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CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA (CONTAG) ANO X | NÚMERO 108 | FEVEREIRO DE 2014 CONTAG A CONTAG é filiada à A CONTAG completou 50 Anos e realizou o 11º CNTTR. Nesta edição, a entidade avalia as principais conquistas do 19º GTB e de outras ações realizadas. 2 0 1 3 BALANÇO

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CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA (CONTAG)

A N O X | N Ú M E R O 1 0 8 | F E V E R E I R O D E 2 0 1 4

CONTAGA CONTAG é filiada à

A CONTAG completou 50 Anos e realizou o

11º CNTTR. Nesta edição, a entidade avalia

as principais conquistas do 19º GTB e de

outras ações realizadas.

2A CONTAG completou 50 Anos e realizou o

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2 J o r n a l d a C o n t a g

Editorial

2 013 foi um ano de muita luta e de realizações para o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR). No ano

em que a CONTAG celebrou seus 50 anos de lu-tas e conquistas para o campo, realizamos, em mar-ço, o 11º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CNTTR), que foi um grande congresso, onde foi reafirmado o Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), que tem por base a reforma agrária, o for-talecimento da agricultura familiar e a melhoria da qualidade de vida dos assalariados(as) rurais.

Os mais de 2.500 delegados(as) do 11º CNTTR aprovaram, entre outras medidas, a manutenção da Contribuição Social (de balcão) de 1% para financia-mento das ações da CONTAG; a universalização da contribuição do Fundo Solidário, permitindo à Escola Nacional de Formação da CONTAG (ENFOC) am-pliar as atividades de formação com as Federações e Sindicatos; a aprovação do Orçamento Sindical Participativo; a aprovação da paridade de gêne-ro, permitindo a construção da igualdade de parti-cipação entre homens e mulheres nas instâncias do MSTTR. Tivemos outras aprovações importantes, como a reafirmação da cota mínima de 20% de jo-vens; e a decisão de não filiar a CONTAG a uma cen-tral sindical, primando pelo fortalecimento do diálogo com duas centrais (CUT e CTB) e para manter a uni-dade do movimento sindical.

Durante o ano, tivemos outros importantes avanços que podemos comemorar, como o lan-çamento da Política Nacional dos Trabalhadores

Rurais Empregados (Pnatre), do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), do Compromisso Nacional para o Envelhecimento Ativo, da execução do Pronatec Campo a partir da parceria com o Instituto Federal de Brasília (IFB), da aprova-ção do Estatuto da Juventude, da entrega das unida-des móveis para enfrentamento à violência no cam-po, entre outros.

Graças à pressão e luta do MSTTR, no final de 2013, a presidenta Dilma Rousseff assinou 92 decre-tos para fins de reforma agrária, completando os 100 assinados durante todo o ano. Apesar de ter cumpri-do a meta anunciada pela governante em outubro, du-rante a 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (2ª CNDRSS), na nossa opinião, esses decretos deveriam ter sido publicados bem antes. Agora, trabalharemos para que esses as-sentamentos sejam efetivados.

Além deste desafio, enfrentaremos outros em 2014. No âmbito interno, o maior é a continuação do debate sobre a organização sindical no campo pa-ra a construção dos marcos regulatórios junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Outro de-safio interno é intensificar as campanhas de filiação ao nosso sistema, para sermos cada vez mais fortes e representativos. No externo, destacamos três de-safios: as eleições; o Ano Internacional da Agricultura Familiar, Campesina e Indígena (AIAF/CI); e avançar nas políticas públicas.

Quanto às eleições gerais no Brasil, queremos nos posicionar, fazer um grande debate com os trabalhadores(as) rurais, lançar candidaturas pró-

prias do MSTTR para deputados(as) estaduais e fe-derais e apoiar outras candidaturas comprometidas com o nosso projeto político. Também pretende-mos nos posicionar a respeito das eleições majoritá-rias para a Presidência da República, governador(a) e senador(a). Portanto, não queremos só debater, mas apresentar propostas sobre o que a CONTAG, as FETAGs e STTRs defendem para o campo brasileiro.

Sobre o AIAF/CI, afirmamos que esse não foi um presente da Organização das Nações Unidas (ONU). A declaração de 2014 como o Ano Internacional da Agricultura Familiar, Campesina e Indígena é resulta-do de uma grande luta e uma conquista das organi-zações camponesas do mundo inteiro. Destacamos que a CONTAG compôs a coordenação dessa cam-panha e, hoje, é membro dos Comitês Nacional e Internacional do AIAF/CI.

Por fim, reafirmamos nosso compromisso de for-talecer a luta para enfrentar os desafios e, em um ano de eleições, avançar nas políticas públicas para o campo, principalmente na reforma agrária, que temos menos progredido nos últimos anos, no Plano Safra 2014-2015 da Agricultura Familiar, especialmente na assistência técnica e extensão rural e nas políticas sociais para o campo.

Para isso, vamos ampliar e fortalecer nossa orga-nização e a mobilização sindical na luta para melhorar a qualidade de vida dos nossos trabalhadores e tra-balhadoras rurais.

Alberto Ercílio BrochPresidente da CONTAG

2013: um ano de mobilizações e conquistas

EntrEvista

Alberto ercílio broch

Quais foram os destaques de 2013 para o MSTTR?2013 foi um ano extremamente histórico e marcante para a CONTAG. Realizamos o 11º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CNTTR), em março, com mais de 2.500 delegados(as), a par-tir de ampla mobilização social da nossa base com a realização de 98 plenárias es-taduais e regionais em preparação ao 11º CNTTR. Este congresso deixou sua marca ao aprovar diretrizes políticas para a gestão 2013-2017, ao fazer uma análise política do campo e por eleger a nova Diretoria da CONTAG depois do registro de chapa única, representando a unidade na diversidade política de nossa base sindical. No mesmo mês, fizemos a 2ª Mostra da Produção das Margaridas reunindo cerca de 300 grupos produtivos de mulheres, evento que foi assumido não só por elas, mas por todo o MSTTR. Logo depois, em maio, realizamos o 19º Grito da Terra Brasil. Entregamos a pauta de reivindicações à presidenta Dilma,

negociamos as demandas prioritárias e o Plano Safra da Agricultura Familiar, onde garantimos mais de R$ 30 bilhões entre custeio e investimento, entre outras políti-cas. Como sempre, não avançamos na Re-forma Agrária. Esse é um ponto polêmico e de muita insatisfação da nossa base. Mas, avançamos significativamente em outros pontos. Também foi um ano que abrimos um debate intenso sobre os desafios da re-presentatividade sindical e dos marcos re-gulatórios para as organizações do campo. Coroando 2013, celebramos os 50 anos da CONTAG com um grande ato político para comemorar a história, mas ao mesmo tem-po para pensar no futuro e nos desafios.

E os principais desafios enfren-tados pela categoria?Um dos principais desafios de 2013 foi realizar, em tão pouco tempo, grandes ações, como o 11º CNTTR, a Mostra das Margaridas, a cerimônia de posse da nova Diretoria da CONTAG, o GTB, o Planejamen-

to Estratégico da gestão 2013-2017 e a celebração dos 50 anos da CONTAG. Dis-cutir temas como a questão da represen-tatividade no campo foi outro desafio. Em 2013, enfrentamos três desafios negativos. O primeiro, foi a seca enfrentada pelos trabalhadores(as) rurais no semiárido, uma das maiores nos últimos 50 anos. Lutamos por socorro para essas localidades, com distribuição de milho pela Conab, que teve dificuldade para chegar aos agricultores fa-miliares. Infelizmente, tem região que ainda sofre com a estiagem. Outra dificuldade foi com relação à reforma agrária. Milhares de acampados(as) ainda aguardam sua terra. Mesmo os que já estão assentados, muitos não tiveram acesso às políticas públicas. E, por último, na área dos assalariados(as) rurais, enfrentamos o desemprego, decor-rente da mecanização no campo. As provi-dências anunciadas de requalificação são paliativas. No entanto, avançamos signifi-cativamente nas convenções coletivas de trabalho, trazendo mais qualidade de vida e

mais salário para os assalariados(as) rurais. Portanto, tivermos êxito nos desafios que tínhamos governabilidade sobre eles.

2013 foi um ano positi-vo para o MSTTR e para os trabalhadores(as) rurais?Em geral, foi um ano bom para a agricultura familiar, quando a maioria dos agricultores ou parte deles tiveram acesso aos recursos e às políticas públicas. E, no geral, tivemos bons preços. Do ponto de vista político, o MSTTR lutou bastante e conseguiu avanços significativos. Mas, não podemos esquecer dos trabalhadores(as) rurais que sofreram com a seca e com as enchentes. Para eles, não foi um ano bom, pois sofreram com a fome, a falta de água e de saneamento. Também, os acampados da reforma agrária não tiveram acesso a um pedaço de terra para nela trabalhar e progredir com sua família. A luta continua. Vamos seguir lutan-do para construirmos um campo melhor e mais justo para os trabalhadores(as) rurais.

ERRATA – Edição JANEiRo/2014, NúMERo 107, PágiNA 4: na matéria “CONTAG e Movimentos Sociais Debatem com o Governo Medidas para Viabilização de Assentamentos”, a diretoria presente na foto é da CONTAG e da FETAEG, e não da FETADFE, como citado.!

BalanÇo 2013

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2013: um ano de mobilizações e conquistas

O ano de 2013 foi marcado por muitas lutas do MSTTR, com a realização de marchas, ocupações de prédios pú-blicos, trancamento de estradas e avenidas, além de se-minários, audiências e manifestações públicas exigindo a execução e o fortalecimento da reforma agrária. Estas ações ampliaram o processo permanente de mobiliza-ções representado pelas ocupações de terras, organiza-das na base da CONTAG em 449 acampamentos, localiza-dos em 298 municípios e em 20 estados, que demandam a desapropriação prioritária de 527 áreas para fins de re-forma agrária.

Além destas, ocorreu em várias regiões e estados uma série de ações conjuntas com outros movimentos sociais do campo, que foram reforçadas em junho e ju-lho, somando-se ao efervescente processo de mobiliza-

ções realizado por todo o País. Estas ações afirmaram a bandeira da reforma agrária junto às amplas pautas que se apresentavam naquele momento pelo conjunto da so-ciedade. Fruto deste processo, foi realizada uma reunião com a presidenta Dilma, onde foi apresentada uma car-ta dos movimentos sociais com as principais reivindica-ções para o campo. Como esta pauta não foi respondida a contento, ocorreu uma nova mobilização conjunta em outubro, com a ocupação do Ministério da Agricultura.

Paralelamente a estas ações, a Secretaria de Política Agrária coordenou e realizou, junto às FETAGs, uma série de reuniões e audiências com o MDA, INCRA e SRA/MDA para monitorar os desdobramentos das negociações reali-zadas no Grito da Terra Brasil. As principais reivindicações são a finalização dos processos de desapropriação das áreas ocupadas, da retomada das operações do Programa Nacional de Crédito Fundiário e a regularização das terras públicas griladas que se tornaram palco de graves con-flitos fundiários, especialmente em Rondônia e no Pará.

Também destacou-se a luta pela melhoria das ações destinadas ao desenvolvimento dos assentamentos, re-sultando na publicação da Medida Provisória 636/2013. Além destas medidas, as lutas sociais resultaram em ou-tras conquistas importantes, como o programa Terra Forte, para apoiar os processos de agroindustrialização da pro-dução, e o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), que podem assegurar mudanças im-portantes para as famílias assentadas.

A Secretaria de Política Agrária também empenhou--se em ampliar e fortalecer as políticas públicas desti-

nadas à reforma agrária e ao PNCF, participando dos es-paços institucionais de debate, elaboração e gestão de tais políticas. Participou, também, do intercâmbio sobre Governança Fundiária, visitando experiências e debaten-do com instituições públicas e organizações sociais da França e da Colômbia.

Destacou-se, ainda em 2013, a mobilização perma-nente no Congresso Nacional em torno dos debates e votações da PEC 57-A, que trata da expropriação de ter-ras onde se constatar o trabalho escravo, do capítulo do Código de Processo Civil sobre as ações possessórias, e do PLC 42/2012, que trata de alterações no Fundo de Terras e da Reforma Agrária.

Outra ação que contou com a participação direta da Secretaria foi a organização da Comissão Camponesa da Verdade, criada a partir do Encontro Unitário. Esta co-missão busca envolver, mobilizar e sensibilizar as entida-des a organizarem seus registros, resgatando a memó-ria dos camponeses que sofreram violações de Direitos Humanos. Além disso, visa incidir no resultado do traba-lho da Comissão Nacional da Verdade e assegurar a con-sequente justiça e reparação às vítimas.

Em 2013, na maioria dos espaços políticos e de dis-cussão, a juventude rural foi um dos temas em deba-te. A principal agenda do ano da Secretaria de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da CONTAG foi o Seminário Internacional da Juventude Rural, reali-zado em parceria com a Secretaria de Política Agrária e com a Vice-Presidência e Secretaria de Relações Internacionais, de 29 a 31 de outubro de 2013, em Brasília. O evento reuniu lideranças rurais jovens da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Nicarágua, Paraguai, Peru e Uruguai.

Na ocasião, foi construída uma carta política com proposição de políticas públicas estruturantes para o fortalecimento da agricultura familiar, campesina e in-dígena nos países latinos. Este documento foi entre-gue ao governo federal do Brasil e de outros países.

Outros espaços importantes que debateram a su-cessão rural e políticas fundamentais para garan-tir a permanência da juventude no campo foram a Conferência Setorial da Juventude Rural, em junho, e a Plenária Nacional da Juventude Rural, em outubro – atividades preparatórias à 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (2ª CNDRSS). As lideranças jovens da CONTAG, das FETAGs e dos STTRs participaram de forma qualificada nes-ses debates.

A Secretaria de Jovens também destacou o apoio e a participação nos Festivais, Encontros e Seminários Estaduais da Juventude Rural, realizados durante todo o ano, no Curso Regional de Formação de Jovens Rurais da Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar (Reaf), em maio, e na Oficina sobre Juventude e o Direito à Educação do Campo, em dezembro, organizada pelo Comitê Permanente de Juventude Rural do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf) e pelo Conselho Nacional de Juventude (Conjuve).

CONQUISTAA grande conquista dos(as) jovens brasileiros(as)

em 2013 foi a aprovação do Estatuto da Juventude. Após nove anos de tramitação, a legislação foi apro-vada na Câmara dos Deputados, em 9 de julho, e san-cionada por Dilma Rousseff, em 5 de agosto. O texto aprovado faz referências à juventude rural, em aten-dimento a demandas que já fazem parte das bandei-ras de luta da CONTAG, como a inclusão digital, am-pliação da oferta de educação em todos os níveis e modalidades educacionais, apoio a empreendimentos de jovens trabalhadores(as) rurais e acesso à cultura e lazer. Até a sua aprovação, a CONTAG fez uma gran-de articulação no Congresso Nacional junto aos outros movimentos sociais e estudantis.

2013 foi marcado por dar maior visibilidade à pauta da juventude rural e urbana, resultando inclusive na aprovação do Estatuto da Juventude.

2013 foi um ano de lutas e de pequenos avanços, que desafia o movimento sindical a reforçar as mobilizações para garantir conquistas e direitos.

POLÍTICA AGRÁRIA

JUVENTUDE RURAL

“São muitos os nossos desafios. Em 2013, trabalhamos os festivais estaduais. Neste ano, o maior desafio será trabalhar os festivais regionais, em preparação ao nacional, em 2015. Estamos trabalhando com as coordenações regionais e a Comissão Nacional de Jovens para organizá-los. Outro desafio será a organização e o trabalho na prática das políticas de juventude em todos os STTRs e FETAGs. Ainda é um grande desafio fazer com que todas as nossas entidades cumpram as deliberações congressuais.”

Mazé Morais, secretária de Jovens

Trabalhadores(as) Rurais

“O principal desafio da Secretaria é garantir que os 100 decretos que foram assinados pela presidenta Dilma virem, de fato, assentamentos da Reforma Agrária. Outro desafio é conseguir, junto ao governo, a desapropriação de mais áreas para assentar as milhares de famílias que se encontram hoje embaixo da lona. Afinal, os decretos publicados não atendem toda a demanda que há no Brasil.”

Zenildo Pereira Xavier,

secretário de Política Agrária

Reunião no final de 2013 no Acampamento Nova Esperança, Montanha/ES.

Seminário Internacional da Juventude Rural pela Reforma Agrária e Crédito Fundiário, em outubro de 2013.

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Em 2013, a Secretaria de Política Agrícola focou suas ações nas negociações do Grito da Terra Brasil; no Sistema CONTAG de Organização da Produção; nos Acordos de Cooperação com a Embrapa, Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e com a Unicafes; na formação, capacitação e monitoramento das po-líticas públicas; nas reuniões do Coletivo de Política Agrícola; na realização da 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (2ª CNDRSS); e na construção da Política e do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica -Pnapo e Planapo, respectivamente.

GTB 2013 – A Secretaria empenhou-se nas negociações das reivindicações referentes ao Pronaf Crédito, Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), Garantia-Safra, aos Programas de Aquisição de Alimentos (PAA), de Alimentação Escolar (Pnae), de Habitação Rural (PNHR), de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF), e de Preços Mínimos da Agricultura Familiar (PGPM/AF), ATER, Seguro da Agricultura Familiar (Seaf), dívidas, dentre outras. Em dezembro de 2013, o governo federal publicou medidas referentes à remissão e negociação das dívidas de assentados(as) da Reforma Agrária e Agricultura Familiar. As medidas beneficiarão cerca de 2,76 milhões de contratos, representando R$ 15,57 bilhões.

ACORDOS DE COOPERAÇÃO TÉCNICA – Em setembro de 2013, foi realizada uma reunião do Coletivo com a participa-ção especial do MPA para oferecer informações sobre a po-lítica da Pesca e Aquicultura. Saíram como principais enca-minhamentos: discutir e construir um modelo que integre a produção de pescado pela agricultura familiar; participação e controle da política e a defesa do público prioritário; e de-bate sobre o uso dos recursos hídricos.

quanto ao acordo com a Embrapa, ocorreu em junho o Encontro Regional Norte, em Belém/PA, quando foi definida a constituição de fóruns estaduais de pesquisa e extensão, tendo por público fim a agricultura familiar.

Sobre o acordo com a Unicafes, as ações prioritárias ti-veram como foco a intensificação do apoio e organização de cooperativas junto às FETAGs e STTRs, articulação para o AIAF/CI, a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), e a articulação no Congresso Nacional quan-to aos vários projetos de lei em tramitação.

MAIS AVANÇOS – No Pnae, a Secretaria de Política Agrícola destacou os principais avanços: pagamento de preço de mer-cado contendo os custos operacionais; critérios de seleção; considera a sazonalidade da produção e amplia as possibi-lidades de substituição de produtos, e outros.

Visando a inclusão produtiva com segurança sanitária dos empreendimentos familiares rurais e da economia soli-dária e de microempreendedores individuais, foi publicada a resolução 49/2013, considerada um avanço pela categoria. Entre as melhorias estão a simplificação e padronização dos procedimentos e requisitos de regularização da produção.

quanto ao PNHR, destacam-se o aumento no valor das unidades habitacionais, a inclusão do Banco do Brasil na ope-racionalização do PNHR e o alcance de cerca de 25 mil unida-des habitacionais construídas ligadas ao MSTTR, entre outros.

4 J o r n a l d a C o n t a g J o r n a l d a C o n t a g

BalanÇo 2013

A Secretaria de Assalariados(a) Rurais da CONTAG fez uma avaliação extremamente positiva do ano passa-do. Uma das principais conquistas foi o lançamento da Política Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados (Pnatre) -Decreto 7.943/13- pela presidenta Dilma Rousseff durante o 11º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CNTTR), em março de 2013. Ainda no 11º CNTTR, os assalariados(as) obtiveram ou-tra conquista com a aprovação do “Emprego Digno” co-mo pilar do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), somando-se aos outros dois - Fortalecimento da Agricultura Familiar e Reforma Agrária Ampla e Massiva.

Ainda no 1º semestre foi instalada a Comissão Nacional dos Trabalhadores Rurais Empregados (Cnatre), respon-sável pela construção e monitoramento da execução das ações previstas na Pnatre, composta por diversos Ministérios e que conta com a participação da CONTAG e de representantes das cinco regionais.

Ainda em 2013, foram dados passos importantes nas ações de combate à informalidade, com destaque para o Piloto de Combate à Informalidade nas contrata-ções da agricultura familiar, desenvolvido em Ituporanga/SC, e o Piloto de Combate à Informalidade em Região de Fronteira, realizado em Uruguaiana/RS, coordenados pe-lo Dieese, centrais sindicais, CONTAG e financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Estes pilotos trouxeram resultados importantíssimos para os assalariados(as) rurais, como o desenvolvimen-to do módulo preliminar do eSocial para o pequeno pro-

dutor, apresentado em novembro, em Ituporanga/SC, que simplificará a emissão de guias nas contratações por cur-ta duração. Já o Piloto de Uruguaiana permitiu a amplia-ção do debate sobre a informalidade, possibilitando a sua discussão internacionalmente, sobretudo no Mercosul, Unasul e Parlasul.

Merece destaque, ainda, a consolidação e fortalecimen-to de parcerias fundamentais para os trabalhadores(as) com entidades como a Oxfam, Dieese, UITA e OIT, am-pliando o debate e a construção de estratégias conjuntas e, ainda, possibilitando a realização de pesquisas sobre as condições de vida e de trabalho dos assalariados(as) rurais, como ocorre, por exemplo, nas cadeias da cana--de-açúcar e do café (fruto da parceria com a Oxfam).

TRABALHO ESCRAVO – 2013 também foi um ano impor-tante da luta em defesa da aprovação da PEC 57-A (PEC do Trabalho Escravo) e contra a sua proposta de regula-mentação, que representa um retrocesso e cria obstácu-los para o efetivo combate ao trabalho escravo no País. A Secretaria de Assalariados, a Assessoria Legislativa, em parceria com todas as áreas da CONTAG e com a Regional Latino-Americana da UITA, fizeram uma grande articula-ção no Senado Federal e garantiram o adiamento da vo-tação da regulamentação. Mas, a entidade segue mobi-lizada para 2014.

Em reconhecimento a esse trabalho, a CONTAG rece-beu o prêmio Direitos Humanos 2013 na categoria “Luta pela Erradicação do Trabalho Escravo”, durante o Fórum Nacional dos Direitos Humanos, em dezembro passado.

Avanços nas políticas agrícolas, como no Pnae, PNHR e de vigilância sanitária, marcam 2013. A Secretaria também empenhou-se nos acordos de cooperação com a Embrapa, Ministério da Pesca e Aquicultura e Unicafes, e na realização da 2ª CNDRSS.

Construção da Pnatre e combate ao trabalho escravo e à informalidade foram alguns dos desafios enfrentados em 2013.

POLÍTICA AGRÍCOLA

ASSALARIADOS(AS) RURAIS

“Continuamos com o desafio de acompanhar os acordos e convenções celebrados nos se-tores que atuam com assalariados, e am-pliar para estados que ainda não negociam. Também destacamos o combate à informa-lidade no campo. Vamos lutar pela implan-tação da Pnatre para garantir a geração de Emprego Digno e Renda, proteção contra a mecanização e reinserção produtiva, habita-ção rural, fiscalização eficaz e formalização das relações de trabalho no campo.”

Elias D’Angelo Borges, secretário de

Assalariados(as) Rurais

“Precisamos elaborar e colocar em prática um plano de formação com foco no desenvolvimento sustentável e solidário da agricultura familiar; aprofundar o debate sobre o Sistema CONTAG de Organização da Produção (Siscop) e os Acordos de Cooperação Técnica; ampliar a eficiência do MSTTR no controle e monitoramento das políticas públicas; e retomar o volume de operações do PAA nos níveis de 2012, quando registrou a execução financeira na ordem de R$ 839 milhões.”

David Wylkerson, secretário de Política Agrícola

Presidenta Dilma lançou a Pnatre no 11º CNTTR, em 2013.

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Siscop: Agricultura familiar agregando valor à produção.

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SECRETARIA GERAL

FINANÇAS E ADMINISTRAÇÃO

A Secretaria de Finanças e Administração da CONTAG dividiu as principais atividades realizadas no ano pas-sado em duas grandes frentes: Gestão Administrativa e Financeira e Programa Nacional de Fortalecimento das Entidades Sindicais (PNFES).

GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA – Nesta área, uma das atividades em desenvolvimento foi o Sistema Integrado de Arrecadação, Distribuição e Repasse das con-tribuições, assegurando o cumprimento das deliberações congressuais e definições nacionais: Relação CONTAG/ CGFAT/ MTE (Arrecadação da Contribuição Sindical Rural); Guia da Contribuição Sindical para Agricultura Familiar (unificação do valor); atualização do Arquivo de autori-zações da CONTAG (Convênio INSS); e implementação e repasse de 1% da Contribuição Social (de balcão) dos STTRs para a CONTAG.

Também destacaram-se os Projetos e Convênios. A equipe da Secretaria de Finanças e Administração empe-nhou-se na elaboração, execução e prestação de contas de convênios/contratos de repasse, termo de coopera-ção técnica e financeira e patrocínio. Além disso, foram elaboradas normas e procedimentos para a gestão in-terna da Confederação.

quanto à realização de eventos pela CONTAG em 2013, a Secretaria de Finanças e Administração ficou responsável

pela logística e infraestrutura do 11º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CNTTR), da ce-rimônia de Posse da Diretoria da Confederação - Gestão 2013/2017, da 2ª Mostra da Produção das Margaridas, do Grito da Terra Brasil e da preparação dos 50 anos da CONTAG.

PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DAS ENTIDADES SINDICAIS - PNFES – A Formação de Multiplicadores(as) é um momento de debate coletivo sobre a importância da sustentabilidade política e finan-ceira para fortalecer a gestão articulada às ações polí-tico-sindicais nas instâncias do MSTTR. Nesse aspecto, foram realizadas as seguintes atividades:• Oficina Nacional Preparatória das Ações do Projeto com Multiplicadores e Multiplicadoras;• Encontros Estaduais de Multiplicação Criativa em Gestão Administrativa e Financeira – foram realizados em 20 es-tados – com cerca de 1.200 participantes no total;• Seminário Nacional de Formação em Gestão e Adminis-tração Financeira para Conselheiros e Conselheiras Fiscais, cujo objetivo foi consolidar e fortalecer o pro-cesso de sustentabilidade político-financeira através de ações formativas com os conselheiros(as), compreen-dendo o seu papel na atuação político-sindical das en-tidades sindicais do MSTTR.

Gestão Administrativa e Financeira e PNFES foram os principais eixos trabalhados pela Secretaria de Finanças e Administração durante 2013.

“Desafios para 2014: articulação das ações es-tratégicas da Secretaria com as definidas pelo Planejamento da CONTAG – 2013/2017; elabo-rar o Plano Operacional Anual da Secretaria; consolidar a política de sustentabilidade po-lítica-financeira; ampliar a base de filiados e receita do MSTTR a partir de campanhas de sindicalização, mutirões, e outras iniciativas; implementar Orçamento Sindical Participativo; continuar as ações formativas do PNFES e po-tencializar a formação política; consolidar o Sistema Integrado de arrecadação, distribui-ção e repasse das contribuições; implementar normas e procedimentos da gestão interna da CONTAG; e melhorar o processo de elabora-ção, execução e prestação de contas de con-vênios/contratos de repasse, termo de coope-ração técnica e financeira e patrocínio.”

Aristides Santos, sec. de Finanças e Administração

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Oficina Nacional Preparatória das Ações do Programa com Multiplicadores e Multiplicadoras, em maio de 2013.

A Secretaria Geral da CONTAG avalia que 2013 foi um ano intenso e com temas que influenciam na estrutura sindical. “Celebramos 50 anos, mas com o desafio de nos preparar para os próximos 50, fortalecendo a luta dos trabalhadores(as) rurais no País. Na minha avalia-ção, a Secretaria Geral cumpriu seu papel de articular e dar suporte às ações das Secretarias. Isso só é possí-vel porque temos uma estrutura forte, pois, vale lembrar

que, mesmo com a nova gestão, não houve prejuízos quanto aos encaminhamentos dos trabalhos”, avaliou Dorenice Flor da Cruz, secretária Geral.

A Secretaria Geral tem o papel desafiador de orga-nizar toda a documentação para o licenciamento das atividades de massa, envio de convocação, regulariza-ção da documentação junto aos órgãos governamen-tais, convites e registros dos grandes eventos, como aconteceu em 2013 no Grito da Terra Brasil, na Mostra Nacional da Produção das Margaridas e na celebração dos 50 anos da CONTAG.

Também é de responsabilidade desta pasta a organiza-ção de reuniões da Diretoria, do Conselho Deliberativo e do Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais. No ano passado, a Secretaria Geral destacou o trabalho desenvolvido na realização do 11º CNTTR, na eleição e posse da Diretoria para a gestão 2013-2017, e nos três Conselhos Deliberativos. Outro destaque foi a sua participação na elaboração do Planejamento Estratégico para a gestão 2013-2017.

Além das atividades citadas, a pasta é responsável pela redação, revisão, envio e recebimento de todos os expedientes da CONTAG e pelo serviço de protocolo. Visando otimizar o tempo disponibilizado para a orga-nização de todos os documentos enviados e recebidos, a Secretaria Geral vem desencadeando um processo de diálogo permanente com o Setor de Tecnologia da

CONTAG para potencializar o uso da ferramenta Intranet, entre outras mudanças no protocolo.

Em 2013, empenhou-se em apoiar as ações realizadas pelas Secretarias, bem como as reuniões dos Coletivos e das Comissões Nacionais de Mulheres, Jovens e de Terceira Idade, a Jornada das Margaridas e o Seminário Internacional da Juventude Rural pela Reforma Agrária e Crédito Fundiário. Manteve relação próxima com as cinco Regionais da CONTAG, ficando responsável pela convocação das assembleias.

Outro destaque foi a participação em espaços po-líticos importantes, como no Conselho Deliberativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e no Grupo de Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que discute propostas para a nova regulamenta-ção para a representação sindical dos trabalhadores(as) que exercem suas atividades na área rural.

Grandes eventos, articulação política e das ações da CONTAG marcam o primeiro ano da gestão 2013-2017.

“2014 será um ano de grandes desafios: realização dos seminários regionais da CONTAG e de diversos congressos das FETAGs; colocar em prática o Planejamento da CONTAG; articulação das Secretarias Gerais das Federações na perspectiva de construir o Coletivo Nacional; fazer interface com as Secretarias e apoiá-las na realização das atividades; organizar os grandes eventos; envolver o MSTTR no debate sobre as eleições de 2014; articulação política com outras entidades; e aprofundar o debate sobre a organização sindical no campo.”

Dorenice Flor da Cruz, secretária Geral

Construção coletiva da árvore dos desejos com base no Planejamento Estratégico da CONTAG 2013-2017.

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6 J o r n a l d a C o n t a g J o r n a l d a C o n t a g

BalanÇo 2013

2013 foi um ano positivo para as trabalhadoras rurais. Em março, 15 anos após a aprovação da política de cotas de participação das mulheres no MSTTR, e 50 anos depois da fundação da CONTAG, as trabalhadoras rurais conquis-taram a paridade de gênero. Conquista esta que ficará no marco histórico da luta das mulheres na defesa da igualda-de entre homens e mulheres, fortalecendo assim o protago-nismo da CONTAG também na luta por uma sociedade com direitos iguais entre os gêneros.

Ainda em março, a 2ª Mostra das Margaridas deu visibi-lidade à produção diversificada e de qualidade das trabalha-doras rurais, além de abrir oportunidades, não só de troca de experiências, como de mercado para os grupos de mulheres.

Em agosto, ocorreu a Jornada das Margaridas, que con-tou com profunda análise dos avanços e desafios na luta e organização das mulheres, como na conquista de políticas públicas, destacando a implementação das unidades mó-veis de enfrentamento à violência contra as mulheres. Houve a apresentação da pauta interna à Diretoria da CONTAG e ao MSTTR, negociação com ministérios, e realização de ato pelos 30 anos do assassinato de Margarida Alves, que se-gue impune. Até agora, 16 estados já receberam as unida-des móveis. Em 2013, a Secretaria participou das reuniões do Fórum de Enfrentamento à Violência.

Outro destaque foi a participação na 2ª CNDRSS, nas eta-pas de preparação e elaboração do documento final. Pela pri-

meira vez, uma conferência nacional é realizada com a ga-rantia de paridade de gênero. Foi um momento de balanço dos desafios para que as políticas públicas cheguem efeti-vamente às mulheres rurais. As mulheres elegeram como mote a paridade nas políticas públicas, resultando em com-promissos para o Plano Nacional de Desenvolvimento Rural.

AGROECOLOGIA – Desde a Marcha das Margaridas 2011, a CONTAG participa da construção do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo). é uma con-quista da Marcha! Ainda em 2013, a Secretaria participou da Comissão de Gestão do Planapo e da organização e compo-sição das subcomissões temáticas da CNAPO, juntamente com as Secretarias de Política Agrícola e Jovens. Além dis-so, participou do processo preparatório e de construção do III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), que ocorrerá em maio de 2014, do GT Mulheres da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), do Seminário Nacional de Mulheres da ANA, preparatório ao III ENA, e outros.

Foi fortalecida a ampliação do diálogo mundial quanto à luta das mulheres, como articulações do programa de gêne-ro da Reaf, do Fórum de Mulheres Rurais da CPLP e Rede de Mulheres Líderes Rurais em parceria com a Oxfam. Além da participação no 9º Encontro Internacional da Marcha Mundial de Mulheres, no Brasil, cujos encaminhamentos vem fortalecer a agenda e unificar a pauta das mulheres em âmbito mundial.

Aprovação da Paridade, lançamento do Planapo, Mostra, Jornada e conquista das unidades móveis marcam 2013 para as trabalhadoras rurais.

MULHERES TRABALHADORAS RURAIS

Em 2013, a Secretaria da Terceira Idade da CONTAG, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), realizou Seminários Regionais dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Terceira Idade em quase todos os es-tados. Cada atividade reuniu, em média, 150 idosos e ido-sas, dirigentes e lideranças sindicais, além de represen-tantes do poder público e dos Conselhos do Idoso.

Foram realizados 53 seminários regionais, sendo 3 no Sudeste; 5 no Centro-Oeste; 33 no Nordeste; 4 no Norte; e 8 no Sul, totalizando um público de 9.394 pessoas.

quanto à atuação da CONTAG nos espaços de contro-le social, a entidade tem assento no Conselho Nacional do Direito do Idoso e no Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, onde atua efetivamente parti-cipando das reuniões, mas também propondo e debaten-do questões importantes, como, por exemplo, a regula-

mentação da profissão de cuidador de idoso e na defesa da aprovação do Fundo Nacional do Idoso.

No ano passado, a Secretaria também participou do Fórum Mundial de Direitos Humanos, em Brasília, que te-ve como objetivo promover um espaço de debate públi-co sobre direitos humanos, trazendo os seus principais avanços e desafios com foco no respeito às diferenças, na participação social, na redução das desigualdades e no enfrentamento a todas as formas de violação de di-reitos humanos.

AVANÇOS – Um dos destaques de 2013 foi o Decreto nº 8.114, de 30 de setembro de 2013, assinado pela pre-sidenta Dilma Rousseff, que estabelece o Compromisso Nacional para o Envelhecimento Ativo. Esse compromisso visa conjugar esforços da União, dos estados, do Distrito

Federal e dos municípios, em colaboração com a socie-dade civil, para valorização, promoção e defesa dos di-reitos da pessoa idosa. As ações terão como fundamen-tos três eixos: emancipação e protagonismo, promoção e defesa de direitos, informação e formação.

A Secretaria destaca, ainda, a realização da 1ª reunião, da gestão 2013-2017, do Coletivo Nacional da Terceira idade. A atividade se configurou em um espaço de análi-se das conquistas e desafios da terceira idade do campo brasileiro e teve como objetivo central monitorar e avaliar as ações desenvolvidas nos pólos regionais e microrregio-nais, através do Termo de Cooperação Técnica 004/2012 CONTAG/SENAR e os resultados alcançados. Na ocasião, também foi construído o planejamento da Secretaria e do Coletivo Nacional da Terceira com as atividades a serem desenvolvidas em 2014.

Mais de 9 mil idosos e idosas participaram dos Seminários Regionais da Terceira Idade realizados durante todo o ano. Outro destaque de 2013 foi a assinatura do Compromisso Nacional para o Envelhecimento Ativo.

TERCEIRA IDADE

“O principal desafio de 2014 será a pre-paração da Marcha das Margaridas 2015. Vamos construir a pauta, a mobilização e definir as estratégias. Temos a continuida-de do projeto de enfrentamento à violên-cia contra as mulheres, com a entrega das unidades móveis e a construção de barcos para atendimento na Amazônia e Pantanal. Por ser o Ano da Agricultura Familiar, dare-mos continuidade à construção da autono-mia econômica das mulheres. Junto a is-so, uma das principais ações é garantir que as conquistas das marchas anteriores pos-sam chegar aos municípios. Precisamos marchar também nos municípios e estados para fortalecer o diálogo, garantindo que as mulheres efetivamente acessem as polí-ticas públicas.”

Alessandra Lunas, secretária de Mulheres

“São vários os desafios. Um deles é articular uma campanha de combate a todo tipo de violência. Outro é a formação da 3ª idade pela ENFOC. Também temos o monitoramento da elaboração e efetivação das políticas públicas, principalmente o que refere-se ao Decreto 8.114/2013, que remete ao envelhecimento ativo. Precisamos saber como será efetivado. Também é preciso fazer uma articulação com a juventude rural, dialogando sobre a sucessão rural.”

Lúcia Moura, secretária da Terceira Idade

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Ato de entrega das unidades móveis de enfrentamento à violência contra as mulheres rurais, durante a Jornada das Margaridas.

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7J o r n a l d a C o n t a g

A preparação do Ano Internacional da Agricultura Familiar, Campesina e Indígena 2014 (AIAF/CI) cobrou relevância mundial em 2013 no complexo contexto de crise financei-ra, ambiental, de ascensão e volatilidade dos preços dos alimentos. Nesse sentido, a CONTAG e organizações de agricultores(as) familiares, camponeses e indígenas que com-põem a COPROFAM assumiram a tarefa de motivar e prepa-rar esse processo para 2014. Junto ao Fórum Rural Mundial e às organizações camponesas da ásia, áfrica e Europa, foi construída uma proposta estratégica para as coordenações continentais e intercontinentais de informação e sensibiliza-ção pública e de incidência política nos países e espaços de integração regional e internacional, como na FAO, FIDA e PMA.

A partir deste cenário, a orientação é visibilizar a agricul-tura familiar e a produção de alimentos saudáveis para ga-rantir a soberania e segurança alimentar mundial. Deste mo-do, se impulsiona a constituição dos Comitês Nacionais do AIAF/CI no Mercosul Ampliado e na Costa Rica e Nicarágua.

A CONTAG participa das sessões nacionais da Reaf nos temas de acesso à terra e reforma agrária, facilitação do co-mércio, políticas de gênero, juventude rural, adaptação às mudanças climáticas e gestão de riscos.

Em 2013, a CONTAG pautou de forma positiva na Reunião Especializada da Agricultura Familiar (Reaf) o segmento da agricultura familiar no processo de negociação do bloco re-

gional, centrando as ações no fortalecimento das políticas públicas e promoção do comércio para o desenvolvimen-to sustentável no Mercosul. Também participou da missão de apoio para constituir o capítulo nacional Equador como novo membro associado ao Mercosul e, portanto, da Reaf.

Durante o ano foram realizados estudos envolvendo as Secretarias de Juventude, Assalariados, e Mulheres, com o apoio central da Oxfam-Intermon e Oxfam Brasil, que per-mitem contar com argumentos nacionais e regionais a favor das políticas públicas da agricultura familiar e trabalhadores assalariados no Mercosul, comparar realidades e definir es-tratégias de atuação nos países e dentro da Reaf.

Hoje, o MSTTR é visto como a organização sindical par-ceira dos movimentos de defesa da segurança e soberania alimentar. A CONTAG coordenou a COPROFAM, possibilitan-do-lhe um papel estratégico de articulação e intervenção nos espaços de formulação e de decisão das políticas de desen-volvimento rural sustentável para os agricultores(as) familiares. Ocupou um espaço estratégico do ponto de vista político sin-dical, atuando primeiro como Ponto Focal da Sociedade Civil da América Latina para o CIP-FAO. Representa, junto à UITA, os trabalhadores da agricultura no Comitê de Coordenação do Mecanismo da Sociedade Civil do Conselho de Segurança Alimentar da FAO e os assalariados rurais dentro da coor-denação da Aliança Continental pela Soberania Alimentar.

2013 foi o ano de preparação e motivação do AIAF/CI 2014 e de participação ativa nas ações de integração regional dos agricultores(as) familiares do Mercosul Ampliado.

J o r n a l d a C o n t a g

MEIO AMBIENTE

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

A gestão 2013-2017 da CONTAG assumiu o trabalho em maio do ano passado. Na Secretaria de Meio Ambiente, o iní-cio foi dedicado à identificação das demandas urgentes. Na ocasião, foram detectadas algumas questões, especialmente as deliberações a partir do novo Código Florestal Brasileiro.

Desde então, a Secretaria vem dialogando com as fede-rações no sentido de capacitar as lideranças com relação ao preenchimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Já foram capacitadas 755 pessoas, envolvendo as Emater’s, órgãos ambientais estaduais, técnicos da agricultura fami-liar e patronal.

Ainda em maio de 2013, durante o 19º Grito da Terra Brasil, foi contabilizada uma importante vitória junto ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A partir da proposta da CONTAG, foi retirada a obrigatoriedade de licenciamento prévio dos assentamentos da reforma agrária, com a der-rubada da Resolução 387/2006, que criava uma série de exigências, dificultava a regularização ambiental e impe-dia os(as) assentados(as) de acessar as políticas públicas.

Durante o ano também foram feitas algumas discus-sões, especialmente com as Secretarias de Mulheres e de Juventude, sobre a agricultura sustentável, passando pelo Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo). A Secretaria de Meio Ambiente também dedicou-se ao de-bate sobre o processo de geração de energias, tendo pro-movido discussões sobre energia sustentável.

Em 2013, outro destaque foi a tentativa de uma participa-ção mais ativa no âmbito do Congresso Nacional e do gover-no federal. Foram inúmeras reuniões junto ao Ministério do Meio Ambiente, na participação de diversos grupos de tra-balhos e conselhos e, obviamente, questões discutidas di-retamente com a ministra do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Izabella Teixeira, como nos casos das reservas extra-tivistas (Resex). Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, es-te foi um tema muito forte que foi pauta de várias audiências com a ministra, onde providências já estão sendo tomadas.

Enfim, na avaliação da Secretaria, o trabalho foi bas-tante complexo e importante para o desenvolvimento das ações.

Secretaria destaca em 2013 a retirada da obrigatoriedade de licenciamento prévio nos assentamentos e início das capacitações para a implementação do CAR.

“Os desafios de 2014 são debater e construir uma compreensão política no conjunto do MSTTR sobre a importância da agricultura familiar e a política externa brasileira nos âmbitos nacional, regional e mundial, a partir da reformulação do Coletivo Nacional de Relações Internacionais; realizar um forte e positivo AIAF/CI 2014, em diálogo permanente com agricultores(as) familiares, camponeses e indígenas, e com a sociedade, consolidando as políticas e programas para o setor em âmbito dos governos federal, estaduais e municipais; avançar em novas conquistas, como na realização da reforma agrária e no fortalecimento da organização sindical, além de incidir nas eleições de 2014 e propor aos candidatos políticas que venham fortalecer a agricultura familiar.”

Willian Clementino, vice-presidente e secretário

de Relações Internacionais

“Uma das primeiras questões que devemos resolver e buscar a implementação é o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Já houve o lançamento em praticamente todos os estados, faltando apenas as portarias de regulamentação, que darão início ao prazo de dois anos para a sua elaboração. Precisaremos do engajamento das FETAGs e STTRs para auxiliar os agricultores nesse processo. A 2ª questão é buscarmos alternativa de renda com relação à questão ambiental. Destacamos os projetos de lei sobre pagamento por serviços ambientais que estão tramitando no Congresso. Temos também a expectativa de provocar um grande debate interno do MSTTR e também no governo sobre a possibilidade de geração de energia solar, eólica e biodigestores. Além disso, planejamos trabalhar a temática ambiental no âmbito do uso dos recursos naturais, destacando neste momento para águas e Programa Nacional de Biodiesel.”

Antoninho Rovaris, secretário de Meio AmbienteAudiência no MMA sobre o Cadastro Ambiental Rural e reservas extrativistas.

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Seminário Internacional sobre Violência no Campo, em março, no 11º CNTTR.

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BalanÇo 2013

No ano em que a CONTAG completou 50 anos de funda-ção, a Secretaria de Formação e Organização Sindical avaliou que 2013 foi um ano positivo, apontando dois grandes avan-ços: a realização dos cursos regionais do processo formativo da 4ª turma e o debate sobre o tema da organização sindical.

FORMAÇÃO – De maio a novembro do ano passado, a Escola Nacional de Formação da CONTAG (ENFOC) conseguiu cum-prir sua agenda ao realizar os três módulos dos cinco cursos regionais do processo formativo da 4ª turma, com participa-ção e presença expressiva, e um aproveitamento de quase 100% do conteúdo aplicado nos cursos. Ao final do ano, foi produzido um encarte com a sistematização das experiências.

Os cursos tiveram como temas geradores: sujeitos do campo, história de luta e prática sindical, Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), disputa entre a agricultura familiar e o agronegócio, impac-tos dos grandes projetos, organização sindical, entre outros.

ORGANIZAÇÃO SINDICAL – A organização sindical do MSTTR foi tema de grandes debates no movimento sindical em 2013,

e a reflexão sobre as mudanças de impacto na base organi-zativa do MSTTR ocuparam posição de centralidade e rele-vância na pauta nacional da CONTAG e de suas federações filiadas durante o 11º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CNTTR), em março de 2013, e duran-te as negociações do 19º Grito da Terra Brasil (GTB) junto ao Ministério do Trabalho, em maio do ano passado.

Mas, sem dúvida, o ponto de maior aprofundamen-to sobre o tema deu-se a partir de agosto, com a insta-lação pelo MTE do Grupo de Trabalho com a finalidade analisar a representação sindical dos trabalhadores no campo. Partindo dos debates do GT, a CONTAG e suas fe-derações estabeleceram intensa agenda de debates so-bre a representação e a representatividade sindical dos trabalhadores(as) no campo, considerando aspectos polí-ticos e jurídicos do tema, e a realização de inúmeras reu-niões em Brasília e nos estados, sob a coordenação dire-ta da Secretaria de Formação e Organização Sindical da CONTAG, com a participação massiva de presidentes e secretários(as) das Federações nesta área, além da as-sessoria jurídica da CONTAG e FETAGs.

Realização dos cinco cursos regionais da ENFOC e o debate sobre a organização sindical são os destaques de 2013.

POLÍTICAS SOCIAIS

FORMAÇÃO E ORGANIZAÇÃO SINDICAL

“O desafio maior é darmos continuidade ao que já vem sendo feito desde os anos anteriores. Sabemos das dificuldades postas, mas não fugimos das responsabilidades. Vamos continuar conversando com nossas bases. Temos a proposta de realizar cinco seminários regionais, além de reunir o Conselho Ampliado em abril. Vamos continuar participando e propondo fazer uma grande organização sindical no campo com os(as) trabalhadores(as), sempre com o cuidado de ouvir o que é melhor para eles(as).”

Juraci Souto, secretário de Formação e

Organização Sindical

eXPeDieNte

Jornal da CONTAG - Veículo informativo da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) | Diretoria Executiva – Presidente Alberto Ercílio Broch | 1º Vice-Presidente/ Secretário de Relações Internacionais Willian Clementino da Silva Matias | Secretarias: Assalariados e Assalariadas Rurais Elias D'Ângelo Borges | Finanças e Administração Aristides Veras dos Santos | Formação e Organização Sindical Juraci Moreira Souto | Secretária Geral Dorenice Flor da Cruz | Jovens Trabalhadores Rurais Mazé Morais | Meio Ambiente Antoninho Rovaris | Mulheres Trabalhadoras Rurais Alessandra da Costa Lunas | Política Agrária Zenildo Pereira Xavier | Política Agrícola David Wylkerson Rodrigues de Souza | Políticas Sociais José Wilson Sousa Gonçalves | Terceira Idade Maria Lúcia Santos de Moura | Endereço SMPW Quadra 1 Conjunto 2 Lote 2 Núcleo Bandeirante CEP: 71.735-102, Brasília/DF | Telefone (61) 2102 2288 | Fax (61) 2102 2299 | E-mail [email protected] | Internet www.contag.org.br | Edição e Reportagem Verônica Tozzi |Edição de Arte e Diagramação Julia Grassetti | Estagiária de Jornalismo Gabriella Avila | Fotos da capa: César Ramos e Luiz Fernandes | Projeto Gráfico Wagner Ulisses e Fabrício Martins | Impressão Dupligráfica

www.contag.org.br facebook.com/contagbrasil @ContagBrasil youtube.com/contagbrasil

A partir da compreensão de que as políticas públicas so-ciais são um dos pilares estruturantes da democracia, da ci-dadania dos trabalhadores e trabalhadoras rurais e do de-senvolvimento rural sustentável, a Secretaria de Políticas Sociais, em 2013, buscou contribuir para a superação das desigualdades sociais históricas que afetam a vida da clas-se trabalhadora rural, por meio da incidência política na ela-boração das políticas públicas sociais e no fortalecimento do controle social.

Como resultados desta estratégia, destacamos: a) a aprovação de novos cursos de Educação do Campo, um

passo importante para a garantia do direito à Educação e da parceria entre a CONTAG e o Instituto Federal de Brasília – IFB no âmbito do Pronatec, que possibilitou a construção de uma proposta pedagógica diferenciada de formação téc-nica articulada à formação político-sindical;

b) a aprovação da proposta da CONTAG de emenda à Medida Provisória 619/2013, que prevê a implementação de um marco regulatório sobre o funcionamento do sistema sim-plificado de formalização dos contratos de trabalho de cur-ta duração;

c) o reconhecimento nacional e internacional da CONTAG e a reafirmação de sua importante atuação como uma das en-tidades articuladoras e protagonistas na luta contra o traba-lho infantil no Brasil durante a realização da III Conferência Global contra o Trabalho Infantil;

d) a Presidência do Conselho Nacional de Saúde pela primei-ra vez com o segmento dos usuários e com a represen-tação de uma mulher, e o fortalecimento das ações volta-das para a implementação da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das águas.No âmbito externo, a Secretaria de Políticas Sociais enten-

de que ainda é preciso que o MSTTR contribua para o fortale-cimento do papel do Estado como promotor de políticas pú-blicas sociais, seja por meio de sua influência no orçamento e gestão das políticas públicas, seja na participação em es-paços de elaboração e efetivação de novas leis sociais que atendam às demandas da população do campo. No âmbito interno, é necessário que haja uma articulação mais efetiva entre as Secretarias da CONTAG e as instâncias do MSTTR. Estes são alguns dos desafios apresentados pela Secretaria de Políticas Sociais para 2014.

Secretaria de Políticas Sociais destaca vários avanços no ano passado em suas áreas de atuação e estabelece os desafios para 2014.

“Embora as famílias do campo coloquem as políticas sociais no patamar das prioridades de suas necessidades humanas, e mesmo com toda a trajetória que o MSTTR tem na lu-ta pela garantia e ampliação dos direitos, ain-da há no MSTTR dirigentes com pouca com-preensão da importância das políticas sociais. É fundamental entender que tais políticas são estratégicas para o desenvolvimento social e econômico que queremos e defendemos. Por isso, é imprescindível que a CONTAG possa contar com a colaboração das Federações e Sindicatos no sentido de assumir o desafio de garantir e ampliar o acesso às políticas públi-cas sociais.”

José Wilson Gonçalves, secretário de Políticas

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Coletivo de Políticas Sociais.