Paulo: FAPESP, 1999. – (Coleção cidade aberta). 242p.
Com a instituição da Lei do Ventre Livre (1871) o estado dava liberdade à crianças
recém nascidas mas não definia responsabilidades para a criação das mesmas. O que se passa
a perceber então são os pedidos de tutela aos juizados com cada vez mais frequência, sob o
pretexto de cuidar famílias com melhores condições “tutelavam” órfãos para explorar seu
trabalho em casa.
Ainda dentro dos lares é importante destacar a reclusão doméstica. Pra ter boa
reputação a mulher deveria ser reclusa (segundo a moral da época), e da mesma maneira os
patrões entendiam que as empregadas deveriam ficar, a índole da empregada poderia gerar
fofocas à respeito da honra da família, então mantê-las dentro das casas, proibindo saídas e
impondo tarefas intermináveis somados à moral dominante resultava numa boa fórmula de
controle.
A violência sexual é o último ponto debatido nesse capítulo, com base na obra de
Boris Fausto (1984) e nos processos crime é possível constatar que grande parte dessas moças
empregadas em casas de família sofriam abusos sexuais. Esse tipo de violência marcou o
passado escravista e se manteve nos anos pós-libertação, a objetificação da escrava se
estendeu à trabalhadora livre, que dentro das casas eram vítimas de patões e filhos de patrões.
No terceiro e último parágrafo a discussão é sobre as cozinheiras e babás, buscando
fazer um contraponto entre os respectivos ofícios nos anos iniciais do século XX com a
atualidade.
O espaço da cozinheira que historicamente foi destinado às mulheres negras, nos dias
de hoje são relidos em programas matinais de culinária onde a mulher negra aparece como
coadjuvante: preparando a mesa, limpando a bagunça da dona de casa que prepara os pratos
com os ingredientes lavados, cortados e separados pelas “ajudantes”. As receitas são
apresentadas, testadas e aprovadas para serem impressas nos livros de receitas das
apresentadoras brancas.
A discussão a respeito dos direitos dos trabalhadores domésticos é antiga e urgente, se
faz atual e necessária, a visão da sociedade à respeito dessa profissão ainda é muito
preconceituosa e desrespeitosa e o intuito desse trabalho é agitar ainda mais essas discussões.
REFERÊNCIAS
Fontes:
1. Processos crime.
Arquivo do centro Cultural Martha Watts
Processo crime de defloramento, 1921. 1º Ofício Cível, caixa 8/A.
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Processo crime de furto, 1931. 1º Ofício Cível, caixa 6/H.
Processo crime de defloramento, 1932. 1º Ofício Cível, caixa 58/C.
Processo crime de furto, 1936. 1º Ofício Cível, caixa 6/H.
Processo crime de agressão, 1946. 1º Ofício Cível, caixa 112/A.
2. Documentos impressos
Jornal de Piracicaba. 27/05/1922.
Relatório da Proposta à Emenda Constitucional nº66.
Minuta da Proposta de Emenda Constitucional de nº 66.
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Faculdade de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
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Rio de Janeiro, 1895. Coleção Gilberto Ferrez. Foto: Marc Ferrez. Imagem disponível em:
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/historia. Acessado em nov. 2013.
Figura 2 - Negras quitandeiras
Rio de Janeiro, 1895. Marc Ferrez.
Imagem disponível em: http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/historia. Acessado
em nov. 2013.
Figura 3 – Babá negra servindo de cavalo para criança branca
1890. Fotógrafo desconhecido. Imagem disponível em: http://fotonahistoria.blogspot.com.br.
Acessado em Nov. 2013.
Figura 4 – Rua Boa Morte
Piracicaba, por volta de 1905.
Acervo digital IHGP, disponível em: http://www.ihgp.org.br/novo/iconografia. Acessado em
out. 2013.
Figura 5 – Lavadeiras na Rua do Porto
Rio Piracicaba, Piracicaba, 1920. Autor desconhecido. Acervo digital do IHGP, disponível
em: http://www.ihgp.org.br/acervodigital. Acessado em out.2013.
Figura 6 – Processo crime de defloramento
Piracicaba, 1932. Fotografado por: Samara Constâncio, processo arquivado no Centro
Cultural Martha Watts em Piracicaba.
Figura 7 – Processo crime defloramento
Piracicaba, 1921. Fotografado por: Samara Constâncio, processo arquivado no Centro
Cultural Martha Watts em Piracicaba.
Figura 8 – Dona Benta e Tia Anastácia
Década de 1970. Atrizes: Zilka Salaberry e Jacira Sampaio. Imagem disponível em:
http://veja.abril.com.br/blog/temporadas/tag/o-sitio-do-picapau-amarelo. Acessado em nov.
2013.
Figura 9 – Ofélia e Cidinha
Cidinha Santiago (à dir.) em almoço com Ofélia Anunciato, em 1994; a mineira trabalhou
com a apresentadora e culinarista por 12 anos. Imagem disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/1081456-me-impressionava-como-ela-gostava-de-
cozinhar-diz-ex-assistente-de-ofelia.shtml. Acessado em out. 2013.
Figura 10 – Cidinha no programa Hoje em dia
Imagem disponível em: http://entretenimento.r7.com/receitas-e-dietas/noticias/conheca-os-
bracos-direitos-do-edu-guedes-20091101.html. Acessado em out. 2013.
Figura 11 – Ana Maria Braga e Maria
Imagem disponível em: http://extra.globo.com/tv-e-lazer/mais-voce-maria-valeria-as-
silenciosas-ajudantes-de-ana-maria-braga-estao-na-mira-dos-telespectadores-2407069.html.
Acessado em out. 2013.
Figura 12 – babás paraguaias
Imagem disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,paraguai-exporta-babas-
para-sp,697764,0.htm. Acessado em nov. 2013.
Figura – 13
Figura - 14
Figura – 15
Figura - 16
Figura - 17
Figura – 18
Figura - 19
Figura - 20
Figura - 21
Figura – 22
Imagens 13 à 22, retiradas do tumblr: Classe Média Sofre. Disponível em:
http://classemediasofre.tumblr.com/. Acessado em nov.2013.