antecedentes da 2ª guerra mundial

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ANTECEDENTES DA 2ª GUERRA MUNDIAL I. INTRODUÇÃO A Segunda Guerra Mundial, iniciada em Setembro de 1939, foi o conflito mais sangrento até a data em toda a história da Humanidade, não só pelas vítimas mortais e prejuízos monetários, mas igualmente pelos distúrbios provocados a nível psicológico, destruição de vidas de famílias inteiras e o atraso provocado a nível de todos os sectores, desde o económico ao social, passando pelo educacional. Esta guerra total provocou uma devastação em tudo superior à Primeira Guerra Mundial e contou com o envolvimento directo ou indirecto de mais de sete dezenas de países nos quatro continentes. Não existem justificações para qualquer que seja a guerra, no entanto as suas origens podem ser descortinadas e, se bem que não perfeitamente traçadas, poder-se-á sempre apontar um conjunto de causas para a “explicação” do desencadeamento do conflito. II. AS CAUSAS O Tratado de Versalhes Uma das causas apontadas para o desencadear deste conflito é o acordo assinado em 1919 pelas potências vencedoras da Primeira Guerra Mundial (Inglaterra, França e EUA) e as vencidas (Alemanha e Áustria), o Tratado de Versalhes. [anexo 1] Após o final da Primeira Guerra Mundial os países participantes na guerra queriam ver reconhecidos os (poucos) gastos provocados pela guerra das trincheiras, a morte de milhares de soldados só para ganhar um metro de terra. Desta vontade surgiu o Tratado de Versalhes que não era mais do que um acordo entre as partes envolvidas para o pagamento de indemnizações por parte dos vencidos aos vencedores e uma forma de tentar limitar militarmente a Alemanha para evitar futuros avanços, no entanto, as imposições foram demasiado pesadas. Para além das pesadas indemnizações a pagar, a Alemanha perdia Alsácia e Lorena para a França, devia proceder à desmilitarização da Renânia e veria o seu número de soldados reduzido. Estaria ainda proibida de utilizar artilharia pesada (tanques e aviões) e possuir apenas submarinos da marinha abaixo da 10.000 toneladas. Um diktat humilhante segundo os alemães. Os problemas económicos, perdas, danos e humilhação sofridas pelo povo alemão tiveram nefastas consequências internas para a Alemanha. O acordo assinado em Versalhes, França, pretendia assegurar o entendimento político e a paz entre os países. No entanto, a aceitação das humilhantes imposições colocadas à Alemanha foi um dos factores que contribuiu para a queda da República de Weimar e um dos factores que mais influenciou a ascensão do Nazismo.

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ANTECEDENTES DA 2ª GUERRA MUNDIAL

I. INTRODUÇÃO

A Segunda Guerra Mundial, iniciada em Setembro de 1939, foi o conflito mais sangrento até a data em toda a história da

Humanidade, não só pelas vítimas mortais e prejuízos monetários, mas igualmente pelos distúrbios provocados a nível psicológico,

destruição de vidas de famílias inteiras e o atraso provocado a nível de todos os sectores, desde o económico ao social, passando

pelo educacional. Esta guerra total provocou uma devastação em tudo superior à Primeira Guerra Mundial e contou com o

envolvimento directo ou indirecto de mais de sete dezenas de países nos quatro continentes.

Não existem justificações para qualquer que seja a guerra, no entanto as suas origens podem ser descortinadas e, se bem

que não perfeitamente traçadas, poder-se-á sempre apontar um conjunto de causas para a “explicação” do desencadeamento do

conflito.

II. AS CAUSAS O Tratado de Versalhes

Uma das causas apontadas para o desencadear deste conflito é o acordo assinado em 1919 pelas potências vencedoras da

Primeira Guerra Mundial (Inglaterra, França e EUA) e as vencidas (Alemanha e Áustria), o Tratado de Versalhes. [anexo 1]

Após o final da Primeira Guerra Mundial os países participantes na guerra queriam ver reconhecidos os (poucos) gastos

provocados pela guerra das trincheiras, a morte de milhares de soldados só para ganhar um metro de terra. Desta vontade surgiu

o Tratado de Versalhes que não era mais do que um acordo entre as partes envolvidas para o pagamento de indemnizações por

parte dos vencidos aos vencedores e uma forma de tentar limitar militarmente a Alemanha para evitar futuros avanços, no

entanto, as imposições foram demasiado pesadas.

Para além das pesadas indemnizações a pagar, a Alemanha perdia Alsácia e Lorena para a França, devia proceder à

desmilitarização da Renânia e veria o seu número de soldados reduzido. Estaria ainda proibida de utilizar artilharia pesada

(tanques e aviões) e possuir apenas submarinos da marinha abaixo da 10.000 toneladas. Um diktat humilhante segundo os

alemães. Os problemas económicos, perdas, danos e humilhação sofridas pelo povo alemão tiveram nefastas consequências

internas para a Alemanha.

O acordo assinado em Versalhes, França, pretendia assegurar o entendimento político e a paz entre os países. No entanto,

a aceitação das humilhantes imposições colocadas à Alemanha foi um dos factores que contribuiu para a queda da República de

Weimar e um dos factores que mais influenciou a ascensão do Nazismo.

DIFICULDADES ECONÓMICAS DO PÓS-GUERRAA especulação bolsista que despoletou em 1929, a maior crise do mundo capitalista foi também um dos factores

responsáveis pelo segundo conflito mundial.

A subida de preços no pós-guerra e as crises monetárias atingiram drasticamente aqueles que viviam de rendimentos

fixos, atirando pequenos proprietários e assalariados para a miséria.

As dificuldades económicas, nomeadamente a crise de 29, abalaram profundamente as democracias liberais mais frágeis e

generalizaram uma vaga de regimes totalitários. No entanto, as democracias com maior tradição como a francesa e inglesa

sobreviveram à crise juntamente com os EUA através do intervencionismo do Estado, salvando o liberalismo. Estas medidas

proteccionistas visavam proteger as economias nacionais face aos produtos de mercados externos.

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As modificações foram de tal maneira drásticas que a produção mundial desceu 40% e o desemprego rondava a cifra dos

70 milhões de desempregados, sendo que nos principais países industrializados o número de pessoas sem trabalho era

assustadoramente grande, enquanto que nos cantos mais desfavorecidos do mundo a pobreza continuava a aumentar para

números alarmantes devido à diminuição de procura das fontes de matéria-prima.

A ASCENSÃO DE GOVERNOS AUTORITÁRIOS E FASCISTAS

Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 30, de governos totalitários com forte índole militarista

e expansionista. As dificuldades económicas e sociais deram origem a uma crise nas democracias liberais e uma escalada de

regimes autoritários e fascistas.

Envolta num clima de humilhação a Alemanha era um alvo fácil para a subida de regimes mais radicais ao poder desde que

garantissem uma recuperação rápida e eficaz da economia. Aproveitando a grave crise económica de 1929 e utilizando habilmente

a humilhação do diktat de Versalhes, Adolf Hitler encetou esforços para a Revolução Nacional-Socialista cujo objectivo principal

era tornar a Alemanha uma superpotência.

Após a aniquilação implacável da oposição política (Social Democratas, Comunistas e Liberais) e conquista do apoio de

desempregados, rurais e burguesia, o Partido Nazi vence as eleições de 1932 com esmagadora maioria. Hitler é nomeado

chanceler e implementa, dois anos mais tarde, o regime nazista.

Para reerguer a Alemanha era, no entanto, necessário violar a Tratado de Versalhes, na medida em que este impedia a

conquista do “espaço vital” e limitava demasiado militarmente. Contornado as potências ocidentais, o führer assume-se como

acérrimo anticomunista e assina com o Japão (Novembro de 1936) e Itália (Janeiro de 1937) o Pacto Anti-Comintern, cuja

finalidade é travar o avanço da URSS e atacá-la. Em Itália, aproveitando o descontentamento social, a crise económica e a inoperância governativa, Mussolini “marcha

sobre Roma”, em Outubro de 1922, em frente dos seus camisas negras, e obriga Vítor Manuel III a demitir o Governo e nomeá-lo chefe deste órgão. Dois anos depois el duce vence as eleições e instaura uma ditadura fascista.

Também o Japão vive uma instabilidade interna. Após o ano de 1931 o governo japonês assume uma política externa

agressiva, explorando mercados externos ainda não expostos à influência ocidental como forma de tentar recuperar da “grande

depressão” e impor-se nos mercados internacionais.

Em 1937 o Japão ocupa a Manchúria e invade o território chinês, iniciando o conflito asiático. Esta sua política

expansionista acabará provocar um choque com os interesses norte-americanos na Ásia (Filipinas), levando à guerra entre estes

dois países.

INTERVENÇÃO DE HITLER E MUSSOLINI NA GUERRA CIVIL DE ESPANHA

Os interesses do regime fascista italiano e nazi alemão conduziram a uma cooperação e ajuda às forças fascistas que

tentavam subir ao poder um pouco por toda a Europa, tentando seguir o modelo de sucesso alemão e italiano.

Após a vitória da Frente Popular nas eleições de 1936 em Espanha, os generais Mola e Franco revoltam-se contra a

República e, apoiados na coligação de forças conservadoras iniciam uma guerra civil que durou quase três anos.

Enquanto Inglaterra e França optaram por uma política de não intervenção, Hitler e Mussolini apoiaram os nacionalistas

liderados por Franco, nomeadamente através das ajudas da Legião Condor e Grupo de Tropas Voluntárias.

Os republicanos, cada vez mais isolados, solicitaram apoio à URSS que, devido à distância e bloqueio naval foi incapaz de

equilibrar a situação a favor dos republicanos que, em Março de 1939, acabaram por ser derrotados.

A guerra civil de Espanha foi um campo de ensaio para os carros de combate e aviões bombardeiros alemães e permitiu a

Estaline perceber que seria impossível envolver-se directamente com a Alemanha.

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Apesar de não ter acordado as potências europeias, esta cooperação entre fascismo italiano e nazismo alemão foi a

confirmação dos seus interesses em afirmar os regimes fascistas como vias capazes de solucionar a crise.

O FRACASSO DA INTERVENÇÃO DA SOCIEDADE DAS NAÇÕES (SDN) A SDN foi uma organização internacional iniciada em 1919 com o objectivo de regular a paz entre as nações, manter a

harmonia nas relações internacionais. Assente numa das cláusulas do Tratado deVersalhes, iniciou a sua actividade apenas a 10 de Janeiro de 1920.

Inicialmente seriam 32 os países membros desta organização, podendo posteriormente qualquer nação fazer parte da

SDN, exceptuando a Alemanha, Turquia e URSS. Apesar disso, os problemas começaram quando uma das principais

superpotências do pós-guerra, os EUA, decidiu desvincular-se da organização.

No entanto, a impotência da SDN relativamente à cessão do Pacto Germâno- Soviético (partilha da Polónia entre

Alemanha e URSS) e a passividade face às políticas expansionistas e imperialistas da Alemanha (remilitarização da Renânia,

participação na guerra civil espanhola, anexação da Áustria e invasão da Boémia e Morávia), do Japão (invasão da Manchúria,

inclusão em territórios chineses) e Itália (invasão da Abissínia e participação na guerra civil espanhola) conduziram à sua extinção

em Setembro de 1939, ano em que se inicia a Segunda Guerra Mundial, com a invasão alemã à Polónia.

O único ponto positivo da SDN foi o facto de ter preparado terreno para uma das mais bem sucedidas organizações

internacionais de sempre, a Organização das Nações Unidas (ONU). [anexo 2]

Criada a 24 de Outubro de 1945 com os mesmos propósitos da SDN, a ONU continua a aumentar a sua influência em todo

mundo e, apesar de alguns fracassos em determinados conflitos, a sua actuação e sobretudo o papel das suas organizações

especializadas tem disponibilizado todo o tipo de ajuda a povos carenciados no campo da saúde, alimentação, educação até ao

desenvolvimento técnico e económico.

III. CONCLUSÃO

Um conflito da importância da Segunda Guerra Mundial não se explica facilmente. No entanto, podemos apontar uma

conjuntura de factores que são comummente apontados pela maioria dos historiadores como responsáveis pelo encetar da

Segunda Grande Guerra.

Com as dificuldades económicas do pós-guerra e, nomeadamente da crise de 29, as democracias liberais europeias mais

frágeis regrediam dando lugar a regimes autoritários e fascistas que, face a passividade da SDN, concretizavam as suas

necessidades expansionistas.

Liderado por Hitler, o regime nazi negava todos os princípios do Tratado de Versalhes. A contínua violação do acordo foi

sendo permitida e, apenas depois das tropas alemãs entrarem na Polónia, em Setembro de 1939, Inglaterra e França declaram

guerra à Alemanha.

A Segunda Grande Guerra foi, assim, resultado de um acumular de situações que em conjunto despoletaram o maior e

mais sangrento conflito da Humanidade tendo provocado milhões de mortos, feridos, destruição de vias de comunicação, zonas

rurais de cultivo arrastadas e o chocante genocídio de milhões de judeus, ciganos, deficientes e idoso em campos de concentração

alemães. Além de todas estas consequências, foi igualmente no decorrer deste conflito que se lançaram as Bombas Atómicas

sobre Nagasaki e Hiroshima que deixaram um rasto de destruição que ainda hoje paira sobre estas cidades japonesas.

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ANEXOSANEXO 1 – TRATADO DE VERSALHES

O Tratado de Versalhes foi um acordo de paz assinado pelas potências vencedoras da Primeira Guerra Mundial (França,

Inglaterra e EUA) e as vencidas (Alemanha e Áustria), encerrando oficialmente a Primeira Guerra Mundial.

O tratado foi assinado na Sala dos Espelhos do Palácio de Versalhes, em França, no dia 28 de Junho de 1919, após seis

meses de difíceis negociações entre as partes envolvidas. O tratado foi a continuação e confirmação do armistício de Novembro de

1918 (em Compiègne), colocando um ponto final no conflito.

O documento era composto por mais de 440 artigos que tentavam assegurar a paz e entendimento entre os países, a Constituição da Sociedade Das Nações (SDN). No entanto, e lendo atentamente as cláusulas, pretendia-se que principalmente que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades da guerra e pagasse pesadas indemnizações (cerca de 269 biliões de marcos) a alguns países da Tríplice Entende.

As imposições à Alemanha incluíam a redução em 13,5% das suas colónias ultramarinas, perda de Alsácia e Lorena para a

França, desmilitarização da Renânia (região fronteiriça com a França), o alargamento do território belga para Este do território

alemão, a desmilitarização (a um máximo de 100.000 soldados), a proibição da utilização de artilharia pesada, tanques e aviões e

possuir apenas submarinos da marinha abaixo da 10.000 toneladas. Um excessivo teor humilhante para a Alemanha que nunca

devia ter acarretado com tantos prejuízos.

Os problemas económicos, perdas, danos e humilhação sofridas pelo povo alemão tiveram nefastas consequências

internas para a Alemanha. A conjuntura de todos estes factores é geralmente apontada como uma das mais significantes causas

que levaram à queda da República de Weimar e a ascensão do nazismo que, consequentemente, seria um dos factores

responsáveis pela Segunda Guerra Mundial.

ANEXO 2 – A ORGANIZAÇÃO DA NAÇÕES UNIDAS (ONU)

Após a tragédia semeada pela Segunda Guerra Mundial o mundo necessitava de um uma organização internacional que

pudesse assegurar a paz mundial. Ainda durante a guerra se lançaram algumas bases gerais para a futura instituição, mas apenas

se fundou a 24 de Outubro de 1945, na Conferência de São Francisco (Califórnia) por 51 países, logo após a Segunda Guerra

Mundial, com o objectivo de manter a paz, desenvolver a solidariedade e cooperação internacional, defender a igualdade entre

nações e autodeterminação dos povos assim como a defesa dos direitos do Homem. A ONU conta com mais de 192 Estados-

membros e membros sem reconhecimento pleno (como Taiwan, reclamado pela China) e sede em Nova Iorque.

Todos os Estados-membros estão representados na Assembleia-geral, onde se debatem os grandes temas da actualidade.

Ao conselho de Segurança, constituído por 15 países membros, cinco dos quais permanentes e com direito a veto (EUA, Rússia,

Inglaterra, França e China), tomar decisões sobre a paz e segurança internacional. O secretário-geral é eleito pela Assembleia-

geral, sob proposta do Conselho de Segurança, tendo tarefas administrativas, de coordenação e ligação entre os diferentes órgãos.

Cabe ao Conselho económico e Social coordenar as actividades das Instituições Especializadas (FAO, OMS, OIT, UNESCO, OIEA,

FMI, COM, BIRD, ITU).

O número de países pertencentes à organização continua a crescer e, embora tenha fracassado em alguns conflitos, a

actuação da ONU tem sido bastante positiva, sobretudo pelo facto de as organizações especializadas terem vindo a disponibilizar

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todo o tipo de ajuda a povos carenciados no campo da saúde, alimentação, educação até ao desenvolvimento técnico e

económico. Um dos seus mais extraordinários feitos foi a Declaração Universal dos Direitos do Homem, em 1948.

BIBLIOGRAFIA ACTIVA (por fonte e ordem alfabética)

Internet:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Versalhes

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_das_Na%C3%A7%C3%B5es

http://www.guerras.brasilescola.com/segunda/

Obras consultadas: OLIVEIRA, Ana Rodrigues; CANTANHEDE Francisco; MENDONÇA, Maria

Olívia – História 9º ano, Texto Editora, 1997, PINTO, Célia do Couto; ROSAS, Maria Antónia Monterroso – O tempo da

História, Volume 1 e 2, Porto Editora, 2004

BIBLIOGRAFIA PASSIVA (por fonte e ordem alfabética)

Internet:

http://www.eb23-diogo-cao.rcts.pt/Trabalhos/nonio/xx/glos.htm

http://www.notapositiva.com/dicionario_historia/tratadoversalh.htm

http://www.arqnet.pt/portal/universal/segundaguerra/sgm1944.html

http://www.unb.br/acs/unbagencia/ag0805-60.htm

Obras consultadas: REMOND, René – Introdução à História do nosso Tempo. Do Antigo Regime aos

nossos Dias, Gradiva, pgs 294-392CAROL, Anne e outros – Resumo de História do séc. XX, Plátano Edições Técnicas,

1999