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Ano XVII - nº 161 - Janeiro / Fevereiro / Março.2016

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Page 1: Ano XVII - nº 161 - Janeiro / Fevereiro / Março (1).pdf · Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Presbiteriana Unida e Igreja Si-rian Ortodoxa de Antioquia. Com o tema: “Casa

Ano XVII - nº 161 - Janeiro / Fevereiro / Março.2016

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Boletim Informativo daParóquia Nossa Senhora das Mercês2 Janeiro / Fevereiro / Março.2016

>> Demonstrativo Financeiro>> Dezembro.2015 >> Janeiro.2016

ENTREAJUDAQuinta-feira 9h, 15h e 20h

NOVENA PERPÉTUA DE N. SRA. DAS MERCÊSSexta-feira 8h30 e 19h

ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTOSexta-feira das 9h às 19hBênção com o Santíssimo às 18h30

BÊNÇÃOSDe segunda a sexta-feira:das 8h às 11h30 e das 14h às 17h30Sábado:das 9h30 às 11h30 e das 14h às 17h

Telefone para agendarbênçãos: 41 3335.1606

>> Igreja MatrizNossa Senhora das MercêsHoráriose atendimentosENDEREÇO:da Paróquiae ConventoAv. Manoel Ribas,966 - 80810-000Curitiba-PRTel. Paróquia:(041) 3335.5752Tel. Convento: (041) 3335.1606Tel. Catequese: (041) 3336.3982

HORÁRIO DE MISSAS:MISSAS HORÁRIOSegunda-feira: 6h30Terça, quarta e quinta-feira: 6h30 e 19hSexta-feira: 6h30, 15h e 19hSábado: 6h30, 17h e 19hDomingo: 6h30, 7h30, 9h,

10h30, 12h, 17h, 19h

EXPEDIENTE DASECRETARIA PAROQUIAL:

De segunda a sexta Das 8h às 12he das 13h às17h50

Sábado das 9h à 12h

Nossa Paróquia felicita os aniversa-riantes do meses de janeiro, fevereiro emarço, oferecendo a todos a prece co-munitária e as intenções na Santa Mis-sa. Saúde, paz, prosperidade e que nun-ca falte o amor a Jesus Cristo e NossaSenhora em suas famílias.

ANIVERSARIANTES

Pároco: Frei Pedro Cesário PalmaVigários Paroquiais:

Frei Maurício Aparecido Solfae Frei Davi Nogueira Barboza

Freis do Convento:Frei Hélio de Andrade

e Frei Edson Claiton GuedesJornalista responsável:Luiz Witiuk – DRT nº 2859

Coordenação: Izilda de FigueiredoCapa: Mayra Silvério

Diagramação e Arte: Editora Exceuni(41) 3657-2864 / 3657-4542

Impressão: Press Alternativa(41) 3047-4511 / 3047-4280Tiragem: 6.000 exemplares

>> Expediente do Boletim

O CAPUCHINHO

Dízimo paroquial .................................................... R$ 59.068,00Ofertas .................................................................... R$ 12.003,50Espórtulas/batizados/casamentos ....................... R$ 1.680,00TOTAL ................................................................. R$ 72.751,50Dizimistas cadastrados 1176Dizimistas que contribuíram 702Novos Dizimistas 15

Salários/encargos sociais / férias/PIS /FGTS/ INSS ....................................................... R$ 18.605,92Moveis e utensilios ................................................. R$ 45,00Côngruas ................................................................. R$ 7.488,00Bens sacros / Liturgicos - Catequese ...................... R$ 1.600,00Desp.cultos /ornamentação/homenagens ............. R$ 2.238,38Luz / água / telefone ................................................ R$ 2.989,35Conserv. dos imóveis/ Pinturas .............................. R$ 3.025,00Costura/ Gás/ Alimentação / Lavanderias ............. R$ 1.785,61Investimentos - Computador e Serviços ................. R$ 323,04Despesas com correios (dizimo) ............................. R$ 578,05Serviço de Contabilidade ........................................ R$ 92,50Serviços de alarme/ Segurança .............................. R$ 489,00Manut. de Veículos/Combustíveis/seguros ............ R$ 996,30Material de limpeza ................................................ R$ 987,00Material de expediente/xerox/gráficas .................. R$ 2.745,00Revistas/Internet/ WEB/”O capuchinho” ............... R$ 1.854,00Plano de Saúde de func. / farmácia ........................ R$ 2.243,00Vale Transportes,vale alimentação e fretes ........... R$ 4.459,00Casa Paroquial/Auxilio Alimentação - IPAS ........... R$ 1.551,15TOTAL .................................................................. R$ 54.095,30

Taxa para Arquidiocese Ref. Dez/15 ........................ R$ 16.606,84Taxa para a Província Freis Capuchinhos .............. R$ 2.890,00Mat.Pastoral/Catequético/Cursos / Seminário ..... R$ 2.715,29

TOTAL .................................................................. R$ 22.212,13

Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz. (CIC) ........ R$ 3.000,00Total ..................................................................... R$ 3.000,00TOTAL GERAL ........................................................ R$ 79.307,43

Dízimo paroquial ..................................................... R$ 80.738,00Ofertas ..................................................................... R$ 10.034,00Espórtulas/batizados/casamentos ........................ R$ 1.540,00TOTAL .................................................................. R$ 92.312,00Dizimistas cadastrados 1172Dizimistas que contribuíram 780Novos Dizimistas 28

Salários/encargos sociais / fériasPIS /FGTS/ INSS/parc.13º ......................................... R$ 29.981,00Rescisão .................................................................. R$ 4.016,85Côngruas ................................................................. R$ 7.304,00Bens sacros / Liturgicos - Catequese ...................... R$ 2.075,00Desp.cultos /ornamentação/homenagens ............. R$ 2.905,00Luz / água / telefone ................................................ R$ 2.989,35Conserv. dos imóveis/ Pinturas .............................. R$ 3.360,90Costura/ Gás/ Alimentação / Lavanderias ............. R$ 1.863,30Investimentos - Computador e Serviços ................. R$ 260,00Despesas com correios (dizimo) ............................. R$ 658,60Serviço de Contabilidade ........................................ R$ 92,50Serviços de alarme/ Segurança .............................. R$ 528,00Manut. de Veículos/Combustíveis/seguros ............ R$ 1.245,00Material de limpeza ................................................ R$ 1.549,70Material de expediente/xerox/gráficas .................. R$ 2.874,35Revistas/Internet/ WEB/”O capuchinho” ............... R$ 5.701,95Plano de Saúde de func. / farmácia ........................ R$ 2.942,42Vale Transportes,vale alimentação e fretes ........... R$ 4.782,00Casa Paroquial/Auxilio Alimentação - IPAS ........... R$ 1.551,15Seguro de Bens ........................................................ R$ 1.289,00Café do Dízimo ......................................................... R$ 2.842,35TOTAL .................................................................. R$ 80.812,42

Taxa para Arquidiocese Ref. Nov/15 ....................... R$ 14.215,49Taxa para a Província Freis Capuchinhos .............. R$ 2.890,00Mat.Pastoral/Catequético/Cursos / Seminário ..... R$ 6.687,20Campanha da Evangelização .................................. R$ 2.620,60TOTAL .................................................................. R$ 26.413,29

Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz. (CIC) ........ R$ 3.000,00Total ..................................................................... R$ 3.000,00TOTAL GERAL ........................................................ R$ 110.225,71

>> Ação Social da Paróquia N. Sra. das Mercês

RECEITASRECEITAS

DESPESASDIMENSÃO RELIGIOSA

DESPESASDIMENSÃO RELIGIOSA

DIMENSÃO MISSIONÁRIADIMENSÃO MISSIONÁRIA

DIMENSÃO SOCIALDIMENSÃO SOCIAL

Agradecemos a você, pela sua generosa doação. Frei Pedro Cesário Palma - Pároco

DEMONSTRATIVO DAS DOAÇÕES: JANEIRO/2016

N. Sra. da Luz (Vila) 0853 069 142 1064 311Almirante Tamandaré ---- ---- ---- ---- ----V ila Verde 1559 256 835 2650 863Setor Mercês 0035 005 002 0042 225TOTAL 2447 330 979 3756 1399

Peças de Roupas Pares deCalçadosDestinatário Diversos Total Alimentos

Kg

À Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz, doamos em dinheiro: R$ 3.000,00 para a promoção humana.

N. Sra. da Luz (Vila) 2399 236 449 3084 103Almirante Tamandaré 0241 005 011 0257 064Vila Verde 1492 285 864 2641 150Setor Mercês 0031 008 003 0042 360TOTAL 4163 534 1327 6024 677

Peças de Roupas Pares deCalçadosDestinatário Diversos Total Alimentos

Kg

À Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz, doamos em dinheiro: R$ 3.000,00 para a promoção humana.

Graças à generosidade dos paroquianos, dizimistas e benfeitores, arrecadamos e distrbuímos os donativos abaixo discriminados:DEMONSTRATIVO DAS DOAÇÕES: DEZEMBRO/2015

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Boletim Informativo daParóquia Nossa Senhora das Mercês 3Janeiro / Fevereiro / Março.2016

Frei Pedro Cesário Palma, OFMCap.

>> Mensagem do Pároco

Desejo aos leitores(as) do nossojornal “O Capuchinho” e a todos quefreqüentam nossa Igreja das Mercês,paz e alegria no Espírito Santo.

Quatro temas são tratados comdestaque nessa edição de “O Capu-chinho”: Ano da Misericórdia, Qua-resma, Campanha da Fraternidade ePáscoa do Senhor.

ANO DA MISERICÓRDIADesde 8 de dezembro do ano pas-

sado até 20 de novembro desse ano,estamos vivendo o Ano da Misericór-dia com o tema Misericordiosos comoo Pai (Lc, 6,36).

O termo misericórdia é a junção deduas palavras em latim: miseratio(compaixão) e cordis (coração).Assim, pode-se entender literal-mente misericórdia como coraçãoque tem compaixão, que sofre jun-to, que vive em si a dor do outro.

O nosso Deus é misericórdia e per-dão. O salmo 135 fala que “eterna é asua misericórdia”. Essa misericórdia deDeus tornou-se visível em Jesus quedoou sua vida pela salvação da huma-

nidade. Jesus é o rosto da misericór-dia do Pai. Com sua palavra, seus ges-tos e toda a sua pessoa, Ele revela amisericórdia de Deus e nos convida asermos misericordiosos, como afir-mou na parábola do bom samaritano:“Vai tu e faze o mesmo” (Lc 10,37).

Possamos ser arautos de miseri-córdia para todos que precisam donosso olhar, da nossa atenção, da nos-sa palavra, do nosso amor e da nossaajuda.

QUARESMAA quaresma inicia na Quarta-feira

de Cinzas e termina na Quinta-feiraSanta com a Missa da Instituição daEucaristia. Trata-se de um período dequarenta dias, como tempo de peni-tência e conversão.

O número quarenta é bíblico: re-fere-se aos quarenta dias do dilúvio,quarenta anos de peregrinação dopovo de Deus pelo deserto, quarentadias de Moisés e Elias na montanha,quarenta dias de Jesus no deserto eos quatrocentos anos de estadia de Is-rael no Egito.

Os rituais solenes do tempo qua-resmal são o Domingo de Ramos, oLava-pés e Instituição da Eucaristia naQuinta-feira Santa, a Celebração daPaixão do Senhor na Sexta-feira San-ta, a Vigília Pascal no Sábado de Ale-luia com a bênção do fogo e do Círio

Pascal, e a Missa no Domingo de Pás-coa.

Seja essa quaresma, para todosnós, tempo de retiro, de deserto, quenos possibilite uma transformação in-terior. É transformando o interior, quepodemos melhorar também o exte-rior, ou seja, nossos atos, nossos en-contros, nossa vivência familiar, nos-sa fé, nossa participação na comuni-dade, nosso trabalho, nosso estudo,nossa casa comum (planeta terra) enosso compromisso político-social emfavor de mais vida para todos.

CAMPANHA DA FRATERNIDADENa quaresma nossa Igreja lança a

Campanha da Fraternidade, que esseano é ecumênica, isto é, realizada comoutras igrejas cristãs: Igreja Evangé-lica de Confissão Luterana no Brasil,Igreja Episcopal Anglicana do Brasil,Igreja Presbiteriana Unida e Igreja Si-rian Ortodoxa de Antioquia.

Com o tema: “Casa comum, nossaresponsabilidade” e o lema: “Querover o direito brotar como fonte e cor-rer a justiça qual riacho que não seca”(Am 5,24), a Campanha da Fraternida-de desse ano pede nossa atenção paracom nossa “casa comum” (nosso pla-neta). Nosso planeta é lindo. Foi cria-do pelas mãos de um artista, Deus,que criou tudo para nós e para as pes-soas que virão depois de nós.

Falando da “Casa comum”, a CFaborda o tema do saneamento bá-sico, que é o conjunto de serviços,infraestruturas e instalações físicas,legais e institucionais. É o abasteci-mento de água potável, desde acaptação até as ligações nas resi-dências e prédios; coleta, transporte,tratamento e disposição final adequa-dos dos esgotos sanitários, desde asligações das residências e prédios atéseu lançamento final de forma limpano meio ambiente; coleta, transportee tratamento do lixo; escoamento daágua da chuva nas cidades, para evitarenchente e a articulação de políticaspúblicas de desenvolvimento urbano,de combate à pobreza e de proteçãodo meio ambiente.

Quando falta o saneamento bási-

co milhares de pessoas correm o riscode pegar doenças, tais como: cólera,dengue, hepatite, febre tifoide e di-arreia devido ás más condições daágua e higiene.

Portanto, nossa responsabilidadecomo cidadãos e cristãos, para comonossa mãe terra, é grande. E é de to-dos.

PÁSCOANeste mês de março deste ano ce-

lebramos, com grande júbilo, a Pás-coa de Nosso Senhor Jesus Cristo! Elevenceu a morte e abriu para todos nóso caminho da esperança e da vidanova!

Com a ressurreição de Jesus, osdiscípulos passaram da tristeza e dodesalento à alegria incontida. Nos en-contros com o Senhor ressuscitado,seus corações desorientados e abati-dos pela dor, vibraram novamente.Eles viram que Jesus não estava maisentre os mortos e lhes indicava nova-mente o caminho a seguir. Para os dis-cípulos, isso também significou pas-sar da morte para a vida!

Também para nós a Páscoa é pas-sagem para uma vida cada vez maisalegre e cheia de esperança, pois Je-sus ressuscitado está em nosso meio.Ele age no mundo através do EspíritoSanto e inspira os corações na escolhado bem, movendo-os a aderirem aoreino de Deus. Jesus ressuscitado as-siste sua Igreja com solicitude cons-tante: “Eis que estou convosco todosos dias, até o fim dos tempos” (Mt28,20). Por isso a comunidade reuni-da em seu nome pode proclamar comfirme fé: Ele está no meio de nós!

Feliz Páscoa para você!

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Boletim Informativo daParóquia Nossa Senhora das Mercês4 Janeiro / Fevereiro / Março.2016

Não, o mar não se esvaziou. Está cheio, trans-bordante até, como no tempo das águas mais altase das marés mais cheias”. (Jean Claude Guillebaud)

A afirmação do educador francês Guillebaudinaugura nossa reflexão sobre o tema da Campa-nha da Fraternidade deste ano “Casa Comum, nos-sa responsabilidade”, e o lema “Quero ver o direitobrotar como fonte e correr a justiça, qual riacho quenão seca” (Am 5, 24).

O texto base da CNBB ensina a todos que sa-neamento básico é questão de saúde, mas tam-bém de justiça, e outros temas estão implicadoscomo: água potável, limpeza urbana, manejo deresíduos, lixo hospitalar e políticas públicas para ocombate da pobreza e promoção da saúde.

Estamos em tempos de muitas inseguranças noque se refere à saúde, testemunhamos uma cam-panha em todo o país que combate a dengue e ofamoso mosquito Aedes aegypt, que coloca nãosomente o Brasil, mas toda, a América Latina emestado de alerta. Para que não sejam acumuladosnos recipientes águas paradas e as larvas se prolife-rarem e gerarem a dengue.

Mas por causa de falta de saneamento básico emmuitos municípios outras doenças surgem como:diarréia, hepatite, febre tifóide. E nos causa es-panto pensar que em nosso país 82% da populaçãonão tem água tratada. A beleza da Criação é conta-

Casa Comum, nossa responsabilidade,um projeto de fraternidade para todos

minada com produtos despejados de maneira des-controlada, lixos sem tratamentos, esgotos, ele-mentos radioativos, poluentes químicos e agrotó-xicos, que desembocam em nossos rios, gerandodanos à fauna e à flora, mas também ao ser humano.

Como planejar o nosso lixo, os resíduos residen-ciais de coisas e alimentos que produzimos todosos dias? Como contribuir para uma reflexão sobre aimportância do saneamento básico? São perguntasque esta Campanha da Fraternidade provoca. A so-ciedade toda é convidada a pensar sobre a diminui-ção do lixo, planejar suas compras, o uso de sacolasretornáveis, compra de produtos não descartáveis,eliminar copos descartáveis e cozinhar somente oque será consumido.

Como é uma Campanha Ecumênica precisamos

Pe. Rivael de JesusNacimento

Mestre em TeologiaPastoral PUC-PR

Reitor do SantuárioNoss Senhora de Lourdes

Campo [email protected]

“mergulhar na solicitude de todas as nossas Igre-jas”, pensando em dignidade de todos e promoçãohumana. Nossa ação deve envolver todas as comu-nidades, rede de escolas, associações. A missão detodos é cuidar da Casa Comum, levando o assuntopara ser tratado também com todos os legislado-res, nos bairros e cidades.

No campo da educação o tema é atrativo para asensibilização pois envolve ricos e pobres. O lixogerado de maneira irresponsável pelos de classeselevadas acaba indo parar nos lugares de vulnera-bilidade social. Temos esse desafio de motivarmosuma mudança de mentalidade sobre os cuidadoscom a água e a relevância do saneamento básicoem todas as cidades do Brasil. Temos a necessidadede que sejam semeadas sementes de esperançapara um novo tempo de justiça. Esta esperança écomo em um rio que com o seu leito vai gerandovida onde passa, vida para o Povo de Deus e para osbens que Ele criou.

Para melhor celebrar o Ano da Mi-sericórdia, a Conferência dos Religio-sos do Brasil - CRB-PR, organizou pro-gramação especial. Convidou DomJoão Braz de Aviz, Cardeal Prefeito daCongregação para os Institutos de VidaConsagrada e as Sociedades de VidaApostólica para ministrar um Curso àsLideranças da Vida Consagrada, no Santuário da Miseri-córdia dos padres Marianos, em Curitiba-PR.

Os capuchinhos ficaram encarregados de buscar e le-var o cardeal no aeroporto e também hospedá-lo. Comonossa cúria está em reformas, decidiu-se hospedá-lo noconvento das Mercês. Frei Cláudio Sérgio de Abreu, Mi-nistro Provincial, encarregou os freis Davi Nogueira Bar-boza, guardião das Mercês e Moacir Antônio Nasato,guardião da Cúria, para buscá-lo no aeroporto e fazer osnecessários translados. Ele chegou dia 29 de fevereiro, ànoite e nossos dois freis o aguardavam no saguão do ae-roporto. Frei Moacir destacou a cordialidade, a simplici-dade, afabilidade do referido cardeal. Chamou-lhe a aten-ção também o seu diálogo não informal, mas muito fa-

Visita do Cardeal Dom João Braz de Aviz

miliar. Frei Davi já o conhecia desde os tempos de profes-sor no Instituto Teológico Paulo VI, em Londrina e istofacilitou muito o acolhimento.

O tema tratado no encontro foi Vida Consagrada:Encarnação da Misericórdia do Pai na Igreja e no Mun-do. Cerca de 600 religiosos e religiosas se fizeram pre-sentes, vindos de todas as regiões do Brasil, para discuti-rem o tema “Vida Religiosa Consagrada, encarnação da

misericórdia de Deus na Igreja e no mundo”.Afirmou o Pe. Marcial Maçaneiro, dehoniano, teólo-

go e professor da Puc-Marista, um dos interventores nesteencontro, juntamente com o cardeal João Braz de Aviz.“Evitar a classificação de dignidades na Vida Consa-grada e na Igreja. O batismo nos torna iguais”. A VidaConsagrada e a Igreja em geral, precisa evitar a classifi-cação de dignidades. O batismo torna a todos iguais e osdiscípulos de Jesus são chamados a ser servos. “Temosuma vocação batismal e não podemos fazer este jogoclassista de dividir ou classificar dignidades na Igreja porfunção. Estamos a serviço. A dignidade é o batismo e osnossos votos é a forma radical, profética de expressá-lo.Nele, todos somos iguais”, atestou.

Freis que participaram deste encontro: Cláudio Sér-gio de Abreu, Pedro Cesário Palma, Márcio José Tessaro,Evandro Aparecido de Souza, Carlos Gonzaga Vieira, JoãoDaniel Lovato, Rivaldo Vieira, Luiz Carlos da Silva, Ales-sandro Farinasso, Messias Vicente Rodrigues, Davi No-gueira Barboza, Maurício Solfa e Moacir Antônio Nasa-to.

Frei Juarez De Bona, OFMCap

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Boletim Informativo daParóquia Nossa Senhora das Mercês 5Janeiro / Fevereiro / Março.2016

Quinta Feira Santa – A Última Ceia

Frei Edson Claiton Guedes, OFMCap

Frei Maurício Ap. Solfa - OFMCapVigário Paroquial

A Liturgia da Igreja celebra na Quinta-feira Santaa instituição da Eucaristia, celebração cristã que re-lembra os acontecimentos da vida, morte e Ressur-reição de Jesus e da missão da Igreja. “Fazei isto emmemória de mim” é o mandato de Cristo a todos oscristãos de todos os tempos para viver, em cada tem-po, os valores evangélicos. Pela Eucaristia, palavragrega que significa ação e graças, todos nós cris-tãos celebramos o amor e a misericórdia de Deusque vem ao nosso encontro. Ele se transforma emalimento para nossa vida e nos fortalece espiritual-mente na proclamação prática do Evangelho. O “fa-zer isto” do Evangelho não pode ficar restrito aoâmbito celebrativo, não pode ficar fechado nas qua-tro paredes do templo. A Santa Missa, o culto cris-tão por excelência, é a preparação para que o “isto”de Jesus seja vivido na cotidianidade, ou seja, notrabalho, na família, na sociedade. Sem isso, nossaespiritualidade fica manca, afinal lhe faltará umaparte importante que é a missão. Fazer “isto” emmemória de Cristo é viver como ele viveu, amarcomo ele amou, sonhar e lutar por aquilo que Elesonhou: o Reino de Deus no já de nossa história. Eisnosso papel de discípulos/missionários no mundoque vivemos.

A Quinta-feira Santa será cada vez mais santa secada cristão católico a santificar com sua própria vidapor meio dos valores do Evangelho aplicados narealidade onde se encontra. Ser batizado na igrejade Cristo não é apenas um ritual de infância onde o

comprovante do batismo transforma-se num diplo-ma para enquadra-lo e pendurar na parede de casa.Ser batizado, palavra grega que significa “mergu-lho”, é ir a fundo na missão recebida. Mergulhar decabeça, ou seja, com confiança naquele que nosenviou em seu nome.

Na Quinta-feira Santa também celebramos olava-pés. O serviço desinteressado ao próximo, es-pecialmente aqueles mais necessitados. É a grandemensagem deste sinal de Cristo. “Vós me chamais

Todos os anos a Igreja nos fala, prin-cipalmente no primeiro domingo daquaresma, sobre as tentações sofridaspor Jesus, e nos propõe uma reflexãoa respeito. E, no segundo domingofala-nos sobre a Transfiguração.

O texto de Lucas, que fala das ten-tações, capítulo 4, versículos de 1 a 13,conclui: “Tendo esgotado todas as for-mas de tentação, o diabo se afastoude Jesus, para voltar no tempo opor-tuno.” E o que quer dizer “no tempooportuno?” Primeiramente podemosconsiderar que é o tempo da Paixãode Jesus. “Se és o Filho de Deus desceda cruz” (Lc 23, 35.39). Mas é, também,o tempo da Igreja. Tudo o que aconte-ce com Jesus, acontece também comseu corpo que é a Igreja, que somosnós. Tempo da Igreja é o tempo queestamos vivendo, é o nosso tempo.

Quaresma, mais que um tempo li-túrgico, é figura e símbolo do tempopresente, tempo em que se encontraa Igreja - nós todos - enquanto espe-ramos a Páscoa eterna.

O Evangelho do primeiro domingoda quaresma nos dá pistas de comovencermos as tentações. Em síntese:seguindo a Jesus. Ele jejuou; não co-meu nada naqueles dias, e usou a Pa-lavra de Deus, dizendo três vezes: estáescrito.

Queridos leitores, também somostentados, e na oração do Pai Nosso,Jesus nos ensinou a rezar não para nãotermos tentação, mas para não cair-mos em tentação. E como procederpara não cairmos em tentação?

O Jejum de si mesmo

de mestre e senhor e dizeis bem, pois eu o sou. Portanto,se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também deveislavar os pés uns dos outros”(Jo 13, 13-14). Lavar ospés significa exercer nossa diaconia (palavra gregaque significa serviço) para que nosso ambiente sejamais humano, mais fraterno, mais cristão.

A quinta-feira Santa é o início do tríduo pascalque culmina com a ressurreição do Senhor. Cadacelebração do tríduo pascal tem um profundo signi-ficado teológico para nossa vida. Celebramos ritu-almente os momentos da paixão, morte e ressur-reição do Senhor, para transformar na prática denossa historia pessoal, familiar, profissional, socialestas etapas de nossa salvação.

Que Jesus Cristo libertador nos ensine a cele-brar com a vida estes momentos tão significativosde nossa espiritualidade cristã.

Podemos combater a tentação como jejum, com a escuta ou leitura daPalavra de Deus, colocando-a em prá-tica, e com a oração. O texto bíblicoque narra a Transfiguração, (Lc 9, 28-36) começa dizendo que Jesus “subiuà montanha para rezar”. A Transfigu-ração foi o resultado da oração, espe-rado pelo Pai.

Hoje, nos limitaremos a falar dojejum. Existe o jejum corporal, o je-jum do mundo e o jejum de si mes-mo. Há um jejum corporal negativo.Por exemplo: no início da quaresma apessoa diz: vou aproveitar a quares-ma para fazer jejum e eliminar algunsquilos. Isso não é jejum, mas sim regi-me. Ou então, alguém se propõe ficara quaresma toda sem comer chocola-te. No final da quaresma apresenta-se diante de Deus, cheia de si e deseu jejum, exigindo que Deus cumpraa parte D’Ele. Existe também o jejumcorporal bom, conhecido e valorizadopor toda a tradição cristã, que é aque-le que leva a pessoa a deixar de ser oCentro do Universo.

O jejum do mundo, assim denomi-nado pelos primeiros cristãos é maisprofundo e espiritual. Consiste emnão se conformar com a mentalidadedo mundo. Renunciar às extravagân-cias do mundo, às coisas supérfluas einúteis. Na verdade, quando se encon-tra Deus, estas coisas perdem total-mente o encanto. Nos dias de hojeseria não se conformar com a menta-lidade consumista, com a cultura dodescartável.

Mas, este jejum, mesmo sendomais profundo e espiritual, ainda é umjejum preparatório. O verdadeiro eessencial é o jejum de si mesmo. “Sealguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo” (Lc 9,23) Esta é a raiz aser cortada se você quer correspon-der ao Evangelho.

Precisamos morrer para nós, en-trarmos em questionamento conosco,pois o lugar ocupado por nosso eu ego-ísta e usurpador deve ser ocupado porDeus. Cabe-nos perguntar com muitasinceridade e não termos pressa emresponder: Quem é a rocha de minhavida? Deus ou eu mesmo?

Somos a rocha de nós mesmosquando deixamos que nosso velho eupecador nos domine, exprima juízos,julgue, guarde ressentimentos e ran-cores, aja por vingança, ceda à ira.Quando formos surpreendidos porestes estados, devemos cortar logotais pensamentos e retratá-los, opon-do a eles pensamentos contrários,pensamentos de amor, de pureza, deperdão.

Enquanto não cortarmos esta raizque é o nosso velho eu, não avança-remos no caminho do Evangelho. Po-demos até ser grandes ascetas, des-pojados de tudo, conhecedores da Bí-blia, da Teologia, frequentadores doTemplo, cheios de nós mesmos, denosso esforço penitencial, mas vaziosde Deus.

Aproveito para relatar uma passa-gem da minha vida, com a finalidadede elucidar estas minhas colocações:

no tempo em que residi no sítio com aminha família, eu e meu pai, certo diafomos arrancar alguns pés de café.Primeiramente removíamos todos osgalhos; depois, com um enxadão e ummachado abríamos pequenas covas aoredor do tronco e cortávamos as raí-zes laterais. O tronco ficava flexível,movia-se para todos os lados, mas araiz mestra impedia o tronco de serretirado. Então, cortávamos esta raizmestra e retirávamos o tronco.

Jejum corporal, jejum das coisas domundo, fazendo um paralelo, é maisou menos isso que relatei. É cortar asraízes laterais, caminho para se cortara raiz mestra, que é o jejum de si mes-mo. Este jejum é difícil de ser vivido,principalmente numa cultura indivi-dualista onde o nosso eu clama paraque todas as vontades e caprichos se-jam realizados. É difícil, mas é Possí-vel.

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Boletim Informativo daParóquia Nossa Senhora das Mercês6 Janeiro / Fevereiro / Março.2016

Ordenação Presbiteral deFrei Pedro Brondani, o Frei Pedrinho

Aos 07/11/1963 nascia Pedro Brondanina cidade de Ponta Grossa, o quinto filhode Idovina Alba Brondani e José AvelinoBrondani. Têm duas irmãs: Salete e Ber-nadete, e três irmãos Francisco, Miguel(In Memoriam) e Antonio.

Foi batizado, na Catedral Sant’ Ana emPonta Grossa, pelo Padre Isnard FarrugiaIn Memoriam) Ordem dos Pregadores aos12/01/1964. Em 01/03/1983 ingressou noPostulantado na cidade de Siqueira Cam-pos, sendo o ministro provincial frei Adeli-no Frigo e o mestre Frei Bernardo Francis-co Felipe.

Iniciou o Noviciado com a vestição dohábito franciscano capuchinho no Conven-to Santo Antonio de Pádua em Butiatubana cidade de Almirante Tamandaré no dia21/02/1984. Fez seu ano de noviciado noConvento Nossa Senhora das Mercês emCuritiba, sendo o mestre Frei Danilo Biasi,e o ministro provincial Frei Adelino Frigo.

Em 08/02/1985 iniciou os estudos deFilosofia em Curitiba no Convento NossaSenhora das Mercês, concluindo em 20/12/1986, pelo Instituto Frei Eurico Belmi-ro de Mello, sendo o mestre Frei Davi No-gueira Barboza, e o ministro provincial FreiJoão Daniel Lovato. No período dos estu-dos filosóficos em Curitiba, atuou na Pas-toral Hospitalar no Hospital Nossa Senho-ra das Graças.

Seus primeiros votos religiosos na Or-dem dos Frades Menores Capuchinhos, naProvíncia São Lourenço de Brindes, PR/SCforam no dia 21/02/1985.

Em 23/12/1986 foi transferido paraLondrina, para iniciar os estudos teológi-cos, morando na casa da chácara no Iga-pó. Professou perpetuamente, no dia 17/12/1988, na Paróquia Santa Rita de Cás-sia em Ponta Grossa, sendo ministro pro-vincial o Frei João Daniel Lovato.

Foi transferido pelo ministro provinci-al Frei Atílio Galvan, em 23/12/1993 paraFoz do Iguaçu, na Paróquia São Franciscode Assis onde acompanhou a nível local ediocesano a Pastoral do Menor, fundou eacompanhou como presidente a Associa-ção Comunidade dos Pequenos Trabalha-dores. Atuou na organização do ConselhoTutelar da cidade de Foz do Iguaçu, e foimembro do Conselho Estadual da Criançae do Adolescente; assessorou ao Movimen-to dos Trabalhadores Rurais Sem Terra naFazenda Mitacoré, na cidade de São Mi-guel do Iguaçu; participou na elaboraçãoe divulgação do dossiê de denúncia ao tu-rismo sexual e prostituição infanto e juve-nil na fronteira, denunciou os grupos or-ganizados de extermínio de jovens em Fozdo Iguaçu e fronteira; acompanhou o Cen-tro de Integração e Acompanhamento aoAdolescente Infrator de Foz do Iguaçu e aPastoral Carcerária de Foz; acompanhouo Grupo NASA com pessoas vivendo comHIV/AIDS.

Fez-se presente junto ao Lar dos anjos- para crianças com HIV/AIDS, apoiou acriação das casas lares da Fundação NossoLar do Padre Arturo Paoli (In Memoriam), eacompanhou a Associação Casa da Famí-

lia Maria Porta do Céu para crianças eadolescentes, sendo seu presidente porum ano.

Em 23/07/2003 foi transferido pelo mi-nistro provincial Frei João Daniel Lovato,da cidade de Foz do Iguaçu para a VilaNossa Senhora da Luz, em Curitiba; acom-panhando a Associação Paranaense Ale-gria de Viver – APAV com crianças e ado-lescentes com HIV/AIDS; articulou a Ju-ventude Franciscana e acompanhou tam-bém a Ordem Franciscana Secular ambasno CIC como assistente espiritual.

Organizou a efetivação da Pastoral daAIDS na Arquidiocese de Curitiba, em 10/03/2005 e no Regional da CNBB sul 2, em15/09/2005 sendo ministro provincial o FreiJosé Gislon, atuou como assessor eclesi-ástico. Participou na fundação do Centrode Formação Popular Padre Josimo Tava-res; acompanhou a edificação e reformaem nove comunidades.

Em 10/08/2008, organizou a criação doProjeto Se Eles Soubessem, como incenti-vo ao teste rápido em HIV/AIDS, projetoeste o qual percorreu vários municípiosdo Estado do Paraná, através de visitascom o ônibus da Pastoral da AIDS e suaequipe voluntária, às cidades das dioce-ses de Paranaguá, Ponta Grossa, Toledo,Palmas e Francisco Beltrão. Apoiou a cri-ação de projetos como Inclusão Digital,Cozinha e Padaria comunitária na vila ver-de. Foi transferido da Vila Nossa Senhorada Luz, em Curitiba no 23/12/2009 paraAlmirante Tamandaré, à casa de retiros,pelo ministro provincial o Frei Davi Noguei-ra Barboza. Em 08/07/2010 encerrou-se oprojeto com o ônibus da Pastoral da Aids,e deu continuidade aos trabalhos da Pas-toral da AIDS, através de visitas ao Hospi-tal de Clinicas e grupo de adesão.

Iniciou os estudos de Bacharelado emTeologia na Faculdade Vicentina em Curi-tiba, em 06/02/2012 sendo ministro pro-vincial o Frei Cláudio Sergio de Abreu.

Em 10/11/2013 foi instituído nos mi-nistérios de Leitorado e Acolitado, confe-ridos pelo Ministro Provincial Frei CláudioSergio de Abreu, na Capela da casa deRetiros em Butiatuba. E pela Oração daIgreja e Imposição das mãos de Dom FreiMário Marquez OFMCap Bispo Diocesa-no de Joaçaba-SC, recebeu a Ordem doDiaconato no dia 07/07/2014. Foi transferi-do para o Convento Nossa Senhora dasMercês em Curitiba, em 15/12/2014, peloministro provincial Frei Cláudio Sergio deAbreu, dando continuidade ao serviço deDiácono na paróquia, na fraternidade doconvento, nas visitas ao Hospital das Clíni-cas junto ao grupo de adesão. Concluiu oseu Bacharelado em Teologia, na Facul-dade Vicentina em 23/11/2015. Em 06de fevereiro de 2016 na Paróquia N.Sra.das Mercês, pela Oração da Igreja e im-posição das mãos de sua Excelência Reve-rendíssima Dom Frei Mário Marques, Bis-po Diocesano de Joaçaba-SC, Frei PedroBrondani, o Frei Pedrinho, foi ordenadoPresbítero para o serviço do Povo de Deus.

Redação: “O Capuchinho”

>> NOSSOS FREIS

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Boletim Informativo daParóquia Nossa Senhora das Mercês 7Janeiro / Fevereiro / Março.2016

Estamos no retiro Quaresmal e brevemente vi-veremos a Semana Santa, que se inicia com o Do-mingo de Ramos, neste ano no dia 20 de março. ASemana Santa é marcada pelo Tríduo Pascal que é ocoração da liturgia cristã. Celebrar o Tríduo Pascal écelebrar toda a história de nossa salvação.

A cruz, escândalo aparente de um Deus que fra-cassa, torna-se o lugar referencial de salvação paraa humanidade. A morte foi vencida e o amor tem aúltima palavra.Fazer memória da paixão, morte eressurreição do Senhor Jesus com as celebraçõesque nos propõe a Igreja é tornar-se contemporâ-neo desses acontecimentos. É para nós, cristãos, amemória de um acontecimento fundador de nossaidentidade cristã.

O Tríduo Pascal é uma única celebração divididaem três momentos distintos: Quinta-feira Santa, aCeia do Senhor; Sexta-feira Santa, quando vivemosa celebração da Paixão do Senhor e no Sábado San-to, a Vigília Pascal.

Na Quinta-Feira Santa – contemplamos o Cristoservidor. Durante a última ceia, Jesus instituiu doissacramentos: a Eucaristia e a Ordem (Lc 22,19-20;1Cor 11,23). Por isso, duas celebrações marcam aQuinta-feira Santa.

Na manhã da Quinta-feira Santa, comemorandoa instituição do sacerdócio, o Bispo da Diocese pre-side, geralmente na Catedral a Santa Missa Crismal,acompanhado de todo o seu clero, que concelebra.É sinal de comunhão dos presbíteros com o seu Bis-po. Nesta missa os padres renovam as promessassacerdotais.

Esta missa se chama Crismal ou dos Santos Óleos,porque nela o Bispo, rodeado por seus presbíterosfaz a bênção dos Óleos do Batismo (ou dos Catecú-menos) e dos Enfermos que depois serão usados

Vivendo e Celebrando o Tríduo Pascal

Padre Reginaldo Manzotti é fundador e presidente da Associação Evangelizar é Preciso – Obra considerada benfeitoranacional que objetiva a evangelização pelos meios de comunicação – e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora deGuadalupe, em Curitiba (PR). Apresenta diariamente programas de rádio e TV que são retransmitidos e exibidos em parceriacom milhares de emissoras no país e algumas no exterior. Site: www.padrereginaldomanzotti.org.br. Facebook:www.facebook.com/padrereginaldomanzotti. Twitter: @padremanzotti | Instagram: @padremanzotti

respectivamente nos sacramentos do Batismo e Un-ção dos Enfermos. E consagra também o Óleo doCrisma.

A missa a noite, nas paróquias, é o primeiro mo-mento do Tríduo Pascal. Acontece com a celebraçãoda Ceia do Senhor e do Lava-pés.

Na Quinta-Feira Santa se destaca a unidade pro-funda entre o Sacramento do Altar e o serviço aosirmãos. O apóstolo João, não narrando o gesto daceia, do pão e do cálice como os outros fazem, ex-plica seu significado no gesto do lava-pés. Com istoestabelece uma ligação direta e essencial entre oSacramento da Eucaristia e o mandamento do amore serviço aos irmãos.

Na Sexta-feira Santa – contemplamos o CristoSofredor. Este segundo momento acontece com acelebração da Paixão do Senhor.O centro da liturgiaestá na apresentação e adoração da Cruz, como olenho do qual pendeu a salvação do mundo.

A Igreja acompanha os passos de Jesus em suapaixão até sua entrega total na cruz. O Filho de Deus,por amor, oferece livremente a própria vida, sendofiel até as últimas consequências à missão que oPai lhe confiou.

Neste dia não há Celebração Eucaristia em ne-nhum lugar do mundo. As hóstias para a distribui-ção aos fiéis já foram consagradas no dia anterior.

Na Vigília Pascal – contemplamos o Cristo vi-torioso. É o terceiro momento e encerramento doTríduo Pascal, acontece no Sábado Santo e é a mãede todas as vigílias.

As luzes do interior da igreja devem permane-cer apagadas.Inicia-se em local fora da igreja ondeé feito a bênção do fogo novo. O sacerdote acendeo Círio Pascal que é colocado em lugar de destaque,no presbitério.

Após a homilia começa o solene rito da Bênçãoda Água que será usada para aspergir os fiéis e paraa administração do Sacramento do Batismo.

A Liturgia Eucarística acontece como de costu-me. O rito da comunhão, a comunhão e os ritos fi-nais também seguem como de costume. Encerran-do o Tríduo Pascal é dada a bênção final.

Lembremos que Domingo da Páscoa é como dizo salmista: “O dia que o Senhor fez para nós: ale-gremo-nos e nele exultemos!” (Sl 117). Por isso,nenhum cristão católico pode deixar de celebrar aEucaristia neste dia. É o dia do Povo de Deus fazer ogrande eco: “Jesus ressuscitou! Ele está vivo! Ale-grai-vos!”

Assim, neste ano, convido você a se preparar paraviver bem a celebração do Tríduo Pascal, para quepossa participar frutuosamente do Mistério da nos-sa salvação, que culmina com a Celebração da Pás-coa do Senhor.

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Boletim Informativo daParóquia Nossa Senhora das Mercês8 Janeiro / Fevereiro / Março.2016

A Igreja está convidando todos osbatizados a olharem com mais aten-ção para sua vida espiritual, particu-larmente nos dias de hoje. Está refor-çando a dimensão do Deus misericor-dioso. A palavra misericórdia misercordis significa coração pobre. O mi-sericordioso é aquele que abre espa-ço para acolher a vida, as pessoas, comcompaixão. O Evangelho ensina quedevemos amar os inimigos e aquelesque nos perseguem.

Convivemos com tantas pessoasque queremos bem e também elasdemonstram o mesmo. Isso é bom,sinal que conseguimos construir bonsrelacionamentos. Construímos umaconvivência sadia que proporciona ocrescimento mútuo.

A consciência de que Deus é mise-ricordioso vai sendo construída atra-vés do que ouvimos dizer, da experi-

Misericórdia é a Palavra

Frei Cláudio Sérgio de Abreu,OFMCap.Ministro Provincial - PR/SC

ência que fazemos na convivênciacom as pessoas, tanto dos gestos de-las para conosco, como também pe-los nossos gestos que expressam amisericórdia. Com o tempo a miseri-córdia vai se tornando hábito e semanifestará nos relacionamentos.

É importante falar de Deus comnaturalidade, passar mensagens edi-ficantes e animadoras às pessoas, aco-lhê-las com simpatia e sorriso, man-ter a naturalidade quando se recebeuma ofensa e saber lidar com a situa-ção. Em outras palavras, não percamoso controle sobre nós mesmos e nasdiversas situação.

Assim procedendo, demonstramosque isto é importante para nós e tam-bém para nosso interlocutor. O amorestá acima de qualquer situação, sejade desconforto ou de satisfação. ParaJesus a pessoa humana é mais impor-

tante do que seus pecados, erros queela tenha cometido em sua vida. Nãoquero dizer que ele seja coniventecom o pecado. Jamais compactuoucom o pecado. Ele queria salvar a pes-soa, encorajando-a para que não re-caísse no mal, porque Jesus é miseri-cordioso como o Pai.

O que você aprendeu sobre o DeusMisericordioso em toda a sua vida?Se aprendeu com Ele através daspessoas, você deve ter qualidade devida, bom relacionamento, sabe lidarsobriamente com as coisas materiais,com a criação, ter abertura no enfren-tamento aos problemas e desafios, àdoença, às perseguições, perante istoagir com serenidade no enfrentamen-to dos conflitos e dores, aceitação dopotencial com serenidade e pecadosque tenha cometido, buscando supe-rá-los.

A Palavra forte para o momento éMisericórdia. Que todos aproveite-mos bem do Ano Jubilar da Misericór-dia. Aprofundemos e experimente-mos o Deus misericordioso em nossavida diária.

Fraternalmente,

Sexta-feira SantaBrilha nesse dia o glorioso misté-

rio da Cruz de Cristo. Mistério de umDeus que entregou-se à morte paranos libertar da morte. Mas como podeser glorioso esse mistério, se é a lem-brança e celebração de um brutal as-sassinato? Assassinato não de um cri-minoso ou de uma pessoa qualquer,mas do próprio Filho de Deus. Tudoparece tão contraditório. E é mesmo!Faz parte do misterioso e insondávelprojeto de Deus. Imaginem... Ele, oFilho de Deus, a Segunda Pessoa daSantíssima Trindade, preso, flagelado,coroado de espinhos, condenado àmorte e pregado numa cruz.

A cruz sempre foi um objeto deignomínia. Merecia todo o desprezoquem nela fosse pregado. Diziam ospagãos em Roma: "...a cruz deve es-tar longe até do pensamento do cida-dão romano. Até o falar da morte decruz é imoral e inconveniente". Mas apartir do momento em que o corpode Cristo tocou o madeiro da cruz,tudo mudou, esta se tornou santa egloriosa. Nela está todo o mistério danossa salvação. Na sua morte fomoslibertos da morte. Com seu sofrimen-to fomos resgatados para Deus.

Exatamente por isto, a Sexta FeiraSanta não pode ser apenas momentode dolorosas reflexões sobre os sofri-mentos de Cristo. Toda a nossa medi-tação, reflexão e orações em torno daPaixão, não podem parar aí. Ainda queSexta Feira Santa lembre dor, sofri-mento, a celebração desse dia, inspi-rada e fundamentada na tradição daIgreja, insiste numa outra direção:mais do que cruz em que Jesus foi pre-gado, cruz sobre a qual Cristo reinou.Assim que Sexta Feira Santa será noi-te que anuncia fulgurante aurora; es-curidão que aponta para a luz; tristezaque antecede a alegria. Então sim en-

Frei Davi Nogueira Barboza OFMCapVigário Paroquial

tendemos porque ...brilha nesse diao glorioso mistério da Cruz de Cristo.

Ao longo de todos os tempos, daera apostólica aos nossos dias, o des-prezo e o sarcasmo dos que não acre-ditam, não conseguiram fazer com quenos envergonhemos da cruz. Pelo con-trário, é com fé, alegria e profundaconvicção que ostentamos esse sinal,seja pendente de nosso pescoço, sejapendurada nas paredes de nossas ca-sas, no alto dos morros, nas encruzi-lhadas das estradas. Já século tercei-ro, o escritor sagrado Tertuliano dizia:"O Filho de Deus foi crucificado? Nãome envergonho. E por que teria de meenvergonhar?" Antes dele o apóstoloPaulo diz: "... de nada quero gloriar-me a não ser na cruz de Cristo"(Gal4,14). Lembremos ainda São Cirilo deJerusalém: "Toda a ação de Cristo émotivo de glória, mas a glória das gló-rias é a cruz".

O mistério da cruz é o mistério in-sondável do amor de Deus para conos-

ante de tudo isto? - É sem dúvida,mergulhar profundamente no Misté-rio do sofrimento de Cristo, mas semparar aí; a dor é só o sinal. A realidadesignificada é o seu amor. Amor quedeve ser partilhado.

Diante da prova suprema do amorde Cristo (... "não há maior amor...") aatitude não pode ser antes de tudocompaixão, ainda que esta nos façachorar; mas gratidão, alegria e ação.Diante das nossas lágrimas, Jesus po-deria dizer: é só isto que você tem emresposta a tudo o que eu lhe fiz?

O franciscano São Boaventura diz:"Como não amar quem nos amou tan-to"? Este é o verdadeiro sentido decelebrar a Sexta Feria Santa. Este é overdadeiro sentido de celebrar a mor-te do Senhor: levar-nos a um amorconcreto e real a Cristo. Não ao Cristodo nosso pescoço ou das paredes denossas casas. Esse Cristo de metal, degesso ou de madeira, não precisa donosso amor, nem mesmo aquele daEucaristia. O Cristo que está a esperarpor nós é aquele que perpetua a suapaixão nas periferias de nossa cida-de, nas favelas, nas cadeias, nos hos-pitais ou perambulando maltrapilhopelas nossas ruas.

Não esqueçamos Ele está esperan-do nossa resposta positiva.

co. Pode haver maior alegria do queter a certeza de que Deus nos ama?Jesus deu-nos a prova máxima desseamor oferecendo sua vida. Celebrar,portanto a Sexta Feira Santa é cele-brar o imenso amor de Deus por nós.

Os crucifixos que estamos acostu-mados a ver em nossas igrejas, ondeo Cristo aparece morto e todo ensan-guentado, é fruto de uma espirituali-dade dolorista da Idade Média. Os cru-cifixos antigos (lembramos o chama-do Crucifixo de São Damião, aqueleque falou a São Francisco de Assis),não exprimem angústia, tragédia, maspaz e realização. A mais perfeita men-sagem da Sexta Feira Santa é traçadapelo Apocalipse, onde o Cordeiro apa-rece morto e de pé, isto é, morto eressuscitado. Enquanto ao seu redorse canta em voz forte: "O Cordeiro quefoi imolado é digno de receber podere riqueza, sabedoria e força, honra,glória e bênção" (Ap 5,12).

Qual deve ser a nossa atitude di-

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Boletim Informativo daParóquia Nossa Senhora das Mercês 9Janeiro / Fevereiro / Março.2016

A palavra Páscoa, do hebraico Pesah, tem sido tradu-zida por passagem. Originalmente parece designar tan-to a festa como o ato de comer um animal num banque-te festivo. Todo o ritual da Páscoa está apresentado nolivro do Êxodo, capítulo 12,1-28, e se relaciona com afesta dos pães ázimos. É uma refeição extremamentesimbólica, por isso há nesta descrição um ritual que deveser observado, como por exemplo: assar o cordeiro (fi-lhote de carneiro) inteiro, comer vestido para viagem eem pé, borrifar o sangue nos umbrais das portas.

O desenrolar histórico e teológico da Páscoa judaicatem suas correspondências nos livros bíblicos do AntigoTestamento como em Levíticos, 23,5; Números 28,16,Ezequiel 45, 21 e Deuteronômio 16,1-5 que transfere aPáscoa da casa das famílias, onde era celebrada original-mente, para o templo. A historização da Páscoa judaicafez com ela se tornasse a grande festa nacional de Israelque celebrava sua constituição como povo de Javé. É um“reviver do êxodo”, da saída do povo da escravidão doEgito para a terra prometida.

O correspondente cristão da festa judaica da Páscoaé a celebração da Eucaristia, palavra grega que significaação de graças.No Novo Testamento, muitas vezes, Je-sus é chamado ou identificado como o Cordeiro de Deus(Jo.1,29.36; Jo.19,36; 1Cor 5,7; Lc 22,16). O cordeiro ésacrificado numa celebração ritual, para servir de ali-mento que os judeus comem em memória de sua passa-gem pelo mar Vermelho, da escravidão à liberdade. Onovo cordeiro, Cristo, dá sua carne e seu sangue paraque todos aqueles que se aproximam possam também“entrar” no reino de Deus. A comunidade cristã fará a Frei Edson Claiton Guedes, OFMCap

Páscoa do Senhor“Eis agora a Páscoa, nossa festa, em que o real cordeiro se imolou:

marcando nossas portas, nossas almas, com seu divino sangue nos salvou”.

leitura da última ceia celebrada por Jesus em chave pas-cal, ou seja, ela resume toda a dinâmica da salvação:une a comunidade, introduz e renova na aliança e comu-nhão com Deus, convida à alegria, benção e ação degraças, alimenta a esperança messiânica.

A festa litúrgica da páscoa acontece no cristianismouma vez ao ano após os quarenta dias de Quaresma. AQuaresma tem seu sentido em vista da Páscoa, ou seja,sua finalidade é ser um tempo de preparação, de repa-ração e penitência para celebra-la. OTríduo Pascal, cele-brado a partir de Quinta-feira santa até a vigília do Sába-

do santo é a preparação mais intensa deste período paraa grande festa da Páscoa.

Todos os anos, nós cristãos do mundo inteiro, nos reu-nimos nas comunidades e anunciamos que Jesus Cristoestá vivo. A vigília que fazemos no sábado, quando can-tamos o hino pascal do Exultet, simboliza o novo sentidoque damos a Páscoa: “Eis agora a Páscoa, nossa festa,em que o real cordeiro se imolou: marcando nossas por-tas, nossas almas, com seu divino sangue nos salvou”.

Entender e celebrar conscientemente a Páscoa nosajuda a restaurar o verdadeiro sentido que esta festamaior do cristianismo possuí, e reaver o que nos foi se-questrado e utilizado comercialmente. Esta catequese,por meio do exemplo, precisa ser fortalecida entre asfamílias católicas como faziam os judeus na páscoa: “aqui-lo que ouvimos e aprendemos e nossos pais nos conta-ram, não o encobriremos a seus filhos, nós o contaremosa geração seguinte: as glórias do Senhor e seu poder, eas maravilhas que realizou” (Sl 78,3-4).

Aos 11 de abril de 2015, véspera do Domingo da Divi-na Misericórdia, o Papa Francisco assinou a Bula de Pro-clamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, comotempo favorável para a Igreja, a fim de se tornar maisforte e eficaz o testemunho de cada um de nós.

O Ano Santo abriu-se no dia 8 de dezembro de 2015,solenidade da Imaculada Conceição e 50 anos da conclu-são do Concílio Ecumênico Vaticano II e o Ano Jubilarterminará na solenidade litúrgica de Jesus Cristo, Rei doUniverso, aos 20 de novembro de 2016.

A misericórdia e o perdão não podem ficar reduzidosa belas palavras: devem ser exercidos na vida cotidiana.“Amar e perdoar são os sinais concretos e visíveis de quea fé transformou os nossos corações e nos permite expri-mir em nós a própria vida de Deus”.

Este grande sinal da vida cristã se transforma em ou-tros sinais que são característicos do Jubileu, como en-trar pela Porta Santa, um sinal de confiança em Jesusque não veio para julgar, mas para salvar. E essa salva-ção é gratuita. “A salvação não se paga,não se compra.A Porta é Jesus, e Jesus é grátis”.

Outro sinal importante do Jubileu da Misericórdia é osacramento da Confissão. Aproximar-se desse sacramen-to, é fazer experiência direta da misericórdia de Deus.“Deus perdoa tudo. Deus nos compreende, mesmo nosnossos limites”.

Tanto São Pio de Pietrelcina (1887–1968), o ‘padrePio’, como o croata São Leopoldo Mandic (1866–1942)são apresentados pelo Papa Francisco como “exemplos”para os “Missionários da Misericórdia”, isto é, os 1071sacerdotes de vários países, que ao longo do Jubileu vão“levar o sacramento da Penitência a todos os lugares”.

O que São Pio e São Leopoldo querem nos transmitirhoje? Eles demonstram sua imensa misericórdia, por te-rem passado até 16 horas por dia no confessionário. Quan- Frei Moacir Antonio Nasato - OFMCap

São Pio de Pietrelcina e São Leopoldo MandicÍcones do Jubileu da Misericórdia

tos penitentes receberam a graça de Deus através de-les! Quantos encontraram a paz, reconciliando-se comDeus! Quantos encontraram a fé e a alegria de seremfiéis em Jesus Cristo!

Entre os “Missionários da Misericórdia” lá em Roma,estavam três freis nossos: Frei Carlos Gonzaga Vieira (re-side em Siqueira Campos) e os Freis: Carlos Gerber e Ro-que da Silva (da equipe Missionária, com sede em Ponta

Grossa). Eles participaram do Jubileu Capuchinho na Ba-sílica São Pedro, no dia 09.02.2016, com a presença de1200 capuchinhos, ouvindo as palavras do Santo Padre,dirigidas a todos os capuchinhos sobre a misericórdia,chamando a atenção que temos dois grandes santos quese santificaram no confessionário, renovando assim oardor pastoral da Missão que nos é confiada.

As urnas com as relíquias de São Pio de Pietrelcina ede São Leopoldo Mandic foram trazidas a Roma nos dias3 a 11 de fevereiro de 2016, com o objetivo de seremveneradas pelos peregrinos, por ocasião do Jubileu daMisericórdia.

O próprio Papa Francisco deixou a Casa Santa Martano dia 6 de fevereiro, à tarde, para rezar junto às relíqui-as destes tão queridos santos, na Basílica de São Pedro.Em seguida, o Papa se uniu aos fiéis que recitavam oterço. Meia-hora depois, leu ainda junto aos fiéis umaoração escrita pelo Cardeal Ângelo Comastri que dizia:“Padre Pio, ajudai-nos a chorar diante da Cruz, ajudai-nos a acreditar diante do amor”.

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Boletim Informativo daParóquia Nossa Senhora das Mercês10 Janeiro / Fevereiro / Março.2016

O Domingo de Ramos dá início à Semana Santa elembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém,aclamado pelos judeus. A Igreja recorda os louvo-res da multidão cobrindo os caminhos para a passa-gem de Jesus, com ramos e matos proclamando:“Hosana ao Filho de David. Bendito o que vem emnome do Senhor”. (Lc 19, 38 – MT 21, 9). Com essegesto, portando ramos durante a procissão, os cris-tãos de hoje manifestam sua fé em Jesus como Reie Senhor.

É neste espírito de alegria, com os ramos nasmãos que iniciamos a Celebração de Domingo deRamos. Geralmente as celebrações são iniciadascom muita alegria, num espaço diferente do tem-plo, depois o sacerdote conduz o povo através deuma procissão até o templo para a segunda parteda missa.

Esta missa é dividida em duas partes, como tam-bém são meditados dois evangelhos marcantes, oprimeiro narra a entrada triunfal de Jesus em Jeru-salem (momento de grande alegria - Mt, 21, 1-21) eo segundo narra a paixão e morte de Jesus (Mt 26,14- 27,66).

Neste momento a liturgia da missa muda de ale-gre para triste. É sentido verdadeiramente que apartir de agora um tempo muito importante se ini-cia, a semana mais santa de todas, chamada de Se-mana Santa, que devemos vivenciar, participandoativamente de todas as celebrações que a Igreja nosconvida.

A cor liturgica utilizada no domingo de ramos é avermelha, porque vem nos lembrar o grande már-tir, que com o derramamento do seu sangue, veiosalvar a cada um de nós.

Domingo de Ramos

Foi com esta alegria e entusiasmo que os judeusreceberam Jesus na entrada em Jerusalem.

Jesus escolhe um jumentinho que o leva às por-tas de Jerusalem. O povo que o segue sabe queEle é o Mestre e Senhor, porém, diante de tantaexaltação, os sacerdotes e mestres da lei, sentem-se com medo de perder o poder e começam então atramar a condenação e morte de Jesus.

A mesma multidão que neste primeiro momen-to reconhece Jesus como o libertador, o messias, o

José, filho de Jacó, descendente deDavi, provavelmente nasceu em Na-zaré, na aldeia ou arredores. Até queele se torna o noivo de Maria não te-mos dados sobre sua vida.. Naqueletempo os jovens se comprometiammuito cedo, o noivado tinha a dura-ção de um ano e depois eles passa-vam a morar juntos. José era um ho-mem simples que trabalhava comocarpinteiro, mas era justo, obedientee muito discreto. Em sonhos ele to-mava conhecimento dos desígnios deDeus. Então, quando Maria geravajesus e depois, quando a vida do me-nino foi ameaçada, avisado em sonhopelo anjo, ele soube entender e pro-tegê-los. Teve o privilégio e compro-misso de ajudar Maria na criação eeducação do menino Jesus. Era umhomem silencioso, mas esse silêncionão era como um vazio interior, pelocontrário, era repleto de contempla-ção, plenitude de fé e impregnado de

São JoséMeu glorioso São José, nas vossas maiores aflições e atribulações, não vos valeu o anjo do senhor? Valei-nos São José!

oração constante. José renunciou suasvocações humanas para ser o pai dasagrada família. De alma límpida, essehomem simples e justo se tornou paranós, São José, proclamado pelo bem-aventurado Pio IX, no ano de 1870, opadroeiro de toda a igreja . Em julhode 1871, papa Pio IX instaurou a festa

litúrgica, o ofício e os privilégios litúr-gicos de São José, através da cartaapostólica “inclytum patriarcham”.São José está presente desde o inícioda história do cristianismo mas, suafigura vem sendo mais difundida nosúltimos duzentos anos, através deinúmeros documentos, encíclicas, de-cretos e discursos emitidos pelos pa-pas. O Papa Leão XIII, em 1889, propôssão José como modelo para as famíliascristãs, modelo de esposo e pai. OPapa João XXIII introduziu o nome deSão José no cânon romano e o papabento XVI, cujo nome de batismo eraJosé ou Joseph, preparou a introdu-ção do nome de São José nas três ora-ções eucarísticas, no missal romano.Com sua renúncia, coube ao PapaFrancisco sancionar essa introdução,em maio de 2013. Papa Francisco le-vou de Buenos Aires para Roma, umaimagem de São José dormindo e ex-plica que a sagrada escritura ensina Maria Lúcia Terzi Trancho

grande salvador, poucos dias depois é manipuladapelas autoridades religiosas e o acusa de impostor,de blasfemador e de falso messias, e com esta ati-tude, o povo contribui para a condenação e mortede Jesus.

É um dia marcante na vida de nós católicos por-que somos convidados a parar para refletir qual anossa atitude quando Jesus atravessa a porta donosso coração? Não é mais a porta de Jerusalém,mas a porta da nossa vida? Quando Ele chega hu-mildemente, montado no jumentinho da humilda-de, da simplicidade, e nos convida a segui-Lo, so-mos invadidos por um grande entusiasmo e procla-mamos: Sim, meu Senhor e meu Deus, o Senhor é omeu Rei! Fica comigo. Conduza a minha vida!

Porém, a caminhada com Jesus, muitas vezesnão é facil, é necessário abdicar das vaidades,do egoísmo, de todo o bem estar, e é neste mo-mento que, nos sentimos ameaçados, e passamosa condená-Lo. De mestre Ele passa a ser ameaçador.É a dupla imagem que fazemos de Jesus. Quandonos convém, seguimos seus passos, mas quando ascoisas não saem do jeito que planejamos, simples-mente viramos as costas porque, afinal de contasEle não tem nada a ver com a nossa vida.

Neste Ano da Misercicórdia somos convidados asermos misericordiosos, como o Pai é misericordioso.Aproveite este tempo da graça e participe ativa-mente de todas as celebrações da semana santa,iniciando no domingo de ramos e faça a incrível ex-periência de aceitar Jesus misericordioso, Jesus quete ama, Jesus que quer ser seu Rei e seu Mestrepara sempre, e aí sim, teremos certeza que só Ele éo Caminho, a Verdade e a Vida.

>> CATEQUESE EM AÇÃO

que era por meio de sonhos que Joséentendia e aceitava os desígnios dopai. O que mais me tocou foi saber quesão José usava do silêncio para falarcom deus e nós, nesse mundo moder-no onde predominam o barulho emuita informação, podemos e deve-mos nos recolher em nós mesmospara orar e assim entrar em sintoniacom o pai. Já dizia o Santo Papa JoãoPaulo II: “O bem não faz ruído, a forçado amor se expressa na discrição tran-quila do serviço.

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Boletim Informativo daParóquia Nossa Senhora das Mercês 11Janeiro / Fevereiro / Março.2016

Como ocorre tradicionalmente todo ano, na pri-meira edição de “O Capuchinho”, como de costu-me, ao iniciar um novo ciclo, a Paróquia NossaSenhora das Mercês apresenta um relato das prin-cipais ações realizadas durante o ano que se en-cerrou, elaborado pelo CAEP – Conselho de As-suntos Econômicos Paroquiais, em conjunto coma secretaria paroquial, mantendo o propósito dedar transparência à gestão administrativa e finan-ceira dos recursos e do patrimônio paroquial, comoprática dos valores éticos e cristãos que devemanimar cada um de nós.

Para a Paróquia Nossa Senhora das Mercês,através de suas pastorais, no cumprimento damissão de evangelizar, alinhada à proposta deigreja missionária, acolhendo a todos com o amore a caridade praticados por Jesus Cristo, é impor-tante, oferecer uma estrutura adequada, visandoatender a todos que buscam apoio, à comunida-de, ao nosso irmão ou irmã, em suas necessida-des, proporcionando aos nossos sacerdotes, funcio-nários e voluntários, as condições necessárias paraa realização dos seus trabalhos e ações pastorais.

A sustentação apóia-se em três pilares: 1) Hu-mano, que compreende o Pároco, seus vigáriosauxiliares, funcionários e todo corpo de voluntá-rios. 2) Físico, composto pelo patrimônio da Paró-quia (imóvel, veículos, máquinas, equipamentos,móveis e utensílios, arquivos, etc.), material deexpediente, manutenção e limpeza. 3) Econômi-co, que diz respeito à administração das receitasprovenientes do dízimo e das ofertas, os quaisprovêem toda demanda de recursos para custeiodas despesas paroquiais.

O ano de dois mil e quinze foi de bênçãos egraças e pudemos, através da colaboração e tra-balho de todos, semear um pouco mais de alegriaem todos os sentidos, com foco especial na mis-são e evangelização, para nossa Paróquia. Fomosagraciados com a generosidade de nossos dizi-mistas, paroquianos, voluntários, visitantes e fun-cionários, que, na prática concreta da doação, en-tregaram amorosamente parte de seus recursosfinanceiros, do seu tempo, do seu conhecimento,da sua capacidade, da sua presença, para o bemde cada um daqueles que foram atendidos, deacordo com suas necessidades pessoais, bemcomo para o bem de toda comunidade das Mer-cês e das paróquias irmãs (N. S. da Luz e Vila Ver-de no CIC, em Curitiba e N. S. da Conceição, emAlmirante Tamandaré), Irmandade Capuchinhos eArquidiocese de Curitiba. Crescemos e aprofun-damos a igreja na família, (fortalecendo a cate-quese e incluindo os jovens), dentro do espíritoda nova evangelização da Igreja Missionária. Lou-vamos e agradecemos a Deus por isto!

Na linha da evangelização, realizamos inúme-ros cursos, palestras, encontros, retiros, serviçospastorais, liturgia, formação, catequese de crian-ças e adultos, participação de lideranças paro-quiais nos cursos e eventos promovidos na e pelaarquidiocese, integração dos jovens, atendendotoda demanda dos paroquianos, visando o seucrescimento na fé, na prática do evangelho deJesus Cristo.

2015 – Ano de Realizações, Partilha e FéAinda na dimensão econômica (patrimonial),

tendo em vista proporcionar maior conforto, co-modidade, segurança e bem estar aos nossos pa-roquianos, bem como de prover condições para arealização da tarefa missionária e evangelizado-ra na Paróquia, foram realizados os seguintes ser-viços e ações:· Aquisição de quatro novos aparelhos telefôni-

cos para secretaria e casa paroquial;· Aquisição de um interfone para o centro de pas-

toral;· Aquisição de um forno de micro-ondas para a

catequese;· Aquisição de utensílios para o salão paroqui-

al, centro de pastoral e secretaria paroquial;· Aquisição de um micro computador para a sala

de redação do jornal “O Capuchinho”;· Aquisição de novos suportes e pias de água

benta para o rol de entrada da igreja;· Aquisição de um veículo VW Voyage 2015 para

o Pároco;· Colocação de tela de proteção nas janelas do

centro de pastoral;· Confecção de 25 Capelinhas de madeira com

a imagem de N.Sra. das Mercês para a Cate-quese, utilizadas em visita pastoral às famíli-as dos catequizandos;

· Reforma e pintura do quarto do vigário paro-quial;

· Aquisição de mobília complementar para o cen-tro terapêutico;

· Restauração das duas imagens da frente daigreja;

· Manutenção das paredes internas da igreja;· Pintura interna da sala do jornal, sala da torre,

corredores internos, secretaria paroquial, sa-lão paroquial, cozinha, banheiros;

· Lavagem e manutenção das cortinas do salãoparoquial;

· Limpeza e manutenção do Manto de Nossa Se-nhora das Mercês;

· Doação de equipamentos hospitalares para aenfermaria do convento das Mercês;

· Construção da garagem para os carros da pa-róquia;

· Manutenção permanente de toda estrutura fí-sica da igreja e suas dependências.

Caro paroquiano, dizimista, voluntário e visi-tante. Nada disso teria sido possível sem a suaparticipação, sem a sua partilha. Por este motivo,cheios de gratidão, pedimos à Santíssima Trinda-de, Pai, Filho e Espírito Santo, com a intercessãode Nossa Senhora das Mercês, que cada um devocês e suas famílias, continuem sendo agracia-dos com toda graça e toda benção divina, propor-cionando-lhes uma vida de saúde, paz, equilíbrio,harmonia, riqueza e prosperidade, na santa ale-gria e felicidade que provém de Deus. Tenhamvida, e vida em plenitude.

Deus os abençoe. Muito Obrigado!

Frei Pedro Cesário PalmaPároco e Presidente do CAEP

(Conselho de Assuntos Econômicos Paroquiais)

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Boletim Informativo daParóquia Nossa Senhora das Mercês12 Janeiro / Fevereiro / Março.2016

>> ESPIRITUALIDADE E PARAPSICOLOGIA Nº 83

As conquistas da civilização huma-na são admiráveis e inegáveis. Cria-mos obras sublimes de música, litera-tura, pintura, etc. A ciência e a tecno-logia tem trazido avanços espetacula-res em todas as áreas. Não há dúvida:a mente humana possui um altíssimograu de inteligência. No entanto, estainteligência está muitas vezes a ser-viço da loucura, da insanidade.

A INCONSCIÊNCIAGuerras destruidoras e cruéis, mo-

tivadas por medo, cobiça e desejo depoder, são ocorrências comuns emtoda a história da nossa espécie, as-sim como a escravidão, a tortura e aviolência impostas por motivos ideo-lógicos e até religiosos. Os seres hu-manos sofreram muito mais nas mãosuns dos outros do que em decorrên-cia de desastres naturais.Só no séculoXX o número de pessoas mortas vio-lentamente pela mão de outras che-gou a mais de 100 milhões. Os noticiá-rios de cada dia continuam trazendoamostras desta insanidade que semanifesta de forma individual ou co-letiva. Terrorismo, tráfico, violência,mortes, fanatismos, preconceitos,corrupção, poluição e destruição donosso planeta, são alguns exemplosda inconsciência humana.

As guerras, a violência, envol-vendo países, tribos, religiões eideologias, bem como os relaciona-mentos pessoais conflituosos nascemda percepção distorcida que temosdos outros e de nós mesmos. Essa dis-torção é causada pelo ego, que é umfalso eu fabricado na mente.A incons-

Quem sou eu?ciência - o ego no controle, faz partedo estado mental “normal” de quasetodos os seres humanos.

O EGOO ego é sempre resultado dos con-

dicionamentos do passado. Esses con-dicionamentos acontecem desde anossa gestação. Ao longo da vida cons-truímos uma imagem mental de nósmesmos, baseada em tudo o que fi-cou gravado, condicionado em nossamente subconsciente. São apenascondicionamentos, programaçõesmentais, não é o que nós somos deverdade, não é o nosso verdadeiro Eu– a essência do nosso Ser. Mas, namedida em que acreditamos que so-mos esses condicionamentos e nosidentificamos com eles criamos umfalso eu, o ego. Em outras palavras, oque está gravado no subconscientevem à tona em forma de pensamen-tos, sentimentos, impulsos, e nós,sem perceber o engano, nos apega-mos a tudo isso como se fosse a maispura verdade, como se isso fosse overdadeiro Eu.

Os condicionamentos do passadopassam a ser o eu sou. Exemplo dissoé o caso de uma criança que ouve deseus pais centenas de vezes que ela éburra, que não faz nada direito. Elacresce, estuda, faz curso superior, tra-balha, mas continua se sentindo bur-ra, incapaz. Ela está identificada como que ficou gravado em seu subcons-ciente e não consegue perceber quemela é de fato. Essa é a origem da baixaautoestima. Ao voltar das comprasmuitos dizem: “Hoje eu satisfiz o meu

ego”! Quem compra compulsivamen-te está tentando preencher um vazio,uma carência, que pode ter se origi-nado numa gestação marcada pelo so-frimento, pela rejeição. O ego vive dailusão de que as marcas, as grifes, osbens materiais preenchem o vazio,fazem o eu ser maior, ser alguém es-pecial. Na verdade, todo o ouro dessemundo, bem como fama e sucesso nãoacrescentam nada ao verdadeiro Eu.Ele já é perfeito, completo. Talvezaqui podemos compreender melhoros alertas de Jesus sobre o apego àriqueza (Mt 6,19), e a busca do poder(Mt 20,27). Podemos ter bens e pros-perar, sim, mas sem nos apegar e cairna ilusão que o Eu fica maior com isso.

O VERDADEIRO EUSomos filhas e filhos de Deus. En-

tão, será que foi Deus que criou unscheios de medo, inseguros, com bai-xa autoestima e sentimento de infe-rioridade? Será que de Deus nascemos revoltados e violentos deste mun-do? E os angustiados, os ansiosos, osdepressivos foi ele que os fez assim?É claro que não. Toda essa desarmo-nia e sofrimento aparecem quandoalimentamos o falso eu, o ego. DeDeus saímos perfeitos, criados à suaimagem e semelhança. Esta é a nossaverdadeira identidade, nosso verda-deiro Eu, e não aquilo que foi sendoregistrado na mente subconsciente aolongo da vida.Portanto, a palavra “eu”contém o maior erro e a verdade maisprofunda, dependendo de como éutilizada.Quando Jesus disse: “Se al-guém quer me seguir renuncie a si

Flávio Wozniack- Parapsicólogo

TerapeutaAtendimento

Solidário(41) 3336-5896

9926-5464

UM CONVITE PARA VOCÊ MULHER(solteira ou viúva)

Há dois anos atrás, em fevereirode 2014, a convite do Frei João DanielLovato, conheci a SEARA – InstitutoFranciscano de Vida Consagrada Se-cular, fundado

pelo Capuchinho, Frei Eurico deMelo, em 1981 e aprovado pela Igrejaem 1994.

Desde o 1º. contato com a SEARA,apaixonei-me pela idéia de poderconsagrar- me a Deus ,e ao mesmotempo, continuar morando na minhacasa e exercendo minha profissão deParapsicóloga. Percebi claramente ochamado de Deus e serei eternamen-te grata pela oportunidade que estoutendo de dar um novo sentido paraminha vida.

O QUE É A SEARA?É um Instituto Franciscano, não só

porque seu fundador era franciscano,mas sobretudo porque sua espiritua-

Vida consagrada secularlidade e carisma são inspirados emSão Francisco e Santa Clara de Assis.Diria que é uma maneira franciscanade olhar a vida e o universo inteiro. Ésecular porque seus membros vivemno mundo para a santificação das rea-lidades terrestres.

O termo SEARA tem sua origem noEvangelho – “A seara é grande, mas osoperários são poucos”... (Lc. 10,2)

O Instituto Franciscano SEARA, éum Instituto Secular de Direito Dioce-sano, destinado às mulheres solteirase viúvas, chamadas pelo Senhor para“seguí-Lo mais de perto” pela profis-são dos conselhos evangélicos de po-breza, castidade e obediência. Commuita humildade e simplicidade, bus-cam viver sua consagração batismal nomeio do mundo, colocando-se ao ser-viço de Deus e do seu povo, em qual-quer lugar onde residem. Na SEARAprocura-se viver hoje, do jeito fran-ciscano, a consagração na secularida-de, ou seja, no meio do povo, cada

uma exercendo a sua profissão.As consagradas residem com a fa-

mília, sozinhas ou em pequenos gru-pos (2 a 3) e cada uma é responsávelpela sua manutenção. Procuram vivera vocação na humildade, mas commuita fé e amor, servindo a Deus e aIgreja em nossos irmãos, pela inser-ção no mundo do trabalho e nas di-versas realidades que comportam avida da mulher na sociedade hoje.

O QUE É PRECISO PARA SE TORNARUMA CONSAGRADA NA SEARA?Em 1º. lugar precisa sentir-se cha-

mada – ter vocaçãoExercer uma profissão ou preparar-

se para ela de modo a garantir a suaplena secularidade e autonomia. Teridade mínima de 18 anos.

Assim como eu, que não conheciao Instituto antes de ficar viúva, acre-dito que há muitas vocações espalha-das por aí, que não sabem bem qual ocaminho seguir.

Foi com o objetivo de divulgar essaforma de vida e dizer a vocês mulhe-res solteiras e viúvas, que venhamconhecer o Instituto SEARA. Você po-derá participar de um Encontro, semcompromisso. Não se pode amar aqui-lo que não se conhece. Temos encon-tros mensais no Eremitério Santa Cla-ra, que fica em Tijucas do Sul (apenas50 km de Curitiba). Estou a disposiçãopara maiores informações, tanto pelotelefone, email, ou pessoalmente,nas 5as. feiras. Trabalho como volun-tária na Celebração de Entreajuda, naParóquia das Mercês.

Nelly Kirsten - Terapeuta,Parapsicóloga ClínicaE-mail: [email protected]

mesmo” (Lc 9,23), certamente estavafalando do eu-ego.

O DESPERTARSó pode despertar da inconsciên-

cia quem está pronto para isso. Asmatérias que aqui serão publicadas aolongo deste ano pretendem contribuirpara o despertar da consciência. Se oprocesso do despertar já estiver acon-tecendo com você, estes textos po-derão acelerá-lo e intensificá-lo. Odespertar começa quando você per-cebe o ego em si mesmo, quando vocêdescobre a inconsciência em si pró-prio. O que torna o reconhecimentopossível é o surgimento da consciência,é o despertar do seu verdadeiro Eu.Você não pode lutar contra o ego evencer, assim como não consegue com-bater a escuridão. A luz da consciênciaé tudo o que é necessário. Essa luzjá está dentro de você. Permita que aluz da consciência brilhe e você será a luzdo mundo (Mt 5,14).

Cursinho Gratuito: MEDITAÇÃO eAUTOAJUDA na Paróquia das Mer-cês, nas quintas-feiras. Em Marçoàs 14h e às 16h. Em Abril às 19h. In-forme-se – 3335-5752.

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Boletim Informativo daParóquia Nossa Senhora das Mercês 13Janeiro / Fevereiro / Março.2016

No Dia Internacional da Mulher,poderíamos até nos orgulhar de ter-mos elegido no Brasil uma mulhercomo presidente – e por duas vezesconsecutivas. Mas este seria um co-mentário de mau gosto, ou, no míni-mo, infeliz e inadequado, em um mo-mento dramático da nossa história.Não se preocupem, ela não represen-ta a mulher brasileira.

Toda mulher é Maria! Já ouvimosestes versos tantas vezes e em tantasmúsicas e poemas diferentes. Maria,Mãe de Deus, representa força, razãoe sensibilidade. Raul Seixas cantavaque “quem não tem presente se con-forma com o futuro”. Vocês mulherescuidam do presente, porque o futuronão é dos que se conformam, mas da-queles que lutam. E é na luta do dia adia, no lar e no trabalho, que pode-mos perceber que vocês têm o amorde Deus em seus olhos e são as únicasque tem o privilégio de carregar o mi-lagre da vida em seu ventre.

Toda mulher é Maria? Sim, atémesmo a nossa presidenta. Mas pare-ce que ela já se esqueceu disso hámuito tempo. É uma pena, porque aalma feminina carrega grandes virtu-

Dr. Cícero UrbanMédico Oncologista e Mastologista.Professor de Bioética e MetodologiaCientífica na Universidade Positivo.

Vice-Presidente doInstituto Ciência e Fé em Curitiba.

Cada mulher é um poema divino

des. Virtudes estas que seriam capa-zes de melhorar a nossa sociedade.Poderia destacar apenas uma delas,fundamental: o respeito ao próximo.Esta sim é a base da ética e da cidada-nia.

“Quem sabe não espera aconte-cer”, assim cantava Geraldo Vandré naépoca da ditadura no Brasil. Mas a ver-dade é que a mulher sabe esperar paraacontecer. Se no homem a razão prá-tica parece prevalecer, na mulher elase entrelaça delicadamente com a suasensibilidade. É muito mais rica. Afi-nal, nenhum amor é maior do queaquele de uma mãe pelo seu filho.Dizem que uma mãe consegue cuidarde 10 filhos, mas que 10 filhos dificil-mente conseguem cuidar de umamãe. E é verdade.

Eu como médico posso testemu-

nhar que a grande maioria das mulhe-res que eu atendo em meu consultó-rio são os grandes alicerces em suascasas. É apenas aparente a sua fragili-dade. Mesmo na doença, colocam comgrande frequência a sua família emprimeiro lugar. Preocupam-se maiscom os seus filhos e com seus compa-nheiros. Tal qual as mulheres de Ate-nas de Chico Buarque. Se ao homemDeus deu os músculos, às mulheresEle deu o coração! É, elas são assim.

Vocês vivem e não tem a vergonhade serem felizes? Infelizmente, não.São tantas as mulheres que ainda so-frem em silêncio e que abrem mão detantas coisas para poderem ver os ou-tros felizes. Quantas se sacrificam,sem pedir nada em troca? Estamoslonge de um mundo ideal, que seriaaquele com uma alma mais feminina,delicada e sensível. Além disso, mui-tas de vocês ainda sofrem tambémcom a violência e com a discriminaçãoem casa, no trabalho e nas ruas.

E por último, a mulher brasilei-ra é diferente das outras? Quanto maisconhecemos outras realidades – e eupude nesta vida de médico e pesqui-sador conhecer muitos países e reali-

dades diferentes – mais percebemosque nossos anseios, angústias e me-dos são muito parecidos. Não impor-ta o país, cultura ou religião. Busca-mos todos estabilidade e segurançaem nossas vidas.

Mas, se todos os seres humanossão muito parecidos, as mulheres sedestacam de nós homens. São muitomais interessantes. Merecem todas ascanções e poemas que se fizeram emseus nomes e todos aqueles ainda nãoescritos. Que Deus abençoe vocês!

Santa Clara de AssisÉ quase impossível não apaixonar-

se por Santa Clara, conhecendo-a.Neste ano, no mês de janeiro, concluíum curso sobre Espiritualidade Fran-ciscana. Foram 540 horas/aula. Dozemódulos distribuídos em quatro anos,sendo três semanas por ano, sempreno mês de janeiro.

Na última semana estudei as fon-tes relativas à Santa Clara e também àsua espiritualidade. Foi uma semanaespecial. Confesso que, mesmo sen-do um franciscano, pouco ou quasenada conhecia sobre Santa Clara e,muito menos sobre a grande mulherque foi Clara.Por isso, decidi escreveruma série de artigos apresentando-aaos leitores.

Muitos pensam que Clara foi na-morada de São Francisco, que eles ti-veram um romance. Há poucos dias,uma adolescente me perguntou:“Santa Clara é aquela que foi casadacom São Francisco?”. Não, minha que-rida, eles não foram casados, respon-di. E ela disse-me: “Então vivi enga-nada até hoje”.

Clara e Francisco viveram na mes-ma cidade, Assis, Itália. Francisco nas-ceu em 1181 ou 1182; Clara nasceu em1193. A família de Francisco pertenciaa uma classe mais simples, a burgue-sia. Clara pertencia à nobreza, classesocial mais elevada. Francisco e seu

pai sonhavam fazer parte desta classesocial. Para isso, ele foi para a guerrana tentativa de consagrar-se cavalei-ro e tornar-se nobre. Mas Deus o quiscomo cavaleiro do Senhor.

A história desmente o boato de queforam namorados, que foram apaixo-nados, pois, no tempo da juventudede Francisco, a família de Clara não fi-cou residindo em Assis por causa dasguerras. Quando a família retornou,Francisco já havia iniciado o seu pro-cesso de conversão, que durou algunsanos. A história de Clara se insere na

história franciscana e na história deFrancisco. Lembremos que Francisco,diante do Crucifixo de São Damião,ouviu uma voz: “Francisco, vá e re-construa a minha Igreja”. Ele começoua reconstruir a Igreja de São Damião,onde, anos depois, Clara foi morar comoutras mulheres consagradas ao Se-nhor.

Enquanto reconstruía a Igreja epedia esmolas para a obra, Franciscodizia: “Venham me ajudar na obra domosteiro de São Damião, porque neleainda haverão de morar umas senho-ras cuja vida famosa e santo compor-tamento vão glorificar nosso Pai ce-lestial em toda a sua Santa Igreja”.

Por séculos pouco se falou sobreClara. Apenas no século XX a históriafez justiça a ela. Frei José Carlos Cor-reia Pedroso, in memória, um dosmaiores estudiosos de Clara, diz que“a descoberta de Santa Clara é a maiorgraça que o Franciscanismo recebeuno século XX”. E acrescenta: “Hoje,não dá mais para aprofundar o caris-ma franciscano sem um bom conheci-mento das propostas de Clara de As-sis, que divide com Francisco a origi-nalidade desse dom feito à Igreja des-de o século XIII.”

Clara, por ser de família nobre teveuma fina educação e privilegiada for-mação. Segundo o escritor Tomás de

Celano: “O pai era militar, e a famíliade cavaleiros, dos dois lados. A Casaera abastada e as riquezas, para o pa-drão local, copiosas”. Uma testemunhano processo de canonização, chama-da Irmã Pacífica de Guelfúcio relatouo seguinte, ao falar sobre a vida deClara na casa de seu pai: “disse sobjuramento que conheceu Clara, en-quanto esteve no século na casa deseu pai; e que era tida por todos osque a conheciam como pessoa degrande honestidade e de vida muitoboa; e que se dedicava e ocupava comas obras de piedade.”

Clara foi uma mulher extraordiná-ria, com vigor em suas posições, ter-nura nas atitudes. Ela deve ser vistasob a luz de um dos maiores exem-plos de cristificação pessoal vividos nahistória do movimento franciscano, emesmo de toda a Igreja.

Clara quis seguir Cristo em sua po-breza. Ela não quis apenas ser pobre.Ser pobre por ser pobre não teria ne-nhum sentido, e continua a não ter.Clara apaixonou-se por Jesus desde ainfância, e este amor cresceu até aossessenta anos de vida, quando veio afalecer. Foi esposa pobre de CristoPobre. Viveu abraçada ao Cristo po-bre como uma dama pobre.

Frei Maurício Ap. Solfa, OFMCapVigário Paroquial

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Boletim Informativo daParóquia Nossa Senhora das Mercês14 Janeiro / Fevereiro / Março.2016

Falar de Francisco e da Santa Pás-coa vivida por ele é tão diferente dosconceitos normais que temos hojesobre as celebrações pascais!

De primeira vista, temos o episó-dio de Francisco no dia da Páscoa,narrado por São Boaventura: ”Certavez, no dia sagrado da Páscoa, estan-do num eremitério distante e sem po-der mendigar, Francisco pediu esmo-la aos próprios irmãos, como peregri-no e pobre, em memória d’Aquele que,naquele dia, aparecera aos discípulosna estrada de Emaús sob a figura doperegrino. E tendo-a recebido comhumildade, instruiu-os nas divinas le-tras, exortando-os a que no desertodeste mundo se julgassem peregrinose estrangeiros, isto é, como verdadei-ros israelitas, e a que celebrassemcontinuamente em pobreza de espíri-to a Páscoa do Senhor, ou seja, o trân-sito desta vida à vida eterna, a passa-gem deste mundo para o Pai”(LM, VII,9).

O Ressuscitado caminha conoscocomo “peregrino e forasteiro! Nãotendo moradia fixa aparece aondequiser e para quem quiser! De fatoaté os dois discípulos de Emaús per-guntam: “És tu acaso o único forastei-ro em Jerusalém que não sabe o quenela aconteceu estes dias?” (Lc 24,18)

Francisco diz na Regra: ”Os irmãos

Páscoa e Francisco de Assis

nada tenham de seu, nem casa, nemlugar, nem coisa alguma; mas comoperegrinos e estrangeiros neste mun-do, servindo a Deus em pobreza e hu-mildade...” (RB 6).

Para Francisco, viver em pobrezaé essencialmente considerar-secomo forasteiro. O peregrino e foras-teiro sempre é pobre. Como os he-breus saindo do Egito e atravessandoo deserto viviam no despojamento ena penitência enquanto buscavam aTerra Prometida, os Irmãos andam

Frei Moacir Antonio Nasato - OFMCapOFS – Ordem Franciscana Secular – Regional

neste mundo em peregrinação pas-cal: nada deste mundo nos pertence,não temos que fazer outra coisa se-não passar pelo mundo para o Paicomo “estrangeiros”. Não temos quenos instalar com segurança em ne-nhum lugar, agarrar-nos com nenhu-ma coisa ou pessoa, mas alojamo-noscomo hóspedes de passagem que seabrigam sob um teto dado de favor.

Assim, foi a instalação desconfor-tável dos irmãos no tugúrio de Rivo-torto. Admirável o fato de, posterior-

mente, terem abandonado esse lo-cal, expulsos por um camponês comtoda serenidade, sem manifestaremviolência. (1C 42). Compreenderam osentido do provisório na existênciacristã. Ao irmão que reclamava da fal-ta de conforto, Francisco dizia: ”Não su-portar as privações com paciência, meufilho, é voltar às cebolas do Egito”.

No final do sobredito episódioFrancisco exorta os seus Irmãosque ”celebrassem continuamente empobreza de espírito a Páscoa doSenhor”. De fato, para nós viver como“peregrinos e forasteiros” diante detudo o que o mundo oferece hoje éum desafio continuo e requer muitaconvicção profunda da nossa vocaçãoe muito amor para com ela! È um ce-lebrar continuamente o espírito dapobreza, rumo a Páscoa!

De 4 a 6 de março de 2016, naCasa de Formação de Líderes N.Sra. de Guadalupe, pertencente àDiocese de Guarapuava-PR, osmembros da Ordem FranciscanaSecular Regional Sul I (Paraná), queajudam na Formação das Fraterni-dades locais, estiveram reunidospara celebrar o encontro de forma-ção e convivência fraterna. Talevento contou com a presença de81 pessoas e esteve sob a coorde-

Encontro de formação e animação vocacional

nação da equipe de Formação doRegional, especialmente nas pes-soas do Ministro Regional DevanirReis Silva, do responsável pela for-mação Mauro Moreira Gabardo, deFrei Moacir Antonio Nasato, assis-tente regional pelos Capuchinhos etambém da Fraternidade Local Mon-te Alverne de Guarapuava.

Foram momentos intensos de ce-lebrações, palestras, interação, ple-nária dos trabalhos em grupos, ani-

mações diversas. Houve também aparticipação ativa da JUFRA, atra-vés de sua liderança e participan-tes jovens e adolescentes, que de-ram vida nova aos que já, há váriosanos, fazem caminhada na OFS.

A Fraternidade Local, mesmosendo constituída por poucas pes-soas, fez o melhor em tudo, aco-lhendo cada participante para quese sentisse em casa e não lhe fal-tasse nada.

A Casa de Formação de Líderesestá situada no bairro Santana, nacidade de Guarapuava, propiciandoum ambiente muito agradável aosEncontros. O Bispo Diocesano D.Antonio Wagner da Silva visitou osparticipantes no domingo pela ma-nhã, falando um pouco sobre a dio-cese e dirigindo palavras de ânimo atodos. O encerramento aconteceu coma bênção do envio e o almoço festi-vo, com as fraternas despedidas.

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Boletim Informativo daParóquia Nossa Senhora das Mercês 15Janeiro / Fevereiro / Março.2016

>> ACONTECEU

FATOS DA VIDA PAROQUIAL

As bênçãos no Ano Novo,primeira sexta-feira do ano!

Mais de 40 freis vindos dasFraternidades da ProvínciaSão Lourenço de Brindes dosfreis capuchinhos, estiveramaqui na primeira sexta-feirado ano para se dedicarem aoDia das Bênçãos dos freis ca-puchinhos das Mercês, esteano no dia de Ano Novo 1º dejaneiro de 2016.

Os freis iniciaram as bên-çãos às 05h45 e terminaram às21h30. Foram abençoadoscerca de 20.000 veículos nasruas, e mais os fiéis que vie-ram participar das missas às06h30, 08h30, 11h, 15h e 19h.Durante todo o dia no interiorda Igreja, pessoas com seusobjetos receberam a bênçãoe fizeram confissões.

A Diretran foi presença

No salão de festa Maggiori,no parque Barigui, em Curitiba,ocorreu no dia 27.02.2016, comsoleníssima cerimônia, a Forma-tura de Frei Pedro Cesário Pal-ma. Agora ele é ParapsicólogoClínico e pós-graduado em Pa-rapsicologia Social e Institucio-nal pelo Instituto de Parapsico-logia e Potencial Psíquico, deCuritiba.

Frei Pedro, além de VigárioProvincial e Pároco das Mercês,conseguiu encontrar tempopara estudar durante três anose meio este importante cursode pós-graduação, que certa-mente muito o ajudará no seuexercício sacerdotal. Ao todoeram 21 formandos.

Estiveram presentes nestacerimônia, os Freis Cláudio Sér-gio de Abreu, Ministro Provin-cial, Márcio José Tessaro, Con-selheiro, Benedito Félix da Ro-cha, Juarez De Bona e Francis-co Miguel da Silva. Na mesa de

Formatura em Parapsicologia

Boas vindas aos novos dizimistas dos meses de dezembro/15 e janeiro/16Rosimari Festa, Vagner João da Silva, Nelci Elviro Dall'Agnol, Ronaldo José Padilha, Cleusa Regina Ferreira da Luz, Maria de Fátima L. do Nascimento N.

Soares, Marli Breda, Marcelo Ap. da Silva, Edson Kaizwinski, Sabrina Janz Rodrigues, Laurita Maltos Martins, Carolini Daniele Pinto Taschetto, FernandaVolpato França, Marissara Dias de Souza, Ricardo Trento, Aline Esteves de Castro, José Carlos Valente, Rosely Maria Sales, Tayssa Maria Bocalon, PaulinoUbirajara Karam, Cecília Helena Munhoz Zak, Michel El Achkar, Vanessa de Souza Leal, Maurici T. Durigan, Rosaria Maria L. Stival, Rogério Oliveira de Luca, MariaEdina de Lima, Mauro Moreton Filho, Lorena Pantaleão da Silva, Lourdes Terezinha Meger, Maria Komar, Patrícia Regina Gueno Catapan, Alex Sandro Rigo,Maria Ap. Dias Atisano, César Bryan Rodrigues Freire, Keila Normant, Jonas José Coelho, Terezinha Santos Correa, Jeferson Luiz Maia, Viviane Fadanelli, Daisyde Fátima Orsini, Luiz Carlos Maciel Ferreira e José Carlos Sereniski.

honra havia duas presenças es-peciais: o próprio criador docurso, Profº Pedro Antônio Gri-sa e também Frei Alvadi PedroMarmentini, que foi grande in-centivador em trazer este cur-so à Curitiba. Além de Frei Pe-dro, também se graduaramvários paroquianos das Mercês.

Alguns deles prestam valio-so serviço no voluntariado da'Entreajuda' desta paróquia.

Redação: “O Capuchinho”

>> VAI ACONTECER

fundamental neste dia. A im-prensa esteve presente des-de o início ao fim deste dia,mostrando em tempo realpelos canais de televisão, a

bênção dos freis capuchinhosdas Mercês. Contamos com aparticipação de grupo de es-coteiros e voluntários da co-munidade.

O Grupo Esco-teiro Guardião dasÁguas há 09 anosparticipa do Diadas Bênçãos dosFreis Capuchinhosna primeira sexta-feira do ano. So-mos uma grandefamília praticandoo voluntariado e o escotismo. Deixamos o nosso Sempre Alerta para Servir, aos amigos FreisCapuchinhos da Paróquia N.Sra. das Mercês. Paz e bem!

Chefe Tita - Ramo Escoteiro - 2005 - GUARDIÃO DAS ÁGUAS - 170º UEB/PRPiraquara - (41) 9918-0517

Grupo Escoteiro Guardião das Águas

Venha conhecer o Grupo Anjos de Francisco da Paróquia dasMercês. Somos um grupo para jovens de 13 a 16 anos e que-remos vivenciar com você a espiritualidade dentro da suarealidade.

***Inscreva-se para o evento Chamado de Assis, onde teremosum dia divertido e emocionanteData: 19/03, das 13:30 às 18:00Local: Av. Manoel Ribas, 1154 - Mercês - Valor: R$ 15,00Inscrições pelo site: http://goo.gl/forms/6pUvKiYMGhFacebook: Anjos de Francisco

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Boletim Informativo daParóquia Nossa Senhora das Mercês16 Janeiro / Fevereiro / Março.2016

19.03.2016 – SÁBADO: 17h e 19h:Missas com Bênção de Ramos

20.03.2016 – DOMINGO DE RAMOS:Missas com Bênção de Ramos Em todas as missas: 06h30, 07h30, 09h, 10h30, 12h, 17he 19h Coleta da Campanha da Fraternidade. Gesto concretode solidariedade. As ofertas serão destinadas à Cam-panha da Fraternidade de 2016.

22.03.2016 – TERÇA-FEIRA SANTA:Confissão individual durante todo o diaCelebração Penitencial Comunitária com confissãoe absolvição individual - 20hComo gesto concreto, trazer 1 Kg de alimento.

23.03.2016 – QUARTA-FEIRA SANTA:Confissão individual durante todo o diaCelebração Penitencial Comunitária com confissãoe absolvição individual - 20h Como gesto concreto, trazer 1 kg de alimento.

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA – 2016

24.03.2016 – QUINTA-FEIRA SANTA:Confissão individual durante todo o dia.19h – MISSA DA CEIA DO SENHOR:Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio e Lava-pés.

20h30 às 21h30 - ADORAÇÃO: ECC, ECSU, MESCs, PastoralFamiliar, Grupo Solidário na Dor e no Luto, SOS Família, AmorExigente, Grupo de Oração e Coral N.Sra. das Mercês

25.03.2016 – SEXTA-FEIRA SANTA: ADORAÇÃO7h às 8h – Grupo de Convivência da Pessoa Idosa, Grupo San-ta Rita, Oficina de Oração, Ordem Franciscana Secular (OFS)

8h às 9h – Apostolado da Oração, Mensageiras das Capelinhas,Pia União de Santo Antonio, Grupo das Novenas do Cristo Par-tido e Legião de Maria.

9h às 10h – Catequistas, Catequizandos, Infância Missionária,Escolinha Dominical, e Coroinhas

10h às 11h – Grupo de Jovens, Grupo de Adolescentes, Músi-cos, Cantores, Datashow e Comunicação.

11h às 12h– Religiosos, Religiosas, Pastoral Litúrgica, Pastoraldo Matrimônio, Pastoral do Batismo e Pastoral Social.

12h às 13h – Grupos de Reflexão, Pastoral da Visitação,Reeducação Alimentar e Serviço de Animação Vocacional (SAV).

13h às 14h– CAEP, CPP, Pastoral do Dízimo, Entreajuda, Faróisda Esperança, Voluntariado e Yoga.

15h – Celebração da Paixão do Senhor.

19h – Via Sacra, Meditação e Beijo no Senhor Morto.Confissão individual durante todo o dia.

26.03.2016 – SÁBADO SANTO:19h – Missa da Vigília Pascal. Bênção do Fogo e da Água.Renovação das Promessas do Batismo,Batismo, Crisma e Primeira Comunhão de AdultosConfissão individual durante todo o dia.

27.03.2016 - DOMINGO DE PÁSCOA:PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR.

Missas nos horários normais(06h30, 07h30, 09h, 10h30, 12h, 17h e 19h)