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TA NA REDE: Somos indiferentes? AÇÃO PASTORAL DOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL ANO XIV Nº 163 NOVEMBRO 2016 Redentorista não pode viver parado” Era estrangeiro e me hospedastes, estava nu e me vestistes PÁGINA 9 PÁGINA 3 EDITORIAL PROFISSIONAIS DO RADIO Página 12 PÁGINA 2 Crianças reflorestam nascente do Barro Preto Os membros da Província Redentorista de Goiás, que abrange também Mato Gros- so, Tocantins e Distrito Fede- ral, realizaram sua assembleia anual, de 18 a 21 de outubro, no Hotel Liguori, em Trinda- de-GO. Com a assessoria do redentorista Pe. Ulysses da Sil- va, rezaram e refletiram sobre o tema O Ano da Misericórdia à luz da Espiritualidade Re- dentorista. PÁGINA 5 Missionários refletem a misericórdia E m 2016, a Ação Social Redentorista se uniu ao Gesto Concreto da Cam- panha da Fraternidade Ecumênica, cujo tema é: “Casa Comum, Nossa Respon- sabilidade”. Para esta ação foram mobi- lizadas as crianças dos Centros Sociais com a finalidade de realizar o reflores- tamento da nascente do córrego Barro Preto em Trindade. Este local é de suma Brandolize importância, pois foi ali que começou o povoado de Barro Preto e onde o casal Constantino Xavier e Ana Rosa encon- traram o medalhão original do Divino Pai Eterno. A cada ano, a escolha da temática e da ação propriamente dita, é feita de acordo com as necessidades particula- res da região. Diante disso, a Estação Ecológica Barro Preto foi eleita para a Ação Social, com o reflorestamento da área. E as crianças vibraram com o plantio das árvores. As 450 mudas de árvores receberam nomes das crianças atendidas pelo trabalho social dos re- dentoristas. E elas foram pessoalmen- te fazer o plantio da árvore com o seu nome. PÁGINA 11 Centenas de mudas de árvores foram plantadas pelas crianças dos Centros Sociais Redentoristas Danilo Eduardo Bispos contra a PEC 241 ”A PEC 241 é injusta e se- letiva. Ela elege, para pagar a conta do descontrole dos gastos públicos, os traba- lhadores e os pobres”, diz a Nota Oficial da CNBB. O texto foi aprovado pelo Conselho Permanente da entidade, reunido, em Bra- sília, entre os dias 25 e 27 de outubro. PÁGINA 2 Apóstolo de Goiás PÁGINA 11 Há 55 anos falecia o Pe. Pelágio, um dos nomes mais conhecidos da Igreja em Goiás.

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TA NA REDE:Somosindiferentes?

AÇÃO PASTORAL DOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERALANO XIV Nº 163NOVEMBRO 2016

Redentorista não pode viver parado”

Era estrangeiro e me hospedastes,estava nu e me vestistes

PÁGINA 9

PÁGINA 3

EDITORIAL

PROFISSIONAIS DO RADIO Página 12

PÁGINA 2

Crianças reflorestamnascente do Barro Preto

Os membros da Província Redentorista de Goiás, que abrange também Mato Gros-so, Tocantins e Distrito Fede-ral, realizaram sua assembleia anual, de 18 a 21 de outubro, no Hotel Liguori, em Trinda-de-GO. Com a assessoria do redentorista Pe. Ulysses da Sil-va, rezaram e refl etiram sobre o tema O Ano da Misericórdia à luz da Espiritualidade Re-dentorista. PÁGINA 5

Missionários refletem a misericórdia

Em 2016, a Ação Social Redentorista se uniu ao Gesto Concreto da Cam-

panha da Fraternidade Ecumênica, cujo tema é: “Casa Comum, Nossa Respon-sabilidade”. Para esta ação foram mobi-lizadas as crianças dos Centros Sociais com a fi nalidade de realizar o refl ores-tamento da nascente do córrego Barro Preto em Trindade. Este local é de suma

Bra

ndol

ize

importância, pois foi ali que começou o povoado de Barro Preto e onde o casal Constantino Xavier e Ana Rosa encon-traram o medalhão original do Divino Pai Eterno.

A cada ano, a escolha da temática e da ação propriamente dita, é feita de acordo com as necessidades particula-res da região. Diante disso, a Estação

Ecológica Barro Preto foi eleita para a Ação Social, com o refl orestamento da área. E as crianças vibraram com o plantio das árvores. As 450 mudas de árvores receberam nomes das crianças atendidas pelo trabalho social dos re-dentoristas. E elas foram pessoalmen-te fazer o plantio da árvore com o seu nome. PÁGINA 11

Centenas de mudas de árvores foram plantadas pelas crianças dos Centros Sociais Redentoristas

Danilo E

duardo

Bispos contraa PEC 241 ”A PEC 241 é injusta e se-letiva. Ela elege, para pagar a conta do descontrole dos gastos públicos, os traba-lhadores e os pobres”, diz a Nota Ofi cial da CNBB. O texto foi aprovado pelo Conselho Permanente da entidade, reunido, em Bra-sília, entre os dias 25 e 27 de outubro. PÁGINA 2

Apóstolo de Goiás

PÁGINA 11

Há 55 anos falecia o Pe. Pelágio, um dos nomes mais conhecidos da Igreja em Goiás.

2 Goiânianovembro 2016

Redentorista nãopode viver parado

EDITORIAL

Pe. Maurício Brandolize, C.Ss.R.

“Os redentoristas procuram levar adiante a obra missionária do Santíssimo Redentor e

dos Apóstolos: ‘Enviou-me para evangelizar os pobres (Lc 4,18)’”. Essa história começou com o padre Afonso Maria de Ligório. Saiu de Nápoles para descansar nas montanhas de Scala, viu a situação dos pobres, principalmente dos habi-tantes na zona rural que, na época, constituíam grande parte da população, teve compaixão de-les, e em novembro de 1732, fundou a Congre-gação dos Missionários do Santíssimo Redentor.

A história dos missionários atribui ao traba-lho incansável de São Clemente Maria Hofbauer (+1820), homem ornado “de admirável vigor de fé e da virtude de invencível constância”, o fato da Congregação propagar-se além dos limites da Itália. Ele, saindo da Itália, constituiu comu-nidades na Áustria e na Polônia, onde descobriu novos campos de atuação apostólica, empregan-do novas formas de ação missionária, com apoio do próprio fundador Afonso de Ligório.

Nos últimos anos os redentoristas trabalham, em todo o mundo, inspirados em São Clemente sob o lema: “Anunciar o Evangelho de modo sempre novo, com renovada esperança, corações renovados, estruturas renovadas para a missão”.

Procurando se renovar constantemente, acontece agora em novembro, um encontro in-ternacional de superiores redentoristas, cha-mado de ‘Capítulo Geral’. Pela primeira vez se realiza no continente asiático, na Tailândia, onde a presença redentorista é muito signifi cativa. E os temas já refl etidos em assembleias regionais, e outros que estão sendo abordados nessa fase, têm a fi nalidade de “comprometer a vida dos missionários redentoristas à causa do pobre e do abandonado, igual Santo Afonso, São Clemente e São Geraldo o fi zeram”. Além desses e de tan-tos outros, para nós aqui no Brasil Central temos a fi gura do Pe. Pelágio que nos inspira. Saiu da Alemanha para evangelizar no Brasil. Aqui vi-veu 52 anos sem nunca voltar para sua terra.

Enfi m, o Papa Francisco está sempre pedin-do que sejamos uma “Igreja em saída”, isto é, ser Igreja (comunidade evangelizadora) para o mundo e não só para si mesma. Afonso saiu em direção aos pobres de Scala, Clemente para ou-tros países, Pelágio para o Brasil... Redentorista não pode viver parado...

Bispos são contra a PEC 241”A PEC 241 é injusta e seletiva. Ela elege, para pagar a conta do descon-trole dos gastos, os trabalhadores e os pobres”, diz o texto

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Bra-

sil (CNBB) divulgou dia 27 de outubro, durante entrevista cole-tiva à imprensa, a Nota da CNBB sobre a Proposta de Emenda Constitucional 241 (PEC 241), que estabelece um teto para os gastos públicos para os próximos vinte anos. O texto foi aprovado pelo Conselho Permanente da entidade, reunido, em Brasília, entre os dias 25 e 27 de outubro.

Leia o texto na íntegra:

Brasília-DF, 27 de outubro de 2016 P - Nº. 0698/16

“Não fazer os pobres participar dos próprios bens é roubá-los e tirar-lhes a vida.”

(São João Crisóstomo, século IV)

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos

Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, dos dias 25 a 27 de outubro de 2016, manifesta sua posição a respeito da Pro-posta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, de autoria do Po-der Executivo que, após ter sido

aprovada na Câmara Federal, se-gue para tramitação no Senado Federal.

Apresentada como fórmula para alcançar o equilíbrio dos gastos públicos, a PEC 241 limi-ta, a partir de 2017, as despesas primárias do Estado – educação, saúde, infraestrutura, segurança, funcionalismo e outros – crian-do um teto para essas mesmas despesas, a ser aplicado nos pró-ximos vinte anos. Signifi ca, na prática, que nenhum aumento real de investimento nas áreas primárias poderá ser feito duran-te duas décadas. No entanto, ela não menciona nenhum teto para despesas fi nanceiras, como, por exemplo, o pagamento dos juros da dívida pública. Por que esse tratamento diferenciado?

A PEC 241 é injusta e seletiva. Ela elege, para pagar a conta do descontrole dos gastos, os tra-balhadores e os pobres, ou seja, aqueles que mais precisam do Estado para que seus direitos constitucionais sejam garantidos. Além disso, benefi cia os detento-res do capital fi nanceiro, quando não coloca teto para o pagamento de juros, não taxa grandes fortu-nas e não propõe auditar a dívida pública.

A PEC 241 supervaloriza o mercado em detrimento do Esta-do. “O dinheiro deve servir e não governar! ” (Evangelii Gaudium, 58). Diante do risco de uma idola-tria do mercado, a Doutrina So-cial da Igreja ressalta o limite e a incapacidade do mesmo em satis-fazer as necessidades humanas que, por sua natureza, não são e não podem ser simples mercado-

rias (cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 349).

A PEC 241 afronta a Consti-tuição Cidadã de 1988. Ao tra-tar dos artigos 198 e 212, que garantem um limite mínimo de investimento nas áreas de saú-de e educação, ela desconsidera a ordem constitucional. A partir de 2018, o montante assegurado para estas áreas terá um novo critério de correção que será a infl ação e não mais a receita cor-rente líquida, como prescreve a Constituição Federal.

É possível reverter o caminho de aprovação dessa PEC, que pre-cisa ser debatida de forma ampla e democrática. A mobilização popular e a sociedade civil or-ganizada são fundamentais para superação da crise econômica e política. Pesa, neste momento, so-bre o Senado Federal, a responsa-bilidade de dialogar amplamente com a sociedade a respeito das consequências da PEC 241.

A CNBB continuará acompa-nhando esse processo, colocan-do-se à disposição para a busca de uma solução que garanta o direito de todos e não onere os mais pobres.

Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, continue in-tercedendo pelo povo brasileiro. Deus nos abençoe!

Dom Sergio da Rocha Arcebispo de Brasília Presidente da CNBB

Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ Arcebispo de São Salvador da Bahia

Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo U. Steiner, OFM Bispo Auxiliar de BrasíliaSecretário-Geral da CNBB

[email protected]

FRANCISCO n ECUMENISMO

Tempo longo demais...O Papa Francisco esteve na Sué-

cia nos dias 31 de outubro e primeiro de novembro. Igreja Ca-tólica e Igreja Luterana celebraram lado a lado recordando os 500 anos da Reforma a ser comemorado em 2017. Sem dúvida é uma demons-tração dos sólidos progressos ecu-mênicos entre católicos e luteranos e dos dons recíprocos derivados do diálogo. Há 50 anos, com o Concílio Vaticano II as duas Igrejas retoma-ram um diálogo valorizando mais

o que une as Igrejas e não focan-do naquilo em que ainda existem divergências. O que brota desse evento é o desejo que isso contri-bua para a unidade dos cristãos em todo o mundo e que ajude a olhar para o futuro de modo tal a sermos testemunhas de Jesus Cristo e do seu Evangelho no mundo secularizado de hoje. Neste e nos próximos even-tos, o que se quis celebrar não é mais a divisão... ou realizar manifestações de uma religião contra a outra... Mas

celebrou-se a vontade de ‘encontrar--se’, que signifi ca a superação de uma mentalidade baseada no confronto ou no puro campo das discussões doutrinais. Por isso esta viagem de Francisco, apesar do sentimento da dolorosa divisão de 500 anos, este reencontro histórico, acima de tudo lançou sementes de qualidade para um futuro de alegria, paz, comunhão e união entre irmãos. Pois, irmãos di-vididos por 500 anos, já é um tempo longo demais.

Burocracia eletrônicaEnquanto sentimos na pele os efeitos do aquecimento global, o mundo espera grandes e pequenos gestos em prol da vida no planeta. Uma destas iniciativas começa a ser efetivada pelo Governo de Goiás: o uso de papel para elaboração de documentos deve ser prati-camente eliminado até 2018. Com a adoção do Sistema Eletrônico de Informações, utilizado pelo Governo Federal e alguns órgãos de outras unidades da Federação, processos, ofícios, memorandos, portarias e vários outros documentos passam a circular em formato digital, eliminando-se o formato físico.A iniciativa busca também tornar a tramitação mais ágil, econômica e transparente. A implantação será paliativa, a partir de janeiro de 2017, com a implantação do novo sistema, mas há o desejo de adiantar o quanto antes os trabalhos.

Somos indiferentes?

3Goiânianovembro 2016

Conhecido como o país alegre, da fé, do futebol

e do carnaval, do sorriso e da alegria, o Brasil tem a fama de ter um povo solidá-rio e generoso. Porém, um estudo realizado pela Uni-versidade Estadual de Mi-

Ir. Diego Joaquim, C.Ss.R. [email protected]

REDENTORISTAS

SUSTENTABILIDADE

O fim da campanha eleito-ral mais sem graça que já vi. Não sei se por culpa do de-sinteresse do eleitor, ou da mesmice dos candidatos. En-fim, passou, vida que segue: que a Reforma Política possa renovar o processo eleitoral e o cuidado com o bem co-mum.

eu curti

não curtiA polêmica da ocupação das escolas: partidarizaram uma ação que é política, no sentido pleno da palavra. Ver os jo-vens lutando por seus direitos devia empolgar a todos, mas há inclusive pais que não en-tendem. Realmente, um pro-blema de educação.

PESQUISA AFIRMA QUE NOSSO PAÍS NÃO ESTÁ ENTRE OS MAIS EMPÁTICOS DO MUNDO. A CAPACIDADE DE SE COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO DEVE SER UMA REGRA IMPORTANTE PARA QUEM BUSCA A VIDA CRISTÃ

chigan, nos Estados Unidos, diz que os brasileiros não estão tão empáticos assim.

Reafirmando o conceito: empatia é a capacidade de sentir o que o outro sen-te, tentando compreender sentimentos e emoções. Tal

atitude é o que nos faz, por exemplo, ajudar o próximo. Na pesquisa da universida-de norte-americana, o Brasil ficou em 51º lugar entre os países mais empáticos do mundo, numa lista de 63 países.

Arq

uivo

Os pesquisadores dei-xam claro que se trata de um retrato do momento atual, e que o cenário pode mudar rapidamente. No trabalho, foi feita a análise das respostas de mais de 104 mil pessoas de diversas partes do mundo. O objeti-vo era medir a compaixão e a tendência de se imaginar o ponto de vista das outras pessoas em situações hipo-téticas.

No ranking, o Equa-dor lidera como país mais compreensivo, seguido da Arábia Saudita, Peru, Di-namarca, Emirados Ára-bes Unidos, Coreia do Sul, Estados Unidos, Taiwan, Costa Rica e Kuwait. O país menos empático foi a Lituâ-nia, seguida por Venezuela, Estônia, Polônia, Bulgária, Finlândia, Eslováquia, Le-tônia, República Tcheca e Romênia.

A pesquisa não quer medir generosidade, mas

reproduz algo que é bem sensível para nós. No trânsito, estacionar um carro em uma vaga des-tinada a um deficiente ou idoso, sem ter este direito, é um exemplo. Quem faz isso não se sente mal em estar prejudicando o ou-tro. Poderíamos lembrar também das pessoas que furam fila em supermer-cado, bancos, e até mesmo a fila da comunhão: não tem a capacidade de sentir que há uma ordem de es-pera, e que há outro, com o mesmo direito que eu, esperando há mais tempo. Enfim: pensa-se somente em si, e se esquece dos ou-tros.

Vale recordar o que nos ensina Jesus: “Tudo, por-tanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei--o, vós também, a eles” (Mt 7,12). Eis a regra de ouro da boa convivência e da gene-rosidade.

Reprodução

Capítulo Geral na TailândiaNo período de 31 de outubro a 25 de novembro, em Pattaya, na Tai-lândia, realiza-se o 25º Capítulo Geral da Congregação do Santíssimo Redentor, que reúne missionários de todo o mundo, representando todas as unidades da Congregação. Na pauta dos trabalhos está o processo de reestruturação da Congregação e a eleição do novo Go-verno Geral. Na missa de abertura, o atual Superior Geral, Pe. Michael Brehl, convidou a todos os capitulares a estarem atentos à voz do Es-pírito Santo. “O Capítulo Geral acontece em uma escola, obra social da congregação redentorista, em meio aos deficientes atendidos aqui. Nos encontramos com eles a todo momento pelos corredores. Creio que isto falará profundamente a nossos corações”, relata o Ir. Pedro Magalhães, da Província do Rio de Janeiro, presente no evento. Na foto acima, estão alguns dos representantes brasileiros, entre eles o Superior Provincial Redentorista de Goiás, Pe. Robson de Oliveira.

4 Goiânianovembro 2016

Arquivo

Projeto COMPROMISSO atrai a juventude

Arquivo

NOVA VILA: Nos dias 08 e 09 de outubro de 2016, aconteceu em Goiânia, na Paróquia Nossa Senhora de Lour-des, o “Ainda Existe uma Cruz” (AEUC) ano C – Caridade, do Projeto COMPROMISSO GYN. Participaram dele 62 jovens e 3 adultos. Trata-se de um retiro de silêncio, refl exão e formação para os jovens que perseveraram na caminhada do Projeto, desde que começaram a participar do encontro COMPROMISSO nos anos anteriores. Agora estes jovens vão trabalhar no XV COMPROMISSO GYN, datado para 18, 19 e 20 de novembro.

SÃO SEBASTIÃO: Nos dias 24 e 25 de setembro de 2016, aconteceu na Paróquia Santo Afonso, em São Sebastião-DF, a edição 2016 do ABRA-ÇANDO COMPROMISSO. Trata-se de um encontro de aprofundamento cristão na dimensão catequética e sacramental. Participaram 51 jovens que já haviam participado na implantação do I COMPROMISSO AFONSO, acontecido em junho de 2016.

Os membros da Pro-víncia Redentoris-

ta de Goiás, que abrange também Mato Grosso, To-cantins e Distrito Federal, realizaram sua assembleia anual, de 18 a 21 de outu-bro, no Hotel Liguori, em Trindade-GO.

5Goiânianovembro 2016

Missionários redentoristas refletem a misericórdiaO ANO DA MISERICÓRDIA À LUZ DA ESPIRITUALIDADE REDENTORISTA FOI O ASSUNTO PRINCIPAL DO ENCONTRO ANUAL REALIZADO EM TRINDADE NO HOTEL LIGUORI

Arquivo

Evangelização no presídioIr. Sebastião Camargos infor-

ma: “Com a intenção de evan-gelizar e levar a Palavra de Deus aos nossos irmãos e irmãs que es-tão no presídio de Rio Verde, que fica dentro de nossa Paróquia Santo Antonio de Pádua, fizemos a Campanha da Bíblia no mês de setembro. Superando nossas

expectativas, arrecadamos mais de 60 bíblias. Dia 7 de outubro, num grupo de doze pessoas, fo-mos rezar, celebrar e entregar as bíblias aos presidiários. Que ma-ravilha! Muita alegria temperada com muitas músicas animadas por dois violeiros! Lembramos das palavras de Jesus: “Estive na

prisão e foste me visitar”, “existe mais alegria no céu por um só que se converte dos seus pecados do que por noventa e nove pes-soas boas que estão no caminho de Deus”. De fato “são os doentes que precisam de médicos”. Daí a nossa missão: “Ide pelo mundo e evangelizai a todos”.

Missionários redentoristas de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Distrito Federal em sua assembleia anual

O Ano da Misericórdia à luz da Espiritualidade Reden-torista foi o tema principal das reflexões dos dois primeiros dias, com a assessoria do Pe. José Ulysses da Silva, da Pro-víncia de São Paulo, atual-mente realizando sua pastoral no Morro da Conceição, em

Recife-PE. “O lema da Con-gregação Redentorista é ‘mi-sericórdia e a compaixão’, sem isso não haverá Copiosa Re-denção”, explicou o assessor.

Ao aprofundar o sentido do termo misericórdia, Pe. Ulysses destacou a necessida-de de uma conversão teológi-

ca para que a misericórdia se torne mais sensível na prática pastoral de cada redentorista. “Somos voluntários da causa da Redenção. Optamos ser redentoristas, por isso a mi-sericórdia é nossa missão”. O assessor lembrou também o documento Misericordiae

Vultus, do Papa Francisco, proclamando o Jubileu Ex-traordinário da Misericórdia, que afirma: “A misericórdia muda o coração! Dia após dia, tocados pela compaixão de Jesus, podemos também nós, tornarmos compassivos com todos”.

Ir. Tião (quarto da esquerda para a direita) e equipe visitando a prisão

Vila Brasília: Acon-teceu nos dias 21, 22 e 23 de ou-tubro o II Retiro de jovens da Pa-róquia Nossa Senhora da Guia, Vila Brasília em Aparecida de Goiânia, cujo pároco é o Pe. Wen-derson Fernandes. Cerca de 75 jovens de diversas comunidades participaram deste momento de encontro e oração. Para muitos foi a primeira experiência com

o amor de Deus, o início de uma nova história de amor. Outros 50 jovens participaram como ser-vos, colaborando nas diversas equipes de trabalho. A Pastoral da Juventude dará continuida-de ao processo de evangeliza-ção com os jovens que desejam realizar os próximos passos na caminhada cristã. (informou: Fr. Thiago Azevedo)

Arquivo

Arq

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6 Goiânianovembro 2016

LUZIA COELHOJARDIM ELDORADO - GOIÂNIAO que são os quatro símbolos do Evangelho?Você, certamente, está se referindo aos símbolos dos evangelistas: Mateus, Mar-cos, Lucas e João, pois estes são represen-tados por símbolos e não os evangelhos. A arte cristã tem representado os evan-gelistas por um homem, um touro, um leão e uma águia. O fundamento bíblico está no livro do Apocalipse de São João que apresenta esses quatros seres vivos. Mateus é representado por um homem, Marcos por um leão, Lucas pelo touro e João pela águia. Foram assim identifi ca-dos por Santo Irineu, Santo Agostinho e também por São Jerônimo. São Gregório Magno assim diz em uma homilia: “Que na verdade estes quatro animais alados simbolizam os quatro santos evangelistas, é o que demonstra o próprio início de cada um destes livros dos evangelhos. Mateus é corretamente simbolizado pelo homem porque ele inicia com a geração huma-na; Marcos é corretamente simbolizado pelo leão, porque inicia com o clamor no deserto; Lucas é bem simbolizado pelo

PE. WALMIR GARCIAParóquia N. Sra. da Guia, Trindade II

A ARTE CRISTÃ TEM REPRESENTADO OS EVANGELISTAS POR UM HOMEM, UM TOURO, UM LEÃO E UMA ÁGUIA.”

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bezerro, porque começa com o sacrifício; João é simbolizado adequadamente pela águia, porque começa com a divindade do Verbo, dizendo: ‘No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus, e o Verbo era Deus’ (Jo 1,1), e assim tem em vista a substância divina, fi xando o olhar no sol à maneira de uma águia.”

MARIA DE FÁTIMAJARDIM NOVO MUNDO - GOIÂNIAO que signifi ca cerimoniário?Cerimoniário é aquele que cuida da cerimô-nia, ou seja, o responsável de todo o ritual de uma cerimônia, para que tudo seja dentro do estabelecido pelas normas rituais. Isso em qualquer cerimônia, não só religiosa.

MARIA OLIVEIRAJARDIM GUANABARAÉ verdade que no dia de fi nados, os padres devem celebrar no mínimo três missas?Não é verdade isso. O dia de fi nados tem 3 modelos de missas diferentes e, se o padre tiver disponibilidade e for preciso rezar três missas ele pode assim o fazer, mas não é uma obrigação rezar no mínimo três missas.

MARIA IZABEL SANTOSPARQUE SANTA CECÍLIA – APARECIDA DE GOIÂNIASou professora e percebo que meus colegas de profi ssão, principalmente professores de história, são na maio-ria ateístas. Como devemos agir com nossos fi lhos quando estão em dúvida entre a história e religião?Eu sempre critico a atitude de certos professores de história que fi cam criti-cando as religiões. Não se pode condenar atitudes fora do contexto histórico. O que muitas religiões, inclusive a Cató-lica, fi zeram foi dentro de um contexto sociocultural vivido naquele tempo. Uma coisa que professores criticam é sobre a In-quisição, que a Igreja Católica promoveu,

fazendo uma verdadeira “caça às bruxas” e condenando pessoas à fogueira por pen-sarem diferente da mesma. Hoje a Igreja já até pediu perdão pelas faltas cometidas dentro daquele contexto vivido na Idade Média. Outras atitudes que também são condenadas, foram realizadas num contexto diferente do vivido hoje. Não se pode condenar com a mentalidade de hoje (século XXI), o que aconteceu a centenas de anos atrás, onde o conhecimento não era tão desenvolvido como hoje.

TEREZINHA DE JESUSSETOR URIAS MAGALHÃESComungar sem se confessar é pecado? Não, depende da situação do fi el na hora de comungar. Se não tiver em pecado não preci-sa confessar. A confi ssão se torna necessária quando o fi el tem consciência de que está em pecado e se arrepende do erro cometido. Se não tiver necessidade de confi ssão pode receber tranquilamente a comunhão.

CLOTILDE DIASVILA JOÃO VAZ - GOIÂNIAQuando se usa véu nas celebrações?Se você estiver se referindo ao véu que as mulheres colocavam sobre a cabeça eu digo que esse costume já faz parte de um passado longínquo. Não se usa mais o véu, pois esse já foi abolido há tempos. Pena que algumas mulheres ainda insistem em usá-lo, isso não as faz mais fi éis do que as outras.

NILZA LEITESETOR OESTE - TRINDADEO que signifi ca comunhão dos San-tos na oração do Credo?A palavra comunhão é a união de duas outras palavras: Comum União. A expressão Comunhão dos Santos deriva de nossa crença que os Santos (pessoas que seguiram Jesus bem de perto e se santifi caram pela fi delidade a seus ensi-namentos) estão na Glória dos Céus, em Comum União com Deus.

GratidãoA Congregação do Santíssimo Redentor, através da Scala Editora, lhe oferece mensal-mente o Nosso Guia relatando a Ação Pastoral dos Redentoristas de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Distrito Federal. Agradecemos os colaboradores, abaixo relacionados, que ajudam no custeio das edições.

Maria Bárbara Duarte (in memoriam), Dr. Hélio Seixo de Britto (in memoriam), Helinho de Brito e Myrian - Setor Sul, Flávio Ivo Bezerra e Maria Alice - St. Marista,Ronaldo de Brito e Mª das Dores - St. Bueno,Dr. Salomão e Mª Augusta Calado - Setor Sul, Família Nunes - Jardim América, Francimar Maia - Setor Bueno,Dediher e Irene - Campinas,Eurico Almeida de Britto - Setor Central,Maria Clemente de Oliveira - Setor Bueno, Geraldo Magela e Eunice - Setor São José, Kalil - Setor Campinas, Pe. Guilherme Contart - Palmelo-GO,Maria José e Hermando Lisier - Sorocaba-SP, Pedro Evangelista de Lima - St. Maysa I, Antônio João Thozzi - São Paulo, Antônia R. de Oliveira - St. Castelo Branco, Eurípedes e Desnaides - Jd. Marista, Demerval Cândido - Res. Araguaia, Geraldo Clarindo Caldas - Setor Oeste, Joventina Alkmim - Aparecida de Goiânia, Tereza Gonçalves - Piracanjuba-GO, Anna Mancila Madeira - Caldas Novas-GO,Maria Luiza Costa - Goiânia-GO,Vilma Trevisan Ricardo - Tietê-SP,Maria do Carmo - Tietê-SP, Clara Melo Vaz - Tietê-SP, Darcy G. Paschoal - Tietê-SP, Maria José F. Lopes - Tietê-SP, Família Brandolise - Tietê-SP.

Cantinho MirimCarlos Alexandre Júnior - St. Oeste;Isabele Pereira Ferreira - St. Oeste; Matheus Pereira do Prado - St. Oeste; Guilherme Salera Bezerra - St. Marista; Artur S. Brito Bezerra Oliveira - Brasília-DF; Luiza Seixo de B. B. Oliveira - Brasília-DF; Felipe Quieregati - St. Marista;Flávio Q. S. Britto Bezerra - St. Marista;Stéphanie Q. S. B. Bezerra - St. Marista; Laís Salera S. de Britto Bezerra - St. MaristaAmanda Olinto O. Guimarães - St. Campinas;Renato Xavier de Castro Nunes - St. Campinas

DepósitosBanco do Brasil nos dois últimos meses até o fechamento desta edição.Agência: 4864-X / Conta Corrente: 21.081-1(Antônio M. Brandolize)31/09 – Crédito em conta ............... R$ 100,0001/09 – Crédito em conta ............... R$ 40,0001/09 – Transf. agendada ............... R$ 140,0006/09 – Transf. periódica ............... R$ 10,0016/09 – Depósito online ................. R$ 500,0027/09 – Crédito em conta ............... R$ 40,0003/10 – Transf. agendada ............... R$ 140,0005/10 – Transf. online ..................... R$ 50,0006/10 – Transf. Periódica ............... R$ 10,0011/10 – Depósito online ................. R$ 102,0013/10 – Depósito online ................. R$ 30,0031/10 – Crédito em conta ............... R$ 400,00

7Goiânianovembro 2016

Nossa Senhora da Guia, Trindade II

Nos dias 14, 15 e 16 de outubro de 2016, acon-

teceu na Paróquia Nossa Se-nhora da Guia, que abrange mais de vinte comunidades de periferia de Trindade e de

SESSENTA E SETE JOVENS PARTICIPARAM DO II COMPROMISSO GUIA

Goiânia, a segunda edição do Projeto COMPROMISSO. Participaram desse encontro 67 jovens e mais de 140 pes-soas como equipes de traba-lho, entre jovens e adultos,

2011: Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Dona Iris II) em celebração doméstica na casa da Aninha Honório...

2007: Comunidade Nossa Senhora de Fátima (Palmares) – Crianças com o então Fr. Natalino Martins (à esquerda), Pe. Maurício (à direita) e catequistas Terezi-nha Freitas (já falecida) e sua filha Vanessa (à esquerda, na última fila).

Arquivo

Velhos tempos!

Arquivo

Brandolize

Arquivo

sem falar nas famílias desses jovens, que de uma forma ou de outra se envolvem tam-bém no encontro.

Neste II COMPROMIS-SO da Paróquia Nossa Se-

nhora da Guia, a equipe de trabalho foi composta por COMPROMISSADOS do Projeto em Trindade, San-ta Bárbara de Goiás, Nova Vila-Goiânia, Campinas-

-Goiânia, Abadia de Goiás e os perseverantes do en-contro do ano anterior. Ti-vemos ainda a participação de Jovens do CENÁCULO de Goiânia e Trindade.

O Terço é uma oração simples que consola a mente e o coração

Terço dos Homens na Comunidade Nossa Senhora Aparecida, Jardim Marista

“O terço é a oração que acompanha todo o tempo

da minha vida. É também a oração dos simples e dos san-tos. É a oração do meu cora-ção”, disse o Papa Francisco tempos atrás. E na última Au-diência Geral do mês passado, ele recordou que outubro é de-

dicado ao Rosário e recomendou esta oração aos fiéis dizendo que o terço “é uma síntese da Divina Misericórdia”: “Nos mistérios do Rosário, com Maria, contempla-mos a vida de Jesus que irradia a misericórdia do Pai. Alegremo--nos por seu amor e perdão, o aco-lhamos nos estrangeiros e pobres,

vivamos a cada dia de seu Evan-gelho”, disse o Pontífice.

Dirigindo-se aos jovens, aos doentes e recém-casados, Fran-cisco disse: “Esta oração mariana simples indique a vocês, queridos jovens, o caminho para interpre-tar a vontade de Deus em suas vidas. Amem esta oração, queri-

dos doentes, porque ela carrega consigo o consolo para a mente e o coração. Que se torne para vocês, queridos recém-casados, um momento privilegiado de in-timidade espiritual em sua nova família.”

O Papa Francisco presenteia todas as pessoas que encontra

com um Rosário. “A Nossa Senhora está sempre pró-xima aos seus filhos. Está sempre pronta a nos ajudar quando a invocamos, quan-do pedimos a sua proteção. Ela não sabe esperar: é a Nos-sa Senhora da prontidão. Vai logo servir.”

8 Goiânianovembro 2016

PE. LUIZ CARLOSMissionário Redentorista, SP

Um santo sem milagre Solenidade de Todos os Santos (06.11.16)Mateus 5,1-12

Todos os que creem em Jesus são chamados de santos, como fazia

S. Paulo: “Aos santos e fi éis em Cris-to... (Ef 1,1). Mais ainda são chama-dos de santos os que vivem na Gló-ria de Deus. Costumamos chamar de santos os que foram beatifi cados e canonizados, isto é, foram reco-nhecidos pela sua vida cristã vivi-da com intensidade e pelo testemu-nho de seus milagres. Não são nem maiores nem menores nem mais fortes ou mais fracos que todos que estão no Céu, pois são grandes e fortes em Deus.

A celebração de hoje quer lou-var a Deus por todos os que estão no Céu. O Inferno existe, mas não podemos dizer quem está lá. Então, julgamos que todos estão no Céu. Alguns pensam que só eles, os de sua religião ou de seu movimento é que vão para o Céu. O critério quem tem é o Pai misericordioso e gene-roso que perdoa nossos pecados. Lá estão todos os seres humanos que existiram nesse mundo ou em ou-tros. João narra no Apocalipse 7,2-14 que viu uma multidão que nin-guém podia contar vinda de todas as nações, tribos, povos e línguas. Lá estão nossos amigos e parentes. É uma festa de família.

Jesus mostra o caminho fácil para chegar ao Céu: as bem-aven-turanças. Poucas coisas são neces-sárias para conquistar todo Céu. Ser feliz é muito fácil. Além do ca-minho, temos uma certeza de Jesus: Quando Jesus se manifestar, sere-mos semelhantes a ele.

A fi nalidade dessa festa nós a colhemos da oração da missa: “Concedei-nos, por intercessores tão numerosos, a plenitude da vos-sa misericórdia” (Coleta). Podemos pedir a oração aos outros: “Reze por mim”. Podemos pedir também aos santos, pois estamos todos no Corpo de Cristo. Pedimos que re-zem por nós. Eles nos aproximam de Deus.

E concluímos a celebração com a oração: “Desta mesa de peregri-nos, passemos ao banquete de vos-so Reino (Pós-Comunhão). É nosso futuro.

Escapando do bombardeio 33º Domingo Comum (13.11.16)Lucas 21,5-19

No fi nal do Ano Litúrgico e no início do Advento temos a

proclamação de uma das maiores verdades da fé como rezamos no “Creio”: “Subiu aos céus; está sen-tado à direita de Deus Pai Todo-Po-deroso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos”. A manifestação de Deus teve seu início e tem sua consumação. Antes do fi m, os que acolheram Cristo passaram pelos sofrimentos de sua Paixão. Deus não quer o sofrimento pela fé, mas que fi quemos fi rmes: “É perma-necendo fi rmes que ireis ganhar a vida!” (Lc 21,19).

Os discípulos estavam encan-tados com a beleza do templo. Jesus então diz que o futuro vai ser duro. O templo será destruído. Ele era o encanto do povo e a casa de Deus. Jesus também o amava muito, pois era a casa do seu Pai. Jesus começou então a dizer o que iria acontecer: muitos vão querer enganar com ou-tras doutrinas e revelações. Vejamos quanta gente apareceu ao longo da história querendo mostrar um cami-nho diferente para a salvação.

Pior ainda: Jesus anuncia guer-ras, revolução, terremotos e tantas desgraças. Ajunta ainda a persegui-ção aos fi éis e uma matança por cau-sa da fé. Vivemos hoje uma grande perseguição contra os católicos. Até dentro de nossas casas. Nas famí-lias onde há gente de outra religião, é um inferno para os familiares. Já não é mais religião.

É o momento de testemunhar a fé, pois é uma pregação muito for-te, quando é feita pela própria vida. Onde é grande a perseguição, sur-ge depois uma grande conversão.

Os antigos já diziam: “Sangue dos mártires, semente de cristãos”. Ven-do a sua fé, enxergam o caminho.

E o Senhor promete proteção: “Mas vós não perdereis um só fi o de cabelo de vossa cabeça” (Id 18).

O perigo do ‘se’....Jesus Cristo Rei do Universo (20.11.16)Lucas 23,35-43

No momento da morte de Jesus os chefes do povo zombavam

de Jesus e os soldados caçoavam e diziam: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!” Quando Je-sus foi tentado pelo demônio, este dizia: “Se tu és o Filho de Deus....” (Mt 4,3ss). Era a grande tentação de Jesus. Tão humano que era, passava pela tentação e a vencia com a Pala-vra de Deus.

A perseguição feita a Jesus cul-mina em condenação e morte. No momento extremo é aclamado como Rei e Senhor pelo ladrão que o reco-nhece: ‘“Lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado’. Respon-deu-lhe Jesus: ‘Ainda hoje estará co-migo no Paraíso”’ (Lc 23,42).

Jesus não se improvisa rei, nem toma o poder por uma decisão pes-soal. Deus encaminhara a história de seu povo e, depois dos juízes, dá-lhe um rei. O Reino de Israel se consolida em Davi que recebe a promessa de uma casa eterna. Essa promessa se concretiza em Jesus. De um reino terreno que tem como herança, abre a todos a herança de um reino eterno.

Na carta aos Colossenses ensi-

na-nos quem é esse Rei que foi re-jeitado, crucifi cado e ressuscitado: “Ele é a imagem do Deus invisível, por Ele foram feitas todas as coisas, tudo foi criado por meio Dele e para Ele. Ele é a Cabeça do Corpo que é a Igreja, princípio e primogênito den-tre os mortos. Deus fez habitar Nele toda sua plenitude e por meio Dele reconciliar consigo todos os seres por meio do sangue da sua cruz” (cf Cl 1,12-20). Em poucas palavras temos a grandeza desse Homem que é Deus. Nossa fé assim crê e assim vive. Como o ladrão que chamamos de bom, conseguiu ser acolhido imediatamente no Reino, nós também, pela fé e dedicação de vida, podemos ser acolhidos e tomar posse com Ele do Reino. “Se tu és o Filho de Deus....”. Sim, somos fi lhos de Deus e herdeiros com Cristo.

Quem avisa amigo é1º Domingo do Advento (27.11.16)Mateus 24,37-44

Advento signifi ca chegada, vinda. Na refl exão da Igreja, no Adven-

to só se dava atenção para vinda de Cristo no Natal. Após a reforma se retornou ao tema mais amplo: prepa-ração para a segunda vinda de Cristo. Nós fazemos essa preparação levan-do em conta o Cristo que vem cada dia ao nosso encontro. Por isso reza-mos que os sacramentos nos ajudem a amar desde agora o que é do Céu e, caminhando entre as coisas que pas-sam, abraçar as que não passam (Pós--Comunhão). A preparação imediata para o Natal se faz a partir do dia 17 de dezembro.

A segunda vinda é importante em nossa fé: Cremos que Ele voltará. Não se trata de fi car dizendo que Je-sus vai voltar, mas preparar sua vin-da através de uma vida coerente. Aí não vamos precisar ter medo.

Jesus diz no Evangelho: “Ficai preparados! Porque na hora em que menos pensai, o Filho do Homem virá” (Lc 24,44). Como podemos fi -car preparados? Rezamos na oração da missa: “Concedei a vossos fi éis o ardente desejo de possuir o Rei-no celeste, para que, acorrendo com as boas obras ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos à sua direita na comunidade dos justos”. Viver bem é estar esperando a vin-da de Cristo. É essa a transforma-ção que podemos fazer no mundo. Nossa vida de acordo com o Evan-gelho é a melhor maneira de torná--lo presente. S. Paulo diz: “Proceda-mos honestamente, como em pleno dia” e enumera o que não podemos fazer. Quem avisa amigo é.

L’ Osservatore Rom

ano)

Dentre os 25 mil fiéis, havia um grande número de brasileiros

9Goiânianovembro 2016

Era estrangeiro e me hospedastes, estava nu e me vestistes

IGREJA n VIM PARA SERVIR

somos uma grande força de amparo para quem perdeu a pátria, a família, o trabalho e a dignidade.”

Restituir dignidadeSobre a obra corporal de

misericórdia ‘vestir os nus’, Francisco questionou: “Do que se trata senão restituir a

A Praça S. Pedro acolheu mais de 25 mil fiéis, en-

tre os quais inúmeros brasi-leiros, para a Audiência Geral da quarta-feira, 26 de outu-bro, com o Papa Francisco.

Em sua catequese, o Pon-tífice deu sequência à refle-xão sobre as obras corporais de misericórdia. Na semana passada, falou sobre ‘dar de comer e de beber’. Desta vez, comentou outras duas: ‘era estrangeiro e me hospedas-tes; estava nu e me vestistes’.

Disse o Papa: “A crise eco-nômica, os conflitos armados e as mudanças climáticas obri-gam tantas pessoas a emigrar. Todavia, as migrações não são um fenômeno novo, mas per-tencem à história da humani-dade”, citando como exemplo episódios bíblicos, como o de Abraão, do povo de Israel e da própria família de Jesus.

Muros e barreirasHoje, lamentou o Papa, o

contexto de crise econômica

“QUANDO NOS ABRIMOS AOS OUTROS A VIDA SE TORNA FECUNDA, AS SOCIEDADES RECONQUISTAM A PAZ E AS PESSOAS RECUPERAM SUA PLENA DIGNIDADE”, DISSE O PAPA

dignidade a quem a perdeu? Pensemos também nas mu-lheres vítimas do tráfico lan-çadas nas ruas ou a outros, demasiados modos de usar o corpo humano como merca-doria, até mesmo de crianças e adolescentes. Do mesmo modo, não ter um trabalho, uma casa, um salário justo, ou ser discriminado pela raça ou pela fé são todas for-mas de ‘nudez’ diante das quais, como cristãos, somos chamados a estar atentos e prontos à ação”.

E Francisco concluiu: “Queridos irmãos e irmãs, não caiamos na armadilha de nos fecharmos em nós mesmos, indiferentes às necessidades dos irmãos e preocupados somente com os nossos interesses. É pre-cisamente na medida em que nos abrimos aos outros que a vida se torna fecunda, as so-ciedades reconquistam a paz e as pessoas recuperam sua plena dignidade.”

Papa Francisco e o Brasil

Papa Francisco e os bispos da Presidência da CNBB

A Presidência da Conferên-cia Nacional dos Bispos do

Brasil (CNBB) foi recebida pelo Papa Francisco, no Vaticano, no dia 20 de outubro. Na ocasião, ao falarem sobre o Ano Nacional Mariano, aberto no último dia 12 de outubro em preparação para as comemorações do tricentená-rio do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no rio Paraíba do Sul, os bispos foram informados que não será possí-vel a visita papal na ocasião.

A expectativa era que Fran-cisco visitasse o Santuário Na-cional de Aparecida durante as comemorações dos 300 anos do encontro da imagem. “Ele disse que não poderá ir a Aparecida no ano que vem porque teria que ir também na Argentina, Chile, Uruguai e não há condições por-

tífice expressou seu carinho e atenção pelos brasileiros. O se-cretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, de-monstrou esperança de receber Francisco em breve. “Nós espe-ramos que no futuro ele venha nos visitar mais uma vez. Isso, certamente acontecerá, porque existe sempre uma conjuntu-ra de elementos, de momento e também a necessidade da pre-sença do Papa em outros lugares do mundo”, ressaltou.

Cardeal

O Arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha, foi recentemente no-meado cardeal pelo Papa Fran-cisco. Por isso, ele volta a Roma no próximo dia 19 de novembro para participar do encerramen-

to do Jubileu Extraordinário da Misericórdia e do Consistório, quando se tornará oficialmente cardeal. Sobre o encontro da Pre-sidência da CNBB com o Papa, ele afirmou: “É um momento bo-nito, momento em que nós par-tilhamos a caminhada da Igreja no Brasil, particularmente, o trabalho realizado pela CNBB e sempre recebemos algumas orientações do Papa”. E acrescen-tou: “Eu tenho dito e reafirmei para ele que o fato dele ter no-meado um bispo brasileiro car-deal é uma forma também dele expressar o valor, a importância da Igreja no Brasil. A Igreja no Brasil tem a responsabilidade de oferecer para a Igreja que está presente em todo mundo sua contribuição”, sublinhou o presi-dente da CNBB.

L’Osservatore Rom

ano

favorece atitudes de fecha-mento e não de acolhimento. Em algumas partes do mun-do, surgem muros e barrei-ras. Mas o fechamento não é uma solução. A única via de solução é a da solidariedade, à qual os cristãos são chama-dos com particular urgência. “É um compromisso que en-

volve todo mundo, ninguém está excluído. As dioceses, as paróquias, os institutos de vida consagrada, as as-sociações e os movimentos são chamados a acolher os irmãos e as irmãs que fogem da guerra, da fome, da vio-lência e de condições de vida desumanas. Todos juntos

Foto: AN

SA

que, com a suspensão das visitas oficiais dos bispos no Vaticano nesse Ano da Misericórdia, bem como o cancelamento de outros eventos, sua agenda ficou bem

apertada ao transferir tais com-promissos para 2017”, explicou o vice-presidente da CNBB, dom Murilo Krieger.

Durante o encontro, o pon-

PE. DANIEL TAMASSIAMais que um autor, Pe. Daniel Tamassia é o criador e grande propagador da Novena “Natal em Família” no Brasil. Paulista de Piracaia, está hoje com 81 anos e reside na Comunidade Redentorista de Trindade (GO). Entrou no Seminário Santo Afonso em Aparecida no ano de 1947, e fez sua profi ssão como redentorista em 1956. Foi ordenado presbítero em Tietê (SP), no dia 1º de janeiro de 1961. Iniciou seu ministério no Santuário de Nossa Senhora da Penha, na capital paulista. Depois foi transferido para o Santuário Nacional de Aparecida. Algum tempo depois, foi transferido para a equipe das Santas Missões Populares, residindo em Araraquara (SP). Foi neste período, ao lado do Pe. Carlinhos (hoje Dom José Carlos de Oliveira, bispo emérito de Rubiataba-GO), que criou a novena “Natal em Família”. O trabalho se expandiu também com a colaboração de diversos outros confrades. Transferido para Goiás, fez parte das Missões Populares nesta área, atuando em Goiás, Belém do Pará e no Distrito Federal, sempre conciliando com a difusão do “Natal em Família”.O sucesso desta experiência levou a CNBB a convocar o Pe. Daniel a promover a animação da “Campanha da Fraternidade”, atendendo ao pedido de Dom Aloysio e Dom Ivo Lorscheider. A intensidade dos trabalhos na divulgação destas campanhas levou o Pe. Daniel à criação da Editora Centro de Pastoral Popular (CPP), que é hoje a Scala Editora.

MÍDIA REDENTORA10 Goiânianovembro 2016

scalaeditora.com.brscala.editoraScalaEditora

CONHECENDONOSSOS ESCRITORES

DIÁRIO BÍBLICO DEUS CONOSCOPara quem deseja ter a companhia da Palavra de Deus em seu dia a dia, seguindo o itinerário da liturgia, apresentamos o Diário Bíblico Deus Conosco. Em uma parceria inédita da Scala Editora com a Editora Santuário, a publicação é muito mais que uma agenda, pois além de oferecer espaço para a anotação dos compromissos, trata-se também de um subsídio de refl exão diária.

A capa traz um belíssimo mosaico com o rosto de Cristo. E para deixar o leitor em sintonia com o Ano Mariano Nacional, traz ainda no verso a oração da Consagração à Nossa Senhora Aparecida. A capa cristal ajuda na conservação deste subsídio que vai te acompanhar durante todo o ano.

Formato: 14 x 21,5 cm | Páginas: 480

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MÍDIA REDENTORA

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Preparação para o Natal do Senhor

São 48 anos de contínua presença na caminhada das famílias e co-

munidades no Brasil e no exterior, na preparação para o Natal. Está chegan-do a hora de começar a novena “Natal em Família 2016”, e a Scala Editora apresenta duas promoções especiais.

As paróquias e comunidades po-dem adquirir o “Natal em Família” com preço promocional até o dia 19 de no-vembro, através do site da Scala Edi-tora ou pelo televendas. Os subsídios

“Natal com as Crianças”, “Natal com os Jovens” e o cartaz da Novena estão à disposição com preços especiais.

Além da ação missionária que as comunidades e famílias realizam du-rante o período do Advento, a Sca-la Editora traz a promoção “Nossa alegria é o Natal em Família”. Para participar, basta enviar um selo da promoção, que pode ser recortado do encarte para as portas da novena “Natal em Família”, ou na contracapa

dos livretos “Natal com as Crianças” e “Natal com os Jovens”. Se possível, junto com o selo da promoção, pode--se enviar um pequeno texto sobre a experiência de oração com o livre-to. O sorteio será em 12 de janeiro de 2017, e o ganhador receberá um televisor LED HD 32 polegadas, e a paróquia que ele indicar receberá um Datashow. Mais informações sobre a promoção estão em nosso site: sca-laeditora.com.br

Cássia Fernandes

Brandolize

com elas sobre a destinação cor-reta do lixo da nossa casa, sobre a importância de cuidar das ár-vores, nascentes, enfim de cuidar bem do nosso meio ambiente”.

Essa iniciativa da Ação Social surgiu em 2011, quando o Pe. Edinisio, atual reitor do Santuá-rio Basílica do Divino Pai Eterno, estava à frente do trabalho social. Nas primeiras edições o trabalho foi feito mais diretamente para as famílias com atendimentos médi-cos, odontológicos, psicológicos, espirituais, etc. Desta vez a Ação Social Redentorista veio para re-forçar a temática da Campanha da Fraternidade em consonância com o Papa Francisco que está sempre convocando para o cuida-do com a nossa casa comum que é o planeta Terra.

Goiânianovembro 2016

No dia 25 de outubro, a Ação Social Redentorista promo-

veu a realização do Gesto Con-creto da Campanha da Fraterni-dade/2016, cujo tema foi “Casa Comum, Nossa Responsabilida-de”. Para isso houve uma grande mobilização, reunindo as crianças e adolescentes dos Centros So-ciais, para o reflorestamento da nascente do córrego Barro Preto, na Estação Ecológica Barro Preto, localizada no Setor Cristina, em Trindade. Este local é de suma im-portância para o município e para a devoção ao Divino Pai Eterno, pois foi ali que nasceu Trindade, antes chamada Barro Preto, e ali foi encontrado o Medalhão com a Imagem da Santíssima Trindade.

O diretor das Obras Sociais, Pe. Reinaldo Martins, acompanhou

de perto toda a movimentação. Assim como cada criança plantou uma árvore que recebeu o nome de quem a plantou, também o Pe. Reinaldo deixou sua contribuição para o meio ambiente plantando a “Árvore Pe. Reinaldo” na Esta-ção Ecológica Barro Preto de Trin-dade.

Segundo o diretor das Obras Sociais, “o objetivo da Ação Social é ser a presença da Igreja junto à comunidade, de modo especial, à comunidade carente, ou em situa-ções especiais, como neste ano, que estamos vivendo tempos de degradação ambiental”. E acres-centou: “Empenhamos as crian-ças de nossos Centros Sociais para esta tarefa de plantio das 450 mudas de árvores nativas do cer-rado. E sempre estamos falando

CSSR n GENTE QUERIDA

Cada muda de planta tinha o nome de uma criança atendida pelo trabalho social e ela mesma fez o plantio

CRIANÇAS TRATANDO COM CARINHO O MEIO AMBIENTE

OBRAS SOCIAIS n EVANGELIZAÇÃO

Crianças reflorestamnascente do Barro Preto

11

Danilo E

duardo

Reprodução

O Apóstolo de Goiás Há 55 anos, no dia 23 de novembro de 1961,

falecia o Pe. Pelágio Sauter, um dos nomes mais co-nhecidos da Igreja em Goiás. Hoje, em Goiânia, sua memória está presente na alma do povo e também denominando lugares públicos importantes como o maior terminal de ônibus coletivo da capital. Te-mos escola, rua, conjunto habitacional com o nome de Padre Pelágio.

O “Apóstolo de Goiás” era alemão. Nasceu no dia 9 de setembro de 1878, em uma família de 15 fi-lhos. Com dois anos de sacerdócio, escolheu o Bra-sil, em 1909, para exercer seu ministério. E aqui vi-veu mais 52 anos sem nunca voltar para Alemanha.

No Brasil, nos primeiros anos de trabalho, este-ve em comunidades de São Paulo: Penha (na capital), Araraquara e Aparecida. Em 1920 veio para Goiás residindo em Trindade a maior parte do tempo.

Na biografia do Venerável Pe. Pelágio que o Pe. Leodônio Marques escreveu se lê: “Naqueles tem-pos difíceis dos carros de boi, estradas péssimas, la-macentas ou poeirentas, sem meio de comunicação algum, o Pe. Pelágio era o missionário disponível para enfrentar todos os perigos das desobrigas, além de cuidar da Paróquia de Trindade.”

Além do duro trabalho de atendimento ao povo nas celebrações dos sacramentos, o curioso é que o Pe. Pelágio ficou na memória dos seus contemporâ-neos como um grande amante do teatro como meio evangelizador. Participava do ensaio dos atores e montou um número imenso de peças com temática diversificada. As representações atraíam o público e eram feitas diante da igreja de Trindade.

Trabalhava e rezava. Sempre. Sabia lidar com as autoridades e segundo um outro missionário, Pe. Antonio Bibiano Siqueira, ele tinha um quê de “velhaco piedoso”, que “gostava dos pobres e apre-ciava os graúdos, porque junto destes conseguia o que queria para dar aos necessitados”.

Depois de longos anos de apostolado em Trin-dade, já doente, Pe. Pelágio foi transferido para Campininhas, em 1957. Na Matriz de Campinas, em Goiânia, ele chegou a trabalhar ainda quatro anos e dez meses, atendendo o povo com suas fa-mosas bênçãos e especialmente aos doentes tam-bém em suas casas e hospitais.

Em novembro de 1961 foi internado na Santa Casa de Misericórdia, onde faleceu. Foi sepulta-do no Cemitério Santana. Anos depois, antes da abertura do processo de sua beatificação, seus res-tos mortais foram transportados para a Matriz de Campinas e depois levados para Trindade, na Igre-ja Santíssimo Redentor, conhecida também como Igreja do Pe. Pelágio. O povo espera ansiosamente pela beatificação do já Venerável Pe. Pelágio.

Parabéns, Centro Social Redentorista!O primeiro Centro Social Redentorista (CSR), completou 24 anos de fun-

dação no dia 20 de outubro e foi comemorado em grande estilo, inclu-sive com a presença do seu fundador, Ir. Sebastião de Camargos que apagou as velas do bolo de aniversário. Mais: os missionários estavam reunidos, em Trindade, para sua assembleia anual. Assim, naquele dia, à tarde, saíram para visitar as Obras Sociais Redentoristas, começando com a do Setor Pontakaya-na, na chamada Trindade II. Foi uma festa! Mais de 60 missionários, com seu Provincial Pe. Robson, e com o Ir. Tiãozinho visivelmente emocionado, todos se uniram às crianças e aos seus familiares, aos funcionários e responsáveis pelo Centro Social para celebrar a história desta instituição. São 24 anos oferecendo acompanhamento pedagógico, moral e social. Hoje 136 crianças, com idade entre 3 e 12 anos, são assistidas neste Centro Social Redentorista.

Pe. Robson, Pe. Reinaldo, Ir. Sebastião e a diretora Rose

Danilo E

duardo

12 Goiânianovembro 2016

PE. RAFAELVIEIRA, C.SS.R.

[email protected]

PS1. Na Rádio CBN também têm comentaristas da melhor qualidade que tratam de assuntos diversos: O jornalista André Trigueiro tem um quadro sobre mundo sustentável e o educador físico Marcio Atala fala de saúde e movimento.

*******PS2. Entre os comentaristas interessantes da outra rede de rádios com notícias 24 horas por dia, a BandNews, há nomes como o engraçado José Simão com coluna de humor e a conhecida Mônica Bergamo que fala de bastidores do poder.

*******PS3. Eu precisaria escrever várias laudas para tentar falar da importância fundamental que tem até mesmo para a história do rádio católico no Brasil e em Goiás se tivesse citado o comentarista hor concurs: Pe. Jesus Flores.

Novembro· 2016 ·

Prezado (a) Leitor (a)

Quase não me aguentava de ansiedade para que chegasse o dia de escrever esta carta. A razão dessa “agonia” é que eu queria com-partilhar com vocês indicações dos trabalhos de algumas pessoas que conheço sem nunca as ter visto. Eu as conheço pelo rádio. A primeira dessas pessoas me deixou encantado. Conheci no mês passado. Ela tem o nome de uma personagem da história do Brasil Colônia: Inês de Castro. Você lembra de quem ela era? Uma aia de Dona Constança, Rainha de Portugal do século XIV que teve fi lhos do Rei e foi assassinada pelo sogro. A Inês de Castro que eu conheci não tem nada de trágica e é dona de uma voz encantadora. Eu apresento, para quem não conhece, a jornalista responsável pelo quadro “Dentro do Espelho” sobre comportamento, moda e beleza, com um olhar afi ado e questionador na Rádio BandNews. Ela leva o ouvinte a refl etir sobre bem-estar, qualidade de vida, estética e saúde de uma maneira profunda e constante. Mostra que a vida pode ser boa apesar das difi culdades diárias, das imperfeições que todos têm, dos incômodos que nos cercam. E que é missão de cada um extrair o melhor da vida um dia após o outro. Sintonize e tenho certeza de que você vai gostar.

Para quem não conhece também apresento Luís Fernando Correia que, inicialmente, evitou ser chamado de doutor no quadro “Saúde em Foco” da Rádio CBN. Ele é médico, casado com uma jornalista e gosta imensamente da comunicação em rádio. Ele foi uma das pes-soas que carregaram a tocha olímpica no Rio de Janeiro. Eu sigo a pá-gina dele no Facebook. No quadro ele dá dicas bem fundamentadas em pesquisa científi ca e com linguagem que a gente entende sobre os principais assuntos de saúde dos nossos dias: dengue, obesidade, pressão arterial e outros. No fi nal do mês passado, por exemplo, ele deu uma informação preocupante: “Pesquisa avaliou mais de 200 alunos em uma escola do Texas, nos EUA. Meninos e meninas de 16 anos que dormiam menos de sete horas por dia apresentavam índice de massa corporal maior do que os que dormiam oito horas”. Esse é o tipo de informação que o Dr. Luís Fernando explica de maneira a ajudar o ouvinte comum a entender bem a gravidade dos fatos e a real esperança de cada conquista científi ca.

A terceira comunicadora sobre a qual eu gostaria de compartilhar o trabalho com você não é para recomendar, prefi ro criticar. Ela faz

parte do time da Rádio Jovem Pan e é da turma que adora aparecer também no vídeo, mesmo fazendo rádio. Maquiada e com cabelos impecáveis, ela comenta política. Claro que todo mundo associa ao fato de que ela seja apresentadora de televisão, mas o tom moralista e agressivo é ainda mais contundente no rádio. Me refi ro àquela profi ssional que mistura jornalismo com opinião obtusa: Rachel Sheherazade. Concordo com o que a revista Carta Capital afi rmou que no Rádio e na TV acabam dando a essa jornalista uma página em branco e ela aproveita o espaço com estardalhaço escrevendo tudo o que ela conhece sobre o Brasil: nada.

A outra pessoa que gostaria muito que escutasse faz comentários no espaço de editorial nas emissoras de todo o Brasil que veicula a programação da Rede Católica de Rádio: Ir. Diego Joaquim. Compreendo que pode não ser muito prudente da minha parte elogiar um colega próximo (tão próximo que ele também escreve no Nosso Guia). Pode parecer bajulação, propaganda fora de hora ou até mesmo falta do que dizer. Eu enfrento o risco e destaco o trabalho dele porque se trata de uma expressão poderosa de incen-tivo às novas gerações. Eu tomei a decisão de citar o Diego porque ele publicou no Facebook no fi nal do mês passado uma foto na qual estamos juntos na sacada da Rádio Vaticano, em Roma, tendo ao fundo o magnífi co Castelo de Sant’Angelo. Quem conhece o lugar sabe que se trata de uma região próxima do Rio Tibre bem no fi nalzinho da Via da Conciliação que leva ao coração da Praça de São Pedro. Naquele post, o Diego menciona sua paixão pelo rádio e insinua que posso ter sido um instrumento no despertar dessa febre que o faz gostar tanto do trabalho nesse instrumento de comunicação. Bom, se estou certo de que ele afi rmou isso, acho que o trabalho dele, feito com perseverança, estudo e qualidade, também pode despertar o amor pelo rádio nos companheiros da idade dele (que devem gravitar entre os 30 e 40 anos) e os jovens mais novos que entram para a Congregação Redentorista e tomam conhecimento de tantas emissoras que estão confi adas à nossa responsabilidade em várias unidades no Brasil e no mundo. O Diego comenta com propriedade assuntos atuais da política bra-sileira. Uma tarefa árdua que requer atenção redobrada com cada fato, personagem e desdobramento e, claro, um penoso trabalho de apuração das informações para que nada seja dito sem o ne-cessário fundamento. Os comentários dele demonstram seu sério compromisso com a verdade.