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ANOS FINAIS – CIÊNCIAS - 7º ANO
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ALUNOS
ATIVIDADE 1 – Terremotos no Brasil?
Nesta semana vamos falar sobre terremotos, vulcões e placas tectônicas. Por que será que não temos vulcões no Brasil? E terremotos, acontecem em nosso país? E
o que isso tem a ver com placas tectônicas? Aliás você sabe o que são placas tectônicas?
Leia o texto publicado no site da revista Nova Escola:
Por que é raro ocorrer terremotos no Brasil?
Tremores de terra ou abalos causados pela
liberação de energia acumulada no interior da
crosta terrestre não são raridades aqui. Ao
contrário: o território nacional sofre cerca de 90 tremores todos os anos.
Incomuns, na verdade, são os sismos (tremores) de grande magnitude porque o país
está em uma zona intraplacas tectônicas, com maior estabilidade, afastado das zonas de
contato ou de separação de plataformas (veja a ilustração, que também indica, com as
setas vermelhas, o sentido de movimento das placas).
Placas tectônicas.
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ALUNOS Essas áreas de contato são muito instáveis, como é o caso do arquipélago
japonês, que sofre com abalos fortes. Mas grandes terremotos já foram registrados aqui.
Em 1955, em Mato Grosso, um sismo atingiu 6,2 graus na escala Richter. Ele teria
sido devastador se tivesse ocorrido em uma área mais povoada.
_____________________________________________________________ Consultoria: Roberto Giansanti, geógrafo e autor de livros didáticos. Fonte: Nova Escola. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/2294/por-que-e-raro-ocorrer-terremotos-no-brasil>. Acesso em
19 Mai. 2020. Responda: 1. Você consegue identificar o número e nome da placa tectônica em que se localiza nosso país? Registre em seu caderno.
2. Após ler o texto e observar a ilustração, explique com suas palavras por que são raros os tremores fortes no Brasil.
3. Quais são as áreas mais instáveis e por isso mais propensas a ter terremotos fortes?
( ) As áreas próximas às bordas das placas tectônicas.
( ) As áreas mais internas das placas tectônicas.
4. DESAFIO: Se compararmos Brasil e Chile, onde deve ocorrer com maior frequência terremotos de grande magnitude. Por quê?
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ATIVIDADE 2 – Vulcanismo e placas tectônicas
Viagem ao interior da Terra
Vulcão nada mais é do que uma
abertura no solo. Uma comunicação
dos focos magmáticos do interior da
crosta com a superfície da Terra, por
onde são expelidos gases, cinzas,
fragmentos, lavas etc. São também
uma importante fonte de observação
científica, já que a maior profundidade
alcançada, por meio de estudos, foi de
apenas 11km e o raio da Terra é de
6370km.
Quando se pensa em vulcão, imagina-se uma forma cônica, constituída pela
acumulação dos produtos ejetados, mas existem formas variadas, de acordo com o tipo de
vulcanismo. Mas o que causa a atividade vulcânica?
A maior parte das atividades vulcânicas é resultado do movimento das Placas
Tectônicas. Os continentes não são estacionários. Se o mapa-mundi for observado, pode-
se perceber um “encaixe” entre a costa oriental da América do Sul e costa ocidental da
África. Este processo foi conhecido inicialmente como Deriva Continental e hoje é chamado
de Teoria da Tectônica de Placas.
Segundo esta teoria, a crosta terrestre é dividida em diversas placas, blocos rígidos
imensos, que estão em constante movimento sobre o manto derretido da Terra. Quando as
placas tectônicas se colidem, movendo-se uma embaixo da outra, ou quando se afastam,
o magma tende a subir, pois o calor sobe. Este material aquecido pode subir através de
fissuras, ou pelas bordas de uma placa, originando os vulcões.
Cerca de 5% dos vulcões ativos da Terra não se situam nem ao longo, nem no limite
das placas, mas sim no interior de uma delas. Isto ocorre devido ao hot spot (ponto quente).
Estes pontos quentes são colunas fixas de material rochoso superaquecido, que sobe até
Fonte: Mundo Educação.
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ALUNOS a superfície, dissipando o calor interno terrestre. As Ilhas Havaianas são um exemplo de
complexo vulcânico formado sobre um hot spot. O ponto quente vai alimentando a
existência de um vulcão durante milhões de anos, até que a placa se afasta deste ponto
quente fixo, tornando o vulcão anterior inativo e iniciando o processo de formação de um
novo, através da continuidade de ascensão de material.
Referência:
InVivo/FioCruz. Disponível em: <http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=283&sid=9>. Acesso em 19 Mai. 2020. Responda: 1. De acordo com o texto, a maior parte das atividades vulcânicas é resultado do movimento
das placas tectônicas. Observe a figura abaixo, que apresenta as principais placas
tectônicas e os vulcões ativos e explique, com suas palavras, como é essa relação entre
vulcões e placas tectônicas.
2. Partindo da localização do nosso país sobre a Placa Sul-Americana, explique por que
atualmente não temos vulcões ativos no Brasil.
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ATIVIDADE 3 – Brasil e África: já estivemos juntos?
A superfície da Terra se modifica. A configuração dos continentes e placas tectônicas que temos hoje é resultado de uma sequência de deslocamentos, formação e destruição de
placas tectônicas ao longo de bilhões de anos.
Os geólogos pensam que há cerca de 325 milhões de anos toda a terra deste planeta
estava unida num "supercontinente", a que chamaram Pangeia. Mas, à medida que as
placas se deslocaram, a terra deste supercontinente começou lentamente a separar-se.
Chama-se a este movimento a deriva dos continentes.
No hemisfério sul, há cerca de 250 milhões de anos, no período chamado Jurássico,
as correntes de convecção no interior da Terra dividiram em pedaços o megacontinente
Gondwana. Elas fraturaram a crosta terrestre e separaram a América do
Sul, África, Austrália, Antártica e Índia. Nas regiões de Gondwana, que hoje
são Brasil e África, as correntes de convecção formaram fissuras e fraturas na crosta
terrestre, o que gerou derramamento de lava.
A ação contínua dessas forças também rompeu completamente a crosta terrestre e
formou o oceano Atlântico. Porém, ele não parecia o vasto mar que é hoje: a fragmentação
de Gondwana formou apenas um pequeno oceano, que só cresceu quando Brasil e África
começaram a se afastar de forma gradual há, aproximadamente, 135 milhões de anos.
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ALUNOS Tal ideia está presente na teoria da deriva continental, que foi apresentada em
1912 pelo cientista meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener. A teoria só foi
comprovada 10 anos após a morte de Wegener, em 1940.
Referências: Wikipédia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Deriva_continental>. Acesso em 19 Mai. 2020.
Laboratório de Paleontologia da Amazônia/UFRR. Disponível em: <http://ufrr.br/lapa/index.php?option=com_content&view=article&id=%2093>. Acesso em 19 Mai. 2020.
https://www2.unifap.br/alexandresantiago/files/2013/11/Tectonica-de-Placas.pdf. Acesso em 19 Mai. 2020.
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Responda: 1. Imagine que você é um cientista. A partir das imagens abaixo, que ilustram o “encaixe”
Brasil-África, e a distribuição comum de fósseis em regiões hoje afastadas, elabore um
pequeno texto apresentando argumentos para defender a ideia de que os continentes se
deslocam ao longo do tempo.
Ilustração feita pelo geógrafo Antonio Snider-Pellegrini, em 1858, mostrando a justaposição das margens africana e americana do Oceano Atlântico. Domínio público.
Distribuição geográfica dos fósseis gondwânicos. A distribuição de fósseis terrestres idênticos em locais atualmente isolados entre si, como Austrália, Índia, África e América do Sul foi um dos argumentos de Wegener para o lançamento de sua teoria da Deriva Continental. Domínio público.