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ANO 12 - NÚMERO 117 MARÇO DE 2015, RECIFE WWW.FIEPE.ORG.BR Informativo da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco FIEPE chega ao Sertão do Araripe Sistema FIEPE mais preparado para internacionalização de empresas PÁGINA 05 Gerentes da rede de atuação internacional receberam capacitação em cooperação intercultural Desenvolvimento da vocação da região será o foco da atuação da nova unidade regional, em Araripina PÁGINA 04 Confira a entrevista com Dal Marcondes, criador do Portal Envolverde PÁGINA 03 O especialista fala sobre economia verde nas indústrias e como produzir mais com menos

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ANO 12 - NÚMERO 117 MARÇO DE 2015, RECIFE WWW.FIEPE.ORG.BR

Informativo da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco

FIEPE chega ao Sertão do Araripe

Sistema FIEPE mais preparado para internacionalização de empresas página 05

Gerentes da rede de atuação internacional receberam capacitação em cooperação intercultural

Desenvolvimento da vocação da região será o foco da atuação da nova unidade regional, em Araripina

página 04

Confira a entrevista com Dal Marcondes, criador do Portal Envolverde página 03

O especialista fala sobre economia verde nas indústrias e como produzir mais com menos

Page 2: ANO NMERO 7 aRÇo DE 05 RECiE .FIEPE.ORG.BR Informativo …arquivos.sindicatodaindustria.com.br/app/cni_sindicatos/2011/01/10/... · Delmiro Gouveia, um dos pioneiros da industrialização

esde a época da colonização, a principal atividade econômica desenvolvida no

Brasil foi a agricultura, praticamente limitada ao litoral e às regiões próximas. Em Pernambuco não foi diferente e as primeiras industriais estavam ligadas à cana-de-açúcar. Apesar dessa predominância Pernambuco marchou para o interior, quando empreendedores desafiaram severas dificuldades naturais, ausência de logística, altas cargas tributárias e falta de incentivos.

Nesse clima inconstante surgiram no Sertão e no Agreste indústrias alimentícias, curtumes, tecelagens, atividades extrativas, metalúrgicas e o histórico empreendimento de Delmiro Gouveia, um dos pioneiros da industrialização do País ao construir no Sertão do São Francisco a segunda usina hidroelétrica do Brasil, para a produção têxtil. Muitos dessas indústrias, vítimas dos nunca solucionados problemas, faliram ou foram engolidas por empresas mais fortes. Poucas sobraram.

Nos últimos anos, a Federação das Indústrias de Pernambuco desenvolve estudos, não apenas para melhor conhecer as dificuldades, mas principalmente enfrentá-las, envolvendo os segmentos da sociedade numa parceria em prol do desenvolvimento industrial e dos empreendimentos que resistem. Trata-se da Proposta de uma Política Industrial para Pernambuco, que vem sendo implantada pela FIEPE, com ênfase nas soluções para a superação dos desafios que afetam o setor, inclusive no interior. Daí a importância da criação das Unidades Regionais da FIEPE.

Depois de chegar a Caruaru e a Petrolina, o Sistema FIEPE promove a inauguração oficial da Unidade Regional Sertão do Araripe da FIEPE, que atenderá além de Araripina, onde ficará a sede, mais nove municípios que compõem a região.

Incentivar a vocação industrial da região formulando políticas adequadas, colocando à disposição dos empreendedores o portfólio de produtos e serviços do Sistema será o papel da FIEPE. Desde cursos, palestras e capacitações voltadas aos empresários e executivos da indústria até instalações adequadas e intercâmbio com o Sistema FIEPE. Ao escolher o Araripe para sediar a nova Unidade, a FIEPE levou em conta o trabalho desenvolvido pelo Sindicato da Indústria do Gesso do Estado de Pernambuco – Sindugesso, que tem se destacado nacionalmente em defesa do potencial da região.

Nos últimos anos, a evolução do Polo Gesseiro proporcionou o surgimento de outras atividades, inclusive a produção de mel, graças a política de replantio florestal. Entretanto, nem tudo são flores. Pela localização geográfica, clima adverso e ausência de políticas públicas permanentes, o Polo Gesseiro enfrenta incontáveis dificuldades. E essa é a razão principal da presença do Sistema FIEPE, em ação permanente na defesa das atividades industriais, base de sustentação da economia de Pernambuco.

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Ricardo EssingerPresidente em exercício

DiretoriaDiretor Presidente Licenciado

Jorge Wicks Côrte RealDiretor Presidente em Exercício

Ricardo Essinger1º Diretor Administrativo

Carlos Abdenor Neiva Nunes2º Diretor Administrativo

Bruno Salvador Veloso da Silveira1º Diretor Financeiro

Felipe José Bezerra Coêlho2º Diretor Financeiro

Francisco Ricardo Heráclio do RêgoDiretores Vice-Presidentes

Aurélio Márcio NogueiraJosias Inojosa se Oliveira FilhoRenato Augusto Pontes Cunha

Anísio Bezerra CoelhoVikentios Kakakis

Oscar Augusto Rache FerreiraJoão Sandoval da Silveira

Massimo Giovanni Maschio CadorinJosé Cosme da Silva

Valdézio Bezerra de Figueiredo

Diretores AdjuntosFernando Antônio de Araújo Pinheiro

Rafael Araújo de Souza CoelhoLuiz Arnaldo von Beckerath Grimaldi

Otiniel Gerôncio BarbosaAnivaldo Dias de Oliveira

Oséas Omena Ribeiro SobrinhoFernando Carlos de Albuquerque Teixeira

Samoel José Gomes da SilvaAdenísio Lemos De Vasconcelos

Aníbal Manoel Rebelo Jardim CapelaGilberto Duque de Souza FilhoAirton Tenório de Albuquerque

José Carlos Borba de Queiroga CavalcantiCarlos Albérico BezerraÍtalo Brasil Renda Filho

Carlos Wiethaeuper

Conselho Fiscal - EfetivosSeverino Elias Paixão

Edgard Wanderley Milton dos Reis Gomes

SuplentesFredi de Azevedo Maia Filho Severino Batista da CostaHugo Gonçalves de Souza

Delegados Representantes - EfetivosJorge Wicks Côrte Real

Armando de Queiroz Monteiro NetoSuplentes

Ricardo EssingerFelipe José Bezerra Coêlho

Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) - Av. Cruz Cabugá, 767

Santo Amaro, Recife - PEFone (81) 3412 8300

E-mail [email protected] Responsável Guilherme Faria

(DRT/PE - 4111) Projeto Gráfico Mayara Magalhães

Tiragem 3.000 exemplares Impressão WDT Gráfica

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Sistema FIEPE realiza o V Seminário de Sustentabilidade Ambiental

para disseminar e debater conceitos de sustentabilidade possíveis de serem alcançados pelas indústrias. Nesta edição, que acontece dia 28 de abril na FIEPE, estarão em pauta o entendimento sobre a economia verde e a importância para a sustentabilidade corporativa. Confira a seguir entrevista com Dal Marcondes, criador do Portal Envolverde, que será um dos palestrantes.

A busca pela sustentabilidade virou prioridade para empresas ou o caminho ainda é longo?

Sustentabilidade não é uma meta a ser atingida, mas um caminho permanente a ser trilhado pelas empresas e pelas pessoas. A cada conquista uma nova demanda se abre à frente e precisa ser compreendida e equacionada pelos gestores. Sempre há mais a ser feito. O bom desse formato de busca permanente pela sustentabilidade é o estímulo que isso dá à inovação, não apenas em tecnologias, produtos e serviços, mas também em modelos de gestão. É possível fazer com que a sustentabilidade e o desenvolvimento empresarial/industrial caminhem juntos?

Não apenas é possível, como também necessário. Para as empresas a busca pela sustentabi-lidade significa melhor gestão de recursos, de materiais, de energia, de água. Ou estabelecer metas de sustentabilidade, como redução de emissões de gases estufa, utilizar menos recursos naturais e buscar maior qualidade e eficiência para produção e e gestão são requisitos essenciais do século XXI e de uma economia realmente moderna.

Processos mais modernos, de menor impacto ambiental, já são realidade dentro das empresas? Você tem algum número?

As grandes empresas globais já lidam com questões relacionadas à sustentabilidade de forma muito orgânica. Não apenas trabalham em seus processos, como exigem de seus fornecedores as mesmas métricas de eficiência que impõem aos seus próprios processos. Empresas que fazem parte da cadeia de fornecimento de grandes precisam estar atentas às demandas

de mercado, principalmente porque as especificações estão mudando de forma muito rápida e o que era aceito ontem pode não mais ser o suficiente amanhã. Um exemplo é o Programa Sustentabilidade de Ponta a Ponta trabalhado pelo Walmart Brasil com mais de 40 de seus principais fornecedores. Foram estabelecidas metas de redução de resíduos, emissões, consumo de água, utilização de energia e outros requisitos sociais e ambientais.

Praticamente todos os produtos envolvidos tiveram reduções significativas de custos em seus processos de produção.

Há diversos exemplos de sucesso. Os principais vêm de empresas que estão assumindo a ponta nessa direção, tais como empresas que são cotadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores de São Paulo - ISE-BM&FBOVESPA. São empresas que há mais de 10 anos estão aprimorando seus processos e seus modelos de gestão e incorporando valores de sustentabilidade no centro de seus planos de negócios e planejamento de operações.De que forma as organizações podem implementar economia verde com menor comprometi-mento financeiro?

Economia Verde ou economia sustentável significa basicamente produzir mais com menos. Ou seja, os custos de produção caem. Claro que há investimentos em desenvolver novos modelos de produção e na busca por inovação tecnológica ou de gestão. Mas dentro de um plano de médio prazo, a empresa consolida melhores margens a partir de uma visão integrada de negócios e sustentabilidade.As expectativas a curto e médio prazo são turvas ou já estão mais cristalinas?

No médio prazo as perspectivas dependem de decisões das empresas. As que evoluírem para uma nova forma de produzir e oferecer seus produtos e serviços à sociedade certamente terão mais competitividade. Aquelas que ficarem esperando para ver o que vai acontecer irão atuar a reboque e possivelmente não terão as mesmas oportunidades do que aquelas empresas que liderarem as mudanças.

Dal Marcondes fala sobre economia verdeCriador do Portal Envolverde é presença confirmada em evento dia 28 de abril, no Recife

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“Sustentabilidade é um caminho permanente que deve ser trilhado pelas empresas e pessoas”, defende Dal Marcondes

FIEPE JORNAL DA INDÚSTRIA 03

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epois de instalar unidades regionais em Caruaru e Petrolina, a Federação das

Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) chega a Araripina. A inauguração da Unidade Regional Sertão do Araripe acontece no dia 23 de abril e atenderá além de Araripina, onde ficará localizada a sede, mais 9 cidades que compõem a região: Bodocó, Exu, Granito, Ipubi, Moreilândia, Ouricuri, Santa Cruz, Santa Filomena e Trindade.

Distante 692km da capital pernambucana, Araripina foi escolhida para abrigar a unidade por ter o maior número de indústrias, sendo o principal polo provedor de gipsita do País, ocupando importante papel econômico para a dinâmica produtiva do Nordeste. A forte atuação do Sindicato da Indústria do Gesso do Estado de Pernambuco - Sindugesso, que representa as empresas da principal atividade econômica da região também foi relevante na escolha do local da sede. “A escolha da região não foi aleatória. Nela estão cerca de 20% das reservas conhecidas de gipsita do País, consideradas as melhores do mundo”, explica o presidente em exercício da FIEPE, Ricardo Essinger. O setor gesseiro, envolve 600 empresas, gera 12 mil empregos diretos e cerca de 65 mil indiretos, promovendo renda,

tributos e contribuindo para fixar o sertanejo em seu território. “Este é um patrimônio que deve ser preservado através de uma política de incentivos e de medidas inovadoras. É o que a FIEPE vem fazendo”, completa Essinger.

A nova unidade terá como foco principal o de trabalhar a vocação da região, criando uma política industrial adequada aos setores já existentes, em busca do desenvolvi-mento da indústria local, colocando à disposição todo o portfólio de pro-dutos e serviços da FIEPE. Cursos, palestras e capacitações voltados aos empresários e executivos da indústria estão entre as ações que a FIEPE vai disponibilizar através da unidade.

O prédio que abrigará a FIEPE em Araripina foi reformado com o objetivo de criar um ambiente de convivência para empresários. A es-trutura terá quatro salas de reunião e um auditório com capacidade para receber até 100 pessoas.

A diretoria da casa será compos-ta por Francisca Maria Campo Costa, diretora regional, e Francisco Assis de Matos Alencar, diretor-adjunto. Na inauguração, estarão presentes ainda o presidente em exercício, Ricardo Essinger, o deputado Jorge Côrte Real, o ministro do MDIC, Ar-mando Monteiro Neto, empresários e autoridades da região.

Sertão do Araripe ganha unidade da FIEPEIndústrias do Araripe terão à disposição serviços e produtos desenvolvidos pela Federação

Unidade abrangerá 10 cidades do Sertão do Araripe

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FIEPE JORNAL DA INDÚSTRIA04

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A falta de uma regulamentação no Brasil que aborde de forma clara a terceirização nas prestações de serviço é um fator impeditivo à competitividade e de extrema insegurança jurídica na relação empresa x trabalhador.

Segundo estudos desenvolvidos

pela Confederação Nacional das Indústrias – CNI, mais da metade das indústrias seriam atingidas com uma eventual proibição da terceirização no ordenamento jurídico brasileiro, trazendo consequências graves para o setor produtivo, como o fechamento de linhas de produção e postos de trabalho.

Importante salientar que há mais de 10 anos a regulamentação da terceirização vem sendo debatido no Congresso Nacional.

Por oportuno, está previsto para que no mês de abril de 2015 seja posto em votação o Projeto de Lei 4.330, de 2004. Entre os principais pontos a serem abordados na regulamentação estão o fim de

distinção entre atividade-meio e atividade-fim, a responsabilização da contratante, a especialização da empresa prestadora, o objeto social compatível com a prestação e as garantias dos direitos do terceirizado. A terceirização é elo estratégico para a atividade produtiva brasileira.

Por isto se faz necessário, com urgência, uma legislação que a regulamente de forma adequada e permita que a empresa escolha o que terceirizar, de acordo com a sua estratégia de negócio, assegurando, desta forma, os direitos dos trabalhadores e equilibrando os anseios de todos os envolvidos na terceirização.

Terceirização e Insegurança Jurídica aRtigo poR ROGER BOLD QUEIROZ, ANALISTA JURÍDICO FIEPE

Regulamentação da terceirização vem sendo debatido no Congresso Nacional há mais de 10 anos

perfeiçoar a atuação dos participantes no contexto internacional foi

o principal objetivo da capacitação realizada pela FIEPE, de 16 a 21 de março. O evento reuniu gerentes e representantes da rede de atuação internacional do Sistema Indústria, que envolve SESI, SENAI, IEL e do Centro Internacional de Negócios. Direcionado para cooperação internacional, o encontro teve como foco competências interculturais que trabalham a melhor forma de agir e o que deve ser observado ao lidar com outras culturas. O trabalho é direcionado a realização de negociações internacionais bem sucedidas.

O curso que já passou em Brasília (DF), Vitória (ES), Curitiba (PR) e Goiânia (GO), foi ministrado no Recife por instrutoras da GIZ, agência de cooperação técnica alemã que atua com estratégias de sucesso

na cooperação internacional. Foram apresentados na capacitação o desenvolvimento de competências, modelos de cultura, percepção e solução construtiva de conflitos e oportunidades da diversidade cultural. “A competência intercultural é a capacidade de se comunicar e cooperar de maneira eficaz com pessoas de outros meios culturais, seja em situações cotidianas ou em posturas de trabalho”, explicou Cristina Ramalho, uma das instrutoras da GIZ.

A Rede de Atuação Interna-cional do Sistema FIEPE tem como objetivos propor políticas e estraté-gias de cooperação técnica, articular acordos, convênios, contratos e projetos internacionais e coordenar o processo de captação de recursos de fontes internacionais para a execução de projetos. Enquanto a rede CIN atua na promoção comer-cial, com missões prospectivas no

exterior; na capacitação comercial, com treinamentos para empresários brasileiros; na assessoria antes, durante e depois do fechamento de negócios; e na inteligência comercial, com informações para auxiliar as empresas que querem exportar produtos.

Rede de atuação internacional do Sistema FIEPE mais preparadoProfissionais receberam capacitação em competências interculturais

O trabalho foi direcionado para ne-gociações internacionais eficientes

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FIEPE JORNAL DA INDÚSTRIA 05

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Brasil e Japão navegando juntosSENAI articula parceria com japoneses da indústria naval

Mais agenda para a inovação em PernambucoReunião definiu ações estratégicas inovadoras no Sistema Indústria

m termo de intenção assinado pelo Ministério do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior do Brasil (MDIC), o Departamento Nacional do SENAI e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Japan International Cooperation Agency – Jica) permitiu a viagem de técnicos brasileiros, em outubro do ano passado, ao Japão. Lá, puderam conhecer estaleiros, escolas básicas, institutos de tecnologia, universidades e escolas técnicas.

Dois representantes da Jica estiveram na Escola Técnica SENAI Cabo, no início de março, para conhecer as instalações da Unidade e prospectar possibilidades de negócios entre o SENAI e o Japão, no que diz respeito à indústria naval. A

ideia é identificar as demandas de ensino técnico profissionalizante dos estaleiros do país e apresentar propostas de capacitação e fornecimento de maquinário. Para isso, o diretor geral do Centro de Cooperação Naval no Exterior, Seiichi Shimamune, e o diretor geral de Formação e Serviço Técnico, Takuji Noda, começaram em Pernambuco uma série de visitas de avaliação da infraestrutura do SENAI.

Caso o acordo seja firmado, 10 docentes da Unidade Cabo passariam por treinamento em solo nipônico para absorver o know-how necessário na construção de navios, e replicá-lo posteriormente ao capital humano local. Também farão parte da parceria a cessão de equipamentos pelo governo do

Japão e a definição de um local – possivelmente no próprio SENAI Cabo – para a realização das aulas.

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Japoneses visitaram a Escola Técnica SENAI Cabo

aior integração entre empresas, universidades e governo; práticas de

disseminação da cultura da inovação; e mais acesso a linhas de fomento a projetos inovadores. Estes foram os principais resultados da 17ª reunião do Comitê Inova Pernambuco, realizada pelo IEL/PE, no início de março, na Casa da Indústria.

A reunião definiu a agenda dos atores envolvidos na indústria local. A FIEPE apresentou seu planejamento, que defendeu integração entre as entidades que compõe o Sistema Indústria, além da academia e do Governo do Estado, e a execução de ações de capacitação executiva e de incentivo à inovação com o empresariado.

O coordenador de política industrial da FIEPE, Antônio Carlos

Maranhão, afirmou que as ações são importantes nos próximos 20 anos, sendo 2035 como norte a se atingir a integração entre governo e sociedade no fomento de estratégias de desenvolvimento.

A Secretária de Ciência e Tecnologia, Lúcia Melo, também apresentou planejamento, no qual ressaltou compromisso com a inovação ao integrar-se com o empresariado local e as universidades. “Da mesma forma que temos pacto na educação e na saúde, queremos criar um pacto pela inovação, onde Pernambuco terá um ambiente propício ao desenvolvimento da indústria”, revelou.

O encontro ainda contou com apresentações das Universidades de Pernambuco e Federal de

Pernambuco, destacando o papel das instituições de ensino na disseminação da inovação. A UFPE apresentou estudo para criar a Unidade de Articulação e Promoção de Parcerias Estratégicas, voltada para articular a teoria acadêmica com a prática empresarial.

Na ocasião, foi lançada a cartilha “Linhas de Fomento para Inovação”, criada pelo Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação, vinculado ao IEL/PE e ao Comitê Inova, com dicas sobre recursos para inovar. “Isso mostra que estamos no início de uma nova fase, onde a política industrial não depende só do meio produtivo, mas também do acadêmico e do governo para dar continuidade ao desenvolvimento da indústria”, pontuou Ricardo Essinger, presidente em exercício da FIEPE.

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FIEPE JORNAL DA INDÚSTRIA06

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busca pelo aumento da produtividade despertou o interesse das indústrias pela

ginástica laboral. A contratação do serviço prestado pelo SESI/PE cresceu 25% em todo o Estado, nos últimos dois anos. Atualmente, a entidade atende mais de 100 empresas pernambucanas, favorecendo diretamente a qualidade de vida de quase 22 mil trabalhadores.

No interior, o reconhecimento aos benefícios proporcionados pela ginástica laboral se expandiu de tal modo que o número de empresas atendidas aumentou em 58%, no período.

Trabalhadores da região passaram a usufruir dos ganhos que a ginástica laboral produz, como mais disposição para o trabalho, combate e prevenção de lesões, melhora nas relações interpessoais, favorecimento ao trabalho em equipe, entre outros. Com isso, as indústrias viram o número de acidentes de trabalho, os afastamentos para tratamento de saúde e os gastos médicos diminuírem.

Um exemplo disso é a empresa Rota do Mar, integrante do polo de confecções do Agreste pernambucano, instalada na cidade de Santa Cruz do Capibaribe. De acordo com a analista de RH, Yasmina

Monise, responsável pelo programa de saúde ocupacional da indústria, “já tínhamos o programa de ginástica laboral, mas decidimos contratar o SESI/PE pela qualidade superior”.

Além das indústrias das cidades do Agreste, as empresas de munícipios da Zona da Mata também estão entre os que incorporaram a ginástica no dia-a-dia dos funcionários. A unidade do SESI de Escada conseguiu difundir o atendimento às indústrias de sua área de atuação em 300% e a de Caruaru alavancou em 250% o número de industriários cuidados no perímetro entre Amaraji a cidade de Joaquim Nabuco. “Ficamos muito

satisfeitos com esse reconhecimento da indústria pernambucana. Por isso, investimos cada vez mais em profissionais especializados capazes de fazerem os benefícios do programa se tornarem uma realidade”, afirma o analista de Qualidade de Vida, Fernando Medeiros. Ele lembra ainda que mesmo na Região Metropolitana do Recife, onde há vários prestadores desse tipo de serviço, o SESI/PE atendeu 20% mais empresas.

Interessados podem procurar a unidade do SESI mais perto (os contatos podem ser obtidos no site www.pe.sesi.org.br/unidades) ou pelo telefone (81) 3412.8330.

Empresas investem em ginástica laboral para ampliar produtividadeServiço oferecido pelo SESI cresceu na RMR e no interior do Estado

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Ginástica Laboral ajuda na melhoria da qualidade de vida

FIEPE JORNAL DA INDÚSTRIA 07

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SIMPEPE e SENAI Alagoas formam trabalhadores em curso inédito em PECapacitação representa avanço para setor de plásticos no Estado

turma formada por 38 trabalhadores, de seis indústrias de plástico de

Pernambuco, recebeu, em março, certificado do curso de Operador de máquina de injeção e extrusão, que aconteceu pela primeira vez no Estado, graças a uma parceria do Sindicato da Indústria do Material Plástico do Estado de Pernambuco (Simpepe) e o SENAI/AL. “A

realização do curso representa avanço para o setor de plásticos e atende demanda dos empresários que não contam com mão-de-obra qualificada para o chão de fábrica”, afirmou o presidente do Simpepe, Walter Câmara.

Ministrada durante três meses, a capacitação teve carga horária de 160 horas de aulas teóricas e práti-cas, que aconteceram na Escola Téc-

nica do SENAI, em Santo Amaro e nas próprias empresas participantes. As visitas técnicas possibilitaram o co-nhecimento de processos em cada indústria. “Levamos o dia-a-dia da fábrica para sala de aula, trocamos experiências e enriquecemos o conhecimento dos alunos com a parte teórica”, explicou o instrutor do SENAI/AL, Willman do Prado.

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SINDICATOS FILIADOS À FIEPE

SinDaÇUCaR • (81) [email protected]

SinDiVESt • (81)3412.8436 [email protected]

SinDiCaLpE • (81) 3412.8436 [email protected]

SinDiCER • (81) 3412.8521 [email protected]

SinDiBEBE • (81) 3412.8436 [email protected]

SinDUSCon • (81) 2127.0600 [email protected]

SinDDoCE • (81) [email protected]

SINDUSGESSO • (81) 3412.8525 [email protected]

SINDITÊXTIL • (81) 3231-7784 [email protected]

SINDUSGRAF • (81) 3081.1100 [email protected]

SINDMÓVEIS • (81) 3338.1370 [email protected]

SIMPEPE • (81) 3412.8523 [email protected]

SIMMEPE • (81) 3312-1200 [email protected]

SINPROCIM • (81) [email protected]

SINDIPÃO • (81) 3224. 6852 [email protected]

SINDIPAPEL • (81) 3412-8436 [email protected]

SINPAROPI • (81) 3461.1997 [email protected]

SINFACOPE • (81) 3412.8527 [email protected]

SINPROQUIMPE • (81) [email protected]

SINDRATAR • (81) 3412.8520 [email protected]

SINDIREPA • (81) 3412.8528 [email protected]

SINDILIMPE • (81) 3412.8524 [email protected]

SINDISERRA • (81) 3412.8520 [email protected]

SINCAMPE • (81) 3412.8436 [email protected]

SINDIMASSAS • (81) 3412.8436 [email protected]

SINDIPEDRA • (81) 3412.8529 [email protected]

SIQUIMPE • (81)3412-8526 [email protected]

SINDIMEST • (81) 3464-3888 [email protected]

SINDILEITE • (81) [email protected]

SINDICOURO • (81) 3412.8436 [email protected]

SINDICATOS INTERESTADUAIS

SIND. MOAGEM DE TRIGO(81) 3427.7000 [email protected]

SIACAN • (81) 3221-0670 [email protected]

SINDICATOS NACIONAIS

SNIC • (21) [email protected]

SINICON • (21) [email protected]

SINDIMAQ • (11) [email protected]

SINAVAL • (81) [email protected]

Inédito no Estado, o curso formou 38 trabalhadores de seis indústrias de plástico de Pernambuco

FIEPE JORNAL DA INDÚSTRIA08